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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16764

Primeira edição
26.06.2019
Exemplar para uso exclusivo - MARIA LUIZA LINCHER MUNIZ REPRESENTACOES LTDA - 09.098.672/0001-56 (Pedido 735232 Impresso: 11/12/2019)

Armazenamento de líquidos inflamáveis e


combustíveis — Instalação dos componentes
do sistema de armazenamento subterrâneo de
combustíveis (SASC), óleo lubrificante usado e
contaminado (OLUC) e ARLA 32
Storage of flammable and combustible liquids — Installation of underground
fuel storage system (SASC), used and contaminated lubricant oil (OLUC)
and ARLA 32

ICS 75.200 ISBN 978-85-07-08082-4

Número de referência
ABNT NBR 16764:2019
44 páginas

© ABNT 2019
ABNT NBR 16764:2019
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ABNT NBR 16764:2019

Sumário Página

Prefácio...............................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termo e definição................................................................................................................2
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4 Diretrizes de projeto............................................................................................................2
4.1 Generalidades......................................................................................................................2
4.2 Projeto hidráulico................................................................................................................3
4.3 Projeto elétrico....................................................................................................................4
4.4 Projeto de drenagem...........................................................................................................4
4.5 Projeto de contenção e monitoramento ambiental..........................................................4
4.6 Projeto da área de abastecimento.....................................................................................4
4.7 Lista de materiais do SASC................................................................................................5
5 Seleção dos equipamentos................................................................................................5
6 Movimentação e armazenamento de materiais................................................................6
7 Inspeção pré-instalação.....................................................................................................7
8 Instalação.............................................................................................................................7
8.1 Generalidades......................................................................................................................7
8.2 Tanque de armazenamento................................................................................................7
8.2.1 Manuseio..............................................................................................................................7
8.2.2 Avaliação do solo................................................................................................................8
8.2.3 Inspeção de pré-instalação................................................................................................8
8.2.4 Distâncias de segurança....................................................................................................8
8.2.5 Escavação..........................................................................................................................10
8.2.6 Segurança durante a escavação......................................................................................10
8.2.7 Colocação do tanque na cava.......................................................................................... 11
8.2.8 Proteção contra flutuação................................................................................................ 11
8.2.9 Aterro..................................................................................................................................12
8.2.10 Altura de recobrimento do aterro....................................................................................12
8.2.11 Compactação ou adensamento do aterro.......................................................................12
8.2.12 Migração do aterro............................................................................................................13
8.2.13 Drenagem da cava.............................................................................................................13
8.2.14 Verificação da manutenção da estanqueidade do interstício do tanque.....................15
8.2.15 Pavimentação sobre tanques...........................................................................................15
8.3 Câmaras de contenção.....................................................................................................15
8.3.1 Generalidades....................................................................................................................15
8.3.2 Câmara de contenção da descarga de combustível “spill de descarga”....................16
8.3.3 Câmara de contenção da boca de visita do tanque “sump de tanque”.......................17
8.3.4 Câmara de contenção da unidade abastecedora “sump de bomba”...........................17
8.3.5 Câmara de contenção da unidade de filtragem “sump de filtro”.................................17
8.3.6 Câmara de interligação de tubulação “sump de interligação”.....................................18
8.3.7 Câmara de medição “spill de medição”..........................................................................18

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ABNT NBR 16764:2019

8.4 Flange de vedação “Boot”...............................................................................................19


8.5 Tubulação hidráulica.........................................................................................................19
8.5.1 Generalidades....................................................................................................................19
8.5.2 Cava para as tubulações..................................................................................................21
8.5.3 Tubulação primária...........................................................................................................22
8.5.4 Tubulação de contenção secundária..............................................................................22
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8.6 Sistema de respiro do tanque..........................................................................................23


8.7 Sistema de descarga de combustível.............................................................................25
8.8 Sistema de condução de combustível para unidade abastecedora.............................25
8.8.1 Generalidades....................................................................................................................25
8.8.2 Sucção................................................................................................................................26
8.8.3 Pressão positiva................................................................................................................27
8.9 Tubulação de retorno da unidade de filtragem..............................................................27
8.10 Tubulação de retorno do kit eliminador de ar................................................................27
8.11 Sistema de sifão entre tanques.......................................................................................27
8.12 Tubo metálico flexível.......................................................................................................28
8.13 Filtro de linha para diesel.................................................................................................28
8.14 Válvula antitransbordamento...........................................................................................29
8.15 Válvula de boia flutuante..................................................................................................29
8.16 Válvula de retenção instalada na tubulação de sucção (checkvalve)..........................29
8.17 Válvula de segurança contra abalroamento...................................................................30
8.18 Monitoramento de interstício...........................................................................................30
8.19 Dispositivo de descarga selada.......................................................................................30
8.20 Sistema de drenagem oleosa...........................................................................................30
8.21 Instalação elétrica.............................................................................................................31
8.22 Aterramento elétrico.........................................................................................................31
8.23 Equalização de potencial para descarga de combustível.............................................31
8.24 Unidade de filtragem.........................................................................................................31
8.25 Sistema de retorno de vapor do sistema de recuperação de vapor estágio 2............31
8.26 Unidade abastecedora (bomba medidora)......................................................................32
8.27 Pavimentação....................................................................................................................32
9 Ensaios de conformidade da instalação de componente.............................................33
9.1 Generalidades....................................................................................................................33
9.2 Tubulação...........................................................................................................................33
9.3 Conjunto tanque-tubulação..............................................................................................34
9.4 Câmaras de contenção.....................................................................................................34
Anexo A (normativo) Procedimento para intervenção em tubulações e conexões
não metálicas que já conduziram líquidos e gases combustíveis...............................35
A.1 Planejamento da intervenção...........................................................................................35
A.2 Execução da intervenção.................................................................................................36
Anexo B (normativo) Procedimentos para realização de solda
por eletrofusão em tubulação não metálica...................................................................37
B.1 Requisitos gerais..............................................................................................................37

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ABNT NBR 16764:2019

B.1.1 Princípio da união por solda por eletrofusão.................................................................37


B.1.2 Capacitação do soldador..................................................................................................37
B.2 Requisitos específicos.....................................................................................................37
B.2.1 Condições do local de solda............................................................................................37
B.2.2 Máquina de solda por eletrofusão...................................................................................37
B.2.3 Ferramentas e acessórios................................................................................................38
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B.2.4 Procedimento de união por solda por eletrofusão........................................................38


B.2.4.1 Generalidades....................................................................................................................38
B.2.4.2 Preparação.........................................................................................................................39
B.2.4.3 Corte...................................................................................................................................40
B.2.4.4 Raspagem..........................................................................................................................40
B.2.4.5 Limpeza..............................................................................................................................40
B.2.4.6 Marcação, montagem e travamento................................................................................40
B.2.4.7 Solda...................................................................................................................................41
B.2.4.8 Marcação e verificação.....................................................................................................42
B.2.4.9 Resfriamento.....................................................................................................................42
B.3 Controle de qualidade.......................................................................................................42
B.3.1 Verificação antes da execução da solda.........................................................................42
B.3.2 Verificação após a execução da solda (verificação da integridade das uniões)........42
B.3.2.1 Inspeção visual da solda..................................................................................................42
B.3.3 Relatório das uniões por solda........................................................................................43
Bibliografia..........................................................................................................................................44

Figuras
Figura 1 – Área de abastecimento......................................................................................................5
Figura 2 – Içamento do tanque............................................................................................................8
Figura 3 – Distância da fundação e limite de propriedade à cava...................................................9
Figura 4 – Distância mínima entre tanques (vista lateral)................................................................9
Figura 5 – Distância mínima entre tanques e paredes da cava (vista frontal)...............................9
Figura 6 – Inclinação determinada pelas condições do solo, profundidade da escavação e
segurança..........................................................................................................................10
Figura 7 – Compactação manual e mecânica..................................................................................13
Figura 8 – Adensamento....................................................................................................................13
Figura 9 – Bombeamento direto........................................................................................................14
Figura 10 – Bombeamento por ponteiras filtrantes........................................................................14
Figura 11 – Bombeamento durante o aterro....................................................................................15
Figura 12 – “Spill de descarga”........................................................................................................16
Figura 13 – Câmara de medição volumétrica..................................................................................19
Figura 14 – Instalação de tubulação não metálica em trecho superior a 12 m............................20
Figura 15 – Cruzeta do respiro com válvula de boia flutuante......................................................23
Figura 16 – Barrilete (manifold) do sistema de tubulação de respiro...........................................24
Figura 17 – Sistema de descarga à distância..................................................................................25

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ABNT NBR 16764:2019

Figura 18 – Tubo de sucção e filtro..................................................................................................26


Figura 19 – Instalação do sistema de sifão entre tanques.............................................................28
Figura B.1 – Montagem de conexões sem batentes ou com batentes removíveis......................41

Tabelas
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Tabela 1 – Raio mínimo de curvatura de tubulações não metálicas orientativo..........................20


Tabela 2 – Diâmetro da tubulação secundária.................................................................................23
Tabela 3 – Diâmetro da tubulação de sistema de recuperação de vapores estágio 2.................32

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ABNT NBR 16764:2019

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
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no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT
não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo
precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16764 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo (ABNT/ONS-034),
pela Comissão de Estudo de Distribuição e Armazenamento de Combustível (CE-034:000.004).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 26.02.2019 a 29.04.2019.

A ABNT NBR 16764 cancela e substitui as ABNT NBR 13781:2009 e ABNT NBR 13783:2014.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16764 é o seguinte:

Scope
This Document establishes the general design principles and requirements for the installation
of components of the underground fuel storage system (SASC), used and contaminated lubricant
oil (OLUC) and ARLA 32.

NOTE The implementation and installation of the SASC components are applicable to the projects
provided for in CONAMA Resolution 273:2000.

The set of underground tanks, the piping system, and the interconnected, fixed and installed components
and equipment provided in this Document are considered to be components of the SASC.

The underground tanks provided in this Document are those manufactured in accordance with
ABNT NBR 16161.

This Document does not apply to Natural Gas Vehicle (NGV) installations.

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Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis — Instalação dos


componentes do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis
(SASC), óleo lubrificante usado e contaminado (OLUC) e ARLA 32
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1 Escopo
Este Ducumento estabelece os princípios gerais de projeto e requisitos para execução da instalação
dos componentes do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC), óleo lubrifi-
cante usado e contaminado (OLUC) e ARLA 32.

NOTA A execução e instalação dos componentes do SASC são aplicáveis aos empreendimentos
previstos na Resolução Conama 273:2000.

São considerados componentes do SASC o conjunto de tanques subterrâneos, o sistema de tubulação


e os componentes e equipamentos interligados, fixos e instalados, previstos neste Documento.

Os tanques subterrâneos previstos neste Documento são os fabricados conforme a ABNT NBR 16161.

Este Documento não se aplica às instalações de gás natural veicular (GNV).

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5580, Tubos de aço-carbono para usos comuns na condução de fluidos ‒ Especificação

ABNT NBR 6943, Conexões de ferro fundido maleável, com rosca ABNT NBR NM-ISO 7-1, para tubulações

ABNT NBR 13784, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Seleção de métodos


para detecção de vazamentos e ensaios de estanqueidade em sistemas de armazenamento
subterrâneo de combustíveis (SASC)

ABNT NBR 13786, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Seleção dos


componentes para instalação de sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC)

ABNT NBR 14606, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Entrada em espaço


confinado em tanques subterrâneos e em tanques de superficie.

ABNT NBR 14639, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Posto revendedor


veicular (serviços) e ponto de abastecimento ‒ Instalações elétricas

ABNT NBR 14722, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Tubulação não metálica
subterrânea ‒ Polietileno
ABNT NBR 14867, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Tubo metálico flexível ‒
Requisitos de desempenho

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ABNT NBR 16764:2019

ABNT NBR 15005, Armazenamento de líquidos combustíveis e inflamáveis ‒ Sistema de armazenamento


subterrâneo de combustíveis (SASC) ‒ Válvula antitransbordamento

ABNT NBR 15015, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Válvulas de boia flutuante

ABNT NBR 15118, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Câmaras de contenção


e dispositivos associados
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ABNT NBR 15138, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Descarga para descarga selada

ABNT NBR 15139, Armazenagem de combustível ‒ Válvula de retenção instalada em linhas de sucção

ABNT NBR 15473, Armazenamento de líquidos ‒ Posto revendedor veicular (serviços) ‒ Fabricação
e desempenho de filtroadicional para unidade abastecedora (bomba medidora)

ABNT NBR 15512, Biodiesel ‒ Armazenamento, transporte, abastecimento e controle de qualidade


de biodiesel e/ou mistura óleo diesel/biodiesel

ABNT NBR 16406, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis ‒ Posto revendedor


veicular e ponto de abastecimento ‒ Sistema de Armazenamento e Abastecimento de ARLA 32

ABNT NBR 6502, Rochas e solos

ABNT NBR NM ISO 7-1, Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca ‒
Parte 1: Dimensões, tolerâncias e designação

DIN 73378, Polyamide tubing for use in motor vehicles

BS 5842, Specification for thermoplastic hose assemblies for dock, road and tanker use

ABNT NBR ISO 12176-2, Tubos e conexões plásticas ‒ Equipamentos para uniões por solda em
sistema de polietileno ‒ Parte 2: Eletrofusão

3 Termo e definição
Para os efeitos deste documento, aplica-se o seguinte termo e definição.

3.1
tubulação
conjunto formado por tubo, conexão e transição de interligados

4 Diretrizes de projeto
4.1 Generalidades

Quando da construção nova, ampliação ou reforma de empreendimento, deve ser feito projeto
executivo que especifique e localize os tanques de armazenamento, tubulações, componentes e equi-
pamentos utilizados na instalação do SASC, conforme este Documento.

Depois de concluída a instalação do SASC, deve ser realizado o projeto “como realizado” (as built),
e deve ser atualizado sempre que forem realizadas novas intervenções.

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ABNT NBR 16764:2019

Para todo e qualquer projeto de contrução nova, ampliação ou reforma, devem ser considerados,
quando disponíveis, os “as built” dos projetos de instalações, como água, esgoto, parte elétrica,
SPDA, e todas as instalações que utilizarem intervenções subterrâneas.

Para intervenções que alteram as características, quantidades, componentes e localização do projeto


original, deve ser elaborado novo projeto ou ele deve ser revisado.
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Durante o projeto, deve-se considerar que o biodiesel e/ou o óleo diesel BX degradam certos tipos
de borracha utilizados na fabricação de mangueiras, gaxetas e anéis de vedação. Deve-se evitar o seu
contato com estes itens fabricados com borracha nitrílica ou borracha natural. As mangueiras devem
ser fabricadas à base de politetrafluoretileno ou poliamidas, conforme BS 5842. Gaxetas e anéis de
vedação utilizados no sistema de movimentação, armazenamento e transferência também devem
ser fabricados em politetrafluoretileno ou poliamidas.

Da mesma forma, não é recomendável o contato de biodiesel e/ou óleo diesel BX com alguns metais
ou plásticos, pois a concentração de sedimentos no produto aumenta, se houver contato por um longo
período. Deve-se evitar contato do produto com o cobre, chumbo, cádmio, bronze, latão, estanho,
zinco, ligas metálicas que contenham estes metais e aços galvanizados.

O projeto executivo deve ser composto de:

 a) projeto hidráulico;

 b) projeto elétrico;

 c) projeto de drenagem oleosa;

 d) projeto de contenção e monitoramento ambiental;

 e) projeto da área de abastecimento

 f) lista de materiais do SASC.

4.2 Projeto hidráulico

Deve ser prevista a locação, quantidade, volumetria e compatimentação de todos os tanques de arma-
zenamento de combustível e OLUC, considerando ABNT NBR 16161, e ARLA 32, considerando a
ABNT NBR 16406. Devem ser considerados os requisitos de locação dos tanques em conformidade
com este Documento. Devem ser previstos a locação, distâncias, diâmetros, tipo, inclinações, cota
de elevação e sentido do fluxo de todas as tubulações.

Tanques de armazenamento também podem ser instalados em uma área de abastecimento ou em


outras áreas sujeitas a trafego.

Todos os trechos de tubulação aérea devem ser de tubulação metálica, em conformidade com as
ABNT NBR 5580 e ABNT NBR 6943, não podendo ser aplicada em trechos subterrâneos.

Todos os trechos de tubulação subterrânea devem ser de tubulação não metálica, em conformidade
com a ABNT NBR 14722, não podendo ser aplicada em trechos aéreos.

Devem ser previstos a locação, quantidade e tipo de unidades de abastecimento e unidades de filtragem.
Deve-se evitar passar tubulações sobre os tanques passando-se somente quando for absolutamente
inevitável. Deve-se evitar passar eletrodutos junto de tubulações hidráulicas.

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ABNT NBR 16764:2019

Todas as tubulações que operam com pressão positiva devem possuir proteção secundária, de modo
a conter eventuais vazamentos.

Todas as interligações de tubulações hidráulicas por montagem mecânica, do tipo rosca ou flange,
quando subterrâneas, devem estar contidas em câmaras de contenção.

Em sistemas que operam com pressão positiva utilizando bomba submersa para abastecimento
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de etanol, a instalação do densímetro deve seguir a orientaçôes do fabricante da bomba submersa.

Em sistemas que operam com sucção, utilizando sistema de bombeamento da unidade abastecedora
ou da unidade de filtragem, devem considerar tubulação individual, sem derivações, para evitar
entrada de ar no sistema.

Em sistemas que operam com unidade abastecedora dotadas de eliminador de ar, a tubulação de
retorno do kit eliminador de ar deve ser individual, sem derivações, entre a unidade abastecedora e a
unidade de filtragem para evitar anomalias no sistema de medição.

Quando for projetada a interligação entre tanques, esta interligação deve ser conforme 8.11.

4.3 Projeto elétrico

O projeto elétrico deve ser estar com conformidade com a ABNT NBR 14639.

As áreas classificadas devem ser localizadas no projeto. Os eletrodutos devem estar indicados
quanto à locação, diâmetro, bem como tipo e devem estar identificados os seus pontos de selagem.

As redes elétricas devem ser projetadas com eletrodutos independentes para cabos de energia e
cabos de dados.

O projeto deve prever que, quando da utilização de tubo metálico flexível para instalações elétricas,
em área classificada conforme descrito na ABNT NBR 14639, este deve possuir a mesma proteção
EX do equipamento ao qual será conectado e deve ser certificado conforme legislação vigente,
não podendo haver diminuição do grau de proteção IP do equipamento.

4.4 Projeto de drenagem

Deve ser realizado um projeto de sistema de contenção e separação de efluentes.

4.5 Projeto de contenção e monitoramento ambiental

Deve ser elaborado projeto de contenção secundária com o objetivo de conter eventuais vazamentos
e derramamentos de produto, estabelecendo a quantidade, dimensões e locação de câmaras de
contenção, e tubulação de contenção secundária, conforme a ABNT NBR 13786. Este projeto deve
prever a quantidade e a locação dos sensores de monitoramento ambiental, conforme descrito na
ABNT NBR 13784.

4.6 Projeto da área de abastecimento

Deve ser elaborado projeto que estabeleça uma ou mais áreas de abastecimento, que devem estar
compreendidas em um raio mínimo de 6 m a partir da projeção de cada unidade abastecedora,
conforme a Figura 1.

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Parede não
vazada
6,0 m

m
6,0
6,0 m

Área de abastecimento

6,0 m 6,0 m
6,0 m

Canaleta
Projeção da cobertura de bombas

Figura 1 – Área de abastecimento

Quando os limites das divisas do terreno ou edificações estiverem a menos de 6 m da projeção das
unidades abastecedoras, a área de abastecimento deve ser limitada pela divisa do terreno ou edificações.

Duas ou mais unidades abastecedoras podem estar compreendidas na mesma área de abastecimento.

4.7 Lista de materiais do SASC

Todo projeto executivo deve apresentar a listagem completa e detalhada da quantidade e especifi-
cação dos componentes a serem instalados.

Os componentes listados devem ser classificados por tipo de projeto (hidráulico, elétrico, drenagem
ou contenção e monitoramento).

5 Seleção dos equipamentos


A seleção dos equipamentos e sistemas a serem aplicados no SASC deve estar em conformidade
com os requisitos das ABNT NBR 13786 e ABNT NBR 15512.

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ABNT NBR 16764:2019

Somente devem ser instalados componentes novos e sem uso, sendo vedadas a utilização e a insta-
lação de componentes usados, listados abaixo:

 a) dispositivo de descarga selada, conforme a ABNT NBR 15138;

 b) câmaras de contenção, conforme a ABNT NBR 15118;


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 c) câmara de calçada da câmara de contenção, conforme a ABNT NBR 15118;

 d) tubulação não metálica (tubo e conexões), conforme a ABNT NBR 14722;

 e) flange de vedação (boot), conforme a ABNT NBR 15118;

 f) tanques subterrâneos, conforme a ABNT NBR 16161;

 g) tubulação metálica (tubo e conexões), conforme as ABNT NBR 5580 e ABNT NBR 6943;

 h) tubo metálico flexível, conforme a ABNT NBR 14867;

 i) válvula antitransbordamento, conforme a ABNT NBR 15005;

 j) válvula de boia flutuante, conforme a ABNT NBR 15015;

 k) caixa separadora de água e óleo;

 l) válvula de retenção instalada em linha de sucção (checkvalve), conforme a ABNT NBR 15139;

 m) sensor de presença de líquidos, conforme a ABNT NBR 13784;

 n) válvula de antiabalroamento;

 o) válvula de pressão e vácuo do respiro.

NOTA A reinstalação destes componentes listados pode ser considerada na recolocação do componente
no mesmo local originalmente instalado, quando retirado para manutenção prevista em norma ou procedi-
mentos de ensaio de estanqueidade.

6 Movimentação e armazenamento de materiais


Os componentes devem ser descarregados, inspecionados, recebidos e posteriormente armaze-
nados de acordo com as instruções do fabricante.

Todos os componentes devem ser inspecionados no ato do recebimento, verificando-se a confor-


midade das especificações de acordo com os projetos, a listagem de materiais e o aspecto geral
dos componentes. Inspeções e/ou ensaios devem ser efetuados tomando-se como base as normas
aplicáveis e, na ausência destas, as especificações do fabricante e os critérios de aceitabilidade.

Os componentes devem ser instalados em prazo determinado pelo fabricante. Na ausência deste
prazo, é recomendado que os componentes sejam instalados em até 180 dias de seu recebimento.
Se possuírem embalagem, os componentes devem ser mantidos nas embalagens originais até o
momento da instalação.

6 © ABNT 2019 - Todos os direitos reservados


ABNT NBR 16764:2019

7 Inspeção pré-instalação
Anteriormente aos procedimentos de instalação de quaisquer componentes, estes devem ser rigoro-
samente inspecionados, de forma a assegurar que estejam íntegros e em perfeitas condições, conforme
as especificações e instruções do fabricante.

A identificação de qualquer dano deve ser relatada ao fornecedor. Os componentes não podem ser
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instalados sem autorização do fabricante, devendo ser identificados e segregados dos demais componentes.

8 Instalação
8.1 Generalidades

As instalações somente devem ser executadas, parcial ou totalmente, por empresa certificada
conforme legislação vigente.

As instalações somente devem ser executadas por empresa de engenharia, nacional, devidamente
registrada no órgão de classe no estado de origem tendo como atividade fim declarada nos docu-
mentos de sua constituição a realização de serviços de retirada e instalação de SASC.

Todos os profissionais envolvidos no processo de execução das instalações previstas nesta Norma
devem possuir vínculo contratual com a empresa responsável contratada para execução dos serviços.

A instalação dos componentes deve seguir o projeto executivo, devendo qualquer alteração ser
considerada no projeto de “as built”.

Todas as interligações de tubulações hidráulicas por montagem mecânica, do tipo rosca ou flange,
montadas em campo, quando subterrâneas, devem estar contidas em câmaras de contenção.

Além neste Documento, devem ser seguidas as orientações de instalação fornecidas pelo fabricante
do componente.

8.2 Tanque de armazenamento

8.2.1 Manuseio

O tanque deve ser mantido no berço, conforme fornecido pelo fabricante, até a instalação na cava,
e deve ser armazenado em local apropriado, sinalizado e apoiado sobre superfície plana, não podendo
ser rolado ou impactado contra o solo ou qualquer outro objeto rígido.

O tanque deve ser içado pelas alças de içamento do costado, usando-se equipamento de guindar
capaz de suportar uma carga mínima de uma vez e meia o peso do tanque vazio, conforme a Figura 2.

As aberturas do tanque devem ser mantidas vedadas, a fim de não permitir a entrada de qualquer
objeto estranho no seu interior.

As alças de rotação não podem ser utilizadas para içamento

Deve ser respeitada a curva de carga do equipamento,para amenizar sua estabilidade.

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Alças de içamento
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Figura 2 – Içamento do tanque

8.2.2 Avaliação do solo

É fundamental que sejam avaliadas as condições geotécnicas do solo, com objetivo de identificar
a necessidade de medidas complementares, assegurando a funcionalidade dos equipamentos,
a segurança da obra e a proteção do meio ambiente durante a execução das obras.

Em áreas cársticas, devido às especificidades próprias do meio, as investigações devem contem-


plar o emprego de métodos geotécnicos (diretos e/ou indiretos) que possibilitem a determinação
da existência de cavidades, canais de dissolução e outras estruturas características do carste,
que possam comprometer a capacidade de suporte do substrato e equipamentos.

8.2.3 Inspeção de pré-instalação

Imediatamente antes de o tanque ser retirado do berço de transporte para instalação na cava,
ele deve ser inspecionado visualmente, certificando-se de que este não possua danos aparentes.
Na ocorrência de não conformidades, o fabricante do tanque deve ser contatado para orientação
dos procedimentos a serem adotados.

Caso o tanque não esteja no berço de transporte, ou apresente avarias, no momento da inspeção
de pré-instalação, o fabricante do tanque deve ser contatado para avaliar eventuais danos.

A ficha de acompanhamento, conforme a ABNT NBR 16161, deve ser conferida e preenchida em
espaço específico pelo instalador e deve permanecer na obra durante todo o processo de instalação.

8.2.4 Distâncias de segurança

O início da cava deve distar no mínimo 1,50 m de fundações existentes e do limite da propriedade
(ver Figura 3).

Admite-se a redução da distância mínima estabelecida, quando submetida a um estudo específico


por responsável técnico, para garantir a segurança das fundações existentes ou que venham a ser
executadas durante a obra.

A distância entre tanques e a distância entre as paredes da cava e o tanque devem ser de no mínimo
0,60 m (ver Figuras 4 e 5).

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ABNT NBR 16764:2019

Limite de propriedade

Fundação
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1,5 m
(distância mínima)

Figura 3 – Distância da fundação e limite de propriedade à cava

0,60 m

Figura 4 – Distância mínima entre tanques (vista lateral)

0,60 m 0,60 m 0,60 m

Figura 5 – Distância mínima entre tanques e paredes da cava (vista frontal)

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ABNT NBR 16764:2019

Para tanques fabricados em PRFV, quando instalados em solos tipo II ou III, conforme a
ABNT NBR 6502, a distância mínima entre o costado do tanque e a parede da cava deve ser igual
à metade do diâmetro do tanque.

8.2.5 Escavação

A escavação da cava para instalação de tanques subterrâneos deve ser realizada sempre com o
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cuidado de não afetar possíveis fundações existentes.

O ângulo de inclinação das paredes da cava é determinado por responsável técnico em função das
condições e tipo do solo, da profundidade da cava e de segurança dos operários e da obra (ver Figura 6).

Figura 6 – Inclinação determinada pelas condições do solo, profundidade da escavação e segurança

Devem ser considerados os seguintes fatores na determinação do tamanho, formato e profundidade


da cava:

 a) característica e estabilidade do solo;

 b) características do tanque a ser instalado;

 c) interferências de águas superficiais e/ou subterrâneas;

 d) localização da cava;

 e) caracterização litológica;

 f) tipo de pavimentação e declividade da pista;

 g) espessura do leito e altura de recobrimento.

O fundo da cava deve ser nivelado horizontalmente.

8.2.6 Segurança durante a escavação

A área de serviço deve ser mantida limpa e desobstruída de materiais e equipamentos que impeçam
o desenvolvimento dos trabalhos com segurança.

Quando necessário, deve ser previsto o escoramento da cava durante os trabalhos.


A área de serviço deve ser sinalizada e isolada, para a proteção do público e do pessoal da obra.

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ABNT NBR 16764:2019

8.2.7 Colocação do tanque na cava

A espessura mínima do leito deve ser de 0,30 m.

As aberturas do tanque devem ser mantidas vedadas até o término da instalação dos componentes
do tanque.
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O tanque deve ser colocado suavemente na cava, nivelado horizontalmente, com o eixo do flange
da boca de visita na vertical.

Para assegurar o perfeito assentamento do tanque, a geratriz inferior deve estar inteiramente apoiada
sobre o leito da cava.

8.2.8 Proteção contra flutuação

8.2.8.1 Generalidades

Quando o tanque for instalado em locais onde o nível do lençol freático possa ultrapassar a geratriz inferior
do tanque, ou em locais sujeitos a inundações ou alagados, o responsável técnico deve estabelecer
os métodos de proteção temporária ou definitiva, a serem empregados com a finalidade de assegurar
que o tanque não venha a deslocar-se em razão do empuxo, durante e após a sua instalação.

8.2.8.2 Proteção temporária

Utilizar a proteção temporária nas situações em que existe risco de movimentação do tanque durante
a sua instalação.

Esta proteção deve ser realizada com o preenchimento do espaço nominal do tanque com água
limpa, a fim de manter o tanque estável na cava durante a instalação. Para tanque compartimentado,
o preenchimento deve ser executado de forma equilibrada entre os compartimentos, para manter
o nivelamento do tanque.

Nesta etapa de proteção temporária é proibida a utilização de combustível.

8.2.8.3 Proteção definitiva

8.2.8.3.1 Generalidades

Utilizar a proteção definitiva nas situações em que existir risco de movimentação do tanque após a
sua instalação.

Às seguintes premissas devem ser consideradas no cálculo do sistema de proteção contra a flutuação:

 a) os métodos de proteção devem basear-se nos cálculos do empuxo do tanque para a pior condição,
ou seja, com o freático atingindo o nível da pavimentação (caso em que a força de empuxo irá
atuar também sobre os materiais de aterro e de pavimentação). Esta consideração deve ser feita
mesmo que a profundidade do freático não seja conhecida previamente;

 b) o peso do material de aterro, bem como o de seu recobrimento sobre o tanque, são os fatores
mais significativos para a contraposição ao empuxo exercido sobre o tanque;

 c) outros fatores de contraposição são o peso do tanque vazio, o peso dos acessórios e o atrito
do tanque contra o material de aterro.

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ABNT NBR 16764:2019

De acordo com estas premissas, podem ser adotados métodos de proteção contra flutuação que
considerem a ação da pavimentação e do material do aterro ou ancoragem do tanque, descrito
em 8.2.8.3.2 e 8.2.8.3.3.

8.2.8.3.2 Ação da pavimentação e do material de aterro

Utilizar a própria camada de aterro do tanque e da pavimentação, que deve ser suficiente para manter
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o tanque fixo na cava, utilizando o aterro conforme 8.2.9.

8.2.8.3.3 Ancoragem do tanque

O sistema de ancoragem deve ser composto por estruturas distribuídas ao longo do comprimento
do tanque, no interior da cava, fora dos limites da projeção do costado.

A amarração da estrutura deve ser firme e segura, objetivando manter a estabilidade do tanque.

Quando da utilização de tirante de aço e ferragens, estes devem ser protegidos contra corrosão.
O tirante e as ferragens não podem danificar o revestimento do tanque. Neste caso, deve ser prevista
a utilização de esticadores.

Para facilitar o serviço de ancoragem, o tanque deve ser mantido cheio de água até o final da operação
de instalação.

Outras soluções de ancoragem contra flutuação podem ser estabelecidas pelo responsável técnico,
desde que não danifiquem a estrutura do tanque e do revestimento.

8.2.9 Aterro

A cava deve ser aterrada com material inerte em relação ao tanque e seus acessórios, isenta de
pontas e arestas cortantes que possam agredir o tanque, devendo o material utilizado ser compactado
em camadas de 0,30 m ou adensado.

8.2.10 Altura de recobrimento do aterro

A altura do recobrimento do aterro, que é a distância entre a geratriz superior do tanque e a superfície
do solo, não incluindo a espessura da pavimentação, deve ser de no mínimo 1,00 m e no máximo
1,30 m. Se ocorrer necessidade de uma altura maior do recobrimento do aterro, o fabricante do
tanque e o fabricante da unidade abastecedora devem ser consultados.

8.2.11 Compactação ou adensamento do aterro

No caso de materiais do aterro que requeriram compactação manual ou mecânica, as camadas


devem possuir no máximo 0,30 m (ver Figura 7).

No caso de compactação mecânica, devem ser tomadas precauções para não danificar o tanque
e seu revestimento.

No caso de materiais do aterro que requeriram adensamento, as camadas devem possuir no máximo
0,60 m (ver Figura 8).

Materiais autocompactantes devem ser forçados no quadrante inferior do tanque.

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0,30 m (máx.)

Figura 7 – Compactação manual e mecânica


0,60 m (máx.)

Figura 8 – Adensamento

8.2.12 Migração do aterro

Havendo risco de migração do solo circundante ao aterro (por exemplo, solos instáveis e pantanosos,
influência do lençol freático etc.), deve ser previsto método para evitar a migração.

8.2.13 Drenagem da cava

Para drenagem da cava, podem ser utilizados os seguintes métodos:

 a) bombeamento direto, no caso de solos pouco permeáveis (argilosos) (ver Figura 9);

 b) bombeamento por ponteiras filtrantes, no caso de solos muito permeáveis (areia e silte), onde
o nível do freático alcança a superfície do terreno (ver Figura 10);

 c) bombeamento durante o aterro, podendo ser necessário o aumento da cava em alguns centíme-
tros no comprimento ou na largura, para a construção de um pequeno poço de onde a água deve
ser bombeada. Este poço só pode ser aterrado após o recobrimento do tanque (ver Figura 11).

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Nível freático
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Toque protegido
contra flutuação

Figura 9 – Bombeamento direto


Nível do
freático anterior

Nível do
freático posterior

Toque protegido
contra flutuação

A-A Ponteira filtrante


Distância entre ponteiras
1,00 m a 2,50 m

A A

Tubo coletor

Figura 10 – Bombeamento por ponteiras filtrantes

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Toque protegido
contra flutuação

Figura 11 – Bombeamento durante o aterro

8.2.14 Verificação da manutenção da estanqueidade do interstício do tanque

A manutenção da estanqueidade do interstício do tanque é verificada pela existência de vácuo no


espaço intersticial, observando-se a posição do ponteiro do vacuômetro do tanque, que deve estar
na posição diferente de zero. A existência de vácuo deve ser mantida durante todo o processo
de instalação do tanque.

Após o aterro atingir a cota superior da geratriz superior do tanque, o vacuômetro do tanque deve
ser removido, devendo ser observada a movimentação obrigatória do ponteiro do vacuômetro para
a posição zero.Caso seja verificado que o ponteiro do vacuômetro não se movimentou quando
da retirada do vacuômetro, a instalação deve ser interrompida e o fabricante do tanque deve
ser consultado sobre a integridade do interstício do tanque para a continuidade da instalação.
Esta ocorrência deve ficar registrada no projeto de “as built”.

Para o tanque fabricado em PRFV, com interstício molhado, o procedimento para verificação da manu-
tenção da estanqueidade do interstício do tanque deve ser conforme orientação do fabricante do tanque.

8.2.15 Pavimentação sobre tanques

Em áreas de aterro sujeitas a tráfego sobre o tanque, o piso sobre a área de projeção do tanque,
acrescido de 0,60 m em todas as direções, deve ser pavimentado com concreto armado, bloco de
concreto intertravado (BCI), asfalto ou paralelepípedo.

Pavimentação de concreto armado deve possuir espessura mínima de 0,15 m, espessura máxima
0,20 m e resistência Fck mínima de 25 MPa.

Quando o aterro for localizado na área de abastecimento de veículos, a pavimentação deve ser exclu-
sivamente de concreto armado.

8.3 Câmaras de contenção

8.3.1 Generalidades

As câmaras de contenção a serem instaladas no SASC devem ser fabricadas de acordo com a
ABNT NBR 15118.

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ABNT NBR 16764:2019

Para inserir toda e qualquer tubulação no interior de qualquer câmara de contenção, deve ser utilizado
flange de vedação de acordo com a ABNT NBR 15118, respeitando um ângulo de 90°, com variação de
± 15°, do trecho final externo de 0,50 m desta tubulação em relação à parede da câmara de contenção.

A areia grossa ou de pó de pedra do aterro que envolve lateralmente o reservatório das câmaras
de contenção pode ser substituída por seixo menor que 18 mm ou pedrisco (menor que 12 mm),
mantendo-se isenta de material pontiagudo, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam
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eventualmente perfurar o reservatório.

8.3.2 Câmara de contenção da descarga de combustível “spill de descarga”

Em todos os pontos de descarga de combustível, deve-se instalar “spill de descarga”, com dispositivo
para descarga selada.

A câmara de contenção da descarga de combustível deve ser instalada em piso de concreto armado.

O aro da câmara de calçada do “spill de descarga” deve ser apoiado no concreto, para evitar a sua
quebra, e deve envolver toda a sua extremidade.

O nivelamento do aro deve ser pela face inferior, para manter a inclinação e evitar a entrada de água
no seu interior. Para auxiliar a instalação, deve ser observada a Figura 12.

110 mm

Pista de concreto
Aro do Spill Descarga selada

Nível de concretagem da pista

Figura 12 – “Spill de descarga”

O aterro que envolve o reservatório deve ser de areia grossa ou de pó de pedra, isenta de material pontia-
gudo, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o reservatório.

A câmara de contenção deve ser mantida nivelada, não podendo estar inclinada.

A face superior do colar do dispositivo de descarga selada deve estar posicionada a uma profundidade
em relação à face superior do “spill de descarga” de no máximo 110 mm e deve permitir o fechamento da
tampa do “spill de descarga” com a respectiva tampa do colar do dispositivo de descarga selada montada,
bem como também permitir a perfeita união do cachimbo dos mangotes para a descarga selada.

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ABNT NBR 16764:2019

O “spill de descarga” deve estar afastado dos limites de divisas do terreno e de qualquer edificação
existente conforme legislação local, sendo a distância mínima de 0,75 m.

Após a conclusão da instalação, realizar ensaio de estanqueidade conforme a Seção 9.

8.3.3 Câmara de contenção da boca de visita do tanque “sump de tanque”


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A câmara de contenção da boca de visita do tanque deve ser instalada no dispositivo próprio do tanque,
envolvendo a boca de visita, e em conjunto com uma câmara de calçada com dimensionamento
que permita o acesso ao seu interior.

A altura livre mínima entre a tampa da câmara de contenção da boca de visita e a tampa da câmara
de calçada, montada na pista acabada, deve ser de 0,08 m.

Deve ser prevista contenção de aterro entre a câmara de contenção da boca de visita do tanque e a
câmara de calçada.

Caso seja montado ou construído anel de proteção para acabamento do aterro, ele não pode estar
apoiado sobre o tanque ou sobre a câmara de contenção da boca de visita. A distância mínima entre
o anel e a câmara de contenção deve ser de 0,05 m.

Antes de executar o aterro do “sump de tanque”, realizar ensaio de estanqueidade conforme a Seção 9.

A compactação em torno da câmara de contenção da boca de visita deve ser executada em camadas
de 0,10 m, de forma homogênea, de modo a evitar pressões diferenciais em torno de sua parede,
com areia grossa ou pó de pedra, sem material pontiagudo, eliminando-se todos os elementos
estranhos que possam eventualmente perfurar a câmara.

8.3.4 Câmara de contenção da unidade abastecedora “sump de bomba”

A câmara de contenção deve ser instalada sob a unidade abastecedora, com tamanho compatível
para conter toda a projeção hidráulica da unidade abastecedora, conforme orientação do fabricante
da unidade abastecedora.
A câmara de contenção da unidade abastecedora deve ser instalada sobre colchão de areia lavada
ou pó de pedra, com espessura mínima de 0,10 m, em solo compactado, sem material pontiagudo.
O sistema para fixação e estruturação da câmara no ponto de apoio da unidade abastecedora deve
ser posicionado de acordo com o nível do piso acabado, devendo ser assegurada uma saliência
mínima de 0,02 m. Esta saliência tem como objetivo evitar a entrada de água no interior da câmara
de contenção.
Antes de executar o aterro, realizar ensaio de estanqueidade conforme a Seção 9.
8.3.5 Câmara de contenção da unidade de filtragem “sump de filtro”
A câmara de contenção da unidade de filtragem deve ser instalada para conter todas as transições
entre tubulações não metálica e metálica, interligando da unidade de filtragem.
As válvulas de comando de conjugação de tanques, quando instaladas abaixo do nível do piso,
devem estar no interior da câmara de contenção.
A câmara deve ser instalada sobre colchão de areia lavada ou pó de pedra, com espessura mínima
de 0,10 m, em solo compactado, sem material pontiagudo.
Antes de executar o aterro, realizar ensaio de estanqueidade conforme a Seção 9.

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8.3.6 Câmara de interligação de tubulação “sump de interligação”

A câmara de interligação de tubulação deve ser instalada em conjunto com uma câmara de calçada,
com dimensionamento que permita o acesso ao seu interior.

A altura livre mínima entre a tampa da câmara de interligação de tubulação e a tampa da câmara
de calçada montada na pista acabada, deve ser de 0,08 m.
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A câmara deve ser instalada sobre colchão de areia lavada ou pó de pedra, com espessura mínima
de 0,10 m, em solo compactado, sem material pontiagudo.

Deve ser prevista contenção de aterro entre a câmara de interligação de tubulação e a câmara de calçada.

Caso seja montado ou construído anel de proteção para acabamento do aterro, este não pode estar
apoiado sobre a câmara de interligação de tubulação. A distância mínima entre o anel e a câmara
de contenção deve ser de 0,05 m.

Antes de executar do aterro o sump de interligação, realizar ensaio de estanqueidade conforme a Seção 9.

A compactação em torno da câmara de interligação de tubulação deve ser executada em camadas


de 0,10 m, de forma homogênea, de modo a evitar pressões diferenciais em torno de sua parede,
com areia grossa ou pó de pedra isento de material pontiagudo, eliminando-se todos os elementos
estranhos que possam eventualmente perfurar a câmara.

8.3.7 Câmara de medição “spill de medição”

A câmara de medição deve ser fabricada conforme a ABNT NBR 15118 e instalada em piso de concreto
armado. O aro da câmara de medição deve ser apoiado no concreto para evitar a sua quebra e deve
envolver toda a sua extremidade.

O nivelamento do aro deve ser pela face inferior, para manter a inclinação e dificultar a entrada de
água no seu interior.

A tubulação de interligação do spill de medição ao tanque pode ser metálica, com diâmetro de 50,8 mm
(2 pol) ou de seção reta de tubulação não metálica, conforme a ABNT NBR 14722, com diâmetro
superior a 32 mm e inferior a 110 mm. Quando a conexão no costado do tanque for de 110 mm (4 pol),
deve ser instalada bucha de redução para 50,8 mm (2 pol).

O aterro que envolve o reservatório deve ser de areia grossa ou pó de pedra, sem material pontiagudo,
eliminando-se todos os elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o reservatório.

Este ponto de medição não pode ser utilizado para operação de descarga de produto.

Para referência na instalação, deve ser observada a Figura 13.

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ABNT NBR 16764:2019

Câmara de medição Tampa selada 50,8 mm (2 pol)

Bucha galvanizada de redução


Tubo ∅ 2”
101,6 mm × 50,8 mm (4 pol × 2 pol)
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Figura 13 – Câmara de medição volumétrica

8.4 Flange de vedação “Boot”

Para inserir toda e qualquer tubulação no interior de qualquer câmara de contenção, deve ser utilizado
flange de vedação, respeitando o ângulo de 90°, com variação de ± 15° do trecho final externo de 0,50 m
desta tubulação em relação à parede da câmara de contenção.

O flange de vedação a ser instalado na câmara de contenção deve possuir diâmetro compatível ao
diâmetro externo do tubo.

O flange de vedação a ser instalado em toda e qualquer câmara de contenção deve possuir diâmetro
idêntico ao diâmetro externo do tubo.

A instalação do flange de vedação deve seguir orientação do fabricante do flange de vedação.

Todas as instalações de flange de vedação em “sump de tanque” devem ter o posicionamento


do flange de vedação, preferencialmente, o mais próximo possível da conexão a ser interligada.

Todos os flanges de vedação devem ser instalados em face plana, indicada pelo fabricante da câmara
de contenção.

8.5 Tubulação hidráulica

8.5.1 Generalidades

Deve ser considerada tubulação hidráulica qualquer tubulação a ser utilizada para contenção e trans-
porte de produtos em seu estado liquido ou gasoso, com pressão positiva ou negativa em relação à
atmosférica.

Toda as tubulaçôes hidráulicas instaladas abaixo do nível da pista do posto devem ser enterradas.

A tubulação hidráulica em trechos subterrâneos deve ser não metálica e estar em conformidade com
a ABNT NBR 14722. Os componentes da tubulação não metálica devem ser identificados e ensaiados
em conjunto.

A tubulação não metálica subterrânea deve ser contínua. Tubulações unidas por eletrofusão são consi-
deradas tubulação contínua, sem emenda.

A união por processo de eletrofusão deve ser executada conforme o Anexo B.

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ABNT NBR 16764:2019

Quando a união for efetuada por conexões do tipo mecânica, roscas, flanges, engates, entre outros,
esta união deve estar no interior de uma câmara de contenção, conforme a ABNT NBR 15118.
Para o trecho de tubulação não metálica, com comprimento superior a 12 m, o tubo deve ser
montado em trechos sinuosos, em forma de “s”, na horizontal, com um acréscimo de no mínimo 2 %
no comprimento, para compensar possíveis dilatações térmicas do tubo. O trecho resultante deve
estar na horizontal, não formando sifão.
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Para referência de instalação, deve ser observada a Figura 14.


SUMP

BOOT

m
12
SUMP

BOOT
TUBO PEAD

Figura 14 – Instalação de tubulação não metálica em trecho superior a 12 m

Caso haja necessidade de serem promovidas curvas na extensão da tubulação não metálica,
estas devem respeitar os limites do raio de curvatura do tubo, descritos na Tabela 1. O raio mínimo
de curvatura é aquele que corresponde a 30 vezes o diâmetro nominal do tubo.

Tabela 1 – Raio mínimo de curvatura de tubulações não metálicas orientativo


Diâmetro do tubo Raio mínimo de curvatura,
mm mm
32 960
50 1 500
54 1 620
63 1 890
75 2 250
90 2 700
110 3 300

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ABNT NBR 16764:2019

Na conexão e interligação da tubulação com a câmara de contenção, o ângulo entre o trecho final
de 0,50 m do tubo e a parede da câmara deve ser de 90°, com variação de ± 15°.

Nunca permitir que a tubulação não metálica tenha qualquer tipo de curva no plano vertical que possa
acarretar a formação de bolsões e/ou sifões.

Para tubulação hidráulica em trechos aéreos, deve ser utilizada tubulação metálica com proteção
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anticorrosiva, não podendo ser galvanizada internamente, conforme a Seção 4.

Pode ser utilizada tubulação metálica em trechos subterrâneos exclusivamente nos seguintes casos:

 a) tubulação de interligação do “spill do monitoramento intersticial”;

 b) tubulação de interligação do “spill de medição”;

 c) transição de tubulação não metálica para metálica na tubulação de respiro;

 d) interior de câmaras de contenção.

O material vedante, quando utilizado em roscas, flanges e engates, deve ser compatível com os combustíveis.

Não é permitida a utilização de mistura de litargírio e glicerina como material vedante.

A interligação mecânica do tipo rosca,quando utilizada, deve ser conforme a ABNT NBR NM ISO 7-1.

Todas as tubulações no interior do “sump de tanque” devem possuir interligações que, quando
desacopladas, possibilitem a retirada da tampa da boca de visita do tanque. Todas as interligações
devem estar preferencialmente localizadas fora da projeção da tampa da boca de visita do tanque.

As tubulações em fase de instalação, fora de uso e as destinadas a pontos futuros, devem estar
desconectadas dos equipamentos e tamponadas, para evitar entrada de vapores, detritos, resíduos
ou corpos estranhos.

As tubulações em fase de instalação e obra de uso devem estar desconectadas dos equipamentos
e tamponadas, para evitar entrada de detritos, resíduos ou corpos estranhos que prejudiquem sua
instalação e seu funcionamento.

Não é permitido utilizar eletrofusão em tubulações e conexões não metálicas que já tenham conduzido
líquidos e gases combustíveis. O procedimento de intervenção nestas tubulações deve ser conforme
o Anexo A.

Não é permitida união, por eltrofusão ou por conexões do tipo mecânica, entre tubulações não
metálicas novas e tubulações não metálicas já instaladas anteriormente.

8.5.2 Cava para as tubulações

Ao preparar a cava para receber uma ou mais tubulações, devem ser observados os seguintes
requisitos:

 a) a distância entre uma tubulação e a parede lateral da cava deve ser de no mínimo uma vez
o diâmetro do tubo;

 b) as tubulações devem estar afastadas entre si por uma distância equivalente a uma vez o
diâmetro do tubo;

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 c) caso na mesma cava existam tubos de diâmetros diferentes, adotar o maior deles para o cálculo
das distâncias;

 d) caso haja necessidade de cruzamento de linhas, deve-se prever uma separação vertical entre
as linhas equivalente ao diâmetro do tubo. Em caso de tubos com diâmetros diferentes, adotar
o maior deles como requisito;
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 e) o fundo da cava deve ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam
eventualmente perfurar o tubo ou o seu revestimento;

 f) após a limpeza, promover a compactação do fundo da cava;

 g) depositar uma camada de 0,10 m de areia grossa ou pó de pedra no fundo da cava e compactar
mecânica ou hidraulicamente;

 h) após terem sido lançados os tubos, o início do preenchimento e da compactação deve ser
executado manualmente, até que seja atingida a altura do diâmetro do tubo, assegurando
assim que o recobrimento alcance, consistentemente, toda a parte inferior do tubo;

 i) recobrir com o mesmo material da alínea g), compactando hidraulicamente, até que o(s) tubo(s)
esteja(m) recoberto(s) por no mínimo uma vez o maior do(s) diâmetro(s);

 j) após este limite mínimo, a cava pode ser preenchida com material do solo local, isento de pedras
ou entulhos;

 k) a altura de recobrimento da tubulação deve ser no mínimo de 0,15 m, sem considerar a pavimentação;

 l) inclinação mínima no sentido do tanque de 1 % para tubulação que opera com pressão positiva
e de 2 % para as demais tubulações:

 m) a tubulação de interligação entre a unidade de abastecimento e o filtro-prensa deve ter inclinação
de 1 % no sentido da unidade de abastecimento.

8.5.3 Tubulação primária

Deve ser considerada tubulação primária aquela destinada a transportar produtos em seu estado
líquido ou gasoso, com pressão positiva ou negativa em relação à atmosférica, que interliga os
componentes dos SASC, tanques, unidades de abastecimento, unidades de filtragem, kit eliminador
de ar e gases, respiros dos tanques e sistemas de recuperação de vapor.

A tubulação hidráulica primária, em trechos subterrâneos, deve ser do tipo tubulação não metálica
com liner, conforme a ABNT NBR 14722.

8.5.4 Tubulação de contenção secundária

A tubulação de contenção secundária da tubulação primária deve permitir o escoamento de produto


proveniente de eventual vazamento da tubulação primária, até o interior da câmara de contenção.
Esta câmara de contenção deve receber sistema de monitoramento de presença de líquido, conforme
ABNT NBR 13784.

O diâmetro da tubulação de contenção secundária deve ser compatível com o diâmetro da tubulação
primária, conforme estabelecido na Tabela 2.

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Tabela 2 – Diâmetro da tubulação secundária


Diâmetro da tubulação primária Diâmetro da tubulação secundária
mm mm
32 50
50 63
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54 66
63 75
90 110

8.6 Sistema de respiro do tanque

As tubulações do sistema do respiro do tanque devem ser tubulações primárias, sendo opcional a
instalação de tubulação de contenção secundária.

Todos os compartimentos dos tanques instalados devem possuir tubulação de respiro.

As tubulações do sistema de respiro devem ser individualizadas para cada compartimento de todos
os tanques instalados.

Deve ser instalada uma cruzeta de respiro em cada compartimento do tanque que permita uma
interligação entre a tubulação de retorno do vapor da unidade abastecedora e a tubulação de respiro,
permitindo a remoção da válvula de boia flutuante e isolando o tanque para realização do ensaio
de estanqueidade, conforme a Figura 15.

DN 100 BSP
B

DN 100 BSP

Figura 15 – Cruzeta do respiro com válvula de boia flutuante

Os vapores liberados pelo respiro devem ser direcionados para cima, com o objetivo de facilitar a
dispersão.

Na extremidade do respiro, deve ser instalado um terminal de respiro que impeça a entrada de água
proveniente de chuva e corpos estranhos. Caso este terminal seja de controle de pressão e vácuo e
os respiros não estiverem interligados, deve ser previsto sistema de proteção adicional de segurança
para alívio de pressão.

Na extremidade do respiro, deve ser instalado um terminal de respiro que impeça a entrada de água
proveniente de chuva e corpos estranhos.

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Quando for instalado sistema de recuperação de vapor, deve ser instalada válvula de pressão e
vácuo na extremidade da tubulação aérea do respiro.

O trecho subterrâneo deve ser de tubulação não metálica com liner e diâmetro mínimo de 63 mm,
conforme a ABNT NBR 14722.

O trecho aéreo da tubulação de respiro (acima do nível do solo) deve ser metálico, com diâmetro
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interno mínimo de 50 mm (2’’), conforme a ABNT NBR 5580, e conexões de ferro maleável galvanizado,
conforme a ABNT NBR 6943.

A transição entre o trecho aéreo e subterrâneo da tubulação de respiro deve ser instalada de modo
que toda parte não metálica não esteja visível.

A extremidade da tubulação de respiro deve manter um afastamento mínimo de 1,50 m de raio


esférico em relação a qualquer edificação, inclusive da cobertura da área de abastecimento, a uma
altura mínima de 3,70 m da pavimentação. Este ponto também não pode ser posicionado abaixo
da cobertura de abastecimento e, quando definido em área livre, deve ser sustentado por estrutura
autoportante e protegida do tráfego de veículos.

Deve ser respeitada uma distância mínima de 0,1 m entre os tubos de respiro no trecho aéreo.

Quando instalado sistema de recuperação de vapor, deve-se realizar uma unificação no trecho aéreo
de todas as tubulações de respiro, com uso de um barrilete (manifold) com diâmetro mínimo de
76,2 mm (3 pol.), disponibilizando um ponto de coleta dos vapores destinado ao retorno dos vapores
para o caminhão-tanque ou equipamento de tratamento de vapores com diâmetro de 76,2 mm (3 pol.).

Quando instalado sistema de recuperação de vapor, deve-se realizar uma unificação no trecho aéreo
de todas as tubulações de respiro, com uso de um barrilete (manifold) com diâmetro de 76,2 mm
(3 pol.), disponibilizando um ponto de coleta dos vapores destinado ao retorno dos vapores para
o caminhão-tanque ou equipamento de tratamento de vapores com diâmetro de 76,2 mm (3 pol.).

As tubulações a jusante do barrilete (manifold) devem ser na mesma quantidade e diâmetros das
tubulações a montante do barrilete (manifold), conforme a Figura 16.

Tubulação de respiro
Ponto de coleta
de vapor

Figura 16 – Barrilete (manifold) do sistema de tubulação de respiro

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8.7 Sistema de descarga de combustível

O sistema de descarga de combustível deve interligar a conexão de descarga de combustível de


110 mm (4 pol) da boca de visita do tanque, no interior do sump de tanque, com a câmara de contenção
para descarga de combustível.

A tubulação de descarga deve ser interligada na boca de visita do tanque por meio de conexão “tê”
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de 110 mm (4 pol), de forma a ter uma saída disponível na vertical que permita a instalação e a
manutenção da válvula antitransbordamento, fabricada conforme a ABNT NBR 15005.

A saída disponível na vertical da conexão “tê” de 110 mm (4 pol) deve possuir “cap” de fechamento,
conforme especificação do fabricante da válvula antitransbordamento.

A tubulação de descarga que interliga o “sump de tanque” ao “spill de descarga”, em seu trecho
externo às câmaras de contenção, deve ser não metálica com liner, conforme a ABNT NBR 14722,
com diâmetro de 110 mm (4 pol).

Para referência na instalação, deve ser observada a Figura 17.


Caps galvanizado
101,6 mm (4 pol) Câmera de contenção de descarga
Tê galvanizado
101,6 mm (pol) Descarga selada
Boot
Tubo ∅ 4”

Válvula antitransbordamento

Figura 17 – Sistema de descarga à distância

8.8 Sistema de condução de combustível para unidade abastecedora

8.8.1 Generalidades

O sistema de condução de combustível para unidade abastecedora pode operar por sucção, quando
a unidade abastecedora possuir sistema de bombeamento, ou pode operar por pressão positiva,
quando o sistema for dotado de bomba submersa instalada na boca de visita do tanque.

A tubulação de condução de combustível deve ser enterrada e interligar o “sump de tanque” ao “sump
de bomba” ou “sump da unidade de filtragem”.

Quando a unidade abastecedora estiver interligada a uma unidade de filtragem com reservatório
próprio, a tubulação de interligação deve possuir contenção secundária conforme 8.5.4.

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8.8.2 Sucção

8.8.2.1 Tubulação interna ao tanque

Cada tubulação de sucção deve ser instalado, internamente ao tanque, um tubo metálico de sucção.

O tubo de sucção deve possuir diâmetro de 50 mm (2 pol), ser em peça única e possuir rosca nas
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duas extremidades padrão ABNT NBR NM ISO 7-1 (BSP) e fabricado em aço-carbono, conforme a
ABNT NBR 5580, classe M, SAE 1010/1020, sem galvanização e com filtro montado na extremidade
inferior, conforme a Figura 8.

As interligações devem ser vedadas com materiais vedantes apropriados.

Para tanques com diâmetro de 2 549 mm, o comprimento da cota X é de 2 526 mm; para tanques
com diâmetro de 1 910 mm, o comprimento da cota X é de 1 879 mm, conforme a Figura 18.

O filtro deve ser construído em aço inoxidável AISI 304 ou liga de alumínio SAE 323, com uma tela
fabricada com fio de 0,24 mm de diâmetro nas ligas C 27 000 da ASTM B134, ou AISI 304, com malha
de 18 fios por polegada, em aço inoxidável, conforme a ABNT NBR 5601. O corpo deve possuir rosca
interna ABNT NBR NM ISO 7-1 (BSP) com 11 fios por polegada e DN 50 mm (2 pol), conforme a Figura 8.

É proibido instalar qualquer válvula de retenção, inclusive a “válvula de pé”, no interior do tanque
de armazenamento.

DN 50-BSP

Conexão removível

DN 50-BSP
11 fios/pol.
21

Tubo DN 50
X

Filtro típico

Tela malha 18
Fio 24

Figura 18 – Tubo de sucção e filtro

8.8.2.2 Tubulação externa ao tanque

A tubulação de sucção deve ser não metálica com liner, conforme a ABNT NBR 14722, e ter diâmetro
mínimo de 50 mm.

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ABNT NBR 16764:2019

A tubulação de sucção deve ser individual, sem derivações, entre o tanque e o sistema de bombeamento
da unidade abastecedora e da unidade de filtragem.

A tubulação de sucçãopode, opcionalmente, possuir contenção secundária conforme item 8.5.3.

Deve ser instalada válvula de retenção (check valve) conforme item 8.16.
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8.8.3 Pressão positiva

A tubulação de pressão positiva deve ser não metálica com liner, conforme a ABNT NBR 14722,
ter diâmetro mínimo de 32 mm e ser definida em função do número de bicos de abastecimento,
além de seguir recomendação do fabricante da bomba submersa.

A tubulação de pressão positiva deve possuir contenção secundária conforme item 8.5.4.

Deve ser instalada válvula de segurança contra abalroamento conforme 8.17.

Deve ser instalado sistema de detecção de vazamento conforme orientação do fabricante da bomba
submersa.

8.9 Tubulação de retorno da unidade de filtragem

O retorno da unidade de filtragem é uma tubulação com diâmetro mínimo de 50 mm, que direciona
o produto não filtrado da unidade de filtragem para o tanque de origem do produto.

O retorno da unidade de filtragem pode ser dispensado quando a característica da unidade de filtragem
não necessitar de tubulação de retorno.

As tubulações de retorno da unidade de filtragem devem seguir o descrito em 8.5.

8.10 Tubulação de retorno do kit eliminador de ar

Os sistemas que utilizam unidade abastecedora por sucção devem possuir kit eliminador de ar.

Quando o eliminador de ar da unidade de bombeamento estiver localizado abaixo do reservatório


do filtro-prensa, no momento da instalação da unidade abastecedora, devem ser instalados o kit
eliminador de ar e a tubulação de retorno que interliga o kit eliminador de ar ao tanque do armazena-
mento de produto.

Este kit eliminador de ar deve ser lacrado.

O trecho da tubulação no interior da unidade abastecedora deve ser metálico e, nos demais trechos,
deve possuir tubulação primária de 12 mm, totalmente em náilon, conforme a DIN 73378, e tubulação
de contenção secundária de 32 mm, conforme a ABNT NBR 14722.

A tubulação de retorno do kit eliminador de ar deve ser individual, sem derivações, entre a unidade
abastecedora e a unidade de filtragem.

8.11 Sistema de sifão entre tanques

Em sistemas que operam com pressão positiva utilizando bomba submersa, dois ou mais tanques
ou compartimentos que operam com o mesmo produto podem ser interligados por sistema de sifão,
conforme a Figura 19.

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O diâmetro mínimo da tubulação não metálica do sistema de sifão deve ser de 63 mm (2 pol).
A situação deve ser instalada de forma a impedir a formação de ondulações, arcos e curvas na
vertical, como bolsões, e deve possuir inclinação mínima de 1 % ascendente em direção à bomba
submersa, para assegurar o total preenchimento da tubulação com produtos, seguindo as orientações
do fabricante da bomba submersa.

Os tanques somente podem ser interligados por sistema de sifão se possuírem o mesmo diâmetro
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e se as cotas de nível das geratrizes superiores forem as mesmas. Quando estes parâmetros não
forem atendidos, o fabricante da bomba submersa deve ser consultado.

Quando três ou mais tanques ou compartimentos forem interligados no sistema de sifão, o fabricante
da bomba submersa deve ser consultado para orientar a instalação.
Ponto de
escova

Linha do sifão

Descarga

Respiro

Unidades de
abastecimento

Figura 19 – Instalação do sistema de sifão entre tanques

8.12 Tubo metálico flexível

O tubo metálico flexível não pode ser instalado enterrado, devendo ser, obrigatoriamente, instalado
no interior de uma câmara de contenção conforme a ABNT NBR 14867.

O tubo metálico flexível não pode ser instalado torcido, dobrado ou curvado, com ângulo inferior a 90°.

A instalação do tubo metálico flexível é:

 a) obrigatória nas interligações entre tubulações de sucção, com a unidade abastecedora ou com a
unidade de filtragem e opcional em sistemas que operam com pressão positiva utilizando bomba
submersa;

 b) opcional na interligação das tubulações à tampa da boca de visita do tanque;

 c) proibida na tubulação do retorno do kit eliminador de ar.

A instalação do tubo metálico flexível deve seguir as orientações do fabricante.

8.13 Filtro de linha para diesel


A interligação entre a tubulação não metálica subterrânea e a tubulação metálica aérea do filtro
de linha deve ser realizada no interior de uma câmara de contenção.

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A projeção hidráulica do filtro de linha deve estar contida por câmara de contenção.

O filtro de linha deve ser fixado para suporte em estrutura rígida e autoportante, seguindo as orien-
tações do fabricante do filtro de linha.

Em sistemas que operam com pressão positiva deve ser instalado sistema de proteção mecânica
contra abalroamento, como balizas para proteção das tubulações e do filtro de linha.
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8.14 Válvula antitransbordamento

Deve ser instalada uma válvula antitransbordamento, fabricada conforme a ABNT NBR 15005 e
instalada seguindo as orientações do fabricante, em cada um dos compartimentos dos tanques
de armazenamento.

A válvula antitransbordamento deve ser instalada na conexão de descarga de produto na boca


de visita do tanque e deve interromper o fluxo de produto quando atingido o limite máximo de 95 %
da capacidade nominal do tanque.

A extremidade inferior do tubo de descarga deve estar posicionada a aproximadamente 150 mm


do fundo do tanque e deve possuir chanfro de 45°.

NOTA A instalação de válvula antitransbordamento é obrigatória, porém, quando o tanque possuir


“drop tube”, tubo de descarga ou qualquer outro tipo de tubo interno fixado na parte interna da conexão
de descarga do tanque, estes impedem o funcionamento da válvula.

8.15 Válvula de boia flutuante

A válvula de boia flutuante deve ser instalada internamente ao tanque, na conexão do respiro,
no flange da boca de visita do tanque, e deve ser fabricada conforme a ABNT NBR 15015, com a
finalidade de evitar a entrada indevida de produto líquido nas tubulações de respiro.

A válvula de boia flutuante deve ser instalada conforme recomendação do fabricante.

8.16 Válvula de retenção instalada na tubulação de sucção (checkvalve)

Para a instalação da válvula de retenção de sucção, não é permitido usar material vedante que
cause o travamento das roscas.

A válvula de retenção instalada na tubulação de sucção é aplicável aos sistemas de sucção.

Esta válvula deve ser fabricada conforme a ABNT NBR 15139 e instalada conforme as orientações
do fabricante.

A válvula deve ser posicionada entre o tubo metálico flexível e a unidade abastecedora ou de filtragem,
ou no interior da unidade de bombeamento da unidade abastecedora, e deve permitir acesso para
manutenção sem a necessidade de retirar a unidade abastecedora ou de filtragem.

A instalação deve possuir apenas uma check valve por equipamento. Deve ser verificado se a unidade
de bombeamento da unidade abastecedora ou de filtragem possui válvula de retenção check valve
fornecida pelo fabricante. Neste caso, deve-se optar em manter a check valve do equipamento ou
removê-la e instalar uma nova check valve na tubulação.

Não é permitido instalar qualquer válvula de retenção, inclusive a “válvula de pé”, no interior do tanque
de armazenamento.

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8.17 Válvula de segurança contra abalroamento

Deve ser instalada válvula de segurança contra abalroamento em sistemas que operam com pressão
positiva, seguindo as orientações do fabricante da válvula.

A válvula deve ser instalada entre a tubulação hidráulica e a unidade abastecedora, de forma que o
fluxo de produto seja interrompido em uma desconexão involuntária entre a tubulação e a unidade
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abastecedora, como, por exemplo, em situações de abalroamento da unidade abastecedora.

O corpo da válvula deve ser fixado na barra estabilizadora da câmara de contenção. O pescoço
da válvula deve ser fixado na unidade abastecedora por tubulação rígida, quando do eventual abalroa-
mento da unidade abastecedora o pescoço da válvula se romper do corpo da válvula, interrompendo
o fluxo de produto.

8.18 Monitoramento de interstício

Deve ser instalado um tubo que interligue a conexão para monitoramento intersticial no
costado do tanque de armazenamento e o “spill de monitoramento”, fabricado conforme a
ABNT NBR 15118, permitindo a livre passagem do sensor de monitoramento intersticial até a
conexão para o monitoramento intersticial no costado do tanque.

Este tubo deve ser metálico e galvanizado, conforme a ABNT NBR 5580, ou não metálico, conforme
ABNT NBR 14722. Deve possuir diâmetro interno mínimo de 50 mm e ser conectado na extremidade
inferior na conexão de monitoramento intersticial no costado do tanque por meio de uma rosca
ABNT NBR NM ISO 7-1, utilizando material vedante e selante.

No interior do “spill de monitoramento”, deve ser montado um dispositivo hermético que permita o
acesso ao sensor de monitoramento intersticial e a interligação dos cabos deste sensor.

Para inserir o tubo no interior do “spill de monitoramento”, deve ser utilizado flange de vedação
respeitando o ângulo de 90° do tubo em relação à parede da câmara de contenção.

O “spill de monitoramento” deve ser instalado em piso de concreto armado, apoiando toda a face
inferior do aro no concreto, para evitar a sua quebra.

O aterro que envolve o “spill de monitoramento” deve ser de areia ou pó de pedra, observando uma
granulometria com diâmetro máximo de 8 mm, sem objetos pontiagudos, eliminando-se todos os
elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o “spill de monitoramento”.

Após a conclusão da instalação, realizar o ensaio de estanqueidade conforme ‘9.4.

8.19 Dispositivo de descarga selada

Deve ser instalado dispositivo de descarga selada, fabricado conforme a ABNT NBR 15138, em todas
as conexões utilizadas para descarga de combustíveis no tanque de armazenamento.

Para fixação do colar do dispositivo de descarga selada, não é permitido usar material vedante
que cause o travamento das roscas.

8.20 Sistema de drenagem oleosa

O sistema de drenagem oleosa deve ser projetado, dimensionado e instalado.

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8.21 Instalação elétrica

As instalações elétricas devem ser executadas seguindo o projeto elétrico.

8.22 Aterramento elétrico

Equipamentos elétricos e eletrônicos, como unidade de abastecimento, filtros, sistemas de medição


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e monitoramento, entre outros, devem possuir aterramento elétrico, conforme a ABNT NBR 14639,
e seguir as orientações de instalação dos fabricantes.

O tanque de armazenamento não pode possuir aterramento elétrico nem pode estar interligado a
outras malhas de aterramento elétrico, conforme a ABNT NBR 14639.

8.23 Equalização de potencial para descarga de combustível

Deve ser instalado um ponto para equalização de potencial, conforme a ABNT NBR 14639, próximo
ao ponto de descarga de combustível, para que seja conectado o cabo terra do caminhão-tanque
durante o processo de descarga de combustíveis.

Neste ponto de equalização de potencial deve existir um elemento metálico interligado ao tanque
por meio de cabo isolado. Um único cabo pode interligar mais de um tanque.

8.24 Unidade de filtragem

Quando for instalado algum dispositivo que funcione como uma bandeja coletora de respingos, sob
a unidade de filtragem, este deve direcionar seu conteúdo para a câmara de contenção do filtro,
utilizando tubulação não metálica, conforme a ABNT NBR 14722.

Caso a unidade de filtragem possua reservatório aéreo interligado diretamente à unidade abastece-
dora, deve ser instalada válvula antiabalroamento sob a unidade abastecedora.

A unidade de filtragem deve atender à ABNT NBR 15473.

8.25 Sistema de retorno de vapor do sistema de recuperação de vapor estágio 2

Quando o sistema de recuperação de vapores estagio 2 for instalado, o sistema deve conduzir para
o sistema de respiro do SASC os vapores emanados do tanque do veículo durante o abastecimento.

Os respiros devem ser interligados conforme 8.6.

O sistema assistido deve possuir bomba de vácuo, que deve ser instalada conforme projeto e seguindo
as orientações do fabricante do sistema de recuperação de vapor estágio 2.

No sistema distribuído, a bomba de vácuo pode estar instalada na unidade abastecedora ou ser
instalada na câmara de contenção da unidade abastecedora.

No sistema centralizado, a bomba de vácuo pode estar instalada na câmara de contenção do tanque.
Em sistemas centralizados, a bomba de vácuo pode estar instalada em uma central de vácuo

A tubulação do sistema de recuperação de vapores estágio 2 deve ser não metálica para condução
de combustível, conforme a ABNT NBR 14722.

A tubulação deve ser instalada com inclinação mínima de 2 %, de forma que conduza um possível

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ABNT NBR 16764:2019

líquido condensado em direção ao compartimento do tanque subterrâneo, e não sendo permitida a


formação de bolsões e/ou sifões que possibilitem o acúmulo de combustível.

A tubulação do sistema de recuperação de vapores estágio 2 pode ser individual para cada unidade
de abastecimento ou interligar mais de uma unidade de abastecimento.

A tubulação que sai da unidade de abastecimento deve ter diâmetro mínimo de 63 mm, que pode ser
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interligada em uma derivação de diâmetro correspondente ao da Tabela 3, dependendo do número


de unidades de abastecimento que se deseja unificar em uma mesma linha de retorno de vapores em
direção ao tanque de armazenamento subterrâneo.

O diâmetro da tubulação do sistema de recuperação de vapores estágio 2, deve ser dimensionado


conforme a Tabela 3.

Tabela 3 – Diâmetro da tubulação de sistema de recuperação de vapores estágio 2


Quantidade de unidades de abastecimento Diâmetro mínimo da tubulação
interligadas ao sistema mm
Uma unidade de abastecimento 63
Duas a seis unidades de abastecimento 90
Sete a doze unidades de abastecimento 110
Acima de doze unidades de abastecimento interligadas, devem ser previstos sistemas adicionais,
atendendo aos requisitos desta Tabela.

Sempre que a unidade de abastecimento possuir sistema de recuperação de vapor estágio 2, deve ser
instalada válvula de segurança específica contra abalroamento no sistema de recuperação de vapor
estágio 2, independentemente do sistema de abastecimento operar com pressão positiva ou sucção.

A válvula deve ser instalada conforme orientação do fabricante e ser fixada na barra estabilizadora
e na unidade de abastecimento, para assegurar sua operação.

8.26 Unidade abastecedora (bomba medidora)

A unidade abastecedora requer fixação na ilha de abastecimento, sem a utilização de soldas,


conforme especificação do fabricante da unidade abastecedora.

A unidade abastecedora deve ser compatível com o sump de bomba e toda a sua projeção hidráulica
deve estar contida pelo sump de bomba.

O sump de bomba e a unidade abastecedora devem ser compatíveis de modo que qualquer vaza-
mento seja contido no sump de bomba.

A fixação da unidade abastecedora não pode interferir, modificar ou danificar o sump de bomba.

8.27 Pavimentação

O serviço de pavimentação, durante a instalação dos componentes do SASC, deve ser de responsa-
bilidade da empresa contratada para instalação dos componentes do SASC.

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ABNT NBR 16764:2019

Em áreas de aterro sujeitas a tráfego sobre o tanque, o piso sobre a área de projeção do tanque,
acrescido de 0,60 m em todas as direções, deve ser pavimentado com concreto armado, bloco de
concreto intertravado (BCI), asfalto ou paralelepípedo.

Pavimentação de concreto armado deve possuir espessura mínima de 0,15 m, espessura máxima
0,20 m e resistência Fck mínima de 25 MPa.
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Quando o aterro for localizado na área de abastecimento de veículos, a pavimentação deve ser
exclusivamente de concreto armado.

9 Ensaios de conformidade da instalação de componente


9.1 Generalidades

Devem ser realizados ensaios de conformidade da instalação dos componentes conforme listado
nesta Seção.

Estes ensaios devem ser executados durante a instalação dos componentes e antes do tanque de
armazenamento receber o produto. Os resultados dos ensaios devem ser registrados no projeto
de “as built”.

Os ensaios de conformidade para tubulação, conforme 9.2, e para o conjunto tanque/tubulação,


conforme 9.3, devem ser realizados por meio de equipamento com recursos para armazenamento
dos registros eletrônicos que não permitam a modificação dos registros obtidos após o termino
do ensaio, mantendo inalteradas as informações a serem apresentadas no relatório não editável.

Estes ensaios não podem ser confundidos com os ensaios de estanqueidade previstos na
ABNT NBR 13784.

9.2 Tubulação

Antes da interligação ao tanque, a tubulação deve ser submetida ao ensaio de estanqueidade,


com ar comprimido, à pressão máxima de 350 kPa, de forma gradativa, iniciando com 35 kPa constante
por um período de 30 min, seguido por 175 kPa constante por um período adicional de 30 min e
350 kPa constante por um período adicional de 30 min, monitorando pelo manômetro a eventual
queda da pressão.

As tubulações de contenção secundária de tubulações primárias devem ser submetidas ao ensaio


de estanqueidade, com ar comprimido, à pressão de 50 kPa, durante 60 min, monitorando pelo
manômetro a eventual queda da pressão.

As interligações devem receber uma solução de água e sabão. Os eventuais vazamentos devem ser
identificados pela formação de bolhas no local, reparados e novamente ensaiados. Ao final do ensaio,
a pressão inicial deve permanecer inalterada.

As tubulações primárias e secundárias devem ser ensaiadas isoladamente, ou seja, quando ensaiada
a tubulação primária, a tubulação secundária deve estar em pressão atmosférica e vice-versa.

Os ensaios devem ser conduzidos antes da execução do aterro sobre as tubulações.

Antes da realização dos ensaios, toda a tubulação deve ser inspecionada visualmente, de forma
a assegurar que a instalação foi corretamente realizada, conforme estabelecido em projeto.

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ABNT NBR 16764:2019

9.3 Conjunto tanque-tubulação

Após a execução do ensaio de estanqueidade da tubulação e efetuada a interligação ao tanque,


deve ser executado um novo ensaio de estanqueidade, envolvendo o conjunto.

O conjunto deve ser ensaiado com a pressão máxima de 34,5 kPa (5 psi), para não comprometer
a integridade do tanque, por um período de 30 min.
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Todas as conexões do tanque e interligações com as tubulações devem estar estanques.

9.4 Câmaras de contenção

Ensaiar a estanqueidade das câmaras de acesso à boca de visita do tanque (sump de tanque),
após a execução do aterro e a instalação dos flanges de vedação com as respectivas tubulações,
que devem estar conectadas ou tamponadas, submetendo a um vácuo de 30 mbar, por um período
de 7 min, após estabilização da pressão, monitorando pelo vacuômetro a eventual variação da pres-
são. Ao final do ensaio, a pressão inicial deve permanecer inalterada.

Ensaiar a estanqueidade das câmaras de contenção da unidade abastecedora (sump de bomba),


da unidade de filtragem (sump de filtro) e da câmara de interligação (sump de interligação), após a
execução do aterro e a instalação dos flanges de vedação e respectivas tubulações, que devem estar
conectadas ou tamponadas, enchendo a câmara de contenção com água até a altura mínima de
0,15 m acima do flange de vedação mais alto para inspeção visual da estanqueidade do conjunto
instalado. O nível de água no interior da câmara de contenção deve permanecer inalterado por 60 min.

Ensaiar a estanqueidade das câmaras de medição (spill de medição) e descarga de combustível


(spill de descarga), após a execução do aterro e a instalação dos flanges de vedação e respectivas
tubulações, enchendo completamente a câmara de contenção com água. O nível de água no interior
da câmara de contenção deve permanecer inalterado por 60 min.

Caso seja observada alguma não estanqueidade a causa deve ser corrigida e realizado novo ensaio.

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Anexo A
(normativo)

Procedimento para intervenção em tubulações e conexões


não metálicas que já conduziram líquidos e gases combustíveis
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A.1 Planejamento da intervenção


A.1.1 O profissional responsável pela intervenção deve estar ciente das instruções específicas
sobre a presença de fontes de ignição em um ambiente potencialmente explosivo.

A.1.2 Estabelecer os procedimentos operacionais necessários ao condicionamento e/ou a libe-


ração das tubulações e da área envolvida na operação, que se constituem em:

 a) interrupção de operação;

 b) bloqueio de válvulas;

 c) raqueteamento;

 d) drenagem;

 e) lavagem;

 f) purga;

 g) inertização;

 h) despressurização;

 i) desgaseificação;

 j) limpeza;

 k) remoção;

 l) transporte e tratamento de resíduos;

 m) alterações nas condições operacionais (troca de produto etc.).

A.1.3 O procedimento operacional deve ser planejado para que não ocorra a simultaneidade
dos trabalhos de drenagem e purga na tubulação, quando realizados por equipes diferentes.

A.1.4 Verificar a recomposição do sistema antes do reinício da operação (ensaio de estanquei-


dade, conforme a ABNT NBR 13784), remoção das raquetes inseridas, desbloqueio dos dispositivos
de segurança etc).

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ABNT NBR 16764:2019

A.2 Execução da intervenção


A.2.1 A intervenção só deve ser iniciada após terem sido atendidas pelo menos as seguintes
providências:

 a) isolar e sinalizar o local do trabalho, de forma a proteger os executantes e as circunvizinhanças,


e não permitir a presença de pessoas alheias ao serviço dentro da área isolada;
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 b) caso o local de trabalho seja classificado pela NR 33 como espaço confinado, o profissional
responsável é obrigado a adotar as medidas preventivas da referida norma e a atender à
ABNT NBR 14606;

 c) identificar as tubulações com tarjas, etiquetas etc., a fim de evitar equívoco com tubulações
vizinhas, durante os serviços;

 d) bloquear tubulações, raquetear as válvulas de bloqueio e desenergizar equipamentos necessá-


rios para a segurança do trabalho, considerando como parada total;

 e) desconectar todas as tubulações que estejam envolvidas na intervenção;

 f) proceder à drenagem das tubulações que estejam sendo utilizadas para condução de líquidos
ou gases combustíveis;

 g) realizar a lavagem da tubulação e/ou conexões que estejam sendo utilizadas para condução
de líquidos ou gases combustíveis, dando destinação adequada ao resíduo;

 h) aplicar, em uma das extremidades da tubulação, gás inerte tipo nitrogênio, ou similar, a uma
vazão aproximada de 50 mL/min, devendo a outra extremidade da tubulação permanecer aberta,
porém com aplicação de redução do diâmetro;

 i) após os procedimentos anteriores, deve ser medido e monitorado continuamente o índice de
explosividade da área e da tubulação, pelo explosímetro devidamente calibrado, considerando
uma concentração de vapores inflamáveis igual a 0 % do limite inferior de explosividade (LIE).

A.2.2 Após o término dos trabalhos, deve ser realizada inspeção, verificando-se o seguinte:

 a) efetiva conclusão dos serviços;

 b) remoção de equipamentos e sobra de materiais e resíduos;

 c) integridade dos componentes internos e externos do equipamento que foi reinterligado;

 d) reconexão das tubulações envolvidas na intervenção;

 e) desbloqueios de tubulações, retirada de flanges, abertura de válvulas de bloqueio etc.;

 f) realizar teste de estanqueidade da câmara de contenção conforme a Seção 9 energização


dos equipamentos;

 g) durante o retorno à operação, o monitoramento de possíveis vazamentos nos pontos que
sofreram intervenção.

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Anexo B
(normativo)

Procedimentos para realização de solda


por eletrofusão em tubulação não metálica
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B.1 Requisitos gerais

B.1.1 Princípio da união por solda por eletrofusão

O princípio básico de unir a tubulação por solda de eletrofusão consiste em aquecer, por efeito Joule,
um filamento incorporado nas superfícies internas (superfícies de solda) da conexão, fazendo com
que as superfícies da conexão e do tubo adjacentes ao filamento sejam fundidas e sejam unidas.

Tubos não metálicos, conexões e transições só podem ser unidos se forem do mesmo fabricante do
sistema de tubulação e ensaiados em conjunto, conforme a ABNT NBR 14722.

Tubos não metálicos, conexões e transições só podem ser unidos se forem do mesmo fabricante e,
projetados e ensaiados em conjunto, conforme a ABNT NBR 14722.

B.1.2 Capacitação do soldador

As uniões devem ser executadas por soldador capacitado para execução de união por eletrofusão
de tubulação não metálica (tubos, conexões e transições), fabricada conforme a ABNT NBR 14722.

B.2 Requisitos específicos

B.2.1 Condições do local de solda

Devem ser instaladas as proteções para o tubo, as conexões e os equipamentos contra condições
meteorológicas adversas (como temperaturas extremas, ventos fortes, chuva e outros) e contaminação
por poeira e umidade, em conformidade com os requisitos estabelecidos pelos fabricantes das
conexões e das máquinas de solda por eletrofusão.

As conexões de eletrofusão e a máquina de solda por eletrofusão devem ser acondicionadas no


mesmo local para se obter um equilíbrio térmico entre si.

Deve-se assegurar que haja espaço suficiente para permitir o acesso à área de solda.

B.2.2 Máquina de solda por eletrofusão


A máquina de solda por eletrofusão é projetada para aplicar uma tensão e/ou corrente controladas
ao longo de um período de tempo estipulado, conforme instruções do fabricante da conexão, a partir
de uma fonte de energia elétrica.
A máquina de solda por eletrofusão deve estar de acordo com a ABNT NBR ISO 12176-2.

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ABNT NBR 16764:2019

A máquina de solda por eletrofusão deve ser especificada pelo fabricante da tubulação.
Deve ser utilizada uma fonte de energia de acordo com os requisitos especificados pelo fabricante
da máquina de solda por eletrofusão (tensão elétrica e potência).

B.2.3 Ferramentas e acessórios


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Para a execução da união, pelo menos as seguintes ferramentas e acessórios apropriados para a
solda por eletrofusão devem ser utilizados:

 a) trena;

 b) ferramenta para corte perpendicular ao eixo do tubo;

 c) esquadro;

 d) raspador;

 e) arrendondador (desovalizador);

 f) acetona industrial, álcool etílico ou isopropílico com no mínimo 92 % de pureza;

 g) papel-toalha, que não solte tinta ou fiapos;

 h) alinhador adequado ao diâmetro e tipo de conexão;

 i) caneta para marcação na superfície de polietileno.

B.2.4 Procedimento de união por solda por eletrofusão

B.2.4.1 Generalidades

As etapas a seguir são os requisitos mínimos para que seja realizada uma união por solda por
eletrofusão em conformidade com esta Norma:

 a) preparação;

 b) corte da tubulação;

 c) raspagem;

 d) limpeza;

 e) marcação, montagem e travamento;

 f) solda;

 g) marcação e verificação;

 h) resfriamento.

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ABNT NBR 16764:2019

B.2.4.2 Preparação
B.2.4.2.1 Antes de iniciar o processo de soldagem, devem ser verificadas as seguintes condições
da máquina de solda por eletrofusão:
 a) compatibilidade das características da máquina de solda por eletrofusão com as conexões e
os diâmetros a serem soldados;
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 b) calibração dentro do prazo de validade;

 c) integridade dos cabos de interligação da máquina de solda por eletrofusão:

 1) à fonte de energia;

 2) à conexão a ser soldada;

 3) ao leitor óptico, se aplicável;

 d) funcionamento do leitor óptico (escâner ou caneta), se aplicável;

 e) integridade dos conectores dos cabos de interligação da máquina de solda por eletrofusão
à conexão a ser soldada.

B.2.4.2.2 Caso pelo menos uma das condições de B.2.4.2.1 não seja atendida, devem ser reali-
zadas as correções necessárias antes de ser iniciado o processo de soldagem.

B.2.4.2.3 A fonte de energia elétrica para a máquina de solda por eletrofusão deve ser capaz
de fornecer a potência requerida em todo o ciclo de soldagem.

B.2.4.2.4 Caso seja necessária a utilização de cabos de extensão, devem ser verificadas as suas
especificações com o fabricante da máquina de solda por eletrofusão.

B.2.4.2.5 Devem ser verificadas as condições das ferramentas a serem utilizadas e, se necessário,
deve ser realizada a substituição das que estiverem sem condições de uso.

B.2.4.2.6 A preparação do processo de soldagem deve incluir as seguintes atividades:

 a) assegurar que as ferramentas e componentes estejam livres de potenciais contaminantes


(graxa, óleo, detergente, fluido para furo direcional etc.);

 b) verificar visualmente as superfícies externas dos tubos quanto à existência de trincas e riscos
com profundidade acima de 10 % da espessura. Em caso positivo, descartar a parte afetada.

B.2.4.2.7 As conexões de eletrofusão devem ser mantidas em suas embalagens protetoras origi-
nais até o momento de sua utilização.

B.2.4.2.8 Assegurar-se de que a conexão de eletrofusão seja adequada para o uso dentro da faixa
de diâmetro e espessura do tubo ou transição a ser soldada.

B.2.4.2.9 Para conexões de eletrofusão tipo bolsa, devem ser utilizados alinhadores para minimizar
o desalinhamento e para evitar movimentação dos tubos durante as fases de união e resfriamento.

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ABNT NBR 16764:2019

B.2.4.3 Corte

B.2.4.3.1 Cortar o tubo perpendicularmente ao seu eixo, usando um cortador para tubos plásticos
com lâmina específica para tubos de polietileno

B.2.4.3.2 Tubos com contenção secundárias devem ser cortados com maior atenção para não
danificar o tubo primário.
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B.2.4.3.3 As superfícies de solda devem estar limpas e secas, antes de começar o procedimento
de união.

B.2.4.4 Raspagem

B.2.4.4.1 Raspar a superfície de solda externa do tubo ou transição para remover o material
oxidado. Efetuar esta operação com ferramenta adequada, como um raspador manual ou rotativo,
e não podendo ser utilizadas lixas ou qualquer outra ferramenta abrasiva.

NOTA Opcionalmente, podem ser utilizados raspadores do tipo rotativo, seguindo orientação do fabri-
cante da tubulação.

B.2.4.4.2 A região a ser raspada no tubo deve ser delimitada com um marcador antes de iniciar a
raspagem, devendo exceder em aproximadamente 20 mm a região de contato entre os componentes
a serem soldados, conforme a seguir:

 a) se a conexão for do tipo bolsa com batente, a área raspada deve ter um comprimento igual
à profundidade de penetração, acrescida de aproximadamente 20 mm;

 b) se a conexão for do tipo bolsa sem batente, a área raspada deve ter um comprimento igual
à metade do comprimento da conexão, acrescida de aproximadamente 20 mm;

B.2.4.4.3 A região a ser raspada deve ser hachurada ou rabiscada em toda a sua superfície,
de modo a facilitar a visualização da retirada total da camada oxidada.

B.2.4.4.4 A raspagem deve ser uniforme em toda a área hachurada ou rabiscada, admitindo-se
como referência uma espessura de raspagem em torno de 0,05 mm.

B.2.4.4.5 Após a raspagem, eliminar rebarbas e os cantos vivos das extremidades do tubo ou
da transição.

B.2.4.5 Limpeza

As superfícies raspadas devem ser limpas com papel, que não solte fiapos e tintas, embebido
com acetona industrial ou com álcool etílico ou isopropílico com no mínimo 92 % de pureza.

Deve ser executada também a limpeza da superfície a ser soldada da conexão por eletrofusão,
a qual deve ser removida da sua embalagem original somente no momento da utilização.

B.2.4.6 Marcação, montagem e travamento

B.2.4.6.1 Conexão tipo bolsa

B.2.4.6.1.1 Medir a profundidade da bolsa até o batente. Marcar, com a caneta de marcação perma-
nente, o comprimento de penetração nas extremidades dos tubos ou transição e realizar a montagem.

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B.2.4.6.1.2 Para soldagem em tubos assentados, sem condições de movimento axial, utilizar cone-
xões sem batentes ou com batentes removíveis. Neste caso, medir a profundidade da bolsa até o
centro da conexão e marcar o comprimento de penetração nas extremidades dos tubos ou transições.
Empurrar toda a extensão da bolsa de eletrofusão em uma das extremidades do tubo e, após fixar
as extremidades, empurrar de volta para que ambas as extremidades dos tubos estejam cobertas.
Verificar a profundidade de penetração em ambas as extremidades (ver Figura B.1).
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2
3

Legenda

1 tubo
2 extremidade do tubo
3 conexão

Figura B.1 – Montagem de conexões sem batentes ou com batentes removíveis


B.2.4.6.1.3 O encaixe do tubo ou da transição com a conexão tipo bolsa deve ser livre e sem
interferência.

B.2.4.6.1.4 Após a montagem, instalar o alinhador conforme as instruções do fabricante e mantê-lo


durante todo o processo de aquecimento e de resfriamento.

B.2.4.7 Solda

B.2.4.7.1 Programar, se necessário, a máquina de solda por eletrofusão conforme as instruções


do fabricante da conexão a ser soldada, por meio da leitura óptica ou, caso necessário, pela inserção
manual do código de barra existente na conexão.

B.2.4.7.2 Ao término do tempo de solda, os cabos da máquina de solda por eletrofusão podem ser
retirados da conexão.

B.2.4.7.3 Caso haja uma interrupção do processo de aquecimento, verificar e corrigir as causas
da falha. Em seguida, aguardar que a solda retorne à temperatura ambiente. Como referência,
adotar o período de tempo mínimo de resfriamento conforme instruções do fabricante da tubulação.
Após este período, reiniciar o ciclo de solda.

B.2.4.7.4 O ciclo de solda pode ser refeito somente uma vez. Caso haja nova interrupção no
processo, deve-se descartar a conexão.

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B.2.4.8 Marcação e verificação

Verificar se ocorreu alguma movimentação do tubo ou conexão em relação à marcação de posicionamento.

Anotar com caneta, de forma permanente, no tubo, ao lado da união por solda realizada, os seguintes
dados referentes à soldagem executada:
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 a) data;

 b) hora de início do ciclo de resfriamento;

 c) identificação do soldador.

B.2.4.9 Resfriamento

B.2.4.9.1 Manter o alinhador e deixar a união fixa pelo tempo necessário para que resfrie. O período
de tempo de resfriamento é indicado pelo fabricante da tubulação.

B.2.4.9.2 Decorrido o tempo de resfriamento, os alinhadores podem ser removidos e o tubo pode
ser manuseado.

B.2.4.9.3 Para colocar a tubulação em carga, deve-se aguardar que a solda retorne à temperatura
ambiente. Como referência, adotar o período de tempo mínimo de resfriamento conforme as orienta-
ções do fabricante da tubulação.

B.2.4.9.4 Não é permitido qualquer procedimento para acelerar o processo natural de resfriamento
da solda, como utilizar água, ar comprimido, entre outros.

B.3 Controle de qualidade

B.3.1 Verificação antes da execução da solda

Deve ser verificado se os tubos, conexões, máquinas e ferramentas estão em conformidade com a
atividade a ser realizada.

A verificação deve ser realizada pelo soldador e os resultados de cada verificação devem ser registrados.

B.3.2 Verificação após a execução da solda (verificação da integridade das uniões)

B.3.2.1 Inspeção visual da solda

B.3.2.1.1 O controle visual das soldas realizadas deve ser executado pelo soldador imediatamente
após o término da execução de cada solda.

B.3.2.1.2 Os seguintes pontos devem ser verificados:

 a) não acionamento de todos os pinos do sinalizador externo (dispositivo mecânico composto por
no mínimo um pino que indique que as condições da soldagem foram atingidas);

 b) extravasamento de material fundido além das extremidades das conexões;

 c) desalinhamento entre o tubo e a conexão;

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 d) deslocamento da resistência elétrica para a região fora da área de solda;

 e) não evidência da raspagem correta da área de solda.

B.3.2.1.3 Na ocorrência de uma ou mais não conformidades, a solda deve ser descartada.

B.3.3 Relatório das uniões por solda


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B.3.3.1 Deve ser elaborado um relatório contendo todas as uniões por solda por eletrofusão,
com no mínimo as seguintes informações:

 a) completa identificação dos tubos e conexões, incluindo o diâmetro externo, tipo de material,
fabricante dos tubos e conexões e códigos dos lotes de fabricação que permitam rastrear as
produções dos tubos e conexões nos programas de qualidade do fabricante;

 b) identificação da máquina de solda por eletrofusão, informando fabricante, modelo e número
de série;

 c) identificação da posição onde se encontra a solda na instalação;

 d) resultados das verificações visuais;

 e) tempo mínimo de resfriamento;

 f) data e horário de execução da solda;

 g) nome e assinatura do profissional que executou a solda.

B.3.3.2 Algumas máquinas de solda por eletrofusão emitem relatórios contendo parte ou todas as
informações constantes em B.3.3.1. Caso os relatórios emitidos pela máquina de solda por eletrofusão
não contenham todas as informações, as informações faltantes devem ser registradas manualmente.

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ABNT NBR 16764:2019

Bibliografia

[1]  ABNT NBR 14465, Sistemas para distribuição de gás combustível para redes enterradas – tubos
e conexões de polietileno PE80 e PE100 – Execução de solda por eletrofusão
Exemplar para uso exclusivo - MARIA LUIZA LINCHER MUNIZ REPRESENTACOES LTDA - 09.098.672/0001-56 (Pedido 735232 Impresso: 11/12/2019)

[2]  NR 33, Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados, do Ministério do Trabalho e
Emprego

[3]  Resolução Conama 273, de 29 de novembro de 2000.

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