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SEDISecretaria de

Estado
deDesenvolvimentoEconô
mico eInovação

ITEGO
Célio Domingos Mazzonetto
(62) 3307-1700

Técnico em Man e Sup de


Informática
Ética Profissional
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Caro estudante!

Este caderno apresenta conteúdos importantes sobre a disciplina de Ética Profissional, com objetivo
de proporcinar noções sobre a ética profissional e social, preceitos fundamentais de ordem moral e
de convívio. Conteúdo indispensável para o exercício profissional daqueles que pretendem-se
inserir no mercado de trabalho. Na área de tecnologia, a ética torna necessária no momento da
análise do problema, venda do produto e serviços, venda de promessas e orçamento financeiro, para
não gerar conflitos principalmente quando trata-se do suporte e serviços.

No trabalho, quando um agromerado de pessoas convivem, dividem e compartilham situações, as


relações podem sofrer certos atritos, é neste momento que precisamos conhecer nosso conceito ético
de direitos e deveres para minimizar os conflitos

É imprescindível, para alcançar sucesso na disciplina, que você busque estudar este material,
consultar outros materiais sobre o assunto trabalhado na aula e solicitar ajuda do tutor, sempre que
surgirem dúvidas. Empenhe-se em seus estudos e lembre-se: o seu sucesso só depende de você. Um
curso à distância não acontece se o aluno não tomar a iniciativa.

Atenciosamente,

Heder Vieira de Lima

Professor

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Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar
a organização e a leitura hipertextual.

Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.

Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e


notícias recentes relacionadas ao tema estudado.

Atividades: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante


possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.

Mídias integradas: sujestões de vídeos e filmes relacionado ao conteúdo aplicado.

Dicas: Métodos inteligentes e alternativos que facilitam a sua vida.

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Sumário
1. NOÇÕES GERAIS DE DIREITO................................................................................................8

1.1. Breve conceito de direito?.........................................................................................................8

1.2. Direito objetivo e direito subjetivo............................................................................................9

2. DIREITO CIVIL.........................................................................................................................11

2.1. Fatos e atos jurídicos...............................................................................................................12

2.2. Direito de propriedade.............................................................................................................12

2.2.1. Propriedade intelectual........................................................................................................13

2.2.2. Propriedade industrial..........................................................................................................14

2.2.3. Patentes................................................................................................................................15

2.2.4. Marcas..................................................................................................................................16

2.3. Direito de propriedade.............................................................................................................18

2.3.1. Origem e evolução das micro e pequenas empresas no Brasil............................................18

2.3.2. Contratos de prestação de serviços......................................................................................20

3. DIREITO DO TRABALHO.......................................................................................................22

3.1. Conceito de empregador e empregado....................................................................................22

3.2. O direito do trabalho................................................................................................................23

3.3. Direitos individuais do trabalho..............................................................................................23

3.4. Direitos coletivos de trabalho..................................................................................................23

4. .........................................................................................................................................................
24

5. ÉTICA.........................................................................................................................................27

5.1. O que é ética............................................................................................................................27

5.2. Princípios e normas éticas.......................................................................................................29

5.3. Ética social, família, empresa, nação e globalização..............................................................31

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6. CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL E EMPRESARIAL...................................................34

6.1. Códigos de ética......................................................................................................................34

6.1.1. O código de ética profissional.............................................................................................34

6.1.2. O código de ética empresarial..............................................................................................37

6.2. A responsabilidade social........................................................................................................39

6.3. O direito autoral.......................................................................................................................41

6.4. Código de defesa do consumidor............................................................................................43

6.4.1. Direitos básicos do consumidor...........................................................................................45

7. ASPECTOS JURÍDICOS DA INTERNET................................................................................46

7.1. Liberdade de informação na Internet, mensagens eletrônicas, habeas data e a privacidade. .46

7.2. Os códigos de ética e o acesso não autorizado........................................................................49

8. HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO..........................................................................53

8.1. Higiene do trabalho.................................................................................................................53

8.2. Segurança do trabalho.............................................................................................................55

Referência.......................................................................................................................................59

Currículo do Professor....................................................................................................................61

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Apresentação da disciplina
Disciplina: Ética Profissional (carga horária: 40h).

Ementa: Discussão dos múltiplos usos da Ética: na profissão de informática, nas organizações e na
sociedade. Legislação aplicada a informática.

Tem como competência Conhecer os conceitos, princípios e valores da ética profissional, boas
relações interpessoais no ambiente de trabalho e a legislação aplicada à área de informática.

Será aplicado os princípios éticos nas relações profissionais e regras básicas de relacionamento
interpessoal no ambiente de trabalho; a legislação específica da área de informática no
desenvolvimento das atividades inerentes à área da informática.

E lembre-se: Aprofunde seus conhecimentos compartilhando suas dúvidas e conhecimentos com


seus tutores e colegas. Use esse material como base e busque conhecimentos em outras fontes.

Bom Estudo!

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UNIDADE I Noções gerais de direitos; direito


10 horas
civil;

UNIDADE II Direito do trabalho; Direito


10 horas
constitucional

UNIDADE III Ética. 10 horas

UNIDADE IV Aspectos jurídicos da internet 10 horas

Total 40 horas

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1. NOÇÕES GERAIS DE DIREITO

Direito
Conjunto de normas que regulam o funcionamento e a organização da Administração
Pública, bem como o seu relacionamento com os cidadãos.

1.1. Breve conceito de direito?

Em todo instante e em qualquer parte que esteja, o cidadão está às voltas com o
fenômeno do direito, seja para a defesa de uma causa própria ou para exigir reparação contra um
prejuízo que tenha sofrido. Seu modo de agir ou sua abstenção diante de determinada situação é
determinado em função do que lhe convém. Daí o direito, que regula as relações dos indivíduos na
sociedade, minimizando ou reduzindo o conflito de interesses.

Quando um conjunto de pessoas se organiza em pequenos grupos, ou isoladamente, em


determinado território, fica estabelecida uma pequena sociedade, na qual seus elementos passam a
interagir, direta ou indiretamente, uns com os outros.

Desta interação podem ocorrer interferências positivas ou negativas que afetam


interesses e geram conflitos, se não houver regras preestabelecidas de relacionamento.

A conduta individual ou coletiva é regida por critérios éticos, morais e de direito.


Quando em sociedade, o indivíduo assume as regras morais de forma a garantir o seu bem-estar,
regras essas que são seguidas espontânea e naturalmente. Por exemplo, a devolução de um objeto
perdido ao dono é ato moral quando feito de forma espontânea.

Por outro lado, nessa mesma sociedade, o indivíduo assume a conduta estabelecida
pelas regras instituídas pelo Estado, que são cumpridas por existir uma coação, ou seja, uma pena
pelo seu não cumprimento. Por exemplo, uma infração de trânsito.

Em ambos os casos, o indivíduo tem a liberdade de tomar uma decisão, de cumprir ou


não as regras estabelecidas, mas as consequências podem ser distintas, sofrer condenação moral ou
judicial. A sanção pelo descumprimento da regra moral é a da consciência, e a coercibilidade
imposta pela norma é característica do direito, e é formulada em códigos e leis.

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1.2. Direito objetivo e direito subjetivo

A palavra “direito” é comumente empregada em vários sentidos diferentes, segundo:

• Sentido objetivo: por direito, pode-se entender a norma ou o conjunto de preceitos em


vigor num determinado país, de direito constitucional, de direito civil, de direito do trabalho, etc.
Nesse sentido, denomina-se o direito também como direito positivo, ao qual se opõe o chamando
direito natural, conjunto de princípios racionais de justiça que inspiram o primeiro;

• Sentido subjetivo: por direito, pode-se também entender a faculdade que assiste a
quem a norma de direito ampara. O direito do credor com relação ao devedor, o direito do autor
com relação ao plagiador, etc., são exemplos de direitos empregados no sentido subjetivo. Nesse
sentido, é o interesse juridicamente protegido. Tal direito, entretanto, não pode existir se o outro, o
direito objetivo, também não existe;

• Sentido de fato social: por direito, pode-se entender igualmente o fenômeno jurídico
resultante das relações humanas e decorrentes da vida social. O direito, nesse sentido, é olhado sob
um prisma puramente sociológico;

• Sentido idealista: por direito, pode-se entender, ainda, a ideia de justiça, verdadeira
aspiração moral, toda orientada para o direito natural. Neste sentido, pode-se falar no sentimento do
direito.

• Sentido de ciência: por direito, pode-se entender, finalmente, o corpo sistematizado


de princípios que constituem a chamada ciência do direito.

A noção de “direito” está associada à noção de “justiça”, cujo objeto consiste em dar a
cada um o que lhe pertence. No cotidiano, o indivíduo quase sempre se sente injustiçado, por ser
incapaz de discernir sobre a natureza da violação de seu direito.

Quando observados os preceitos legais, a sociedade passa a usufruir dos benefícios de


uma ordem social, que assegura a coesão dessa sociedade, implicando no equilíbrio de interesses
opostos existentes.

A justiça pode ser comutativa, distributiva ou social, conforme explica Paupério (2003):

• justiça comutativa, bilateral, que diz respeito às permutas ou trocas, e seu fim é
estabelecer a igualdade das relações entre os particulares;

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• à justiça distributiva cabe repartir os bens e os encargos sociais, mediante uma


distribuição equitativa, de acordo com seus méritos e habilidades;

• justiça social, que implica na contribuição de cada um para a realização do bem


comum. Sua atenção está voltada para o bem geral da sociedade.

Essas três espécies de justiça integram o conceito da justiça participativa, que visa a
despertar a atenção das pessoas com relação à obrigação de cada um participar de forma livre e
consciente, promovendo maior e melhor interação social.

2. DIREITO CIVIL

“O direito civil é um ramo do direito privado. Trata-se de um conjunto de


normas jurídicas que regula as relações entre as pessoas e entre estas e
seus bens. Tais relações surgem no âmbito da família, referem-se às
obrigações que se criam entre os indivíduos, seja em razão de lei, seja em
função de contratos, ou seja, em decorrência de fatos alheios à vontade
humana.” (Campos, 2006).

O Código Civil é dividido em duas partes, geral e especial. Na parte geral estão os
artigos que versam sobre as pessoas (naturais e jurídicas), os bens (quanto à classificação) e os fatos

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jurídicos (negócios jurídicos, atos jurídicos lícitos e ilícitos e da prova). Na parte especial estão os
artigos relativos ao direito e obrigações, ao direito da empresa, ao direito das coisas, ao direito da
família, às sucessões.

Os temas tratados no Código Civil são amplos e pretendem englobar as situações


relacionadas às relações de entes privados. Dentre as situações expressas no referido código, ficam
evidenciadas as características de personalidade e da capacidade do indivíduo e os conceitos
identificadores das pessoas jurídicas.

Como nem todas as pessoas possuem aptidões para o exercício de seus direitos e
obrigações, o Código Civil trata especificamente desse tema, ao estabelecer os casos em que tais
pessoas ficam impedidas, por falta de maturidade, por exemplo, de decidir o que lhes é conveniente,
no tocante a seus direitos.

No caso da pessoa jurídica, segundo Campos (2006), “sua existência começa com a
inscrição de seus atos constitutivos, estatutos sociais, contrato social ou compromissos no registro
público competente e termina com sua dissolução ou falência”.

Em partes específicas, o Código Civil define, por exemplo, a forma de funcionamento, a


composição das sociedades empresariais e os tipos de empresas no país, além de tratar das
obrigações e dos contratos e do direito das coisas, como a posse e a propriedade de imóvel.

2.1. Fatos e atos jurídicos

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Durante sua existência, o homem pratica atos voluntários ou involuntários, que podem
ser classificados de bons ou maus e provocar benefícios ou danos a si próprio ou a outrem. Dos atos
decorrem os fatos, os acontecimentos, que por sua vez também podem ser prejudiciais ou não.

No tocante aos aspectos jurídicos, Campos (2006) traz as seguintes definições:

 Ato jurídico – é o ato humano voluntário que produz efeitos regulados em lei,
sem que o agente tenha intenção de produzir efeitos jurídicos, mas sim com ato
de mero poder. Exemplo: a fixação de um domicílio.
 Fatos jurídicos – são os acontecimentos da vida em virtude dos quais as relações
de direito nascem, se modificam ou se extinguem. Exemplo: o falecimento de
uma pessoa.
 Negócio jurídico – é o ato humano voluntário, pelo qual o agente tem o
propósito de realizar efeitos jurídicos em seu interesse. Exemplo: os contratos
em geral, tais como o de compra e venda.

Tais definições jurídicas atestam a importância que se deve prestar aos atos praticados
durante o cotidiano, de forma a se evitar consequências negativas resultantes de tais atos.

2.2. Direito de propriedade

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A propriedade pode ser considerada como resultante do trabalho individual ou de


antepassados, e faz parte das tendências da natureza humana. Desde cedo, na primeira infância, o
ser humano procura guardar aquilo que o agrada, e com o passar do tempo procura, por meio de
esforço pessoal, adquirir e conservar os bens necessários para a satisfação de suas diferentes
necessidades.

O conceito de propriedade também pode ser compreendido como o direito que uma
pessoa tem sobre alguma coisa, de forma que possa usar, dispor e fruir desse bem, além de reavê-lo
quando lhe for retirado indevidamente, ou ser indenizado, no caso de alguém lhe causar dano total
ou parcial.

Em princípio, são consideradas como propriedades os bens tangíveis, as coisas


materiais, como as canetas, os automóveis, as roupas, etc. Com o passar dos tempos, o fruto da
criatividade humana também passou a ter valor e a ser considerado como propriedade, no caso,
imaterial. As obras literárias, as músicas, os programas de computador estão classificados dentro do
conceito de bens imateriais, os quais também merecem especial atenção quanto a sua proteção. Daí
a constituição do direito intelectual.

São diversos os tipos de propriedades, cada uma delas com um aspecto característico,
como as públicas e as privadas, agrícolas, industriais, rurais, urbanas, de bens de produção e de
consumo, de uso pessoal ou coletivo. Certas categorias são destinadas à apropriação pública, como
as praias, os lagos, os rios, as praças, etc.

Dentre as propriedades especiais, destacam-se aquelas asseguradas por lei, tais como os
proprietários de inventos, marcas, obras literárias, entre outras.

2.2.1. Propriedade intelectual

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Segundo definição da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI),


constituem propriedade intelectual as invenções, obras literárias e artísticas, os símbolos, os nomes,
as imagens, os desenhos e modelos utilizados pelo comércio.

As questões pertinentes ao direito autoral e da propriedade industrial estão inseridas no


contexto da propriedade intelectual. Os temas referentes às marcas e patentes, ao desenho industrial
e às indicações geográficas, por exemplo, estão sob a esfera da propriedade industrial. No tocante
aos aspectos relacionados às obras artísticas e literárias, à cultura imaterial e aos domínios da
Internet, estes são da alçada do direito autoral.

2.2.2. Propriedade industrial

Figura 1 - Lei de Propriedade Industrial

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Desde o advento da Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do século XVIII,


a sociedade vem presenciando um acelerado processo de inovação tecnológica e se beneficiando
com seus resultados práticos, como a utilização de máquinas, equipamentos e utensílios cada vez
mais utilitários e econômicos.

A mutação da técnica industrial promoveu um intenso incremento na produtividade,


com a redução de custos de produção e o consequente aumento na oferta de novos produtos e
serviços.

Toda essa evolução foi, e continua sendo, viabilizada graças aos novos inventos, às
novas descobertas científicas e às criações tecnológicas, gerando riquezas materiais com os novos
produtos e serviços, os novos modelos de utilidade e a adição de valores agregados aos produtos
então existentes.

Nesse cenário, os inventores e criadores careciam de proteção jurídica para obter


alguma recompensa por suas criações, e as organizações também buscavam proteção contra o uso
indevido por terceiros das criações geradas por suas equipes de trabalho.

Após décadas de tentativas e debates sobre o tema, por parte de comunidades


empresariais, governamentais e representativas dos inventores e autores, passou a vigorar a lei que
regula os direitos e as obrigações relativos à propriedade industrial, a Lei nº. 9.279, de 14 de maio
de 1996.

Conforme expresso no art. 2º da lei, a proteção dos direitos relativos à propriedade


industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país,
efetua-se mediante:

I. concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;


II. concessão de registro de desenho industrial;
III. concessão de registro de marca;
IV. repressão às falsas indicações geográficas;
V. repressão à concorrência desleal.

Quanto à titularidade, o artigo 6º da lei define: Ao autor de invenção ou modelo de


utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições
estabelecidas nesta lei.

2.2.3. Patentes

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Após anos de investimento em pesquisas, desenvolvimento, produção, marketing e


demais recursos intelectuais, materiais e humanos, uma determinada organização lança novos
produtos no mercado atraindo a atenção dos consumidores, e também dos concorrentes.

Para evitar ou minimizar as perdas decorrentes da ação de competidores capazes de


copiar esses produtos e vendê-los a custos menores, a empresa dispõe de um importante dispositivo
de proteção, a patente.

De acordo com a definição do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI),


patente é: Um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade,

Texto disponível em: http://www.inpi.gov.br/menu-


esquerdo/patente/pasta_oquee

outorgados pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras
de direitos sobre a criação.

A autoria da patente pertence ao inventor, pessoa física, que deve proceder ao depósito
de pedido de patente no órgão responsável pelo registro, para obter a titularidade do invento a nível
nacional. Com isso, o então titular da patente, durante sua vigência, passa a ter o direito de impedir
o uso, a fabricação, ou a exploração comercial da sua criação. Caso o inventor trabalhe em
determinada empresa para quem o produto foi criado, esta poderá requerer o pedido da patente.

Cabe ao titular da patente o pagamento das anuidades, durante sua vigência e, após
concedida a patente, deve iniciar a comercialização ou a exploração do produto patenteado.

Dentre os requisitos de patenteabilidade destacam-se:

• a novidade do invento, por não ter sido revelado ao público através de qualquer meio
de comunicação;

• aplicação industrial, por meio da produção do invento para o consumo;

• atividade inventiva que permita a constituição de produto ou processo inédito no


mercado, capaz de promover melhora substancial em comparação a algum outro existente.

2.2.4. Marcas

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Segundo Kotler e Armstrong (1988), marca é “um nome, termo, signo ou símbolo ou
design, ou uma combinação desses elementos, para identificar produtos ou serviços de um vendedor
ou grupo de vendedores e diferenciá-los dos de seus concorrentes”.

O entendimento das funções da marca vem evoluindo ao longo dos anos,


acompanhando o progresso industrial, de tal forma que hoje contribui decisivamente para o sucesso
das organizações.

A força da marca, como propulsora do desenvolvimento dos negócios, pode ser avaliada
pelos valores que são atribuídos a muitas delas. Hoje, existem marcas mais valiosas do que todo o
conjunto dos demais ativos de uma empresa.

Conforme estabelece o INPI:

A marca registrada garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo em todo o


território nacional em seu ramo de atividade econômica. Ao mesmo tempo, sua percepção pelo
consumidor pode resultar em agregação de valor aos produtos ou serviços por ela identificados.

Texto disponível em: http://www.inpi.gov.br/menu-


esquerdo/marca/marca

Para que a empresa possa obter ganhos com a marca, é necessário que a mesma seja
registrada, sendo o registro válido por dez anos, e podendo ser renovado por iguais e sucessivos
períodos.

De acordo com sua finalidade de uso, a legislação brasileira instituiu três tipos de
marcas: as de produto ou serviço; as de certificação, que validam a conformidade do produto com
relação à normas específicas; e as coletivas, relativas a produtos de uma mesma organização.
Quanto à forma de apresentação, as marcas são classificadas como:

 nominativas: composta por algarismos, letras ou palavras;


 figurativas: apresentada por meio de imagem, figura ou desenhos;
 mista: quando associa os elementos nominativos e figurativos;

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 tridimensionais.

As marcas notoriamente conhecidas e as de alto renome recebem proteção especial,


conforme os artigos 125 e 126 da Lei da propriedade industrial.

Para uma proteção efetiva de uma marca, recomenda-se um estudo atento do que dispõe
a referida lei e uma assessoria jurídica para o acompanhamento do processo de registro.

2.3. Direito de propriedade


2.3.1. Origem e evolução das micro e pequenas empresas no Brasil

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Não se pode afirmar com precisão o momento em que as micro e pequenas empresas
surgiram no Brasil. As poucas informações disponíveis estão nas obras de historiadores, como Caio
Prado Jr., em que constam informações referentes à atividade produtiva na época colonial em
pequenas propriedades privadas, além de pontos de comércio ainda incipientes.

O crescimento das atividades voltadas à agricultura de subsistência gerou, ao longo dos


anos, uma série de pequenas empresas que, ainda embrionárias, participariam ativamente das
principais atividades econômicas.

O Brasil colônia crescia produzindo suprimentos para a Coroa, em Portugal, e depois


para os centros urbanos que se formavam ao largo da costa, centros estes que se expandiram
intensamente a partir da chegada de D. João VI e sua comitiva ao Brasil, no ano de 1808.

A partir daquele ano, as atividades empresariais se multiplicavam nas diversas regiões


do país, e tiveram impulso graças ao início das operações do primeiro banco no Brasil, em 1809,
que passaria a emitir notas bancárias. Com o advento da República e a expansão das atividades
produtivas, com destaque para os ciclos do café e da borracha, cujos produtos eram exportados e
contribuíram para a geração de divisas para o país.

Nos anos 1950, o Brasil já diversificava sua pauta de exportação, devido ao aumento da
produção de manufaturados.

Nos anos 70/80, ocorreu um grande crescimento da economia brasileira, conhecido, na


época, como “Milagre Econômico”.

A partir de então, e até atualmente, a economia brasileira vem crescendo e atravessando


as turbulências das crises econômicas que se sucederam.

Durante todo esse período, dos tempos coloniais até hoje, as micro e pequenas empresas
vêm se constituindo em importante sustentáculo do crescimento e do desenvolvimento nacional.

Dados estatísticos, elaborados e divulgados pelo SEBRAE, demonstram que o segmento


das micro e pequenas empresas representava, em 2004, 25% do Produto Interno Bruto (PIB), gerava
14 milhões de empregos, correspondentes a 60% do emprego formal, e constituía 99% dos seis
milhões de estabelecimentos formais existentes.

Atuando em mercados de crescente competitividade, essas pequenas e médias


organizações careciam de tratamento diferenciado para atuar junto às grandes corporações.

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Até o ano de 1984, as micro e pequenas empresas não contavam com legislação
específica, quando entrou em vigor o estatuto da microempresa, Lei nº 7.256 daquele ano.

Atualmente, vigora a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, que institui o estatuto da


microempresa e da empresa de pequeno porte, “favorecendo-as com tratamento diferenciado e
simplificado nos campos administrativo, fiscal, previdenciário, trabalhista, creditício e de
desenvolvimento empresarial”:

Para fins de enquadramento no SIMPLES – Sistema Integrado e


Pagamento de Impostos e Contribuições de Microempresas e das
Empresas de Pequeno Porte, considera-se microempresa, a pessoa jurídica
que aufira receita bruta igual ou inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte
mil reais) por ano, e empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica que
aufira receita bruta superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) e
igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) por
ano.

Texto disponível em: < http://www.biblioteca.sebrae.com.br >

Cerca de dois milhões de microempresas e empresas de pequeno porte se beneficiam


dessa lei, uma vez que, por não possuírem os benefícios de produção em grande escala, possuem
menor capacidade econômico financeira.

2.3.2. Contratos de prestação de serviços

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O crescente desenvolvimento das atividades empresariais, notadamente numa época em


que os relacionamentos virtuais se ampliam com grande rapidez, exige uma postura cautelosa e
preventiva por parte de todos que, direta ou indiretamente, promovem qualquer tipo de transações,
compra, venda, locação, etc. Para se evitar contratempos, desgastes e conflitos, e gerar harmonia e
confiança entre os parceiros de negócios, é de vital importância a adoção de um instrumento capaz
de promover segurança jurídica nas relações, o contrato.

Ao estabelecer, formalmente, os direitos e deveres que vinculam as partes envolvidas, o


contrato permite afiançar o comprometimento referente aos compromissos assumidos, sejam eles
societários, comerciais ou de outra categoria.

Os contratos que formalizam os acordos entre as pessoas, conforme vontade para sua
realização, podem ser expressos de forma escrita ou oral e devem obedecer aos pressupostos legais.

Segundo Campos (2006), direito contratual é um conjunto de regras que se dispõe a


regular as declarações de vontade das pessoas, estabelecendo um vínculo jurídico com o fim de
resguardar, modificar ou extinguir direitos e obrigações.

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3. DIREITO DO TRABALHO
3.1. Conceito de empregador e empregado

De acordo com o que estabelece a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),


“considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige prestação pessoal de serviços”. A partir dessa definição,
depreende-se que qualquer organização ou profissionais liberais que admitam empregados são
considerados empregadores.

A mesma legislação trabalhista atesta:

É considerado empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não
eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário, não havendo
distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre
trabalho intelectual, técnico e manual (CLT art. 3º, parágrafo único).

Quanto ao empregado, este só o pode ser na condição de pessoa física, sendo contratado
para prestação de serviços de forma contínua, não podendo ser de formas eventuais ou ocasionais,
diferentemente dos serviços prestados por pessoa jurídica.

Também, conforme institui a lei trabalhista, o vínculo entre o empregador e o


empregado deve ser formal, ou seja, firmado por meio de contrato entre as partes, de forma clara,
espontânea e consensual, desde que vá de encontro às disposições de proteção ao trabalho e
respectivos contratos coletivos estabelecidos na referida lei.

Tanto o empregador quanto o empregado devem possuir algumas características,


específicas às responsabilidades e atribuições, como, por exemplo, o empregador, como um
empreendedor, assume os riscos de sua atividade econômica, cujo resultado pode ser positivo ou
negativo. Ao admitir um empregado para a prestação de determinado serviço, mediante o
pagamento da respectiva remuneração, fica impedido de transferir tais riscos ao referido
empregado, podendo, entretanto, dirigir suas atividades e definir que as mesmas sejam
desempenhadas de acordo com as normas disciplinares internas da empresa.

O empregado deve subordinação ao empregador, ou seja, se sujeita a sua dependência.


Quando sujeita-se a si próprio, o trabalhador sem vínculo empregatício é denominado autônomo.

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O vínculo empregatício é reconhecido quando o empregado é um trabalhador que presta


pessoalmente os serviços, quando existe a subordinação a outrem e recebe remuneração sob a forma
de salário e não é eventual.

3.2. O direito do trabalho

Segundo Alonso, Castrucci e López (2006), o direito do trabalho é um conjunto de


normas que regula as relações entre empregadores e empregados, estabelecendo os recíprocos
direitos e obrigações decorrentes dessa atividade.

3.3. Direitos individuais do trabalho

Ao dispor sobre os direitos sociais, em especial o direito do trabalho, a Constituição


Federal garante aos trabalhadores a relação de emprego contra a demissão injusta ou arbitrária, o
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o seguro-desemprego, férias anuais, repouso
semanal remunerado, salário mínimo, licença-maternidade, aviso prévio e aposentadoria, dentre
outros.

Além disso, o trabalhador tem direito à carteira de trabalho e previdência social, ao


registro de empregados em livros de registros especificados pelo Ministério do Trabalho, à jornada
de trabalho predefinida por lei e a remuneração pelos serviços prestados.

3.4. Direitos coletivos de trabalho

A lei também garante diversos direitos coletivos, conquistados ao longo dos anos por
meio das ações promovidas por sindicatos e demais entidades representativas de trabalhadores,
como associações e sociedades profissionais, dentre os quais: liberdade de associação profissional
ou sindical, direito de representação na empresa e direito de greve:

4. DIREITO CONSTITUCIONAL
O direito constitucional é um ramo do direito público que tem por objeto estudar, de
forma sistematizada, os princípios e as normas fundamentais da ordenação jurídica do país. A norma
fundamental é a Constituição, por meio da qual se conhecem os direitos fundamentais do ser
humano e suas respectivas garantias referentes às regras básicas da ordem social e econômica. Tais
direitos e garantias são fundamentados por meio do primeiro item analisado pela Constituição
Federal, o da dignidade humana.

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Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

I – a soberania;

II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

[...]

Partindo do preceito constitucional, o trabalhador deve ter sua dignidade respeitada,


visto ser o trabalhador um ser humano. Para Marques (2002, p. 147), “o princípio da dignidade
humana busca propiciar melhores condições de vida ao empregado. Na dignidade humana se
valoriza o trabalho humano; na igualdade ou não discriminação se combatem as desigualdades ou
permite-se alguma diferença, desde que legítima e justificada”.

É por meio do trabalho que a maioria dos indivíduos obtém os recursos necessários para
sua existência e sobrevivência, como a alimentação, a saúde e a educação. Nos momentos atuais, o
trabalho é visto como atividade dignificante e gratificante para o indivíduo, diferentemente dos idos
tempos, quando o trabalho estava associado à escravidão ou a uma atividade “menos nobre”.

A Constituição Federal faz-se, portanto, cada vez mais importante por proporcionar
garantias ao trabalhador e ao profissional das mais diversas áreas e setores das atividades humanas.

O empregador tem poderes para gerir a empresa e estabelecer as relações desta para
com os empregados de forma limitada, ou seja, não tem o direito de se opor aos dispositivos
constitucionais, nem contrariar os preceitos previstos nas legislações trabalhista, administrativa ou
comercial, dentre outras. Os direitos individuais devem ser respeitados, notadamente aqueles
previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), quando existe uma relação de prestação de
serviços pactuada entre as partes.

O direito da liberdade de expressão intelectual, artística e científica, mais um dos


direitos individuais, é assegurado desde que não comprometa os temas relacionados aos direitos
intelectuais e de propriedade intelectual, pois o empregador também deve estar atento aos aspectos
relacionados às invenções e criações de seus empregados.

O dispositivo constitucional que versa sobre a liberdade de ação profissional deve ser
observado com a maior atenção pelo empregador, pois, segundo a Constituição Federal de 1988,

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“confere liberdade de escolha de trabalho, de ofício e de profissão, de acordo com as propensões de


cada pessoa e na medida em que a sorte e o esforço próprio possam romper as barreiras que se
antepõem à maioria do povo. Confere, igualmente, a liberdade para exercer o que fora escolhido, no
sentido apenas de que o Poder Público não pode constranger a escolher e a exercer outro”.

Num cenário de grandes transformações na sociedade, em que o acelerado


desenvolvimento tecnológico contribui para profundas mutações nas relações de trabalho,
empregadores e empregados podem contar com o apoio e o suporte de organizações criadas por eles
próprios para a elaboração de estudos e propostas que possam levar ao aperfeiçoamento dessas
relações. Tais documentos, elaborados e formatados dentro de associações representativas das
classes patronais e trabalhadoras, são poderosos e importantes instrumentos orientadores para os
legisladores trabalharem na atualização e modernização dos textos constitucionais.

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5. ÉTICA
5.1. O que é ética

Segundo o Dicionário Aurélio, ética é o “estudo dos juízos de apreciação referentes à


conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a
determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

Durante o exercício de nossas atividades pessoais e profissionais, estamos sujeitos às


opiniões próprias e de terceiros acerca de regras de conduta comportamentais, insuficientes para
definir as formas de agir nas mais diversas situações. Então, em algum momento, surge um dilema
de como proceder com colegas de trabalho, amigos, parentes e com todos aqueles que, direta ou
indiretamente, nos relacionamos. Agir bem ou mal, voluntária ou involuntariamente, é um dos
desafios que se sucedem continuamente, principalmente quando os conceitos de ”ética” e de
“moral” são mal compreendidos, mal interpretados ou desconhecidos.

Derivada do grego, ethos significa costume. De origem latina, moral significa usos e
costumes.

Em suas origens gregas, a “ética” se propunha a auxiliar o homem a cultivar um bom


caráter, influenciando as boas práticas pessoais. Com isso seria possível o alcance da felicidade, por
meio da prática da ética.

Em sua obra Ética a Nicômaco, Aristóteles (século IV a.C.) formula uma pergunta para
si próprio: “qual o bem supremo que podemos conseguir em todos os atos de nossa vida?”, e
responde: “a palavra que designa o bem supremo, aceita por todos, é a felicidade e, segundo a
opinião comum, viver bem, agir bem, é sinônimo de ser feliz.”

Mas esse tema, estudado e debatido durante os séculos, continua a gerar controvérsias,
face aos diferentes processos de mudança dos costumes e das culturas que se sucedem ao longo dos
tempos.

Nos tempos atuais, em que presenciamos um acentuado processo migratório, motivado


pela crescente onda de globalização, e um intenso intercâmbio de pessoas, ideias e culturas,
proporcionado pelas novas tecnologias de transportes de pessoas e de informações, a assimilação
dos conceitos éticos se torna cada vez mais complexa.

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Nesse cenário, a conduta humana vem sendo cada vez mais observada, comentada e
julgada. Quando boa, uma conduta é considerara moral ou ética, e qualificada como imoral ou
antiética, a conduta má:

“Ética” é a ciência da conduta humana, segundo o bem e o mal, com


vistas à felicidade (Alonso, Castrucci e López, 2006).

Como, em tão pouco tempo, assimilar e praticar princípios éticos e morais, vistos e
interpretados sob diferentes pontos de vista? Como se adaptar à moral de uma sociedade específica?
São questões que fustigam as mentes daqueles que aspiram à felicidade, buscando interagir da
melhor maneira possível com seus semelhantes e com a natureza que o cerca:

“Moral” é o conjunto das prescrições e normas admitidas numa época por


determinada sociedade (Lalande, 1993).

Dotado de faculdades superiores, o ser humano capaz de formular e disseminar ideias e


conhecimentos, de prever atos e suas respectivas consequências, de emitir julgamentos de atos e
fatos pessoais e coletivos, se vê na busca da felicidade, condicionado a adaptar-se às condições
temporais, sociais e ambientais do meio onde vive.

Segundo Alonso, Castrucci e López (2006), são faculdades superiores do homem, a


inteligência, a vontade e a amorosidade:

Inteligência - mediante a inteligência, o ser humano conhece os outros seres e a si


próprio;

Vontade - é a faculdade que permite ao ser humano determinar-se, decidir-se, optar por
isto ou aquilo, por agir bem ou agir mal;

Amorosidade - é a aproximação envolvente do ser humano com as outras pessoas.

5.2. Princípios e normas éticas

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No Dicionário Houaiss, encontramos algumas acepções para o termo “princípios”, tais


como, ditame moral; regra, lei, preceito; dito ou provérbio que estabelece norma ou regra;
proposição elementar e fundamental que serve de base a uma ordem de conhecimentos; proposição
lógica fundamental sobre a qual se apoia o raciocínio.

Durante seu processo evolucionário, iniciado em tempos remotos, o ser humano vem
buscando a satisfação de suas necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de
autorrealização, o que não deixa de ser, de certa forma, a busca pela felicidade.

Mas, para a realização desse ideal de felicidade, o homem envolveu-se em diversos


conflitos, devido à escassez de recursos capazes de satisfazer a suas necessidades. Muitas vezes o
homem viu-se obrigado a disputar com outrem aquilo que poderia garantir sua sobrevivência ou
mesmo impor sua superioridade.

Desde aquela época, passando por vários períodos da História até o momento atual, a
decisão do agir moralmente é prerrogativa livre e soberana do indivíduo que, consequentemente, é
responsabilizado por seus atos, bons ou maus, considerando os costumes da época e do local onde
exerce suas atividades pessoais e profissionais.

Com o passar do tempo, o homem foi aprendendo que a instituição e a adoção de


princípios particulares e gerais seriam de vital importância para viabilizar a conquista da felicidade,
mesmo que efêmera e fugidia. Tais princípios foram estabelecidos por estudiosos da natureza
humana, em especial os filósofos gregos dos anos 500 a.C., e de demais estudiosos que se seguiram
até o período atual.

Os princípios clássicos da ética social dizem respeito:

 à dignidade humana, que independe de posses, dos cargos e dos títulos;


 ao direito de propriedade, correspondente ao direito das pessoas possuírem bens
visando ao atendimento de suas necessidades;
 à primazia do trabalho, atividade realizada pelo homem para sua subsistência e
crescimento como pessoa;
 à primazia do bem comum, o conjunto de condições sociais que permite e
favorece aos membros da sociedade o seu desenvolvimento pessoal e integral;
 à solidariedade que promove a inclusão social;

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 subsidiariedade, na qual o subsídio corresponde ao auxílio dado, que estimula e


promove a participação ativa de todas as pessoas e de todos os grupos sociais nas
esferas superiores, econômicas, políticas e sociais, de cada país e do mundo.

Na atualidade, nos deparamos com inúmeras normas de comportamento criadas e


estabelecidas de acordo com interesses de grupos de pessoas, para atender à finalidades diversas e
específicas. Muitas dessas normas são transformadas em lei, de acordo com a expressão espontânea
e formal dos integrantes de uma comunidade ou sociedade. As leis de trânsito são exemplos da
formalização de normas que visam a manter organizado o fluxo de pessoas e veículos em uma
determinada localidade ou região, garantindo os direitos individuais e coletivos dos membros de
uma sociedade.

As normas escritas, como os códigos de ética, são de grande importância, notadamente


no aspecto educativo, porém não devem ser substituídas pelas normas naturais, estabelecidas pelas
famílias para a formação das pessoas.

Em todos os agrupamentos familiares, tribais, citadinos, nacionais ou internacionais, a


criação e a adoção de princípios da ética social são de profunda importância no tocante aos aspectos
comportamentais do indivíduo em sociedade, bem como do comportamento das organizações em
diferentes níveis, naturezas e dimensões.

5.3. Ética social, família, empresa, nação e globalização

O núcleo familiar é a sociedade primordial e fundamental, na qual o ser humano recebe


as primeiras lições para sua formação e educação. Essas primeiras lições influenciarão seu
comportamento e suas atitudes no convívio com seus semelhantes por toda sua vida.

Nos últimos anos, notadamente a partir dos anos 1950, o núcleo familiar vem sofrendo
fortes desgastes em função de impactos provocados pelo elevado ritmo do crescimento
populacional, no qual a luta pela subsistência se acirra intensamente. Nesse cenário, as famílias se
desagregam muito cedo, com a saída precoce das crianças e dos adolescentes do ambiente
doméstico para o mercado de trabalho, geralmente informal, sem que possam ter assimilado os
conceitos de formação e educação básicos fornecidos por seus pais que, por sua vez, também
sacrificam sua responsabilidade formadora na busca pelos recursos para a subsistência do grupo.

Os integrantes do núcleo familiar passam, então, a desenvolver atividades internas e


externas para a sobrevivência do grupo. A criação de pequenas hortas e de animais para o abate é

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uma atividade que, realizada conjuntamente e com vistas ao bem comum, constitui-se em atividade
organizacional ou empresarial. Essas incipientes organizações empresariais, ao evoluírem com o
passar dos anos, são consideradas essenciais para a existência da sociedade e para o
desenvolvimento humano.

Segundo Linton (1971, p. 107), a sociedade pode ser definida como: “...todo o grupo de
pessoas que vivem e trabalham juntas durante um período de tempo suficientemente longo para se
organizarem e para se considerarem como formando uma unidade social, com limites bem
definidos”.

Todo o processo econômico de formação e distribuição de riquezas, originado das


sociedades mais primitivas, do núcleo familiar até a sociedade de capital surgida no século XV, foi
fundamentado por meio de ações empreendedoras e empresariais, que promoveram as mudanças
visando à melhoria das condições de produção e da distribuição de produtos e serviços para o bem
comum.

A integração dos núcleos familiares, por vínculos de parentesco e de interesses


econômicos e políticos, vem ocorrendo desde a formação do primeiro agrupamento, as tribos. Do
crescimento das tribos, e da reunião de diversas delas, surgiu a cidade, onde a ética, como ciência,
começou a ser elaborada, no século V a.C. A partir do crescimento dos agrupamentos humanos, a
educação geral das pessoas evoluiu e regrediu, sucessivamente, notadamente no sentido ético.

A partir da Idade Moderna, iniciada em 1453 com a tomada de Constantinopla pelos


turcos, surgem as primeiras nações, onde grupos tribais sediados em determinados territórios tomam
consciência de suas raízes comuns, etnia, língua e culturas próximas. A nação, então, é composta
por famílias e agrupamentos situados em determinado território e que possuem características
comuns, e passam a ter uma forma de governo com vistas ao bem de toda a coletividade.

Com o crescimento e o fortalecimento das nações, em diversos continentes, surgem as


primeiras associações internacionais da iniciativa privada, e as organizações transnacionais, que
culminam com o início da organização internacional no século XIX. Em 1945, é criada a
Organização das Nações Unidas (ONU), com a finalidade de manter a paz e a cooperação entre as
nações.

Dentre os órgãos do sistema das Nações Unidas, direta ou indiretamente voltados para
os temas da ética, pode-se destacar:

 Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR);

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 Comissão de Direitos Humanos (CDH);


 Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS);
 Comissão para o Desenvolvimento Social (CsocD);
 Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW);
 Departamento das Operações de Manutenção da Paz (DPKO);
 Agência para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA);
 Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Com o crescimento das relações internacionais, originado da migração dos povos,


passando pela conquista e submissão de nações, e no qual se destaca as relações comerciais, a
globalização vem se impondo e impactando, diretamente, o cotidiano das pessoas.

A globalização atual é resultante das novas tecnologias da informática e das


telecomunicações, que permitem um crescente e intenso inter-relacionamento cultural, político,
econômico e social entre os povos. Atrelado aos benefícios proporcionados pela tecnologia
facilitadora da interação global, surgem também mais e maiores conflitos éticos.

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6. CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL E EMPRESARIAL


6.1. Códigos de ética

A ética é a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e


avaliação do comportamento de pessoas e organizações (Maximiniano,
2004).

Em todo e qualquer tipo de relacionamento, constatamos diversos tipos de


comportamentos pessoais ou coletivos fundamentados em valores adquiridos durante a formação
familiar, educacional e profissional, além daqueles ditados pelos diversos segmentos da sociedade
em que se desenvolve e atua o indivíduo. Mas, em todos esses comportamentos, ajustáveis a cada
situação, existe uma marca pessoal própria que identifica cada ser humano, demonstrado em cada
atitude ou gesto.

Nesse cenário há a busca de um comportamento ideal para cada situação, definido por
meio de padrões ou códigos de conduta estabelecidos, formal ou informalmente, por grupos sociais,
profissionais ou organizacionais. Tais códigos, com suas normas e regras de conduta, por definirem
o que é permitido, aceito e válido em ocasiões distintas, são conhecidos como códigos de regulação
ou regimentos. Quando sustentados por princípios éticos têm-se os “códigos de ética”, que servem
para nortear ações pessoais e organizacionais válidas em qualquer contexto da sociedade.

6.1.1. O código de ética profissional

A ética da área de exatas

Ética profissional é um conjunto de normas de conduta que deverão ser


postas em prática no exercício de qualquer profissão (Sá, 2005).

Todo o trabalho individual influencia e recebe influências do meio onde é praticado, daí
a importância do estabelecimento de um conjunto de valores e princípios que, fundamentados em
condutas éticas, orientem as ações para o exercício das atividades profissionais e empresariais com
vistas ao bem comum de toda uma sociedade.

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Tais valores e princípios, inerentes à cultura de uma empresa, podem ser formalizados e
expressos por meio de um determinado código de ética, cujo conteúdo é formado por um conjunto
de políticas e práticas específicas que devem servir de parâmetro para determinados
comportamentos e tornar claras as responsabilidades.

Os aspectos referentes ao respeito às leis do país, à transparência nas relações com seus
públicos internos (dirigentes e funcionários) e públicos externos (clientes, fornecedores,
comunidade e demais stakeholders) devem ser abordados no código de ética, notadamente aqueles
relacionados com os consumidores, por estarem sujeitos ao que estabelece o Código de Defesa do
Consumidor e a reparação de danos causados pelas práticas de propaganda e de danos ambientais.

Numa época em que o elevado e crescente índice da capacidade de armazenamento,


tratamento, difusão e captação de informações vem assumindo proporções de grande vulto, graças à
célere evolução da tecnologia da informação e da comunicação, os temas da privacidade e da
transparência são fundamentais, uma vez que devem estabelecer e fazer cumprir o código de ética,
definido por Sá (2005) como “um acordo explícito entre os membros de um grupo social. E deve
descrever um modelo de conduta para seus membros”.

Nesse cenário, se fazem presentes, e cada vez mais atuantes, as organizações


representativas de diversas categorias profissionais, como os conselhos federais e regionais que
buscam, na criação e no estabelecimento de normas de condutas éticas pautadas pela integridade e
pela observância das leis, dos regulamentos e padrões, o reconhecimento de suas competências e
atribuições.

Para muitos autores, a ética profissional estaria relacionada ao estudo e à regulação do


relacionamento do profissional com seus clientes, fornecedores e parceiros, visando à dignidade
humana e à construção de um bom ambiente sociocultural no qual possa exercer sua profissão.

Na área da informática, as questões relativas à influência do computador na vida das


pessoas, a pirataria de software e o direito autoral dos sistemas e programas são os que mais
comumente afetam os profissionais do setor.

A intensificação do uso dos computadores nos ambientes domésticos e empresariais


agiliza o processo de execução das atividades, ao mesmo tempo em que provoca profundas
alterações nas formas de relacionamentos, agora mais virtuais do que reais. Enquanto isso, as
empresas e profissionais produtores de software têm prejuízos incalculáveis com a pirataria. Mesmo
considerando a crescente utilização de software livre, que pode ser usado, copiado, estudado,

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modificado e redistribuído sem restrição, os desenvolvedores de outros aplicativos, como os jogos


eletrônicos, se ressentem da redução de suas receitas em decorrência da pirataria.

No tocante à natureza jurídica dos softwares e suas tratativas, o tema vem sendo
amplamente discutido por diversos segmentos da sociedade, na busca da preservação dos direitos de
seus desenvolvedores e proprietários.

No que diz respeito à privacidade e à proteção das informações das empresas e


profissionais responsáveis pelo provimento dos serviços de tecnologia da informação devem, então,
buscar a garantia, por meios técnicos ou legais, e a inviolabilidade dos referidos serviços,
principalmente quando este ato for cometido por alguém que fira os preceitos éticos e morais.

Importante ressaltar que a violação de um contrato de licença de software ou de


qualquer outro que envolva a propriedade intelectual, como trabalhos literários, fotografias e
vídeos, pode trazer riscos legais contra a empresa e contra o indivíduo responsável. Cabe lembrar
também que, em muitos casos, infrações éticas graves são crimes sujeitos às leis penais do país.

Primar pela segurança física e virtual da rede e dos equipamentos, pela


confidencialidade e integridade das informações, pelo treinamento e aprimoramento pessoal e de
terceiros, quanto ao uso correto e adequado dos equipamentos e sistemas e, principalmente, pela
orientação das consequências decorrentes do não cumprimento do estabelecido no código de ética
profissional e/ou empresarial, são atitudes esperadas, se não exigidas, daqueles que atuam num dos
mais importantes e significativos setores da economia, a informática.

6.1.2. O código de ética empresarial

Uma organização é um sistema de trabalho que transforma recursos em


produtos e serviços (Maximiniano, 2004).

As organizações constituídas pelo homem fornecem os mais diversos produtos e


serviços para a comunidade em geral e proporcionam condições de subsistência para os que ali
trabalham, como dirigentes e funcionários, por meio do pagamento de algum tipo de remuneração.
Além disso, investidores e acionistas também são remunerados por meio da participação nos
resultados obtidos pelo empreendimento.

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De importância capital para o crescimento e o desenvolvimento das sociedades, a


atividade empresarial abrange diversos tamanhos, tipos e setores, como padarias, fábricas,
escritórios contábeis, instituições de ensino, igrejas e órgão públicos, dentre outros.

Cabe destacar diversas instituições que não visam ao lucro, formadas por associações,
fundações e demais movimentos engajados, principalmente nos aspectos voltados para fins
assistenciais e preservacionistas.

Com o advento da Revolução Industrial, no século XVIII, e a consequente mecanização


da produção, as relações de trabalho sofrem profundas transformações, notadamente no tocante ao
relacionamento entre empregadores e empregados. Com a priorização do capital e dos bens de
produção, em detrimento do trabalho, surgem os conflitos éticos. A dignidade humana, princípio
ético fundamental, é colocada a prova. As condições de trabalho, aviltantes e exaustivas, impostas
aos trabalhadores, com o aumento do rendimento do trabalho e do acelerado acréscimo da
produção, comprometem os resultados obtidos.

Tais condições de trabalho foram sendo gradualmente contestadas por diferentes setores
da sociedade, que passaram a se organizar na busca por soluções alternativas, capazes de promover
um equilíbrio justo nas relações trabalhistas.

Desde aquela época até os tempos atuais, continuam a ocorrer graves comportamentos
antiéticos por todo o tipo e tamanho de empresa, dentre elas as multinacionais, ocasionando grandes
prejuízos, notadamente no aspecto referente à imagem empresarial perante a sociedade:

O resultado desses esforços começa a ter efeito a partir dos anos 1960, nos Estados

Tudo isso tem levado muitas empresas a criarem códigos de ética,


auditorias, programas de treinamento e contratação de assessorias
especializadas em ética, códigos do consumidor, políticas de valorização
dos empregados e outros (Alonso, Castrucci e López, 2006).

Unidos, onde o conceito de ética nos negócios passa a evoluir com intensidade, motivado
principalmente pelas pressões às indústrias automobilísticas, efetuadas por movimentos ligados aos
direitos dos consumidores que questionavam a segurança dos produtos, a proteção do meio

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ambiente e o comportamento de alguns empresários, que nada ou pouco se preocupavam com as


implicações negativas de suas condutas profissionais.

Nas décadas de 1960 e 1970, o ensino da ética é impulsionado nas universidades


americanas, com especial ênfase à ética nos negócios. Em fins dessa última década, são
incentivadas as criações de códigos de ética corporativos, para minimizar ou reduzir os conflitos de
padrões éticos de diversas culturas, então mais interdependentes.

A partir da década de 1980, formam-se redes acadêmicas de estudos da ética na Europa


e nos Estados Unidos, universalizando e disseminando o conceito.

No Brasil, na década de 1990, é criado o Centro de Estudos de Ética nos Negócios pela
Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Em 1998, também em São Paulo, é criado o Instituto
Ethos, de empresas e responsabilidade social. E, em 2003, é fundado o Instituto Brasileiro de Ética
Concorrencial, que tem como objetivo a promoção da melhoria no ambiente de negócios.

Atualmente, os conceitos e princípios da ética empresarial, admitidos e assumidos por


crescente número de empresas, são de vital importância na formulação e implantação das estratégias
empresariais. Os códigos de ética empresarial, além de formalizar compromissos, também são
instrumentos de comunicação de seus valores e práticas para todos aqueles que, direta ou
indiretamente, se relacionam com a empresa. A atenção especial aos aspectos relacionados ao meio
ambiente e à responsabilidade social na condução dos negócios, constitui-se em diferencial
competitivo, que contribui decisivamente para o crescimento e a sobrevivência das empresas num
cenário de alta competitividade.

6.2. A responsabilidade social

(...) a introdução da reflexão ética nas organizações serve para elucidar as


questões que suscitam polêmicas ou controvérsias morais, sem o quê, corre-se o
risco de patinar na indefinição e de estimular abusos por parte do corpo
funcional. Ao revés, se houver respostas consistentes aos dilemas, a nervura
central da cultura organizacional será consolidada, porque tais respostas
transformam-se em orientações emblemáticas; dizem o que justo e injusto, certo
e errado, lícito e ilícito; esclarecem o que se espera dos funcionários e dos
dirigentes; demarcam os padrões culturais validados pela organização; anunciam
o que será recompensado e inibem possíveis racionalizações individuais, ao
formular proibições e licenças (Srour, 1998).

Responsabilidade social pode ser definida como o compromisso que uma 3


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O princípio da responsabilidade social está apoiado na concepção de que as empresas,


criadas por integrantes da sociedade, utilizam os recursos dessa mesma sociedade afetando, positiva
ou negativamente, a qualidade de vida das pessoas. Os efeitos causados pela poluição e pela
degradação ambiental acelerada nos últimos anos estimularam o debate acerca de tais problemas.

Fundamentada em amplos estudos científicos produzidos pela comunidade acadêmica,


em especial a partir da década de 1960, empresas e instituições representativas dos diversos
segmentos sociais passaram a ter mais consciência dos malefícios produzidos pela atividade
empresarial descontrolada, política, econômica, técnica e eticamente. O trabalho infantil e a
divulgação de produtos nocivos à saúde são exemplos de condutas antiéticas frequentes.

Com a mobilização da sociedade pelas causas sociais, em especial pelas causas


ambientais, a comunidade empresarial começou a perceber que a prática dos valores éticos, a
transparência de suas relações com seus públicos, a integridade de suas atividades administrativas e
produtivas são capazes de trazer melhores retornos em termos de produtividade e lucratividade,
dentre outros indicadores de desempenho.

No tocante à ética empresarial e à responsabilidade social, Srour (2000) define duas


“frentes”:

Na frente interna das empresas, equacionam-se os investimentos dos proprietários


(detentores do capital) e as necessidades dos gestores e dos trabalhadores. Na frente
externa, são levadas em consideração as expectativas dos clientes, fornecedores,
prestadores de serviços, fontes de financiamentos (bancos, credores), comunidade local,
concorrentes, sindicatos de trabalhadores, autoridades governamentais, associações
voluntárias e demais entidades da sociedade civil.

Daí decorre que a empresa deve desenvolver e implementar, programas que beneficiem
a comunidade, principalmente aquela em que está inserida, por sofrer direta e imediatamente as
reações por atitudes e comportamentos antiéticos.

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Para a aferição do comprometimento das empresas com as causas sociais e ambientais,


foram criados alguns indicadores que consistem na adoção e na implantação de normas de
qualidade, como as certificações ISO 14000 (referente à gestão ambiental), a ISO 9000 (relativa à
gestão da qualidade) e a AS8000, que atesta a qualidade das relações de trabalho, como o trabalho
infantil, discriminação, segurança e saúde dos trabalhadores, dentre outros fatores. Esta última
certificação está fundamentada nas convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da
Legislação do país, da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Declaração dos Direitos da
Criança.

Como consequência de um novo posicionamento da sociedade com relação às questões


sociais, muitas empresas brasileiras estão adotando posturas socialmente responsáveis, de modo
consciente ou por conveniência, para poder atuar num mercado cada vez mais exigente por
produtos, serviços e comportamentos éticos.

6.3. O direito autoral

Segundo Campos (2006), a proteção do direito do autor vem consagrada na


Constituição Federal, em seu artigo 5º, incisos XXVII a XXIX, dizendo que ao autor pertence o
direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmitindo-se esses
direitos aos herdeiros no tempo que a lei fixar. Também é assegurado aos autores de inventos
industriais, o privilégio de registrá-los em órgãos públicos, para fazer valer, perante terceiros, seu
direito exclusivo de exploração por determinado tempo. Com isso, fica assegurado também pela lei
o direito dos autores de obter a reparação por perda e danos que lhes forem causados por terceiros,
em razão do uso indevido ou desautorizado do bem de seu criado, o qual pode se utilizar da ação de
busca e apreensão, com efeitos imediatos de cessação do abuso.

A lei do direito autoral, nº 9.610, reeditada em 1998, está sendo muito comentada e
discutida, mas é pouco conhecida e compreendida, principalmente por aqueles que produzem obras
literárias, artísticas, científicas e intelectuais.

Casos de violação dos direitos autorais são cada vez mais frequentes, como a falta de
créditos em textos, ilustrações, fotografias e composições musicais, dentre outras. A prática dessas
violações ocorre de forma voluntária e involuntária, pelo desconhecimento da lei, desconhecimento
esse que não isenta de punição pelo ato cometido.

Com o progresso acentuado da tecnologia, são disponibilizados a cada instante centenas


ou milhares de recursos de fácil utilização e manejo que auxiliam na produção de obras diversas.

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Tais recursos, entretanto, também são utilizados para a reprodução de outras tantas obras publicadas
ao longo dos tempos, como aquelas que são copiadas quase que no mesmo instante em que são
criadas.

A lei do direito autoral determina que seja creditada a autoria de um trabalho intelectual
para que não ocorra uma violação do direito moral do autor da obra criada. Esse crédito deve ser
efetuado mesmo quando ocorre um processo de cessão ou licenciamento de direito patrimonial, pois
o reconhecimento da autoria da obra é irrenunciável e inegociável.

Visando a evitar questionamentos legais, é recomendável a realização de contratos de


cessão de direitos patrimoniais, mediante condições específicas, para a disponibilização de qualquer
criação intelectual.

Para que determinada obra possa ser protegida, é necessário que, de acordo com o
expresso no artigo 7º da referida lei, sejam “expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer
suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro”.

A lei também determina que os direitos patrimoniais do autor, que lhe permite usar
desses direitos para fins de benefícios econômicos, perdurem por 70 anos, contados de 1º de janeiro
do ano subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil. Decorrido esse
prazo de proteção, a obra passa a pertencer ao domínio público.

6.4. Código de defesa do consumidor

A leitura e o estudo da lei são de fundamental importância para os


criadores de trabalhos intelectuais que, no entanto, devem contar com a
assistência jurídica específica para que possa ter as garantias legais sobre
suas obras.

A lei do direito autoral está disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/l9610.html

Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza


produto ou serviço como destinatário final (Art. 2º do Código de Defesa
do Consumidor)

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Nos tempos em que as relações comerciais eram essencialmente personalizadas, quando


vendedores e consumidores se conheciam, prevalecia a confiança nas relações de consumo. A
publicidade, meramente informativa na época, era feita pelos vendedores, que deveriam conhecer
muito bem os produtos e serviços ofertados, pois em muitas circunstancias era ele próprio o
responsável pela orientação de uso do referido produto ou o prestador do serviço contratado.

Com a ampliação da produção devido à industrialização, a publicidade passou a ser


destinada ao crescente mercado consumidor, composto por milhões de pessoas que são atingidas
simultaneamente por mensagens sobre as características, as vantagens e os benefícios oferecidos
pelos mais variados produtos e serviços.

O mercado se despersonaliza e com isso compradores e vendedores tornam-se


desconhecidos, enquanto que a publicidade cumpre o seu papel de exercer influência sobre os
consumidores para o ato de consumo de determinados produtos ou a utilização de serviços
específicos.

Nesse cenário, no qual as organizações se valem dos mais simples aos mais sofisticados
meios de publicidade, apoiados em pesquisas sobre o comportamento do consumidor e nas teorias
de motivações de compra, o consumidor nem sempre percebe sua importância como propulsor do
crescimento e da ampliação de toda uma cadeia produtiva.

O homem é consumista por natureza: “ao comprar um alimento, ao procurar um


médico, ao contratar um serviço, estamos sempre consumindo. Consumimos até mesmo ao dormir,
porque utilizamos o produto do trabalho de outras pessoas materializado em nosso lençol, em nosso
travesseiro, em nossa cama, em nossa casa (...). Somos todos consumidores e é quase impossível
escapar dessa condição – pelo menos numa sociedade organizada, em que o homem não se
relaciona diretamente com a natureza.”(Lazzarini, 1999, p.7 apud Cesca; Cesca, 2000, p. 41).

Assim, sujeito ao assédio permanente pelo setor produtivo, por meio das campanhas
publicitárias, o consumidor passou a merecer também a atenção dos órgãos governamentais, de
forma a ter proteção contra as falsas promessas dos anunciantes, como as relativas à qualidade do
produto, os apelos tendenciosos e as propostas quase que fictícias de vendas a preços baixos. Sem
invalidar a importância da autoproteção exercida pelo próprio consumidor.

O direito do consumidor é um conjunto de regras jurídicas que visa a equilibrar as


relações decorrentes do consumo de bens e serviços, preservando os interesses do
consumidor (Campos, 2006).

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Com o Código de Defesa do Consumidor, transformado na Lei 8.078 em 11 de fevereiro


de 1990, as empresas passaram a criar setores de atendimento ao consumidor, que, quando bem
estruturados, constituem-se em valorosas alavancas de negócios. O sistema de atendimento ao
consumidor, além de atender às reclamações dos consumidores, tem a função de orientar quanto à
melhor forma de operação e de utilização dos produtos.

Segundo Cesca e Cesca (2000), antes da vigência da lei de defesa do consumidor, as


relações do consumidor eram tuteladas por ramos do direito civil, do direito comercial e por
algumas leis esparsas. Ao infringir um preceito de ordem penal, o comerciante ou comerciário
estava sujeito ao Código Penal.

Diante de um quadro atual, no qual existe monopólio de fornecedores, ausência de


concorrência e informações distorcidas sobre bens e serviços e, principalmente, a preponderância de
poderes nos relacionamentos, o Código de Defesa do Consumidor vem se constituindo em um
poderoso agente na restauração e manutenção do equilíbrio de forças nas relações comerciais.

6.4.1. Direitos básicos do consumidor

Segundo Campos (2006), o Código do Consumidor tem por escopo defender os


interesses do consumidor, considerado a parte mais fraca da relação de consumo. Suas normas se
prestam a atingir as seguintes finalidades:

 proteger o consumidor quanto a prejuízos à saúde e à segurança;


 educar o consumidor sobre o consumo adequado, com liberdade de escolha;
 prestar informação adequada e clara sobre produtos, sua composição,
especificação, suas características e qualidades;
 proteger contra publicidade enganosa;
 a modificação de cláusulas contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais ou excessivamente onerosas;
 a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos e difusos;
 acesso ao judiciário para busca da reparação de danos;
 a facilidade da defesa do consumidor, com inversão do ônus da prova, observada
a verossimilhança e hipossuficiência;
 adequada prestação dos serviços públicos em geral.

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7. ASPECTOS JURÍDICOS DA INTERNET


7.1. Liberdade de informação na Internet, mensagens eletrônicas, habeas data e a
privacidade

A liberdade de comunicação consiste num conjunto de direitos, formas,


processos e veículos, que possibilitam a coordenação desembaraçada da
criação, expressão e difusão do pensamento e da informação (Silva,
1991).

Atualmente, vivemos um momento no qual a liberdade de informação pela Internet se


faz mais presente e almejada, apesar da censura imposta por alguns países, conforme pôde ser
constatada durante as Olimpíadas de Pequim 2008.

Paralelamente a este fato, é crescente e generalizada a preocupação com a invasão


indiscriminada e o roubo de informações dos usuários da rede, que se mostra cada vez mais
vulnerável, apesar dos altos investimentos em segurança efetuados pelas organizações de diferentes
portes e setores.

A necessidade de comunicação e interação com os demais membros da sociedade,


demonstrada ao longo da história da humanidade, impulsionou o homem a desenvolver,
continuamente, novos meios de comunicar a sua forma de expressão. Conforme descrição do Prof.
José Cretella Junior, “a necessidade da comunicação humana leva o homem a difundir ideias e
opiniões, primeiro, de modo direto, mediante a utilização de recursos primários, depois, com o
advento gradativo da técnica, por meio de todos os instrumentos adequados à transmissão da
mensagem.”

Com a globalização, essa necessidade de comunicação vem impulsionando a


necessidade de mais informações, que passam a se constituir em bens valiosos. Daí a importância
cada vez maior das atividades de armazenamento, processamento e transmissão de informações,
estarem apoiadas em modernos e complexos equipamentos e sistemas de informática e de
telecomunicações.

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Ante essa nova perspectiva, a proteção dos direitos fundamentais das pessoas, que
aspiram pela liberdade de informação concomitantemente a sua privacidade, deve ser priorizada por
meio da formulação e implementação de preceitos éticos e legais fundamentais para o bem comum
de toda a sociedade, mesmo reconhecendo a disparidade entre a rapidez da evolução dos meios de
comunicação e a do ordenamento jurídico. Conforme afirma o Prof. José Afonso da Silva:

“Nesse sentido, a liberdade de informação compreende a procura, o acesso, o


recebimento e a difusão de informações ou ideias, por qualquer meio, e sem
dependência de censura, respondendo cada qual pelos abusos que cometer.”

A reiterada liberdade de informação vem sendo acompanhada das indesejáveis


mensagens que lotam as caixas de correio eletrônico, mesmo quando aceitas, como um preço a ser
pago pela evolução. Entretanto, maiores são as preocupações com os roubos das informações
pessoais, profissionais e empresariais, provocados por hackers, e até mesmo por pessoas com as
quais nos relacionamos regularmente, motivados por desatenções nossas (descuidos com senhas,
por exemplo) ou mesmo por má-fé.

Outros aspectos relevantes que devem ser considerados, são aqueles relacionados à
difusão e comercialização indevida de informações confidenciais, tais como as relacionadas aos
dados de contas bancárias e de cartões de crédito, além das referentes à pedofilia e às mensagens
que incentivam a violência e as diversas formas de discriminação.

O crescente acesso aos computadores e à Internet, também provocado pelos incentivos e


ações vinculadas à inclusão digital de camadas cada vez maiores da população, provocou,
simultaneamente, aumento no número de crimes praticados, até por quem não é considerado um
especialista em utilização dos meios eletrônicos.

A prática do delito, incentivada pelo sentimento de impunidade e até mesmo pela


incapacidade da maioria das pessoas em utilizar adequadamente os novos produtos e serviços, que
são disponibilizados em um ritmo sem precedentes na história. A necessidade da memorização de
senhas, códigos, e a complexidade de tais bens, que aparentam simplicidades funcionais e
operacionais, são outros fatores que contribuem para o aumento das transgressões realizadas pelos
inescrupulosos.

Com a apropriação, permitida ou não, dos dados pessoais, por parte de instituições
idôneas e, em muitos casos, por aquelas que nem sempre são constituídas legalmente, a sociedade

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estava vulnerável sem dispor de um instrumento que lhe garantisse o acesso as suas informações
particulares armazenadas em diferentes bases de dados, legais ou não.

A partir da instituição do habeas data na Constituição Federal de 1988, art. 5º, LXXII,
foi prevista a possibilidade de impetrar habeas data: para assegurar o conhecimento de informações
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou banco de dados de entidades
governamentais ou de caráter público; para a retificação de dados, quando não se prefirir fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou administrativo.

O habeas data, de origem apontada na legislação ordinária dos Estados Unidos em 1974
e alterada em 1978, visava a possibilitar o acesso do particular às informações constantes de
registros públicos ou particulares permitidos ao público.

Conforme conceitua o Prof. José Afonso da Silva , o habeas data “é um remédio


constitucional que tem por objeto proteger a esfera íntima dos indivíduos contra: usos abusivos de
registros de dados pessoais coletados por meios fraudulentos, desleais ou ilícitos; introdução nesses
registros de dados sensíveis (assim chamados os de origem racial, opinião política, filosófica ou
religiosa, filiação partidária e sindical, orientação sexual, etc.); conservação de dados falsos ou com
fins diversos dos autorizados em lei”.

Com o remédio constitucional habeas data, objetiva-se que todas as pessoas possam ter
acesso às informações que o Poder Público ou entidades de caráter público, Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC), por exemplo, possuam a seu respeito.

Tão importantes quanto os fundamentos jurídicos voltados para a garantia dos direitos
individuais, são os aspectos culturais e educacionais que devem ser priorizados visando à formação
de pessoas conscientes de suas responsabilidades, e capazes de usufruir dos inumeráveis benefícios
trazidos pelas inovações tecnológicas, sem o prejuízo das suas individualidades.

7.2. Os códigos de ética e o acesso não autorizado

Prevenir que atacantes alcancem seus objetivos através do acesso não autorizado ou uso
não autorizado dos computadores e suas redes (Howard, 1997).

A segurança em um Sistema de Informação (SI) visa a protegê-lo contra ameaças à


confidencialidade, à integridade e à disponibilidade das informações e dos recursos sob
sua responsabilidade (Brinkley e Schell, 1995).

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Os computadores e os sistemas de informação são uma parte do ambiente que pode


afetar, positiva ou negativamente, a segurança de milhões de pessoas que utilizam os recursos
computacionais e de telecomunicações diariamente.

Os recentes avanços tecnológicos nessas áreas trazem benefícios incontáveis à


sociedade, que passa a usufruir das comodidades oferecidas pela revolução digital, como a difusão e
a disponibilização de informações globais em tempo real.

A cada dia, mais e mais pessoas se integram à rede mundial de computadores e passam
a compartilhar textos, sons, imagens e vídeos pessoais e profissionais. As organizações, de todos os
portes e ramos de atividade, ampliam seus negócios transacionando produtos e serviços em diversas
partes do mundo e utilizando os dispositivos, equipamentos, softwares e demais recursos
tecnológicos.

A capacidade de processamento, transporte e armazenamento das informações se amplia


para quase todos os tipos de atividades. Boletins médicos, avaliações acadêmicas, condições
meteorológicas, operações financeiras, músicas e poesias fluem rapidamente entre as pessoas
através de cabos, e do ar. Enquanto isso, o aroma aguarda sua vez de fluir por essa rede integradora,
e também dissociadora.

Nesse mesmo cenário, outros fatores afrontam aqueles que fazem um bom uso dos
recursos e das inovações disponibilizadas: a utilização de pessoas despreparadas, e de boa-fé, além
dos referidos recursos e inovações para o exercício de atividades ilegais, destrutivas ou não
autorizadas.

Além disso, tudo seria mais perfeito se não houvesse mais alguns inconvenientes, como
a invasão da privacidade, a quebra da confidencialidade, a violação da integridade e a
indisponibilidade, temporária ou definitiva, dos recursos do sistema.

A vulnerabilidade do referido sistema, dos gestores, mantenedores e usuários é posta à


prova a cada momento, daí a importância crescente de tudo aquilo que se refere, ou está
relacionado, à segurança do sistema computacional, ou dos sistemas de informação.

Os sistemas de informação são formados por muitos componentes que podem estar
situados em diversos locais, tornando-os mais vulneráveis a muitos riscos ou ameaças potenciais.
Essa vulnerabilidade é maior num mundo de computação em rede sem fio.

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As ameaças podem ser classificadas em não intencionais, relacionadas aos erros


humanos, riscos ambientais e falhas de sistema, e intencionais, como as referentes ao roubo ou uso
indevido de dados, fraudes na Internet, destruição por vírus e ataques semelhantes, dentre outros.

Nesse cenário, uma política de segurança da informação serve como base ao


estabelecimento de normas e procedimentos que garantam a segurança da informação, bem como
determina as responsabilidades relativas à segurança dentro da empresa. Uma política de segurança
também deve prever o que pode ou não ser feito na rede da instituição e o que será considerado
inaceitável. Tudo o que descumprir a política de segurança é considerado um incidente de
segurança. A elaboração dessa política deve ser o ponto de partida para o gerenciamento dos riscos
associados aos sistemas de informação. Uma das normas mais utilizadas é a ISO 17799, que pode
ser aplicada para empresas de qualquer tipo ou porte.

Dente os objetivos da política de segurança pode-se destacar: a especificação das ações


“seguras” e aquelas “não seguras”; os mecanismos de segurança, que visam a prevenir, detectar ou
recuperar-se de ataques; a prevenção, que visa a impedir o sucesso dos ataques; a detecção, capaz
de determinar que um ataque esteja ocorrendo ou que já ocorreu; e a recuperação, complexa porque
a natureza de cada ataque é diversa.

Neste momento, em que proliferam os ataques indiscriminados às pessoas ou às


instituições, notadamente por meio de vírus ou pela violação dos direitos autorais, as atenções
relativas à segurança e à proteção dos equipamentos e sistemas devem ser redobradas. O
desconhecimento da legislação não exime de responsabilidade aqueles que, mesmo
inadvertidamente, cometem pequenos delitos.

Observações “Capítulo IV - DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA


DOS SISTEMAS INFORMATIZADOS.

Acesso não autorizado a rede de computadores, dispositivo de


comunicação ou sistema informatizado.

Art. 285- A: Acessar, mediante violação de segurança, rede de


computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado,
protegidos por expressa restrição de acesso:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Parágrafo único. Se o agente se vale de nome falso ou da utilização de


identidade de terceiros para a prática do crime, a pena é aumentada de
sexta parte.
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Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),


o Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código Penal Militar),
a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, e a Lei nº 8.069, de 13 de julho de
1990, e a Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002, para tipificar condutas
realizadas mediante uso de sistema eletrônico, digital ou similares, de
rede de computadores, ou que sejam praticadas contra dispositivos de
comunicação ou sistemas informatizados e similares, e dá outras
providências.”

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8. HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO


8.1. Higiene do trabalho

Um ambiente de trabalho pode ser caracterizado por suas condições físicas e materiais,
além das psicológicas e sociais que afetam, direta ou indiretamente, os trabalhadores. Em muitas
organizações, essas condições nem sempre são estabelecidas de acordo com critérios e
especificações adequadas, provocando danos à saúde física e mental de todos aqueles envolvidos
com a atividade produtiva, inclusive comprometendo a qualidade de suas vidas.

As condições ambientais, formadas pelas ações das pessoas e por um conjunto de


elementos formados pelas edificações, equipamentos, condições de iluminação, temperatura,
qualidade do ar, e a limpeza, por exemplo, nem sempre são das mais favoráveis para o desempenho
das atividades profissionais.

Mesmo com todos os avanços tecnológicos, científicos, e de gestão de projetos,


processos e de pessoas, os seres humanos são expostos ao risco de sofrer lesões ou de contrair
doenças em seus ambientes de trabalho.

Nesse cenário, deve ser implantada a higiene de trabalho, compreendida, segundo


Chiavenato (2004), como o “conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade física e
mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao
ambiente físico onde são executadas”, e que relaciona-se como diagnóstico e prevenção das doenças
ocupacionais.

A higiene do trabalho corresponde a uma parte da medicina restrita às medidas


preventivas, com a aplicação de sistemas e princípios que a medicina estabelece para proteger o
trabalhador prevendo perigos e eliminando ou reduzindo os agentes nocivos que possam afetar a
saúde daqueles que desempenham qualquer tipo de atividade profissional.

Dentre os objetivos da higiene do trabalho, podem ser destacados os relativos à


manutenção da saúde, a eliminação das causas das doenças profissionais, a prevenção do
agravamento de doenças e lesões, além do aumento da produtividade, pelo controle do ambiente do
trabalho.

Fundamentado nos aspectos legais e nas implicações sociais, um programa de higiene


no trabalho deve envolver, além do ambiente físico, aqueles referentes ao ambiente psicológico, à
aplicação de princípios de ergonomia e à saúde ocupacional.

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No tocante ao ambiente psicológico, é importante destacar a identificação e a


consequente eliminação ou redução de possíveis fontes de estresse, que influenciam e afetam
diretamente os relacionamentos pessoais e o desempenho das atividades profissionais.

O estresse consiste na soma das perturbações orgânicas e psíquicas provocadas por


diversos agentes agressores, como: traumas, emoções fortes, fadiga, exposição a situações
conflitantes e problemáticas, etc. Sua ocorrência advém quando alguém é confrontado com uma
oportunidade, restrição ou demanda relacionada com o que ele deseja.

A sobrecarga de atividades, os prazos cada vez mais curtos para o desempenho das
tarefas, o tempo despendido no trânsito, a falta de conforto nas conduções, são mais fatores que
acarretam em consequências danosas, que incluem a depressão, a ansiedade, a angústia, o
nervosismo, as dores de cabeça e os acidentes.

Quanto à aplicação pela organização dos princípios de ergonomia, relacionados ao


mobiliário e às instalações ajustadas ao tamanho das pessoas, aos equipamentos e ferramentas
adequados às características humanas, capazes de reduzir a necessidade de esforço físico, esta é
comumente negligenciada pelos próprios profissionais. A pressa, a falta de atenção, ou mesmo o
despreparo para a função e o descuido na utilização de equipamentos e utensílios, são responsáveis
por sérios problemas físicos e mentais, de ordem temporária ou permanente àqueles que realizam
suas tarefas laborais.

A saúde ocupacional está relacionada com a assistência médica preventiva, no programa


de higiene do trabalho. Instituído pela Lei 24/94, o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO) exige o exame médico pré-admissional, o exame médico periódico, o
retorno ao trabalho (no caso do afastamento superior a 30 dias), o de mudança efetiva de função,
antes da transferência, e o exame médico demissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento
definitivo do funcionário.

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, além de envolver os exames


médicos estabelecidos por lei, promove palestras de medicina preventiva e elabora mapas de riscos
ambientais, objetivando a qualidade de vida dos funcionários e o incremento da produtividade na
organização.

A consequência de sua não implantação por parte das empresas, implica no aumento do
número de afastamentos por doenças, nas indenizações, nos custos de seguro, e na redução da
produtividade e da qualidade do trabalho.

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Os programas de higiene e segurança do trabalho estão recebendo atualmente muita


atenção por parte de empresas e, quando implementados, devem ser monitorados em termos de
custo/benefícios, e serem julgados por critérios como, melhoria de desempenho no cargo, redução
dos afastamentos por acidentes ou por doenças e redução de ações disciplinares.

8.2. Segurança do trabalho

O ambiente do trabalho é o conjunto de condições existentes no local de


trabalho relativo à qualidade de vida do trabalhador (art.7º, XXXIII e art.
200º da Constituição Federal de 1988).

Atualmente, milhões de trabalhadores se acidentam, adquirem doenças profissionais e


perdem suas vidas no ambiente do trabalho.

De acordo com estudos nacionais e internacionais, os acidentes e as doenças são


decorrentes da falta de planejamento e compromisso com a questão do descumprimento da
legislação, da utilização de equipamentos e ferramentas inadequadas, dos riscos e condições
ambientais inapropriadas para as atividades laborais.

As consequências desses acidentes e doenças são danosas para ambas as partes, para os
empregadores e para os empregados. Para os primeiros, em função da elevação de seus custos
operacionais, comprometendo seus lucros e sua imagem empresarial. Atingidos pelos danos
materiais, físicos e mentais, os empregados sofrem também outras consequências como a
marginalização e o desemprego.

Para viabilizar sua sustentabilidade no competitivo ambiente globalizado, diversas


empresas viram-se compelidas a adotar medidas de segurança capazes de proteger os trabalhadores
de acidentes diversos, por meio de programas de prevenção, e do emprego de equipamentos e
dispositivos de segurança. Esta atitude é fundamentada nos preceitos legais, e também na
conscientização da importância da preservação da saúde humana no desempenho das atividades
produtivas, com reflexos positivos nos resultados econômicos e sociais dos empreendimentos
organizacionais.

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A segurança do trabalho, pautada a partir dos conceitos referentes aos acidentes e aos
ambientes ocupacionais, pode ser entendida como o conjunto de medidas que são adotadas visando
a minimizar os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a
capacidade de trabalho do trabalhador. No Brasil, a Legislação de segurança do trabalho compõe-se
de Normas Regulamentadoras, as NRs, que são de observância obrigatória por todas as
organizações que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Segundo definição do Dicionário Houaiss, um acidente consiste em “qualquer lesão


corporal, perturbação funcional ou doença que, ocorrendo no exercício do trabalho ou em
consequência dele, determine a morte do empregado ou a perda, total ou parcial, permanente ou
temporária, de sua capacidade para o trabalho”. O Decreto nº 611/92, art. 139, de 21 de julho de
1992, define que um acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço
da empresa, ou ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional e podendo causar morte, perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.

São equiparados aos acidentes de trabalho, aqueles que acontecem quando o trabalhador
está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho, quando estiver em viagem a
serviço da empresa, ou quando o acidente ocorrer durante o trajeto entre a residência e o trabalho,
ou vice-versa. Também são equiparadas as doenças profissionais provocadas pelas condições e tipos
de trabalhos executados.

Existem duas causas básicas de acidentes no local de trabalho: a decorrente de um ato


inseguro, praticado por alguém que ignora conscientemente as normas de segurança, e aquela
referente à condição insegura do ambiente de trabalho, que oferece perigo ou risco ao trabalhador.
Por ambiente de trabalho podemos entender o conjunto de fatores físicos, climáticos, ou qualquer
outro que, interligado ou não, está presente e envolve o local de trabalho da pessoa.

As consequências dos acidentes do trabalho podem ser diversas, provocando


afastamentos temporários ou definitivos, de acordo com a seguinte classificação:

 acidentes sem afastamento: após o qual o empregado continua trabalhando


sem qualquer sequela ou prejuízo considerável;
 acidentes com afastamento: que provocam o afastamento do empregado do
trabalho por:

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o incapacidade temporária, quando as sequelas se prolongam por menos de


um ano;
o incapacidade parcial permanente, quando as sequelas são parciais e se
prolongam por mais de um ano;
o incapacidade permanente total da capacidade de trabalho;
o ocorrência de morte.

Os atos e condições inseguras podem ser reduzidos ou eliminados, por meio de um


programa de prevenção de acidentes que contemple o mapeamento das áreas de risco, ou seja, uma
avaliação constante e permanente das condições ambientais que podem provocar acidentes dentro
da empresa.

Além disso, outras ações como a análise detalhada dos acidentes, por meio dos
relatórios envolvendo as ocorrências dos danos materiais e consequências aos trabalhadores,
visando a descobrir causas e prevenir novos e futuros acidentes; o apoio irrestrito da alta
administração, que transmite confiabilidade ao programa; o treinamento de segurança,
principalmente para os novos empregados, promovendo a instrução em práticas e procedimentos
para evitar potenciais riscos; a comunicação interna, difundindo intensivamente as regras e normas
de procedimentos e condutas, são de extrema importância para manter o ambiente de trabalho
seguro.

Cabe destacar ainda, a importante contribuição prestada pela Comissão Interna de


Prevenção de Acidentes (CIPA), na elaboração, implantação e manutenção de programas de
prevenção de acidentes, conforme atribuições regulamentadas pelo Ministério do Trabalho.

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SILVA, J.A.da. Curso de direito constitucional positivo. 19. ed. São Paulo: Malheiros Editores,
2001.

SROUR, R.H. Ética empresarial. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

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UNIP, Campus Paulista, 2015.

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Currículo do Professor

Heder Vieira de Lima, Graduado em Gestão de Tecnologia da


Informação na Universidade Paulista, Pós-Graduado em Gestão de
Tecnologia da Informação e Marketing Digital na Universidade
Anhanguera, Técnico em TI, Webdesign e Programador Senior em PHP,
JQuery, JSon e JavaScript.

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Célio Domingos Mazzonetto


(62) 3307-1700

Curso: MANUTENÇÃO E SUPORTE A INFORMÁTICA


Disciplina: ÉTICA PROFISSIONAL
Professor: Heder Vieira de Lima
Objeto: Atividade individual
Modalidade: Questões objetivas
Pontuação para fins avaliativo: 10 pontos – 1 ponto por questão.

Aluno(a): ___________________________________________

Data limite para realização desta atividade: 09/06/2020 22:00

CÓDIGO: TNMMSI-N123-AT1

Instruções para realização da atividade.

1. Leia as questões com atenção.


2. Confira se todos os dados estão informados corretamente
3. Assine a folha de resposta com seu nome
4. Utilize caneta preta ou azul para preencher a folha de resposta
5. Preste a atenção para não deixar nenhuma questão sem preencher
6. Só assinale uma alternativa por questão
7. Apresente o gabarito desta atividade para o professor até a data informada acima.
8. O gabarito desta atividade pode ser enviada através de: correspondência para o ITEGO de Ceres, e-
mail (anexo scaneado ou foto para hederv@outlook.com), entrega pessoalmente na instituição
ITEGO ou para o Whatsapp individual do professor (62 98456-0065)

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Questão 1: Quando a sociedade se organiza e cria institutos e organizações para reguralizar os


conflitos em sociedade, visando manter a ordem, a liberdade e a harmonia, e conferindo poderes ao
Estado para cumprir estas metas e missões, essa atitude é chamada de:
a) Acordo jurisprudencial.
b) Princípios gerais do Direito.
c) Fontes Formais do Direito.
d) Contrato Social.
e) Contrato Judicial.

Questão 2: As três espécies de justiça que integram o conceito da justiça participativa, que visa a
despertar a atenção das pessoas com relação à obrigação de cada um participar de forma livre e
consciente, promovendo maior e melhor interação social, são:
a) Justiça comutativa, justiça distributiva e justiça social
b) Justiça comutativa, justiça instrucional e justiça social
c) Justiça comutativa, justiça distributiva e justiça civil
d) Justiça democrática, justiça distributiva e justiça social
e) Justiça democrática, justiça instrucional e justiça social

Questão 3: O conjunto de leis que impera no Direito Civil é o das leis contidas no Código Civil,
que é dividido em duas partes:
a) Geral e específica.
b) Especial e condicional.
c) Geral e especial.
d) Social e comercial.
e) Natural e comercial.

Questão 4: Concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade, concessão de registro de


desenho industrial, concessão de registro de marca, repressão às falsas indicações geográficas e
repressão à concorrência desleal são direitos relativos à
a) Propriedade de ideias
b) Propriedade industrial
c) Propriedade intelectual
d) Propriedade financeira
e) Propriedade física

Questão 5: Considerando a teoria do Direito Civil acerca das locuções "direito objetivo" e "direito
subjetivo", assinale a alternativa incorreta:
a) O direito subjetivo associa-se à noção de "facultas agendi".

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b) Visto como um conjunto de normas que a todos se dirige e a todos vincula, temos o "direito
subjetivo".
c) Direito subjetivo é a prerrogativa de invocação da norma jurídica, pelo titular, na defesa do
seu interesse.
d) Visto sob o ângulo subjetivo, o direito é o interesse juridicamente tutelado (Ihering).
e) O direito objetivo refere-se a um conjunto de regras que impõem à conduta humana certa
direção ou limite. Ele descreve condutas obrigatórias e comina sanções pelo comportamento
diverso dessa descrição.

Questão 6: Considere as afirmativas abaixo:

a) III
b) I
c) I e II
d) II e III
e) I e III

Questão 7: O empregado não tem direito ao aviso-prévio quando ocorre a:

a) Rescisão antecipada do contrato de experiência.


b) Despedida indireta.
c) Extinção da empresa.
d) Rescisão por culpa recíproca.
e) Morte do empregador.

Questão 8: Entre as opões abaixo não são consideradas empregado pela CLT o trabalhador:
a) Subordinado
b) Avulso

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c) Voluntário
d) Eventual
e) Autônomo

Questão 9: Podemos identificar a relação de emprego a partir de seus elementos característicos.


Acerta desse assunto, julgue os itens seguintes e assinale a alternativa incorreta:
a) Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.
b) Empregador é a pessoa individual ou coletiva que admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviços e que, observando as modernas doutrinas da cogestão e da participação
dos empregados nos lucros, estará autorizada a partilhar com estes os riscos do
empreendimento.
c) Por subordinação jurídica, deve-se entender a restrição imposta à autonomia de vontade do
operário, que se submete aos poderes de comando e à hierarquia do empregador.
d) A dependência técnica do trabalhador ao empregador é dispensável para caracterização da
relação de emprego.
e) Nas atividades terceirizadas, o vínculo de emprego não se forma diretamente com o tomador
de serviços, quando a função exercida estiver vinculada às “operações-meio” ou “não-
finalísticas” do empreendimento e desde que ausentes os requisitos da pessoalidade e da
subordinação direta.

Questão 10: O que Direito do Trabalho?


a) É ramo do direito privado que disciplina a atividade econômica entre empregadores e
empregados.
b) É o complexo de princípos, regras e institutos jurídicos que regulam a relação empregatícia
individual ou coletivamente considerada e outras relações normativamente especificadas.
c) É o ramo do direito privado que trata das relações tributárias.
d) Está ligado ao Direito Cível e Empresarial.
e) Pela sua importância econômica, o Banco Central também opina e altera leis dentro do
Direito do Trabalho.

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Curso: MANUTENÇÃO E SUPORTE A INFORMÁTICA


Disciplina: ÉTICA PROFISSIONAL
Professor: Heder Vieira de Lima
Objeto: Atividade individual
Modalidade: Questões objetivas
Pontuação para fins avaliativo: 10 pontos – 1 ponto por questão.

Aluno(a): ___________________________________________

Data limite para realização desta atividade: 09/06/2020 22:00

CÓDIGO: TNMMSI-N123-AT1

Gabarito:

A B C D E A B C D E

1 6
QUESTÃO

QUESTÃO

2 7

3 8

4 9

5 10

Atenção:

1. A questão será anulada se preencher mais de uma opção.

2. A bolinha da resposta correta, deverá ser preenchida totalmente com caneta azul ou
preta.
3. Não esqueça de preencher seu nome.

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Célio Domingos Mazzonetto


(62) 3307-1700

Curso: MANUTENÇÃO E SUPORTE A INFORMÁTICA


Disciplina: ÉTICA PROFISSIONAL
Professor: Heder Vieira de Lima
Objeto: Atividade individual
Modalidade: Questões objetivas
Pontuação para fins avaliativo: 10 pontos – 1 ponto por questão.

Aluno(a): ___________________________________________

Data limite para realização desta atividade: 09/06/2020 22:00

CÓDIGO: TNMMSI-N123-AT2

Instruções para realização da atividade.

1. Leia as questões com atenção.


2. Confira se todos os dados estão informados corretamente
3. Assine a folha de resposta com seu nome
4. Utilize caneta preta ou azul para preencher a folha de resposta
5. Preste a atenção para não deixar nenhuma questão sem preencher
6. Só assinale uma alternativa por questão
7. Apresente o gabarito desta atividade para o professor até a data informada acima.
8. O gabarito desta atividade pode ser enviada através de: correspondência para o ITEGO de Ceres, e-
mail (anexo scaneado ou foto para hederv@outlook.com), entrega pessoalmente na instituição
ITEGO ou para o Whatsapp individual do professor (62 98456-0065)

9.

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Questão 1: O indivíduo tem a liberdade de tomar a decisão, de cumprir ou não as regras


estabelecidas, mas as consequências podem ser distintas. A sanção pelo descumprimento da regra
moral será:
a) Divina.
b) Da sociedade.
c) Imposta por legislação específica.
d) Da consciência.
e) Ser preso.

Questão 2: Segundo (Silva, 1991) o conjunto de direitos, formas, processos e veículos, que
possibilitam a coordenação desembaraçada da criação, expressão e difusão do pensamento e da
informação, consiste
a) a liberdade de expressão
b) a liberdade de ir e vir
c) a liberdade de escolha
d) a liberdade de informar
e) a liberdade de comunicação

Questão 3: O objeto de Estudo do Direito Constitucional é:


a) O povo
b) O estado
c) A constituição
d) A política
e) O Governo

Questão 4: O núcleo familiar é


a) a sociedade primordial e fundamental, na qual o ser humano recebe as primeiras lições para
sua formação e educação.
b) o conjunto das prescrições e normas admitidas numa época por determinada sociedade.
c) a sociedade de convívio profissional que trabalham em prol de um objetivo em comum.
d) a sociedade alternativa que busca uma convivência intelectual independente dos estudos
curriculares e da cultura no meio onde vive.
e) a sociedade que busca a felicidade, condicionada a adaptar-se às condições temporais,
sociais e ambientais do meio onde vive.

Questão 5: Segundo Alonso, Castrucci e López (2006), são faculdades superiores do homem, a
inteligência, a vontade e a amorosidade:
a) Inteligência, vontade e sobriedade.

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b) Inteligência, altruísmo e amorosidade.


c) Inteligência, vontade e amorosidade.
d) Consciência, vontade e amorosidade.
e) Consciência, altruísmo e amorosidade.

Questão 6: Não é um dos elementos da empresa:


a) Atividade empresarial
b) Atividade econômica
c) Produção de bens e serviços
d) Profissionalismo
e) Atividade organizada

Questão 7: O que é código de ética profissional?


a) é a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e avaliação do
comportamento de pessoas e organizações.
b) é um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de
qualquer profissão.
c) é um sistema de trabalho que transforma recursos em produtos e serviços.
d) são instrumentos de comunicação de seus valores e práticas para todos aqueles que, direta
ou indiretamente, se relacionam com a empresa.
e) é a busca de um comportamento ideal para cada situação, definido por meio de padrões ou
códigos de conduta estabelecidos.

Questão 8: É INCORRETO afirmar:


a) Responsabilidade social pode ser definida como o compromisso que uma organização deve
ter com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de
modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico.
b) O direito autoral é assegurado aos autores de inventos industriais, o privilégio de registrá-los
em órgãos públicos, para fazer valer, perante terceiros, seu direito exclusivo de exploração
por determinado tempo.
c) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final.
d) Uma organização é um sistema de trabalho que transforma recursos em produtos e serviços.
e) Ética pessoal é um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no
exercício de qualquer profissão.

Questão 9: Quando se diz: Toda pessoal física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final. Estou referindo a
a) Comerciante.
b) Empresário.

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c) Consumidor.
d) Empreendedor.
e) Empregado.

Questão 10: O que é direito do consumidor?


a) É ramo do direito privado que disciplina a atividade econômica entre empregadores e
empregados.
b) É o complexo de princípos, regras e institutos jurídicos que regulam a relação empregatícia
individual ou coletivamente considerada e outras relações normativamente especificadas.
c) É o ramo do direito privado que trata das relações tributárias.
d) É um conjunto de regras jurídicas que visa a equilibrar as relações decorrentes do consumo
de bens e serviços, preservando os interesses do consumidor.
e) Pela sua importância econômica, o Banco Central também opina e altera leis dentro do
Direito do Trabalho.

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Curso: MANUTENÇÃO E SUPORTE A INFORMÁTICA


Disciplina: ÉTICA PROFISSIONAL
Professor: Heder Vieira de Lima
Objeto: Atividade individual
Modalidade: Questões objetivas
Pontuação para fins avaliativo: 10 pontos – 1 ponto por questão.

Aluno(a): ___________________________________________

Data limite para realização desta atividade: 09/06/2020 22:00

CÓDIGO: TNMMSI-N123-AT2

Gabarito:

A B C D E A B C D E

1 6
QUESTÃO

QUESTÃO

2 7

3 8

4 9

5 10

Atenção:

1. A questão será anulada se preencher mais de uma opção.

2. A bolinha da resposta correta, deverá ser preenchida totalmente com caneta azul ou
preta.
3. Não esqueça de preencher seu nome.

ITEGO

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(62) 3307-1700

Curso: MANUTENÇÃO E SUPORTE A INFORMÁTICA


Disciplina: ÉTICA PROFISSIONAL
Professor: Heder Vieira de Lima
Objeto: Atividade individual
Modalidade: Questões objetivas
Pontuação para fins avaliativo: 10 pontos – 1 ponto por questão.

Aluno(a): ___________________________________________

Data limite para realização desta atividade: 09/06/2020 22:00

CÓDIGO: TNMMSI-N123-AT3

Instruções para realização da atividade.

1. Leia as questões com atenção.


2. Confira se todos os dados estão informados corretamente
3. Assine a folha de resposta com seu nome
4. Utilize caneta preta ou azul para preencher a folha de resposta
5. Preste a atenção para não deixar nenhuma questão sem preencher
6. Só assinale uma alternativa por questão
7. Apresente o gabarito desta atividade para o professor até a data informada acima.
8. O gabarito desta atividade pode ser enviada através de: correspondência para o ITEGO de Ceres, e-
mail (anexo scaneado ou foto para hederv@outlook.com), entrega pessoalmente na instituição
ITEGO ou para o Whatsapp individual do professor (62 98456-0065)

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Questão 1: É considerada incapacidade parcial permanente:

a) Quando as sequelas são parciais e se prolongam por mais de um ano.


b) Quando o empregado continua trabalhando sem sequela ou prejuízo considerável.
c) A perda todal da capacidade de trabalho.
d) A perda parcial da capacidade de trabalho.
e) Quando o empregado continua trabalhando com sequela.

Questão 2: Apontada na legislação ordinária dos Estados Unidos em 1974 e alterada em 1978,
visando possibilitar o acesso do particular às informações constantes de registros públicos ou
particulares permitidos ao público foi originada a:
a) Habeas corpus
b) Habeas data
c) Juris center
d) Novatio legis
e) Habeas technicus

Questão 3: As ameaças relacionadas aos erros humanos, riscos ambientais e falhas de sistema são
chamadas de:
a) Ameaças intencionais
b) Ameaças eletrônicas
c) Ameaças de vírus
d) Ameaças não intencionais
e) Ameaças de segurança

Questão 4: Não são objetivos da política de segurança da informação:


a) Identificar especificação das ações “seguras” e aquelas “não seguras”.
b) Detectar e recuperar-se de ataques usando os mecanismos de segurança.
c) Detectar ataques que estejam ocorrendo ou que já ocorreu.
d) Realizar recuperação, complexa poque a natureza de cada ataque é diversa.
e) Proliferar os ataques indiscriminados às pessoas ou às instituições.

Questão 5: Uma das normas mais utilizadas na política de segurança associadas aos sistemas de
informação é:
a) ISO 17799
b) ISO 17798
c) ISO 17000
d) ISO 17797
e) ISO 17001
Questão 6: Origem racial, opinião política, filosófica ou religiosa, filiação partidária e sindical e
orientação sexual são classificados como:

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a) Dados impessoais
b) Dados ilícitos
c) Dados sensíveis
d) Dados irrelevantes
e) Dados públicos

Questão 7: Segundo Chiavenato (2004) a higiene de trabalho deve ser implantada como
a) Conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade econômica e financeira da
empresa e instituição, preservando-a dos riscos de falência diante da crise nacional.
b) Conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade física e mental do
trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente
físico onde são executadas.
c) Conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade física e mental do
trabalhador, exigindo o bom desempenho inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico
onde são executadas.
d) Conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade econômica da empresa e
instituição, consequente da saúde do trabalhador exercendo sua atividade independente das
tarefas do cargo e do ambiente físico onde são executadas.
e) Conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade física e mental do
trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas autônomas fora do
ambiente físico da empresa.

Questão 8: Instruído pela Lei 24/94, antes do profissional ser demitido em uma empresa deve ser
feito o exame médico
a) Admissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento definitivo do funcionário.
b) Demissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento provisório do funcionário.
c) Demissional, nos 30 dias que antecedem o desligamento definitivo do funcionário.
d) Demissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento definitivo do funcionário.
e) Admissional, nos 30 dias que antecedem o desligamento definitivo do funcionário.

Questão 9: O Decreto nº 611/92, art. 139, de 21 de julho de 1992, define que


a) Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou
ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho,
permanente ou temporária.
b) Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou
ainda, pelo exercício dos segurados especiais fora do ambiente de trabalho, resultando em
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da
capacidade para o trabalho, permanente ou temporária.
c) Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou
ainda, pelo exercício dos segurados especiais no ambiente de trabalho, resultando em lesão

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corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para
o trabalho, restritamente permanente.
d) Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou
ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, somente quando leva ao óbito.
e) Acidente do trabalho é o que ocorre fora do exercício do trabalho dos segurados especiais,
resultando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da
capacidade para o trabalho, permanente ou temporária.

Questão 10: As consequências dos acidentes do trabalho podem ser diversas, provocando
afastamentos temporários ou definitivos, de acordo com a seguinte classificação:
a) Incapacidade temporária e acidentes com afastamento.
b) Acidentes sem afastamento e acidentes com afastamento.
c) Acidentes sem afastamento e incapacidade parcial.
d) Acidentes com afastamento e incapacidade parcial.
e) Incapacidade parcial e incapacidade temporária.

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Disciplina: ÉTICA PROFISSIONAL
Professor: Heder Vieira de Lima
Objeto: Atividade individual
Modalidade: Questões objetivas
Pontuação para fins avaliativo: 10 pontos – 1 ponto por questão.

Aluno(a): ___________________________________________

Data limite para realização desta atividade: 09/06/2020 22:00

CÓDIGO: TNMMSI-N123-AT3

Gabarito:

A B C D E A B C D E

1 6
QUESTÃO

QUESTÃO

2 7

3 8

4 9

5 10

Atenção:

1. A questão será anulada se preencher mais de uma opção.

2. A bolinha da resposta correta, deverá ser preenchida totalmente com caneta azul ou
preta.
3. Não esqueça de preencher seu nome.

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