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UNIDADE IV • <Título da Unidade IV>

HIDROLOGIA APLICADA
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
PROFESSOR (A): IVANE SENA

ENCONTRO 03: Precipitação

Cálculo de precipitação média

Olá, futuros engenheiros, tudo bem?


Ao longo da nossa Trilha de Aprendizagem já vimos o que é precipitação e os seus
tipos. Agora, convido vocês a aprender um pouco mais sobre o tema, conhecendo
algumas maneiras de calcular a precipitação média.
Bem, o estudo da pluviometria consiste na tomada de medida da quantidade de água
que cai em uma região, sendo os diversos tipos de precipitação, de um modo geral,
medidos através do equivalente em água pela chamada altura pluviométrica (diz-se
que caíram x mm de chuva). O conhecimento da precipitação média em uma localidade
auxilia na gestão dos recursos hídricos, bem como no manejo de águas pluviais.
Existem distintas maneiras de obter a precipitação média em uma localidade. A seguir,
veremos um pouco sobre alguns métodos existentes.
A precipitação média, calculada através do Método Aritmético, consiste basicamente
em uma média aritmética dos valores de precipitação medidos na área da bacia. Nesse
caso, admiti-se que todos os pluviômetros têm a mesma influência na bacia estudada.
Cabe salientar, que o valor da média calculada através desse método apresenta
algumas restrições, a citar: os aparelhos de medição de precipitação devem estar
distribuídos uniformemente na área da bacia; o relevo não deve ser acidentado; a área
deve ser plana; e que os dados observados nos aparelhos não se distanciem do valor
da média.
Já o Método de Thiessen, considera a não uniformidade da distribuição espacial dos
postos, delimitando geometricamente a área de influência do posto de medição dentro
da bacia. De forma a obter as referidas áreas de influência, utiliza-se mapas da bacia
em estudo contendo as estações e procede-se com os seguintes passos: 1) Une-se os
postos adjacentes por linhas retas formando triângulos; 2) Traça-se as mediatrizes
dessas retas; 3) Prolonga-se as mediatrizes até que se encontrem ou que saiam da
bacia. Os lados dos polígonos limitam as áreas de influência de cada estação; 4) Por
fim, realiza-se o cálculo da precipitação média através da razão entre a precipitação
ocorrida em cada estação ponderada pelo peso a ela atribuída (que corresponde a
área de influência de cada posto) e a área total da bacia. A delimitação da área de
influência da bacia pode ser observada na Figura abaixo.

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Fonte: http://www.hidrotec.ufv.br/metodologia_resultados.html

Os postos pluviométricos utilizados não necessitam estar necessariamente dentro da


bacia em análise, apresentando bons resultados em terrenos levemente acidentados,
quando a localização e exposição dos pluviômetros são semelhantes e as distâncias
entre eles não são muito grandes.
Pretendendo-se calcular a pluviosidade média em uma bacia montanhosa, um
processo muito utilizado é denominado de Método da Curva Hipsométrica. Neste,
dispondo da curva hipsométrica, o cálculo da pluviosidade média é realizado atribuindo
a média ponderada considerando a área parcial da bacia hidrográfica correspondente à
determinada altitude, dividindo-se pela área total.
Já o Método das Isoietas é considerado o método mais preciso no cálculo da
precipitação média sobre uma bacia. Ele consiste na ponderação das precipitações
médias entre as duas isoietas que delimitam cada região utilizando como fator peso as
suas respectivas áreas.
Como exposto, existe uma gama de técnicas, entretanto a escolha do método a ser
utilizado depende dos dados disponíveis, bem como da localidade em estudo.
Interessante, não é? Pensem um pouco mais sobre o tema, pratique o conhecimento
adquirido na Atividade Diagnóstica e no encontro ao vivo poderá discutir um pouco
mais a respeito.
Bons estudos!
REFERÊNCIAS

TASSI, R; COLLISCHONN, W. Notas de Aula de Hidrologia. Disponível em:


https://banzoengenharia-com-br.webnode.com/_files/200000105-
4347a4444b/Hidrologia%20Geral.pdf. Acesso em: 02 jan. 2021.

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UFBA - Universidade Federal da Bahia. Notas de aula de Hidrologia. Grupo de


Recursos Hídricos. Universidade Federal da Bahia, Departamento de Engenharia
Ambiental, 2011.

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