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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Acústica de um auditório

Projeto FEUP 2019/2020 - Mestrado Integrado em Engenharia Civil


Equipa 11MC06_04:
Supervisor: Rui Calejo Monitora: Francisca Futuro
Estudantes & Autores:
Hugo Félix- up201905293@fe.up.pt
Ricardo Coelho- up201904778@fe.up.pt
Ricardo Curado- up201907586@fe.up.pt
Dara Delgado- up201908687@fe.up.pt
Afonso Albuquerque- up201907052@fe.up.pt
Roberto Abreu- up201900161@fe.up.pt
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Resumo:
O presente trabalho visa apresentar, no âmbito da unidade curricular Projeto
FEUP, o estudo realizado sobre a acústica de um auditório, à escolha de cada
grupo, com o objetivo de estimar, a partir da fórmula de Sabine, o tempo de
reverberação do referido auditório.
A fim de estabelecer as bases teóricas do trabalho, pesquisou-se conceitos
relacionados com a acústica e os parâmetros que influenciam o tempo de
reverberação de acordo com a fórmula de Sabine.
Em seguida, apresentou-se informação acerca da sala escolhida pelo grupo -
sala de ópera da cidade de Tóquio (Tokio Opera City Hall) – destacando-se
elementos de sua arquitetura, geometria e dimensões. Apresentou-se, também,
informação oficial acerca do tempo de reverberação da sala, obtida por meio de
pesquisa em fonte confiável.
A partir de dados coletados sobre a geometria e dimensão da sala, e
considerando padrões de coeficientes de absorção sonora (valores mínimos e
valores máximos), conforme referências fornecidas durante os encontros presenciais
da unidade curricular Projeto FEUP, foi possível estimar o tempo de reverberação da
sala e tecer considerações acerca da diferença entre o tempo de reverberação
calculado pelo grupo e o valor obtido na pesquisa feita no sítio oficial do auditório.
Foi possível, também, verificar se o volume da sala estudada e o seu tempo de
reverberação estão dentro de padrões de acústica pré-estabelecidos para auditórios
do tipo.

Palavras chave: Projeto Feup, acústica, tempo de reverberação, ondas


sonoras, isolamento, absorção, reflexão, auditório.

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Agradecimentos:
Gostaríamos de agradecer sobretudo ao nosso professor Rui Calejo e aos
nossos monitores Daniel Afonso e Francisca Futuro pela orientação e apoio para a
realização deste projeto. Não podíamos deixar também de agradecer ao Engenheiro
António Costa por nos mostrar a câmara de reverberação, conseguindo assim
esclarecer algumas dúvidas acerca deste tema.

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Índice:
1. Introdução.............................................................................................................................6
2. Teoria.....................................................................................................................................7
2.1 Tempo de Reverberação..............................................................................................7
2.2 Absorção Sonora...........................................................................................................7
3. “Tokyo Ópera City Hall”......................................................................................................8
3.1 História............................................................................................................................8
3.2 Características...............................................................................................................9
3.3. Arquitetónica e acústica..............................................................................................9
4. Cálculo do tempo de reverberação................................................................................10
4.2 Resultados encontrados.............................................................................................12
4.3 Testando o impacto no tempo de reverberação da sala pelo uso de materiais
na superfície do teto com diferente taxa de absorção.................................................13
5. Conclusão...........................................................................................................................18
6. Referências Bibliográficas................................................................................................19

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Lista de figuras:
Figura 1 New National Theatre (Tóquio)..........................................................................................8
Figura 2 New National Theatre (Tóquio)..........................................................................................8
Figura 3: “Tokyo Opera City Hall”.....................................................................................................9
Figura 4: Vista 3D do edifício...........................................................................................................11
Figura 5: Esboço da figura geométrica da sala de ópera............................................................12
Figura 6 : Curva do Tempo de Reverberação...............................................................................14
Figura 7 : Gráfico com os tempos de reverberação ideais..........................................................18

Lista de Tabelas:

Tabela 1 Informações Gerais da Sala de Ópera de Tóquio 10

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1. Introdução
Os auditórios para execução de peças de ópera, recitais e concertos devem
ser, por questões de ordem técnica, espaços arquitetónicos com desempenho
acústico próximo da perfeição.
Os membros de uma companhia de ópera, sejam eles regentes, músicos ou
cantores, são artistas que costumam ter um traço comum de personalidade: a busca
pela perfeição. Tal busca faz com que, eventualmente, artistas dediquem parte
significativa de suas vidas a intenso treinamento, visando aprimorar o desempenho
de sua ferramenta de trabalho, seja um instrumento musical ou, simplesmente, a sua
voz. A referida perfeição pode traduzir-se na precisão da execação das notas
musicais, na escolha da altura e intensidade do som a ser emitido, dentre outros
aspetos.
Por outro lado, do ponto de vista de quem acorre a um espetáculo de ópera
na condição de audiência, espera-se poder desfrutar, em sua extensão máxima, do
prazer de ouvir músicos e cantores realizarem suas performances as quais, por
intermédio das ondas sonoras, chegam ao sistema auditivo de cada pessoa,
despertando diferentes emoções.
Neste contexto, a engenharia civil tem importante papel, qual seja, o de
construir edificações cuja acústica funcione de forma a permitir aos artistas o melhor
desempenho possível de seus instrumentos musicais e aos ouvintes perceberem os
sons livres de interferências.
Que interferências são essas? Como podem ser medidas? Como a
engenharia se relaciona com tudo isso? Essas são algumas das questões que serão
tratadas nos tópicos adiante.
O capítulo seguinte apresentará conceitos que consistem na base teórica
sobre o tema.

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2. Teoria

2.1 Tempo de Reverberação


As ondas sonoras propagam-se em todas as direções a partir da fonte, assim
sendo, quando estas são emitidas num espaço fechado irão existir ondas
imediatamente recebidas pelo recetor (Ondas diretas) e, posteriormente, ondas que
serão recebidas após várias reflexões nos planos que confinem o espaço (Ondas
refletidas).
O Tempo de Reverberação de um compartimento é então, em termos práticos, o
intervalo de tempo que tem início com a perceção da onda direta e que termina com
a perceção da última onda refletida. Uma vez que todos os espaços estão sujeitos a
um certo ruído de fundo, definiu-se que o Tempo de Reverberação é então o tempo
que um ruído demora a decair 60 dB após o fim da sua emissão.
Em 1898, foi desenvolvida pelo físico americano Wallace Clement Sabine, após
várias experiências, uma fórmula matemática, de seu nome “Fórmula de Sabine”,
que veio permitir calcular o Tempo de Reverberação relacionando dos valores do
Volume do espaço em questão e da Absorção média do espaço.
0.161× V
T=
A

Sendo:
T - Tempo de reverberação (s)
V - Volume do espaço (m3)
A - Absorção média do espaço (m2)

2.2 Absorção Sonora


A absorção sonora é uma propriedade acústica dos materiais que pode ser
calculada segundo a seguinte expressão:
A=S × α
Sendo:
A - Absorção sonora do material (m2)
S - Área da superfície exposta do material (m2)
α - Coeficiente de absorção sonora

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3. “Tokyo Ópera City Hall”

3.1 História
Este auditório faz parte do complexo arranha-céus denominado “New National
Theatre” (NNT). O NNT foi concluído em 1996 por Takahiko Yanagisawa e tem 234
metros de altura e 54 andares. Esta torre é considerada a terceira mais alta de
Shinjuku, a sétima mais alta de Tóquio e o primeiro e mais importante centro de
artes cênicas do Japão. Na sua construção o objetivo era ter as melhores salas,com
as melhores condições, para que os artistas ,nas diversas artes, pudessem ter uma
performance exímia, sendo assim beneficiados pela sala onde atuavam. Assim
construiu-se três importantes salas (“Concert Hall”, “Recital Hall”, “Rehearsal
Rooms”) adequadas, principalmente, para a ópera, teatro, balé, danças
contemporâneas e orquestras.

Figura 1 New National Theatre (Tóquio)

Fonte: Google Imagens

Figura 2 New National Theatre (Tóquio)

Fonte: Google Imagens

O “Tokyo Ópera City Hall”, mais conhecido como, “Takemitsu memorial”, em


honra do falecido compositor japonês Toru Takemitsu, abriu a 10 de Setembro de
1997, com uma apresentação de St. Matthew's Passion, de J. S. Bach, realizada
pela Saito Kinen Festival Orchestra, sob a direção de Seiji Ozawa, e foi arquitetada
por Takehiko Yanagisawa.

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Figura 3: “Tokyo Opera City Hall”

Fonte: Google imagens

3.2 Características
A sala tem três pisos e capacidade total para 1632 pessoas, no primeiro piso
cabem 974 pessoas, no segundo piso 356 pessoas e no terceiro piso 302 pessoas,
no qual no segundo e terceiro piso são varandas. É adequada, especificamente, para
concertos e recitais, sendo que o seu tempo de reverberação é de 1,95s em sala
cheia. A base da sala tem a forma de um retângulo e o teto tem a forma de uma
pirâmide distorcida, com o seu pico mais perto da parte de trás da sala.
A sala contém um órgão que domina o segundo piso, ou seja, o primeiro piso de
varanda, oito salas privadas para uso dos artistas e áreas de buffet no segundo e
terceiro piso.

3.3. Arquitetónica e acústica


A acústica da sala está diretamente relacionada com a arquitetônica do
auditório. O estudo da acústica antes da construção da sala dividiu-se em 3 partes:
Primeiro foi feita uma simulação no computador da sala para testar a
viabilidade da forma retangular/piramidal e as medidas aproximadas dos valores
acústicos. Como 6 dos 34 melhores auditórios em termos acústicos tinham uma
forma retangular, foi automaticamente aceite como sendo uma forma aceitável para
o auditório.
Segundo foi construído um modelo na escala 10:1 e desta forma obteve-se a
forma das superfícies refletoras, a altura necessária para atingir os tempos de
reverberação pretendidos e os valores acústicos ficaram definidos. O tempo de
reverberação médio é de 1,9s sendo que os valores na sala variam entre 1,8-2,0 s.
O tempo de deterioração precoce ou early decay time tem o valor de mais 0,5s do
que do tempo de reverberação, sendo que estes dois valores estão sempre
relacionados. A Claridade é relacionado com o early decay time e deve ter valores
entre -1,0 e -4,0 dB. Por fim a intimidade é o atributo que causa, acusticamente, com
que o público se sinta em contacto com a orquestra. Para isto foi necessário medir o
tempo de atraso inicial (ITDG) e como a sala tem 20m de comprimento e capacidade
para 1632 pessoas, este valor é 15ms, bem mais baixo que o máximo aceitável de
25ms.

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Terceiro, alguns meses antes da abertura, foi realizado um concerto de teste


com uma orquestra e com público de forma a perceber se existiriam algumas
peculiaridades no som que não tinham sido possíveis de perceber no modelo 10:1.

4. Cálculo do tempo de reverberação


Após uma vasta pesquisa sobre o auditório em estudo foi se demonstrar,
através de cálculos, a informação recolhida até agora. Assim, revisou-se, de forma
sucinta, a história da acústica, o ramo da Física que estuda os fenômenos
associados ao som. Ao fazê-lo, pesquisou-se, especificamente, sobre o fenômeno
gerado pela reflexão das ondas sonoras ao chocarem contra as superfícies que se
contrapõem ao seu avanço, gerando o efeito chamado de reverberação. Mostrou-se,
também, a fórmula de Sabine, formula utlizada para estimar o tempo de
reverberação.
No tópico corrente, será utilizada a fórmula de Sabine para estimar o tempo
de reverberação do auditório escolhido pelo grupo, um espaço arquitetónico
moderno, de acústica próxima da perfeição.
Para a realização deste cálculo foi necessário recolher informações base.
Assim recorreu-se ao site oficial do “Tokyo Ópera City Hall”
Tabela 1 Informações Gerais da Sala de Ópera de Tóquio
Fonte: site oficial https://www.operacity.jp/en/concert/facilities/ch/

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Apenas com as medidas da sala, obtidas no referido site, não foi possível
calcular o volume e área de absorção sonora equivalente, parâmetros necessários
para utilizar a fórmula de Sabine.
Foi preciso, então, buscar mais informação acerca da geometria da sala, tais
como as cotas do prisma com formato da caixa de sapato, que formam o corpo da
sala, e, também, as medidas das paredes do teto em formato de abóboda piramidal.
Com o auxílio de imagem em 3D, capturada a partir do Google Maps, foi possível
melhorar a compreensão do formato da abóboda piramidal que encobre a sala.
Observou-se, por exemplo, que o cume da pirâmide não se localiza na linha
imaginária ortogonal ao centro do sólido, conforme é possível perceber na Figura 2,
adiante no texto.

Figura 4: Vista 3D do edifício

Fonte: Google imagens

Observando as imagens do Google, e fazendo aproximações razoáveis


baseadas nas informações dimensionais colhidas em Holeman (2012), foi possível
descrever a geometria espacial do sólido que representa a sala de ópera da
seguinte forma: um paralelepípedo (ou caixa de sapatos), com base de 20 x 41.4
metros e altura estimada de 12 m, estimativa feita a partir da informação de que há 3
camarotes laterais (balcony), assumindo que cada camarote tem pé direito majorado
de 4 metros cada, com o paralelepípedo terminando no topo do terceiro camarote,
onde inicia-se a abóboda em formato piramidal. Para convergir com a informação da
altura máxima do teto, que consta no sítio da sala de ópera (27.2 m), o cume da
abóboda precisa estar a 15.2 metros acima do topo do paralelepípedo.
A partir das imagens do Google Maps, estimou-se que o cume está
centralizado com largura da sala, distando 10 metros de cada face lateral da sala,
porém, encontra-se deslocado em relação ao sentido longitudinal da sala (palco –
fundo), sendo a posição do cume estimada como estando a 1/3 da distância total da
profundidade, contada a partir do palco, distância esta que equivale a 13.8 m.
Desta forma, a área do teto acima do paralelepípedo pode ser descrita como
sendo formada por 4 triângulos - 2 simétricos não isósceles (laterais C e D) e 2
assimétricos isósceles (frente/fundo A e B).
A partir da descrição acima, foi possível construir o esboço, em perspetiva de
45º, conforme apresentado na Figura 3 adiante no texto.

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Figura 5: Esboço da figura geométrica da sala de ópera

Fonte: Google Imagens

O passo seguinte foi calcular as áreas dos triângulos A, B, C e D, conforme


esboço da Figura 3, que formam a abóboda piramidal do teto. Foi utilizado o
Teorema de Pitágoras para se encontras as medidas dos triângulos e, sem seguida,
suas respetivas áreas.
A memória de cálculo, com o passo-a-passo até chegar ao tempo de
reverberação, é apresentada no Apêndice 1 deste trabalho. cálculos são
apresentados a seguir.

4.2 Resultados encontrados


Baseado nas premissas descritas acima, chegou-se aos seguintes valores
dos parâmetros utilizados na fórmula de Sabine:

O volume encontrado – 14130 m 3, difere um pouco do valor obtido no sítio


oficial de internet da sala de ópera, cujo valor é 15300 m 3. A diferença pode ser
atribuída a premissas que precisaram ser estabelecidas por conta da carência de
informação precisa acerca da geometria da sala.

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A área de absorção sonora equivalente encontrada, conforme descrito no


Apêndice 1, é d 1937 m2.

A partir dos valores acima, e utilizando a fórmula de Sabine, chegou ao


seguinte valor estimado do tempo de reverberação:

O tempo de reverberação encontrado foi de 1.174 segundos e difere,


consideravelmente, do valor informado no sítio oficial, sendo este de 1.95 segundos.
Atribui-se a diferença de valores a diversas razões, que podem incluir as que
seguem:
a. A diferença no valor do volume, já descrita acima.
b. Diferentes valores de superfícies estimadas neste trabalho.
c. Diferentes valores de taxas de absorção dos materiais de cada superfície.

4.3 Testando o impacto no tempo de reverberação da sala pelo uso


de materiais na superfície do teto com diferente taxa de absorção
Nesta seção, pretendeu-se, de forma hipotética, demonstrar uma situação
em que é possível utilizar materiais com diferentes taxas de absorção no projeto da
sala.
Sabe-se que materiais mais eficientes do ponto de vista acústico podem ter maior
valor que outros menos eficientes.
Então, a proposta é criar uma função que represente o impacto no tempo de
reverberação do uso de materiais com diferente taxa de absorção (letra grega alfa)
no teto da sala, ceteris paribus.
Tomou-se como menor valor de alfa 0.15 e o maior 0.85, referências estas
fornecidas em sala de aula.
Criou-se a seguinte função para cálculo da área de absorção sonora
equivalente:

Em seguida, o tempo de reverberação foi declarado como função da taxa de


absorção dos materiais utilizados no teto da sala.

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Tem-se que para alfa = 01.5, T = 1.738 segundos. Para alfa igual a 0.85, T =
0.887 segundos.
O gráfico apresentado a seguir mostra a curva decrescente do tempo de
reverberação como função do valor da taxa de absorção do material utilizado no
revestimento do teto da sala.

Figura 6 : Curva do Tempo de Reverberação

Fonte: Autores

Foi utilizado o software de engenharia Mathcad para realizar os cálculos e


esboçar os gráficos. A memória de cálculo encontra-se no Apêndice 2.

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5. Conclusão
A revisão das noções básicas de acústica, apresentada na Introdução,
permitiu relembrar o conceito de tempo de reverberação e como este se relaciona,
conceitualmente, com a superfície de absorção e volume do espaço estudado,
através da fórmula de Sabine.
A pesquisa sobre o “Tokyo Opera City Hall” resultou no levantamento de
pontos de interesse inicial do estudo, ressaltando as características arquitetónicas
do projeto, principalmente, naquilo em que se refere à ciência da acústica.
Utilizando as informações dos capítulos anteriores e estendendo a pesquisa
sobre a geometria da sala de ópera, foi possível calcular os parâmetros necessários
para aplicação da fórmula de Sabine e estimar o tempo de reverberação da sala.
Para permitir um melhor entendimento de como os parâmetros da fórmula de Sabine
se relacionam, foi simulada uma situação hipotética do tempo de reverberação
variando em função da taxa de absorção do material utilizado no revestimento do
teto da sala, resultando no gráfico da curva de reverberação.
Por fim, analisando o gráfico (figura 7) dos tempos ideais de reverberação
para os diversos tipos de sala, e comparando com os resultados dos cálculos
realizados, percebeu-se que este auditório, que contém um tempo de reverberação
igual a 1,95s (Tabela 1) e um volume de, aproximadamente, 15 000 metro cúbicos
(Anexo 1), tem uma acústica fantástica.

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6. Referências Bibliográficas
Holoman, D. K. (2012). THE ORCHESTRA - A Very Short Introduction. New York:
Oxford University Press.
Silva C. (2013). O TEMPO DE REVERBERAÇÃO E A INTELIGIBILIDADE DA
PALAVRA - Caso de Estudo: Salas de aula da FEUP disponível em:
https://sigarra.up.pt/feup/pt/pub_geral.pub_view?pi_pub_base_id=26080
pesquisa acerca dos conceitos ideais de acústica:
https://www.researchgate.net/publication/12672197_Acoustical_design_of_the_Toky
o_Opera_City_TOC_concert_hall_Japan

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