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SISTEMA NERVOSO

Gânglios
Conjunto de corpos neuronais que se encontram no curso dos nervos.
Em alguma parte de sua trajetória as fibras pré-ganglionares chegam a um gânglio e fazem sinapses com
suas células.

Sinapses
O impulso chega a seu destino final depois de passar por uma série de neurônios. O potencial de ação tem
que se transmitir de um neurônio a outro por um lugar de contato com características especiais. Estes pontos
de contato ocorrem onde o ramo terminal de um cilindro eixo se põe em contato com os dendritos ou com o
corpo do segundo neurônio. Este ponto de contato constitui a sinapse.
Nas sinapses não há continuidade de estrutura, e permitem que os impulsos cruzem em uma só direção. Em
conseqüência diz-se que têm polaridade. Numa sinapse distinguem-se partes funcionais morfologicamente
distintas:
Porção pré-sináptica do neurônio transmissor do impulso, na forma de botão terminal que contém numerosas
vesículas com substâncias neurotransmissoras (acetilcolina, noradrenalina etc.). Porção pós-sináptica do
neurônio receptor. Tende a estar rebaixada na forma negativa ao botão. Fenda sináptica situada entre as 2
porções.
Observe, na ilustração abaixo, o esquema de um neurônio. Acompanhe como circulam as mensagens, os
impulsos, pelo sistema nervoso.
As células nervosas são diferentes das demais, sob vários aspectos. Uma diferença significativa é o fato de o
sistema nervoso formar-se durante a fase embrionária. Mais tarde, o sistema - células, tecidos, órgãos -
apenas se desenvolve. Por isso é que um neurônio, diferentemente do que ocorre com os outros tipos de
tecidos do nosso corpo, não é substituído quando morre.
As lesões neurológicas são irreversíveis, o que pode acontecer é o organismo utilizar-se de neurônios que
antes não eram utilizados integralmente.
Podemos classificar os neurônios em três tipos básicos: sensoriais, de associação e motores.
Como são muitos os neurônios que participam desse sistema de circulação de impulsos, formam-se "feixes"
de axônios, que constituem o que denominamos nervo.

Referências Bibliográficas:
Fisiologia Humana. Philippe Meyer. - Anatomia. Basmajian.
7ª Edição. - Tratados de Fisiologia Médica. Guyton - Hall. 9ª
Edição. - Lippert Anatomia Texto e Atlas. 4ª Edição.
Espanha.
Imagens modificadas de:
Mosby Dicionário de Medicina, Enfermeria e Ciências da Saúde.
5ª Edição 2000. Espanha. - Lippert Anatomia Texto e Atlas.
4ª Edição. Espanha.

ENCÉFALO

Porção do sistema nervoso contida dentro do crânio e que compreende o cérebro, cerebelo, a protuberância
e o bulbo raquidiano.
Nosso sistema nervoso central divide-se em duas partes:
Encéfalo - situado no crânio e formado pelos seguintes órgãos: cérebro, cerebelo, ponte ou protuberância e
bulbo;
Medula espinhal tebral - localizada no canal vertebral.
O encéfalo e a medula formam o sistema nervoso central

É o órgão onde se radicam a sensibilidade consciente, a mobilidade voluntária e a inteligência; por este
motivo é considerado como o centro nervoso mais importante de todo o sistema. Apresenta um profundo
sulco que chega até o corpo caloso e o divide em dois hemisférios simétricos (esquerdo e direito). A córtex
cerebral constitui o nível superior na organização hierárquica do sistema nervoso; se encontra repregada
apresentando pregas ou circunvoluções e figuras ou canais. O córtex cerebral não é homogêneo,
encontrando-se diferenças na espessura total, nas das diferentes capas e na conformação celular fibrilar.

VISTA EM CORTE SAGITAL


ESQUEMA DE UM CORTE DO CÉREBRO,
MOSTRANDO A SUBSTÂNCIA CINZENTA (CÓRTEX
CEREBRAL) E A SUBSTÂNCIA BRANCA
A camada externa do cérebro, formada por esta
substância cinzenta, denomina-se córtex cerebral. A
parte interna é formada pela substância branca.

O cérebro é o principal órgão do sistema nervoso e o


centro de controle de todo o corpo, tanto das ações
voluntárias quanto das involuntárias. É por isso que,
mesmo se estiver dormindo, você respira e o coração
bombeia sangue. Tudo porque o grande capitão fica no
comando dos controles dessa nave fascinante e
complexa que é o seu corpo. Ademais, quando você
está acordado, cada vez que pensa, sente, se lembra
de alguma coisa ou fala, é também seu cérebro que
está operando.
Ou seja, esteja você dormindo ou acordado, seu cérebro se encarrega de que todos os sistemas de seu
corpo funcionem normalmente. Mas as pessoas não são apenas um corpo que subsiste, mas seres que
participam num mundo de relacionamentos consigo mesmos e com o mundo ao redor. Dentro desse mundo
há muitas outras pessoas e outros elementos, aquilo que se chama a "realidade". Isto é, fatores que
abrangem tudo, do clima e meio geográfico aos padrões de comportamento social, de trabalho e econômico.
Para responder a todas essas exigências externas, o cérebro humano trabalha para desenvolver habilidades
e respostas eficientes. É o grande aliado de cada um e o que nos ajuda a viver e a negociar com a realidade.
Neste sentido, há um elemento muito importante: seu cérebro sempre atua procurando seu bem-estar e seu
progresso pessoal.
Por exemplo, se você acaba de jogar uma partida de futebol, ou, depois de um longo dia de trabalho, se
sente cansado, é seu cérebro o encarregado de dar-lhe os sinais para que você faça tudo o que seu corpo
necessita para recuperar as energias. Você pode dormir, comer sua comida favorita ou sentar-se para ver um
bom filme. Depende de cada um.
Seu cérebro está constantemente enviando-lhe "sinais" de mal-estar ou bem-estar quando se trata de suas
emoções, seus pensamentos, sua capacidade criativa ou de crescimento em geral. Já pode ter acontecido de
você ficar de mau humor porque não gosta do seu trabalho.
Ou você se sente relaxado e feliz simplesmente porque está lendo um bom livro. Isso também depende de
cada pessoa, porque o aspecto mais maravilhoso do cérebro humano é que ele foi projetado de tal forma que
cada indivíduo tem certos talentos e habilidades que, de forma "natural", predominam sobre os outros. À
medida que você vai desenvolvendo esses talentos e habilidades você adquire mais chances de êxito.
Portanto, seu êxito pessoal depende da capacidade que você desenvolve para "escutar" e aprender a
identificar os sinais que seu cérebro lhe envia. Na medida em que suas decisões e suas ações estejam em
sintonia com seus neurônios, mais cheia será sua vida.

Os avanços da neurociência nos últimos vinte anos permitem saber um pouco mais sobre o funcionamento
do cérebro humano, que é como uma máquina extremamente complexa dotada de um circuito de conexões
entre distintos grupos de neurônios.
A doutora em psicologia Katherine Benziger é uma pesquisadora norte-americana de renome. Ela sustenta
que o cérebro tem quatro famílias de habilidades ou de aptidões distintas.
Cada cérebro possui todas as quatro, mas somente uma funciona como líder em cada indivíduo.

A PONTE OU PROTUBERÂNCIA
Localiza-se abaixo do cérebro, diante do cerebelo e acima do bulbo. como o próprio nome indica, a ponte
serve de passagem de impulsos nervosos que vão ao cérebro. A ponte está também relacionada com
reflexos associados às emoções, como o riso e as lágrimas.

Na ilustração, você tem as áreas cerebrais com suas funções específicas. O cérebro situa-se no interior da
caixa craniana. Possui mais de dez bilhões de neurônios e pesa menos do que 1,5kg. Regula muitas
atividades inconscientes, como sonhar, por exemplo. Ao mesmo tempo, destaca-se por regular atividades
que requerem o máximo da consciência: aprender, pensar, criar, memorizar etc.
CEREBELO

É o centro coordenador dos movimentos e intervém também no equilíbrio do corpo e na orientação.


Apresenta dobras em sua superfície e a substância cinzenta de sua parte cortical penetra no interior da
branca, formando arborizações chamadas "árvore da vida"; entre seus dois hemisférios se interpõe uma
pequena saliência que lembra um verme chamado Vernix.

O cerebelo constitui a parte posterior e inferior do encéfalo; tem ele contacto com as fossetas inferiores do
osso occipi- tal. U ma cissura, a cissura transversal ) separa o cerebelo do cérebro, de modo que o cerebelo
parece uma massa nervosa independente. Ela, na verdade, está unida ao cérebro somente por dois
prolongamentos: os pedúnculos cerebelares superiores. Também no cerebelo, como no cérebro, a
substância cinzenta está na periferia e a substância branca no interior; esta se ramifica no interior do
cerebelo como os ramos de uma planta, pelo que os antigos anatomistas a chamaram de "arbor vitae"
(árvore da vida). Os pedúnculos cerebelares médios ligam o cerebelo à ponte de Varólio) e os pedúnculos
cerebelares inferiores a põem em comunicação com o bulbo ou medula alongada.
O cerebelo está dividido em duas partes por um sulco
sagital, pelo que se distinguem dois lobos laterais
reunidos, no centro, por um lobo mediano, dito ainda
vérmis do cerebelo. Cérebro e cerebelo constituem a
parte superior do encéfalo em direto contacto com os
ossos cranianos. Entre a massa do cérebro e a do
cerebelo, que, de fato, enchem a cavidade craniana, e a
medula espinhal que, depois de ter percorrido o canal
vertebral, entra no crânio pelo buraco occipital, há um
segmento de substância nervosa que faz a ligação - é o
tronco cerebral.
O CEREBELO Localiza-se logo abaixo do cérebro e possui seguintes funções:
Coordena os movimentos comandados pelo cérebro, garantindo uma perfeita harmonia entre eles;
-dá o tônus muscular, isto é, regula o grau de contração do músculo em repouso;
-mantém o equilíbrio do corpo, graças às suas ligações com os canais semicirculares do ouvido interno.

CURIOSIDADE
Porque sentimos cócegas? Segundo Nilberto Scaff, do departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas
de São Paulo, as cócegas podem ser definidas como uma sensação especial, produzida por um leve roçar ou
pela fricção de alguns pontos da pele ou das mucosas, geralmente acompanhada por riso incontido.
A sensação de cósega é gerada pela estimulação de receptores sensitivos cutâneos não-específicos
(terminações livre), os mesmos relacionados à sensibilidade dolorosa.
O estímulo geralmente é tátil e suave, para que não haja o desencadeamento de sensações mais
desagradâveis, Com a dor.
Além da sensação característica, há a tentativa de afastamento do estímulo da cócega.
Essas oservações levam à hipótese de que as cócegas fazem parte de um conjunto de sensações que
incluem a coceira e a dor, e que geram comportamentos de autoproteção, na tentativa de afastar o estímulo
potencialmente nocivo.

BULBO

Tem sua origem na base do crânio e continua na medula. É um órgão elaborador de atos reflexos e, como
tal, rege a atividade de funções tão importantes para a vida como a respiratória e a do coração.
Localizado abaixo da ponte, controla importantes funções do nosso organismo, entre elas: a respiração, o
ritmo dos batimentos cardíacos e certos atos reflexos (como a deglutição, o vômito, a tosse e o piscar dos
olhos).

TRONCO CEREBRAL
O tronco cerebral é constituído por três partes: os pedúnculos cerebrais, a ponte de Varólio, o bulbo ou
medula alongada. O bulbo ou medula alongada continua na medula espinhal depois que esta penetra no
crânio. Tem a forma de um tronco de pirâmide. Mede 3 cm de largura e pesa cerca de 7 gramas. A ponte de
Varólio, também chamada 'protuberância anular', está situada adiante do bulbo, como uma faixa que o
contornasse e que dos lados seria continuada pelos pedúnculos cerebelares médios que alcançam o
cerebelo. A formaçâo que está atrás da ponte, isto é, o bulbo, acaba, assim, por estar em contacto com o
cerebelo; entre os dois órgãos há o quarto ventrículo, o qual, mediante o 'aqueduto de Sylvius', comunica, em
cima, com o terceiro ventrículo. Embaixo, contrariamente, se estreita, continuando com o canal central da
medula. A ponte é constituída superficialmente por fibras que se cruzam; em profundidade achamos núcleos
de substância cinzenta, alguns dos quais constituem a origem de um certo número de nervos cranianos
Os pedúnculos cerebelares apresentam-se sob a forma de dois cordões brancos que vão divergindo de baixo
para cima para penetrar no cerebelo propriamente dito. Dos doze pares de nervos que têm origem no
encéfalo, e que por essa razão ae chamam 'nervos cranianos', dez emergem do tronco cerebral. Para fora do
crânio, o sistema nervoso central é continuado pela medula espinhal

A MEDULA ESPINHAL
Nossa medula espinhal tem a forma de um cordão com aproximadamente 40 cm de compri mento. Ocupa o
canal vertebral, desde a região do atlas - primeira vértebra - até o nível da segunda vértebra lombar.
A medula funciona como centro nervoso de atos involuntários e, também, como veículo condutor de impulsos
nervosos. Veja um corte dessa importante estrutura de nosso corpo

A medula ocupa grande parte do canal vertebral: desde a primeira vértebra cervical até a segunda vértebra
lombar. Aqui você tem um corte mostrando a estrutura interna da medula espinhal.

Da medula partem 31 pares de nervos que se ramificam. Por meio dessa rede de nervos, a medula se
conecta com as várias partes do corpo, recebendo mensagens de vários pontos e enviando-as para o
cérebro e recebendo mensagens do cérebro e transmitindo-as para as várias partes do corpo.

As meninges
Você sabe que o encéfalo e a medula espinhal estão protegidos por estruturas ósseas: o crânio (para o
encéfalo) e as vertébras (para a medula). Mas nem o encéfalo entra em contato direto com os ossos do
crânio, nem a medula toca diretamente as vértebras. Envolvendo esses Órgãos, existem três membranas
chamadas meninges. São elas:
dura-máter - é a membrana externa que fica em contato com os ossos;
pia-máter - é a membrana interna, que envolve diretamente os órgãos;
aracnóide - é a membrana intermediária entre as outras duas.
Entre a pia-máter e a aracnóide existe um líquido, chamado líquido cefalorraquidiano. Ele protege os orgãos
do sistema nervoso central contra choques mecânicos.

O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

Esquema da estrutura de um nervo, cujas fibras nervosas são formadas de axônios ou dendritos.

O sistema nervoso periférico é formado por nervos encarregados de fazer as ligações entre o sistema
nervoso central e o corpo.
NERVO é a reunião de várias fibras nervosas, que podem ser formadas de axônios ou de dendritos.
As fibras estão reunidas em pequenos feixes; cada feixe forma um nervo.
Em nosso corpo existe um número muito grande de nervos. Seu conjunto forma a rede nervosa.

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