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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 13784

Quinta edição
16.12.2019

Armazenamento de líquidos inflamáveis e


combustíveis — Métodos para detecção de
vazamentos em Sistemas de Armazenamento
Subterrâneo de Combustíveis (SASC)
Storage of flammable and combustible liquids — Leak detection methods for
Fuels Underground Liquid Storage Systems
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01

ICS 75.200 ISBN 978-85-07-08385-6

Número de referência
ABNT NBR 13784:2019
7 páginas

© ABNT 2019
Impresso por: Júlia Almeida Vasoncelos
ABNT NBR 13784:2019
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Métodos de detecção de vazamento.................................................................................2
4.1 Generalidades......................................................................................................................2
4.2 Reconciliação de inventário...............................................................................................2
4.3 Detecção de vazamentos em tanques...............................................................................2
4.3.1 Generalidades......................................................................................................................2
4.3.2 Monitoramento intersticial.................................................................................................3
4.3.3 Monitoramento contínuo de volume.................................................................................4
4.4 Detecção de vazamento em tubulações...........................................................................5
4.4.1 Generalidades......................................................................................................................5
4.4.2 Tubulação que interliga o tanque à unidade abastecedora ou à unidade de filtragem...5
4.4.3 Tubulação de descarga.......................................................................................................7
4.4.4 Tubulação de retorno do eliminador de ar........................................................................7
4.4.5 Emenda de tubulação subterrânea....................................................................................7
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Prefácio

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A ABNT NBR 13784 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo (ABNT/ONS-034),
pela Comissão de Estudo de Distribuição e Armazenamento de Combustíveis (CE-034:000.004).
O Projetocirculou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 09.07.2019 a 09.09.2019.

A ABNT NBR 13784 cancela e substitui a ABNT NBR 13784:2014, a qual foi tecnicamente revisada.
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Esta Norma foi revisada e o conteúdo referente aos serviços de ensaio de estanqueidade foi retirado
desta Norma e incluído na ABNT NBR 16795.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 13784 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes methods required for leak detection in Underground Liquid Storage Systems
and specifies their features and applications.

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Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis — Métodos para


detecção de vazamentos em Sistemas de Armazenamento Subterrâneo
de Combustíveis (SASC)

1 Escopo
Esta Norma estabelece os métodos para detecção de vazamentos em sistemas de armazenamento
subterrâneo de combustíveis (SASC) e específica suas características e aplicações.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 13783, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Instalação do sistema de


armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC)

ABNT NBR 13786, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Seleção dos componentes
para instalação de sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC)

ABNT NBR 13787, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Procedimento de controle


de estoque dos sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC)
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ABNT NBR 15594-3, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Posto revendedor de


combustível veicular (serviços) – Parte 3: Procedimento de manutenção

ABNT NBR 16161, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Tanque metálico


subterrâneo – Especificação de fabricação e modulação

ABNT NBR 16619, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Criação de espaço


intersticial a partir da construção de parede dupla interna não metálica em tanques de parede simples,
para armazenamento de líquido e combustível instalados em SASC

ABNT NBR 16713, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Tanque subterrâneo em


plástico reforçado com fibra de vidro – Especificação de fabricação, modulação e desempenho

ABNT NBR 16718, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Posto revendedor


de combustível automotivo – Sistema eletrônico de medição de estoque e sistema eletrônico de
monitoramento e detecção de vazamento (SMDV) – Requisitos

ABNT NBR 16795, Ensaio de estanqueidade em sistemas de armazenamento subterrâneo de


combustíveis (SASC)

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
espaço intersticial
espaço existente entre a parede interna e a parede externa em um tanque

3.2
estanqueidade
condição de vazamento ou não vazamento

3.3
sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC)
tanque subterrâneo com tubulações e acessórios interligados

3.4
vazamento
falta de estanqueidade

4 Métodos de detecção de vazamento


4.1 Generalidades

Os métodos descritos em 4.2, 4.3 e 4.4 destinam-se à constatação de indícios de vazamentos no


SASC e em seus componentes, selecionados com base na ABNT NBR 13786. Diante da consta-
tação de indícios de vazamento, devem ser realizados ensaios de estanqueidade conforme a
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ABNT NBR 16795.

4.2 Reconciliação de inventário

A reconciliação de inventário é um método dinâmico e contínuo que possibilita a identificação de


eventuais vazamentos no SASC, consistindo na coleta diária dos dados do volume armazenado,
volume de produto recebido e volume do produto abastecido, no compartimento, que deve ser
executado conforme a ABNT NBR 13787.

A partir destes dados, registrar a diferença entre entradas e saídas de produto no período mensal,
sendo que o resultado acumulado da soma destas diferenças não pode ser superior a 0,6 %. Também
não podem ocorrer variações acumuladas em três dias consecutivos superiores a 0,3 %.

Sendo identificada variação acima das especificadas, paralisar a operação da(s) unidade(s)
abastecedora(s) conectada(s) ao(s) compartimento(s) correspondente(s) e realizar o ensaio de estan-
queidade conforme a ABNT NBR 16795.

4.3 Detecção de vazamentos em tanques

4.3.1 Generalidades

Esta Norma aborda os seguintes métodos de detecção de vazamento para tanques subterrâneos:

 a) monitoramento intersticial (4.3.2);

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 b) monitoramento contínuo de volume (4.3.3).

A aplicação destes métodos deve ser realizada por pessoal devidamente treinado.

4.3.2 Monitoramento intersticial

4.3.2.1 Generalidades

Este método é realizado por meio de sistema fabricado de acordo com a ABNT NBR 16718, constituído
de sensor de detecção de vazamento, instalado no espaço intersticial, e interligado a uma central de
controle.

Para os tanques jaquetados, fabricados de acordo com a ABNT NBR 16161 ou ABNT NBR 16713,
utilizar sensor de líquidos. Para os tanques cujo espaço intersticial foi criado em tanques já instalados,
de acordo com a ABNT NBR 16619, utilizar sensor de pressão.

4.3.2.2 Requisitos para o sistema com sensor de líquidos

O sistema com sensor de líquidos deve:

 a) detectar de forma contínua a presença de líquido com no máximo 5 % de probabilidade de erro
ou de alarme falso;

 b) possuir sistema supervisor de autodiagnóstico que garanta a integridade da operação, informando
ao usuário falha de funcionamento dos componentes do sistema;

 c) ser compatível com o produto armazenado no tanque;

 d) ser capaz de armazenar, no mínimo, os últimos três registros para cada tipo de evento, em ordem
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cronológica, com data e horário do início do evento e de quando este foi sanado. Consideram-se
eventos:

—— alarme de presença de líquidos por sensor;

—— falha de funcionamento por sensor;

—— ausência e retorno de energia;

 e) possuir alarmes sonoros e visuais;

 f) ativar o alarme de presença de líquido com até 20 mm de líquido dentro do tubo de monitoramento
intersticial do tanque.

4.3.2.3 Requisitos para o sistema com sensor de pressão

O sistema com sensor de pressão deve:

 a) possuir sistema supervisor de autodiagnóstico que garanta a integridade da operação, informando
ao usuário falha de funcionamento dos componentes do sistema;

 b) ser capaz de armazenar no mínimo os últimos três registros para cada tipo de evento, em ordem
cronológica, com a respectiva data e horário do início do evento e de quando este foi sanado.
Consideram-se eventos:

—— alarme pela constatação da variação de pressão;

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—— falha de funcionamento por sensor;

—— ausência e retorno de energia;

 c) possuir alarmes sonoros e visuais;

 d) ativar o sistema de alarme quando a pressão for inferior a 330 mbar ou superior a 410 mbar.
A ativação de alarme, seja pela presença de líquidos no interior do interstício ou em decorrên-
cia da variação de pressão, sendo necessário realizar o ensaio de estanqueidade conforme a
ABNT NBR 16795.

4.3.3 Monitoramento contínuo de volume

O monitoramento contínuo de volume é realizado por equipamento eletrônico de medição de volume,


permanentemente instalado, que efetua leituras contínuas do nível e da temperatura do produto. Este
equipamento calcula a diferença no volume do produto armazenado, considerando variações térmicas,
e pode indicar vazamentos no compartimento.

A detecção contínua de vazamento pode ser realizada de forma estática ou por análise estatística,
devendo ser gerado ao menos um resultado mensal.

A detecção de forma estática requer a paralisação das operações do tanque (independentemente de


ser ou não compartimentado) durante a sua realização.

A detecção por análise estatística pode ser conduzida sem necessidade de interromper a operação
normal do compartimento. Neste caso, as medições são armazenadas de forma contínua ou não,
possibilitando a verificação de variações anormais de volume, que podem indicar vazamento do
compartimento.
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A análise estatística somente é validada quando o volume de produto armazenado for superior a 15 %
da capacidade do compartimento.

Em ambos os casos devem ser observadas as condições de funcionamento do equipamento estabe-


lecidas pelo fabricante.

Os equipamentos utilizados devem atender aos seguintes requisitos mínimos:

 a) detectar vazão de 0,756 L/h, com no mínimo 95 % de probabilidade de detecção e no máximo até
5 % de probabilidade de alarme falso;

 b) atender à(s) norma(s) e legislação(ções) pertinentes para instalação e operação em atmosfera
explosiva;

 c) possuir sistema supervisor de autodiagnóstico que garanta a confiabilidade da operação de


ensaio, informando ao usuário qualquer falha de funcionamento;

 d) possuir memória local capaz de armazenar no mínimo os últimos 60 resultados, indicando, para
cada um, a data ou período correspondente.

A observação de vazão igual ou superior a 0,756 L/h representa indício de vazamento no compartimento
do tanque, sendo necessário realizar o ensaio de estanqueidade conforme a ABNT NBR 16795.

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4.4 Detecção de vazamento em tubulações

4.4.1 Generalidades

Para tubulações do SASC, devem ser adotados métodos que possam identificar a sua não
estanqueidade.

As tubulações que compõem o SASC são:

 a) tubulação que interliga o tanque à unidade abastecedora ou à unidade de filtragem;

 b) tubulação de respiro;

 c) tubulação de descarga;

 d) tubulação do retorno da unidade de filtragem.

4.4.2 Tubulação que interliga o tanque à unidade abastecedora ou à unidade de filtragem

Esta tubulação opera sob pressão negativa (sucção) ou positiva (recalque), cujos sistemas de detecção
são especificados em 4.4.2.2 e 4.4.2.3.

4.4.2.1 Tubulação sob pressão negativa (sucção)

Para a verificação da estanqueidade da tubulação de sucção, é necessário que esteja instalada


válvula de retenção (check valve) junto à sucção da unidade abastecedora ou à unidade de filtragem
correspondente, conforme a ABNT NBR 13783, e que não seja utilizada válvula de pé no interior do
tanque, cujo uso seja vetado para este tipo de instalação.
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A avaliação deste método é realizada por meio da observação do perfeito funcionamento da unidade
abastecedora ou da unidade de filtragem, sendo possível detectar eventual não estanqueidade da
tubulação por meio de falhas no funcionamento da unidade abastecedora ou da unidade de filtragem,
como avanço no registrador, demora na sucção de produto, cavitação, ruídos ou vibrações anormais.
Neste caso, interromper a operação da unidade abastecedora e realizar o ensaio de estanqueidade
conforme a ABNT NBR 16795.

4.4.2.2 Tubulação sob pressão positiva (recalque)

Esta tubulação deve ser, obrigatoriamente, composta de tubulação de contenção secundária (conforme
a ABNT NBR 13783). Os métodos de verificação de estanqueidade devem ser empregados conforme
a aplicação da tubulação, de acordo com o descrito em 4.4.2.2.1 e .4.4.2.2.2.

4.4.2.2.1 Tubulação de unidade de filtragem com reservatório incorporado

A tubulação de combustível que interliga a saída da unidade de filtragem à unidade abastecedora é


definida como tubulação sob pressão positiva, devido à coluna manométrica decorrente do nível de
produto no reservatório.

A tubulação de contenção secundária deve possuir inclinação no sentido da câmara de contenção da


unidade abastecedora, da unidade de filtragem ou de interligação, e ser aberta para estas, de modo
a garantir o escoamento do produto para o interior destas câmaras na ocorrência de vazamento da
tubulação primária.

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Para a verificação da estanqueidade nesta tubulação, realizar o monitoramento contínuo das câmaras
de contenção por meio da instalação de sistema constituído de sensor de detecção de vazamento
interligado a uma central de controle, fabricado de acordo com a ABNT NBR 16718, sendo observados
os requisitos para os sensores, conforme 4.3.2.2.

Na ativação do alarme pela presença de líquidos no interior da câmara de contenção, interromper a


operação da unidade de filtragem e realizar o ensaio de estanqueidade conforme a ABNT NBR 16795.

4.4.2.2.2 Tubulação de bomba submersa

A tubulação que interliga a bomba submersa à unidade abastecedora é considerada tubulação sob
pressão positiva, devido à pressão de recalque gerada pela bomba submersa. Para verificação de sua
estanqueidade, a tubulação de contenção secundária deve ser interligada às câmaras de contenção
da unidade abastecedora e do tanque, e estas devem ser dotadas de sensores de monitoramento de
líquidos interligados a uma central de controle, fabricados de acordo com a ABNT NBR 16718, sendo
observados os requisitos para os sensores, conforme 4.3.2.2.

Um dos dispositivos indicados em 4.4.2.2.2.1 e 4.4.2.2.2.2 deve ser adotado complementarmente.

4.4.2.2.2.1 Dispositivo eletrônico de detecção de vazamento em tubulação com pressão


positiva permanentemente instalado

Este dispositivo deve ser instalado na conexão de recalque da bomba submersa, bloqueando o seu
funcionamento a partir da detecção de vazamentos ocorridos na tubulação primária de no mínimo
11,4 L/h a 68,94 kPa (10 psi).

Este dispositivo eletrônico também realiza ensaio estáticos ou estatísticos de vazamento em linhas
de pressão positiva, observando que a detecção de vazamento deve ser de no mínimo 0,756 L/h para
ensaios de estanqueidade mensais e de 0,378 L/h para ensaios de estanqueidade anuais, sendo este
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último apenas ensaio estático, com no mínimo 95 % de probabilidade de acerto.

A detecção contínua de vazamento pode ser realizada de forma estática, quando não ocorrer atividade
na tubulação, ou por análise estatística, sem necessidade de paralisação da operação. Nas duas
situações devem ser gerados relatórios mensais que evidenciem os resultados obtidos.

O ensaio realizado de forma estática requer a não operação da tubulação durante a sua realização, e
o período deve ser de acordo com a especificação do fabricante do equipamento. O ensaio pode ser
inicializado de forma manual ou automática por meio da programação de horários.

O ensaio realizado por análise estatística permite sua averiguação sem necessidade de interromper
a operação normal do posto. O método reúne incrementalmente as medições em uma base contínua
ou não, para determinar uma variação anormal de volume que pode indicar vazamento da tubulação.

O dispositivo eletrônico deve atender aos seguintes requisitos:

 a) obedecer às normas e legislações pertinentes para instalação e operação em atmosfera explosiva;

 b) possuir sistema supervisor de autodiagnóstico que garanta a confiabilidade da operação de


ensaio, informando ao usuário qualquer falha de funcionamento;

 c) possuir memória local capaz de armazenar ao menos os resultados do ensaio de vazamento dos
últimos cinco eventos, indicando, para cada ensaio, a data, hora de início, hora de finalização e
resultado.

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4.4.2.2.2.2 Dispositivo mecânico de detecção de vazamento em tubulação com pressão


positiva permanentemente instalado

Este dispositivo deve ser instalado na conexão de recalque da bomba submersa e deve identificar
vazamento ocorrido na tubulação primária de no mínimo 11,4 L/h a 68,94 kPa (10 psi), restringindo a
vazão da bomba a 11,4 L/h.

Na ativação do alarme, interromper a operação da bomba submersa e realizar o ensaio de estanquei-


dade conforme a ABNT NBR 16795.

4.4.3 Tubulação de descarga

Esta tubulação permite o abastecimento do tanque subterrâneo de armazenamento de combustível


a partir do caminhão tanque (CT), realizado pela conexão do mangote ao dispositivo de descarga
selada.

Para a verificação da estanqueidade destas tubulações, deve ser realizado ensaio conforme
procedimento previsto na ABNT NBR 16795, com a periodicidade definida na ABNT NBR 15594-3.

4.4.4 Tubulação de retorno do eliminador de ar

A tubulação de combustível que interliga o eliminador de ar da unidade abastecedora à unidade de


filtragem é tubulação sob pressão positiva, devido à pressurização resultante da purga do sistema de
bombeamento.

Esta tubulação deve possuir contenção secundária com inclinação no sentido de uma das câmaras
de contenção da unidade abastecedora, da unidade de filtragem ou de interligação, e aberta para
estas, de modo a garantir o escoamento do produto para o interior destas câmaras na ocorrência de
vazamento da tubulação primária.
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Para a verificação da estanqueidade nesta tubulação, realizar o monitoramento contínuo das câmaras
de contenção por meio da instalação de sistema constituído de sensor de detecção de vazamento
interligado a uma central de controle, fabricado de acordo com a ABNT NBR 16718, sendo observados
os requisitos para os sensores conforme 4.3.2.2.

Na ativação do alarme pela presença de líquidos no interior da câmara de contenção, interromper a


operação da unidade de filtragem e realizar o ensaio de estanqueidade conforme a ABNT NBR 16795.

4.4.5 Emenda de tubulação subterrânea

Nas situações em que haja a necessidade de realização de emendas por montagem mecânica,
estas emendas devem ser mantidas no interior de uma câmara de contenção dotada de sensor
para a detecção de líquidos interligado a uma central de controle, fabricado de acordo com a
ABNT NBR 16718.

O sistema de detecção deve atender aos requisitos de 4.3.2.2.

Na ativação do alarme pela presença de líquidos no interior da câmara de contenção, realizar ensaio
de estanqueidade conforme a ABNT NBR 16795.

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