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ECONOMIA DO

TRABALHO
Demanda por Trabalho

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230503136147

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Economia do Trabalho
Demanda por Trabalho
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Demanda por Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Demanda por Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Conceitos Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Modelo Simplificado (Competitivo) da Demanda de Mão de Obra. . . . . . . . . 18
1.3. Demanda por Mão de Obra em Modelos Não Competitivos . . . . . . . . . . . . . . 24
1.4. Demanda por Trabalho no Longo Prazo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.5. Mais do que Dois Insumos na Produção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1.6. Alterando a Curva de Demanda por Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2. Custos Não Salariais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3. Elasticidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.1. Elasticidade-Preço da Demanda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2. Elasticidades no Mercado de Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é concluir o estudo do tema demanda por trabalho.

Como diria Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.


Então, é hora de transpirar!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon.

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DEMANDA POR TRABALHO

1. DEMANDA POR TRABALHO

1.1. CONCEITOS INICIAIS


De início vamos apresentar alguns conceitos importantes para a nossa aula.
Os fatores de produção, incluindo a mão de obra, também podem ser classificados
considerando uma distinção puramente temporal em fatores fixos e fatores variáveis.
Os fatores fixos são aqueles cuja quantidade utilizada não se modifica, embora se
altere a quantidade produzida do produto. Podemos citar como exemplo a mão de obra
permanente contratada em uma empresa.
Já os fatores variáveis são aqueles em que a quantidade varia com a variação na
quantidade produzida do produto. Seria exemplo a mão de obra temporária contratada,
por exemplo, para uma colheita específica.
Vamos agora aprender a diferenciar Curto Prazo de Longo Prazo em termos de microeconomia.
Curto prazo: é o período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo.
Longo prazo: é o período no qual todos os fatores de produção variam.

Guarde que, na economia, conceitualmente, o curto prazo é período caracterizado por


ter pelo menos um fator de produção fixo. Em situação diversa, o longo prazo é o período
em que todos os fatores de produção são variáveis.
O fator de produção trabalho varia, por exemplo, com a entrada de novos jovens no
mercado de trabalho.

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001. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) Acerca dos fatores de produção, considere as seguintes


afirmações:
I – No longo prazo, uma firma pode variar seu insumo capital, mas não seu insumo mão de obra.
II – No longo prazo, uma firma pode variar tanto seu insumo capital quanto seu insumo
mão de obra.
III – No curto prazo, todos os fatores de produção são variáveis.
IV – No curto prazo, há ao menos um dos fatores de produção fixo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) I.
e) IV.

Vamos analisar as assertivas e marcar a alternativa correspondente.


I – Errado. No longo prazo, todos os insumos variam.
II – Certo. No longo prazo, todos os insumos variam.
III – Errado. No curto prazo, temos pelo menos um fator de produção fixo.
IV – Certo. No curto prazo, temos pelo menos um fator de produção fixo.
Letra a.

A Função de Produção é a relação técnica entre as quantidades físicas produzidas de


determinado produto e as quantidades físicas dos fatores empregados na sua produção em
determinada unidade de tempo. Assim, indica o máximo de produto que se pode obter com
as quantidades dos fatores, uma vez escolhido o processo de produção mais conveniente.
Em outras palavras, podemos dizer que a função de produção relaciona a quantidade
física de produto gerado (produção) e a quantidade física de fatores de produção
utilizados, em um determinado período.
A função de produção pode ser assim representada:
Q = F (mão de obra, Capital- K, Matéria-Prima, outros fatores)

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A função de produção que permite que os bens possam ser substituídos entre si é
a função de produção dos substitutos perfeitos, cuja função de produção é dada por:
f(x1,x2) = x1 + x2
Por seu turno, o montante máximo de produção que pode ser produzido é o chamado
Produto Total.

Já o Produto Médio de um insumo é o produto total dividido pelo montante do insumo


utilizado para produzir este produto. Assim, o produto médio é a proporção produto-
insumo para cada nível de produção e o correspondente volume de insumo.

Exemplo hipotético.

A Produtividade Média do fator de produção variável é a relação entre o nível do produto


e a quantidade do fator de produção, num determinado período.

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Exemplos:
Produtividade média da mão de obra: é o produto por trabalhador.
Produtividade média do capital: é o produto pelo capital empatado.
Produtividade média da terra: é a produção por hectare.
Veja o exemplo no gráfico a seguir da produtividade média de soja no Estado do Paraná entre
1977 e 2015:

Já o Produto Marginal de um insumo é o acréscimo do produto total atribuível ao


aumento de uma unidade de insumo variável no processo de produção, mantendo-se
constante todos os demais insumos.
É importante dizer que o Produto Marginal se refere, somente, a comparações dos
resultados experimentos simultâneos, e não sucessivos aumentos de unidade do insumo
variável em um experimento.

Nessa linha de raciocínio, podemos dizer que a Produtividade Marginal do Fator Variável
é a variação no Produto Total decorrente da variação na quantidade do fator, num
determinado período.

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Agora vamos aos conceitos específicos relacionados ao fator de produção mão de obra.
Produto marginal da mão de obra (PmgL ou PMg): é o volume de produção adicional
gerado ao se acrescentar 1 (um) trabalhador. Em outras palavras é quanto de saída na
produção que uma firma ganha com uma unidade extra de entrada (um trabalhador extra).
A palavra “marginal” em Economês pode ser pensada como “incremental”, “à margem
de”, e sempre significa o volume adicional sobre alguma coisa gerada pelo acréscimo de
uma outra coisa.
Produto médio da mão de obra (PmeL ou PMe): o PmeL é a produção por trabalhador.
Basta dividir a produção total pela quantidade de trabalhadores.

Nesse contexto, vamos aplicar a chamada lei dos rendimentos marginais decrescentes.
Pode-se ver com clareza o efeito da Lei dos Rendimentos Decrescentes na curva do
produto total que é a representada pela linha preta no gráfico seguinte.

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Resumidamente, a lei dos rendimentos marginais decrescentes estabelece que, se


a quantidade de apenas um recurso (no nosso caso a mão de obra) for aumentada de
quantidades iguais, por unidade de tempo, enquanto a de outros recursos permanecer
constante, a quantidade total de produto aumentará, mas, se esse incremento for além
de determinado ponto, o acréscimo resultante no produto tornar-se-á cada vez menor.
Em outras palavras, se os aumentos no recurso variável forem grandes, a quantidade
do produto alcançará um máximo e, a partir de desse ponto máximo, pode então decrescer.
A lei é constante, com a observação de que há limites à produção atingível, quando
as quantidades crescentes de um fator são aplicadas. Portanto, quando aumentamos a
quantidade de trabalhadores (fator variável), mantendo as demais constantes, a produção
aumenta inicialmente a taxas crescentes, depois a taxas decrescentes, atinge um máximo
e, finalmente, decresce.
Para melhor visualizar esse efeito, veja a Lei dos Rendimentos Decrescentes na curva
do produto total que é a representada pela linha preta no gráfico seguinte.

Observe que a linha azul representa a produtividade média e a linha vermelha a


produtividade marginal.

Perceba que tanto a curva do produto marginal da mão de


obra, como a curva do produto médio da mão de obra são
crescentes no início, atingem um máximo e, em seguida,
passam a decrescer.

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Podemos tirar algumas conclusões do gráfico:


• A produção total cresce enquanto o PmgL é positivo;
• A produção total decresce quando o PmgL é negativo;
• Quando o PmgL=0, a produção total é máxima;
• O PmgL atinge o seu máximo, para o mesmo número de trabalhadores, quando a
produção total muda a direção da concavidade da curva;
• O PmgL atinge o seu valor máximo, exatamente quando ele deixa de ser crescente
e passa a ser decrescente.
• Enquanto o PmgL for maior que PmeL, este último é crescente. Isso acontece, pois
a produção adicional gerada por um trabalhador causa alterações na produção
média. Assim, se a produção adicional de um novo trabalhador é maior que a
produção média, ela vai puxar a produção a média para cima;
• Quando PmgL e PmeL forem iguais, PmeL é máximo;
• Enquanto o PmgL for menor que PmeL, este último é decrescente. Isto acontece
pois, neste caso, a produção adicional gerada por um trabalhador adicional é
menor que a produção média. Logo, a produção adicional deste novo trabalhador
vai puxar a produção média para baixo.
Podemos concluir, portanto, que, à medida que aumentamos o uso de determinado
fator de produção (no nosso caso o número de trabalhadores), mantendo-se os outros
insumos constantes, chegamos a um ponto em que a produção adicional resultante
começa a decrescer.
Em outras palavras, não adianta contratar trabalhadores indefinidamente, pois
chega-se a um ponto em que temos uma redução na produção.
Vale dizer que, em função disso, a lei dos rendimentos marginais decrescentes
também pode ser chamada de lei da produtividade marginal decrescente.

002. (FCC/MPU/ANALISTA/2007) Na função de produção, no curto prazo, a produtividade


marginal dos fatores de produção
a) é sempre positiva.
b) é maior que a produtividade média.
c) pode ser negativa.
d) diminui, atinge um mínimo e depois aumenta.
e) é crescente quando a produtividade média é crescente.

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Quando a questão falar em função de produção no curto prazo, ela estará necessariamente
falando em lei dos rendimentos decrescentes.
Nessa pegada, pela lei dos rendimentos decrescentes, quando aumentamos a quantidade
do fator variável, mantendo as demais constantes, a produção aumenta inicialmente a
taxas crescentes, depois a taxas decrescentes, atinge um máximo e finalmente decresce.
Letra c.

003. (ESAF/MTE/AFT/1998) Considerando o modelo neoclássico sobre o mercado de trabalho,


podemos afirmar que:
a) a hipótese que faz com que a curva de demanda seja negativamente inclinada é a de
rendimentos constantes de escalas.
b) a curva de demanda por trabalho é idêntica à curva que relaciona um determinado nível
de emprego à sua produtividade média.
c) a demanda por trabalho relaciona salário nominal e nível de emprego, ao passo que, na
construção da oferta, o salário relevante é o real.
d) se os rendimentos de escala são decrescentes, a curva de demanda é necessariamente horizontal.
e) o fato de a curva de demanda por trabalho ser negativamente inclinada depende da
hipótese de rendimentos marginais decrescentes.

Devo destacar que o fato de a curva de demanda ser negativamente inclinada está calcado no
fato de o produto marginal da mão de obra ser decrescente, isto devido à lei dos rendimentos
marginais decrescentes. Isto posto, é correta, portanto, a alternativa e.
Vamos analisar agora as demais alternativas:
As letras a e d fazem alusão à demanda de mão de obra e aos rendimentos de escala. No
entanto, estes rendimentos de escala não são determinantes na determinação da declividade
negativa da curva de demanda. Já sabemos que o fator determinante é o produto marginal
da mão de obra, que é decrescente.
Já a letra b estaria correta se a palavra “média” fosse substituída por “marginal”.
Por fim, em relação à letra c, assim como no estudo da demanda, na construção da oferta
tanto o salário nominal quanto o salário real são relevantes (a oferta será estudada em
aula específica).
Letra e.

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Vamos agora conhecer mais um conceito.


RECEITA MARGINAL DA MÃO DE OBRA (RmgL): é o acréscimo na receita total da empresa
decorrente da contratação de um trabalhador adicional.
Observe que, quando se contrata um trabalhador adicional, este, geralmente, irá
aumentar a quantidade de produtos produzidos pela firma. Este aumento na produção
ocasionado por este trabalhador é o Pmg.

Tranquilo?

Por sua vez, cada produto produzido por este trabalhador adicional será vendido a um
determinado preço. A multiplicação desses produtos adicionais e dos preços destes produtos
causará um aumento na Receita Total (este aumento é a receita marginal da mão de obra).
Nessa toada, a receita marginal da mão de obra (RmgL) é dada pelo produto marginal
da mão de obra (quantidade de produtos adicionais produzidos) multiplicado pela receita
marginal (é o acréscimo na receita total, ou o valor de venda desses produtos adicionais).
A RmgL, também chamada de produto da receita marginal da mão de obra (PRMgL),
é o valor da produção adicional obtida.
Nessa toada, a RmgL iguala o produto marginal da mão de obra (PmgL) multiplicado
pela receita adicional que é recebida por unidade de produção (Rmg):
RmgL = PRmgL = Rmg. PmgL

Vamos ver um exemplo prático.


Digamos que tenhamos produzido uvas que foram vendidas para uma vinícola.
Suponha que em determinado momento, ela venda 1.000 garrafas por mês, ao preço de
R$30,00 cada, e tenha uma receita total (Receita Total = preços x quantidades) de R$ 30.000.
Imagine agora que, ao contratar um trabalhador adicional, este trabalhador aumente a
produção em 50 garrafas. Cada garrafa vendida aumenta a receita total em R$ 30,00.
Qual é a receita marginal da mão de obra?
Temos que a RmgL ou PRmgL = Rmg. PmgL
Dados:
Rmg = 30
PmgL = 50
Calculamos então a RmgL será 50. 30 = R$ 1.500,00, ou seja, haverá aumento de R$ 150,00
na receita total.
Observe ainda que a RmgL (ou PRmgL) é o valor da produção adicional do trabalhador contratado.

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Agora vamos estudar os custos médio e marginal e ver como eles se relacionam.

CUSTO MÉDIO
O custo médio resulta da divisão do custo total (CT) pela quantidade produzida (Q),
podendo ser entendido como custo unitário de produção, ou seja, para um determinado
nível de produção representa o custo de cada unidade produzida sendo, por isso, muito
utilizado nas empresas que comparam com o preço de venda.

Da mesma forma que o custo total pode ser repartido por custo fixo e custo variável,
o custo médio também pode ser repartido em custo fixo médio (CFM) e custo variável
médio (CVM).
No caso do custo fixo médio este resulta da divisão do custo fixo pela quantidade
produzida (CFM=CF/Q). Dado que o custo fixo é constante, na medida que o dividimos por
quantidades maiores, obtemos valores cada vez menores. Dessa forma, quanto maior for
a quantidade produzida, menor é o custo fixo médio.
Atente para o fato de que, se a produção for muito baixa, o custo fixo médio é elevado.
Pelo contrário, se a produção for elevada o custo fixo é repartido por uma maior quantidade
produzida, tornando o custo fixo médio mais baixo.
Quanto ao custo variável médio, este resulta da divisão do custo variável pela quantidade
produzida (CVM=CV/Q).
Geralmente, os custos variáveis médios são decrescentes quando o nível de produção
é baixo e crescentes quando o nível de produção é elevado.
Tal fato está diretamente relacionado com o fato de que para níveis de produção
baixos existem ganhos de eficiência em aumentar a produção mais, a partir de certo nível
de produção a situação inverte-se, perdendo-se eficiência na medida que se aumenta a
quantidade produzida.
Veja a fórmula a seguir:

CUSTO MARGINAL
O Custo Marginal representa o acréscimo de custo que se verifica quando é produzida
uma unidade adicional do bem.

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Se, por exemplo, numa empresa que produz 100 computadores a um custo total de R$
50.000,00, passar a produzir 101 computadores e o custo total passar a ser de R$ 50.500,00
o custo marginal é de R$ 500,00.

Na grande maioria dos casos o custo marginal é decrescente quando o nível de


produção é baixo, mas, a partir de determinado nível de produção, torna-se crescente.
Este comportamento do custo marginal está diretamente relacionado com a Lei das
Produtividades Marginais Decrescentes, segundo a qual aumentos sucessivos do fator
produtivo resultam em acréscimos cada vez menores de produção.
Vamos ver agora como se comportam esses custos graficamente falando.

Observe que a curva de custo marginal (CMa) na verdade cruza tanto com a curva de
custo variável médio (CVMe), quanto com a curva de custo médio ou custo total médio
(CMe) em seus pontos mínimos. Essa relação entre as curvas é muito cobrada em concurso!

004. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) No curto prazo, os custos que emergem de recursos


invariáveis e os custos de insumos que podem variar com a quantidade produzida são
denominados, respectivamente,
a) custo de oportunidade e custos variáveis.
b) custos explícitos e custos implícitos.
c) custos fixos e custos variáveis.
d) custos fixos e custo de oportunidade.
e) custos variáveis e custos fixos.

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Na primeira parte da assertiva, temos aqueles custos que correspondem à parcela dos
custos que independem da produção, ou seja, os custos fixos.
Já a segunda parte da assertiva refere-se à parcela dos custos totais que depende
da produção e, por isso, muda com a variação do volume de produção, ou seja, os
custos variáveis.
Letra c.

O lucro máximo de uma empresa é alcançado quando a receita marginal é igual ao


seu custo marginal, ou seja, enquanto a firma estiver produzindo com custo marginal
inferior à receita marginal, ela deve continuar produzindo e aumentando seu volume
de produção, já que cada unidade adicional produzida gera mais receita que custo, ou seja,
incrementa o seu lucro total.

005. (FCC/PGE-MT/ECONOMISTA/2016) Quando o custo marginal excede a receita marginal,


a) a firma pode aumentar seus lucros via aumento de produto.
b) a firma reduzirá seus lucros se aumentar o produto.
c) a firma está maximizando lucros.
d) o custo total excede a receita total.
e) o custo médio é igual à receita média.

Quando uma firma está no ponto em seu custo marginal é superior à sua receita marginal,
significa dizer que a partir desse ponto quanto mais ela produzir, maior será o seu prejuízo,
já que cada unidade adicional lhe traz um prejuízo adicional unitário.
Diante desse quadro, podemos ver que a alternativa compatível com esse raciocínio é a b.
Letra b.

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Veja a representação gráfica comparativa entre produto marginal e custo marginal:

Agora já podemos apresentar o famoso conceito do Custo Marginal da Mão de Obra.


CUSTO MARGINAL DA MÃO DE OBRA (CmgL): é o acréscimo no custo total decorrente
da contratação de um trabalhador adicional.
Aqui, o custo marginal de uma unidade adicional de mão de obra é pura e simplesmente
a taxa salarial (W) que deve ser paga a este novo trabalhador.

Veja esse exemplo:


Imagine uma empresa que conta com um custo total de R$ 100.000,00.
Qual será o custo marginal da mão de obra de um trabalhador se o salário deste for de
R$ 5.000,00?
Desconfia de como chegamos a esse custo?
Isso mesmo!
O CmgL será W=5.000,00!
Claro, após a contratação deste trabalhador o custo total aumentará para R$ 105.000,00
(aumentará exatamente o valor do salário).
Com esses conceitos em mente, já podemos apresentar o famoso modelo simplificado
da demanda de mão de obra.

006. (ESAF/IRB/ANALISTA/2004) Considerando a hipótese de que os mercados trabalham


em concorrência perfeita, pode-se afirmar que “as empresas contratarão mão de obra até
que a _______________ iguale-se ao _____________”.
As seguintes expressões, respectivamente, completam corretamente a afirmação acima:
a) produtividade média do trabalho / custo marginal
b) produtividade média do trabalho / salário nominal
c) produtividade marginal do trabalho / salário real
d) produtividade marginal do trabalho / produtividade média do trabalho
e) produtividade marginal do trabalho / preço do produto

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O ponto coincidente entre a produtividade marginal do trabalho e o salário real representa


a situação ótima num regime de concorrência perfeita para a demanda por trabalho por
parte das empresas.
O raciocínio que embasa esta constatação é que, quando as empresas tentam aumentar
seus lucros (que é o seu objetivo econômico), contratam empregados pagando aos mesmos o
salário real até o ponto em que o custo marginal de produzir uma unidade adicional de produto
seja igual à produtividade marginal do trabalho, que gera a receita marginal correspondente.
É nesse ponto que o custo marginal e a receita marginal se igualam.
Letra c.

Com esses conceitos em mente, já podemos apresentar o famoso modelo simplificado


da demanda de mão de obra.

1.2. MODELO SIMPLIFICADO (COMPETITIVO) DA DEMANDA DE MÃO DE OBRA


O modelo simplificado da demanda de mão de obra tem cinco pressupostos básicos:
1. As empresas buscam maximizar os lucros (lucro = receitas – despesas/custos).
Dito de outra forma, a empresa alcança seu equilíbrio quando o lucro é maximizado.
2. As empresas empregam dois fatores homogêneos de produção – capital e mão
de obra (trabalho).
3. Estamos trabalhando no curto prazo. Isso significa que o insumo capital é fixo e
o insumo mão de obra é variável.
4. O único custo da mão de obra é a taxa salarial (W).
5. Por último, e mais importante, presumiremos que tanto o mercado de produtos
quanto o mercado de trabalho são competitivos (concorrência perfeita).
O primeiro passo do modelo é estabelecer a quantidade de mão de obra em que a
empresa competitiva maximizará os seus lucros e estará, desta forma, em equilíbrio.
Para atingir este objetivo de maximizar os lucros, a empresa deve empregar mão de obra
até o ponto em que a receita marginal que ela recebe ao contratar o último funcionário
(RmgL) seja igual ao custo marginal desta mesma contratação (CmgL).
Você, neste momento, deve estar se perguntando:

Por que a empresa maximiza os lucros quando RmgL = CmgL?

Tenha em mente que o lucro de uma empresa é a receita menos a despesa.

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Se a receita marginal de um trabalhador adicional supera o custo marginal deste mesmo


trabalhador, a racionalidade econômica nos sugere que os lucros podem ser aumentados
contratando-se mais trabalhadores.
Por outro lado, se a receita marginal desta contratação for menor que o custo marginal,
a empresa estará diminuindo os lucros com esta contratação adicional e poderia aumentar
seus lucros demitindo este trabalhador.
O único nível em que a empresa não tem estímulos a contratar, nem a demitir, é o nível
em que a receita marginal da mão de obra (RmgL) iguala o custo marginal da mão de obra
(CmgL). Quando isso acontece, a empresa está em equilíbrio e este representa a situação
em que o lucro é maximizado.
Podemos resumir da seguinte forma:
Se RmgL > CmgL, estímulos a contratar ou aumentar L.
Se RmgL < CmgL, estímulos a demitir ou reduzir L.
Se RmgL = CmgL, lucro maximizado e L não muda.
É fundamental não confundir produção máxima (quando PmgL = 0) com lucro máximo.
Faço o alerta de que geralmente níveis de produção máxima não apontam para lucro
máximo (lembre-se de que lucro = receita – despesa/custo, enquanto produção=quantidade
de produtos produzidos).

DICA
O objetivo da empresa, sempre, é maximizar os lucros, e
NÃO a produção!

Vamos ver agora o que significa exatamente cada um dos dois termos da equação
anterior, a começar pelo RmgL.
O RmgL é o valor da produção adicional do trabalhador contratado.
Também chamada de Produto da Receita Marginal da mão de obra (PRmgL) ou de
Valor do Produto Marginal da mão de obra (VPmgL), a RmgL é igual ao produto marginal
da mão de obra (quantidade de produtos adicionais produzidos pelo trabalhador
adicional) multiplicado pela receita adicional que é recebida por uma unidade de
produção (Receita marginal – Rmg).
RmgL = PRmgL = VPmgL = PmgL. Rmg
Aluno(a), como estamos em um mercado competitivo (concorrência perfeita), a firma
é tomadora de preços no mercado de produtos, de forma que a receita proveniente de
uma unidade adicional produzida (Rmg) é exatamente o preço (P) do produto da empresa.

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Vamos ver um exemplo: se um produto é transacionado em um mercado competitivo e seu


preço de venda é R$ 100,00; a receita marginal deste produto também será R$ 100,00)

Dessa maneira, para firmas que trabalham em mercados de produção competitiva, o


produto da receita marginal obtido de uma unidade adicional de mão de obra (o PRmgL)
iguala o preço do produto da produção da empresa (P) multiplicado por seu produto marginal
da mão de obra (PmgL):
RmgL = PRmgL = VPmgL = P. PmgL
Vale ressaltar que a nomenclatura de Valor do Produto marginal da mão de obra (VPmgL)
só é usada normalmente em mercados competitivos.
Demonstrada a primeira parte da equação de maximização de lucros (RmgL=CmgL),
veremos o que é, na verdade, o tal CmgL: o custo marginal decorrente da contratação
de um trabalhador adicional é o seu salário (W).
Agora que analisamos os dois lados da equação de maximização de lucros, podemos
reescrevê-la da seguinte forma:
P. PmgL = W
Na verdade, essa equação é uma condição necessária, sob a ótica da mão de obra, para
que os lucros sejam maximizados.
Dando continuidade ao nosso modelo, conheceremos uma breve abordagem da diferença
entre salários nominais e reais.

SALÁRIOS NOMINAIS X REAIS


Salário nominal (W) é a remuneração medida em moeda corrente. É o valor que os
trabalhadores recebem por hora, e é bastante útil quando comparamos os salários de
diversos trabalhadores ou profissões em um mesmo momento, ou no momento corrente.
Salário real (W/P) é a remuneração medida em moeda constante. É o valor do salário
nominal dividido pelo índice de preços, sugerindo assim o poder real de compra. O uso do
salário real em vez do nominal é obrigatório quando comparamos os salários de um mesmo
trabalhador ou profissão em uma série de tempo, de um ano para o outro, por exemplo.
Caso contrário, não teríamos uma correta ideia acerca da real variação do poder de compra.
Agora já podemos evoluir para mais conceitos teóricos.

DEMANDA DE MÃO DE OBRA EM TERMOS DE SALÁRIOS REAIS


A expressão que define a maximização de lucros em mercados competitivos é:
P. PmgL = W
Dividindo os dois lados da equação por P e rearranjando os termos temos:
PmgL = W/P

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A equação acima nos diz que a firma maximizadora de lucros contrata mão de obra até
quando o produto marginal da mão de obra (PmgL) iguala o salário real (W/P).
Assim, conhecendo-se o preço de mercado e o salário W, temos meios para calcular a
quantidade de trabalhadores requerida para a maximização de lucros ou equilíbrio da firma.
É importante destacar que como a expressão define o número de trabalhadores a
serem contratados, dizemos que ela representa a demanda por mão de obra no mercado
competitivo. A empresa vai contratar até o ponto em que o produto marginal da mão de
obra passa a ser igual ao salário real (W/P).
É fundamental ter sempre em mente que a empresa demanda o número de
trabalhadores em que o produto marginal da mão de obra iguala o salário real. Como a
relação entre L e W/P é inversa, a inclinação da reta é decrescente ou negativa.

DEMANDA DE MÃO DE OBRA EM TERMOS DE SALÁRIOS NOMINAIS


A demanda por mão de obra é uma função de inclinação negativa em relação ao salário real.
No entanto, a situação mais comum é a curva de demanda de mão de obra ser apresentada
em função dos salários nominais, e não dos salários reais.
O fato de a curva de demanda por mão de obra estar em função dos salários nominais
não muda o fato de ela ser negativamente inclinada. A única mudança reside no fato de
que a curva de demanda será dada pela expressão do Produto da Receita marginal da mão
de obra (PRmgL) ou Valor do produto marginal da mão de obra (VPmgL).
É importante destacar que o fator que faz as duas curvas se inclinarem para baixo
é a produtividade marginal decrescente da mão de obra.
Em outras palavras, é o fato de, em determinado momento, ao aumentarmos o número
de trabalhadores, a produção adicional de cada trabalhador adicional ser decrescente.

007. (ESAF/MTE/AFT/2003) Suponha que a produtividade marginal do trabalho pode ser


expressa pela seguinte função: 10/L, onde L é a quantidade de mão de obra. Se a empresa
vende sua produção em um mercado competitivo a um preço de $8, quanta mão de obra
contratará a empresa se o salário for de $5 por unidade de mão de obra?
a) 16 unidades de mão de obra.
b) 4 unidades de mão de obra.
c) 6,25 unidades de mão de obra.
d) 10 unidades de mão de obra.
e) 8 unidades de mão de obra.

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Essa é uma questão de mera aplicação da condição da demanda de mão de obra nos
mercados competitivos:
PmgL = W/P (1)
Foram dados: PmgL = 10/L, W = 5 e P = 8
Basta substituir os dados na expressão (1):
10/L = 5/8
5L = 80
L – = 16 unidades de mão de obra.
Letra a.

008. (ESAF/MPU/ECONOMISTA/2007) É uma decorrência do aumento da produtividade


marginal do trabalho:
a) Aumento do salário real, queda na demanda por trabalho e quedas no emprego e na
produção global.
b) Diminuição da demanda por trabalho, queda no salário real e aumentos do emprego e
da produção global.
c) Aumento da demanda por trabalho, aumento do salário monetário e aumentos do
emprego e da produção global.
d) Aumento da demanda por trabalho, queda do salário monetário e aumentos do emprego
e da produção global.
e) Diminuição da demanda por trabalho, aumento do salário monetário, aumento do nível
de preços e aumento do emprego e da produção global.

Colega, já sabemos o PmgL é um dos fatores que altera a curva de demanda. A questão
pede as consequências de um aumento do PmgL.
Sabemos também que a demanda por trabalho é dada pelo VPmgL = P.PmgL.
Assim, o aumento de PmgL irá provocar o aumento da demanda por trabalho, de forma
que toda a curva de demanda será deslocada para a direita. Após deslocarmos a curva
de demanda para a direita, o novo equilíbrio acontecerá a salários maiores e nível de
emprego maior.
Letra c.

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009. (ESAF/MPU/ECONOMISTA/2007) Se, em um mercado concorrencial, Pmg = 400 – 0,5N,


onde N é o número de trabalhadores e a relação entre o preço do trabalho e do produto
for 2, qual a quantidade utilizada de trabalhadores?
a) 398
b) 796
c) 799
d) 221
e) nda

Agora temos novamente uma questão em devemos fazer uso da expressão que define a
demanda por trabalhadores em mercados competitivos.
Vamos usar os dados apresentados no enunciado:
PmgL = 400 – 0,5N
W/P = 2

E agora?

Agora, basta substituir os dados na expressão da demanda em mercados competitivos:


P.PmgL = W
PmgL = W/P
400 – 0,5N = 2
- 0,5N = -398
N = 796
Devem ser utilizados 796 trabalhadores.
Letra b.

010. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ECONOMISTA/2005) Se em um mercado concorrencial o


produto marginal do trabalho for igual a (800 –2N), onde N é igual ao número de trabalhadores,
o preço dos bens R$ 2,00 e o custo de mão de obra for R$ 4,00 por unidade vendida, a
quantidade de mão de obra empregada seria:
a) 20
b) 399
c) 800
d) 80

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Essa questão se resolve com a mera aplicação da expressão que define a demanda por mão
de obra em mercados competitivos.
Observe que foram dados:
PmgL = 800 – 2N
P=2
W=4
Basta substituir os dados na expressão da demanda em mercados competitivos:
P.PmgL = W
2.(800 – 2N) = 4
1600 – 4N = 4
N = 399
Letra b.

Agora vamos avançar e concluir o nosso estudo da demanda por trabalho, primeiramente,
em modelos não competitivos e, posteriormente, considerando o longo prazo (com os
fatores de produção capital e mão de obra sendo variáveis).

1.3. DEMANDA POR MÃO DE OBRA EM MODELOS NÃO COMPETITIVOS


Apesar dos assuntos não serem tão simples, posso dizer que, a princípio, o pior já passou.
Então vamos prosseguir no estudo da demanda de mão de obra em mercados não competitivos.
Existem alguns tipos de mercados não competitivos, sendo que para nosso estudo
os mais importantes são: o monopólio, o oligopólio e o monopsônio.
O Monopólio é uma estrutura de mercado representa uma situação em que há apenas
um único vendedor ou prestador de serviço, de maneira que este se caracterize como
a única fonte para suprir esta demanda.
Tal característica dá a este produtor, seja de serviço ou de bem, poder de mercado
para escolher o preço ou a quantidade que melhor lhe convier.
Dessa forma, cabe ao monopolista decidir qual das duas variáveis deverá escolher para
melhorar sua condição. Caso escolha um preço maior, a quantidade se reduz; caso opte pela
quantidade, não terá como ter domínio sobre o preço.

Desse modo, ainda que detenha grande capacidade de determinar uma maior lucratividade,
o monopolista não consegue ter domínio sobre o preço e a quantidade.
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De uma maneira geral, é difícil encontrar um monopólio em estado puro, já que esta
prática é geralmente combatida na economia pelos governantes. Porém, situações de
monopólios, ainda que não totalmente puras, ocorrem pela falta do que pode ser chamado
de um bem substituto.

O Monopsônio é a estrutura de mercado inversa ao monopólio. Nessa estrutura


existem diversos produtores de bens ou serviços, porém apenas um comprador.
Geralmente, esse tipo de estrutura de mercado é derivado da venda de algum bem ou
serviço intermediário, e está relacionado à existência de um monopólio mais à frente.

Exemplo hipotético:
Imagine que em determinado país exista apenas uma única empresa que produz navios. Todas
as empresas que produzem motores para navios terão apenas esta empresa como cliente,
estando refém de seus interesses.

No caso do monopsônio, o poder de mercado muda de lado: se no monopólio estava do


lado da oferta, em um monopsônio ele está do lado da demanda.

Existem outros exemplos de mercados monopsônicos, como os relacionados aos


fornecedores de autopeças de uso específico para determinado veículo, como um para-
brisas. Os fornecedores têm como único comprador a empresa fabricante do automóvel.

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Desse modo, os monopsonistas, assim como os monopolistas,


são ditadores de preço e não tomadores.

O oligopólio é uma estrutura de mercado conhecida pode ser uma extensão da


estrutura monopolística, já que, assim como na outra, o mercado não é atomizado, de
maneira que é constituído por um número limitado de produtores, porém mais que um.
Ainda que seja constituído por um número limitado de produtores um oligopólio,
é caracterizado pelo fato de que os produtores são concorrentes e rivais entre si, de
forma que existe interdependência mútua e incerteza em relação às ações que estes
agentes irão tomar.
O oligopsônio está para o oligopólio como o monopsônio está para o monopólio.
Nesse caso, existem apenas algumas empresas que demandam a produção de diversos
agentes vendedores.
Assim como no oligopólio, são observados oligopsônios puros e diferenciados, dependendo
da natureza do produto ofertado. O diferencial está relacionado se o oligopsônio demanda
produto diferenciado ou não.

Podemos ilustrar um oligopsônio no segmento de frigoríficos, que apresenta um número


restrito em determinada região, porém há um número elevado de pecuaristas para vender
gado. Em função do número restrito de frigoríficos para vender seu rebanho no período de
abatimento, os pecuaristas estão sujeitos a uma quantidade limitada de compradores.

Concorrência perfeita ocorre em mercados que sejam totalmente atomizados e que


os bens ou serviços em que estejam sendo ofertados sejam totalmente homogêneos,
de maneira que sejam entre si substitutos perfeitos.
Na concorrência perfeita, a firma é tomadora de preços e não tem sozinha capacidade
de fixar preços para seus produtos, tendo em vista o elevado grau de atomização da oferta.
Dessa maneira, são características da concorrência perfeita as seguintes propriedades:
• livre mobilidade: os agentes podem entrar ou sair do mercado em busca de uma
situação que lhes seja mais conveniente, sem conviver com a existência de barreiras;
• ausência de externalidades: como não há diferenciação entre os produtos e os agentes
são tomadores de preço, não existem vantagens ou desvantagens em se optar por
este ou por aquele bem ou serviço;
• transparência: as informações são disponibilizadas para todos os agentes presentes
no mercado. Nesse sentido, não existe assimetria de informações.

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Como a concorrência perfeita está mais para um objetivo a ser alcançado do que para
um mercado real, sua exemplificação é difícil. Todavia é relevante ressaltar que este modelo
de mercado é de bastante utilidade para se verificar quais são os fatores de desajuste nas
alocações na economia, em busca de mercados mais eficientes.
Preciso dizer que estruturas de mercado, que consigam se aproximar da concorrência
perfeita, são as que mais podem trazer benefícios à sociedade em geral.

011. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) Em relação aos principais tipos de concorrência da


economia, julgue o próximo item.
Em concorrência perfeita, as firmas fixam os preços dos seus produtos acima do
custo marginal.

Na verdade, nessa estrutura de mercado, a firma é uma mera tomadora de preços, não
tendo, sozinha, capacidade de fixar preços para seus produtos, em virtude do elevado grau
de atomização da oferta.
Errado.

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012. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Julgue o item que se segue, referente à teoria


microeconômica clássica.
Em concorrência perfeita, a receita marginal é igual à receita média no ponto ótimo.

Na estrutura de mercado concorrência perfeita, as empresas são tomadoras de preço


e, logicamente, sua receita média é igual à sua receita marginal, já que é o mercado
quem a determina.
Certo.

Conhecidas as principais estruturas de mercado, vamos lembrar que existem duas


óticas de análise: o mercado de produtos e o mercado de trabalho.
Assim, podemos ter um mercado competitivo no mercado de produtos e um mercado
não competitivo no mercado de trabalho, e vice-versa.
No estudo da demanda de mão de obra para mercados competitivos (modelo simplificado
da demanda de mão de obra), foi especialmente importante o fato de que a firma, nestes
mercados, é tomadora de preços.
Assim, o preço do produto (P) e a taxa salarial (W) são fixos e determinados pelo mercado.
Mas AGORA isso muda!
A partir de agora, em um primeiro momento, afrouxaremos a hipótese do preço do
produto (P) ser fixo ou dado pelo mercado. O relaxamento desta hipótese nos levará ao
estudo da demanda de mão de obra em um monopólio no mercado de produtos, e este
modelo servirá também para os outros mercados não competitivos no mercado de produtos.
Posteriormente, já em um segundo momento, afrouxaremos a hipótese da taxa salarial
(W) ser fixa ou dada pelo mercado. Este relaxamento nos levará ao estudo da demanda por
mão de obra em um monopsônio no mercado de trabalho.
Vale dizer que dos mercados de trabalho não competitivos, o monopsônio é o único
relevante para nosso estudo, tendo em vista os outros serem bem menos improváveis ou,
até mesmo, inimagináveis de acontecer na realidade.

Já imaginou um monopólio no mercado de trabalho, apenas um trabalhador ou grupo


de trabalhadores vendendo mão de obra e várias firmas querendo comprar? Difícil de
acontecer, não?

Em suma, será relevante para nós o estudo do monopólio no mercado de produtos e


do monopsônio no mercado de trabalho, e são estes dois modelos não competitivos que
iremos estudar.

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Depois, já em um terceiro momento, relaxaremos a hipótese do curto prazo, passando


a analisar o longo prazo, quando há variações nos dois fatores de produção existentes
(capital e mão de obra).
Então vamos nessa!

MONOPÓLIO NO MERCADO DE PRODUTOS E SERVIÇOS


Repare que numa posição de único produtor de determinado produto, o monopolista
está na situação em que toda empresa sonha estar, ele está em uma posição singular, única.
Se decidir elevar o preço do produto, não precisa se preocupar com a concorrência,
simplesmente porque ela não existe. Isto acontece porque o monopolista é o próprio
mercado e controla a quantidade ofertada de produto que será posto à venda.
Entretanto, isso não significa que o monopolista possa cobrar o preço que quiser caso
seu objetivo seja a maximização de lucros. A razão é óbvia: poucas pessoas iriam adquirir
os produtos e serviços, de forma que o lucro seria menor, apesar de ele ser monopolista
do produto.
Dessa forma, o monopolista, assim como uma firma em mercados competitivos, obedece
a uma condição de maximização de lucros.
Esta condição que maximiza os lucros é IGUAL àquela que vimos em mercados competitivos.
No monopólio no mercado de produtos, o lucro é maximizado quando RmgL = CmgL.
Assim, como vimos no estudo da demanda de mão de obra em mercados competitivos,
a RmgL, também chamada de VPmgL (valor do produto marginal da mão de obra), era igual
à Rmg x PmgL; já o CmgL era igual ao salário (W).
Desse modo, para mercados competitivos e não competitivos, tanto faz, temos:
RmgL = CmgL
Rmg.PmgL = CmgL
Ainda em mercados competitivos vimos que a firma é tomadora de preços. Isto
é, ela deve praticar exatamente o preço do mercado. Se praticar um preço acima do
mercado, ninguém comprará o produto.
De modo oposto, pela racionalidade econômica, ela não venderá o produto por um
preço abaixo do preço de mercado, pois estará indo contra a ideia de maximização de
lucros se o fizer.

Mas qual é o impacto disto em nosso modelo de demanda de mão de obra para mer-
cados competitivos??

Levando em conta a expressão Rmg.PmgL = CmgL, podemos afirmar que, para mercados
competitivos, Rmg (a receita marginal) é exatamente igual ao preço do produto.

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Veja o raciocínio respondendo a essa pergunta:

Qual o acréscimo na receita total em virtude da venda de um produto adicional? Ou,


em economês, qual é a receita marginal?

Aluno (a), a resposta é simples: como o preço é dado, constante, a receita marginal para
mercados competitivos é o próprio preço do produto.
Dessa maneira, a expressão adquire esta forma: P.PmgL = CmgL.
Vale registrar que o termo P.PmgL, em mercados competitivos, tem a nomenclatura
de valor do produto marginal da mão de obra.
Entretanto, quando estamos em um monopólio, a situação é diferente!
Isso ocorre porque a curva de demanda individual coincide com a curva de demanda
de mercado, já que o monopolista é o próprio mercado, pois só ele é quem produz
determinado produto.
É importante dizer, entretanto, que para aumentar a produção e conseguir vender essa
produção maior, a firma monopolista deve reduzir os preços.
Essa necessidade decorre do fato da curva de demanda da firma ser a própria curva
de demanda do mercado, que é negativamente inclinada, indicando que quanto maiores
forem as quantidades demandadas, menores devem ser os preços.
É importante entender que cada produto adicional que a firma queira produzir deve estar
em um preço abaixo do que era praticado no nível de produção imediatamente anterior.
A conclusão a que chegamos é a seguinte: a receita marginal no monopólio será
sempre menor que o preço do produto.
O raciocínio é no sentido de que a receita marginal é o acréscimo na receita total em
virtude de um produto adicional vendido. Acontece que, no monopólio, para se vender um
produto adicional, temos que vendê-lo a um preço menor que aquele praticado anteriormente.
Desta forma, a receita, na margem, será sempre menor que o preço que era praticado no
nível de produção imediatamente anterior.
Guarde a ideia de que no monopólio: Rmg<P.
Guarde também a expressão da demanda por mão de obra em um monopólio que é
a seguinte:
Rmg. PmgL = W (função dos salários nominais)
Ou, dividindo os dois lados por P, temos:
Rmg. PmgL= W (função dos salários reais)
P P
No monopólio temos o PRmgL (Produto da Receita marginal da mão de obra) igualando
o salário nominal (W).

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Por sua vez, na concorrência perfeita temos o VPmgL (Valor do produto marginal
da mão de obra) igualando o salário nominal.
Portanto, guarde que o PRmgL (Rmg.PmgL) será sempre menor que o VPmgL (P.PmgL),
porque a Rmg sempre é menor que P.
Em suma, para uma dada uma quantidade de trabalhadores, o valor marginal de uma
unidade adicional será menor para o monopolista do que para a empresa competitiva.
Num primeiro momento, confesso que essa afirmação para mim soou muitíssimo estranha...
Eu sempre tive em mente que as firmas monopolistas auferem lucros maiores que as
firmas em concorrência perfeita...

O “pulo do gato” desta situação está em observar a diferença entre os valores total e marginal.

Do ponto de vista total, uma determinada quantidade de trabalhadores que maximiza


os lucros vai gerar lucros bem maiores ao monopolista. Mas, se decidirmos aumentar
a quantidade de trabalhadores, na margem, o aumento do valor da produção é menor
para o monopolista.

Chegamos, enfim, a uma conclusão importante: mantendo-se os outros fatores constantes,


o nível de emprego e a produção são mais baixos no monopólio do que sob a competição
(concorrência perfeita).

Aquele(a) mais curioso(a) já deve estar fazendo suposições no sentido de que os salários
pagos no monopólio também são menores.
Mas isto NÃO está correto!
Os salários que os monopólios pagam não são necessariamente diferentes dos níveis
competitivos, embora os níveis de emprego o sejam.
Observe que mesmo a empresa que é monopolista no mercado de produtos (portanto,
determinadora de preços) pode ser irrelevante no mercado de trabalho e, neste caso,
constituir uma tomadora de preços no mercado de trabalho.

Mas como, professor?

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Economia do Trabalho
Demanda por Trabalho
Manuel Piñon

A firma é monopolista no mercado de produtos, mas faz parte de um mercado


competitivo em se tratando do mercado de trabalho. Concorrerá com outras empresas
para contratar seus trabalhadores.

Vamos criar uma situação hipotética para comprovar esta ideia!


Imagine, uma empresa de geração de energia elétrica e o mercado de Administradores.
No mercado de produtos/serviços, esta firma é monopolista, porém no mercado de trabalho
ela é apenas mais uma dentro da competição para contratar Administradores.
Desse modo essa empresa monopolista necessita pagar o salário corrente (W) que o mercado
paga, caso queira contratar Administradores.
Isso se deve ao fato de ele competir com inúmeras outras empresas no mercado de trabalho
para contratar seus Administradores.

Agora já temos “massa crítica” suficiente para chegarmos a algumas importantes


conclusões sobre o modelo de demanda por trabalho em um monopólio no mercado
de produtos:
• A demanda por mão de obra é dada pelo Produto da Receita marginal da mão de
obra: PRmgL;
• O PRmgL = Rmg.PmgL;
• Rmg é sempre menor que o preço P;
• O PRmgL é sempre menor que VPmgL, fazendo com que a curva da demanda de
mão de obra no monopólio esteja à esquerda da curva de demanda em mercados
competitivos;
• Os níveis de produção e emprego no monopólio são menores que em mercados
competitivos; e
• Não há qualquer conclusão que se possa fazer a respeito de diferenças entre os
salários no monopólio e na concorrência perfeita.
Concluído o monopólio, passemos agora ao monopsônio.

Quem lembra que “bicho” é esse?

MONOPSÔNIO NO MERCADO DE TRABALHO


O monopsônio no mercado de trabalho ocorre quando apenas uma empresa é a
compradora de mão de obra em um mercado de trabalho.
Tal empresa é chamada de monopsonista!
Uma situação que retrata bem esse tipo de mercado é a que acontece normalmente
em pequenas cidades em que há uma grande indústria instalada.

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Demanda por Trabalho
Manuel Piñon

Geralmente essa indústria é monopsonista do mercado de operários. Assim, normalmente,


quem não trabalha no campo, tem como única opção de trabalho a tal empresa monopsonista.
É importante lembrar que quando estamos em mercados competitivos, a firma é
tomadora de salários e enfrenta uma curva de oferta de mão de obra a um único nível
salarial dado pelo mercado.
Mas agora a situação é diferente!
Quando temos um monopsônio, a curva de oferta de mão de obra do mercado é a própria
curva de oferta para a firma monopsonista!

Mas como, professor?

Pense em uma cidade do interior com uma única empresa que contrata as pessoas.
Nessa a firma monopsonista é o próprio mercado, já que toda a oferta de mão de obra é
ofertada para esta única firma.
Aí a maré fica favorável para a empresa monopsonista...
Como dizemos aqui na Bahia, ela “nada de braçada”!
Vamos continuar nossa análise...
Nós já sabemos que a empresa, seja em mercados competitivos ou não, maximiza os
lucros quando RmgL = CmgL.
Aprendemos também que o CmgL (custo decorrente da contratação de um trabalhador
adicional) é o próprio salário W.
Mas agora uma novidade: no monopsônio, esta última afirmação (CmgL=W)
NÃO é verdade.
Calma que eu vou explicar o motivo!
Registre que o fato de uma empresa monopsonista enfrentar uma curva de oferta
ascendente (igual à curva do mercado) faz com que o custo marginal da contratação da
mão de obra (RmgL) supere o salário (W).
Assim teremos: Cmgl > W
Vamos esmiuçar esta linha de pensamento!
Quando a firma decide aumentar a quantidade de trabalhadores, para que haja
oferta de mão de obra disponível e ela ainda continue na curva de oferta, ela deve
aumentar os salários.
Em situação oposta, mantendo o mesmo nível de salários anterior não haverá
oferta disponível.
Dessa maneira, cada trabalhador adicional deve receber um salário que é maior que
aquele que era pago a níveis de emprego imediatamente mais baixos.
Em suma: para contratar mais mão de obra, o monopsonista deve pagar salários maiores.

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Mas não é só isso!

Vejamos um exemplo para bem elucidar a situação.


Imagine uma empresa competitiva inicialmente com 9 funcionários deseje contratar o décimo
funcionário.
O custo deste trabalhador adicional é o salário W, mas isso para uma firma competitiva.
De forma diferente, quando uma empresa monopsonista contrata 10 em vez de 9, ela
deve pagar um salário mais alto a todos os trabalhadores além de pagar a conta pelo
funcionário adicional.
Vamos botar números nos exemplos para demonstrar melhor a situação!
Imagine que uma empresa monopsonista pudesse conseguir 9 trabalhadores se pagasse
$7 por hora, mas caso ela quisesse contratar 10 trabalhadores, tivesse de pagar um
salário de $7,50.
Qual seria o impacto desta medida?
O custo de mão de obra associado aos 9 funcionários seria de $63 por hora (9 x $7), mas o
custo do trabalho associado aos 10 trabalhadores seria de $75 por hora (10 x $7,50).
Observou que o aumento de custo foi superior ao aumento do efetivo?
Veja que a contratação do funcionário adicional custaria $12 por hora – muito mais que a
taxa salarial de $7,50.

Assim, o fato de o CmgL estar acima da taxa salarial (W) afeta o mercado de trabalho
no monopsônio.
Por outro lado, já sabemos que para maximizar os lucros, toda empresa, esteja em
mercados competitivos ou não, deve contratar mão de obra até o ponto em que o PRmgL
iguala o CmgL: PRmgL = CmgL
Fazendo a união dessas duas conclusões temos a seguinte ideia chave: como para
um monopsonista, CmgL > W e PRmgL = CmgL, ele irá parar de contratar funcionários
quando o PRmgL também for maior que W.
Dessa ideia chave, concluímos também que no monopsônio os níveis de emprego
são menores que em mercados competitivos.
Sei que você deve estar com muita vontade de me perguntar o seguinte:

Professor, mas e quanto aos salários?

Colega, também tenho que dizer que no monopsônio os salários são menores que
aqueles pagos em mercados competitivos.
Acho que você já esperava essa resposta...

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Como disse, o monopsonista “nada de braçada” e essa maré favorável é revertida em


menores salários pagos e menores custos de produção!
Podemos resumir as principais ideias, que podem ser cobradas em sua prova, sobre a
demanda por trabalho no monopsônio sob a ótica do mercado de trabalho, nos seguintes
tópicos/conclusões:
• demanda por mão de obra continua sendo dada pelo PRmgL;
• A condição de maximização de lucros, ou equilíbrio da firma, permanece a mesma:
PRmgL = CmgL;
• O monopsonista enfrenta uma curva de oferta de trabalho ascendente, indicando
que a firma deve aumentar salários caso queira contratar mais mão de obra;
• O CmgL não é igual ao salário W, ele será sempre maior que W;
• No monopsônio os níveis de emprego e salário são menores que em mercados
competitivos.

013. (ESAF/MTE/AFT/2003) A curva de oferta de trabalho que enfrenta um monopsonista


tem inclinação positiva porque:
a) os monopsonistas somente contratam mão de obra especializada.
b) outras indústrias competem por esses trabalhadores e empurram para cima o salário.
c) ele deverá aumentar o salário caso queira atrair mais mão de obra.
d) políticas trabalhistas restringem a oferta de mão de obra para um monopsonista.
e) ele tem poder monopólico no mercado de bens finais.

Lembro que a curva de oferta de trabalho que enfrenta um monopsonista é igual à curva
de oferta de trabalho do mercado como um todo. Isto porque o monopsonista representa
o mercado, afinal ele é o único empregador de mão de obra.
Dessa maneira, ele deve aumentar salários para contratar mais trabalhadores.
Letra c.

014. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ECONOMISTA/2005) Assinale a alternativa incorreta:


a) as firmas competitivas enfrentam uma curva individual de oferta de mão de obra horizontal.
b) as firmas competitivas enfrentam uma curva de demanda individual de bens decrescente.
c) um monopsonista enfrenta uma curva de oferta de mão de obra positivamente inclinada,
independentemente se estamos falando da curva do mercado ou da firma individual.
d) o monopolista, caso queira vender mais produtos, deve reduzir os preços já que enfrenta
uma curva de demanda individual de produtos descendente.
e) para o monopolista, a receita marginal é sempre menor que o preço.

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Temos aqui uma questão teórica, meramente conceitual. Amigo(a), uma questão como esta
você não pode perder. Por isso digo: absorva bem os conceitos. Além de serem essenciais
para o entendimento global da matéria, são sim muito cobrados em prova.
Adianto que, dentre as alternativas, aquela que possui erro é a letra b.

Percebeu o erro?

As firmas competitivas enfrentam uma curva de demanda individual horizontal. Isto ocorre
porque em mercados competitivos as firmas são tomadoras de preços e salários. Dessa
forma, as curvas individuais de demanda de bens e oferta de mão de obra serão horizontais.
Letra b.

1.4. DEMANDA POR TRABALHO NO LONGO PRAZO


Chegou a hora de vermos como se comporta a demanda por trabalho no longo prazo.
Até agora em nosso estudo da demanda por trabalho, trabalhamos com a hipótese do
curto prazo (apenas o insumo mão de obra variando).
Mas isso muda a partir de agora. Levaremos em conta também a variação do insumo capital.
Assim, estudaremos a demanda por trabalho no longo prazo (os dois insumos variando).
A produção da firma (Q) é função dos fatores de produção capital (K) e mão de obra (L).
A ideia principal aqui é que a empresa minimizará o custo de produção quando ela
utilizar capital e mão de obra até o ponto em que seus custos marginais relativos sejam
apenas iguais às suas produtividades marginais.
Mas faço um alerta!
Preste muita atenção, pois há muitas maneiras de dizermos o que significa a expressão
acima, ou seja, há várias maneiras de dizer a mesma coisa, e devemos estar preparados
para todas elas.
Podemos dizer a mesma coisa se dissermos que a empresa deve empregar mão de
obra e capital até o ponto em que o custo marginal de produzir a última unidade de
produção seja o mesmo para todos os insumos, qualquer que seja o capital ou a mão
de obra empregada na geração desta última unidade.
Essa situação pode ser representada pela equação abaixo:
W = C__
PmgL PmgK
Mas vamos evoluir um pouco mais!

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Imagine agora o que aconteceria quando os salários aumentarem e os custos do capital


ficarem estáveis.
Eu lhes digo que o aumento em W distorce a igualdade e o lado esquerdo da equação
fica maior que o lado direito.
Existem duas formas de equilibrar novamente a equação:
1. por meio do aumento de PmgL;
2. por meio da diminuição de PmgK.
Nessa toada, caso haja um aumento no salário dos trabalhadores W, as firmas no
intuito de manter seus lucros devem: ou aumentar o PmgL, ou diminuir o PmgK.
Em outras palavras, como a produtividade marginal de um fator declina quando seu uso
aumenta (lei dos rendimentos marginais decrescentes), a firma irá ou reduzir a quantidade
de mão de obra a fim de aumentar o PmgL, ou aumentar o estoque de capital a fim de
diminuir o PmgK.
Note que o aumento de salários tende a diminuir o número de trabalhadores contratados
e/ou estimular a substituição de trabalhadores por capital (máquinas).
Agora imagine o que aconteceria caso o preço do capital (C) aumentasse.
O aumento em C distorceria a igualdade da equação e o lado direito ficaria maior
que o esquerdo.
Para restabelecer o equilíbrio, a firma deve, ou aumentar o PmgK, ou diminuir o PmgL.
Amigo(a), novamente faremos isso ou reduzindo o estoque de capital, ou aumentando
o número de trabalhadores, respectivamente.

DICA:
Chamo a sua atenção neste momento da aula que é
muito importante não confundir a teoria que estamos
apresentando no longo prazo (dois insumos variáveis) com
a teoria que apresentamos no curto prazo (apenas um
insumo variável: a mão de obra).

No curto prazo, a condição de maximização dos lucros é RmgL = CmgL.


No longo prazo, esta equação que vimos acima (PmgL/PmgK = W/C) expressa a
condição de minimização de custos para uma produção que é dada e para preços do capital
e mão de obra também já pré-determinados.
Assim, dada uma produção (a produção é um dado já conhecido, suposto, pré-
determinado), dados também os preços do capital e mão de obra, a equação que
aprendemos no longo prazo nos permite descobrir as quantidades de mão de obra e
capital ideais, minimizadoras de custos.
Nunca é demais lembrar que no curto prazo o capital é constante, de modo que nos
interessa somente a quantidade de mão de obra que maximiza os lucros. Já no longo prazo,
temos que trabalhar com os dois fatores de produção (capital e mão de obra).

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1.5. MAIS DO QUE DOIS INSUMOS NA PRODUÇÃO


Até agora, sempre presumimos que as empresas utilizam dois insumos na produção:
capital e mão de obra.
Entretanto, a mão de obra pode ser subdividida em várias classes: PCD e não PCD,
trabalhadores qualificados e não qualificados, idosos e jovens, mulheres e homens etc. Da
mesma maneira, o capital também pode ser subdividido em várias classes: equipamentos,
máquinas, ferramentas, energia, instalações, espaço, terra etc.
Conforme visto anteriormente, se uma empresa está procurando minimizar os
custos, a longo prazo, ela deve empregar todos os insumos até o ponto em que o custo
marginal de produzir uma unidade de produção seja o mesmo, para qualquer insumo
que tenhamos, pois:
(W/PmgL)/(C/PmgK)
Esta equação nos leva à conclusão de que, no longo prazo, a demanda por qualquer
categoria de mão de obra será uma função não somente de sua própria taxa salarial, mas
também das taxas salariais de todas as outras categorias de mão de obra ou dos preços
de outros insumos quaisquer.
Na equação anterior, por acaso, a demanda de mão de obra é função não somente de
W (salários), mas também de C (custo do capital).

Vamos exemplificar isso para que você possa entender melhor o que estou dizendo.
Imagine uma indústria de sapatos que possui duas categorias de trabalhadores: os trabalhadores
qualificados (operam as máquinas, fazem projetos etc.) e os trabalhadores não qualificados
(não sabem operar as máquinas e realizam trabalhos braçais).
Suponha a curva de demanda dos trabalhadores qualificados.
O que acontecerá se houver aumento de salários dos trabalhadores não qualificados?
E aí?
O que acontecerá?
Haverá dois efeitos em rumos opostos.
O aumento de salários dos trabalhadores não qualificados tende a ser repassado aos produtos
na forma de preços mais elevados. Estes preços mais elevados tendem a diminuir a demanda
dos produtos (lei da demanda). A redução da demanda de produtos irá reduzir a produção, o
que reduz a demanda por todos os trabalhadores, inclusive os qualificados, que nem tiveram
os seus salários aumentados.
É o efeito escala que, nesse caso, deslocará a curva de demanda dos trabalhadores
qualificados para a esquerda, ou seja, diminuirá a demanda de trabalhadores qualificados.
Ao mesmo tempo, o aumento de salários dos trabalhadores não qualificados fará a firma
substituir trabalhadores não qualificados por trabalhadores qualificados, agora mais baratos
em relação aos não qualificados.
É o efeito substituição que, neste caso, deslocará a curva de demanda dos trabalhadores
qualificados para a direita, ou seja, aumentará a demanda de trabalhadores qualificados.

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Veja que os dois efeitos agem em sentidos opostos.


Assim, se o efeito substituição domina e o aumento dos salários dos trabalhadores
não qualificados e a consequente redução da demanda destes aumentam a demanda por
trabalhadores qualificados, dizemos que estes dois insumos (trabalhadores qualificados
e não qualificados) são substitutos brutos.
Por outro lado, se o efeito escala domina, e o aumento dos salários dos trabalhadores
não qualificados diminui a demanda por trabalhadores qualificados, dizemos que estes
dois insumos são complementos brutos.
Assim, temos o seguinte: se a diminuição da demanda de um insumo provoca o aumento da
demanda de outro insumo, estes insumos são substitutos brutos e o efeito substituição domina.
Se a diminuição da demanda de um insumo provoca a diminuição da demanda de outro
insumo, estes insumos são complementos brutos e o efeito escala domina.
Há ainda um caso bastante específico que ocorre quando os dois insumos devem
utilizados necessariamente juntos, ou seja, um só funciona quando o outro está junto.
É o caso, por exemplo, do insumo trator (capital) e do insumo motorista do trator
(mão de obra).
Nesse caso, o uso reduzido de um insumo implica obrigatoriamente o uso reduzido do
outro insumo. Logo, não há que se falar de efeito substituição, apenas de efeito escala.
Quando esta situação específica ocorre, dizemos que estes insumos são complementos
na produção.

1.6. ALTERANDO A CURVA DE DEMANDA POR TRABALHO


Anteriormente tínhamos definido que a demanda por trabalho dependia de três
fatores. Mas a partir de agora, podemos introduzir um quarto fator que também
altera a demanda por trabalho:
1. Preço da mão de obra (salários): deslocamentos ao longo da curva.
2. Preço do capital: deslocamentos da curva.
3. Demanda de produtos: deslocamentos da curva.
4. Produto marginal da mão de obra: deslocamentos da curva.
Assim, quando a produtividade marginal do trabalho aumenta, deslocamos a curva
de demanda para a direita.
A recíproca também é verdadeira: reduções do PmgL provocam deslocamentos da
curva de demanda para a esquerda.

Para exemplificar, suponha que, através de cursos profissionalizantes e treinamentos, a


produtividade marginal dos metalúrgicos tenha aumentado.
Qual será o efeito deste aumento do PmgL sobre o mercado de metalúrgicos?

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Como a demanda por trabalho em função dos salários nominais é dada pelo Valor do Produto
marginal da mão de obra (VPmgL), que é igual a P.PmgL, o aumento de PmgL aumenta a
demanda provocando o deslocamento de toda a curva para a direita.
Demanda = VPmgL = P.PmgL
Aquele colega mais curioso já deve estar fazendo alguma conclusão acerca dos preços, já que
o VPmgL é PxPmgL.
Como a demanda por trabalho = VPmgL = PxPmgL, podemos ser induzidos ao erro de pensar
que, se aumentarmos os preços, também deslocaremos a curva de demanda para a direita.
Não podemos afirmar isso, já que apesar do aumento de preços aumentar o VPmgL, o
aumento de preços diminui a demanda de produtos, deslocando, assim, a curva de demanda
para a esquerda.
Dessa forma, não podemos afirmar qual será o efeito resultante.
Passemos agora a analisar os custos não salariais de um trabalhador.

2. CUSTOS NÃO SALARIAIS


O estudo da demanda por mão de obra refere-se ao custo da mão de obra como sendo
a taxa do salário/hora (W) paga aos trabalhadores, no entanto, substanciais custos do
trabalho são não salariais (ou extrassalariais).
Tais custos não salariais têm algumas implicações sobre o mercado de trabalho,
podendo ser divididos em duas categorias: custos de contratação/treinamento e
benefícios do funcionário.

CUSTOS DE CONTRATAÇÃO E TREINAMENTO


Quando existe a necessidade de treinar e contratar novos funcionários, as empresas
incorrem em vários custos. Os custos de contratação incluem os custos envolvidos com o
anúncio das vagas, a seleção dos melhores candidatos, e o processamento dos candidatos
bem avaliados que receberam a oferta de emprego.
Também devem ser computados nessa categoria os custos administrativos de manter os
empregados na folha de pagamentos como as despesas com manutenção de registros, custos
de computação e emissão de borderôs de pagamentos, preenchimento de declarações etc.
Os novos empregados geralmente passam por treinamento, precisam conhecer as rotinas
e normas da empresa etc. Esse treinamento, embora não mude o nível de habilitação do
novo funcionário, aumenta a produtividade ao capacitá-lo a fazer um uso mais eficiente
do tempo dentro da firma.
Ao realizar este treinamento, as empresas incorrem em pelo menos três tipos de custos:
1. Os custos monetários explícitos de empregar indivíduos para servir como instrutores
e os custos dos materiais empregados durante o processo de treinamento.
2. Os custos implícitos ou de oportunidade de emprego do equipamento de capital
e de funcionários experientes para efetuar o treinamento em situações menos formais
(por exemplo, um funcionário experiente demonstrando a um novo funcionário como se
realiza uma tarefa a um ritmo mais lento do que o normal).

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3. Os custos implícitos ou de oportunidade do tempo do indivíduo sob treinamento (que


não produz tanto quanto produziria se seu tempo estivesse dedicado às atividades de produção).
Dessa forma, considerando os custos inerentes às atividades de recrutar e treinar
empregados, as firmas precisam decidir sobre qual estratégia de contratação devem adotar.
Normalmente, as empresas que decidem pagar altos salários a seus funcionários atraem
muitos candidatos para cada vaga, podendo ser seletivas, contratando apenas candidatos
treinados e experientes. Ao pagar altos salários, essas empresas evitam os custos inerentes
à contratação de empregados inexperientes, economizando em treinamento.
Já aquelas contratantes que escolhem pagar baixos salários, normalmente, atraem
candidatos inexperientes, devendo estar preparadas para assumir períodos maiores de
treinamento, e de assumirem maiores riscos de perder estes funcionários que treinaram
para empregadores que oferecerem salários mais altos no futuro.
Podemos concluir, então, que as empresas que pagam baixos salários economizam
em custos horários, mas incorrem em maiores custos de treinamento.

BENEFÍCIOS DO EMPREGADO
Considerando os aspectos não salariais, além dos custos de contratação e treinamento,
existem também os custos com os benefícios do empregado.

Esses benefícios incluem as contribuições requeridas legalmente para o seguro social e


benefícios fornecidos não oficiais (escola dos filhos, internet, auxílio-refeição etc.).
A principal diferença entre custos salariais e custos não salariais no emprego é o
fato de que os custos não salariais são custos por trabalhador, enquanto os custos
salariais são custos por hora trabalhada.

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Muitas vezes, os custos não salariais são chamados de custos quase fixos, no sentido
de que, uma vez que um empregado seja contratado, a empresa está comprometida com
um custo que não varia com as horas trabalhadas, mas sim com o trabalhador.

Por exemplo, os custos de contratação e treinamento são quase fixos, uma vez que eles
estão associados a cada novo funcionário, e não às horas que ele trabalha depois do
período de treinamento.
Muitos custos de benefícios também são quase fixos (seguro-saúde, vale-alimentação etc.).
Note que todos estes custos extrassalariais (ou quase fixos) não são função das horas
trabalhadas, mas sim do número de trabalhadores que a firma possui.
Nesse aspecto, existe um efeito sobre a demanda de mão de obra, já que, ao decidir
aumentar a produção, provavelmente pode ser mais interessante para as empresas
simplesmente solicitarem aos trabalhadores já contratados que trabalhem mais horas do
que contratar mais trabalhadores.
O raciocínio não é complicado.
Ora, se forem contratados mais trabalhadores, as empresas irão arcar com os dois tipos
de custos: custos salariais e custos não salariais (ou quase fixos).
Por outro lado, se apenas solicitarem aos seus trabalhadores já contratados que trabalhem
mais horas, incorrerá somente em custos salariais.
Podemos concluir, portanto, que o modo menos custoso para a empresa aumentar
a produção seria por meio do uso de horas extras, em detrimento da contratação de
trabalhadores adicionais.
Existe uma análise acerca do encarecimento das horas extras para diminuir a sua
utilização de modo a contratar mais mão de obra. A ideia seria criar uma legislação nesse
sentido para diminuir o desemprego.

015. (INÉDITA) Sobre os custos do trabalho, assinale a alternativa incorreta:


a) uma legislação que aumente o valor da bonificação da hora extra diminuirá o desemprego,
pois desestimula a contratação de horas extras por parte das firmas.
b) um seguro-saúde por trabalhador pode ser considerado um custo extrassalarial ou quase
fixo, e que varia com o trabalhador e não com as horas trabalhadas.
c) normalmente, pode ser mais vantajoso para a firma contratar mais horas extras ao invés
de contratar um novo funcionário, se o seu objetivo é aumentar a produção.
d) a taxa salarial/hora de trabalho corresponde a um custo salarial que varia de acordo
com as horas trabalhadas.
e) firmas que adotam estratégias de contratação pautadas no pagamento de baixos salários
incorrem em maiores gastos com treinamento.

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Nessa questão acerca dos custos não salariais do trabalho, a alternativa errada é a letra a.
Todas as demais estão corretas e foram comentadas por nós na exposição teórica da matéria.
Observe que, embora seja o objetivo, o resultado de uma legislação que aumente a bonificação
da hora extra ainda não pode ser comprovado de fato.
Letra a.

3. ELASTICIDADES
O termo elasticidade, que também pode ser chamado de sensibilidade, mede o
quanto uma variável pode ser afetada por outra. Existem alguns tipos de elasticidades,
mas todos envolvem basicamente o mesmo raciocínio.
Assim, a ideia é analisar os efeitos das mudanças de preços nas quantidades demandadas
(elasticidade-preço da demanda) e nas quantidades ofertadas (elasticidade-preço da oferta).

3.1. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA


O conceito de elasticidade-preço nos permite uma maior compreensão do sistema
de preços e das reações observadas no mercado.

Vamos usar um exemplo para ilustrar melhor a importância de se conhecer a elasticidade


tanto pelo lado do consumidor quanto pelo lado do produtor de aparelhos celulares.
O raciocínio básico aqui é que se os preços dos celulares aumentam, a quantidade
demandada cairá e a quantidade ofertada de celulares aumentará.
Até aqui nenhuma novidade.
Mas e se quisermos saber o quanto essa mudança de preço vai aumentar ou quanto
vai cair a demanda ou a oferta?

Até que ponto a demanda por celulares poderá ser afetada? Muito ou pouco?
E se os preços dobrarem, em que percentual a quantidade demandada diminuirá?
Por outra banda, qual deve ser a mudança na oferta de celulares se os preços fossem
elevados em apenas 50%, em vez de dobrarem?

Basicamente, é para responder a perguntas assim que serve o estudo da elasticidade.


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A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas


mercadorias/serviços em função das alterações verificadas em seus respectivos preços.

Em outras palavras, podemos dizer que a elasticidade preço da demanda serve para
indicar a variação percentual da quantidade demandada de um bem em função da
variação percentual no seu preço.
De modo mais direto, é a variação percentual da demanda de um bem em função da
variação percentual do preço.
Seguindo-se esse conceito as mercadorias/serviços podem ser classificadas em bens
de demanda elástica ou inelástica.
Os bens de demanda inelástica são os de primeira necessidade, indispensáveis à
subsistência do consumidor. Esses bens não são sensíveis ao fator preço.

Exemplo: sal.

Os bens de demanda elástica são aqueles que não são indispensáveis à subsistência do
consumidor. Assim, podemos dizer que eles são “sensíveis” ao fator preço.

O grau de sensibilidade ao preço, ou seja, a variação nas quantidades compradas em função


das variações dos preços, indica se um bem é mais ou menos elástico.

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DICA:
Alguns fatores que influenciam a elasticidade da demanda
seriam a existência de substitutos ao bem, a variedade de
usos desse bem, o seu preço em relação ao uso global dos
consumidores e o preço do bem em relação à renda dos
consumidores.

Para um vendedor faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não a demanda
com a qual ele se defronta.
Se a demanda for elástica e ele reduzir o preço, obterá mais receita. Por outro lado, se
a demanda for inelástica e ele reduzir o preço obterá menos receita.
Amigo(a)s, podemos dizer, portanto, que a elasticidade é uma medida de como os
compradores e vendedores reagem a uma mudança nos preços, e nos permite analisar
a oferta e a demanda com muito mais precisão.
Nesse sentido, a elasticidade-preço da demanda (EPD) mede a variação (o aumento ou
diminuição) em valores unitários ou em percentagem da quantidade demandada devido a
uma mudança nos preços.
Em situações normais, a demanda tende a ser mais elástica quando:
• O bem é considerado de luxo;
• O horizonte de tempo é maior;
• Existem mais bens substitutos;
• O mercado é mais restrito.

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Para cálculo de elasticidade são necessários pelo menos dois períodos.

A seguir vou demonstrar um exemplo de cálculo de elasticidade para um produto qualquer,


e aplicando-se a fórmula padrão para o cálculo da elasticidade:

PERÍODO PREÇO QUANTIDADE


JAN/2014 R$10,00 500
FEV/2014 R$10,50 480

Vamos agora aplicação da fórmula da Elasticidade ao exemplo:

Amigo(a), vamos agora interpretar o resultado!


O resultado nos diz que para cada variação percentual de 1% no preço do produto, a quantidade
variará em 0,8%.
Já o sinal negativo da elasticidade indica que a variação na quantidade será em sentido
contrário da variação de preço. Desse modo, se o preço aumentar em 1% a quantidade
demandada cairá em 0,8%.
No nosso exemplo, o preço aumentou em 5% (passou de R$10,00 para R$10,50), enquanto
nossa quantidade caiu 4% (passando de 500 para 480).
Para verificar a quantidade demandada em função das diferentes variações de preço, basta
multiplicarmos a variação de preço pela elasticidade. No nosso exemplo, se tivéssemos
aumentado o preço em 15%, a variação na quantidade seria de 12% (15%*0,8).

A demanda por bens e serviços é classificada de acordo com o seu grau de elasticidade
em cinco categorias:
• Inelástica: a quantidade demandada não responde com muita intensidade a alterações nos
preços EPd < 1. O nosso exemplo acima caracterizou um bem/serviço de demanda inelástica.
• Elástica: a quantidade demandada responde com muita intensidade a alterações nos
preços EPd > 1. Aqui entram aqueles fatores, como a existência de bens substitutos.
O consumidor, por exemplo, pode partir logo para outra opção quando um produto
elástico sofre aumento de preço.

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• Unitária: a quantidade demandada muda na mesma proporção que o preço se altera.


Assim o resultado da Epd é sempre igual a 1. Exemplo: um aumento no preço de 10%
gera uma diminuição da quantidade demandada também de 10%.
• Perfeitamente Inelástica: a quantidade demandada não muda se houver uma alteração
nos preços. Mas saiba que existe essa possibilidade na teoria e aparece inclusive em
gráfico e cai em prova de concurso, como veremos a seguir.
• Perfeitamente Elástica: a quantidade demandada muda infinitamente com uma
alteração nos preços. Também não consigo ver um exemplo prático “perfeito” para
dar para vocês. Da mesma forma, saiba que existe essa possibilidade na teoria e
aparece inclusive em gráfico e cai em prova de concurso, como veremos ainda hoje.
Como a elasticidade preço da demanda mede o quanto à quantidade demandada
muda em resposta a uma mudança nos preços, ela está intimamente ligada ao formato
da curva da demanda.
Na verdade, a representação gráfica, por meio da curva de demanda de acordo com a
elasticidade preço nada mais é do que a expressão daquela fórmula que calculamos para
vários níveis de preço e de quantidade.
Assim, a inclinação da curva é o resultado do cálculo oriundo da aplicação da fórmula.
Tenho agora que mostrar os cinco tipos de elasticidade representados graficamente,
pois isso pode ser cobrado na sua prova. Observe:

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Calma!
Sei que não é fácil...
É assim mesmo...
O estudo da economia exige boa vontade com fórmulas e gráficos.
Não tem jeito...
Vamos ver de outra forma:

A Elasticidade-preço cruzada da demanda mede o efeito que a mudança no preço de um


produto provoca na quantidade demandada de outro produto (“coeteris paribus”). Em
outras palavras, a elasticidade-preço cruzada da demanda aponta a variação na demanda
por um bem de acordo com a variação do preço do outro bem.

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Nessa pegada, guarde que se os bens A e B são complementares, então um aumento


do preço de A gera uma redução na demanda por B, de maneira que a elasticidade-preço
cruzada é negativa.
Entretanto, se os bens A e B são substitutos, então um aumento do preço de A gera
um aumento na demanda por B, de maneira que a elasticidade-preço cruzada é positiva.
Ressalte-se ainda que, no caso de bens independentes, a elasticidade cruzada é nula. Veja:

Vamos agora ao mercado de trabalho!

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3.2. ELASTICIDADES NO MERCADO DE TRABALHO

ELASTICIDADE SALÁRIO DA DEMANDA


A elasticidade salário da demanda para uma categoria de mão de obra é definida como a
variação percentual no emprego (E) induzida por um aumento de 1% em sua taxa salarial (W).
De modo menos técnico, a elasticidade salário da demanda reflete a variação no emprego
em virtude de variações nos salários.
Veja que o princípio e a finalidade são os mesmos da elasticidade preço da demanda
de bens, só que, agora, temos como foco a variação no emprego da mão de obra (%ΔE) e
a variação dos preços da mão de obra (%ΔW).
Segue a expressão da elasticidade salário da demanda, também chamada de elasticidade
da demanda do próprio salário:
η = %𝛥𝐸
%𝛥𝑊
A elasticidade salário da demanda segue as mesmas propriedades da elasticidade
preço da demanda. Caso η>1, temos demanda elástica, se η<1, demanda inelástica, se
η=1, elasticidade unitária.
Vejamos agora a parte mais importante do estudo das elasticidades para a Economia
do Trabalho, que são as leis da demanda derivada.

AS LEIS HICKS-MARSHALL DA DEMANDA DERIVADA


As leis Hicks-Marshall da demanda derivada são quatro leis que associam a elasticidade
salário da demanda a outros quatro fatores
As leis Hicks-Marshall da demanda derivada afirmam que, mantendo-se os outros
fatores constantes, a elasticidade da demanda do próprio salário para uma categoria de
mão de obra é elevada sob as seguintes condições:
1. Quando a elasticidade preço da demanda do produto que é produzido por esta
categoria de mão de obra é elevada;
2. Quando outros fatores de produção podem substituir facilmente a categoria da
mão de obra;
3. Quando a oferta de outros fatores de produção é altamente elástica (isto é, o emprego de
outros fatores de produção pode ser aumentado sem aumentar substancialmente seus preços); e
4. Quando o custo de empregar a categoria de mão de obra constitui uma grande parcela
dos custos totais de produção.
A partir de agora, explicaremos em detalhes cada uma das 4 leis ou fatores que fazem
com que a elasticidade salário da demanda seja alta.

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Ao procurar explicá-las, será proveitoso dividirmos o processo pelo qual um aumento


no salário afeta a demanda por mão de obra em duas etapas:
1. Primeiramente, um aumento nos salários aumenta o custo relativo da categoria de mão
de obra e induz os empregadores a usar menos dela e mais de outros insumos disponíveis,
como o capital, por exemplo. Aqui, temos o efeito substituição.
2. Em segundo lugar, o aumento salarial faz com que os custos de produção aumentem,
havendo, portanto, pressões para aumento dos preços dos produtos. O aumento dos
preços destes produtos tende a reduzir a demanda deles (lei da demanda). Com a redução
da demanda, haverá redução da produção, fazendo com que haja uma queda no emprego,
ou seja, efeito escala.
As quatro leis da demanda derivada lidam cada qual com os efeitos substituição ou escala.
Segue agora, em sua devida ordem, a explicação detalhada de cada lei.
1. Demanda para o produto final
Vimos que aumentos salariais fazem com que os custos de produção aumentem e,
a partir daí, tenhamos aumento nos preços dos produtos, diminuição das quantidades
demandadas e, finalmente, diminuição da produção e do emprego.
Quanto maior a elasticidade preço da demanda do produto final, maior será o declínio
na produção associado a um dado aumento de preços – e, quanto maior o declínio na
produção, maior a perda no emprego.
Assim, quanto maior a elasticidade preço da demanda pelo produto, maior a
elasticidade salário da demanda pela mão de obra.
Pequenos aumentos nos salários (ΔW pequeno) provocarão pequenos aumentos nos
preços dos produtos. No entanto, como a elasticidade preço da demanda dos produtos é
alta, haverá grande redução nas quantidades demandadas, por conseguinte, grande redução
na produção e no emprego (ΔE grande).
Outra implicação deste resultado é o fato de que a demanda pela mão de obra no nível
da empresa individual será mais elástica do que a demanda por mão de obra no nível do
setor ou do mercado.

Por exemplo, as curvas da demanda de produtos que as empresas de fabricação de notebooks


enfrentam, em nível individual, são altamente elásticas porque os notebooks da empresa A
são substitutos muito próximos dos notebooks da empresa B (se os preços do notebook de
A aumentarem, as pessoas comprarão os notebooks de B).
Comparados com aumentos de preços no nível da empresa, porém, os aumentos de preços
no nível do setor não terão um efeito tão grande sobre a demanda porque os substitutos
mais próximos do notebook são os desktops, tablets e celulares.
A demanda pela mão de obra é assim muito mais elástica para uma empresa individual de
notebook do que para o setor de notebooks como um todo.
Assim, podemos concluir que a curva da demanda de mão de obra de uma empresa individual
é mais elástica do que a curva de demanda do setor/mercado.

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2. Possibilidade de substituição de outros fatores


Quando os salários aumentam, as empresas têm incentivos para tentar substituir o
insumo mão de obra por outro insumo.
Ora, se a empresa tem a possibilidade de substituir a mão de obra por outros insumos,
como por exemplo, máquinas (capital), é evidente que aumentos de salários incentivam
esta substituição (efeito substituição). Portanto, quanto maior a facilidade de substituir
mão de obra por outros fatores de produção, maior a elasticidade salário da demanda.
Em outras palavras, quanto maior for a sensibilidade ou elasticidade de substituição
da mão de obra por outros fatores, maior será elasticidade salário da demanda.
3. Oferta de outros fatores
Suponha que, à medida que os salários da mão de obra aumentem e as firmas tentem
substituir a mão de obra por capital, os preços do capital subam.
Tal situação, poderia ocorrer, por exemplo, se estivéssemos tentando substituir mão
de obra por máquinas, e os produtores destas máquinas já estivessem operando usando
a sua capacidade máxima, de forma que o recebimento de novos pedidos lhes causasse
substanciais aumentos de custos.
Nesse caso, os produtores das máquinas cobrariam um preço mais alto por
equipamento e tal aumento de preços reduziria a vontade das empresas em substituir
a mão de obra por capital.
Dessa maneira, quando o aumento da oferta de outro fator de produção cresce
acompanhado de aumentos em seu preço, isto tende a diminuir o apetite das firmas pela
substituição da mão de obra pelo capital.
Quando o aumento da oferta de outro fator de produção cresce desacompanhado de
aumentos em seu preço, as firmas têm maior tendência a substituir a mão de obra pelo
capital, ou seja, a elasticidade salário da demanda será alta. (neste caso, a oferta deste fator
de produção que substituirá a mão de obra é elástica, pois ΔQ/ΔP será grande, maior que 1.
Isso acontece porque haverá aumento da oferta, ΔQ grande, sem aumento de preços,
ΔP pequeno, de tal maneira que a elasticidade da oferta será alta, (%ΔQ/%ΔP) é grande.)
Podemos concluir, portanto, que quanto mais elástica for a oferta de outros fatores
de produção, maior será a elasticidade salário da demanda.
4. A participação da mão de obra nos custos totais
A proporção com que a mão de obra participa nos custos totais também é importante
para a determinação da elasticidade do salário da demanda.
Se a participação inicial da categoria fosse de 10% sobre os custos da firma, um aumento
de 20% na taxa de salário, coeteris paribus, elevaria os custos totais em 2%.

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De modo contrário, se sua participação inicial fosse de 80%, este mesmo aumento de
20% nos salários aumentaria os custos totais em 16%. Nesse último caso, o aumento de
salários provocará um aumento maior nos preços dos produtos. Consequentemente, haverá
maior queda na produção e, portanto, o emprego cairá mais nesse caso.
Assim, quanto maior a participação da categoria nos custos totais, maior será a
elasticidade salário da demanda.

016. (ESAF/MTE/AFT/2006) Suponha uma economia em que as firmas estão inseridas num
contexto de competição perfeita tanto no mercado do bem final como no mercado de fatores
de produção. Suponha também que, em uma determinada indústria, são empregados apenas
capital e trabalho para produzir um bem final. Segundo o que é conhecido na literatura
como regras de Marshall da demanda derivada, ligadas à demanda por trabalho, é correto
afirmar que:
a) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto menor for a elasticidade-
preço da demanda do bem final.
b) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto maior for a elasticidade
de substituição entre o trabalho e o capital.
c) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto menor for a participação
do trabalho nos custos totais.
d) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto menor for a elasticidade
da oferta do capital.
e) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto maior for a elasticidade-
renda da demanda do bem final.

Nesta questão vamos aplicar os conhecimentos das quatro leis de Hicks-Marshall da


demanda derivada.
Vamos analisar cada uma das alternativas:
a) A demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto MAIOR for a elasticidade-
preço da demanda do bem final.
b) Certa.
c) A demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto MAIOR for a participação
do trabalho nos custos totais.
d) A demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto MAIOR for a elasticidade
da oferta do capital.
e) A demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto maior for a elasticidade
PREÇO da demanda do bem final.
Letra b.

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DEMANDA POR MÃO DE OBRA: CURTO X LONGO PRAZO


É doutrinariamente aceito que a demanda por mão de obra tende a ser mais elástica no
longo prazo. Isto é, aumentos de salários causam maiores reduções no emprego no longo
prazo do que no curto prazo.
Isto acontece porque, no curto prazo, não há tempo de o empresário buscar imediatamente
novas formas de reduzir os custos.
Usando as leis Hicks-Marshall, nós temos que as elasticidades preço da demanda de
bens serão maiores no longo prazo. Por este motivo, seguindo a lei 1 de Hicks-Marshall, a
elasticidade salário da demanda também será maior no longo prazo.

017. (ESAF/MTE/AFT/2006) No longo prazo a demanda por trabalho é mais elástica em


relação ao salário do que no curto prazo. Isso é verdade porque, em longo prazo, quando
o salário sobe:
a) a empresa contratará mais mão de obra.
b) a empresa terá lucro zero.
c) a empresa adquirirá mais capital.
d) a empresa pode estabelecer o preço dos produtos.
e) a empresa terá lucro maior do que zero.

Amigo(a), guarde a ideia de que, quando o salário sobe, um dos motivos de a demanda
por trabalho ser mais elástica no longo prazo deve-se ao fato de que os empresários têm
tempo de trocar trabalhadores (mão de obra) por máquinas (capital).
Letra c.

ELASTICIDADE-SALÁRIO DA DEMANDA CRUZADA


As empresas podem empregar várias categorias de mão de obra e de capital, e a demanda
por qualquer uma delas é afetada por mudanças de preços em outras. Por exemplo, se os salários
dos pedreiros se elevassem, muitas pessoas poderiam desistir de construir casas de tijolos
para construir casas de madeira, fazendo com que a demanda por carpinteiros aumentasse.
De outra forma, um aumento nos salários dos pedreiros poderia reduzir o nível geral da
construção, o que faria declinar a demanda por eletricistas e encanadores.
A intensidade e a direção dos efeitos acima podem ser resumidas ao se examinar as
elasticidades da demanda por insumos com relação aos preços de outros insumos.

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A elasticidade da demanda pelo insumo x com relação ao preço do insumo y é a


mudança percentual na demanda pelo insumo x induzida por uma mudança percentual
no preço do insumo y.
Se os dois insumos são categorias de mão de obra, chamamos a isto de elasticidade
salário da demanda cruzada, conforme a seguir:
ηXY = %𝛥𝐸𝑥
%𝛥𝑊𝑦
Veja que o princípio de montagem é o mesmo de todas as elasticidades.
No numerador, colocamos a variação percentual das quantidades.
No denominador, colocamos a variação percentual da variável que vai fazer com que haja
variações na quantidade (toda elasticidade segue este mesmo raciocínio de montagem).
Desejamos saber qual será a variação percentual no emprego da categoria de mão de
obra x, depois de variações nos salários da categoria de mão de obra y.
O conhecimento da elasticidade salário da demanda cruzada é válido para sabermos se
duas categorias de mão de obra são complementos ou substitutos brutos.
Considere duas categorias de mão de obra que sejam substitutas na produção (substitutos
na produção ≠ substitutos brutos), isto é, uma categoria tenha condições e pré-requisitos
para substituir a outra.
Adotemos como exemplo os adultos não qualificados e os adolescentes.
Um declínio no salário adolescente terá dois efeitos opostos sobre o emprego dos
adultos não qualificados.
Haverá um efeito substituição que fará com os empregadores substituam adultos não
qualificados por adolescentes.
De outra forma, haverá um efeito escala: um salário adolescente mais baixo
proporciona aos empregadores um incentivo para aumentar o emprego de todos os
insumos, incluindo os adultos.
A magnitude do efeito escala depende da elasticidade preço da demanda do produto;
quanto maior a elasticidade, maior será o efeito escala (após um declínio no salário
dos adolescentes, os custos e os preços dos produtos tendem a baixar, de forma que
produtos com alta elasticidade preço da demanda serão agora muito mais demandados
no mercado, indicando um efeito escala maior que aquele que ocorre em produtos com
baixa elasticidade preço da demanda).
Se o efeito substituição vencer, o declínio no salário dos adolescentes tende a reduzir o
emprego de adultos, indicando que os dois insumos serão substitutos brutos. Neste caso,
a elasticidade salário da demanda cruzada será positiva, pois o emprego adulto se moverá
na mesma direção que os salários adolescentes (os dois diminuem ou dois aumentam).

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Mas se o efeito escala vencer, o declínio no salário dos adolescentes tende a aumentar
o emprego de adultos, indicando que os dois serão complementos brutos. Neste caso, a
elasticidade salário da demanda cruzada será negativa, pois o emprego adulto e os salários
adolescentes moverão em direções opostas.
Veja que apenas o fato de sabermos que dois insumos são substitutos na produção não
é suficiente para assinalarmos se estes são substitutos ou complementos brutos.
No exemplo anterior, sabíamos que adultos não qualificados e adolescentes eram
substitutos na produção, mas a verificação se eram substitutos ou complementos brutos
só pode ser feita se soubermos as magnitudes dos efeitos escala e substituição.
Então, ficamos assim com relação à elasticidade salário da demanda cruzada:
• Se ηXY>0, significa que o emprego de um insumo aumenta quando aumenta o preço
de outro insumo e vice-versa. Nesse caso, os dois insumos são substitutos brutos e
o efeito substituição sobrepõe o efeito escala.
• Se ηXY<0, significa que o emprego de um insumo diminui quando aumenta o preço
de outro insumo e vice-versa. Nesse caso, os dois insumos são complementos brutos
e o efeito escala sobrepõe o efeito substituição.
Bem, chegamos ao fim do estudo das elasticidades da demanda. Esse tema tem sido
cobrado na forma de conceitos. Assim, o mais importante é a memorização e o entendimento
dos conceitos e postulados básicos, principalmente aqueles oriundos das leis de Hicks-Marshall.

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RESUMO
Produto marginal da mão de obra (PmgL ou PMg): é o volume de produção adicional
gerado ao se acrescentar 1 trabalhador. A palavra “marginal” em Economês pode ser pensada
como “incremental”, “à margem de” e sempre significa o volume adicional sobre alguma
coisa gerada pelo acréscimo de uma outra coisa.
Produto médio da mão de obra (PmeL ou PMe): o PmeL é a produção por trabalhador.
Basta dividir a produção total pela quantidade de trabalhadores.
Lei dos rendimentos marginais decrescentes: resumidamente, estabelece que, se
a quantidade de apenas um recurso (no nosso caso a mão de obra) for aumentada de
quantidades iguais, por unidade de tempo, enquanto a de outros recursos permanecer
constante, a quantidade total de produto aumentará. Mas se esse incremento for além
de determinado ponto, o acréscimo resultante no produto tornar-se-á cada vez menor.
RECEITA MARGINAL DA MÃO DE OBRA (RmgL): é o acréscimo na receita total da empresa
decorrente da contratação de um trabalhador adicional.
CUSTO MARGINAL DA MÃO DE OBRA (CmgL): é o acréscimo no custo total decorrente
da contratação de um trabalhador adicional.
O único nível em que a empresa não tem estímulos a contratar, nem a demitir, é o nível
em que a receita marginal da mão de obra (RmgL) iguala o custo marginal da mão de obra
(CmgL). Quando isso acontece, a empresa está em equilíbrio e este representa a situação
em que o lucro é maximizado.
Podemos resumir da seguinte forma:
Se RmgL > CmgL, estímulos a contratar ou aumentar L.
Se RmgL < CmgL, estímulos a demitir ou reduzir L.
Se RmgL = CmgL, lucro maximizado e L não muda!
SALÁRIOS NOMINAIS X REAIS
Salário nominal (W) é a remuneração medida em moeda corrente. É o valor que os
trabalhadores recebem por hora, e é bastante útil quando comparamos os salários de
diversos trabalhadores ou profissões em um mesmo momento, ou no momento corrente.
Salário real (W/P) é a remuneração medida em moeda constante. É o valor do salário
nominal dividido pelo índice de preços, sugerindo assim o poder real de compra. O uso do
salário real em vez do nominal é obrigatório quando comparamos os salários de um mesmo
trabalhador ou profissão em uma série de tempo, de um ano para o outro, por exemplo.
Caso contrário, não teríamos uma correta ideia acerca da real variação do poder de compra.
É fundamental ter sempre em mente que a empresa demanda o número de
trabalhadores em que o produto marginal da mão de obra iguala o salário real. Como a
relação entre L e W/P é inversa, a inclinação da reta é decrescente ou negativa.

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A receita marginal no monopólio será sempre menor que o preço do produto.


Para uma dada uma quantidade de trabalhadores, o valor marginal de uma unidade
adicional será menor para o monopolista do que para a empresa competitiva.
Mantendo-se os outros fatores constantes, o nível de emprego e a produção são
mais baixos no monopólio do que sob a competição.
O estudo da demanda por mão de obra refere-se ao custo da mão de obra como
sendo a taxa do salário/hora (W) paga aos trabalhadores, no entanto, substanciais
custos do trabalho são não salariais (ou extrassalariais).
Os custos não salariais têm algumas implicações sobre o mercado de trabalho.
Nós podemos dividi-los em duas categorias: custos de contratação/treinamento e
benefícios do funcionário.
Ao realizar treinamento, as empresas incorrem em pelo menos três tipos de custos:
1. Os custos monetários explícitos de empregar indivíduos para servir como instrutores
e os custos dos materiais empregados durante o processo de treinamento.
2. Os custos implícitos ou de oportunidade de emprego do equipamento de capital
e de funcionários experientes para efetuar o treinamento em situações menos formais
(por exemplo, um funcionário experiente demonstrando a um novo funcionário como se
realiza uma tarefa a um ritmo mais lento do que o normal).
3. Os custos implícitos ou de oportunidade do tempo do indivíduo sob treinamento
(que não produz tanto quanto produziria se seu tempo estivesse dedicado às atividades
de produção).
As empresas que pagam baixos salários economizam em custos horários, mas
incorrem em maiores custos de treinamento.
A principal diferença entre custos salariais e custos não salariais no emprego é o
fato de que os custos não salariais são custos por trabalhador, enquanto os custos
salariais são custos por hora trabalhada.
A elasticidade salário da demanda reflete a variação no emprego em virtude de variações
nos salários.
Veja que o princípio e a finalidade são os mesmos da elasticidade preço da demanda
de bens, só que, agora, temos como foco a variação no emprego da mão de obra (%ΔE) e
a variação dos preços da mão de obra (%ΔW).
Segue a expressão da elasticidade salário da demanda, também chamada de elasticidade
da demanda do próprio salário:
η = %𝛥𝐸
%𝛥𝑊

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A elasticidade salário da demanda segue as mesmas propriedades da elasticidade


preço da demanda. Caso η>1, temos demanda elástica, se η<1, demanda inelástica, se η=1,
elasticidade unitária.
As leis Hicks-Marshall da demanda derivada são quatro leis que associam a elasticidade
salário da demanda a outros quatro fatores. Afirmam que, mantendo-se os outros fatores
constantes, a elasticidade da demanda do próprio salário para uma categoria de mão de
obra é elevada sob as seguintes condições:
1. quando a elasticidade preço da demanda do produto que é produzido por esta
categoria de mão de obra é elevada;
2. quando outros fatores de produção podem substituir facilmente a categoria da
mão de obra;
3. quando a oferta de outros fatores de produção é altamente elástica (isto é, o emprego
de outros fatores de produção pode ser aumentado sem aumentar substancialmente seus
preços); e
4. quando o custo de empregar a categoria de mão de obra constitui uma grande parcela
dos custos totais de produção.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) Acerca dos fatores de produção, considere as


seguintes afirmações:
I – No longo prazo, uma firma pode variar seu insumo capital, mas não seu insumo mão de obra.
II – No longo prazo, uma firma pode variar tanto seu insumo capital quanto seu insumo
mão de obra.
III – No curto prazo, todos os fatores de produção são variáveis.
IV – No curto prazo, há ao menos um dos fatores de produção fixo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) I.
e) IV.

002. (FCC/MPU/ANALISTA/2007) Na função de produção, no curto prazo, a produtividade


marginal dos fatores de produção
a) é sempre positiva.
b) é maior que a produtividade média.
c) pode ser negativa.
d) diminui, atinge um mínimo e depois aumenta.
e) é crescente quando a produtividade média é crescente.

003. (ESAF/MTE/AFT/1998) Considerando o modelo neoclássico sobre o mercado de trabalho,


podemos afirmar que:
a) a hipótese que faz com que a curva de demanda seja negativamente inclinada é a de
rendimentos constantes de escalas.
b) a curva de demanda por trabalho é idêntica à curva que relaciona um determinado nível
de emprego à sua produtividade média.
c) a demanda por trabalho relaciona salário nominal e nível de emprego, ao passo que, na
construção da oferta, o salário relevante é o real.
d) se os rendimentos de escala são decrescentes, a curva de demanda é necessariamente horizontal.
e) o fato de a curva de demanda por trabalho ser negativamente inclinada depende da
hipótese de rendimentos marginais decrescentes.

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004. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) No curto prazo, os custos que emergem de recursos


invariáveis e os custos de insumos que podem variar com a quantidade produzida são
denominados, respectivamente,
a) custo de oportunidade e custos variáveis.
b) custos explícitos e custos implícitos.
c) custos fixos e custos variáveis.
d) custos fixos e custo de oportunidade.
e) custos variáveis e custos fixos.

005. (FCC/PGE-MT/ECONOMISTA/2016) Quando o custo marginal excede a receita marginal,


a) a firma pode aumentar seus lucros via aumento de produto.
b) a firma reduzirá seus lucros se aumentar o produto.
c) a firma está maximizando lucros.
d) o custo total excede a receita total.
e) o custo médio é igual à receita média.

006. (ESAF/IRB/ANALISTA/2004) Considerando a hipótese de que os mercados trabalham


em concorrência perfeita, pode-se afirmar que “as empresas contratarão mão de obra até
que a _______________ iguale-se ao _____________”.
As seguintes expressões, respectivamente, completam corretamente a afirmação acima:
a) produtividade média do trabalho / custo marginal
b) produtividade média do trabalho / salário nominal
c) produtividade marginal do trabalho / salário real
d) produtividade marginal do trabalho / produtividade média do trabalho
e) produtividade marginal do trabalho / preço do produto

007. (ESAF/MTE/AFT/2003) Suponha que a produtividade marginal do trabalho pode ser


expressa pela seguinte função: 10/L, onde L é a quantidade de mão de obra. Se a empresa
vende sua produção em um mercado competitivo a um preço de $8, quanta mão de obra
contratará a empresa se o salário for de $5 por unidade de mão de obra?
a) 16 unidades de mão de obra.
b) 4 unidades de mão de obra.
c) 6,25 unidades de mão de obra.
d) 10 unidades de mão de obra.
e) 8 unidades de mão de obra.

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008. (ESAF/MPU/ECONOMISTA/2007) É uma decorrência do aumento da produtividade


marginal do trabalho:
a) Aumento do salário real, queda na demanda por trabalho e quedas no emprego e na
produção global.
b) Diminuição da demanda por trabalho, queda no salário real e aumentos do emprego e
da produção global.
c) Aumento da demanda por trabalho, aumento do salário monetário e aumentos do
emprego e da produção global.
d) Aumento da demanda por trabalho, queda do salário monetário e aumentos do emprego
e da produção global.
e) Diminuição da demanda por trabalho, aumento do salário monetário, aumento do nível
de preços e aumento do emprego e da produção global.

009. (ESAF/MPU/ECONOMISTA/2007) Se, em um mercado concorrencial, Pmg = 400 – 0,5N,


onde N é o número de trabalhadores e a relação entre o preço do trabalho e do produto
for 2, qual a quantidade utilizada de trabalhadores?
a) 398
b) 796
c) 799
d) 221
e) nda

010. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ECONOMISTA/2005) Se em um mercado concorrencial o


produto marginal do trabalho for igual a (800 –2N), onde N é igual ao número de trabalhadores,
o preço dos bens R$ 2,00 e o custo de mão de obra for R$ 4,00 por unidade vendida, a
quantidade de mão de obra empregada seria:
a) 20
b) 399
c) 800
d) 80

011. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) Em relação aos principais tipos de concorrência da


economia, julgue o próximo item.
Em concorrência perfeita, as firmas fixam os preços dos seus produtos acima do
custo marginal.

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012. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Julgue o item que se segue, referente à teoria


microeconômica clássica.
Em concorrência perfeita, a receita marginal é igual à receita média no ponto ótimo.

013. (ESAF/MTE/AFT/2003) A curva de oferta de trabalho que enfrenta um monopsonista


tem inclinação positiva porque:
a) os monopsonistas somente contratam mão de obra especializada.
b) outras indústrias competem por esses trabalhadores e empurram para cima o salário.
c) ele deverá aumentar o salário caso queira atrair mais mão de obra.
d) políticas trabalhistas restringem a oferta de mão de obra para um monopsonista.
e) ele tem poder monopólico no mercado de bens finais.

016. (ESAF/MTE/AFT/2006) Suponha uma economia em que as firmas estão inseridas num
contexto de competição perfeita tanto no mercado do bem final como no mercado de fatores
de produção. Suponha também que, em uma determinada indústria, são empregados apenas
capital e trabalho para produzir um bem final. Segundo o que é conhecido na literatura
como regras de Marshall da demanda derivada, ligadas à demanda por trabalho, é correto
afirmar que:
a) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto menor for a elasticidade-
preço da demanda do bem final.
b) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto maior for a elasticidade
de substituição entre o trabalho e o capital.
c) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto menor for a participação
do trabalho nos custos totais.
d) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto menor for a elasticidade
da oferta do capital.
e) a demanda por trabalho da indústria será mais elástica quanto maior for a elasticidade-
renda da demanda do bem final.

017. (ESAF/MTE/AFT/2006) No longo prazo a demanda por trabalho é mais elástica em


relação ao salário do que no curto prazo. Isso é verdade porque, em longo prazo, quando
o salário sobe:
a) a empresa contratará mais mão de obra.
b) a empresa terá lucro zero.
c) a empresa adquirirá mais capital.
d) a empresa pode estabelecer o preço dos produtos.
e) a empresa terá lucro maior do que zero.

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EXERCÍCIOS

018. (INÉDITA) No que se refere aos custos do trabalhador, julgue o item a seguir.
A principal diferença entre custos salariais e custos não salariais no emprego é o fato de
que os custos não salariais são custos por trabalhador, enquanto os custos salariais são
custos por hora trabalhada.

019. (INÉDITA) No que se refere aos custos do trabalhador, julgue o item a seguir
As empresas que pagam baixos salários economizam em custos horários, mas incorrem em
maiores custos de treinamento.

020. (INÉDITA) No que se refere aos custos do trabalhador, julgue o item a seguir
Do ponto de vista não salarial, além dos custos de contratação e treinamento, existem os
benefícios do empregado.

021. (INÉDITA) No que se refere à demanda por mão de obra, julgue o item a seguir
É doutrinariamente aceito que a demanda por mão de obra tende a ser mais elástica no
longo prazo.

022. (CESGRANRIO/PETROBRAS/APE/2014) Considere um mercado de trabalho perfeitamente


competitivo no qual inicialmente não há desemprego, ou seja, demanda e oferta de mão
de obra se equilibram ao salário de mercado vigente. Qual estática comparativa ocorrerá,
se o governo instituir um salário mínimo (SM)?
a) Haverá desemprego, inicialmente, mas a curva de demanda aumentará até atingir um
novo equilíbrio de emprego e salário.
b) Haverá excesso de demanda por mão de obra, pressionando ainda mais os salários de
mercado vigente.
c) A curva de oferta por mão de obra aumentará, caso o SM seja maior do que o salário de
mercado vigente.
d) A política será inócua, caso o SM seja fixado abaixo do salário de mercado vigente.
e) A quantidade demandada por mão de obra diminuirá, para qualquer nível fixado de SM.

023. (CESPE/MTE/ECONOMISTA/2008) A teoria microeconômica estuda o processo de


decisão dos agentes econômicos, incluindo-se, aí, consumidores e produtores. A esse
respeito, julgue o item a seguir.
O crescimento simultâneo da automação, dos salários e do emprego, em uma determinada
indústria, colide com a existência de uma curva de demanda de trabalho negativamente inclinada.

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024. (CESPE/MDIC/ACE/2001) O debate macroeconômico contemporâneo é importante ao


entendimento das diferentes posições que prevalecem entre os economistas. Acerca desse
assunto, julgue o item abaixo.
O fato de a taxa de participação na força de trabalho ser extremamente sensível às variações
no produto nacional constitui um dos argumentos contrários à condução de políticas ativas
de estabilização.

025. (FGV/DPE-RO/ECONOMISTA/2015) O mercado de trabalho e o nível da atividade


econômica apresentam uma relação estreita. Considerando tal relação, é INCORRETO
afirmar que:
a) o mercado de trabalho tende a responder de forma defasada à mudança da
atividade econômica;
b) um período de recessão econômica é seguido de demissões que elevam a taxa de
desemprego;
c) após forte aumento da taxa inflacionária, corroendo o salário real, reduz-se a população
economicamente ativa;
d) pode ocorrer uma descompressão salarial, em virtude de uma recessão econômica;
e) a informalidade tende a aumentar em um período recessivo, se a legislação trabalhista
é rígida.

026. (FGV/DPE-RO/ECONOMISTA/2015) O pleno emprego pode ser definido tanto em termos


micro como em macroeconômicos.
As opções a seguir estão relacionadas a essas definições, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Elevações do salário mínimo elevam o nível de emprego, caso o salário praticado pelo
mercado seja muito baixo.
b) O salário real cresce acima da produtividade do trabalho.
c) O crescimento econômico passa a ser limitado pelo crescimento do produto potencial.
d) O desemprego é caracterizado pelo desemprego voluntário e pelo friccional.
e) A taxa de inflação exerce pressões crescentes em qualquer tentativa do governo de
reduzir ainda mais o desemprego.

027. (FGV/DPE-RO/ECONOMISTA/2015) Em relação à situação do mercado de trabalho


durante a década de 2000, considere V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para
a(s) falsa(s):

(  ) O período foi marcado por uma redução do desemprego e elevação do salário real.
(  ) A taxa de informalidade diminuiu consideravelmente, em parte devido à elevação
da escolaridade e ao maior acesso ao crédito pelos trabalhadores.
(  ) O mercado de trabalho foi impulsionado principalmente pelo crescimento do setor
de serviços intensivo em mão de obra.

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A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.

028. (CONSULPLAN/IBGE/SUPERVISOR/2009) Uma empresa contrata mão de obra a uma


remuneração fixa. Assumindo que L unidades de mão de obra são utilizadas no processo
produtivo e, considerando que o produto médio do trabalho (PMEL) é definido como a
produção por unidade de insumo, NÃO é correto afirmar que:
a) O custo variável médio e o produto médio do trabalho possuem relação direta.
b) O custo variável médio é igual à razão entre custo variável e quantidades produzidas.
c) O custo variável médio é igual à razão entre preço da mão de obra e quantidade produzida.
d) O custo variável médio e o produto médio do trabalho possuem relação inversa.
e) O fator trabalho obedece à lei dos rendimentos marginais decrescentes.

029. (IADES/SES-DF/ECONOMISTA/2018) Considere uma função de produção de curto prazo


do tipo Y = f(K, L), em que Y é o produto total, K é o fator capital e L é o fator trabalho.
Com relação ao comportamento das curvas produto total (PT), produto marginal (PMg) e
produto médio (PMe), assinale a alternativa correta.
a) Y = f(K, L) é crescente para qualquer valor de K, com L fixo.
b) Quando PMg = 0, PT atinge o valor máximo.
c) A curva PMg situa-se acima da curva PMe para qualquer valor de K.
d) Quando PMg = PMe, Y atinge o valor máximo.
e) Quando PMg = 0, PMe torna-se negativo.

030. (IADES/IGPREV-PA/TÉCNICO/2018)

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Seja a função de produção representada por Y = f(K,L), em que K e L são os fatores de


produção capital e trabalho, respectivamente.
Dadas as curvas de produto total (PT) e de produto marginal (PMg) apresentadas, sendo K
o fator fixo e L o fator variável, assinale a alternativa correta.
a) Para L > L’; PMg < 0.
b) Quanto maior for L, maior será o PT.
c) Quanto maior for K, menor será o PMg.
d) A variação do fator L não afeta o PT.
e) Para PMg > 0; o PT é máximo.

031. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) Instrução: Para responder à questão, considere a tabela,


a seguir, que apresenta o custo total e a receita total de uma firma competitiva:

Quantidade (em
Receita Total Custo Total
unidades)
1 R$ 90,00 R$ 10,00
2 R$ 170,00 R$ 30,00
3 R$ 240,00 R$ 60,00
4 R$ 300,00 R$ 100,00
5 R$ 350,00 R$ 150,00
6 R$ 390,00 R$ 210,00
7 R$ 420,00 R$ 280,00

O custo marginal de produzir a sexta unidade será de


a) R$ 80,00.
b) R$ 10,00.
c) R$ 210,00.
d) R$ 60,00.
e) R$ 70,00.

032. (IADES/METRO-DF/ANALISTA/2014) Considere uma função de produção no curto


prazo, tal que a quantidade produzida Q é função dos fatores Capital e Trabalho (Q = f (K,
L)). Supondo o capital constante (K = 100), para L = x, o produto total é PT = 658. Ao se
acrescentar uma unidade adicional do fator Trabalho ($), o produto total aumenta para PT
= 702. Com base nessas informações, o produto marginal (Pmg) para L = x + 1 é
a) 1.
b) 44.
c) 658.
d) 680.
e) 702.

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033. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Julgue o item seguinte, a respeito da teoria


microeconômica da produção.
Uma combinação de fatores de produção só pode levar a um único nível de produção.

034. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo a produção,


produtividade, rendimentos e custos.
Curto prazo é o período em que a empresa pode ajustar sua produção de bens e serviços
com alteração de fatores variáveis, como o trabalho.

035. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo à produção,


produtividade, rendimentos e custos.
A razão entre produção total e média dos fatores produtivos, denominada produtividade,
diminui quando se aumenta a escala de fatores produtivos no caso de se estar diante de
rendimentos crescentes.

036. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo à produção,


produtividade, rendimentos e custos.
Segundo a lei dos rendimentos decrescentes, o produto marginal de cada unidade de
determinado fator de produção aumenta com o aumento da quantidade utilizada desse fator.

037. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Em relação às funções de custo de produção, julgue o


próximo item.
Diz-se que uma firma possui produção constante quando uma determinada combinação
de seus fatores de produção proporciona dois níveis distintos de produção.

038. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Em relação às funções de custo de produção, julgue o


próximo item.
Se a produtividade marginal é decrescente, a adição de uma unidade de produção
reduz o lucro.

039. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Com referência à teoria microeconômica da produção


e às respectivas estruturas de mercado, julgue o item subsequente.
A produtividade marginal é obtida a partir da divisão do produto total pelo fator
variável trabalho.

040. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) No que se refere à teoria da estrutura dos mercados


de bens e de fatores de produção, julgue o item subsecutivo.
Constitui exemplo de rendimentos de escala crescentes a função de produção X = 0,5KL, em
que X é a produção física total, K é a quantidade dos recursos de capital e L é a quantidade
de trabalho.

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041. (FGV/SEMSA-MANAUS/ESPECIALISTA/2022) Considere uma função de produção em que


o insumo variável seja trabalho. O produto médio do trabalho atinge seu nível máximo quando
a) a produtividade marginal do trabalho for nula.
b) a produtividade marginal do trabalho também alcançar seu nível máximo.
c) a produtividade marginal do trabalho igualar com o produto médio do trabalho.
d) a produtividade marginal do trabalho igualar com o produto total.
e) o produto total atingir seu nível máximo.

042. (FGV/SEE-PE/PROFESSOR/2016) Segundo a teoria econômica, uma empresa escolhe


o nível de produção que maximiza o lucro em um mercado competitivo, no ponto em que
a) a receita supera o custo.
b) a oferta iguala a demanda.
c) o custo marginal atinge seu menor nível.
d) o lucro é positivo.
e) o preço iguala o custo marginal.

043. (FGV/SEE-PE/PROFESSOR SUPERIOR/2016/ADAPTADA) Relacione os exemplos a estrutura


de mercado às respectivas características.
1. Concorrência Perfeita
2. Oligopólio
3. Monopólio

(  ) Existe uma quantidade suficiente de ofertantes no mercado de tal maneira que
nenhum consegue afetar o preço isoladamente.
(  ) Um grupo de empresas pode afetar o preço de mercado, podendo existir uma líder
que exerce maior influência do que as demais, por ter uma fatia maior do mercado.
(  ) O nível de produção que maximiza os lucros ocorre na parte elástica da demanda
de mercado.

Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.


a) 1 – 2 – 3.
b) 1 – 3 – 2.
c) 2 – 3 – 1.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 1 – 2.

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044. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Uma das principais preocupações da análise econômica


é com a precificação no mercado. Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso
acarreta importantes consequências no funcionamento da economia. A respeito desse
assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
Curva de demanda de mercado com módulo da elasticidade preço da demanda inferior a
um pode ser indicativa da presença de barreiras à entrada.

045. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Uma das principais preocupações da análise econômica


é com a precificação no mercado. Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso
acarreta importantes consequências no funcionamento da economia. A respeito desse
assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
Quando o módulo da elasticidade preço da demanda de um produto for inferior a um, um
aumento no seu preço tenderá a reduzir a receita do monopolista.

046. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2017) Tendo em vista os diversos conceitos de elasticidade


da demanda e da oferta, julgue o item a seguir.
No inverno, uma cidade onde as pessoas disponham de sistemas a gás para aquecimento
de água deve apresentar elasticidade-preço da demanda por eletricidade maior que a de
outra cidade em que haja somente sistemas elétricos de aquecimento de água.

047. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Com relação às estruturas de mercado, julgue o


item subsequente.
A concorrência perfeita é uma situação de mercado na qual existe uma grande quantidade
de vendedores e uma grande quantidade de compradores.

048. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2017) Tendo em vista os diversos conceitos de elasticidade


da demanda e da oferta, julgue o item a seguir.
Se a oferta de um bem tiver elasticidade zero em relação ao preço, a demanda determinará
unicamente o preço de equilíbrio da transação.

049. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
A produtividade marginal do fator variável é o resultado do quociente da quantidade total
produzida pela quantidade utilizada desse fator.

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050. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
A produtividade média do fator variável é a relação entre as variações do produto total e
as variações da quantidade utilizada do fator variável.

051. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
A Lei dos rendimentos decrescentes descreve o comportamento da taxa de variação da
produção quando for possível variar dois dos fatores, permanecendo constantes os demais.

052. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
Os rendimentos crescentes de escala ocorrem quando a variação do produto total é
proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.

053. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
Os rendimentos constantes de escala ocorrem quando a variação do produto total é
proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.

054. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Conforme o estudo dos custos


de produção em curto e longo prazos, julgue:
O custo marginal de curto prazo é determinado pela variação do custo variável total em
decorrência das variações da quantidade produzida.

055. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) Considerando as principais teorias que dão suporte


à atuação e às definições do Estado, julgue o item a seguir.
Considera-se que, em uma solução de mercado competitivo, a intervenção governamental
gera ineficiência.

056. (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR/2020) Com relação a conceitos econômicos e monetários,


julgue o item a seguir.
Se o governo decide aumentar a carga tributária sobre determinado produto, então a maior
parte do imposto será necessariamente paga pelo consumidor.

057. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Conforme o estudo dos custos


de produção em curto e longo prazos, julgue:
Os custos de produção referentes aos custos totais de curto prazo são caracterizados pelo
fato de serem compostos unicamente por custos fixos.
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058. (CESPE/TCU/AUFC/2015) Acerca dos conceitos de falhas de mercado e sua relação com
a eficiência econômica e da formação de estruturas de mercado, julgue o item.
O aumento da elasticidade de demanda de determinado mercado limita o potencial do
poder de monopólio de cada um de seus produtores.

059. (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Carolina é estudante do curso de arquitetura da Universidade


Madgab. Como hoje é sua formatura, sabe-se que amanhã ela perderá o direito de pagar
metade do valor da entrada das sessões de cinema. Se sua elasticidade-preço da demanda
por cinema é igual a -0,15, a demanda de Carolina por cinema a partir de amanhã:
a) terá uma queda de 30%;
b) terá uma queda de 15%;
c) não sofrerá alteração;
d) terá um aumento de 15%;
e) terá um aumento de 30%.

060. (CEPERJ/SEPLAG-RJ/APO/2010) O curto prazo em economia é definido como:


a) um período de 5 a 10 anos
b) um período de 1 a 5 anos
c) um período de tempo em que pelo menos um fator de produção é considerado fixo
d) um período de tempo em que todos os fatores de produção são considerados variáveis
e) um período de mais de 15 anos

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GABARITO

1. a 35. E
2. c 36. E
3. e 37. E
4. c 38. E
5. b 39. E
6. c 40. C
7. a 41. c
8. c 42. e
9. b 43. a
10. b 44. C
11. E 45. E
12. C 46. C
13. c 47. C
14. b 48. C
15. a 49. E
16. b 50. E
17. c 51. E
18. C 52. E
19. C 53. C
20. C 54. C
21. C 55. C
22. d 56. E
23. E 57. E
24. E 58. C
25. c 59. b
26. a 60. c
27. a
28. a
29. b
30. a
31. d
32. b
33. C
34. C

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GABARITO COMENTADO

018. (INÉDITA) No que se refere aos custos do trabalhador, julgue o item a seguir.
A principal diferença entre custos salariais e custos não salariais no emprego é o fato de
que os custos não salariais são custos por trabalhador, enquanto os custos salariais são
custos por hora trabalhada.

Exato. Pense no plano de saúde. É um custo não salarial e será pago independentemente
do número de horas trabalhadas. No caso, por exemplo, de hora extra é custo salarial.
Certo.

019. (INÉDITA) No que se refere aos custos do trabalhador, julgue o item a seguir
As empresas que pagam baixos salários economizam em custos horários, mas incorrem em
maiores custos de treinamento.

Baixos salários tendem a atrair profissionais menos experientes, necessitando de maior


investimento em treinamento.
Certo.

020. (INÉDITA) No que se refere aos custos do trabalhador, julgue o item a seguir
Do ponto de vista não salarial, além dos custos de contratação e treinamento, existem os
benefícios do empregado.

Sim, tais como plano de saúde, auxílio-creche, seguro de vida etc.


Certo.

021. (INÉDITA) No que se refere à demanda por mão de obra, julgue o item a seguir
É doutrinariamente aceito que a demanda por mão de obra tende a ser mais elástica no
longo prazo.

Sim, os aumentos de salários causam maiores reduções no emprego no longo prazo do que
no curto prazo.
Certo.

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022. (CESGRANRIO/PETROBRAS/APE/2014) Considere um mercado de trabalho perfeitamente


competitivo no qual inicialmente não há desemprego, ou seja, demanda e oferta de mão
de obra se equilibram ao salário de mercado vigente. Qual estática comparativa ocorrerá,
se o governo instituir um salário mínimo (SM)?
a) Haverá desemprego, inicialmente, mas a curva de demanda aumentará até atingir um
novo equilíbrio de emprego e salário.
b) Haverá excesso de demanda por mão de obra, pressionando ainda mais os salários de
mercado vigente.
c) A curva de oferta por mão de obra aumentará, caso o SM seja maior do que o salário de
mercado vigente.
d) A política será inócua, caso o SM seja fixado abaixo do salário de mercado vigente.
e) A quantidade demandada por mão de obra diminuirá, para qualquer nível fixado de SM.

Questão sobre o equilíbrio no mercado de trabalho.


a) Errada. Pense comigo, se é um mercado equilibrado e competitivo, a implantação de
um salário mínimo maior que o atualmente existente causará um distanciamento deste
equilíbrio, gerado pelo aumento de trabalhadores interessados em ofertar trabalho e pela
diminuição de empresas desejosas de demandar trabalhadores, gerando em um segundo
momento o retorno à condição inicial.
b) Errada. Repare que com a implantação de um salário mínimo inferior ao de equilíbrio
nada acontece, já que é um salário mínimo, ou seja, está baixo do patamar de mercado.
c) Errada. Como não há desemprego, ou seja, todos os trabalhadores estão ocupados, não
tem como aumentar a oferta de mão de obra.
d) Certa. Repare que com a implantação de um salário mínimo inferior ao de equilíbrio nada
acontece, já que é um salário mínimo, ou seja, está baixo do patamar de mercado, fazendo
inócua esta medida.
e) Errada. Lembre-se de que no caso de implantação de um salário mínimo inferior ao de
equilíbrio em que nada acontece.
Letra d.

023. (CESPE/MTE/ECONOMISTA/2008) A teoria microeconômica estuda o processo de


decisão dos agentes econômicos, incluindo-se, aí, consumidores e produtores. A esse
respeito, julgue o item a seguir.
O crescimento simultâneo da automação, dos salários e do emprego, em uma determinada
indústria, colide com a existência de uma curva de demanda de trabalho negativamente inclinada.

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Colega, perceba que a elevação dos salários gera uma redução da demanda por trabalho
por parte das empresas, revelando uma relação inversa entre ambos.
Errado.

024. (CESPE/MDIC/ACE/2001) O debate macroeconômico contemporâneo é importante ao


entendimento das diferentes posições que prevalecem entre os economistas. Acerca desse
assunto, julgue o item abaixo.
O fato de a taxa de participação na força de trabalho ser extremamente sensível às variações
no produto nacional constitui um dos argumentos contrários à condução de políticas ativas
de estabilização.

Em verdade, geralmente, os ventos e as tempestades que ocorrem em um sistema capitalista


geram impactos no mercado de trabalho, e, sim, em sentidos opostos, que acabam por
minimizá-los e por reequilibrá-lo, diminuindo muito a necessidade de adoções de políticas
radicais de estabilização.
Observe que, se por um lado, com a redução dos salários nos momentos de recessão faz com
que muitos trabalhadores percam o interesse em trabalhar. Por outro lado, a necessidade
de dinheiro, gerada pela própria recessão, queda na renda e desemprego, faz com que mais
membros de uma família busquem emprego.
Desse modo, a taxa de participação na força de trabalho não aumenta a necessidade de
adoções de políticas radicais de estabilização.
Errado.

025. (FGV/DPE-RO/ECONOMISTA/2015) O mercado de trabalho e o nível da atividade


econômica apresentam uma relação estreita. Considerando tal relação, é INCORRETO
afirmar que:
a) o mercado de trabalho tende a responder de forma defasada à mudança da
atividade econômica;
b) um período de recessão econômica é seguido de demissões que elevam a taxa de
desemprego;
c) após forte aumento da taxa inflacionária, corroendo o salário real, reduz-se a população
economicamente ativa;
d) pode ocorrer uma descompressão salarial, em virtude de uma recessão econômica;
e) a informalidade tende a aumentar em um período recessivo, se a legislação trabalhista
é rígida.
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Temos uma questão sobre os impactos macroeconômicos no mercado de trabalho. Vamos


analisar as alternativas e marcar a errada.
a) Certa. A taxa de desemprego não responde tão imediatamente.
b) Certa. Esse é o caminho normal, recessão seguida de desemprego.
c) Errada. Na verdade, aumenta, já que seu custo real baixou.
d) Certa. Foi o que ocorreu no Brasil em 2016.
e) Certa. Sem dúvida, a sonegação e a informalidade aumentam.
Letra c.

026. (FGV/DPE-RO/ECONOMISTA/2015) O pleno emprego pode ser definido tanto em termos


micro como em macroeconômicos.
As opções a seguir estão relacionadas a essas definições, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Elevações do salário mínimo elevam o nível de emprego, caso o salário praticado pelo
mercado seja muito baixo.
b) O salário real cresce acima da produtividade do trabalho.
c) O crescimento econômico passa a ser limitado pelo crescimento do produto potencial.
d) O desemprego é caracterizado pelo desemprego voluntário e pelo friccional.
e) A taxa de inflação exerce pressões crescentes em qualquer tentativa do governo de
reduzir ainda mais o desemprego.

Temos uma questão sobre emprego, salário e produto potencial. Vamos analisar as alternativas
e marcar a errada.
a) Errada. Essa elevação tende a diminuir o nível de emprego.
b) Certa. No pleno emprego, o salário real cresce acima da produtividade do trabalho.
c) Certa. No pleno emprego, para haver crescimento, precisa de inovação tecnológica,
aumento de produtividade ou dos fatores de produção.
d) Certa. Isso. Quem quer trabalhar trabalha, mesmo que tenha que esperar um pouquinho
enquanto troca de emprego.
e) Certa. Tentativas de aquecer a economia, no pleno emprego, podem gerar inflação.
Letra a.

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027. (FGV/DPE-RO/ECONOMISTA/2015) Em relação à situação do mercado de trabalho


durante a década de 2000, considere V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para
a(s) falsa(s):

(  ) O período foi marcado por uma redução do desemprego e elevação do salário real.
(  ) A taxa de informalidade diminuiu consideravelmente, em parte devido à elevação
da escolaridade e ao maior acesso ao crédito pelos trabalhadores.
(  ) O mercado de trabalho foi impulsionado principalmente pelo crescimento do setor
de serviços intensivo em mão de obra.

A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.

Temos uma questão sobre mercado de trabalho no Brasil.


Repare que o examinador faz referência à década de 2000.
Vamos analisar as alternativas e marcar a sequência correta.
I – Verdadeira. A taxa de desemprego caiu de 12% em 2002 para 7% em 2010, e houve
ganho real nos salários.
II – Verdadeira. O percentual de trabalhadores com carteira assinada subiu de 44% em
2003 para 51% em 2010.
III – Verdadeira. Foi o setor que mais evolui em termos de geração de empregos.
Letra a.

028. (CONSULPLAN/IBGE/SUPERVISOR/2009) Uma empresa contrata mão de obra a uma


remuneração fixa. Assumindo que L unidades de mão de obra são utilizadas no processo
produtivo e, considerando que o produto médio do trabalho (PMEL) é definido como a
produção por unidade de insumo, NÃO é correto afirmar que:
a) O custo variável médio e o produto médio do trabalho possuem relação direta.
b) O custo variável médio é igual à razão entre custo variável e quantidades produzidas.
c) O custo variável médio é igual à razão entre preço da mão de obra e quantidade produzida.
d) O custo variável médio e o produto médio do trabalho possuem relação inversa.
e) O fator trabalho obedece à lei dos rendimentos marginais decrescentes.

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Atente-se ao fato de que o examinador pediu para você marcar a errada.


A alternativa errada é a letra a, já que a relação entre custo variável médio e o produto
médio do trabalho é inversa, e não direta como está na assertiva.
Letra a.

029. (IADES/SES-DF/ECONOMISTA/2018) Considere uma função de produção de curto prazo


do tipo Y = f(K, L), em que Y é o produto total, K é o fator capital e L é o fator trabalho.
Com relação ao comportamento das curvas produto total (PT), produto marginal (PMg) e
produto médio (PMe), assinale a alternativa correta.
a) Y = f(K, L) é crescente para qualquer valor de K, com L fixo.
b) Quando PMg = 0, PT atinge o valor máximo.
c) A curva PMg situa-se acima da curva PMe para qualquer valor de K.
d) Quando PMg = PMe, Y atinge o valor máximo.
e) Quando PMg = 0, PMe torna-se negativo.

Guarde que o produto total é máximo exatamente quando o produto marginal deixa de
ser positivo e fica igual a zero, ou seja, no ponto em que aumentamos o fator variável de
produção, e não aumentamos o produto total. E isso ocorre quando o produto marginal é
zero.
Letra b.

030. (IADES/IGPREV-PA/TÉCNICO/2018)

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Seja a função de produção representada por Y = f(K,L), em que K e L são os fatores de


produção capital e trabalho, respectivamente.
Dadas as curvas de produto total (PT) e de produto marginal (PMg) apresentadas, sendo K
o fator fixo e L o fator variável, assinale a alternativa correta.
a) Para L > L’; PMg < 0.
b) Quanto maior for L, maior será o PT.
c) Quanto maior for K, menor será o PMg.
d) A variação do fator L não afeta o PT.
e) Para PMg > 0; o PT é máximo.

Ora, se L > L’, então estamos à direita da linha vertical do gráfico, e, assim, a produtividade
marginal do trabalho é negativa, ou seja, PMg < 0.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
b) Errada. Quanto maior for L, maior será o PT apenas até a linha vertical, pois, a partir
desse ponto, o aumento de L gera redução de PT.
c) Errada. No curto prazo o capital é fixo. Se aumentássemos a quantidade de capital,
teríamos maior produtividade marginal do trabalho.
d) Errada. Afeta, sim.
e) Errada. Produto total é máximo exatamente quando o produto marginal cai a zero.
Letra a.

031. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) Instrução: Para responder à questão, considere a tabela,


a seguir, que apresenta o custo total e a receita total de uma firma competitiva:

Quantidade (em unidades) Receita Total Custo Total

1 R$ 90,00 R$ 10,00
2 R$ 170,00 R$ 30,00
3 R$ 240,00 R$ 60,00
4 R$ 300,00 R$ 100,00
5 R$ 350,00 R$ 150,00
6 R$ 390,00 R$ 210,00
7 R$ 420,00 R$ 280,00

O custo marginal de produzir a sexta unidade será de


a) R$ 80,00.
b) R$ 10,00.
c) R$ 210,00.
d) R$ 60,00.
e) R$ 70,00.

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Como nós sabemos, o custo marginal é aquele custo adicional por uma unidade a mais
produzida. A questão pediu o custo marginal da 6ª unidade produzida.
Então vamos calcular:
CMg 6 = CT6 – CT5
CMg 6 = 210 – 150
CMg 6 = 60
Letra d.

032. (IADES/METRO-DF/ANALISTA/2014) Considere uma função de produção no curto


prazo, tal que a quantidade produzida Q é função dos fatores Capital e Trabalho (Q = f (K,
L)). Supondo o capital constante (K = 100), para L = x, o produto total é PT = 658. Ao se
acrescentar uma unidade adicional do fator Trabalho ($), o produto total aumenta para PT
= 702. Com base nessas informações, o produto marginal (Pmg) para L = x + 1 é
a) 1.
b) 44.
c) 658.
d) 680.
e) 702.

A produtividade marginal do trabalho é o quanto conseguimos adicionar ao produto quando


aumentamos a quantidade do fator trabalho.
Em outras palavras, podemos dizer que o produto marginal do trabalho de L = X para L
= X + 1 é a quantidade produzida a mais que se tem quando se adiciona uma unidade de
trabalho neste ponto.
Na questão temos que:
para L = X, PT = 658; e
para L = X + 1, PT = 702.
Dessa forma, o produto marginal do trabalho em (L = x + 1) é dado por:
PMgL = 702 – 658 = 44
Assim, o produto aumenta em 44 unidades quando se aumenta uma unidade de trabalho
na produção, ceteris paribus.
Letra b.

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033. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Julgue o item seguinte, a respeito da teoria


microeconômica da produção.
Uma combinação de fatores de produção só pode levar a um único nível de produção.

Como a tecnologia está dada, uma certa combinação de fatores de produção só pode gerar
um único nível de produção. Nessa linha de raciocínio, se os insumos são, por exemplo,
capital e trabalho e a firma aplica X unidades de trabalho e Y unidades de capital, chegará a
uma produção Z. Não tem como, aplicando X de trabalho e Y de capital chegar a dois níveis
diferentes de produção, digamos Z e W.
Certo.

034. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo a produção,


produtividade, rendimentos e custos.
Curto prazo é o período em que a empresa pode ajustar sua produção de bens e serviços
com alteração de fatores variáveis, como o trabalho.

No curto prazo, a empresa pode ajustar sua produção alterando apenas os fatores variáveis
de produção. Normalmente estudamos modelos em que o capital é o fator de produção
fixo e o trabalho é o fator de produção variável.
Certo.

035. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo à produção,


produtividade, rendimentos e custos.
A razão entre produção total e média dos fatores produtivos, denominada produtividade,
diminui quando se aumenta a escala de fatores produtivos no caso de se estar diante de
rendimentos crescentes.

Atente-se ao fato de que a produtividade não é a razão entre a produção total e a média
dos fatores, mas sim a razão entre a produção total e a quantidade dos fatores. Ademais,
se temos rendimentos crescentes, aumentar a escala gera aumento da produtividade,
já que a produção aumenta em uma proporção maior que o aumento da quantidade de
fatores de produção.
Errado.

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036. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo à produção,


produtividade, rendimentos e custos.
Segundo a lei dos rendimentos decrescentes, o produto marginal de cada unidade de
determinado fator de produção aumenta com o aumento da quantidade utilizada desse fator.

Na verdade, a lei dos rendimentos decrescentes, dada uma quantidade fixa dos demais
fatores de produção, as adições de unidades do fator variável geram cada vez menores
aumentos no total produzido, ou seja, o produto marginal do fator variável é decrescente.
Errado.

037. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Em relação às funções de custo de produção, julgue o


próximo item.
Diz-se que uma firma possui produção constante quando uma determinada combinação
de seus fatores de produção proporciona dois níveis distintos de produção.

Repare que, se uma firma possui produção constante, isso significa que consegue manter
o nível de produção e, para isso, utiliza de forma constante uma determinada combinação
de seus fatores de produção. Ou seja, não proporciona dois níveis distintos de produção.
Errado.

038. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Em relação às funções de custo de produção, julgue o


próximo item.
Se a produtividade marginal é decrescente, a adição de uma unidade de produção
reduz o lucro.

Na verdade, o fato de a produtividade marginal ser decrescente revela que incrementos


nos insumos geram aumentos cada vez menores na produção.
Isso não significa que ocorre redução na produção.
Quanto ao lucro, nada podemos afirmar, a menos que conheçamos as receitas e os custos
dessa firma.
Errado.

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039. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Com referência à teoria microeconômica da produção


e às respectivas estruturas de mercado, julgue o item subsequente.
A produtividade marginal é obtida a partir da divisão do produto total pelo fator variável trabalho.

Quando dividimos o produto total pelo fator variável trabalho, nós encontramos a
produtividade média do fator de produção trabalho.
Por sua vez, a produtividade marginal do trabalho é calculada pela derivada da função de
produção em relação ao fator de produção em questão. Ainda que você não conheça o
que é uma derivada, guarde que a ideia que o termo marginal traz tem a ver com unidade
adicional, e não com média.
Errado.

040. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) No que se refere à teoria da estrutura dos mercados


de bens e de fatores de produção, julgue o item subsecutivo.
Constitui exemplo de rendimentos de escala crescentes a função de produção X = 0,5KL, em
que X é a produção física total, K é a quantidade dos recursos de capital e L é a quantidade
de trabalho.

Basicamente, o rendimento crescente de escala é caracterizado por gerar um incremento


na quantidade produzida em proporção superior ao incremento incorrido nos insumos
aplicados nessa produção.
Na função da produção X apresentada, temos que os coeficientes de K e de L são positivos,
podemos concluir que ela realmente se constitui em um caso que representa rendimentos
de escala crescentes.
Certo.

041. (FGV/SEMSA-MANAUS/ESPECIALISTA/2022) Considere uma função de produção em que


o insumo variável seja trabalho. O produto médio do trabalho atinge seu nível máximo quando
a) a produtividade marginal do trabalho for nula.
b) a produtividade marginal do trabalho também alcançar seu nível máximo.
c) a produtividade marginal do trabalho igualar com o produto médio do trabalho.
d) a produtividade marginal do trabalho igualar com o produto total.
e) o produto total atingir seu nível máximo.

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É importante ter em mente que o produto médio do trabalho é máximo quando se iguala
ao produto marginal.
Note que, enquanto o produto de um trabalhador adicional está acima da média, essa
média sobe. Em contraste, se o produto do trabalhador adicional reduz a média, esta cai.
Assim, a média será máxima exatamente quando há igualdade entre o produto médio e o
produto marginal.
Letra c.

042. (FGV/SEE-PE/PROFESSOR/2016) Segundo a teoria econômica, uma empresa escolhe


o nível de produção que maximiza o lucro em um mercado competitivo, no ponto em que
a) a receita supera o custo.
b) a oferta iguala a demanda.
c) o custo marginal atinge seu menor nível.
d) o lucro é positivo.
e) o preço iguala o custo marginal.

Guarde que o ponto ótimo em microeconomia, de um modo geral, ocorre quando o malefício
marginal se iguala ao benefício marginal. No caso da teoria da firma, o ponto ótimo de
produção se dá na igualdade entre custo e receita marginais. Em suma, guarde que o ponto
que maximiza o lucro da firma é a igualdade entre custo e receita marginais.
Letra e.

043. (FGV/SEE-PE/PROFESSOR SUPERIOR/2016/ADAPTADA) Relacione os exemplos a estrutura


de mercado às respectivas características.
1. Concorrência Perfeita
2. Oligopólio
3. Monopólio

(  ) Existe uma quantidade suficiente de ofertantes no mercado de tal maneira que
nenhum consegue afetar o preço isoladamente.
(  ) Um grupo de empresas pode afetar o preço de mercado, podendo existir uma líder
que exerce maior influência do que as demais, por ter uma fatia maior do mercado.
(  ) O nível de produção que maximiza os lucros ocorre na parte elástica da demanda
de mercado.

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Demanda por Trabalho
Manuel Piñon

Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.


a) 1 – 2 – 3.
b) 1 – 3 – 2.
c) 2 – 3 – 1.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 1 – 2.

Vamos fazer as correlações.


(1) Existe uma quantidade suficiente de ofertantes no mercado de tal maneira que nenhum
consegue afetar o preço isoladamente.
Note que está falando da concorrência perfeita, já que, embora na concorrência monopolística
seja possível ter muitos ofertantes, os produtores conseguem afetar o preço via diferenciação.
Assim, a única estrutura de mercado em que o poder de mercado é nulo é a concorrência perfeita.
(2) Um grupo de empresas pode afetar o preço de mercado, podendo existir uma líder que
exerce maior influência do que as demais, por ter uma fatia maior do mercado.
Note que trata do oligopólio, já que fala de um grupo de empresas com poder de mercado.
(3) O nível de produção que maximiza os lucros ocorre na parte elástica da demanda
de mercado.
Trata-se do Monopólio, aquela estrutura de mercado em que a curva de demanda do
produto da empresa é a própria curva de demanda de mercado, já que o monopolista é o
único ofertante nesse mercado. Além disso, o monopolista encontra o seu ponto ótimo na
parte elástica da curva de demanda, já que, enquanto estiver na parte inelástica, sempre
valerá a pena elevar o preço, mesmo com redução da quantidade vendida, porque essa
queda seria menos do que proporcional ao aumento do preço.
Letra a.

044. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Uma das principais preocupações da análise econômica


é com a precificação no mercado. Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso
acarreta importantes consequências no funcionamento da economia. A respeito desse
assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
Curva de demanda de mercado com módulo da elasticidade preço da demanda inferior a
um pode ser indicativa da presença de barreiras à entrada.

Ora, se a elasticidade-preço da demanda é inferior a 1, temos uma demanda inelástica e, assim,


as variações no preço geram variações menos do que proporcionais na quantidade demandada.
Nessa toada, sabemos que a demanda é tão menos elástica quanto menor for a possibilidade
de substituir o bem em questão por outro, podendo ser um indicativo de barreiras à entrada
no mercado, já que bens cuja demanda é inelástica geralmente o são porque os consumidores
encontram dificuldades para substituí-los.
Certo.

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045. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Uma das principais preocupações da análise econômica


é com a precificação no mercado. Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso
acarreta importantes consequências no funcionamento da economia. A respeito desse
assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
Quando o módulo da elasticidade preço da demanda de um produto for inferior a um, um
aumento no seu preço tenderá a reduzir a receita do monopolista.

Repare que, se o módulo da elasticidade-preço da demanda é inferior a 1, isso significa


que ela é inelástica, ou seja, um aumento do preço gerará uma redução menos do que
proporcional na quantidade vendida.
Nessa toada, considerando que a demanda é inelástica, um aumento de X% no preço gera
uma redução na quantidade demandada menor que X%, gerando, assim, aumento da receita.
Errado.

046. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2017) Tendo em vista os diversos conceitos de elasticidade


da demanda e da oferta, julgue o item a seguir.
No inverno, uma cidade onde as pessoas disponham de sistemas a gás para aquecimento
de água deve apresentar elasticidade-preço da demanda por eletricidade maior que a de
outra cidade em que haja somente sistemas elétricos de aquecimento de água.

A ideia é quanto menos opções de substituição, maior a dependência do consumidor em


relação ao bem e, desse modo, menos sensível sua demanda será em relação à variação
do preço.
Na situação apresentada na questão, vemos que na cidade em que há sistemas de gás,
se o preço da eletricidade subir, os consumidores podem reduzir sua demanda por esta e
passar a consumir mais gás, sendo, portanto, a sua demanda mais sensível ao preço, ou
seja, mais elástica.
Por outro lado, quando não há esta opção, então ainda que o preço da eletricidade aumente,
os consumidores, sem a possibilidade de substituição, diminuirão a sua demanda e esta
será menos sensível ao preço, ou seja, menos elástica.
Certo.

047. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Com relação às estruturas de mercado, julgue o


item subsequente.
A concorrência perfeita é uma situação de mercado na qual existe uma grande quantidade
de vendedores e uma grande quantidade de compradores.

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Juntamente com outros pressupostos básicos da concorrência prefeita, como a


homogeneidade dos produtos e a inexistência de barreiras à entrada, a existência de uma
grande quantidade de vendedores e compradores é fundamental, de modo que nenhum
agente individualmente consegue influenciar significativamente nos preços.
Certo.

048. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2017) Tendo em vista os diversos conceitos de elasticidade


da demanda e da oferta, julgue o item a seguir.
Se a oferta de um bem tiver elasticidade zero em relação ao preço, a demanda determinará
unicamente o preço de equilíbrio da transação.

Lembre-se de que, se a oferta de um bem qualquer tiver elasticidade zero em relação


ao preço, ela não varia absolutamente nada em função de variações do preço, ou seja, a
quantidade ofertada será sempre a mesma, cabendo realmente à demanda determinar o
preço de equilíbrio desse bem.
Certo.

049. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
A produtividade marginal do fator variável é o resultado do quociente da quantidade total
produzida pela quantidade utilizada desse fator.

Na verdade, a Produtividade Marginal do Fator Variável é a variação no Produto Total


decorrente da variação na quantidade do fator, num determinado período.
Errado.

050. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
A produtividade média do fator variável é a relação entre as variações do produto total e
as variações da quantidade utilizada do fator variável.

Na verdade, a Produtividade Média do fator de produção variável é a relação entre o nível


do produto e a quantidade do fator de produção, num determinado período.
Errado.

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051. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
A Lei dos rendimentos decrescentes descreve o comportamento da taxa de variação da
produção quando for possível variar dois dos fatores, permanecendo constantes os demais.

A lei dos rendimentos decrescentes demonstra que, dado um fator de produção fixo, a
adição do fator variável tende a gerar um incremento cada vez menor na produção a partir
de determinado ponto.
Em outras palavras, a lei dos rendimentos decrescentes descreve o sentido geral e a taxa
de mudança na produção da firma quando varia a quantidade de apenas um recurso/
insumo no curto prazo.
Ela estabelece que, se a quantidade de apenas um recurso for incrementada em quantidades
iguais, por unidade de tempo, enquanto a de outros recursos permanecer constante, a
quantidade total de produto aumentará, mas, se esse incremento for além de determinado
ponto, o acréscimo resultante no produto tornar-se-á cada vez menor. Se os aumentos no
recurso variável forem grandes, a quantidade do produto alcançará um máximo e, a partir
de determinado ponto, pode, então, decrescer.
Errado.

052. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
Os rendimentos crescentes de escala ocorrem quando a variação do produto total é
proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.

Na verdade, os rendimentos crescentes de escala ocorrem quando a variação do produto


total é mais que proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.
Ou seja, o aumento da produção total é mais que proporcional ao aumento do insumo
aplicado nessa produção.
Errado.

053. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Com base nos conceitos da Lei dos


rendimentos decrescentes, rendimentos de escala e produtividade média e marginal, julgue:
Os rendimentos constantes de escala ocorrem quando a variação do produto total é
proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.

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Exato, o resultado alcançado no produto total é proporcional ao aumento ou à diminuição


do insumo aplicado nessa produção.
Certo.

054. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Conforme o estudo dos custos


de produção em curto e longo prazos, julgue:
O custo marginal de curto prazo é determinado pela variação do custo variável total em
decorrência das variações da quantidade produzida.

O Custo Marginal representa o acréscimo de custo variável que se verifica quando é produzida
uma unidade adicional do bem.
Certo.

055. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) Considerando as principais teorias que dão suporte


à atuação e às definições do Estado, julgue o item a seguir.
Considera-se que, em uma solução de mercado competitivo, a intervenção governamental
gera ineficiência.

O Estado somente deve intervir quando for detectada uma falha de mercado. Nos casos em
que o mercado competitivo realiza as alocações de forma ótima, qualquer intervenção
acabará gerando ineficiência.
Certo.

056. (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR/2020) Com relação a conceitos econômicos e monetários,


julgue o item a seguir.
Se o governo decide aumentar a carga tributária sobre determinado produto, então a maior
parte do imposto será necessariamente paga pelo consumidor.

Quando o governo aumenta a carga tributária sobre um bem ou serviço específico, o


imposto recai sobre o agente com menor flexibilidade, ou seja, sobre o lado mais inelástico
do mercado. Se a elasticidade-preço da demanda for maior do que a elasticidade-preço
da oferta, o produtor irá pagar a maior parte da conta do imposto.
Em suma, aquele cuja elasticidade é menor paga mais!
Errado.

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057. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017/ADAPTADA) Conforme o estudo dos custos


de produção em curto e longo prazos, julgue:
Os custos de produção referentes aos custos totais de curto prazo são caracterizados pelo
fato de serem compostos unicamente por custos fixos.

Na verdade, os custos de produção referentes aos custos totais de curto prazo são compostos
pelos custos fixos e variáveis.
Errado.

058. (CESPE/TCU/AUFC/2015) Acerca dos conceitos de falhas de mercado e sua relação com
a eficiência econômica e da formação de estruturas de mercado, julgue o item.
O aumento da elasticidade de demanda de determinado mercado limita o potencial do
poder de monopólio de cada um de seus produtores.

Guarde que, quanto mais inelástica for a curva de demanda de mercado, maior será o
poder de monopólio da firma, já que os consumidores serão menos sensíveis às alterações
de preços. Assim, o monopolista consegue descolar o preço do custo marginal sem que a
quantidade consumida caia significativamente.

E se essa curva for mais elástica?

O poder do monopólio diminui.


Certo.

059. (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Carolina é estudante do curso de arquitetura da Universidade


Madgab. Como hoje é sua formatura, sabe-se que amanhã ela perderá o direito de pagar
metade do valor da entrada das sessões de cinema. Se sua elasticidade-preço da demanda
por cinema é igual a -0,15, a demanda de Carolina por cinema a partir de amanhã:
a) terá uma queda de 30%;
b) terá uma queda de 15%;
c) não sofrerá alteração;
d) terá um aumento de 15%;
e) terá um aumento de 30%.
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Note que se a elasticidade preço da demanda é -0,15, se o preço do ingresso no cinema


subir 1%, a demanda de Ana cairá 0,15%.
Assim, se a partir de amanhã ela perder o direito de pagar a metade, o preço irá dobrar
para Ana, ou seja, ela terá um aumento de 100%.
Nessa linha de raciocínio, como a elasticidade-preço da demanda é -0,15, o fato de o preço
aumentar 100% fará com que a demanda de Ana por ingresso do cinema diminua 15%.
Letra b.

060. (CEPERJ/SEPLAG-RJ/APO/2010) O curto prazo em economia é definido como:


a) um período de 5 a 10 anos
b) um período de 1 a 5 anos
c) um período de tempo em que pelo menos um fator de produção é considerado fixo
d) um período de tempo em que todos os fatores de produção são considerados variáveis
e) um período de mais de 15 anos

E aí, qual é a definição de curto prazo em economia?

Para a contabilidade, por exemplo, esse prazo é de até um ano (classificação no circulante,
não é?).
Para a economia, na verdade, não existe uma definição em termos de prazo definido com
exatidão, mas sim uma definição conceitual. Assim, já eliminaríamos as alternativas a, b e e.
Para a economia, conceitualmente, o curto prazo é período caracterizado por ter pelo
menos um fator de produção fixo. Em situação diversa, o longo prazo é o período em que
todos os fatores de produção são variáveis.

O que é isso, professor? Não entendi nada.

Lembra que são aqueles conjuntos de recursos usados para a produção dos bens e serviços?
E que normalmente são classificados em três grupos: Terra (T), Capital (K) e Trabalho (W)?
O fator de produção Terra, em termos, varia, por exemplo, com uma nova descoberta de
petróleo. Já o fator de produção Capital é alterado, por exemplo, por meio da construção
de um Porto para escoar a produção de determinada mercadoria. Por sua vez, o fator de
produção Trabalho varia com a entrada de novos jovens no mercado de trabalho.

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Beleza! Entendi agora, professor!

Na economia, para ser longo prazo todos esses três “tipos” de fatores de produção devem
variar. Por outro lado, se ao menos um desses fatores for fixo, considera-se curto prazo.
A letra d seria a resposta se a pergunta fosse relativa ao conceito de longo prazo. Portanto,
a resposta certa é a letra c.
Letra c.

Caro(a) aluno(a),
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para
torná-la melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon.
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para revisão!

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