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Posto de Trabalho
UFCD 0650 - Organização do Posto de Trabalho
Índice
Introdução................................................................................................................................................. 3
Objetivo …...................................................................................................................................................................... 3
Conteú dos…........................................................................................................................................................................... 3
Racionalização do Trabalho................................................................................................................ 4
Princípios da ergonomia....................................................................................................................................... 11
1 – O Ruído.................................................................................................................................................................. 11
2 – A Iluminaçã o........................................................................................................................................................ 12
3 – As Cores................................................................................................................................................................. 13
4 – Ventilaçã o e Temperatura.............................................................................................................................. 13
5 – As Cadeiras e os Apoios................................................................................................................................... 14
6 – Os Apoios na Posiçã o de Pé........................................................................................................................... 15
7 – As Mesas e as Secretá rias............................................................................................................................... 15
8 – As Portas, os Tectos, os Corredores e as Estantes................................................................................ 16
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Bibliografia....................................................................................................................................................................... 21
Introdução
Âmbito do Manual
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formaçã o de curta
duraçã o nº 0650 - Organização do Posto de Trabalho, de acordo com o Catá logo Nacional
de Qualificaçõ es
Objetivos
Utilizar os princípios bá sicos da racionalizaçã o das atividades de trabalho.
Conteúdos
Racionalizaçã o do trabalho
2. Desenvolvimento de atividades
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Carga Horária
25 horas
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1. Racionalização do trabalho
Racionalização do Trabalho
Racionalizaçã o do trabalho nada mais é que a interaçã o dos profissionais com a rotina
de trabalho, realizando suas competências com dinâ mica. Sejam em grandes
indú strias ou em feira livre, por exemplo, deve-se racionalizar os movimentos,
economizar tempo e material, otimizando assim, a qualidade dos serviços
prestados e o produto final, aumentando desta forma a produtividade.
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Quer a empresa seja de grande ou de pequena dimensã o, existe sempre uma parte
implícita, um trabalho esperado, do qual os responsá veis e os trabalhadores têm a
sua pró pria representaçã o.
Sendo a tarefa uma prescriçã o, um quadro formal, é o trabalho real dos trabalhadores
ou atividade, que permite a produçã o.
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Henry Ford, em 1913, aplicou o taylorismo à indú stria automó vel (produçã o do
ModeloT), introduzindo nas suas fá bricas a linha de montagem para, segundo o
pró prio, “levar o trabalho ao operário, em vez de levar o operário ao trabalho”.
Tapetes rolantes faziam chegar as peças aos operá rios que, sem se deslocarem,
trabalhavam como uma autêntica má quina humana, segundo a cadência imposta
pelas engrenagens. Deste modo, poupavam-se todos os gestos inú teis ou lentos, o
que resultou num extraordiná rio aumento da produtividade.
Aumentar a segurança
Melhora a produtividade
Reduz desperdício
Diminui o absenteísmo
Características gerais:
Realizaçã o profissional
1. Propósito claro: a visã o, missã o, objetivo ou tarefa da equipa foi definida e agora é
aceita por todos. Existe um plano de açã o.
5. Discordância civilizada: existe discordâ ncia, mas a equipa esta confortá vel com isso
e nã o mostra sinais de evitar, encobrir ou omitir conflitos.
10. Relações externas: a equipa gasta seu tempo desenvolvendo relaçõ es externas,
mobilizando recursos e criando credibilidade com importantes contribuiçõ es de
outras partes da organizaçã o.
11. Diversidade de estilo: a equipa possui uma ampla gama de tipos de membros,
incluindo aqueles que enfatizem a atençã o à tarefa, estabelecimento de objetivos, foco
no processo e perguntas sobre como a equipa está funcionando.
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Nível de dependência
RENTABILIDADE
MERCADO
INOVAÇÃ O
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HUMANOS
FINANCEIROS
TECNOLÓ GICOS
FÍSICOS
RECURSOS
Atividade coordenada
Comunicaçã o efetiva
Energia
Controlo
Conhecimentos
Tecnologia
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ERGONOMIA
1. Ruído
A presença de ruídos é um dos fatores que mais perturbam o bom andamento dos trabalhos,
afetando a concentraçã o e, por conseguinte, a produtividade. Os ruídos podem ter vá rias
origens:
Um ruído intenso e prolongado constitui uma agressã o tanto mais prejudicial quanto a médio
prazo provoca uma habituaçã o naqueles que sã o vítimas, tornando-os progressivamente
surdos, sem que se apercebam e reajam a tempo. No imediato toma-se, evidentemente, num
obstá culo à perceçã o das mensagens auditivas (sons diferentes que assinalem uma anomalia
de funcionamento, alarmes sonoros e todas as informaçõ es verbais de origem humana).
mostrando que o som ambiente pode ser totalmente desaconselhá vel para os
ambientes de trabalho que exijam um grau mínimo de concentraçã o.
2. A iluminação
Experiências já comprovaram que a produtividade aumenta à medida que melhoram as
condiçõ es de iluminaçã o do local de trabalho. A qualidade dos produtos está , de igual forma,
relacionada com a adequaçã o da luz.
Quando for necessá rio recorrer à iluminaçã o artificial convém ter o cuidado de adaptar a
iluminaçã o ao género de trabalho.
a) Trabalho de extrema minú cia e contraste muito pequeno com esforço muito
prolongado: Tipo de iluminaçã o: iluminaçã o particular para cada posto
As fontes de iluminaçã o devem ser dispostas de modo, a evitar os contrastes violentos entre o
campo de observaçã o e a periferia e a evitar o ofuscamento direto e o ofuscamento indireto.
exposiçã o à s poeiras).
3. As cores
É inquestioná vel o efeito psicoló gico que as cores dos equipamentos e do ambiente
envolvente causam à s pessoas. Além disso, elas sã o meios auxiliares na criaçã o de efeitos de
ilusã o de ó ptica que, à s vezes, sã o necessá rios, em decorrência de alguma disfunçã o
estrutural do local.
Há livros e estudos específicos que podem ser encontrados nesta á rea. Todos sã o
unâ nimes em aconselhar, como mais ideais para os ambientes de escritó rio, as cores
frias, como branco, creme, tonalidades claras do azul, do verde e do cinza
Sabemos da importâ ncia que a cor exerce na produçã o do bem-estar das pessoas. O peso
aparente dos objetos aumenta ou diminui de acordo com sua cor. As cores claras
proporcionam a sensaçã o de menor peso. Vamos deter-nos apenas nas cores padronizadas
por algumas Normas Técnicas, para uso nos postos de trabalho:
VERMELHO – Alarme – Usada para distinguir e indicar perigo (caixa de alarme, extintores
etc.).
AMARELO – perigo mecânico – É a cor usada no sentido de perigo para indicar cuidado (parte
baixa de escadas portá teis, corrimã o, peças cortantes, etc
BRANCO – Usado para assinalar passadiços e corredores de circulaçã o por meio de faixas etc
PRETO – Identifica coletores de resíduos. Usado também para substituir o branco, quando as
condiçõ es locais exigirem.
Nota: As má quinas devem ser pintadas com cores claras, de fator de reflexã o de cerca de
50%: amarelo, verde-claro, cinzento claro, azul claro, beges diversos, etc.
4. Ventilação e temperatura
A ventilaçã o é, sem dú vida, outro importante fator ligado à produtividade humana. A
ventilaçã o adequada pode ser obtida de duas formas, a ventilação natural e a artificial. A
ventilação natural é obtida pela instalaçã o de janelas e aberturas que possibilitem a
circulaçã o de ar. À s vezes nã o há possibilidade de ventilaçã o natural e a circulaçã o de ar é
insuficiente para proporcionar uma sensaçã o agradá vel.
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Poderã o existir alguns inconvenientes, como poeira, ruídos externos e frequentes períodos de
chuva, que venham a desaconselhar a ventilaçã o natural. Já a ventilação artificial é obtida
por meios mecâ nicos, os mais comuns sã o os ventiladores, os circuladores de ar, os
compressores e os ares condicionados.
5. As cadeiras e os apoios
A cadeira deve oferecer ao corpo numerosos pontos de apoio:
Sentado
5. O nível do assento deve ser regulá vel de acordo com o nível da mesa
1. Ser está vel, possuir grande superfície de suporte e permitir vá rias posiçõ es:
6. Os apoios na posição de pé
Em alguns locais de trabalho, quer por manifesta impossibilidade de se sentarem, quer ainda
devido a alguns preconceitos que já deveriam estar ultrapassados, as pessoas ainda passam
muito tempo de pé. Nesta posiçã o:
Favorecer a mudança das posições de pé, usando um pavimento elá stico, por
exemplo, uma grade, que permita alternar os pontos da pressã o que se exerce sobre o
pé.
- Instalar protecçõ es para suprir os esforços que ocorrem ao tentar evitar partes perigosas ou
sujas.
7. As mesas e as secretárias
Os tampos das mesas e secretá rias nã o devem ser excessivamente grandes a ponto de haver
zonas que, uma pessoa sentada numa cadeira, dificilmente atinge, ou tã o pequenos que nã o
permitam a uma pessoa trabalhar à vontade. As medidas má ximas aconselhadas sã o
aproximadamente 75 a 80 x 190 a 195 cm.
Estas dimensõ es permitem a qualquer pessoa normal alcançar, sem esforço, um documento
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A á rea normal daí resultante, no plano horizontal, proporciona maior comodidade e rapidez
para os movimentos das mã os. Esse modelo é aconselhado também para a forma dos painéis
verticais destinados ao suporte dos botõ es e teclas e alavancas de comando e controle.
A experiência tem demonstrado que o ritmo e a automatizaçã o dos movimentos, assim como
a fadiga reduzida resultam do arranjo do posto que proporcione aos movimentos das mã os
descreverem trajetó rias dentro das duas faixas triangulares, limitadas pelos â ngulos de 60° e
120°.
Quando é necessá rio que as duas mã os trabalhem na mesma direçã o, os arranjos devem ser
feitos de modo que permitam a realizaçã o dos movimentos em frente e bem pró ximo do
operador. Nestas condiçõ es, manifesta-se menor fadiga do que se tais movimentos fossem
realizados para a esquerda ou para a direita. Isso, porque o corpo pode mais facilmente
contrabalançar um movimento dessa natureza.
Altura = 200 cm
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Os tectos devem situar-se a uma altura tal que permitam a circulaçã o e a permanência da
pessoa no local sem constrangimentos.
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1. Melhoria do modo
operató rio da tarefa no
posto, quanto à rapidez,
comodidade, forma e
simplicidade dos
movimentos e à s condiçõ es
de higiene (iluminaçã o,
ruído) e de segurança do
trabalho.
2. Simplificaçã o dos modos operató rios, que se traduz no aumento da eficiência dos
executantes e nos resultados positivos dos fatores psicossociais: motivaçã o, confiança
na política adotada na organizaçã o, incentivos salariais etc.
3. Condiçõ es mais favorá veis para o manuseamento das ferramentas e dos meios
auxiliares, para a movimentaçã o dos materiais (abastecimento e retirada do posto),
para a operaçã o das má quinas, em consequência do conveniente arranjo físico do
posto.
pró prio local e na forma mais vantajosas de utilizar o posto, de modo a possibilitar ao
executante condiçõ es de trabalho favorá veis à comodidade, rapidez, facilidade e à menor
fadiga. Ou seja, o arranjo do posto deve facilitar a aplicaçã o dos "princípios da economia
dos movimentos", quanto à melhor utilizaçã o das características do corpo humano.
O arranjo físico no posto dos materiais a elaborar e das ferramentas a utilizar adopta a
disposiçã o e distâ ncias do operador que lhe proporcionem a simplicidade dos movimentos e
as condiçõ es mais favorá veis ao trabalho (fig. 4.15 e 4.16)
As regras com a denominaçã o clá ssica de "economia dos movimentos" foram obtidas
empiricamente pelo casal Gilbreth e, depois, ampliadas e aperfeiçoadas por Lowry, Maynard,
Stegemerten e Barnes, com a finalidade da melhor adaptaçã o do trabalho à s possibilidades
neurofisioló gicas do organismo humano. Tal finalidade de adaptaçã o é representada por:
limitaçã o dos esforços, poupança da energia humana e consequente prevençã o da fadiga,
diminuiçã o da atençã o e obtençã o da eficiência ó ptima do trabalho humano.
Sã o chamadas "regras do trabalho eficiente" por alguns autores porque concorrem para
encontrar o "melhor modo" de executar uma tarefa, isto é, a simplificaçã o do trabalho. Assim,
tais regras, fornecendo os meios para simplificar o trabalho, poderiam ser chamadas
propriamente regras da simplificaçã o dos movimentos integrantes do trabalho.
As regras, conforme o texto divulgado por Ralph M. Barnes, dizem respeito a situaçõ es de
trabalho como o emprego do corpo humano, o arranjo do posto e o projeto de ferramentas e
má quinas.
3. O posto de trabalho e o assento devem ter alturas que permitam ao operador trabalhar, à
vontade e alternadamente, nas posiçõ es de pé e sentado.
4. O posto de trabalho deve ser provido das condiçõ es físicas mais adequadas à natureza do
esforço solicitado e ao grau de atençã o. O recinto onde o trabalho se realiza deve
satisfazer as condiçõ es do meio físico, quanto a ventilaçã o, iluminaçã o, limite dos ruídos
etc., observando as normas da segurança e higiene do trabalho, para preservar a saú de e
o bem-estar do pessoal.
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Nem sempre é fá cil e mesmo possível aplicar as regras dos movimentos na sua plenitude, com
vantagens. Particularmente, neste caso, cumpre fazer tentativas para obter modificaçõ es que
acarretem a melhoria ou simplificaçã o dos modos de executar o trabalho. Assim, nã o sendo
possível substituir os movimentos em ziguezague ou que provoquem contraçõ es
involuntá rias dos mú sculos, é preferível retardar uma operaçã o, para evitar os efeitos da
inércia. Há casos em que os transportadores mecâ nicos podem substituir os movimentos em
linha recta necessá rios para mover um objeto de um lugar para outro.
As regras dos movimentos sã o genéricas, podendo, pois, da sua rigorosa observâ ncia resultar
métodos de trabalho que nã o sã o mais eficientes que outros obtidos em desobediência a tais
regras. Diante disso, torna- se indispensá vel fazer prévia aná lise dos métodos com uma
atitude crítica e criadora, para entã o concluir as melhores soluçõ es. Portanto, é importante
em cada situaçã o a investigaçã o permanente e o incentivo à criatividade, a par da
experimentaçã o.
Em resumo:
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Bibliografia
BART, Pierre. Ergonomia e Organizaçã o do Trabalho Operá rio. Traduçã o de Leda Leal
Ferreira. Traduçã o de Ergonomie et Organisation du Travail. In: Medicine et Travai, no4,
1976.
FLEURY, Afonso C. C. Organizaçã o do Trabalho na Indú stria: recolocando a questã o nos anos
80. In: Fleury, Maria Tereza, Fisher, Rosa Maria (eds). Processo e Relaçõ es do Trabalho no
Brasil. Sã o Paulo, Atlas, pp.51- 66, 1987.
IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produçã o. Sã o Paulo: Ed. Edgar Bucher Ltda, 1990.
MARANHÃ O FARIA, Nivaldo. Organizaçã o do Trabalho. Sã o Paulo. Atlas, 1984.
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