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CONTEÚDO
Código/designação da unidade .....................................................................................................................................1
Carga horária ................................................................................................................................................................1
Objetivo Geral ...............................................................................................................................................................3
Objetivos Específicos ....................................................................................................................................................3
Conteúdos Programáticos .............................................................................................................................................3
Introdução .....................................................................................................................................................................4
1. Função Pessoal ..................................................................................................................................................5
1.1. Conceito ....................................................................................................................................................5
1.2. Objetivos ...................................................................................................................................................5
1.3. Tarefas ......................................................................................................................................................5
1.4. Interação entre pessoal e organização .....................................................................................................5
2. Direito do Trabalho..............................................................................................................................................6
2.1. Conceito ....................................................................................................................................................6
2.2. Princípios Gerais .......................................................................................................................................6
2.3. Direitos e Deveres das Partes ...................................................................................................................7
3. Contrato de Trabalho ........................................................................................................................................11
3.1. Elementos Essenciais a um contrato ......................................................................................................11
3.2. Modalidades de Cessação do Contrato de Trabalho ..............................................................................15
3.3. Duração e organização do tempo de trabalho: férias e faltas .................................................................19
3.4. Vicissitudes Contratuais ..........................................................................................................................22
Conclusão ...................................................................................................................................................................27
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OBJETIVO GERAL
Aplicar a legislação laboral na área da contratação geral do trabalho
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
● Função pessoal
o Conceito
o Objectivos
o Tarefas
o Interacção entre pessoal e organização
● Direito de trabalho
o Conceito e princípios gerais
o Direitos e deveres das partes
● Contrato de trabalho
o Elementos essenciais a um contrato
o Formas de cessação
o Condições de celebração e de caducidade do contrato de trabalho a termo
o Duração e organização do tempo de trabalho: férias e faltas
o Vicissitudes contratuais
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INTRODUÇÃO
O presente manual tem por objetivo auxiliar os formandos do módulo 674/ Função Pessoal – Legislação Laboral - com todos os conteúdos
que irão ser abordados ao longo das horas de cada sessão.
Nele consta uma informação detalhada desses conteúdos e serve de apoio à participação de cada formando.
O módulo, tem como objetivo: aplicar a legislação laboral na área da contratação geral do trabalho.
Serão abordadas o conceito, objectivos, tarefas e interacção entre pessoal e organização tendo em conta a função pessoal de uma empresa,
o conceito e princípios gerais do direito do trabalho, assim como os direitos e deveres das partes. Outro ponto a abordar será a questão do
contrato de trabalho, tais como os elementos essenciais, as formas de cessação, caducidade, a duração e organização do tempo de trabalho,
mais especificamente as férias e as faltas e por fim as vicissitudes contratuais. Apoiando-se nas sessões do módulo, onde serão exploradas,
individualmente e mais profundamente cada ponto a abordar.
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1. Função Pessoal
1.1. Conceito
A função pessoal é o conjunto de atividades que colocam em funcionamento, desenvolvem e mobilizam as pessoas que uma empresa
necessita para alcançar os seus objetivos. Determina quais as funções que o trabalhador desempenhará, assim como o seu posicionamento
na organização e hierarquia da empresa, devendo no momento em que é elaborado o contrato de trabalho ser definida.
Todos os membros ativos da empresa devem intervir para que os resultados apresentam uma maior eficácia.
1.2. Objetivos
Os objetivos são essencialmente melhorar o desempenho do trabalhador, propiciar boas condições de trabalho, motivar o trabalhador
respondendo as suas necessidades e adequar a sua função à maior produtividade da empresa ou instituição.
Ou seja, adequar a cada função o trabalhador mais indicado para desempenhar com eficácia de forma a que a sua produtividade seja elevada,
refletindo-se na produtividade da Empresa ou Instituição.
Pode surgir a problemática da prioridade a atribuir aos objetivos e aos funcionários.
1.3. Tarefas
As tarefas são componentes de um posto de trabalho ou funções caracterizadas para um conjunto de operações integradas e sequenciais,
envolvendo esforços físicos e mentais, aplicando à concretização de objetivos específicos.
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A gestão de pessoal auxilia na perceção do individuo que compõe a empresa, através do seu comportamento, ensaios e necessidades,
tornando-se a principal responsável para execução de planeamento e alcance das metas.
Aqui não se trata mais mandar/obedecer mas conquistar/empreender uma nova abordagem psicológica e social. O investimento que traz
mais rápido e profícuo retorno é aquele feito em pessoas. Valorizado o profissional com o seu conhecimento e competências adapta-se ao
contexto empresa, aliando qualidade, produtividade e competitividade.
2. Direito do Trabalho
A legislação laboral surgiu e desenvolveu-se como uma reação às condições de debilidade contratual de uma das partes (o trabalhador).
A necessidade de contratar difere entre trabalhador e empregador, por um lado temos o trabalhador que o faz por subsistência própria ou da
família, por outro lado temos o empregador que pretende o preenchimento de uma organização de trabalho.
Antes do aparecimento da Legislação Laboral, o contrato de trabalho era regulado pelo regime geral dos contratos. O resultado era a
subordinação e correspondente estatuto de “poder” ou “autoridade” do empregador. O Direito do Trabalho assumiu-se como um direito de
proteção do trabalhador e uma limitação à autonomia privada individual ( Empregador).
O Direito do Trabalho não é o direito de todo o trabalho. A relação de trabalho deve ser:
● voluntária
● onerosa
● por conta alheia
● juridicamente subordinada
Faltando uma destas características sai fora do âmbito do Direito do Trabalho
A missão do Direito do Trabalho é proteger a parte mais fraca da relação laboral. É o trabalho assalariado, dependente, que constitui o
principal alvo da atenção do direito laboral.
2.1. Conceito
O Direito do trabalho é um conjunto de princípios e de normas que regulam as relações sociais emergentes ou desencadeadas pelo trabalho
que, contra uma retribuição, uma pessoa física se obriga a realizar por conta e sob direção de outrem.
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● Função informadora – serve de fonte de inspiração ao legislador e de fundamento para as normas jurídicas.
● Função normativa – serve como fonte supletiva, nas lacunas ou nas omissões da lei.
● Função interpretativa – serve como critério orientador para os intérpretes e aplicadores da lei.
2.2.3. Princípios
A. O princípio da proteção ao trabalhador
Responsável pela proteção da parte mais fraca da relação de trabalho, neste caso o trabalhador.
B. O princípio in dubio pro operário
Na dúvida, se deve aplicar a regra trabalhista que mais beneficiar o trabalhador.
C. O princípio da norma mais favorável
A interpretação das normas do direito do trabalho sempre será em favor do empregado e as vantagens que já tiverem sido conquistadas pelo
empregado não mais podem ser modificadas para pior.
D. O princípio da irrenunciabilidade dos direitos
Os direitos do trabalhador são irrenunciáveis, ou seja, ele não pode abrir mão de direitos que são seus de acordo com as leis trabalhistas.
Não se admite que o trabalhador renuncie a direitos trabalhistas. Se ocorrer, não terá validade alguma esse ato. A renúncia a qualquer direito
trabalhista é nula, e serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos
do direito do trabalho.
E. O princípio de que toda tentativa de fraudar o direito do trabalho será nula
A justiça trabalhista não admite fraude e não reconhece os atos praticados que estejam em desacordo com o direito do trabalho. É como se
esses atos simulados não houvessem existido.
F. Princípio da continuidade da relação de emprego
O contrato de trabalho terá validade por tempo indeterminado. O ônus de provar o término do contrato de trabalho é do empregador, pois o
princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
G. Princípio da intangibilidade salarial
É proibido ao empregador efetuar descontos no salário do empregado. Este princípio visa proteger o salário do trabalhador, é o princípio da
irredutibilidade do salário.
H. O princípio da primazia da realidade
Vale a realidade dos fatos e não o que tiver sido escrito, ou seja, mais vale o que o empregado conseguir provar na justiça do trabalho, e as
testemunhas são uma parte importante desse processo perante a justiça trabalhista, do que os documentos apresentados pelo empregador.
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O termo empregador designa uma das partes na relação laboral.
O empregador, ou entidade empregadora, é simultaneamente:
● o credor da prestação de trabalho; e
● o devedor da correspondente retribuição.
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O que diz o Código do Trabalho
O Código do Trabalho tem uma secção dedicada exclusivamente aos deveres do trabalhador e do empregador. No artigo 126º estão definidos
os deveres gerais das partes, que incluem: proceder de boa-fé no exercício dos seus direitos e no cumprimento das respetivas obrigações
e, ainda, colaborar na obtenção da maior produtividade e na promoção humana, profissional e social do trabalhador.
B. Deveres do Trabalhador
Artigo 128 do Código do trabalho
1 - Sem prejuízo de outras obrigações, o trabalhador deve:
a) Respeitar e tratar o empregador, os superiores hierárquicos, os companheiros de trabalho e as pessoas que se relacionem com a
empresa, com urbanidade e probidade;
b) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;
c) Realizar o trabalho com zelo e diligência;
d) Participar de modo diligente em acções de formação profissional que lhe sejam proporcionadas pelo empregador;
e) Cumprir as ordens e instruções do empregador respeitantes a execução ou disciplina do trabalho, bem como a segurança e saúde
no trabalho, que não sejam contrárias aos seus direitos ou garantias;
f) Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com ele, nem
divulgando informações referentes à sua organização, métodos de produção ou negócios;
g) Velar pela conservação e boa utilização de bens relacionados com o trabalho que lhe forem confiados pelo empregador;
h) Promover ou executar os actos tendentes à melhoria da produtividade da empresa;
i) Cooperar para a melhoria da segurança e saúde no trabalho, nomeadamente por intermédio dos representantes dos trabalhadores
eleitos para esse fim;
j) Cumprir as prescrições sobre segurança e saúde no trabalho que decorram de lei ou instrumento de regulamentação colectiva de
trabalho.
2 - O dever de obediência respeita tanto a ordens ou instruções do empregador como de superior hierárquico do trabalhador, dentro dos
poderes que por aquele lhe forem atribuídos.
C. Direitos do Trabalhador
No Código do Trabalho estão ainda definidos os direitos dos trabalhadores. Os mais importantes são:
● Ser tratado com igualdade no acesso ao emprego, formação e promoção profissional;
● Receber retribuição, devendo ser entregue ao trabalhador documento que contenha, entre outros elementos, a retribuição base e
as demais prestações, os descontos e deduções efetuados e o montante líquido a receber;
● Trabalhar o limite máximo de 40 horas por semana e 8 horas por dia;
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● Descansar pelo menos um dia por semana;
● Receber uma retribuição especial pela prestação de trabalho noturno;
● Receber uma retribuição especial pela prestação de trabalho suplementar;
● Gozar férias (em regra 22 dias úteis);
● Receber subsídio de férias;
● Receber subsídio de Natal de valor igual a um mês de retribuição que deve ser pago até 15 de Dezembro de cada ano;
● Recorrer à greve para defesa dos seus interesses;
● Segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem justa causa, ou por motivos políticos.
D. Garantias do trabalhador
Artigo 129.º do Código do trabalho
1 - É proibido ao empregador:
a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os seus direitos, bem como despedi-lo, aplicar-lhe outra sanção, ou tratá-lo
desfavoravelmente por causa desse exercício;
b) Obstar injustificadamente à prestação efectiva de trabalho;
c) Exercer pressão sobre o trabalhador para que actue no sentido de influir desfavoravelmente nas condições de trabalho dele ou dos
companheiros;
d) Diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos neste Código ou em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho;
e) Mudar o trabalhador para categoria inferior, salvo nos casos previstos neste Código;
f) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, salvo nos casos previstos neste Código ou em instrumento de regulamentação
colectiva de trabalho, ou ainda quando haja acordo;
g) Ceder trabalhador para utilização de terceiro, salvo nos casos previstos neste Código ou em instrumento de regulamentação colectiva
de trabalho;
h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou serviços a ele próprio ou a pessoa por ele indicada;
i) Explorar, com fim lucrativo, cantina, refeitório, economato ou outro estabelecimento directamente relacionado com o trabalho, para
fornecimento de bens ou prestação de serviços aos seus trabalhadores;
j) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mesmo com o seu acordo, com o propósito de o prejudicar em direito ou garantia
decorrente da antiguidade.
2 - Constitui contra-ordenação muito grave a violação do disposto neste artigo.
E. Deveres do empregador
1 - O empregador deve, nomeadamente:
a) Respeitar e tratar o trabalhador com urbanidade e probidade;
b) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser justa e adequada ao trabalho;
c) Proporcionar boas condições de trabalho, do ponto de vista físico e moral;
d) Contribuir para a elevação da produtividade e empregabilidade do trabalhador, nomeadamente proporcionando-lhe formação profissional
adequada a desenvolver a sua qualificação;
e) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que exerça actividade cuja regulamentação ou deontologia profissional a exija;
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f) Possibilitar o exercício de cargos em estruturas representativas dos trabalhadores;
g) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta a protecção da segurança e saúde do trabalhador, devendo indemnizá-lo dos
prejuízos resultantes de acidentes de trabalho;
h) Adoptar, no que se refere a segurança e saúde no trabalho, as medidas que decorram de lei ou instrumento de regulamentação colectiva
de trabalho;
i) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação adequadas à prevenção de riscos de acidente ou doença;
j) Manter actualizado, em cada estabelecimento, o registo dos trabalhadores com indicação de nome, datas de nascimento e admissão,
modalidade de contrato, categoria, promoções, retribuições, datas de início e termo das férias e faltas que impliquem perda da retribuição ou
diminuição de dias de férias.
k) Adotar códigos de boa conduta para a prevenção e combate ao assédio no trabalho, sempre que a empresa tenha sete ou mais
trabalhadores;
l) Instaurar procedimento disciplinar sempre que tiver conhecimento de alegadas situações de assédio no trabalho.
2 - Na organização da actividade, o empregador deve observar o princípio geral da adaptação do trabalho à pessoa, com vista nomeadamente
a atenuar o trabalho monótono ou cadenciado em função do tipo de actividade, e as exigências em matéria de segurança e saúde,
designadamente no que se refere a pausas durante o tempo de trabalho.
3 - O empregador deve proporcionar ao trabalhador condições de trabalho que favoreçam a conciliação da actividade profissional com a vida
familiar e pessoal.
4 - O empregador deve afixar nas instalações da empresa toda a informação sobre a legislação referente ao direito de parentalidade ou, se
for elaborado regulamento interno a que alude o artigo 99.º, consagrar no mesmo toda essa legislação.
5 - O empregador deve comunicar ao serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área laboral a adesão ao fundo de
compensação do trabalho ou a mecanismo equivalente, previstos em legislação específica.
6 - A alteração do elemento referido no número anterior deve ser comunicada no prazo de 30 dias.
7 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto nas alíneas k) e l) do n.º 1 e contraordenação leve a violação do disposto na
alínea j) do n.º 1 e nos n.os 5 e 6.
3. Contrato de Trabalho
O contrato de trabalho é um acordo de vontade entre duas partes: o empregador e o trabalhador.
O trabalhador compromete-se a:
● Prestar a sua atividade no local e durante o período acordado;
● Respeitar as orientações dadas pelo empregador;
● Cumprir as normas de segurança e higiene no seu trabalho.
O empregador compromete-se a:
● Dar as orientações necessárias ao trabalhador;
● Pagar uma remuneração, cujo montante mínimo vem fixado na lei;
● Proporcionar as condições para o desenvolvimento de um trabalho digno;
● Inscrever o trabalhador no sistema de Segurança Social.
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O contrato de trabalho consiste num acordo entre a entidade patronal e o funcionário, onde o funcionário compromete-se a prestar os seus
serviços, intelectual ou manual, em troca de uma retribuição monetária mensal.
3.1.1. Algumas questões sobre contrato de trabalho
A. Indicações obrigatórias no contrato de trabalho
Quando uma empresa contrata um novo funcionário, fica obrigada ao dever de informação de um conjunto de aspetos relevantes para a
prestação de trabalho. Essa informação deve ser escrita no contrato de trabalho ou no contrato-promessa de contrato de trabalho, mas pode
também estar inscrita noutros documentos assinados pela empresa.
Segundo a informação que consta no site da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), as empresas devem informar os seus
trabalhadores, pelo menos, sobre os seguintes aspetos relativos ao contrato de trabalho:
– A identificação de ambas as parte (funcionário e empresa);
– O local de trabalho;
– A categoria do trabalhador ou a descrição resumidas das suas funções;
– A data de celebração do contrato e a data do início dos seus efeitos;
– A duração prevista para o contrato (quando estão em causa contratos de trabalho a termo);
– A duração das férias;
– Os prazos de aviso prévio que tanto a empresa como o trabalhador devem respeitar em caso de cessação do contrato;
– O valor e a periodicidade da remuneração que será paga ao trabalhador;
– O período normal de trabalho diário e semanal;
– O número da apólice de seguro de acidentes de trabalho, assim como a identificação da seguradora;
– O instrumento de regulamentação coletiva de trabalho (se existir e for aplicável);
– A identificação do fundo de compensação de trabalho ou do mecanismo equivalente.
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empresa, usufruindo dos mesmos direitos que os trabalhadores com contrato de trabalho escrito.
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As empresas podem celebrar contratos sem um prazo definido com os seus trabalhadores nas seguintes situações:
• substituição direta ou indireta de trabalhador ausente
• que esteja em licença sem vencimento;
• no caso de atividades sazonais ou tenha uma obra, projeto ou outra atividade temporária.
Este contrato irá durar o tempo necessário para a conclusão do trabalho para o qual o trabalhador foi contratado, mas nunca poderá ser
superior a seis anos. O empregador terá de comunicar a cessação do contrato com a antecedência mínima de sete, 30 ou 60 dias, consoante
a duração do contrato.
Nota; O contrato a termo incerto converte-se em contrato sem termo, quando o trabalhador permaneça em atividade após a data de
caducidade indicada na comunicação do empregador ou, na falta desta, 15 dias após a verificação do termo.
E. Período Experimental
O que é?
O período experimental, que conta para a antiguidade do trabalhador, corresponde ao tempo inicial de execução do contrato e destina-se a
permitir a avaliação do interesse na sua manutenção. Este não é obrigatório, podendo ser excluído por acordo escrito entre as partes.
Inicia-se dentro do contrato de trabalho.
Quanto pode durar?
No contrato de trabalho por tempo indeterminado, o período experimental pode durar 90 dias para a generalidade dos trabalhadores, 180
dias para quem exerça cargos de complexidade técnica e elevada responsabilidade ou 240 dias para os que exerçam cargos de direção ou
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quadro superior. Nos contratos a termo certo o período experimental pode durar 30 dias, no caso de ter duração igual ou superior a seis
meses ou 15 dias em caso de menos do meio ano de duração.
Quais os direitos?
Durante o período experimental qualquer das partes pode denunciar o contrato sem aviso prévio ou invocação de justa causa, mas não há
lugar a indemnização.
No entanto, se o empregador quiser denunciar o contrato e o período de experimentação durar há mais de 60 dias, o primeiro terá de fazer
um aviso prédio de sete dias. Se o contrato durar mais de 120 dias, o aviso prévio passa para 15 dias.
A. Definição:
O contrato pode caducar por três motivos: verificando-se o seu termo, por impossibilidade de o trabalhador prestar o serviço ou de o
empregador o receber, e, por fim, em caso de reforma por velhice ou invalidez.
B. Como proceder:
Os procedimentos a implementar variam consoante o tipo de contrato.
a) Contrato a termo certo
Nos casos em que termina o prazo do contrato (contratos a termo certo) e tanto o trabalhador ou o empregador tiverem vontade de cessar o
contrato devem comunicar à outra parte essa vontade por escrito, 15 ou oito dias antes de o prazo expirar. Se for o empregador a não querer
renovar contrato, o trabalhador tem direito a compensação correspondente a 18 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano
completo, de acordo com o artigo 344.º da Lei n.º 69/2013, publicada em agosto de 2013 e que ajustou o valor da indemnização devida pela
cessação do contrato de trabalho.
b) Contrato a termo incerto
Como já foi acima referido, o contrato a termo incerto caduca quando o empregador, prevendo que o trabalho está a concluir-se, comunique
a cessação ao funcionário. Nestes casos, o trabalhador terá direito à seguinte indemnização: 18 dias de retribuição base e diuturnidades por
cada ano completo durante os primeiros três anos de duração do contrato e 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano
subsequente.
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3.2.2. Cessação de contrato de trabalho por acordo
A. Definição:
O empregador e o trabalhador podem terminar o contrato por acordo entre as partes. Como proceder: Nestas situações é necessário que
haja um acordo de revogação assinado por ambas as partes e cada uma deve ficar com um exemplar. O documento tem de mencionar a
data de celebração a partir de quando é que produz efeitos.
O trabalhador pode fazer cessar o acordo de revogação até sete dias depois de o ter assinado, mas terá de ser por comunicação escrita, de
preferência por carta registada com aviso de receção.
B. Como proceder:
O empregador deverá comunicar, por escrito, ao trabalhador a intenção de o despedir, juntando nota de culpa com descrição dos factos que
lhe são imputados. Com esta notificação, o empregador pode suspender o trabalhador mantendo o pagamento do salário. A suspensão pode
ser determinada nos 30 dias antes à notificação, desde que o empregador justifique, por escrito, que a presença do trabalhador é
inconveniente e que ainda não foi possível elaborar a nota de culpa. O trabalhador tem 10 dias úteis para consultar o processo e responder
à nota de culpa, também por escrito.
B. Como proceder:
1. O empregador deverá comunicar esta intenção à comissão de trabalhadores ou, se esta não existir, à comissão intersindical ou às
comissões sindicais da empresa representativas dos trabalhadores. Nesta comunicação devem constar os motivos do despedimento coletivo,
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o quadro de pessoal, os critérios para a seleção dos trabalhadores a despedir, o número de trabalhadores a despedir, o tempo ao longo do
qual o despedimento irá ocorrer e o método de cálculo da compensação. Se não existir nenhuma destas entidades, o empregador terá de
fazer esta comunicação por escrito a cada um dos trabalhadores abrangidos.
2. Os trabalhadores têm cinco dias úteis, após a receção, para designar uma comissão representativa com o máximo de três ou cinco
membros, consoante o despedimento abranja até cinco ou mais trabalhadores.
3.O empregador deverá enviar a esta comissão os elementos de informação anteriormente discriminados e depois enviar uma cópia ao
serviço do ministério responsável pela área laboral.
4. Nos cinco dias seguintes, o empregador deve promover uma fase de informações e negociações com a estrutura representativa dos
trabalhadores, com vista a um acordo sobre a dimensão e efeitos das medidas a aplicar, assim como outras medidas possíveis para que se
reduza o número de trabalhadores a despedir, como a suspensão de contratos de trabalho ou redução de períodos normais de trabalho,
entre outros.
5. Celebrado o acordo ou, na falta deste, após terem decorrido 15 dias sobre a comunicação de intenção de despedimento coletivo, o
empregador comunica, por escrito, a cada trabalhador abrangido a decisão de despedimento, explicando o motivo, a data de cessação do
contrato e o valor da indemnização.
6. Nesta altura, o empregador deverá ainda enviar a ata das reuniões de negociação aos serviços competentes do ministério responsável
pela área laboral e à estrutura representativa dos trabalhadores.
A. Definição:
Considera-se extinção do posto de trabalho quando o despedimento é corroborado por motivos de mercado, estruturais ou tecnológicos. Esta
modalidade de despedimento só poderá acontecer mediante alguns fatores, como: os motivos do despedimento não podem ser atribuídos
nem ao empregado nem ao empregador, não pode existir contratos de trabalho a termo para tarefas semelhantes às do trabalhador que vai
ser despedido e não pode haver despedimento coletivo.
Nota: Quais são os critérios que mais pesam?
No caso de existirem vários trabalhadores na mesma situação, os critérios de decisão são, por ordem, pior avaliação de desempenho,
menores habilitações académicas e profissionais, que acarrete mais custos para a empresa, menos experiência na função e menor
antiguidade na empresa.
B. Como proceder:
O empregador terá de comunicar, por escrito, à comissão de trabalhadores ou, na sua falta, à comissão intersindical ou sindical, a
necessidade de extinguir o posto de trabalho, indicando os motivos, os trabalhadores a despedir e os critérios de escolha.
Dez dias depois desta comunicação, a estrutura representativa dos trabalhadores e o trabalhador podem transmitir ao empregador o seu
parecer. Passados cinco dias o empregador pode proceder ao despedimento. Esta decisão tem ser proferida por escrito, num documento
onde devem constar o motivo da extinção do posto de trabalho, prova dos critérios de escolha, o montante, a forma e quando é que tem lugar
o pagamento da indemnização e a data de cessação do contrato.
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A. Definição:
O despedimento por inadaptação tem ser promovido pelo empregador. Podem existir várias situações consideradas de inadaptação, como
redução continuada de produtividade ou qualidade, avarias repetidas nos meios afetos ao postos de trabalho ou riscos para a segurança e
saúde do trabalhador ou de terceiros.
Também pode ser considerada inadaptação os casos em que o trabalhador tenha competências técnicas ou de direção e não cumpram os
objetivos previamente acordados por escrito.
B. Como proceder:
1º O empregador terá de informar o trabalhador da modificação substancial da prestação. Este terá um prazo superior a cinco dias para se
pronunciar por escrito e, consequentemente, o empregador tem de comunicar, por escrito, ordens e instruções adequadas à execução do
trabalho.
2º Em caso de despedimento por inadaptação, o empregador terá de comunicar, por escrito, ao trabalhador e à associação sindical a intenção
de o despedir, indicando os motivos, as modificações introduzidas no posto de trabalho e comprovativos de formação e de redução de
produtividade. O trabalhador e a estrutura representativa dos trabalhadores têm 10 dias para transmitir ao empregador o seu parecer.
3º Após receção deste parecer, o empregador tem 30 dias para proceder ao despedimento, que terá de ser por escrito e conter as seguintes
informações: motivo da cessação de trabalho, o montante da indemnização e quando é que será paga, e a data de cessação do contrato.
A. Definição:
Caso exista justa causa, o trabalhador pode fazer cessar imediatamente o contrato. Por justa causa, entende-se:
• Falha do pagamento pontual da retribuição que se prolongue por mais de 60 dias,
• Violação dos direitos dos trabalhadores,
• Aplicação de sanção abusiva, falta de condições de trabalho ou ofensa à integridade física ou moral do trabalhador.
B. Como proceder:
O trabalhador deve comunicar a resolução do contrato por escrito com indicação dos fatos que a justificam, nos 30 dias seguintes ao
conhecimento dos fatos. Quando o motivo for a falta culposa do pagamento da retribuição, este prazo conta-se a partir do fim dos 60 dias ou
da declaração do empregador. O empregador pode exigir o reconhecimento notarial presencial, devendo, neste caso, haver um período não
superior a 60 dias entre a data do reconhecimento e a cessação do contrato.
Nota: O trabalhador tem direito a indemnização entre 15 a 45 dias de retribuição base e diuturinidades por cada ano completo de antiguidade,
sendo que esta nunca poderá ser inferior a três meses de salário.
A. Definição:
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O trabalhador pode denunciar o contrato independentemente de haver justa causa. Como proceder: O trabalhador terá de comunicar ao
empregador, por escrito, com a antecedência mínima de 30 ou 60 dias, conforme tenha dois anos ou mais de dois anos de antiguidade,
respetivamente.
Caso o cargo seja de administração ou direção, o contrato de trabalho pode ditar que este prazo seja aumentado até seis meses.
Se o contrato for a termo, a denúncia pode ser feita com a antecedência mínima de 30 ou 15 dias, consoante o contrato dure há seis meses
ou menos.
Se não cumprir este prazo, o trabalhador deve pagar ao empregador uma indemnização de valor igual à retribuição base e diuturnidades
correspondentes ao período em falta, sem prejuízo de indemnização por danos causados.
Nota: Considera-se abandono do trabalho a ausência do trabalhador durante, pelo menos, 10 dias úteis seguidos, sem que o empregador
seja informado do motivo da ausência. O abandono do trabalho vale como denúncia do contrato, mas só pode ser invocado pelo empregador
após comunicação ao trabalhador.
3.3.1. Férias
A. Dias de férias
O trabalhador tem direito, em cada ano civil, a um período de férias retribuídas que vence em 1 de Janeiro e que se reporta ao trabalho
prestado no ano civil anterior. Esse direito não depende da assiduidade e visa proporcionar ao trabalhador a recuperação física e psíquica,
integração na vida familiar e participação social e cultural.
Os funcionários têm direito a um período anual de férias de 22 dias úteis. Este período é irrenunciável e não pode ser trocado por qualquer
compensação, diz o Código de Trabalho, que prevê, ainda assim, uma excepção: o trabalhador pode renunciar ao gozo de dias de férias,
mas apenas aos que excedam 20 dias úteis, ou a correspondente proporção, no caso de férias no ano de admissão, sem redução da
retribuição e do subsídio relativos ao período de férias vencido, que cumulam com a retribuição do trabalho prestado nesses dias.
As férias devem ser gozadas no ano civil em que se vencem. Mas podem ser gozadas até 30 de abril do ano civil seguinte, por acordo entre
empregador e trabalhador, ou sempre que o trabalhador as pretenda gozar com familiar residente no estrangeiro.
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Por outro lado, numa pequena, média ou grande empresa, o empregador só pode marcar o período de férias entre 1 de maio e 31 de outubro,
a menos que o instrumento de regulamentação coletiva de trabalho ou o parecer dos representantes dos trabalhadores admita época
diferente.
A lei prevê ainda que os períodos mais pretendidos pelos trabalhadores devem ser rateados, de acordo com o gozo de férias nos dois anos
anteriores. Se um casal trabalha na mesma empresa tem direito a gozar férias em período idêntico, a não ser que daí resulte grave prejuízo
para a empresa.
O trabalhador deve gozar, no mínimo, 10 dias úteis de férias consecutivos. Ao empregador cabe elaborar um mapa de férias e afixá-lo até
15 de abril.
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3.3.2. Faltas
B. Faltas justificadas
O artigo 249.º do Código do Trabalho em vigor diz que são justificadas as faltas ao trabalho pelos seguintes motivos:
● Casamento – Tem direito a faltar durante 15 dias seguidos.
● Falecimento do cônjuge ou outro parente – Pode faltar cinco dias consecutivos pelo falecimento do cônjuge (quer seja casado ou
viva em união de facto) ou de um familiar direto (pais/sogros e filhos/genros/noras), ou dois dias no caso de outro familiar (até ao
2.º grau).
● Prestação de prova em estabelecimento de ensino – No caso de ser trabalhador-estudante, o Código de Trabalho prevê que pode
faltar de forma justificada quando tem provas de avaliação, no dia da prova e no imediatamente anterior. Se tiver várias provas em
dias consecutivos ou no mesmo dia, pode faltar o número de dias equivalente ao número de provas, antes da data do exame. As
faltas por este motivo não podem exceder quatro dias por disciplina em cada ano lectivo.
● Doença – em caso de doença, acidente ou processo de procriação medicamente assistida as faltas também podem ser justificadas.
● Assistência a filho, neto ou outro membro do agregado familiarFilho – o trabalhador tem direito a faltar ao trabalho “para prestar
assistência inadiável e imprescindível”, em caso de doença ou acidente, a filho menor de 12 anos ou, independentemente da idade,
a filho com deficiência ou doença crónica, até 30 dias por ano. No caso de o filho ser maior de 12 anos esse período baixa para 15
dias.Neto – No caso de netos, o trabalhador pode faltar até 30 dias consecutivos, depois do nascimento da criança, no caso de
viver na mesma habitação e seja filho de um menor de 16 anos. Da mesma forma, um dos avós pode faltar quando está a substituir
a função dos pais, para tomar conta do neto, menor ou com deficiência ou doença crónica, em caso de doença ou
acidente.Conjugue ou outro familiar – pode faltar até 15 dias por ano para prestar assistência, em caso de doença ou acidente, a
cônjuge ou pessoa que viva em união de facto com o trabalhador, ou outro parente como pais ou avós;Em todos estes casos, diz
o Código do Trabalho, o empregador pode exigir para justificação de faltas no trabalho prova da necessidade de assistência e
declaração que outros membros do agregado familiar não faltaram pelo mesmo motivo ou estão impossibilitados de prestar essa
mesma assistência.
● Deslocação a estabelecimento de ensino – o encarregado de educação pode faltar para ir até à escola do filho até quatro horas
por trimestre, pelo tempo estritamente necessário.
● Representação coletiva de trabalhadores – segundo o artigo 409.º, pode faltar de forma justificada quando integra uma estrutura
de representação coletiva de trabalhadores, como um sindicado ou uma comissão de trabalhadores.
● Candidato a um cargo público – Durante o período de campanha eleitoral o candidato a um cargo público tem direito a faltar, de
acordo com o previsto na lei eleitoral.
Ainda podem ser consideradas justificadas outras faltas definidas pelo próprio empregador.
À partida, a falta justificada não afeta qualquer direito do trabalhador. Mas há faltas justificadas que determinam perda de retribuição, como
• as por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie de um regime de segurança social de proteção na doença;
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• por motivo de acidente no trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer subsídio ou seguro.
D. Justificação de falta
A justificação de faltas no trabalho deve ser comunicada ao empregador, com cinco dias de antecedência, sempre que possível, ou no menor
período de tempo possível.
No caso dos candidatos a cargo público, essa comunicação tem o prazo mínimo de 48 horas. O empregador pode sempre pedir provas dos
motivos invocados, nos 15 dias seguintes à comunicação da ausência.
No caso de doença, a prova é feita por declaração de estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde ou ainda por atestado médico. Se
apresentar uma declaração médica fraudulenta, saiba que isso constitui justa causa de despedimento.
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O transmitente e o adquirente devem informar por escrito a comissão de trabalhadores ou, caso esta não exista, os próprios trabalhadores,
da data e dos motivos da transmissão e das respectivas consequências jurídicas, económicas e sociais, bem como das medidas projectadas
em relação aos assalariados — medidas que, sublinhe-se, não podem pôr em causa direitos adquiridos.
3.4.2. Cedência ocasional de trabalhadores
O contrato de cedência ocasional de trabalhadores permite a um empregador disponibilizar temporariamente um trabalhador para prestar
trabalho a uma outra entidade. O trabalhador fica sujeito ao poder de direção da nova entidade, mantendo-se o vínculo contratual inicial.
No final da cedência ocasional, o trabalhador regressa à empresa inicial, mantendo os direitos que detinha antes da cedência, contando a
duração do trabalho para efeitos de antiguidade.
Requisitos para este tipo de contrato
• O trabalhador tem de estar vinculado ao empregador cedente por contrato de trabalho sem termo.
• A cedência tem de ocorrer entre sociedades coligadas, em relação societária de participações recíprocas, de domínio
ou de grupo, ou entre empregadores que tenham estruturas organizativas comuns.
• O trabalhador tem de concordar com a cedência.
• A duração da cedência não pode exceder um ano, renovável por iguais períodos até ao máximo de cinco anos.
O trabalhador cedido não é considerado para efeito da determinação das obrigações do cessionário que tenham em conta o número de
trabalhadores empregados, exceto no que respeita à organização dos serviços de segurança e saúde no trabalho.
O cessionário deve comunicar à comissão de trabalhadores o início da utilização de trabalhador em regime de cedência ocasional, no prazo
de cinco dias úteis
As regras do contrato de trabalho com cedência ocasional de trabalhador encontram-se no Código do Trabalho, do artigo 288º a 293º.
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A falta de pagamento que se prolongue por período de 15 dias deve ser declarada pelo empregador no prazo de 5 dias, a pedido dos
trabalhadores. Em caso de recusa, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), a pedido do trabalhador, emitirá a respetiva
declaração.
A. Comunicação da suspensão
O empregador em situação de crise empresarial que pretender suspender os contratos de trabalho, ou reduzir o horário de trabalho, deve
comunicar a sua intenção por escrito, à comissão de trabalhadores ou, na sua falta, à comissão intersindical ou comissões sindicais
da empresa representativas dos trabalhadores a abranger, indicando de forma detalhada:
● os fundamentos da medida,
● o quadro de pessoal, discriminado por secções e os critérios da sua seleção,
● o número e as categorias profissionais dos trabalhadores abrangidos,
● o prazo de aplicação da medida,
● as áreas de formação a frequentar pelos trabalhadores durante o período de redução ou suspensão, sendo caso disso.
Caso não exista uma entidade representativa dos trabalhadores, o empregador deve comunicar, por escrito, a cada um dos trabalhadores
abrangidos, a intenção de reduzir ou suspender a prestação de trabalho. Estes podem designar, de entre eles, no prazo de cinco dias desde
a receção da comunicação, uma comissão representativa com o máximo de 3 ou 5 elementos, consoante as medidas abranjam até 20 ou
mais trabalhadores.
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• não aumentar as remunerações dos membros dos corpos sociais, enquanto a segurança social comparticipar na
compensação retributiva atribuída aos trabalhadores,
• não admitir novos trabalhadores ou renovar contratos para o preenchimento de postos de trabalho suscetíveis de serem
ocupados por trabalhadores em situação de redução ou suspensão.
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3.4.8. Pré-reforma
Por vezes, os conceitos de reforma antecipada e de pré-reforma são aplicados como sinónimos, quando na verdade são regimes
completamente diferentes. A pensão antecipada refere-se o acesso à pensão de velhice antes da idade legal, pensão essa que é suportada
pela Segurança Social (no caso dos trabalhadores do setor privado) ou pela Caixa Geral de Aposentações (no caso dos trabalhadores da
Função Pública). Já a pré-reforma é um regime com características diferentes. Trata-se de uma situação em que, por acordo da entidade
empregadora, um trabalhador passa a trabalhar menos horas ou deixa mesmo de trabalhar mas mantém o direito a receber um valor mensal
da parte do empregador.
Previsto no Código do Trabalho (nos artigos nº 318 ao 322), o regime de Pré-Reforma impõe algumas regras de acesso. Antes de tudo, a
pré-reforma apenas está acessível aos trabalhadores com 55 ou mais anos. Além disso, há limites máximos e mínimos nos montantes a
atribuir aos funcionários que entrem numa situação de pré-reforma: Embora o montante a atribuir seja acordado entre as duas partes, ele
não poderá ser inferior a 25% do último salário ganho pelo trabalhador, nem ser superior ao valor do salário do funcionário.
O acordo de pré-reforma tem de estar redigido por escrito, assinado por ambas as partes e deve conter os seguintes elementos: data de
início da pré-reforma; valor a atribuir mensalmente e como será organizado o tempo de trabalho (isto se a situação de pré-reforma passar
pela redução do horário).
Quando termina?
A legislação refere que a situação de pré-reforma termina numa das seguintes situações:
– Quando o trabalhador atinge a idade legal de acesso à pensão de velhice ou quando se reforme por invalidez.
– Com o regresso do trabalhador ao exercício normal de atividade (por acordo com o empregador ou por falta de pagamento da prestação
da pré-reforma).
– Com a cessação do contrato de trabalho.
Um ponto importante: Durante o período que está na pré-reforma o funcionário pode exercer outra atividade remunerada.
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CONCLUSÃO
Através deste manual foi possível especificar cada conteúdo programático do módulo 0674 – Função pessoal – Legislação laboral - que foi
abordado ao longo de cada sessão de formação e debatido com os formandos.
Podemos concluir que se torna importante como profissional conhecer os direitos e deveres das partes aquando da contratação de um
trabalhador, afim de elaborar o contrato em função das características que se pretende tendo em conta a realidade da empresa. Ter sempre
em atenção o tipo de contrato que se pretende celebrar com o trabalhador, sabendo bem como proceder tanto na contratação como na
cessação de cada um dos contratos. Na cessação do contrato de trabalho foram abordados tanto os da parte do empregador, como do
trabalhador, percebendo-se que cada uma das partes pode denunciar o contrato de trabalho, mas devendo engendrar alguns passos
obrigatórios.
A nível do contrato de trabalho percebemos que a sua formação leva a alguns direitos como o direito as férias e que o trabalhador só pode
faltar em certas situações, podendo este incumprir com os seus deveres, tais como o da assiduidade e ser despedido por justa causa.
Abordou-se também algumas vicissitudes contratuais que permitem alterar alguns pontos do contrato de trabalho aquando da transmissão
de uma empresa, na cedência de pessoal, na suspensão do contrato de trabalho por parte do empregador ou por parte do trabalhador e por
fim na pré-reforma.
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Código do Trabalho
http://www.redepsi.com.br/2011/12/12/a-influ-ncia-do-ambiente-na-sa-de-dos-colaboradores/
https://www.montepio.org/ei/pessoal/emprego-e-formacao/e-trabalhador-estes-sao-os-seus-direitos/
https://www.economias.pt
http://saldopositivo.cgd.pt/
http://www.e-konomista.pt
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