Você está na página 1de 14

Área do Aluno

Home Sobre

Blog Pesquise... Cursos

Eventos

O que é e como
elaborar uma Ordem
de Serviço da NR-01
Léo Louza outubro 14, 2020 blog
Um artigo de!nitivo para elaboração de Ordens de
Serviço INCLUSIVE para pro!ssionais que não são da área
de SST. Pro!ssionais de RH e DP, por exemplo, muitas
vezes se deparam com a necessidade de elaborar uma
Ordem de Serviço devido à ausência de SESMT na
empresa. Vamos juntos?
O ideal é que uma Ordem de Serviço (também chamada de OS) seja o

primeiro contato entre a segurança do trabalho e um novo colaborador. É a

porta para iniciar um relacionamento entre as duas partes, de modo a

resguardar direitos e deveres de empregado e empregador.

Antes de mais nada é bom esclarecer sobre o tipo de OS que vamos

abordar aqui. Isso porque existem OSs emitidas diariamente que são

referentes ao trabalho a ser realizada NAQUELE DIA.

Por exemplo: uma empresa que atua como um provedor de internet.

Diariamente existem técnicos que vão às ruas para realizar vários serviços e

para cada um deles há uma OS, constando o endereço do cliente (ou da


localidade do serviço), qual o tipo de serviço (instalação, manutenção ou

algum outro inerente à função) dentre outras informações especíVcas sobre

seus trabalhos NAQUELE DIA.

Essas Ordens de Serviço são diárias e variam de acordo com o tipo de


trabalho a ser realizado, indicando tecnicamente qual serviço será

executado. É uma OS técnica referente à execução de serviço.

A Ordem de Serviço que vamos abordar refere-se à função do colaborador


e de todas as atividades que ele vai realizar dentro da empresa.
Diferentemente da anterior, esta OS o trabalhador não recebe todos os

dias. Ele recebe uma vez com abordagem voltada à segurança do trabalho

diante de todas as atividades que ele está apto a executar na empresa.

Caso haja alguma alteração em suas atividades, metodologia de trabalho ou

qualquer variável que interVra em sua segurança, a OS deve ser entregue


novamente.

A importância da OS
Sem delongas, a Ordem de Serviço é importante para respaldar empregado

e empregador, alinhando entre ambos quais as atividades realizadas, as

percepções de riscos, medidas protetivas, dentre outra informações

relevantes adequadas à função.

A Ordem de Serviço tem tanta importância que pode chegar a ser exigida
em juízo, caso haja uma reclamatória trabalhista ou ação judicial com

enfrentamento entre as partes. Por isso é extremamente importante que:

1) Ela REALMENTE exista, de fato, e não seja apenas “de boca”;

2) Ela seja condizente com a realidade da empresa, demonstrando

Vdedignamente a realidade dos fatos, para que não haja problemas de

nenhuma das partes quanto a direitos e deveres da empresa e de seu


colaborador.

Quem obriga a existência de OS


Normativamente falando, as Ordens de Serviço são citadas e exigidas em

diversos pontos da nossa legislação, dentre elas na CLT e nas normas

regulamentadoras. Vejamos:

Art. 157 da CLT: “Cabe às empresas: instruir os empregados, através de

ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar

acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais”.

Art. 1.4.1 alínea C da NR-01: “cabe ao empregador elaborar ordens de

serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos

trabalhadores”.

Tanto a CLT quanto a NR-01 trazem também o direcionamento relacionado

ao trabalhador referente à OS, preconizando que eles devem cumprir as

ordens de serviço expedidas pelo empregador.


Como podemos observar em nossa legislação, ambas as partes possuem
responsabilidades relacionadas à OS.

E a mesma NR-01 traz, em seu anexo I, a deVnição de Ordem de Serviço:

“instruções por escrito quanto às precauções para evitar acidentes do

trabalho ou doenças ocupacionais. A Ordem de Serviço pode estar

contemplada em procedimentos de trabalho e outras instruções de SST”.

Reparem no trecho “(…) a Ordem de Serviço pode estar contemplada em

procedimentos de trabalho e outras instruções de SST”. Este trecho causa

dúvidas sobre o momento adequado para entregar a OS ao trabalhador,

não é mesmo?

Quando entregar a OS ao
trabalhador
As normas não são especíVcas com relação ao momento de entrega das

Ordens de Serviço, porém, é aquela velha frase: “pra bom entendedor, meia

palavra basta”. Pensa comigo. As normas dizem que a OS é para orientar o

trabalhador com relação às suas atividades, deixá-lo ciente dos riscos aos
quais estará exposto e informá-lo sobre os EPIs adequados e outras

medidas relacionadas à segurança do trabalho em suas atividades, certo?

Então, não é prudente que o trabalhador tenha contato com sua ordem de
serviço ANTES de iniciar suas atividades? Assim, quando ele for começar a
trabalhar já terá as informações necessárias para, de fato, trabalhar.

O momento de entrega da OS é deVnido pela empresa. A sugestão de ser


antes de iniciar suas atividades é sugerida pelo SESMT como sendo a mais
coerente. Para isso, observem o trecho “(…) outras instruções de SST”. Ou

seja, a Ordem de Serviço pode ser entregue junto de outras informações ao


colaborador. Um exemplo? Treinamento de integração.

Como a integração também é preconizada normativamente, muitas

empresas aproveitam para realizar os procedimentos de SST de uma só vez:


integração, emissão de OS e treinamento de EPI. AVnal de contas, um bom

treinamento de integração vai abordar tudo isso. Portanto, nada mais


coerente do que uniVcar todas estas obrigações, deixando o colaborador
bem informado e cumprindo a legislação ao mesmo tempo.

Informações gerais sobre OS


A Ordem de Serviço deve ser feita POR FUNÇÃO, porém, respeitando suas
individualidades. O que isso quer dizer? Quer dizer que, se dois

colaboradores possuírem a mesma função mas com atividades diferentes,


devem ser elaboradas Ordens de Serviços diferentes, especíVcas para cada

um, mesmo sendo a mesma função.

Um exemplo simples para entendimento: numa marcenaria, podemos ter


vários colaboradores com a função marceneiro, porém, operando
maquinários diferentes e realizando atividades diferentes, portanto,

estando expostos a riscos diferentes e sendo necessários EPIs diferentes.


Não faz sentido a OS desses caras ser a mesma.

Elas precisam ser Vdedignas com a realidade, lembra? Se a realidade da

empresa é que a mesma função realiza trabalhos diferentes, a OS precisa


ser especíVca para o trabalho realizado.

Outra informação relevante diz respeito ao documento e quantas vias são

necessárias. As normas não especiVcam, mas é prudente que sejam


emitidas em duas ou três vias: uma para o funcionário, uma para a empresa

e uma terceira via para o SESMT, quando houver. Desta forma Vca todo
mundo devidamente documentado.

Assim como a OS deve ser elaborada de acordo com as atividades do

funcionário, ela também deve ser atualizada caso haja alteração em seu
processo de trabalho. Mantendo o exemplo da marcenaria, caso um
marceneiro seja transferido de setor e passe a operar máquinas diferentes,

essa mudança precisa ser contemplada na OS, atualizando as informações


referentes ao seu cotidiano. Fidedignidade com a realidade, certo?

Como elaborar uma OS


Não existe um modelo de Ordem de Serviço. O que existe é uma estrutura
que precisa pautar a elaboração da OS e atender minimamente alguns

requisitos. Portanto, veremos agora algumas informações que podem


entrar em uma:

– Nome do colaborador;

– Função do colaborador;

– Atividades desempenhadas pelo colaborador (detalhadamente);

– Riscos existentes para as atividades desempenhadas pelo colaborador;

– EPIs de uso obrigatório e fornecidos pela empresa;

– Medidas preventivas adotadas pela empresa (inclusive administrativas);

– Treinamentos do colaborador (caso necessário);

– Procedimentos em caso de acidente de trabalho;

– Termo de responsabilidade;

– Data de emissão;
– Assinatura.

Como vimos, conhecer as atividades realizadas pelo colaborador será

imprescindível na elaboração da Ordem de Serviço, visto que boa parte dela


gira em torno do dia a dia deste funcionário.

E aí, você tem algo a acrescentar com relação à OS? Alguma dúvida sobre o

que foi descrito? Deixe seu comentário que enquanto isso vou preparando
o próximo artigo.

Um grande abraço a todos e FA LOU!

! FACEBOOK " TWITTER ! EMAIL

Léo Louza

Técnico em Segurança do Trabalho, consultor, palestrante e


sempre em busca de novos aprendizados.
Deixe um comentário
O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Digite aqui...

Nome* E-mail* Website

Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar.

Publicar comentário »
Artigos Relacionados

Como evitar a #SextouComNR MP 927: As diferenças


Cultura de – Tudo que Exames entre a
Complacência você precisa Ocupacionais legislação
em segurança saber sobre a e trabalhista x
e em NR-23 Treinamentos previdenciária
impactos em meio à de saúde e
socioambientais epidemia de segurança do
Coronavírus trabalho

Esteja antenado às novidades do SST


Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com
prioridade

Qual seu melhor email? Eu quero receber


Nossos Cursos

CURSO ONLINE

Especialista
em SST no
novo
eSocial
CONHEÇA O CURSO
Trabalhe com
segurança.
Há sempre um
abraço
esperando
você na volta
pra casa.
SST ONLINE
O conteúdo textual é livre, portanto, abuse, use e contribua.
SST Online - CNPJ 21.346.000/0001-18 | Desenvolvido por 46Digital
! # $ %

Você também pode gostar