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Direito Administrativo I

Prof°.: Décio M. Borba Netto


Aluna: Beatriz Coelho Palmieri
201602029229

Caso Concreto 1: É verdadeiro que o Direito Administrativo é fruto de


construções jurisprudenciais. Sendo as principais instituições do direito
administrativo nascidas a partir da opinião de caráter constitutivo emanadas pelo
conselho do estado Francês. Afim de surbsidiar as decisões de governantes na
ocasião.

Caso Concreto 2: Evidente, na hipótese, a violação ao princípio da impessoalidade.


Por esse princípio traduz-se a ideia de que a Administração Pública tem que tratar a
todos os administrados sem discriminações, benéficas ou negativas. Dessa forma, não
se admite, por força de regra constitucional, nem favoritismos, nem perseguições,
sejam políticas, ideológicas ou eleitorais. A resposta deve considerar que, no caso
concreto, a violação ao princípio da impessoalidade decorre do fato de que a
publicidade dos atos, programas, obras ou serviços devem ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes ou quaisquer
elementos que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servidor público.

Caso Concreto 3: A despeito da ausência de norma editalícia prevendo a intimação


pessoal e específica do candidato José, a Administração Pública tem o dever de intimar
o candidato, pessoalmente, quando há o decurso de tempo razoável entre a
homologação do resultado e a data da nomeação, em atendimento aos princípios
constitucionais da publicidade e da razoabilidade. É desarrazoada a exigência de que o
impetrante efetue a leitura diária do Diário Oficial do Estado, por prazo superior a um
ano, ainda mais quando reside em município em que não há circulação do DOE e que
não dispõe de acesso à Internet.

Jurisprudência : CONCURSO PÚBLICO - NOMEAÇÃO - AUSÊNCIA DE


COMUNICAÇÃO AO CANDIDATO - OFENSA A REGRA DO EDITAL - DIREITO À
NOMEAÇÃO RECONHECIDO. SALÁRIOS RETROATIVOS INDEVIDOS. O aprovado,
classificado e nomeado para ocupar cargo público tem o direito, segundo as regras
dispostas no edital do certame, de receber comunicação escrita relativa a este último
ato a fim de que possa tomar as providências necessárias à posse e ao exercício.
Outrossim, improcede a pretensão de haver salários retroativos pois não se pode
transformar em direitos inerentes ao servidor questões relacionadas a ato omissivo
culposo que obstaram que o candidato se transformasse em servidor público, com
nomeação, posse e exercício. A simples nomeação de candidato aprovado em
concurso público não lhe confere direitos de servidor. (TJ-MG - AC:
10699091009695001 MG, Relator: Geraldo Augusto, Data de Julgamento: 22/10/2013,
Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 31/10/2013)

Caso Concreto 4: Não, pois o chefe do executivo não utilizou o decreto regulamentar
no caso em tela conforme afirmou. Esse decreto prestasse apenas para explicitar o
teor das leis e permitir a sua aplicação, o que não ocorreu, já que o que se pretendia
era uma reformulação administrativa. O Prefeito lançou mão foi de um decreto
autônomo, porém extrapolou os limites constitucionais vedando expressamente o
decreto autônomo que implicar na criação ou extinção de órgãos públicos.

Jurisprudência: EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI


MUNICIPAL Nº 001/2016 DE SÃO TIAGO. AUMENTO INEXPRESSIVO DE
DESPESA. NÃO VERIFICAÇÃO DE INGERÊNCIA DO PODER LEGISLATIVO EM
POLÍTICA PÚBLICA. INEXISTÊNCIA DE CRIAÇÃO DE ÓRGÃOS PÚBLICOS OU
DIREITOS NOVOS PARA SERVIDORES. INCONSTITUCIONALIDADE NEGADA. -
Não é toda lei que, por acarretar eventuais despesas inexpressivas, gera o
impedimento legal a que a Câmara de Vereadores legisle, pois, a ser assim, a feitura
de novas placas para ruas e mesmo a outorga de títulos de cidadão honorário criariam
despesas vedadas, seja pelo custo das primeiras ou pela confecção dos diplomas e
sua entrega no segundo caso. O inciso III do artigo 2º da Lei Municipal 001/2016, de
São Tiago/MG, não acarreta necessariamente aumento de despesas para o Município,
nem interfere na autonomia administrativa e financeira atribuída ao Prefeito, a quem
compete a iniciativa de leis que estejam conectadas à gestão financeira do Município.
Improcedência da representação.(TJ-MG - Ação Direta Inconst: 10000160748489000
MG, Relator: Wander Marotta, Data de Julgamento: 09/05/2018, Data de Publicação:
16/05/2018)

Caso Concreto 5: A) Como sabido, discricionariedade é a margem de liberdade que a


lei confere ao administrador para integrar a vontade da lei nos casos concretos
conforme parâmetros/critérios de conveniência e oportunidade. Assim, desde que
observados alguns parâmetros, a escolha do dirigente é ato discricionário do chefe do
Poder Executivo. Isto porque, como sabido, discricionariedade não se confunde com
arbitrariedade. Desse modo, ainda que discricionária a escolha deve atentar para o
caráter técnico do cargo a ser ocupado, vez que as Agências reguladoras se
caracterizam por um alto grau de especialização técnica no setor regulado, que,
obviamente, para o seu correto exercício, exige uma formação especial dos ocupantes
de seus cargos. Por essas razões, afigura-se bastante claro que, no caso proposto, a
escolha do governador vai de encontro aos critérios previstos para a escolha dos
dirigentes, visto que a nomeação de um cardiologista, ainda que renomado, para
exercer o cargo de diretor de uma agência reguladora de transportes públicos
concedidos, não obedece à exigência de que o nomeado tenha alto grau de
especialização técnica no setor regulado, inerente ao regime jurídico especial das
agências.
B) Como sabido, é uma características das agências reguladoras, a estabilidade
reforçada dos dirigentes. Trata-se de estabilidade diferenciada, caracterizada pelo
exercício de mandato a termo, na qual se afigura impossível a exoneração ad nutum
que, em regra, costuma ser inerente aos cargos em comissão. Desse modo, os
diretores, na forma da legislação em vigor, só perderão os seus cargos por meio de
renúncia, sentença transitada em julgado por meio de processo administrativo,
observados a ampla defesa e o contraditório.

Caso Concreto 6: A) Certo, tendo em vista a associação pública criada por meio de
consórcio público, admite que lhe seja outorgado o Poder de Polícia.
B) Certo, vez que estariam sendo delegados apenas os atos materiais do poder de
polícia.

Caso Concreto 7: A peça a ser elaborada consiste em uma petição inicial de ação de
rito ordinário. Não se admite a impetração de Mandado de Segurança, uma vez que
Mévio pretende produzir provas, inclusive a testemunhal, para demonstrar o seu direito,
sendo a dilação probatória vedada no Mandado de Segurança.
O endereçamento da peça deverá ser feito a um Juiz Federal da seção judiciária de
algum Estado.
O polo ativo da demanda é ocupado por Mévio, e o polo passivo, pela União.
No mérito, deve ser demonstrada a possibilidade de análise do ato administrativo pelo
Judiciário, para controle de legalidade, e que o motivo alegado no ato de demissão é
falso, em violação à teoria dos motivos determinantes.
Ainda no mérito, o examinando deve indicar a violação do Art. 41, § 1º, da Constituição
Federal, uma vez que Mévio foi demitido do Serviço Público sem a abertura de regular
processo administrativo. O examinando, por fim, deve indicar que não foi assegurado a
Mévio o contraditório e a ampla defesa, violando o devido processo legal. Além disso, o
ato representa violação aos princípios da isonomia, uma vez que Mévio foi o único dos
três servidores penalizados pela ida ao balé, e da impessoalidade, pois Mévio foi alvo
de perseguição por seu chefe. Nesta parte da causa de pedir, deverá ser mencionada a
lesão patrimonial, pelo não recebimento dos vencimentos no período em que se coloca
arbitrariamente fora dos quadros da Administração por demissão ilegal.
O examinando deve formular pedidos de anulação do ato que aplicou a penalidade, de
reintegração aos quadros da Administração, de reparação material com o pagamento
retroativo de seus vencimentos, como se não tivesse sido demitido. A postulação à
reparação moral não é obrigatória. Deverá haver, por fim, postulação de citação e de
produção de provas testemunhal e documental, bem como indicação do valor da
causa.

Caso Concreto 8: A) Não, pois nos termos expressos do Art. 54 da Lei nº 9.784/1999,
"O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados". E, em se tratando de efeitos patrimoniais contínuos, como no exemplo
descrito, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
B) Certo, uma vez que se demonstre a má-fé do servidor. Nos termos do Art. 54 da Lei
nº 9.784/1999, "O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé". Francisco da Silva, que não
concluiu o curso e, mesmo assim, apresentou declaração a fim de receber o referido
adicional, agiu de má-fé e não está protegido pela fluência do prazo decadencial.

Jurisprudência: RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO


PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. LEI 9.784/99. PRAZO. 5 ANOS.
RETROATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. Conforme o art. 54 da Lei 9.784/99, o direito
da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé. Entretanto, não há como atribuir-lhe incidência retroativa, de
modo a impor, para os atos praticados antes da sua entrada em vigor, o prazo
qüinqüenal com termo inicial na data do ato. Recurso provido. (STJ - REsp: 624697 RS
2003/0230878-0, Relator: Ministro JOSÉ ARNALDO DA FONSECA, Data de
Julgamento: 07/06/2005, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ 01.08.2005 p.
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