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Monopólio

Características gerais:

 1 produtor (empresário, vendedor, etc);

Diferenças entre o monopólio e o oligopólio:


Ex1: quando há poucos detentores de diamantes  oligopólio
Ex2: quando há um empresário detentor da produção de diamantes  monopólio

 Formador de preços;  o monopolista pode influenciar no preço do bem dele.

 Há barreiras que o protegem da concorrência.

- Um monopolista não tem concorrentes próximos, portanto pode influir no preço


(formador X tomador).

Formador é diferente de tomador de preço:

Quanto mais perto de um livre-comércio se toma o preço de mercado e não forma o


preço, pois carear um produto que é ofertado em abundância faz as pessoas não
comprarem o produto mais caro e sim o mais barato.

Já no monopólio isso não ocorre, porque o produto é específico e sua oferta está na
mão de um produtor, podendo este formar o seu preço.

- O poder de mercado altera a relação entre o preço e os custos da empresa.

 P > CMg
Por que o preço é maior? O monopolista é um formador de preço, logo, o
preço vai ser maior que o custo e maior que a receita marginal (P > CMg =
RMg  10 > 5 = 5).
Já no livre-comércio, o produtor vai ter que operar na margem por causa
da concorrência (preço muito elevado vai perder para outro produto que
tem preço mais baixo), então P = CMg = RMg.

 Ex: Windows

- Clientes dos monopólios parecem ter pouca escolha a não ser pagar o preço
cobrado.

 Mas os monopolistas podem cobrar qualquer preço? Não, o monopolista


pode colocar um preço elevado, mas não o preço que quiser.

- Monopólio: a empresa é a única vendedora de um produto sem substitutos


próximos.

 Causa principal: há muitas barreiras à entrada (é a dificuldade que o


empresário tem de entrar naquele mercado), outras empresas não
conseguem entrar no mercado.

As barreiras têm 3 origens:

1) Recurso-chave (sem aquele recurso não consegue fazer o produto) é


propriedade de uma única empresa:
 Ex: água em pequena cidade
 Ex 2: diamantes na África

2) O governo concede a uma única empresa o direito de produzir com


exclusividade (o próprio governo cria o monopólio):
 Ex: EUA e Networking Solution (org.com)
Ex2: Construção do Metrô de SP e Eletropaulo também entram nesse
caso.

3) Os custos de produção tornaram um único produtor mais eficiente do que


um grande número de produtores:
 Ex: monopólio natural (naturalmente mais benéfico p/ a economia): o
próprio Estado institui o monopólio. Uma única empresa pode oferecer
bem ou serviço por custo menor do que se existissem mais empresas
construção do metrô SP (governo monopolizou para padronizar as
linhas) e Eletropaulo (o governo monopolizou, pois a competitividade é
ruim nesse caso).

- Efeitos do monopólio: quando um monopolista cobra um preço superior ao


custo marginal, alguns consumidores potenciais avaliam o bem por um valor maior
do que o dado pelo custo marginal.
 A determinação de preço do monopólio impede que alguns negócios
mutuamente benéficos ocorram.

Obs: De maneira geral, o monopólio é ruim para o mercado, a exceção é quando o


monopólio é natural. É ruim porque negócios deixam de acontecer pelo motivo do
monopolista colocar um preço muito alto.

P > CMg = RMg (só ocorre no monopólio)

P = CMg = RMg (só ocorre no livre-comércio)

P = preço

CMg = custo marginal  é o custo que o empresário tem para produzir uma unidade
do produto (quanto gastou p/ produzir 1 unidade do produto).

RMg = receita marginal  é a receita do empresário na produção de 1 unidade do


produto (quanto ganhou p/ vender 1 unidade do produto).

Por que o empresário quer saber o marginal de 1 unidade do produto? Se o


empresário conseguir reduzir seu custo marginal, ele consegue diminuir o custo total
também (custo de todas as unidades). Então, para o empresário é interessante
analisar o custo de 1 unidade do produto dele e a receita que ele ganha com 1
unidade, assim ele consegue ampliar sua receita, potencializar a produção e
economizar os custos da mesma.

Quando ocorre o equilíbrio? Em qualquer estrutura de mercado.


Tende ao equilíbrio (RMg = CMg) = Se RMg > CMg, o empresário vai querer aumentar
a produção, contudo aumentará os custos e isso tenderá ao equilíbrio. Se RMg <
CMg, o empresário vai querer diminuir o custo (produzindo menos, economizar na
qualidade) e isso tende ao equilíbrio.
Concorrência Perfeita e Oligopólio

1) Concorrência Perfeita:
- Muitos produtores (incontáveis) = todo mundo que vende e são incontáveis,
pois vai depender do tamanho daquele mercado. Se estabelecer um número
de produtores pode virar um oligopólio.
- Muitos consumidores (incontáveis)
- Produto homogêneo (ex: tomates). Por quê? Pois se deixarem de ser
homogêneos se tornam produtos específicos, nisso, monopolistas ou
oligopolistas.
- Agentes econômicos são tomadores de preço (dado pelo mercado).
- NÃO há barreiras à entrada ou saída de firmas = não é difícil produzir o
produto e vendê-lo.

*2 gráficos
1º Gráfico (ponto de vista do mercado) = soma de todas as firmas (empresários
e produtores)
2º Gráfico (Firma individual) = um empresário/produtor

No gráfico é possível perceber que o preço estabelecido pela firma individual é
o mesmo que o preço do mercado. Provam-se então, com estas duas curvas de
oferta e demanda, que o preço que um empresário cobrar vai ter que ser igual ao do
mercado e também o preço do mercado nada mais é do que as médias dos preços
individuais das firmas daquele mercado.
Por que o preço individual tem que ser igual ao preço do mercado? Na
concorrência perfeita se o produtor ou empresário colocar um preço um pouco
superior ninguém vai comprar e se ele colocar um preço abaixo por um longo tempo
ele vai quebrar.

 Fórmula:
Custo total = custos fixos + custos variáveis
custo total
Custo total médio =  custo unitário
quantidade

Obs: Qual a diferença entre o custo marginal e o custo total médio? Ambos
resultam no custo unitário, contudo, o custo marginal é o custo de uma unidade
adicional. Produz-se 30 camisas o empresário tá querendo calcular quanto seria para
produzir 31 camisas e chegar ao valor de uma unidade para ver se vale a pena
aumentar a produção, mas essa uma unidade é naquele momento (considerando os
custos variáveis daquele momento, como a inflação). Já o custo total médio considera
o custo total daquele período sem variação, dividido pela quantidade com o objetivo de
achar a média do custo unitário. Então, ao contrário do que acontece no monopólio, o
preço vai ser maior que o custo marginal, na concorrência perfeita o preço vai ter que
ser igual tanto ao custo marginal quanto ao custo total médio.

Casos:

a. Se P > CTMe  Le (lucro) > 0


 Entrada de firmas = os empresários irão querer empreender neste setor
 Baixa o preço = como não há barreiras à entrada haverá a entrada
demasiada de firmas e isso fará com que o preço caia
 P = CTMe  Le = 0 = o preço vai cair até se tornar igual ao custo total
médio de novo, voltando ao equilíbrio (quando não dá mais para
diminuir o preço)
Por que o lucro é zero? Pois é um cenário ideal, a maior parte do
mundo não funciona por concorrência perfeita e a tendência do lucro
ser zero é apenas no médio-prazo a longo-prazo, não no curto-prazo
(seria quase zero) porque todo mundo não está exatamente no mesmo
preço (alguns pagam menos pelos insumos).

b. Se P < CTMe  Le < 0


 Saída de firmas = muitas empresas vão falir e vão sair do mercado,
então menos gente vai ofertar o produto.
 Eleva o preço  Le = 0 = com menos pessoas ofertando o preço vai
aumentar naturalmente e vai tender ao equilíbrio de novo.

2) Oligopólio:
- Poucos produtores/empresários
- Produto homogêneo
- Formador ou tomador de preço (vai depender de cada caso)
- Há barreiras à entrada
 Ex: postos de gasolina

O oligopólio apresenta uma parte legal e outra ilegal:

a. Cooperativo (ilegal):
- Combinam preço ou quantidade p/ maximizar lucro do grupo.
 Cartel (poucas empresas de um setor combinam entre si sobre algo)
- Práticas anti-competitivas
- Ex: OPEP (associação dos maiores produtores de petróleo do mundo –
países do Oriente Médio e Venezuela)
Choque do petróleo (1971/73 - 1979): Algumas empresas ocidentais da
Europa começaram a diminuir o preço do barril de petróleo com o objetivo de
ganhar outros mercados. Diante disso, os maiores produtores elevaram os
preços dos barris de petróleo, falindo estas empresas ocidentais. Os países
que não tinham condições de comprar os caros barris tinham de arrumar
maneiras para adquirir o recurso vital (há muitos derivados de petróleo).

 Combina quantidades

b. Não cooperativo (legal):


- Não combinam preço e competem entre si.
- Diferenciação (maneira de competir) via: preço, quantidade, marca.
- Maximizar o lucro individualmente.

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