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FONTE DE ALIMENTAÇÃO ESTABILIZADA 0 − 30 VDC COM CONTROLE DE

CORRENTE 2 mA − 3A

Descrição Geral
Esta é uma fonte de alimentação regulável de alta qualidade com saída ajustável
entre 0 a 30VDC. O circuito também incorpora um limitador de corrente que efetivamente
controla a corrente de saída de alguns miliamperes (2 mA) à saída máxima de 3 ampéres
que o circuito pode fornecer. Estas características tornam esta fonte de alimentação
indispensável em laboratórios de experiências já que é possível limitar a corrente àquele
valor que o circuito sob teste requer, e depois ligá-lo na fonte, sem nenhum temor de que
o circuito sob teste poderá ser danificado.
Há também uma indicação visual de que o limitador de corrente está em operação,
desta forma você poderá ver se seu circuito excedeu ou não os limites presentes.

Especificações Técnicas - Características


Tensão de Entrada: ..................... 24VAC
Corrente de Entrada: .................. 3 A (max)
Tensão de Saída: ........................ 0 - 30 VCC ajustável
Corrente de Saída: ..................... 2 mA - 3A ajustável
Ripple na Tensão de Saída: ........ 0,01% - máximo

Características
 Reduzidas dimensões, fácil construção, simples operação.
 Tensão de saída facilmente ajustável.
 Limitação de corrente de saída com indicação visual.
 Proteção completa do circuito sob teste contra sobrecargas e mau funcionamento.

Funcionamento
Para começo, há um transformador baixador de tensão com o enrolamento
secundário de 24V/3A, que é conectado nos pontos de entrada 1 e 2 (a qualidade da
saída da fonte é diretamente proporcional à qualidade do transformador). A tensão AC do
enrolamento secundário do transformador é retificada pela ponte formada pelos diodos
D1−D4. A tensão DC obtida através da ponte é suavizada pelo filtro formado pelo capacitor
C1 e o resistor R1. O circuito incorpora algumas características únicas que o torna
diferente de outras fontes de alimentação de sua classe. Em vez de usar um arranjo
variável de retorno para controlar a tensão de saída, nosso circuito usa um amplificador
de ganho constante para prover a tensão de referência necessária para a operação
estabilizada. A tensão de referência é gerada pela saída de U1. O circuito opera como
segue: O diodo D8 é um diodo zener de 5,6 V (5V6), que aqui opera em seu coeficiente de
temperatura zero. A tensão na saída de U1 aumenta gradualmente logo que o diodo D8 é
ligado. Quando isso ocorre o circuito estabiliza e a tensão zener de referência (5V6)
aparece no resistor R5. A corrente que flui através da entrada não inversora do
amplificador é desprezível, a mesma corrente seque por R5 e R6, e como os dois
resistores têm o mesmo valor, a tensão através da associação em série será exatamente
o dobro da tensão sobre cada um. Assim a tensão presente na saída do amplificador
(pino 6 de U1) é 11,2V, o dobro da tensão do diodo zener de referência. O circuito
integrado U2 tem um fator de amplificação constante de aproximadamente 3X, de acordo
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com a fórmula A= , e aumenta a tensão de referência de 11,2V para
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aproximadamente 33V. O trimmer RV1 e o resistor R10 são usados para o ajustamento da
tensão de saída, assim ela pode ser reduzida a zero volt. Outra característica muito
importante do circuito é a possibilidade de prefixar a corrente máxima que pode ser
fornecida pela fonte de alimentação. Para tornar isso possível o circuito detecta a tensão
existente no resistor (R7) que é conectado em série com a carga. O CI responsável por
esta função no circuito é U3. A entrada inversora de U3 é levada a zero volt por intermédio
R21. Ao mesmo tempo a entrada não inversora do CI pode ser ajustada a qualquer tensão
pelo potenciômetro P2. Vamos assumir que para uma dada saída de alguns volts, P2 é
fixado de maneira que a entrada do CI seja preservada em 1 V, se a carga for crescente a
tensão de saída irá tornar-se constante pela seção do circuito de amplificação da tensão e
a presença de R7 em série com a saída irá ter um efeito insignificante por causa de seu
baixo valor e por causa de sua localização fora do loop de feedback do circuito de
controle da tensão. Enquanto a carga é mantida constante e a tensão de saída não é
modificada o circuito está estável. Se a carga cresce de forma que a tensão em R7 atinja
1 V, CI3 é forçado a entrar em ação e o circuito é colocado no modo de corrente
constante. A saída de U3 é acoplada a entrada não inversora de U2 por D9, U2 é
responsável pelo controle de tensão. O que ocorre é que a tensão através de R7 é
monitorada e não é permitido aumentá-la acima do valor pré-fixado (no nosso projeto 1 V)
pela redução da tensão de saída do circuito. Esta é uma maneira efetiva de manter a
corrente de saída constante e é preciso o suficiente para possibilitar a fixação da corrente
em 2mA. O capacitor C8 está lá para aumentar a estabilidade do circuito. O transistor Q3 é
usado para dirigir o LED enquanto o limitador de corrente é ativado de forma a prover
uma indicação visual do limitador. Para tornar possível que U2 controle a saída de tensão
até zero volt, é necessário o uso de uma fonte negativa o que é feito através do circuito
em torno de C2 e C3. A mesmo fonte negativa é também usada por U3. Como U1 está
trabalhando sob condições fixas ele pode funcionar sob a parte positiva da fonte e o ponto
terra. A grade negativa é produzida por um circuito simples que é estabilizado por R3 e D7.
Para evitar situações fora do controle como curto-circuito há um circuito de proteção em
torno de Q1. Logo que a grade negativa da fonte entre em colapso Q1 remove toda tensão
no estágio de saída, de forma a tornar a tensão zero, protegendo o circuito e as
aplicações conectadas em sua saída. Durante a operação normal Q1 é mantido desligado
assim como R14, mas quando a grade negativa da fonte entra em colapso o transistor é
ligado e torna a saída de U2 baixa. O CI tem proteção interna e não será danificado por
causa deste curto em sua saída. Esta é uma grande vantagem em trabalhos
experimentais, derrubar a tensão de saída, sem a necessidade de esperar a descarga de
capacitores.

Construção
Primeiramente vamos considerar alguns princípios na construção de circuitos
eletrônicos em uma placa de circuito impresso. A placa é feita de um material isolante
coberta por uma fina camada de cobre que é moldado de maneira a formar os condutores
necessários entre os vários componentes do circuito. O uso da placa de circuito impresso
é muito indicado já que agiliza a construção consideravelmente e reduz a possibilidade de
erros na montagem. Para proteger a placa durante a armazenagem contra ferrugem e
assegurar que ela esteja em perfeitas condições o cobre é estanhado durante a
fabricação e coberto com um verniz especial que protege a placa de oxidação e também
torna a soldagem fácil.
A soldagem dos componentes na placa é o único meio de construir o circuito e da
forma como você faz isso depende o sucesso ou o fracasso da montagem. Este trabalho
não é muito difícil e se você seguir algumas regras você não deverá ter problemas. O
ferro de solda que você usar deve ser leve, sua potência não deve exceder 25 Watts. A
ponta do ferro de solda deve ser fina e deve-se mantê-la limpa todo o tempo. Para esse
propósito tenha em mãos a esponja de limpeza e de tempos em tempos limpe a ponta
com ela para remover todos os resíduos que tendem a acumular nela.
Não armazene ou lixe uma ponta suja. Se a ponta não estiver limpa a substitua. Há
muitos tipos diferentes de solda no mercado e você deve escolher uma de boa qualidade
uma que contenha o fluxo necessário em seu interior, para assegurar uma perfeita junção
sempre.
Não use fluxo de solda além do existente na solda. Muito fluxo pode causar muitos
problemas e é uma das principais causas do mau funcionamento de circuitos. Se, contudo
você tem que usar fluxo extra, como ocorre quando você tem que estanhar fio de cobre,
limpe-o bem depois que você terminar o serviço.
O que você deve fazer para soldar corretamente os componentes na placa é o
seguinte:
Limpe os terminais dos componentes com uma pequena peça de lixa.
Dobre-os na distância correta do corpo do componente e insira-o em seu local na
placa.
Algumas vezes você pode encontrar um componente com terminais muito grossos
para entrar nos buracos da placa. Neste caso use uma mini retífica para alargar as ilhas.
Não faça as ilhas muito largas, porque isso tornará a solda mais difícil.
Pegue o ferro de solda quente e encoste sua ponta entre o terminal do componente
e a ilha de solda da placa enquanto na outra ponta (do outro lado entre o terminal e a ilha)
você segura a solda.
Quando a solda começar a derreter e fluir espere até que cubra toda área da ilha e o
fluxo ferva e saia debaixo da solda.
A operação completa não deve levar mais que 5 segundos. Remove o ferro de solda
e espere que a solda esfrie naturalmente, sem assoprar ou movimentar o terminal do
componente. Se tudo ocorrer bem a superfície soldada deve ter um brilho metálico e sua
aparência deve ser em forma de cone. Se a solda parecer sem brilho, rachada, ou tiver a
forma de uma bolha então você tem uma má junção e deve remover a solda (com um
sugador) e refazer a solda. Tome cuidado para não aquecer demais os trilhos, já que são
muito fáceis de soltarem da placa e quebrarem.
Quando você estiver soldando um componente sensível é bom segurar o terminal no
lado do componente com um alicate de ponta longa para evitar que o aquecimento
excessivo possa causar danos ao componente.
Tenha certeza que você não usa mais solda que o necessário já que você estará
correndo o risco de criar curto-circuito com as ilhas/trilhas adjacentes na placa,
especialmente se estiverem muito próximas.
Quando você terminar seu trabalho, corte o excesso de terminal dos componentes e
limpe a placa com um solvente especial para remover todo resíduo de fluxo que
permanecer na placa
É recomendado iniciar trabalhando pela identificação dos componentes, separando-
os em grupos. Coloque primeiro todos os soquetes para os CI’s e pinos para conexão
externa e solde-os em seus lugares. Continue com resistores. Lembre-se, para montar R7
a certa distância da placa de circuito, já que ele tende a ficar muito quente, especialmente
quando o circuito está suprido por altas correntes, e isso pode possibilitar danos à placa.
Também é adequado montar R1 a certa distância da superfície da PCI. Continue com os
capacitores observando a polaridade dos eletrolíticos e finalmente solde os diodos e os
transistores tomando cuidado de não sobreaquecê-los e esteja certo de que os
componentes estejam bem alinhados.
Monte o transistor de potência no dissipador. Para fazer isso siga o diagrama e
lembre-se de usar a mica isolante entre o corpo do transistor e o dissipador e as arruelas
especiais de fibra para isolar os parafusos do dissipador. Siga o diagrama acima e não
haverá erro na montagem desse transistor.
Os capacitores também devem ser soldados conforme diagrama acima, tomando-se
o cuidado para não misturar os fios.
As conexões externas são:
 1 e 2 entrada CA do secundário do transformador.
 3 (+) e 4 (−
−) saida CC.
 5, 10 e 12 para P1.
 6. 11 e 13 para P2.
 7 (E), 8 (B), 9 (E) para o transistor de potência Q4.
O led também pode ser colocado no painel frontal, porém os pinos onde ele é
conectado não são numerados.
Quando todas as conexões externas forem feitas inspecione cuidadosamente a
placa e limpe-a para remover resíduos de fluxo de solda. Tenha certeza de que não há
pontes que possam causar curto circuito em trilhas adjacentes e se tudo parecer correto
ligue o circuito ao secundário do transformador.

NÃO TOQUE EM QUALQUER PARTE DO CIRCUITO ENQUANTO ESTE


ESTIVER LIGADO.

O voltímetro deverá medir tensão entre 0 e 30 VDC dependendo da posição de P1, e


deverá seguir qualquer mudança na posição do potenciômetro indicando que o controle
variável da tensão está funcionando perfeitamente. Movendo P2 no sentido horário deverá
acender o LED, indicando que o limitador de corrente está em operação.
Ajustes
Se você necessita que sua fonte seja ajustável entre 0 e 30V você precisa ajustar
RV1 para ter certeza de que quando P1 está em seu mínimo a saída da fonte seja
exatamente zero volt. Como não é possível medir pequenos valores com um medidor de
painel convencional é melhor usar um multímetro digital para este ajuste.

Cuidados
Enquanto estiver usando equipamentos elétricos, manuseie fonte de alimentação e
equipamentos com grande cuidado, seguindo sempre as regras de segurança abaixo:
Este circuito pode trabalha com transformador com alimentação 110/220 VCA
presente em algumas partes dele.
Tensões acima de 50V são PERIGOSAS e pode ser LETAL.
Para evitar acidentes que possam ser fatais, você e os membros da sua família, ou
pessoas próximas devem seguir as seguintes regras:
 NÃO trabalhe se você estiver cansado ou com pressa, cheque duas vezes todo o
circuito antes de acoplar o transformador e ligá-lo.
 Desligue o circuito rapidamente se algo estiver errado.
 NÃO toque qualquer parte do circuito enquanto este estiver ligado.
 NÃO deixe nenhum fio exposto. Todos os fios e terminais devem estar
adequadamente isolados.
 NÃO substitua os fusíveis por outros de maior capacidade.
 NÃO trabalhe com as mãos molhadas.
 Se a caixa do seu projeto é feita de metal tenha certeza de estar propriamente
aterrada.
 Se possível use um transformador de 1:1 para isolar seu circuito da rede.
 CUIDADO: ELETRICIDADE PODE MATAR SE VOCÊ NÃO FOREM TOMADAS
PRECAUÇÕES

Se não funcionar
Cheque seu trabalho por possíveis soldas mal feitas, ponte entre trilhas adjacentes
ou resíduo de fluxo de solda que geralmente causam problemas.
Cheque novamente todas as conexões externas para certificar-se que não houve
equívoco na ligação.
Veja se não está faltando nenhum componente ou colocado no lugar errado ou na
direção errada.
Tenha certeza que a fonte tenha a tensão correta e está conectada corretamente ao
circuito sob teste.
Cheque seu projeto por componentes danificados.
Diagrama Eletrônico
Componentes
Resistores Capacitores Semicondutores
R1 = 2,2 KOhm 1W Eletrolíticos Diodos
R2 = 82 Ohm 1/4W C1 = 3300 uF/50V D1, D2, D3, D4 = 1N5402,3,4 diodo
R3 = 220 Ohm 1/4W C2, C3 = 47uF/50V 2A - RAX GI837U
R4 = 4,7 KOhm 1/4W C7 = 10uF/50V D5, D6 = 1N4148
R5, R6, R13, R20, R21 = 10 KOhm 1/4W D7, D8 = 5,6V Zener
R7 = 0,47 Ohm 5W Cerâmicos D9, D10 = 1N4148
R8, R11 = 27 KOhm 1/4W C8 = 330pF D11 = 1N4001 − 1A
R9, R19 = 2,2 KOhm 1/4W C9 = 100pF D12 = LED
R10 = 270 KOhm 1/4W
Poliéster Transistores
R12, R18 = 56KOhm 1/4W
C4 = 100nF Q1 = BC548, NPN ou BC547
R14 = 1,5 KOhm 1/4W
C5 = 200nF Q2 = 2N2219 NPN
R15, R16 = 1 KOhm 1/4W
C6 = 100pF Q3 = BC557, PNP ou BC327
R17 = 33 Ohm 1/4W
R22 = 3,9 KOhm 1/4W Q4 = 2N3055 NPN transistor de
RV1 = 100K trimmer potência
P1, P2 = 10KOhm potenciômetro linear
CI’s
U1, U2, U3 = TL081, (amplificador
operacional)

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