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Disciplina - Patologia Geral

Aluno – Samuel Andrade Freitas

Resenha

Apoptose para o Bem e para o Mal

As células frequentemente praticam o suicídio num processo conhecido como apoptose. Isso
ocorre, porque milhares de células estão a todo o momento sendo produzidas, e para que haja
sobrevivência do organismo elas se autodestroem, principalmente porque algumas delas se
tornam enfermas.
A morte dessas células é feita de forma silenciosa não espalhando seu conteúdo para fora da
célula, e sim, diminuem de tamanho, quebrando a cromatina em pedaços e se tornam facilmente
fagocitados pelos macrófagos, distintamente da Necrose, onde as células se rompem e lançam
para o meio extracelular o seu conteúdo promovendo resposta inflamatória nos tecidos vizinhos.
A regulação da apoptose levando a muito ou pouco suicídio celular contribui para várias
desordem no organismo como por exemplo o câncer.
As células tem um gasto alto de energia para levar a sua morte, que elas sintetizam um conjunto
de proteínas que servem como armas de autodestruição, pois se as mesmas se tornam infectadas
ou maligna, comprometendo a saúde do organismo, as proteínas letais começam a ser
desencadeada para dar início ao processo de suicídio.
Mesmo células que não são substituídas e permanecem por toda vida de um organismo como os
neurônios, podem ser de alguma maneira convencidas a praticar suicídio ao se tornarem
problemáticas.
Em todos os tipos celulares e em todos os organismos multicelulares estudados, a máquina do
suicídio consiste de várias enzimas, que quebram proteínas chamadas ICE proteases levando a
destruição das células. A despeito da maquinaria da morte, as células podem diferir quanto aos
sinais que as induzem para a autodestruição. E ainda, uma dada célula pode ser sensível a muitos
gatilhos diferentes.
De acordo com o artigo foi verificado como as células conhecidas como linfócitos T devem ser
capazes de se prender pelos seus receptores aos antígenos dos micróbios. E que ao mesmo
tempo elas devem estar insensíveis a substâncias feitas pelo próprio corpo, já que as células T
auto-reativas podem destruir tecidos normais. Somente aqueles timócitos que produzem
receptores funcionais é que vão amadurecer e entrar na corrente sanguínea para patrulhar o
corpo, se não, sofrerão apoptose, já que não terão funcionalidade.
As células T maduras que finalmente entram na circulação permanecem em repouso, ao
encontrarem antígenos e esses causarem danos, estimulam as células a produzirem uma proteína
chamada p53, a qual induz a ativação do programa de apoptose.
Com o fim da infecção as células T devem morrer,pois de outra maneira estas células podem
acumular,dando origem a uma inflamação crônica e uma possível autoimunidade.
O artigo descreve que a apoptose é essencial para o desenvolvimento e sobrevivência do
organismo e que distúrbios neste processo contribui pra diversificadas doenças humanas, como
aquelas de origem viral. Após a penetração na célula, os vírus tentam fazer com que esta produza
apenas proteínas necessárias a produção de mais vírus. Fazendo isso o vírus induz muitos tipos
de células a cometer suicídio, morrendo a célula,morre o vírus.
Ainda segundo o artigo, a indução do apoptose nas células saudáveis contribua também para a
deficiência do sistema imune que atormenta os pacientes aidéticos. Nas pessoas que contraem os
vírus os linfócitos T conhecidos como células T auxiliadoras, morrem. Com o desaparecimento,
as células citotóxicas T também sucumbem, porque precisam de sinais de crescimento das células
T para prevenir a apoptose. Quando as células T degeneram a capacidade do corpo para
combater as doenças também diminui especialmente infecções parasíticas e virais.
As células T normais podem ser induzidas a cometer suicídio por outras células do sistema
imune e que auto-imunidade ocorre quando os receptores de antígenos nas células do sistema
imune reconhecem antígenos das células saudáveis do próprio organismo, levando-as a morte.
No câncer as células do tumor se negam a morrer e está sendo visto como uma doença que
envolve tanto a proliferação excessiva de células como a sua renuncia à morte programada.
As células cancerosas podem estar desprovidas de seus gatilhos apoptóticos e com isso criam
resistência.
A Apoptose é um tipo de mecanismo de defesa, pois com a morte de células infectadas o
organismo é beneficiado, mesmo que células saudáveis com isso venham a
sofrer suicídio.

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