Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Disciplina: Empreendedorismo
Empreendedor é aquele que têm boas idéias não só na abertura de uma empresa, mas durante toda a vida dela. O
empreendedor que faz jus ao nome põe a mão na massa para, com persistência e atitude pró-ativa, transformar
oportunidades em realidade. Jair de Oliveira Porto Filho, tem 34 anos, é casado, tem duas filhas e nasceu no Distrito de
Riacho da Cruz. É filho do Sr. Jair de Oliveira Porto (produtor rural) e da Srª Ilva Figueiredo Porto (dona de casa). Criado
pelos pais em uma família com mais 8 irmãos, viveu até os 16 anos no Riacho da Cruz, quando no ano de 1989 veio para
a cidade de Januária-MG onde estudou em regime de internato no Colégio Agrícola (atual CEFET). Segundo ele, desde
cedo trabalhou na lida diária da roça e sempre acompanhava o pai em seus negócios. Talvez por isso, decidiu após
concluir o Curso Técnico em Agropecuária no ano de 1992, partir para São Paulo-SP com o objetivo de trabalhar,
levantar um capital e um dia retornar e vencer em Januária. Aproveitou a oportunidade de ter um irmão já radicado na
grande capital e foi em busca de seus sonhos. Ao que parece, além dos três grandes traços de personalidade: visão
sistêmica, capacidade de correr riscos e iniciativa conforme afirmava o psicólogo americano David McClelland, da
universidade de Harvard, referência mundial no assunto, o empreendedor conta também com a sorte. Logo que chegou
em São Paulo, Jair conseguiu um emprego para trabalhar em uma empresa de prestação de serviços de vistoria em
veículos. Bastaram 3 meses de experiências acumuladas, para ele perceber que poderia ser dono de sua própria empresa,
aumentando sua renda e passando da figura de empregado, para a de patrão. Em 1992 abriu o seu 1º Empreendimento, a
Porto e Porto Vistorias. Numa estratégia sensata, Jair buscou parceria com uma rede de manutenção em veículos, de
forma que ele usasse o espaço físico da rede para atender os seus clientes. Em contrapartida, a rede de manutenção de
veículos conseguia aumentar consideravelmente a sua carteira de clientes. Em 1994, como forma de reconhecimento das
suas habilidades para os negócios, Jair é convidado a gerenciar uma loja da rede de serviços em veículos. Em pouco
tempo, passou a gerenciar 2 lojas da mesma rede. Durante 3 anos conciliou o trabalho de gerente, com as atividades de
sua empresa de vistorias que já contava com 2 funcionários. A partir de 1997, a história de nosso empreendedor começa a
mudar. Desde que havia saído de sua terra natal, Jair ficou 5 anos longe da família e dos amigos. Quando em 1996, veio
passear de férias em Januária, sentiu-se tocado pela saudade que tinha de estar em meio à sua família, e as pessoas de
quem tanto gostava. “A cidade natal é sempre marcante em nossa vida”, diz Jair. Quando retornou para São Paulo, já
sabia que era hora de mudar, de correr riscos e supera-los. Em 1997, resolveu abrir mão de sua empresa, do cargo de
gerente, e voltou para Januária onde iniciou mais uma página de sua história como Empreendedor. Além da vontade de
retornar à sua terra natal, Jair trouxe consigo também, o sonho de iniciar uma carreira de sucesso nos negócios. A
capacidade visionária e as experiências da vida na capital o ajudaram a enxergar a primeira oportunidade. Percebeu que
em São Paulo havia um ramo em ascensão e que em Januária ainda não tinha sido explorado. Com isso, foi o pioneiro no
ramo de Lanchonetes Ambulantes na cidade em meados de 1997. Com a venda de um carro comprado em São Paulo e
mais um capital que tinha levantado durante os 6 anos de trabalho, Jair adquiriu e adaptou um minivan Towner para
venda de Hot Dog’s. De forma estratégica, ele instalou-se na Praça Getúlio Vargas e começou um “pequeno-grande
negócio”, o Porto Lanches. “Ao mesmo tempo em que tinha um carro de passeio, tinha também um carro que gerava
lucros”, afirma Jair. Mesmo sem formalizar o planejamento do empreendimento em um Plano de Negócios, Jair adotava
métodos empíricos de controle e planejamento financeiro. A novidade do produto e o bom atendimento foram os
ingredientes para o sucesso. O Porto Lanches faturava uma média de R$ 10.000,00/mês. Mas que não se iludam aqueles
que enxergam apenas os números. Segundo Jair, a rotina de trabalho era pesada. Além de varar a madrugada vendendo
seus produtos, durante o dia tinha outra jornada; a limpeza do carro, e o preparo dos produtos para mais uma noite. Jair
que chegou a ter dois veículos adaptados para a venda de Hot Dog’s lembra com satisfação do dia em que o
empreendimento bateu o recorde de vendas. Durante a final da Copa do Mundo de Futebol em 2002, quando o a Seleção
Brasileira sagrou-se Campeã, o Porto Lanches vendeu mais de 2.000 Lanches e 3.000 Latinhas de refrigerante e cerveja.
O Porto Supermercado conta hoje com 9 funcionários. Com uma política de preço justo e bom atendimento, Jair afirma
estar no caminho certo para o sucesso do negócio. Em breve, pretende ampliar a rede Porto, em mais uma loja, localizada
em frente ao Mercado Municipal (SEASA). Nessa nova loja, com dimensões bem maiores, Jair pretende oferecer maior
conforto e opção de compras para os clientes, e despontar de vez no cenário comercial da cidade e região.
Com a característica típica de um bom mineiro, a quietude, Jair afirma: “Meu plano é crescer. Pretendo se Deus quiser
abrir mais uma loja, onde possa empregar mais pessoas”.