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Apresentação Presença

Recensão

Na recessão Zilberberg vai fazer um levantamento da categoria presença e de


como ela foi trabalhada em Filosofia e em Semiótica.

Quando ao discurso Filosófico ele diz: “a categoria presença e ausência é


própria do discurso filosófico sobre a existência (oposta a essência). Categoria
“impura”, cujo termo complexo presença + ausência parece mais facilmente
atualizável e mais produtivo do que os outros.”

• Gostaria de chamar atenção para o emprego de “a categoria presença e


ausência”, pois, pelo o que entendemos do capítulo quadrado e categoria, essa
última seria uma articulação mínima e é o que temos aqui. A categoria
Presença só significa por ser uma articulação mínima entre presencia x
ausência.

• Em relação ao discurso filosófico é essencial perceber que a filosofia


interessa-se pela essência das coisas, pela origem. Por isso, que Zilberberg
fala de que, no discurso filosófico, presença tem a ver com existência que
compreendemos como oposta a essência.

Exemplo: Mito da Caverna

No Mito da Caverna, Platão descreve que alguns homens, desde a infância, se


encontram aprisionados em uma caverna. Nesse lugar, não conseguem se
mover em virtude das correntes que os mantém imobilizados. Virados de
costas para a entrada da caverna, veem apenas o seu fundo. Atrás deles há
uma parede pequena, onde uma fogueira permanece acesa. Por ali passam
homens transportando coisas, mas como a parede oculta o corpo dos homens,
apenas as coisas que transportam são projetadas em sombras e vistas pelos
prisioneiros. Certo dia, um desses homens que estava acorrentado consegue
escapar e é surpreendido com uma nova realidade. No entanto, a luz da
fogueira, bem como a do exterior da caverna, agridem os seus olhos, já que ele
nunca tinha visto a luz. Esse homem tem a opção de voltar para a caverna e
manter-se como havia se acostumado ou, por outro lado, pode se esforçar por
se habituar à nova realidade. Se esse homem quiser permanecer fora pode,
ainda, voltar para libertar os companheiros dizendo o que havia descoberto no
exterior da caverna.

• Onde chegamos com o Mito da Caverna? Zilberberg coloca-o como um


exemplo de ausência presentificada. Os homens, ali, viam sombras, projeções
numa parede. Uma realidade existia fora da caverna, entretanto, os homens
não sabiam dessa existência e a única coisa que viam eram projeções. Dessa
forma, vemos uma ausência presentificada, o mundo fora presentificado em
projeções, que só significou para os homens que estavam naquela caverna
pela percepção de uma projeção.

• A presença sensível é construída como uma ausência presentificada,


uma espécie de simulacro da “ideia” obtido por apresentação indireta e
deceptiva (algo que surpreende).

• Zilberberg cita também que Presença está relacionada a Merleau-Ponty-


deitando raízes sob a fenomenologia. Principalmente, pela noção de campo de
presença.

• Nessa perspectiva, a noção de “campo de presença” – assenta uma


interpretação do par presença/ausência em termos de operações
(aparecimento/desaparecimento) pelas quais os “entes” sensíveis se destacam
do “ser” subjacente, e depois retornam a ele.

• Sobre isso, temos que Merleu-Ponty entende que a percepeção é


“quando uma coisa percebida nos é dada como coisa presente no mundo que
captamos através de perspectivas que fluem ininterruptamente em nosso
campo perceptivo.” (Nogueira, 2007, p.21)

• “Por isso ele fala que “entes” sensíveis se destacam do “ser” subjacente
e, depois retornam a ele.” É como se a sensibilidade desse conta de algo e
esse algo fosse sentido pelo corpo. A percepção seria como uma luz que liga,
que faz o corpo sentir algo.

• Para fenomenologia, a presença é o primeiro modo de existência da


significação, cuja plenitude estaria sempre por ser conquistada.
• Para fenomenologia, o homem só existe como ser-no-mundo pelo corpo.
O mérito da fenomenologia para o filosófo Merleu-Ponty é que essa buscou na
noção de existência os meios de pensá-la. Dessa forma, a percepção do
mundo se torna “aquilo” que funda para sempre a nossa ideia de verdade, vale
dizer, a verdade humana se fundamenta na nossa situação de seres
encarnados, seres efetivamente históricos. (Nogueira, 2007, p. 20).

• O interesse dessa reformulação do ponto de vista semiótico reside no


fato de estar a presença aí definida em termos dêiticos, ou seja, um em suma,
a partir de uma espécie de presente linguístico; além disso, para a própria
fenomenologia, a presença é o primeiro modo de existência da significação,
cuja a plenitude estaria sempre conquistada.

• Acredito que pela forma com que está escrito. Presença também seria “o
primeiro modo de existência” para semiótica. Isso faz sentido porque quando
algo entra em um campo de presença e o sujeito sente ele começa a
categorizar depois atribui valor aquilo, ou seja, categoriza o que aconteceu.
(Inclusive, nessa minha linha de raciocínio, presença é a primeira categoria,
viria, inclusive, acredito eu, antes da tensividade.)

Ainda sobre essa questão de como a Presença é tratada pela Filosofia e como
é tradada pela semiótica temos que dar destaque a questão ontológica que
seria a grande diferença do tratamento das duas. Indo do Dicionário de
Semiótica (Courtés; Greimas, 2008):

Presença- O conceito de presença é do domínio da teoria do conhecimento e


comporta, por isso, fortes implicações metafísicas (presença “na” percepção ou
“revelada” pela percepção, presença “no espírito” etc.): sua definição ontológica
deve ser excluída da teoria semiótica.

• Na perspectiva semiótica, a presença (o estar aí) será considerada como


uma determinação atribuída a uma grandeza, que a transforma em objeto de
saber do sujeito cognitivo. Tal acepção, essencialmente operatória,
estabelecida no quadro teórico da relação transitiva entre o sujeito do
conhecimento e o objeto congnoscível é muito ampla: estão presentes, neste
caso, todos os objetos de saber.

• Em outras palavras, isso significa que, em semiótica, presença:

• Deve ser estudada longe da questão ontológica. É tudo um simulacro.

• Põe em evidência a relação entre sujeito do conhecimento e o objeto


cognoscível. (A relação do que o sujeito sente e sabe)

2- Definições

2- DEFINIÇÕES

Em definições, Zilberberg destaca que:

• Zilberberg inicia as suas Definições a partir de Hjelmslev.

• “Estas definições baseiam-se em conceitos não específicos e


indefiníveis: presença, necessidade, condição, bem como nas definições de
função e funtivo.”

• A semiótica deparou-se com essa “proibição” de estudo da presença por


Hjelmslev. O conceito é delicado, poderia cair no ontológico, o que ela queria
se desviar ao máximo. E, além de tudo, Hjelmslev trata esse conceito como
indefinível. (Sobre isso, citamos o artigo do Américo, para destacar a
necessidade de Hjemeslev sentia de se desviar de tudo que era ontológico
para não comprometer o método científico- Nesse caso, a presença por ser
existência só podia ser um termo indefinível para ele.)

• Zilberberg destaca que os índices de correlação permitem vislumbrar


uma Inter definição (ou seja, ele ainda vê saída a partir da correlação). Diante
disso, mais uma vez, citamos o artigo do Américo, pois esses termos
descrição, objeto, dependência, homogeneidade (descrição e objeto são
indefiníveis, mas a mesma coisa não acontece com homogeneidade que são
interdefiniveis) A crítica que Zilberberg faz a esses elementos é que se eles
fazem parte do rol, deveriam todos serem interdefiníveis, o que não são.
Portanto, ele convida-nos a resolver isso pelas correlações entre intensidade e
extensidade.
2.1. Definições Paradigmáticas

Zilberberg inicia colocando que só se pode conceber a existência semiótica


como presença se se supõe, a partir dos autores do Dicionário de Semiótica,
que essa existência é um objeto de saber para um sujeito cognitivo.

Já colocamos aqui alguns aspectos que o Dicionário de Semiótica traz sobre a


presença e destacamos isso quando colocamos que “ a categoria presença
põe em evidência a relação entre sujeito do conhecimento e o objeto
cognoscível. (A relação do que o sujeito sente e sabe)”.

Talvez facilite para nós compreender o que é existência semiótica para


entender o raciocínio de Zilberberg que vai levar a ideia de que a presença dar
conta dos modos de existência e da junção (em breve chegaremos a esse
ponto). Para isso, nos é importante compreender primeiro a existência
semiótica. E, mais uma vez, recorremos ao dicionário de semiótica.

Vemos, então, que existência semiótica é:

i. Algo bem delicado, porque a semiótica se afasta da ontologia e a


existência pode ser algo que leve a essa ontologia. Entretanto,
Greimas e Courtés deixam claro de que o semioticista deve sim se
ocupar da existência, mas não do ponto de vista ontológico.

“Consagrando-se ao estudo da forma e não da substancia, a


semiótica não poderia permitir-se a juízos ontológicos sobre a
natureza dos objetos que analisa. Não obstante, esses objetos estão
de um certo modo “presentes” para o pesquisador, e este é assim
levado a examinar quer relações de existência, quer juízos
existenciais, explícitos ou implícitos, que encontra inscritos nos
discursos: ele é, pois, obrigado a se pronunciar, a menos custo,
sobre esse modo particular de existência semiótica.”

Outro trecho das Semióticas das Paixões destaca também essa


questão:
“é a existência semiótica como objeto de seu discurso e como
condição de sua atividade de construção teórica, mantendo,
entretanto, a distância necessária com relação aos compromissos
ontológicos. Manter um discurso no “horizonte ôntico” é para
semiótica, interrogar um conjunto de condições e de precondições,
esboçar uma imagem do sentido anterior e necessária aos seus
fundamentos ontológicos. É a esse custo apenas que a teoria
semiótica pode justificar sua própria atividade, sem para tanto
transformar-se numa filosofia que ela não conseguiria ser.”

ii. A existência semiótica dá conta da relação entre sujeito e objeto


principalmente de como o sujeito percebe o objeto em seu campo de
presença.

Vamos verificar o trecho abaixo:

“Nesse nível ela pode contentar-se com uma definição operatória que não a
compromete em nada, dizendo que a existência semiótica de uma grandeza
qualquer é determinada pela relação transitiva que, tomando-a como objeto de
saber, a liga ao sujeito cognitivo.”

Perceberam que até aqui a definição de existência semiótica cabe


perfeitamente na de Presença?

Zilberberg destaca que é preciso dar um passo a mais, ou seja, além de


reconhecer a existência semiótica como presença, é preciso considera-la assim
como Merleau Ponty segundo o qual “a presença é o primeiro modo de
existência da significação, cuja plenitude estaria sempre por ser conquistada”.
Assim, Zilberberg afirma que a existência semiótica (existência entre um objeto
de saber para um sujeito semiótico) é a base perceptiva da apreensão de toda
significação.

III A existência semiótica é articulação entre ausência e presença.

Quais existências semióticas nós temos?


O modo de existência Virtual e o Atual. Mas é preciso parar mais detidamente
para compreender isso. Aos quais foram acrescentados o realizado e o
potencializado. Em breve nos deteremos sobre esses modos de existência.

• Zilberberg fala que é preciso além de entender a existência semiótica


como relação de junção entre sujeito e objeto, seria necessário entender tal
relação à base perceptiva da apreensão de toda significação.

• Ausência e Presença são partes integrantes de uma configuração


perceptiva que seria constitutiva tanto da semiose quanto da enunciação.

• Ausência e presença são anteriores a categorização e prefiguram o


surgimento da categorização.

• Zilberberg também coloca que a problemática da presença é atrelada a


da enunciação. Por isso, ele introduz as variedades enunciativas da presença,
controladas pela instância da enunciação: actante, espaço e tempo.

• Gostaríamos, aqui de destacar que em Semiótica das Paixões, Greimas


já coloca a enunciação como fundamental para o modo de existência. “A
enunciação é o lugar de mediação onde se opera- essencialmente graças às
diferentes formas de debreagem / embreagem e de modalização- a
convocação dos universais semióticos utilizados em discursos.” (p. 12) “A
instância da enunciação é, pois, uma verdadeira práxis lugar de vai-e-vem
entre estruturas convocáveis e estruturas integráveis, instância que concilia
dialeticamente a geração-pela convocação dos universais semióticos- e a
gênese- pela integração dos produtos da história. (p.13)

• Para Zilberberg, o ponto de partida de considerar a presença em relação


a enunciação está na pressuposição recíproca entre o campo de presença
(considerado como domínio espácio-temporal em que se exerce a percepção)
e as entradas, saídas e retornos que, ao mesmo tempo, a ele devem seu valor
e lhe dão corpo.

• Segundo Barros(2019) Cada uma das três dimensões da dêixis


(actancial, temporal e espacial) é reinterpretada como categoria sensível que
contribui para determinar o campo de presença, ou seja, o domínio espaço-
temporal em que se exerce a percepção. (BARROS, 2019, p. 125)

Zilberbeberg propõe tratar de cada uma dessas dimensões:

Para o actante:

Do ponto de vista do sujeito a presença é apreendida como


ESPANTO. É uma presença realizada. Mas sendo o súbito, por
definição, efêmero, sua virtualização inevitável dá lugar ao hábito.
Do ponto de vista do objeto, a oposição canônica, homóloga à
precedente, conjunge e disjunge o novo e o antigo.
A semiótica não tem outra pretensão que não seja de compreender a
prevalência de tais “vivenciados de significação”. (Cassier)
Por relação ao campo de presença o espanto e a novidade carregam
um valor de IRRUPÇÃO.
O HÁBITO e a ANTIGUIDADE carregam valor de estada.
DÊIXIS ACTANCIAL
Sujeito Objeto
IRRUPÇÃO Espanto Novidade
ESTADA Hábito Antiguidade

Dêixis Espacial

A profundidade, cuja melhor formulação foi feita por Merleau-Ponty.


• Dêixis Espacial- a categoria tensiva de primeira ordem é a
profundidade. (Profundidade- complexo entre próximo e distante)
• Profundidade- experiência da reversibilidade das dimensões, de
uma localidade global em que tudo é ao mesmo tempo e de que
altura, largura e distancia estão abstraídas, de uma voluminosidade
que se exprime numa palavra dizendo que uma coisa está aí.
(Merleau-Ponty)
• Quando a profundidade se projeta na competência do sujeito da
percepção, ela dá lugar à dialética dos pontos de vistas: aos
intervalos inerentes à distância que correspondem morfologias
perceptivas, ora apenas distintas, ora irredutíveis, umas às outras. (o
ponto de vista pode ser diferente do outro ou irredutível ao outros-
inconciliáveis).
• A morfologia dos pontos de vista deve considerar-se, na sua
relação com a profundidade, como uma função descontínua de certa
variável contínua. (O ponto de vista é um recorte. Valências- o que é
o ponto de vista senão um ponto no gráfico que é descontínuo em
função do contínuo.) Cada ponto de vista é um valor em relação a
uma profundidade (extensidade ou intensidade).
• A articulação semiótica mínima é a que confronta o próximo para
a presença realizada e o distante para a presença virtual.

Presença Realizada Presença Virtualizada


Espaço/ Próximo Distante
Pronfundidade
Dêixis temporal

 Agora- a mnésia- versão despsicologizada da memória, está para


temporalidade, assim como a profundidade está para espacialidade.
 O atual manifesta a presença realizada e o ultrapassado, forma intensiva
do passado, manifesta a presença virtualizado. A estrutura elementar da
temporalidade parece-nos antes dual que ternária. Na maioria das
línguas temos que as formas do futuro são dadas como tardias.

Presença realizada Presença Virtualizada


Tempo/ Temporalidade Atual Ultrapassado

Quadro resumitivo:

 I. Se se admite que a dimensão do ego não é outra que a do afeto, isto é


o estado, ou mesmo a temperatura da relação do sujeito com seus
entornos, a relação da profundidade e da mnésia ao afeto é da ordem
da catálise, na medida em que o próximo e o atual só valem se forem
afetantes. (A dimensão do ego é a do afeto e a relação entre a
profundidade e a mnésia nele é catálise)- Catálise- algo que está
pressuposto. Realizado manifestado algo que foi manifestado que não
foi apreendido no manifestado. Você recupera o afeta p\\\ela Catálise.
 II. A práxis enunciativa pode sofrer ou reagir: ela sofre s\,,e,......... a
consecução [realizado –virtualidade] prevalecer; em contrapartida,
reage, se esse conteúdo for avaliado como conteúdo invertido a
reclamar sua inversão em conteúdo posto.
 O eu semiótico não se reduz ao eu linguístico: o eu semiótica e um eu
sensível, afetado, muitas vezes atônito, quer dizer comovido pelos
êxtases que o assaltam, um “eu” mais oscilatório do que indenitário. A
presença se torna, por isso, uma variável.
 “Quando o primeiro encontro com algum objeto nos surpreende,
julgamo-lo novo, ou bem diferente do que conhecíamos antes. Isso pode
nos acontecer antes de saber os minimante se tal objeto nos é
conveniente, Ele não tem contrário, uma vez que se objeto que se
apresenta nada tiver em si para nos surpreender consideramo-lo sem
paixão.” Decartes
 O eu semiótico habita um espaço tensivo, ou seja, um espaço em cujo
âmago a intensidade e a profundidade estão associadas, enquanto o
sujeito se esforça, a exemplo de qualquer vivente, por tornar esse
nincho habitável, isto é, por ajustar e regular as tensões, organizando as
morfologias que o condicionam.
 Exemplo do Rango
 A articulação do par presença/ ausência no espaço tensivo
 O campo de presença é de pelo menos duas grandezas: a presença
semiótica não pode ser senão relacional e tensiva, e deve compreender-
se como presença de x a y.
 As duas grandezas em foco são dois resultantes da função “percepção”
um sujeito e um objeto.
 A partir disso, o domínio considerado é aquele determinado pelo alcance
espaciotemporal do ato perceptivo, que pode ser expresso tanto em
termos de extensão dos objetos percebidos, quanto em termos de
intensidade das percepções.
 Esse domínio tem um interior e um exterior (o campo e o extracampo)
cujos correlatos respectivos são a tonicidade e a atonia das percepções.
Pode, além disso, ser tratado como aberto ou como fechado: o primeiro
caso, a percepção é considerada como um foco, e, no segundo, como
uma apreensão. O foco se firma, em suma, na intensidade dda tensão
que instaura entre seus dois resultantes, o sujeito e o objeto, ao passo
que a apreensão procede por delimitação de uma extensão e demarca o
domínio para aí circunscrever o objeto.
 Grandezas do campo de presença (relacional e tensiva) /
Resultantes da função percepção de um sujeito e objeto
Intensivo
Extensivo

INTERIOR DO CAMPO DE EXTERIOR DO CAMPO DE


PRESENÇA PRESENÇA
Tonicidade Aberto
Atonia Fechado
Presença é FOCO Presença é APREENSÃO
Intensidade da tensão que instaura Delimitação de uma extensão e
entre seus dois resultantes o sujeito demarca o domínio para aí
e o objeto circunscrever o objeto.
Quando maior o número de objetos Focalizar é selecionar, numa
apreendidos, mais se admite que extensão aberta, a zona em que se
seja intensa a percepção. exercerá a percepção mais intensa;
é renunciar à extensão e ao número
de objetos, em prol da saliência
perceptiva de alguns, ou de um
único.
A intensidade e a extensidade A intensidade e a extensidade
perceptivas evoluem em Relação perceptivas evoluem a partir de uma
conversa Relação Inversa
Valores de absoluto (Triagem Valores de Universo (Mistura e
axiológica) totalização)
 Nesse quadro a intensidade e a extensidade evoluem de maneira
conversa: quando maior o número de objetos apreendidos, mais se
admite que seja intensa a percepção.
 Focalizar é selecionar, numa extensão aberta, a zona em que se
exercerá a percepção mais intensa; é renunciar à extensão e ao número
de objetos, em prol da saliência perceptiva de alguns, ou de um único.
 Dessa forma, no foco a intensidade e a extensidade perceptivas
evoluem de maneira inversa: quanto menos objetos se visam de uma só
vez, mais bem estes são visados.
 A profundidade do foco e da apreensão, avaliada a partir do centro
dêitico, será, portanto, a função da tonicidade de um e outra, tonicidade
essa considerada como um complexos de intensidade e extensidade
perceptivas. (Não deu)
 Zilberberg vai fazer duas perguntas sobre a questão de que as
definições respectivas do foco e da apreensão são homólogas das
definições respectivas dos valores de absoluto (correlação inversa entre
intensidade e extensidade) e dos valores de universo (correlação
conversa) como aparecem no capítulo Valor. A pergunta é: que tipo de
intensidade e extensidade os valores de absoluto e universo possuíam?
Em que medida esses dois tipos axiológicos se fundavam nas duas
grandes direções do espaço tensivo?
 A resposta para Zilberberg está na definição de Presença.
 Os valores de absoluto, associados à operações de triagem axiológica,
firmam-se no tipo perceptivo do foco: os valores de universo, associados
às operações de mistura e totalização axiológicas, firmam-se no tipo
perceptivo da apreensão.
 Para elaborar a categoria presença, Zilberberg:
 1. Pensa em dois gradientes da tonicidade perceptiva: o da apreensão e
o do foco. A categoria presença/ausência repousa sobre a correlação
entre apreensão e foco que resultam da associação entre um foco e
uma apreensão, da tensão entre a abertura e o fechamento do campo.
Foco tônico Foco átono
Apreensão Tônica Plenitude Inanidade
Apreensão Átona Falta Vacuidade
 As ideias de foco e apreensão não são da ordem desse extracampo. É
justamente quando não há nenhum foco e nenhuma apreensão que há
esse extracampo, sempre em relação à percepção de um sujeito.
Sempre que houver, mesmo que seja com uma tonicidade muito baixa,
ainda estamos falando sobe um interior do campo de presença.
 Se for isso, acredito que é uma tentativa de conjungar a tensão entre
foco e apreensão. Isso porque, levando em conta as ideias anteriores ao
"Tensão e significação", os modos de existência (realizado, virtualizado,
atualizado e potencializado) levavam em conta apenas a junção para
serem configuradas e, como vemos ao considerar essa tensão entre
foco e apreensão, temos uma característica que leva em conta a
percepção do sujeito inserido em um campo de presença. Mas, como a
gente sabe, a teoria tensiva estava ainda não muito bem definida nesse
livro e, até onde eu sei, esses nomes todos (plenitude, falta, vacuidade e
inanidade) não foram usados pela teoria em momentos posteriores.
Mas, o valor deles, o que eles representam, isso sim se tornou
importante para a teoria. De todo modo, os autores acharam melhor
escolher outros termos para dizer sobre essa coisa diferente, que é a
conjugação entre foco e apreensão.
 Se uma coisa entrou no campo de presença.
 Vacuidade- quando ela vira hábito. Perde toda a intensidade e aumenta
a extensidade.
 Inanidade- quando ela está descendo. Nao é espanto, nem é hábito. A
coisa está perdendo intensidade e ganhando extensidade.
 Falta- a coisa perde extensidade e ganha intensidade.
 Plenitude- a coisa ganha extensidade e ganha extensidade.
 Nas minhas palavras:
 Se, eu tenho intensidade máxima quando algo entra no campo de
presença, em um primeiro momento eu tenho um foco tônico
(intensidade máxima) e em seguinte uma apreensão tônica, em que eu
me volto só para aquele determinado fato. Nesse caso eu tenho uma
PLENTITUDE.
 Se algo entra no meu campo de presença de uma forma abrupta, chama
minha atenção, mas depois se perde em extensidade, deixa de ser
importante, eu tenho uma FALTA.
 Se algo entra no meu campo de presença, mas não se destaca, não faz
zoada, não me desestabiliza, mas depois eu me foco naquilo, tenho uma
INANIDADE.
 Se algo entra no meu campo de presença, mas não se destaca e nem
me chama atenção eu tenho uma VACUIDADE, ou seja, um vazio. Ele
não de fez a menor diferença pra meu campo de presença.

 Exemplos:
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra

Nunca me esquecerei desse acontecimento


Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra

Teresa
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna

Quando vi Teresa de novo


Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo
nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.

Manuel Bandeira BANDEIRA, M., Libertinagem, 1930.

Acredito que, para realizarmos uma análise de texto, não temos como dizer
que ela detenha apenas uma configuração de percepção (a tal da conjugação
entre foco e apreensão). Isso só seria possível se analisássemos apenas a
relação de junção de um sujeito e um objeto em um momento apenas. Sobre o
exemplo do Drummond, seria melhor pensarmos em como a sintaxe canônica
proposta nas definições sintagmáticas amplas se dá. Minha leitura:

- em um primeiro momento, a forma do eu-lírico em falar sobre a pedra nos diz


que há um foco e apreensão tônicos na relação de percepção entre sujeito e
objeto, logo, de fato, aqui observamos plenitude

- em um segundo momento, ao falar daquilo como algo não mais presente,


mas que faz parte de sua vida junto com outras coisas possíveis, o eu-lírico
percebe a pedra a partir de uma apreensão tônica, mas sem focalizá-la com a
tonicidade de outrora. Então, vemos a inanindade nesse segundo momento.

Exemplo da Teresa

- em um primeiro momento (primeira e segunda estrofes) da relação entre o


sujeito eu-lírico e o objeto Teresa, há uma percepção em que há tonicidade
tanto no foco quanto na apreensão, já que o eu-lírico só nos fala do espanto
que teve ao vê-la. Então há uma plenitude.

- já no segundo momento (terceira estrofe) há um completo apagamento do


espanto e da percepção que o eu-lírico tinha de Teresa. Então, em relação a
Teresa, podemos dizer que há um foco e apreensão átonos. Para mim, então,
há uma vacuidade.
- se pensarmos na sintaxe canônica, talvez a segunda estrofe nos diria sobre a
inanidade, sobre um processo de esquecimento de Teresa. Talvez a ideia de
movimento temporal reverso aí nos indique algo que como esse esquecimento.
Esse movimento temporal reverso vai culminar na terceira estrofe, quando o
eu-lírico percebe-se sentindo o surgimento do mundo, segundo a bíblia cristã.

 As modulações da presença e da ausência fornecem, em suma, a


primeira modalização das relações entre sujeito e objetos tensivos, a
modalização existencial.
 Modalização existêncial é: a plenitude é realizante, a falta é atualizante,
a vacuidade é virtualizante e a inanidade é potencializante.
Plenitude Realizante
Falta Atualizante
Vacuidade Vitualizante
Inanidade Potencializante

Observações sobre isso:


 I. As modalizações existenciais possam ser engendradas a partir das
modulações da presença/ausência.
 II. Que possamos generalizar as articulações da base perceptiva ao
conjunto da modalização existencial no discurso.
 Isso quer dizer que- os modos de existências podem ser vistos como
modulações da presença/ausência. Podemos tirar os modos de
existência da simplicidade da narrativa e colocar para o discurso.
Sobre I- As modalizações existenciais possam ser engendradas a partir
das modulações da presença/ausência.
 A categoria presença procede de uma análise tensiva, perceptiva e
preocupada em articular as formas complexas, dos mesmos fenômenos
que são analisados, por outro lado- numa perspectiva discreta,
estritamente narrativa, e limitada aos termos simples, graças a categoria
junção. (Isso aqui ele tá falando da narrativa- modos de existência na
narrativa) A presença da um corpo tensivo, perceptivo, complexo ao que
é simples e discreto (narrativa).
 Sobre a junção- fundou, em Greimas, a tipologia dos modos de
existência. No ponto de vista epistemológico: “a teoria semiótica se
coloca o problema da presença, isto é, da realidade dos objetos
cognoscíveis, problema comum- é verdade- a epistemologia científica no
conjunto.”
 Primeiramente Greimas propôs 3 modos de existência: o virtualizado, o
atualizado, o realizado.
 Nota sobre os MODOS DE EXISTÊNCIA
Quando uma dada semiótica é tomada como objeto de saber, a
tradição saussuriana reconhece-lhe dois modos de existência: a
primeira a existência virtual, característica do eixo paradigmático da
linguagem, é uma existência in absentia; a segunda, a existência
atual, própria do eixo sintagmático, oferece ao analista os objetos
semióticos in praesentia, parecendo com isso mais concreta. A
passagem do sistema ao processo da língua ao discurso denomina-
se atualização.
• Tal dicotomia não causava embaraço enquanto foi possível
contentar-se com uma distinção de princípio entre língua e fala e,
mais tarde, entre competência e performance. A análise mais
aprofundada desses conceitos - e o surgimento, no lugar da fala, das
noções de sintagmática e, sobretudo, de discurso- colocou em
evidência a autonomia e o caráter abstrato das organizações
discursivas, muito distanciadas ainda da maneira de “estar aí” dos
discursos-enunciados enquanto ocorrência. Forçoso nos é, portanto,
reconhecer um terceiro modo de existência semiótica, que se
apresenta como a manifestação discursiva, devido à semiose, o da
existência realizada.

Então temos aqui a primeira formulação dos modos de existência:


Virtual, Atual, Realizado.

Esses modos de existência estão intimamente relacionados à junção.


Vamos perceber:

“Do ponto de vista da semiótica narrativa que é conduzida a substituir


o para virtualização/ atualização pela articulação ternária
virtualização/ atualização/ realização, virtualização corresponde ao
estabelecimento de sujeitos e objetos anteriormente a qualquer
junção (ou, inversamente, à supressão pura e simples dessa
relação): caberá à função–apenas o quadro dos enunciados de
estado por operar por disjunção sua atualização e, por conjunção,
sua realização.”

A esses Greimas colocará mais um: A Potencialização.

“Os modos de existência, concebidos como estados, pressupõe


fazeres que os produzam: a virtualização, operada por uma
mandante ou manipulador, produz um sujeito virtualizado; a
atualização, operada por um adjutor que dá o saber e o poder,
produz um sujeito realizado. Resta a potencialização, que, na medida
em que o sistema dos modos de existência obedece às regras da
sintaxe elementar, deveria tomar lugar entre a atualização e a
realização; com efeito, o modelo proposto por nós se apresenta
assim.” (Semiotica das Paixões, p. 132)

 A sequência dos modos de existência seria assim:

Sobre o acréscimo da Potencializaçao, Greimas:


“Dos 04 modos de existência do sujeito semiótico, apenas a posição
sujeito potencializado não recebeu até o presente interpretação
narrativa, introduzida de maneira puramente dedutiva, ela se
apresenta, no seio de um percurso narrativo estabelecido a partir da
análise concreta das narrativas; como síncope no encadeamento das
pressuposições, caixa preta cuja existência não teria até então
parecido necessária à compreensão da narratividade. Tudo se passa
como se, do ponto de vista da semiótica da ação, reconstruindo por
pressuposição as posições previas à realização do faze,r a
potencialização não fosse pertinente.(...) Entretanto, ela poderia ser
definida como a operação pela qual o sujeito, qualificado para ação,
torna-se suscetível de representar-se fazendo, isto é, projetando em
um simulacro toda a cena actancial e modal que caracteriza a
paixão; uma vez colocadas todas as modalizações no lugar, o
caminho imaginário que elas abrem desenha-se sob a forma da
trajetória existencial.”

“O potencializado é como uma imagem fim do sujeito. Ele quer está


conjunto com aquilo, mas não está e terá de percorrer o percurso
para chegar onde quer.”
“A partir desse final, chave da imagem-fim, que toda a cadeira pode
ser reconstituída por pressuposição.”
• Exemplo de Greimas (p. 133)
• A imagem-fim inserida nesse lugar, no percurso narrativo, é para
o fazer o que a receita de cozinha é para a confecção da refeição:
tudo está no lugar na representação que o sujeito se dá de seu fazer,
tudo está presentificado e pode, consequentemente, ser posto em
discurso tal e qual. O paralelo não para aí, já que como o
gastronômico pode permanecer na contemplação discursiva de sua
receita, o sujeito apaixonado pode, sem passar ao ato, saborear a
encenação passional que ele mesmo se oferece.

 Esses mesmos modos de existências são atribuídos a percurso do


sujeito discursivo, a partir do seguinte raciocínio.
“Uma definição existencial, de ordem propriamente semiótica dos
sujeitos e dos objetos encontrados e identificados no discurso, é
absolutamente necessária. Dir-se-á que um sujeito semiótico não existe
enquanto sujeito na medida em que se lhe pode reconhecer pelo menos
uma determinação: ou seja, que ele está com um objeto-valor qualquer..
Da mesma forma, um objeto só é enquanto esteja em relação com um
sujeito, enquanto é visado por um sujeito. É a junção que é a condição
necessária tanto à existência do sujeito quanto à dos objetos.”
 Percebemos que da questão epistemológica da presença (dela “como
realidade dos objetos cognoscíveis”) chegamos à categoria da junção,
por intermédio dos modos de existência.
 PROPOSTA DO ZILBERBERG: Parece-nos, todavia, que a parir do
momento que PRESENÇA recebe uma definição tensiva e discursiva
firmada nas correlações entre foco e a apreensão, a categoria Presença/
Ausência substitui facilmente, e não sem proveito, a da junção, cujas
operações lógico-narrativas constitutivas permanecem, com efeito, um
tanto distantes das questões inerentes à existência, em particular a
densidade de presença e a tonicidade perceptiva. Se a junção fosse
tratada como uma grandeza complexa, associada a intencionalidade
(foco) e a vicossotides da capitura (apreensão), reencontraríamos o
complexo foco/apreensão, e com ele, toda espessura da densidade da
existência semiótica.
 Portanto,
 Proposta do Zilberberg é: a categoria presença substitua a junção.
 Porque:
 i. as operações lógico-narrativas constitutivas da junção parecem bem
distantes das questões inerentes a existência.
 Ii. Se a junção fosse tratada de forma complexa, associando, por
exemplo, as avatares intenscionalidade (foco) e vicissitudes da captura
(apreensão) reencontraríamos então o complexo foco/apreensão e com
ele toda a espessura, toda a densidade da existência semiótica. Ou seja,
se a gente mexer na junção chegaremos na presença.
Quanto ao segundo ponto:
 II. Que possamos generalizar as articulações da base perceptiva ao
conjunto da modalização existencial no discurso.
 A tonicidade prevalece sobre as demais grandezas. Para uma semiótica
da presença, a relação não vai da diferença para a tonicidade, mas sim
da tonicidade para a diferença. Interessante porque no início ele fala que
a Ausência e presença são anteriores a categorização e prefiguram o
surgimento da categorização. Eu ainda acho que a Presença vem antes
da tensividade. É o sentir. Algo entra no campo de presença do sujeito e
ele sente aí vem a tensividade.
 A apreensão da presença torna-se indissociável da avaliação dessa
tonicidade: o simulacro semiótico, a própria semiose, resultaria, sob
esse aspecto, de um compromisso entre duas modulações extremas
que são, por um lado o excesso de presença do mundo natural (o pleno
da expressão a plenitude sensível das tensões) e, por outro, o excesso
de ausência do mundo interior (o vazio de conteúdo, a ausência de
articulações).Entres esses dois extremos a significação se nutre de
todos os graus entre presença/ausência.
 PROPOSTA DO ZILBERBERG:
 A existência semiótica assenta na busca de um equilíbrio tensivo entre
os diferentes modos de existência (a potencialização, a virtualização, a
atualização e a realização) que organizam o campo perceptivo e
transitando através do percurso gerativo condicionam a própria semiose
discursiva.
 O compromisso sensível em que se alicerçam os universos de sentido
está sempre ameaçado pelo não-sentido, que espreita nas duas
extremidades do gradiente de presença.
Zilberberg então volta a Semióticas das Paixões e propor

 Percebemos que aí temos a relação entre os modos de existência e as


tensões entre foco e apreensão.
 A "plenitude" é o realizado porque há completude nessa percepção do
sujeito: ele focaliza tonicamente a totalidade de sua apreensão.
 A "falta" é o atualizado porque o sujeito percebe que, para além do foco
tônico, há uma alguam lacuna na quantidade de coisas que percebe, ou
seja, ele sabe que focaliza com tonicidade uma ou algumas coisas mas
percebe que ainda assim, no campo de presença há quantidades não
focalizadas.
 A "inanidade" é o potencializado porque o sujeito percebe que, dentro de
seu campo de presença, não há tonicidade naquilo que focaliza, embora
perceba que exista algo que talvez deva focalizar, já que há uma
totalidade naquilo que apreende. É bom lembrar que "inane" é sinônimo
de oco: o sujeito sabe que algo precise ser preenchido. Geralmente o
potencializado se associa a uma lembrança daquilo que outrora
aconteceu e que seria uma lembrança do corpo de uma experiência
 A "vacuidade" é a inexistência perceptiva de foco e apreensão no campo
de presença, ou seja, o sujeito não percebe algum objeto e nem que há
objetos em seu campo de presença.
 Definições Sintagmáticas
 Concorda com as definições paradigmáticas porque não é autônomo.
 Devem obedecer as seguintes exigências:
 I. Devem pertencer a um espaço tensivo
 II. A divisibilidade da foria, cujo corolário é a solidariedade entre os
gradientes da intensidade e da extensidade.
 Os percursos sintáticos se deduzem das definições paradigmáticas,
como diminuições ou aumentos da intensidade do foco e da extensão da
apreensão e a presença viva é um produto das tensões máximas.
 Definições Sintagmáticas Amplas.
Foria Presença perceptiva
Princípio sintático do espaço Deve ser confrontada a foria que a
tensivo carrega
Aquilo cujo devir modula pela
variações da tonicidade perceptiva.
Puro vivenciado, do sentir
Primeira definição de presença: Presença é o correlato perceptivo de
uma grandeza puramente sensível, identificável ao fluxo inapreensível.
 Relaciona foria e presença perceptiva
 Verificar no dicionário o que é foria.
 Os modos de existências, ou modalizações existenciais fornecem-nos
desde já uma sintaxe canônica, que cruza dois percursos, como no
quadrado semiótico.
 Percurso 1- a inanidade (potencialização) constitui uma perda de
densidade existencial, provocada pela anulação do foco, perda que
conduz da presença (realizante) à ausência (virtualizante) (Saída do
domínio perceptível)
 A perda (atualizante) proporcionou um ganho de densidade existencial,
devido à intensidade do foco, no caminho que leva da ausência a
presença. (Entrada do domínio perceptivo). Pedra no meio caminho.
 E o que acontece quando esta estrutura sintáxico-prosódica, cujo plano
de fundo permanece constituído pelas transformações da tonicidade
perceptiva pelas transformações da tonicidade perceptiva
(intensidade/extensidade) incide sobre as três dimensões da
enunciação, a actancialidade, a temporalidade e a espacialidade;
 Actancial
 Na intensidade: compacto ou difuso
 Na extensividade: uno ou numeroso.
 As duas dimensões constitutivas da tonicidade perceptiva e da
densidade de presença, a intensidade e a extensidade, podem então
adotar os seguintes estilos ou regimes:

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