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Belo Horizonte – MG
2009
Shirley M. Vidal Silva
Belo Horizonte
Curso de Especialização em Construção Civil
Departamento de Engenharia Civil – Escola de Engenharia
Universidade Federal de Minas Gerais
Dezembro/2009
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
BANCA EXAMINADORA:
Orientador: Professor Roberto Guidugli
Convidado:
Belo Horizonte - MG
2009
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por estar comigo e por não ter me deixado
desistir em nenhum momento.
RESUMO
Esta monografia teve por objetivo estudar o controle de custos de obras.
Foram abordados assuntos relacionados a orçamento, custos direto e
indireto, composição de custos, apropriação de índices, cotação de preços e
principalmente controle de custos e ferramentas para auxiliar na aplicação
do mesmo, como a Curva S e ABC. As informações levantadas, através da
bibliografia, deverão servir de base para os setores envolvidos, destacando-
se a importância do controle de custos dos contratos de obras públicas.
SUMÁRIO
RESUMO ........................................................................................................ ii
SUMÁRIO ...................................................................................................... iii
LISTA DE FIGURAS ....................................................................................... v
LISTA DE TABELAS ...................................................................................... vi
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS ................................... vii
1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 1
2. OBJETIVOS............................................................................................ 3
2.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 3
2.2 Objetivos Específicos ........................................................................... 3
3. REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................... 4
3.1 Custos .................................................................................................. 4
3.1.1 Orçamento ..................................................................................... 6
3.1.2 Custo Direto ................................................................................. 10
3.1.3 Custo Indireto .............................................................................. 12
3.2 Composição de custos ....................................................................... 12
3.2.1 Apropriação de índices ................................................................ 14
3.2.2 Cotação de preços ....................................................................... 15
3.2.2.1 Cotação de insumos ................................................................. 15
3.2.3 Estimativa de custo ...................................................................... 16
3.2.4 Projetos, especificações técnicas e de acabamento da obra ...... 17
3.3 Controle de custos ............................................................................. 19
3.3.1 Controle físico-financeiro ............................................................. 21
3.3.2 Controle de serviços .................................................................... 23
3.3.3 Curva ABC ................................................................................... 24
3.3.4 Importância da engenharia de custos para controle .................... 27
3.4 Contratos de obras públicas ............................................................... 27
3.4.1 Contratos ..................................................................................... 27
3.4.2 Aditamento................................................................................... 29
4. METODOLOGIA ...................................................................................... 30
iv
LISTA DE FIGURAS
Figura1: Gráfico dos custos de insumos para preparo de concreto ............... 6
Figura2: Exemplo de Curva S ...................................................................... 23
Figura3: Exemplo de Curva ABC ................................................................. 26
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Composição de custos .................................................................. 6
Tabela 2: Componentes do orçamento ......................................................... 8
Tabela 3: Exemplo de custo direto .............................................................. 11
Tabela 4: Exemplo de custo indireto fixo ..................................................... 12
Tabela 5: Exemplo de custo indireto mensal ............................................... 12
Tabela 6: Exemplo de Composição de Custo (Concreto para Estruturas –
m³)................................................................................................................ 13
Tabela 7: Exemplo de cronograma físico financeiro .................................... 21
Tabela 8: Planejado x Executado ................................................................ 22
Tabela 9: Exemplo de Curva ABC ............................................................... 26
vii
1. INTRODUÇÃO
Cresce a cada dia a importância do controle de custos do empreendimento,
através do gerenciamento, com avaliações constantes do desempenho físico
e financeiro da obra, pode-se intervir no barateamento dos custos,
melhorarem o atendimento dos prazos e a qualidade dos serviços
(GOLDMAN, 2004).
Para que o projeto seja concluído através do orçamento aprovado, tem que
se enfatizar o gerenciamento de custos, que é obtido através de processos
de estimativas, orçamento e o controle de custos (GUIA PMBOK, 2009).
.
Sendo assim, a monografia visa abordar o controle de custos de obras, com
ênfase em obras públicas.
2. OBJETIVOS
Neste capítulo serão abordados os objetivos desta monografia, isto é, os
objetivos geral e específicos.
3. REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo serão apresentadas a revisão da literatura e fundamentação
teórica, onde será feita uma abordagem dos conceitos relativos ao assunto,
sobretudo no que diz respeito a custos, composição de custos, controle de
custos e contratos de obras públicas.
3.1 Custos
Segundo Azevedo (1985), devido a não existência para todos de alguns
recursos, eles se tornam econômicos, pois para sua produção há um
dispêndio de matéria, energia e tempo, sendo assim, o valor agregado
correspondente ao custo.
4. Cotação dos preços dos insumos: para execução direta dos serviços
de uma obra, são necessários os materiais, equipamentos e mão de
obra que são os insumos de uma composição de um serviço,
conforme tabela 1. Os materiais, em algumas obras de edificações,
representam muitas vezes mais da metade do custo unitário de um
serviço (Figura 1), dessa forma, é importante uma maior atenção para
cotação desses insumos.
6
1% 15%
Equipamentos
Mão de obra
Materiais
84%
3.1.1 Orçamento
A qualidade do orçamento está diretamente relacionada ao tipo de projeto
que ele foi baseado, sendo assim, conforme Tisaka (2006) pode-se partir do
princípio que um projeto completo possui três fases que são:
7
Conforme Dias (2006), para que se tenha um orçamento justo, isto é, exato
e legítimo, e também responsável, alguns parâmetros devem ser seguidos,
como a existência do projeto executivo completo e especificações rígidas de
serviços e materiais.
Custo financeiro: 1% (conforme tabela p. 214, Mattos (2006), para uma taxa
de juros mensal da aplicação financeira de 1%): sobre os custos diretos mais
indiretos: $ 41.740,00
Lucro: 10%
Preço de venda: Custo Direto + Custo Indireto+ Ad. Central+ C. Financ. + Imprev.
1-(lucro (%)+ impostos (%))
O mesmo autor em 2008, afirmou que custo direto são itens fáceis de medir
na unidade de medição e pagamento dos serviços, sendo assim, fazem
parte todos os insumos inclusos em uma composição de custo unitário.
Custos indiretos não são alocáveis diretamente a uma obra, como serviços
de engenharia, correspondentes a supervisão e fiscalização da mesma
(AZEVEDO, 1985).
Cada item de serviço de uma planilha de uma obra é composto por insumos
para execução do mesmo, sendo assim, são insumos: a mão de obra com
os respectivos encargos, materiais e tributos sobre nota fiscal.
Uma das formas que o orçamento estimativo pode ser obtido é através do
custo unitário do m² de construção, que é um valor fornecido por revistas
técnicas ou sindicatos da construção. Custo corresponde a um padrão
especificado, onde se calcula através da área equivalente ou também se
pode estimar conforme os principais itens de construção, calculando-se
através de dados históricos ou atuais de obras passadas ou que estão
acontecendo (GOLDMAN, 2004).
Azevedo (1985) cita que a única forma de tomar uma decisão segura em
relação a uma estimativa de custo, é somente após obtenção de todos os
projetos completos e detalhamento.
Dias (2008) afirma que todos os custos são estimativos, uma vez que o
custo real poderá somente ser conhecido após o término da obra e se for
baseado em controles e apropriações realizadas. E acrescenta que os
mesmos são estimados, pois as empresas definem o preço de venda
através de dados históricos e depois executam o serviço.
Curva S
Através de uma ferramenta denominada Curva S (Figura 2) pode-se
comparar a parcela planejada com o executado (Tabela 8). Através dos itens
de desembolso previstos no cronograma do orçamento e os itens de
medição, pode-se controlar a obra, tomando atitudes para que orçamento
feche conforme o planejado em relação a custos e prazos (GUIDUGLI
FILHO, 2008).
Curva S
45.000,00
40.000,00
35.000,00
30.000,00
Valor ($)
25.000,00 Contrato
20.000,00 Medido
15.000,00
10.000,00
5.000,00
-
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Mes
Assim, através da Curva ABC, segundo o mesmo autor, tem-se uma relação
de insumos, em ordem decrescente de custo, através do peso de cada um
em relação ao montante. Podendo-se agrupar os insumos em três faixas:
Santos (2004) cita que através do gráfico de Pareto (Curva ABC – Tabela 9)
podem-se definir as priorizações de uma organização, pois o mesmo através
26
120,00%
100,00%
80,00%
Seqüência1
60,00%
Seqüência2
40,00%
20,00%
0,00%
B
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Dias (2006) cita que em Engenharia de Custo nenhum parâmetro é fixo para
contratos de empresas, devendo ter um BDI (Benefícios e Despesas
Indiretas) para cada empreendimento devido suas particularidades.
3.4.1 Contratos
Tipos de contratos, conforme Tisaka (2006):
28
Quando a contratação dos serviços é por preço global, tem como pré-
requisitos a existência de todos os projetos, com especificações, tudo bem
definido. Dessa forma, quando isso não é atendido contrata-se por preço
unitário (DIAS, 2006).
O mesmo autor relata que os erros podem chegar até 20% de majoração ou
minoração do preço real da obra quando os custos não refletem a
especificidade do projeto e é realizado pela média do mercado (banco de
dados e tabelas oficiais).
3.4.2 Aditamento
4. METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi de revisão da bibliografia existente a respeito do
assunto, controle de custos de obra, e assuntos relacionados. Os
instrumentos utilizados foram livros, notas de aula, revistas técnicas e
tabelas de composição de custo. Os procedimentos de análise foram
baseados nos conceitos estudos na revisão literária. E finalizando foram
feitas às conclusões, reforçando alguns conceitos vistos na revisão da
literatura.
31
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Através do estudo, verificou-se a importância da existência de projetos
executivos integrais e especificações completas para realização de
orçamentos e principalmente para acompanhamento da obra, resultando
melhores controles de custo. A iminência de erros diminui quando todas as
informações estão em mãos e consequentemente também as probabilidades
de aditivos de prazos e quantitativos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Antônio Carlos Simões. Introdução à Engenharia de Custos:
Fase de Investimento. 2. ed. São Paulo: Pini, 1985. 188 p.
DIAS, Paulo Roberto Vilela. Novo Conceito de BDI. 2. ed. Rio de Janeiro,
2008. 96 p.