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ELABORADO POR:
Aercio Dilo
João Evangelista Donati Mbachi
Joana Ngaca
Naida Luís
Tomás Alexandre
Thomas Cungi
Vital Jocelino Vuna Baco
Resumo........................................................................................................................................II
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................1
Conclusão...................................................................................................................................15
Referências.................................................................................................................................16
INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO I – ENQUADRAMENTO TEÓRICO
A análise de funções, segundo Sousa et al. (2006), consiste numa análise, sistematização
e recolha de informação acerca de uma determinada função, com o intuito de identificar
as tarefas e as competências necessárias para o desempenho do colaborador, enquanto
que a descrição constitui um resumo das tarefas, dos objetivos e das responsabilidades
de uma determinada função, mas pode também incluir informação sobre as condições
de trabalho a que está sujeita e a relação com outras funções (Moniz, 2010).
No que diz respeito aos métodos a utilizar para a descrição de funções, há unanimidade
entre os diversos autores, visto que todos concordam que a observação direta, a
entrevista e o questionário são os métodos mais importantes e mais usuais (J. G.
Fernandes, 2011).
Através destes três métodos, o analista pretende responder a questões como: o que é que
o colaborador faz? Como é que faz o trabalho? Porquê que o trabalho é feito? e Que
capacidades são necessárias para a realização desse trabalho?(Moniz, 2010).
Na opinião de Sousa et al. (2006), esta prática de recursos humanos serve de base para
outras práticas, nomeadamente, recrutamento e seleção, uma vez que fornece
informações que orientam a procura de competências específicas, avaliação de
desempenho, uma vez que é essencial para a definição de critérios individuais de
avaliação, sistema de recompensas, devido a fornecer informações que permitem avaliar
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o valor intrínseco da função e compará-los com o restante mercado de trabalho para a
determinação das remunerações e para a formação de recursos humanos (Pereira, 2013).
Muitos autores defendem esta ideia, tal como consideram que esta prática de recursos
humanos é fundamental para o bom funcionamento e desenvolvimento das
organizações. A análise e descrição de funções é considerada uma ferramenta de gestão
imprescindível para as empresas, pois possibilita reunir informações essenciais que
servem de suporte às diferentes atividades de Gestão de Recursos Humanos (Viegas,
2013).
Em 2009, Priene et. al. consideram que asta prática de recursos humanos é muito
relevante para a criação de sistemas de recompensas e para a avaliação de desempenho.
A avaliação de desempenho herda desta prática a análise realizada a cada função,
podendo, assim, avaliar a qualidade do trabalho desempenhado e as potenciais
alterações a serem tidas em conta. Neste seguimento, esta prática permite também
determinar as exigências e as condições de trabalho de cada função, o que constituirá
um fator importante na gestão de recompensas (Viegas, 2013).
A DAF constitui um dos apoios fundamentais para qualquer sistema de RH, esta fornece
informação notória para as variadas práticas de gestão de recursos humanos. A partir
desta base conseguimos definir e clarificar responsabilidades e requisitos de cada
função. Pereira, A (2014)
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Segundo Pina e Cunha et al. (2010) citado por Pereira, A (2014:15) “Este método
compreende o estudo de uma ou mais funções de uma organização, na recolha de
informações acerca do conteúdo e do contexto envolvente de uma função. É um
procedimento habitual em todas as empresas, ainda que com modificações no que diz
respeito à sua extensão, rigor, custos e grau de organização. Mais concretamente,
consiste num método estruturado e sistemático de colheita de informação sobre as
tarefas e operações que um indivíduo ou um grupo devem realizar no decorrer das suas
funções laborais”.
Carvalho (2017) enuncia que na perspetiva de alinhamento das atividades de GRH com
a estratégia da organização, é impensável a não associação das duas, fazendo com que a
análise e descrição de funções seja um alicerce entre estas, por isso esta prática não deve
assumir apenas um papel de descrição, mas sim servir de baliza para uma Gestão
Integrada. Deste modo, esta prática deve ser aprimorada como um desenho ou mapa
estrutural de um trabalho e funções a cumprir conforme o planeamento, alinhamento
estratégico e visão de cada instituição.
Neste sentido, é importante realçar que é essencial existir uma análise e descrição de
funções para uma prática correta de GRH, pois esta permite ao topo da pirâmide
organizacional transmitir diretivas a todos os trabalhadores, e assim, desenvolver o seu
esforço de forma uníssona para um determinado fim. Sousa (2006)
Moniz, (2010:73) “Em suma, Descrição e Análise de Funções permite recolher dados
úteis para: Alterações estruturais na organização; Gestão de mudanças; Sistemas de
Avaliação e Gestão de Desempenho; Recrutamento e Seleção; Gestão de
Compensações; Gestão de Carreiras; Cumprir requisitos para as normas da Qualidade.
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1.2. Fases da Análise de Funções
Segundo Dessler (2003), a análise de funções é um processo composto por cinco fases.
A primeira é o “planeamento da análise de funções”, onde se identificam os objetivos
deste processo (podem ser a atualização da descrição de funções, a revisão do sistema
de recompensas, o redesign das funções, entre outros) e obtém-se o apoio da gerência.
Posteriormente é feita a “preparação e comunicação da análise de funções”,
identificando-se as funções que serão analisadas (determinar se esta análise irá ser feita
a nível organizacional, departamental, ou algo mais específico) e os métodos a utilizar.
Nesta fase também é feita uma revisão dos documentos existentes (como por exemplo
anteriores descrições e informações relativas à análise de funções) e comunica-se o
processo aos gerentes e colaboradores. A terceira fase trata-se da “condução da análise
de funções” na qual se reúnem, revêm-se e compilam-se os dados. Posteriormente
procede-se ao “desenvolvimento da descrição e especificação de funções”, elaborando-
se um esboço destes documentos que irá ser revisto pela gerência (a participação dos
colaboradores nesta etapa depende do estilo de gestão implementado na organização).
Assim que se encontrem finalizadas, as descrições de funções são distribuídas aos
gerentes, supervisores e colaboradores e, é crucial que os mesmos revejam este
documento em conjunto, de modo a confirmarem o seu conteúdo, uma vez que será
utilizado na avaliação de desempenho e noutras atividades de RH. A quinta e última
fase trata-se da “manutenção e atualização” da descrição e especificação de funções.
Dada a dinâmica das empresas, as funções podem sofrer alterações com alguma
frequência, sendo necessário desenvolver um sistema de revisão eficaz. Integrar a
descrição e especificação de funções noutras atividades de RH pode ser uma forma
eficaz de garantir a sua atualização (quando se procede ao recrutamento, seleção ou
avaliação de desempenho torna-se necessário rever estes documentos).
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processo, ou seja, é feita a preparação dos analistas, do material de trabalho e do
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tendências de mercado e adaptar-se às mesmas, contribuindo para uma maior
competitividade por parte da empresa (Ulrich, 1995).
Ao longo dos anos, várias empresas têm vindo a adotar uma abordagem centrada nas
competências. Nesta perspetiva, assume-se que as capacidades da organização
dependem das aptidões dos seus colaboradores, procurando-se captar e desenvolver as
competências que permitam adquirir uma vantagem competitiva. Na hora da seleção, a
atenção recai sobre capacidade de aprendizagem e adaptação dos candidatos,
selecionando-se aqueles que melhor integrariam uma learning organization. Nesta
perspetiva, o mais importante é selecionar o indivíduo que melhor se encaixa na
organização enquanto membro da mesma, sendo que o posto de trabalho assume um
papel secundário (Lawler, 1994).
A JOPER – Equipamentos Agrícolas S.A., foi fundada em 1941, por José Pereira, ao
iniciar a atividade de fabricação de máquinas para a Agricultura, Pecuária e Silvicultura
em Luanda, incluindo a reparação máquinas e alfaias agrícolas manuais e automáticas.
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Desde então a JOPER tem vindo a aumentar a sua dimensão, diversificando também a
sua gama de produtos, abrangendo presentemente, reboques agrícolas, reboques
cisternas para a pecuária, reboques tanques para água e gasóleo, entre outros produtos.
Missão
A JOPERA tem missão da organização consiste na satisfação das expectativas dos seus
clientes providenciando a melhor solução em equipamentos agrícolas, assumindo o
compromisso com a qualidade, segurança e respeito pelo meio ambiente.
Visão
Tem como visão ser uma empresa modelo no mercado agrícola, reconhecida tanto ao
nível nacional, como internacional, pelas suas vantagens competitivas, de forma a
superar as expectativas dos seus clientes.
Valores
De modo a poder oferecer produtos e serviços de alta qualidade, a JOPERA tem como
valores a preservar: o trabalho em equipa, o comprometimento, a credibilidade, a ética e
transparência, a integridade e a segurança. A JOPERA ao definir os seus valores
pretende que estes orientem todos os comportamentos dos seus trabalhadores para com
todos os stakeholders.
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O Departamento de Recursos Humanos tem como responsabilidade a prestação de apoio
na tomada de decisão de todas as áreas da Gestão de Recursos Humanos, como a
colocação de anúncios, realização de entrevistas, preenchimento do Relatório Único,
verificação da assiduidade e da pontualidade, marcação de férias e realização de todo o
processo inerente às remunerações, entre outras responsabilidades.
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3. Descrição e Análise funções
Designação da Função
Administrativa/o de Comercial
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA FUNÇÃO
Apoia a atividade comercial da empresa, através do processamento de Notas de
Encomenda e de toda a logística que envolve o transporte de encomendas, bem como
outras funções burocráticas.
SUPERVISÃO
Reporta diretamente à Administração
Principais Atribuições e Responsabilidades
Atendimento telefónico dos clientes;
Verificação, resposta e reencaminhamento do email geral do comercial para
cada vendedor;
Apoio aos vendedores;
Processamento de Notas de Encomenda;
Processamento de toda a Logística envolvida no transporte de Encomendas;
Realização de Transferências de Propriedade;
Realização de pedidos de Matriculas de Reboques e Cisternas;
Manutenção e organização de arquivo;
Intermediação entre produção e vendedores;
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Validação
Assinatura do Superior Hierárquico Assinatura do titular da função
Designação da Função
Administrativa/o de Contabilidade
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA FUNÇÃO
Apoiar toda a área de contabilidade, através da elaboração, conferencia e classificação
de documentos contabilísticos.
SUPERVISÃO
Reporta ao Técnico Oficial de Contas
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
Análise e classificação de documentos;
Efetuar o lançamento de faturas de fornecedores, de pagamento de fornecedores
e lançamentos nas contas corrente de clientes;
Elaboração de estatísticas;
Proceder à reconciliação bancária, conferindo e atualizando contas correntes;
Lançamento e conferência referente a processos de pagamento de divisa;
Fornecer dados para previsões de tesouraria e movimentações de fundos;
Colabora nas atividades de fim de exercício e regularização de contas, tanto ao
nível mensal como anual;
Prepara elementos para a liquidação de impostos;
NÍVEL DE ESCOLARIDADE NÍVEL DE ESCOLARIDADE
12º Ano Sem necessidade de experiência, mas
preferível se existir em funções similares;
CONHECIMENTOS E QUALIFICAÇÕES
Domínio na ótica de utilizador de equipamentos e softwares informáticos, como
Internet e Microsoft Office;
Noções básicas de softwares de Contabilidade e Gestão Comercial,
preferencialmente de Sendys;
Conhecimentos consolidados na área de contabilidade;
COMPETÊNCIAS
Análise e Pensamento analítico; Ética e Integridade Pessoal;
Gestão de Stress Orientação para a qualidade;
Capacidade de Resolução de Organização e Planeamento;
Conflitos; Gestão de Tempo;
Trabalho em equipa; Capacidade de Resolução de
Iniciativa; Problemas;
Validação
Assinatura do Superior Hierárquico Assinatura do titular da função
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Designação da Função
Administrativa/o de Centro de Custos
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA FUNÇÃO
Assegura a abertura e encerramento de obras, bem como o lançamento de faturas por
obra, de modo a determinar os custos por projeto.
SUPERVISÃO
Reporta ao Encarregado do Planeamento
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
Abrir, alterar e encerrar obras;
Lançamento de faturas nas respetivas obras;
Lançamento do tempo, em horas, de cada obra;
Listagem de tempo de cada trabalhador, na respetiva obra e procedendo ao
fecho dos pontos dos colaboradores se necessário;
Notas de encomenda;
NÍVEL DE ESCOLARIDADE NÍVEL DE ESCOLARIDADE
9º Ano Sem necessidade de experiência, mas
preferível se existir em funções similares;
CONHECIMENTOS E QUALIFICAÇÕES
Domínio na ótica de utilizador de equipamentos e softwares informáticos, como
Internet e Microsoft Office;
Noções básicas de softwares de Produção e Gestão Comercial,
preferencialmente de Sendys;
COMPETÊNCIAS
Capacidade de gerir multitarefas;
Flexibilidade;
Orientação para resultados;
Organização e planeamento;
Gestão do Tempo;
Orientação para o detalhe;
Validação
Assinatura do Superior Hierárquico Assinatura do titular da função
Designação da Função
Administrativa/o de Faturação
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA FUNÇÃO
Assegura a preparação e elaboração das faturas para clientes, tal como a resolução de
todos os problemas associados. Para além disso ainda realiza outras tarefas
administrativas quando é solicitado.
SUPERVISÃO
Reporta ao Técnico Oficial de Contas
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PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
Elaboração das Guias de Remessa;
Elaboração de Faturação para os Clientes;
Elaboração de recibos de pagamento;
Lançamento em stock de matérias prima, matérias subsidiárias, e do produto
final;
Organização e localização de Faturas;
Resolução de problemas de faturação;
Quando necessário elaborar outras tarefas administrativas, nomeadamente ligadas à
receção e ao departamento comercial;
NÍVEL DE ESCOLARIDADE NÍVEL DE ESCOLARIDADE
9º Ano Sem necessidade de experiência, mas
preferível se existir em funções similares;
CONHECIMENTOS E QUALIFICAÇÕES
Domínio na ótica de utilizador de equipamentos e softwares informáticos, como
Internet e Microsoft Office;
Noções básicas de softwares de Faturação, preferencialmente de Sendys;
COMPETÊNCIAS
Capacidade de gerir multitarefas;
Flexibilidade;
Orientação para resultados;
Organização e Planeamento;
Gestão do Tempo;
Orientação para a qualidade;
Gestão de Stress;
Trabalho em Equipa;
Ética e Integridade Pessoal;
Validação
Assinatura do Superior Hierárquico Assinatura do titular da função
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Deixa-se claro que a Análise e Descrição de Cargos aqui proposta não é estanque no
tempo, estando sujeita a alterações que se façam necessárias ao longo do período em
que se mantiver válida dentro da empresa.
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Conclusão
A análise de funções é confirmada como uma prática estratégica que permite conhecer
melhor as funções e os trabalhadores da nossa organização, que possuiu o potencial de
contribuir para o desempenho organizacional, competitividade e produtividade da
organização, podendo o seu efeito ser sentido direta ou indiretamente pela sua
influência nas restantes práticas de Recursos Humanos.
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Referências
Al-Marwai, S. A., & Subramaniam, I. D. (2009). A Review of the Need for Writing &
Updating Job Descriptions for 21st Century Organizations. European Journal of Social
Sciences, 12(2).
Dessler, G. (2003). Human Resource Management (9ª ed.). Upper Saddle River, New
Jersey: Prentice Hall
NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Administração de cargos e salários. São Paulo, SP:
Pioneira, c2001. ix, 153 p.
PONTES, Benedito Rodrigues. Administração de cargos e salários. 11. ed. São Paulo:
LTr, 2006. 381 p.
SOUZA, Maria Zélia de Almeida de. Cargos, carreiras e remuneração. Rio de Janeiro:
Fundação Getúlio Vargas, 2005. 158 p.
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Tyler, K. (2013). Job worth doing: Update descriptions. HR Magazine, 58(1), 47-49
Ulrich, D., Brockbank, W., Yeung, A. K., & Lake, D. G. (1995). Human resource
competencies: An empirical assessment. Human resource management, 34(4), 473-495.
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