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Gabriel Bernardes Papa

Trabalho 3 – Mais valia, processo de trabalho, lei geral da acumulação capitalista, crises

1. A fim de explicar a frase: “o trabalhador acha que vende sua força de trabalho
por seu valor. Mas percebe que não é bem assim”, é necessário abordar o
conceito de mais valia, visto que explica a ilusão por de trás do trabalho dos
assalariados.
O proprietário dos meios de produção deseja obter lucro e não pode obtê-lo
vendendo o produto a um preço superior ao de mercado. Por sua vez, o
trabalhador espera ser pago pela quantidade de trabalho que realiza na produção
do bem a ser vendido. Foi aqui que Marx verificou o fenômeno dito
anteriormente, a mais valia. Para obter lucro na transação, o empregador precisa
de uma força de trabalho maior do que paga ao trabalhador, e o trabalhador é
forçado a trabalhar além de seu salário porque só pode receber salários se
cumprir com o regime acordado.
2. Ao dizer que o “trabalhador acha que vende sua força de trabalho por seu valor.
Mas percebe que não é bem assim...”, Marx traz a tona a exploração diária da
força de trabalho individual. Normalmente, o trabalhador deveria trabalhar uma
quantidade suficiente de tempo, que fosse possível manter sua energia e
produtividade por todos os dias, recebendo por este gasto de força de trabalho.
No entanto, a realidade é bem diferente, pelas precárias condições de trabalho o
indivíduo trabalha em níveis superiores aos que seu corpo e mente suportam, o
que diminui sua vida útil, sem receber a mais por isso, e seria substituído no
momento em que não pudesse mais realizar seu trabalho.
3. O processo de produção obteve incontáveis ganhos com a manufaturam,
aumentando expressivamente a produção e a qualidade dos produtos. Porém esta
evolução teve custos, custos advindos da exploração física e mental dos
trabalhadores, que devida as péssimas condições de trabalho, que além de
aliená-los a uma única etapa de produção, que vista de modo geral não possuía
valor isolado, perdeu sua autonomia, uma vez que passava o dia todo realizando
uma única atividade que não exercitava sua mente e nem sua inteligência.
4. Para Marx, a Lei Geral da Acumulação capitalista é a lei a qual “uma massa
crescente de meios de produção, graças à produtividade do trabalho social, pode
ser colocada em movimento com um dispêndio progressivamente, decrescente
de força humana” (Marx, p.209). Portanto através do aumento dos meios de
produção e da força de trabalho para o aumento da produção e por consequência
o aumento da mais-valia, o que aumenta a capacidade produtiva e por tanto a
maior capacidade de gerar valor.
5. A fim de ter trabalhadores prontos para assumir qualquer função que venha a ser
necessária, se tem o exército industrial. A existência do exército permite e a
exploração salarial e do trabalho dos indivíduos, uma vez que se tem uma
abundância de mão-de-obra, o que permite a substituição de qualquer
trabalhador que não esteja de acordo com as condições de trabalho e de valores.
A criação e ampliação deste, ocorre através da evolução dos meios de produção,
que possibilitam o aumento da produtividade em conjunto com a menor
necessidade de mão-de-obra humana, deixando cada vez mais trabalhadores
desempregados.
6. O capitalismo é baseado em duas premissas que levam a uma crise
permanente. A primeira é que a competição leva à anarquia na produção.
Muitos capitalistas competem entre si, existem poucas regras e, em última
análise, jogam no mercado de manufaturados o excesso de produtos, levando à
superprodução. Quando eles não podem vendê-los, porque seus salários pagos
são aos trabalhadores são baixos, dava-se um subconsumo. Seus lucros então
caem, levando à suspensão do investimento, desemprego e uma série de
interrupções. Outra premissa é que, porque o sistema de produção capitalista
não está orientado para necessidades sociais (satisfazer o consumo básico da
população) mas sim atender ao lucro do proprietário, levando a situações
inacreditáveis (por exemplo, em um país com fome queimar uma produção por
os donos da produção não considerar os preços de mercado suficientes).
7. Os produtores de alimentos queimaram a produção porque pensaram que os
preços oferecidos não eram atraentes).Como também visto no documentário,
muito do Marx escreve é sobre o próprio capitalismo, como ele funciona, seus
males ou até benefícios por vezes. É indiscutível que o autor trouxe inúmeras
válidas contribuições para a Economia de uma forma geral, no entanto, ao ler
este trecho do manifesta de forma crítica, enxergo que a contribuição primordial
de Karl para o mesmo, foi a descrição das melhorias libertárias provenientes da
atuação burguesa na economia. De forma alguma acredito serem inválidas as
pontuações humanitárias postas por Karl, principalmente quanto a exploração do
proletariado, porém a separação estatal das empresas possibilita a maior
liberdade dos indivíduos e possibilita maior desenvolvimento, claro que tudo
deve ser ponderado a fim de não acarretar em danos até mesmo civis como
vimos acontecer através do relato no manifesta, mas está ainda se torna ao meu
ver a maior contribuição marxista, a síntese econômica feita.

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