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A idéia de que a Economia teria 10 princípios básicos não é uma noção que a literatura econômica
consagre. Porém, Manki (2001) a utiliza para sistematizar a uma excelente.
Assim, as opções que fazemos, individualmente ou em sociedade,
implicam em escolher diferentes alternativas. Reconhecer que as escolhas também
implicam em renúncias é importante porque as pessoas só tomam decisões racionais
se tiverem pleno conhecimento das opções disponíveis.
Mankiw (2001: 11) também cita como causa de falha de mercado o poder
de mercado das empresas. Poder de mercado é o conceito que designa a capacidade
de um agente econômico de influenciar de forma indevida os preços de mercado. O
monopólio da oferta de um bem essencial, por exemplo, confere ao monopolista poder
de mercado. Nesse caso, a regulamentação do preço pode aumentar a eficiência
econômica, como veremos adiante.
Alguns países passaram por processos inflacionários que fizeram com que
os preços se multiplicassem várias vezes em um curto período de tempo. A Alemanha
da década de 20 e o Brasil da década de 80 são exemplos disso. Em ambos os casos,
o período de alta inflação coincidiu com uma fase de baixo crescimento econômico.
Como a inflação implica em vários custos, a estabilidade de preços é um importante
objetivo de política econômica.
2. Teoria do Consumidor
2.1 Conceito
A chamada Lei Geral da Oferta mostra que há uma relação direta entre
quantidade ofertada e o nível de preços, coeteris paribus. Seguindo a lei, podemos
indicar uma escala de oferta de um bem X. Ou seja, dada uma série de preços, quais
senam as quantidades ofertadas a cada preço:
Preço Quantidad
1,00 e ofertada 1.000
3,00 5.000
6,00 9.000
8,00 11.000
10,00 13.000
A escala também pode ser expressa graficamente como a seguir:
3. Teoria da Produção
3.1.1 Produção
Onde:
- Fatores variáveis- São aqueles cujas quantidades utilizadas variam a medida que a
quantidade produzida varia. Exemplos: matérias-primas e mão-de-obra;
- Fatores fixos- São aqueles cujas quantidades não variam quando a produção varia.
-Longo prazo- É o período de tempo em que todos os fatores podem sofrer variação.
q = f(N, K)
onde:
q=quantidade;
q = f(N)
- Custo total médio (CTMe) - É calculado por meio do quociente entre o custo total e a
quantidade produzida:
Também é chamado de custo unitário por ser o custo por unidade produzida
-Custo variável médio (CVMe) - É obtido por meio do quociente entre o custo variável
total e a quantidade produzida:
CVMe=CVT/q
-Custo fixo médio (CFMe). - É o quociente entre o custo fixo médio e a quantidade
produzida
CFME = CFT/q
Como as variações da produção não impactam o custo fixo total, no curto prazo, o
custo marginal é determinado apenas pela variação do custo variável total.
Curvas de custos
a) Custos totais
O gráfico acima indica que o custo variável médio, o custo total médio e o
custo marginal têm o formato em U Ou seja, eles primeiro decrescem, para depois
crescerem. Isso porque, no início do processo de produção, a empresa trabalha com
uma reserva de capacidade produtiva. Assim, os custos totais crescem menos que a
produção, fazendo com que os custos médios e marginais decresçam.
LT=RT-CT
Onde:
LT = lucro total;
RT = Receia total
4. Estruturas de mercado
Este capítulo discute as formas que o mercado pode assumir com vistas à
organização da concorrência. Essas formas ou estruturas de mercado dependem
basicamente de três fatores:
A empresa maximiza
o lucro ao produzir a
quantidade para qual
Custos o custo marginal é
e igual à receita CMg
marginal
Receitas
CMg2
CTM
P= RMg1= P= RM= RMg
RMg2 CVM
CMg1
0 Q Q max Q Quantidade
1 2
4.2 Monopólio
É a estrutura de mercado onde apenas uma empresa detém a totalidade
da oferta de mercado. Neste caso, portanto, não há concorrência. O produto da
empresa monopolista não se defronta com produtos substitutos próximos. Assim, ou
os consumidores aceitam as condições impostas pelo produtor ou deixam de consumir
o produto.
Como o monopolista não enfrenta a concorrência de outras empresas,
podendo regular a oferta total de mercado, ele tem grande influência sobre o preço.
Assim, a sua marcação de preço possibilita que a sua receita marginal supere o seu
custo marginal, garantindo lucros extraordinários. A capacidade de gerar lucros extras
decorre do poder de mercado que a empresa detém.
Para que o monopolista permaneça com a exclusividade da oferta de
mercado, é necessário que haja barreiras intransponíveis à entrada de potenciais
concorrentes. As principais fontes de barreiras à entrada são as seguintes:
-Monopólio natural: ocorre quando o mercado, por suas próprias características, impõe
a instalação de grandes unidades produtivas, que operam com elevadíssimas
economias de escala. Nessa situação a empresa pode operar com preços
relativamente baixos, inviabilizando a entrada de concorrentes. Exemplo: empresa
fornecedora de água encanada; empresa fornecedora de gás encanado.
-Patentes ou legislação restritiva: restrições decorrentes de legislação estabelecem
fortes bloqueios à entrada de novos participantes. Exemplo: patentes farmacêuticas
-Controle de fonte de matéria-prima: a empresa detém o fornecimento exclusivo da
matéria-prima necessária a produção.
Demanda do Monopolista
Pm
Demanda de
mercado (=demanda
Pm’ para a firma)
Qm Qm’ Q
RMg
4.2.1 Discriminação de preços
4.3 Oligopólio
-Liderança de preços: a empresa líder adota um preço que garante lucros extra-
normais e este preço é seguido pelas demais
-Liderança barométrica: a empresa com os custos médios mais “representativos do
conjunto das empresas do setor define o preço a ser praticado pelo oligopólio”.
-Mark-up padrão: as empresas utilizam um mesmo fator multiplicador dos custos para
definir seus preços.
a) Barreiras estruturais:
Podemos distinguir 5 elementos presentes na estrutura da indústria que
podem se constituir em fontes de barreiras à entrada. São elas:
1-Vantagens absolutas de custo
2-Preferências do consumidor
3-Economias de escala
4-Altos investimentos requeridos
5-Presença de custos irrecuperáveis (aumento da capacidade instalada e publicidade)
b) Barreiras estratégicas
1- Estratégia do preço-limite
6. Moedas e Bancos
6.1 Moeda
6.1.1 Histórico
6.2 Bancos
7. Inflação
M = Estoque de moeda,
V = Velocidade-renda de circulação da moeda, P = Nível de preços,
T = Quantidade de bens e serviços,
Assim, havendo aumento do estoque de moeda (emissão monetária) em
proporção maior do que o aumento na quantidade produzida de bens e serviços, e
mantida inalterada a velocidade-renda de circulação da moeda, haverá,
necessariamente, aumento do nível de preços.
b) A visão estruturalista
A visão estruturalista entende que a inflação é um fenômeno que reflete
condições estruturais da economia. Assim, problemas relacionados à hiatos de
produto, conflitos distributivos e distorções nos preços relativos seriam responsáveis
pela eclosão de processos inflacionários.
c) Inflação de demanda
A emergência de um processo de alta de preços como resultado de um
descasamento entre oferta e demanda dá origem a essa teoria. A noção aqui é de que
a demanda, premida por um fator exógeno - por exemplo, um aumento de renda
determinado institucionalmente -, pode superar a oferta, pressionando os preços.
A alta do salário mínimo por ocasião da decretação do Plano Cruzado, por
exemplo, pode ser apontada como um dos fatores responsáveis pelo excessivo
aquecimento da demanda à época, o que pressionou os preços, contribuindo para o
fracasso do congelamento de preços.
d) Inflação de custos
A ocorrência de um choque de custos - um aumento abrupto nos preços de
um insumo (o petróleo, por exemplo) que tenha importância estratégica na formação
dos demais preços da economia - pode desencadear uma alta de preços, culminando
na eclosão de um processo inflacionário.
Exemplos de choques de custos, as altas expressivas no preço do
petróleo, em 1973 e em 1979, provocaram aumento da inflação em vários países.
e) Inflação inercial
A presença de mecanismos de indexação de preços e salários na economia é
vista como um fator que pode replicar uma alta de preços ocorrida no passado. Assim,
mecanismos de reajustes automáticos de preços podem se constituir em fatores
reprodutores da alta de preços, contribuindo para a persistência (e aceleração) do
processo inflacionário.
O reajuste mensal de salários, mecanismo em vigor até a instituição do Plano
Real, pode ser apontado como exemplo de dispositivo que replicava a alta de preços
ocorrida no passado, e que contribuía para a manutenção da inflação.
7.2.1 Ortodoxas
8.2.1 Padrão-ouro
8.2.2 Padrão-dólar
- Paridade fixa das demais moedas em relação ao dólar: poderia haver variação de até
+/- 1 % em relação ao dólar
- Variação cambial até 10%: deveriam ser previamente comunicadas ao FMI
- Variação cambial > 10%: deveriam ser previamente autorizadas pelo FM
8.3.1.2 Dolarização
A dolarização ocorre quando os residentes de um país utilizam de forma
extensiva o dólar em detrimento da moeda nacional. A dolarização pode ser dividida
em extra-oficial, em que os indivíduos mantêm depósitos bancários ou títulos em
moeda estrangeira para proteger-se das oscilações da moeda doméstica; em
dolarização semioficial na qual há duas moedas de curso legal dentro do país; e em
dolarização oficial na qual o governo adota a moeda estrangeira (dólar) como moeda
oficial e de curso legal.
8.3.1.3 Currency Board
Dado o insucesso da tentativa, que drenou boa parte das reservas desses países, a
alternativa foi a adoção de um regime de câmbio flutuante. Essa opção, no entanto,
acarretaria em acentuada desvalorização da moeda desses países, bem corno em
drástica retração nos preços dos ativos negociados nos mercados acionários.