O documento discute três estruturas fundamentais da análise fenomenológica: 1) partes e todo, 2) identidade em multiplicidade, e 3) presença e ausência. A fenomenologia investiga como a consciência experiencia o mundo através da percepção. A análise explora como partes se relacionam com o todo, como a identidade permanece em meio à multiplicidade, e como ausência e presença influenciam a intenção.
O documento discute três estruturas fundamentais da análise fenomenológica: 1) partes e todo, 2) identidade em multiplicidade, e 3) presença e ausência. A fenomenologia investiga como a consciência experiencia o mundo através da percepção. A análise explora como partes se relacionam com o todo, como a identidade permanece em meio à multiplicidade, e como ausência e presença influenciam a intenção.
O documento discute três estruturas fundamentais da análise fenomenológica: 1) partes e todo, 2) identidade em multiplicidade, e 3) presença e ausência. A fenomenologia investiga como a consciência experiencia o mundo através da percepção. A análise explora como partes se relacionam com o todo, como a identidade permanece em meio à multiplicidade, e como ausência e presença influenciam a intenção.
Resenha do texto: As três estruturas formais da fenomenologia.
O capítulo três trata em si, de três formas estruturais fundamentais para a
compreensão da análise fenomenológica, as quais são: partes e todos; identidade numa multiplicidade; e presença e ausência.
A fenomenologia surge na filosofia como ciência sobre a experiência que a
consciência tem do mundo, a relação entre a consciência do saber humano e seu mundo exterior. Logo, seu objetivo é investigar e descrever os fenômenos enquanto experiências conscientes; e como ciência dos fenômenos puros, cabe à ela o mundo que é percebido pela experiência imediata. Em outras palavras, diz que a consciência não é passiva; pois ela não compreende a existência das coisas como algo pronto e acabado, mas participando da existência desses objetos.
Em pedaços e momentos, o autor interpreta pedaços como partes
independentes do todo, ou seja, que não dependem de um todo que sustente sua existência. Todavia, momentos são partes não-independentes, ou seja, que dependem de um todo para existir assim como a cor, exemplo de Sokolowski, que não pode ser separada de uma superfície. “Os momentos não podem ser, exceto quando misturados com outros momentos. Os momentos são o tipo de parte que não pode tornar-se um todo” (p. 32). No plano da percepção, no entanto, um pedaço torna-se um momento na medida em que não pode ser distanciado de um todo perceptivo, um objeto num pano de fundo. Há também uma relação entre partes fundantes e fundadas. O autor lança mão dos conceitos concretum e abstractum para solucionar uma confusão recorrente na filosofia, pois os pedaços, ao separarem-se do todo, tornam-se um todo, um concretum. No caso dos momentos, por mais que possamos considerá-los independentemente do todo, o fazemos de maneira abstrata. Eles não encontram uma existência independente na realidade. O tema da identidade mostra-se quando constatamos que mesmo diante de múltiplos lados, aspectos e perfis, ainda identificamos o cubo como o mesmo, ou seja, sua identidade. Essa ideia se mantém quando entramos no âmbito da linguagem. Um fato é representado por palavras diferentes em idiomas diferentes. O modo de representá-lo varia, mas a identidade, o sentido, do mesmo ainda se mantém. A identidade é de uma dimensão diferente, como afirma Sokolowski: “A identidade não é um membro da multiplicidade (…) a identidade transcende suas múltiplas manifestações, vai além delas. A identidade não é meramente a multiplicidade de suas manifestações” (p. 39).
Ao considerar os correlatos objetivos de presença e ausência, observa-se as
intenções cheias e vazias. A intenção vazia distingue-se da cheia pelo fato de seu alvo não estar presente, enquanto na intenção cheia percebemos o objeto presente, o vemos; ressaltando que as intenções vazias anteriores e posteriores às presentes são diferentes. Nas intenções vazias pensamos num objeto ausente, imaginamos, antecipamos, relembramos e é importante ressaltar que as intenções vazias anteriores e posteriores às presentes são diferentes. Assim como no tópico anterior, não podemos deixar de trazer à tona a identidade do objeto. Tanto as intenções vazias quanta as cheias são intenções de algo. O autor critica a maneira negligente com a qual a filosofia moderna tratou a ausência. Segundo ele, quando nos encontrávamos pensando sobre um objeto, explicávamos este pensamento através da presença de uma imagem representativa do objeto. A ausência do objeto era negligenciada em favor da presença de sua representação. Entretanto, se sabemos que o dado é somente uma imagem, é justamente porque intencionamos a ausência do objeto no qual a imagem se origina. Existe também o percurso da intenção vazia à intenção cheia. Nem sempre a intenção vazia é totalmente preenchida, num único ato perceptivo. Por vezes, ocorre todo um processo de intenções intermediárias até que o objeto seja dado como presente. Assim, Sokolowski distingue dois tipos de preenchimento: o gradual e o aditivo. No primeiro, temos muitos intermediários até que a intuição do objeto ocorra.
Concluo assim que; ao explorar um problema fenomenológico, deve-se
questionar o que são as partes e os todos, as identidades nas multiplicidades e as misturas de ausências e presenças que estão em funcionamento no assunto em questão, para a obtenção de melhores respostas e aperfeiçoamento da ciência.