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EMPREGADO DOMÉSTICO: 

Empregado doméstico é a pessoa física "que presta serviços


de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à
família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana". 

O empregador doméstico não deve ter atividade econômica.

EMPREGADO RURAL: É a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta
serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário.

O empregador rural deve explorar atividade agro econômica.

TRABALHADOR TEMPORÁRIO: 

O trabalho temporário é disciplinado pela Lei n. 6.019/74. Trabalhador temporário é a pessoa


física contratada "por empresa de trabalho temporário (ETT), para prestação de serviço
destinado a atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou
a acréscimo extraordinário de tarefas de outras empresas". 

O prazo do contato não poderá ser superior a 180 dias, consecutivos ou não. Poderá ser
prorrogado por até 90 dias, consecutivos ou não.

Os direitos trabalhistas do trabalhador temporário são previstos no art. 12 da Lei 6.09/74:


a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados da categoria da empresa tomadora,
calculada à base horário, garantindo o pagamento do salário mínimo;
b) jornada de oito horas;
c) adicional de horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 50%
d) férias proporcionais de 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias, exceto
em caso de justa causa e pedido de demissão;
e) RSR
f) adicional por trabalho noturno;    
g) seguro contra acidentes de trabalho;
h) previdência social.

É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve.


     A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas (Súmula 331 do
TST).
TRABALHADOR AVULSO: 
    
    Trabalhador avulso é a pessoa física que presta serviços sem vínculo empregatício, de
natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sendo sindicalizado ou não, com intermediação
obrigatória do sindicato da categoria profissional ou do órgão gestor de mão de obra (OGMO).
Ex.: Estivador, chapa, de porto ou de minérios.

23/08/21
EMPREGADOR: é a pessoa física ou jurídica que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços do empregado (Art. 2º da
CLT).

Será, também, quem não tem personalidade jurídica, mas emprega trabalhadores sob o regime
da CLT, como o condomínio.

As entidades que não têm atividade econômica também assumem riscos, sendo consideradas
empregadores. A CLT considera que essas pessoas são empregadores por equiparação, como as
entidades de beneficência ou as associações. 
Outras pessoas também serão empregadores, como a União, Estados-membros, municípios,
autarquias, fundações, massa falida, espólio, microempresa. A empresa pública, sociedade de
economia mista.

GRUPO DE EMPRESAS: Para haver grupo econômico perante o Direito do Trabalho é mister


a existência de duas ou mais empresas que estejam sob comando único.
Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a
configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses
e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. 

A existência do grupo de empresas é melhor visualizada quando existe uma empresa-mãe e


empresas-filhas, caracterizando o controle de uma sobre a outra, como ocorre com a holding. 
Não faz jus o empregado a mais de um salário, caso preste serviços a mais de uma empresa do
grupo econômico, mas apenas a um salário, pois o empregador é o grupo. Existirá, portanto,
apenas um único contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário (Súmula 129 do TST).

ALTERAÇÕES NA EMPRESA: A alteração da empresa pode ser feita em sua estrutura


jurídica ou na mudança de sua propriedade.

Estabelece o art. 10 da CLT "qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os
direitos adquiridos por seus empregados."

Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 da CLT, as


obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para
a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. A empresa sucedia responderá
solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.

EMPREGADOR DOMÉSTICO: 
O empregador doméstico é a pessoa ou família que, sem finalidade lucrativa, admite empregado
doméstico para lhe prestar serviços de natureza contínua para seu âmbito residencial. Não pode,
portanto, o empregador doméstico ser pessoa jurídica, nem ter atividade lucrativa.

PODER DE DIREÇÃO DO EMPREGADOR: 


Está o empregado sujeito ao poder de direção do empregador, em razão de ser subordinado ao
último.

É um direito potestativo o poder de direção, ao qual o obreiro não poderia opor-se.

Não só o do empregador organizar suas atividades, assim como controlar e disciplinar o


trabalho, de acordo com os fins do empreendimento.

Poderá o empregador regulamentar o trabalho elaborando o regulamento de empresa.

Regulamento de empresa é um conjunto sistemático de regras, escritas ou não, estabelecidas


pelo empregador, com ou sem a partipação dos trabalhadores para tratar de questões de ordem
técnica ou disciplinar no âmbito da empresa, organizando o trabalho e a produção.

30/08/2021

Salário por unidade de tempo: O salário por unidade de tempo não depende do serviço ou da
obra realizada, mas do tempo gasto para sua consecução. Assim, seria a fixação do salário por
hora, por semana, por quinzena ou por mês. O critério de remuneração por unidade de tempo
não se confunde, porém, com os períodos de pagamento. O empregado hista pode ter como
época de pagamento o final do mês, ou seja, recebendo mensalmente.
Salário por unidade de obra: Aproxima-se o salário por unidade de obra da empreitada, em
que se visa um resultado, mas nada impede que no contrato de trabalho o empregado perceba
salário por essa forma.
No salário por unidade de obra não se leva em consideração o tempo gasto na consecução do
serviço, mas o próprio serviço realizado, independentemente do tempo despendido. 
Indica a alínea g do art. 483 da CLT que é possível o pagamento por peça, porém o empregador
não poderá reduzir o trabalho do empregado, de forma a afetar sensivelmente a importância dos
salários acarretando a rescisão indireta do contrato de trabalho.

Salário por tarefa: O salário por tarefa é uma forma mista de salário, que fica entre o salário
por unidade de tempo e de obra. O empregado deve realizar durante a jornada de trabalho certo
serviço que lhe é determinado pelo empregador. Terminado no referido serviço, mesmo antes do
fim do expediente, pode o empregado retirar-se da empresa, pois já cumpriu suas obrigações
diárias.

Salário em dinheiro: O salário deve ser pago em dinheiro, em moeda de curso forçado.
Objetiva-se evitar o chamado truck system, ou seja, o pagamento em vales, cupons,
bônus etc., e também o pagamento em moeda estrangeira.

Salário em utilidades: Decorre o fornecimento da utilidade do contrato ou do costume.


O art. 458 da CLT permite o pagamento do salário em utilidades, ou seja, além do
pagamento em dinheiro, o empregador poderá fornecer utilidades ao empregado, como
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura. O requisito principal é
o fornecimento habitual da utilidade. 
Não é considerado salário-utilidade o fornecimento de bebidas alcóolicas ou drogas
nocivas.
Os valores atribuídos à prestação in natura deverão ser justos e razoáveis, não podendo
exceder, em cada caso, os dos porcentuais das parcelas componentes do salário mínimo.
Caso a utilidade não fosse fornecida, o empregado teria de comprá-la ou de despender
numerário próprio para adquiri-la, mostrando que se trata realmente de um ganho para o
obreiro. Entretanto, o salário-utilidade deve ser fornecido gratuitamente ao empregado,
pois se a utilidade for cobrada não haverá que se falar em salário.
O salário não pode ser pago integralmente em utilidades, pois 30% do salário mínimo
deverá ser pago em dinheiro. O restante, 70%, poderá ser pago em utilidades.
Os vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados
apenas no local de trabalho para a prestação de serviços não serão considerados salário.
Também não tem natureza de salário-utilidade: educação, em estabelecimento de ensino
próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade,
anuidade, livros e material didático, transporte destinado ao deslocamento para o
trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público, assistência
médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde,
seguro de vida e de acidentes pessoais, previdência privada. O Equipamento de Proteção
Individual (EPI) do trabalhador, que é fornecido gratuitamente pelo empregador, não é
considerado salário-utilidade, pois destina-se a ser usados exclusivamente no local de
trabalho para proteger o empregado durante a prestação de serviços.
O vale-transporte não é considerado salário-utilidade.
O cálculo da parcela do salário pago em utilidade, ou o porcentual de desconto de
utilidades do salário do empregado é feito sobre o salário mínimo.
02/09/21
Adicional de horas extras: O adicional de horas extras é devido pelo trabalho
extraordinário à razão de pelo menos 50% sobre a hora normal (Art. 7º, XVI, da
Constituição). O adicional de horas extras do advogado é de 100%.

Sendo as horas extras habituais, integrarão outras verbas, como indenização, 13º salário,
FGTS, aviso prévio indenizado, gratificações semestrais, férias e DSR.
Adicional noturno: A remuneração do trabalho noturno deve ser superior à do diurno.
O adicional noturno é devido ao empregado urbano e ao doméstico que trabalhar no
período entre 22 e 5 horas.
O trabalhador rural terá direito ao adicional no período de 21 horas de um dia às 5 horas
do dia seguinte, na lavoura, e entre as 20 horas de um dia às 4 horas do dia seguinte, na
pecuária.
A hora noturna do empregado urbano e do doméstico é de 52 minutos e 30 segundos.

O adicional será de 20% sobre a hora diurna para o empregado urbano e para o
doméstico, e de 25% sobre a remuneração normal para o empregado rural.

Havendo habitualidade no pagamento do adicional noturno, integrará o cálculo do


salário do empregado para todos os efeitos.

Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é


também o adicional quanto às horas prorrogadas.

Adicional de insalubridade: O adicional de insalubridade é devido ao empregado que


presta serviços em atividades insalubres, sendo calculado à razão de 10% (grau
mínimo), 20% (grau médio) e 40% (grau máximo) sobre o salário mínimo (Art. 192 da
CLT).

Enquanto não é editada lei alterando o art. 192 da CLT, o STF entende que o cálculo de
adicional de insalubridade deve ser feito sobre o salário mínimo.

Integrará a remuneração do empregado para o cálculo de outras verbas se for pago em


caráter habitual, como férias, 13º salário, aviso prévio, FGTS, indenização. Não
integrará os DSR's e feriados, pois o adicional tem pagamento mensal, já incluindo os
últimos.
Não basta a constatação da insalubridade por meio do laudo pericial para que o
empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da
atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo MTE.

O trabalho executado em caráter intermitente, em condições insalubres, NÃO AFASTA,


por essa circunstância, o pagamento do adicional de insalubridade.
Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em
atividade ao céu aberto por sujeito à radiação solar.

Tem direito ao adicional o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos
limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições
previstas na NR 15.
09/09/2021
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE: É devido o adicional de periculosidade ao
empregado que presta serviços em contato permanente com elementos inflamáveis,
explosivos, energia elétrica, roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.

São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. O


contato permanente tem sido entendido como diário. O adicional será de 30% sobre o
salário do empregado, sem os acréscimos resultantes de qualificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa.

Incide o adicional de periculosidade apenas sobre o salário básico e não sobre este
acrescido de outros adicionais.

O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de


indenização e de horas extras.
Durantes as horas de sobreaviso, o empregado não está em condições de risco, razão
pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas
horas.

Os empregados que operam em bombas de gasolina têm direito ao adicional de


periculosidade.

As pessoas que trabalham no setor de energia elétrica fazem jus ao adicional de


periculosidade.

O trabalho executado em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito


ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, tendo em vista
que não se estabeleceu qualquer proporcionalidade em relação a seu pagamento.

Sendo o adicional pago com habitualidade, integrará as férias, o 13º salário, o aviso
prévio, o FGTS, a indenização. Não haverá integração do adicional de periculosidade no
DSR, pois se trata de um pagamento mensal, que já engloba o último.

ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA: É devido o adicional de transferência ao empregado


quando for transferido provisoriamente para outro local, desde que importe mudança de sua
residência.

Nas transferências definitivas, o adicional é indevido. O adicional é de 25% sobre o salário.

AJUDA DE CUSTO: A ajuda de custo é um pagamento destinado a que o empregado


possa executar seus serviços. Não serve para custear despesas de viagens.

Não se incluem no salário as ajudas de custo. Não têm natureza salarial, pois visam
compensar o empregado com despesas de transporte e alimentação para o exercício do
trabalho.

DIÁRIAS: Diária para viagem é o pagamento feito ao empregado para indenizar


despesas com o deslocamento, hospedagem e alimentação e sua manutenção quando
precisa viajar para executar as determinações do empregador.
São pagamentos ligados à viagem feita pelo empregado para a prestação dos serviços ao
empregador.
Determinou o art. 457 da CLT que a diária não integra o salário. Pouco importa se
exceder ou não de 50% de tal retribuição, pois a lei não faz mais essa distinção.

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