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Continuada a Distância
Curso
REFORMA ORTOGRÁFICA DA
LÍNGUA PORTUGUESA
Aluno:
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os
créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia
Consultada.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
• Introdução;
• Questões importantes;
MÓDULO II
• Introdução;
• Curiosidades;
• O português brasileiro;
• O português na Ásia;
• O português na África;
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• Algumas curiosidades a respeito dos acordos anteriores;
MÓDULO III
• O acordo ortográfico;
• Trema;
• Alfabeto;
• Acento diferencial;
• Acento circunflexo;
• Acento agudo;
• Uso do hífen;
MÓDULO IV
• Por que é que algumas regras de uso do hífen foram mudadas então?
• Observações importantes;
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MÓDULO I
INTRODUÇÃO
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Módulo II – Será apresentada a história da língua portuguesa, com as
influências sofridas pela língua interna e externamente e a história dos acordos ou
das tentativas de acordo anteriormente feitas.
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Leiamos o texto abaixo, para início de nossa reflexão a respeito da
linguagem humana:
A língua(gem) e a sociedade
Uma língua, seja ela qual for, tem a função de permitir a comunicação entre
os indivíduos. Essa é sua função primordial. Há uma relação direta e indissolúvel
entre sociedade e língua ou língua e sociedade, que não permite que se pense em
indivíduos vivendo conjuntamente sem o estabelecimento de comunicação entre si
e, da mesma forma, não é possível a comunicação sem que haja uma convenção
social a respeito dessa comunicação, o que chamamos de língua. Língua nada mais
é que um conjunto de convenções sociais historicamente constituídas, que permite
que os seres humanos se comuniquem entre si. Somente os seres humanos têm
essa capacidade, uma capacidade relacionada talvez com algum dispositivo
biológico, que permite que se formule e se entenda um conjunto de sons e a eles se
associe um sentido.
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homem, também não possuem um mecanismo capaz de estabelecer comunicação
por meio da língua, ainda que seu raciocínio beire o raciocínio humano.
A facilidade com que uma criança adquire sua língua materna é algo quase
inexplicável, levando em consideração a complexidade de uma língua. Em
aproximadamente três anos, adquire-se um conjunto razoavelmente grande de
palavras, aliado às regras de uso da língua, as chamadas regras da gramática dos
usuários de uma língua, algo que permite que se estruturem frases coesas e
coerentes, ou seja, que permite que se diga “O bebê está com fome” em vez de
“Fome bebê com está”, uma operação que parece simples, mas que possui uma
grande complexidade, mesmo para adultos que tentam adquirir uma segunda língua.
Além dessa facilidade na apreensão das estruturas e do léxico (palavras), some-se a
isso a estruturação, por parte da criança, de frases nunca ouvidas, demonstrando
sua capacidade criativa e não somente reprodutiva, provando que o ser humano
possui uma estrutura em seu cérebro capaz de criar e modificar a língua.
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apenas o mundo ocidental, a língua portuguesa passa a ocupar o terceiro lugar entre
as línguas mais faladas, perdendo apenas para o inglês e o castelhano.
A comunidade dos países lusófonos (em que se fala português) tem entre
190 e 220 milhões de falantes e conta com oito países em que se têm a língua
portuguesa como oficial, são eles:
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Mapa 1: África e Ilhas próximas
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Mapa 2: América do Sul
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Mapa 3: Europa
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Mapa 4: Ásia
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☻Por que essas nações que não fazem fronteira entre si falam a língua
portuguesa?
Fonte:http://www.algosobre.com.br/historia/grandes-navegacoes-as.html
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Mapa 6: Países lusófonos
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/archive
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apesar de se encontrarem distantes uns dos outros, têm algo em comum, estarem
no caminho das grandes navegações.
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☻Mas hoje essas nações são independentes, por que ainda falamos
português?
Hoje essas nações são todas independentes, não possuindo mais o status
de colônia portuguesa, mas um resquício da dominação portuguesa ainda
permanece: a língua portuguesa. Que é a língua oficial desses países, como já
ressaltamos.
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O sistema escrito, de certa forma, busca retratar o sistema oral, porém,
quando se trata da oralidade, nunca há correspondência exata entre as pronúncias
de falantes diferentes, ou de um mesmo falante em situações diferentes, o que faz
com que língua falada e língua escrita sejam diferentes. Existem fenômenos da
língua oral que não são transcritos para a escrita, como as pausas, as hesitações, as
repetições, etc.
As línguas são como são em virtude do uso que seus falantes fazem dela
(sic), e não de acordos de grupos ou de decretos de governo.
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A importância da língua escrita:
FASE
PICTÓRICA
↓
FASE
IDEOGRÁFICA
↓
↓
FLOR
FASE
ALFABÉTICA
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A criação da escrita proporcionou uma ferramenta poderosa para alguns
povos, pois a escrita, diferente da fala, atravessa o tempo e, dessa forma, podemos
saber hoje o que se escreveu há muitos anos atrás. Podemos citar, como exemplo,
os escritos sagrados da bíblia, que como se sabe, mudaram o rumo de toda a
história (e ainda mudam). Seria possível que houvesse o mesmo impacto que o
cristianismo causou se não tivéssemos os registros escritos da vida de Jesus Cristo
na terra.
Como afirmamos, a escrita é uma arma tão poderosa, que, até a década de
50, somente pessoas das classes mais abastadas tinham acesso a ela. Isso só foi
alterado recentemente, com a “democratização” do ensino público ou a chamada
“escola para todos”, que proporcionou, com o ensino obrigatório, a inclusão das
classes sociais mais baixas na escola.
Antes disso, no fim da Idade Média, além de ser privilégio para poucos, a
escrita era vigiada e os que escreviam algo que estivesse em desacordo com o que
pregavam os governantes ou a igreja eram punidos com a morte, na conhecida
fogueira da Inquisição.
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nosso país não pode permanecer assim, sugira que protestemos junto aos órgãos
públicos...).
O fato é que:
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Chegamos a questões importantes:
A primeira questão coloca em cheque algo que não faz parte da realidade da
língua, pois não há uma forma única de pronunciar as palavras, ou seja, temos
pronúncias das formas mais variadas possíveis. Teríamos, por exemplo, um carioca
escrevendo a palavra mais dessa forma, maixxx, pois sua pronúncia termina em
uma chiante, teríamos um indivíduo do interior do estado de São Paulo, grafando
todos os verbos sem o ‘r’ final (cantá, falá, pegá, apartá, apeá), pois esse ‘r’ não é
pronunciado nessa região. Em algumas regiões de Minas Gerais, os verbos no
gerúndio seriam grafados sem o ‘d’ na última sílaba (comeno, falano, estudano,
almoçano), porque lá é comum essa pronúncia. Perceba como seria complicado. É
possível que não houvesse mais entendimento pela escrita. Lembre-se que a
escrita, diferente da fala, não tem o auxílio de gestos e de contexto para transmitir
seu conteúdo, tudo deve ser evidenciado ali, no texto.
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Uma possível justificativa para o acordo: facilitar ainda mais o
entendimento de textos escritos por parte de todos os usuários da língua
portuguesa:
Atenção
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Alguns mitos a respeito do acordo ortográfico da língua portuguesa:
NÃO
NÃO
NÃO
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falantes, serão eliminadas. Essa eliminição diz respeito somente a Portugal,
conforme trataremos mais adiante.
NÃO
A sintaxe da língua não será alterada, assim, regras, por exemplo como da
colocação pronominal, não serão alteradas.
SIM
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O acordo busca, na medida do possível, a redução máxima das formas
divergentes entre a língua, restando alguns poucos casos de palavras com acento
agudo ou circunflexo em um ou outro país. Vejamos, no quadro que se segue,
alguns exemplos:
académico acadêmico
ingénuo ingênuo
sénior sênior
cómico cômico
vómito vômito
fémur fêmur
abdómen abdômen
bónus bônus
bebé bebê
Por que fazer um acordo ortográfico? Por que não deixar tudo como
está?
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internacionais ocidentais (inglês, espanhol, francês e português), a língua
portuguesa é a única que possui duas grafias diferentes.
Por que existiam até então duas grafias? Quando isso se inciou?
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E no Brasil, o acordo já foi confirmado
oficialmente ou ainda deve passar por alguma
aprovação?
No dia 29 de setembro de 2008, o presidente
Luís Inácio Lula da Silva tornou oficial a introdução
da reforma ortográfica no Brasil.
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