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Q1) Com a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal, no ano 2000, o Banco Central
foi impedido de emitir títulos próprios. Tal proibição visava garantir que o Bacen não
financiasse o Tesouro. O problema é que como o Banco Central precisa de títulos públicos
para controlar a liquidez da economia, este fica à mercê da política executada pelo Tesouro
Nacional. Para contornar o problema, em 2008, a Lei de Responsabilidade Fiscal foi
modificada e permitiu-se que o Tesouro pudesse vender títulos exclusivamente ao Bacen
através de um mecanismo que envolve débito e crédito na conta única do Tesouro na
própria autoridade monetária e, por consequência, sem impacto no mercado. Então, para
executar a tarefa de enxugar a liquidez da economia de modo a atingir a meta de taxa de
juros básica (taxa Selic) - muitas vezes com frequência diária - a autoridade utiliza estes
títulos emitidos pelo Tesouro em seu favor. Assim, o Bacen realiza operações
compromissadas de venda de títulos a uma taxa de juros superior à praticada pelo mercado.
Explique o mecanismo das operações compromissadas nas seguintes situações:
a) Ocorre aquisição de dólares, pelo Bacen, para compor as reservas internacionais.
b) Ocorrem resgates líquidos positivos de títulos da dívida pública federal promovido
pelo Tesouro Nacional.
c) Oscilações na conta única do Tesouro Nacional decorrido de aumento de gasto
governamental financiado por aumento da arrecadação.
d) O governo incorre em déficit primário.
e) O governo tem uma política que visa estimular o investimento privado da
economia e, para isso, emite dívida e repassa os recursos ao BNDES para que este
conceda empréstimos.
Q2) Explique o custo implícito das decisões dos gestores públicos:
a) O Banco Central decide realizar operações compromissadas com custo equivalente
à própria Selic para esterilizar o efeito da expansão da base monetária decorrente da
compra de dólares pelo próprio Bacen.
b) O governo transfere recursos à bancos públicos para que estes concedam
empréstimos à iniciativa privada à uma taxa de juros inferior ao custo de captação
do recurso pelo Tesouro.
Q3) Os países mais avançados costumam ter uma proporção elevada de sua dívida na
forma de “papéis de longo prazo de maturação” e com “taxas de juros pré-fixadas”. Isso
implica relativo conforto para rolagem de dívida em caso de turbulências macroeconômicas
que elevem a taxa de juros de curto prazo, pois a maior parte da dívida tem data de resgate
longa. Entre 2006 e 2014 houve uma queda de 40% para 20% na fatia dos títulos públicos
emitidos atrelados à Selic (taxa que remunera os títulos de curto prazo no Brasil). Mas
nesse período também se verifica um aumento estrondoso das operações compromissadas,
de modo que o saldo líquido é que a dívida de curto prazo do governo ficou estacionada
em 40%. Explique esse “enxuga gelo”. Por que a situação fiscal fica exatamente a mesma?
Qual o impacto que o uso excessivo deste instrumento monetário pode ter sobre a
qualidade da dívida pública?
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Q4) De forma sucinta, explique os conceitos de equidade, progressividade, neutralidade e
simplicidade da Teoria Econômica da Tributação.
Q5) De forma sucinta, explique como a existências de bens públicos, monopólio naturais,
externalidades e mercados incompletos justificam a existência do setor público.
St =[ BT −B T−1 ( 1+ π ) ] + [ BT −1 π ]
Q7) Vimos em sala de aula que a incidência tributária pode ser muito diferente do ônus
tributário. Independente da imposição legal de quem pagará o imposto (produtor ou
consumidor), em alguma medida, “ambos” arcarão com este custo. Isto dependerá da
estrutura de mercado e da inclinação das curvas de demanda e oferta deste bem. Explique.
Q8) Sabemos que boa parte da arrecadação tributária no Brasil incide sobre o consumo.
Um economista estimou um modelo de regressão em que as despesas familiares em
supermercado (eixo vertical) estão sendo explicadas pela renda disponível (eixo horizontal):
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Q10) O governo fornece bens públicos mediante contribuição compulsória dos cidadãos.
Explique o motivo econômico disto acontecer.
Q11) Pesquise sobre as principais agências reguladoras do Brasil e suas áreas de atuação,
bem como atuam.
Q12) Muitas vezes, ouvimos um discursos econômico que defende a ideia que a
privatização de uma empresa estatal ineficiente seria a solução para a melhoria do serviço,
uma vez que empresas privadas, via de regra, seriam mais eficientes. Qual o problema que
pode surgir em transformar uma única grande empresa pública em uma única grande
empresa privada sem que isso seja acompanhado por um mecanismo eficiente de regulação
estatal?
Q13) Sabemos que do ponto de vista da arrecadação tributária, é mais fácil para o governo
aumentar sua receita taxando mais os produtos essenciais (como o feijão e o arroz).
Contraditoriamente, muitos produtos não essenciais (como cigarro e bebidas alcoólicas)
também são bastante taxados. Explique do ponto de vista econômico por que isto acontece
e o que estes produtos tão diferentes têm em comum.
Q15) A base monetária (B) pode ser definida, a qualquer momento do tempo, supondo
perfeita previsão de inflação por:
kY
B=
( 1+π )α
a) Elasticidade-preço da demanda.
b) Concentração regional da arrecadação.
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Q17) Do ponto de vista histórico, na maioria dos países, se constata uma forte influência
dos preços reais dos serviços públicos na evolução dos gastos governamentais. Explique o
motivo disto acontecer.
Q19) Por que as estatística das contas do setor público apuradas “abaixo da linha” são mais
práticas para avaliação do que as apuradas “acima da linha”?
Q20) Qual a diferença entre resultado nominal, resultado operacional e resultado primário?
Qual a diferença entre resultado do setor público e resultado do governo? Qual a diferença
entre resultado do governo geral e resultado do governo central?
Q22) Mostre matematicamente que o fato de existir um déficit governamental não significa
que a poupança do governo seja negativa, mas pode estar indicando apenas que a
poupança, embora positiva, é inferior ao valor do investimento do governo.
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Q23) Suponha um mercado monopolista com uma demanda linear dada por p=400−2q
e custo marginal constante dado por cmg=200. Qual o equilíbrio inicial deste mercado? O
que acontece se o governo instituir um imposto específico de $ 100,00 por unidade
vendida?
Q24) Suponha um determinado mercado em que as curvas de demanda e oferta são das
respectivamente por q d =1.000−25 p e q s=200+ 25 p . Nestas circunstâncias, o equilíbrio
inicial é obtido quando p0=16 e q 0=600 . Suponha agora que o governo institua um
imposto específico de $ 4,00 por unidade vendida a ser cobrado do vendedor. Quais seriam
as novas condições de equilíbrio? Quais seriam os preços ao consumidor e ao produtor?
Qual seria a receita tributária arrecadada?
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Q29) Imagine uma situação em que, ao longo do tempo, apesar da queda da inflação, a
diferença entre as NFSP no conceito nominal e as NFSP no conceito operacional aumenta.
Qual pode ser a explicação para isso?
Q30) Há situações em que os agentes econômicos podem exercer uma forte influência
sobre os preços de mercado: são os casos específicos de estruturas de mercado
monopolística ou oligopolizada. No caso do monopolista, sua tentativa de repassar aos
consumidores o imposto que incide sobre seu produto vem acompanhada de produção
mais baixa e redução das vendas. O monopolista pode compensar a redução nas vendas
com o aumento de seu produto, maximizando os lucros quando os custos marginais se
iguala à receita marginal. Através de uma análise algébrica deste processo, pode-se chegar à
seguinte expressão de fixação de preços por parte do monopolista:
cmg+t
p=
( 1−
1
|ε p| )
Em que p é o preço, cmg o custo marginal de produção, t o imposto e ε p é a elasticidade
preço da demanda. Explique do ponto de vista econômico, o que acontece com o repasse
do imposto, ao consumidor, quando:
a) |ε p| é muito alto.
b) |ε p| é muito baixo.
Q31) As externalidades são uma clara situação de falha de mercado em que os preços que
os agentes recebem do mercado não estão corretos, e justificam a intervenção
governamental, ou seja, a existência do Estado. Nas figuras abaixo estão expostas situações
de intervenção através de um imposto e um subsídio. Explique estes processos.
Q32) Explique como a necessidade de financiamento do setor público, coeteris paribus, afeta
o tamanho do estoque da dívida líquida do setor público. Explique também os casos
abaixo, em que pode haver uma variação nesta dívida, mesmo quando a necessidade de
financiamento do setor público é nula:
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a) Forte desvalorização cambial na situação que o setor público possui um grande
passivo em moeda estrangeira.
b) Um processo de privatizações de empresas estatais.
Q33) Há um consenso de que os trabalhadores, e não os empregadores, suportam toda a
carga da tributação para a seguridade social, que é de responsabilidade deste último, e de
que a maior parte do IRPJ é repassada para os preços, embora haja discordância quanto a
sua extensão e para quem é o repasse: se para os consumidores ou para os trabalhadores.
Diante disto, a Secretaria da Receita Federal elaborou o seguinte estudo em que simulou a
progressividade da carga tributária sobre os salários e imposto de renda pessoa jurídica em
três diferentes cenários:
● Na situação 1, o efeito econômico reflete perfeitamente o dispositivo legal da carga
tributária prevista no ordenamento jurídico (a incidência e o ônus tributário recai
sobre o empregador).
● Na situação 2, ocorre uma especificidade de mercado em que empregados e
empregadores compartilham igualmente a carga que originalmente se destinava
apenas aos empregadores (os empregadores repassam aos empregados metade da
carga que seria de sua competência através ajuste dos preços dos bens produzidos).
● Na situação 3, os empregadores repassam totalmente a carga tributária mediante o
mecanismo exposto anteriormente.
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Q34) As figura abaixo exibem o comportamento dinâmico da arrecadação dos principais
tributos sobre bens e serviços no Brasil em diferentes épocas. Os tributos de valor
adicionado incluem o ICMS e IPI, enquanto que os tributos cumulativos incluem as
contribuições sociais (PIS-PASEP, COFINS e CPMF) e tributos sobre transações
específicas (IOF, ISS e impostos únicos).
Q35) Seguem indicadores da carga tributária do Brasil em 2016. Analise estes dados
segundo a distribuição dessa carga entre os entes federativos e as diferentes bases de
incidência.
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Q37) Seguem alguns dados da carga tributária do Brasil em 2016. Analise-os segundo a
distribuição entre os tributos/competências dos entes federativos.
Q38) Abaixo está a carga tributária do Brasil e da América Latina no ano de 2016:
É sabido que Brasil tem uma carga tributária elevada para um país de renda média. No
entanto, possui uma Constituição que garante, pelo menos em Lei, um mínimo de bem-
estar social à sua população através de fornecimento de serviços de educação e seguridade
social, por exemplo. Serviços estes, que custarão caro se o país quiser fornecê-los
adequadamente para mais de 200 milhões de pessoas; o que acabaria justificando um ônus
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tributário elevado. Deixando de lado a discussão de medidas que melhorariam a eficácia e
eficiência dos gastos governamentais, o ideal de uma reforma tributária seria ir no sentido
de aumentar a “qualidade da tributação”, mantendo o nível desta carga. Como isso é
possível?
Q39) Na tabela abaixo segue o resultado de um estudo do IEPE/Casa das Garças que
mostra as principais características da distribuição do rendimento do trabalho de pessoas
economicamente ativas no Brasil, conforme dados da PNAD contínua anual de 2017.
Avalie esta distribuição de rendimentos à ótica do sistema tributário brasileiro.
Q40) Na tabela abaixo segue o resultado de um estudo do IEPE/Casa das Garças que
mostra
a média e percentis da distribuição da renda domiciliar per capita em sete regiões do Brasil,
de acordo com dados da PNAD contínua anual de 2017.
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Q41) Superávit primário é o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo,
excetuando gastos com pagamentos financeiros da dívida. Atingir superávits primário é
importante pois representa a consistência entre as metas de políticas macroeconômicas e a
sustentabilidade da dívida, ou seja, a capacidade do governo honrar seus compromisso
financeiros. A formação do superávit primário serve para garantir recursos para pagar os
juros da dívida pública, bem como amortizá-la, e reduzir o endividamento do governo no
médio e longo prazo.
Vemos na série histórica acima que, entre 2002 e 2013, o governo brasileiro apresentou
consistentes superávits primários. É possível dizer qual foi o resultado nominal do governo
neste interstício? Explique.
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c) Em jan/2020, o resultado nominal consolidado do setor público (NFSP) foi
superavitário em R$ 19,1 bilhões. Quanto foi pago de juros da dívida neste mês?
Q43) Abaixo estão alguns dados da dívida líquida do setor público e da dívida bruta do
governo geral.
Q44) Em geral, o superávit primário tem uma trajetória descendente devido à uma queda
da receita e aumento das despesas de custeio da máquina pública. Se o superávit primário
for baixo em relação ao PIB, comprometendo o pagamento dos juros e do principal da
dívida pública, o governo apresentará um déficit nominal resultando em uma deterioração
da DLSP. Mas outros fatores podem afetar a DLSP. Por exemplo, explique como a
desvalorização da moeda nacional pode influenciar uma queda na DLSP (ou até um
aumento).
Q45) Segue uma distribuição do orçamento do governo federal do PLOA 2020. Por que é
errado afirmar que 50,7% da arrecadação tributária do governo federal será destinada ao
pagamento da conta relativa a dívida pública?
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Q46) Na figura da esquerda está reportada a forma como é pago os juros da dívida pública
(em bilhões de Reais), enquanto que na figura da direita está a dívida pública como
porcentagem do PIB.
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Q48) Dê um exemplo numérico mostrando que quanto maior for a dívida ou a taxa de
juros que nela incide no momento, maior será o superávit primário para não aumentar a
relação dívida/PIB.
Q52) Suponha que o governo venda uma empresa estatal e use o dinheiro para construir
um hospital. O que acontece com a NFSP? Qual é a racionalidade do critério adotado?
Q53) Explique por que o déficit fiscal e a dívida pública não devem ser interpretados
apenas como coisas ruins, e podem ser bem administrados através do próprio ciclo
econômico e uma gestão fiscal coerente e crível.
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Q55) Os sistemas tributários de todos os países são essencialmente compostos de
instrumentos que introduzem distorções na economia. Dado isto, explique por que os
países, então, não usam apenas impostos não distorcivos.
Q56) Explique, do ponto de vista microeconômico, do equilíbrio geral e bem-estar, o
problema da tributação ótima.
Q57) Sobre tributação de mercadorias, quais as implicações da tributação ótima do modelo
de Ramsey? Qual sua limitação?
Q58) Sobre tributação de mercadorias, quais as implicações da tributação ótima do modelo
de Diamond e Mirrlees?
Q59) Explique o que é uma alocação justa em Economia.
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Q71) Explique como é possível que a tributação de uma mercadoria torne o mercado de
uma outra mercadoria, já tributada, mais eficiente.
Q72) No modelo de Harberger, um imposto sobre a produção em um determinado setor
provoca a queda do preço relativo do insumo utilizado intensivamente neste setor.
Explique o mecanismo.
Q73) No longo prazo, as ofertas dos fatores produtivos mudam e sofrem influências de
ações tributárias do presente. Explique e dê um exemplo.
Q74) Por que o encargo excessivo de um conjunto de impostos geralmente depende de
“todo o conjunto de alíquotas de imposto”, bem como do “grau de substituibilidade e
complementaridade” entre as várias mercadorias?
Q75) Ao longo da história as pessoas sempre odiaram pagar impostos. Não à toa, a
expressão “o quinto dos infernos” ultrapassou as Minas Gerais do século XVIII e chegou
até nós. Existe um conceito bem interessante em finanças públicas chamado “Elisão
Fiscal” (não confunda com Evasão Fiscal). Consiste na capacidade das pessoas em mudar
seus comportamentos de modo a reduzir sua responsabilidade fiscal, mas dentro da lei.
Dado isto, pesquise na internet o que aconteceu nas seguintes situações:
a) Na Inglaterra de 1696, o Rei William III decidiu que o governo deveria arrecadar
mais dinheiro. Ele inventou um imposto sobre as “janelas”: como as pessoas mais
ricas possuíam grandes casarões e palacetes cheios de janelas, o imposto iria atingir
os mais abastado. O que aconteceu?
b) No Brasil do século XVIII, o governo decidiu cobrar um imposto sobre “igrejas
recém acabadas”. O que aconteceu?
c) Na Holanda do século XVII, o governo decidiu cobrar um imposto baseado na
“largura dos imóveis”: quanto mais largas as casas e palacetes, maior o imposto. O
que aconteceu?
d) Na Ucrânia do século XX, um imposto sobre carros importados gerou um
comportamento bem estranho por parte das pessoas ao atravessar os veículos pela
alfândega. Qual foi?
Q76) Dada a existência da seguinte estrutura de alíquotas do INSS para empregado,
empregado doméstico e trabalhador avulso no ano de 2020 (especificamente à partir de
01/03/2020):
Faixa de renda (R$) Alíquota marginal (%)
0,00 – 1.045,00 7,5
1.045,01 – 2.089,60 9,0
2.089,61 – 3.134,40 12,0
3.134,41 – 6.101,06 (teto do 14,0
INSS)
6.101,07 – 10.000,00 14,5
10.000,01 – 20.000,00 16,5
20.000,01 – 39.000,00 19,0
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>39.000,00 22,0
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disponibilidade de bens e serviços de qualidade e à preços razoáveis (Lúcia Helena Salgado,
economista). Comente e dê um exemplo prático.
Q84) Os “marcos reguladores” e os “contratos de concessão” feitos pelos governos
precisam estar estruturados de tal forma que possam servir aos propósitos de atração e
estímulo de investimentos privados no setor de prestação de serviços públicos, a fim de
garantir aos usuários a obtenção adequada do bem. Comente.
Q85) Explique o motivo pelo qual o uso dos diversos instrumentos de política fiscal,
monetária, externa, renda e setorial poderem ser adequados ou inadequados, dependendo
do objetivo, da conjuntura e restrições que o gestor e o sistema político, econômico e social
enfrentam no momento.
Q86) Por que os gastos públicos sempre terão uma tendência de crescimento como
proporção do PIB? Quais as restrições em termos do financiamento deste gasto: aumento
da carga tributária, aumento do endividamento e senhoriagem?
Q87) Na tabela abaixo, segue o balanço patrimonial do Banco Central de um país
imaginário:
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saldo se as despesas do governo aumentarem e o Banco Central resgatar títulos
públicos? Explique.
d) Suponha que o governo apresentou superávit primário. Qual o impacto no saldo da
conta única? Qual o impacto na base monetária? O que o se deve fazer nesta
situação?
e) Suponha que o governo apresentou déficit primário. Qual o impacto no saldo da
conta única? Qual o impacto na base monetária? O que o se deve fazer nesta
situação?
f) Imagine que o governo passa sucessivos anos tendo superávits primários e usa esse
aumento na conta única do Tesouro para pagar dívida de períodos anteriores. Por
contrapartida, o Banco Central usa as operações compromissadas para controlar o
excesso de liquidez. O que acontece com a dívida do governo? Explique a
contradição.
g) Agora, imagine que depois dessa fase, o governo passa a incorrer em sucessivos
déficits primários. O que acontece com o saldo da conta única? O que acontece
com as operações compromissadas? O que acontece com a dívida do governo?
Considere a existência de um indivíduo que ganha $ 6.250,00. Quanto este indivíduo pagará
de imposto de renda? Qual é a taxa média de imposto pago (relação entre os impostos e a
renda)?
Q89) Calcule o total de IVA de um determinado produto cuja cadeia de produção está
expressa na tabela abaixo. Admita que a alíquota tributária é de 10%.
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Valor total da produção 160,00
Estágio 3
Produto intermediário 160,00
Salários 50,00
Lucros 20,00
Valor total da produção 230,00
Preço de venda total 253,00
Q90) Na questão anterior, calcule quanto seria arrecadado pelo governo caso o imposto
fosse do tipo em “cascata”. Admita uma alíquota de 10% e também que o preço de venda
em cada fase incorpora completamente o imposto (o tributo é cobrado por dentro).
Q91) Responda:
a) Dê três exemplos de políticas alocativas “bem intencionadas” de um governo que
podem trazer mais problemas que soluções.
b) Quais os custos associados à três formas de financiamento governamental:
impostos, emissão de dívida e senhoriagem. Explique.
Q92) Em geral, tendemos sempre a achar que é apenas o Poder Executivo, que através dos
governos, interferem na alocação de recursos da economia. Mas os outros poderes também
podem atuar profundamente. Explique como o Poder Legislativo e Poder Judicário podem
atuar na função alocativa do Estado.
Q93) Vejamos algumas perguntas sobre a atuação do governo:
O governo deveria...
1- Determinar o tipo de embalagem que os supermercados devem usar e se os clientes devem pagar
pelas embalagens?
2- Proibir o consumo de alimentos extremamentes ricos em sal, gordura e açúcar?
3- Permitir a cobrança de bagagem nos voos?
4- Proibir os postos de gasolina de usarem bombas automáticas?
5- Proibir o uso de drogas como a maconha, o crack, a cachaça e o cigarro?
6- Proibir bares e restaurantes de produzir o próprio gelo?
7- Determinar que os supermercados tenham embaladores?
8- Proibir o consumo de serviços de prostituição?
9- Obrigar as empresas de ônibus a terem cobradores?
10- Proibir a venda de soda cáustica e álcool líquido nos supermercados?
Explique por que o exercício das funções alocativa, distributiva e estabilizadora do governo
sempre irá embutir:
a) Perspectivas analíticas que envolvem prós e contras.
b) Juízo de valor.
c) Os interesses de quem sai ganhando e perdendo na história.
Q94) Explore a definição dos seguintes conceitos em finanças públicas:
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a) Dívida bruta do governo geral.
b) Dívida fiscal líquida e ajuste patrimonial.
c) Dívida líquida do setor público.
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