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DEFINIÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
➔ No Brasil, o câncer de estômago, excetuando-se o de pele (não melanoma), é o quinto câncer mais
frequente;
➔ A incidência é maior nas regiões Norte e Nordeste;
➔ 3º mais frequente nos homens;
➔ 5º mais frequente entre as mulheres;
➔ Em ambos os gêneros a incidência aumenta a partir de 35-40 anos e geralmente é diagnosticado em
indivíduos entre 50-70 anos;
➔ Possui sobrevida em 5 anos, é de cerca de 30% nos países desenvolvidos e de 20% nos países em
desenvolvimento;
➔ Independentemente da região do país, homens, idosos e indivíduos de classes sociais mais baixas
são os mais frequentemente afetados;
➔ Apesar de possuir, ainda, alta mortalidade no mundo, há declínio progressivo da sua incidência e
mortalidade nos últimos anos, principalmente em países desenvolvidos → Cogita-se que essa queda
deve-se em parte ao reconhecimento dos principais fatores de risco, como a infecção pelo Helicobacter
pylori e fatores dietéticos e ambientais, como as nitrosaminas e alimentos defumados e salgados.
FATORES DE RISCO/ETIOLOGIA
Nenhum fator etiológico isolado tem sido considerado causa direta do CG, embora algumas
associações tenham sido observadas. Os principais fatores de riscos são:
➔ Infecção gástrica pelo Helicobacter pylori;
➔ Idade avançada e sexo masculino;
➔ Hábitos de vida, como dieta pobre em produtos de origem vegetal, dieta rica em sal, consumo de
alimentos conservados de determinadas formas (com conteúdo elevado de nitratos, nitritos e aminas
secundárias), como defumação ou conserva, e exposição a drogas, como tabagismo;
➔ Gastrite atrófica crônica, metaplasia intestinal da mucosa gástrica, anemia perniciosa, úlceras gástricas,
pólipo adenomatoso do estômago e gastrite hipertrófica gigante;
➔ História pessoal ou familiar de algumas condições hereditárias, como o próprio câncer gástrico e a
polipose adenomatosa familiar;
➔ Pacientes do grupo sanguíneo A têm maior predisposição (até 20% a mais que outros grupos);
➔ Condições sanitárias e de higiene precárias, além de superpopulação também são considerados fatores
importantes no desenvolvimento dessa neoplasia;
➔ Redução da acidez gástrica e Cirurgia gástrica anterior (antrectomia) (período de latência de 15 a 20
anos);
➔ Exposição prolongada a antagonistas dos receptores H2 de histamina.
FISIOPATOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de estômago traga mais benefícios do
que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado (WHO, 2007; NCI, 2021).
Aos pacientes que estão sob suspeita clínica com sintomas gastrointestinais deve-se estar atento aos
sinais de alarme, como:
➔ Sangramento gastrointestinal agudo/crônico (melena/ hematêmese);
➔ Perda de peso involuntária progressiva;
➔ Disfagia progressiva;
➔ Vômitos persistentes;
➔ Anemia por deficiência de ferro;
➔ Massa epigástrica;
➔ Doença péptica ulcerosa prévia;
➔ História familiar de câncer gástrico.
É importante dizer que o diagnóstico clínico do câncer gástrico é difícil, porque não há sintomas
patognomônicos.
Quando há suspeita do diagnóstico, o paciente deve ser submetido à endoscopia digestiva alta com
biópsia (padrão ouro) que deve conter:
● Descrição da localização de lesões (cárdia com especial atenção à junção gastroesofágica, fundo,
corpo, antro e piloro)
● Grau de disseminação no órgão
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Marcadores Laboratoriais
São mais utilizados no seguimento. Exames laboratoriais realizados para avaliar as condições
clínicas do paciente (exemplo: hemograma, função hepática, função renal etc). Marcadores tumorais podem
ser medidos. Se houver elevação de CA 72-4, CA 19-9 e CEA são indicativos doença extensa e, logo, de pior
prognóstico quando elevados.
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DE LAUREN
CLASSIFICAÇÃO DE BORRMANN
ESTADIAMENTO
TRATAMENTO
REFERÊNCIAS
● Martins, Mílton de, A. et al. Clínica Médica, Volume 4: Doenças do Aparelho Digestivo, Nutrição e
Doenças Nutricionais. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Editora Manole, 2016.
● Jameson, J. L. Medicina Interna de Harrison - 2 Volumes. Disponível em: Minha Biblioteca, (20th
edição). Grupo A, 2019.
● Goldman, Lee. Goldman-Cecil Medicina. Disponível em: Minha Biblioteca, (25th edição). Grupo GEN,
2018.
● Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Diretrizes
Diagnósticas e Terapêuticas: Adenocarcinoma de Estômago. MS, 2017.