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ESTUDO DE CASO: O CASO DO JOGO DE HÓQUEI COM PÃOZINHO

1. ANÁLISE DO CAPÍTULO E ESTUDO DE CASO


O presente capítulo estudado apresentou como objetivo os conceitos básicos de
grupo, mostrando os fundamentos para entender como os grupos trabalham e
como criar equipes eficazes. O Estudo de Caso proposto exemplifica uma empresa
apresentando sua estrutura e organização.
Em análise, serão apresentados os conceitos básicos destes grupos,
correlacionando –os com o artigo proposto.

1.1 Grupo formal


São os grupos de trabalho definido pela estrutura da organização.
Em análise ao estudo de caso 3, é possível ver esse grupo nos funcionários da
cafeteria da Toronto Training Academy (TTA), composto pelo supervisor estudantil
sênior, Ernie Slim; o supervisor estudantil júnior, Henry Delano; dois estudantes da
seção de grelhados e mais duas estudantes na seção de doces e no balcão de
frios, atendendo ainda as mesas; uma senhora que trabalhava na função de caixa
e a senhora Laraby, gerente, responsável pela jornada, contratação e demissão.
Estes possuem atribuições específicas que estabelecem tarefas necessárias para
a realização de um trabalho.

1.2. Grupo informal


Definido como grupos não estruturados formalmente nem determinados por uma
organização mas que surgem em resposta à necessidade de interação social.
Analisando o caso específico percebe-se que os indivíduos que conversam na fila
de atendimento e os que participam da prática de jogos no interior da cozinha
formam grupos informais.

1.3. Teoria da Identidade Social


Conceituando, propõe que as pessoas apresentam reações emocionais ao
fracasso ou sucesso de seu grupo, porque sua autoestima fica ligado ao
desempenho dele. Em observância ao artigo, a atendente tem uma tendência de
sentir-se desmotivada emocionalmente na execução de suas atividades, tendo em
vista, que seus colegas se encontram na cozinha jogando, e isso acaba deixando-
a sobrecarregada. Temos aqui uma relação ao fracasso do grupo, e
consequentemente, sua ação negativa pode afetar a queda na qualidade de
atendimento e embalagem dos produtos. Neste caso, existindo uma constância
dos seus colegas em jogar, a atendente tende a se sentir ofendida pelas
realizações do seu grupo, e apresentando-se mal pode haver rejeição em partes
da sua própria identidade.

1.4. Papeis
Visualizamos no estudo de caso os seguintes papeis:

- A caixa cuidava da registradora, fechava o caixa no fim do dia e era também


dona de casa;
- Os 6 funcionários que trabalhavam na cafeteria eram também estudantes.
Dois cursavam o ensino médio, o supervisor estudantil sênior estava cursando
graduação em Administração e os outros três funcionários eram da própria
Toronto Training Academy (TTA);
- O supervisor estudantil sênior, além de supervisionar os funcionários, cuidava
dos pedidos para viagem e dos serviços de bufê;
- O supervisor estudantil júnior, além de supervisionar os funcionários, ajudava-
os quando o movimento era muito grande ou quando estes faziam intervalo;
- Constantemente, o atendente da seção de doces auxilia o do balcão de
grelhados e vice-versa.

1.5. Normas
Na cafeteria é possível verificar as seguintes normas:
- Normas de aparência: para seguir as normas de higiene e limpeza, as moças
usavam redes para prender o cabelo e aventais azuis por cima da saia. Já os
rapazes usavam camisa social branca e chapéus. Não eram permitidas
costeletas que ultrapassassem o lóbulo da orelha nem barba. Os bigodes
deviam estar aparados e discretos.
- Normas de desempenho: o regulamento da cafeteria era bem claro: “É
proibido falar em voz alta, cantar, assoviar ou fazer confusão”.
- Normas de alocação de recursos: com relação à remuneração, existia um
diferencial de pagamento que levava em consideração a posição da pessoa, o
tempo de casa e, no caso dos estudantes, aquisição de tíquete-refeição.

1.6. Status
Temos aqui, em primeiro lugar, a posição da gerente, determinante da teoria de
características do status, pois ela tinha o controle e expectativas quanto ao
trabalho, além de ser a responsável de contratar e demitir, caso necessário.
Em segundo lugar, tem-se o supervisor estudantil sênior e, em terceiro, o
supervisor estudantil júnior.

Importante ressaltar que o status de hierarquia que Ernie Slim (supervisor sênior)
ocupa é justo, uma vez que ele percorreu toda a trajetória - de chapeiro a
supervisor. Portanto, neste sentido, não há motivos para o desequilíbrio no grupo
de funcionários.

A relação entre status e interação coletiva é apresentada de forma diferente no


estudo de caso. Henry Delano, supervisor júnior, ocupa o cargo há pouco tempo e
essa é a sua primeira experiência no ramo. O fato de ter um status hierárquico
maior dentro da organização não o inibe de ajudar os demais funcionários quando
o movimento é grande ou quando estes fazem um intervalo.

Vê-se a diferença de personalidade entre os dois supervisores. Nada obstante,


não devemos deixar de lado o fato de a interação entre supervisor e funcionário
gera um melhor ambiente de trabalho e, na maioria dos casos, aumenta o nível de
desempenho e satisfação do trabalhador.

1.7. Tamanho
É visto neste grupo a tendência que as pessoas têm de se esforçar menos ao
trabalhar em grupo do que se estivessem trabalhando sozinhas. Isso é visto no
momento em que os atendentes e o supervisor iam para a cozinha jogar e
deixavam apenas um atendente no balcão. Em alguns momentos, este ficava
‘atolado’ com os pedidos, sem ter tempo de avisar aos colegas que o serviço
estava pesado.

1.8. Coesão
A interação dos atendentes e supervisor foi se tornando a cada dia de maior
proximidade, passavam boa parte juntos, até por estarem no mesmo ambiente de
trabalho, já possuíam um grau em que esses membros eram atraídos entre si e
motivados a permanecer como grupo.

Todavia, importante notar que o nível exacerbado de coesão gera impactos


negativos tanto para alguns funcionários quanto para a organização.

Uma vez que parte dos trabalhadores estão jogando e interagindo entre si, a outra
parte está sobrecarregada de serviço. O fato de alguns integrantes preferirem
interagir a trabalhar, impacta a maneira com que a outra parte realiza seu trabalho.
Devido à grande demanda, é possível que a qualidade do serviço diminua.

1.9. Folga Social


A folga social é observada quando, em uma atividade em grupo, um indivíduo
exerce menor esforço para atingir os resultados desejados do que quando ele
trabalha sozinho, ou seja, a indolência social.

No estudo de caso, é possível notar que existia uma divisão das funções, quando
necessário, existia uma migração para auxiliar no que fosse necessário. Apesar de
todos os funcionários serem capazes de ocupar a posição de outra pessoa na
cafeteria, aqueles que não participavam dos jogos na cozinha ficavam
sobrecarregados com a chegada de muitos clientes e o aumento da demanda de
pedidos. Como o próprio texto expõe, a quantidade de pedidos era tão grande que
os funcionários dos balcões não tinham tempo de comunicar aos colegas que
estavam na cozinha que o serviço estava pesado.

A folga social é percebida quando o grupo que está participando de partidas na


cozinha não se preocupa em verificar, durante os jogos, o movimento de clientes
na cafeteria. Como sabem que todos os colegas têm conhecimento para
realizarem as suas funções, acabam não se esforçando para executarem seu
trabalho.

1.10. Desempenho

O fato dos supervisores e gerentes mais velhos não trabalharem no final de


semana, atrapalhava totalmente a performance dos funcionários na realização das
atividades o que possibilitava a transição na cozinha para os jogos. O fato do
supervisor júnior – Henry Delano - ser tratado como “igual” possibilitava que ele
não assumisse o seu status hierárquico e não desempenhasse seu papel como
deveria, talvez não ter experiência e depender dos funcionários para auxílio de
algumas atividades favorecesse a interação. Não existia metas individuais
estabelecidas, o que, de fato, influenciava o nível de produtividade dos
funcionários.

1.11. Satisfação

Em análise ao estudo de caso, verifica-se que todos os funcionários


desempenhavam as tarefas que seu cargo exigia, porém, sem muito entusiasmo.
Os colaboradores contratados para o cargo de supervisão não consideravam a
vaga desejada, e os que trabalhavam no final de semana o tinham como uma
última opção.

O fato das atividades cotidianas não sofrerem variedades, talvez pudesse ser um
impasse para a rotina dos colaboradores. No entanto, o ambiente de trabalho entre
os colegas não era indiferente. A gerente dava liberdade até mesmo para
brincadeiras, mesmo sendo firme quanto a sua expectativa, ainda assim, estava
sempre disposta a ouvir os problemas dos funcionários.

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