Você está na página 1de 24

Anna Lisboa

annalisboa4@gmail.com
7
7

SISTEMA
CARDIOVASCULAR
Uma compilaçã o dos conhecimentos
principais do Sistema Cardiovascular
na anatomia, citologia, histologia,
fisiologia, patologia e farmacologia.

Resumo
Esta compilação de textos sobre o sistema cardiovascular, tem o objetivo de unir as várias áreas do
conhecimento em um único local. Nesta compilação você encontrará textos claros e objetivos e
muitas imagens autoexplicativas que o guiará no processo de aprendizagem. Tudo isso foi feito com
muito carinho e pensando, principalmente, naqueles que dispõem de pouco tempo e necessitam
revisar conteúdos já estudados na universidade. A ideia de compilar tudo em um único local, surgiu
no dia em que, estudando a farmacologia, especificamente, a interação medicamentosa, percebi que
muitos assuntos abordados no mecanismo de ação e muitos termos próprios da área da saúde já
haviam caído no esquecimento. Sendo assim, quando iniciei este compilado a minha intenção era
entender ao máximo a interação medicamentosa, mas para isso se fazia necessário conhecer a
fisiologia bem como a patologia, basicamente como funciona nosso corpo na saúde e na ausência
dela, mas para isso outro conhecimento prévio também era necessário, o conhecimento da histologia,
Citologia e anatomia. Confesso que muitos desses assuntos necessitei revisar porque já havia
esquecido. Se este também é o seu caso, você vai desfrutar ao máximo deste compilado, ele
realmente também foi feito para você e espero que da mesma forma que este compilado trouxe bons
resultados no meu estudo, que ele seja um bom auxílio nos seus estudos também.
Instruções de uso

Aqui vou explicar um pouco sobre as instruções de uso.


Este compilado, vale relembrar, nasceu de uma 7

sequência de estudos normal, um exemplo disso


podemos ver quando em determinado momento o
compilado discutia sobre tecido muscular, mas ao
inserir a palavra sistema nervoso, percebi que eu
precisava revisar antes de prosseguir, fiz a pausa e fui
revisar os sistema nervoso, depois o potencial de ação e
tudo isso é muito útil e necessário revisar para que mais
tarde possamos entender melhor a farmacologia como
um todo.
A instrução de uso que dou é bem simples, se você não
sentir a necessidade de revisar todo o sistema nervoso,
pule de volta para a retomada do assunto de tecido
cardíaco (já que este compilado é voltado para o sistema
cardiovascular), você não se perderá na retomada do
assunto pois a pagina de retomada estará sempre ao lado
de cada tópico pausado. Você também poderá buscar
por assunto, caso seja uma pesquisa rápida, mas se você,
assim como eu, tem a necessidade de aprofundar,
mergulhe ao máximo na sequencia deste compilado ou
até mesmo, crie seu ritmo e sua sequencia ideal. Bons
estudos!
Sistema Cardiovascular
Resumo básico
Sobre Anatomia, Histologia, Citologia, Fisiologia, Patologia e Farmacologia

O Sistema indiretamente, que nosso corpo 7

Cardiovascular do corpo seja capaz de proteger-se


humano é constituído pelo contra infecçõ es, uma vez que é
coraçã o e pelos vasos no sangue que encontramos
sanguíneos. Esse sistema tem células e proteínas de defesa.
como papel principal operar a O coraçã o é um ó rgã o muscular
circulaçã o do sangue no oco formado por 4 espaços que
organismo, garantindo, dessa nó s chamamos de câ maras
forma, que oxigênio e nutrientes cardíacas. O mú sculo que
sejam levados até as cé lulas e compõ e a parede do coraçã o é
que os resíduos metabó licos chamado de miocá rdio.
sejam transportados até seu Lembrando que o Miocá rdio é
local de eliminaçã o. Além um tipo de musculo que temos
disso, também permite, apenas no coraçã o.

 Coração

O coraçã o é um órgão musculoso, localizado atrá s do osso


esterno (imagem abaixo), que atua garantindo a propulsão do
sangue, funcionando, portanto, como uma bomba.
7

 O coraçã o humano apresenta quatro cavidades: dois átrios e dois


ventrículos.
 O á trio esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo, e
 O á trio direito comunica-se com o ventrículo direito. 
 Valvas presentes no coraçã o impedem o refluxo de sangue.
 Nã o há comunicaçã o entre os lados esquerdo e direito, sendo
observada a circulaçã o de sangue rico em gás carbônico do lado
direito e a de sangue rico em oxigênio do lado esquerdo.
O coraçã o humano apresenta o tamanho aproximado de um punho
fechado e possui três camadas formando suas paredes: pericárdio,
miocárdio e endocárdio. Pericá rdio é a camada mais externa,
miocá rdio é a camada mediana, e endocá rdio é a camada interna.

O miocá rdio é formado por tecido muscular cardíaco (conforme imagem2)


e sua espessura (conforme imagem 1) nã o é a mesma em todo o ó rgã o. No
ventrículo esquerdo, ele se apresenta mais espesso que no ventrículo
direito, enquanto nos á trios apresenta-se relativamente fino. Essa
espessura está relacionada com a pressã o que deverá ser gerada para o
impulso do sangue. Como o ventrículo esquerdo garante o
bombeamento do sangue para o corpo, sua parede é mais espessa.

imagem 1
imagem 2
 O miocárdio é uma das paredes do coraçã o, representa a
porçã o intermediá ria e mais espessa, entre o epicá rdio e o
endocá rdio.
 Ele é constituído por mú sculo estriado cardíaco e consiste em
feixes entrelaçados de cé lulas estriadas cardíacas, imersas em
tecido conjuntivo altamente vascularizado.
7

A célula do miocá rdio, chamada de mió cito, apresenta membrana


plasmá tica (sarcolema), um nú cleo central e vá rias fibras
musculares (miofibrilas), as quais deslizam umas sobre as outras
e se conectam através de discos intercalares. A unidade contrá til da
célula cardíaca é chamada de sarcô mero.

Agora que tocamos um pouco no assunto do tecido, musculo e células,


vamos revisar um pouco este tema? Entenda esta parte como uma
pausa necessá ria do assunto miocá rdio, para revisarmos um pouco a
histologia, anatomia e citologia. Apó s esta pausa retomaremos de
onde paramos, se você nã o acha necessá rio a revisã o, apenas pule
para a continuaçã o do assunto miocá rdio na pá gina xxx.

Tecido Muscular
Breve revisã o

Algumas características → Movimentaçã o do corpo –


Locomoçã o e flexibilidade;
 Mú sculos representam
40% da nossa massa → Movimentaçã o dos ó rgã os –
corporal; batimentos do coraçã o,
 Apresentam células Pulsaçã o das artérias, excreçõ es
altamente contrateis; das glâ ndulas, movimentos
peristá lticos do tubo digestó rio,  Células musculares sã o
etc. alongadas e se contraem
devido ao encurtamento
 Apresentam tecido
das miofibrilas em seu
conjuntivo, que contem
citoplasma. ( filamentos
vasos sanguíneos que
das proteínas actina e
atuam na nutriçã o e
miosina). 7
oxigenaçã o das células
musculares;

 De acordo com suas →Nã o-estriado ou Liso


características
morfoló gicas e funcionais,
o tecido muscular se
distingue em 3 tipos:
→Estriado Esquelético
(pag8)
→Estriado Cardíaco(pag
13)

→Tecido muscular Estriado  Representa a maior parte


Esquelé tico da musculatura dos
vertebrados;
 Está preso aos ossos, O SNC está localizado no
recobrindo totalmente o interior do crâ nio (encéfalo) e
esqueleto; no canal vertebral (medula
 Conhecido popularmente espinal). (conforme imagem a
como carne; seguir).
 Pode contrair-se
voluntariamente, através 7

de comandos do sistema
nervoso.

Um pouco sobre Sistema


Nervoso

O sistema nervoso pode ser


dividido em:
 Central
 Periférico
Nele (encéfalo) podemos
→O sistema nervoso central é
perceber duas regiõ es bem
formado por encéfalo e medula.
definidas: a substância
→O sistema nervoso periférico cinzenta e a substância
é formado por nervos e branca. Na substâ ncia cinzenta,
gâ nglios. encontramos corpos celulares
dos neurô nios e seus dendritos,
enquanto na substâ ncia branca é
predominante a presença de
axô nios. Os axô nios
mielinizados tornam essa regiã o
mais clara, por isso a
denominaçã o “substâ ncia
branca”.
Na imagem abaixo podemos ver
qual seria a parte branca e a
O sistema nervoso central parte cinzenta.
Os Neuronios sã o responsá veis
pela propagaçã o do impulso
nervoso.

A seguir, na pró xima imagem,


podemos entender melhor a
parte cinzenta e a parte branca.
(Imagem abaixo) O que é impulso nervoso?
Denominamos de impulso
nervoso a corrente elétrica
que passa pela membrana
dos neurônios e propaga-se ao
longo dessas células. Sã o esses
impulsos que garantem que um
sinal seja percebido e que uma
resposta seja transmitida.

→ Como ocorre o impulso


nervoso?

O impulso nervoso inicia-se


quando o neurônio sofre um
estímulo suficientemente forte
para desencadeá-lo. Isso
acontece quando uma
membrana está em potencial de
Agora, vamos relembrar um repouso, uma condiçã o em que
pouco sobre neurô nios. a superfície interna da
membrana possui carga
negativa em relaçã o à superfície mantida pelo transporte ativo
externa. de íons, que ocorre através da
membrana por meio da
bomba de sódio e potássio.
Nessa condiçã o, há uma
diferença de potencial entre o
interior e o exterior de, Quando o neurô nio sofre um 7

aproximadamente, -70 mV. Isso estímulo, há a abertura dos


ocorre porque as concentraçõ es canais de Na+ e uma entrada
de Na+ (só dio) fora da célula sã o rá pida desse íon para o interior
muito maiores do que as da célula. Nesse momento, a
concentraçõ es na parte interior. diferença de potencial passa a
ser +20 mV. O Na+ difunde-se
O K+ (potá ssio), por sua vez, é
para outras partes da membrana,
encontrado em maior
e os canais de Na+ abrem-se ao
quantidade dentro da longo da membrana do
célula. Essa concentração é neurô nio.

repouso seja restabelecida, ou


seja, a membrana
A entrada de Na+ desencadeia a é repolarizada. Essas
mudança de potencial, o alteraçõ es no potencial elétrico
fechamento dos canais de Na+ e da membrana sã o chamadas de
a saída dos íons K+ em razã o potencial de açã o ou impulso
das modificaçõ es nas proteínas nervoso.
da membrana, o que facilita a
saída desse íon. Tudo isso Ao chegar à extremidade do
ocorre de maneira bastante neurô nio, na sinapse (espaço
rá pida para que a condiçã o de entre dois neurô nios ou entre
um neurô nio e uma glâ ndula ou esse limiar for atingido, o
mú sculo), o impulso nervoso impulso na fibra será má ximo.
desencadeia a liberaçã o de uma
substâ ncia química conhecida
como neurotransmissor. Essa Neurô nios (partes, funçõ es e
substância provoca a abertura impulso nervoso)
dos canais de sódio na célula 7
adjacente, desencadeando o
impulso nessa outra célula. O neurônio, a célula comum a
→ Os impulsos podem ocorrer todo e qualquer sistema nervoso
existente no reino Animalia,
de forma contínua?
assemelha-se, em sua funçã o, a
Apó s um estímulo, a fibra um fio condutor de eletricidade.
nervosa permanece por um
Um neurô nio típico apresenta
período de tempo sem que um
três partes distintas: corpo
novo estímulo seja capaz de
celular, dendritos e axônio.
desencadear um impulso. Esse

período é conhecido
como período refratário
absoluto e nenhuma resposta
nesse momento é desencadeada.
Com o passar do tempo, a fibra
passa para o período refratário
 No corpo celular, a parte
relativo, que se caracteriza pela
mais volumosa da célula
capacidade de responder a
nervosa, se localizam o
estímulos, entretanto, estímulos nú cleo e a maioria das
mais fortes que o normal. estruturas citoplasmá ticas.
→ O que é o princípio do tudo
ou nada?
O impulso nervoso só é  Os dendritos (do
transmitido pela fibra quando o grego dendron, á rvore)
estímulo apresenta uma sã o prolongamentos finos
e geralmente ramificados,
determinada intensidade.
que conduzem os
Dizemos que essa intensidade é
estímulos captados do
o limiar da fibra nervosa e, se ambiente ou de outras
células em direçã o ao
corpo celular.

 O axônio é um
prolongamento fino,
geralmente mais longo que 7

os dendritos, cuja funçã o é


transmitir para as outras
células os impulsos
nervosos provenientes do Nos vertebrados, os corpos
corpo celular. celulares dos neurônios estão
A rede de neurônios concentrados no sistema
nervoso central, ou seja, no
Os neurô nios que constituem o encéfalo e na medula, e também
sistema nervoso formam uma em pequenas estruturas
intrincada rede, compará vel, em globosas espalhadas pelo corpo,
certos aspectos, ao sistema os gâ nglios nervosos. Os
telefô nico de uma grande dendritos e os axô nios,
cidade. A rede nervosa é geralmente chamados de fibras
formada pelos axô nios e nervosas, estendem-se por todo
dendritos, que atuam como
o corpo, conectando os corpos
cabos de transmissã o de
impulsos nervosos, e por corpos celulares dos neurô nios entre si
celulares de neurô nios, que e às células sensoriais,
atuam com estaçõ es de musculares e glandulares.
processamento e de transmissã o Células da glia
de informaçõ es.
Nos vertebrados, além dos
neurô nios, o sistema nervoso
apresenta-se constituído pelas
células da glia ou células gliais.
A funçã o dessas células é dar
sustentaçã o aos neurô nios e
auxiliar o seu funcionamento.
As células da glia constituem
cerca da metade do volume do
nosso encéfalo.
 Os astrócitos, células da
glia mais comuns, sã o
células grandes em forma
de estrela, com
prolongamentos, nú cleo
grande, cromatina frouxa e
nucléolo central. Estã o 7

relacionados à homeostase
do Sistema Nervoso
Há diversos tipos de células Central (SNC),
gliais. Os astrócitos, por desempenhando funçõ es
exemplo, dispõ em-se ao longo como: funcionamento e
dos capilares sanguíneos do
formaçã o de sinapses,
encéfalo, controlando a
nutriçã o dos neurô nios,
passagem de substâ ncias no
sangue para as células do liberaçã o de
sistema nervoso. neurotransmissores,
Os oligodendrócitos e participaçã o na barreira
as células de hematoencefá lica, guia
Schwann enrolam-se sobre os para a migraçã o dos
axô nios de certos neurô nios, neurô nios e impedimento
formando envoltó rios isolantes. da propagaçã o
desordenada de impulsos
nervosos.
Em resumo, os astró citos, tem
funçã o nutritiva, tem a forma
estrelada; sinalizaçã o celular, a
comunicaçã o neurô nio astró cito
se dá -se em ambas as direçõ es,
os pés dos astró citos ligam
As células da glia, que foram
neurô nios e vasos sanguíneos
descritas há mais de 150 anos,
conforme imagem abaixo:
sã o um conjunto de vá rios tipos
celulares, sendo as suas células
principais os astró citos,
oligodendró citos, micró glias e
ependimó citos.
encontradas na substâ ncia
branca e cinzenta. Na
substâ ncia branca, eles sã o
encontrados envolvendo
os axô nios de alguns
neurô nios, formando,
assim, uma membrana rica 7

em substâ ncia lipofílica


denominada bainha de
mielina.
Dentre as suas funçõ es, destaca-
se a de nutriçã o. As Está relacionada com a
extremidades dos fabricaçã o de mielina em
prolongamentos dos astró citos neurô nios do SNC (revestidos
(pés vasculares) circundam os por oligodendró citos). Imagem
vasos sanguíneos e através deles abaixo:
os nutrientes sã o levados até o
neurô nio.
Podemos classificar os
astró citos em diferentes
subtipos, dentre eles os
protoplasmá ticos e fibrosos. Os
astró citos protoplasmá ticos
apresentam diversos
prolongamentos curtos,
enquanto os fibrosos
apresentam poucos  As células da
prolongamentos e estes sã o micróglia também estã o
longos. Os astró citos presentes nas substâ ncias
protoplasmá ticos sã o brancas e cinzenta do
encontrados na substâ ncia sistema nervoso central.
cinzenta, e os astró citos Essas células sã o
fibrosos, na substâ ncia branca. alongadas e pequenas,
 Os oligodendrócitos poss com nú cleo em forma de
uem nú cleo esférico e sã o bastã o e cromatina
menores que os astró citos. condensada. Elas atuam na
Essas células sã o defesa imune do SNC.
Em resumo consiste em células →Potencial de repouso
fagocitá rias especializadas,
Potencial de repouso é a
semelhantes a macró fagos,
diferença de potencial elétrico
que protegem os neurô nios.
que as faces internas e externas
Sã o as menores de todas as na membrana de um neurô nio
células gliais e que nã o está transmitindo
correspondem a 15% de impulsos nervosos. O valor do
7

todas as células do tecido potencial de repouso é da ordem


nervoso. Imagem abaixo: de -70mV (miliVolts). O sinal
negativo indica que o interior
da célula é negativo em
relação ao exterior.

A existência do potencial de
repouso deve-se principalmente
a diferença de concentraçã o de
íons de sódio (Na+) e
de potássio (K+) dentro e fora
da célula. Essa diferença é
mantida por meio de um
mecanismo de bombeamento
→ Como se dá o potencial de ativo de íons pelas membranas
açã o ? celulares, em que o só dio é
forçado a sair da célula e o
Toda a célula viva e em potá ssio a entrar.
particular as células nervosas
apresentam diferença de Apesar do nome a manutençã o
potencial elétrico (DDP) entre do potencial de repouso
as faces interna e externa de sua demanda gasto de energia pela
membrana celular. célula, uma vez que o
bombeamento de íons é um
Essa DDP é gerada pela processo ativo de transporte que
diferença na concentraçã o de consome ATP.
íons dentro e fora da célula.
Como o citoplasma contém,
proporcionalmente menor
quantidade de íons positivos que
o líquido externo, a superfície
→Despolarização
interna da membrana é
negativa em relação à externa.
A membrana celular possui repouso), passe a
inú meras estruturas protéicas aproximadamente +35mV. Essa
que funcionam como “portas” mudança de potencial
de passagem de íons de só dio e denomina-se despolarização.
potá ssio. Essas portas ficam
normalmente fechadas em um
neurô nio em repouso, abrindo- →Potencial de ação 7
se quando ele é estimulado.
Essa transiçã o abrupta de
potencial elétrico que ocorre
durante a despolarizaçã o, e cuja
a amplitude é da ordem de 105
mV (de -70mV a +35 MV), é o
potencial de açã o.

Na á rea afetada pelo estímulo, a


membrana permanece
despolarizada, apenas 1,5 ms
(milésimo de segundo). Logo as
portas de potá ssio se abrem,
permitindo a saída desse íon,
que está em maior concentraçã o
no interior da célula. Com isso,
ocorre a repolarizaçã o da
membrana, que retorna a
Quando um estímulo condiçã o de repouso.
apropriado atinge o neurô nio, as
portas de passagem de só dio →Propagaçã o do impulso
nervoso
abrem-se imediatamente na á rea
da membrana que foi O potencial de açã o que se
estimulada: o íon só dio, por estabelece na á rea da membrana
estar em maior concentraçã o no estimulada perturba a á rea
meio celular externo, penetra vizinha, levando à sua
rapidamente através dessas despolarizaçã o.
aberturas na membrana. O
O estímulo provoca, assim, uma
brusco influxo de cargas
onda de despolarizaçõ es e
positivas faz com que potencial
repolarizaçõ es que se propaga
da membrana, que era da ordem ao longo da membrana
de -70mV (potencial de plasmá tica do neurô nio. Essa
onda de propagaçã o é
o impulso nervoso.

→Lei do tudo ou nada

A estimulaçã o de um neurô nio


segue a lei do tudo ou nada. Isso
significa que ou o estímulo é
O impulso nervoso se propaga suficientemente intenso
em um ú nico sentido na fibra para excitar o neurô nio,
nervosa. Dendritos sempre desencadeando o potencial de
conduzem o impulso em açã o, ou nada acontece. Nã o
direção ao corpo celular. O existe potencial de açã o mais
axônio, por sua vez, conduz o forte ou mais fraco; ele é igual
impulso em direção as independente da intensidade do
extremidades, isto é, para estímulo. O menor estímulo
longe do corpo celular. capaz de gerar potencial de açã o
é denominado estímulo limiar.

→Bainha de mielina e
conduçã o do estímulo nervoso

A velocidade de propagaçã o dos


estímulo nervoso na membrana
de um neurô nio varia entre
10cm/s e 1m/s.

Tais velocidades no entanto sã o


insuficientes para coordenar as
açõ es de animais de grande
porte. Em uma girafa, por
exemplo, um impulso que
viajasse à velocidade de 1m/s
levaria entre três e quatro
segundos para percorrer a
distâ ncia que vai da pata traseira
ao encéfalo. Se fosse essa 7
realmente a velocidade de
conduçã o nervosa na girafa, ela Nas fibras nervosas
seria um animal lento e mielinizadas, o impulso
descoordenado, incapaz de nervoso, em vez de se propagar
enfrentar situaçõ es que continuamente pela membrana
exigissem respostas rá pidas.
do neurô nio, pula diretamente
de um nó dulo de Ranvier para
outro. Nesses neurô nios
mielinizados , a velocidade de
propagaçã o do impulso pode
atingir  velocidades de até 200
m/s (720 km/h).
A propagaçã o rá pida dos
impulsos nervosos é garantida
pela presença da bainha de
mielina que recobre as fibras
nervosas. A bainha de mielina é
constituída por camadas
concêntricas de membranas →Sinapses: Neurônios em
plasmá ticas de células da glia, Comunicação
principalmente células de
Shwann. Entre as células gliais A comunicaçã o de um neurô nio
que envolvem o axô nio existem com o corpo celular ou
pequenos espaços, os nódulos dendritos do outro, ou mesmo
de Ranvier, onde a membrana com a membrana de uma célula
do neurô nio fica exposta. muscular, ocorre através de uma
regiã o conhecida como sinapse
(do grego, synapsis = açã o de
juntar). Nesta, uma diminuta
fenda siná ptica de
aproximadamente 20 nm separa
as duas células. A mensagem do
axô nio é liberada na forma de  Este tecido possui
mediadores químicos, também contraçã o involuntá ria,
conhecidos vigorosa e rítmica.
como neurotransmissores ou  É constituído por células
neurormônios, substâ ncias alongadas e ramificadas,
químicas que entram  em
dotadas de um nú cleo ou
contato com receptores
localizados nas membranas pó s- dois nú cleos centrais. 7

siná pticas e desencadeiam uma  Apresentam estrias


alteraçã o no comportamento do transversais, seguindo o
segundo neurô nio ou célula padrã o de organizaçã o dos
muscular. Os filamentos de actina e
neurotransmissores mais miosina. Porém, nã o se
conhecidos no sistema nervoso agrupam em miofibrilas.
dos vertebrados sã o  Diferencia-se do tecido
a acetilcolina e muscular estriado
a noradrenalina (ou esquelético por suas
epinefrina).
estriaçõ es serem mais
curtas e nã o tã o evidentes.
 As fibras cardíacas sã o
envolvidas por um
envoltó rio de filamentos
de proteínas, o endomísio.
Nã o há perimísio e nem
epimísio.
 As células estã o unidas
entre si, através de suas
extremidades, por
estruturas especializadas:
→Retomando o tó pico sobre
os discos intercalares.
Tecido muscular:
Estas junçõ es permitem a
adesã o entre as fibras e a
passagem de íons ou
→Tecido muscular Estriado pequenas moléculas de
Cardíaco uma célula a outra.
 Quase metade do volume
celular é ocupado por
mitocô ndrias, o que reflete
a dependência do
metabolismo aeró bico e a
necessidade contínua de
ATP.
 O tecido conjuntivo
preenche os espaços entre
as células e os seus 7

capilares sanguíneos
oferecem oxigênio e
nutrientes.
 Os batimentos cardíacos
sã o controlados por um
conjunto de células
musculares cardíacas
modificadas, denominado
de marca-passo
cardíaco ou nó
sinoatrial. A cada
segundo,
aproximadamente, um
sinal elétrico se propaga
pela musculatura cardíaca,
gerando a contraçã o.
7
content/uploads/2019/08/marge
ns-do-cora
%C3%A7%C3%A3o.jpg
Referencias
https://anatomia-papel-e-
caneta.com/wp-
https://mundoeducacao.uol.com. content/uploads/2019/09/pericar
7
br/biologia/sistema- dio-fibroso-e-seroso.jpg
circulatorio.htm https://static.todamateria.com.br
https://www.todamateria.com.br /upload/mi/oc/miocardioparede.
/miocardio/ jpg

https://www.preparaenem.com/ https://i.ytimg.com/vi/5lBlMR8
biologia/divisao-sistema- 0XKw/maxresdefault.jpg
nervoso-periferico.htm https://docplayer.com.br/docs-
http://docente.ifsc.edu.br/meliss images/78/76751129/images/5-
a.kayser/MaterialDidatico/Citoh 0.jpg
istologia%20Animal/Aula https://escolakids.uol.com.br/cie
%209%20-%20Tecido ncias/substancias-branca-e-
%20Muscular.pdf cinzenta.htm
https://www.coc.com.br/blog/so https://www.coc.com.br/gallery/
ualuno/biologia/como-funciona- repository/uploads/blog/2018/ou
o-sistema-nervoso-do-corpo- tubro/sistema-nervoso-corpo-
humano humano/1.jpg
https://mundoeducacao.uol.com. https://encrypted-
br/biologia/impulso- tbn0.gstatic.com/images?
nervoso.htm q=tbn:ANd9GcQTvGA-
MCCtWMxvnFplNOZhBlFysH
xU2nFkHg&usqp=CAU

Referencias das imagens


https://static.mundoeducacao.uo
l.com.br/mundoeducacao/2020/
06/coracao.jpg
https://anatomia-papel-e-
caneta.com/wp-

Você também pode gostar