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2
As estruturas de concreto armado têm uma característica de
serem monolíticas. No entanto, mesmo todos os elementos
trabalhando em conjunto, é comum iniciarmos nossos
estudos analisando cada elemento separadamente.
3
[ 06 ] pré- [ 106 ] dimensionamento
dimensionamento de vigas submetidas à
torção
[ 23 ] dimensionamento de
vigas de concreto: [ 123 ] detalhamento de
hipóteses vigas de concreto: seção
transversal
[ 35 ] dimensionamento de
vigas de concreto: [ 137 ] decalagem em
aplicações vigas de concreto armado
[ 46 ] armadura dupla em
vigas de concreto [ 152 ] ancoragem da
armadura no concreto
[ 59 ] dimensionamento de
viga T [ 176 ] emendas das
armaduras no concreto
[ 87 ] dimensionamento de
vigas submetidas ao
cisalhamento
sobre o autor
4
Olá pessoal, meu nome é José de Moura e, a partir de agora,
eu irei te acompanhar nessa jornada de conhecimento.
Aproveite a leitura!
5
“O projeto estrutural é a
documentação
composta por um
conjunto de pranchas
com todas as
informações
necessárias para
execução da estrutura
da obra.”
1
6
pré-dimensionamento
de pilares, vigas e
lajes de concreto
7
Ao analisar um edifício de concreto armado podemos
utilizar algumas regras para pré-dimensionar vigas:
• 1/12 do vão para tramos internos de vigas contínuas;
• 1/10 do vão para tramos externos de vigas contínuas
ou vigas biapoiadas;
• 1/5 do vão para balanços.
Pré-dimensionamento de lajes
8
*Clique aqui para ver a tabela na íntegra.
9
valor de d′ ao valor do dest:
h=dest +c+
2
Pré-dimensionamento de pilares
10
utilizar, respectivamente, 30% e 70% do carregamento
informado anteriormente.
Durante o anteprojeto, para consideração dos momentos
atuantes nos pilares na estimativa inicial de dimensões a
carga atuante deve ser corrigida por um fator de acordo com
a posição do mesmo:
• α=1,3 para pilares intermediários;
• α=1,6 para pilares de extremidades;
• α=1,8 para pilares de canto.
Lembrando ainda que a norma brasileira aplica coeficientes
de majoração adicionais para pilares com a menor dimensão
inferior a 19 cm:
11
Ac,est =
0,85 fcd +0,84
Para a formulação acima, o valor de Nd,est deve estar em kN
e o valor de fcd deve estar em kN/cm².
Exemplo aplicado
15
Para o pré-dimensionamento das lajes, dividiremos o menor
vão da laje por 40 a fim de estimar a altura da mesma.
18
=1,3
Nd =1,4 1,25 1,3 388,8=884,5 kN
Aplicando agora a formulação para estimar a área de
concreto necessária, teremos:
Nd,est
Ac,est =
0,85 fcd +0,84
Para um concreto com resistência característica de 25 MPa,
o denominador da equação acima e a área estimada serão:
0,85 f cd +0,84=2,358 kN/cm2
884,5
Ac,est =
2,358
A=375,11cm2
Como sabemos que a menor dimensão do pilar foi adotada
como 14 cm, resta apenas o cálculo da outra dimensão:
A=14 b → b=26,8 27 cm
Pilar de extremidade
20
A área de influência para o pilar de canto é apresentada na
figura abaixo:
21
resultou em dimensões mínimas, podemos afirmar que o
mesmo também resultará em dimensões mínimas.
Resultado do pré-dimensionamento
23
dimensionamento de
vigas de concreto:
hipóteses
24
flexão
Seções planas
Concreto tracionado
25
dimensionamento
26
Enquanto para concretos de classes C55 até C90:
ϵc2=2,0‰+0,085‰ (fck -50)0,53
90 − f ck
4
ϵcu=2,6‰+35‰
100
27
reto a partir desta deformação até ϵcu.
A norma permite que, ao invés de utilizar um diagrama
parábola-retângulo, consideremos um diagrama retangular
simplificado. Este bloco retangular de tensões terá
altura y=λ⋅x.
Onde x indica a posição da linha neutra medida a partir da
borda comprimida.
O valor de λ irá variar com a classe do concreto utilizada.
Para concretos de até 50 MPa, considera-se λ=0,8. O valor
de λ para concreto com resistência característica superior a
50 MPa vale:
f ck -50
=0,8-
400
28
explicada acima. Na esquerda temos a distribuição linear
das deformações, onde observa-se a posição x da linha
neutra e a posição em que a deformação vale ϵc2. Na figura
intermediária, temos o diagrama parábola-retângulo, em
que observamos o trecho reto após ϵc2. Por fim, na figura da
direita, vemos a simplificação do diagrama parábola-
retângulo em um diagrama retangular.
Domínios de deformação
Domínio 1
Domínio 2
31
até d cu ;
0,01+ cu
• Esse domínio é caracterizado por flexão simples ou
composta.
Domínio 3
Domínio 4
d;
• Esse domínio é caracterizado por flexão simples ou
32
composta.
Domínio 4a
Domínio 5
33
A norma brasileira limita a posição da linha neutra a fim de
garantir boa condição de ductilidade.
x/d 0,45 , para concretos até 50 MPa
x/d 0,35 , para concretos de 50 MPa a 90 MPa
Caso seja aplicada alguma redistribuição de momento,
significando assim alteração na rigidez viga-pilar, o novo
limite da posição da linha neutra é dado em relação ao
momento reduzido δ⋅M:
-0,44
x/d , para concretos até 50 MPa
1,25
-0,56
x/d , para concretos de 50 MPa a 90 MPa
1,25
35
dimensionamento de
vigas de concreto:
aplicações
36
Nas deduções a seguir vamos considerar apenas o caso de
concretos de até 50 MPa. Vale lembrar que as diferenças
para os concretos com a resistência característica acima de
50 MPa foram abordadas no capítulo anterior.
Equilíbrio da seção
N=0 → Fc =Fs
O momento solicitante de cálculo MSd deve ser igual ao
37
momento gerado pelo binário força no concreto e força na
armação.
38
uniforme, o ponto de aplicação da força de resultante recém
calculada será aplicado ao ponto médio do bloco de tensões
(distante 0,4⋅x da borda comprimida). Sendo assim, o braço
de alavanca z pode ser calculado por z=d−0,4⋅x.
Retornando ao equilíbrio dos momentos, teremos:
MSd =Fc z
MSd =0,68 bw x f cd (d-0,4 x)
MSd
Fazendo k= e resolvendo essa equação do segundo
bw f cd
grau em função de x, podemos obter a posição da linha
neutra:
39
área de aço pela tensão:
MSd =(As fs ) z
MSd =(As fs ) z
Exemplo aplicado
40
kN.m. Será considerado um concreto de 20 MPa, aço CA50 (fyk=500
41
Utilizando a equação apresentada anteriormente, podemos
calcular agora a posição da linha neutra:
MSd
k=
b w f cd
2800
k=
2
14
1,4
k=140 cm 2
0,68 d 0,4624 d 2 -1,088 k
x=
0,544
0,68 36,4 0,4624 (36,4) 2 -1,088 140
x=
0,544
84,9 cm
x=
6,1cm
42
na armação é igual a tensão de escoamento da mesma. No
caso, como estamos utilizando aço CA50, a tensão de
escoamento característica e de cálculo valem:
f yk =500 MPa=50 kN/cm 2
f yk 50
f yd = =
s 1,15
f yd =43,5 kN/cm 2
46
armadura dupla em
vigas de concreto
47
Imagine uma situação em que o momento solicitante em
uma seção é suficiente para atingir uma profundidade de
linha neutra igual ao limite de norma (0,45⋅d para concretos
até 50 MPa e sem redistribuição de momentos). O momento
gerado pelo binário força de tração no aço e de compressão
no concreto é igual ao momento solicitante, assim como as
forças de compressão no concreto e tração no aço tem a
mesma intensidade.
48
comprimido.
Mas lembre-se que a linha neutra não pode baixar, uma vez
que a mesma já atingiu os limites estabelecidos por norma.
Sabendo que a linha neutra já está no seu limite, a solução,
denominada de armadura dupla, é adicionar área de aço na
região comprimida. Dessa forma, a necessidade de elevação
da força de compressão é aplicada no aço e não no concreto,
não sendo necessário que a linha neutra abaixe.
Equacionamento
49
restante (M2=MSd−Mlim).
Para o desenvolvimento, vamos considerar o limite para
concretos de até 50 MPa, que vale 0,45⋅d. Uma vez que a
posição da linha neutra já é conhecida, é imediato o cálculo
da força atuante no concreto:
Fc =0,85 f cd b w 0,8 x lim
Fc =0,85 f cd b w 0,8 0,45 d
4Fc =0,306 f cd b w d
50
adicionada na região inferior valem:
z 2 =d-d
M 2 =Fs2 z 2
Fs2 =As2 f yd
M2
As2 =
z 2 f yd
M2
As2 =
(d-d) f yd
51
s =
x lim
0,0035 (0, 45 d-d)
s =
0, 45 d
f ; se s yd
yd
Exemplo aplicado
53
0,68 d 0,4624 d 2 -1,088 k
x=
0,544
0,68 35,75 0,4624 (35,75)2 -1,088 455
x=
0,544
62,69 cm
x=
26,68 cm
2
Mlim =0,25114 (35,75)2
1,4
Mlim =6415,87 kN cm
Diante desse valor, fica claro a necessidade de utilizar
54
armadura de compressão, uma vez que, o momento limite
de 6415,87 kN.cm é inferior ao momento solicitante de 9100
kN.cm.
Vamos agora calcular a área de aço tracionada responsável
por resistir ao momento limite:
M lim
As1 =
0,82 d f yd
6415,87
As1 =
50
0,82 35,75
1,15
As1 =5,03 cm 2
55
Utilizando as fórmulas de deformação e tensão para a
armadura que será adicionada a zona comprimida:
0,0035 (0,45 d-d)
s =
0,45 d
0,0035 (0,45 35,75-4,25)
s =
0,45 35,75
s =0,00258
59
dimensionamento de
Viga T
60
Antes de partimos para o equacionamento é importante
nomearmos as variáveis e as regiões de uma viga de seção
T:
61
levar em consideração a ação entre viga e laje através da
utilização de uma largura colaborante bf.
62
função do comprimento da viga:
a) viga simplesmente apoiada: a=1,00⋅l;
b) tramo com momento em uma só
extremidade: a=0,75⋅l;
c) tramo com momentos nas duas
extremidades: a=0,60⋅l;
d) tramo em balanço: a=2,00⋅l.
63
neutra cair na mesa ou na alma na viga T.
65
vale a distância entre o centro de compressão e as barras de
aço) para obtermos o momento resistente M1:
M1 =Fc1 z1
hf
M1 =0,85 f cd ( bf -bw ) h f d-
2
M 2 =MSd -M1
66
de concreto comprimida em uma largura bw para resistir a
um momento M2.
Por fim, a área de aço total será o somatório das duas áreas
de aço:
As =As1 +As2
M1 M2
As = +
hf (d-0,4 x) f yd
d- f yd
2
68
será dividida em duas, uma parte resistida com a linha
neutra fixada no limite de norma e a outra parte equivalente
ao restante do momento, em que a compressão será resistida
por uma armadura comprimida.
69
M2 =0,85 f cd bw 0,8 0,45 d 0,82 d
M2 =0,251 f cd bw d 2
70
Armadura tracionada
Armadura comprimida
f ;se s yd
yd
Por fim, a armação adicionada na região comprimida vale:
71
M3
As =
(d-d) fs
Exemplos práticos
72
pelo vídeo abaixo!
Geometria da Viga T
250 cm
b1 =52 cm
52 cm
Sendo assim, a largura colaborante da viga T vale:
73
bf =bw +2 b1
bf =30+2 52=134 cm
74
cisalhamento e verificação dos estados limites de serviço.
129,29 cm
x=
4,46 cm
75
z=51,72 cm
M
As = d
z f yd
30000
As =
51,72 43,48
As =13,34 cm 2
Dessa forma, conforme ilustra a figura abaixo, podemos
utilizar 3 barras de 25 mm para resistir ao momento fletor
solicitante.
77
k=
bf f cd
80000
k= =417,91cm 2
2
134
1,4
0,68 d 0,4624 d 2 -1,088 k
x=
0,544
0,68 53,5 0,4624 53,52 -1,088 417,91
x=
0,544
121,06 cm
x=
12,69 cm
78
largura da alma podemos então obter a profundidade da
linha neutra.
M2
k=
b w f cd
18751
k= =437,52 cm2
2
30
1,4
0,68 d 0,4624 d 2 -1,088 k
x=
0,544
0,68 53,5 0,4624 53,52 -1,088 437,52
x=
0,544
120,39 cm
x=
13,36 cm
61249
As1 =
10
53,5- 43,48
2
As1 =29,04 cm2
M2
As2 =
(d-0,4 x) f yd
18751
As2 =
(53,5-0,4 13,36) 43,48
As2 =8,96 cm 2
79
As =38 cm 2
81
alma podemos obter a profundidade da linha neutra.
M 2 =MSd -M1
M 2 =100000-61249=38.751 kN cm
M2
k=
b w f cd
38751
k= =904,19 cm 2
2
30
1,4
0,68 d 0,4624 d 2 -1,088 k
x=
0,544
0,68 53,5 0,4624 53,52 -1,088 904,19
x=
0,544
100,76 cm
x=
32,99 cm
82
Uma vez que já conhecemos o momento resistido pelas abas,
vamos partir para o cálculo da armação responsável por
resistir a esse momento.
M1
As1 =
hf
d- f yd
2
61249
As1 =
10
53,5- 43, 48
2
As1 =29,04cm 2
83
M 3 =75000-61249-30790
M 3 =7961 kN cm
ϵs' = 2,88 ‰
Como a deformação do aço comprimido é superior a
deformação de escoamento (ϵyd=0,00207 para aço CA50), a
tensão atuante no mesmo é igual a tensão de escoamento.
84
Logo, a área de aço comprimida vale:
M3
As =
(d-d) f s
7961
As =
(53,5-4,25) 43,48
As =3,72 cm 2
87
verificando o
cisalhamento em
vigas de concreto
88
O modelo de bielas e tirantes é uma abordagem muito
utilizada para representar estruturas fissuradas de
concreto armado. Esse modelo consiste em representar a
estrutura por meio de uma treliça equivalente.
Essa abordagem se justifica pelo fato de o concreto armado
carregar ações através de campos de tensões de compressão
(denominados de biela), distribuídos e interligados por
tirantes tracionados, normalmente sendo utilizado barras
de aço.
89
de cálculo VSd, braço de alavanca Z, inclinação das bielas θ e
inclinação dos tirantes (estribos) α:
Z
tg= → a1 =Z cotg
a1
Z
tg= → a 2 =Z cotg
90
a2
a l =a1 +a 2 =Z cotg+Z cotg
a l =Z (cotg+cotg)
91
VSd
FS,D =
sen
FC,D sen=VSd
VSd
FC,D =
sen
Ac =a l bw =a l sen bw
Logo:
c 0,6 v f cd
93
Sabendo que o espaçamento entre duas bielas é al, devemos
utilizar um espaçamento de estribos s, inferior a al, a fim de
garantir que a fissura seja interceptada por um estribo.
Desse modo, a quantidade de estribos entre duas bielas é:
al
n=
s
E a área de aço total dos estribos entre duas bielas é:
al
As =n As1= A
s s1
Assumindo que todos os estribos escoaram, podemos
calcular a força atuante nesse tirante:
al
F=As f yd = A f
s s1 yd
Igualando a força calculada acima com a força nos tirantes
obtida geometricamente no início do desenvolvimento e
utilizando as considerações de Z:
al V
As1 f yd = Sd
s sen
As1 VSd
=
s a l f yd sen
As1 VSd
=
s Z (cotg+cotg) f yd sen
94
qualquer tabela que converta área de aço por metro em
bitola por espaçamento. É importante lembrar que essa
armação de cisalhamento ainda será dividida pela
quantidade de ramos que o estribo possui. Usualmente, as
vigas são armadas com estribos simples (com dois ramos).
Em algumas situações, como vigas alavanca, há necessidade
de utilizar estribo duplo (com quatro ramos).
95
Fato que gera uma armadura excessiva ao utilizar o
dimensionamento acima obtido.
Uma forma de considerar isso é subtrair do valor de VSd
um Vc que simboliza a parcela de esforço absorvida por
mecanismos complementares a treliça.
A norma considera a utilização de dois modelos de cálculo.
Apesar de ambos os modelos permitirem estribos com
inclinação de 45º a 90º, por questões práticas, utilizaremos
estribos verticais.
Modelo de cálculo I
96
formulação abaixo:
Vc =Vc0 =0,6 f ctd bw d
Modelo de cálculo II
Vc =0 , se VSd =VRd2 .
Para valores intermediários, deve-se interpolar linearmente,
97
conforme ilustrado na figura abaixo:
f ct,m
Em que w,min vale 0,2 e é apresentado na tabela a
f ywk
98
valor do fyd seja 435 MPa.
O espaçamento máximo entre estribos irá variar da relação
entre VSd e VRd2:
se VSd 0,67 VRd2 , então smáx =0,6 d 300mm
Exemplo aplicado
99
Você pode acompanhar a resolução pelo modelo I assistindo
o vídeo abaixo ou simplesmente acompanhando a leitura do
capítulo!
20 2
VRd2 =0,27 1- 14 36
250 1,4
VRd2 =178,8 kN
100
mecanismo complementares a treliça e a armadura
transversal:
2
Vc =0,09 fck3 bw d
2
20 3
Vc =0,09 14 36
10
Vc =33,4 kN
111 (63-33,4)
Asw =
36 43,5
Asw =2,1cm2 /m
0,09
Asw,min = 100 14=1,26 cm2 /m
100
vale:
0,6 d=0,6 36=21,6 , arredondado para 20 cm
Como VSd 0,20 VRd2 , o espaçamento máximo entre os
ramos vale:
0,6 d=0,6 36=21,6
Como a largura total de nossa viga é 14 cm, temos a certeza
101
que o espaçamento entre os dois ramos de um estribo
simples é inferior aos 21,6 cm.
Já que estamos utilizando estribo com dois ramos, iremos o
par bitola e espaçamento que resulte em uma área de aço
2,1
igual ou superior a =1,05 cm2 /m :
2
102
Caso prefira, você pode acompanhar a resolução pelo
modelo II através do vídeo a seguir.
103
resolução pelo modelo I) e inferior VRd2 é necessário
interpolar para obter o valor de Vc:
Interpolação de Vc no exemplo
63-33,4
Vc =33,4- 33,4
154,9-33,4
Vc =25,3kN
Por fim, vamos calcular a área de aço necessária para
cisalhamento:
111 (VSd -Vc )
Asw =
d cotg f yd
111 (63-25,3)
Asw =
36 cotg 43,5
6
Asw =1,54 cm2
104
espaçamento máximo entre estribos.
105
“Os
“O modelo
fatoresde
devem ser
bielas e
calculados por
tirantes é uma
metodologia científica e
abordagem muito
justificados,
utilizada parado ponto
de vista teórico
representar e
estruturas
prático, node
fissuradas Laudo de
concreto
Avaliação.”
armado.”
7
106
dimensionando vigas
submetidas à torção
Vamos ao texto!
Introdução
107
A partir de experimentos com vigas submetidas à torção,
pode ser observado que, após o surgimento das fissuras,
apenas uma casca de concreto resiste aos esforços de torção.
Dessa forma, a norma brasileira ABNT/NBR: 6118 (2014)
fornece, para o dimensionamento de seções solicitadas a
torção, algumas expressões para calcular a espessura da
parede da seção vazada equivalente.
A
Caso 2 C1 :
u
bh
he = b-2 C1
2 (b+h)
Ae =(b-2 C1) (h-2 C1)
Ae =(b-2 C1) (h-2 C1)
108
ue =2 (b+h-4 C1)
2 bm
Td =4 Fc
2 2
F
Td =2 b m c
2
Aplicando a fórmula anterior nas expressões de Fst e Fsl,
temos:
Td
Fsl =Fst =
2 bm
Armadura transversal
bm T
Fst = As1 f yd = d
s 2 bm
As1 Td Td
= =
s 2 b2m f yd 2 Ae f yd
A fim de obter uma área de aço por metro, vamos considerar
111
o valor s=100cm:
100 Td
Asw =
2 A e f yd
Armadura longitudinal
f sl u e T u
Asl = = d e
f yd 2 A e f yd
Verificação das tensões na biela
112
Seguindo a formulação presente na ABNT/NBR: 6118
(2014), a resistência da diagonal comprimida é:
TRd2 =0,50 v f cd Ae h e sen(2 )
f ct,m
Em que w,min vale 0,2 e é apresentado na tabela
f ywk
113
Espaçamento máximo da armadura transversal
Exemplo aplicado
114
ações permanentes e variáveis).
115
MSk =
8
63
VSk = =9 kN
2
A=800 cm2
u=120 cm
116
=6,67 cm
u
A
Como 2 C1=5 :
u
he =6,67 cm
Armadura transversal
117
TRd2 =0,50 v f cd Ae h e
20 2
TRd2 =0,50 1- 444,29 6,67=1947,39 kN cm
250 1,4
VSd TSd
+
VRd2 TRd2
12,6 1075,2
+ =0,6 0,67
255,5 1947,39
smáx =0,636=21,6cm
118
Sendo assim, utilizaremos barras de 6,3 mm a cada 10 cm
para resistir a torção combinada com cisalhamento.
Armadura longitudinal
1075,2 93,32
Asl =
2 444,29 43,5
Asl =2,6cm2
A armadura longitudinal mínima para resistir ao esforço de
119
torção, vale:
w,min
Asl,min = u e bw
2
0,09
Asl,min = 93,32 20
2 100
120
0,15
mínima As,min = b h .
100 w
Verificação da biela
121
sobre vigas submetidas a torção!
122
“A partir de
experimentos com vigas
submetidas à torção,
pode ser observado que,
após o surgimento das
fissuras, apenas uma
casca de concreto
resiste aos esforços de
torção.”
8
123
detalhamento de
vigas de concreto:
seção transversal
124
Vamos começar pela definição do cobrimento nominal, cuja
função é garantir a durabilidade do elemento estrutural.
129
s min = 20 cm
15
Porta estribos
Exemplo aplicado
131
Vamos primeiramente calcular os limites mínimos e
máximos para a armadura. De acordo com a tabela
apresentada anteriormente, para um concreto de 20 MPa,
devemos considerar uma taxa de armadura mínima ρmin
=0,15%. Logo:
0,15
As,min = 14 40=0,84 cm2
100
Armadura de pele
132
armadura transversal de 5 mm, teremos:
bdisp =140-2 25-25=80 mm
133
eh = l
1,2 19=22,8 mm
eh =22,8 mm
134
armadura:
bnec =n + ( n-1) eh
bnec =4 8,0+ ( 4-1) 22,8=100,4 mm
Porta estribos
Detalhamento final
135
conhecimentos práticos sobre o detalhamento de seções de
vigas de concreto armado submetidas flexão simples.
136
“Para vigas altas, a fim
de limitar as fissuras, é
necessário adicionar
armaduras de pele em
cada face da viga.”
9
137
decalagem em vigas
de concreto armado
141
Md,A
Fs,B =
Z
142
Para o modelo I, as diagonais comprimidas estarão
dispostas a 45º e a parcela Vc terá um valor constante. O
valor do deslocamento do diagrama de momentos fletores
será fornecido pela equação abaixo.
VSd,máx
a l =d (1+cotg)-cotg d
2 (VSd,máx -Vc )
Onde:
al=d, para VSd,máx≤Vc.
al≥0,5⋅d, no caso geral;
al≥0,2⋅d, para estribos em 45º.
Considerando agora estribos verticais, que é o mais usual,
podemos simplificar um pouco a formulação acima.
VSd,máx
a l =d d
2 (VSd ,máx -Vc )
Decalagem no modelo II
Onde:
al≥0,5⋅d, no caso geral;
al≥0,2⋅d, para estribos em 45º.
Considerando também os estribos verticais, teremos a
equação abaixo.
a l =0,5 d cotg
143
Exemplo aplicado
146
demais verificações, por exemplo: verificações de
cisalhamento e verificações de torção.
Inicialmente devemos calcular o valor de Vc:
2
Vc =0,09 f ck3 b w d
2
20 3
Vc =0,09 14 27,5=25,5 kN
10
Deslocando o diagrama
147
Nesse ponto, já seria possível detalhar as 4 barras de 10 mm
cobrindo todo o comprimento em que o diagrama deslocado
está negativo. Mas observe que, uma seção deslocada da
seção central (seção em que foi obtida o momento máximo e
que a área que foi calculada) não requer toda a área de aço
calculada (as 4 barras) para essa seção central.
Uma forma de balancear a utilização das armaduras é
dividindo o pico do diagrama pelo número de barras. No
caso em que encontramos 4 barras de 10 mm, a ordenada do
momento fletor será dividida em 4 espaços, conforme ilustra
a figura abaixo.
148
serviço, vamos considerar apenas dois grupos de armadura,
conforme apresentado na figura abaixo.
152
ancoragem da
armadura no concreto
153
Existem algumas formas de realizar a ancoragem de barras
de aço. Entre elas podemos destacar a ancoragem apenas
pela aderência entre aço e concreto e também a ancoragem
pela utilização de dispositivos especial.
Uma vez que a utilização de ancoragem por aderência é
economicamente mais atraente e, portanto, mais utilizada,
focaremos na mesma nesse capítulo.
Para iniciar o nosso estudo, vamos considerar uma barra de
aço inserida em um bloco de concreto e submetida a uma
força Rd.
154
Rd =
4
f
lb = yd
4 f bd
Fator η1
155
• η1=1,4 no caso de barras entalhadas como CA60
entalhado;
• e η1=2,25 no caso de barras nervuradas como CA50 e
CA60 nervurado.
Fator η2
Fator η3
157
Para a verificação da ancoragem, o valor de cálculo fctd deve
ser obtido a partir da resistência característica inferior do
concreto à tração fctk,inf.
f ctk,inf
f ctd =
c
até 50 MPa e;
158
de fbd.
159
ganchos:
As,calc
lb,nec 1 lb
As,ef
Ancoragem em apoios
161
6 cm
Utilização de grampos
162
o comprimento de ancoragem necessário;
2. na situação em que todas as barras já estão indo até o
apoio podemos complementar essa armação com
grampos horizontais.
Podemos calcular a área de aço necessária nesses grampos
pela formulação abaixo:
R sd lb,disp
A grampo = 1-
f yd lb,nec
Exemplo prático
Resultados já obtidos
166
Temos que para o vão positivo, agrupamos a decalagem em
dois grupos de barras, 2 barras de 8 mm de um
comprimento e 1 barra de 8 mm de outro
comprimento. Lembre-se que, apesar do comprimento
decalado das duas barras de 8 mm não chegar até o apoio
intermediário, temos que levar no mínimo duas barras até
os apoios.
Dessa forma, para as duas barras de 8 mm, já temos definido
que as mesmas irão de apoio a apoio.
Para a barra de 8 mm isolada, temos que calcular o
comprimento de ancoragem necessário:
As,calc
lb,nec lb
As,ef
169
a barra de 8 mm que está isolada. Podemos chegar nele
também pela simples conta abaixo:
140+114+33=287 cm
170
encontrado.
Podemos agora então calcular o lb,nec:
As,calc
lb,nec lb
As,ef
0,5
lb,nec =0,7 44 0,8 =8,16 cm
1,5
l = 10 0,8=8 cm
172
Ancoragem no apoio intermediário
13,1cm
lb,mín 10 cm
10 cm
Podemos obter o comprimento decalado tanto através de
173
uma cota direta no AutoCAD como através de uma equação
dos momentos fletores. Aqui seguiremos com a primeira
opção:
Detalhamento final
176
emenda das
armaduras no
concreto armado
177
Inicialmente, é importante entendermos porque utilizamos
emendas em nossas armações. O motivo é bem simples, via
de regra, emendamos barras umas às outras quando as
mesmas ultrapassam os seus comprimentos comerciais ou
por demais motivos de execução.
Entre os métodos de emenda mais comuns estão as emendas
por traspasse, por solda ou mesmo pela utilização de luvas
rosqueadas. Aqui seguiremos com as formulações
referentes a emenda por traspasse da armadura, por serem
as mais econômicas e, portanto, mais utilizadas no país.
É importante lembrarmos que a norma brasileira limita a
utilização de emendas por traspasse em barras de 32 mm.
Então, no caso de barras com diâmetro superior a 32
mm, será necessário adotar outra solução, como por
exemplo luvas rosqueadas.
Porcentagem de
≤ 20 % 25 % 33 % 50 % > 50 %
barras emendadas
179
conforme ilustra a figura abaixo.
Carregamento
180
Aproveitando o assunto sobre o limite de barras emendadas
em uma mesma seção, no caso de barras permanentemente
comprimidas ou barras de distribuição é possível emendar
todas as barras na mesma seção.
O comprimento de traspasse para barras comprimidas é
dado pela formulação abaixo:
l0c =lb,nec l0c,mín
181
entre duas emendas, a armadura transversal deve ser
constituída por estribos fechados.
182
para cada lado.
Recado final
184
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etapas (desde a concepção estrutural até elaboração das
pranchas) necessárias para o desenvolvimento de um
projeto completo.