1. O documento apresenta uma série de questões sobre finanças públicas para uma aula prática. As questões abordam tópicos como a diferença entre economia pública e privada, as funções do Estado, teorias sobre o surgimento do Estado, impostos, dívida pública e orçamento público.
1. O documento apresenta uma série de questões sobre finanças públicas para uma aula prática. As questões abordam tópicos como a diferença entre economia pública e privada, as funções do Estado, teorias sobre o surgimento do Estado, impostos, dívida pública e orçamento público.
1. O documento apresenta uma série de questões sobre finanças públicas para uma aula prática. As questões abordam tópicos como a diferença entre economia pública e privada, as funções do Estado, teorias sobre o surgimento do Estado, impostos, dívida pública e orçamento público.
FINANÇAS PÚBLICAS Aula Prática 1 1. Qual é a diferença entre economia pública e economia privada? 2. Relacione Finanças Públicas e Direito Financeiro. 3. Pronuncie-se sobre a natureza interdisciplinar das finanças públicas. Que áreas do saber considera estarem especialmente relacionadas com esta disciplina e porquê? 4. Quais são as funções bases da Política Orçamental de acordo com Musgrave? 5. Os Parlamentos e a Democracia Representativa criaram-se e desenvolveram-se em torno do princípio do consentimento – considerando que não deveria haver imposto sem representação: “No taxation without representation.” Os representantes dos contribuintes dão o seu acordo ao lançamento de impostos e à realização de despesas. Discuta o alcance deste argumento. 6. Quais são as funções das Finanças Públicas? 7. Em que medida é que há mais funções na actividade financeira do Estado? 8. Clarifique a racionalidade económica subjacente à intervenção pública em cada uma das seguintes situações: a) Iluminação das vias públicas. b) Ensino superior. 9. Explique as razões para a necessidade de intervenção do Estado numa economia? 10. Considere a transcrição da seguinte afirmação do Ministro da Economia e Finanças de um determinado país, que preside o Conselho de Finanças Públicas: “A explicitação pré-eleitoral dos planos orçamentais dos diferentes partidos para a legislatura pode, no entanto, aplicar-se também neste caso. Tal prática teria a vantagem de exigir maior realismo e transparência aos programas eleitorais, levando ao mesmo tipo de contrato com o eleitorado, o que reforçaria a confiança no processo político. A diferença está no facto de que, em coligação, a quebra do contrato tenderá a levar à queda do governo”. a) Identifique e apresente a teoria explicativa da existência do Estado subjacente na afirmação acima reproduzida. b) Apresente sucintamente teorias alternativas que explicam o surgimento do Estado. 11. “As finanças públicas correspondem a uma das mais importantes chaves para decifrar uma sociedade, permitindo um retrato bastante fiel da forma como se organiza o poder e como se relaciona com a sociedade civil. (…) No que se refere à actividade económica do Estado, a melhor síntese parece ter sido a conseguida por Richard Musgrave, cuja qualificação tripartida das funções financeiras do Estado se mantém como ponto de referência obrigatório, apesar de ter sido objectivo de refinamento e aprofundamento. (…) Nos últimos tempos, por exemplo, tem-se verificado uma acentuada tendência para aferir a intervenção do Estado em função de dois objectivos: eficiência e equidade, classificação que não diverge no essencial da de Musgrave, na medida em que os objectivos de afectação e estabilidade se reconduzem à ideia de eficiência e os de distribuição à de equidade.” Eduardo Paz Ferreira, Ensinar Finanças Públicas numa Faculdade de Direito, Almedina, Coimbra, 2005, pp. 99-100. a) Comente o extracto da frase sublinhada. 12. Considere a afirmação seguinte: “Na teoria da escolha pública, o comportamento dos dirigentes da administração pública (burocratas) é considerado ineficiente”. Identifique as ineficiências resultantes do comportamento do burocrata e explique em que consistem. 13. “O liberalismo defende a separação entre o Estado e o mercado.” Relacione esta fase da história das finanças públicas, com as formas de intervenção do Estado, com as teorias sobre a necessidade de existência do Estado e com as funções clássicas do Estado. 14. Porque é que apelidamos as finanças públicas do liberalismo de finanças neutras? Fundamente bem a sua resposta. 15. Enquadre a afirmação seguinte no contexto das funções clássicas do Estado: “A curva de Phillips pode ser expressa através de uma relação inversa entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego. Tal traduz-se, pelo menos no curto prazo, num conflito em termos de política económica entre a eliminação da inflação e a eliminação do desemprego.”. (3 valores) 16. Diga o que entende por bens públicos puros ou bens colectivos. 17. Estabeleça a distinção entre bens públicos puros e bens mistos (bens públicos impuros). Dê exemplos. 18. Que razões podem explicar o facto de o Estado disponibilizar bens públicos aos cidadãos? 19. Quais são os principais meios de financiamento do Estado? 20. Quais são as principais instituições financeiras de enquadramento do Estado? 21. O poder de excluir é um pré-requisito para a criação e funcionamento de mercados. Por outro lado, a rivalidade no consumo dos bens é também uma condição para que o resultado de mercado seja eficiente. Explicite as razões para que a não rivalidade e a não exclusão representem limitações à eficiência de mercado e refira quais as opções que neste caso haverá para a oferta deste tipo de bens. 22. Um argumento importante na literatura do Leviatão explicando o crescimento do peso do sector público é a designada tese de Baumol sobre o encarecimento relativo dos bens e serviços providos pelo setor público. Apresente esta tese e avalie em que medida se aplica no momento presente. (3 valores) 23. Estabeça a diferença concetual entre a autonomia orçamental das autarquias locais e dos serviços autónomos da Administração Pública. 24. Analise o papel da dívida pública como fator de crescimento do peso do setor público. 25. Com recurso a uma apresentação gráfica, explique como o aumento da procura num determinado sector pode contribuir para o desaparecimento de uma situação de monopólio natural. 26. O que entende por orçamento público? 27. Apresente a classificação do Orçamento Público. 28. Quais são as fases da despesa pública? 29. Quais são as fases da Receita Púublica? 30. Dê um exemplo de uma medida de política adotada em Moçambique com o intuito de diminuir os efeitos de externalidades negativas e outro exemplo de uma medida cujo objectivo seja a promoção da equidade. 31. Explique os fundamentos subjacentes às seguintes regras de organização do Orçamento do Estado: a) Regras da não consignação. (1.0 valor) b) Regra da não compensação. (1.0 valor) c) Regra da especificação. (1.0 valor) 32. Compare, do ponto de vista do rigor orçamental, o equilíbrio orçamental que é definido pela Lei do Orçamento do Estado em Moçambique. Chega-se a cumprir estes limites efectivamente? Fundamente bem a sua resposta. 33. Considere a situação em que o governo toma posse a 26 de novembro de 2020. a) Explique como se processa o ciclo orçamental do Orçamento do Estado para 2020, justificando a resposta com base na Lei Orçamental de 2020. 34. Apresente argumentos para que os agregados orçamentais seguintes não sejam considerados para efeitos de avaliação da dimensão relativa do setor público – isenções fiscais, capital das empresas públicas, despesa pública em activos financeiros e transferências para os particulares. 35. Explique em que circunstâncias um subsídio em quantidade fixa pode incentivar mais o consumo do bem X, gerador de externalidades positivas, do que uma transferência equivalente em rendimento. Acompanhe o raciocínio de uma representação gráfica adequada. (4 valores) 36. Os modelos dos ciclos político-económicos explicam a influência das decisões dos políticos nos ciclos económicos. Explique como é que os políticos influenciam os ciclos económicos nos modelos designados de “comportamento oportunista” e de “comportamento ideológico”. (3 valores) 37. Que diferença existe entre o primeiro teorema fundamental da Economia do Bem-Estar e o segundo teorema fundamental da Economia do Bem-Estar? Fundamente bem a sua resposta. (3 valores) 38. Exponha as razões para a adoção de tarifas binomiais quando se está na presença de indústrias que têm custos médios decrescentes até satisfazerem toda a procura. 39. Nestes casos, pode justificar-se o escalonamento das componentes da tarifa binomial? Explique com exemplos. (3 valores) 40. Analise as dificuldades associadas à redistribuição de rendimentos. Porque é que essa intervenção é predominantemente uma tarefa do Estado? (3 valores) 41. A intervenção do Estado na redistribuição de rendimentos tem fortes condicionantes, quer de natureza teórica, quer de natureza prática. Apresente, de uma forma sintética, estas condicionantes. Apesar das dificuldades, exponha os motivos pelos quais esta é uma tarefa primordial do Estado. 42. Comente a afirmação seguinte: “Se a quota dos impostos diretos no conjunto das receitas fiscais for maioritária, significa que o sistema tributário estará a obter maior volume de receitas das camadas mais ricas da população. Se a maior parcela da receita fiscal tiver como fonte os impostos indiretos, o maior ónus do imposto estará a incidir sobre as camadas mais pobres.”. 43. Diga, justificando, que características são determinantes para a organização de um clube: benefícios exclusivos; partilha de custos; maximização do bem-estar social; características dos membros. 44. As medidas da dimensão do sector público deveriam ser calculadas a preços constantes. Explique porquê. 45. Um programa de senhas de alimentação para os mais desfavorecidos providencia senhas de um valor fixo que permitem a obtenção de refeições, mas os beneficiários podem gastar mais em alimentação se o desejarem. Explique os efeitos deste programa no bem- estar dos beneficiários. Se estes desejam comprar mais alimentação do que a que é permitida pelas senhas, ficariam melhor com este programa ou com um programa de transferência de rendimento? Utilize um gráfico para o auxiliar na explicação. 46. Permitir que os membros de um casal paguem impostos separadamente providenciaria um incentivo a favor da família tradicional em que um dos membros do casal trabalha e o outro fica em casa. Concorda? Justifique devidamente. 47. Uma das vias de que o Estado dispõe para proceder à redistribuição de rendimentos é o lançamento de impostos progressivos. Usando um exemplo em que se adota o princípio de igual sacrifício proporcional de utilidade, explique o racional teórico para que se opte por um imposto progressivo. Fundamente a sua resposta. 48. Do ponto de vista do beneficiário, uma transferência equivalente em rendimento é sempre preferível a um subsídio em espécie; porém, para o Estado tal não é necessariamente verdade. Exemplifique esta conclusão com um subsídio em espécie em quantidade fixa gerador de subconsumo. 49. Comente a afirmação: “O efeito final do subsídio à taxa salarial sobre a oferta de trabalho é indeterminado, o que não acontece com o imposto negativo sobre o rendimento”. Fundamente a sua resposta com uma análise gráfica.
BAENINGER, Rosana. Rotatividade Migratória Um Novo Olhar para As Migrações Internas No Brasil. REMHU, Rev. Interdisciplinar Da Mobilidade Humana, Brasília