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TRABALHO DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO

DADOS GERAIS
Disciplina Gestão da Manutenção
Professor Sheila Fabiana M. de Souza
Aluno(s) Roberto Carlos Teixeira - Matrícula: 5800889
Turma EIN059-20
ANÁLISE DO TEXTO
Título do Livro Engenharia de Manutenção - Teoria e Prática
Autor (es) Mário Jorge Pereira
Título do Texto A Informatização da Gestão em Manutenção (Capítulo 5)
DESCRIÇÃO DO ASSUNTO
O texto aborda as formas e metodologias necessárias para se implementar as tecnologias mais
modernas de Gestão da Manutenção, mediante a utilização de Sistemas Informatizados de Gestão da
Manutenção, aliados aos procedimentos de registro de ocorrências, registros de serviços executados,
aplicação dos processos de documentação e gestão do ciclo PDCA, nas rotinas de manutenção das
organizações empresariais.
APRECIAÇÃO CRÍTICA E RESUMO DA MATÉRIA
A sigla FMEA (FAILURE MODE AND EFFECT ANALYSIS) é uma técnica muito
utilizada por áreas como Projeto de Produto e Engenharias de Manufatura e no segmento
automotivo para conhecer e antecipar a causa e o efeito de cada modo de falha de um sistema ou
produto. Como exemplo de seus benefícios podemos citar: redução do tempo do ciclo de um
produto, redução do custo global de projetos, redução de falhas potenciais em serviço, redução dos
riscos do produto para o consumidor (responsabilidade civil).
É uma metodologia para prever defeitos, em vez de detectá-los e corrigi-los.
O MFMEA (MACHINE FAILURE MODE AND EFFECT ANALYSIS) é uma adaptação
do FMEA à área de Manutenção, sendo um método estruturado para estabelecer todos os possíveis
modos de falha, suas causas e efeitos. Com esse levantamento, é possível mudar as características
de projeto ou estabelecer controles para evitar a ocorrência de falhas e paradas não-programadas
durante a produção. Um MFMEA bem elaborado durante o desenvolvimento de um equipamento
reduz significativamente a possibilidade de ocorrência da maioria das falhas quanto está em
operação.
Buscando uma relação entre MFMEA e mantenabilidade (índice que mede o tempo de
reparo), um projeto pode ser alterado para a aplicação da acessibilidade (tem por finalidade evitar
a existência de locais de difícil acesso nos equipamentos).
Podemos dizer que o seu principal objetivo é antecipar os modos de falha conhecidos ou
potenciais de um determinado equipamento. Também objetiva recomendar ações corretivas para
eliminar ou compensar os efeitos da falha. É uma técnica que demanda tempo e dedicação;
portanto, não deve ser aplicada a todos os ativos de uma organização, a não ser que seja uma
diretriz da sua empresa.
A fase de priorização das falhas acontece mediante o fornecimento de notas (ou conceitos)
com peso de acordo com a criticidade. O modo de falha tem efeito sobre a segurança se a perda da
função ou falha puder ferir ou matar uma pessoa.
A elaboração deste processo passa por uma série de etapas, divididas por campos
Campo "1"
1. Primeiramente, a identificação do MFMEA: item/equipamento; datas; áreas envolvidas na
análise, equipe e responsáveis; Outra informação que julgar necessária.
Campo "2"
2. Item: termo geral para designar um subsistema ou componente do equipamento: denominação
do item; função do componente, sendo toda e qualquer atividade que o item desempenha.
Campo "3"
3. Modo potencial de falha:
3.1 Falha: é o impedimento de um componente cumprir sua função requerida.
3.2 Modo de Falha: é a descrição da forma de como ele deixa de cumprir sua função.
Campo "4"
4. Efeito Potencial da Falha
O efeito (da falha) é a conseqüência do modo (como ocorre) quando age sobre a função de um
componente. Ao descrever os efeitos, informar a evidência de como a falha aparece. Descreva
também o que aconteceria se nada fosse feito para evitar a ocorrência. Não confundir "efeito" com
o "modo" da falha. Um modo de falha pode ter mais de um efeito.
Campo "5"
5. Severidade da Falha
É o índice que determina a gravidade do efeito da falha no componente para o equipamento. A
atribuição deve ser feita observando o efeito (transtorno) para o cliente final, como, por exemplo,
o Setor de Produção onde ele está instalado.
Campo "6"
6. Causa potencial ou mecanismo da falha
A causa potencial pode ser um defeito de projeto, de qualidade, uso indevido de um componente
ou outro processo que seja a razão da falha. Evite informações genéricas e obtenha a causa
fundamental, de maneira a gerar ações eficazes, sejam elas corretivas ou preventivas.
Campo "7"
7. Probabilidade de Ocorrência da falha
É uma estimativa da probabilidade de ocorrência da falha. Logo, igualmente atribuem-se índices
para chance de ocorrer, como nos mostra a tabela a seguir:
Campo "8"
8. Ações preventivas adotadas (já implantadas)
Neste campo, descreva as ações preventivas recomendadas que estão em vigor, como por
exemplo, "Inspeção e ajustes a cada final de turno".
Campo "9"
9. Controles de detecção das falhas
Registrar as formas de monitoramento implantadas, como, por exemplo: prevenção de ocorrências
de falhas; detecção de falhas existentes; sistemas padronizados de verificação do projeto de
equipamento; verificação de Normas Técnicas; procedimentos de Controle estatístico (gráficos).
Campo "10"
10. Probabilidade de detecção
É o índice pelo qual podemos avaliar a probabilidade de a falha ser detectada.
Campo "11"
11. Índice de Risco (RPN)
Os riscos em um MFMEA podem ser quantificados por meio do conceito RPN (Risk Priority
Number- Número de Prioridade de Risco) e o índice é obtido pela equação matemática:
RPN = Índice de Severidade X índice de Ocorrência X Índice de Detecção
(o resultado desta operação é registrado no Campo "11 ")
Este índice, obtido pelo produto dos demais, é uma forma de hierarquizar as falhas. A partir disso,
você poderá analisar de duas maneiras distintas:
1. Uma falha pode ocorrer freqüentemente mas ter pequeno impacto e ser facilmente detectável,
sendo assim considerada de "baixo risco" (menor RPN).
2. Por outro lado, uma falha que tenha baixíssima probabilidade de ocorrência, pode ser
extremamente grave, merecendo grande atenção e sendo considerada de "alto risco" (maior RPN).
Campo "12"
12. Ações preventivas recomendadas (não implantadas ou em vias de ser)
As ações preventivas têm como principais objetivos: reduzir a severidade da falha; reduzir a
probabilidade de ocorrência da falha; aumentar a probabilidade de detecção da falha.
Campo "13"
13. Responsável e data prevista
Neste campo, o registro é definido por um responsável (indicado pela equipe que participa da
montagem do MFMEA) pelas ações preventivas recomendadas e pelo preenchimento do Campo
"14".
Campo "14"
14. Resultado das ações recomendadas
Neste campo, o responsável refaz os cálculos do RPN, atribuindo novos índices para a severidade,
ocorrência e detecção, mas somente após as ações recomendadas estarem implantadas (testadas e
aprovadas, por serem consideradas eficazes).
A seguir está um exemplo do MFMEA, conforme os campos descritos, de "1" a "14".

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