HOMEM-LIXO

mar7elo

Agradecimentos

Aos que apoiaram e opinaram

Matheus, Mariana, Monica, Dulla, Dulce e Elaine

Aos que ajudaram na revisão

Elaine Silva e Monica Nicolau

Para agradecer nominalmente a todos,

eu teria que escrever outro livro.

Alguns, daqueles que me inspiraram,

não poderiam ser citados.

Dedicatória
A você

Copyright © 2021 mar7elo

Todos os direitos reservados.

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Sumário
O Homem Lixo...................................................... 3
Humilhação .......................................................... 7
Dinheiro, Falsidade e Afins ................................. 14
Aproximações ...................................................... 19
Rafaela, a estagiária............................................. 25
Armadilhas ........................................................... 30
Drogas .................................................................. 39
Perseguição ......................................................... 51

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HOMEM-LIXO mar7elo

Capítulo 1

O Homem Lixo

Segunda, 8:12h. Há uma hora e meia no trânsito.

Verde. Catador de lixo puxando um carrinho.
Acelero. Ele se assusta. Olha para mim. Buzino. Ele
tenta correr, derruba as coisas do carrinho...

Por que existe este tipo de gente? O que eles fizeram

na vida? Nada? Não aprenderam coisa alguma? Não
sabem sequer catar lixo?

Ele escorrega e cai. Desvio e grito:

- Sai, homem lixo.

- Não grite com o meu pai! - responde um menino.

Assim é esta gente, inútil e cheia de direitos. Sempre

à espreita para se aproveitar de quem trabalha. O
trashman é capaz de querer mover um processo por
danos morais só porque eu buzinei.

Enfim, chego ao trabalho.

- Bom dia, Dr. Henry.

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HOMEM-LIXO mar7elo

Se você responder, este povo pensa que você é amigo

deles e acredite: nada é pior que um ralé se achando
seu amigo. Ele fala para todo mundo que te conhece,
dá o seu nome como referência para comprar a
crediário, pega uma foto sua e posta no perfil dele...

- Muito bom dia, Dr. Henry.

Puxa saco.

- Good morning, Dr. Henry. How are you?

Ahh, não. O senso de ridículo tirou férias. Pra que

um cara desse vai aprender inglês? Para falar merda
em dois idiomas?
- Bom dia, Dr. Henry.

- Acabou de melhorar, Rafaela. Como você está?

- Ótima!

Essa estagiária é muito gostosa. Que peitão! Preciso

achar um jeito de pegar.

Entro na minha sala. Luzineide traz o café. É outra

que eu preciso descobrir como pegar. Que bundinha!

- Obrigado, Luzineide. Você faz academia?

- Não, doutor! Quem dera tivesse tempo. -

esfregando os dedos, no gesto típico de dinheiro.
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Esta já fala logo ao que veio. Eu também.

- E como você consegue este corpo, menina?

Fica sem graça. Finge. Esta suburbana deve ser a

maior safada.

- É a genética, doutor. - a piranha se gabando.

- Seu marido deve ficar com ciúme. - mando um

verde.

- Sou separada. Vivo só, meu filho mora com minha

mãe.

- Luzineide, se eu precisar de você um dia destes,

para fazer um extra, posso contar?

- Se eu puder...

- Anote seu celular aqui, caso eu precise. E obrigado

pelo café.

- De nada. Está aqui.

Esta vai ser fácil. Bobinha.

Telefone.
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- Dr. Henry, o advogado do ministro João Leve está

aqui.

- Mande-o entrar.

Como tem corrupto nesta terra. Melhor para mim.