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Ano: 2019
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Olinda Roseli Pereira Guedes
Pedagogia Sistêmica
1ª Edição
2019
Curitiba, PR
2
Editora São Braz
Rua Cláudio Chatagnier, 112
Curitiba – Paraná – 82520-590
Fone: (41) 3123-9000
Revisão de Conteúdos
Murillo Hochuli Castex
Revisão Ortográfica
Juliano de Paula Neitzki
Desenvolvimento Iconográfico
Juliana Emy Akiyoshi Eleutério
FICHA CATALOGRÁFICA
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
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Sumário
Prefácio ................................................................................................................. 06
Aula 1 – Pedagogia Sistêmica (conceitos e definições) ......................................... 07
Apresentação da Aula 1 ......................................................................................... 07
1.1 A teoria e a prática .................................................................................... 07
1.2 História – Autores importantes para a Pedagogia Sistêmica ..................... 07
1.3 Mecanicismo e Sistêmico ......................................................................... 08
1.4 A paz vem da mãe; o limite vem do pai ...................................................... 11
1.5 Pedagogia Sistêmica – a pedagogia do presente ..................................... 12
Conclusão da Aula 1 .............................................................................................. 13
Aula 2 – Corrente psicopedagógica de Bert Hellinger e suas adaptações 14
posteriores ............................................................................................................
Apresentação da Aula 2 ......................................................................................... 14
2.1 Bert Hellinger e Marianne Franke-Gricksch da Clínica à Escola ............... 14
2.2 “Eu descobri a criança” – Maria Montessori .............................................. 17
2.3 A sala em círculo – as tarefas para casa ................................................... 18
2.4 Pedagogia Sistêmica – as Constelações Sistêmicas na dinâmica escolar 20
Conclusão da Aula 2 .............................................................................................. 23
Aula 3 – Pedagogia Sistêmica e suas aplicabilidades em distintas áreas .............. 24
Apresentação da Aula 3 ......................................................................................... 24
3.1 Atendimento ao aluno / atendimento ao professor .................................... 24
3.2 A escola como um sistema vivo ................................................................ 25
3.3 Liderança e Trabalho em Equipe .............................................................. 25
3.4 Pedagogia Sistêmica – A Pedagogia do Amor ......................................... 26
Conclusão da Aula 3 .............................................................................................. 27
Aula 4 – Utilizações dos princípios sistêmicos em distintos contextos (inclusivos, 28
mediativos, formação humana, ensino-aprendizagem e nos processos
alfabetizatórios) .....................................................................................................
Apresentação da Aula 4 ......................................................................................... 28
4.1 Por que as crianças vão para a escola? Por que os professores vão para 28
a escola? ...............................................................................................................
4.2 O objetivo social e o objetivo de conteúdos ............................................... 29
4.3 Por que adultos vão para o trabalho? Escola e profissão: o sucesso 29
começa em casa ....................................................................................................
4.4 Ensino-aprendizagem: Jean Piaget, Rudolf Steiner e Paulo Freire ........... 30
Conclusão da Aula 4 .............................................................................................. 30
Índice Remissivo ................................................................................................... 32
Referências ........................................................................................................... 34
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Prefácio
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Aula 1 – Pedagogia Sistêmica (conceitos e definições)
Apresentação da aula 1
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crítico do realismo matemático e criador da teoria da autopoiese e da
biologia do conhecer, junto a Francisco Varela, é um dos propositores
do pensamento sistêmico e do construtivismo radical;
Vocabulario
Autopoiese (do grego auto "próprio", poiesis "criação") é um
termo criado na década de 1970 por Francisco Varela e
Humberto Maturana para designar um sistema organizado
de forma autossuficiente, que produz e recicla seus próprios
componentes diferenciando-se do meio exterior.
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Vocabulario
Em seu sentido filosófico, o termo causalidade refere-se à
condição segundo a qual uma causa produz um efeito.
O conceito de deísmo define um sistema que aceita a
existência de Deus, mas não acredita na autoridade de
igrejas ou de práticas religiosas.
Visão mecanicista
Fonte: https://st.depositphotos.com/1001414/3789/i/450/depositphotos_37893441-
stock-photo-clock-mechanism-made-in-the.jpg
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de explicações complexas exigidas pela ciência. Dentre as principais
características constituintes de um sistema, podemos apontar:
Visão Sistêmica
Fonte: https://www.tikura.com.br/wp-
content/uploads/2018/04/constelac%CC%A7a%CC%83o.png
Vídeo
Assista ao curta-metragem brasileiro Vida Maria, produzido em
computação gráfica 3D. A narrativa apresenta personagens e
cenários modelados com texturas e cores pesquisadas e
capturadas no sertão cearense, criando uma atmosfera realista
e humanizada. Vencedor de mais de 50 prêmios em festivais de
cinema nacionais e internacionais, foi dirigido por Márcio Ramos
e conta a história de Maria José, uma menina de 5 anos que é
levada a largar os estudos para trabalhar. A partir deste curta,
é possível refletir a respeito do quão sistêmica é a vida, apesar
de aparentemente mecanicista. Disponível em:
https://youtu.be/yFpoG_htum4?t=54
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1.4 A paz vem da mãe; o limite vem do pai
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presente em sua meditação, em seu pensamento, norteando o ensino e o
aprendizado das disciplinas. Tenha sempre em seu pensamento, em suas
imagens internas a presença de seus próprios pais, dos pais de seus colegas,
professores e alunos.
Há muitos casos em que o indivíduo não conheceu o seu genitor ou este era
um adulto disfuncional. Então, sugere-se imaginar uma boa pessoa que poderia
ter feito para si a função parental, um parente, um personagem de um filme, ou
uma figura religiosa. Isso já é suficiente para preencher esse espaço e promover
a identificação. Por exemplo, o sentimento de segurança tão desejado por todos
vem da figura parental masculina de nossas famílias, do pai, do genitor.
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SUGESTÃO DE LEITURA
Conclusão da aula 1
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Atividade de Aprendizagem
O que você levou para a escola em seu primeiro dia de aula?
Escreva um parágrafo respondendo a essa pergunta, seguindo
uma escrita livre e informal. Que emoções haviam junto com os
materiais escolares? Quais eram as suas expectativas, medos
e sonhos? Qual é o nome de sua primeira professora? Que
idade você tinha? Era um dia chuvoso ou de sol a pino? De
manhã ou de tarde? Como sentiu-se ao voltar para casa?
Essas são algumas perguntas para lhe inspirar.
Apresentação da aula 2
Saiba Mais
Apartheid é uma palavra do idioma africâner, uma das
línguas oficiais da África do Sul, que significa “separação”.
Foi o nome dado ao sistema político implantado na África do
Sul e que exigia a segregação da população negra,
vigorando entre 1948 e 1994, comandado pela minoria
branca da população.
Durante o regime, apenas as pessoas brancas podiam votar
e o casamento e relações sexuais entre pessoas de
diferentes raças eram proibidas. Os primeiros passos para o
fim do apartheid foram dados na década de 1990, quando foi
instituído um governo democrático liderado por Nelson
Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul.
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As Constelações Sistêmicas focalizam o sujeito como parte de um
sistema de relações, em que a família é o sistema básico, ligado em intersecções
a outros sistemas. Fundamentam-se no princípio da ressonância mórfica,
validado em pesquisas do biólogo Rupert Sheldrake, em Cambridge e Harvard.
O campo mórfico tem sido percebido como um campo de memória de cada
espécie ou sistema e Sheldrake sugere que neles estamos imersos
sistemicamente e que essas informações reverberam em nós, sem que
tenhamos consciência disso (ZANLORENZI, s.d).
Com essa base, Hellinger percebeu que fatos ocorridos com outros
membros da família (e em sistemas organizacionais), inclusive em gerações
passadas, mesmo que desconhecidos, podem, inconscientemente, afetar os
descendentes, sucessores e todo o grupo, manifestando-se em dificuldades,
conflitos, bloqueios, doenças etc. Em quatro décadas de observação, constatou
que os sistemas são regidos por três grandes forças/leis e que o desrespeito a
estas provoca, mais cedo ou mais tarde, tensões que podem ecoar em um ponto
do sistema ou em todo o conjunto.
Importante
Segundo a Pedagogia Sistêmica, todo sistema social se
organiza com base em três grandes forças, também chamadas
de “leis da vida” ou “ordens do amor”, a saber:
1.ª Lei – o princípio da Inclusão: todos têm o direito de
pertencer e o lugar de cada um, inclusive dos ausentes,
deve ser reconhecido;
2.ª Lei – o princípio da Equivalência: dar e receber
devem estar em equilíbrio;
3.ª Lei – o princípio da Hierarquia: os sistemas
obedecem a ordens específicas, em que os primeiros e
os mais velhos devem ser respeitados pelos mais novos
e por quem chegou depois.
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bullying é o maior retrato desse caos. Nesse contexto, as Constelações
Sistêmicas têm várias contribuições a oferecer.
Para Refletir
O mesmo se dá para a equivalência entre dar e receber: o
que cada um dá e o que cada um recebe na dinâmica da
escola? Que parte cabe a cada um e como a escola faz esse
reconhecimento?
Dinâmicas da escola
Fonte: https://static8.depositphotos.com/1594308/1073/i/450/depositphotos_10733082-
stock-photo-classmates.jpg
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Tal postura remete a uma compreensão bem diferente da usual e
passamos a perceber a serviço de quais vínculos e questões sistêmicas cada
um está agindo. Ou seja, por meio daquele aluno problemático, em qual lugar
podemos chegar, coletivamente? A riqueza do pensamento sistêmico, com sua
complexidade, está em abrir campos para novas possibilidades de reflexão e,
sobretudo, ação. Como bem ponderou Maria Montessori: “a criança lidera, nós
seguimos”.
Saiba Mais
Maria Tecla Artemisia Montessori (1870 -
1952) foi uma educadora, médica e pedagoga
italiana, conhecida pelo método educativo que
desenvolveu e que ainda é usado hoje em
escolas públicas e privadas mundo afora.
Dentre suas contribuições metodológicas,
destacou a importância da liberdade, da
atividade e do estímulo para o desenvolvimento físico e
mental das crianças e adaptou o princípio da autoeducação,
que consiste na interferência mínima dos professores, dado
que a aprendizagem teria como base o espaço escolar e o
material didático.
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alunos sejam dispostos em círculo, pois o contato de olhar, de perceberem-se
mutuamente, faz com que os sentimentos de confiança, de pertença e de
cooperação essenciais ao aprendizado possam ser fortalecidos naturalmente
com essa organização de contexto.
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as tarefas domésticas da melhor forma necessária ao desenvolvimento da
pessoa, de seus vínculos e de seus talentos, de suas múltiplas inteligências.
Quando a escola ocupa o tempo destinado à família, existe uma violação de
ordem, em que a instituição de ensino invade o espaço familiar, quando, na
verdade, deve apenas fazer parte deste. A liderança pertence à família.
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Desse modo, o novo referencial propiciado pela abordagem nos permite
reajustar as intervenções dentro de um referencial mais efetivo.
Um exemplo simples: em muitas situações familiares, o pai está excluído.
As razões são várias e não cabe discuti-las aqui. Porém, Hellinger descobriu que
em um nível muito profundo as crianças são totalmente leais aos pais,
especialmente quando estes são excluídos, desvalorizados e condenados. Isso
significa que, se permitimos que esse pai seja olhado também na escola como
“mau”; “inapropriado”; “ausente” etc., não teremos nunca um apoio da criança
em qualquer intervenção pretendida. Pelo contrário, se respeitamos seu destino
e nos colocamos em uma posição de neutralidade respeitosa, respeitando “na
criança” seu próprio pai, então, teremos um bom terreno no qual trabalhar nossas
intervenções.
A aplicação, portanto, consiste em treinar o corpo docente na visão
dessas relações e leis inconscientes, de forma que todo seu trabalho seja
permeado pela visão das relações que perpassam o universo da criança. Assim,
em cada momento, a professora, a orientadora, a pedagoga etc., terão em seu
campo de visão como intervir sem ferir as leis sistêmicas e, desse modo, ganhar
mais chances de sucesso em seu trabalho.
Para educar com o coração, Marianne Franke-Gricksch e Angélica Olvera
desenvolveram metodologias aplicáveis no dia a dia, que incluem ferramentas
como o genograma (árvore genealógica), a autobiografia acadêmica, o
trabalho com bonecos, a visualização, a focalização, os jogos dramáticos etc.,
como recursos cotidianos para enfatizar a inclusão, a hierarquia e o equilíbrio
entre dar e receber. Mesmo que uma escola não adote a Pedagogia Sistêmica,
um professor pode usar essas estratégias em sala de aula, que requerem
conhecimentos básicos sobre as Constelações Sistêmicas e a teoria da
comunicação sistêmica.
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Genograma (árvore genealógica)
Fonte: https://st2.depositphotos.com/4807119/8429/v/450/depositphotos_84295218-
stock-illustration-family-tree.jpg
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SUGESTÃO DE LEITURA
Conclusão da aula 2
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Atividade de Aprendizagem
1. Descreva como a sua história pessoal influenciou na escolha
de sua profissão.
2. Observe como as histórias de pessoas conhecidas
influenciaram em suas dificuldades e facilidades no processo
de ensino-aprendizagem.
Apresentação da aula 3
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afeto, a estima, a consideração como figura principal, haverá um time cada vez
mais afinado e exitoso para uma escola feliz e bem-sucedida.
Para Refletir
Pode-se definir o papel da escola como o jardim de infância
da esperança. Se uma criança é a esperança nascida viva, a
escola é o local de cultivo destes talentos e possibilidades,
que se expressarão, no futuro, no mundo do trabalho, das
profissões, da prosperidade, da saúde e da felicidade.
Perceber que estamos nos relacionando com tudo e com todos, o tempo
todo, faz com que a experiência de ensino-aprendizagem seja muito mais rica e
exitosa. Um professor precisa lembrar sempre que, para que haja aprendizado,
é fundamental que a pessoa se sinta incluída; pertencente. Para isso acontecer,
sua realidade (desde seu ambiente de vida, de produção e cultural) precisa estar
considerada e incluída. Aqui, valida-se que é essencial a empatia, o perceber o
outro, a compaixão, a solidariedade. Quando professores e alunos importam-se
uns com os outros, todos sentem-se seguros e validados.
“Fale a verdade e peça o que você precisa”, esse princípio guia a noção
de liderança e trabalho em equipe.
Vivemos em uma sociedade em que as pessoas podem pedir o que elas
precisam? Geralmente, não! As pessoas não podem pedir o que elas precisam,
a nossa sociedade geralmente considera isso errado; as conquistas devem
acontecer por meio do esforço e mérito pessoal.
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Entretanto, sabemos que o que faz os sistemas prosperarem é a
cooperação e isso envolve pensar no bem comum e importar-se com os outros.
Portanto, de acordo com os princípios da vida, a Pedagogia Sistêmica nos
inspira e orienta para relações de cooperação, de respeito, de transparência, de
apoio mútuo. O líder está a serviço de criar condições para que toda a equipe
tenha sucesso; a equipe, por sua vez, cria condições para que o líder os sirva do
melhor modo. É uma verdadeira relação de foco no bem comum e no êxito.
As pessoas não só podem como devem pedir o que elas precisam pois,
com confiança e cooperação, nos fortalecemos. Cria-se uma rede de
solidariedade, de compaixão, de benevolência, de prosperidade; uma rede do
bem. Aquele que precisa, pede; aquele que tem, oferece; um sapato, uma
camisa, um alimento, um medicamento.
Existir é tecer relacionamentos, é estender as mãos. Quando um ajuda o
outro, todos vão adiante; esse é o espetáculo da liderança sistêmica, do trabalho
em equipe com pessoas funcionais, amadurecidas e equilibradas.
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Vídeo
O curta-metragem Validation, dirigido por Kurt Kuenne, aborda
o poder do elogio e da positividade, segundo a perspectiva da
validação, isto é, a motivação para nos sentirmos felizes,
prósperos e saudáveis. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=PWSMOxOlOac&feature=y
outu.be&t=65
Conclusão da aula 3
Atividade de Aprendizagem
Experiencie a meditação: todas as manhãs, ao sair de casa,
imagine seus pais e/ou genitores perto de você, como em um
retrato antigo. Procure lembrar dessa imagem interna ao longo
do dia, ao menos uma ou duas vezes. Ao final do dia, anote
suas percepções a respeito de como se sentiu e o que foi
diferente em seu dia por recordar essa simples lembrança.
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Aula 4 – Utilizações dos princípios sistêmicos em distintos contextos
(inclusivos, mediativos, formação humana, ensino-aprendizagem e nos
processos alfabetizatórios)
Apresentação da aula 4
4.1 Por que as crianças vão para a escola? Por que os professores vão
para a escola?
Vídeo
O vídeo a seguir apresenta depoimento de Marianne Franke-
Gricksch, precursora da Pedagogia Sistêmica, apresentando
sua visão a respeito de mudanças e adaptações na escola
decorrentes da contemporaneidade. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Tvs5Gia_Pkk
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4.2 O objetivo social e o objetivo de conteúdos
4.3 Por que adultos vão para o trabalho? Escola e profissão: o sucesso
começa em casa
O que move o mundo é o fato de que faz parte da nossa natureza o viver
em grupo, a felicidade, a saúde, a prosperidade, a perenidade da vida. Todos os
indivíduos organizam-se para viverem juntos, para se encontrarem, para
realizarem juntos. Assim, de acordo com a sua cultura, origem e época, sempre
organizarão modos de vida para que o aproximar-se seja viável. Somente desse
modo a vida está assegurada, a humanidade pode sobreviver aos conflitos, às
divergências, à escassez e assegurar que a vida siga adiante.
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Vídeo
Esse trecho do filme Gênio Indomável (EUA,
1997), dirigido por Gus Van Sant, exercita a
reflexão acerca do quanto precisamos uns dos
outros para melhorar as nossas vidas e da
maturidade necessária para chegar à felicidade,
configurando-se como um exemplo de mestria
sistêmica.
Disponível em: https://youtu.be/LowuyZ3_B84?t=14
Conclusão da aula 4
Saber que todos precisamos uns dos outros não é suficiente para
vivermos em paz, de modo amadurecido e funcional. Entretanto, é o início de
uma jornada e nos fortalece para sermos cada vez mais felizes, prósperos e
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saudáveis. Nesse sentido, a escola pode ser um dos lugares em que acontece
esse encontro coletivo, dos sonhos e desafios da humanidade.
Todos vão para a escola e para o trabalho por conta da característica da
natureza humana de viver em grupo. Portanto, aprender qualquer conteúdo é
secundário. O bom relacionamento com o professor deixa o aluno livre para
aprender o que quer que seja proposto. Nesse sentido, grandes autores já
deixaram seus legados para que possamos ser mais sistêmicos: Piaget, Rudolf
Steiner e Paulo Freire, o patrono da educação brasileira. Praticar esses
conhecimentos traz para todos e para cada um a possibilidade de êxito na
profissão e na vida.
A Pedagogia Sistêmica é eminentemente prática, é uma postura de vida,
um jeito de conduzir-se no cotidiano das relações e uma forma de organizar o
processo de ensino-apredizagem. Os saberes da Pedagogia Sistêmica são de
proveito para todas as profissões, para as mais diversas tarefas, de liderança,
de parentalidade, de ajuda e de ensino-aprendizagem.
Atividade de Aprendizagem
Observe e converse com seus colegas e alunos sobre aspectos
do cotidiano escolar que podem ser melhorados a partir dos
próprios recursos existentes. Por exemplo: plantar árvores no
quintal, restaurar mesas, colocar um pequeno arranjo de flores
nas salas de aula. Relate a sua experiência.
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Índice Remissivo
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Utilizações dos princípios sistêmicos em distintos contextos (inclusivos,
mediativos, formação humana, ensino-aprendizagem e nos processos
alfabetizatórios) ......................................................................................... 28
(Empoderamento; referências; soluções)
Por que as crianças vão para a escola? Por que os professores vão para
a escola? .................................................................................................... 28
(Conhecimento; diferenças; relacionamento)
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Referências
ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo: Papirus,
2012.
ALVES, Rumbem. Ao professor com o meu carinho. São Paulo: Verus, 2010.
BACARDÍ, Joan Garriga. Onde estão as moedas. São Paulo: Saberes, 2013.
BERNE, Eric. O que você diz depois de dizer olá? São Paulo: Nobel, 2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Paz e Terra,
2014.
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GRICKSCH-FRANKE, Marianne. Você é um de nós. Belo Horizonte: Atman,
2005.
GUEDES, Olinda. O que traz quem levamos para a escola? Curitiba: Appris,
2012.
SENGE, Peter et al. Escolas que aprendem: um guia da quinta disciplina para
educadores, pais e todos os que se interessam por educação. Porto Alegre:
Artmed, 2005.
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