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Gestão de Carreiras e

Empreendedorismo
Todos os direitos reservados ao
Projeto e­Jovem
Secretaria da Educação do estado do Ceará ­ Centro Administrativo Governador Virgílio Távora
Coordenadoria da Educação Profissional ­ 2º andar ­ Bloco C
Av. General Afonso Albuquerque Lima, S/N ­ Cambeba ­ Fortaleza/Ceará
CEP 60839­900 ­ Tel. (85) 3101.3928
Site: www.projetoejovem.com.br
E­mail: faleconosco@projetoejovem.com.br
Ano de Publicação: 2014

Cid Ferreira Gomes
Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Vice­governador
Maurício Holanda Maia
Secretário da Educação
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Secretário Executivo
Cristiane Carvalho Holanda
Coordenadora do Gabinete
Coordenadora da Educação Profissional
Andrea Araújo Rocha Nibon
Núcleo de Coordenação de Projeto e­Jovem
Flávia Daniela Rodrigues Viana
Júlio César Cavalcante Bezerra
Marcelo Alves Teófilo
Coordenação Pedagógica do Projeto e­Jovem
Adriano Silva Lima
Coordenação Técnica e de Desenvolvimento do Projeto e­Jovem
Átila da Silva Lima
Jucimar de Souza Lima Junior
Criação e edição de Conteúdo
Fernando Rodrigues de Menezes
Revisão Didática
Adriano Silva Lima
Revisão Ortográfica
Daniele Lima de Paula
Diagramação e Formatação Final
Jucimar de Souza Lima Junior
Projeto Gráfico
Jucimar de Souza Lima Junior
Capa
Jéssica de Araújo Oliveira
Sumário
Apresentação da disciplina de EMPREGABILIDADE...............................................................6
Matriz curricular da disciplina de Empregabilidade...............................................................7
Capítulo 1. Introdução a EMPREGABILIDADE.......................................................................8
O mercado de trabalho e suas exigências...........................................................................8
Mas... O que é o Mercado de Trabalho?.............................................................................9
Mercado de Trabalho.....................................................................................................9
Entendendo o que é Empregabilidade ...............................................................................9
E agora? quais são minhas expectativas? ........................................................................11
A EXCLUSÃO DIGITAL.................................................................................................12
O mercado das tecnologias...............................................................................................12
Mas quem precisa de TI?..............................................................................................12
Carreira de T.I..............................................................................................................12
Certificações.................................................................................................................13
Capítulo 2. O Mundo do trabalho.........................................................................................15
Trabalho x Emprego.........................................................................................................15
CLT...................................................................................................................................16
Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS...........................................................17
Como tirar a carteira de trabalho:...............................................................................17
Documentos necessários:.............................................................................................17
São anotações obrigatórias na carteira:.......................................................................18
Onde fazer a Carteira de Trabalho e Previdência Social:.............................................18
Contrato de Trabalho.......................................................................................................18
Conhecendo o SINE/IDT..................................................................................................19
Seguro­Desemprego.........................................................................................................20
Nova Lei do Seguro­desemprego..................................................................................20
Como era concedido o seguro­desemprego antes de 2012?........................................20
O que mudou com a nova condição da lei?.................................................................21
Quais critérios são considerados para indicar ao desempregado uma vaga segundo a 
nova lei?.......................................................................................................................21
Qual o objetivo da nova lei do seguro­desemprego?....................................................21
Qual a vantagem da nova lei?......................................................................................21
O desempregado que não aceitar a vaga e não aceitar o cancelamento do seu beneficio
pode recorrer à justiça?................................................................................................21
O que é o IDT?.................................................................................................................21
Áreas de trabalho mais promissoras para os próximos anos. ..........................................25
Vamos conferir a lista com as áreas de trabalho mais promissoras para os próximos 
anos:............................................................................................................................25
Áreas de atuação em T.I...................................................................................................27
PROGRAMAÇÃO......................................................................................................27
ANÁLISE..................................................................................................................28
REDES......................................................................................................................28
GERÊNCIA...............................................................................................................28
DOCÊNCIA E PESQUISA..........................................................................................29
EMPRESÁRIO..........................................................................................................29
Qual a importância do primeiro emprego?......................................................................29
O Jovem aprendiz....................................................................................................29
Capítulo 3. Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso .............................................31
Autoconhecimento...........................................................................................................31
Qual o seu diferencial no mercado de trabalho?..............................................................32
Como descobrir e aprimorar o que cada um tem de melhor:.......................................32
Confira o perfil profissional procurado pelas empresas de TI:.....................................34
Habilidades e competências de um profissional de sucesso: ...........................................35
Liderança.....................................................................................................................35
Algumas características que fazem parte de uma liderança bem fundamentada.....35
Desenvolvendo a criatividade e a proatividade................................................................37
Criatividade..................................................................................................................37
Cuidando da sua criatividade..................................................................................38
Para ter boas idéias.............................................................................................38
Atitudes que favorecem uma produção criativa no trabalho...............................39
Proatividade.................................................................................................................39
AUTODIAGNÓSTICO: Teste sua Proatividade.....................................................39
Interpretação da pontuação:...............................................................................40
Como se relacionar com pessoas reativas....................................................................42
Capítulo 4. Postura profissional............................................................................................43
As relações Interpessoais..................................................................................................43
Mas o que é Networking?.............................................................................................43
O que há em comum em: Amigos curtindo uma festa, dois amigos numa academia 
e um casal curtindo o amor? ..................................................................................43
“O homem não é uma ilha”.....................................................................................44
Marketing Pessoal........................................................................................................44
Como cuidar da sua imagem...................................................................................45
A CRÍTICA........................................................................................................................46
DIFICULDADES PARA A CRÍTICA................................................................................47
Antes de fazer a crítica :......................................................................................47
Durante o processo da crítica :............................................................................47
Capítulo 5. O ambiente profissional.....................................................................................49
 Ética................................................................................................................................49
Texto: As três Peneiras.................................................................................................49
Ética no Ambiente Profissional....................................................................................50
C.H.A – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes.....................................................55
Identificando e Solucionando problemas.....................................................................56
Problema..................................................................................................................57
Passos para a solução de problemas........................................................................57
Capítulo 6. A comunicação e seus componentes..................................................................59
Um Mundo sem Comunicação…......................................................................................59
A comunicação.............................................................................................................59
Componentes do processo comunicacional:.................................................................60
Linguagem...................................................................................................................60
Código..........................................................................................................................61
Exemplo de Código de Linguagem:..............................................................................61
Alguns cuidados importantes no processo de Comunicação........................................62
No momento da comunicação EVITE:..........................................................................63
Interpretando Sinais Não­Verbais................................................................................63
A arte de ouvir.............................................................................................................63
Dicas para tornar­se um Ouvinte Dinâmico.............................................................64
Falando em público com sucesso.....................................................................................64
A estética da fala:.........................................................................................................65
Dicas para falar de improviso.......................................................................................66
Fatores que contam ponto na Comunicação Verbal.....................................................67
Capítulo 7. Documentos comerciais......................................................................................69
 Redação Comercial..........................................................................................................70
1 – OFÍCIO...................................................................................................................70
2 ­ CARTA COMERCIAL...............................................................................................70
Os elementos de uma Carta Comercial são:........................................................71
3 – ATA........................................................................................................................71
4 – EMAIL....................................................................................................................72
Redação no processo de seleção.......................................................................................76
Capítulo 8. Construindo meu currículo e carta de apresentação..........................................78
Texto: Como estragar seu currículo.................................................................................78
O Currículo.......................................................................................................................79
O que é o Currículo Lattes?..........................................................................................79
Elaborando um bom currículo.....................................................................................80
Dicas gerais..............................................................................................................83
A Carta de apresentação...................................................................................................86
Como produzir uma Carta de Apresentação................................................................86
Capítulo 9. Ingressando no meu emprego/estágio...............................................................88
Dicionário do processo seletivo........................................................................................88
Entrevista de emprego......................................................................................................89
Como preparar­se para uma entrevista de emprego....................................................90
Antes da Entrevista:.....................................................................................................90
Durante a entrevista de Emprego.................................................................................90
Roteiro de perguntas mais comuns em entrevistas:.................................................92
Após a Entrevista:.............................................................................................................93
Dinâmica de grupo...........................................................................................................95
Algumas características que os selecionadores observam através das Dinâmicas de 
Grupo:..........................................................................................................................95
Comportamentos inadequados mais comuns:..............................................................95
A importância do estágio..................................................................................................97
Conhecendo a equipe de Inserção do e­Jovem.................................................................98
O que objetiva o Setor de Inserção?.............................................................................98
Quais as atribuições da Inserção?................................................................................98
Quais os meios para que um aluno do Projeto e­Jovem possa ser inserido no mercado 
de trabalho?.................................................................................................................99
Estágio.........................................................................................................................99
Quais os documentos necessários para um estagiário?............................................99
Em que condições devem ocorrer o estágio?...........................................................99
Por que o estágio é visto como algo positivo para o aluno?..................................100
Quais os documentos necessários para ser um Jovem Aprendiz?..........................100
As oportunidades de emprego para os jovens aprendizes são as mesmas que os 
estagiários? ...........................................................................................................100
Composição da Equipe:..............................................................................................100
As quatro fases de uma Carreira Profissional.............................................................101
Como fazer um bom plano de carreira?.........................................................................102
O mais importante.....................................................................................................102
Avaliação Geral..............................................................................................................103
Bibliografia.........................................................................................................................104
Apresentação da disciplina de EMPREGABILIDADE

Sejam bem vindos ao módulo disciplinar de EMPREGABILIDADE do Projeto e­Jovem.
Esta   é   uma   das   disciplinas   do   módulo   II   do   projeto   que   traz   uma   proposta   para
capacitação de vocês alunos, de  modo  a ampliar seus conhecimentos e habilidades que
facilitem seu ingresso no mercado de trabalho formal.
Essa disciplina aborda de forma integrada e dinâmica as seguintes temáticas:
­ EMPREGABILIDADE
­ MUNDO DO TRABALHO
­ CARREIRA DE T.I
­ PERFIL PROFISSIONAL
­ POSTURA PROFISSIONAL
­ LIDERANÇA
­ PROATIVIDADE
­ CRIATIVIDADE
­ COMUNICAÇÃO
­ ESCRITA PROFISSIONAL
­ PROCESSO SELETIVO 
­ E outras temáticas transversais.

Possibilitando a vocês a ampliação dos seus conhecimentos sobre o mundo do trabalho e
a  construção de habilidades, saberes e atitudes necessários para o seu desenvolvimento
individual, social e profissional. Essas temáticas estão distribuídas em 9 aulas, totalizando
36h/a ao final da disciplina.
Com   a   Empregabilidade,   temos   a   contribuição   da   reflexão   em   torno   dos   requisitos
necessários para um bom profissional, capaz de ser proativo e dinâmico na sua área de
atuação, além de ser um sujeito ético, capaz de se relacionar bem com sua equipe.
Esse é o inicio de um grande desafio e toda a equipe está empenhada em tornar sua
trajetória   bastante   rica   dinâmica   e   prazerosa.   Como   contra   partida,   esperamos   de   você
compromisso, responsabilidade e disposição pra construir conhecimento coletivamente.

SUCESSO!
Matriz curricular da disciplina de
Empregabilidade.
Carga total de Aulas: 9
Carga horária: 36h/a.
Aula 1 – Introdução à Empregabilidade.
Objetivo:   Compreender   o   conceito   de   Empregabilidade   e   suas   contribuições   para   o
mundo   do   trabalho,   além   de   identificar   as   necessidades   e   exigências   profissionais   no
mercado das tecnologias.
Aula 2 – O mundo do trabalho.
Objetivo: Desvendar questões referentes ao mundo do trabalho formal e informal para
proporcionar o conhecimento de leis e diretrizes.
Aula 3 – Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso.
Objetivo: Identificar as habilidades e competências de um profissional de sucesso para a
construção de um perfil Líder, Proativo e Criativo.
Aula 4 – Postura Profissional.
Objetivo:   Identificar   mecanismos   de   auto   avaliação   proporcionando   a   melhoria   dos
relacionamentos   interpessoais,   a   valorização   do   marketing   pessoal   e   prática   correta   da
crítica ambiente profissional. 
Aula 5 – O ambiente profissional.
Objetivo: Compreender aspectos de ética no ambiente organizacional para uma melhor
conduta profissional a no ambiente de trabalho. Além de proporcionar uma reflexão sobre o
comportamento estratégico com a finalidade de solução de problemas.
Aula 6 – A comunicação e seus componentes.
Objetivo: Compreender os componentes do processo comunicacional avaliando os riscos
de uma comunicação imprecisa, além de aprimorar a comunicação em público.
Aula 7 – Documentos Comerciais.
Objetivo: Conhecer os diferentes tipos de documentos comerciais e desenvolver noções
de escrita profissional a fim de reproduzir com hesito documentos e redações comerciais. 
Aula 8 – Construindo meu currículo e carta de apresentação.
Objetivo:   Compreender   a   importância   de   possuir   um   bom   currículo   e   carta   de
apresentação como primeiro passo para conseguir um emprego. Elaborar um bom currículo
assim como uma carta de apresentação eficiente.
Aula 9 – Ingressando no meu Emprego/Estágio.
Objetivo: Desvendar e compreender questões relacionadas ao emprego/estágio além de
construir o planejamento profissional individual
Introdução a Empregabilidade 8

Capítulo 1.  Introdução a EMPREGABILIDADE
Temática: Empregabilidade
O mercado de trabalho e suas exigências
"Existem muitos gurus que sabem dar respostas criativas  às grandes questões sobre o
mercado de trabalho. Aqui vai um resumo da entrevista com o famoso Reynold Remhn: 
Pergunto: Ainda é possível ser feliz num mundo tão competitivo?
Resposta: Quanto mais conhecimento conseguimos acumular, mais entendemos que ainda
falta muito para aprendermos. É por isso que sofremos. A felicidade só existe para quem souber
aproveitar agora os frutos do seu trabalho. 

Segunda pergunta: O profissional do futuro será um individualista? 
Resposta:  Pelo   contrário.   O  azar   será   de  quem   ficar   sozinho,   porque   se   cair,   não   terá
ninguém para ajudá­lo a levantar­se. 

Terceira pergunta: Que conselho o Sr. dá aos jovens que estão entrando no mercado de
trabalho?
Resposta: É melhor ser criticado pelos sábios do que ser elogiado pelos insensatos. Elogios
vazios são como gravetos atirados em uma fogueira. 

Quarta pergunta: E para os funcionários que tem Chefes centralizadores e perversos?
Resposta: Muitas vezes os justos são tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por
mais poderoso que alguém pareça ser, essa pessoa ainda será incapaz de dominar a própria
respiração. 

Última pergunta: O que é exatamente sucesso?
Resposta: É o sono gostoso. Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando
ao mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça.
Belas e sábias respostas. Eu só queria me desculpar pelo fato de que não existe nenhum
Reynold Remhn. Eu o inventei. 
Todas as respostas, embora extremamente atuais foram retiradas de um livro escrito há
2.300 anos: o ECLESIASTES, do Velho Testamento (Bíblia).
Mas,   se   eu   digo   isso   logo   no   começo,   muita   gente,   talvez,   nem   tivesse   interesse   em
continuar ouvindo.
(Max Gheringer para a rádio CBN)

Reflexão:

Depois de ler o texto acima, o que podemos concluir?
O Mercado de trabalho está passando por constantes mudanças e que temos que
mudar também para sermos bons concorrentes a uma determinada vaga? Existe
alguma maneira de facilitar meu ingresso no mercado de trabalho? Será que eu
tenho o que é necessário para competir a uma boa vaga? Mas por que o autor do
texto usou frases da Bíblia Sagrada para responder perguntas tão frequentes em
relação ao mercado de trabalho hoje?

Projeto e-Jovem - Módulo II


Introdução a Empregabilidade 9

Mas... O que é o Mercado de Trabalho?

Mercado de Trabalho
Mercado é o ambiente onde a o processo de trocas de mercadorias. No exemplo mais
comum, os bens e serviços são comercializados em uma determinada quantidade dado os
níveis de preços. O mercado de trabalho se processa de maneira similar, aqui o trabalho é a
mercadoria   e   o  preço   do   trabalho   é   representado  pelo   salário.   Os  trabalhadores  são   os
ofertantes de trabalho e os capitalistas os demandantes. Quando a demanda por trabalho é
maior  que  a  oferta os  salários aumentam,  quando  a  oferta por trabalho   é  maior  que  a
demanda, os salários diminuem.
Mercado de Trabalho é basicamente a lei da Oferta e da Procura. É o espaço onde
existe a procura e a oferta de emprego.
O   mercado   de   trabalho   esta   interagindo   com   pessoas   que   procuram   emprego
especializado   ou   não   especializado   (Mão   de   Obra)   e   Empresas   (Pessoas   Jurídicas)   que
oferecem emprego  num sistema econômico  capitalista ­ tendo uma função  de mercado,
local ou cenário onde podemos comprar ou vender produtos e serviços ­ A Procura e a
Oferta destes elementos é que fazem o mercado de trabalho dentro de um momento de
desenvolvimento ou de recesso econômico de uma determinada região.
Diante do mundo atual e globalizado, o mercado de trabalho exige constantes mudanças
e   atualização   dos   profissionais.   A   inovação   tecnológica   e   as   mudanças   socioeconômicas
alteram   significativamente   o   mercado   de   trabalho.   Algumas   carreiras   deixam   de   existir
enquanto outras passam por grandes transformações. Por isso, o ideal é preparar­se para
exercer novas funções, caso contrario o profissional será considerado ultrapassado e sem
valor para o mercado de trabalho. 
A formação de profissionais ou a falta destes profissionais interfere no custo da produção,
pois em determinado momento pode ocorrer uma deflação ou em momento de escassez
pode ocorrer uma inflação dos salários. Como por exemplo, um Médico para trabalhar na
Região Norte do Brasil. Seu salário é 5 vezes maior que no Sul do Pais.

Entendendo o que é Empregabilidade 

Empregabilidade é...
...a aquisição de um conjunto de habilidades e competências necessárias para ser
desejado pelo mercado de trabalho.
Desenvolver habilidades de EMPREGABILIDADE é ter ampliado as possibilidades para a
inserção e permanência no mundo do trabalho.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Introdução a Empregabilidade 10

Como   vimos   anteriormente,   o   mercado   de   trabalho   está   cada   vez   mais   exigente   e
competitivo.   E   como   o   emprego   está   se   tornando   temporário,   parcial,   multifuncional,
também devemos nos tornar flexíveis e inovadores para acompanharmos essas mudanças
inevitáveis. Por isso, temos que estar a todo o momento nos preparando e nos capacitando
para nos tornarmos competitivos.
A palavra empregabilidade apesar de ser nova, passou a ser citada em livros, em artigos e
principalmente nas conversas entre profissionais. Em algumas empresas multinacionais, a
empregabilidade já é praticada sob a forma de política ou orientação, principalmente para
as áreas de treinamento e desenvolvimento pessoal. Talvez a resposta esteja na capacidade
de adequação ao novo mercado de trabalho ou no questionamento de como garantir seu
espaço dentro da organização. O mundo mudou e as pessoas não se prepararam. O bom
profissional é aquele que antes de tudo deve possuir autopercepção e objetivos profissionais
e pessoais pré­estabelecidos.
Com o estudo e aprimoramento da empregabilidade, temos a oportunidade de adquirir
características que um profissional deve ter para ocupar um lugar em qualquer empresa. A
empregabilidade  relaciona­se  com  a  realidade  de  todo   e qualquer  profissional.   Para   ser
inserido no mercado de trabalho é importante que o profissional tenha consciência de suas
verdadeiras   competências   e   habilidades.  Tais   características   envolvem   a   capacidade   de
conhecer bem a área a que se candidata além de poder exercer outras atividades. Dessa
forma, se não houver vaga para uma certa função, esse profissional poderá oferecer a sua
força de trabalho para outro tipo de negócio.
Já se foi a época em que o considerado bom profissional era aquele que mantinha seu
histórico   empregatício   estável,   com   anos   de   trabalho   numa   mesma   organização   e   com
conhecimentos profundos sobre a sua área de atuação, inclusive, sem a necessidade de se
levar em conta o business da empresa, ou seja, sua autopercepção era "sou bom naquilo que
faço e não preciso conhecer as atividades do meu colega de trabalho e/ou o que faz a área
ao lado". Além disso, antigamente a empresa era responsável pelo crescimento profissional
de seu funcionário, proporcionando­lhe cursos e sua estabilidade. Este conceito deixou de
existir há muito tempo. Pelo cenário atual, trabalho sempre haverá para quem tem várias
atividades. É preciso que o profissional seja criativo e inovador, experiente, capaz e que
possua um vasto conhecimento.  . Portanto não basta apenas o conhecimento técnico da
área em que atua, mas o conhecimento de outras habilidades como relações interpessoais,
capacidade de aceitar e adequar­se a mudanças, liderança, empreendedorismo e etc....O
profissional que tem competências e habilidades diversas  é capaz de atuar em qualquer
ambiente organizacional, proporcionando mudança e visão renovada.
Hoje   o   profissional   qualificado   tem   que   obter   um   conhecimento   profundo   sobre   seu
segmento de atuação, ser generalista e ainda manter seu diferencial competitivo, isto é, a
sua   especialização   no   mercado   de   trabalho.   Para   isto,   fazem­se   necessários   bons
conhecimentos   sobre   o   mercado   de   trabalho,   estar   alinhado   com   sua   globalização,
atualizar­se constantemente sobre os processos e tecnologias de ponta necessários para a
modernização organizacional, manter­se em contato constante com outros profissionais e
fazer uma boa rede de relacionamento, preferencialmente com diversificação cultural, seja
através de grupos de trabalho ou até mesmo de estudo, a fim de trocar informações sobre o
que vem ocorrendo nos mais diversos setores da economia, fazer reciclagem acadêmica,
através de cursos curriculares e/ou extracurriculares, além de adquirir fluência em um ou
mais idiomas.
Deve­se ter sempre em mente que somos eternos aprendizes, que nunca devemos parar

Projeto e-Jovem - Módulo II


Introdução a Empregabilidade 11

de   adquirir   novos   conhecimentos,   a   fim   de   manter   nossa   competitividade   no   mercado,


independentemente   de   idade.   As   pessoas   que   se   acomodam   tendem   a   se   tornarem
resistentes e conservadoras, o que dificulta sua afirmação e/ou recolocação no mercado de
trabalho. Até no que diz respeito ao universitário recém­formado, ele deve continuar seu
aperfeiçoamento   profissional   e   estar   predisposto   ao   contínuo   aprendizado   e
autodesenvolvimento.
O profissional tem que se perguntar constantemente: "Qual o grau de qualificação que eu
possuo?", "Até que ponto estou preparado para dar conta das demandas atuais e futuras da
posição que ocupo?", "Será que estou preparado para progredir em minha carreira e aceitar
novos desafios?", "E se houver um downsizing na empresa onde trabalho, será que consigo
me   recolocar   com   facilidade   no   mercado   de   trabalho?",   pois   somente   desta   forma   ele
consegue fazer uma auto avaliação pessoal e profissional, caso sua intenção seja alcançar
sucesso e realização ao longo de sua vida.
Quem se prepara para ter empregabilidade leva uma grande vantagem no mercado de
trabalho, e assume uma vantagem competitiva na preservação do seu emprego, sem  perder
de vista opções alternativas como trabalho autônomo ou atividades empresariais.

EU CURTO EMPREGABILIDADE!

E agora? quais são minhas expectativas? 

Mas atenção:  Na hora de mirar um setor para buscar trabalho, não basta
olhar   apenas   para   a   tendência   de   crescimento.   Os   candidatos   devem   estar
qualificados e preparados para essas vagas. É preciso estar atento ao mercado e
buscar aperfeiçoamento profissional. Assim, o indivíduo terá um bom nível d
empregabilidade.

Agora  que  já  sabemos o  que  é Empregabilidade e  Mercado  de  Trabalho,  vamos falar


sobre um tema que é fundamental o estudo para quem quer acompanhar os avanços do
mercado de trabalho.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Introdução a Empregabilidade 12

A EXCLUSÃO DIGITAL
A  exclusão digital  refere­se à distância
entre   indivíduos,   famílias,   empresas   e
regiões   geográficas,   em   diferentes   níveis
sócio­econômicos,   no   que   diz   respeito,
simultaneamente,   às   suas   oportunidades
de acesso às tecnologias da informação e
comunicação   e   ao   uso   da   internet   para
uma   ampla   variedade   de   ações   a
atividades. 
A  exclusão digital  não está restrita ao
fator   renda   (apesar   de   ser   limitada   por
ela). Por exemplo, algumas pessoas, ainda que com renda compatível para o acesso e uso
da internet, não fazem uso das novas tecnologias por resistência ao novo ou mesmo por
desconhecimento ou desconfiança.
É mais uma forma de desigualdade social, e precisa ser combatida para que todas as
pessoas tenham o direito de ampliar a sua leitura de mundo e as possibilidades de interferir
na sua realidade.
O mercado das tecnologias

A  Tecnologia   da   Informação  (TI)   pode   ser   definida   como   o   conjunto   de   todas   as


atividades   e   soluções   providas   por   recursos   de   computação   que   visam   permitir   o
armazenamento, o acesso e o uso das informações.

Mas quem precisa de TI?
Quem   precisa   de   TI?   Nos   tempos   atuais,   a   sociedade   como   um   todo.   Hoje,   a
informatização   atinge   as   mais   diversas   áreas   do   conhecimento   e   está   cada   vez   mais
presente   no   cotidiano   das  pessoas,   mesmo  quando   elas  não   percebem.   Se   você  declara
imposto de renda, seus dados são processados por computadores do governo. Se você tira
passaporte, seus dados ficam cadastrados em um banco de dados da polícia federal (ou de
outro órgão competente, de acordo com o país). Se você faz compras no mercado, passa
pelo caixa, que dá baixa dos produtos no sistema da empresa. Para você usar o telefone,
uma   complexa   rede   de   comunicação   controlada   por   computadores   é   utilizada.   Enfim,
exemplos não faltam. A Tecnologia da Informação, portanto, não é apenas sinônimo de
modernidade. É, acima de tudo, uma necessidade dos novos tempos, afinal, informação
sempre existiu, mas não de maneira tão volumosa e aproveitável.

Carreira de T.I
Texto: Faltam profissionais e sobram oportunidades em T.I
Por James Della Valle

Está sobrando vaga de emprego em TI. As próprias empresas confirmam a fartura de
vagas no setor e reclamam por não achar quem as preencha.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Introdução a Empregabilidade 13

O   mercado   de   tecnologia   da   informação   (TI)


enfrenta uma situação inusitada:  sobram vagas e
faltam profissionais. A área de TI cresce 10% ao
ano, em média, e a previsão é que chegue aos 12%
em 2015. Só no ano passado, as companhias locais
investiram   cerca   de   90   bilhões   de   reais   em
infraestrutura de TI, valor que deverá ser superado
neste ano.
O   fenômeno   do   mercado   de   TI   tem   uma
consequência negativa, é claro: cresce o receio de
um  "apagão   de   mão   de   obra".   Mas   a   eventual
crise   é   também   uma  oportunidade   para   novos
candidatos   a   ingressar   no   setor  e  favorece   ainda   aqueles   que   já   atuam   nele,   pois   já
assistem à disputa por profissionais e a consequente elevação dos salários.
É  aí  que   a  certificação  entra,  desempenhando  um  papel importante  na formação  do
profissional de TI, consolidando uma base de aprendizado e formação lógica, totalmente
voltado à prática e resultados no campo escolhido.

Certificações...
O que são?  Uma certificação em T.I. é um instrumento que – teoricamente ­ atesta (para
quem quer que se interesse) que o profissional que a detém é capacitado e qualificado em
uma determinada tecnologia.
Quais são? Existem hoje, no mercado, certificações dos mais diversos tipos, muitas vezes
associadas   á   um   vendedor   (ex:   Cisco),   outras,   independentes   (ex:   CompTIA).   As
certificações atestam o domínio do seu portador nas mais diversas áreas de conhecimento
dentro de T.I. 
Quais   são?  Redes:   Cisco,   Microsoft,   Juniper,   3Com,   Enterasys,   Huawei,   CompTIA
Network+, dentre outras; Segurança: Cisco, Microsoft, CheckPoint, Symantec, CompTIA
Security+, CISSP, dentre outras; Governança: ITIL, COBIT Projetos: PMP, PRINCE2.
Quais   são?  DB:   Oracle,   Sybase,   MySQL,   Microsoft,   IBM;   Linux:   LPI,   RedHat,   Novell
(SuSE); Hardware: CompTIA Hardware+, Dell, IBM, HP; Cabeamento: Furukawa Storage:
Hitachi,   Cisco,   EMC2,   SNIA   Programação:   Java   Outras:   VMWare,   Landesk,   Sun,   Apple,
Google, etc. Quais são?
Como obtê­las? Algumas certificações são mais simples de se obter, no sentido em que
não   possuem   pré­requisitos   e   podem   ser   agendadas   online   (algumas   até   mesmo   feitas
online). Ex: Cisco CCNA, CompTIA Network+ Outras, demandam que alguns pré­requisitos
sejam alcançados, de ante­mão. Ex: Cisco CCNP, PMP, CISSP 
Posso estudar por conta? A resposta para a grande maioria das certificações existentes
seria: SIM! Você pode ser auto­didata e, com empenho e dedicação, obter as certificações
almejadas. 
Preciso saber Inglês?  A regra é a seguinte: Quanto mais alto o nível da certificação,
menor a chance de ela possuir material para estudo em outro idioma que não o Inglês.
Cada vez mais o mercado – globalizado – busca profissionais que saibam falar não apenas
seu idioma nativo, mas 1 ou 2 adicionais. Tenha isso em mente.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Introdução a Empregabilidade 14

E   o   mercado?   Reconhece?  A   resposta   para   esta   é   simples!   DEPENDE!   O   mercado


reconhece certificações bem estabelecidas, estruturalmente bem montadas (tradução: Que
provem   que   é   preciso   conhecer  o  assunto   para   ser   aprovado   no   exame),   e  que   vão   de
encontro com suas necessidades. Por exemplo: Hoje, um profissional certificado em redes
Novell   pode   não   ter   o   mesmo   apelo   para   o   mercado   que   um   profissional   certificado
Microsoft ou Cisco. O que está em alta hoje? Segurança (ex: CISSP, Cisco CCSP, CompTIA
Security+) Comunicações convergentes (ex: Cisco CCNA Voice, CCVP) Wireless (ex: Cisco
CCNA Wireless, CCNP Wireless) Coincidentemente, as 3 novas especializações criadas para
o CCNA.
Mas eu sou bom! Pra que me certificar??? Se você realmente domina uma tecnologia,
a pergunta que você deve se fazer é: Por que não certificar­se? As certificações que você
possui CERTAMENTE contam em uma triagem de currículos. Se você quer aumentar suas
chances de conseguir um bom emprego. Portanto... CERTIFIQUE­SE! 

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O mundo do trabalho 15

Capítulo 2.  O Mundo do trabalho
Temática: Empregabilidade
Trabalho x Emprego
A maioria das pessoas associa as palavras trabalho e emprego, como se fossem a mesma
coisa,   mas   não   são.   Apesar   de   estarem   ligadas,   essas   palavras   possuem   significados
diferentes. O trabalho é mais antigo que o emprego, e existe desde o momento em que o
homem começou a transformar a natureza e o ambiente ao seu redor, desde o momento em
que o homem começou a fazer utensílios e ferramentas. Por outro lado, o emprego é algo
recente  na história da humanidade. O emprego  é um conceito que surgiu por volta da
Revolução Industrial, representando uma relação entre homens que vendem sua força de
trabalho   por   algum   valor,   alguma   remuneração,   e   homens   que   compram   essa   força   de
trabalho pagando algo em troca, algo como um salário.
O conceito de Trabalho deriva do latim tripallium, o nome de um instrumento de tortura
com o qual se castigavam os escravos no tempo do Império Romano. De acordo com a
definição do Dicionário do Pensamento Social do Século XX, trabalho é o esforço humano
dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do dispêndio
de capacidades físicas e mentais.
O Emprego, por sua vez, é a relação estável e mais ou menos duradoura que existe
entre quem organiza o trabalho e quem realiza o trabalho. É uma espécie de contrato
no qual o possuidor dos meios de produção paga pelo trabalho de outros, que não são
possuidores do meio de produção.
No   passado,  o   homem  trabalhava   para  produzir  o   que   consumia,   fossem   em   roupas,
alimentos   ou   moradia.   Ao   constituir   as   primeiras   sociedades,   ou   povos,   o   trabalho   era
recompensado  com mercadorias (escambo),  como  uma  espécie  de troca. Até  então,  era
possível obter um trabalho através de uma simples conversa, sem exigir qualquer tipo de
documentação ou comprovação de experiência anterior, ou seja, o que chamamos hoje de
trabalho informal.
Com   a   introdução   da   pirâmide   social,   aos   menos   favorecidos   foram
atribuídos trabalhos sem remuneração e, em geral, sequer recebiam em
contrapartida,   moradia   e   alimentação   para   a   sua   subsistência.
Predominavam os deveres do trabalhador, sem direito algum. 
Com a chegada da industrialização, a
partir   dos   séculos   XVIII   e   XIX,   foi   criado   o  trabalho
formal, onde eram definidas as tarefas e a remuneração
devida.
No   século   XX,   foi   instituído   o   contrato   de   trabalho,
contendo   regras   definindo   os  direitos  e  deveres  de
patrões  e  empregados.   Surgiram,   então,   as   primeiras
classes   trabalhadoras,   com   a   classificação   em   cargos,
funções, atribuições e salários.
No Brasil, mais especificamente no Governo de Getúlio Vargas, foi instituída a maior
legislação trabalhista do País, a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, representada pela
popular carteira de trabalho. A partir dai, o trabalhador brasileiro passou a ser reconhecido
pelos seus direitos, além de receber benefícios como férias, décimo terceiro salário, FGTS e

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 16

aposentadoria, entre outros.
Foi uma solução para garantir um sustento mínimo para as necessidades do trabalhador e
de sua família.

 Reflexão:
• Como podemos compreender um curso como o nosso, de capacitação para
a   empregabilidade,   a   partir   da   compreensão   dos   dois   conceitos   abordados,
Trabalho e Emprego?
•   Se   formos   dividir   os   empregos   listados   em   duas   categorias   –   Trabalho
Formal e Trabalho Informal – como seriam os grupos?
•   Quais   são   as   diferenças   entre   um   trabalho   FORMAL   e   um   trabalho
INFORMAL?

CLT

Em   1930,   o   presidente  Getulio   Vargas  –   chamado   de   “Pai   dos


Pobres”   ­   monta   sua   base   de   sustentação   nas   camadas   populares   e
começa   a   sancionar   leis   para   melhorar   a   vida   do   trabalhador   –   a
legislação trabalhista brasileira. Em 1940, é instituído o salário mínimo
e em 1943  surge a CLT  – Consolidação   das  Leis do   Trabalho,  que
obriga os patrões a garantir benefícios a seus funcionários.
A criação da CLT foi motivada pelo principio ideológico de que as
negociações  diretas   entre  empregadores   e  empregados   são  uma
fonte importante de conflito entre eles e, consequentemente de conflito social.  Para
evitar esse conflito criou­se uma divisão especial da Justiça, a Justiça do Trabalho, para
intermediar as relações entres esses agentes e resolver todas as disputas entre capital e
trabalho.
Condições mínimas de trabalho foram transformadas em lei, de modo a conferir à Justiça
do Trabalho a legitimidade para proferir suas sentenças e, simultaneamente, proteger os
trabalhadores contra a exploração indevida por parte dos empregadores.
A CLT regula as relações entre o empregador – a empresa que participa da atividade
econômica e que admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços – e o empregado
– que é toda pessoa física que presta serviço efetivo ao empregador mediante o pagamento
de salário.
A CLT trata:
• da identificação profissional – Carteira de Trabalho e Previdência Social;
• da duração do trabalho;
• do salário mínimo;
• das férias;
• da segurança e da saúde do trabalhador;
• da proteção do trabalho da mulher;
• da proteção do trabalho do menor;

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 17

• do contrato individual de trabalho;
• da organização sindical;
• das convenções coletivas do trabalho;
• do processo de multas administrativas;
• da justiça do trabalho;
• do Ministério Público do trabalho;
• do processo judiciário do trabalho.
Ao   mesmo   tempo   em   que   manteve   a   CLT   e,   portanto,   a   estrutura   anterior,   a
Constituição de 1988 instituiu novos direitos como:
• Redução da jornada semanal de trabalho de 48 para 44 horas;
• Ampliação da remuneração mínima do trabalho extraordinário de 20% para 50% do
salário regular;
• Introdução do abono de férias, correspondente a 1/3 do salário regular;
• Ampliação da licença maternidade de 3 para 4 meses;
• Introdução da licença paternidade de 5 dias para os pais.
Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS
É o documento que registra a vida profissional dos brasileiros, reunindo informações que
garantem os direitos do trabalhador, como aposentadoria, seguro­desemprego e Fundo de
Garantia   por   Tempo   de   Serviço   (FGTS).   Além   do   registro,   devem   também   constar   na
carteira as alterações salariais, férias, licenças etc. A Carteira de Trabalho é direito de todo
cidadão e pode ser tirada gratuitamente por qualquer pessoa com mais de 14 anos.

Como tirar a carteira de trabalho:
Quem pode requerer:
• Brasileiros natos ou naturalizados
• Estrangeiros com visto permanente
• Asilados políticos e refugiados*
• Estrangeiros residentes na fronteira com o Brasil
• Dependentes de pessoal diplomático estrangeiro
• Artistas ou desportistas estrangeiros com visto temporário1
• Cientistas, professores e técnicos estrangeiros a serviço do governo brasileiro¹

Documentos necessários:
Para requerer o documento, o trabalhador deve apresentar:
• Duas fotos • 3 x 4, com fundo branco, recentes e idênticas.
• Qualquer documento ­ original ou cópia autenticada ­ que forneça informações sobre a
qualificação civil da pessoa, como nome, local e data de nascimento, filiação, nome do

1 ­ O prazo de validade da carteira é vinculado ao tempo de permanência autorizado no Brasil.

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 18

documento, número e órgão emissor. Pode ser a carteira de identidade, o certificado de
reservista,   a   carteira   militar,   o   certificado   de   dispensa   de   incorporação   ou   certidão   de
nascimento.

ATENÇÃO!
Quando   a   carteira   é   expedida,   o   Ministério   do   Trabalho   cadastra   o
trabalhador nos programas PIS/PASEP. Esse número de inscrição é importante
para o trabalhador consultar e sacar benefícios sociais, quando tiver direito a
eles, como o PIS, o FGTS, o Seguro Desemprego e o Abono Salarial.

São anotações obrigatórias na carteira:
• data de admissão, ou seja, quando o empregado é contratado;
• salário inicial;
• alteração de salário;
• pagamento do seguro­desemprego e do PIS;
• férias;
• data da demissão, ou seja, quando é rompido o contrato de trabalho entre o empregado
e o empregador.

Onde fazer a Carteira de Trabalho e Previdência Social:
• Nas DRT (Delegacias Regionais do Trabalho)
• Nos postos do SAC, Serviço de Atendimento ao Cidadão.
Contrato de Trabalho
A   legislação   trabalhista   brasileira  exige  que   todo   trabalhador   tenha   um  contrato
individual  e um  contrato coletivo de trabalho. Todo trabalhador deve ter uma carteira
emitida   pelo   Ministério   do   Trabalho,   na   qual   estejam   registrados   todos   os   termos   dos
contratos   individuais   de   trabalho   que   firmou   durante   sua   vida   ativa.   Os   contratos
individuais (e coletivos) devem obedecer a um conjunto  de normas que determinam as
condições mínimas de trabalho vigentes para todos os trabalhadores. Os contratos coletivos
não podem contrariar essas normas, só aprimorá­las. Este conjunto de normas compreende,
entre outras, as seguintes:
• Duração máxima do dia de trabalho (oito horas para turnos normais e seis horas para
turnos ininterruptos);
• Salário mínimo;
• Décimo terceiro salário, com pagamento em duas parcelas: uma quando o trabalhador
tira férias e a segunda em dezembro de cada ano, ou quando ele é demitido;
• Proteção à mulher grávida contra demissão;
• Um mês de aviso prévio no caso de demissão. Durante esse mês, o trabalhador pode
dispor de duas horas diárias de seu tempo de trabalho para procurar outro emprego;
• Direito a um fundo de garantia contra demissão, depositado pela empresa;

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 19

• Multa correspondente a 40% do fundo de garantia contra demissão, paga pela empresa
ao trabalhador, se a dispensa não for por justa causa;
• Seguro­desemprego (introduzido em 1986);
Os  contratos individuais de trabalho são complementados por contratos coletivos
de trabalho.
Todo trabalhador deve ser representado – não precisando ser filiado – por um sindicato,
que negocia contratos coletivos de trabalho para toda uma categoria profissional de uma
dada   cidade.   Uma   vez   que  os   Sindicatos   são   financiados
por um imposto sobre os salários, correspondente a um
dia   de   trabalho   anual,   e   que   os   contratos   coletivos
negociados   pelos   sindicatos   têm   valor   legal
independentemente   de   o   trabalhador   ser   ou   não
sindicalizado,   são   poucos   os   incentivos   para   que   os
trabalhadores   se   sindicalizem   e   para   que   os   sindicalistas
busquem o apoio dos trabalhadores.

Conhecendo o SINE/IDT
Fonte:http://www.mte.gov.br/sine
O SINE – Sistema Nacional de Emprego  é um programa do Ministério do Trabalho e
Emprego ­ MTE, criado em 1975, com atuação em todo o território nacional. 
O SINE foi instituído pelo Decreto n.o 76.403, de 08.10.75 e tem como Coordenador e
Supervisor o Ministério do Trabalho, por intermédio da Secretaria de Políticas de Emprego
e Salário. Sua criação fundamenta­se na Convenção n.o 88 da Organização Internacional
do Trabalho ­ OIT, que trata da organização do Serviço Público de Emprego, ratificada
pelo Brasil.
A principal finalidade do SINE, na época de sua criação, era promover a intermediação
de mão­de­obra, implantando serviços e agências de colocação em todo o País (postos de
atendimento). Além disso, previa o desenvolvimento de uma série de ações relacionadas a
essa   finalidade   principal:   organizar   um   sistema   de   informações   sobre   o   mercado   de
trabalho, identificar o trabalhador por meio da Carteira de Trabalho e Previdência Social e
fornecer subsídios ao sistema educacional e de formação de mão­de­obra para a elaboração
de suas programações. 
O   art.   5o   do   Decreto   de   criação   do   SINE   conferiu   ao   Ministério   do   Trabalho   a
competência para "definir as prioridades das áreas a serem gradativamente abrangidas pelo
SINE, estabelecer os programas necessários a sua implantação e as normas administrativas
e técnicas para o seu funcionamento". 
Em 1988, o art. 239 da Constituição Federal criou o Programa do Seguro­Desemprego,
regulamentado   posteriormente   pela   Lei   no   7.998,   de   11.1.90,   que   também   instituiu   o
Fundo de Amparo ao Trabalhador ­ FAT. A partir dessa época, os recursos para custeio e
investimento do SINE passaram a ser provenientes do FAT, por intermédio do Programa do
Seguro Desemprego.
As   normas   e   diretrizes   de   atuação   do   SINE,   então,   passaram   a   ser   definidas   pelo
Ministério do Trabalho e pelo Conselho Deliberativo do FAT ­ CODEFAT, a quem compete
gerir o FAT e deliberar sobre diversas matérias relacionadas ao Fundo.

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 20

Para cumprir suas finalidades, o Programa do Seguro­Desemprego contempla as ações de
pagamento   do   beneficio   do   seguro­desemprego,   apoio   operacional   ao   pagamento   deste
beneficio, Intermediação de mão­de­obra, Qualificação Profissional, geração de informações
sobre o mercado de trabalho e apoio operacional ao Programa de Geração de Emprego e
Renda. 
A   partir   da   criação   do   Programa   do   Seguro­Desemprego,   passou­se   a   entender   por
Sistema   Nacional   de   Emprego   ­   SINE   a   rede   de   atendimento   em   que   as   ações   desse
Programa   são   executadas,   geralmente   de   forma   integrada,   excetuando­se   a   ação   de
pagamento   do   beneficio   do   seguro­desemprego,   operacionalizada  pela   Caixa   Econômica
Federal ­ CEF. Por esse motivo, o Programa do Seguro­Desemprego, no  âmbito do SINE,
significa as ações desse Programa executadas nos postos de atendimento do SINE. 
A Lei Nº 8.019, de 11/04/1990, que altera a Lei Nº 7.998/90, estabelece no art.13 que as
ações   do   Programa   do   Seguro­Desemprego   serão   executadas,   prioritariamente,   em
articulação com os estados e municípios, por intermédio do Sistema Nacional de Emprego,
isto é, o mencionado principio da descentralização. Estas podem ser resumidas da seguinte
forma:
Seguro­Desemprego

● Intermediação de Mão­de­obra
● Apoio ao Programa de Geração de Emprego e Renda
Na verdade, parte dos recursos para o custeio do Sine, especialmente os relativos ao pagamento de seus
funcionários, são provenientes de contrapartida das Unidades da Federação.

Nova Lei do Seguro­desemprego
A nova lei do seguro­desemprego que entrou em vigor no dia 01 de janeiro de 2012 traz
mais   rigor   com   sua   nova   conduta   perante   os   segurados,   pois   perderá   o   benefício   todo
aquele que estiver desempregado e recusar 3 vezes a indicação do SINE. Essa medida é uma
maneira de controlar melhor a situação de forma a não deixar desempregados em casa
ganhando   dinheiro   e   sem   perspectiva   de   novo   trabalho.   Embora   estejamos   falando   em
“nova lei”, a lei que rege o seguro­desemprego no Brasil continua sendo a mesma. Trata­se
da mesma lei já citada acima, a qual não estava sendo aplicada na sua totalidade por falta
de instrumentos que viabilizassem seu cumprimento.
A seguir, a parte da lei que passa a ser aplicada na íntegra:
Art. 8º – O benefício do seguro­desemprego será cancelado:  I – pela recusa, por parte do
trabalhador   desempregado,   de   outro   emprego   condizente   com   sua   qualificação   e
remuneração anterior; 

Como era concedido o seguro­desemprego antes de 2012?
Anteriormente   eram   feitos   os   ditos   “acordos”   com   os   chefes   das   empresas,   melhor
dizendo, os contratantes, e então o indivíduo saía do emprego e tinha direito até 5 meses
de benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 21

O que mudou com a nova condição da lei?
Antes de começar a pagar o benefício, o governo irá tentar recolocar o trabalhador no
mercado de trabalho. Isso será feito por meio de cruzamento de dados: as informações do
perfil do trabalhador com as vagas disponíveis no SINE. 
Se o ministério encontrar uma vaga similar àquela que o trabalhador ocupava ou que se
encaixe em seu perfil, ele será encaminhado para o emprego. Caso recuse a oferta, corre o
risco   de   não   receber   o   seguro­desemprego.   O   seguro   só   será   pago   se   a   justificativa   do
trabalhador for aceita pelo SINE.
Caso   não   seja   encontrada   uma   vaga   que   corresponda   ao   perfil   procurado,   o   MTE
(Ministério do Trabalho e Emprego) libera o seguro e convoca ao posto quando houver
vaga condizente com seu perfil. Se for convocado três vezes e não comparecer o seguro é
suspenso.

Quais critérios são considerados para indicar ao desempregado uma vaga
segundo a nova lei?
Alguns pontos são analisados para indicação do emprego: a faixa salarial do emprego
anterior, o ramo de atividade anterior, a qualificação do trabalhador, e a localidade do
antigo   emprego   ou   de   sua   moradia.   A   ausência   desses   critérios   na   vaga   ofertada   pode
justificar sua recusa por parte do desempregado.

Qual o objetivo da nova lei do seguro­desemprego?
De acordo com o MTE, as novas regras têm como objetivo evitar que o trabalhador se
acomode   e   deixe   para   procurar   um   novo   emprego   somente   no   final   do   pagamento   do
benefício. Ou ainda, evita pagamentos indevidos e fraudes, quando o empregado entra e sai
do emprego somente para receber o seguro.

Qual a vantagem da nova lei?
Para as pessoas que têm como prioridade o trabalho e veem o seguro­desemprego apenas
como uma renda emergencial e temporária, a aplicação da lei traz vantagens, pois essas
pessoas encontram no governo um aliado na busca de uma nova colocação.

O desempregado que não aceitar a vaga e não aceitar o cancelamento do 
seu beneficio pode recorrer à justiça?
Sim. Segundo a lei o desempregado pode recorrer se o salário não for condizente com o
anterior.

O que é o IDT?

Somos   uma   instituição   de   direito   privado,   sem   fins   lucrativos,


qualificada   pelo   Governo   do   Estado   do   Ceará,   como   Organização
Social, através do Decreto Nº 25.019, de 03/07/1998, que nos tornou
aptos   a   executar   políticas   publicas   nas   áreas   do   trabalho   e
empreendedorismo.

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 22

Dentre os nossos clientes, destaca­se a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social
(STDS),   para   a   qual,   por   meio   de   contrato   de   gestão,   executamos   as   atividades   do
programa   Sistema   Nacional   de   Emprego   (SINE)   e   outras   ações   voltadas   ao
desenvolvimento social com geração de ocupação e renda.
Missão:  Viabilizar  soluções para  o desenvolvimento do  trabalho  e  empreendedorismo
visando a inclusão social.
Visão   do   futuro:  Ser   uma   Instituição   de   referência   nacional   e   internacional   na
viabilização de soluções para o desenvolvimento do trabalho e empreendedorismo, com
colaboradores altamente qualificados, motivados e bem­remunerados.
Competência essencial: Viabilizar soluções para o trabalho e o empreendedorismo.
O que fazemos?
● Cadastro de trabalhadores que demandam emprego;
● Recrutamento, seleção e intermediação de profissionais para o mercado de trabalho;
● Atendimento de trabalhadores para o seguro­desemprego;
● Agenciamento de profissionais autônomos prestadores de serviços;
● Emissão de Carteira de Trabalho e Previdência Social ­ CTPS;
● Estudos e pesquisas na área do trabalho e do desenvolvimento social;
● Capacitação e qualificação profissional;
● Orientação para o mercado de trabalho;
● Concessão de microcrédito para micro empreendedores. 

Saiba como se cadastrar no SINE/IDT
Assista o vídeo a seguir:   http://www.youtube.com/watch?v=­8hrZO0WP10 
O   IDT   também   executa   outras   atividades   na   linha   de
apoio   e   fomento   ao   desenvolvimento   do   artesanato   e   da
economia solidária. Além disso, realiza estudos e pesquisas
com foco no acompanhamento da evolução conjuntural do
mercado  de trabalho,  produzindo  indicadores da situação
ocupacional, visando subsidiar os órgãos de planejamento e
a sociedade em geral, com informações e análises sobre a
realidade   e   as   perspectivas   do   mundo   laboral.   Como
organização social, o IDT está apto a prestar serviços para entes públicos e privados.

UNIDADES DO SINE­IDT EM FORTALEZA

SINE­IDT Aldeota SINE­IDT Barra do Ceará
Av. Santos Dumont, 5015 Av. Francisco Sá, 6485
Tel:(85) 3101­1660/3101­1659 Tel: (85) 3101­2743 / (85) 3101­2742

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O mundo do trabalho 23

SINE­IDT Centro SINE­IDT CTA
Rua: Assunção, 699 Rua: Floriano Peixoto, 1375 – Centro
Tel:   (85)   3101­2775   /   (85)   3101­2776   / Tel: 0800 2751524 / (85) 31015488
(85) 3101­2774
SINE­IDT Jovem Trabalhador SINE­IDT Matriz
Rua Carneiro de Mendonça, 1119 – Jóquei Av. Universidade, 2596 – Benfica
Clube Tel: (85) 3101­5500
Tel:(85)3101­3028 / (85) 3101­3029
SINE­IDT Messejana SINE­IDT Parangaba
Rua: Dr. Pergentino Maia, 813 A  Av. João Pessoa, 6239 – Parangaba 
Tel:(85) 3101­2138 / (85) 3101­2137 Tel: (85) 3101­3034 / (85) 3101­3035
UNIDADES DO SINE­IDT NO INTERIOR DO ESTADO

Aquiraz Aracati
Rua Capitão Mor, 37 – Centro  Rua Coronel Alexanzito, 476 – Centro 
Tel: (85) 3101.2822 / 3361.2853 Tel: (88) 3446­2609
Barbalha Baturité
Rua: Josafá Magalhães, 39 A ­ Centro Av. Francisco Braga Filho, 1015, Conselheiro
Tel: (88) 3102.1195 Estelita
Tel: (85) 3347­4240 / (85) 3347­4233
Camocim Canindé
Rua: Paissandu, 1801­ Centro  Praça Nem Martins, 2164 – Centro
Tel: (88) 3621­6487 Tel: (85) 3343­0027
Cascavel Caucaia
Rua: Tabelião José Marcos de Castro, 2103 – Rua: Juaci Sampaio Ponte, 2076. Centro.
Centro Tel: (85) 3101­3378/ (85) 3101­3379
Tel: (85) 3334­3593
Crateús Crato
Rua: Coronel Zezé, 1216 – Centro Rua Monsenhor Esmeraldo, 686 – Centro
Tel: (88) 3692­3522 Tel: (88) 3102­1240
Eusébio Horizonte
Rua Irmã Ambrosina S/N – Centro Av Pres. Castelo Branco, 4591 – Centro
Tel: (85) 3101­2136 Tel: (85) 3336­6161
Iguatu Itapipoca
Rua: Cel. Gustavo Correia, 171 – Centro Rua   Monsenhor   Tabosa,   2989   –   Bairro
Tel: (88) 3581­9453 Coqueiro
Tel: (88) 3631­3879
Juazeiro do Norte Limoeiro do Norte
Rua: São Pedro, 309 – Centro Rua: José Satino, 120 – Centro
Tel: (88) 3102­1110 Tel: (88) 3423­6960

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 24

Maracanaú Maranguape
Av. do Contorno, 615 1º Distrito Industrial Rua Cel. Manoel Paula, 476 – Centro
Tel: (85) 3101­3031 / (85) 3101­3030 Tel: (85) 3101­2813
Morada Nova Pacajus
Rua:   Manoel   Castro   de   Andrade,   301   – Rua: Luis Claudio, S/N – Centro
Centro Tel: (85) 3348­4594
Tel: (88) 3422­2818
Pacatuba Pecém
Rua: Coronel José Libânio, 412­C – Centro Rua: do Cajueiro, s/nº
Tel: (85) 3101­3352 / (85) 3345­1307 Tel: (85) 3315­1375
Quixadá Quixeramobim
Rua: Epitácio Pessoa, 1434 – Centro Rua: da Cruz, 90 – Centro
Tel: (88) 3445­1044 / (88) 3445­1043 Tel: (88) 3441­4910
Russas São Gonçalo do Amarante
Rua: Cel. Araújo Lima, 1458 A – Centro Rua: Major Adelino, 338 – Centro
Tel: (88) 3411­8563 Tel: (85) 3315­4504
Sobral Tauá
Rua: Paulo Aragão, 10 – Centro Av: Odilon Aguiar, 19 – Centro
Tel: (88) 3677­4274 Tel: (88)3437­1601
Tianguá Ubajara
Av. Prefeito Jaques Nunes, 1.411 – Centro Rua: Esmerino Magalhães, 214 – Centro
Tel: (88) 3671­9329 Tel: (88) 3634­1122 

Rede de atendimento

U.A. DE MORADA NOVA ­ Fone/Fax: (88) 3422.2818
U.A. DE PACAJUS ­ Fone/Fax: (85) 3348.4594
U.A. DE PACATUBA ­ Fone/Fax: (85) 3101.3352
U.A. DE PECÉM ­ Fone/Fax: (85) 3315.1375/1376
U.A. DE QUIXADÁ ­ Fone: (88) 3445.1044 / 3445.1043
U.A. DE QUIXERAMOBIM ­ Fone: (88) 3441.4903 / 3441.4910
U.A. DE RUSSAS ­ Fone/Fax: (88) 3411.8563
U.A. DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE ­ Fone/Fax: (85) 3315.4504
U.A. DE SOBRAL ­ Fone: (88) 3677.4274 ­ Fax: 3677.4275
U.A. DE TIANGUÁ ­ Fone/Fax: (88) 3671.9329
U.A. DE UBAJARA ­ Fone/Fax: (88) 3634.1122

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 25

Áreas de trabalho mais promissoras para os próximos anos. 
Segundo   especialistas   em   mercado   de   trabalho,   os   próximos   anos   deverão   ser   mais
promissores   para   setores   ligados   diretamente   ao   desenvolvimento   do   país.   O   bom
desempenho da economia brasileira aumenta a demanda por mão de obra qualificada em
diversos setores. Além dos segmentos diretamente relacionados ao crescimento econômico,
os especialistas lembram também a tendência de forte alta na área de bem estar social, o
que envolve desde sustentabilidade e meio ambiente até saúde e estética. 

Vamos conferir a lista com as áreas de trabalho mais promissoras para os
próximos anos:

10. Recursos humanos
O aquecimento do mercado de trabalho faz com que as empresas busquem
profissionais de recursos humanos qualificados para atuar em áreas como as
de desenvolvimento, capacitação, treinamento, gestão e  retenção. Durante a
crise, o profissional de RH ficou um pouco esquecido, mas agora há demanda
até por profissionais que saibam treinar líderes com origem técnica. 

9. Setor contábil, fiscal e financeiro
Por conta do aquecimento da economia, a demanda por profissionais nas
áreas   contábil,   fiscal   e   financeira   é   crescente.   O   setor   de   fundos   de
investimentos   também   está   em   crescimento.   Há   muitos   investidores
estrangeiros   querendo   aplicar   em   fundos   de   investimentos   no   Brasil   em
função do alto retorno. 

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 26

8. Setor farmacêutico
Laboratórios do exterior buscam trazer investimentos para o Brasil, o que
demanda   profissionais   técnicos   e   com   atuação   científica.   A   pesquisa   e   o
desenvolvimento, que sempre foram feitos lá fora, pode passar a acontecer no
país.

7. Infraestrutura e transporte
Assim como nos setores da energia e da construção civil, eventos como a
Copa   de   2014   e   as   Olimpíadas   de   2016   também   demandam   profissionais
voltados   para   infraestrutura.   Até   mesmo   a   área   de   shoppings   centers   e
estruturas comerciais precisam de especialistas. Lembrando que o  setor de
transporte aéreo também deverá se beneficiar.

6. Construção civil
O setor também deverá se beneficiar com a Copa de 2014 e as Olimpíadas
de 2016. Além de programas como o “Minha Casa, Minha Vida”, do governo
federal, e o crescimento do setor imobiliário no país aumentam a procura por
profissionais especializados. De acordo com especialistas, todos os setores que
estão em volta sentem o reflexo, como materiais de construção, imobiliárias e design de
interiores.

5. Energia
Eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além de empresas
de fora que pretendem investir no Brasil, demandam profissionais do setor de
energia. Mas é difícil preencher as vagas. Falta qualificação nessa área. ‘’Os
engenheiros ou migraram de área ou foram para o exterior”, diz ela. Alexia
Franco, líder da operação da Hays no Rio de Janeiro, lembra, ainda, que o crescimento do
pais depende do setor da energia, o que torna o setor permanentemente promissor. 

4. Sustentabilidade, meio ambiente e saúde
Segundo   especialistas,   as   empresas   devem   investir   cada   vez   mais   em
profissionais voltados às áreas ambientais e de sustentabilidade. Nesse caso,
a necessidade é por profissionais que tenham experiência e especializações
no   setor.   Para   Eduardo   Ehlers,   há   uma   crescente   busca   pelo   bem­estar
individual e coletivo. “Cada vez se fala mais sobre ambiente e vida saudável”,
disse. Ehlers prevê crescimento também em áreas como estética, turismo e hospitalidade,
relacionadas ao bem­estar.

3. Varejo e consumo
O   crescimento   econômico   estimula   a   contratação   de   profissionais   em
diversas   áreas   do   varejo,   como   alimentos,   bebidas,   cosméticos,   roupas   e
supermercados, entre outros. A demanda é por trabalhadores de vários níveis,
desde iniciantes a diretores. O setor não caiu durante a crise, mas há uma
nova demanda em função do aumento do nível da renda. O crescimento no
setor   gera,   ainda,   investimentos   em   campanhas   de   publicidade   e   até   em   novos
empreendimentos.

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 27

2. Telecomunicações
O setor de telecomunicações necessita cada vez mais de especialistas em
tecnologias como transferências de dados, 3G e Rede IP, cabos, entre outra.
Quanto mais cresce o número de usuários de celulares, por exemplo, aumenta
a demanda nas redes de telecomunicações e de telefonia celular. É preciso de
profissionais   como   engenheiros   e   analistas   de   telecomunicações   para   a
elaboração de projetos e até mesmo monitoramento e atuação nessas redes. 

1. Tecnologia da Informação (TI) e comunicação
Os perfis dos profissionais  do   setor estão  cada  vez mais complexos  e  as
empresas   precisam   de   pessoal   com   qualificações   e   conhecimentos   em
plataformas   específicas.   Além   disso,   a  previsão   é   que   os   investimentos   em
redes sociais continuem a crescer, o que demanda especialistas na área. Tudo
o que se fala em termos de desenvolvimento impacta na área de tecnologia. A
área de TI cada vez mais se aproxima da comunicação já que há um crescimento no setor
de produção multimídia como um todo.
(Fonte:
http://g1.globo.com/concursos­e­emprego/noticia/2010/12/especialistas­apontam­areas­de­trabalho­mais­pr
omissoras­em­2011.html)

Áreas de atuação em T.I
Como já vimos anteriormente, a crescente informatização das mais diversas atividades
transforma   a  tecnologia   da   informação  ou   TI   em   uma   área   cada   vez   mais   relevante
economicamente. A expansão levou  à especialização e, atualmente,  é possível encontrar
várias subáreas de TI dedicadas a tarefas específicas – e que demandam profissionais com
conhecimentos igualmente aprofundados. Não existe mais aquela velha historia de que “A
informática é uma só’’, e que todo mundo está lá pra resolver as mesmas coisas. Portanto,
assim como na Medicina, na Odontologia, no Direito, na Pedagogia e etc... o profissional de
TI  também possui um leque de opções para escolher a área que mais atrai seu desejo de
atuação. É importante ressaltar, que assim como todas as outras ciências, podemos sim
saber um pouco de tudo e isso poderá ser até um diferencial perante os outros profissionais.
Mas nos especializarmos em uma ou duas áreas específicas será sempre o que realmente
consolidará nosso nome no mercado.
Vamos conferir a principais áreas de atuação em TI e suas respectivas atribuições:
Fonte Catho online

PROGRAMAÇÃO
­   Desenvolvedor,   Programador:  Expert  em   ferramentas   de   desenvolvimento   de
aplicações. Desenvolve programas e sistemas de vários tipos e portes. Conhece linguagens
de programação e técnicas de programação avançadas;
­ Web Designer:  É responsável por desenvolver as telas de sistemas para internet, de
forma   que   sejam   fáceis   de   usar,   bonitas   e   intuitivas.   Este   profissional   deve,   além   de
programação, conhecer ferramentas de editoração de imagens;
­ Homologador, Testador: Profissional responsável por validar o desenvolvimento do
sistema, efetuando testes exaustivos em telas, arquivos de entrada, saída e verificando se o
comportamento de um sistema desenvolvido é o esperado pela empresa.

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O mundo do trabalho 28

ANÁLISE
­   Analista   de   Sistemas:   Profissional   responsável   por   confeccionar   documentos   que
planejam e especificam o desenvolvimento do software. Este profissional é responsável por
projetar   o   software   do   ponto   de   vista   dos   requisitos,   gerando   uma   documentação
consumida pelos programadores;
­   Analista   de   Negócios:   Responsável   por   fazer   a   ponte   entre   a   equipe   de
desenvolvimento/análise e o cliente. É um profissional muito experiente no domínio para o
qual o software será desenvolvido. Tem um conhecimento tanto técnico como do negócio e
consegue traduzir os desejos do cliente em requisitos para os analistas de sistemas;
­ Analista de Testes: Para que um sistema desenvolvido tenha qualidade  é necessária
uma bateria de testes a serem efetuados, dos mais diversos tipos. O Analista de Testes  é
responsáver por planejar estes testes, de forma que atendam os requisitos do cliente. Estes
testes serão executados e reportados pelo Testador;
­ Arquiteto de Software: Profissional com muita experiência em programação e análise,
que consegue planejar a arquitetura de tecnologias usadas para o desenvolvimento de um
sistema. Responsável por planejamento das tecnologias, desempenho, uso de recursos, etc.

REDES
­  Suporte Técnico: Conhecimento em Hardware para manutenção em computadores.
Conhecimento de aplicações de automação de escritório (office). Conhecimento de sistema
operacional desktop;
­ Projetista de Rede: Elaborar projetos de infraestrutura rede para suportar os diversos
serviços   de   rede,   especificar   equipamentos   de   redes,   configuração   de   equipamentos   de
redes. Conhecimento de protocolos;
­ Administrador de Redes: Responsável pela configuração de sistemas operacionais de
rede e desktop. Elaborar políticas de segurança. Configurar e manter o funcionamento de
serviços de rede como: Arquivos e impressão, Autenticação, DNS, Web, Firewall básico,
Implantação de telefonia IP, etc.;
­   Gerente   de   Rede:   É   responsável   por   manter   a   rede   de   computadores   de   uma
organização funcionando de forma adequada e eficiente. Como tarefas também deve cuidar
da segurança desta rede, evitando ataques de hackers, crackers, etc.

GERÊNCIA
­ Gerente de Projetos: É o profissional que responde pelo andamento de um projeto de
T.I.,  seja  ele  de desenvolvimento  de software  até  implantação  de sistemas de terceiros.
Deve ter muita experiência de negócio como técnica.
­ Gerente de T.I.: Profissional responsábel por toda a T.I. de um organização, ou por
setores   bem   definidos.   Abaixo   dele,   encontram­se   os   gerentes   de   rede,   analistas,
programadores,   etc.   É   responsável   pelo   desenvolvimento   dos   projetos   e   também   por
aquisição de aplicativos, bem como pelo parque de máquinas;
­ C.I.O.: Do inglês Chief Information Officer, representa o Diretor de Informática de uma
empresa,   responsável   por   toda   a   T.I..   Este   profissional   deve   ter   muita   habilidade   de
comunicação interpessoal.

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O mundo do trabalho 29

DOCÊNCIA E PESQUISA
­  Professor: Um profissional de T.I. tem todo o know­how para ser incluído no corpo
docente de escolas/faculdades/institutos para ministrar aulas sobre T.I. Estas disciplinas
vão desde Informática Básica até assuntos muito especializados, dependendo da formação
de   Pós­graduação   do   professor.   Para   atuar   em   Faculdades,   Centros   Universitários   e
Universidades, a titulação mínima exigida (em geral)  é a de Mestre. Muitas instituições
exigem Doutorado;
­   Instrutor:   Profissional   muito   experiente   em   alguma   tecnologia,   podendo   ministrar
cursos extremamente especializados sobre ela. Em geral, as empresas fabricantes destas
tecnologias emitem certificados indicando que o profissional é um especialista;
­ Pesquisador: O curso de B.S.I. também dá a base de formação para o profissinal que
desejar   seguir   carreira   acadêmica,   fazendo   Pós­graduação   stricto  sensu (Mestrado   e
Doutorado). Este profissional, com titulação adequada, poderá ingressar como docente em
uma Universidade e efetuar pesquisa científica de ponta, publicando artigos, participando
ativamente de congressos, etc.

EMPRESÁRIO
­ Consultor: Profissional com grande experiência em várias áreas e que pode atuar como
integrador, planejador de soluções, etc.;
– Empresário:   Empreendedor,   dono   de   uma   empresa   em   algum   ramo   de   T.I.
(desenvolvimento, suporte, redes, consultoria, etc).
Qual a importância do primeiro emprego?
O mercado necessita cada vez mais de profissionais qualificados, vemos a importância de
um   curso   superior,   e   o   quanto   o   curso   técnico   encurta   o   caminho   para   o   mercado.   O
mercado   por   sua   vez,   está   com  vagas   disponíveis  de   emprego,   ou  seja,   de  um   lado   as
empresas procuram por profissionais, e de outro, pessoas que não conseguem um emprego,
justamente por falta de qualificação para determinada área. Daí   a importância do curso
técnico, pois ele lhe proporciona a qualificação necessária para que seja empregado. Mas
para aqueles que desejam fazer algo mais além, podem optar por fazer um curso superior. 
O primeiro emprego, desde bem escolhido, pode se tornar algo muito importante para
sua vida profissional, principalmente se for a algo que tenha talento, e por fim, com o
tempo subir de cargo, indo desde “peão” para supervisor, gerente, diretor, vice­presidente,
nos diversos meios empresariais. Caso não tenha experiência de trabalho e deseja trabalhar,
não crie dificuldades só para chegar à conclusão de “esse aí não sabe o que vai fazer aqui”
ou simplesmente inventar qualificações, pois fará com que gere uma falsa impressão sobre
sua pessoa, e se caso não aconteceu isso, acontecerá, mais cedo ou mais tarde.

O Jovem aprendiz
Contrato   de   aprendizagem   é   o   contrato   de   trabalho   especial,
ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se
compromete   a   assegurar   ao   maior   de   quatorze   e   menor   de   vinte   e
quatro   anos,   inscrito   em   programa   de   aprendizagem,   formação
técnico­profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento
físico,   moral   e   psicológico,   e   o   aprendiz,   a   executar   com   zelo   e   diligência,   as   tarefas
necessárias a formação.

Projeto e-Jovem - Módulo II


O mundo do trabalho 30

O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos.
A idade máxima permitida para aprendizagem passa a ser 24 anos. Anteriormente era 18
anos. No entanto, a idade mínima não foi alterada, permanecendo 14 anos.
A   idade   máxima   no   contrato   de   aprendizagem   não   se   aplica   a   aprendizes   com
deficiência.
Bases: art. 428 da CLT, na nova redação dada pela MP 251/2005 (convertida na Lei
11.180/2005),   com   regulamentação   pelo Decreto   5.598/2005 e   parcialmente   a Lei
10.097/2000.
Direitos do jovem aprendiz – A duração da jornada do jovem aprendiz deverá ser de,
no   máximo,   seis   horas   diárias,   podendo   se   estender   até   oito   horas   diárias   para   os
aprendizes que já tenham concluído o Ensino Fundamental, se nelas forem computadas as
horas destinadas à aprendizagem teórica. Os jovens contemplados permanecem um período
no   local   de   trabalho   e   outro   em   capacitação.   Por   essa   jornada,   ele   recebe   o   salário
mínimo/hora.   O   jovem   aprendiz   tem   direito   a   todos   os   benefícios   trabalhistas   e
previdenciários compatíveis com o contrato de aprendizagem.
Quem   deve   participar   –  Estabelecimentos   de   qualquer  natureza   com   exceção   das
microempresas   e   das  empresas   de   pequeno   porte,   são   obrigados   a   contratar   como
aprendizes entre 5% e 15% do total de trabalhadores do estabelecimento e matriculá­los
nos serviços nacionais de aprendizagem ou nas  escolas técnicas  ou, ainda, em entidades
sem fins lucrativos voltadas à educação profissional. 
Como aderir –  Para cumprir a lei e contratar jovens aprendizes, o empresário deve se
dirigir   a   qualquer   Delegacia   Regional   do   Trabalho   (DRT)   ou   entrar   em   contato   com   a
Coordenação­Geral de Preparação e Intermediação de Mão­de­Obra Juvenil do Ministério
do Trabalho e Emprego, pelo telefone (61) 3317­6553.
Aprendizagem   –  A   ação   denominada   Aprendizagem   é   uma   das   modalidades   do
Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE) e contempla duas funções. A
primeira é a fiscalização do cumprimento das cotas que devem ser obedecidas de acordo
com   a   Lei   10.097,   de   2000.   Essa   ação   é   de   responsabilidade   dos   auditores   fiscais   do
trabalho, coordenados pela SIT.
Fonte: Ministerio do Trabalho e Emprego

Projeto e-Jovem - Módulo II


Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 31

Capítulo 3.  Desenvolvendo um perfil profissional
de sucesso 
Temática: Postura profissional

Autoconhecimento

O quanto você se conhece? Muito? Pouco? A maior parte das pessoas acredita que se
conhece, mas na verdade se conhece muito pouco. Você ama alguém, confia em alguém
que pouco conhece? Geralmente amamos e confiamos apenas em quem conhecemos muito!
E se você não se conhece como quer acreditar mais em sua própria capacidade? Como
quer ir em busca de seus sonhos se não acredita ser capaz? E por que não acredita ser
capaz? Porque não sabe quem você é.

O   único   caminho   para   atingir   o   autoconhecimento   é   a


profunda   reflexão   das   experiências   obtidas   na   vida,   pois
podemos analisar nosso comportamento e compreender nossas
ações. Agindo dessa forma, tendemos a evitar a repetição de
erros, tais como: sempre brigarmos pela mesma coisa, termos
o   mesmo   desfecho   em   todos   os   relacionamentos   ou   no
trabalho.
É importante desenvolver a capacidade e a consciência de
saber que  o que você faz  é o reflexo de  quem você é. Ao
reconhecer seus pontos negativos, poderá mudar um por um.
E,   reconhecendo   seus   pontos   positivos,   se   sentirá   mais
confiante em sua capacidade de conseguir o que quer que deseje, independente das críticas
ou opiniões  que terão sobre você, pois acreditará  ser  capaz de conseguir tudo o  que
deseja!   E  ainda  que  ninguém   o   aprove,   você   terá   autoconhecimento   suficiente   para   se
aprovar e, principalmente, se amar!

 Reflexão:

Vamos fazer uma auto­avaliação e descrever em rápidas palavras como nós
mesmos   nos   enxergamos.   Ao   fim,   dê   uma   nota   de   0   a   10   para   sua
personalidade.

Eu sou assim...

Projeto e-Jovem - Módulo II


Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 32

Qual o seu diferencial no mercado de trabalho?
É   comum   nos   dias   de   hoje   ouvir   ou   mesmo   comentar   sobre   as   dificuldades   que   os
profissionais   dos   mais   diversos   segmentos   enfrentam   para   ingressar   ou   manter­se   no
mercado. O mercado está muito seletivo. 
Durante   o   processo   seletivo   a   equipe   de
recrutamento   precisa   conhecer   as   verdadeiras
características,   capacidades   e   habilidades   do
profissional.   Mais   do   que   isso,   é   preciso   ainda
detectar   o   interesse   que   a   pessoa   demonstra   por
querer ocupar determinada vaga, é necessário que
se enxergue o brilho no olhar e o entusiasmo por
gerar resultados. Existem muitos profissionais com
a   mesma   formação   profissional,   isto   faz   com   que
apenas os melhores sejam escolhidos. Por isso, além
de encarar a competitividade como meio oportuno
para explorar seu diferencial  diante dos outros,  é
preciso   demonstrar   e   provar   capacidade   para
competir. As empresas procuram profissionais com a capacidade de agir diferente, de
ter atitudes pró­ativas, um profissional polivalente que prevê resultados a longo prazo, um
profissional   flexível   às   mudanças   e   com   perfil   de   liderança   e   execução.   O   que   faz   a
diferença é a capacidade de compreensão do mundo, de aprender com a experiência e não
somente dispor de uma formação ou possuir um diploma.
O   mercado   não   admite   acomodados,   somente   oportuniza   espaço   para   os   bons
profissionais que queiram estar constantemente inovando para não serem esquecidos. Para
estes profissionais a palavra diferencial jamais será sinônimo de suficiência ou tão pouco de
excelência, porque deverá  ser entendida como  a ferramenta  que o  encaminhe rumo   ao
sucesso profissional. 
O segredo das pessoas bem sucedidas está na forma como ela cria e desenvolve seus
objetivos.  Certamente,  não   há   uma  receita  ou  fórmula  para  desenvolver  o   diferencial   e
alcançar a colocação profissional pretendida, mas vale dizer que o começo pode estar em
por   em   prática   os   talentos,   fazendo   aquilo   que   outras   pessoas   observam   como   pontos
positivos e diferentes, vale ainda evidenciar competências éticas e o caráter original, e o
fundamental: colocar a alma no fazer. A idéia de ter um diferencial, de pensar e criar além
do esperado pode ser assustadora, mas é o avanço que se tornou uma realidade comum no
mundo corporativo. Portanto, qual será o seu diferencial?
Fonte:
http://pt.shvoong.com/internet­and­technologies/business­economy/1726583­diferencial­sua­porta­entrada­para
/#ixzz1rH2cNluU

Como descobrir e aprimorar o que cada um tem de melhor:
1 –  Busque o autoconhecimento: faça uma simples e prática pesquisa sobre si mesmo.
Pergunte   a   três   ou   quatro   pessoas   com   quem   você   convive   o   que   pensam   sobre   o   seu
comportamento, a sua postura, se é bom conviver com você, se gostariam de trabalhar com
você,   quais   os   seus   pontos   positivos   e   aqueles   que   pode   e   deve   desenvolver.   Faça   um
pequeno mergulho na relação auto­percepção X percepção alheia.
2 – Aperfeiçoe­se: descubra o que você faz de melhor e busque melhorar, aumentar sua
autoconfiança, inovar para tornar mais perceptíveis as suas qualidades. Tenha modelos,

Projeto e-Jovem - Módulo II


Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 33

escolha pessoas que admira e procure descobrir um pouco mais sobre a vida delas, a forma
de atuação profissional e a história de carreira. Não tente imitar, mas se inspirar.
3 – Não bitole: não fique o tempo todo investindo somente no que você tem de melhor,
no que faz melhor, pois a sua vida profissional não pode ser baseada apenas em algumas
características. Tenha interesse em aprender e desenvolver outras habilidades que podem
estar aí dentro, escondidinhas, loucas para serem descobertas e fazer uma grande revolução
em   sua   carreira.   Nunca   é   tarde   para   mudar   e   aprender!   Encontre   uma   nova   visão   de
mundo, sempre.

Reflexão:
Agora vamos fazer uma nova auto­avaliação e identificar pontos fortes e
também características que merecem um pouco mais de atenção em nosso
perfil pessoal que poderá interferir diretamente em nosso sucesso profissional.

Pontos Fortes

Pontos de Atenção

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Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 34

Confira o perfil profissional procurado pelas empresas de TI:
Quem decidir se aventurar por esse caminho, contudo, deve se preparar adequadamente.
O   setor   não   precisa   apenas   de   profissionais.   Precisa   de   bons   profissionais.  A   má
formação e a ausência de vocação estão na base da escassez de mão de obra. Para driblar a
escassez   de   opções  e  a   corrida   de  salários,   a   saída   até   aqui   tem   sido   a  importação   de
profissionais   qualificados.   "As   companhias   brasileiras   têm   recorrido   a   profissionais
argentinos para resolver o problema, que inclusive são mais baratos", diz o head hunter
Lucas   Toledo,   da   empresa   de   recrutamento   Michael   Page.   "A   tendência   para   o   futuro
próximo   é   esse   processo   se   intensificar:   o   Brasil   não   conseguirá   suprir   sozinho   toda   a
demanda por mão de obra.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 35

Habilidades e competências de um profissional de sucesso: 

Liderança
  Liderança  é  o  processo  de “conduzir” um  grupo  de
pessoas. É o poder de motivar e influenciar os liderados
para que contribuam da melhor forma para os objetivos
do grupo ou da organização.

­ Os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder,
que pode ser o poder legitimo obtido com o exercício de
um   cargo,   o  poder   de   referência,   em   função   das
qualidades e do carisma do líder, e o  poder do saber,
exercido graças aos conhecimentos que o líder detém.

­ A liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida através do
processo de comunicação para a consecução de objetivos específicos. Ela e a  chave para
transformar as pessoas, já que sabemos que todos nós, seres humanos, influenciamos e
somos influenciados.
­ Liderar é ter habilidade para  inspirar as pessoas a agir. Significa conquistá­las por
inteiro:   espírito,   coração,   mente   braços,   pernas...   E   aí   está   a  diferença   entre   poder   e
autoridade. Quando você tem  poder, as pessoas fazem a sua vontade mesmo que não
desejem. Quando você tem autoridade, as pessoas voluntariamente fazem a sua vontade,
por causa da sua influência pessoal. Isso é que faz um grande líder.
­ Líder é aquele que proporciona ao outro que ele se descubra e desenvolva seus talentos.
O   líder   auxilia   seus   “liderados”   a   exercerem   plena   e   totalmente   suas   habilidades   e
competências.

Algumas características que fazem parte de uma liderança bem fundamentada.

Caráter ­ Seja o pai, chefe, vizinho, amigo ou filho que
você gostaria de ter. Liderança não é o que você faz, é o
que você é. Liderança tem a ver com caráter: 99% das
falhas de liderança são falhas de caráter. O caráter é o
conjunto dos traços particulares, inerentes a cada pessoa,
responsável pelo seu temperamento e pela forma habitual
de ser, de agir. Suas ações viram seus hábitos, que viram
seu caráter, que vira seu destino. O desenvolvimento da
liderança significa o desenvolvimento do caráter. Não há
seres   humanos   prontos.   Há   seres   humanos   sempre   em
formação.  Você   faz   inúmeras   escolhas   sobre   caráter
diariamente.   E   são   essas   escolhas   que   determinam   a   pessoa   que   você   esta   se
tornando. Isso exige um trabalho duro. 

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Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 36

Uma   boa   comunicação  ­   Boa   comunicação   não   significa   a   utilização   do   português


polido,   intelectual   e   pedante   ou   de   palavras   inglesas   da   moda   para   impressionar.   Boa
comunicação é se fazer entender, é passar a mensagem de forma clara e não deixar que
os “ruídos” desviem o significado, é ter a certeza que sua equipe entendeu,  é falar a
língua de cada um. 
Relacionamento interpessoal ­ É reconhecido na história que os maiores líderes foram
aqueles que desceram do pedestal e caminharam entre o povo. Entre eles, está Jesus Cristo.
Muitos   hoje   ainda   mantêm   o   sistema   de   castas   dentro   das   organizações   e   ficam   se
perguntando: por que ninguém segue as minhas orientações?  Desça, “misture­se” com
seus liderados, conheça ao Maximo cada um, ganhe seu coração e depois sua mente. 
Empatia ­ Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a você. Isto é, coloque­se
no lugar do outro, procure dividir as responsabilidades, sentir os seus sentimentos. Isto é
empatia. 
Persuasão ­ O líder precisa convencer, mudar conceitos, hábitos, comportamentos, e isso
só é possível através da persuasão. Persuadir não é coagir, é ter argumentos mais fortes,
mais convincentes, baseados na verdade e nos objetivos da organização. 
Imparcialidade  ­  Tratar as pessoas com os mesmos pesos e as mesmas medidas.
Evitar os apadrinhamentos, os grupos fechados. É normal que existam mais afinidades
com algumas pessoas, mas isso deve ficar para outra esfera de convivência. No trabalho, a
competência deve ser o diferencial. 
Administração  de  conflitos  ­  O  líder  precisa  saber  administrar  os  conflitos  pessoais.
Idéias antagônicas, se não bem administradas, geram sérios conflitos pessoais e arrebentam
com o clima organizacional.
E lembre­se:  o bom líder não  é  o “líder bonzinho”. O desafio do bom líder é fazer o
que as pessoas precisam que seja feito, e não o que elas querem que seja feito. Às vezes,
isso significa “frustrar”, ser duro; às vezes, abraçar, acolher. 
Diplomacia ­ A arte de negociar é uma habilidade que destrói fortalezas. A capacidade
de negociação está constantemente à frente do líder. 
Dinamismo ­  A palavra vem do grego “Dunamis” que significa poder, força. O líder é
alguém de quem se espera disposição, audácia, entusiasmo. Não pode ser alguém omisso,
fraco, envergonhado. Tem que assumir a frente com forca, com energia.
Feedback ­ O tão falado retorno. A retroalimentação da informação. É considerado um
importante fator motivacional para o colaborador. O líder precisa desenvolver a arte de dar
feedback,  de fazer criticas construtivas e afetivas, sem que isso atinja a auto­estima da
sua   equipe.   Ao   contrário,   deve   ser   visto   como   um   fator   motivador,   desafiador,   de
crescimento individual e coletivo.
Processo   educativo  ­   Ninguém   nasce   sabendo   nem   pronto   para   realizar   nada   neste
mundo. Tudo precisa ser trabalhado, habilidades precisam e devem ser desenvolvidas. O
líder, acima de tudo,  tem que ser um educador  e ter a consciência de que o processo
educativo não tem fim, e de que ele se realiza também nas empresas. Deve contribuir para
o   aprendizado   da   sua   equipe,   sem   perder   a   consciência   de   que  ele   próprio   esta   em
processo   continuo  de  aprendizagem  e também  tem  muito   que aprender  com  os  seus
parceiros.

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Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 37

Bom ouvinte ­ Dois ouvidos e uma boca. Nada mais pedagógico
do   que  esta   lição   do   Criador.  O   mundo   quer  ser  ouvido,  todos
querem ser ouvidos. Quem não para pra escutar, jamais saberá os
verdadeiros clamores da alma humana.  Somente o ato de ouvir
já soluciona muitos problemas.
Trabalho em equipe ­ Aprenda a dividir os louros das vitórias.
Elimine o  “EU”  do seu vocabulário.  Experimente a sinergia do
“NÓS”.

Desenvolvendo a criatividade e a proatividade

Criatividade
De acordo com o sociólogo Domenico Di Massi, a criatividade é a
energia por meio da qual o homem sempre derrotou seus inimigos
mais atávicos: a fome, a dor, o cansaço, a solidão, a morte, etc...
Assim   inventarem­se   os   medicamentos   que   aplacam   a   dor,   a
carroça e as maquinas que aliviam o cansaço, os entretenimentos
que cuidam das horas de lazer, as preces e praticas que aproximam
o homem de uma vida espiritual. 
Ele acredita,  assim como  todos nós  acreditamos, que  todo  ser
humano   nasce   com   centelha   criativa,   que   para   não   se   apagar,
precisa ser alimentada continuamente.
Entretanto, essa habilidade aparece em cada pessoa sob diferentes graus. Nesse sentido,
hoje em dia, empresários e gestores de RH buscam profissionais cada vez mais criativos.
Com base nisso, nota­se que o mercado de trabalho exige cada vez mais profissionais
inovadores   e   dinâmicos.   A   demanda   é   por   pessoas   capacitadas   a   contribuir   com   novas
idéias e ações. Isso significa que o funcionário criativo é, antes de tudo, um trabalhador que
está sempre em busca de soluções para problemas imediatos e em longo prazo, não se
limitando a desenvolver projetos incomuns e fora dos padrões da empresa em que atua.
Texto: O teste de Loucura
Durante  o período de visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao
diretor:
­   Qual   é   o   critério   que   vocês   adotam   para   decidir   quem   precisa   ser   internado   aqui?
O Diretor respondeu:
­ Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao suposto doente uma colher, um copo
e um balde. Ai então pedimos que a esvazie. De acordo com sua decisão em como esvaziar a
banheira, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.
­ Ah, Entendi – disse o visitante – uma pessoa normal certamente usaria o balde, que é maior
que o copo e a colher, correto?
­ Não – respondeu o diretor – uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor
prefere? Quarto particular ou enfermaria?

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Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 38

Você também escolheria o balde?
A correria do dia a dia muitas vezes nos impede de perceber que a
vida   apresenta   muitas   outras   opções   além   daquelas   que
conseguimos enxergar, ou mesmo que as pessoas querem nos mostrar.
Por isso, quando tiver que decidir sobre algum assunto ou pensar em
algo   novo,   desligue   o   “piloto   automático”,   amplie   sua   visão,   busque
novas   alternativas,   dê   asas   a   sua   imaginação,   pense   no   incomum,   e
deixe sua criatividade trabalhar a seu favor.

Cuidando da sua criatividade

Não deixe suas idéias morrerem:  Correr riscos é a única maneira de inovar e propor
diferentes soluções.
Portanto, não basta ter grandes idéias se elas morrem na praia. Alimente uma autoestima
saudável para sempre ter coragem de expor suas idéias e sugestões.
Inquiete­se:  Uma   mente   criativa   está   sempre   pensando   em   como   as   coisas   podem
funcionar melhor.
Ela está sempre perguntando se algo faz sentido e como pode otimizar resultados. É uma
permanente inquietação que salta de uma idéia a outra, cada uma delas buscando a melhor
solução.   É   uma   maneira   de   abordar   o   mundo   que   nos   auxilia   a   encontrar   novas
possibilidades e vislumbrar sua aplicação.
Exercite­se diariamente: Faça algo que surpreenda a você mesmo. Mude o caminho de
casa, atreva­se a descobrir rotas alternativas. Descubra algo novo em você mesmo. Olhe as
mesmas pessoas como se fosse a primeira vez. Aguce seus sentidos para sentir prazer nas
pequenas coisas.
E não esqueça: é por meio da criatividade que mobilizamos a energia necessária em prol
de nós mesmos e dos outros.

Para ter boas idéias


• Não avalie ou critique as idéias prematuramente.
• Quando as idéias parecerem ter se esgotado, “esqueça” provisoriamente o problema,
deixando a mente trabalhar por você.
• Conhecimento é importante. Busque nas mais diversas fontes o alimento para aos seus
tópicos de interesse.
• Mantenha sempre acesa a chama da criatividade, aguçando a imaginação, praticando
boa leitura, ouvindo boa música, tendo bom gosto e apreciando tudo que é belo.
• Seja tolerante e paciente consigo mesmo, lembrando que nem sempre as idéias vêm
prontas. É necessário esculpi­las ou aperfeiçoá­las.
• Compartilhe com seus colegas as suas idéias e ouça o que eles pensam sobre elas.
• Procure dedicar­se diariamente a descobrir formas de promover seu próprio bem estar.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 39

Atitudes que favorecem uma produção criativa no trabalho


• Mantenha sua mente aberta.
• Seja tolerante com os colegas e consigo mesmo.
• Seja flexível.
• Esteja sempre disposto a cooperar com o seu grupo de trabalho e com o seu chefe.
• Partilhe suas experiências e conhecimentos.
• Procure entender o ponto de vista do outro.
• Veja as dificuldades à sua frente como oportunidades e desafios.
• Sintonize o canal positivo na sua mente, ao invés do negativo. Por exemplo, ao invés de
pensar: será que nós podemos? Substituir o pensamento por: Como podemos? Em vez de:
Será que vai funcionar?
Substituir por: O que podemos fazer para que funcione?

Proatividade
Agora que já discutimos um pouco sobre a criatividade, podemos pensar um pouco sobre
outro ingrediente fundamental para o sucesso profissional: a proatividade.
Pro  (do  grego   pró),  movimento  para diante,  posição   em frente,  a favor  de,  anterior,
antecipado  Atividade  (do latim activitate), qualidade ou estado de ativo; ação; energia;
força; vigor; vivacidade.
Proatividade  é o comportamento decorrente de um estado de consciência, prontidão e
atitude que permite prever, antecipar, reconhecer e assumir a responsabilidade de interferir
e fazer com que as coisas aconteçam no tempo certo. A disposição proativa é a tendência
para iniciar e manter ações que irão alterar diretamente o ambiente ao redor. É o ato de
trazer soluções e novas idéias por iniciativa própria. Ser proativo também pode significar
estar na frente.
Este termo foi cunhado para designar aquela pessoa que é capaz de levar adiante projetos
e trabalhos diversos, com perseverança, vontade e decisão.

AUTODIAGNÓSTICO: Teste sua Proatividade


Marque um X na coluna que melhor represente a frequência com que você apresenta os
comportamentos descritos na 1ª coluna. É importante responder com total sinceridade:

Projeto e-Jovem - Módulo II


Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 40

Interpretação da pontuação:
Nunca 1 ponto
Raramente  2 pontos
Ás vezes  3 pontos
Quase sempre  4 pontos
Sempre  5 pontos

Projeto e-Jovem - Módulo II


Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 41

Para quem teve o resultado de 41 a 50 pontos: Você, além de ser uma pessoa proativa,
estimula este comportamento nos outros, através do seu exemplo pessoal e criando um
ambiente favorável à iniciativa quando trabalha em equipe.
Resultado de 31 a 40 pontos: Sua proatividade é desenvolvida, mas precisa estimular
este   comportamento   nas   pessoas,   através   de   exemplos   pessoais   e   da   criação   de   um
ambiente de abertura e confiança ao seu redor.
De   21   a   30   pontos:  Você   precisa   desenvolver   um   pouco   mais   sua   proatividade,
procurando   melhorar   naqueles   aspectos   em   que   sente   mais   dificuldade,   que   são   os
comportamentos que você adota às vezes, raramente ou nunca, de acordo com o teste que
acabou de fazer. Converse um pouco mais consigo mesmo e esteja aberto a receber críticas
das pessoas.
Quem   obteve   o   resultado   de   11   a   20   pontos:  Você   precisa   desenvolver   mais   esta
competência,   a   proatividade,   principalmente   para   assumir   uma   postura   de   liderança.
Procure observar o comportamento dos outros, principalmente daqueles que você considera
muito bons nesta competência.
Para   o   resultado   de   10   pontos   ou   menos:  É   possível   que   este   resultado   esteja   se
refletindo na sua relação consigo mesmo e com os outros. É importante tomar consciência
da necessidade de desenvolver esta competência, procurando superar seus próprios limites
e aprender com todas as experiências, positivas ou negativas, suas ou de terceiros. Seja
mais   observador   e   procure   desenvolver   habilidades   e   atitudes   que   contribuam   para   a
proatividade,  como   a  autoestima,   autoconfiança,   assertividade,   capacidade   de  decisão   e
coragem para correr riscos.
(   ) Concordo com a interpretação            (   ) Não Concordo com a interpretação
Observações:
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Projeto e-Jovem - Módulo II


Desenvolvendo um perfil profissional de sucesso 42

Como se relacionar com pessoas reativas
• Nunca seja paternalista. Os reativos já possuem uma tendência para a dependência.
Utilize a sua autoridade, sem autoritarismo. Seja firme com o problema, mas gentil com as
pessoas, pois reativos tendem a fazer papel de vítima, por isso não lhes dê esse espaço.
Desde   o   inicio,   deixe   bem   claro   ao   reativo   quais   são   as   responsabilidades   dele
diante da questão e as consequências de cumpri­las ou não. Jamais faça ameaças, enfatize
sempre os benefícios de fazer.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Postura Profissional 43

Capítulo 4.  Postura profissional
Temática: Postura profissional

As relações Interpessoais

O  relacionamento com colegas  de trabalho  nada mais  é  do  que um  casamento   de


características   pessoais   e   profissionais   que,   como   outro
qualquer, exige muita dedicação, flexibilidade e força de
vontade   para   fazer   o   relacionamento   dar   certo.   Muitos
profissionais se esquecem de que as relações no ambiente
de trabalho funcionam de forma muito parecida com os
relacionamentos   afetivos   e,   por   isso,   podem   enfrentar
problemas de incompatibilidade.

A   diversidade   engrandece   o   ambiente,   nos   faz   ir   além,   buscar   mais,   superar   a   nós
mesmos. Ela traz a soma de forças. Mas é preciso saber cultivá­la. Dentro de um contexto
diversificado,   encontramos   personalidades   diferentes   que,   juntas,   formam   uma
personalidade maior:  a empresa, cujo objetivo  e  meta  devem estar em sintonia  com os
objetivos pessoais.
Há   quem   diga   que   a   diferença   entre   dois   profissionais   não   está   no   trabalho   que
desenvolvem, mas sim, na dimensão que cada um dá ao seu trabalho. Dessa forma, seu
networking e a inteligência emocional influenciarão diretamente a busca do sucesso.

Mas o que é Networking?

O que há em comum em: Amigos curtindo uma festa, dois amigos numa academia e um
casal curtindo o amor? 
Simples,o   fato   de   essas   pessoas   estarem   juntas   com   um   objetivo   quase   sempre
comum. Desde os tempos mais remotos o ser humano está voltado a essa realidade. Para os
evolucionistas,   desde   os   tempos   que   éramos   homens   das   cavernas,   pois   vivívamos   em
bando. Para os criacionistas, desde os tempos de Adão e Eva. O fato é que de uma forma ou
de outra, sempre juntos, caminhando rumo a um objetivo comum.
Networking  é   a   união   dos   termos   em   inglês   "Net",   que
significa "Rede"; e "Working", que é "Trabalhando". O termo,
em sua forma resumida, significa que quanto maior for a rede
de contatos de uma pessoa, maior será a possibilidade dessa
pessoa conseguir uma boa colocação profissional.
Parece que a coisa se resume só a interesse... e de fato  é
provável que seja isso. Mas essa realidade não é tão feia ou
indigna   como   parece.   Fazer   networking   não   é   montar   uma
panelinha e sim oferecer o que você tem de útil e bom para pessoas que precisam disso e
podem te oferecer algo em troca.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Postura Profissional 44

“O homem não é uma ilha”.
Quando fazemos algo em grupo tudo fica mais fácil, pois a união faz a força. Pode ser
mais tranquilo viver só, sem os problemas e empecilhos que a vida em grupo traz... mas é
tudo   muito   sem   graça.   Até   os   grandes   sábios   da   humanidade,   tido   como   poucos
sentimentais   tinham   lá   seus   amigos   do   peito,   suas   paixões,   suas   demonstrações   de
subjetividade humana.
Algumas características que favorecem uma boa relação entre os colegas de trabalho.
Entusiasmo: Uma pessoa feliz e simpática, com paixão pelo que faz, transmite isso aos
colegas   e   torna­se   uma   grande   companhia.   Contagia   as   pessoas   com   seu   otimismo   e
influencia   o   outro   a   agir   da   mesma   forma,   trazendo   mais   resultados   concretos   para   a
empresa.
Autoconsciência: É preciso conhecer­se bem e conhecer o outro, entender as suas razões
e emoções, para poder identificá­las nos outros e lidar com elas de forma positiva.
Atitude  positiva:  Acreditar no  que você  faz é  meio  caminho andado  para o sucesso.
Quem   tem   energia   positiva   faz   as   coisas   acontecerem   e   não   se   deixa   desmotivar   por
pequenas adversidades.
Comprometimento   e   lealdade:  Você   tem   que   ter   admiração   pela   empresa   e   pelo
companheiro   de   trabalho,   caso   contrário   a   parceria   não   funciona.   Comprometimento
significa conhecer a fundo o negócio da empresa, o departamento, o chefe e sua forma de
trabalho, podendo auxiliá­lo de forma proativa e com iniciativa, pensando no impensado e
fazendo antes que algo seja dito. Assim como num casamento entre homem e mulher, este
item é crucial para a formação de uma base sólida para o relacionamento.
Atenção  aos  detalhes:  Todo  profissional deve  ser detalhista  e prover o chefe  com o
maior número possível de informações. A relação fica melhor quando este pode dar, em
troca, informações significativas para uma atuação  mais participativa e assertiva de sua
equipe.
Discrição e confiabilidade: Para haver transparência é necessário que haja confiança, de
ambos os lados, de que tudo que  é discutido no escritório é confidencial e diz respeito
apenas a quem está envolvido no processo.
Comunicação  aberta:  Um  canal  de comunicação   sincero,  honesto,  objetivo   e claro   é
fundamental para qualquer relacionamento, especialmente o profissional, em que tempo
significa negócios e dinheiro.
Humildade: Para saber ouvir, saber pedir ajuda e saber reconhecer seus próprios erros.
Serenidade. Para enfrentar períodos de estresse e tensão, de grande volume de trabalho e
sobrecarga emocional em função de prazos e da importância dos projetos.

Marketing Pessoal
 O anti­Marketing pessoal: 12 coisas que você deve fazer se quiser arruinar sua imagem
Atualmente,   o   mercado   de   trabalho   exige   que   o   profissional   preserve   sempre   uma
imagem integra de si. Além de influenciar nos relacionamentos interpessoais, essa imagem,
geralmente,   é   associada   ao   trabalho   desenvolvido   no   ambiente   profissional,  l,   quanto
melhor   for   a   imagem   do   indivíduo,   maior   será   o   respaldo   da   organização   no   campo
comercial.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Postura Profissional 45

Para aqueles que não acreditam nessa teoria ou, simplesmente, querem ir no sentido
contrário da ideia de possuir um bom Marketing Pessoal, segue algumas dicas que serão
eficazes na fácil missão de arruinar sua própria imagem.
1­ Roube ideias de seus colegas de trabalho e diga a seu chefe que são ideias suas.
2­  Seja falso, fale mal dos outros pelas costas. Mas na frente dessas pessoas, sorria e
elogie. 
3­  Se  tiver  alguma  informação  relevante  ao  trabalho de seus colegas,  nem  pense  em
passar a eles. Deixe que eles se arrebentem enquanto você sorri da desgraça alheia. 
4­ Nunca ensine nada de sua função a alguém. ‘’Não entregue o ouro ao bandido!’’
5­ Seja um ‘’puxa­saco’’ declarado! Agrade seu chefe e as pessoas que ‘’estão por cima’’ a
qualquer custo. Nem que seja mentindo.
6­ Aliás, minta muito! Esse é o segredo do profissional bem sucedido.
7­  Trate   mal   as   pessoas,   principalmente   aquelas   que   você   considera   mais   simples   e
insignificantes. Não perca seu tempo com pessoas de baixo.
8­  Não fique um minuto além do seu horário de trabalho e chegue sempre um pouco
atrasado para mostrar a sua importância.
9­ Não faça nada além da sua obrigação contratual. A escravidão já acabou!
10­  Nunca   participe   de   festas   e   confraternizações.   Isso   é   pura   besteira   e   só   traz
problemas.
11­ Se você for o chefe, sua tarefa de arruinar sua imagem ficará mais fácil ainda. Arme
ciladas para seus subordinados caírem.
12­ Deseje ardentemente ter muito sucesso pessoal e profissional fazendo as doze coisas
acima e se não der certo, faça corpo mole para ser demitido e saia falando mal da empresa
em que trabalho. Pense nisso!
Marketing pessoal  é o ato de um indivíduo ir modificando seu comportamento e sua
forma   de   agir,   visando   um   melhor   posicionamento   no   mercado,   em   empresas   que   lhe
interessam.   Para   isso   o   indivíduo   precisa   desenvolver   técnicas   para   poder   divulgar   sua
imagem, suas competências e utilizar seus contatos (Networking) para chegar onde quer. O
profissional deve entender o que o mercado precisa, para que ele possa se adaptar, estudar,
evoluir   neste   sentido.   E   o   profissional   precisa   então   começar   a   se   divulgar,   entre   seus
conhecidos, clientes e outros.
Marketing pessoal precisa ser feito na base da verdade, ética e valores do ambiente onde
você quer atuar. Não adianta criar um personagem, visando consegui um emprego, pois
pode acontecer de descobrirem que você não tem a capacidade que demonstrou e com
certeza irá perder o emprego e qualquer possibilidade de indicação posterior. Então tome
cuidado com seu marketing pessoal.
Muitos profissionais não acreditam na utilização do marketing pessoal, mas a realidade é
que ele pode ajudar muito no desenvolvimento de uma carreira.

Como cuidar da sua imagem
Ninguém, a princípio, está interessado em “conhecer” você profundamente; as pessoas só
vão se interessar por você se você “construir” uma imagem que desperte interesse. 

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Postura Profissional 46

Portanto, alguns cuidados básicos:
1 ­ Mantenha sua imagem intimamente ligada a símbolos primários de boa educação,
inteligência e honestidade. Sempre!
2 ­  A sua imagem  jamais pode sugerir inferioridade.  As pessoas gostam, apreciam e
favorecem sempre as pessoas importantes. Porém, estas mesmas pessoas, tendem a rejeitar
indivíduos arrogantes e pretensiosos. Assim, passe uma imagem de “importância” mas na
medida exata da “simplicidade”.
3 ­ Elogie sempre, ajude sempre, parabenize sempre. E jamais, jamais faça qualquer
comentário negativo sobre quem quer que seja, principalmente se a pessoa estiver
ausente.
4 ­  Esforce­se para  ser MELHOR a cada dia, porém não O MELHOR. Esta avaliação
cabe somente aos outros. Saiba que a imagem de “o melhor” sofre muitas contestações e é
permanentemente questionada.
5 ­ Em caso de derrota, elogie o vencedor ao invés de criticá­lo. Na sua vitória, elogie o
derrotado ao invés de menosprezá­lo. É por aí que começa o sucesso.
E, por fim,  o grande segredo para se consolidar uma imagem forte e carismática:  Em
qualquer situação e diante de qualquer circunstância, preserve a integridade do seu
caráter! 
A   sua   honra   e   a   sua   dignidade   devem   ser   mais   importantes   do   que   qualquer   cifra,
qualquer bem, qualquer vantagem.
Um  homem  ou  mulher  que  se  troca   por  dinheiro,  por   favores,   que  participa   de
manobras   inescrupulosas,   que   tenta   subir   na   vida   pisando   nos   outros,   não   tem   o
menor crédito como ser humano. Nem diante da própria consciência. Sua imagem
pública ­ embora muitas vezes sem perceber – é a pior possível.

Reflexão:
Para   quem   busca   uma   recolocação   no   mercado   de   trabalho,   usar   de
seus contatos é importante e em muitos casos, fundamental. Saber calçar
sua carreira com um histórico de amizades e coleguismo  é importante,
afinal   todo   mercado   de   trabalho   funciona   como   ciclos,   se   em   algum
momento você é chefe ou colega, em outro poderá ser subordinado. Com
essa visão mais global e sempre olhando para o futuro, evite confrontos
inúteis   e  sempre  busque  ajudar   os   colegas,   subordinados   e  superiores,
pois do dia de amanha ninguém sabe. Quem você ajuda hoje, poderá te
ajudar em um futuro não muito distante.

A CRÍTICA

Criterium, em grego, significa separar, no sentido de escolher. Crítica também vem daí,
ou seja, significa fazer a seleção do que se conhece previamente. A crítica é separar o que
“serve” e o que “não serve” a partir de um determinado ponto de vista.
Parece   ser   consenso   que   a   crítica  e   fundamental  para  orientar,   motivar,   reforçar
comportamentos e evitar passos pouco efetivos. Com a crítica, espera­se que o indivíduo
possa se orientar melhor para atingir os objetivos com os quais ele se envolve.

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Postura Profissional 47

Podendo   se valer de diferentes fontes,  a crítica  está   bastante  disponível no  ambiente


organizacional. As fontes podem ser a própria pessoa (como objeto da auto­reflexão), uma
figura de autoridade (como um gerente ou professor), os pares (dentro de uma equipe), os
subordinados (quando a pessoa exerce um papel de comando), um amigo, mas em todas
elas é preciso que a fonte seja identificada como digna de confiança para que o feedback
favoreça a obtenção de efeitos consistentes. Seria ingenuidade pensar que qualquer prática
que envolva seres humanos pode ser levada adiante de uma forma intensa e produtiva sem
que exista uma relação de reciprocidade entre quem oferece e quem recebe. 

DIFICULDADES PARA A CRÍTICA
­ Poucas pessoas gostam de dialogar sobre as próprias dificuldades.
­   Os   envolvidos   muitas   vezes   não   são   suficientemente   autoconfiantes   para   lidar   com
críticas.
­ A crítica pode ser utilizada como instrumento de poder.
­ A crítica pode ser deliberadamente destrutiva, ao invés de construtiva.

  “Você tem trabalhado muito no planejamento de negócios para
sua   pequena   empresa   de   design   gráfico.   Sua   sócia   deveria   estar
fazendo isso com você, mas ela não tem comparecido às reuniões
que vocês dois têm marcado com a equipe, tampouco fez o trabalho
de pesquisa que disse que faria. Não é por falta de tempo, porque
vocês dois têm carga de trabalho equivalente. Sua sócia mostrou a
mesma falta de responsabilidade quando vocês estavam preparando
uma   proposta   para   seu   melhor   cliente;   em   ambos   os   casos   você
acabou tendo que fazer tudo sozinho.”
Como você faria uma crítica construtiva a esse comportamento, considerando os
seguintes aspectos:

Antes de fazer a crítica :


• Identifique o comportamento que você está criticando;
• Identifique as consequências do comportamento acima;
• Quais as mudanças que você gostaria que ocorressem em situações futuras?

Durante o processo da crítica :


• Que estratégias utilizaria para deixar claro que você não é o dono da verdade, mas está
relatando apenas a sua percepção do problema?
• Dê exemplos que ilustrem o comportamento que está criticando;
• Dê uma compensação positiva, citando as coisas boas que a sua sócia faz;
• Para que ela não se sinta sozinha e saiba que você está disponível para ajudá­la a
superar essa situação, sugira possíveis soluções;
• Deixe claro o resultado que tem em mente ao fazer a crítica e os benefícios futuros caso

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Postura Profissional 48

a sua sócia concorde em mudar o comportamento;
• Agora, releia o exercício que acabou de fazer. Percebeu? O discurso já está pronto, é só
praticar.

Importante!
A crítica não é sobre a pessoa, e sim sobre um comportamento específico. 
Se o indivíduo se sentir criticado na forma de ser, provavelmente, reagirá
negativamente   a   crítica.   Se,   por   outro   lado,   perceber   que  é  apenas   uma
ação/atitude/comportamento que está sendo objeto do comentário, terá mais
facilidade em ouvir

Projeto e-Jovem - Módulo II


O ambiente profissional 49

Capítulo 5.  O ambiente profissional
Temática: Conduta Profissional

 Ética

Texto: As três Peneiras
Olavo foi transferido de setor. Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe,
saiu­se com esta:
– Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Marco; Disseram que
ele…
Antes mesmo de terminar a frase, Juliano, o chefe, o interrompeu:
­ Espere um pouco Olavo, o que vai me contar sobre o Marco já passou pelo crivo das três
peneiras?
­ Peneiras? Que peneiras, chefe?
­ A primeira peneira é a da  VERDADE. Você tem certeza
que   o   que   vai   me   contar   sobre   o   Marco   é   absolutamente
verdadeiro?
­ Não. Só sei o que me contaram, mas acho que…
E, novamente Olavo é interrompido pelo chefe.
­ Então sua história já vazou a primeira peneira.
Vamos então para a segunda; a peneira da BONDADE.
O   que   você   vai   me   contar   é   algo   bom?   Gostaria   que   os
outros também dissessem isso a seu respeito?
­ Claro que não! Deus me livre, chefe! – responde Olavo
assustado.
­ Então – continua o chefe – Sua história vazou também a segunda peneira.
Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE.
Você   acha   mesmo   necessário   me   contar   esse   fato   ou   passá­lo   adiante?   Ele   ajuda   a
resolver alguma coisa? Pode ajudar a melhorar algo em nosso dia­a­dia?
­ Sinceramente não, chefe. É, passando pelo crivo das três peneiras, vi que não sobrou
nada do que eu iria contar – comentou Olavo, um pouco decepcionado.
­ Pois é, Olavo. Já pensou como as pessoas poderiam ser mais felizes e as empresas muito
mais agradáveis para se trabalhar se todos usassem essas peneiras? – diz o chefe sorrindo, e
continua …
­ Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta­o ao crivo das três peneiras
antes   de   obedecer   ao   impulso   de   passá­lo   adiante: Verdade, Bondade e Necessidade.
PENSE NISSO!

Projeto e-Jovem - Módulo II


O ambiente profissional 50

A   Ética   pode   ser   compreendida   como  um


conjunto de regras, princípios ou maneiras
de   pensar   que   guiam,   ou   chamam   a   si   a
autoridade de guiar, as ações de um grupo
em particular (moralidade).
Pode   ser   compreendida   também   como  o
estudo sistemático da argumentação sobre
como nós devemos agir (filosofia moral).
A  ética   organizacional   –   o   conjunto   de   regras   e   valores   que   orientam   o
comportamento   dos   funcionários   de   uma   determinada   organização  ­   pode   ser
entendida como um valor da organização que assegura sua sobrevivência, sua reputação e,
consequentemente, seus bons resultados. Aplicar a  ética nas profissões e organizações é
considerado   um   fator   importantíssimo   para   a   sobrevivência   das   mesmas,   inclusive   de
pequenas e grandes empresas. Estas vêm percebendo a necessidade de utilizar a ética para
que o “público” tenha uma melhor visualização do seu “slogan”, que permitirá ou não, um
crescimento da relação entre funcionários e clientes.
É relevante ter consciência de que toda a  sociedade vai se beneficiar  através da ética
aplicada dentro da empresa seus clientes, fornecedores, sócios, funcionários e o governo
entre   outros.   Se   a   empresa   agir   dentro   dos   padrões   éticos,   ela   só   tende   a   crescer
estruturalmente e promover o crescimento dos que a compõem.
A ética na empresa visa também garantir que a convivência no ambiente de trabalho seja
respeitosa e agradável.

Ética no Ambiente Profissional
Adotar uma postura profissional não parece exigir muito de quem se propõe a investir
nisso. Algumas dicas simples podem ajudar o profissional:
(1) Apresentação pessoal. Musiquinhas fofas no celular, longos papos
com   a   melhor   amiga   no   telefone,   e­mails   extensos,   decote
arrasa­quarteirão, sandália de tiras finas e salto são coisas que algumas
mulheres   adoram.   Mas,   sentimos   informar,   devem   ser   evitadas   no
ambiente de trabalho. Por mais informal que seja a sua empresa, há uma
expressãozinha   chamada   etiqueta   corporativa   que   pode   acabar
derrubando a mais competente das profissionais.  É, apenas técnica não
basta.   Para   se   destacar   no   disputado   mercado   de   trabalho,   aspectos   comportamentais
contam.   E   muito!   No   trabalho,   o   fundamental   é   transmitir   sobriedade,   estilo   e,
principalmente, respeito e afinidade com o ambiente.
A   vestimenta   deve   ser   discreta   e   harmoniosa.   As
mulheres devem evitar roupas complicadas e coloridas,
assim   como   os   excessos   de   detalhes   e   bijuterias,   os
decotes,   as  roupas   justas,   transparentes   e  ousadas.   Os
homens   devem   estar   sempre   bem   barbeados,   cabelos
curtos,   sem   brincos.   Para   não   errar,   é   recomendável
fazer a opção pelo figurino básico. Para ambos os sexos,
a pele, os cabelos, a roupa e a própria postura têm uma
enorme   importância   na   construção   de   uma   boa   impressão.   Os   jovens   devem   evitar
trabalhar de calça jeans surrada demais, desbotada ou rasgada, assim como tênis sujo ou

Projeto e-Jovem - Módulo II


O ambiente profissional 51

furado.
Tatuagens e piercings não são bem aceitos em grande parte das empresas, por isso não os
deixe em exposição.
(2) Pontualidade. Chegar na hora é sinal de respeito
com o outro. Mesmo que esse outro  seja um atrasado
convicto,   é   imprescindível   agir   de   forma   exemplar.
Afinal,   num   mundo   em   que   a   ordem   do   dia   é
administrar bem o tempo, um pequeno atraso de alguns
minutos pode ser bastante problemático e revelador de
descaso.   Se   você   sempre   se   atrasar,   poderá   ser
considerado   indigno   de   confiança   e   perder   boas
oportunidades   de   carreira.   Infelizmente,   em   muitas
empresas   julga­se   o   caráter   e   a   competência   de   um
funcionário pelo cumprimento de horário e não pela sua
produtividade ou habilidades técnicas/gerenciais. 

(3) Responsabilidade e administração do tempo. 

Administração   do   tempo   não  é  uma   técnica,


mas sim um comportamento. Não existe nenhuma
técnica   milagrosa   ou   mágica   e   nem   programa   de
computador   ou   agenda   eletrônica   que   resolva   o
problema   da   má   administração   do   tempo.
Administrar o tempo e comportamento é a atitude
assertiva   diante   de   uma   tarefa.  Não   existe   a
“administração do tempo no trabalho”.
O   tempo   é   um   recurso   constante   no   nosso
dia­a­dia. O tamanho de uma hora ou de um minuto
é o mesmo, esteja você em uma reunião de trabalho ou jogando uma partida de baralho.
Os nossos dias sempre têm vinte e quatro horas e, nesse, espaço de tempo, você tem que
se dedicar, além do trabalho, ao lazer, à família, à sua saúde, ao seu desenvolvimento, ao
seu relaxamento, ao seu descanso. Portanto, nós administramos o tempo de nossas vidas
e não do trabalho. 
O trabalho é uma das atividades que temos durante as nossas vinte quatro horas diárias
de   vida.   Raramente   encontraremos   uma   pessoa   que   administra   bem   o   tempo   em   seu
trabalho, mas não consegue fazê­lo em sua vida pessoal ou vice­versa. Ou você administra o
seu tempo ou não administra. “Seu tempo” significa o tempo de sua vida e não o tempo
dedicado ao seu trabalho.
Um dos grandes problemas que as pessoas percebem na administração do tempo é não
saber diferenciar três elementos distintos: urgência, importância e prioridade. 
Urgência está ligada ao tempo, ao prazo de início e de execução da tarefa. Uma tarefa
pode   ser   mais   urgente   ou   menos   urgente,   dependendo   dos   prazos   que   ela   tem.
Importância  é  o  quanto  aquela  tarefa irá   agregar  aos  nossos objetivos profissionais ou

Projeto e-Jovem - Módulo II


O ambiente profissional 52

pessoais, dependendo da tarefa. 
A  prioridade  da   tarefa   surge   a   partir   da   combinação   de   seu   grau   de   urgência   e
importância. 
Executamos   muitas   tarefas   no   nosso   dia­a­dia,   principalmente   aquelas   que   não   têm
urgência e nem importância e que, se não as fizéssemos, não faria a mínima diferença. Mas,
muitas   vezes,   continuamos   a   fazê­las   por   não   saber   dizer   “não”,   seja   para   o   nosso
interlocutor,   seja   para   nós   mesmos.   Temos   que   entender   que   isto   só   prejudica   a
administração   do   nosso   tempo.   Temos   que   ter   coragem   para   negar   essas   coisas
“alienantes”,   dizendo   “não”   da   melhor   forma   possível,   não   criando   nenhum   choque   de
relacionamento, mas com convicção, coerência e com a argumentação certa.
 Alguns recursos como a agenda, a secretária eletrônica e o e­mail são
ferramentas que auxiliam muito na administração do tempo. Porém, se
mal   utilizados,   eles   podem   ser   tornar   um   grande   vilão.   Saiba   qual   o
melhor tipo de agenda, saiba qual a melhor forma e quando utilizar a
secretária eletrônica, saiba utilizar eficientemente o e­mail. Pense nisto e
comece a praticar logo. 

(4) Cordialidade e boa educação.
 O importante é saber que ser cortês é uma prática mais fácil
do   que   se   imagina.   Fique   atento   quanto   à   sua   maneira   de
cumprimentar as pessoas, de andar, de se sentar, suas atitudes,
gestos, movimentos, o tom de voz e a forma de se expressar.
Vivemos   numa   época   em   que   bons   vínculos   são   um   ativo
importante para o profissional: ajuda a trabalhar em equipe, a
desenvolver uma rede de relações, a acessar informações.

(5) Relações interpessoais. 
Um ótimo relacionamento interpessoal no trabalho é imprescindível para o profissional
que almeja o sucesso. Porém, cuidado com as famosas “panelinhas”. Procure se manter
neutro aos “burburinhos”. Jamais seja “pombo correio” de informações. O que falarem para
você, guarde para si, principalmente se vierem falar mal de outras pessoas. Não alimente a
fofoca.
Não fale de pessoas, fale com pessoas; não fale de pessoas, fale de
princípios.
Nessas horas, procure apenas dizer algo como: “Isso é complicado,
mas cada um sabe o que faz”. Você vai perceber que, quando passa a
não   alimentar   certos   comportamentos,   as   pessoas   param   de   trazer
esse   tipo   de   “informação”,   pois   já   que   você   não   toma   partido,
simplesmente perde­se a graça. E com essa atitude você irá conseguir
manter uma postura neutra e profissional.

É preciso ouvir mais as idéias de seus colegas, pois muitas idéias aparentemente absurdas
podem ser a solução para um problema. Para descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe,
ouvir   as   pessoas   e   avaliar   a   situação   sem   julgamentos   precipitados   ou   baseados   em

Projeto e-Jovem - Módulo II


O ambiente profissional 53

suposições e principalmente dar crédito a quem
realmente é merecedor. Muitas vezes recebemos
elogios   pelo   trabalho   realizado   por   outras
pessoas sem sequer repassar os mesmos ou citar
o nome dos colegas que contribuíram para tal, e
isso é ser antiético, pois se está aceitando um
elogio pelo trabalho de outra pessoa e, cedo ou
tarde, o mesmo será reconhecido e você ficará
com fama de mau­caráter. E atenção: caso trabalhe com alguém de quem não gosta, troque
cumprimentos, mantenha distância e não comente com outros a antipatia que sente. Isso
minimiza os atritos e evita que os outros reparem a incompatibilidade e façam fofocas. 
(6) Relações Emocionais ou amorosas entre colegas de trabalho. 
Este assunto foi,  é e sempre será  muito polemico, pois dependendo da diferença de
hierarquias   entre   o   casal,   com   certeza   surgirão   comentários   maldosos.   Portanto,   ao   se
relacionar com um colega de trabalho tome os seguintes cuidados:  você e um colega se
apaixonaram:  se   a   empresa  não   proíbe  namoro   entre   funcionários   e   vocês   são
desimpedidos, não vale à pena esconder. Os colegas desconfiam, descobrem e fofocam;
enquanto estiver na empresa evite os apelidos carinhosos e telefonemas melosos. Nada de
“fofo”, “lindinha”,
“bebê” e “neném”; não constranja os colegas nem cause falatório criando situações para
ficar a sós com seu amado ou sua amada; cenas de ciúme e bate­boca são péssimas para sua
imagem na empresa; se brigar com ela (ele), deixe a cara fechada e a reconciliação para
fora da empresa. Seu romance não é novela para ser acompanhado capítulo a capítulo; não
policie os horários da (o) sua (seu) parceira (o) e muito menos crie empecilhos para que
ela (ele) almoce com colegas ou superiores.
Você   e  o   chefe se apaixonaram:  em  muitas  empresas,
trata­se   de   amor  proibido.  Vocês  podem  tentar  escondê­lo
por um tempo, mas correm sérios riscos; do ponto de vista
ético,   o   melhor   a   fazer   é   pedir   rapidamente   uma
transferência   de   departamento,   já   que   o   romance   pode
comprometer   o   trabalho.   Se   não   for   possível   uma
transferência,   a   saída   mais   correta   é   um   dos   dois   pedir
demissão. Durante o período de impasse, ajam com absoluta
discrição, pois os fofoqueiros de plantão adoram comentar
sobre situações como essa

(7) Uso do telefone.
  Ao se utilizar o telefone na empresa devemos tomar alguns cuidados, tais como: dar
toda a atenção à pessoa que ligou sem ficar distraído com outras atividades em paralelo;
evitar intimidades com a pessoa que está do outro lado da linha, pois isso poderá causar
constrangimentos   com   os   colegas   que   estão   ao   seu   redor;   ao   falar   ao   telefone,   você   é
julgado   pela   dicção,   capacidade   de   articular   pensamentos   e   por   tratar   os   outros   com
cortesia ou não. A voz deve ser alegre, clara, calorosa e em bom­tom, nem alta nem baixa
demais; ao atender telefonemas alheios, anote o recado escrevendo o nome da pessoa que
ligou, o número do telefone, o assunto e a hora; não faça ligações pessoais demoradas; não
entre em discussões por telefone; retorne as ligações, mesmo que você não conheça quem

Projeto e-Jovem - Módulo II


O ambiente profissional 54

deixou recado; se estiver ocupado, não tenha medo de interromper a conversa, diga que
não pode falar e que ligará em seguida e não esqueça de retornar a ligação. Todos estamos
sujeitos a ter de atender a um telefonema com alguém ao lado. Quando for inevitável,
procure fazer com discrição, nada de gestos, caretas ou comentários tapando o bocal do
telefone; jamais deixe alguém esperando na linha, melhor dizer que está ocupado e que
retornará a ligação depois; se a linha cair não se preocupe, pois a responsabilidade de ligar
novamente é de quem telefonou. O celular é um outro ponto que merece atenção, pois em
vez   de   ser   usado   a   favor   da   produtividade,   o   celular   costuma   ir   contra   ela:   reuniões
interrompidas, toques musicais que atrapalham a concentração e ligações indesejáveis em
almoços   de   negócios.   O   uso   do   celular   deve   ser   extremamente   restrito   no   ambiente
corporativo.   É   imprescindível   que   o   profissional   dê   preferência   a   toques   discretos   a
musiquinhas e sons chamativos. O volume da campainha também 
deve ser o mais baixo possível.
(8) Uso da Internet.
O   acesso   à   Internet   e   o   uso   de   e­mail   tornaram­se
parte indispensável do trabalho, abrindo uma porta para
distrações.   Um   número   crescente   de   funcionários   de
empresas   usa   suas   contas   de   e­mail   para   enviar
mensagens de conteúdo pessoal e a Internet para, por
exemplo, fazer compras.
Várias   empresas  começaram  a  reprimir   esse  tipo   de
conduta,   impondo   regras   de   conduta   para   o   uso   das
conexões de alta velocidade de que geralmente dispõem.
O esforço tornou­se ainda mais importante quando empresas começaram a ser atingidas
por vírus de computador levados para dentro de suas redes por e­mails ou por navegação
irregular na Internet. 
Sobre a má utilização da Internet durante o expediente, sabe­se inclusive de casos de
demissão por justa causa devido ao acesso a sites impróprios. Também se contesta sobre o
uso indevido do e­mail fornecido pela empresa apenas para uso estritamente profissional. O
entendimento ­ quando o e­mail tem no domínio o nome da empresa ­ é de que não se trata
de   uma   correspondência   particular   do   funcionário,   mas  uma   correspondência
encaminhada a empresa aos cuidados do funcionário. No mesmo sentido é a conclusão
acerca   da   utilização   da   Internet:   tal   ferramenta   deve   ser   utilizada   exclusivamente   para
assuntos relacionados à atividade profissional desenvolvida pelo empregado. 
No aspecto Internet, a utilização do e­mail é algo extremamente polêmico e atualmente
se discute muito sobre o direito das empresas monitorarem os e­mails de seus funcionários,
violando assim sua privacidade. Então, é importante que se tenha alguns cuidados ao se
utilizar   o   e­mail   fornecido   pela   empresa:   nunca   escreva   algo   que   possa   constrangê­lo
depois, evite intimidades e escreva aquilo que você falaria pessoalmente para a pessoa;
verifique sempre a gramática e a ortografia do texto antes de enviá­lo, pois não existe nada
pior do que um texto cheio de erros; seja claro e objetivo, pois hoje em dia ninguém tem
tempo para ler textos extensos demais ou ficar pensando em palavras fora de contexto;
jogue fora todos aqueles e­mails que não servem para nada, como malas diretas, correntes e
piadinhas infames e só responda àqueles que realmente mereçam sua atenção; não mande
correntes, piadas – obscenas ou não ­ e pegadinhas por e­mail.
(9) No exercício do cargo / função.

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O ambiente profissional 55

 Jamais use seu cargo, função, atividade, posição ou influência
com o fim de obter qualquer favorecimento para si ou para outros.
Busque   o   melhor   resultado   mantendo   sempre   uma   atitude
transparente,   de   respeito   e   colaboração   com   os   colegas   de
trabalho. Procure saber como seus superiores trabalham e como
gostam   que   seus   colaboradores   exerçam   suas   atividades,   pois
dessa maneira você poderá guiar suas atitudes e reações; deixe
claro quais são as suas funções, principalmente se elas incluírem
obrigações   pessoais   e   particulares.   Sobretudo,   no   caso   de
secretárias   e   assistentes   que   são   encarregados   de   controlar   as
contas   do   chefe,   organizar   agenda,   comprar   presentes   para   os
familiares, etc.; caso tenha afinidades ou amigos em comum com o seu chefe, não há mal
algum em fazer comentários pessoais, mas seja discreto e tome cuidado para não parecer
inconveniente  nem puxa­saco;  reconheça os erros,  mas não  exagere no  arrependimento
nem na culpa. A fala correta é: “não foi um erro intencional, isso não vai ocorrer de novo e
vou remediar o acontecido”.
(10) Intimidações.
Jamais tolere ameaças ou assédios  de qualquer  tipo;
não se submeta a situações de assédio moral (entendido
como o ato de desqualificar repetidamente, por meio de
palavras, gestos ou atitudes, a auto­estima, a segurança
ou   a   imagem   do   empregado   em   função   do   vínculo
hierárquico)   e   denuncie   o   assediador;   respeite   a
hierarquia,   porém   informe   imediatamente   à   gerência
superior   qualquer   comportamento   irregular,   desde   que
devidamente   fundamentado;  comunique  imediatamente
aos   seus   superiores   hierárquicos,   para   que   tomem   as
providências cabíveis, qualquer aliciamento, atitude ou omissão que julgue contrários ao
interesse da empresa; não ceda a pressões que visem a obtenção de vantagens indevidas.
(11) E, balizando tudo isso, ter uma conduta ética irrepreensível, o que significa saber
que  tudo  o que fazemos e  falamos em relação  a nós mesmos, ao colega,  à  empresa,  à
sociedade, funciona, para quem nos ouve, como credencial. Se não for de boa qualidade,
todo mundo nota. Ser ético o é antes de tudo ser honesto em qualquer situação, nunca
fazer algo que não possa assumir em público, ser humilde, tolerante e flexível. Ser ético
significa, muitas vezes, abrir mão de algumas coisas e perder algo.
Mas é bom não esquecer: nada disso tem sentido se a postura profissional não estiver
refletindo   uma   maneira   pessoal   legítima   de   se   comportar.  Você   não   conseguirá
sustentar por muito tempo um “personagem” desenvolvendo um papel.  É fundamental o
seu empenho para internalizar conscientemente a postura adequada e agir naturalmente.

C.H.A – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes

Uma   nova   filosofia   que   surgiu   nos   últimos   anos   para   avaliação
profissional é o intitulado CHA ­ conhecimento, habilidade e atitude.
O  CHA é como uma ferramenta que pode ajudar na  implantação

Projeto e-Jovem - Módulo II


O ambiente profissional 56

da Gestão por Competência.
Conhecimento é o sabor teórico. O conhecimento, em geral, é tácito, presente apenas
na mente do profissional. O grande desafio das organizações é transformar o conhecimento
tácito em conhecimento explícito. O saber fazer deve ser conhecido de todos, isso é vital
para sobrevivência de uma organização.
Habilidade é o saber fazer. O ideal seria a junção de conhecimento e habilidade, mas essa
combinação nem sempre é possível. Muitas vezes quem tem o conhecimento não é quem
executa. A habilidade, em regra, depende de prática, treino, erros e acertos. A prática leva a
perfeição. Em quase toda organização profissional quem planeja não executa e como "teoria
na prática é outra" o serviço que é executado é muito diferente do que foi pensado. 
Atitude está ligada a ação. Não adianta ter conhecimento e habilidade e não ter atitude.
Atitude   é   querer   fazer.   Muitos   profissionais   estão   pouco   dispostos   a   ter   atitudes   de
mudança. Sabem que se algumas coisas mudassem o resultado final seria melhor. Mas para
que mudar o que de certa forma está dando certo? Essa atitude é necessária para ocorrer à
mudança. Atitudes são necessárias para se mudar paradigmas.
Conhecimento se adquire estudando e habilidade vem com a prática. O grande problema
que eu vejo é a falta de atitude, algo meio místico, algo que vem no DNA da pessoa, difícil
de ser adquirido, difícil de ser aprendido. Observe que eu disse difícil e não impossível. Só
que para ter atitude é necessário atitude.

Identificando e Solucionando problemas
Texto: O Jardim

Um senhor vivia sozinho em uma pequena cidadezinha no interior do
Ceará...
Ele queria preparar a terra do seu Jardim para plantar flores, mas era
um trabalho muito pesado e o pobre senhor teve que desistir. Seu único
Filho, que o ajudava nesta tarefa, estava na prisão já faziam 2 anos...
O homem então escreveu a seguinte carta ao filho:
­''Querido Filho, estou triste, pois não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto
não poder fazê­lo, porque sua mãe sempre adorou flores e esta  é a época certa para o
plantio...
...Mas eu estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria
esse problema, mas sei que você não pode me ajudar, pois estás na prisão. 
Com amor, Seu Pai.'''
Pouco depois, o pai recebeu o seguinte telegrama:
­   ''PELO   AMOR   DE   DEUS,  Pai,   não   escave   o   jardim!   Foi   lá   que   eu   escondi   os
corpos!!!’’
Como   as   correspondências   eram   monitoradas   na   prisão,   às   quatro   da   manhã   do   dia
seguinte, uma dúzia de agentes da Polícia Federal e 4 viaturas do Ronda do Quarteirão
apareceram e cavaram o jardim inteiro à Procura dos corpos.
Para a surpresa de todos, não foi encontrado nenhum corpo se quer.

Projeto e-Jovem - Módulo II


O ambiente profissional 57

Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que acontecera.
E esta foi a resposta do filho ao pai:
­ ''Pode plantar seu jardim agora, amado Pai. Isso foi o máximo que eu pude fazer
no momento.'''
Estratégia é tudo!!!
Nada   como   uma   boa   estratégia   para   conseguir   coisas   que   parecem   impossíveis.
Assim, é importante repensar sobre as pequenas coisas que muitas vezes nós mesmos
colocamos como obstáculos em nossas vidas.
Sabemos que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente. Hoje os profissionais
que mais se destacam não são aqueles que são capazes de realizar seu ofício com eficiência,
mas sim aqueles que possuem a competência da flexibilidade. Funcionários que são capazes
de desempenhar diversos papéis e diversas funções. E uma das mais importantes dessas
competências é a competência para solucionar problemas. A solução de problemas está
muito   relacionada   com   a   tomada   de   decisões,   a   criatividade,   a   proatividade,   a
automotivação.

Problema
Um  problema  é   uma   questão   proposta   em   busca   de   uma
solução. Em psicologia, podemos compreender problema como
qualquer   questão   que   pode   dar   margem   a  hesitação  ou
perplexidade, pela dificuldade de explicação ou resolução.
Problema, para a filosofia, é, em geral, qualquer situação que
inclua a possibilidade de uma alternativa.
É   a   constatação   de   que   um  fenômeno  observado   não   tem
sentido   único,   ele   pode   ser   confeccionado   por   várias
alternativas.
O que há em comum entre essas definições é a compreensão
de que uma situação só pode ser concebida como um problema
na   medida   em   que   não   disponhamos   de   mecanismos   automáticos   que   nos   permitam
solucioná­la ou compreendê­la de forma imediata, exigindo, assim, um processo de reflexão
ou uma tomada de decisões sobre a sequência de passos a serem seguidos.
Tomada de decisões  é o  processo  pelo qual são escolhidas algumas ou apenas uma
entre muitas alternativas para as ações a serem realizadas.
As decisões são escolhas tomadas com base em propósitos, são ações orientadas para
determinado   objetivo,  e  o  alcance  deste  objetivo   determina  a  eficiência do   processo   de
tomada de decisão.

Passos para a solução de problemas

Passo 1: Compreender o problema
Para ajudar na compreensão do problema, procure identificar, em meio aos dados novos,
elementos já conhecidos guiem a nossa busca de soluções.
Passo 2: Conceber um plano

Projeto e-Jovem - Módulo II


O ambiente profissional 58

Significa perguntar­nos qual é a distância entre a situação da qual partimos e o objetivo
que queremos alcançar e quais são as estratégias mais úteis para diminuir essa distância.
Passo 3: Executar o plano
Consiste em colocar em prática o plano elaborado. Normalmente, isso faz com que o
problema se transforme em outro, pelo surgimento de novas variáveis, fazendo com que
nos coloquemos sempre diante de um novo problema.
Passo 4: Análise / Avaliação do plano
A avaliação permite a tomada de consciência das estratégias empregadas para solucionar
eficazmente o problema. Esta ação possibilita a aquisição de um controle cada vez maior
sobre a forma como enfrenta um problema, percebendo­nos capazes de planejar melhor,
descobrir   mais facilmente  os  nossos  erros  e conhecer melhor  a  nossa própria  forma   de
atuação.

Projeto e-Jovem - Módulo II


A comunicação e seus comportamentos 59

Capítulo 6.  A comunicação e seus componentes
Temática: Comunicação
Texto:
Um Mundo sem Comunicação…
Por: Paula Moreira
Imaginemos um mundo sem comunicação…
Um mundo sem palavras,  expressões,  gestos…
Um mundo sem interação, sem deveres, sem obrigações nem opinião! 
Um mundo socialmente vazio… apenas seres vivos, apenas isso!
(Seres vivos, não pessoas!)
Seres vivos que apenas sobrevivem neste tal mundo imaginário…
(Sobrevivem, não vivem!)
Neste mundo onde cada ser vivo está sozinho, cada um por si e não por todos
Neste   mundo   onde   não   se   fala,   não   se   lê,   não   se   escreve,   não   se   gesticula,   não   se
comunica…
Neste mundo onde a necessidade básica do Homem  se erradica!
Imaginemos um mundo sem comunicação…
Difícil, não?!

A comunicação
A comunicação ocorre quando há pelo menos duas pessoas, os chamados interlocutores,
interagindo por meio de uma linguagem. Cada pessoa  é, portanto,  interlocutor, e troca
informações baseadas em seu repertorio cultural, sua formação educacional, vivências,
emoções, toda a “bagagem” que traz consigo. 
O   processo   de   comunicação   prevê   um  emissor  e   um  receptor.   Cada   qual   tem   seu
repertório cultural exclusivo e, portanto, elaborará a informação segundo seu conjunto de
particularidades.   O   receptor   agirá   da   mesma   maneira,   segundo   o   seu   próprio  filtro
cultural  e   sua   condição   de   produção   de   leitura.   Os   “ruídos”   existentes   no   processo   de
comunicação devem ser minimizados pelo melhor nível de qualidade das informações que o
emissor possa dispor, e o receptor deve se portar da maneira mais aberta para produzir a
leitura   da   informação   em   questão.   Para   que   a   comunicação   se   realize   com   sucesso,   é
necessário que cada um dos interlocutores compreenda bem o que o outro diz. A fim de
minimizar esses choques culturais, convencionaram­se ferramentas e meios que passam a
ser usados pelas pessoas na comunicação.
Como exemplo de ferramenta, podemos considerar a fala, a mímica, os computadores,
a escrita, a língua, os telefones e o radio. 
A escolha dos meios de comunicação e a utilização das ferramentas disponíveis devem
ser observadas de modo a facilitar todo o processo com o menor índice de ruídos possível.
Uma   vez   transmitida   a   informação,   o   receptor   a   processa   e,   segundo   seus   objetivos,

Projeto e-Jovem - Módulo II


A comunicação e seus comportamentos 60

transforma­a   em  conhecimento.   O   importante   na   comunicação   é   o  cuidado  e   a


preocupação   dos  interlocutores  com   a   transmissão   dos  dados  ou   das   informações   em
questão para que se obtenha sucesso no processo desejado. 

Componentes do processo comunicacional:
• Interlocutores:
Emissor:  é   o   locutor,   aquele   que   diz   algo   a   alguém.   Este,   em   dado
momento, emite uma mensagem para um receptor, ou destinatário. Antes de
enviar ou até mesmo produzir a mensagem, o emissor normalmente procura
descobrir   qual   o   nível   de   conhecimento   do   receptor,   a   sua   cultura,   a   sua
instrução,   em   outras   palavras,   descobrir   o  repertório  dos   receptores   da
mensagem.

Receptor: é o locutário, Aquele com quem o locutor se comunica, aquele
a   quem   se   dirige   a   mensagem,   aquele   que   recebe   a   informação   e   a
decodifica.   Isto   é,   transforma   os   impulsos   físicos   (sinais)   em   mensagem
recuperada.

•  Mensagem:  é, no sentido geral, o objeto da comunicação, o que foi
transmitido entre os interlocutores: é o texto. O termo pode se aplicar tanto
ao conteúdo da informação, quanto à sua forma de apresentação. Refere­se
a qualquer pensamento, idéia ou informação expressa brevemente em uma
linguagem ou código, preparada numa forma possível de transmissão por
qualquer meio de comunicação.

•  Canal de propagação:  aparato tecnológico utilizado no processo comunicacional, o
meio físico que conduz a mensagem ao interlocutor.

•  Contexto:  o   ambiente   em   que   a   comunicação   ocorre,   as   pessoas   no


processo,   a   situação   em   que   se   encontram   a   finalidade   e   o   objetivo   da
comunicação.

Linguagem
Linguagem   humana  é   todo   e   qualquer   sistema   de  signos  que   serve   de   meio   de
comunicação entre indivíduos humanos, e pode ser percebido pelos diversos órgãos dos
sentidos, o que leva a distinguirem­ se vários tipos de linguagem: visual, auditiva, tátil, etc.
Os   elementos   constitutivos   da   linguagem   são,   pois,  gestos,   sinais,   sons,   símbolos   ou
palavras,   usados   para   representar   conceitos   de  comunicação,   ideias,   significados   e
pensamentos.
Tanto na linguagem escrita quanto na linguagem oral, é preciso haver sintonia entre os
participantes   do   processo   para   o  sucesso   da   comunicação.   A   sintonia   pressupõe
adequação da linguagem usada pelo emissor (vocabulário, nível de formalidade, etc.) a
linguagem do receptor e domínio de áreas de conhecimento semelhantes.

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A comunicação e seus comportamentos 61

Código
Um  código  é   um  sistema   de   sinais  ou   de  símbolos  que,   por   convenção   prévia,   é
utilizado para enviar uma  mensagem.  Exemplos  de códigos são as  línguas naturais, o
código   Morse,   o   Braille,   sinais   de   trânsito.   O   código   pode   ser   formado   de   sinais   de
natureza   diferente:  sons  (código   linguístico),  signos   escritos  (código   gráfico),  sinais
gestuais, cores (semáforos), etc. Podemos, então, dizer que um código e um conjunto de
signos e de regras de utilização. Para que haja comunicação é necessário que o emissor
e o receptor conheçam o código utilizado, os signos e as respectivas regras de utilização.
Linguagem escrita  e  linguagem  oral  são  dois códigos diversos,  cada qual com suas
características, seus recursos expressivos, seu campo de ação.
A expressividade da linguagem oral se apresenta por meio da ênfase, da entonação,
das pausas, da fluência, da mímica, dos gestos e do vocabulário empregado.
Na  linguagem   escrita,   o   emprego   do  discurso  direto,   das  normas  ortográficas,   da
acentuação e da pontuação se sobressaem como traços de expressividade.
É   importante   notar   que   a   pontuação   tem,   também,   função   lógica:   evita   erros   de
interpretação;   na  linguagem   oral,   a  falta   de   sintonia   prejudica   o   dialogo,   e,   na
linguagem escrita, provoca textos inadequados (por exemplo, em termos do vocabulário
utilizado)   e,   até   mesmo,  incompreensíveis,   podendo   provocar   inclusive,  distorções   na
interpretação do leitor.

Exemplo de Código de Linguagem:

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A comunicação e seus comportamentos 62

Alguns cuidados importantes no processo de Comunicação
Leia o Texto a seguir: 
“Em uma fábrica de automóveis, o Presidente precisou enviar um comunicado para
os funcionários. Por respeito à hierarquia, transmitiu o comunicado, oralmente, para
o   Diretor,   solicitando  que   repassasse   urgentemente  para   o  Gerente   e  este,   para   o
Supervisor, que por sua vez passaria para o Chefe da equipe de funcionários.”

As respectivas falas, que são:
Do Presidente para o Diretor:
“Na próxima sexta­feira, às 17 horas, o cometa Halley estará passando por esta área.
Trata­se   de   um   evento   que   ocorre   a   cada   78   anos.   Assim,   por   favor,   reúna   os
funcionários   no   pátio   da   fabrica,   todos   usando   capacete   de   segurança,   quando
explicarei o fenômeno. Se chover, não veremos o raro espetáculo a olho nu.”
O Diretor repassou o comunicado para o Gerente:
“A pedido do Presidente, na sexta­feira, as 17 horas, o cometa Halley vai aparecer
sobre a fabrica. Se chover, por favor reúna os funcionários, todos com capacete e os
encaminhe ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que ocorre a cada 78 anos
a olho nu.”
O Gerente então transmitiu ao Supervisor:
“A convite do nosso querido Presidente, o cientista Halley, de 78 anos, vai aparecer
nu  na  fabrica, usando capacete, quando ira  explicar o fenômeno da  chuva para  os
seguranças, no pátio.”
Por fim, o Supervisor reuniu os funcionários e comunicou:
“Pessoal, todo mundo nu, na próxima sexta­feira, as 17 horas, pois o mandachuva
do Presidente, um tal de senhor Halley, estará lá para apresentar um raro fenômeno,
que só ocorre a cada 78 anos, que e o filme Dançando na Chuva. Caso comece a chover
mesmo, coloquem o capacete, por motivo de segurança.”
É fato que nos relacionamos e nos comunicamos com as pessoas o tempo todo, dês de os
momentos mais simples, como quando compramos um pão na padaria perto de casa, ou
caminhamos   pela   rua,   até   quando   se   participa   de   uma   reunião   com   a   empresa   para   a
solução de um problema que decidirá o destino da organização. Assim sendo, é de total
importância que tenhamos uma comunicação precisa e eficaz que vise o sucesso e bem estar

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A comunicação e seus comportamentos 63

dos grupos com os quais convivemos e nos relacionamos.
Apesar das relações interpessoais serem tão corriqueiras, fazem parte de um processo
complexo,   que   requer   uma   série   de   requisitos   para   que   sejam   satisfatórias.   É   preciso
aprender a se comunicar bem, sempre ficando atento a alguns cuidados importantíssimos
no momento da relação e comunicação interpessoal.

No momento da comunicação EVITE:
­ Respirar mal;
­ Falar muito baixo ou muito alto;
­ Pronunciar mal as palavras;
­ Falar muito depressa ou muito lentamente;
­ Usar vícios de linguagem como ‘’ tá?’’, ‘’né?’’, ‘’ai’’, ‘’ok’’, ‘’certo?’’, ‘’é isso ai!’’,
‘’tipo assim’’, ‘’a gente’’, ‘’ macho’’, entre outros...
­ Embolar as palavras;
­ Organizar mal as idéias e apresentações;
­ Expressar­se sem objetividade e clareza;
­ Querer falar ‘’ bunito’ demais;
­ Usar gírias ou contar piadas;
­ Perder­se em detalhes;
­ Olhar para o teto, chão, ou fugir do olhar de quem está a sua frente;
­ Entre outros...

Interpretando Sinais Não­Verbais
Grande   parte   da   comunicação   acontece   de   forma   não   verbal.   Você   envia   mensagens
positivas   ou   negativas,   dependendo   da   maneira   como   se   comunica   sem   fazer   uso   das
palavras. 
Veja   a   seguir   algumas   reações   não   verbais   e   como   elas   podem   ser   interpretadas   e
percebidas pelos outros. E fique atento!
Reação Não­verbal O que ela pode indicar
Balançar a perna Impaciência; Urgência; Falta de interesse
Levantar a sobrancelha Descrença; Questionamento; Surpresa.
Assentir com a cabeça Aprovação; Encorajamento; Compreensão.
Franzir a testa Desaprovação; Tristeza; Falta de
Compreensão.
Olhar distante Distração; Impaciência; Falta de Interesse.
Girar os olhos Desaprovação; Descrença; Falta de
Compreensão.
Agitar­se Falta de Interesse; Mensagem muito
Longa; Desconforto.

A arte de ouvir
No processo da comunicação saber falar corretamente é tão importante quanto o saber

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A comunicação e seus comportamentos 64

calar oportunamente. Perceber, reconhecer, entender, compreender, valorizar, dar atenção,
respeitar... 
São vários nomes diferentes para um processo tão simples, mas ao mesmo tempo tão
difícil de ser praticado: ouvir, de fato, o outro. 
Ouvir  não   significa  simplesmente  escutar  os  sons
da voz ou acompanhar o raciocínio do interlocutor.
Significa,   antes   de   tudo,   ter   paciência   e   tolerância
para   aceitar   a   outra   pessoa   como   ela   é,   com   suas
qualidades e seus defeitos, crenças e emoções, com
sua   aparência,   quer   nos   seja   agradável   ou
desagradável,   sem   pré­julgamentos.   Concordo   com
quem disse que esse não é um processo fácil, embora
pareça tão elementar. 

Dicas para tornar­se um Ouvinte Dinâmico
1. Ouça sem julgamento. Ouvir bem é ver o mundo a partir da posição da outra pessoa.
Quando   estamos   realmente   ouvindo,   recebemos   as   atitudes   da   outra   pessoa   de   uma
maneira aberta, sem emitir julgamentos. É como se disséssemos ao outro: “eu me interesso
por você como pessoa e acho que o que tem para dizer é importante”. E lembre­se: respeitar
e aceitar o outro não exige, necessariamente, a concordância com o que ele está dizendo.
2.  Faca uso do silêncio.  É importante que você tente não interromper a pessoa para
falar sobre uma situação semelhante que você enfrentou, por exemplo. Só faça isso após ter
ouvido até o fim o que ela tem a dizer. E utilize sinais  não­verbais; eles têm o mesmo
propósito das expressões verbais, mas usam a linguagem corporal ao invés de palavras.
3.  Faca concessões.  É importante ter disposição para considerar o ponto de vista da
outra pessoa e para fazer algumas concessões, se necessário. Isto significa que, às vezes, é
preciso desistir de “estar certo”, com o objetivo de se aproximar da interpretação do outro,
analisando­a a partir do lugar que ele ou ela se encontra, e não do seu próprio lugar.
4. Seja sensível. Fique atento aos sentimentos que estão presentes na fala, pois podem
ser responsáveis por alguns ruídos na comunicação. Mas lembre­se: o que você conseguirá
é, no máximo, supor os sentimentos que a pessoa pode ter. Então, é importante que dê à
outra  pessoa  a  chance de  checar se  a sua compreensão  sobre  a emoção  que  ela tem  é
realmente a correta. Uma boa maneira de checar se o que compreendeu  é exatamente o
que o outro quis comunicar, é iniciar dizendo: “se eu compreendi bem o que você falou, ...”
Falando em público com sucesso

Nos   dias   atuais,  a   comunicação   humana


precisa   ser   eficiente,   gentil   e   rápida,
especialmente   a  linguagem   verbal.   Não   tenha
dúvidas: além da aparência pessoal, muitas vezes o
sucesso   de   suas   pretensões   depende   da   maneira
como   você   se   comunica.   Assim,   esteja   atento   às
virtudes de estilo ou qualidades da boa linguagem.

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A comunicação e seus comportamentos 65

A inibição para falar, dirigir ou participar de reuniões, atender clientes, defender idéias,
é   um   problema   da   comunicação   oral   que  pode   ser   superado   com   técnica,   muito
exercício e prática.  Aqui vão algumas  dicas  para que você fale melhor (e para que as
pessoas falem bem de você).
• Saiba fazer perguntas de forma apropriada: use perguntas fechadas, que produzem
respostas rápidas, se sua intenção for criar um ambiente favorável para iniciar a conversa
(Quem...?   Há   quanto   tempo...?   Onde...?).   Se   o   seu   propósito   for   motivar   as   pessoas   e
estimular a sua participação, lance mão de perguntas abertas, que produzam respostas de
raciocínio mais elaborado (Por que...? De que maneira...? O que...?).
• Tenha bom humor, mas tome cuidado com os exageros.
•  Não caia em provocações. Se no meio de uma conversa você perceber que as vozes
começaram a se alterar e que cada um se fechou em suas próprias idéias, deixe a vaidade
de  lado  e  tome a iniciativa  de ceder,  concordando   de  maneira genérica com  a opinião
divergente da sua, como estratégia para continuar o processo e acalmar os ânimos.
•  Seja   gentil.  A   gentileza   pode   estar   no   tom   amável   da   voz,   na   generosidade   das
palavras, na honestidade dos princípios e da ética.
Seja um verdadeiro comunicador:
• Fale com emoção: demonstre legitimidade e crença naquilo que está falando. Se você
falar como se estivesse apenas cumprindo uma tarefa, não conseguirá envolver nem tocar
as pessoas.
•  Seja   natural.   Por   mais   que   domine   técnicas,   fale   sempre   preservando   seu   estilo   e
respeitando suas características.
•  Seja coerente. Fique atento para ver se não está falando por falar, usando palavras
ocas, que não representam exatamente o que você pensa, acredita, sente ou faz.
Conheça os ouvintes e se aproxime de suas características:
• Procure saber qual é o nível intelectual predominante e o grau de conhecimento que
eles têm sobre o tema que você vai tratar.
• Fique atento à faixa etária do público, para adequar a linguagem.

A estética da fala:
• Fale com o volume de voz adequado.
• Use a velocidade certa, para não acelerar demais e ficar incompreensível, mas também
para não ficar pausado demais e se tornar enfadonho.
• Tenha ritmo, utilizando o volume e a velocidade para tornar sua fala mais “colorida” e
atraente.
• Pronuncie bem as palavras.
• Utilize vocabulário adequado: nada de gírias e palavrões; evite vocabulário rebuscado
e pouco usual; só utilize termos técnicos se o seu interlocutor tiver o domínio deles.
• Cuide da expressão corporal, mensagens que podemos enviar de forma não­verbal.
Atente   para   o  inicio,   meio   e   fim:   toda   fala,   seja   uma   simples   conversa   ou   uma
apresentação para uma platéia, precisa ter início, meio e fim.

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A comunicação e seus comportamentos 66

•  O   início:  procure   conquistar   seu   interlocutor   e   minimizar   suas   resistências,


conquistando seu interesse e atenção. Para isso, pode utilizar algumas dicas: conte uma
pequena estória que tenha relação com o tema que será tratado; inicie com uma frase que
provoque impacto; faça uma citação de um autor respeitado pelo seu interlocutor; levante
uma reflexão.

ATENÇÃO!
Não  é  aconselhável  que  você:  se  desculpe  por  estar  com  problemas  físicos
(gripe, dor de cabeça, etc) ou por não estar devidamente preparado para falar;
conte piadas; tome partido sobre assuntos polêmicos; comece com “chavões” já
desgastados  pelo  uso  (“A  união  faz  a  força”,  “uma  andorinha  só  não  faz
verão”).

• O meio: apresente sinteticamente o que irá abordar; apresente as etapas e a estrutura
do   que   irá   desenvolver;   desenvolva   o   assunto   utilizando   exemplos,   dados,   estatísticas,
comparações, enfim, tudo que puder fortalecer o conteúdo da sua fala.
• O fim: faça uma breve recapitulação ou um resumo do que apresentou; utilize alguns
dos recursos sugeridos para o início; agradeça e despeça­se.
Pratique bastante:
• Exercite sempre que puder aproveite a oportunidade para falar. Não esqueça também
que o bom comunicador deve saber ouvir.

Dicas para falar de improviso
Uma coisa é você se preparar para se apresentar em uma
reunião, apresentar um seminário na escola, apresentar um
produto   novo   para   os   clientes.   Outra   coisa   é   você   ser
solicitado a falar, sem que tenha tido tempo para se preparar
adequadamente, ou sobre um assunto que não tem domínio.
Abaixo estão relacionadas algumas dicas que poderão ser
úteis:

•   Em   primeiro   lugar,   só   é   possível   falar   de   improviso  quando   se   tem   algum


conhecimento, mínimo que seja, sobre o assunto. Portanto, se o assunto for totalmente
desconhecido, é melhor não emitir opinião. Nem pense em enrolar os seus interlocutores; é
fácil perceber quando a pessoa desconhece o assunto.
• Faça um esquema mental dos temas mais importantes do assunto a ser abordado.
• Estruture a sua comunicação do geral para o especifico. Por exemplo:
Ceará como sub­sede da Copa do Mundo de Futebol. Estrutura da Fala: Saudação – A
importância da Copa do Mundo de Futebol (geral); Benefícios para o Ceará com a vinda da
copa   do   mundo   para   o   estado   (especifico);   Perspectiva   de   muitos   empregos   e   novas
categorias de serviço (mais especifico ainda) – conclusão.

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A comunicação e seus comportamentos 67

Fatores que contam ponto na Comunicação Verbal
Correção  –   É   a   conformidade   com   a   norma   dita   “culta”,   padrão   linguístico   definido
socialmente.   Quem   quiser   ascender   socialmente   deve   dominá­lo,   caso   contrário,   estará
“excluído”. O emprego da norma culta é requerido nas escolas, nas repartições e empresas
públicas, na imprensa e nas manifestações  linguísticas  orais e escritas, embora a norma
culta   comporte   dois   padrões:   o   formal   (escrito)   e   o  coloquial   (oral),   que   apresentam
diferenças. A correção ortográfica e gramatical facilita a formação de imagem favorável
junto aos receptores das mensagens. A correção gramatical obtém­se com muita leitura e
com muito exercício.
Concisão  – É a objetividade na expressão de forma a  transmitir o máximo de idéias
com o mínimo de palavras. Evite a “enrolação” e seja direto. A linguagem direta, sem
rebuscamentos e excesso de adjetivações, comunica melhor. O contrário da concisão é a
prolixidade.
Clareza – Trata­se de virtude essencial da comunicação, e seu oposto é a ambiguidade. A
clareza permite na transmissão adequada do pensamento e a indubitável expressão da
vontade e dos desejos.
É obtida com auxílio da concisão e da simplicidade, o que equivale a dizer: predomínio
do   uso   de   vocábulos   de   alta   frequência   (palavras   mais   acessíveis   ao   receptor   comum),
períodos   curtos   e   ordem   direta.   Há   certas   categorias   profissionais   que   se   esmeram   na
linguagem rebuscada, quase incompreensível, na vã ilusão de que com isso impressionam.
Ledo engano. Não perca de vista a adequação do nível de linguagem ao público a que se
dirige: conforme os  destinatários, você precisará  empregar  a norma popular em vez da
culta, pois esta poderá não ser compreendida. O ideal é o falante ser “poliglota na sua
própria língua”, ou seja, ter o domínio de variações linguísticas do seu próprio idioma,
para se adequar ao público.

Precisão – Na construção do texto (oral ou escrito), procure colocar a palavra certa no
lugar certo.
A expressão precisa é importante para você atingir o objetivo de comunicar exatamente o
que pretende e evitar mal­entendidos. A prática constante da leitura e da escrita, além de
exercícios com sinônimos, ajudam a desenvolver a precisão. O contrário é a imprecisão,
muitas vezes causada pela inadequação vocabular.

Naturalidade – É a fluência da comunicação verbal sem preocupação exagerada com
a correção.
Para   alcançar   a   naturalidade,   deve­se   evitar   a   linguagem   rebuscada   –   o   chamado
preciosismo,   o   emprego,   por   exemplo,   de   excesso   de   vocábulos   de   baixa   frequência
(palavras de significado desconhecido da maioria das pessoas) – e, na expressão oral, o
linguajar próprio do padrão formal (língua escrita). Imagine, por exemplo, em bate­papo
num barzinho, alguém dizer “você ver­se­á em maus lençóis se continuar a insistir naquilo”.

Originalidade  – Procure ser original ou, como se costuma dizer, “ser você mesmo”. É
claro que o que é bom pode ser utilizado, mas de forma moderada, sem cair na imitação. A
originalidade na expressão  revela o estilo de cada um. Com o tempo, seu estilo vai­se

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A comunicação e seus comportamentos 68

definir   mediante   certas   preferências   vocabulares   e   de   construção   de   frases.   Isso   vai


evidenciar sua marca e mostrar sua visão própria do mundo.

Nobreza – É atributo da linguagem livre de palavras e expressões vulgares, ou mesmo
obscenas. O texto nobre é aquele que qualquer pessoa pode ler ou ouvir “sem censura”. A
gíria, salvo situações particulares e justificadas, deve ser evitada. Atributos que valorizam a
expressão   verbal   pela  adequação  vocabular  e,   entre   outros   fatores,   pelo  emprego
comedido e adequado das figuras de linguagem. A contínua leitura e a prática constante
da escrita possibilitam a aquisição destas virtudes. Portanto, você já sabe: muita leitura e
muito exercício.

Afetividade/efetividade ­    utilizar termos e atitudes que demonstrem afetividade sem,
com isso, perder o foco na efetividade da comunicação. Por exemplo: substituir termos que
possam ter conotações violentas, como “discutir” por “dialogar”; agradecer  às colocações
dos educandos, etc.

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Documentos comerciais 69

Capítulo 7.  Documentos comerciais
Temática: Escrita Profissional

Desde que o homem começou a organizar o pensamento por meio de registros, a escrita
foi se desenvolvendo e ganhando extrema relevância nas relações sociais, na difusão de
idéias e informações. 

Mas   atenção.   Sabemos   que  o   português   é   um   idioma   muito   complexo   e   uma   das
principais dificuldades  é que a norma culta é bastante diferente da língua normalmente
falada. E a  falta de domínio do idioma pode comprometer profundamente a imagem
do profissional, colocando em dúvida a qualidade de seu trabalho. 

Aqueles   que   cometem   erros   de   português


ao   falar   e   não   são   capazes   de   escrever   dez
linhas   gramaticalmente   corretas   e   com
clareza,   passam   aos   outros   uma   péssima
imagem   de   pessoa   mal   informada,   de   nível
cultural baixo, que não lê. Ou seja, podem ser
grandes   especialistas   em   suas   áreas   de
atuação, mas que provavelmente não poderão
transmitir seus valores. 

O   avanço   da   comunicação   digital   tem   aumentado   a   necessidade   de   o   profissional


escrever   corretamente.   O   número   de   mensagens   que   circulam   nas   redes   sociais,   por
exemplo, aumenta grandemente a exposição do mesmo, ainda que esteja fora do ambiente
profissional. Nunca se escreveu tanto digitalmente na história da humanidade. 

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Documentos comerciais 70

CUIDADO!
 Redação Comercial
A linguagem escrita faz parte da vida prática e dentre as várias habilidades exigidas do
profissional,   a   de   se   expressar   nas   linguagens   oral   e   escrita   tornou­se   uma   das   mais
importantes  no mundo do trabalho. Sabemos também que ao dominar a gramática, será
mais fácil demonstrar conhecimentos técnicos adquiridos, mostrando antes habilidade com
a   língua   portuguesa.   Dessa   forma,   é   essencial   a   conscientização   de   que   o   sucesso
profissional  depende tanto   de  saber escrever  português  com  clareza,  quanto  dos outros
conhecimentos técnicos.
Dominar amplamente o discurso significa ampliar as possibilidades da fala para criar,
com   as   atuais   ferramentas,   mensagens   escritas   que   correspondam   à   expectativa   dos
recursos   oferecidos   pela   moderna   tecnologia.   Absorver,   transformar   e   transmitir
informações, principalmente na forma escrita, é fundamental para o êxito dos negócios. Por
isso, o profissional de hoje tem que conhecer e ter no mínimo uma base de uma ferramenta
utilizada principalmente por empresas. A redação Comercial.
Vamos conhecer a aprender a confeccionar os seguintes documentos comerciais:
1 – Ofício
2 – Carta Comercial
3 – Ata 
4 – E­mail

1 – OFÍCIO
O ofício nada mais é que uma correspondência oficial enviada a alguém, normalmente
funcionário   ou   autoridade   pública.   É   muito   semelhante   à   carta.   A   diferença   é   que   o
endereçamento ao destinatário vai ao final, após o endereço do remetente, e colocado na
margem esquerda.
Um ofício deve:
Iniciar com o local de onde se escreve e a data da correspondência;
Conter um  vocativo, isto é, uma fórmula de cortesia  indicando a pessoa a quem se
escreve; colocasse alguns espaços abaixo, na margem esquerda;
Conter o texto em si, mais formal que uma carta. Pula­se o mesmo número de espaços
e inicia­se o texto, evitando palavras desnecessárias, indo direto ao assunto;
Uma cortesia no final.
Assinatura e endereço do remetente.

2 ­ CARTA COMERCIAL
A   carta   comercial  faz  parte   de   um   sistema  de   comunicação,   com   o   seu  emissor,   sua
mensagem e seu receptor. Está, consequentemente, sujeita a uma engrenagem, a todos os
dispositivos, a todos os requisitos indispensáveis à comunicação para  propagar, agrupar,
propor negócios e criar imagem. É um instrumento de comunicação que se restringe a
determinada área empresarial e/ou comercial, razão por que tem características próprias.

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Documentos comerciais 71

As especificidades da carta comercial são as seguintes:
Clareza:  a falta de clareza do texto impede a comunicação imediata e dá margem a
interpretações que podem levar a desentendimentos e mesmo a prejuízos financeiros.
Linguagem:   simples,   atual,   precisa,   correta,  com   exata   observância   das   normas
gramaticais, concisa, informando com economia de palavras, impessoal, com o máximo de
objetividade,   pois   a   carta   comercial   não   é   instrumento   adequado   para   manifestações
subjetivas e sentimentais.

Os elementos de uma Carta Comercial são:


Cabeçalho   ou   timbre:  com   todos   os   elementos   que   identifiquem   a   firma.   Hoje,   o
cabeçalho já vem impresso e há casos em que simplesmente não aparece.
Destinação ou endereçamento com:
­ Localidade: deve­se prestar atenção à tendência atual que é colocar o local à esquerda,
no alto; não se abrevia o nome do lugar, escreve­se São Paulo; não S. Paulo; após o nome
da cidade, usa­se a vírgula; Data: lembrando de: nome do mês com minúscula; após a data,
segue­se ponto final; os numerais designativos de ano não se separam por ponto ou espaço;
assim, deve­se escrever 1999 e não 1.999 ou 1 999; os numerais de uma data separam­se
por hífen e não por barra. Então, 30­11­99 e não 30/11/99.
Destinatário: nome, endereço, localidade.
Invocação:  Na invocação é de praxe a expressão “Prezado(s) senhor (es)”, seguida de
dois   pontos.   Outras   fórmulas:   Prezado   Amigo,   Senhor   Diretor,   Senhor   Gerente,   Caro
Cliente, Senhores, etc.
Início:  há uma série de fórmulas, mas nada impede que o redator crie outras. Como
exemplos:
“Em atenção ao anúncio publicado...”; “Em atenção ao pedido...” ; “Com relação à carta
do dia...”; “Atendendo à solicitação da carta...” ; “Em cumprimento às determinações...”;
“Participamos­lhe   que...”;   “Servimo­nos   da   presente   para...”   ;   “Solicitamos­lhes   a   fineza
de...”
Explanação do assunto: É variável, de acordo com o que se pretende. É comum o uso de
formas de tratamento abreviadas, como V.Sas.; V.S.ª; V.S.as; V.Exa.; V.Ex.ª; Exmo. Sr. e
outras.
Fecho: é a parte que encerra a carta, com uma série de fórmulas já estabelecidas, como:
“Atenciosamente”;   “Com   elevado   apreço”;   “Com   elevada   consideração   (ou   estima)”;
“Cordiais   saudações   (Saudações   cordiais)”;   “Cordialmente”;   “Saudações   atenciosas
(Atenciosas saudações)”; “Antecipadamente somos agradecidos”.
Assinatura / Função

3 – ATA
É   um   documento   que  registra   resumidamente  e   com  clareza  as   ocorrências   ,
deliberações, resoluções e decisões de reuniões ou assembléias. Deve ser redigida de tal
maneira que não seja possível qualquer modificação posterior. Por isso, deve ser escrita:
• sem parágrafos ou alíneas (ocupando todo o espaço da página);
• sem abreviaturas ou expressões;

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Documentos comerciais 72

• com números escritos por extenso;
• sem rasuras nem emendas;
• sem uso de corretivo
• com verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo;
• com verbo de elocução para registrar as diferentes opiniões.
• Se o relator cometer um erro deve empregar a partícula retificativa digo como neste
exemplo: “Aos vinte dias do mês de março, digo, de abril, de mil novecentos e noventa e
seis...”
Quando se constatar erro ou omissão depois de lavrada a ata, usa­se em tempo: “Em
tempo: Onde se lê março, leia­se abril”.
Uma ata contém:
Data, horário, local e objetivos.
Designação do presidente, secretário da reunião e as pessoas presentes.
Relato da reunião propriamente dita.

4 – EMAIL
O   correio   eletrônico   (e­mail)   é   uma   forma   de   transmissão   de   informações   e   de
comunicação por meio da Internet. Por seu baixo custo e celeridade, transformou­se na
principal   forma  de   comunicação   para  transmissão   de  documentos.   Um   dos   atrativos  da
comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade.
Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve­se evitar o
uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
Para: campo para ser digitado o endereço eletrônico do destinatário.
Adicionar cópia: permite mandar uma cópia da mensagem para outro(s) destinatário(s).
Este campo pode aparecer também como Cc.
Adicionar   cópia   oculta:  permite   mandar   uma   cópia   da   mensagem   para   outro(s)
destinatário(s),   porém   a   relação   das   pessoas   que   receberão   a   mensagem   não   será
visualizada. Nenhum dos destinatários terá conhecimento de quem mais estará recebendo a
mensagem pois os endereços estarão ocultos. Este campo também pode vir como Cco.
Assunto:  campo   para   ser   digitado   o   assunto   a   que   se   refere   a   mensagem.   Deve   ser
preenchido de modo a facilitar a identificação e a compreensão do destinatário acerca da
mensagem que será tratada.
Anexo(s):  anexar   arquivo:   permite   anexar   arquivos   (textos,   imagens,   programas)   à
mensagem. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas
sobre o seu conteúdo.
Enviar: Envia a mensagem ao(s) destinatário(s).
Salvar rascunho: A mensagem enviada ficará armazenada como rascunho.

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Modelo de Ofício

Timbrado
Ofício nº 001/2010

Senhor Francisco Lima
Supervisor dos transportes
Empresa XXX

Eu, Fernando Rodrigues, brasileiro, (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº
(informar), residente e domiciliado  à (informar endereço), sirvo­me do presente para
solicitar a Vossa Excelência a liberação de um ônibus com a finalidade de transportar
aproximadamente 40 alunos do curso E­jovem para uma aula de campo.

Limitado ao exposto, fique com meus votos de estima e consideração. 

Fortaleza, 15 de maio de 2014

_________________________
Fernando Rodrigues

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Modelo de Carta Comercial

Timbrado

Para (destinatário / empresa)

Assunto (Do que se trata esta comunicação)

Prezados Senhores,

Somos   uma   empresa   de   representações   e   temos   em   nosso   quadro   apenas  profissionais


altamente capacitados na área de informática e desenvolvimento de softwares, motivo pelo
qual   manifestamos   nosso   interesse   em   representá­los,   com   exclusividade,   na   cidade   de
(informar).

Caso haja interesse por parte de sua empresa, colocamo­nos à disposição para novos 
contatos, em que possamos detalhar nossa proposta.

Agradecemos antecipadamente a atenção.

Atenciosamente,

(assinatura)
Sua Empresa
Seu Nome ­ Seu Cargo

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Modelo de Ata

ATA DE REUNIÃO DA DIRETORIA

(razão social)
CNPJ nº (informar)

Em (dia) de (mês) de (ano), na sede da empresa (razão social), inscrita no CNPJ sob o nº 
(informar) e com IE nº (informar), localizada à (informar endereço), foi realizada a 
Reunião da Diretoria, que foi presidida pelo presidente (nome), (nacionalidade), (estado 
Civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar) e no RG nº (informar), residente e 
domiciliado à (informar endereço), que indicou como secretário o Sr. (nome), 
(nacionalidade), (estado Civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar) e no RG 
nº (informar), residente e domiciliado à (informar endereço).

DA EXPOSIÇÃO INICIAL

A   reunião   teve   início   com   a   apresentação   dos   balanços   financeiros   da   empresa   e


apresentação   de   metas   para   o   próximo   semestre,   que   importam   necessariamente   na
ampliação das atividades produtivas e clientela.

DA PROPOSTA DE ATUAÇÃO

Após   a   exposição   do   presidente   foram   postas   considerações   acerca   da   proposta   de


abertura de uma nova filial no município de (xxx), cujo foco de vendas será voltado para
(xxx), cujos estudos preliminares mostram uma projeção de faturamento na ordem de
(xxx) à um custo operacional de (xxx), conforme documento previamente apresentado a
todos os diretores.

Na sequência a referida proposta entrou em discussão, tendo o diretor (nome) tomado a
palavra e discorrido acerca da necessidade de aquisição de novos equipamentos para linha
de produção, afim de que a nova demanda possa ser suprida.

Por fim, a palavra foi concedida àqueles que dela quisessem fazer uso e, não existindo
manifestações, o presidente encerrou esta reunião, que foi lavrada na presente ata, lido
este instrumento assinam.

(Local), (dia) de (mês) de (ano) 

____________________________ ___________________________
Diretor Secretário

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Documentos comerciais 76

Modelo de Email

Redação no processo de seleção
Fonte: material didático do programa de formação profissional COM.Domínio digital.
Escrever   bem   é   uma   tarefa   difícil,   que   exige   raciocínio,   capacidade   de   organizar   os
pensamentos e muita concentração. Você já imaginou então o que pode representar o fato
de elaborar um bom texto diante de um selecionador, num processo seletivo? 
Pois é, muitas consultorias e empresas pedem aos candidatos a emprego que elaborem
uma redação, geralmente de 20 ou 30 linhas. Não há como negar que a pressão é grande.
Diante da oportunidade de conseguir um novo emprego, imaginar que um pequeno texto
pode atrapalhar tudo deixa qualquer candidato suando frio. Mas a verdade é que na hora
de escrever, a habilidade adquirida com a prática é o fator mais importante. Isso significa
que não adianta querer, de um dia para o outro, redigir textos brilhantes. 
A primeira lição a ser aprendida é a de que a habilidade de escrever só chega para quem
pratica   muito   e   lê   muito   ­   para   adquirir   vocabulário   e   perceber   estilos   e   maneiras   de
expressar os pensamentos.
Na maior parte das vezes, o tema da redação é livre. Segundo Sandra Gouveia Moreira,
Psicóloga e Gerente de Talentos da Lógica Serviços e Projetos, dar a opção da escolha do
assunto ao candidato  é uma forma de aliviar a tensão, já que ele sabe que pelo menos
poderá   discorrer   sobre   algo   que   domina.   "O   que   interessa   nesses   textos   é   avaliar   a
capacidade de estruturar as idéias, de raciocinar sobre um problema ou tema e também o
domínio do português. Ainda assim, alguns selecionadores preferem definir o tema, para
testar também se o profissional está bem informado e tem bom nível de conhecimentos
gerais", explica Sandra.
Outra intenção dos selecionadores é fazer uma análise grafológica do texto, que é um
estudo do perfil da pessoa a partir de sua letra. Portanto, nesses casos, o tema não tem
importância. Bem, mudar o tipo de letra você não pode, e nem precisa, mas escrever bem é
perfeitamente possível. Confira as dicas de Cristiane Gonçalves, gerente de Assessoria em
Gestão de RH da KPMG:

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Documentos comerciais 77

1­   Use   linguagem   simples.   Ninguém   aguenta   e   nem   tem   tempo   para   ficar   lendo   e
decifrando textos rebuscados;
2­ Não use gírias. Palavras e expressões desse tipo fazem parte somente da língua falada,
e ainda assim são regionais, não necessariamente conhecidas por todos;
3­ Evite frases de uma palavra, ou de efeito. Palavras sozinhas não têm sentido numa
redação, por isso não merecem virar frase. E frases de efeito, assim como clichês, refletem
apenas a opinião de quem os criou;
4­ Não abrevie. Os selecionadores não são obrigados a entender palavras abreviadas e
você corre o risco de abreviar de forma errada;
5­ Seja claro. Procure seguir a ordem direta da narrativa, sem inverter a sequência dos
fatos ou das opiniões. Assim suas frases ficarão leves e curtas, e os argumentos, claros;
6­ Evite termos em inglês. Não "pega" bem americanizar seu texto, e você ainda corre o
risco, novamente, de usar os termos de maneira errada;
7­ Evite metáforas, analogias e outros recursos que num romance ou num poema podem
ajudar muito, mas em textos objetivos só ocupam espaço;
8­ Fale dos objetivos profissionais. Quando o tema for livre, prefira falar da sua carreira,
profissão,   área   de   atuação   ou   algo   sobre   a   atualidade.   Redações   com   temas   do   tipo
"domingo no parque", "minhas férias" ou "por que tenho 20 pares de sapato no armário" são
abominadas;
9­ Cuidado com a redundância. Muitas vezes, sem perceber, explicamos mais de uma vez
a mesma coisa, assim como fazemos ao falar. Confira se o seu texto não está repetitivo;
10­   Varie   o   vocabulário.   Usar   sempre   a   mesma   palavra   demonstra   pobreza   de
vocabulário, sem contar que o texto fica muito cansativo;
12­ Evite frases longas. Elas são um prato cheio para que as idéias se percam. Ponto final
é a melhor arma nesses casos;
13­ Fique atento ao uso das letras maiúsculas e dos parágrafos;
14­ Simplesmente apresente sua opinião. Seja ela qual for, será bem aceita se for bem
apresentada. Defenda­a, mas evite radicalismos e temas polêmicos;
15­ Revise. Tem gente que acha que revisão é "mal" de jornalista e escritor. Qualquer
texto, sobre qualquer assunto, com qualquer propósito que seja, pode causar uma grande
confusão se contiver erros, frases incompletas, etc..

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Construindo meu currículo e carta de apresentação 78

Capítulo 8.  Construindo meu currículo e carta de
apresentação.
Temática: Currículo
Texto: Como estragar seu currículo1

Em 2007, o estudante Lucas Lopes Batista já estava desempregado há três meses e, num
ato de indignação e quase desespero, elaborou um currículo de uma forma que nenhum
gerente de RH recomendaria:
APRESENTAÇÃO PESSOAL:
Lucas Lopes Batista – 23 anos. Não vou colocar meu CPF porque meu nome está no SPC,
mas não é por que sou caloteiro é porque estou com um débito alto da faculdade e estou
sem grana para pagar. 
ENDEREÇO:
Eu moro no bairro de Nazaré – Salvador/ Ba. Não preciso mencionar a rua, pois acredito
vocês não virão me visitar ou mandar cartinhas pra mim.
CONTATO:
Vou dar o telefone da minha vizinha pois o meu está bloqueado já que fazem 6 meses
que não coloco créditos.
FORMAÇÃO ACADÊMICA:
Estava cursando Produção Editorial na Hélio Rocha. Tranquei por problemas técnicos (no
bolso); pretendo resolver o mais rápido possível para voltar logo!
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
A minha é grande! (Para quem tem 23 anos)
Estagiei na  XXXXXXXX. em 2001. Assim que sai de lá fui trabalhar numa locadora de
filmes na Graça.  Fiquei dois meses porque XXXXXXXX uma empresa maior (e melhor) me
chamou. Comecei lá em 2002 e sai em 2005. Foi a empresa que durei mais. (Uma pena,
mas a fila anda). Coincidiu que no mesmo mês a  XXXXXXXXX  me chamou e eram só 6
horas e não atrapalhava na faculdade. Achei que lá era o Paraíso Tropical, mas de Paraíso
não   tinha   nada.   Era   um   trabalho   chato   e   estressante.   (Eu   sou   agitado,   apesar   de   não
parecer) detesto ficar sentado muito tempo. Depois de um ano quebrei as correntes da
escravidão e fui pra uma locadora falida lá em Vilas do Atlântico (XXXXXXXXX). Lá eram 5
horas e pagava legal, mas como felicidade de pobre dura pouco; eu tinha um chefe­infernal
(estilo Meryl Streep em “O Diabo Veste Prada”). Agüentei seis meses e pedi pra sair. Depois
de três meses na dança­do­desempregado fui dar aulas de informática no XXXXXXXXX e lá
era tudo ótimo: chefe, colegas, alunos, só que como nada é perfeito, o salário não era lá
uma Brastemp.Quando estava me acostumado com o lugar a empresa XXXXXXXXXX (que
presta serviços pra Caixa) me chamou pra seleção e blá, blá, blá. O salário era melhor e
como a grana fala mais alto (ou melhor gritaaaaa!) pedi pra sair do colégio com o broken
heart (coração partido), mas fazer o quê? É a vida… é bonita e é bonita…Viver é não ter a
vergonha de ser feliz. Agora estou aqui sendo sincero com vocês sabendo que meu New

1Fonte: http://www.e­farsas.com/curriculum­super­sincero.html

Projeto e-Jovem - Módulo II


Construindo meu currículo e carta de apresentação 79

Currículo vai parar na próxima lixeira.
IDIOMA:
Antes eu mentia coloca no currículo que tinha Inglês – fluente e Espanhol – básico
Tudo balela! Em Inglês, só sei “What´s your name, How are you” e etc.
CURSOS:
Tenho os básicos Telemarketing, Informática (já com Windows Vista), Atendimento a
Clientes e Vendas, Relacionamento Humano, Comédia Coorporativa. 
Considerações finais:
Obs: A iniciativa de criar este currículo foi para inovar, porque assim vocês ficam me
conhecendo melhor e evitam o transtorno de me chamar para uma entrevista, fazer eu
gastar R$ 4,00 de transporte e me reprovarem numa dinâmica. Poupa meu bolso e poupa o
tempo de vocês. E tem mais! Este currículo é só para pessoas dinâmicas e com a cabeça
aberta. Se você for antiquado (a), museu, tiver alma de “velho”, com certeza jogará este
currículo na lixeira. Mas estará perdendo a grande oportunidade de me conhecer! Desde já
agradeço a atenção.

O Currículo
O currículo é seu passaporte para o mercado de trabalho e para o sucesso profissional. É
por isso que você precisa aprender a prepará­lo de forma que  valorize suas qualidades
profissionais.
Montar um currículo não significa simplesmente gastar alguns minutos para inserir todas
as informações sobre sua vida profissional no computador. O currículo mostra o tipo de
profissional que você é. Por isso, deve ter informações precisas e coerentes, para que o
selecionador não se perca no meio da leitura.

O  objetivo  é  claro:  colocar  seu nome na  lista


dos   candidatos   que   tem   chance   de   ser
selecionados.
O   segredo   é   ficar   atento   e   fazer   com   que   cada
linha do seu currículo funcione como um convite ao
selecionador para ler a informação seguinte.
Como   um   selecionador   experiente   não   demora
mais do que 30 segundos para identificar os pontos
fortes  e os pontos fracos  de  um currículo,  e  bom
prestar muita atenção na redação, organização,
apresentação e objetivos para não cometer nenhum deslize.

O que é o Currículo Lattes?
O Currículo Lattes é um instrumento que registra informações profissionais de cientistas,
professores,   pesquisadores,   estudantes   de   pós­graduação   e   graduação,   profissionais
autônomos, funcionários de empresas, governos e organizações civis etc. Qualquer pessoa
pode criar e atualizar o seu Currículo Lattes, bastando acessar a Plataforma Lattes no site

Projeto e-Jovem - Módulo II


Construindo meu currículo e carta de apresentação 80

do CNPq (www.cnpq.br). Os currículos inseridos na Plataforma Lattes podem ser usados
individualmente pelos seus titulares e podem ser acessados por terceiros por via de um
sistema   de   buscas.   As   informações   registradas   no   Currículo   Lattes   incluem   formação
educacional,   publicações,   atividades   exercidas,   vínculos   institucionais   atuais   e   passados,
participações   em   congressos   e   eventos,   produtos   gerados   e   patenteados,   bolsas   e
financiamentos obtidos etc.
Agora iremos todos montar um currículo no computador, discutindo e
compreendendo cada parte que o compõe. Quem já tem currículo, por
favor,   guarde   por   alguns   momentos   para,   logo   após   a   atividade,
comparar   o   antigo   com   o   novo   e   avaliar   qual   dos   dois   atende
melhor ao verdadeiro propósito de um currículo. 

Vamos lá, então?

Elaborando um bom currículo
1 – O currículo deve iniciar pelo nome completo, em negrito e com a fonte um pouco
maior que a do restante do texto. Não está mais em uso colocar o título “Curriculum Vitae”
ou Currículo!
Ex:
 

2 – Logo abaixo do nome, coloque, na mesma linha, a idade (não a data de nascimento,
a idade mesmo, para evitar que o selecionador tenha que fazer contas para saber quantos
anos você tem!), o  estado civil  e a nacionalidade. Em seguida, ainda no mesmo campo,
coloque   o   endereço   completo   (com  rua,   número   e  complemento),  CEP,   cidade,   Estado,
telefone residencial, fax, celular (todos com DDD) e e­mail. 
Ex:

ATENÇÃO!
RG,   CPF,   número   da   carteira   profissional,   título   de   eleitor,   atestado   de
reservista e passaporte são completamente dispensáveis. Esqueça­os. 
Você está escrevendo um currículo, não assinando um contrato.

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Construindo meu currículo e carta de apresentação 81

3 – O próximo campo será o do  OBJETIVO, onde você deverá colocar a sua pretensão
profissional. O que você quer vem logo depois de quem você é. Deixe claro o seu objetivo
profissional. Cuidado com exageros: antes de enviar seu perfil a um empregador, decida
BEM o que você quer fazer e em que área quer atuar.
4 – Na sequência crie um espaço chamado FORMAÇÃO ACADÊMICA e liste os cursos de
graduação, pós­graduação e especialização, do mais recente para o mais antigo, com ano de
início e de término (se você ainda não concluiu o curso, coloque simplesmente a palavra
“cursando”).
 Não esqueça das certificações e do MBA, se houver. JAMAIS coloque onde fez o colegial,
ginásio ou ensino fundamental, a não ser que o empregador peça.
Ex:

6 – O campo seguinte é o de HISTORICO PROFISSIONAL, pois a experiência é o ponto
que   mais   chama   a   atenção   dos   recrutadores.   Resuma   seu   histórico   profissional,   não
esquecendo dos seguintes pontos:
a. As empresas nas quais trabalhou (da mais recente para a mais antiga);
b. O período que passou em cada uma delas;
c. Seu(s) cargo(s) na organização;
d. Uma breve descrição de suas funções e responsabilidades.
di.
Ex.:

Projeto e-Jovem - Módulo II


Construindo meu currículo e carta de apresentação 82

7   –   No   campo  QUALIFICAÇÕES/CURSOS,   e  ATIVIDADES   PROFISSIONAIS  liste   os


cursos, seminários, oficinas e palestras de que participou, sempre em ordem cronológica, do
mais recente para o mais antigo. Coloque o nome do evento, o lugar onde foi realizado e a
data. Se (ou quando) a sua relação de cursos for muito grande, relacione apenas aqueles
que podem contribuir com o exercício do cargo que você está pleiteando. Lembre­se de que
estas informações, assim como as do item anterior, estarão sujeitas a confirmação através
de certificados ou atestados, portanto, só coloque o que for possível comprovar!

Ex: 

9   ­   Por   fim,   liste   suas   habilidades   específicas,   que   serão   chamadas  INFORMACÕES
ADICIONAIS, como conhecimentos de linguagens de programação, Premiações, seminários
e workshops (só os relevantes), Disponibilidade de Mudança de Cidade e outros.
Ex:

10 – Quanto a forma: utilize uma, no máximo duas folhas; para o texto, utilize fontes
tradicionais   como   Times   New   Roman   (tamanho   12),   Verdana   (tamanho10)   ou   Arial
(tamanho 10).

Importante: 
Atualize constantemente o seu currículo, mesmo quando já estiver empregado. 
Nunca se sabe quando surgirá uma nova e desafiadora oportunidade.
Solicite que alguns voluntários façam a leitura do seu currículo, para verificar 
se houve compreensão dos aspectos abordados.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Construindo meu currículo e carta de apresentação 83

Observação: 
É importante informar aos jovens que algumas empresas de consultoria em 
Recursos Humanos estão preferindo, ao invés de receber currículos, orientar os
candidatos a fazer o cadastro no site da empresa, que nada mais é do que 
preencher um currículo on line, conforme modelo estabelecido. Mostre como 
funciona, acessando o site da Ativa RH, Laborare ou Serh, por exemplo.

Dicas gerais

• SEJA BREVE. Seu currículo deve conter, no máximo, duas páginas.
Utilize processadores de textos (esqueça programas gráficos, HTML ou
máquinas (?) de escrever) e escolha uma fonte sem firulas. Figuras, nem
pensar.
•  NÃO MANDE O CURRICULO ANEXADO. Coloque­o no corpo da
mensagem.   Com   a   atual   epidemia   de   vírus,   muitos   empregadores
simplesmente eliminam arquivos anexados.
• UTILIZE PALAVRAS­CHAVES. Seu currículo pode ficar armazenado em um banco de
dados inteligente, o que significa que o empregador pode selecioná­lo por
determinados campos.
•  NAO   MINTA.  Você   pode   ter  surpresas   desagradáveis  no   futuro   (se
houver futuro para você na carreira).
• NAO ESCREVA NADA SOBRE SALARIO, a não ser que o empregador
exija saber qual é sua pretensão salarial.
Observações:
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________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

Erros mais Comuns em Currículos:

• Erro: Informações desatualizadas
• Possíveis prejuízos: Um currículo muito desatualizado pode fazer com que você
perca a oportunidade de conseguir um novo emprego, pois demonstra descuido e não
informa devidamente sobre a sua atuação.

• Erro: Informações incompletas
•   Possíveis   prejuízos:   Simplesmente   listar   os   empregos   pelos   quais   você   passou,
fazendo uma descrição crua das suas obrigações, vai fazer com que o seu seja mais um
entre milhares de currículos. Dê ênfase aos diferenciais, como o desenvolvimento que
teve em seus trabalhos anteriores e as metas que conseguiu atingir.

• Erro: Escrever demais

Projeto e-Jovem - Módulo II


Construindo meu currículo e carta de apresentação 84

•   Possíveis   prejuízos:   distrair   a   atenção   do   selecionador,   por   perder   a   clareza   e


precisão. Pode passar a impressão de que você está “enchendo linguiça”. Não esqueça,
o currículo é o resumo dos fatos e dos empregos mais importantes de sua carreira.

• Erro: Inadequações gramaticais e de ortografia
•   Possíveis   prejuízos:   passar   a   impressão   de   desleixo,   de   falta   de   cuidado   e,   a
depender dos erros, até dificultar a leitura por parte do selecionador.

• Erro: Uso excessivo do pronome pessoal “eu”
• Possíveis prejuízos: o uso excessivo de pronomes pessoais nas frases ­ como “eu
desenvolvi um projeto” pode dar a idéia de um profissional egocêntrico e prepotente.

Modelo de Currículo preenchido: 

Rodrigo Magalhães Pedroso Dias


Brasileiro, solteiro, 29 anos
Rua Castor de Afuentes Andradas, número 109
Pampulha – Belo Horizonte – MG
Telefone: (31) 8888-9999 / E-mail: rodrigoaug@gmail.com.br

OBJETIVO
Cargo de Analista Financeiro

FORMAÇÃO
• Pós-graduado em Gestão Financeira. IBMEC, conclusão em 2006.
• Graduado em Administração de Empresas. UFMG, conclusão em 2003.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
• 2004-2008 – Rocha & Rodrigues Investimentos
Cargo: Analista Financeiro.
Principais atividades: Análise técnica de balanço patrimonial, análise de custo de oportunidade, análise
de estudos de mercado.
Responsável pelo projeto e implantação de processos pertinentes a área. Redução de custos da área
de 40% após conclusão.

• 2001-2003 – ABRA Tecnologia da Informação


Cargo: Assistente Financeiro
Principais atividades: Contas a pagar e a receber, controle do fluxo de caixa, pagamento de
colaboradores, consolidação do balanço mensal.

• 2000-2001 - FIAT Automóveis


Estágio extra-curricular com duração de 6 meses junto ao Departamento de Custeio

Projeto e-Jovem - Módulo II


Construindo meu currículo e carta de apresentação 85

QUALIFICAÇÕES E ATIVIDADES PROFISSIONAIS


• Inglês – Fluente (Number One, 7 anos, conclusão em 2001).
• Experiência no exterior – Residiu em Londres durante 6 meses (2004).
• Curso Complementar em Gestão de Investimentos de Renda Variável (2004).
• Curso Complementar em Direito Empresarial (2007).

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
• Premiado com o título de Aluno Destaque da graduação – Menção Honrosa (2003)
• Disponibilidade para mudança de cidade ou estado

Modelo de Currículo em Branco:

[Nome Completo]
Brasileiro, [Estado Civil], [Idade] anos
[Endereço – Rua/Av. + Numero + Complemento]
[Bairro] – [Cidade] – [Estado]
Telefone: [Telefone com DDD] / E-mail: [E-mail]

OBJETIVO

[Cargo pretendido]

FORMAÇÃO

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

• [Periodo] – Empresa
Cargo:
Principais atividades:
• [Periodo] – Empresa
Cargo:
Principais atividades:

QUALIFICAÇÕES E ATIVIDADES PROFISSIONAIS

• [Descrição] ([Local], conclusão em [Ano de Conclusão do Curso ou


Atividade]).

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
• [Descrição Informação Adicional]

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Construindo meu currículo e carta de apresentação 86

A Carta de apresentação.
Principalmente nos dias de hoje, em que  grande parte dos currículos e enviada por
e­mail, é importante ter  um texto para abrir a mensagem eletrônica, apresentando o
profissional e expondo suas intenções sobre a vaga pretendida. E esse texto é a Carta de
Apresentação.

Como produzir uma Carta de Apresentação
• Utilize papel branco A4 e tinta azul ou preta, para transmitir uma imagem sóbria e
profissional.
• Seja breve, não ultrapassando 3 ou 4 parágrafos.
•   Mantenha   um   tom  formal,   mas   seja   claro.   Evite   frases   confusas,   que   dificultem   a
compreensão das idéias principais.
• No primeiro parágrafo, faça sua apresentação: por que motivo está enviando o seu
currículo (resposta a um anúncio no jornal, candidatura espontânea. Indique aqui a área
em que gostaria de trabalhar).
•   No  segundo   parágrafo,   justifique  porque   escolheu   aquela   empresa.   Mostre   que
conhece a empresa e o setor em que ela atua. Para isso, antes de escrever a carta, faca
uma pesquisa na internet sobre a empresa para a qual você esta se candidatando.
• No  terceiro parágrafo, valorize as suas competências e qualidades e destaque como
elas  contribuirão   para  a  empresa,  apresentando  argumentos  que  criem  interesse  para   a
realização de uma entrevista.
• Termine a Carta de Apresentação de forma cordial, solicitando uma entrevista onde
possa falar de forma mais abrangente sobre o que foi anteriormente exposto.

ATENÇÃO!
Logo após a Carta de Apresentação, a sugestão é  colocar o currículo, no
corpo do e­mail, pois muitas pessoas não abrem anexos por causa de vírus.

Conclusões:

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Projeto e-Jovem - Módulo II


Construindo meu currículo e carta de apresentação 87

Modelo de Carta de Apresentação:
Modelo de Carta de Apresentação

À empresa...
Departamento de Recursos Humanos

Fortaleza,     /      /2012
Prezado senhor, 

Sou candidato à vaga existente em seu quadro de pessoal para Técnico em
Eletrônica, conforme anúncio no caderno de classificados do jornal ...., edição do dia 02
último.
Conforme poderá verificar em meu currículo, minha experiência é ainda
pequena,   considerando   a   formação   profissional   recente   mas,   tenho   facilidade   de
trabalhar em equipe e de relacionamento com outras pessoas.
Fiz   estágio   profissional   na   empresa  (citar   nome),   onde   aprendi   muito,
complementando   os   meus   estudos   e   agradeço   se   me   selecionar   para   um   teste   de
capacitação.

JOSÉ MARIA DA SILVA
Técnico em Eletrônica

Projeto e-Jovem - Módulo II


Ingressando no meu emprego/estágio 88

Capítulo 9.  Ingressando no meu emprego/estágio
Temática: Mundo do Trabalho
Dicionário do processo seletivo

Você é chamado para uma vaga de emprego, passa por
uma   dinâmica   de   grupo,   algumas   avaliações
psicológicas   e   fica   ansioso   aguardando   o   retorno.
Geralmente, parte dessa ansiedade deve­se ao fato de
que   muitas   coisas   que   foram   comentadas   e   feitas
durante   o   processo   seletivo   você   não   conseguiu
entender.   São   técnicas,   termos,   expressões   que
confundem   e   muitas   vezes   transformam   os
selecionadores em carrascos do emprego.
Para que você entenda melhor o significado de cada termo utilizado pelos profissionais
de Recursos Humanos durante os processos seletivos, no Dicionário do Processo Seletivo:
Processo   seletivo:  É   o   processo   de   busca/identificação   de   competências   (técnicas   e
comportamentais)  necessárias   ao   bom  desempenho   de  determinada  atividade,   cargo   ou
função.   Escolher   alguém   que   apresente   o   perfil   desejado   para   ocupar   algum   cargo
disponível pela empresa.
Anúncio: É o momento em que a empresa declara publicamente, através dos veículos de
comunicação e da internet, a necessidade de contratar um profissional para atuar em algum
cargo disponibilizado por ela. Qual a melhor forma de anunciar o seu currículo e vender
seu “peixe”?
Fonte:  São   os   locais   que   podem   disponibilizar   os   currículos   do   profissional   que   a
empresa busca. Essa fonte pode ser o banco de currículos da própria organização, sites de
empregos ou instituições de ensino. Por meio das fontes, é possível selecionar currículos
com critérios específicos.
Triagem:  É o momento de analisar os currículos das pessoas que se interessaram pela
vaga anunciada. Seu objetivo é escolher os candidatos que tem condições de passar para
uma   seleção   mais   rigorosa.   Normalmente,   essa   triagem   começa   com   a   análise   das
informações   contidas   no   currículo,   depois   é   feita   uma   entrevista   de   pré­seleção   por
telefone, para então acontecer a primeira entrevista pessoal.
Perfil do cargo: Conjunto de funções e atividades que o profissional irá desempenhar e
as competências e comportamentos que deve apresentar. Para saber o cargo e a empresa
ideal para você, é fundamental conhecer seus objetivos.
Perfil profissional: Conjunto de habilidades apresentadas pelo candidato, que podem ser
ou não compatíveis com as exigidas pelo cargo.
Entrevista:  É realizada com quem passou pelo processo de triagem. Tem o objetivo de
aprofundar as informações do currículo e conhecer melhor o candidato. Este, por sua vez,
pode fazer uma ou várias entrevistas. Geralmente, ele conversa primeiro com o profissional
de Recursos Humanos da própria empresa ou de uma consultoria terceirizada. Depois, o
candidato   conversa   com   a   pessoa   que   esta   contratando,   com   seus   superiores,   pares   –
colegas de trabalho da mesma área – e, dependendo do cargo, com seus subordinados e até
mesmo com fornecedores da empresa.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Ingressando no meu emprego/estágio 89

Técnicas de processo seletivo: São atividades aplicadas pelo selecionador para avaliar
de forma prática as habilidades buscadas no candidato a vaga. São as dinâmicas de grupo,
provas situacionais e avaliações psicológicas.
Dinâmica   de   grupo:  São   diversas   atividades   aplicadas   com   o   objetivo   de   analisar   o
desempenho   do   candidato   em   equipe   e   detectar   comportamentos   e   competências
compatíveis   ao   cargo   pretendido   pelo   candidato.   Durante   as   atividades,   o   selecionador
observa a performance de cada integrante.
Provas situacionais: Simulações de problemas rotineiros ocorridos na empresa em que o
candidato devera atuar como se já estivesse contratado. Quanto mais alto o cargo, menor a
possibilidade do selecionador aplicar testes como esses. Eles são bastante utilizados para a
contratação de trainees e estagiários.
Avaliação psicológica:  São diversos testes aplicados durante o processo seletivo para
analisar a intelectualidade, personalidade e a coordenação motora do candidato. Nem todas
as empresas aplicam esse tipo de teste.
Feedback: Também chamado de devolutivo, é uma resposta dada ao candidato sobre o
seu desempenho e a sua situação no processo. Por meio do feedback, o candidato pode
saber os motivos pelos quais ele foi ou não escolhido pela empresa.
Carta de agradecimento: É uma correspondência que algumas empresas mandam para
agradecer pela sua participação no processo seletivo.
Fonte:http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/ge/entrevista/preparese/141003­dicionari
o_selecao.shtm
E agora, ficou mais fácil entender o que se passa no trabalho dos selecionadores? Com
esse dicionário as etapas ficam mais claras, o que lhe dá a possibilidade de enfrentá­las com
mais segurança. Boa sorte!

Entrevista de emprego

A entrevista é uma etapa do processo seletivo que
tem   como   objetivo   levantar   mais   informações   a
respeito   do   profissional   participante.   O  objetivo
inicial  da   entrevista  é   confirmar   e   checar   as
informações colocadas no currículo, mas é também
um instrumento utilizado para avaliar a capacidade
de comunicação, habilidades de liderança, nível  de
ansiedade,   capacidade   de   argumentação   e   os
objetivos   que   o   candidato   tem,   entre   outras
habilidades, que variam de organização para organização.
A entrevista é uma oportunidade para checar a maneira como o profissional leva sua vida
pessoal e sua carreira, que valores possui, e se estará adequado ao cargo e ambiente de
trabalho que a empresa tem a oferecer

Projeto e-Jovem - Módulo II


Ingressando no meu emprego/estágio 90

Como preparar­se para uma entrevista de emprego

Antes da Entrevista:
­   Tenha   uma   boa   noite   de   sono.   A   cabeça   tranquila   e   muito   otimismo   tornam­se
indispensáveis nesse dia. Sinta­se seguro e, acima de tudo, apto para responder perguntas e
ser analisado.

­ Informe­se sobre a empresa. Vale a pena navegar pelo site institucional e
ter   uma   visão   geral   da   companhia,   suas   áreas   de   atuação,   nacionalidade,
áreas   geográficas   envolvidas,   posicionamento,   faturamento,   clientes,
principais concorrentes, etc. Fique atento para notícias recentes, como venda
ou aquisição de unidades de negócios.

­ Não deixe de ler os jornais. Manter­se informado é importante e deve ser um hábito.
Mas às vezes, a pressa e a ansiedade com a entrevista podem deixar isso para o segundo
plano. Não cometa este erro. Um acontecimento que está nas manchetes dos jornais pode
ser   citado   durante   a   entrevista   e   nada   pior   do   que   você   não   estar   preparado   para
comentá­lo.
­ Atenção à aparência de suas roupas. Tenha em mente que roupa usará
no  dia­a­dia  da empresa caso seja selecionado, e tenda para uma opção
mais formal. Claro que essa regra não vale para locais cujo
ambiente   é   descontraído   e  vestir­se de  forma  informal  é
visto  como  uma  postura “criativa”.  Na  dúvida,  não  hesite. Ligue para  a
empresa e pergunte a uma secretária ou recepcionista como normalmente
as pessoas se vestem para o trabalho. E deixe sua roupa já escolhida e
separada na véspera.
­ Não se atrase. Nada pior para uma primeira impressão. Caso aconteça, peça desculpas,
dê uma explicação curta e convincente sobre o que provocou o atraso e se ainda é possível
realizar a entrevista naquele dia ou se preferem remarcar. Se a entrevista envolver uma
dinâmica de grupo ou envolva outros candidatos, pode esquecer, você perdeu a chance. E
vá preparado para esperar. Você não pode se atrasar, mas a pessoa que vai te  entrevistar
pode.
­ Leve uma cópia de seu currículo. Não importa se você já mandou uma cópia por e­mail,
fax, correio ou mesmo pessoalmente. No dia da entrevista tenha a sua cópia em mão. 

Durante a entrevista de Emprego

Permaneça ligado ao objetivo principal da entrevista:
O   entrevistador   quer   saber   como   você   pode   ser   útil   para   a   empresa.
Perguntas que fugirem dessa abordagem deverão receber respostas curtas e
objetivas. Perguntas que objetivarem o aprofundamento dessa abordagem
devem   ser   respondidas   de   forma   igualmente   objetiva,   mas   ao   mesmo
tempo mais abrangente.

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Ingressando no meu emprego/estágio 91

 Não se deixe levar pela emoção 
  A entrevista não é um processo frio, mas também não é ocasião para se exaltar, fazer
festa com o entrevistador   ou trata­lo como amigo intimo. Muito menos desabafar com o
entrevistador a respeito dos seus problemas íntimos.
 Não minta em momento algum
 Você pode até deixar de mencionar algumas condições de sua vida profissional (como o
fato de ter ficado pouco tempo em cada emprego anterior, ou o fato de ter sido demitido do
último emprego) mas, se for perguntado, fale sem medo. Você ganhará mais pontos com a
franqueza e a sinceridade. Se você for descartado da vaga de emprego por essas razões,
esse empregador não merece você.
Não fume 
Mesmo que o entrevistador fume ou te deixe à vontade para isso. Mas se pergunta se
você fuma, responda a verdade. 
Evite   entrar   em   temas   polêmicos,   como   sexo,   religião,   política.   São   assuntos   que
podem levar a posturas mais radicais e em nada contribuem para o objetivo da entrevista. 
Desligue o celular
Se você tiver algum motivo realmente significativo para deixá­lo ligado
durante  a  entrevista  explique­o   para  o   entrevistador   antes  da   conversa
começar, desculpando­se.

Atenção à linguagem 
Tenha em mente que você não está conversando com um amigo. Por
isso,   evite   gírias   e   expressões   como   “tipo   assim”,   “demorou”,   etc.
Converse de maneira respeitosa com o entrevistador, atenção para não
cometer   erros   de   concordância  e  jamais  fale  um   palavrão.   Durante   a
conversa,  evite   mascar   chicletes.   Tatuagens  também   não   são   vistas
com bons olhos, a depender da empresa; caso tenha alguma num lugar
visível, tente cobri­la ou disfarçá­la.
    
Não tome a iniciativa de levantar a questão salarial
Na maioria das vezes, o valor do salário e benefícios envolvidos serão
discutidos   em   outro   momento,   já   na   fase   final   de   seleção.   Espere   o
assunto ser abordado por quem está lhe entrevistando. 
    
Caso o entrevistador atenda algum telefonema, não fique encarando­o enquanto ele
estiver falando ao telefone; disfarce abrindo sua agenda ou olhe em direção à janela. Se o
assunto for demorado ou íntimo, convém levantar­se da cadeira, deixando­o à vontade e
indo em direção à janela ou saindo da sala, aguardando do lado de fora.
     Evite falar mal da antiga empresa, do chefe, dos clientes e dos colegas de trabalho.
Saiba guardar mágoas, ressentimentos, injustiças, fracassos ou decepções para você. Fale
sobre o seu desempenho profissional, rotina de trabalho, deveres e obrigações, sem soltar o

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Ingressando no meu emprego/estágio 92

veneno em relação à antiga empresa, chefe ou trabalho. O entrevistador deve aproveitar a
entrevista para pedir a você nomes de pessoas que podem dar referências a seu respeito. É
importante para o entrevistador saber como era o seu relacionamento profissional com o
seu   empregador   anterior,   e   normalmente,   dará   preferência   a   quem   foi   seu   superior
imediato para perguntar sobre o seu desempenho no trabalho. Por esta razão, faça contato
com seus antigos chefes ou colegas de trabalho e peça licença para que o seu entrevistador
faça contato com eles. Explique claramente que se trata de uma referência para um novo
trabalho e diga que espera que eles falem bem de você.

Roteiro de perguntas mais comuns em entrevistas:
1 – Fale Sobre Você.
Para esta pergunta, quase obrigatória em um processo seletivo, procure dar uma resposta
sucinta,   objetiva,   destacando   suas   qualidades   que   podem   contribuir   para   o   ambiente
profissional. 
2 – O que o levou a enviar seu currículo para esta empresa?
Aproveite esta deixa para demonstrar que fez o seu “trabalho de casa” e fale sobre a
atividade da empresa e a forma como o posicionamento desta a torna uma empresa de
elevado   interesse   para   qualquer   profissional.   Naturalmente,   para   responder   a   esta
pergunta,   é   preciso   fazer   previamente   uma   pesquisa   sobre   a   empresa.   Vá   ao   site
institucional, faça pesquisas usando mecanismos de busca, leia revistas da especialidade e
converse com pessoas que trabalham ou já trabalharam lá. 
3 – Qual foi a decisão mais difícil que já tomou até hoje?
Procure identificar uma situação em que tenha sido confrontado com um problema ou
dúvida, e na qual tenha sido capaz de analisar alternativas e consequências e decidir da
melhor forma.
4 – O que procura em um emprego?
São   várias   as   possibilidades  de   respostas  para  perguntas  como   esta:  desenvolvimento
profissional e pessoal, desafios, envolvimento, participação num projeto ou organização de
sucesso,  contribuição   para  o   sucesso   da  sua  empresa,   etc.   Evite  respostas   restritas,   que
demonstrem uma percepção limitada do mundo ao seu redor e do seu papel na sociedade,
como, por exemplo “ganhar dinheiro ”ou “tirar meu nome do SPC.
5 – Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?
Um   “não”   a   esta   pergunta   pode   destruir   por   completo   as   suas   hipóteses   de   ser   o
candidato   escolhido.   Demonstre­se   capaz   de   trabalhar   por   prazos   e   dê   exemplos   de
situações vividas em trabalhos anteriores.
6 – Me dê um motivo para escolher você em vez dos outros candidatos.
O que se espera como resposta é que você saiba “vender” o seu produto. Isto é, deverá
enfatizar   suas   capacidades   e  valorizar   o   seu   perfil   como   o   mais   adequado   para   aquela
função, além da forma como poderá trazer benefícios e lucros para a empresa.
7 – Quais são seus pontos negativos/defeitos?
Naturalmente, a resposta não poderá ser muito negativa, pois serão poucas as hipóteses
para um profissional que diga ser desorganizado, desmotivado ou pouco cumpridor dos
seus horários. Demonstre, acima de tudo, que tem consciência do que pode mudar e do que

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Ingressando no meu emprego/estágio 93

quer   mudar.   Evite   aqueles   truques   de   responder   partindo   daquilo   que   normalmente   é
considerado uma qualidade mas agravando­o de forma a parecer um “defeito”. Ou seja,
exigente   demais,   perfeccionista,   muito   auto­crítico.   Persistente   demais,   etc.   Isso   já   está
muito desgastado... 
8 – O que você faz no seu tempo livre?
Seja sincero, mas sobretudo lembre­se que os seus hobbies e ocupações demonstram não
só a  capacidade de gerir o seu tempo, mas sobretudo  as suas preocupações com o  seu
desenvolvimento pessoal e facilidade no relacionamento interpessoal. 
9 ­ Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?
Não se queixe e, em caso algum, critique a empresa e respectivos colaboradores. Diga
sempre alguma coisa positiva, seja sobre o ambiente de trabalho ou o produto/serviço da
empresa.   Se   começar   a   apontar   defeitos   ao   seu   emprego   anterior   correrá   o   risco   de   o
entrevistador achar que o mesmo pode acontecer no futuro relativamente àquela empresa.
Seja ético, acima de tudo, sempre. Você, que está concorrendo ao primeiro emprego: deixe
isso   claro   nesse   momento   e   destaque   trabalhos   voluntários   que   tenha   realizado,   uma
experiência positiva em algum projeto da sua escola ou da sua comunidade, etc.

Observações:
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Após a Entrevista:
Depois de uma entrevista, a expectativa é sempre a mesma: “Será que eu me saí bem?”
”Será que conquistei a vaga de emprego?”
Seria   muito   bom   se   o   entrevistador   lhe   informasse   sobre   seu   desempenho,   mas   isso
geralmente só acontece dias depois, e de forma bem resumida.
Então, como saber se você foi objetivo, se agradou ou se poderia ter agradado mais?
Como evitar os erros cometidos e se preparar para as novas oportunidades de estar diante
de um selecionador?
A melhor maneira é fazendo uma auto­avaliação.
Não fique cobrando uma resposta do entrevistador. É claro que esperar o resultado do
processo   seletivo   é   algo   que   deixa   qualquer   um   ansioso,   mas   controle­se.   Se   quiser,
pergunte ao entrevistador, no final da conversa, como será feito o contato após a decisão
sobre a vaga, e se você pode entrar em contato para saber o resultado. Caso a resposta seja
afirmativa, combine quando este retorno poderia acontecer e ligue no dia acertado. Caso
contrário, não ligue.
Seja   qual   for   o   seu   parecer,   saia   da   mesma   forma   que
entrou: com a cabeça erguida, mantendo um sorriso discreto e
agradecendo   a   atenção   que   lhe   foi   dispensada.   Se   você
conquistar   a   vaga,   nada   de   abraçar   ou   querer   sair   pulando
dentro   da   sala   do   entrevistador.   Controle­se   e   mantenha­se
discreto.

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Ingressando no meu emprego/estágio 94

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Ingressando no meu emprego/estágio 95

Dinâmica de grupo
Dinâmicas de Grupo são atividades aplicadas com o objetivo
de analisar o desempenho do candidato em equipe e detectar
comportamentos   e   competências   compatíveis   com   o   cargo
pretendido pelo candidato. Elas são amplamente utilizadas em
processos seletivos e provocam curiosidade.

Algumas características que os selecionadores observam através das 
Dinâmicas de Grupo:
Proatividade: capacidade de se antecipar aos problemas.
Jogo de cintura: como a pessoa administra situações adversas.
Saber   improvisar:  com   jogos   situacionais,   muitas   das   vezes,   coloca­se   vivências   do
dia­a­dia de trabalho para identificar como os candidatos improvisam e se se ajustam àquilo
que sai do script .
Saber   ouvir:  os   colegas,   as   instruções,   o   seu   grupo   de   trabalho.   Saber   ouvir   é   se
predispor a entender a ideia do outro, mesmo que ela seja contrária à sua.
Saber   pontuar   suas   idéias   sem   demonstrar   agressividade:  capacidade   de   levar   as
pessoas a realizarem a sua vontade de bom grado, por causa da sua influência pessoal, sem
forçar ou coagir alguém.
Flexibilidade:  nas   ações,   nas   ideias,   no   grupo.   Flexibilidade   para   se   ajustar   aos
diferentes tipos de ambientes, situações e necessidades pelas quais passamos.
Organização:  seja   na   construção   das   atividades   ou   nas   ideias.   A   organização   passa
também pela ideia da disciplina.
Saber administrar conflitos:  principalmente quando, dentro de um mesmo grupo, as
ideias são divergentes. Silenciar, posicionar­se e falar na hora certa.
Mostrar criatividade:  ir além do óbvio. Colocar uma pitada de “algo a mais”, fazer a
diferença.

Comportamentos inadequados mais comuns:
Falar   muito:  Muitas  pessoas  confundem  proatividade  com   “tagarelice”   e  acabam  por
atropelar a si e aos outros concorrentes. Essa conduta  é bastante recorrente em pessoas
normalmente   tímidas,   que   tentam   vender   uma   suposta   extroversão   –   e   aí   acabam   se
enrolando.
Mudez   e   apatia:  Outro   extremo   bastante   comprometedor,   pois   além   de   o   candidato
demonstrar   pouco   interesse   no   processo   também   é   ofuscado   por   outros   que   sabem   se
posicionar melhor.
Fingir ser o que não é: Atitudes artificiais só colaboram para que seus planos venham
por   água   abaixo,   pois   os   recrutadores   percebem   quando   alguém   está   manipulando   seu
modo de ser e ninguém quer na empresa um profissional dissimulado.
Baixa Auto­estima:  Estar há muito tempo desempregado gera frustração e, em alguns
casos, pode levar a pessoa à depressão, afetando diretamente sua autoestima. Muitas vezes,

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Ingressando no meu emprego/estágio 96

o   candidato   deixa   transparecer   essa   falta   de   energia   durante   as   atividades   e   acaba


novamente sendo descartado. É preciso realizar um forte trabalho interior para recuperar o
ânimo e o pensamento positivo;
Desistir antes da hora: Por incrível que pareça, há muitos candidatos que mal começam
uma   atividade   e   já   desistem,   alegando   não   conseguir   realizar   a   tarefa.   Abrir   mão   de
qualquer fase do processo é inaceitável – afinal, se você está participando da dinâmica é
porque quer conquistar a vaga, não?
Ser muito “profissional”:  Cabe destacar um tipo de candidato que tem se proliferado
nas dinâmicas atualmente: o “profissional”, que age de forma extremamente padronizada e
mecanizada. É aquele que faz tudo o que o recrutador espera dele, mas de modo impessoal:
veste­se de acordo com o que manda a cartilha e age de modo tão previsível que não se
destaca em nenhum aspecto. Por isso, por mais que você procure seguir à risca dicas de
especialistas, nunca deixe de ser você mesmo durante todo o processo.
Alguns cuidados:
­ Muitas dinâmicas exigem movimentos como sentar, ajoelhar, subir em algum lugar.
Evite   roupas   complicadas   ou   muito   apertadas   ­   minissaias   e   decotes,   nem   pensar!   Use
roupas sóbrias, mas confortáveis.
­ Procure ser o mais natural possível e controle a ansiedade ­ nervosismo não ajuda em
nada!
­ Execute as tarefas da melhor maneira possível e preste muita atenção ao que está sendo
pedido e perguntado.
­ Controle a agressividade e, mesmo num momento de discussão, procure não se exaltar.
­ Mantenha­se atualizado, já que a dinâmica pode ser realizada com base em notícias e
fatos que estão acontecendo no momento.
­ Não force a barra falando mais do que aquilo que lhe foi perguntado.
­   Não   se   esqueça   de   que   o   seu   corpo   fala.   Por   isso,   mantenha   sempre   uma   postura
confiante.
­ Discordar dos outros não é proibido – é só saber usar as palavras de modo cortês.

Reflexão:
Não há porque temer uma entrevista. Ao contrário, acredite que pode
ser   uma   oportunidade   de   mostrar   ao   Entrevistador   quais   são   as   suas
qualidades e por quais motivos deveria recomendar a sua contratação.

  

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Ingressando no meu emprego/estágio 97

A importância do estágio
Por: Adriano Martins Pinheiro
Portal Artigonal
O estágio é um processo de aprendizagem indispensável a um profissional que deseja
estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira.
Está   no   estágio   a   oportunidade   de   assimilar   a   teoria   e   a   prática,   aprender   as
peculiaridades e "macetes" da profissão, conhecer a realidade do dia­a­dia, no que o
acadêmico   escolheu   para   exercer.   À   medida   que   o   estudante   tem   contato   com   as
tarefas que o estágio lhe proporciona, começa então a assimilar tudo aquilo que tem
aprendido e até mesmo aquilo que ainda vai aprender teoricamente. 
Sabemos que pedagogicamente o aprendizado é muito mais eficaz quando é adquirido
por meio da experiência. Temos muito mais retenção ao aprendemos na prática do que ao
que   aprendemos   lendo   ou   ouvindo.   O   que   fazemos   diariamente   e   com   freqüência   é
absorvido com muito mais eficiência. Aos que já estagiaram são indiscutíveis os benefícios e
vantagens desta experiência. É possível distinguir aquilo que precisamos aprender e nos
aperfeiçoar. Torna­se possível identificar deficiências e falhas, onde o estágio é o momento
mais apropriado para extrair benefícios dos erros.

  Algumas precauções são necessárias ao estudante que está à procura do estágio.
Alguns empregadores oferecem vagas intituladas de estágio, mas na verdade não o são. Há
interesse   em   contratar   mão­de­obra   barata,   sem   vínculo   empregatício   e   garantir   menor
folha de pagamento e despesas com impostos.
Algumas   empresas   chegam   a   contratar   estudantes   como   estagiários   e   colocá­los   a
exercerem   funções   que   nada   tem   a   ver   com   a   proposta   do   estágio   que   é   proporcionar

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Ingressando no meu emprego/estágio 98

ensino   e   capacitação   profissional   direcionada.  Quando   o   estágio   não   proporciona


aprendizado, simplesmente, perde a razão de ser.
Uma   outra   prática  que   aparentemente   não   é   prejudicial,   mas  que   desvia  o   propósito
contratual entre acadêmico e empresa, é o costume de alguns profissionais que compõem o
quadro da empresa confundirem o estagiário como "quebra galho"  e agente de favores
pessoais, ou seja, transformam o estudante em office­boy de luxo e chegam a pedir para
que o estagiário compre lanches ou pague contas pessoais em banco.
Uma   vez   conseguido   um   estágio,   vencidas   as   dificuldades   e   tendo­se   condições   de
estagiar, deve­se abraçar a oportunidade, como oportunidade única, pois não faria sentido
freqüentar um estágio se não houvesse comprometimento, responsabilidade, determinação
e  expectativa quanto  a uma eventual efetivação. Também seria desperdício  de tempo e
energia,   sofrer   o   desgaste   do   estágio   somado   ao   desgaste   do   curso,   se   não   houvesse
interesse firme em aprender e preparar­se para a profissão. Enfim, um bom estagiário deve
ter um bom estágio e ambos devem ser produtivos e capazes de formar um profissional
pronto a enfrentar os desafios da profissão e gerar boas expectativas de sucesso.
A reciprocidade verdadeira entre acadêmico e empresa e o desenvolvimento profissional
e   estudantil   garantem   sucesso,   desenvolvimento   e   realização   para   ambas   as   partes.
Prestemos mais atenção e cuidado com uma fase tão importante para o crescimento de
nossos futuros profissionais e de nossas empresas.
Conhecendo a equipe de Inserção do e­Jovem

O que objetiva o Setor de Inserção?
Possibilitar   o   ingresso   do   aluno   e­Jovem   no   mercado   de   trabalho.   A   busca   por
oportunidades   são   baseadas   em   ações   que   possibilitem   o   aluno   a   vivenciar   os
conhecimentos adquiridos durante o curso.

Quais as atribuições da Inserção?
1. Intermediar   e   acompanhar   convênios   entre   instituições   públicas   ou   privadas   e   o
Projeto e­Jovem representado pela Secretaria de Educação do Ceará – SEDUC;
2. Cadastrar as informações dos estagiários no Sistema Informatizado de Captação do
Estágio – SICE;
3. Captar vagas e organizar cadastro de Instituições que poderão ser concedentes de
estágio;
4. Orientar alunos, supervisores, tutores e educadores sobre a estrutura e organização
dos estágios, sobre o Jovem Aprendiz e empregos efetivos.
5. Acompanhar as ações do estágio e Jovem Aprendiz, atendendo aos aspectos legais
perante a Lei.
6. Cadastrar, selecionar e encaminhar os alunos para vagas existentes, de acordo com a
solicitação das Instituições concedentes.
7. Fortalecer   a   empregabilidade,   organizando   formações   e   palestras   que   abordem
temas   necessários  ao   conhecimento   do  aluno  que   visem   facilitar  seu  ingresso   no
mercado de trabalho.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Ingressando no meu emprego/estágio 99

Quais os meios para que um aluno do Projeto e­Jovem possa ser inserido 
no mercado de trabalho?
O   mercado   de   T.I   é   um   dos   mais   promissores   no   que   se   refere   a   oportunidades   de
emprego. De acordo com o avanço da tecnologia a necessidade de profissionais qualificados
tem sido cada vez mais frequente, promovendo um aumento das chances de emprego para
pessoas qualificadas no setor. 
Através do curso o aluno tem a chance de concorrer a vagas oferecidas nesse mercado e
as   oportunidades   tem   sido   constantes,   onde   é   disponibilizado   um   e­mail
(currículos.ejovem@gmail.com)   para   o   envio   de   currículos,   encaminhamento   para
entrevistas, além de vagas de estágio e para Jovem Aprendiz.

Estágio
É   considerado   um   período   de   treinamento   por   algumas   instituições   e   celebrado   um
contrato   entre   aluno   e   Instituição   concedente   do   estágio,   intermediado   pelo   Projeto
e­Jovem através da Secretaria de Educação do Estado.
Todo   estagiário   tem   direito   a   uma   bolsa,   um   seguro   obrigatório   contra   acidentes
pessoais, auxilio­transporte, férias remuneradas e uma carga horária predefinida de 4 horas
diárias em atividades práticas nas Instituições concedentes.
O estágio dos alunos do Módulo I não é obrigatório, visto que as disciplinas para esse
período possibilitam ao aluno estagiar apenas em funções administrativas e em Instituições
que possam conceder uma bolsa e benefícios de direito do aluno.
A   obrigatoriedade   do   estágio   é   para   alunos   do   Módulo   II,   com   atribuições   técnicas
voltadas para o conhecimento em Tecnologia da Informação. É imprescindível que o aluno
esteja devidamente matriculado no curso, com frequência ativa e notas condizentes com o
perfil da vaga.

Quais os documentos necessários para um estagiário?
• Termo de Compromisso de Estágio – TCE com as devidas assinaturas (Instituição
cedente,   Instituição   de   Ensino   e   Aluno).   Para   alunos   menores   de   18   anos,   é
necessário a assinatura dos responsáveis legais.
• Conta   bancária   (A   Instituição   concedente   da   bolsa   é   que   determina   o   banco   e
modalidade   da   conta,   disponibilizando   um   documento   que   viabiliza   os   tramites
necessário).
• Frequências – É o documento que comprova a carga horária cumprida.
• Relatório – É o documento que descreve as atividades exercidas diariamente.

Em que condições devem ocorrer o estágio?
O estágio deve ocorrer no decorrer do curso, paralelo as aulas, em uma situação real de
trabalho. As atividades são compatíveis com o conteúdo oferecido pelo curso e de acordo
com as habilidades e capacidades apresentadas pelo aluno.
Pode ocorrer por um período de seis meses e jamais exceder um período de dois anos
(máximo permitido por lei), podendo haver rescisão do contrato por parte da Instituição
cedente ou do aluno.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Ingressando no meu emprego/estágio 100

Por que o estágio é visto como algo positivo para o aluno?
O estágio permite que o aluno tenha contato com o mercado de trabalho sendo uma
oportunidade de aplicar a teoria aprendida, desenvolver uma postura profissional e uma
chance de efetivação no local de estágio. 

Quais os documentos necessários para ser um Jovem Aprendiz?
Todos os documentos exigidos para um trabalhador. Os principais são: 
• CPF – Cadastro de Pessoas Físicas
• RG – Registro Geral (Carteira de Identidade)
• CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social 

As oportunidades de emprego para os jovens aprendizes são as mesmas que os 
estagiários? 
Tanto   os   estagiários   como   jovens   aprendizes   são   assegurados   por   leis,   possuem
remuneração com direitos e deveres específicos. As vagas são disponibilizadas de acordo
com a demanda de cada Instituição. Para os estagiários a contratação é feita de mínimo de
seis meses enquanto  os aprendizes no  mínimo um ano com máximo  de dois anos para
ambos.  No  entanto  as oportunidades dentro  do  Projeto e­Jovem  diferem­se para Jovem
Aprendiz. 

Composição da Equipe:

Coordenação
• Joelma Gomes ­ joelma@projetoejovem.com.br
Assistente de Inserção
• Ana Cristina Souza ­ anacristina@projetoejovem.com.br 
Assessores de Inserção
• Agardênia Menezes ­ agardenia@projetoejovem.com.br
• Ivana Mara ­ ivana@projetoejovem.com.br
• Larissa Falcão ­  larissa@projetoejovem.com.br
• Geovanny Saraiva ­ geovanny.saraiva@projetoejovem.com.br
Tutor
• Fernando Rodrigues ­ fernando@projetoejovem.com.br
Assessor Jurídico
• Jean Montenegro ­ Assessor Jurídico ­ jean@projetoejovem.com.br
Estagiários de Psicologia
Ana Cristina Pereira ­ anamelo@projetoejovem.com.br
Marlon Coutinho ­  marlon@projetoejovem.com.br

Projeto e-Jovem - Módulo II


Ingressando no meu emprego/estágio 101

As quatro fases de uma Carreira Profissional.
Segundo   especialistas  no   assunto,   a  carreira  de  um   profissional  se  define  em   Quatro
Fases
Fase I: Fase do Conquistador
Início da Carreira: Jovens que entraram no Mercado de Trabalho, cheios de esperanças,
confiantes, motivados. Buscam por oportunidades, desafios, a motivação maior é o dinheiro
e a expectativa de uma promoção.
Fase II: Maturidade
Nessa fase o profissional é maduro a ponto de avaliar suas conquistas e os pontos a serem
trabalhados e admite possíveis falhas em alcançar as metas estabelecidas. Preocupa­se com
suas necessidades financeiras, familiares, busca por segurança econômica e qualidade de
vida.
Fase III: Pináculo.
Como   resultado   de   sua   experiência,   do   conhecimento   adquirido,   da   boa   situação
financeira, o profissional que chega a essa fase, sente­se orgulhoso pelos resultados obtidos,
sua estabilidade financeira, sua posição no mercado e entende que isso é fruto de um bom
planejamento de sua carreira, de forma eficaz. Nessa fase é essencial o profissional não se
acomodar e investir em reciclagem, novos conceitos, melhores práticas do mercado, ou seja,
manter­se atualizado.
Fase IV : Desfrute.
Diante de todas as conquistas, essa é a fase em que o profissional não se preocupa com
desafios ou dinheiro, e sim, deve aproveitar o que o trabalho e o sucesso lhe proporcionou
ao longo de sua carreira.
O ideal é que o profissional atinja seus objetivos dentro da escala de idade de cada fase,
porém, após uma reflexão, se entender que está em desacordo entre sua idade e a fase de
sua carreira, não desanime, sempre há tempo para recuperar o tempo perdido.

Projeto e-Jovem - Módulo II


Ingressando no meu emprego/estágio 102

Como fazer um bom plano de carreira?

Todo   bom   profissional   deve   ter   bem   definidos   seus


objetivos   de   trabalho.   É   claro,   que   sempre   é   necessário
que   exista   alguma   flexibilidade,   mas   a   elaboração   de
objetivos   é   um   dos   melhores   caminhos   para   que   suas
metas profissionais sejam alcançadas. Mas como definir os
objetivos   que   você   quer   seguir   e   planejar   a   sua   vida
profissional?   Veja   algumas   dicas   para   você   começar   a
planejar o seu sucesso profissional.

Dicas:
1ª)  Preste atenção e tome nota de todos os dados que você julgue relevantes para sua
carreira.   Depois   escolha   os   mais   relevantes.   Você   só   deve   começar   a  analisar   os   dados
recolhidos após ter uma grande quantidade de idéias em rascunho.
  2ª)  Pense quais são os objetivos que você pretende alcançar no sua vida profissional.
Reflita sobre quais as suas qualidades que irão te ajudar a alcançar suas metas. Ao mesmo
tempo, pense em quais aspectos você deve melhorar para atingir os objetivos traçados.
3ª)  Analise   as   experiências   profissionais   anteriores   e   aproveite   as   vivências   que   você
acredita que foram proveitosas e as utilizem na seu dia­a­dia. Essa reflexão sobre o seu
passado profissional será útil, pois através dela você irá analisar sobre o que deu e não deu
certo e corrigir suas possíveis falhas.
Além das dicas, você deve se preocupar com as suas atitudes e   tentar descobrir o que 
elas influenciam – positiva ou negativamente, na sua relação com os demais. É importante
sempre manter um bom relacionamento com os colegas de trabalho.

O mais importante...
E por último, analise sua situação atual e pense como você pode se aperfeiçoar. Esta é a
etapa mais importante para desenvolver seu plano de carreira. Para isso, faça uma listagem
com tudo que te agrada na atual situação e do que gostaria que fosse diferente. Liste itens
como o ambiente de trabalho, as principais responsabilidades, as tarefas rotineiras e as suas
perspectivas de evolução dentro da empresa.

Observações:
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Projeto e-Jovem - Módulo II


Ingressando no meu emprego/estágio 103

Avaliação Geral
Concluindo   os   trabalhos   do   módulo   de   Empregabilidade,   o   que   mudou   em   mim   em
relação à:
Sobre a temática O que eu pensava  E agora penso...
antes...

Empregabilidade

Comunicação

Mundo do
trabalho

Postura
profissional

Liderança

Currículo

Entrevista de
Emprego

Projeto e-Jovem - Módulo II


Bibliografia

PROJETO E­JOVEM; Guia de PTPS: Preparação para o Trabalho e Prática Social.
Fortaleza, 2011.
PROJETO E­JOVEM; Apostila de Empregabilidade MDII. Fortaleza, 2010.

INSTITUTO EMPREENDER. Guia de Apoio Didático: Empregabilidade, Tecnologia e
Inglês para Jovens. Recife: 2009.

GASPARIN, Gabriela. Especialistas apontam áreas de trabalho mais promissoras.
Disponível em Portal G1. Acesso em 21 de agosto de 2012.

Do livro: Linguística e Comunicação ­ Editora Cultrix ­ 200. acessado em 19 de junho de
2012 (http://pt.scribd.com/doc/20538927/Linguistica­e­Comunicacao­Roman­Jakobson)

MEYER, Verônica Feder; MARIANO, Sandra R.H.. Comunicação Interpessoal. Disponível
em: http://pt.scribd.com/doc/13460315/Aula­4­Comunicacao­Interpessoal. Acesso em 26
de junho de 2012.

MARINI, Ana Luisa Pisa. Comunicação interpessoal nas organizações: como melhorar o
processo. Disponível em: http://www.memes.com.br/jportal/portal.jsf?post=3006. Acesso
em 26 de junho de 2012.

PORTAL PORTUGUÊS. Gêneros textuais. Disponível em:http://www.portugues.com.br/
redacao/generostextuais.html. Acesso em 28 de junho de 2012.

O QUE É O SINE. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/sine/o­que­e­o­sine.htm. Acesso
em 25.06.12.
O IDT. Disponível em: http://www.sineidt.org.br/Institucional/SobreIDT.aspx . Acesso em
25.06.12.

MANUAL SECRETO DO RH. Disponível 
em http://super.abril.com.br/cotidiano/manualsecreto­
rh­621685.shtml. Acesso em 27/07/12.

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