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Francisco Andrade © 2018

Conteúdo
Introdução: o que é a objetividade e o pensamento crítico?

LIVRO 1: OS PREREQUESITOS DO PENSAMENTO CRITICO


Capitulo I) Metafísica objetivista: uma visão do mundo objetiva
Capitulo II) Epistemologia objetivista: a fundação da objetividade
Capitulo III) Formação do pensamento conceitual: a objetividade em
ação

Conclusão
Introdução: o que é a objetividade e o
pensamento crítico?
O problema da falta objetividade e do raciocínio crítico é que não é fácil
detectar. Temos em nos, mecanismo que nos influenciem em pensar que
somos sempre objetivos e que os nossos raciocínios são certos.
Damos por certo que somos objetivos e que somos de facto bons pensadores
críticos. A maioria das pessoas pensará erroneamente que são objetivas e
bons pensadores críticos. Na verdade, quanto menos uma pessoa é objetiva,
mais ela acreditará ser objetiva, quanto menos uma pessoa é um pensador
crítico, mais ela acreditará ser um pensador crítico. Isso é o efeito Dunning-
Krugger que estipula que as pessoas as mais incompetentes pensam ser as
mais eficientes.
Objetividade e pensamento critico foram sempre necessarias para lidar uma
boa vida e criar boas sociedades civis que respeitam os cidadões. Em adição
entramos na era da economia do conhecimento e da inteligencia artificial, a
questão do pensamento crítico está se tornando cada vez mais um problema
decisivo na vida das pessoas. A competição para empregos está cada vez
mais intense porque para não falhar nessas vagas necessita objetividade e
pensamento crítico.
A consequência da falta de objetividade se manifesta a traves do pensamento
crítico. Ninguém pode ser um pensador critico se não produz o esforço de ser
objetivo e analisar os fatos disponíveis.
O que é a objetividade? A objetividade é a capacidade de basear a sua tomada
de decisões exclusivamente em fatos. Se concentrar sobre os fatos permite
dar uma representação fiel do mundo.
O que é o pensamento crítico? O pensamento crítico é definido como "A
análise objetiva e avaliação de um problema para formar uma opinião
informada". Assim, o pensamento crítico envolve julgamento, avaliação,
análise e objetividade. Estes são processos mentais e vamos ver a importância
de dominar processos de pensamento eficientes. O pensamento crítico é
também o domínio de processos mentais eficientes. Reciprocamente, a falta
de pensamento crítico é a utilização de processos mentais ineficientes.
Os pré-requisitos do pensamento crítico e
objetivo
A raiz do pensamento crítico é a objetividade. O que seria uma filosofia de
vida baseada na objetividade? Como essa filosofia conduziria a ser um
pensador crítico? Existe uma visão do mundo que seja objetiva? Qual seria
sua utilidade? Qual são as consequências no processo do raciocínio se você é
objetivo? Qual seriam as regras de comportamento se você é objetivo?
Capitulo I) uma visão do mundo objetiva que
permite ser um pensador critico
A consequência de uma má visão do mundo é a destruição da objetividade (a
habilidade de ver o mundo como ele realmente é) e do raciocínio (o método
correto par verificar que a nossa compreensão do mundo é objetiva).
Tem visões do mundo que são como um muro para a sua efficiencia é outros
que são como chaves que abrem portas. A minha estória pessoal ilustra uma
escolha de visão do mundo que funciona como um muro. Neste capítulo
vamos ver introduzir uma visão que funciona como uma chave que
desencadeia as potencialidades do mundo.

1) O que é a uma visão filosófica do mundo (metafísica)?


A metafísica é uma visão global do mundo, desenvolvida para explicar a
identidade do mundo. Ele descreve o mundo através das necessidades da vida
dos seres humanos. Temos todos uma imagem de como o mundo deve
funcionar e sempre aguardamos que o mundo vai reagir em acordo com essa
visão. Essa visão pode ser um trampolim como pode ser um muro. Se você
ter uma visão do mundo em acordo com a realidade então você vai poder agir
com sucesso e atingir os seus objetivos. Se você ter uma visão do mundo
errada que não corresponde à realidade então você vai bater repetidamente
contra um muro sem nunca compreender por que o muro esta afrente de si.
Uma visão do mundo errado tem grandes consequências porque ela vai vos
bloquear. O material deste livro permite reorientar a sua visão do mundo de
maneira a desbloquear aqueles que estão afrente do muro criado pela sua
visão errada do mundo.
As pessoas que não são objetivas et que não usem raciocínio têm uma visão
do mundo que desvaloriza a objetividade e o uso do raciocínio. Uma vez que
você desvaloriza objetividade ou raciocínio eles vão virar um muro na frente
do seu caminho. Para navegar eficientemente no mundo é preciso de ser
objetivo e racional. As atividades de base não necessitam um alto nível de
objetividade ou de racionalidade mas quando se chega ao nível de atividades
profissionais ou com valor produtiva para a sociedade então a racionalidade é
necessária.
A base da visão do mundo objetiva é a metafísica de Aristóteles. Vamos
explicar o que é nas próximas seções.

2) Os pilares da visão do mundo objetiva


Metafísica objetivista repousa em axiomas. Um axioma é um ponto de
partida para o conhecimento, explica tudo o que deriva logicamente
disso. Um axioma é também um conhecimento que não se pode explicar. Um
axioma não pode ser reduzido a outro conhecimento mais fundamental. Para
explicar um axioma você tem de usar o axioma. Você tem de utilizar os
axiomas para tentar refutar os axiomas. É um conhecimento fundamental
inquebrável. Os axiomas formulam fatos iniludíveis. Esses axiomas que vou
explicar abaixo são a fonte do raciocínio e da lógica, portanto, são os
alicerces para o pensamento crítico.
Esses axiomas são classificados em duas categorias, os axiomas da identidade
e os axiomas da consciência. Nesta sessão de metafísica, nos focaremos nos
axiomas da identidade e seus corolários. Na seção epistemológica,
analisaremos os axiomas da consciência.
Os axiomas são chamados de axiomas de consciência e se aplicam da
seguinte forma:
Axiomas da existência:
Existência existe
Axioma de identidade
Uma coisa é o que é.
A é A.
Uma coisa não pode ser A e não-A
Uma coisa deve ser A ou não-A
Axioma da consciência
Estou consciente
O primado da existência
A realidade existe independentemente de mim
Causalidade
As entidades atuam de acordo com suas naturezas.
A mesma entidade nas mesmas circunstâncias agirá da mesma maneira.
Livre arbítrio
Eu posso escolher
A filosofia do objetivismo baseia-se nos axiomas da Existência, da
Identidade, da Consciência e da Causalidade.
Esses axiomas estão presentes em todos os momentos de nossas vidas. Por
exemplo, você sabe que quando você precisa atravessar a rua e que um
grande caminhão chega a toda a velocidade, você tem que parar. Em sua
mente, você passou por esses axiomas. Para começar, você aceitou que
existência existe e que o caminhão realmente existe e você realmente
existe. Você também aceitou que o caminhão é um veículo perigoso que, se
colide com você, você pode morrer. Você tomou em consideração sua
identidade e a identidade do caminhão. Você aceitou que você é consciente
pelo simples fato de pensar sobre o que fazer. Você também aceitou que
havia uma causalidade implícita nessa situação de que o caminhão é feito de
aço e você feito de carne, você seria destruído pelo caminhão se houvesse
uma colisão. Todo esse raciocínio foi à velocidade da luz em seu
subconsciente de forma automática.
Você não disse que o caminhão não existia e que você ainda cruzaria. Você
não pensou que o caminhão não tem nenhuma identidade e que, quando se
aproxima de você, ela se transformaria em água, ou em um cavalo. Você
também não pensou que não tinha identidade, que se transformaria em sapo
ou caminhão. Você não pensou que não estava consciente e que não deveria
pensar e analisar a situação. Você não pensou que, se houvesse uma colisão
com o caminhão, como um ser humano, danificaria o caminhão e ficaria
seguro.
3) Foco na Realidade
A essência da de uma visão objetiva do mundo é um foco na realidade. O
reconhecimento de que a realidade é um absoluto. Essa realidade dita "o que
é" ao homem. A ideia é que a realidade existe independentemente de mim. A
realidade existiu muito antes que a vida e a consciência apareceram na Terra
e, portanto, é fácil entender que a realidade existe independentemente da
consciência. Alguns filósofos afirmam que a realidade é relativa à
consciência humana. Outros afirmam que a realidade pode ser moldada pela
consciência. Essa ideia do primado da consciência é uma barreira para o
pensamento crítico.

4) Causalidade e identidade
Durante o “Renascimento” alguns filósofos e cientistas desenvolveram a
ideia de que a causalidade estava ligada a uma sequência de ação de causa e
efeito. Isto é ilustrado pelo exemplo de causalidade da bola de bilhar para o
qual o movimento de uma bola de bilhar é causado linearmente pelo impacto
de outra bola. Esta visão tem um problema, ela gere um muro para o
pensamento crítico. Se a causalidade é sequencial então tudo pode ser
predestinado e vivemos uma vida sem escolha sem libre arbítrio no qual o
uso do raciocínio é inútil. Para resolver este problema e quebrar o muro do
determinismo é necessário usar o concepto de causalidade na maneira
definida por Aristóteles. Aristóteles define a causalidade como: a
consequência da identidade que atua. Cada entidade tem um potencial de
ação que é ligado as suas características. Nesta visão não é a ação previa que
causa de maneira linear e determinista a evolução da entidade mas o potencial
de ação em cada entidade. Esse potencial de ação está incorporado nas
propriedades da entidade. No caso de uma bola de bilhar, sua identidade é ser
um objeto redondo que rola e se for batido por outro objeto vai rolar. Não
pode comportar-se como um objeto quadrado ou um objeto elíptico. A
causalidade é ligada ao fato que a bola é redonda e não ao fato que outro
objete a bate.
5) Visões filosóficas do mundo concorrentes: Intrinsicismo, relativismo e
objetivismo
O intrinsicismo é a ideia de que o mundo (realidade) é uma imagem
imperfeita do mundo real (que existe em uma outra dimensão). Neste mundo,
o mundo físico, tudo o que percebemos é imperfeito e é apenas uma versão
imperfeita da identidade real, a essência do objeto. Não podemos perceber o
homem real, apenas a casos de homens, indivíduos, o mesmo vale para a
justiça, ou amor... Esta é a ideia defendida por Platão na “alegoria da
caverna”. De acordo com essa visão, na nossa realidade, percebemos sombras
da verdadeira identidade do que existe. Há um outro mundo, uma outra
dimensão, aonde está a verdadeira essência de tudo o que existe e estamos
tirando daí as nossas ideias. Esta visão do mundo defende que existem duas
realidades: o mundo em que vivemos, e o mundo das ideias. Esta é a
metafísica da fé e do sobrenatural em que se baseiam as religiões. Neste
ponto de vista da identidade, o que existe na realidade pode ser mudado e não
têm identidade fixa, tudo pode mudar de um momento para ao outro... A
realidade é completamente maleável para a mente sobrenatural ou entidade
sobrenatural.
Uma outra visão do mundo que cria um muro para o pensamento crítico é o
relativismo. É a ideia de que a realidade é uma ilusão criada em nossa mente
(consciência) e que a realidade percebida por uma pessoa é diferente da
realidade percebida por outra e portanto não existe “realidade”. Em suma,
significa que a realidade é uma ilusão. Não há nenhuma realidade apenas
projeções, criações de nossas mentes como quiserem. Por exemplo, se eu
vejo um caminhão e você vê um cavalo isso é apenas nossa visão diferente da
realidade e as duas visões são justificadas. A realidade é relativa e depende da
consciência par se formar. Se eu quiser ver algo de uma forma que contradiz
a sua identidade, tenho o direito de fazê-lo. Se eu sou pobre, mas quero
pensar que sou rico, tenho o direito de fazê-lo. Se eu acho que a propriedade
de outra pessoa é minha, então é minha e eu tenho o direito de ir lá. Esta é
uma visão metafísica para a qual não há realidade. Esta é a metafísica das
emoções, desejos e caprichos.
O relativismo é um movimento filosófico muito recente que apareceu em
resposta a perca de religiosidade na Europa. Numa sociedade sem Deus, as
regras morais não têm mais base e os indivíduos pensam que podem fazer
qualquer ato e que a moralidade é relativa. Por exemplo no livro Crime e
Castigo de Dostoievski, o herói “Rodion Raskholonikov” é um estudante
pobre. A sua família está em grandes dificuldades financeiras. Ele é um
relativista moral que pensa que se Deus não existe então tudo é justificado.
Ele decide de matar uma mulher rica porque é uma mulher malvada que faz
muito mal aos outros. Depois do crime ele vê que o seu relativismo moral não
funciona e que ele está cheio de remorso e de culpabilidade. Um outro
exemplo de relativismo moral é “O Estrangeiro” de Albert Camus. O
protagonista “Mersault”, não acredita em valores morais e pensa que todas se
valem e que pode fazer o que ele quiser. A consequência e que ele perde todo
sentido da vida e cai no niilismo.
Finalmente, o objetivismo é a visão do mundo que considera que a realidade
existe e é um absoluto. Esta realidade pode ser entendida se usar o raciocínio.
O mundo tem sentido e é preciso de fazer o esforço de raciocinar para
entender o significado. Os seres humanos têm escolha nas suas ações e por
isso o raciocínio é a ferramenta principal quando analisa e planifica.
Portanto, temos três visões do mundo competindo aqui. Uma que diz que não
há realidade (relativismo), outra dizendo que só existe uma realidade
(objetivismo) e uma dizendo que há duas realidades
(intrincisismo/misticismo).
6) Clarificação da importância do relativismo e do objetivismo
De novo temos de clarificar a utilidade e as limitações do uso do pensamento
et da mente. Como explicamos previamente, o pensamento é uma ferramenta
da consciência. A mente é uma ferramenta usada pela consciência afim de
analisar o passado e planificar o futur. A mente não tem nenhum poder de
decisão, este poder de decisão e de iniciação da ação reside na consciência
que é a nossa verdadeira identidade. A consciência funciona num modo
automático e instintivo que nos permite agir de maneira espontânea e
autentica. As pessoas que passam o seu tempo a raciocinar não conseguem
agir porque o pensamento, a mente, não tem mecanismos que lhe permite
tomar decisão ou iniciar ações. Por isso o uso da mente deve ser limitado a
por exemplo 10% do dia. De maneira similar, o objetivismo é ligado a mente,
ao pensamento e a atividade de raciocínio mas se limita a tudo que é em
relação ao mundo material ou que pode ser derivado da percepção direta. Isto
é o caso das ciências, ou conduzir um carro. Mas se está focando em relações
humanas então é o relativismo que é a visão a mais adequada. Por causa do
livre arbítrio, o comportamento humano não pode ser predito. Cada ser
humano tem a liberdade de escolher a ação que lhe convém mesmo se não é
uma ação racional. O relativismo permite respeitar a liberdade de escolha dos
outros seres humanos enquanto o objetivismo se for aplicado a interações
humanas da mesma maneira que se aplica ao mundo material entraríamos
numa tendência ditatória e tirânica. O uso do objetivismo conduziria a
empossar as nossas escolhas aos outros porque nossas escolhas são
racionais...Vamos ver no capitulo 3 como gerar este tipo de situações. O
relativismo permite garantir a liberdade de escolha e de preferência dos
outros mas não permite ser objetivo ou desenvolver raciocínio crítico. A
interação entre uma visão objetiva e uma visão relativista atinge toda a sua
complexidade e imbricação quando estamos no quadro professional e que
devemos ser produtivos (lado material e objetivo) e devemos colaborar com
colegas (lado relacional e relativista).
7) A ligação entre uma visão objetivista e o pensamento crítico
Por que escolher uma visão objetiva do mundo? Porque é a maneira adequada
de pensar para desenvolver o raciocínio crítico. Por exemplo, se você quiser
jogar futebol você vai escolher os sapatos adequados para o futebol. Os
sapatos para tênis ou basquete ou corrida serão inapropriados. O mesmo se
aplica aqui ao pensamento crítico. Se você quiser praticar o pensamento
crítico, mas escolher o misticismo ou o subjetivismo, não será apropriado. O
misticismo é apropriado para tudo o que requer fé cega como religião ou
trabalhando para um governo ou ser um exército subalterno. O subjetivismo
será adequado para tudo o que requer lidar com as pessoas (trabalhando no
bem-estar social, se é um diplomata...) de forma suave para gerenciar os egos,
pois você se inclinará a considerar que todas as opiniões são do mesmo valor.
Este subjetivismo será apropriado para trabalhadores sociais ou diplomatas.
O pensador crítico tem que fazer a diferença entre uma reivindicação boa e
menos boa, para não seguir cegamente as emoções apenas porque elas estão
aqui e para rejeitar reivindicações baseadas na fé. A visão objetiva fornece as
bases para o pensamento crítico porque vê a realidade como absoluta e,
portanto, cognoscível. Uma vez que você adquiriu conhecimento, no contexto
objetivista, você não tem de se preocupar de que um ser sobrenatural virá
alterar a realidade.
Capitulo II) Raciocino critico: O método para
alcançar a objetividade
1) O que é a Epistemologia?
A epistemologia é o ramo da filosofia preocupado com a natureza do
conhecimento e os métodos de validação, isto é, de identificar o seu
conhecimento factual. A epistemologia nos diz o que é razão, como funciona
e quais são as diferentes características do conhecimento. A epistemologia
explica por que o conhecimento tem uma estrutura e quais são os padrões
básicos da lógica.
Epistemologia é a filosofia de aquisição de conhecimento. É a explicação
filosófica sobre o que é o conhecimento, como é que vamos adquiri-lo e
como sabemos que o que nós adquirimos é verdadeiro conhecimento. Há
várias epistemologias disponível. A epistemologia objetivista é também
baseada na epistemologia Aristotélica.
2) Os axiomas da epistemologia objetivista
Como para a metafísica, a epistemologia é baseada nos axiomas. De fato, a
epistemologia deriva da metafísica. Epistemologia lida com como o homem
percebe a realidade e sabe que ele é percebeu a realidade e não uma fantasia
em sua mente.
O axioma da identidade é a base para os princípios da lógica, negando a
existência de contradições na realidade. O axioma da identidade pode ser
expresso em termos das leis básicas da lógica:
A “lei de Identidade”: A é A.
A Lei da “não-contradição”: Uma coisa não pode ser A e não-A.
A lei de meio-excluído: Uma coisa deve ser ou A ou não-A
A lógica é a habilidade de assegurar que as nossas ideias são em
conformidade com esses aspectos básicos da realidade. O uso mais comum
das leis da lógica é como teste de validade de uma ideia.
3) Foco volitivo e livre arbítrio
Os axiomas também implicam que o homem tem uma consciência e tem livre
arbítrio. Este livre arbítrio é expresso através do fato que o homem tem razão
e pode fazer escolhas com base na razão. O homem, quando confrontado com
a vida tem a maioria das vezes escolha entre diversas alternativas de ações.
Mas o homem pode colocar-se fora dessa consciência e livre arbítrio, optando
por não se concentrar e não entrar no processo do raciocínio. A escolha
inicial diante de uma situação é concentrar a mente sobre a situação e tentar
entender o que está acontecendo ou ficar fora de foco e deixar a mente vagar
ou para deixá-lo obter uma visão impressionista da situação de maneira
similar aos animais.
“Men are not prisoners of fate, but only prisoners of their own minds.”
Franklin D. Roosevelt
4) As diferentes maneiras de adquirir conhecimento
O primeiro passo para o homem é através da sensação. As sensações são a
informação desconectada coletadas pelos sentidos, como a cor, o calor ou a
forma... Então estes são automaticamente integrados pela mente na
percepção, que é, por exemplo, perceber uma maçã em todos os seus
elementos forma, cor... O próximo passo na percepção é conceituação. A
conceptualização é um processo mental que é exclusivo do homem. É a
capacidade de sintetizar informações. Por exemplo, é a capacidade de ver
cadeiras e, em seguida, criar uma entidade mental que represente todas as
cadeiras que existem, existiram e existirão. A conceituação está ligada ao
idioma e às palavras. Somente o homem é capaz de usar conceitos. Os
animais estão bloqueados no nível de percepção.
5) A percepção como base para adquirir conhecimento.
Percepção é o conhecimento direto da realidade através dos sentidos. Ele é a
base para todo o conhecimento que o homem pode adquirir seja o
conhecimento de baixo nível, como uma cadeira, seja abstrações de alto nível
como matemática, economia ou arquitetura. Conhecimento perceptivo é o
ponto de partida do conhecimento. Se o seu conhecimento não pode ser
rastreado até a informação perceptual então ou você não entende o seu
conhecimento ou não está ligado à realidade e não é conhecimento.
6) Fatos, raciocínio e lógica
Os fatos são o que existe na realidade, é o que percebemos com nossos
sentidos e todo o conhecimento derivado do que podemos conceituar a partir
deles. Dados ou informações são fatos somente se eles podem ser rastreados
de volta à realidade e ao conhecimento perceptual. Um fato tem também de
respeitar os axiomas de identidade. Os fatos têm de integrar-se com outros
fatos da realidade, sem contradição.
O raciocínio é o processo mental de análise e de avaliação do conhecimento,
a fim de saber se ele refere-se à realidade. Razão e realidade são
indefectivelmente ligados. A razão é a maneiro como o homem se relaciona
com a realidade e identifica-lo. É a maneira como o homem adquire
conhecimento.
A lógica é o processo do raciocínio, é os passos que um ser humano leva na
mente a fim de adquirir conhecimentos ligados à realidade. A lógica é aplicar
os axiomas descritos acima e certifique-se de que eles sejam respeitados: a lei
da identidade, a lei da não-contradição e a lei do terceiro excluído.
7) Prova, verdade e o arbitrário
A prova é a capacidade de mostrar que o que nós reivindicamos como sendo
o conhecimento é conhecimento real e que está ligado à realidade, que é um
existente na realidade. Algo só pode ser provado por ser reduzida para os
dados efetivamente coletados pela percepção. Se você é incapaz de relacionar
o seu conhecimento de volta para os dados que você percebeu ao observar a
realidade, então não é provado.
A verdade é a identificação do fato ser realmente algo que existe na realidade
ou que pode ser reduzido de volta a algo que existe na realidade. No entanto,
a verdade é algo que se relaciona apenas com a interação humana com o
mundo, pois está ligada à linguagem e ao conhecimento conceitual. Por
exemplo, se um papagaio diz, "Dois mais dois são quatro", ele não tem o
status epistemológico de ser uma verdadeira sentença porque o papagaio não
sabe o que significa, essas palavras são apenas sons que ele está emitindo
sem o conhecimento do seu significado.
O oposto da verdade é falsidade, isto é, quando está reivindicando
conhecimento sobre dados ou informações que não são ligados à realidade e
que não existem na realidade. No entanto, existe um erro pior do que ser
errado, que é de ser arbitrário. Enquanto a falsidade é uma identificação
errada da realidade, usando a razão, a lógica e evidência, mas chegando a
uma conclusão errada. O arbitrário é quando se faz afirmações sem o uso de
razão, lógica ou de provas. Ele está fazendo uma chamada na fé. Você tem
que acreditar no que é reivindicado sem ter provas para isso. Por exemplo,
alguém poderia alegar que ele se lembra de suas vidas anteriores e que numa
vida anterior, ele foi Presidente Roosevelt. Quando alguém lhe pede
evidências e provas, ele diz que não há necessidade de prova, que ele só sabe
disso. Essa é uma afirmação completamente arbitrária que não pode ser
provada ou refutada.
8) Indução e Dedução
Há dois modos de raciocínio que as pessoas usam: Dedução e Indução.
A indução é o processo de passar da observação individual para uma
generalização. Baseia-se na percepção e no contato direto com a realidade
para formar um conceito geral que representa e sintetiza os concretos. O
ponto fraco da indução é que só dá uma probabilidade de verdade, mas não
um absoluto. Por exemplo, dizer que o sol nasceu todos os dias no leste,
indica que amanhã também vai nascer no leste. No entanto, pode acontecer
que não. Ou outro exemplo é a vaca que é alimentada diariamente pelo
fazendeiro, mas um dia o fazendeiro vai matar a vaca para produzir carne.
Dedução é o processo inverso de indução. Partimos de uma generalização,
uma abstração e extraímos dele informações sobre os concretos. É mais
usado na ciência, mas tem o risco de desconectar o usuário da realidade se
usa a razão e a lógica cegamente. Com deduções, podemos chegar à uma
conclusão que é logicamente aceitável, mas que não se relacionam com
nenhuma entidade existente na realidade.
Na visão objetivista, a indução é superior à dedução porque indução está
diretamente ligada à realidade através da percepção. Dedução começa com
uma abstração que precisa ser reduzido de volta à percepção para ser provado
certo... o que muita gente em suas “torres de marfim” conceitual não faz. Eles
chegam a conclusões sólidas, mas que não estão ligadas à realidade.
9) O conhecimento é contextual e hierárquico
O conhecimento é hierárquico porque é derivado da percepção da realidade, e
que integra mais e mais unidades de percepção e de conceitos quanto ele
volta mais abstrato. Um conceito sempre depende da percepção e em outros
conceitos mais simples. Isto implica que todo conhecimento é finalmente
ligado a outros pedaços de conhecimento. Isso implica que tudo o que existe
na realidade está ligado. É a mente humana que, por motivo metodológico e
prático divide a realidade em concretos e conceitos.
O conhecimento também é contextual. Devido ao número aparentemente
infinito de concretos que existem na realidade, é necessário limitar o
conhecimento dentro de um contexto em que em qual ele toma pleno sentido
e é utilizável. Por exemplo a lei Newton é contextual, para o mundo
macroscópico, a mecânica quântica é contextual para o mundo
microscópico. Ambos descrevem a mesma realidade, mas precisam de
diferentes contextos para tomar significado.
10) As Abordagens epistemológicas concorrentes: misticismo e cepticismo vs
objectivismo
Como para a metafísica, existe abordagens epistemológicas concorrentes:
misticismo e ceticismo.
Misticismo deriva do intrinsicismo metafísico. Ele considera que o
conhecimento da realidade é derivado de um mundo sobrenatural diferente da
realidade. O conhecimento é recebido através de meios sobrenaturais ou a
partir de um ser sobrenatural. Ele dispensa você de usar a razão para verificar
se o conhecimento sobrenatural revelado é verdade. Ele se baseia em fé e
aceitação cega e, portanto, é contra o desenvolvimento do pensamento crítico.
Ela relaciona-se com o conceito de arbitrário. Tudo o que a entidade
sobrenatural diz é verdade e não precisa de nenhuma prova.
O ceticismo é a manifestação epistemológica do relativismo metafísico. O
ceticismo afirma que não há verdade no mundo e que o conhecimento é
relativo à pessoa observando e criando esse conhecimento. O ceticismo
afirma que o que é verdade para uma pessoa não é verdade para outra. Afirma
também que a mente crie representações da realidade a partir de fantasias e
caprichos. Tudo o que você quer ser verdade, é verdade. É muito fácil
entender que essa mentalidade de ceticismo é uma barreira para o
pensamento crítico. Como podemos desenvolver a ciência se não houvesse
uma realidade absoluta fixa para entender e conquistar e a partir daí, criar
algo novo, complexo e inovador como um smartphone ou um avião.
Objetivismo vê a realidade como um absoluto com regras fixas que são
compreensíveis pelo homem. Uma vez compreendido, o homem pode ter a
certeza de que o que ele entendia hoje não vai ser alterado arbitrariamente
amanhã. Se um engenheiro entende como fabricar um smartphone hoje e o
produz, ele pode ter certeza de que amanhã ele pode fazer outro smartphone,
seguindo o mesmo processo. Portanto, podemos ver novamente que
objetivismo é a abordagem filosófica mais adequada para o desenvolvimento
do pensamento crítico.
11) Emoções e Conhecimento
As emoções são a reação que os animais têm em relação aos eventos que
acontecem em suas vidas. Uma emoção informa a pessoa se ele atingiu seu
objetivo ou não. Uma pessoa terá uma emoção positiva se for bem sucedida.
Ou terá uma emoção negativa se não alcançar seu objetivo. Pessoas acríticas
vão usar emoções como meio de aquisição de conhecimento. Objetivismo diz
que uma emoção apenas informa se você alcançou ou não o “valor” que tinha
definido para adquirir. (Neste contexto, valor significa tudo que se pode
adquirir, seja material ou spiritual.) Isso não lhe diz se o valor que estavam
atrás é um bom valor ou uma má valor, se é um valor razoável ou não. Por
exemplo, pode ter o valor de jogar a cada dia nos casinos e sentir a partir dele
uma emoção muito positiva. Alguém acrítico pensara que é bom jogar no
casino porque sente uma boa emoção. Mas uma pessoa crítica veria que esta
emoção não é conhecimento, porque não está deixando lhe ver que gastar
todo o seu dinheiro num casino tem consequências deletérias.
Na melhor das hipóteses, no contexto do conhecimento, emoções podem ser
vistas como uma informação sobre qual são os seus valores. Se alguém fica
chateado porque seus colegas não mostrar respeito então se pode deduzir que
“ser respeitado” é um valor para essa pessoa. Se alguém não ficar chateado
por ter sido desrespeitado por seu colega, em seguida, pode-se deduzir que
ser respeitado não é um valor para essa pessoa.
Claro objetivismo não diz que se deve cortar-se de suas emoções. Ele diz que
durante o processo de raciocínio, um pensador critico deve colocar de lado
suas emoções, a fim de olhar objetivamente para os fatos para entender e
avaliá-los. Em outro contexto, em uma relação sentimental por exemplo, a
pessoa tem que estar em contato com seus sentimentos, pois é um
componente muito importante das relações sentimentais.
12) A ligação entre a epistemologia objetivista e o pensamento crítico
A ligação entre objetivismo e pensamento crítico torna-se cada vez mais
claro. Objetivismo promove, a razão, a lógica, o raciocínio, o uso de provas...
Ela exige que as provas das nossas afirmações sejam baseadas na realidade e
que não sejam arbitrarias. Também rejeita qualquer processo de cognição
baseada tanto nas emoções ou em caprichos.
13) Racionalismo vs empirismo e objetivismo
Há dois grandes erros que podem ser feitos e que ilustram a praticidade do
objetivismo: racionalismo e empirismo.
Racionalismo é usar o conhecimento abstrato para derivar conclusões lógicas,
mas estas conclusões não se relacionam com o que está realmente
acontecendo na realidade. A abstração usada como ponto de partida não se
relaciona com concretos em realidade. Por exemplo, uma racionalização
poderia ser alguém que começa a partir do fato de que o homem pode voar
entre Nova York e Los Angeles e, portanto, que o homem tem asas porque os
animais podem voar apenas se eles têm asas. Esta é
uma racionalização porque ele chega a uma conclusão lógica, mas que
contradiz a realidade que o homem pode voar sem asas, se ele está em um
avião.
O empirismo é o oposto do racionalismo. Alguém que é empirista será
limitado aos fatos concretos imediatos que ele tem diante de seus olhos. Ele
não vincula esses fatos concretos imediatos através da conceituação. O
empirismo por essência é uma falta de conceituação, porque cada evento é
isolado dos outros eventos. Por exemplo, toda vez que João se encontra com
Paulo, Paulo pede favores e nunca retorna o favor. João fica frustrado com
Paulo, mas ele não sabe o porquê. Ele não conceituou o comportamento de
Paulo como sendo um aproveitador. Na próxima vez em que João encontrar o
Paulo, o Paolo vai lhe pedir um novo favor e o receberá. John não consegue
aprender com suas experiências passadas por causa de sua falta de
habilidades de conceituação.
Objetivismo está no meio do caminho entre o racionalismo e o
empirismo. Para objetivismo, todo o conhecimento precisa ser ligado de volta
para os fatos concretos que deriva. Há também a obrigação de conceituar os
eventos concretos em princípios. Veremos mais sobre isso no capítulo
dedicada a psico-epistemologia.
Capitulo III) Formação de “conceitos” e de
“definições”: objetividade em ação
1) O homem o animal Conceitual
O homem adquire conhecimento através de um processo de integração de três
etapas. Sensações são integradas pelo cérebro em percepções e as percepções
são integrados nos conceitos usando o processo de raciocínio. Os conceitos
são o que define homem à parte no reino animal.
2) Como formamos conceitos?
A formação de conceitos é necessária pelo fato de que o homem e a maioria
dos animais possuem uma quantidade limitada de concretos que podem
guardar em sua memória. Este é baseado em um experimento para o
qual a percepção do corvo foi estudada. Ele mostrou que o corvo conseguiu
distinguir até quatro pessoas, mas acima desse número ele não podia.
Portanto, se o corvo estivesse se escondendo dos seres humanos e ele visse 4
pessoas entrando em seu entorno, ele poderia monitora-los, mas se 6 pessoas
vieram e só 4 deles forem embora então o corvo pensa que todos se foram e
se mostrara às duas pessoas restantes.
A limitação do número de conceptos que pode conter a mente consciente
também existe para os homens. Sabemos que o homem pode manter a cerca
de 7 concretos em sua memória. Isto é o que exige a necessidade de
conceituar. Conceitos são uma forma de condensar e integrar um número
infinito de concretos em uma unidade. Por exemplo o conceito de mesa
representa todas as mesas que existem, existiram e existirão. Isso é
impossível para os animais que só são conscientes de concretos, um por um e
são incapazes de abstrai-los. Sem conceitos não é possível raciocinar.
Um conceito é condensação em uma unidade de um número infinito de
concretos. Ele faz a média de todas as semelhanças entre os concretos e
remove todas as diferenças de mensuração de seus atributos para criar uma
entidade normalizada, em média, representando todos os concretos.
3) Integração
Integração é o processo mental de interligar fatos da realidade em um todo
coerente. Uma vez que se aprende que uma colher é um utensílio de cozinha
usada para comer, você integra esse fato aos outros fatos relacionados, já
conhecidos. Por exemplo, integraremos que colheres podem ser agrupadas na
mesma categoria que garfos e facas. Saberemos que se pode comer algo com
um garfo, em seguida, pode-se fazer o mesmo com uma colher. Se garfos são
feitas de madeira, plástico ou aço, em seguida, colheres também podem ser
feitas dos mesmos materiais. Tudo isso é o processo de integração em ação...
O mesmo se aplica ao conhecimento científico. Por exemplo, se alguém
entende que a lei da gravidade aplica-se na terra, então eles vão aplicar
também em outros planetas, que, se a Terra gira em torno de uma estrela, em
seguida, os outros planetas deve também.
Integração significa: fazer conexões entre ideias, conceitos, isto é, conexões
lógicas. Aquele que integra traz peças juntos, sintetiza as partes em uma
unidade não-contraditória. A formação de conceitos exige que a integração
vaia de concretos para uma unidade generalizada representando todos os
concretos.
Quando enfrentamos novos conhecimentos e que os compreendemos com
sucesso temos usado o processo de integração. Nós integramos de forma
lógica e não-contraditoriamente o novo conhecimento com o antigo
conhecimento que já tivemos em nossa mente.
O processo de aprendizagem, é um processo de integração mental. Aprender
é conectar o conhecimento antigo com o conhecimento que já
possuímos. Nenhum conhecimento é possível sem a integração. Não pode
haver um conhecimento não integrado porque o conhecimento tem uma
estrutura hierárquica.
4) Os conceitos são hierárquicos e contextuais e portanto são objetivos
Como dissemos antes, o conhecimento é hierárquico. Isso é porque nós
criamos conceitos baseando-os em outros conceitos de menor
complexidade. Portanto, para entender um conceito deve-se fazer um esforço
para reduzir o conceito de nível superior passo a passo para todos os
conceitos que o compõem. Quanto mais juntamos conceitos para criar novos
conceitos, mais nos afastamos dos concretos perceptuais, portanto, o mais
abstrato se tornam. A este nível de complexidade, você tem que empregar
grandes esforços para ser capaz de reduzir a abstração para os concretos da
realidade que deram origem a ele.
Conhecimento é conceitual e, portanto, os conceitos são contextuais. Eles
dependem do quadro de referência no qual são criados e tem que ser utilizado
nesse quadro de referência. Contudo os conceitos e conhecimentos derivados
deles são objetivos neste contexto, porque eles são baseados na realidade.
Conceitos, inferências e conclusões baseiam-se em conceitos anteriores,
inferências e conclusões, que, em última instância baseiam na realidade
perceptiva e na Lei da identidade. É uma longa cadeia de conexões logicas,
para qual nenhuma parte é válida sem a contribuição das partes anteriores.
Todo o conhecimento se baseia em conhecimentos já adquiridos e não pode
ser melhor em qualidade do que o conhecimento adquirido anteriormente. Se
você aprendeu definições aproximadas, em seguida, os conceitos que irá
basear nessas definições também serão aproximados.
5) Língua e definições como ferramentas objetivas
Inicialmente o homem não foi capaz de conceituar porque ele compartilhava
as mesmas características do que os outros animais. Algo aconteceu que
permitiu ao homem conceituar. Acho que foi o uso de sons para designar um
objeto. O uso da linguagem. Uma vez que o homem tem sido capaz de
designar explicitamente um objeto por uma palavra, ele foi capaz de
generalizar esta palavra a todos os objetos que designam a mesma coisa. O
primeiro homem que foi capaz de usar um som para designar um objeto e
pois ensiná-lo a sua tribo tem ganho uma enorme vantagem contra tribos
oponente porque, ele se torna capaz de agir mais rápido, para organizar suas
ações e para comunicar precisamente com seus companheiros. Portanto, o
uso da linguagem tornou possível a dominar aqueles que não falavam. O
mesmo aconteceu com aqueles que primeiro foram capazes de escrever como
fez possível transmitir uma quantidade enorme de conhecimento e sabedoria,
em comparação pela transmissão apenas oral que pode ser erodida com o
tempo.
A língua é a base da conceituação. Ele desencadeou esse potencial latente no
homem e, desde então, temos sido capazes de criar conceitos mais e mais
complexos baseados em conceitos anteriores.
Um exemplo de preeminente orador é o Demostenes (384 AC a 322 AC). Ele
foi um preeminente orador grego de Atenas. Quando ele era criança,
Demóstenes assistiu a um julgamento no qual um orador
chamado Calístrato teve um desempenho brilhante e, com sua verve, mudou
um veredicto que parecia selado. Demóstenes invejou a glória de Calístrato
ao ver a multidão escoltá-lo e felicitá-lo, mas ficou ainda mais
impressionado com o poder da palavra, que parecia capaz de levar tudo de
vencida.
Um componente importante da conceituação e linguagem é definição. A
definição é a capacidade de especificar claramente e exclusivamente o que a
palavra significa. É o que nos permite comunicar com precisão e obter a
mensagem exata que queremos transmitir. É um componente crucial do
pensamento crítico. O pensador critico é ciente do poder de definições. Para
ser um pensador crítico é preciso definir com precisão as palavras que
usamos e também saber exatamente o que os outro querem dizer com as
palavras que usam.
6) A ligação entre a formação de conceito e o pensamento crítico
Há uma ligação entre a formação de conceitos e pensamento crítico. Os
conceitos são a nossa forma de organizar nossas mentes e seu conteúdo. Sem
conceitos não haveria raciocínio e nenhuma lógica. Conceitos são o que nos
permite compreender a identidade das coisas, para os sintetizar em uma
unidade. Os conceitos são potencializados pela linguagem que é a fonte de
nossa capacidade de conceituar. Em adição os conceitos são potencializados
pela linguagem de maneira ainda mais fina através do uso de definições que
trazem clareza e organização para a mente.
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