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VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO PC/CE - Escrivão e Inspetor

Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

OLÁ, GUERREIROS (AS)!


TUDO BEM?

Sabemos que a leitura de lei seca é uma etapa muito importante durante a sua preparação. Por isso, resolvemos poupar o seu
precioso tempo e trazê-la para você!

Gostaríamos de lhes apresentar o Vade-Mécum Estratégico para os cargos de Escrivão e Inspetor da Polícia Civil do Estado do
Ceará, que foi preparado com muito cuidado para que possa lhe ajudar nesse caminho rumo à aprovação.

O Vade Mecum Estratégico é uma compilação das principais normas do seu concurso. Queremos que ele seja um material de
consulta, a ser utilizado em toda a sua preparação. Pretendemos que ele seja o seu companheiro sempre que você estiver
assistindo nossas videoaulas ou lendo os nossos livros digitais (PDFs). Acreditamos que ele fará diferença na sua preparação.

Tenho a convicção de que poderemos lhe ajudar muito nessa caminhada. Por isso, deixo o convite para que você conheça os
nossos cursos completos em vídeo, livro digital (PDF) e com acesso direto ao professor por meio do fórum de dúvidas. Acessando
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BONS ESTUDOS!
Estratégia Concursos

AVISO IMPORTANTE! Nesse Vade Mecum Estratégico, nós não inserimos todas as leis completas, mas apenas aquelas partes que
estão previstas no seu edital. Como exemplo, em Direito Constitucional, você não irá encontrar a Constituição Federal inteira por
aqui, mas apenas aqueles artigos que interessam para a sua prova!! ☺ Tudo isso é feito com o objetivo de aproveitar ao máximo
o seu tempo.

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SUMÁRIO

Noções de Direito Constitucional ........................................................................................................................................................ 4

Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988............................................................................................................... 4

Noções de Direito Administrativo ..................................................................................................................................................... 51

Lei nº 14.133/2021 ....................................................................................................................................................................... 51

Lei nº 8.666/1993 ....................................................................................................................................................................... 104

Lei nº 8.429/1992 ....................................................................................................................................................................... 134

Lei Nº 13.709/2018 ..................................................................................................................................................................... 139

Noções de Direito Penal .................................................................................................................................................................. 156

Decreto-Lei nº 2.848/1940 ......................................................................................................................................................... 156

Lei nº 8.072/1990 ....................................................................................................................................................................... 194

Lei nº 9.455/1997 ....................................................................................................................................................................... 196

Lei nº 11.343/2006 ..................................................................................................................................................................... 196

Lei nº 13.869/2019 ..................................................................................................................................................................... 212

Noções de Direito Processual Penal ................................................................................................................................................ 216

Decreto-Lei nº 3.689/1941 ......................................................................................................................................................... 216

Lei nº 9.296/1996 ....................................................................................................................................................................... 243

Lei nº 12.850/2013 ..................................................................................................................................................................... 244

Lei nº 7.210/1984 ....................................................................................................................................................................... 251

Legislação Penal Extravagante ........................................................................................................................................................ 273

Lei nº 10.826/2003 ..................................................................................................................................................................... 273

Lei nº 7.716/1989 ....................................................................................................................................................................... 281

Lei nº 12.037/2009 ..................................................................................................................................................................... 282

Lei nº 12.830/2013 ..................................................................................................................................................................... 284

Lei nº 9.099/1995 ....................................................................................................................................................................... 284

Lei nº 11.340/2006 ..................................................................................................................................................................... 293

Lei nº 8.069/1990 ....................................................................................................................................................................... 300

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Lei nº 10.741/2003 ..................................................................................................................................................................... 346

Lei nº 9.503/1997 ....................................................................................................................................................................... 358

Lei nº 1.521/19651 ..................................................................................................................................................................... 418

Lei nº 8.137/1990 ....................................................................................................................................................................... 422

Lei nº 4.737/1965 ....................................................................................................................................................................... 424

Lei nº 8.078/1990 ....................................................................................................................................................................... 471

Decreto nº 3.688/1941 ............................................................................................................................................................... 484

Lei nº 9.605/1998 ....................................................................................................................................................................... 489

Lei nº 9.613/1998 ....................................................................................................................................................................... 497

Lei nº 9.807/1999 ....................................................................................................................................................................... 503

Lei nº 12.288/2010 ..................................................................................................................................................................... 506

Lei nº 13.146/2015 ..................................................................................................................................................................... 514

Lei nº 10.671/2003 ..................................................................................................................................................................... 535

Lei nº 13.964/2019 ..................................................................................................................................................................... 543

Lei nº 13.620/2016 ..................................................................................................................................................................... 560

Legislação Específica ....................................................................................................................................................................... 562

Constituição do Estado do Ceará ................................................................................................................................................ 562

Lei Estadual nº 9.826/1974 ......................................................................................................................................................... 637

Lei Estadual nº 12.124/1993 ....................................................................................................................................................... 665

Lei Complementar Estadual nº 98/2011 .................................................................................................................................... 690

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Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas


NOÇÕES DE DIREITO relações internacionais pelos seguintes princípios:

CONSTITUCIONAL I - independência nacional;


II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
Constituição Da República
IV - não-intervenção;
Federativa Do Brasil De 1988 V - igualdade entre os Estados;
PREÂMBULO VI - defesa da paz;
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em VII - solução pacífica dos conflitos;
Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, IX - cooperação entre os povos para o progresso da
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores humanidade;
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, X - concessão de asilo político.
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a integração econômica, política, social e cultural dos povos da
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO América Latina, visando à formação de uma comunidade
BRASIL. latino-americana de nações.
TÍTULO I TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união CAPÍTULO I
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
fundamentos: qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
I - a soberania; estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
II - a cidadania nos termos seguintes:
III - a dignidade da pessoa humana; I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide nos termos desta Constituição;
Lei nº 13.874, de 2019) II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
V - o pluralismo político. coisa senão em virtude de lei;

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos desumano ou degradante;
termos desta Constituição. IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos anonimato;
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
Federativa do Brasil: imagem;

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
II - garantir o desenvolvimento nacional; na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as liturgias;
desigualdades sociais e regionais; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, assistência religiosa nas entidades civis e militares de
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de internação coletiva;
discriminação. VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as

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invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
científica e de comunicação, independentemente de censura
ou licença; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
competente poderá usar de propriedade particular,
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano;
dano material ou moral decorrente de sua violação;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei,
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
desde que trabalhada pela família, não será objeto de
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide
financiar o seu desenvolvimento;
Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas
Lei nº 9.296, de 1996)
e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou atividades desportivas;
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico
estabelecer;
das obras que criarem ou de que participarem aos criadores,
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao associativas;
exercício profissional;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de privilégio temporário para sua utilização, bem como
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo
em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
e econômico do País;
locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião XXX - é garantido o direito de herança;
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
exigido prévio aviso à autoridade competente;
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais
vedada a de caráter paramilitar; favorável a lei pessoal do "de cujus";
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a consumidor;
interferência estatal em seu funcionamento;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente informações de seu interesse particular, ou de interesse
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
(Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)
permanecer associado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do
XXI - as entidades associativas, quando expressamente
pagamento de taxas:
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial ou extrajudicialmente; a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal;
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XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário d) de banimento;


lesão ou ameaça a direito;
e) cruéis;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos,
perfeito e a coisa julgada;
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; apenado;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física
organização que lhe der a lei, assegurados: e moral;
a) a plenitude de defesa; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que
possam permanecer com seus filhos durante o período de
b) o sigilo das votações;
amamentação;
c) a soberania dos veredictos;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos em caso de crime comum, praticado antes da naturalização,
contra a vida; ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos
autoridade competente;
direitos e liberdades fundamentais;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
o devido processo legal;
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respondendo os LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se meios ilícitos;
omitirem; (Regulamento)
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de julgado de sentença penal condenatória;
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
constitucional e o Estado Democrático;
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, (Regulamento)
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública,
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
se esta não for intentada no prazo legal;
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,
social o exigirem;
entre outras, as seguintes:
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
a) privação ou restrição da liberdade;
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
b) perda de bens; competente, salvo nos casos de transgressão militar ou
crime propriamente militar, definidos em lei;
c) multa;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
d) prestação social alternativa;
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à
e) suspensão ou interdição de direitos; família do preso ou à pessoa por ele indicada;
XLVII - não haverá penas: LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos
da família e de advogado;
do art. 84, XIX;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis
b) de caráter perpétuo;
por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
c) de trabalhos forçados;

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LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela b) a certidão de óbito;


autoridade judiciária;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da
a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; cidadania. (Regulamento)
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável assegurados a razoável duração do processo e os meios que
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392)
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de fundamentais têm aplicação imediata.
poder;
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso República Federativa do Brasil seja parte.
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
no exercício de atribuições do Poder Público;
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
por: respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
a) partido político com representação no Congresso
de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº
Nacional;
186, de 2008, DEC 6.949, de 2009, DLG 261, de 2015, DEC
b) organização sindical, entidade de classe ou associação 9.522, de 2018) (Vide ADIN 3392)
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
associados;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a
CAPÍTULO II
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício
DOS DIREITOS SOCIAIS
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
LXXII - conceder-se-á habeas data: alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
de dados de entidades governamentais ou de caráter 90, de 2015)
público;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo de outros que visem à melhoria de sua condição social:
por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento involuntário;
de custas judiciais e do ônus da sucumbência; III - fundo de garantia do tempo de serviço;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado,
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social,
sentença; com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do
trabalho;
a) o registro civil de nascimento;

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VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos
convenção ou acordo coletivo; de trabalho;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
que percebem remuneração variável;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração empregador, sem excluir a indenização a que este está
integral ou no valor da aposentadoria; obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
sua retenção dolosa;
após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
da empresa, conforme definido em lei;
28, de 2000)
XII - salário-família pago em razão do dependente do
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada
28, de 2000)
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade,
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
cor ou estado civil;
compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a
nº 5.452, de 1943) salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
deficiência;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico
coletiva; e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
domingos; a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no
quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del
nº 20, de 1998)
5.452, art. 59 § 1º)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
um terço a mais do que o salário normal;
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos
salário, com a duração de cento e vinte dias;
IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
estabelecidas em lei e observada a simplificação do
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
cumprimento das obrigações tributárias, principais e
incentivos específicos, nos termos da lei;
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança; Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,
observado o seguinte:
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei; I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
XXIV - aposentadoria;
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o intervenção na organização sindical;
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical,
escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de
em qualquer grau, representativa de categoria profissional
2006)
ou econômica, na mesma base territorial, que será definida

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pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
podendo ser inferior à área de um Município; brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
judiciais ou administrativas; brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de
tratando de categoria profissional, será descontada em
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
folha, para custeio do sistema confederativo da
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
representação sindical respectiva, independentemente da
contribuição prevista em lei; II - naturalizados:
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
sindicato; brasileira, exigidas aos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas
idoneidade moral;
negociações coletivas de trabalho;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
organizações sindicais;
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se
um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
nos termos da lei.
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda
organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
atendidas as condições que a lei estabelecer.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e Constituição.
sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade. II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas III - de Presidente do Senado Federal;
da lei.
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e
V - da carreira diplomática;
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que
seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto VI - de oficial das Forças Armadas.
de discussão e deliberação.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é Constitucional nº 23, de 1999)
assegurada a eleição de um representante destes com a
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento
que:
direto com os empregadores.
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial,
CAPÍTULO III
em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
DA NACIONALIDADE
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação
Art. 12. São brasileiros: dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
I - natos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço nº 3, de 1994)
de seu país; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição

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para permanência em seu território ou para o exercício de sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser
direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de reeleitos para um único período subseqüente. (Redação
Revisão nº 3, de 1994) dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
Federativa do Brasil. República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a
até seis meses antes do pleito.
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo
ter símbolos próprios.
grau ou por adoção, do Presidente da República, de
CAPÍTULO IV Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de
DOS DIREITOS POLÍTICOS Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio eletivo e candidato à reeleição.
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, e, nos termos da lei, mediante: § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - plebiscito;
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
II - referendo; da atividade;
III - iniciativa popular. II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente,
no ato da diplomação, para a inatividade.
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
II - facultativos para: inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a) os analfabetos; a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a
b) os maiores de setenta anos; normalidade e legitimidade das eleições contra a influência
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. do poder econômico ou o abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4,
durante o período do serviço militar obrigatório, os
de 1994)
conscritos.
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação,
I - a nacionalidade brasileira; instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em
III - o alistamento eleitoral;
segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; temerária ou de manifesta má-fé.
V - a filiação partidária; Regulamento Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda
ou suspensão só se dará nos casos de:
VI - a idade mínima de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
em julgado;
República e Senador;
II - incapacidade civil absoluta;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado
e do Distrito Federal; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
d) dezoito anos para Vereador.
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado
vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição
e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver
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que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
CAPÍTULO V TÍTULO III
DOS PARTIDOS POLÍTICOS DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos Art. 18. A organização político-administrativa da República
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o
preceitos: Regulamento Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
I - caráter nacional; termos desta Constituição.

II - proibição de recebimento de recursos financeiros de § 1º Brasília é a Capital Federal.


entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
estes; transformação em Estado ou reintegração ao Estado de
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; origem serão reguladas em lei complementar.

IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre da população diretamente interessada, através de plebiscito,
escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e e do Congresso Nacional, por lei complementar.
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma
Emenda Constitucional nº 97, de 2017) da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de
1996)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade
jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
Tribunal Superior Eleitoral. aos Municípios:

§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou
partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela seus representantes relações de dependência ou aliança,
Emenda Constitucional nº 97, de 2017) ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
público;
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos II - recusar fé aos documentos públicos;
em pelo menos um terço das unidades da Federação, com III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada
uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, CAPÍTULO II
de 2017) DA UNIÃO

II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais Art. 20. São bens da União:
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a
Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de ser atribuídos;
2017)
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras,
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de das fortificações e construções militares, das vias federais de
organização paramilitar. comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam
facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido de limites com outros países, ou se estendam a território
que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e marginais e as praias fluviais;

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IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, ordenação do território e de desenvolvimento econômico e
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, social;
exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) XI - explorar, diretamente ou mediante autorização,
concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações,
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona
nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos
econômica exclusiva;
serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos
VI - o mar territorial; institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
8, de 15/08/95:)
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização,
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
concessão ou permissão:
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de
arqueológicos e pré-históricos; 15/08/95:)
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. b) os serviços e instalações de energia elétrica e o
aproveitamento energético dos cursos de água, em
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados,
articulação com os Estados onde se situam os potenciais
ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no
hidroenergéticos;
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura
de outros recursos minerais no respectivo território, aeroportuária;
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)
transponham os limites de Estado ou Território;
(Produção de efeito)
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura,
internacional de passageiros;
ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de
fronteira, é considerada fundamental para defesa do f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
território nacional, e sua ocupação e utilização serão
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério
reguladas em lei.
Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria
Art. 21. Compete à União: Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de
organizações internacionais; XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a
polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
III - assegurar a defesa nacional; Federal para a execução de serviços públicos, por meio de
fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
nº 104, de 2019)
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente; XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística,
geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
intervenção federal; XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de
diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material
bélico; XVII - conceder anistia;
VII - emitir moeda; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as
calamidades públicas, especialmente as secas e as
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as
inundações;
operações de natureza financeira, especialmente as de
crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos
de previdência privada; hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
(Regulamento)

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XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, XI - trânsito e transporte;


inclusive habitação, saneamento básico e transportes
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
urbanos;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema
nacional de viação; XIV - populações indígenas;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão
e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional de estrangeiros;
nº 19, de 1998)
XVI - organização do sistema nacional de emprego e
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de condições para o exercício de profissões;
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
Territórios, bem como organização administrativa destes;
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)
a) toda atividade nuclear em território nacional somente (Produção de efeito)
será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia
Congresso Nacional;
nacionais;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança
comercialização e a utilização de radioisótopos para a
popular;
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) XX - sistemas de consórcios e sorteios;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico,
comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões
igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares;
Constitucional nº 49, de 2006) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária
existência de culpa; (Redação dada pela Emenda e ferroviária federais;
Constitucional nº 49, de 2006)
XXIII - seguridade social;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da
XXV - registros públicos;
atividade de garimpagem, em forma associativa.
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,
modalidades, para as administrações públicas diretas,
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
II - desapropriação; Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e
para as empresas públicas e sociedades de economia mista,
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo
nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda
e em tempo de guerra;
Constitucional nº 19, de 1998)
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa
radiodifusão;
marítima, defesa civil e mobilização nacional;
V - serviço postal;
XXIX - propaganda comercial.
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os
metais;
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de relacionadas neste artigo.
valores;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do
VIII - comércio exterior e interestadual; Distrito Federal e dos Municípios:
IX - diretrizes da política nacional de transportes; I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima,
aérea e aeroespacial;

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II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
garantia das pessoas portadoras de deficiência; (Vide ADPF consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
672) histórico, turístico e paisagístico;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia,
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela
naturais notáveis e os sítios arqueológicos; Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de X - criação, funcionamento e processo do juizado de
obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou pequenas causas;
cultural;
XI - procedimentos em matéria processual;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide
ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada
ADPF 672)
pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em
qualquer de suas formas; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de
deficiência;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
XV - proteção à infância e à juventude;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o
abastecimento alimentar; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias
civis.
IX - promover programas de construção de moradias e a
melhoria das condições habitacionais e de saneamento § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da
básico; (Vide ADPF 672) União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. (Vide Lei nº
13.874, de 2019)
X - combater as causas da pobreza e os fatores de
marginalização, promovendo a integração social dos setores § 2º A competência da União para legislar sobre normas
desfavorecidos; gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
(Vide Lei nº 13.874, de 2019)
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de
direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
minerais em seus territórios; exercerão a competência legislativa plena, para atender a
suas peculiaridades. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
XII - estabelecer e implantar política de educação para a
segurança do trânsito. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a
(Vide Lei nº 13.874, de 2019)
cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do CAPÍTULO III
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. DOS ESTADOS FEDERADOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal Constituições e leis que adotarem, observados os princípios
legislar concorrentemente sobre: desta Constituição.
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e § 1º São reservadas aos Estados as competências que não
urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) lhes sejam vedadas por esta Constituição.
II - orçamento; § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
III - juntas comerciais; concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da
lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
IV - custas dos serviços forenses; regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional
V - produção e consumo; nº 5, de 1995)

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar,
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
ambiente e controle da poluição; microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, execução de funções públicas de interesse comum.
turístico e paisagístico;
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

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I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, CAPÍTULO IV


emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na DOS MUNICÍPIOS
forma da lei, as decorrentes de obras da União;
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada
seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
Municípios ou terceiros; promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os
seguintes preceitos:
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da
União. I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores,
para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa simultâneo realizado em todo o País;
corresponderá ao triplo da representação do Estado na
Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do
Federais acima de doze. mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art.
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16,
Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição de1997)
sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro
incorporação às Forças Armadas. do ano subseqüente ao da eleição;

§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei IV - para a composição das Câmaras Municipais, será
de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda
máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide
espécie, para os Deputados Federais, observado o que ADIN 4307)
dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze
2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional
1998) nº 58, de 2009)
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000
regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil)
secretaria, e prover os respectivos cargos. habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo 58, de 2009)
legislativo estadual. c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil)
Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no 58, de 2009)
último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000
do ano anterior ao do término do mandato de seus (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil)
antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no 2009)
art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16,
de1997) e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de
80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional
cargo ou função na administração pública direta ou indireta, nº 58, de 2009)
ressalvada a posse em virtude de concurso público e
observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de
parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000
(cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Constitucional nº 58, de 2009)
Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da
Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009)

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h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela
300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais
Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela
450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais
Constitucional nº 58, de 2009)
de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 Constitucional nº 58, de 2009)
(setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda
750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até Constitucional nº 58, de 2009)
900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais
Constitucional nº 58, de 2009)
de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários
milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal,
Constitucional nº 58, de 2009)
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional
1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até nº 19, de 1998)
1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente,
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de observado o que dispõe esta Constituição, observados os
1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os
1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de Constitucional nº 25, de 2000)
2009)
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do
(um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída Constitucional nº 25, de 2000)
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes,
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos
até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) nº 25, de 2000)
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes,
de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil
de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
(quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos
Constitucional nº 58, de 2009) Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 25, de 2000)
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais
de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até
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f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos
cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) Constitucional nº 58, de 2009)
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para
não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e
receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada
nº 1, de 1992) pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito
do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição
Constitucional nº 1, de 1992) Constitucional nº 58, de 2009)
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para
vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição
Constituição do respectivo Estado para os membros da Constitucional nº 58, de 2009)
Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela
§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por
Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela
(Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
1, de 1992)
§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda 2000)
Constitucional nº 1, de 1992)
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste
XII - cooperação das associações representativas no artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de
Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25,
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
de 2000)
(Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1,
de 1992) § 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da
Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo.
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28,
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda
Constitucional nº 1, de 1992) Art. 30. Compete aos Municípios:
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, I - legislar sobre assuntos de interesse local;
incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes
couber; (Vide ADPF 672)
percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e
das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem
158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até
100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de legislação estadual;
efeito)
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
(Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº essencial;
58, de 2009)
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União
e do Estado, programas de educação infantil e de ensino

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fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº SEÇÃO II


53, de 2006) DOS TERRITÓRIOS
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e
e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; judiciária dos Territórios.
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV
parcelamento e da ocupação do solo urbano; deste Título.
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural § 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao
local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de
estadual. Contas da União.
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos habitantes, além do Governador nomeado na forma desta
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e
na forma da lei. segunda instância, membros do Ministério Público e
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos CAPÍTULO VII
Municípios, onde houver. DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre SEÇÃO I
as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará DISPOSIÇÕES GERAIS
de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da
Art. 37. A administração pública direta e indireta de
Câmara Municipal.
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela
legitimidade, nos termos da lei. Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
Contas Municipais. brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação
CAPÍTULO V
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
SEÇÃO I II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
DO DISTRITO FEDERAL aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda
dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, Constitucional nº 19, de 1998)
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências anos, prorrogável uma vez, por igual período;
legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, convocação, aquele aprovado em concurso público de
observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
para mandato de igual duração. carreira;
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica- V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
se o disposto no art. 27. servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
militar e do corpo de bombeiros militar. (Redação dada pela destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
Emenda Constitucional nº 104, de 2019) assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
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VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
associação sindical; empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto
nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II,
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda
definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 19, de 1998)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
exceto, quando houver compatibilidade de horários,
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
os critérios de sua admissão;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda
determinado para atender a necessidade temporária de
Constitucional nº 19, de 1998)
excepcional interesse público; (Vide Emenda constitucional
nº 106, de 2020) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de
de 1998)
que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada
mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento)
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e abrange autarquias, fundações, empresas
funções e empregos públicos da administração direta, públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais de 1998)
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
precedência sobre os demais setores administrativos, na
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
forma da lei;
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o de economia mista e de fundação, cabendo à lei
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco de 1998)
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a
Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
anterior, assim como a participação de qualquer delas em
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
empresa privada;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
mediante processo de licitação pública que assegure
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo
igualdade de condições a todos os concorrentes, com
Poder Executivo;
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda técnica e econômica indispensáveis à garantia do
Constitucional nº 19, de 1998) cumprimento das obrigações. (Regulamento)
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
público não serão computados nem acumulados para fins de Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) carreiras específicas, terão recursos prioritários para a
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada,
inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
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informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Constitucional nº 19, de 1998)
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e I - o prazo de duração do contrato;
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
educativo, informativo ou de orientação social, dela não
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou III - a remuneração do pessoal."
servidores públicos.
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito
responsável, nos termos da lei. Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário
Constitucional nº 19, de 1998)
na administração pública direta e indireta, regulando
especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
nº 19, de 1998) aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído
interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste
informações sobre atos de governo, observado o disposto no
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
19, de 1998)
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
III - a disciplina da representação contra o exercício
artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar,
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
em seu âmbito, mediante emenda às respectivas
administração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional
Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio
nº 19, de 1998)
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais
penal cabível. e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
47, de 2005)
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e
de ressarcimento. responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
responsável nos casos de dolo ou culpa.
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e
pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social,
indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos Constitucional nº 103, de 2019)
órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
servidores públicos e de pensões por morte a seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a
dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga
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regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) Constitucional nº 19, de 1998)
§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda
individual ou conjuntamente, devem realizar avaliação das Constitucional nº 19, de 1998)
políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão
avaliado e dos resultados alcançados, na forma da lei.
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, cursos um dos requisitos para a promoção na carreira,
autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos
aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Constitucional nº 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o
distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII,
XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
remuneração;
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
III - investido no mandato de Vereador, havendo
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
a norma do inciso anterior;
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será Constitucional nº 19, de 1998)
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
por merecimento;
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em
previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela
ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão
SEÇÃO II anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos
DOS SERVIDORES PÚBLICOS cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinará a aplicação de recursos
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, orçamentários provenientes da economia com despesas
regime jurídico único e planos de carreira para os servidores correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
da administração pública direta, das autarquias e das aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) produtividade, treinamento e desenvolvimento,
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
Municípios instituirão conselho de política de administração público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
e remuneração de pessoal, integrado por servidores produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
designados pelos respectivos Poderes (Redação dada pela de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135- § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
4) carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
componentes do sistema remuneratório observará: § 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) temporário ou vinculadas ao exercício de função de
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo
dos cargos componentes de cada carreira; (Incluído pela efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 2019)

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Art. 40. O regime próprio de previdência social dos § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do
servidores titulares de cargos efetivos terá caráter respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição
contributivo e solidário, mediante contribuição do diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de
respectivo ente federativo, de servidores ativos, de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de
aposentados e de pensionistas, observados critérios que policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art.
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência
social será aposentado: (Redação dada pela Emenda § 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do
Constitucional nº 103, de 2019) respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes
em que estiver investido, quando insuscetível de
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou
readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização
associação desses agentes, vedada a caracterização por
de avaliações periódicas para verificação da continuidade
categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda
das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria,
Constitucional nº 103, de 2019)
na forma de lei do respectivo ente federativo; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima
reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que
tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou
comprovem tempo de efetivo exercício das funções de
aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional
médio fixado em lei complementar do respectivo ente
nº 88, de 2015) (Vide Lei Complementar nº 152, de 2015)
federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de 103, de 2019)
idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos
se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a
dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante
percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime
emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
próprio de previdência social, aplicando-se outras vedações,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
regras e condições para a acumulação de benefícios
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente
previdenciários estabelecidas no Regime Geral de
federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
103, de 2019)
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se
inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201
tratar da única fonte de renda formal auferida pelo
ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime
dependente, o benefício de pensão por morte será
Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14
concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, a
a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos
2019)
servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada
serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo. pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
diferenciados para concessão de benefícios em regime conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela
próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela Emenda
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou
Constitucional nº 103, de 2019)
municipal será contado para fins de aposentadoria,
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição de serviço correspondente será contado para fins de
diferenciados para aposentadoria de servidores com disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional
deficiência, previamente submetidos a avaliação nº 103, de 2019)
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela
103, de 2019)
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

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§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide ADIN 3133)
proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da (Vide ADIN 3143) (Vide ADIN 3184)
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de
§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do
outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral
respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo
de previdência social, e ao montante resultante da adição de
que tenha completado as exigências para a aposentadoria
proventos de inatividade com remuneração de cargo
voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá
acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão
fazer jus a um abono de permanência equivalente, no
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo
máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até
eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
completar a idade para aposentadoria compulsória.
15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em
§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de
regime próprio de previdência social, no que couber, os
previdência social e de mais de um órgão ou entidade
requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de
gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e
Constitucional nº 103, de 2019)
fundacionais, que serão responsáveis pelo seu
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, financiamento, observados os critérios, os parâmetros e a
de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata
exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato o § 22. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de de 2019)
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
§ 21. (Revogado). (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de
instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder
previdência social, lei complementar federal estabelecerá,
Executivo, regime de previdência complementar para
para os que já existam, normas gerais de organização, de
servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o
funcionamento e de responsabilidade em sua gestão,
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado
o disposto no § 16. (Redação dada pela Emenda I - requisitos para sua extinção e consequente migração para
Constitucional nº 103, de 2019) o Regime Geral de Previdência Social; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o
§ 14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos
contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será recursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
efetivado por intermédio de entidade fechada de 2019)
previdência complementar ou de entidade aberta de
III - fiscalização pela União e controle externo e social;
previdência complementar. (Redação dada pela Emenda
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Constitucional nº 103, de 2019)
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação V - condições para instituição do fundo com finalidade
do ato de instituição do correspondente regime de previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele
previdência complementar. (Incluído pela Emenda dos recursos provenientes de contribuições e dos bens,
Constitucional nº 20, de 15/12/98) direitos e ativos de qualquer natureza; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o
cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial;
atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime,
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de observados os princípios relacionados com governança,
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que controle interno e transparência; (Incluído pela Emenda
trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido Constitucional nº 103, de 2019)
para os benefícios do regime geral de previdência social de
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles
que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido
que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou
para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela

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indiretamente, com a gestão do regime; (Incluído pela Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) anos.
IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional,
em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição
de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias. § 1º O número total de Deputados, bem como a
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) representação por Estado e pelo Distrito Federal, será
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades
virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda
da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta
Constitucional nº 19, de 1998)
Deputados.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
majoritário.
II - mediante processo administrativo em que lhe seja
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três
assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda
Senadores, com mandato de oito anos.
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal
III - mediante procedimento de avaliação periódica de
será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente,
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
por um e dois terços.
ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) § 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão
se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em de seus membros.
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
SEÇÃO II
serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL
1998)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração Presidente da República, não exigida esta para o
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as
aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela matérias de competência da União, especialmente sobre:
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento
obrigatória a avaliação especial de desempenho por anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de
comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela curso forçado;
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
TÍTULO IV
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
desenvolvimento;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e
CAPÍTULO I bens do domínio da União;
DO PODER LEGISLATIVO VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas
SEÇÃO I de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas
DO CONGRESSO NACIONAL Assembléias Legislativas;
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal. VIII - concessão de anistia;

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IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente
Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos
organização judiciária e do Ministério Público do Distrito planos de governo;
Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69,
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de
de 2012) (Produção de efeito)
suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e administração indireta;
funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI,
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em
b; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de
face da atribuição normativa dos outros Poderes;
2001)
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da
de emissoras de rádio e televisão;
administração pública; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001) XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de
Contas da União;
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições
atividades nucleares;
financeiras e suas operações;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida
mobiliária federal. XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o
aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal
riquezas minerais;
Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II;
153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de
Constitucional nº 41, 19.12.2003) terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos
hectares.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
XVIII - decretar o estado de calamidade pública de âmbito
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos
nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F
internacionais que acarretem encargos ou compromissos
e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda
gravosos ao patrimônio nacional;
Constitucional nº 109, de 2021)
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou
celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem
qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de
pelo território nacional ou nele permaneçam
Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei
subordinados à Presidência da República para prestarem,
complementar;
pessoalmente, informações sobre assunto previamente
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República determinado, importando crime de responsabilidade a
a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze ausência sem justificação adequada. (Redação dada pela
dias; Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994)
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, § 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas
dessas medidas; Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos
com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
seu Ministério.
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa; § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal poderão encaminhar pedidos escritos de
VI - mudar temporariamente sua sede;
informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os referidas no caput deste artigo, importando em crime de
Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.
Constitucional nº 19, de 1998) (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2,
de 1994)
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da
República e dos Ministros de Estado, observado o que SEÇÃO III
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

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I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração VII - dispor sobre limites globais e condições para as
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da operações de crédito externo e interno da União, dos
República e os Ministros de Estado; Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas
autarquias e demais entidades controladas pelo Poder
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República,
Público federal;
quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de
garantia da União em operações de crédito externo e
III - elaborar seu regimento interno;
interno;
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
Municípios;
respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal;
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos
do art. 89, VII. XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a
exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República
SEÇÃO IV
antes do término de seu mandato;
DO SENADO FEDERAL
XII - elaborar seu regimento interno;
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
República nos crimes de responsabilidade, bem como os funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do respectiva remuneração, observados os parâmetros
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação
conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 23, de 02/09/99)
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal do art. 89, VII.
Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do
Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema
da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes,
responsabilidade; (Redação dada pela Emenda e o desempenho das administrações tributárias da União,
Constitucional nº 45, de 2004) dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição
pública, a escolha de: Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II,
funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal,
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; limitando-se a condenação, que somente será proferida por
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo,
Presidente da República; com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função
pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
c) Governador de Território;
SEÇÃO V
d) Presidente e diretores do banco central;
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES
e) Procurador-Geral da República;
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição
2001)
em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão
diplomática de caráter permanente; § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do
diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de
Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
nº 35, de 2001)
Territórios e dos Municípios;
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
globais para o montante da dívida consolidada da União, dos
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
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remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das
para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva entidades a que se refere o inciso I, "a";
sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público
nº 35, de 2001)
eletivo.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal
Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no
partido político nela representado e pelo voto da maioria de artigo anterior;
seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o
andamento da ação. (Redação dada pela Emenda
decoro parlamentar;
Constitucional nº 35, de 2001)
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa
terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer,
respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias
salvo licença ou missão por esta autorizada;
do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 35, de 2001) IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos
enquanto durar o mandato. (Redação dada pela Emenda nesta Constituição;
Constitucional nº 35, de 2001)
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a em julgado.
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que
casos definidos no regimento interno, o abuso das
lhes confiaram ou deles receberam informações. (Redação
prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional
dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
ou a percepção de vantagens indevidas.
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será
Senadores, embora militares e ainda que em tempo de
decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado
guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
respectiva Mesa ou de partido político representado no
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. (Redação
durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013)
mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do
declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a
mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de
execução da medida. (Incluído pela Emenda Constitucional
partido político representado no Congresso Nacional,
nº 35, de 2001)
assegurada ampla defesa.
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que
I - desde a expedição do diploma: vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste
artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito
de que tratam os §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia
Constitucional de Revisão nº 6, de 1994)
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de
inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de
entidades constantes da alínea anterior; Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão
diplomática temporária;
II - desde a posse:
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa
para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde
que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte
jurídica de direito público, ou nela exercer função
dias por sessão legislativa.
remunerada;
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad
investidura em funções previstas neste artigo ou de licença
nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
superior a cento e vinte dias.

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§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)
para o término do mandato.
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi
optar pela remuneração do mandato. convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo,
vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da
SEÇÃO VI
convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
DAS REUNIÕES
50, de 2006)
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na § 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de
Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão
agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.
Constitucional nº 50, de 2006) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão SEÇÃO VII
transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando
DAS COMISSÕES
recaírem em sábados, domingos ou feriados.
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a que resultar sua criação.
Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
sessão conjunta para:
assegurada, tanto quanto possível, a representação
I - inaugurar a sessão legislativa; proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da respectiva Casa.
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de
serviços comuns às duas Casas; § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência,
cabe:
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-
Presidente da República; I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
recurso de um décimo dos membros da Casa;
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade
preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da
civil;
legislatura, para a posse de seus membros e eleição das
respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a III - convocar Ministros de Estado para prestar informações
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
IV - receber petições, reclamações, representações ou
50, de 2006)
queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das
§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo autoridades ou entidades públicas;
Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais
e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-
se-á: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão
2006) poderes de investigação próprios das autoridades judiciais,
além de outros previstos nos regimentos das respectivas
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação
Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo
de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante
autorização para a decretação de estado de sítio e para o
requerimento de um terço de seus membros, para a
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
da República;
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Público, para que promova a responsabilidade civil ou
Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a criminal dos infratores.
requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas,
§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa
em caso de urgência ou interesse público relevante, em
do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última
todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria
sessão ordinária do período legislativo, com atribuições
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definidas no regimento comum, cuja composição § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada
reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova
representação partidária. proposta na mesma sessão legislativa.
SEÇÃO VIII SUBSEÇÃO III
DO PROCESSO LEGISLATIVO DAS LEIS
SUBSEÇÃO I
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias
DISPOSIÇÃO GERAL
cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos
I - emendas à Constituição; Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e
II - leis complementares; aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
III - leis ordinárias;
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as
IV - leis delegadas; leis que:
V - medidas provisórias; I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
VI - decretos legislativos; II - disponham sobre:
VII - resoluções. a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a administração direta e autárquica ou aumento de sua
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. remuneração;
SUBSEÇÃO II b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração
dos Territórios;
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante
proposta: c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime
jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos aposentadoria; (Redação dada pela Emenda Constitucional
Deputados ou do Senado Federal; nº 18, de 1998)
II - do Presidente da República; d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das da União, bem como normas gerais para a organização do
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do
pela maioria relativa de seus membros. Distrito Federal e dos Territórios;

§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;
sítio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico,
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se provimento de cargos, promoções, estabilidade,
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos remuneração, reforma e transferência para a reserva.
respectivos membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no
respectivo número de ordem. mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído
pelo menos por cinco Estados, com não menos de três
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
tendente a abolir:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da
I - a forma federativa de Estado; República poderá adotar medidas provisórias, com força de
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32,
III - a separação dos Poderes; de 2001)
IV - os direitos e garantias individuais. § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

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I – relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de legislativas da Casa em que estiver tramitando. (Incluído pela
2001) Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a
políticos e direito eleitoral; (Incluído pela Emenda vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta
Constitucional nº 32, de 2001) dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (Incluído
b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a
Câmara dos Deputados. (Incluído pela Emenda
carreira e a garantia de seus membros; (Incluído pela
Constitucional nº 32, de 2001)
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e
examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer,
créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto
antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo
no art. 167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32,
plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
de 2001)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de
popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
perdido sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela
III – reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Constitucional nº 32, de 2001)
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de
Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
Presidente da República. (Incluído pela Emenda decorrentes de atos praticados durante sua vigência
Constitucional nº 32, de 2001) conservar-se-ão por ela regidas. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, § 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto
II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro original da medida provisória, esta manter-se-á
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o
daquele em que foi editada. (Incluído pela Emenda projeto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de
Constitucional nº 32, de 2001) 2001)
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:
e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da
convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável,
República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;
nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o
Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as II - nos projetos sobre organização dos serviços
relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela Emenda administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado
Constitucional nº 32, de 2001) Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de
da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal
de recesso do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara
Constitucional nº 32, de 2001) dos Deputados.
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso § 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para
Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá apreciação de projetos de sua iniciativa.
de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado
constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32,
Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual
de 2001)
sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva
quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional
em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma determinado, até que se ultime a votação. (Redação dada
das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
que se ultime a votação, todas as demais deliberações

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§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência
Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, exclusiva do Congresso Nacional, os de competência
observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior. privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a
matéria reservada à lei complementar, nem a legislação
§ 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso
sobre:
do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de
código. I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a
carreira e a garantia de seus membros;
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto
pela outra, em um só turno de discussão e votação, e II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e
enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o eleitorais;
aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa orçamentos.
iniciadora.
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação resolução do Congresso Nacional, que especificará seu
enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, conteúdo e os termos de seu exercício.
aquiescendo, o sancionará.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada
todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse qualquer emenda.
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por
dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará,
maioria absoluta.
dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado
Federal os motivos do veto. CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. SEÇÃO I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do
Presidente da República importará sanção. Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da
República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de
trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro
Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
76, de 2013) domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano
anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
promulgação, ao Presidente da República.
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, Vice-Presidente com ele registrado.
o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata,
sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. § 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de
votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito
horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § § 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na
5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias
fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado após a proclamação do resultado, concorrendo os dois
fazê-lo. candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele
que obtiver a maioria dos votos válidos.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na § 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte,
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
Nacional. § 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer,
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma
da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso votação, qualificar-se-á o mais idoso.
Nacional. Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República
tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando

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o compromisso de manter, defender e cumprir a VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência
a) organização e funcionamento da administração federal,
do Brasil.
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda
a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de Constitucional nº 32, de 2001)
força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
vago.
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar
suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
seus representantes diplomáticos;
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais,
outras atribuições que lhe forem conferidas por lei
sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele
convocado para missões especiais. IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice- X - decretar e executar a intervenção federal;
Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso
sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o
Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa,
Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal
expondo a situação do País e solicitando as providências que
e o do Supremo Tribunal Federal.
julgar necessárias;
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
a última vaga.
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas,
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período
nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da
presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los
dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na
para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela
forma da lei.
Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os
período de seus antecessores.
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-
anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao Geral da República, o presidente e os diretores do banco
da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional central e outros servidores, quando determinado em lei;
nº 16, de 1997)
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não do Tribunal de Contas da União;
poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta
País por período superior a quinze dias, sob pena de perda
Constituição, e o Advogado-Geral da União;
do cargo.
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos
SEÇÃO II
termos do art. 89, VII;
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Conselho de Defesa Nacional;
República:
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira,
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele,
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas
superior da administração federal; mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
previstos nesta Constituição; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do
Congresso Nacional;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

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XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
permaneçam temporariamente;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o processo pelo Senado Federal.
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o
orçamento previstos nesta Constituição;
julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as processo.
contas referentes ao exercício anterior;
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma infrações comuns, o Presidente da República não estará
da lei; sujeito a prisão.
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato,
termos do art. 62; não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções.
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta
Constituição. CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do
estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto SEÇÃO I
nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta DISPOSIÇÕES GERAIS
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
de 2021)
I - o Supremo Tribunal Federal;
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar
as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda
parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da Constitucional nº 45, de 2004)
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão II - o Superior Tribunal de Justiça;
os limites traçados nas respectivas delegações.
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda
SEÇÃO III Constitucional nº 92, de 2016)
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do
Presidente da República que atentem contra a Constituição IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
Federal e, especialmente, contra: V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
I - a existência da União; VI - os Tribunais e Juízes Militares;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e
do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das Territórios.
unidades da Federação;
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.
IV - a segurança interna do País; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide
ADIN 3392)
V - a probidade na administração;
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores
VI - a lei orçamentária; têm jurisdição em todo o território nacional. (Incluído pela
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo
que estabelecerá as normas de processo e julgamento. Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura,
observados os seguintes princípios:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da
República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz
ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal substituto, mediante concurso público de provas e títulos,
Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
Federal, nos crimes de responsabilidade. todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no
mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

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nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) autorização do tribunal; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente,
por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado,
normas: por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da
maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação
consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de
VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de
exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira
comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao
quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não
disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de
da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos
nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (Redação dada
atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
estes, em casos nos quais a preservação do direito à
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá intimidade do interessado no sigilo não prejudique o
recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda
terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e Constitucional nº 45, de 2004)
assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-
X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas
se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional
e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo
nº 45, de 2004)
voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
autos em seu poder além do prazo legal, não podendo
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco
devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se
última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda metade das vagas por antigüidade e a outra metade por
Constitucional nº 45, de 2004) eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
IV previsão de cursos oficiais de preparação,
aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado
etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau,
participação em curso oficial ou reconhecido por escola funcionando, nos dias em que não houver expediente
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; forense normal, juízes em plantão permanente; (Incluído
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(Vide ADIN 3392)
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva
corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal 2004)
Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos
em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme
de administração e atos de mero expediente sem caráter
as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional,
decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a
2004)
dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a
noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros XV a distribuição de processos será imediata, em todos os
dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Redação dada pela 45, de 2004)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e
dependentes observarão o disposto no art. 40; (Redação Territórios será composto de membros, do Ministério
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados
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de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de
dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista confiança assim definidos em lei;
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
classes.
membros e aos juízes e servidores que lhes forem
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará imediatamente vinculados;
lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e
dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para
aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo
nomeação.
respectivo, observado o disposto no art. 169:
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
a) a alteração do número de membros dos tribunais
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida inferiores;
após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo,
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados,
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial
bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos
transitada em julgado;
juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
na forma do art. 93, VIII; 19.12.2003)
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou Ministério Público, nos crimes comuns e de
função, salvo uma de magistério; responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral.
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou
participação em processo; Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou ou ato normativo do Poder Público.
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído
Estados criarão:
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,
e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por
execução de causas cíveis de menor complexidade e
aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda
infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os
Constitucional nº 45, de 2004)
procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas
Art. 96. Compete privativamente: hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de
recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
I - aos tribunais:
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos
pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de
internos, com observância das normas de processo e das
quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar
garantias processuais das partes, dispondo sobre a
casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições
jurisdicionais e administrativos;
conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos previstas na legislação.
juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais
atividade correicional respectiva;
no âmbito da Justiça Federal. (Renumerado pela Emenda
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392)
juiz de carreira da respectiva jurisdição;
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados
d) propor a criação de novas varas judiciárias; exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e
nº 45, de 2004)
títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os

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Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares,
administrativa e financeira. originários ou por sucessão hereditária, tenham 60
(sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias
grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os
da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais
demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o
tribunais interessados, compete: fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante
será pago na ordem cronológica de apresentação do
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal
precatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos
94, de 2016)
respectivos tribunais;
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e
expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de
Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a
obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as
aprovação dos respectivos tribunais.
Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda
respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo Constitucional nº 62, de 2009).
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta
leis próprias, valores distintos às entidades de direito
orçamentária anual, os valores aprovados na lei
público, segundo as diferentes capacidades econômicas,
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime
estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela
geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Constitucional nº 62, de 2009).
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de
forem encaminhadas em desacordo com os limites
direito público, de verba necessária ao pagamento de seus
estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá
débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado,
aos ajustes necessários para fins de consolidação da
constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de
proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda
julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício
Constitucional nº 45, de 2004)
seguinte, quando terão seus valores atualizados
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não monetariamente. (Redação dada pela Emenda
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de Constitucional nº 62, de 2009).
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares
Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda
ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
determinar o pagamento integral e autorizar, a
2004)
requerimento do credor e exclusivamente para os casos de
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas preterimento de seu direito de precedência ou de não
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem seu débito, o sequestro da quantia respectiva. (Redação
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a
adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela
liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (Vide Emenda
responsabilidade e responderá, também, perante o
Constitucional nº 62, de 2009)
Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem Constitucional nº 62, de 2009).
aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos,
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares
pensões e suas complementações, benefícios
ou suplementares de valor pago, bem como o
previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez,
fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução
fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença
para fins de enquadramento de parcela do total ao que
judicial transitada em julgado, e serão pagos com
dispõe o § 3º deste artigo. (Incluído pela Emenda
preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre
Constitucional nº 62, de 2009).
aqueles referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

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§ 9º No momento da expedição dos precatórios, pagamento de precatórios e obrigações de pequeno valor.


independentemente de regulamentação, deles deverá ser (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
abatido, a título de compensação, valor correspondente aos
§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins
débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e
de que trata o § 17, o somatório das receitas tributárias,
constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e
devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos,
de serviços, de transferências correntes e outras receitas
ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em
correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da
virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído
Constituição Federal, verificado no período compreendido
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades,
solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até e deduzidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de
30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, 2016)
informação sobre os débitos que preencham as condições
I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído
Federal e aos Municípios por determinação constitucional;
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da
II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por
entidade federativa devedora, a entrega de créditos em
determinação constitucional; (Incluído pela Emenda
precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo
Constitucional nº 94, de 2016)
ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009). III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos
Municípios, a contribuição dos servidores para custeio de
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional,
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas
a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição,
provenientes da compensação financeira referida no § 9º do
até o efetivo pagamento, independentemente de sua
art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda
natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica
Constitucional nº 94, de 2016)
da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da
mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros § 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de
incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída condenações judiciais em precatórios e obrigações de
a incidência de juros compensatórios. (Incluído pela Emenda pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a
Constitucional nº 62, de 2009). média do comprometimento percentual da receita corrente
líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus
parcela que exceder esse percentual poderá ser financiada,
créditos em precatórios a terceiros, independentemente da
excetuada dos limites de endividamento de que tratam os
concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o
incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de
disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional
quaisquer outros limites de endividamento previstos, não se
nº 62, de 2009).
aplicando a esse financiamento a vedação de vinculação de
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição
comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de
de origem e à entidade devedora. (Incluído pela Emenda 2016)
Constitucional nº 62, de 2009).
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei por cento) do montante dos precatórios apresentados nos
complementar a esta Constituição Federal poderá termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor
estabelecer regime especial para pagamento de crédito de deste precatório serão pagos até o final do exercício seguinte
precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, e o restante em parcelas iguais nos cinco exercícios
dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção
forma e prazo de liquidação. (Incluído pela Emenda monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos
Constitucional nº 62, de 2009). Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução
máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União
atualizado, desde que em relação ao crédito não penda
poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados,
recurso ou defesa judicial e que sejam observados os
Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.
requisitos definidos na regulamentação editada pelo ente
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 2016)
aferirão mensalmente, em base anual, o comprometimento
de suas respectivas receitas correntes líquidas com o

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SEÇÃO II m) a execução de sentença nas causas de sua competência


DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL originária, facultada a delegação de atribuições para a
prática de atos processuais;
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze
Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam
cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais
saber jurídico e reputação ilibada. da metade dos membros do tribunal de origem estejam
impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal
serão nomeados pelo Presidente da República, depois de o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou
entre estes e qualquer outro tribunal;
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de
inconstitucionalidade;
I - processar e julgar, originariamente:
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato regulamentadora for atribuição do Presidente da República,
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes II - julgar, em recurso ordinário:
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data
os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão e o mandado de injunção decididos em única instância pelos
diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
Emenda Constitucional nº 23, de 1999) b) o crime político;
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e decididas em única ou última instância, quando a decisão
o habeas data contra atos do Presidente da República, das recorrida:
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do
Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da a) contrariar dispositivo desta Constituição;
República e do próprio Supremo Tribunal Federal; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em
internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o face desta Constituição.
Território;
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as
respectivas entidades da administração indireta; § 1.º A argüição de descumprimento de preceito
fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Transformado do parágrafo único em § 1º pela Emenda
Constitucional nº 3, de 17/03/93)
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou
quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo
cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de
Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito
pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999) vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; esferas federal, estadual e municipal. (Redação dada pela
l) a reclamação para a preservação de sua competência e Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392)
garantia da autoridade de suas decisões;

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§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e
demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja
discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo administração pública que acarrete grave insegurança
pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) questão idêntica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
Art. 103. Podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade e a ação declaratória de § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser
Constitucional nº 45, de 2004) provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional
I - o Presidente da República;
nº 45, de 2004)
II - a Mesa do Senado Federal;
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá
reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a
do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda
decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja
Constitucional nº 45, de 2004)
proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15
VI - o Procurador-Geral da República; (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida
1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada pela Emenda
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
Constitucional nº 61, de 2009)
VIII - partido político com representação no Congresso
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada
Nacional;
pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo
nacional.
respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser 45, de 2004)
previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em
III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado
todos os processos de competência do Supremo Tribunal
pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda
Federal.
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de
IV um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo
medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada
Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda
ciência ao Poder competente para a adoção das providências
Constitucional nº 45, de 2004)
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para
fazê-lo em trinta dias. V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo
normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda
que defenderá o ato ou texto impugnado. Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4.º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de
Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou
por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo
membros, após reiteradas decisões sobre matéria Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua Constitucional nº 45, de 2004)
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em
IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
2004)
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela X um membro do Ministério Público da União, indicado pelo
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Procurador-Geral da República; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

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XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido IV representar ao Ministério Público, no caso de crime contra
pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes a administração pública ou de abuso de autoridade; (Incluído
indicados pelo órgão competente de cada instituição pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
V rever, de ofício ou mediante provocação, os processos
2004)
disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há
XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da menos de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
Ordem dos Advogados do Brasil; (Incluído pela Emenda 45, de 2004)
Constitucional nº 45, de 2004)
VI elaborar semestralmente relatório estatístico sobre
XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação processos e sentenças prolatadas, por unidade da
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
nº 45, de 2004)
VII elaborar relatório anual, propondo as providências que
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no
Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar
Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser
dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009) remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da
sessão legislativa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo
45, de 2004)
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal. (Redação dada pela § 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a
Emenda Constitucional nº 61, de 2009) função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da
distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas
das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da
neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal.
Magistratura, as seguintes: (Incluído pela Emenda
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação
I receber as reclamações e denúncias, de qualquer
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
interessado, relativas aos magistrados e aos serviços
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-
judiciários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas
2004)
pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de
correição geral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo
de 2004)
cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir
atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes
recomendar providências; (Incluído pela Emenda atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais,
Constitucional nº 45, de 2004) inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos § 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se Advogados do Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional
adotem as providências necessárias ao exato cumprimento nº 45, de 2004)
da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas
§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios,
da União; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
criará ouvidorias de justiça, competentes para receber
2004)
reclamações e denúncias de qualquer interessado contra
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus
órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho
auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
notariais e de registro que atuem por delegação do poder 45, de 2004)
público ou oficializados, sem prejuízo da competência
SEÇÃO III
disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou
a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no
assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda mínimo, trinta e três Ministros.
Constitucional nº 103, de 2019)

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Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral,
serão nomeados pelo Presidente da República, dentre da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de
cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada,
exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Constitucional nº 45, de 2004)
Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) II - julgar, em recurso ordinário:
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e a) os habeas corpus decididos em única ou última instância
um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
for denegatória;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros
do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e b) os mandados de segurança decididos em única instância
Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94. pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
denegatória a decisão;
I - processar e julgar, originariamente:
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município
Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os ou pessoa residente ou domiciliada no País;
desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única
Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os
quando a decisão recorrida:
membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
perante tribunais;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de lei federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do de 2004)
Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja
dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
atribuído outro tribunal.
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de
qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando
Justiça: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de
2004)
Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções,
regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais,
na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre
2004)
tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes
vinculados a tribunais diversos; II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na
forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus
Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão
julgados;
central do sistema e com poderes correicionais, cujas
f) a reclamação para a preservação de sua competência e decisões terão caráter vinculante. (Incluído pela Emenda
garantia da autoridade de suas decisões; Constitucional nº 45, de 2004)
g) os conflitos de atribuições entre autoridades CAPÍTULO IV
administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do
Distrito Federal, ou entre as deste e da União; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma SEÇÃO I


regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou DO MINISTÉRIO PÚBLICO
autoridade federal, da administração direta ou indireta, Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente,
excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a

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defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos § 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por
interesses sociais e individuais indisponíveis. iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida
de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito
Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional
integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para
e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169,
escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos,
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso
permitida uma recondução.
público de provas ou de provas e títulos, a política
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua § 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito
organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação
Constitucional nº 19, de 1998) da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei
complementar respectiva.
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja
diretrizes orçamentárias. iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus
proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei
membros:
de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, I - as seguintes garantias:
os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo
de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
julgado;
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na
mediante decisão do órgão colegiado competente do
forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
necessários para fins de consolidação da proposta
membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela
orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
45, de 2004)
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, §
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não
4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153,
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
19, de 1998)
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares II - as seguintes vedações:
ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto,
2004)
honorários, percentagens ou custas processuais;
Art. 128. O Ministério Público abrange:
b) exercer a advocacia;
I - o Ministério Público da União, que compreende:
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
a) o Ministério Público Federal;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra
b) o Ministério Público do Trabalho; função pública, salvo uma de magistério;
c) o Ministério Público Militar; e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria
no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de
Constitucional nº 45, de 2004)
dois anos, permitida a recondução.
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

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I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos
da lei; Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos
serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público
Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
garantia; Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a
dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
e de outros interesses difusos e coletivos;
I o Procurador-Geral da República, que o preside;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou
representação para fins de intervenção da União e dos II quatro membros do Ministério Público da União,
Estados, nos casos previstos nesta Constituição; assegurada a representação de cada uma de suas carreiras;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das III três membros do Ministério Público dos Estados;
populações indígenas;
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos outro pelo Superior Tribunal de Justiça;
de sua competência, requisitando informações e
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da
documentos para instruí-los, na forma da lei complementar
Ordem dos Advogados do Brasil;
respectiva;
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro
forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
pelo Senado Federal.
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério
inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de
Público serão indicados pelos respectivos Ministérios
suas manifestações processuais;
Públicos, na forma da lei.
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o
que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
controle da atuação administrativa e financeira do Ministério
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus
públicas.
membros, cabendo lhe:
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas
Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares,
mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e
no âmbito de sua competência, ou recomendar
na lei.
providências;
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou
por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos
da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da
praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da
instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou
45, de 2004)
fixar prazo para que se adotem as providências necessárias
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência
mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a dos Tribunais de Contas;
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo,
órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados,
três anos de atividade jurídica e observando-se, nas
inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da
nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela
competência disciplinar e correicional da instituição,
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
podendo avocar processos disciplinares em curso,
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras
disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda sanções administrativas, assegurada ampla defesa; (Redação
Constitucional nº 45, de 2004) dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos
imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de disciplinares de membros do Ministério Público da União ou
2004) dos Estados julgados há menos de um ano;

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V elaborar relatório anual, propondo as providências que das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela
julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é
mensagem prevista no art. 84, XI.
assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício,
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um mediante avaliação de desempenho perante os órgãos
Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.
Público que o integram, vedada a recondução, competindo- (Inclído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei,
SEÇÃO III
as seguintes:
DA ADVOCACIA
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado,
relativas aos membros do Ministério Público e dos seus (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
serviços auxiliares; Art. 133. O advogado é indispensável à administração da
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no
correição geral; exercício da profissão, nos limites da lei.

III requisitar e designar membros do Ministério Público, SEÇÃO IV


delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos DA DEFENSORIA PÚBLICA
do Ministério Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente,
Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe,
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do como expressão e instrumento do regime democrático,
Ministério Público, competentes para receber reclamações e fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos
denúncias de qualquer interessado contra membros ou direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso
do Ministério Público. LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
SEÇÃO II
DA ADVOCACIA PÚBLICA § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da
União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a
União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da
termos da lei complementar que dispuser sobre sua advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado
organização e funcionamento, as atividades de consultoria e do parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 45, de
assessoramento jurídico do Poder Executivo. 2004)

§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado- § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas
Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua
República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na
notável saber jurídico e reputação ilibada. lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto
no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de 2004)
de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público
de provas e títulos. § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da
União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda
§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a Constitucional nº 74, de 2013)
representação da União cabe à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. § 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional,
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93
organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído
concurso público de provas e títulos, com a participação da pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,
exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras
disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão

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remunerados na forma do art. 39, § 4º. (Redação dada pela § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
CAPÍTULO III
execução de atividades de defesa civil.
DA SEGURANÇA PÚBLICA
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e do sistema penal da unidade federativa a que pertencem,
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da cabe a segurança dos estabelecimentos penais. (Redação
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares,
I - polícia federal; forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se,
II - polícia rodoviária federal; juntamente com as polícias civis e as polícias penais
estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do
III - polícia ferroviária federal; Distrito Federal e dos Territórios. (Redação dada pela
IV - polícias civis; Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação garantir a eficiência de suas atividades.
dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado conforme dispuser a lei.
em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos
órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do §
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de 1998)
suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
outras infrações cuja prática tenha repercussão § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
segundo se dispuser em lei; patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 82, de 2014)
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de
ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que
áreas de competência; assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e 2014)
de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998) II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na
judiciária da União. forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, 2014)
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, TÍTULO VII
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
rodovias federais. (Redação dada pela Emenda
CAPÍTULO I
Constitucional nº 19, de 1998)
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar
ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
Constitucional nº 19, de 1998) social, observados os seguintes princípios:

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de I - soberania nacional;


carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as II - propriedade privada;
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares. III - função social da propriedade;

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IV - livre concorrência; V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a


responsabilidade dos administradores. (Incluído pela
V - defesa do consumidor;
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos
mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos
produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
às do setor privado.
prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42,
de 19.12.2003) § 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com
o Estado e a sociedade.
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
§ 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à
VIII - busca do pleno emprego;
dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno aumento arbitrário dos lucros.
porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos
sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda
dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
Constitucional nº 6, de 1995)
responsabilidade desta, sujeitando-a às punições
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a
qualquer atividade econômica, independentemente de ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade
lei. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
Art. 171. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 6, de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
1995) determinante para o setor público e indicativo para o setor
privado. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional,
os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os § 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento
reinvestimentos e regulará a remessa de lucros. do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará
e compatibilizará os planos nacionais e regionais de
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição,
desenvolvimento.
a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só
será permitida quando necessária aos imperativos da § 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, formas de associativismo.
conforme definidos em lei.
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção
pública, da sociedade de economia mista e de suas do meio ambiente e a promoção econômico-social dos
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção garimpeiros.
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços,
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior
dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa
nº 19, de 1998)
e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo
pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, com o art. 21, XXV, na forma da lei.
de 1998)
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
Constitucional nº 19, de 1998)
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e
de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de
alienações, observados os princípios da administração
sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
1998)
II - os direitos dos usuários;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de
administração e fiscal, com a participação de acionistas III - política tarifária;
minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
1998)
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos
minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem

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propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao todo o território nacional; (Incluído pela Emenda
concessionário a propriedade do produto da lavra. Constitucional nº 9, de 1995)
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o II - as condições de contratação; (Incluído pela Emenda
aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" Constitucional nº 9, de 1995)
deste artigo somente poderão ser efetuados mediante
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do
autorização ou concessão da União, no interesse nacional,
monopólio da União; (Incluído pela Emenda Constitucional
por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras
nº 9, de 1995)
e que tenha sua sede e administração no País, na forma da
lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas § 3º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de
atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras materiais radioativos no território nacional. (Renumerado de
indígenas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, § 2º para 3º pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
de 1995)
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no
§ 2º - É assegurada participação ao proprietário do solo nos domínio econômico relativa às atividades de importação ou
resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei. comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados e álcool combustível deverá atender aos
§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo
seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional
determinado, e as autorizações e concessões previstas neste
nº 33, de 2001)
artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou
parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente. I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o
aproveitamento do potencial de energia renovável de a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda
capacidade reduzida. Constitucional nº 33, de 2001)
Art. 177. Constituem monopólio da União: b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não
se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Incluído pela
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e
Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
outros hidrocarbonetos fluidos;
II - os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
III - a importação e exportação dos produtos e derivados
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de
básicos resultantes das atividades previstas nos incisos
álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados
anteriores;
de petróleo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem 2001)
nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados
País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de
com a indústria do petróleo e do gás; (Incluído pela Emenda
petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer
Constitucional nº 33, de 2001)
origem;
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o
transportes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de
reprocessamento, a industrialização e o comércio de
2001)
minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção
dos radioisótopos cuja produção, comercialização e Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes
utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do
conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 transporte internacional, observar os acordos firmados pela
desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda União, atendido o princípio da reciprocidade. (Redação dada
Constitucional nº 49, de 2006) pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995)
§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei
privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a estabelecerá as condições em que o transporte de
IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995) ser feitos por embarcações estrangeiras. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 7, de 1995)
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 9, de 1995) Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de
pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico
diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de
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suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação
de lei. dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a
Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
de desenvolvimento social e econômico. mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou
seguintes contribuições sociais:
informação de natureza comercial, feita por autoridade
administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou I - do empregador, da empresa e da entidade a ela
jurídica residente ou domiciliada no País dependerá de equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada
autorização do Poder competente. pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
TÍTULO VIII a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho
DA ORDEM SOCIAL pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
CAPÍTULO I preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído
DISPOSIÇÃO GERAL pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Art. 193. A ordem social tem como base o primado do b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda
trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. Constitucional nº 20, de 1998)

Parágrafo único. O Estado exercerá a função de c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma da 1998)
lei, a participação da sociedade nos processos de II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência
formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de
dessas políticas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo
108, de 2020) contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo
CAPÍTULO II Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada pela
DA SEGURIDADE SOCIAL Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
SEÇÃO I III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
DISPOSIÇÕES GERAIS
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos
saúde, à previdência e à assistência social. Municípios destinadas à seguridade social constarão dos
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da
lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes União.
objetivos: § 2º A proposta de orçamento da seguridade social será
I - universalidade da cobertura e do atendimento; elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis
pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes
populações urbanas e rurais; orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus
III - seletividade e distributividade na prestação dos recursos.
benefícios e serviços; § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá
contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios
V - eqüidade na forma de participação no custeio; ou incentivos fiscais ou creditícios. (Vide Emenda
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, constitucional nº 106, de 2020)
em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir
e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido
assistência social, preservado o caráter contributivo da o disposto no art. 154, I.
previdência social; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
VII - caráter democrático e descentralizado da correspondente fonte de custeio total.
administração, mediante gestão quadripartite, com
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§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo
da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, para as presentes e futuras gerações.
não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as Poder Público:
entidades beneficentes de assistência social que atendam às
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e
exigências estabelecidas em lei.
prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais (Regulamento)
e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges,
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio
que exerçam suas atividades em regime de economia
genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a
pesquisa e manipulação de material genético;
seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota
(Regulamento) (Regulamento)
sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus
aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput
somente através de lei, vedada qualquer utilização que
deste artigo poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua
atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra,
proteção; (Regulamento)
do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado
de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do atividade potencialmente causadora de significativa
inciso I do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
nº 103, de 2019) ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento)
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de
para o sistema único de saúde e ações de assistência social técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para
da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva (Regulamento)
contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de
Constitucional nº 20, de 1998)
ensino e a conscientização pública para a preservação do
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo meio ambiente;
superior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as
complementar, a remissão e a anistia das contribuições
práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II do
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
a crueldade. (Regulamento)
2019)
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e
solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda
forma da lei.
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
Constitucional nº 103, de 2019) (Revogado pela Emenda
jurídicas, a sanções penais e administrativas,
Constitucional nº 103, de 2019)
independentemente da obrigação de reparar os danos
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de causados.
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a
competência cuja contribuição seja igual ou superior à
Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira
contribuição mínima mensal exigida para sua categoria,
são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma
assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela
da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos
CAPÍTULO VI naturais.
DO MEIO AMBIENTE § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e proteção dos ecossistemas naturais.
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§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter § 1º O Estado promoverá programas de assistência integral
sua localização definida em lei federal, sem o que não à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a
poderão ser instaladas. participação de entidades não governamentais, mediante
políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos:
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
deste artigo, não se consideram cruéis as práticas
desportivas que utilizem animais, desde que sejam I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados
manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta à saúde na assistência materno-infantil;
Constituição Federal, registradas como bem de natureza
II - criação de programas de prevenção e atendimento
imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro,
especializado para as pessoas portadoras de deficiência
devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure
física, sensorial ou mental, bem como de integração social do
o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda
adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o
Constitucional nº 96, de 2017)
treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação
CAPÍTULO VII do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de
DO IDOSO discriminação. (Redação dada Pela Emenda Constitucional
nº 65, de 2010)
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de
do Estado. veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração. adequado às pessoas portadoras de deficiência.

§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. § 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes
aspectos:
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a
união estável entre o homem e a mulher como entidade I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;

§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;


comunidade formada por qualquer dos pais e seus III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à
descendentes. escola; (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal 2010)
são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010) técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a
legislação tutelar específica;
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana
e da paternidade responsável, o planejamento familiar é V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade
livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar e respeito à condição peculiar de pessoa em
recursos educacionais e científicos para o exercício desse desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida
direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de privativa da liberdade;
instituições oficiais ou privadas. VI - estímulo do Poder Público, através de assistência
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao
cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou
a violência no âmbito de suas relações. adolescente órfão ou abandonado;

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado VII - programas de prevenção e atendimento especializado à
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com criança, ao adolescente e ao jovem dependente de
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, entorpecentes e drogas afins. (Redação dada Pela Emenda
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à Constitucional nº 65, de 2010)
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e § 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de exploração sexual da criança e do adolescente.
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº § 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da
65, de 2010) lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por
parte de estrangeiros.

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§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos
por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, resultados da lavra, na forma da lei.
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e
filiação.
indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
§ 7º No atendimento dos direitos da criança e do
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras,
adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art.
salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de
204.
catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população,
§ 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela Emenda Constitucional ou no interesse da soberania do País, após deliberação do
nº 65, de 2010) Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o
retorno imediato logo que cesse o risco.
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos
dos jovens; (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de § 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos,
2010) os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a
posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal,
das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas
visando à articulação das várias esferas do poder público
existentes, ressalvado relevante interesse público da União,
para a execução de políticas públicas. (Incluído Pela Emenda
segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a
Constitucional nº 65, de 2010)
nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias
dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. derivadas da ocupação de boa fé.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os § 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174,
filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e § 3º e § 4º.
amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus
amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em
comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e todos os atos do processo.
garantindo-lhes o direito à vida.
§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados
preferencialmente em seus lares.
NOÇÕES DE DIREITO
§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a ADMINISTRATIVO
gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
CAPÍTULO VIII Lei nº 14.133/2021
DOS ÍNDIOS
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar
TÍTULO I
todos os seus bens.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as CAPÍTULO I
por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO DESTA LEI
suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação
dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e
necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus contratação para as Administrações Públicas diretas,
usos, costumes e tradições. autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e abrange:
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios
destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder
nelas existentes. Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de
função administrativa;
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os
potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas II - os fundos especiais e as demais entidades controladas
minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com direta ou indiretamente pela Administração Pública.
autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades
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§ 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, I - contratos que tenham por objeto operação de crédito,
as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, interno ou externo, e gestão de dívida pública, incluídas as
regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, contratações de agente financeiro e a concessão de garantia
ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei. relacionadas a esses contratos;
§ 2º As contratações realizadas no âmbito das repartições II - contratações sujeitas a normas previstas em legislação
públicas sediadas no exterior obedecerão às peculiaridades própria.
locais e aos princípios básicos estabelecidos nesta Lei, na
Art. 4º Aplicam-se às licitações e contratos disciplinados por
forma de regulamentação específica a ser editada por
esta Lei as disposições constantes dos arts. 42 a 49 da Lei
ministro de Estado.
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
§ 3º Nas licitações e contratações que envolvam recursos
§ 1º As disposições a que se refere o caput deste artigo não
provenientes de empréstimo ou doação oriundos de agência
são aplicadas:
oficial de cooperação estrangeira ou de organismo
financeiro de que o Brasil seja parte, podem ser admitidas: I - no caso de licitação para aquisição de bens ou contratação
de serviços em geral, ao item cujo valor estimado for
I - condições decorrentes de acordos internacionais
superior à receita bruta máxima admitida para fins de
aprovados pelo Congresso Nacional e ratificados pelo
enquadramento como empresa de pequeno porte;
Presidente da República;
II - no caso de contratação de obras e serviços de engenharia,
II - condições peculiares à seleção e à contratação constantes
às licitações cujo valor estimado for superior à receita bruta
de normas e procedimentos das agências ou dos organismos,
máxima admitida para fins de enquadramento como
desde que:
empresa de pequeno porte.
a) sejam exigidas para a obtenção do empréstimo ou doação;
§ 2º A obtenção de benefícios a que se refere o caput deste
b) não conflitem com os princípios constitucionais em vigor; artigo fica limitada às microempresas e às empresas de
pequeno porte que, no ano-calendário de realização da
c) sejam indicadas no respectivo contrato de empréstimo ou
licitação, ainda não tenham celebrado contratos com a
doação e tenham sido objeto de parecer favorável do órgão
Administração Pública cujos valores somados extrapolem a
jurídico do contratante do financiamento previamente à
receita bruta máxima admitida para fins de enquadramento
celebração do referido contrato;
como empresa de pequeno porte, devendo o órgão ou
d) (VETADO). entidade exigir do licitante declaração de observância desse
limite na licitação.
§ 4º A documentação encaminhada ao Senado Federal para
autorização do empréstimo de que trata o § 3º deste artigo § 3º Nas contratações com prazo de vigência superior a 1
deverá fazer referência às condições contratuais que (um) ano, será considerado o valor anual do contrato na
incidam na hipótese do referido parágrafo. aplicação dos limites previstos nos §§ 1º e 2º deste artigo.
§ 5º As contratações relativas à gestão, direta e indireta, das CAPÍTULO II
reservas internacionais do País, inclusive as de serviços DOS PRINCÍPIOS
conexos ou acessórios a essa atividade, serão disciplinadas
em ato normativo próprio do Banco Central do Brasil, Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios
assegurada a observância dos princípios estabelecidos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
no caput do art. 37 da Constituição Federal. publicidade, da eficiência, do interesse público, da probidade
administrativa, da igualdade, do planejamento, da
Art. 2º Esta Lei aplica-se a: transparência, da eficácia, da segregação de funções, da
I - alienação e concessão de direito real de uso de bens; motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo,
da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade,
II - compra, inclusive por encomenda; da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do
III - locação; desenvolvimento nacional sustentável, assim como as
disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de
IV - concessão e permissão de uso de bens públicos; 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).
V - prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais CAPÍTULO III
especializados; DAS DEFINIÇÕES
VI - obras e serviços de arquitetura e engenharia; Art. 6º Para os fins desta Lei, consideram-se:
VII - contratações de tecnologia da informação e de I - órgão: unidade de atuação integrante da estrutura da
comunicação. Administração Pública;
Art. 3º Não se subordinam ao regime desta Lei:

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II - entidade: unidade de atuação dotada de personalidade Pública para a manutenção da atividade administrativa,
jurídica; decorrentes de necessidades permanentes ou prolongadas;
III - Administração Pública: administração direta e indireta da XVI - serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de mão de obra: aqueles cujo modelo de execução
inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito contratual exige, entre outros requisitos, que:
privado sob controle do poder público e as fundações por ele
a) os empregados do contratado fiquem à disposição nas
instituídas ou mantidas;
dependências do contratante para a prestação dos serviços;
IV - Administração: órgão ou entidade por meio do qual a
b) o contratado não compartilhe os recursos humanos e
Administração Pública atua;
materiais disponíveis de uma contratação para execução
V - agente público: indivíduo que, em virtude de eleição, simultânea de outros contratos;
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
c) o contratado possibilite a fiscalização pelo contratante
forma de investidura ou vínculo, exerce mandato, cargo,
quanto à distribuição, controle e supervisão dos recursos
emprego ou função em pessoa jurídica integrante da
humanos alocados aos seus contratos;
Administração Pública;
XVII - serviços não contínuos ou contratados por escopo:
VI - autoridade: agente público dotado de poder de decisão;
aqueles que impõem ao contratado o dever de realizar a
VII - contratante: pessoa jurídica integrante da prestação de um serviço específico em período
Administração Pública responsável pela contratação; predeterminado, podendo ser prorrogado, desde que
justificadamente, pelo prazo necessário à conclusão do
VIII - contratado: pessoa física ou jurídica, ou consórcio de
objeto;
pessoas jurídicas, signatária de contrato com a
Administração; XVIII - serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual: aqueles realizados em
IX - licitante: pessoa física ou jurídica, ou consórcio de
trabalhos relativos a:
pessoas jurídicas, que participa ou manifesta a intenção de
participar de processo licitatório, sendo-lhe equiparável, a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos e
para os fins desta Lei, o fornecedor ou o prestador de serviço projetos executivos;
que, em atendimento à solicitação da Administração,
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
oferece proposta;
c) assessorias e consultorias técnicas e auditorias financeiras
X - compra: aquisição remunerada de bens para
e tributárias;
fornecimento de uma só vez ou parceladamente,
considerada imediata aquela com prazo de entrega de até 30 d) fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras e
(trinta) dias da ordem de fornecimento; serviços;
XI - serviço: atividade ou conjunto de atividades destinadas e) patrocínio ou defesa de causas judiciais e administrativas;
a obter determinada utilidade, intelectual ou material, de
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
interesse da Administração;
g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;
XII - obra: toda atividade estabelecida, por força de lei, como
privativa das profissões de arquiteto e engenheiro que h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e
implica intervenção no meio ambiente por meio de um ensaios de campo e laboratoriais, instrumentação e
conjunto harmônico de ações que, agregadas, formam um monitoramento de parâmetros específicos de obras e do
todo que inova o espaço físico da natureza ou acarreta meio ambiente e demais serviços de engenharia que se
alteração substancial das características originais de bem enquadrem na definição deste inciso;
imóvel;
XIX - notória especialização: qualidade de profissional ou de
XIII - bens e serviços comuns: aqueles cujos padrões de empresa cujo conceito, no campo de sua especialidade,
desempenho e qualidade podem ser objetivamente decorrente de desempenho anterior, estudos, experiência,
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou
mercado; outros requisitos relacionados com suas atividades, permite
inferir que o seu trabalho é essencial e reconhecidamente
XIV - bens e serviços especiais: aqueles que, por sua alta
adequado à plena satisfação do objeto do contrato;
heterogeneidade ou complexidade, não podem ser descritos
na forma do inciso XIII do caput deste artigo, exigida XX - estudo técnico preliminar: documento constitutivo da
justificativa prévia do contratante; primeira etapa do planejamento de uma contratação que
caracteriza o interesse público envolvido e a sua melhor
XV - serviços e fornecimentos contínuos: serviços
solução e dá base ao anteprojeto, ao termo de referência ou
contratados e compras realizadas pela Administração

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ao projeto básico a serem elaborados caso se conclua pela j) adequação orçamentária;


viabilidade da contratação;
XXIV - anteprojeto: peça técnica com todos os subsídios
XXI - serviço de engenharia: toda atividade ou conjunto de necessários à elaboração do projeto básico, que deve conter,
atividades destinadas a obter determinada utilidade, no mínimo, os seguintes elementos:
intelectual ou material, de interesse para a Administração e
a) demonstração e justificativa do programa de
que, não enquadradas no conceito de obra a que se refere o
necessidades, avaliação de demanda do público-alvo,
inciso XII do caput deste artigo, são estabelecidas, por força
motivação técnico-econômico-social do empreendimento,
de lei, como privativas das profissões de arquiteto e
visão global dos investimentos e definições relacionadas ao
engenheiro ou de técnicos especializados, que
nível de serviço desejado;
compreendem:
b) condições de solidez, de segurança e de durabilidade;
a) serviço comum de engenharia: todo serviço de engenharia
que tem por objeto ações, objetivamente padronizáveis em c) prazo de entrega;
termos de desempenho e qualidade, de manutenção, de
d) estética do projeto arquitetônico, traçado geométrico
adequação e de adaptação de bens móveis e imóveis, com
e/ou projeto da área de influência, quando cabível;
preservação das características originais dos bens;
e) parâmetros de adequação ao interesse público, de
b) serviço especial de engenharia: aquele que, por sua alta
economia na utilização, de facilidade na execução, de
heterogeneidade ou complexidade, não pode se enquadrar
impacto ambiental e de acessibilidade;
na definição constante da alínea “a” deste inciso;
f) proposta de concepção da obra ou do serviço de
XXII - obras, serviços e fornecimentos de grande vulto:
engenharia;
aqueles cujo valor estimado supera R$ 200.000.000,00
(duzentos milhões de reais); g) projetos anteriores ou estudos preliminares que
embasaram a concepção proposta;
XXIII - termo de referência: documento necessário para a
contratação de bens e serviços, que deve conter os seguintes h) levantamento topográfico e cadastral;
parâmetros e elementos descritivos:
i) pareceres de sondagem;
a) definição do objeto, incluídos sua natureza, os
j) memorial descritivo dos elementos da edificação, dos
quantitativos, o prazo do contrato e, se for o caso, a
componentes construtivos e dos materiais de construção, de
possibilidade de sua prorrogação;
forma a estabelecer padrões mínimos para a contratação;
b) fundamentação da contratação, que consiste na
XXV - projeto básico: conjunto de elementos necessários e
referência aos estudos técnicos preliminares
suficientes, com nível de precisão adequado para definir e
correspondentes ou, quando não for possível divulgar esses
dimensionar a obra ou o serviço, ou o complexo de obras ou
estudos, no extrato das partes que não contiverem
de serviços objeto da licitação, elaborado com base nas
informações sigilosas;
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegure
c) descrição da solução como um todo, considerado todo o a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto
ciclo de vida do objeto; ambiental do empreendimento e que possibilite a avaliação
do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de
d) requisitos da contratação;
execução, devendo conter os seguintes elementos:
e) modelo de execução do objeto, que consiste na definição
a) levantamentos topográficos e cadastrais, sondagens e
de como o contrato deverá produzir os resultados
ensaios geotécnicos, ensaios e análises laboratoriais,
pretendidos desde o seu início até o seu encerramento;
estudos socioambientais e demais dados e levantamentos
f) modelo de gestão do contrato, que descreve como a necessários para execução da solução escolhida;
execução do objeto será acompanhada e fiscalizada pelo
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente
órgão ou entidade;
detalhadas, de forma a evitar, por ocasião da elaboração do
g) critérios de medição e de pagamento; projeto executivo e da realização das obras e montagem, a
necessidade de reformulações ou variantes quanto à
h) forma e critérios de seleção do fornecedor;
qualidade, ao preço e ao prazo inicialmente definidos;
i) estimativas do valor da contratação, acompanhadas dos
c) identificação dos tipos de serviços a executar e dos
preços unitários referenciais, das memórias de cálculo e dos
materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como
documentos que lhe dão suporte, com os parâmetros
das suas especificações, de modo a assegurar os melhores
utilizados para a obtenção dos preços e para os respectivos
resultados para o empreendimento e a segurança executiva
cálculos, que devem constar de documento separado e
na utilização do objeto, para os fins a que se destina,
classificado;

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considerados os riscos e os perigos identificáveis, sem XXX - empreitada integral: contratação de empreendimento
frustrar o caráter competitivo para a sua execução; em sua integralidade, compreendida a totalidade das etapas
de obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira
d) informações que possibilitem o estudo e a definição de
responsabilidade do contratado até sua entrega ao
métodos construtivos, de instalações provisórias e de
contratante em condições de entrada em operação, com
condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
características adequadas às finalidades para as quais foi
competitivo para a sua execução;
contratado e atendidos os requisitos técnicos e legais para
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão sua utilização com segurança estrutural e operacional;
da obra, compreendidos a sua programação, a estratégia de
XXXI - contratação por tarefa: regime de contratação de mão
suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou
necessários em cada caso;
sem fornecimento de materiais;
f) orçamento detalhado do custo global da obra,
XXXII - contratação integrada: regime de contratação de
fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos
obras e serviços de engenharia em que o contratado é
propriamente avaliados, obrigatório exclusivamente para os
responsável por elaborar e desenvolver os projetos básico e
regimes de execução previstos nos incisos I, II, III, IV e VII
executivo, executar obras e serviços de engenharia, fornecer
do caput do art. 46 desta Lei;
bens ou prestar serviços especiais e realizar montagem,
XXVI - projeto executivo: conjunto de elementos necessários teste, pré-operação e as demais operações necessárias e
e suficientes à execução completa da obra, com o suficientes para a entrega final do objeto;
detalhamento das soluções previstas no projeto básico, a
XXXIII - contratação semi-integrada: regime de contratação
identificação de serviços, de materiais e de equipamentos a
de obras e serviços de engenharia em que o contratado é
serem incorporados à obra, bem como suas especificações
responsável por elaborar e desenvolver o projeto executivo,
técnicas, de acordo com as normas técnicas pertinentes;
executar obras e serviços de engenharia, fornecer bens ou
XXVII - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de prestar serviços especiais e realizar montagem, teste, pré-
riscos e de responsabilidades entre as partes e operação e as demais operações necessárias e suficientes
caracterizadora do equilíbrio econômico-financeiro inicial do para a entrega final do objeto;
contrato, em termos de ônus financeiro decorrente de
XXXIV - fornecimento e prestação de serviço associado:
eventos supervenientes à contratação, contendo, no
regime de contratação em que, além do fornecimento do
mínimo, as seguintes informações:
objeto, o contratado responsabiliza-se por sua operação,
a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura manutenção ou ambas, por tempo determinado;
do contrato que possam causar impacto em seu equilíbrio
XXXV - licitação internacional: licitação processada em
econômico-financeiro e previsão de eventual necessidade de
território nacional na qual é admitida a participação de
prolação de termo aditivo por ocasião de sua ocorrência;
licitantes estrangeiros, com a possibilidade de cotação de
b) no caso de obrigações de resultado, estabelecimento das preços em moeda estrangeira, ou licitação na qual o objeto
frações do objeto com relação às quais haverá liberdade para contratual pode ou deve ser executado no todo ou em parte
os contratados inovarem em soluções metodológicas ou em território estrangeiro;
tecnológicas, em termos de modificação das soluções
XXXVI - serviço nacional: serviço prestado em território
previamente delineadas no anteprojeto ou no projeto
nacional, nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo
básico;
federal;
c) no caso de obrigações de meio, estabelecimento preciso
XXXVII - produto manufaturado nacional: produto
das frações do objeto com relação às quais não haverá
manufaturado produzido no território nacional de acordo
liberdade para os contratados inovarem em soluções
com o processo produtivo básico ou com as regras de origem
metodológicas ou tecnológicas, devendo haver obrigação de
estabelecidas pelo Poder Executivo federal;
aderência entre a execução e a solução predefinida no
anteprojeto ou no projeto básico, consideradas as XXXVIII - concorrência: modalidade de licitação para
características do regime de execução no caso de obras e contratação de bens e serviços especiais e de obras e
serviços de engenharia; serviços comuns e especiais de engenharia, cujo critério de
julgamento poderá ser:
XXVIII - empreitada por preço unitário: contratação da
execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades a) menor preço;
determinadas;
b) melhor técnica ou conteúdo artístico;
XXIX - empreitada por preço global: contratação da execução
c) técnica e preço;
da obra ou do serviço por preço certo e total;
d) maior retorno econômico;

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e) maior desconto; XLIX - órgão ou entidade não participante: órgão ou entidade


da Administração Pública que não participa dos
XXXIX - concurso: modalidade de licitação para escolha de
procedimentos iniciais da licitação para registro de preços e
trabalho técnico, científico ou artístico, cujo critério de
não integra a ata de registro de preços;
julgamento será o de melhor técnica ou conteúdo artístico,
e para concessão de prêmio ou remuneração ao vencedor; L - comissão de contratação: conjunto de agentes públicos
indicados pela Administração, em caráter permanente ou
XL - leilão: modalidade de licitação para alienação de bens
especial, com a função de receber, examinar e julgar
imóveis ou de bens móveis inservíveis ou legalmente
documentos relativos às licitações e aos procedimentos
apreendidos a quem oferecer o maior lance;
auxiliares;
XLI - pregão: modalidade de licitação obrigatória para
LI - catálogo eletrônico de padronização de compras,
aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de
serviços e obras: sistema informatizado, de gerenciamento
julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior
centralizado e com indicação de preços, destinado a permitir
desconto;
a padronização de itens a serem adquiridos pela
XLII - diálogo competitivo: modalidade de licitação para Administração Pública e que estarão disponíveis para a
contratação de obras, serviços e compras em que a licitação;
Administração Pública realiza diálogos com licitantes
LII - sítio eletrônico oficial: sítio da internet, certificado
previamente selecionados mediante critérios objetivos, com
digitalmente por autoridade certificadora, no qual o ente
o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes
federativo divulga de forma centralizada as informações e os
de atender às suas necessidades, devendo os licitantes
serviços de governo digital dos seus órgãos e entidades;
apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos;
LIII - contrato de eficiência: contrato cujo objeto é a
XLIII - credenciamento: processo administrativo de
prestação de serviços, que pode incluir a realização de obras
chamamento público em que a Administração Pública
e o fornecimento de bens, com o objetivo de proporcionar
convoca interessados em prestar serviços ou fornecer bens
economia ao contratante, na forma de redução de despesas
para que, preenchidos os requisitos necessários, se
correntes, remunerado o contratado com base em
credenciem no órgão ou na entidade para executar o objeto
percentual da economia gerada;
quando convocados;
LIV - seguro-garantia: seguro que garante o fiel cumprimento
XLIV - pré-qualificação: procedimento seletivo prévio à
das obrigações assumidas pelo contratado;
licitação, convocado por meio de edital, destinado à análise
das condições de habilitação, total ou parcial, dos LV - produtos para pesquisa e desenvolvimento: bens,
interessados ou do objeto; insumos, serviços e obras necessários para atividade de
pesquisa científica e tecnológica, desenvolvimento de
XLV - sistema de registro de preços: conjunto de
tecnologia ou inovação tecnológica, discriminados em
procedimentos para realização, mediante contratação direta
projeto de pesquisa;
ou licitação nas modalidades pregão ou concorrência, de
registro formal de preços relativos a prestação de serviços, a LVI - sobrepreço: preço orçado para licitação ou contratado
obras e a aquisição e locação de bens para contratações em valor expressivamente superior aos preços referenciais
futuras; de mercado, seja de apenas 1 (um) item, se a licitação ou a
contratação for por preços unitários de serviço, seja do valor
XLVI - ata de registro de preços: documento vinculativo e
global do objeto, se a licitação ou a contratação for por
obrigacional, com característica de compromisso para futura
tarefa, empreitada por preço global ou empreitada integral,
contratação, no qual são registrados o objeto, os preços, os
semi-integrada ou integrada;
fornecedores, os órgãos participantes e as condições a
serem praticadas, conforme as disposições contidas no LVII - superfaturamento: dano provocado ao patrimônio da
edital da licitação, no aviso ou instrumento de contratação Administração, caracterizado, entre outras situações, por:
direta e nas propostas apresentadas;
a) medição de quantidades superiores às efetivamente
XLVII - órgão ou entidade gerenciadora: órgão ou entidade executadas ou fornecidas;
da Administração Pública responsável pela condução do
b) deficiência na execução de obras e de serviços de
conjunto de procedimentos para registro de preços e pelo
engenharia que resulte em diminuição da sua qualidade, vida
gerenciamento da ata de registro de preços dele decorrente;
útil ou segurança;
XLVIII - órgão ou entidade participante: órgão ou entidade da
c) alterações no orçamento de obras e de serviços de
Administração Pública que participa dos procedimentos
engenharia que causem desequilíbrio econômico-financeiro
iniciais da contratação para registro de preços e integra a ata
do contrato em favor do contratado;
de registro de preços;
d) outras alterações de cláusulas financeiras que gerem
recebimentos contratuais antecipados, distorção do
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cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do § 2º O disposto no caput e no § 1º deste artigo, inclusive os


prazo contratual com custos adicionais para a Administração requisitos estabelecidos, também se aplica aos órgãos de
ou reajuste irregular de preços; assessoramento jurídico e de controle interno da
Administração.
LVIII - reajustamento em sentido estrito: forma de
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de contrato Art. 8º A licitação será conduzida por agente de contratação,
consistente na aplicação do índice de correção monetária pessoa designada pela autoridade competente, entre
previsto no contrato, que deve retratar a variação efetiva do servidores efetivos ou empregados públicos dos quadros
custo de produção, admitida a adoção de índices específicos permanentes da Administração Pública, para tomar
ou setoriais; decisões, acompanhar o trâmite da licitação, dar impulso ao
procedimento licitatório e executar quaisquer outras
LIX - repactuação: forma de manutenção do equilíbrio
atividades necessárias ao bom andamento do certame até a
econômico-financeiro de contrato utilizada para serviços
homologação.
contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de
obra ou predominância de mão de obra, por meio da análise § 1º O agente de contratação será auxiliado por equipe de
da variação dos custos contratuais, devendo estar prevista apoio e responderá individualmente pelos atos que praticar,
no edital com data vinculada à apresentação das propostas, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe.
para os custos decorrentes do mercado, e com data
§ 2º Em licitação que envolva bens ou serviços especiais,
vinculada ao acordo, à convenção coletiva ou ao dissídio
desde que observados os requisitos estabelecidos no art. 7º
coletivo ao qual o orçamento esteja vinculado, para os custos
desta Lei, o agente de contratação poderá ser substituído
decorrentes da mão de obra;
por comissão de contratação formada por, no mínimo, 3
LX - agente de contratação: pessoa designada pela (três) membros, que responderão solidariamente por todos
autoridade competente, entre servidores efetivos ou os atos praticados pela comissão, ressalvado o membro que
empregados públicos dos quadros permanentes da expressar posição individual divergente fundamentada e
Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar o registrada em ata lavrada na reunião em que houver sido
trâmite da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório tomada a decisão.
e executar quaisquer outras atividades necessárias ao bom
§ 3º As regras relativas à atuação do agente de contratação
andamento do certame até a homologação.
e da equipe de apoio, ao funcionamento da comissão de
CAPÍTULO IV contratação e à atuação de fiscais e gestores de contratos de
DOS AGENTES PÚBLICOS que trata esta Lei serão estabelecidas em regulamento, e
deverá ser prevista a possibilidade de eles contarem com o
Art. 7º Caberá à autoridade máxima do órgão ou da apoio dos órgãos de assessoramento jurídico e de controle
entidade, ou a quem as normas de organização interno para o desempenho das funções essenciais à
administrativa indicarem, promover gestão por execução do disposto nesta Lei.
competências e designar agentes públicos para o
desempenho das funções essenciais à execução desta Lei § 4º Em licitação que envolva bens ou serviços especiais cujo
que preencham os seguintes requisitos: objeto não seja rotineiramente contratado pela
Administração, poderá ser contratado, por prazo
I - sejam, preferencialmente, servidor efetivo ou empregado determinado, serviço de empresa ou de profissional
público dos quadros permanentes da Administração Pública; especializado para assessorar os agentes públicos
II - tenham atribuições relacionadas a licitações e contratos responsáveis pela condução da licitação.
ou possuam formação compatível ou qualificação atestada § 5º Em licitação na modalidade pregão, o agente
por certificação profissional emitida por escola de governo responsável pela condução do certame será designado
criada e mantida pelo poder público; e pregoeiro.
III - não sejam cônjuge ou companheiro de licitantes ou Art. 9º É vedado ao agente público designado para atuar na
contratados habituais da Administração nem tenham com área de licitações e contratos, ressalvados os casos previstos
eles vínculo de parentesco, colateral ou por afinidade, até o em lei:
terceiro grau, ou de natureza técnica, comercial, econômica,
financeira, trabalhista e civil. I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar,
situações que:
§ 1º A autoridade referida no caput deste artigo deverá
observar o princípio da segregação de funções, vedada a a) comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter
designação do mesmo agente público para atuação competitivo do processo licitatório, inclusive nos casos de
simultânea em funções mais suscetíveis a riscos, de modo a participação de sociedades cooperativas;
reduzir a possibilidade de ocultação de erros e de ocorrência b) estabeleçam preferências ou distinções em razão da
de fraudes na respectiva contratação. naturalidade, da sede ou do domicílio dos licitantes;

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c) sejam impertinentes ou irrelevantes para o objeto III - evitar contratações com sobrepreço ou com preços
específico do contrato; manifestamente inexequíveis e superfaturamento na
execução dos contratos;
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza
comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer IV - incentivar a inovação e o desenvolvimento nacional
outra entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no sustentável.
que se refere a moeda, modalidade e local de pagamento,
Parágrafo único. A alta administração do órgão ou entidade
mesmo quando envolvido financiamento de agência
é responsável pela governança das contratações e deve
internacional;
implementar processos e estruturas, inclusive de gestão de
III - opor resistência injustificada ao andamento dos riscos e controles internos, para avaliar, direcionar e
processos e, indevidamente, retardar ou deixar de praticar monitorar os processos licitatórios e os respectivos
ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei. contratos, com o intuito de alcançar os objetivos
estabelecidos no caput deste artigo, promover um ambiente
§ 1º Não poderá participar, direta ou indiretamente, da
íntegro e confiável, assegurar o alinhamento das
licitação ou da execução do contrato agente público de
contratações ao planejamento estratégico e às leis
órgão ou entidade licitante ou contratante, devendo ser
orçamentárias e promover eficiência, efetividade e eficácia
observadas as situações que possam configurar conflito de
em suas contratações.
interesses no exercício ou após o exercício do cargo ou
emprego, nos termos da legislação que disciplina a matéria. Art. 12. No processo licitatório, observar-se-á o seguinte:
§ 2º As vedações de que trata este artigo estendem-se a I - os documentos serão produzidos por escrito, com data e
terceiro que auxilie a condução da contratação na qualidade local de sua realização e assinatura dos responsáveis;
de integrante de equipe de apoio, profissional especializado
II - os valores, os preços e os custos utilizados terão como
ou funcionário ou representante de empresa que preste
expressão monetária a moeda corrente nacional, ressalvado
assessoria técnica.
o disposto no art. 52 desta Lei;
Art. 10. Se as autoridades competentes e os servidores
III - o desatendimento de exigências meramente formais que
públicos que tiverem participado dos procedimentos
não comprometam a aferição da qualificação do licitante ou
relacionados às licitações e aos contratos de que trata esta
a compreensão do conteúdo de sua proposta não importará
Lei precisarem defender-se nas esferas administrativa,
seu afastamento da licitação ou a invalidação do processo;
controladora ou judicial em razão de ato praticado com
estrita observância de orientação constante em parecer IV - a prova de autenticidade de cópia de documento público
jurídico elaborado na forma do § 1º do art. 53 desta Lei, a ou particular poderá ser feita perante agente da
advocacia pública promoverá, a critério do agente público, Administração, mediante apresentação de original ou de
sua representação judicial ou extrajudicial. declaração de autenticidade por advogado, sob sua
responsabilidade pessoal;
§ 1º Não se aplica o disposto no caput deste artigo quando:
V - o reconhecimento de firma somente será exigido quando
I - (VETADO);
houver dúvida de autenticidade, salvo imposição legal;
II - provas da prática de atos ilícitos dolosos constarem nos
VI - os atos serão preferencialmente digitais, de forma a
autos do processo administrativo ou judicial.
permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados
§ 2º Aplica-se o disposto no caput deste artigo inclusive na e validados por meio eletrônico;
hipótese de o agente público não mais ocupar o cargo,
VII - a partir de documentos de formalização de demandas,
emprego ou função em que foi praticado o ato questionado.
os órgãos responsáveis pelo planejamento de cada ente
TÍTULO II federativo poderão, na forma de regulamento, elaborar
DAS LICITAÇÕES plano de contratações anual, com o objetivo de racionalizar
CAPÍTULO I as contratações dos órgãos e entidades sob sua
DO PROCESSO LICITATÓRIO competência, garantir o alinhamento com o seu
planejamento estratégico e subsidiar a elaboração das
Art. 11. O processo licitatório tem por objetivos: respectivas leis orçamentárias.
I - assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado § 1º O plano de contratações anual de que trata o inciso VII
de contratação mais vantajoso para a Administração Pública, do caput deste artigo deverá ser divulgado e mantido à
inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto; disposição do público em sítio eletrônico oficial e será
II - assegurar tratamento isonômico entre os licitantes, bem observado pelo ente federativo na realização de licitações e
como a justa competição; na execução dos contratos.
§ 2º É permitida a identificação e assinatura digital por
pessoa física ou jurídica em meio eletrônico, mediante
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certificado digital emitido em âmbito da Infraestrutura de § 2º A critério da Administração e exclusivamente a seu


Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). serviço, o autor dos projetos e a empresa a que se referem
os incisos I e II do caput deste artigo poderão participar no
Art. 13. Os atos praticados no processo licitatório são
apoio das atividades de planejamento da contratação, de
públicos, ressalvadas as hipóteses de informações cujo sigilo
execução da licitação ou de gestão do contrato, desde que
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na
sob supervisão exclusiva de agentes públicos do órgão ou
forma da lei.
entidade.
Parágrafo único. A publicidade será diferida:
§ 3º Equiparam-se aos autores do projeto as empresas
I - quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva integrantes do mesmo grupo econômico.
abertura;
§ 4º O disposto neste artigo não impede a licitação ou a
II - quanto ao orçamento da Administração, nos termos contratação de obra ou serviço que inclua como encargo do
do art. 24 desta Lei. contratado a elaboração do projeto básico e do projeto
executivo, nas contratações integradas, e do projeto
Art. 14. Não poderão disputar licitação ou participar da
executivo, nos demais regimes de execução.
execução de contrato, direta ou indiretamente:
§ 5º Em licitações e contratações realizadas no âmbito de
I - autor do anteprojeto, do projeto básico ou do projeto
projetos e programas parcialmente financiados por agência
executivo, pessoa física ou jurídica, quando a licitação versar
oficial de cooperação estrangeira ou por organismo
sobre obra, serviços ou fornecimento de bens a ele
financeiro internacional com recursos do financiamento ou
relacionados;
da contrapartida nacional, não poderá participar pessoa
II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável física ou jurídica que integre o rol de pessoas sancionadas
pela elaboração do projeto básico ou do projeto executivo, por essas entidades ou que seja declarada inidônea nos
ou empresa da qual o autor do projeto seja dirigente, termos desta Lei.
gerente, controlador, acionista ou detentor de mais de 5%
Art. 15. Salvo vedação devidamente justificada no processo
(cinco por cento) do capital com direito a voto, responsável
licitatório, pessoa jurídica poderá participar de licitação em
técnico ou subcontratado, quando a licitação versar sobre
consórcio, observadas as seguintes normas:
obra, serviços ou fornecimento de bens a ela necessários;
I - comprovação de compromisso público ou particular de
III - pessoa física ou jurídica que se encontre, ao tempo da
constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;
licitação, impossibilitada de participar da licitação em
decorrência de sanção que lhe foi imposta; II - indicação da empresa líder do consórcio, que será
responsável por sua representação perante a Administração;
IV - aquele que mantenha vínculo de natureza técnica,
comercial, econômica, financeira, trabalhista ou civil com III - admissão, para efeito de habilitação técnica, do
dirigente do órgão ou entidade contratante ou com agente somatório dos quantitativos de cada consorciado e, para
público que desempenhe função na licitação ou atue na efeito de habilitação econômico-financeira, do somatório
fiscalização ou na gestão do contrato, ou que deles seja dos valores de cada consorciado;
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
IV - impedimento de a empresa consorciada participar, na
por afinidade, até o terceiro grau, devendo essa proibição
mesma licitação, de mais de um consórcio ou de forma
constar expressamente do edital de licitação;
isolada;
V - empresas controladoras, controladas ou coligadas, nos
V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos
termos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto
concorrendo entre si;
na de execução do contrato.
VI - pessoa física ou jurídica que, nos 5 (cinco) anos
§ 1º O edital deverá estabelecer para o consórcio acréscimo
anteriores à divulgação do edital, tenha sido condenada
de 10% (dez por cento) a 30% (trinta por cento) sobre o valor
judicialmente, com trânsito em julgado, por exploração de
exigido de licitante individual para a habilitação econômico-
trabalho infantil, por submissão de trabalhadores a
financeira, salvo justificação.
condições análogas às de escravo ou por contratação de
adolescentes nos casos vedados pela legislação trabalhista. § 2º O acréscimo previsto no § 1º deste artigo não se aplica
aos consórcios compostos, em sua totalidade, de
§ 1º O impedimento de que trata o inciso III do caput deste
microempresas e pequenas empresas, assim definidas em
artigo será também aplicado ao licitante que atue em
lei.
substituição a outra pessoa, física ou jurídica, com o intuito
de burlar a efetividade da sanção a ela aplicada, inclusive a § 3º O licitante vencedor é obrigado a promover, antes da
sua controladora, controlada ou coligada, desde que celebração do contrato, a constituição e o registro do
devidamente comprovado o ilícito ou a utilização consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I
fraudulenta da personalidade jurídica do licitante. do caput deste artigo.
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§ 4º Desde que haja justificativa técnica aprovada pela desde que motivada, devendo a sessão pública ser registrada
autoridade competente, o edital de licitação poderá em ata e gravada em áudio e vídeo.
estabelecer limite máximo para o número de empresas
§ 3º Desde que previsto no edital, na fase a que se refere o
consorciadas.
inciso IV do caput deste artigo, o órgão ou entidade licitante
§ 5º A substituição de consorciado deverá ser poderá, em relação ao licitante provisoriamente vencedor,
expressamente autorizada pelo órgão ou entidade realizar análise e avaliação da conformidade da proposta,
contratante e condicionada à comprovação de que a nova mediante homologação de amostras, exame de
empresa do consórcio possui, no mínimo, os mesmos conformidade e prova de conceito, entre outros testes de
quantitativos para efeito de habilitação técnica e os mesmos interesse da Administração, de modo a comprovar sua
valores para efeito de qualificação econômico-financeira aderência às especificações definidas no termo de referência
apresentados pela empresa substituída para fins de ou no projeto básico.
habilitação do consórcio no processo licitatório que originou
§ 4º Nos procedimentos realizados por meio eletrônico, a
o contrato.
Administração poderá determinar, como condição de
Art. 16. Os profissionais organizados sob a forma de validade e eficácia, que os licitantes pratiquem seus atos em
cooperativa poderão participar de licitação quando: formato eletrônico.
I - a constituição e o funcionamento da cooperativa § 5º Na hipótese excepcional de licitação sob a forma
observarem as regras estabelecidas na legislação aplicável, presencial a que refere o § 2º deste artigo, a sessão pública
em especial a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, a Lei de apresentação de propostas deverá ser gravada em áudio
nº 12.690, de 19 de julho de 2012, e a Lei Complementar nº e vídeo, e a gravação será juntada aos autos do processo
130, de 17 de abril de 2009; licitatório depois de seu encerramento.
II - a cooperativa apresentar demonstrativo de atuação em § 6º A Administração poderá exigir certificação por
regime cooperado, com repartição de receitas e despesas organização independente acreditada pelo Instituto
entre os cooperados; Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)
como condição para aceitação de:
III - qualquer cooperado, com igual qualificação, for capaz de
executar o objeto contratado, vedado à Administração I - estudos, anteprojetos, projetos básicos e projetos
indicar nominalmente pessoas; executivos;
IV - o objeto da licitação referir-se, em se tratando de II - conclusão de fases ou de objetos de contratos;
cooperativas enquadradas na Lei nº 12.690, de 19 de julho
III - material e corpo técnico apresentados por empresa para
de 2012, a serviços especializados constantes do objeto
fins de habilitação.
social da cooperativa, a serem executados de forma
complementar à sua atuação. CAPÍTULO II
DA FASE PREPARATÓRIA
Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases,
em sequência: SEÇÃO I
DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO LICITATÓRIO
I - preparatória;
Art. 18. A fase preparatória do processo licitatório é
II - de divulgação do edital de licitação; caracterizada pelo planejamento e deve compatibilizar-se
III - de apresentação de propostas e lances, quando for o com o plano de contratações anual de que trata o inciso VII
caso; do caput do art. 12 desta Lei, sempre que elaborado, e com
as leis orçamentárias, bem como abordar todas as
IV - de julgamento; considerações técnicas, mercadológicas e de gestão que
V - de habilitação; podem interferir na contratação, compreendidos:

VI - recursal; I - a descrição da necessidade da contratação fundamentada


em estudo técnico preliminar que caracterize o interesse
VII - de homologação. público envolvido;
§ 1º A fase referida no inciso V do caput deste artigo poderá, II - a definição do objeto para o atendimento da necessidade,
mediante ato motivado com explicitação dos benefícios por meio de termo de referência, anteprojeto, projeto básico
decorrentes, anteceder as fases referidas nos incisos III e IV ou projeto executivo, conforme o caso;
do caput deste artigo, desde que expressamente previsto no
edital de licitação. III - a definição das condições de execução e pagamento, das
garantias exigidas e ofertadas e das condições de
§ 2º As licitações serão realizadas preferencialmente sob a recebimento;
forma eletrônica, admitida a utilização da forma presencial,

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IV - o orçamento estimado, com as composições dos preços VI - estimativa do valor da contratação, acompanhada dos
utilizados para sua formação; preços unitários referenciais, das memórias de cálculo e dos
documentos que lhe dão suporte, que poderão constar de
V - a elaboração do edital de licitação;
anexo classificado, se a Administração optar por preservar o
VI - a elaboração de minuta de contrato, quando necessária, seu sigilo até a conclusão da licitação;
que constará obrigatoriamente como anexo do edital de
VII - descrição da solução como um todo, inclusive das
licitação;
exigências relacionadas à manutenção e à assistência
VII - o regime de fornecimento de bens, de prestação de técnica, quando for o caso;
serviços ou de execução de obras e serviços de engenharia,
VIII - justificativas para o parcelamento ou não da
observados os potenciais de economia de escala;
contratação;
VIII - a modalidade de licitação, o critério de julgamento, o
IX - demonstrativo dos resultados pretendidos em termos de
modo de disputa e a adequação e eficiência da forma de
economicidade e de melhor aproveitamento dos recursos
combinação desses parâmetros, para os fins de seleção da
humanos, materiais e financeiros disponíveis;
proposta apta a gerar o resultado de contratação mais
vantajoso para a Administração Pública, considerado todo o X - providências a serem adotadas pela Administração
ciclo de vida do objeto; previamente à celebração do contrato, inclusive quanto à
capacitação de servidores ou de empregados para
IX - a motivação circunstanciada das condições do edital, tais
fiscalização e gestão contratual;
como justificativa de exigências de qualificação técnica,
mediante indicação das parcelas de maior relevância técnica XI - contratações correlatas e/ou interdependentes;
ou valor significativo do objeto, e de qualificação econômico-
XII - descrição de possíveis impactos ambientais e
financeira, justificativa dos critérios de pontuação e
respectivas medidas mitigadoras, incluídos requisitos de
julgamento das propostas técnicas, nas licitações com
baixo consumo de energia e de outros recursos, bem como
julgamento por melhor técnica ou técnica e preço, e
logística reversa para desfazimento e reciclagem de bens e
justificativa das regras pertinentes à participação de
refugos, quando aplicável;
empresas em consórcio;
XIII - posicionamento conclusivo sobre a adequação da
X - a análise dos riscos que possam comprometer o sucesso
contratação para o atendimento da necessidade a que se
da licitação e a boa execução contratual;
destina.
XI - a motivação sobre o momento da divulgação do
§ 2º O estudo técnico preliminar deverá conter ao menos os
orçamento da licitação, observado o art. 24 desta Lei.
elementos previstos nos incisos I, IV, VI, VIII e XIII do § 1º
§ 1º O estudo técnico preliminar a que se refere o inciso I deste artigo e, quando não contemplar os demais elementos
do caput deste artigo deverá evidenciar o problema a ser previstos no referido parágrafo, apresentar as devidas
resolvido e a sua melhor solução, de modo a permitir a justificativas.
avaliação da viabilidade técnica e econômica da contratação,
§ 3º Em se tratando de estudo técnico preliminar para
e conterá os seguintes elementos:
contratação de obras e serviços comuns de engenharia, se
I - descrição da necessidade da contratação, considerado o demonstrada a inexistência de prejuízo para a aferição dos
problema a ser resolvido sob a perspectiva do interesse padrões de desempenho e qualidade almejados, a
público; especificação do objeto poderá ser realizada apenas em
termo de referência ou em projeto básico, dispensada a
II - demonstração da previsão da contratação no plano de
elaboração de projetos.
contratações anual, sempre que elaborado, de modo a
indicar o seu alinhamento com o planejamento da Art. 19. Os órgãos da Administração com competências
Administração; regulamentares relativas às atividades de administração de
materiais, de obras e serviços e de licitações e contratos
III - requisitos da contratação;
deverão:
IV - estimativas das quantidades para a contratação,
I - instituir instrumentos que permitam, preferencialmente,
acompanhadas das memórias de cálculo e dos documentos
a centralização dos procedimentos de aquisição e
que lhes dão suporte, que considerem interdependências
contratação de bens e serviços;
com outras contratações, de modo a possibilitar economia
de escala; II - criar catálogo eletrônico de padronização de compras,
serviços e obras, admitida a adoção do catálogo do Poder
V - levantamento de mercado, que consiste na análise das
Executivo federal por todos os entes federativos;
alternativas possíveis, e justificativa técnica e econômica da
escolha do tipo de solução a contratar; III - instituir sistema informatizado de acompanhamento de
obras, inclusive com recursos de imagem e vídeo;

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IV - instituir, com auxílio dos órgãos de assessoramento Art. 22. O edital poderá contemplar matriz de alocação de
jurídico e de controle interno, modelos de minutas de riscos entre o contratante e o contratado, hipótese em que
editais, de termos de referência, de contratos padronizados o cálculo do valor estimado da contratação poderá
e de outros documentos, admitida a adoção das minutas do considerar taxa de risco compatível com o objeto da licitação
Poder Executivo federal por todos os entes federativos; e com os riscos atribuídos ao contratado, de acordo com
metodologia predefinida pelo ente federativo.
V - promover a adoção gradativa de tecnologias e processos
integrados que permitam a criação, a utilização e a § 1º A matriz de que trata o caput deste artigo deverá
atualização de modelos digitais de obras e serviços de promover a alocação eficiente dos riscos de cada contrato e
engenharia. estabelecer a responsabilidade que caiba a cada parte
contratante, bem como os mecanismos que afastem a
§ 1º O catálogo referido no inciso II do caput deste artigo
ocorrência do sinistro e mitiguem os seus efeitos, caso este
poderá ser utilizado em licitações cujo critério de julgamento
ocorra durante a execução contratual.
seja o de menor preço ou o de maior desconto e conterá toda
a documentação e os procedimentos próprios da fase § 2º O contrato deverá refletir a alocação realizada pela
interna de licitações, assim como as especificações dos matriz de riscos, especialmente quanto:
respectivos objetos, conforme disposto em regulamento.
I - às hipóteses de alteração para o restabelecimento da
§ 2º A não utilização do catálogo eletrônico de padronização equação econômico-financeira do contrato nos casos em
de que trata o inciso II do caput ou dos modelos de minutas que o sinistro seja considerado na matriz de riscos como
de que trata o inciso IV do caput deste artigo deverá ser causa de desequilíbrio não suportada pela parte que
justificada por escrito e anexada ao respectivo processo pretenda o restabelecimento;
licitatório.
II - à possibilidade de resolução quando o sinistro majorar
§ 3º Nas licitações de obras e serviços de engenharia e excessivamente ou impedir a continuidade da execução
arquitetura, sempre que adequada ao objeto da licitação, contratual;
será preferencialmente adotada a Modelagem da
III - à contratação de seguros obrigatórios previamente
Informação da Construção (Building Information
definidos no contrato, integrado o custo de contratação ao
Modelling - BIM) ou tecnologias e processos integrados
preço ofertado.
similares ou mais avançados que venham a substituí-la.
§ 3º Quando a contratação se referir a obras e serviços de
Art. 20. Os itens de consumo adquiridos para suprir as
grande vulto ou forem adotados os regimes de contratação
demandas das estruturas da Administração Pública deverão
integrada e semi-integrada, o edital obrigatoriamente
ser de qualidade comum, não superior à necessária para
contemplará matriz de alocação de riscos entre o
cumprir as finalidades às quais se destinam, vedada a
contratante e o contratado.
aquisição de artigos de luxo.
§ 4º Nas contratações integradas ou semi-integradas, os
§ 1º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário definirão
riscos decorrentes de fatos supervenientes à contratação
em regulamento os limites para o enquadramento dos bens
associados à escolha da solução de projeto básico pelo
de consumo nas categorias comum e luxo.
contratado deverão ser alocados como de sua
§ 2º A partir de 180 (cento e oitenta) dias contados da responsabilidade na matriz de riscos.
promulgação desta Lei, novas compras de bens de consumo
Art. 23. O valor previamente estimado da contratação
só poderão ser efetivadas com a edição, pela autoridade
deverá ser compatível com os valores praticados pelo
competente, do regulamento a que se refere o § 1º deste
mercado, considerados os preços constantes de bancos de
artigo.
dados públicos e as quantidades a serem contratadas,
§ 3º (VETADO). observadas a potencial economia de escala e as
peculiaridades do local de execução do objeto.
Art. 21. A Administração poderá convocar, com
antecedência mínima de 8 (oito) dias úteis, audiência § 1º No processo licitatório para aquisição de bens e
pública, presencial ou a distância, na forma eletrônica, sobre contratação de serviços em geral, conforme regulamento, o
licitação que pretenda realizar, com disponibilização prévia valor estimado será definido com base no melhor preço
de informações pertinentes, inclusive de estudo técnico aferido por meio da utilização dos seguintes parâmetros,
preliminar e elementos do edital de licitação, e com adotados de forma combinada ou não:
possibilidade de manifestação de todos os interessados.
I - composição de custos unitários menores ou iguais à
Parágrafo único. A Administração também poderá submeter mediana do item correspondente no painel para consulta de
a licitação a prévia consulta pública, mediante a preços ou no banco de preços em saúde disponíveis no
disponibilização de seus elementos a todos os interessados, Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP);
que poderão formular sugestões no prazo fixado.

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II - contratações similares feitas pela Administração Pública, semelhantes de objetos de mesma natureza, por meio da
em execução ou concluídas no período de 1 (um) ano apresentação de notas fiscais emitidas para outros
anterior à data da pesquisa de preços, inclusive mediante contratantes no período de até 1 (um) ano anterior à data da
sistema de registro de preços, observado o índice de contratação pela Administração, ou por outro meio idôneo.
atualização de preços correspondente;
§ 5º No processo licitatório para contratação de obras e
III - utilização de dados de pesquisa publicada em mídia serviços de engenharia sob os regimes de contratação
especializada, de tabela de referência formalmente integrada ou semi-integrada, o valor estimado da
aprovada pelo Poder Executivo federal e de sítios eletrônicos contratação será calculado nos termos do § 2º deste artigo,
especializados ou de domínio amplo, desde que contenham acrescido ou não de parcela referente à remuneração do
a data e hora de acesso; risco, e, sempre que necessário e o anteprojeto o permitir, a
estimativa de preço será baseada em orçamento sintético,
IV - pesquisa direta com no mínimo 3 (três) fornecedores,
balizado em sistema de custo definido no inciso I do § 2º
mediante solicitação formal de cotação, desde que seja
deste artigo, devendo a utilização de metodologia expedita
apresentada justificativa da escolha desses fornecedores e
ou paramétrica e de avaliação aproximada baseada em
que não tenham sido obtidos os orçamentos com mais de 6
outras contratações similares ser reservada às frações do
(seis) meses de antecedência da data de divulgação do
empreendimento não suficientemente detalhadas no
edital;
anteprojeto.
V - pesquisa na base nacional de notas fiscais eletrônicas, na
§ 6º Na hipótese do § 5º deste artigo, será exigido dos
forma de regulamento.
licitantes ou contratados, no orçamento que compuser suas
§ 2º No processo licitatório para contratação de obras e respectivas propostas, no mínimo, o mesmo nível de
serviços de engenharia, conforme regulamento, o valor detalhamento do orçamento sintético referido no
estimado, acrescido do percentual de Benefícios e Despesas mencionado parágrafo.
Indiretas (BDI) de referência e dos Encargos Sociais (ES)
Art. 24. Desde que justificado, o orçamento estimado da
cabíveis, será definido por meio da utilização de parâmetros
contratação poderá ter caráter sigiloso, sem prejuízo da
na seguinte ordem:
divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais
I - composição de custos unitários menores ou iguais à informações necessárias para a elaboração das propostas, e,
mediana do item correspondente do Sistema de Custos nesse caso:
Referenciais de Obras (Sicro), para serviços e obras de
I - o sigilo não prevalecerá para os órgãos de controle interno
infraestrutura de transportes, ou do Sistema Nacional de
e externo;
Pesquisa de Custos e Índices de Construção Civil (Sinapi),
para as demais obras e serviços de engenharia; II - (VETADO).
II - utilização de dados de pesquisa publicada em mídia Parágrafo único. Na hipótese de licitação em que for adotado
especializada, de tabela de referência formalmente o critério de julgamento por maior desconto, o preço
aprovada pelo Poder Executivo federal e de sítios eletrônicos estimado ou o máximo aceitável constará do edital da
especializados ou de domínio amplo, desde que contenham licitação.
a data e a hora de acesso;
Art. 25. O edital deverá conter o objeto da licitação e as
III - contratações similares feitas pela Administração Pública, regras relativas à convocação, ao julgamento, à habilitação,
em execução ou concluídas no período de 1 (um) ano aos recursos e às penalidades da licitação, à fiscalização e à
anterior à data da pesquisa de preços, observado o índice de gestão do contrato, à entrega do objeto e às condições de
atualização de preços correspondente; pagamento.
IV - pesquisa na base nacional de notas fiscais eletrônicas, na § 1º Sempre que o objeto permitir, a Administração adotará
forma de regulamento. minutas padronizadas de edital e de contrato com cláusulas
uniformes.
§ 3º Nas contratações realizadas por Municípios, Estados e
Distrito Federal, desde que não envolvam recursos da União, § 2º Desde que, conforme demonstrado em estudo técnico
o valor previamente estimado da contratação, a que se preliminar, não sejam causados prejuízos à competitividade
refere o caput deste artigo, poderá ser definido por meio da do processo licitatório e à eficiência do respectivo contrato,
utilização de outros sistemas de custos adotados pelo o edital poderá prever a utilização de mão de obra, materiais,
respectivo ente federativo. tecnologias e matérias-primas existentes no local da
execução, conservação e operação do bem, serviço ou obra.
§ 4º Nas contratações diretas por inexigibilidade ou por
dispensa, quando não for possível estimar o valor do objeto § 3º Todos os elementos do edital, incluídos minuta de
na forma estabelecida nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo, o contrato, termos de referência, anteprojeto, projetos e
contratado deverá comprovar previamente que os preços outros anexos, deverão ser divulgados em sítio eletrônico
estão em conformidade com os praticados em contratações
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oficial na mesma data de divulgação do edital, sem § 1º A margem de preferência de que trata o caput deste
necessidade de registro ou de identificação para acesso. artigo:
§ 4º Nas contratações de obras, serviços e fornecimentos de I - será definida em decisão fundamentada do Poder
grande vulto, o edital deverá prever a obrigatoriedade de Executivo federal, no caso do inciso I do caput deste artigo;
implantação de programa de integridade pelo licitante
II - poderá ser de até 10% (dez por cento) sobre o preço dos
vencedor, no prazo de 6 (seis) meses, contado da celebração
bens e serviços que não se enquadrem no disposto nos
do contrato, conforme regulamento que disporá sobre as
incisos I ou II do caput deste artigo;
medidas a serem adotadas, a forma de comprovação e as
penalidades pelo seu descumprimento. III - poderá ser estendida a bens manufaturados e serviços
originários de Estados Partes do Mercado Comum do Sul
§ 5º O edital poderá prever a responsabilidade do contratado
(Mercosul), desde que haja reciprocidade com o País prevista
pela:
em acordo internacional aprovado pelo Congresso Nacional
I - obtenção do licenciamento ambiental; e ratificado pelo Presidente da República.
II - realização da desapropriação autorizada pelo poder § 2º Para os bens manufaturados nacionais e serviços
público. nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação
tecnológica no País, definidos conforme regulamento do
§ 6º Os licenciamentos ambientais de obras e serviços de
Poder Executivo federal, a margem de preferência a que se
engenharia licitados e contratados nos termos desta Lei
refere o caput deste artigo poderá ser de até 20% (vinte por
terão prioridade de tramitação nos órgãos e entidades
cento).
integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(Sisnama) e deverão ser orientados pelos princípios da § 3º (VETADO).
celeridade, da cooperação, da economicidade e da
§ 4º (VETADO).
eficiência.
§ 5º A margem de preferência não se aplica aos bens
§ 7º Independentemente do prazo de duração do contrato,
manufaturados nacionais e aos serviços nacionais se a
será obrigatória a previsão no edital de índice de
capacidade de produção desses bens ou de prestação desses
reajustamento de preço, com data-base vinculada à data do
serviços no País for inferior:
orçamento estimado e com a possibilidade de ser
estabelecido mais de um índice específico ou setorial, em I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou
conformidade com a realidade de mercado dos respectivos
II - aos quantitativos fixados em razão do parcelamento do
insumos.
objeto, quando for o caso.
§ 8º Nas licitações de serviços contínuos, observado o
§ 6º Os editais de licitação para a contratação de bens,
interregno mínimo de 1 (um) ano, o critério de
serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da
reajustamento será por:
autoridade competente, exigir que o contratado promova,
I - reajustamento em sentido estrito, quando não houver em favor de órgão ou entidade integrante da Administração
regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou Pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo
predominância de mão de obra, mediante previsão de isonômico, medidas de compensação comercial, industrial
índices específicos ou setoriais; ou tecnológica ou acesso a condições vantajosas de
financiamento, cumulativamente ou não, na forma
II - repactuação, quando houver regime de dedicação
estabelecida pelo Poder Executivo federal.
exclusiva de mão de obra ou predominância de mão de obra,
mediante demonstração analítica da variação dos custos. § 7º Nas contratações destinadas à implantação, à
manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de
§ 9º O edital poderá, na forma disposta em regulamento,
tecnologia de informação e comunicação considerados
exigir que percentual mínimo da mão de obra responsável
estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a licitação
pela execução do objeto da contratação seja constituído por:
poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia
I - mulheres vítimas de violência doméstica; desenvolvida no País produzidos de acordo com o processo
produtivo básico de que trata a Lei nº 10.176, de 11 de
II - oriundos ou egressos do sistema prisional.
janeiro de 2001.
Art. 26. No processo de licitação, poderá ser estabelecida
Art. 27. Será divulgada, em sítio eletrônico oficial, a cada
margem de preferência para:
exercício financeiro, a relação de empresas favorecidas em
I - bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a decorrência do disposto no art. 26 desta Lei, com indicação
normas técnicas brasileiras; do volume de recursos destinados a cada uma delas.
II - bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme
regulamento.

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SEÇÃO II regula a referida profissão e observados os valores dos bens


DAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO a serem leiloados.

Art. 28. São modalidades de licitação: § 2º O leilão será precedido da divulgação do edital em sítio
eletrônico oficial, que conterá:
I - pregão;
I - a descrição do bem, com suas características, e, no caso
II - concorrência; de imóvel, sua situação e suas divisas, com remissão à
III - concurso; matrícula e aos registros;

IV - leilão; II - o valor pelo qual o bem foi avaliado, o preço mínimo pelo
qual poderá ser alienado, as condições de pagamento e, se
V - diálogo competitivo. for o caso, a comissão do leiloeiro designado;
§ 1º Além das modalidades referidas no caput deste artigo, III - a indicação do lugar onde estiverem os móveis, os
a Administração pode servir-se dos procedimentos auxiliares veículos e os semoventes;
previstos no art. 78 desta Lei.
IV - o sítio da internet e o período em que ocorrerá o leilão,
§ 2º É vedada a criação de outras modalidades de licitação salvo se excepcionalmente for realizado sob a forma
ou, ainda, a combinação daquelas referidas no caput deste presencial por comprovada inviabilidade técnica ou
artigo. desvantagem para a Administração, hipótese em que serão
Art. 29. A concorrência e o pregão seguem o rito indicados o local, o dia e a hora de sua realização;
procedimental comum a que se refere o art. 17 desta Lei, V - a especificação de eventuais ônus, gravames ou
adotando-se o pregão sempre que o objeto possuir padrões pendências existentes sobre os bens a serem leiloados.
de desempenho e qualidade que possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de § 3º Além da divulgação no sítio eletrônico oficial, o edital do
mercado. leilão será afixado em local de ampla circulação de pessoas
na sede da Administração e poderá, ainda, ser divulgado por
Parágrafo único. O pregão não se aplica às contratações de outros meios necessários para ampliar a publicidade e a
serviços técnicos especializados de natureza competitividade da licitação.
predominantemente intelectual e de obras e serviços de
engenharia, exceto os serviços de engenharia de que trata § 4º O leilão não exigirá registro cadastral prévio, não terá
a alínea “a” do inciso XXI do caput do art. 6º desta Lei. fase de habilitação e deverá ser homologado assim que
concluída a fase de lances, superada a fase recursal e
Art. 30. O concurso observará as regras e condições previstas efetivado o pagamento pelo licitante vencedor, na forma
em edital, que indicará: definida no edital.
I - a qualificação exigida dos participantes; Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é restrita a
II - as diretrizes e formas de apresentação do trabalho; contratações em que a Administração:
III - as condições de realização e o prêmio ou remuneração a I - vise a contratar objeto que envolva as seguintes
ser concedida ao vencedor. condições:
Parágrafo único. Nos concursos destinados à elaboração de a) inovação tecnológica ou técnica;
projeto, o vencedor deverá ceder à Administração Pública, b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua
nos termos do art. 93 desta Lei, todos os direitos necessidade satisfeita sem a adaptação de soluções
patrimoniais relativos ao projeto e autorizar sua execução disponíveis no mercado; e
conforme juízo de conveniência e oportunidade das
autoridades competentes. c) impossibilidade de as especificações técnicas serem
definidas com precisão suficiente pela Administração;
Art. 31. O leilão poderá ser cometido a leiloeiro oficial ou a
servidor designado pela autoridade competente da II - verifique a necessidade de definir e identificar os meios e
Administração, e regulamento deverá dispor sobre seus as alternativas que possam satisfazer suas necessidades,
procedimentos operacionais. com destaque para os seguintes aspectos:
§ 1º Se optar pela realização de leilão por intermédio de a) a solução técnica mais adequada;
leiloeiro oficial, a Administração deverá selecioná-lo b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já
mediante credenciamento ou licitação na modalidade definida;
pregão e adotar o critério de julgamento de maior desconto
para as comissões a serem cobradas, utilizados como c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato;
parâmetro máximo os percentuais definidos na lei que III - (VETADO).

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§ 1º Na modalidade diálogo competitivo, serão observadas § 2º Os profissionais contratados para os fins do inciso XI do
as seguintes disposições: § 1º deste artigo assinarão termo de confidencialidade e
abster-se-ão de atividades que possam configurar conflito de
I - a Administração apresentará, por ocasião da divulgação
interesses.
do edital em sítio eletrônico oficial, suas necessidades e as
exigências já definidas e estabelecerá prazo mínimo de 25 SEÇÃO III
(vinte e cinco) dias úteis para manifestação de interesse na DOS CRITÉRIOS DE JULGAMENTO
participação da licitação;
Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo
II - os critérios empregados para pré-seleção dos licitantes com os seguintes critérios:
deverão ser previstos em edital, e serão admitidos todos os
interessados que preencherem os requisitos objetivos I - menor preço;
estabelecidos; II - maior desconto;
III - a divulgação de informações de modo discriminatório III - melhor técnica ou conteúdo artístico;
que possa implicar vantagem para algum licitante será
vedada; IV - técnica e preço;

IV - a Administração não poderá revelar a outros licitantes as V - maior lance, no caso de leilão;
soluções propostas ou as informações sigilosas comunicadas VI - maior retorno econômico.
por um licitante sem o seu consentimento;
Art. 34. O julgamento por menor preço ou maior desconto e,
V - a fase de diálogo poderá ser mantida até que a quando couber, por técnica e preço considerará o menor
Administração, em decisão fundamentada, identifique a dispêndio para a Administração, atendidos os parâmetros
solução ou as soluções que atendam às suas necessidades; mínimos de qualidade definidos no edital de licitação.
VI - as reuniões com os licitantes pré-selecionados serão § 1º Os custos indiretos, relacionados com as despesas de
registradas em ata e gravadas mediante utilização de manutenção, utilização, reposição, depreciação e impacto
recursos tecnológicos de áudio e vídeo; ambiental do objeto licitado, entre outros fatores vinculados
VII - o edital poderá prever a realização de fases sucessivas, ao seu ciclo de vida, poderão ser considerados para a
caso em que cada fase poderá restringir as soluções ou as definição do menor dispêndio, sempre que objetivamente
propostas a serem discutidas; mensuráveis, conforme disposto em regulamento.

VIII - a Administração deverá, ao declarar que o diálogo foi § 2º O julgamento por maior desconto terá como referência
concluído, juntar aos autos do processo licitatório os o preço global fixado no edital de licitação, e o desconto será
registros e as gravações da fase de diálogo, iniciar a fase estendido aos eventuais termos aditivos.
competitiva com a divulgação de edital contendo a Art. 35. O julgamento por melhor técnica ou conteúdo
especificação da solução que atenda às suas necessidades e artístico considerará exclusivamente as propostas técnicas
os critérios objetivos a serem utilizados para seleção da ou artísticas apresentadas pelos licitantes, e o edital deverá
proposta mais vantajosa e abrir prazo, não inferior a 60 definir o prêmio ou a remuneração que será atribuída aos
(sessenta) dias úteis, para todos os licitantes pré- vencedores.
selecionados na forma do inciso II deste parágrafo
apresentarem suas propostas, que deverão conter os Parágrafo único. O critério de julgamento de que trata
elementos necessários para a realização do projeto; o caput deste artigo poderá ser utilizado para a contratação
de projetos e trabalhos de natureza técnica, científica ou
IX - a Administração poderá solicitar esclarecimentos ou artística.
ajustes às propostas apresentadas, desde que não
impliquem discriminação nem distorçam a concorrência Art. 36. O julgamento por técnica e preço considerará a
entre as propostas; maior pontuação obtida a partir da ponderação, segundo
fatores objetivos previstos no edital, das notas atribuídas aos
X - a Administração definirá a proposta vencedora de acordo aspectos de técnica e de preço da proposta.
com critérios divulgados no início da fase competitiva,
assegurada a contratação mais vantajosa como resultado; § 1º O critério de julgamento de que trata o caput deste
artigo será escolhido quando estudo técnico preliminar
XI - o diálogo competitivo será conduzido por comissão de demonstrar que a avaliação e a ponderação da qualidade
contratação composta de pelo menos 3 (três) servidores técnica das propostas que superarem os requisitos mínimos
efetivos ou empregados públicos pertencentes aos quadros estabelecidos no edital forem relevantes aos fins
permanentes da Administração, admitida a contratação de pretendidos pela Administração nas licitações para
profissionais para assessoramento técnico da comissão; contratação de:
XII - (VETADO). I - serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual, caso em que o critério de
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julgamento de técnica e preço deverá ser preferencialmente Art. 38. No julgamento por melhor técnica ou por técnica e
empregado; preço, a obtenção de pontuação devido à capacitação
técnico-profissional exigirá que a execução do respectivo
II - serviços majoritariamente dependentes de tecnologia
contrato tenha participação direta e pessoal do profissional
sofisticada e de domínio restrito, conforme atestado por
correspondente.
autoridades técnicas de reconhecida qualificação;
Art. 39. O julgamento por maior retorno econômico,
III - bens e serviços especiais de tecnologia da informação e
utilizado exclusivamente para a celebração de contrato de
de comunicação;
eficiência, considerará a maior economia para a
IV - obras e serviços especiais de engenharia; Administração, e a remuneração deverá ser fixada em
percentual que incidirá de forma proporcional à economia
V - objetos que admitam soluções específicas e alternativas
efetivamente obtida na execução do contrato.
e variações de execução, com repercussões significativas e
concretamente mensuráveis sobre sua qualidade, § 1º Nas licitações que adotarem o critério de julgamento de
produtividade, rendimento e durabilidade, quando essas que trata o caput deste artigo, os licitantes apresentarão:
soluções e variações puderem ser adotadas à livre escolha
I - proposta de trabalho, que deverá contemplar:
dos licitantes, conforme critérios objetivamente definidos no
edital de licitação. a) as obras, os serviços ou os bens, com os respectivos prazos
de realização ou fornecimento;
§ 2º No julgamento por técnica e preço, deverão ser
avaliadas e ponderadas as propostas técnicas e, em seguida, b) a economia que se estima gerar, expressa em unidade de
as propostas de preço apresentadas pelos licitantes, na medida associada à obra, ao bem ou ao serviço e em unidade
proporção máxima de 70% (setenta por cento) de valoração monetária;
para a proposta técnica.
II - proposta de preço, que corresponderá a percentual sobre
§ 3º O desempenho pretérito na execução de contratos com a economia que se estima gerar durante determinado
a Administração Pública deverá ser considerado na período, expressa em unidade monetária.
pontuação técnica, observado o disposto nos §§ 3º e 4º do
§ 2º O edital de licitação deverá prever parâmetros objetivos
art. 88 desta Lei e em regulamento.
de mensuração da economia gerada com a execução do
Art. 37. O julgamento por melhor técnica ou por técnica e contrato, que servirá de base de cálculo para a remuneração
preço deverá ser realizado por: devida ao contratado.
I - verificação da capacitação e da experiência do licitante, § 3º Para efeito de julgamento da proposta, o retorno
comprovadas por meio da apresentação de atestados de econômico será o resultado da economia que se estima gerar
obras, produtos ou serviços previamente realizados; com a execução da proposta de trabalho, deduzida a
proposta de preço.
II - atribuição de notas a quesitos de natureza qualitativa por
banca designada para esse fim, de acordo com orientações e § 4º Nos casos em que não for gerada a economia prevista
limites definidos em edital, considerados a demonstração de no contrato de eficiência:
conhecimento do objeto, a metodologia e o programa de
I - a diferença entre a economia contratada e a efetivamente
trabalho, a qualificação das equipes técnicas e a relação dos
obtida será descontada da remuneração do contratado;
produtos que serão entregues;
II - se a diferença entre a economia contratada e a
III - atribuição de notas por desempenho do licitante em
efetivamente obtida for superior ao limite máximo
contratações anteriores aferida nos documentos
estabelecido no contrato, o contratado sujeitar-se-á, ainda,
comprobatórios de que trata o § 3º do art. 88 desta Lei e em
a outras sanções cabíveis.
registro cadastral unificado disponível no Portal Nacional de
Contratações Públicas (PNCP). SEÇÃO IV
DISPOSIÇÕES SETORIAIS
§ 1º A banca referida no inciso II do caput deste artigo terá
no mínimo 3 (três) membros e poderá ser composta de: SUBSEÇÃO I
DAS COMPRAS
I - servidores efetivos ou empregados públicos pertencentes
aos quadros permanentes da Administração Pública; Art. 40. O planejamento de compras deverá considerar a
expectativa de consumo anual e observar o seguinte:
II - profissionais contratados por conhecimento técnico,
experiência ou renome na avaliação dos quesitos I - condições de aquisição e pagamento semelhantes às do
especificados em edital, desde que seus trabalhos sejam setor privado;
supervisionados por profissionais designados conforme o II - processamento por meio de sistema de registro de
disposto no art. 7º desta Lei. preços, quando pertinente;
§ 2º (VETADO).
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III - determinação de unidades e quantidades a serem prestação de serviços localizada em distância compatível
adquiridas em função de consumo e utilização prováveis, com suas necessidades.
cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante
Art. 41. No caso de licitação que envolva o fornecimento de
adequadas técnicas quantitativas, admitido o fornecimento
bens, a Administração poderá excepcionalmente:
contínuo;
I - indicar uma ou mais marcas ou modelos, desde que
IV - condições de guarda e armazenamento que não
formalmente justificado, nas seguintes hipóteses:
permitam a deterioração do material;
a) em decorrência da necessidade de padronização do
V - atendimento aos princípios:
objeto;
a) da padronização, considerada a compatibilidade de
b) em decorrência da necessidade de manter a
especificações estéticas, técnicas ou de desempenho;
compatibilidade com plataformas e padrões já adotados pela
b) do parcelamento, quando for tecnicamente viável e Administração;
economicamente vantajoso;
c) quando determinada marca ou modelo comercializados
c) da responsabilidade fiscal, mediante a comparação da por mais de um fornecedor forem os únicos capazes de
despesa estimada com a prevista no orçamento. atender às necessidades do contratante;
§ 1º O termo de referência deverá conter os elementos d) quando a descrição do objeto a ser licitado puder ser mais
previstos no inciso XXIII do caput do art. 6º desta Lei, além bem compreendida pela identificação de determinada
das seguintes informações: marca ou determinado modelo aptos a servir apenas como
referência;
I - especificação do produto, preferencialmente conforme
catálogo eletrônico de padronização, observados os II - exigir amostra ou prova de conceito do bem no
requisitos de qualidade, rendimento, compatibilidade, procedimento de pré-qualificação permanente, na fase de
durabilidade e segurança; julgamento das propostas ou de lances, ou no período de
vigência do contrato ou da ata de registro de preços, desde
II - indicação dos locais de entrega dos produtos e das regras
que previsto no edital da licitação e justificada a necessidade
para recebimentos provisório e definitivo, quando for o caso;
de sua apresentação;
III - especificação da garantia exigida e das condições de
III - vedar a contratação de marca ou produto, quando,
manutenção e assistência técnica, quando for o caso.
mediante processo administrativo, restar comprovado que
§ 2º Na aplicação do princípio do parcelamento, referente às produtos adquiridos e utilizados anteriormente pela
compras, deverão ser considerados: Administração não atendem a requisitos indispensáveis ao
pleno adimplemento da obrigação contratual;
I - a viabilidade da divisão do objeto em lotes;
IV - solicitar, motivadamente, carta de solidariedade emitida
II - o aproveitamento das peculiaridades do mercado local,
pelo fabricante, que assegure a execução do contrato, no
com vistas à economicidade, sempre que possível, desde que
caso de licitante revendedor ou distribuidor.
atendidos os parâmetros de qualidade; e
Parágrafo único. A exigência prevista no inciso II
III - o dever de buscar a ampliação da competição e de evitar
do caput deste artigo restringir-se-á ao licitante
a concentração de mercado.
provisoriamente vencedor quando realizada na fase de
§ 3º O parcelamento não será adotado quando: julgamento das propostas ou de lances.
I - a economia de escala, a redução de custos de gestão de Art. 42. A prova de qualidade de produto apresentado pelos
contratos ou a maior vantagem na contratação recomendar proponentes como similar ao das marcas eventualmente
a compra do item do mesmo fornecedor; indicadas no edital será admitida por qualquer um dos
seguintes meios:
II - o objeto a ser contratado configurar sistema único e
integrado e houver a possibilidade de risco ao conjunto do I - comprovação de que o produto está de acordo com as
objeto pretendido; normas técnicas determinadas pelos órgãos oficiais
competentes, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
III - o processo de padronização ou de escolha de marca levar
(ABNT) ou por outra entidade credenciada pelo Inmetro;
a fornecedor exclusivo.
II - declaração de atendimento satisfatório emitida por outro
§ 4º Em relação à informação de que trata o inciso III do § 1º
órgão ou entidade de nível federativo equivalente ou
deste artigo, desde que fundamentada em estudo técnico
superior que tenha adquirido o produto;
preliminar, a Administração poderá exigir que os serviços de
manutenção e assistência técnica sejam prestados mediante III - certificação, certificado, laudo laboratorial ou
deslocamento de técnico ou disponibilizados em unidade de documento similar que possibilite a aferição da qualidade e
da conformidade do produto ou do processo de fabricação,
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inclusive sob o aspecto ambiental, emitido por instituição III - utilização de produtos, de equipamentos e de serviços
oficial competente ou por entidade credenciada. que, comprovadamente, favoreçam a redução do consumo
de energia e de recursos naturais;
§ 1º O edital poderá exigir, como condição de aceitabilidade
da proposta, certificação de qualidade do produto por IV - avaliação de impacto de vizinhança, na forma da
instituição credenciada pelo Conselho Nacional de legislação urbanística;
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
V - proteção do patrimônio histórico, cultural, arqueológico
(Conmetro).
e imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto
§ 2º A Administração poderá, nos termos do edital de direto ou indireto causado pelas obras contratadas;
licitação, oferecer protótipo do objeto pretendido e exigir,
VI - acessibilidade para pessoas com deficiência ou com
na fase de julgamento das propostas, amostras do licitante
mobilidade reduzida.
provisoriamente vencedor, para atender a diligência ou,
após o julgamento, como condição para firmar contrato. Art. 46. Na execução indireta de obras e serviços de
engenharia, são admitidos os seguintes regimes:
§ 3º No interesse da Administração, as amostras a que se
refere o § 2º deste artigo poderão ser examinadas por I - empreitada por preço unitário;
instituição com reputação ético-profissional na
II - empreitada por preço global;
especialidade do objeto, previamente indicada no edital.
III - empreitada integral;
Art. 43. O processo de padronização deverá conter:
IV - contratação por tarefa;
I - parecer técnico sobre o produto, considerados
especificações técnicas e estéticas, desempenho, análise de V - contratação integrada;
contratações anteriores, custo e condições de manutenção e
VI - contratação semi-integrada;
garantia;
VII - fornecimento e prestação de serviço associado.
II - despacho motivado da autoridade superior, com a adoção
do padrão; § 1º É vedada a realização de obras e serviços de engenharia
sem projeto executivo, ressalvada a hipótese prevista no §
III - síntese da justificativa e descrição sucinta do padrão
3º do art. 18 desta Lei.
definido, divulgadas em sítio eletrônico oficial.
§ 2º A Administração é dispensada da elaboração de projeto
§ 1º É permitida a padronização com base em processo de
básico nos casos de contratação integrada, hipótese em que
outro órgão ou entidade de nível federativo igual ou superior
deverá ser elaborado anteprojeto de acordo com
ao do órgão adquirente, devendo o ato que decidir pela
metodologia definida em ato do órgão competente,
adesão a outra padronização ser devidamente motivado,
observados os requisitos estabelecidos no inciso XXIV do art.
com indicação da necessidade da Administração e dos riscos
6º desta Lei.
decorrentes dessa decisão, e divulgado em sítio eletrônico
oficial. § 3º Na contratação integrada, após a elaboração do projeto
básico pelo contratado, o conjunto de desenhos,
§ 2º As contratações de soluções baseadas em software de
especificações, memoriais e cronograma físico-financeiro
uso disseminado serão disciplinadas em regulamento que
deverá ser submetido à aprovação da Administração, que
defina processo de gestão estratégica das contratações
avaliará sua adequação em relação aos parâmetros definidos
desse tipo de solução.
no edital e conformidade com as normas técnicas, vedadas
Art. 44. Quando houver a possibilidade de compra ou de alterações que reduzam a qualidade ou a vida útil do
locação de bens, o estudo técnico preliminar deverá empreendimento e mantida a responsabilidade integral do
considerar os custos e os benefícios de cada opção, com contratado pelos riscos associados ao projeto básico.
indicação da alternativa mais vantajosa.
§ 4º Nos regimes de contratação integrada e semi-integrada,
SUBSEÇÃO II o edital e o contrato, sempre que for o caso, deverão prever
DAS OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA as providências necessárias para a efetivação de
desapropriação autorizada pelo poder público, bem como:
Art. 45. As licitações de obras e serviços de engenharia
devem respeitar, especialmente, as normas relativas a: I - o responsável por cada fase do procedimento
expropriatório;
I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos gerados pelas obras contratadas; II - a responsabilidade pelo pagamento das indenizações
devidas;
II - mitigação por condicionantes e compensação ambiental,
que serão definidas no procedimento de licenciamento III - a estimativa do valor a ser pago a título de indenização
ambiental; pelos bens expropriados, inclusive de custos correlatos;

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IV - a distribuição objetiva de riscos entre as partes, incluído tenha unidade de prestação de serviços em distância
o risco pela diferença entre o custo da desapropriação e a compatível com as necessidades da Administração.
estimativa de valor e pelos eventuais danos e prejuízos
Art. 48. Poderão ser objeto de execução por terceiros as
ocasionados por atraso na disponibilização dos bens
atividades materiais acessórias, instrumentais ou
expropriados;
complementares aos assuntos que constituam área de
V - em nome de quem deverá ser promovido o registro de competência legal do órgão ou da entidade, vedado à
imissão provisória na posse e o registro de propriedade dos Administração ou a seus agentes, na contratação do serviço
bens a serem desapropriados. terceirizado:
§ 5º Na contratação semi-integrada, mediante prévia I - indicar pessoas expressamente nominadas para executar
autorização da Administração, o projeto básico poderá ser direta ou indiretamente o objeto contratado;
alterado, desde que demonstrada a superioridade das
II - fixar salário inferior ao definido em lei ou em ato
inovações propostas pelo contratado em termos de redução
normativo a ser pago pelo contratado;
de custos, de aumento da qualidade, de redução do prazo de
execução ou de facilidade de manutenção ou operação, III - estabelecer vínculo de subordinação com funcionário de
assumindo o contratado a responsabilidade integral pelos empresa prestadora de serviço terceirizado;
riscos associados à alteração do projeto básico.
IV - definir forma de pagamento mediante exclusivo
§ 6º A execução de cada etapa será obrigatoriamente reembolso dos salários pagos;
precedida da conclusão e da aprovação, pela autoridade
V - demandar a funcionário de empresa prestadora de
competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores.
serviço terceirizado a execução de tarefas fora do escopo do
§ 7º (VETADO). objeto da contratação;
§ 8º (VETADO). VI - prever em edital exigências que constituam intervenção
indevida da Administração na gestão interna do contratado.
§ 9º Os regimes de execução a que se referem os incisos II,
III, IV, V e VI do caput deste artigo serão licitados por preço Parágrafo único. Durante a vigência do contrato, é vedado
global e adotarão sistemática de medição e pagamento ao contratado contratar cônjuge, companheiro ou parente
associada à execução de etapas do cronograma físico- em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,
financeiro vinculadas ao cumprimento de metas de de dirigente do órgão ou entidade contratante ou de agente
resultado, vedada a adoção de sistemática de remuneração público que desempenhe função na licitação ou atue na
orientada por preços unitários ou referenciada pela fiscalização ou na gestão do contrato, devendo essa
execução de quantidades de itens unitários. proibição constar expressamente do edital de licitação.
SUBSEÇÃO III Art. 49. A Administração poderá, mediante justificativa
DOS SERVIÇOS EM GERAL expressa, contratar mais de uma empresa ou instituição para
executar o mesmo serviço, desde que essa contratação não
Art. 47. As licitações de serviços atenderão aos princípios: implique perda de economia de escala, quando:
I - da padronização, considerada a compatibilidade de I - o objeto da contratação puder ser executado de forma
especificações estéticas, técnicas ou de desempenho; concorrente e simultânea por mais de um contratado; e
II - do parcelamento, quando for tecnicamente viável e II - a múltipla execução for conveniente para atender à
economicamente vantajoso. Administração.
§ 1º Na aplicação do princípio do parcelamento deverão ser Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo,
considerados: a Administração deverá manter o controle individualizado da
I - a responsabilidade técnica; execução do objeto contratual relativamente a cada um dos
contratados.
II - o custo para a Administração de vários contratos frente
às vantagens da redução de custos, com divisão do objeto Art. 50. Nas contratações de serviços com regime de
em itens; dedicação exclusiva de mão de obra, o contratado deverá
apresentar, quando solicitado pela Administração, sob pena
III - o dever de buscar a ampliação da competição e de evitar de multa, comprovação do cumprimento das obrigações
a concentração de mercado. trabalhistas e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
§ 2º Na licitação de serviços de manutenção e assistência (FGTS) em relação aos empregados diretamente envolvidos
técnica, o edital deverá definir o local de realização dos na execução do contrato, em especial quanto ao:
serviços, admitida a exigência de deslocamento de técnico I - registro de ponto;
ao local da repartição ou a exigência de que o contratado

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II - recibo de pagamento de salários, adicionais, horas extras, Administração, que realizará controle prévio de legalidade
repouso semanal remunerado e décimo terceiro salário; mediante análise jurídica da contratação.
III - comprovante de depósito do FGTS; § 1º Na elaboração do parecer jurídico, o órgão de
assessoramento jurídico da Administração deverá:
IV - recibo de concessão e pagamento de férias e do
respectivo adicional; I - apreciar o processo licitatório conforme critérios objetivos
prévios de atribuição de prioridade;
V - recibo de quitação de obrigações trabalhistas e
previdenciárias dos empregados dispensados até a data da II - redigir sua manifestação em linguagem simples e
extinção do contrato; compreensível e de forma clara e objetiva, com apreciação
de todos os elementos indispensáveis à contratação e com
VI - recibo de pagamento de vale-transporte e vale-
exposição dos pressupostos de fato e de direito levados em
alimentação, na forma prevista em norma coletiva.
consideração na análise jurídica;
SUBSEÇÃO IV
III - (VETADO).
DA LOCAÇÃO DE IMÓVEIS
§ 2º (VETADO).
Art. 51. Ressalvado o disposto no inciso V do caput do art. 74
desta Lei, a locação de imóveis deverá ser precedida de § 3º Encerrada a instrução do processo sob os aspectos
licitação e avaliação prévia do bem, do seu estado de técnico e jurídico, a autoridade determinará a divulgação do
conservação, dos custos de adaptações e do prazo de edital de licitação conforme disposto no art. 54.
amortização dos investimentos necessários. § 4º Na forma deste artigo, o órgão de assessoramento
SUBSEÇÃO V jurídico da Administração também realizará controle prévio
DAS LICITAÇÕES INTERNACIONAIS de legalidade de contratações diretas, acordos, termos de
cooperação, convênios, ajustes, adesões a atas de registro
Art. 52. Nas licitações de âmbito internacional, o edital de preços, outros instrumentos congêneres e de seus termos
deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do aditivos.
comércio exterior e atender às exigências dos órgãos
competentes. § 5º É dispensável a análise jurídica nas hipóteses
previamente definidas em ato da autoridade jurídica máxima
§ 1º Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar competente, que deverá considerar o baixo valor, a baixa
preço em moeda estrangeira, o licitante brasileiro complexidade da contratação, a entrega imediata do bem ou
igualmente poderá fazê-lo. a utilização de minutas de editais e instrumentos de
§ 2º O pagamento feito ao licitante brasileiro eventualmente contrato, convênio ou outros ajustes previamente
contratado em virtude de licitação nas condições de que padronizados pelo órgão de assessoramento jurídico.
trata o § 1º deste artigo será efetuado em moeda corrente § 6º (VETADO).
nacional.
Art. 54. A publicidade do edital de licitação será realizada
§ 3º As garantias de pagamento ao licitante brasileiro serão mediante divulgação e manutenção do inteiro teor do ato
equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro. convocatório e de seus anexos no Portal Nacional de
§ 4º Os gravames incidentes sobre os preços constarão do Contratações Públicas (PNCP).
edital e serão definidos a partir de estimativas ou médias dos § 1º (VETADO).
tributos.
§ 2º É facultada a divulgação adicional e a manutenção do
§ 5º As propostas de todos os licitantes estarão sujeitas às inteiro teor do edital e de seus anexos em sítio eletrônico
mesmas regras e condições, na forma estabelecida no edital. oficial do ente federativo do órgão ou entidade responsável
§ 6º Observados os termos desta Lei, o edital não poderá pela licitação ou, no caso de consórcio público, do ente de
prever condições de habilitação, classificação e julgamento maior nível entre eles, admitida, ainda, a divulgação direta a
que constituam barreiras de acesso ao licitante estrangeiro, interessados devidamente cadastrados para esse fim.
admitida a previsão de margem de preferência para bens § 3º Após a homologação do processo licitatório, serão
produzidos no País e serviços nacionais que atendam às disponibilizados no Portal Nacional de Contratações Públicas
normas técnicas brasileiras, na forma definida no art. 26 (PNCP) e, se o órgão ou entidade responsável pela licitação
desta Lei. entender cabível, também no sítio referido no § 2º deste
CAPÍTULO III artigo, os documentos elaborados na fase preparatória que
DA DIVULGAÇÃO DO EDITAL DE LICITAÇÃO porventura não tenham integrado o edital e seus anexos.

Art. 53. Ao final da fase preparatória, o processo licitatório


seguirá para o órgão de assessoramento jurídico da

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CAPÍTULO IV § 2º A utilização do modo de disputa aberto será vedada


DA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS E LANCES quando adotado o critério de julgamento de técnica e preço.

Art. 55. Os prazos mínimos para apresentação de propostas § 3º Serão considerados intermediários os lances:
e lances, contados a partir da data de divulgação do edital de I - iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado
licitação, são de: o critério de julgamento de maior lance;
I - para aquisição de bens: II - iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando
a) 8 (oito) dias úteis, quando adotados os critérios de adotados os demais critérios de julgamento.
julgamento de menor preço ou de maior desconto; § 4º Após a definição da melhor proposta, se a diferença em
b) 15 (quinze) dias úteis, nas hipóteses não abrangidas pela relação à proposta classificada em segundo lugar for de pelo
alínea “a” deste inciso; menos 5% (cinco por cento), a Administração poderá admitir
o reinício da disputa aberta, nos termos estabelecidos no
II - no caso de serviços e obras: instrumento convocatório, para a definição das demais
a) 10 (dez) dias úteis, quando adotados os critérios de colocações.
julgamento de menor preço ou de maior desconto, no caso § 5º Nas licitações de obras ou serviços de engenharia, após
de serviços comuns e de obras e serviços comuns de o julgamento, o licitante vencedor deverá reelaborar e
engenharia; apresentar à Administração, por meio eletrônico, as
b) 25 (vinte e cinco) dias úteis, quando adotados os critérios planilhas com indicação dos quantitativos e dos custos
de julgamento de menor preço ou de maior desconto, no unitários, bem como com detalhamento das Bonificações e
caso de serviços especiais e de obras e serviços especiais de Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais (ES), com os
engenharia; respectivos valores adequados ao valor final da proposta
vencedora, admitida a utilização dos preços unitários, no
c) 60 (sessenta) dias úteis, quando o regime de execução for caso de empreitada por preço global, empreitada integral,
de contratação integrada; contratação semi-integrada e contratação integrada,
d) 35 (trinta e cinco) dias úteis, quando o regime de execução exclusivamente para eventuais adequações indispensáveis
for o de contratação semi-integrada ou nas hipóteses não no cronograma físico-financeiro e para balizar excepcional
abrangidas pelas alíneas “a”, “b” e “c” deste inciso; aditamento posterior do contrato.
III - para licitação em que se adote o critério de julgamento Art. 57. O edital de licitação poderá estabelecer intervalo
de maior lance, 15 (quinze) dias úteis; mínimo de diferença de valores entre os lances, que incidirá
tanto em relação aos lances intermediários quanto em
IV - para licitação em que se adote o critério de julgamento relação à proposta que cobrir a melhor oferta.
de técnica e preço ou de melhor técnica ou conteúdo
artístico, 35 (trinta e cinco) dias úteis. Art. 58. Poderá ser exigida, no momento da apresentação da
proposta, a comprovação do recolhimento de quantia a
§ 1º Eventuais modificações no edital implicarão nova título de garantia de proposta, como requisito de pré-
divulgação na mesma forma de sua divulgação inicial, além habilitação.
do cumprimento dos mesmos prazos dos atos e
procedimentos originais, exceto quando a alteração não § 1º A garantia de proposta não poderá ser superior a 1%
comprometer a formulação das propostas. (um por cento) do valor estimado para a contratação.
§ 2º Os prazos previstos neste artigo poderão, mediante § 2º A garantia de proposta será devolvida aos licitantes no
decisão fundamentada, ser reduzidos até a metade nas prazo de 10 (dez) dias úteis, contado da assinatura do
licitações realizadas pelo Ministério da Saúde, no âmbito do contrato ou da data em que for declarada fracassada a
Sistema Único de Saúde (SUS). licitação.
Art. 56. O modo de disputa poderá ser, isolada ou § 3º Implicará execução do valor integral da garantia de
conjuntamente: proposta a recusa em assinar o contrato ou a não
apresentação dos documentos para a contratação.
I - aberto, hipótese em que os licitantes apresentarão suas
propostas por meio de lances públicos e sucessivos, § 4º A garantia de proposta poderá ser prestada nas
crescentes ou decrescentes; modalidades de que trata o § 1º do art. 96 desta Lei.
II - fechado, hipótese em que as propostas permanecerão em CAPÍTULO V
sigilo até a data e hora designadas para sua divulgação. DO JULGAMENTO
§ 1º A utilização isolada do modo de disputa fechado será Art. 59. Serão desclassificadas as propostas que:
vedada quando adotados os critérios de julgamento de
I - contiverem vícios insanáveis;
menor preço ou de maior desconto.

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II - não obedecerem às especificações técnicas I - empresas estabelecidas no território do Estado ou do


pormenorizadas no edital; Distrito Federal do órgão ou entidade da Administração
Pública estadual ou distrital licitante ou, no caso de licitação
III - apresentarem preços inexequíveis ou permanecerem
realizada por órgão ou entidade de Município, no território
acima do orçamento estimado para a contratação;
do Estado em que este se localize;
IV - não tiverem sua exequibilidade demonstrada, quando
II - empresas brasileiras;
exigido pela Administração;
III - empresas que invistam em pesquisa e no
V - apresentarem desconformidade com quaisquer outras
desenvolvimento de tecnologia no País;
exigências do edital, desde que insanável.
IV - empresas que comprovem a prática de mitigação, nos
§ 1º A verificação da conformidade das propostas poderá ser
termos da Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009.
feita exclusivamente em relação à proposta mais bem
classificada. § 2º As regras previstas no caput deste artigo não
prejudicarão a aplicação do disposto no art. 44 da Lei
§ 2º A Administração poderá realizar diligências para aferir a
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
exequibilidade das propostas ou exigir dos licitantes que ela
seja demonstrada, conforme disposto no inciso IV Art. 61. Definido o resultado do julgamento, a Administração
do caput deste artigo. poderá negociar condições mais vantajosas com o primeiro
colocado.
§ 3º No caso de obras e serviços de engenharia e arquitetura,
para efeito de avaliação da exequibilidade e de sobrepreço, § 1º A negociação poderá ser feita com os demais licitantes,
serão considerados o preço global, os quantitativos e os segundo a ordem de classificação inicialmente estabelecida,
preços unitários tidos como relevantes, observado o critério quando o primeiro colocado, mesmo após a negociação, for
de aceitabilidade de preços unitário e global a ser fixado no desclassificado em razão de sua proposta permanecer acima
edital, conforme as especificidades do mercado do preço máximo definido pela Administração.
correspondente.
§ 2º A negociação será conduzida por agente de contratação
§ 4º No caso de obras e serviços de engenharia, serão ou comissão de contratação, na forma de regulamento, e,
consideradas inexequíveis as propostas cujos valores forem depois de concluída, terá seu resultado divulgado a todos os
inferiores a 75% (setenta e cinco por cento) do valor orçado licitantes e anexado aos autos do processo licitatório.
pela Administração.
CAPÍTULO VI
§ 5º Nas contratações de obras e serviços de engenharia, DA HABILITAÇÃO
será exigida garantia adicional do licitante vencedor cuja
proposta for inferior a 85% (oitenta e cinco por cento) do Art. 62. A habilitação é a fase da licitação em que se verifica
valor orçado pela Administração, equivalente à diferença o conjunto de informações e documentos necessários e
entre este último e o valor da proposta, sem prejuízo das suficientes para demonstrar a capacidade do licitante de
demais garantias exigíveis de acordo com esta Lei. realizar o objeto da licitação, dividindo-se em:

Art. 60. Em caso de empate entre duas ou mais propostas, I - jurídica;


serão utilizados os seguintes critérios de desempate, nesta II - técnica;
ordem:
III - fiscal, social e trabalhista;
I - disputa final, hipótese em que os licitantes empatados
poderão apresentar nova proposta em ato contínuo à IV - econômico-financeira.
classificação; Art. 63. Na fase de habilitação das licitações serão
II - avaliação do desempenho contratual prévio dos observadas as seguintes disposições:
licitantes, para a qual deverão preferencialmente ser I - poderá ser exigida dos licitantes a declaração de que
utilizados registros cadastrais para efeito de atesto de atendem aos requisitos de habilitação, e o declarante
cumprimento de obrigações previstos nesta Lei; responderá pela veracidade das informações prestadas, na
III - desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade forma da lei;
entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, II - será exigida a apresentação dos documentos de
conforme regulamento; habilitação apenas pelo licitante vencedor, exceto quando a
IV - desenvolvimento pelo licitante de programa de fase de habilitação anteceder a de julgamento;
integridade, conforme orientações dos órgãos de controle. III - serão exigidos os documentos relativos à regularidade
§ 1º Em igualdade de condições, se não houver desempate, fiscal, em qualquer caso, somente em momento posterior ao
será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e julgamento das propostas, e apenas do licitante mais bem
serviços produzidos ou prestados por: classificado;

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IV - será exigida do licitante declaração de que cumpre as § 2º A habilitação poderá ser realizada por processo
exigências de reserva de cargos para pessoa com deficiência eletrônico de comunicação a distância, nos termos dispostos
e para reabilitado da Previdência Social, previstas em lei e em regulamento.
em outras normas específicas.
Art. 66. A habilitação jurídica visa a demonstrar a capacidade
§ 1º Constará do edital de licitação cláusula que exija dos de o licitante exercer direitos e assumir obrigações, e a
licitantes, sob pena de desclassificação, declaração de que documentação a ser apresentada por ele limita-se à
suas propostas econômicas compreendem a integralidade comprovação de existência jurídica da pessoa e, quando
dos custos para atendimento dos direitos trabalhistas cabível, de autorização para o exercício da atividade a ser
assegurados na Constituição Federal, nas leis trabalhistas, contratada.
nas normas infralegais, nas convenções coletivas de trabalho
Art. 67. A documentação relativa à qualificação técnico-
e nos termos de ajustamento de conduta vigentes na data de
profissional e técnico-operacional será restrita a:
entrega das propostas.
I - apresentação de profissional, devidamente registrado no
§ 2º Quando a avaliação prévia do local de execução for
conselho profissional competente, quando for o caso,
imprescindível para o conhecimento pleno das condições e
detentor de atestado de responsabilidade técnica por
peculiaridades do objeto a ser contratado, o edital de
execução de obra ou serviço de características semelhantes,
licitação poderá prever, sob pena de inabilitação, a
para fins de contratação;
necessidade de o licitante atestar que conhece o local e as
condições de realização da obra ou serviço, assegurado a ele II - certidões ou atestados, regularmente emitidos pelo
o direito de realização de vistoria prévia. conselho profissional competente, quando for o caso, que
demonstrem capacidade operacional na execução de
§ 3º Para os fins previstos no § 2º deste artigo, o edital de
serviços similares de complexidade tecnológica e
licitação sempre deverá prever a possibilidade de
operacional equivalente ou superior, bem como
substituição da vistoria por declaração formal assinada pelo
documentos comprobatórios emitidos na forma do § 3º do
responsável técnico do licitante acerca do conhecimento
art. 88 desta Lei;
pleno das condições e peculiaridades da contratação.
III - indicação do pessoal técnico, das instalações e do
§ 4º Para os fins previstos no § 2º deste artigo, se os licitantes
aparelhamento adequados e disponíveis para a realização do
optarem por realizar vistoria prévia, a Administração deverá
objeto da licitação, bem como da qualificação de cada
disponibilizar data e horário diferentes para os eventuais
membro da equipe técnica que se responsabilizará pelos
interessados.
trabalhos;
Art. 64. Após a entrega dos documentos para habilitação,
IV - prova do atendimento de requisitos previstos em lei
não será permitida a substituição ou a apresentação de
especial, quando for o caso;
novos documentos, salvo em sede de diligência, para:
V - registro ou inscrição na entidade profissional
I - complementação de informações acerca dos documentos
competente, quando for o caso;
já apresentados pelos licitantes e desde que necessária para
apurar fatos existentes à época da abertura do certame; VI - declaração de que o licitante tomou conhecimento de
todas as informações e das condições locais para o
II - atualização de documentos cuja validade tenha expirado
cumprimento das obrigações objeto da licitação.
após a data de recebimento das propostas.
§ 1º A exigência de atestados será restrita às parcelas de
§ 1º Na análise dos documentos de habilitação, a comissão
maior relevância ou valor significativo do objeto da licitação,
de licitação poderá sanar erros ou falhas que não alterem a
assim consideradas as que tenham valor individual igual ou
substância dos documentos e sua validade jurídica,
superior a 4% (quatro por cento) do valor total estimado da
mediante despacho fundamentado registrado e acessível a
contratação.
todos, atribuindo-lhes eficácia para fins de habilitação e
classificação. § 2º Observado o disposto no caput e no § 1º deste artigo,
será admitida a exigência de atestados com quantidades
§ 2º Quando a fase de habilitação anteceder a de julgamento
mínimas de até 50% (cinquenta por cento) das parcelas de
e já tiver sido encerrada, não caberá exclusão de licitante por
que trata o referido parágrafo, vedadas limitações de tempo
motivo relacionado à habilitação, salvo em razão de fatos
e de locais específicos relativas aos atestados.
supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.
§ 3º Salvo na contratação de obras e serviços de engenharia,
Art. 65. As condições de habilitação serão definidas no edital.
as exigências a que se referem os incisos I e II do caput deste
§ 1º As empresas criadas no exercício financeiro da licitação artigo, a critério da Administração, poderão ser substituídas
deverão atender a todas as exigências da habilitação e por outra prova de que o profissional ou a empresa possui
ficarão autorizadas a substituir os demonstrativos contábeis conhecimento técnico e experiência prática na execução de
pelo balanço de abertura. serviço de características semelhantes, hipótese em que as

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provas alternativas aceitáveis deverão ser previstas em § 11. Na hipótese do § 10 deste artigo, para fins de
regulamento. comprovação do percentual de participação do consorciado,
caso este não conste expressamente do atestado ou da
§ 4º Serão aceitos atestados ou outros documentos hábeis
certidão, deverá ser juntada ao atestado ou à certidão cópia
emitidos por entidades estrangeiras quando acompanhados
do instrumento de constituição do consórcio.
de tradução para o português, salvo se comprovada a
inidoneidade da entidade emissora. § 12. Na documentação de que trata o inciso I do caput deste
artigo, não serão admitidos atestados de responsabilidade
§ 5º Em se tratando de serviços contínuos, o edital poderá
técnica de profissionais que, na forma de regulamento,
exigir certidão ou atestado que demonstre que o licitante
tenham dado causa à aplicação das sanções previstas
tenha executado serviços similares ao objeto da licitação, em
nos incisos III e IV do caput do art. 156 desta Lei em
períodos sucessivos ou não, por um prazo mínimo, que não
decorrência de orientação proposta, de prescrição técnica
poderá ser superior a 3 (três) anos.
ou de qualquer ato profissional de sua responsabilidade.
§ 6º Os profissionais indicados pelo licitante na forma dos
Art. 68. As habilitações fiscal, social e trabalhista serão
incisos I e III do caput deste artigo deverão participar da obra
aferidas mediante a verificação dos seguintes requisitos:
ou serviço objeto da licitação, e será admitida a sua
substituição por profissionais de experiência equivalente ou I - a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no
superior, desde que aprovada pela Administração. Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
§ 7º Sociedades empresárias estrangeiras atenderão à II - a inscrição no cadastro de contribuintes estadual e/ou
exigência prevista no inciso V do caput deste artigo por meio municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do
da apresentação, no momento da assinatura do contrato, da licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível
solicitação de registro perante a entidade profissional com o objeto contratual;
competente no Brasil.
III - a regularidade perante a Fazenda federal, estadual e/ou
§ 8º Será admitida a exigência da relação dos compromissos municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra
assumidos pelo licitante que importem em diminuição da equivalente, na forma da lei;
disponibilidade do pessoal técnico referido nos incisos I e III
IV - a regularidade relativa à Seguridade Social e ao FGTS, que
do caput deste artigo.
demonstre cumprimento dos encargos sociais instituídos por
§ 9º O edital poderá prever, para aspectos técnicos lei;
específicos, que a qualificação técnica seja demonstrada por
V - a regularidade perante a Justiça do Trabalho;
meio de atestados relativos a potencial subcontratado,
limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do objeto a ser VI - o cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da
licitado, hipótese em que mais de um licitante poderá Constituição Federal.
apresentar atestado relativo ao mesmo potencial
§ 1º Os documentos referidos nos incisos do caput deste
subcontratado.
artigo poderão ser substituídos ou supridos, no todo ou em
§ 10. Em caso de apresentação por licitante de atestado de parte, por outros meios hábeis a comprovar a regularidade
desempenho anterior emitido em favor de consórcio do qual do licitante, inclusive por meio eletrônico.
tenha feito parte, se o atestado ou o contrato de constituição
§ 2º A comprovação de atendimento do disposto nos incisos
do consórcio não identificar a atividade desempenhada por
III, IV e V do caput deste artigo deverá ser feita na forma da
cada consorciado individualmente, serão adotados os
legislação específica.
seguintes critérios na avaliação de sua qualificação técnica:
Art. 69. A habilitação econômico-financeira visa a
I - caso o atestado tenha sido emitido em favor de consórcio
demonstrar a aptidão econômica do licitante para cumprir as
homogêneo, as experiências atestadas deverão ser
obrigações decorrentes do futuro contrato, devendo ser
reconhecidas para cada empresa consorciada na proporção
comprovada de forma objetiva, por coeficientes e índices
quantitativa de sua participação no consórcio, salvo nas
econômicos previstos no edital, devidamente justificados no
licitações para contratação de serviços técnicos
processo licitatório, e será restrita à apresentação da
especializados de natureza predominantemente intelectual,
seguinte documentação:
em que todas as experiências atestadas deverão ser
reconhecidas para cada uma das empresas consorciadas; I - balanço patrimonial, demonstração de resultado de
exercício e demais demonstrações contábeis dos 2 (dois)
II - caso o atestado tenha sido emitido em favor de consórcio
últimos exercícios sociais;
heterogêneo, as experiências atestadas deverão ser
reconhecidas para cada consorciado de acordo com os II - certidão negativa de feitos sobre falência expedida pelo
respectivos campos de atuação, inclusive nas licitações para distribuidor da sede do licitante.
contratação de serviços técnicos especializados de natureza
§ 1º A critério da Administração, poderá ser exigida
predominantemente intelectual.
declaração, assinada por profissional habilitado da área
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contábil, que ateste o atendimento pelo licitante dos índices III - proceder à anulação da licitação, de ofício ou mediante
econômicos previstos no edital. provocação de terceiros, sempre que presente ilegalidade
insanável;
§ 2º Para o atendimento do disposto no caput deste artigo,
é vedada a exigência de valores mínimos de faturamento IV - adjudicar o objeto e homologar a licitação.
anterior e de índices de rentabilidade ou lucratividade.
§ 1º Ao pronunciar a nulidade, a autoridade indicará
§ 3º É admitida a exigência da relação dos compromissos expressamente os atos com vícios insanáveis, tornando sem
assumidos pelo licitante que importem em diminuição de efeito todos os subsequentes que deles dependam, e dará
sua capacidade econômico-financeira, excluídas parcelas já ensejo à apuração de responsabilidade de quem lhes tenha
executadas de contratos firmados. dado causa.
§ 4º A Administração, nas compras para entrega futura e na § 2º O motivo determinante para a revogação do processo
execução de obras e serviços, poderá estabelecer no edital a licitatório deverá ser resultante de fato superveniente
exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido devidamente comprovado.
mínimo equivalente a até 10% (dez por cento) do valor
§ 3º Nos casos de anulação e revogação, deverá ser
estimado da contratação.
assegurada a prévia manifestação dos interessados.
§ 5º É vedada a exigência de índices e valores não
§ 4º O disposto neste artigo será aplicado, no que couber, à
usualmente adotados para a avaliação de situação
contratação direta e aos procedimentos auxiliares da
econômico-financeira suficiente para o cumprimento das
licitação.
obrigações decorrentes da licitação.
CAPÍTULO VIII
§ 6º Os documentos referidos no inciso I do caput deste
DA CONTRATAÇÃO DIRETA
artigo limitar-se-ão ao último exercício no caso de a pessoa
jurídica ter sido constituída há menos de 2 (dois) anos. SEÇÃO I
DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO DIRETA
Art. 70. A documentação referida neste Capítulo poderá ser:
Art. 72. O processo de contratação direta, que compreende
I - apresentada em original, por cópia ou por qualquer outro os casos de inexigibilidade e de dispensa de licitação, deverá
meio expressamente admitido pela Administração; ser instruído com os seguintes documentos:
II - substituída por registro cadastral emitido por órgão ou I - documento de formalização de demanda e, se for o caso,
entidade pública, desde que previsto no edital e que o estudo técnico preliminar, análise de riscos, termo de
registro tenha sido feito em obediência ao disposto nesta referência, projeto básico ou projeto executivo;
Lei;
II - estimativa de despesa, que deverá ser calculada na forma
III - dispensada, total ou parcialmente, nas contratações para estabelecida no art. 23 desta Lei;
entrega imediata, nas contratações em valores inferiores a
1/4 (um quarto) do limite para dispensa de licitação para III - parecer jurídico e pareceres técnicos, se for o caso, que
compras em geral e nas contratações de produto para demonstrem o atendimento dos requisitos exigidos;
pesquisa e desenvolvimento até o valor de R$ 300.000,00 IV - demonstração da compatibilidade da previsão de
(trezentos mil reais). recursos orçamentários com o compromisso a ser assumido;
Parágrafo único. As empresas estrangeiras que não V - comprovação de que o contratado preenche os requisitos
funcionem no País deverão apresentar documentos de habilitação e qualificação mínima necessária;
equivalentes, na forma de regulamento emitido pelo Poder
Executivo federal. VI - razão da escolha do contratado;

CAPÍTULO VII VII - justificativa de preço;


DO ENCERRAMENTO DA LICITAÇÃO VIII - autorização da autoridade competente.
Art. 71. Encerradas as fases de julgamento e habilitação, e Parágrafo único. O ato que autoriza a contratação direta ou
exauridos os recursos administrativos, o processo licitatório o extrato decorrente do contrato deverá ser divulgado e
será encaminhado à autoridade superior, que poderá: mantido à disposição do público em sítio eletrônico oficial.
I - determinar o retorno dos autos para saneamento de Art. 73. Na hipótese de contratação direta indevida ocorrida
irregularidades; com dolo, fraude ou erro grosseiro, o contratado e o agente
II - revogar a licitação por motivo de conveniência e público responsável responderão solidariamente pelo dano
oportunidade; causado ao erário, sem prejuízo de outras sanções legais
cabíveis.

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SEÇÃO II profissional do setor artístico, afastada a possibilidade de


DA INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO contratação direta por inexigibilidade por meio de
empresário com representação restrita a evento ou local
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, específico.
em especial nos casos de:
§ 3º Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo,
I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros considera-se de notória especialização o profissional ou a
ou contratação de serviços que só possam ser fornecidos por empresa cujo conceito no campo de sua especialidade,
produtor, empresa ou representante comercial exclusivos; decorrente de desempenho anterior, estudos, experiência,
II - contratação de profissional do setor artístico, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou
diretamente ou por meio de empresário exclusivo, desde outros requisitos relacionados com suas atividades, permita
que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião inferir que o seu trabalho é essencial e reconhecidamente
pública; adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
III - contratação dos seguintes serviços técnicos § 4º Nas contratações com fundamento no inciso III
especializados de natureza predominantemente intelectual do caput deste artigo, é vedada a subcontratação de
com profissionais ou empresas de notória especialização, empresas ou a atuação de profissionais distintos daqueles
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e que tenham justificado a inexigibilidade.
divulgação: § 5º Nas contratações com fundamento no inciso V
a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou do caput deste artigo, devem ser observados os seguintes
projetos executivos; requisitos:

b) pareceres, perícias e avaliações em geral; I - avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação,
dos custos de adaptações, quando imprescindíveis às
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias necessidades de utilização, e do prazo de amortização dos
financeiras ou tributárias; investimentos;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou II - certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e
serviços; disponíveis que atendam ao objeto;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou III - justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel
administrativas; a ser comprado ou locado pela Administração e que
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; evidenciem vantagem para ela.
g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico; SEÇÃO III
DA DISPENSA DE LICITAÇÃO
h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e
ensaios de campo e laboratoriais, instrumentação e Art. 75. É dispensável a licitação:
monitoramento de parâmetros específicos de obras e do
I - para contratação que envolva valores inferiores a R$
meio ambiente e demais serviços de engenharia que se
100.000,00 (cem mil reais), no caso de obras e serviços de
enquadrem no disposto neste inciso;
engenharia ou de serviços de manutenção de veículos
IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio automotores;
de credenciamento;
II - para contratação que envolva valores inferiores a R$
V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de 50.000,00 (cinquenta mil reais), no caso de outros serviços e
instalações e de localização tornem necessária sua escolha. compras;
§ 1º Para fins do disposto no inciso I do caput deste artigo, a III - para contratação que mantenha todas as condições
Administração deverá demonstrar a inviabilidade de definidas em edital de licitação realizada há menos de 1 (um)
competição mediante atestado de exclusividade, contrato ano, quando se verificar que naquela licitação:
de exclusividade, declaração do fabricante ou outro
a) não surgiram licitantes interessados ou não foram
documento idôneo capaz de comprovar que o objeto é
apresentadas propostas válidas;
fornecido ou prestado por produtor, empresa ou
representante comercial exclusivos, vedada a preferência b) as propostas apresentadas consignaram preços
por marca específica. manifestamente superiores aos praticados no mercado ou
incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
§ 2º Para fins do disposto no inciso II do caput deste artigo,
competentes;
considera-se empresário exclusivo a pessoa física ou jurídica
que possua contrato, declaração, carta ou outro documento IV - para contratação que tenha por objeto:
que ateste a exclusividade permanente e contínua de
representação, no País ou em Estado específico, do
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a) bens, componentes ou peças de origem nacional ou l) serviços especializados ou aquisição ou locação de


estrangeira necessários à manutenção de equipamentos, a equipamentos destinados ao rastreamento e à obtenção de
serem adquiridos do fornecedor original desses provas previstas nos incisos II e V do caput do art. 3º da Lei
equipamentos durante o período de garantia técnica, nº 12.850, de 2 de agosto de 2013, quando houver
quando essa condição de exclusividade for indispensável necessidade justificada de manutenção de sigilo sobre a
para a vigência da garantia; investigação;
b) bens, serviços, alienações ou obras, nos termos de acordo m) aquisição de medicamentos destinados exclusivamente
internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, ao tratamento de doenças raras definidas pelo Ministério da
quando as condições ofertadas forem manifestamente Saúde;
vantajosas para a Administração;
V - para contratação com vistas ao cumprimento do disposto
c) produtos para pesquisa e desenvolvimento, limitada a nos arts. 3º, 3º-A, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de
contratação, no caso de obras e serviços de engenharia, ao dezembro de 2004, observados os princípios gerais de
valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); contratação constantes da referida Lei;
d) transferência de tecnologia ou licenciamento de direito de VI - para contratação que possa acarretar comprometimento
uso ou de exploração de criação protegida, nas contratações da segurança nacional, nos casos estabelecidos pelo Ministro
realizadas por instituição científica, tecnológica e de de Estado da Defesa, mediante demanda dos comandos das
inovação (ICT) pública ou por agência de fomento, desde que Forças Armadas ou dos demais ministérios;
demonstrada vantagem para a Administração;
VII - nos casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio,
e) hortifrutigranjeiros, pães e outros gêneros perecíveis, no intervenção federal ou de grave perturbação da ordem;
período necessário para a realização dos processos
VIII - nos casos de emergência ou de calamidade pública,
licitatórios correspondentes, hipótese em que a contratação
quando caracterizada urgência de atendimento de situação
será realizada diretamente com base no preço do dia;
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a
f) bens ou serviços produzidos ou prestados no País que continuidade dos serviços públicos ou a segurança de
envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
e defesa nacional; públicos ou particulares, e somente para aquisição dos bens
necessários ao atendimento da situação emergencial ou
g) materiais de uso das Forças Armadas, com exceção de
calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam
materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver
ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da
necessidade de manter a padronização requerida pela
data de ocorrência da emergência ou da calamidade,
estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e
vedadas a prorrogação dos respectivos contratos e a
terrestres, mediante autorização por ato do comandante da
recontratação de empresa já contratada com base no
força militar;
disposto neste inciso;
h) bens e serviços para atendimento dos contingentes
IX - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público
militares das forças singulares brasileiras empregadas em
interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão
operações de paz no exterior, hipótese em que a contratação
ou entidade que integrem a Administração Pública e que
deverá ser justificada quanto ao preço e à escolha do
tenham sido criados para esse fim específico, desde que o
fornecedor ou executante e ratificada pelo comandante da
preço contratado seja compatível com o praticado no
força militar;
mercado;
i) abastecimento ou suprimento de efetivos militares em
X - quando a União tiver que intervir no domínio econômico
estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou
para regular preços ou normalizar o abastecimento;
localidades diferentes de suas sedes, por motivo de
movimentação operacional ou de adestramento; XI - para celebração de contrato de programa com ente
federativo ou com entidade de sua Administração Pública
j) coleta, processamento e comercialização de resíduos
indireta que envolva prestação de serviços públicos de forma
sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com
associada nos termos autorizados em contrato de consórcio
sistema de coleta seletiva de lixo, realizados por associações
público ou em convênio de cooperação;
ou cooperativas formadas exclusivamente de pessoas físicas
de baixa renda reconhecidas pelo poder público como XII - para contratação em que houver transferência de
catadores de materiais recicláveis, com o uso de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de
equipamentos compatíveis com as normas técnicas, Saúde (SUS), conforme elencados em ato da direção nacional
ambientais e de saúde pública; do SUS, inclusive por ocasião da aquisição desses produtos
durante as etapas de absorção tecnológica, e em valores
k) aquisição ou restauração de obras de arte e objetos
compatíveis com aqueles definidos no instrumento firmado
históricos, de autenticidade certificada, desde que inerente
para a transferência de tecnologia;
às finalidades do órgão ou com elas compatível;
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XIII - para contratação de profissionais para compor a interessados, devendo ser selecionada a proposta mais
comissão de avaliação de critérios de técnica, quando se vantajosa.
tratar de profissional técnico de notória especialização;
§ 4º As contratações de que tratam os incisos I e II
XIV - para contratação de associação de pessoas com do caput deste artigo serão preferencialmente pagas por
deficiência, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, meio de cartão de pagamento, cujo extrato deverá ser
por órgão ou entidade da Administração Pública, para a divulgado e mantido à disposição do público no Portal
prestação de serviços, desde que o preço contratado seja Nacional de Contratações Públicas (PNCP).
compatível com o praticado no mercado e os serviços
§ 5º A dispensa prevista na alínea “c” do inciso IV
contratados sejam prestados exclusivamente por pessoas
do caput deste artigo, quando aplicada a obras e serviços de
com deficiência;
engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em
XV - para contratação de instituição brasileira que tenha por regulamentação específica.
finalidade estatutária apoiar, captar e executar atividades de
§ 6º Para os fins do inciso VIII do caput deste artigo,
ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional,
considera-se emergencial a contratação por dispensa com
científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive para
objetivo de manter a continuidade do serviço público, e
gerir administrativa e financeiramente essas atividades, ou
deverão ser observados os valores praticados pelo mercado
para contratação de instituição dedicada à recuperação
na forma do art. 23 desta Lei e adotadas as providências
social da pessoa presa, desde que o contratado tenha
necessárias para a conclusão do processo licitatório, sem
inquestionável reputação ética e profissional e não tenha
prejuízo de apuração de responsabilidade dos agentes
fins lucrativos;
públicos que deram causa à situação emergencial.
XVI - para aquisição, por pessoa jurídica de direito público
§ 7º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo às
interno, de insumos estratégicos para a saúde produzidos
contratações de até R$ 8.000,00 (oito mil reais) de serviços
por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha
de manutenção de veículos automotores de propriedade do
por finalidade apoiar órgão da Administração Pública direta,
órgão ou entidade contratante, incluído o fornecimento de
sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa,
peças.
extensão, desenvolvimento institucional, científico e
tecnológico e de estímulo à inovação, inclusive na gestão CAPÍTULO IX
administrativa e financeira necessária à execução desses DAS ALIENAÇÕES
projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de
tecnologia de produtos estratégicos para o SUS, nos termos Art. 76. A alienação de bens da Administração Pública,
do inciso XII do caput deste artigo, e que tenha sido criada subordinada à existência de interesse público devidamente
para esse fim específico em data anterior à entrada em vigor justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às
desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com seguintes normas:
o praticado no mercado. I - tratando-se de bens imóveis, inclusive os pertencentes às
§ 1º Para fins de aferição dos valores que atendam aos autarquias e às fundações, exigirá autorização legislativa e
limites referidos nos incisos I e II do caput deste artigo, dependerá de licitação na modalidade leilão, dispensada a
deverão ser observados: realização de licitação nos casos de:

I - o somatório do que for despendido no exercício financeiro a) dação em pagamento;


pela respectiva unidade gestora; b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou
II - o somatório da despesa realizada com objetos de mesma entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de
natureza, entendidos como tais aqueles relativos a governo, ressalvado o disposto nas alíneas “f”, “g” e “h”
contratações no mesmo ramo de atividade. deste inciso;

§ 2º Os valores referidos nos incisos I e II do caput deste c) permuta por outros imóveis que atendam aos requisitos
artigo serão duplicados para compras, obras e serviços relacionados às finalidades precípuas da Administração,
contratados por consórcio público ou por autarquia ou desde que a diferença apurada não ultrapasse a metade do
fundação qualificadas como agências executivas na forma da valor do imóvel que será ofertado pela União, segundo
lei. avaliação prévia, e ocorra a torna de valores, sempre que for
o caso;
§ 3º As contratações de que tratam os incisos I e II
do caput deste artigo serão preferencialmente precedidas d) investidura;
de divulgação de aviso em sítio eletrônico oficial, pelo prazo e) venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública
mínimo de 3 (três) dias úteis, com a especificação do objeto de qualquer esfera de governo;
pretendido e com a manifestação de interesse da
Administração em obter propostas adicionais de eventuais f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de
direito real de uso, locação e permissão de uso de bens

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imóveis residenciais construídos, destinados ou § 3º A Administração poderá conceder título de propriedade


efetivamente usados em programas de habitação ou de ou de direito real de uso de imóvel, admitida a dispensa de
regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por licitação, quando o uso destinar-se a:
órgão ou entidade da Administração Pública;
I - outro órgão ou entidade da Administração Pública,
g) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de qualquer que seja a localização do imóvel;
direito real de uso, locação e permissão de uso de bens
II - pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento ou
imóveis comerciais de âmbito local, com área de até 250 m²
ato normativo do órgão competente, haja implementado os
(duzentos e cinquenta metros quadrados) e destinados a
requisitos mínimos de cultura, de ocupação mansa e pacífica
programas de regularização fundiária de interesse social
e de exploração direta sobre área rural, observado o limite
desenvolvidos por órgão ou entidade da Administração
de que trata o § 1º do art. 6º da Lei nº 11.952, de 25 de junho
Pública;
de 2009.
h) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou
§ 4º A aplicação do disposto no inciso II do § 3º deste artigo
onerosa, de terras públicas rurais da União e do Instituto
será dispensada de autorização legislativa e submeter-se-á
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) onde
aos seguintes condicionamentos:
incidam ocupações até o limite de que trata o § 1º do art. 6º
da Lei nº 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de I - aplicação exclusiva às áreas em que a detenção por
regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; particular seja comprovadamente anterior a 1º de dezembro
de 2004;
i) legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei nº 6.383,
de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do
dos órgãos da Administração Pública competentes; regime legal e administrativo de destinação e de
regularização fundiária de terras públicas;
j) legitimação fundiária e legitimação de posse de que trata
a Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017; III - vedação de concessão para exploração não contemplada
na lei agrária, nas leis de destinação de terras públicas ou nas
II - tratando-se de bens móveis, dependerá de licitação na
normas legais ou administrativas de zoneamento ecológico-
modalidade leilão, dispensada a realização de licitação nos
econômico;
casos de:
IV - previsão de extinção automática da concessão,
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de
dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade
interesse social, após avaliação de oportunidade e
pública, de necessidade pública ou de interesse social;
conveniência socioeconômica em relação à escolha de outra
forma de alienação; V - aplicação exclusiva a imóvel situado em zona rural e não
sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente à
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou
exploração mediante atividade agropecuária;
entidades da Administração Pública;
VI - limitação a áreas de que trata o § 1º do art. 6º da Lei nº
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa,
11.952, de 25 de junho de 2009, vedada a dispensa de
observada a legislação específica;
licitação para áreas superiores;
d) venda de títulos, observada a legislação pertinente;
VII - acúmulo com o quantitativo de área decorrente do caso
e) venda de bens produzidos ou comercializados por previsto na alínea “i” do inciso I do caput deste artigo até o
entidades da Administração Pública, em virtude de suas limite previsto no inciso VI deste parágrafo.
finalidades;
§ 5º Entende-se por investidura, para os fins desta Lei, a:
f) venda de materiais e equipamentos sem utilização
I - alienação, ao proprietário de imóvel lindeiro, de área
previsível por quem deles dispõe para outros órgãos ou
remanescente ou resultante de obra pública que se tornar
entidades da Administração Pública.
inaproveitável isoladamente, por preço que não seja inferior
§ 1º A alienação de bens imóveis da Administração Pública ao da avaliação nem superior a 50% (cinquenta por cento) do
cuja aquisição tenha sido derivada de procedimentos valor máximo permitido para dispensa de licitação de bens e
judiciais ou de dação em pagamento dispensará autorização serviços previsto nesta Lei;
legislativa e exigirá apenas avaliação prévia e licitação na
II - alienação, ao legítimo possuidor direto ou, na falta dele,
modalidade leilão.
ao poder público, de imóvel para fins residenciais construído
§ 2º Os imóveis doados com base na alínea “b” do inciso I em núcleo urbano anexo a usina hidrelétrica, desde que
do caput deste artigo, cessadas as razões que justificaram considerado dispensável na fase de operação da usina e que
sua doação, serão revertidos ao patrimônio da pessoa não integre a categoria de bens reversíveis ao final da
jurídica doadora, vedada sua alienação pelo beneficiário. concessão.

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§ 6º A doação com encargo será licitada e de seu I - a Administração deverá divulgar e manter à disposição do
instrumento constarão, obrigatoriamente, os encargos, o público, em sítio eletrônico oficial, edital de chamamento de
prazo de seu cumprimento e a cláusula de reversão, sob interessados, de modo a permitir o cadastramento
pena de nulidade do ato, dispensada a licitação em caso de permanente de novos interessados;
interesse público devidamente justificado.
II - na hipótese do inciso I do caput deste artigo, quando o
§ 7º Na hipótese do § 6º deste artigo, caso o donatário objeto não permitir a contratação imediata e simultânea de
necessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a todos os credenciados, deverão ser adotados critérios
cláusula de reversão e as demais obrigações serão garantidas objetivos de distribuição da demanda;
por hipoteca em segundo grau em favor do doador.
III - o edital de chamamento de interessados deverá prever
Art. 77. Para a venda de bens imóveis, será concedido direito as condições padronizadas de contratação e, nas hipóteses
de preferência ao licitante que, submetendo-se a todas as dos incisos I e II do caput deste artigo, deverá definir o valor
regras do edital, comprove a ocupação do imóvel objeto da da contratação;
licitação.
IV - na hipótese do inciso III do caput deste artigo, a
CAPÍTULO X Administração deverá registrar as cotações de mercado
DOS INSTRUMENTOS AUXILIARES vigentes no momento da contratação;
SEÇÃO I V - não será permitido o cometimento a terceiros do objeto
DOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES contratado sem autorização expressa da Administração;
Art. 78. São procedimentos auxiliares das licitações e das VI - será admitida a denúncia por qualquer das partes nos
contratações regidas por esta Lei: prazos fixados no edital.
I - credenciamento; SEÇÃO III
II - pré-qualificação; DA PRÉ-QUALIFICAÇÃO

III - procedimento de manifestação de interesse; Art. 80. A pré-qualificação é o procedimento técnico-


administrativo para selecionar previamente:
IV - sistema de registro de preços;
I - licitantes que reúnam condições de habilitação para
V - registro cadastral. participar de futura licitação ou de licitação vinculada a
§ 1º Os procedimentos auxiliares de que trata o caput deste programas de obras ou de serviços objetivamente definidos;
artigo obedecerão a critérios claros e objetivos definidos em II - bens que atendam às exigências técnicas ou de qualidade
regulamento. estabelecidas pela Administração.
§ 2º O julgamento que decorrer dos procedimentos § 1º Na pré-qualificação observar-se-á o seguinte:
auxiliares das licitações previstos nos incisos II e III
do caput deste artigo seguirá o mesmo procedimento das I - quando aberta a licitantes, poderão ser dispensados os
licitações. documentos que já constarem do registro cadastral;

SEÇÃO II II - quando aberta a bens, poderá ser exigida a comprovação


DO CREDENCIAMENTO de qualidade.

Art. 79. O credenciamento poderá ser usado nas seguintes § 2º O procedimento de pré-qualificação ficará
hipóteses de contratação: permanentemente aberto para a inscrição de interessados.

I - paralela e não excludente: caso em que é viável e § 3º Quanto ao procedimento de pré-qualificação, constarão
vantajosa para a Administração a realização de contratações do edital:
simultâneas em condições padronizadas; I - as informações mínimas necessárias para definição do
II - com seleção a critério de terceiros: caso em que a seleção objeto;
do contratado está a cargo do beneficiário direto da II - a modalidade, a forma da futura licitação e os critérios de
prestação; julgamento.
III - em mercados fluidos: caso em que a flutuação constante § 4º A apresentação de documentos far-se-á perante órgão
do valor da prestação e das condições de contratação ou comissão indicada pela Administração, que deverá
inviabiliza a seleção de agente por meio de processo de examiná-los no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis e
licitação. determinar correção ou reapresentação de documentos,
Parágrafo único. Os procedimentos de credenciamento quando for o caso, com vistas à ampliação da competição.
serão definidos em regulamento, observadas as seguintes § 5º Os bens e os serviços pré-qualificados deverão integrar
regras: o catálogo de bens e serviços da Administração.
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§ 6º A pré-qualificação poderá ser realizada em grupos ou compatíveis com as reais necessidades do órgão e de que a
segmentos, segundo as especialidades dos fornecedores. metodologia proposta é a que propicia maior economia e
vantagem entre as demais possíveis.
§ 7º A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, com
alguns ou todos os requisitos técnicos ou de habilitação § 4º O procedimento previsto no caput deste artigo poderá
necessários à contratação, assegurada, em qualquer ser restrito a startups, assim considerados os
hipótese, a igualdade de condições entre os concorrentes. microempreendedores individuais, as microempresas e as
empresas de pequeno porte, de natureza emergente e com
§ 8º Quanto ao prazo, a pré-qualificação terá validade:
grande potencial, que se dediquem à pesquisa, ao
I - de 1 (um) ano, no máximo, e poderá ser atualizada a desenvolvimento e à implementação de novos produtos ou
qualquer tempo; serviços baseados em soluções tecnológicas inovadoras que
possam causar alto impacto, exigida, na seleção definitiva da
II - não superior ao prazo de validade dos documentos
inovação, validação prévia fundamentada em métricas
apresentados pelos interessados.
objetivas, de modo a demonstrar o atendimento das
§ 9º Os licitantes e os bens pré-qualificados serão necessidades da Administração.
obrigatoriamente divulgados e mantidos à disposição do
SEÇÃO V
público.
DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS
§ 10. A licitação que se seguir ao procedimento da pré-
qualificação poderá ser restrita a licitantes ou bens pré- Art. 82. O edital de licitação para registro de preços
qualificados. observará as regras gerais desta Lei e deverá dispor sobre:

SEÇÃO IV I - as especificidades da licitação e de seu objeto, inclusive a


DO PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE quantidade máxima de cada item que poderá ser adquirida;
II - a quantidade mínima a ser cotada de unidades de bens
Art. 81. A Administração poderá solicitar à iniciativa privada,
ou, no caso de serviços, de unidades de medida;
mediante procedimento aberto de manifestação de
interesse a ser iniciado com a publicação de edital de III - a possibilidade de prever preços diferentes:
chamamento público, a propositura e a realização de
a) quando o objeto for realizado ou entregue em locais
estudos, investigações, levantamentos e projetos de
diferentes;
soluções inovadoras que contribuam com questões de
relevância pública, na forma de regulamento. b) em razão da forma e do local de acondicionamento;
§ 1º Os estudos, as investigações, os levantamentos e os c) quando admitida cotação variável em razão do tamanho
projetos vinculados à contratação e de utilidade para a do lote;
licitação, realizados pela Administração ou com a sua
d) por outros motivos justificados no processo;
autorização, estarão à disposição dos interessados, e o
vencedor da licitação deverá ressarcir os dispêndios IV - a possibilidade de o licitante oferecer ou não proposta
correspondentes, conforme especificado no edital. em quantitativo inferior ao máximo previsto no edital,
obrigando-se nos limites dela;
§ 2º A realização, pela iniciativa privada, de estudos,
investigações, levantamentos e projetos em decorrência do V - o critério de julgamento da licitação, que será o de menor
procedimento de manifestação de interesse previsto preço ou o de maior desconto sobre tabela de preços
no caput deste artigo: praticada no mercado;
I - não atribuirá ao realizador direito de preferência no VI - as condições para alteração de preços registrados;
processo licitatório;
VII - o registro de mais de um fornecedor ou prestador de
II - não obrigará o poder público a realizar licitação; serviço, desde que aceitem cotar o objeto em preço igual ao
do licitante vencedor, assegurada a preferência de
III - não implicará, por si só, direito a ressarcimento de
contratação de acordo com a ordem de classificação;
valores envolvidos em sua elaboração;
VIII - a vedação à participação do órgão ou entidade em mais
IV - será remunerada somente pelo vencedor da licitação,
de uma ata de registro de preços com o mesmo objeto no
vedada, em qualquer hipótese, a cobrança de valores do
prazo de validade daquela de que já tiver participado, salvo
poder público.
na ocorrência de ata que tenha registrado quantitativo
§ 3º Para aceitação dos produtos e serviços de que trata inferior ao máximo previsto no edital;
o caput deste artigo, a Administração deverá elaborar
IX - as hipóteses de cancelamento da ata de registro de
parecer fundamentado com a demonstração de que o
preços e suas consequências.
produto ou serviço entregue é adequado e suficiente à
compreensão do objeto, de que as premissas adotadas são

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§ 1º O critério de julgamento de menor preço por grupo de Parágrafo único. O contrato decorrente da ata de registro de
itens somente poderá ser adotado quando for demonstrada preços terá sua vigência estabelecida em conformidade com
a inviabilidade de se promover a adjudicação por item e for as disposições nela contidas.
evidenciada a sua vantagem técnica e econômica, e o critério
Art. 85. A Administração poderá contratar a execução de
de aceitabilidade de preços unitários máximos deverá ser
obras e serviços de engenharia pelo sistema de registro de
indicado no edital.
preços, desde que atendidos os seguintes requisitos:
§ 2º Na hipótese de que trata o § 1º deste artigo, observados
I - existência de projeto padronizado, sem complexidade
os parâmetros estabelecidos nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 23
técnica e operacional;
desta Lei, a contratação posterior de item específico
constante de grupo de itens exigirá prévia pesquisa de II - necessidade permanente ou frequente de obra ou serviço
mercado e demonstração de sua vantagem para o órgão ou a ser contratado.
entidade.
Art. 86. O órgão ou entidade gerenciadora deverá, na fase
§ 3º É permitido registro de preços com indicação limitada a preparatória do processo licitatório, para fins de registro de
unidades de contratação, sem indicação do total a ser preços, realizar procedimento público de intenção de
adquirido, apenas nas seguintes situações: registro de preços para, nos termos de regulamento,
possibilitar, pelo prazo mínimo de 8 (oito) dias úteis, a
I - quando for a primeira licitação para o objeto e o órgão ou
participação de outros órgãos ou entidades na respectiva ata
entidade não tiver registro de demandas anteriores;
e determinar a estimativa total de quantidades da
II - no caso de alimento perecível; contratação.
III - no caso em que o serviço estiver integrado ao § 1º O procedimento previsto no caput deste artigo será
fornecimento de bens. dispensável quando o órgão ou entidade gerenciadora for o
único contratante.
§ 4º Nas situações referidas no § 3º deste artigo, é
obrigatória a indicação do valor máximo da despesa e é § 2º Se não participarem do procedimento previsto
vedada a participação de outro órgão ou entidade na ata. no caput deste artigo, os órgãos e entidades poderão aderir
à ata de registro de preços na condição de não participantes,
§ 5º O sistema de registro de preços poderá ser usado para
observados os seguintes requisitos:
a contratação de bens e serviços, inclusive de obras e
serviços de engenharia, observadas as seguintes condições: I - apresentação de justificativa da vantagem da adesão,
inclusive em situações de provável desabastecimento ou
I - realização prévia de ampla pesquisa de mercado;
descontinuidade de serviço público;
II - seleção de acordo com os procedimentos previstos em
II - demonstração de que os valores registrados estão
regulamento;
compatíveis com os valores praticados pelo mercado na
III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle; forma do art. 23 desta Lei;
IV - atualização periódica dos preços registrados; III - prévias consulta e aceitação do órgão ou entidade
gerenciadora e do fornecedor.
V - definição do período de validade do registro de preços;
§ 3º A faculdade conferida pelo § 2º deste artigo estará
VI - inclusão, em ata de registro de preços, do licitante que
limitada a órgãos e entidades da Administração Pública
aceitar cotar os bens ou serviços em preços iguais aos do
federal, estadual, distrital e municipal que, na condição de
licitante vencedor na sequência de classificação da licitação
não participantes, desejarem aderir à ata de registro de
e inclusão do licitante que mantiver sua proposta original.
preços de órgão ou entidade gerenciadora federal, estadual
§ 6º O sistema de registro de preços poderá, na forma de ou distrital.
regulamento, ser utilizado nas hipóteses de inexigibilidade e
§ 4º As aquisições ou as contratações adicionais a que se
de dispensa de licitação para a aquisição de bens ou para a
refere o § 2º deste artigo não poderão exceder, por órgão ou
contratação de serviços por mais de um órgão ou entidade.
entidade, a 50% (cinquenta por cento) dos quantitativos dos
Art. 83. A existência de preços registrados implicará itens do instrumento convocatório registrados na ata de
compromisso de fornecimento nas condições estabelecidas, registro de preços para o órgão gerenciador e para os órgãos
mas não obrigará a Administração a contratar, facultada a participantes.
realização de licitação específica para a aquisição
§ 5º O quantitativo decorrente das adesões à ata de registro
pretendida, desde que devidamente motivada.
de preços a que se refere o § 2º deste artigo não poderá
Art. 84. O prazo de vigência da ata de registro de preços será exceder, na totalidade, ao dobro do quantitativo de cada
de 1 (um) ano e poderá ser prorrogado, por igual período, item registrado na ata de registro de preços para o órgão
desde que comprovado o preço vantajoso. gerenciador e órgãos participantes, independentemente do
número de órgãos não participantes que aderirem.
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§ 6º A adesão à ata de registro de preços de órgão ou acordo com regras objetivas divulgadas em sítio eletrônico
entidade gerenciadora do Poder Executivo federal por oficial.
órgãos e entidades da Administração Pública estadual,
§ 2º Ao inscrito será fornecido certificado, renovável sempre
distrital e municipal poderá ser exigida para fins de
que atualizar o registro.
transferências voluntárias, não ficando sujeita ao limite de
que trata o § 5º deste artigo se destinada à execução § 3º A atuação do contratado no cumprimento de obrigações
descentralizada de programa ou projeto federal e assumidas será avaliada pelo contratante, que emitirá
comprovada a compatibilidade dos preços registrados com documento comprobatório da avaliação realizada, com
os valores praticados no mercado na forma do art. 23 desta menção ao seu desempenho na execução contratual,
Lei. baseado em indicadores objetivamente definidos e aferidos,
e a eventuais penalidades aplicadas, o que constará do
§ 7º Para aquisição emergencial de medicamentos e material
registro cadastral em que a inscrição for realizada.
de consumo médico-hospitalar por órgãos e entidades da
Administração Pública federal, estadual, distrital e § 4º A anotação do cumprimento de obrigações pelo
municipal, a adesão à ata de registro de preços gerenciada contratado, de que trata o § 3º deste artigo, será
pelo Ministério da Saúde não estará sujeita ao limite de que condicionada à implantação e à regulamentação do cadastro
trata o § 5º deste artigo. de atesto de cumprimento de obrigações, apto à realização
do registro de forma objetiva, em atendimento aos
§ 8º Será vedada aos órgãos e entidades da Administração
princípios da impessoalidade, da igualdade, da isonomia, da
Pública federal a adesão à ata de registro de preços
publicidade e da transparência, de modo a possibilitar a
gerenciada por órgão ou entidade estadual, distrital ou
implementação de medidas de incentivo aos licitantes que
municipal.
possuírem ótimo desempenho anotado em seu registro
SEÇÃO VI cadastral.
DO REGISTRO CADASTRAL § 5º A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou
Art. 87. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da cancelado o registro de inscrito que deixar de satisfazer
Administração Pública deverão utilizar o sistema de registro exigências determinadas por esta Lei ou por regulamento.
cadastral unificado disponível no Portal Nacional de § 6º O interessado que requerer o cadastro na forma
Contratações Públicas (PNCP), para efeito de cadastro do caput deste artigo poderá participar de processo
unificado de licitantes, na forma disposta em regulamento. licitatório até a decisão da Administração, e a celebração do
§ 1º O sistema de registro cadastral unificado será público e contrato ficará condicionada à emissão do certificado
deverá ser amplamente divulgado e estar permanentemente referido no § 2º deste artigo.
aberto aos interessados, e será obrigatória a realização de TÍTULO III
chamamento público pela internet, no mínimo anualmente,
DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
para atualização dos registros existentes e para ingresso de
CAPÍTULO I
novos interessados.
DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
§ 2º É proibida a exigência, pelo órgão ou entidade licitante,
de registro cadastral complementar para acesso a edital e Art. 89. Os contratos de que trata esta Lei regular-se-ão pelas
anexos. suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, e a eles
serão aplicados, supletivamente, os princípios da teoria geral
§ 3º A Administração poderá realizar licitação restrita a dos contratos e as disposições de direito privado.
fornecedores cadastrados, atendidos os critérios, as
condições e os limites estabelecidos em regulamento, bem § 1º Todo contrato deverá mencionar os nomes das partes e
como a ampla publicidade dos procedimentos para o os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou
cadastramento. sua lavratura, o número do processo da licitação ou da
contratação direta e a sujeição dos contratantes às normas
§ 4º Na hipótese a que se refere o § 3º deste artigo, será desta Lei e às cláusulas contratuais.
admitido fornecedor que realize seu cadastro dentro do
prazo previsto no edital para apresentação de propostas. § 2º Os contratos deverão estabelecer com clareza e
precisão as condições para sua execução, expressas em
Art. 88. Ao requerer, a qualquer tempo, inscrição no cláusulas que definam os direitos, as obrigações e as
cadastro ou a sua atualização, o interessado fornecerá os responsabilidades das partes, em conformidade com os
elementos necessários exigidos para habilitação previstos termos do edital de licitação e os da proposta vencedora ou
nesta Lei. com os termos do ato que autorizou a contratação direta e
§ 1º O inscrito, considerada sua área de atuação, será os da respectiva proposta.
classificado por categorias, subdivididas em grupos, segundo Art. 90. A Administração convocará regularmente o licitante
a qualificação técnica e econômico-financeira avaliada, de vencedor para assinar o termo de contrato ou para aceitar

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ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e nas § 2º Contratos relativos a direitos reais sobre imóveis serão
condições estabelecidas no edital de licitação, sob pena de formalizados por escritura pública lavrada em notas de
decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções tabelião, cujo teor deverá ser divulgado e mantido à
previstas nesta Lei. disposição do público em sítio eletrônico oficial.
§ 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma) § 3º Será admitida a forma eletrônica na celebração de
vez, por igual período, mediante solicitação da parte durante contratos e de termos aditivos, atendidas as exigências
seu transcurso, devidamente justificada, e desde que o previstas em regulamento.
motivo apresentado seja aceito pela Administração.
§ 4º Antes de formalizar ou prorrogar o prazo de vigência do
§ 2º Será facultado à Administração, quando o convocado contrato, a Administração deverá verificar a regularidade
não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou não retirar fiscal do contratado, consultar o Cadastro Nacional de
o instrumento equivalente no prazo e nas condições Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis) e o Cadastro Nacional
estabelecidas, convocar os licitantes remanescentes, na de Empresas Punidas (Cnep), emitir as certidões negativas de
ordem de classificação, para a celebração do contrato nas inidoneidade, de impedimento e de débitos trabalhistas e
condições propostas pelo licitante vencedor. juntá-las ao respectivo processo.
§ 3º Decorrido o prazo de validade da proposta indicado no Art. 92. São necessárias em todo contrato cláusulas que
edital sem convocação para a contratação, ficarão os estabeleçam:
licitantes liberados dos compromissos assumidos.
I - o objeto e seus elementos característicos;
§ 4º Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a
II - a vinculação ao edital de licitação e à proposta do licitante
contratação nos termos do § 2º deste artigo, a
vencedor ou ao ato que tiver autorizado a contratação direta
Administração, observados o valor estimado e sua eventual
e à respectiva proposta;
atualização nos termos do edital, poderá:
III - a legislação aplicável à execução do contrato, inclusive
I - convocar os licitantes remanescentes para negociação, na
quanto aos casos omissos;
ordem de classificação, com vistas à obtenção de preço
melhor, mesmo que acima do preço do adjudicatário; IV - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
II - adjudicar e celebrar o contrato nas condições ofertadas V - o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-
pelos licitantes remanescentes, atendida a ordem base e a periodicidade do reajustamento de preços e os
classificatória, quando frustrada a negociação de melhor critérios de atualização monetária entre a data do
condição. adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
§ 5º A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o VI - os critérios e a periodicidade da medição, quando for o
contrato ou em aceitar ou retirar o instrumento equivalente caso, e o prazo para liquidação e para pagamento;
no prazo estabelecido pela Administração caracterizará o
VII - os prazos de início das etapas de execução, conclusão,
descumprimento total da obrigação assumida e o sujeitará
entrega, observação e recebimento definitivo, quando for o
às penalidades legalmente estabelecidas e à imediata perda
caso;
da garantia de proposta em favor do órgão ou entidade
licitante. VIII - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação
da classificação funcional programática e da categoria
§ 6º A regra do § 5º não se aplicará aos licitantes
econômica;
remanescentes convocados na forma do inciso I do § 4º
deste artigo. IX - a matriz de risco, quando for o caso;
§ 7º Será facultada à Administração a convocação dos X - o prazo para resposta ao pedido de repactuação de
demais licitantes classificados para a contratação de preços, quando for o caso;
remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento em
XI - o prazo para resposta ao pedido de restabelecimento do
consequência de rescisão contratual, observados os mesmos
equilíbrio econômico-financeiro, quando for o caso;
critérios estabelecidos nos §§ 2º e 4º deste artigo.
XII - as garantias oferecidas para assegurar sua plena
Art. 91. Os contratos e seus aditamentos terão forma escrita
execução, quando exigidas, inclusive as que forem
e serão juntados ao processo que tiver dado origem à
oferecidas pelo contratado no caso de antecipação de
contratação, divulgados e mantidos à disposição do público
valores a título de pagamento;
em sítio eletrônico oficial.
XIII - o prazo de garantia mínima do objeto, observados os
§ 1º Será admitida a manutenção em sigilo de contratos e de
prazos mínimos estabelecidos nesta Lei e nas normas
termos aditivos quando imprescindível à segurança da
técnicas aplicáveis, e as condições de manutenção e
sociedade e do Estado, nos termos da legislação que regula
assistência técnica, quando for o caso;
o acesso à informação.

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XIV - os direitos e as responsabilidades das partes, as II - repactuação, quando houver regime de dedicação
penalidades cabíveis e os valores das multas e suas bases de exclusiva de mão de obra ou predominância de mão de obra,
cálculo; mediante demonstração analítica da variação dos custos.
XV - as condições de importação e a data e a taxa de câmbio § 5º Nos contratos de obras e serviços de engenharia,
para conversão, quando for o caso; sempre que compatível com o regime de execução, a
medição será mensal.
XVI - a obrigação do contratado de manter, durante toda a
execução do contrato, em compatibilidade com as § 6º Nos contratos para serviços contínuos com regime de
obrigações por ele assumidas, todas as condições exigidas dedicação exclusiva de mão de obra ou com predominância
para a habilitação na licitação, ou para a qualificação, na de mão de obra, o prazo para resposta ao pedido de
contratação direta; repactuação de preços será preferencialmente de 1 (um)
mês, contado da data do fornecimento da documentação
XVII - a obrigação de o contratado cumprir as exigências de
prevista no § 6º do art. 135 desta Lei.
reserva de cargos prevista em lei, bem como em outras
normas específicas, para pessoa com deficiência, para Art. 93. Nas contratações de projetos ou de serviços técnicos
reabilitado da Previdência Social e para aprendiz; especializados, inclusive daqueles que contemplem o
desenvolvimento de programas e aplicações de internet para
XVIII - o modelo de gestão do contrato, observados os
computadores, máquinas, equipamentos e dispositivos de
requisitos definidos em regulamento;
tratamento e de comunicação da informação (software) - e
XIX - os casos de extinção. a respectiva documentação técnica associada -, o autor
deverá ceder todos os direitos patrimoniais a eles relativos
§ 1º Os contratos celebrados pela Administração Pública
para a Administração Pública, hipótese em que poderão ser
com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as domiciliadas no
livremente utilizados e alterados por ela em outras ocasiões,
exterior, deverão conter cláusula que declare competente o
sem necessidade de nova autorização de seu autor.
foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão
contratual, ressalvadas as seguintes hipóteses: § 1º Quando o projeto se referir a obra imaterial de caráter
tecnológico, insuscetível de privilégio, a cessão dos direitos a
I - licitação internacional para a aquisição de bens e serviços
que se refere o caput deste artigo incluirá o fornecimento de
cujo pagamento seja feito com o produto de financiamento
todos os dados, documentos e elementos de informação
concedido por organismo financeiro internacional de que o
pertinentes à tecnologia de concepção, desenvolvimento,
Brasil faça parte ou por agência estrangeira de cooperação;
fixação em suporte físico de qualquer natureza e aplicação
II - contratação com empresa estrangeira para a compra de da obra.
equipamentos fabricados e entregues no exterior precedida
§ 2º É facultado à Administração Pública deixar de exigir a
de autorização do Chefe do Poder Executivo;
cessão de direitos a que se refere o caput deste artigo
III - aquisição de bens e serviços realizada por unidades quando o objeto da contratação envolver atividade de
administrativas com sede no exterior. pesquisa e desenvolvimento de caráter científico,
tecnológico ou de inovação, considerados os princípios e os
§ 2º De acordo com as peculiaridades de seu objeto e de seu
mecanismos instituídos pela Lei nº 10.973, de 2 de dezembro
regime de execução, o contrato conterá cláusula que preveja
de 2004.
período antecedente à expedição da ordem de serviço para
verificação de pendências, liberação de áreas ou adoção de § 3º Na hipótese de posterior alteração do projeto pela
outras providências cabíveis para a regularidade do início de Administração Pública, o autor deverá ser comunicado, e os
sua execução. registros serão promovidos nos órgãos ou entidades
competentes.
§ 3º Independentemente do prazo de duração, o contrato
deverá conter cláusula que estabeleça o índice de Art. 94. A divulgação no Portal Nacional de Contratações
reajustamento de preço, com data-base vinculada à data do Públicas (PNCP) é condição indispensável para a eficácia do
orçamento estimado, e poderá ser estabelecido mais de um contrato e de seus aditamentos e deverá ocorrer nos
índice específico ou setorial, em conformidade com a seguintes prazos, contados da data de sua assinatura:
realidade de mercado dos respectivos insumos.
I - 20 (vinte) dias úteis, no caso de licitação;
§ 4º Nos contratos de serviços contínuos, observado o
II - 10 (dez) dias úteis, no caso de contratação direta.
interregno mínimo de 1 (um) ano, o critério de
reajustamento de preços será por: § 1º Os contratos celebrados em caso de urgência terão
eficácia a partir de sua assinatura e deverão ser publicados
I - reajustamento em sentido estrito, quando não houver
nos prazos previstos nos incisos I e II do caput deste artigo,
regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou
sob pena de nulidade.
predominância de mão de obra, mediante previsão de
índices específicos ou setoriais;

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§ 2º A divulgação de que trata o caput deste artigo, quando § 2º Na hipótese de suspensão do contrato por ordem ou
referente à contratação de profissional do setor artístico por inadimplemento da Administração, o contratado ficará
inexigibilidade, deverá identificar os custos do cachê do desobrigado de renovar a garantia ou de endossar a apólice
artista, dos músicos ou da banda, quando houver, do de seguro até a ordem de reinício da execução ou o
transporte, da hospedagem, da infraestrutura, da logística adimplemento pela Administração.
do evento e das demais despesas específicas.
§ 3º O edital fixará prazo mínimo de 1 (um) mês, contado da
§ 3º No caso de obras, a Administração divulgará em sítio data de homologação da licitação e anterior à assinatura do
eletrônico oficial, em até 25 (vinte e cinco) dias úteis após a contrato, para a prestação da garantia pelo contratado
assinatura do contrato, os quantitativos e os preços unitários quando optar pela modalidade prevista no inciso II do § 1º
e totais que contratar e, em até 45 (quarenta e cinco) dias deste artigo.
úteis após a conclusão do contrato, os quantitativos
Art. 97. O seguro-garantia tem por objetivo garantir o fiel
executados e os preços praticados.
cumprimento das obrigações assumidas pelo contratado
§ 4º (VETADO). perante à Administração, inclusive as multas, os prejuízos e
as indenizações decorrentes de inadimplemento,
§ 5º (VETADO).
observadas as seguintes regras nas contratações regidas por
Art. 95. O instrumento de contrato é obrigatório, salvo nas esta Lei:
seguintes hipóteses, em que a Administração poderá
I - o prazo de vigência da apólice será igual ou superior ao
substituí-lo por outro instrumento hábil, como carta-
prazo estabelecido no contrato principal e deverá
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de
acompanhar as modificações referentes à vigência deste
compra ou ordem de execução de serviço:
mediante a emissão do respectivo endosso pela seguradora;
I - dispensa de licitação em razão de valor;
II - o seguro-garantia continuará em vigor mesmo se o
II - compras com entrega imediata e integral dos bens contratado não tiver pago o prêmio nas datas
adquiridos e dos quais não resultem obrigações futuras, convencionadas.
inclusive quanto a assistência técnica, independentemente
Parágrafo único. Nos contratos de execução continuada ou
de seu valor.
de fornecimento contínuo de bens e serviços, será permitida
§ 1º Às hipóteses de substituição do instrumento de a substituição da apólice de seguro-garantia na data de
contrato, aplica-se, no que couber, o disposto no art. 92 renovação ou de aniversário, desde que mantidas as mesmas
desta Lei. condições e coberturas da apólice vigente e desde que
nenhum período fique descoberto, ressalvado o disposto
§ 2º É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
no § 2º do art. 96 desta Lei.
Administração, salvo o de pequenas compras ou o de
prestação de serviços de pronto pagamento, assim Art. 98. Nas contratações de obras, serviços e fornecimentos,
entendidos aqueles de valor não superior a R$ 10.000,00 a garantia poderá ser de até 5% (cinco por cento) do valor
(dez mil reais). inicial do contrato, autorizada a majoração desse percentual
para até 10% (dez por cento), desde que justificada mediante
CAPÍTULO II
análise da complexidade técnica e dos riscos envolvidos.
DAS GARANTIAS
Parágrafo único. Nas contratações de serviços e
Art. 96. A critério da autoridade competente, em cada caso, fornecimentos contínuos com vigência superior a 1 (um) ano,
poderá ser exigida, mediante previsão no edital, prestação assim como nas subsequentes prorrogações, será utilizado o
de garantia nas contratações de obras, serviços e valor anual do contrato para definição e aplicação dos
fornecimentos. percentuais previstos no caput deste artigo.
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes Art. 99. Nas contratações de obras e serviços de engenharia
modalidades de garantia: de grande vulto, poderá ser exigida a prestação de garantia,
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública na modalidade seguro-garantia, com cláusula de retomada
emitidos sob a forma escritural, mediante registro em prevista no art. 102 desta Lei, em percentual equivalente a
sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado até 30% (trinta por cento) do valor inicial do contrato.
pelo Banco Central do Brasil, e avaliados por seus valores Art. 100. A garantia prestada pelo contratado será liberada
econômicos, conforme definido pelo Ministério da ou restituída após a fiel execução do contrato ou após a sua
Economia; extinção por culpa exclusiva da Administração e, quando em
II - seguro-garantia; dinheiro, atualizada monetariamente.
III - fiança bancária emitida por banco ou instituição Art. 101. Nos casos de contratos que impliquem a entrega de
financeira devidamente autorizada a operar no País pelo bens pela Administração, dos quais o contratado ficará
Banco Central do Brasil.
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depositário, o valor desses bens deverá ser acrescido ao § 4º A matriz de alocação de riscos definirá o equilíbrio
valor da garantia. econômico-financeiro inicial do contrato em relação a
eventos supervenientes e deverá ser observada na solução
Art. 102. Na contratação de obras e serviços de engenharia,
de eventuais pleitos das partes.
o edital poderá exigir a prestação da garantia na modalidade
seguro-garantia e prever a obrigação de a seguradora, em § 5º Sempre que atendidas as condições do contrato e da
caso de inadimplemento pelo contratado, assumir a matriz de alocação de riscos, será considerado mantido o
execução e concluir o objeto do contrato, hipótese em que: equilíbrio econômico-financeiro, renunciando as partes aos
pedidos de restabelecimento do equilíbrio relacionados aos
I - a seguradora deverá firmar o contrato, inclusive os
riscos assumidos, exceto no que se refere:
aditivos, como interveniente anuente e poderá:
I - às alterações unilaterais determinadas pela
a) ter livre acesso às instalações em que for executado o
Administração, nas hipóteses do inciso I do caput do art. 124
contrato principal;
desta Lei;
b) acompanhar a execução do contrato principal;
II - ao aumento ou à redução, por legislação superveniente,
c) ter acesso a auditoria técnica e contábil; dos tributos diretamente pagos pelo contratado em
decorrência do contrato.
d) requerer esclarecimentos ao responsável técnico pela
obra ou pelo fornecimento; § 6º Na alocação de que trata o caput deste artigo, poderão
ser adotados métodos e padrões usualmente utilizados por
II - a emissão de empenho em nome da seguradora, ou a
entidades públicas e privadas, e os ministérios e secretarias
quem ela indicar para a conclusão do contrato, será
supervisores dos órgãos e das entidades da Administração
autorizada desde que demonstrada sua regularidade fiscal;
Pública poderão definir os parâmetros e o detalhamento dos
III - a seguradora poderá subcontratar a conclusão do procedimentos necessários a sua identificação, alocação e
contrato, total ou parcialmente. quantificação financeira.
Parágrafo único. Na hipótese de inadimplemento do CAPÍTULO IV
contratado, serão observadas as seguintes disposições: DAS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO
I - caso a seguradora execute e conclua o objeto do contrato, Art. 104. O regime jurídico dos contratos instituído por esta
estará isenta da obrigação de pagar a importância segurada Lei confere à Administração, em relação a eles, as
indicada na apólice; prerrogativas de:
II - caso a seguradora não assuma a execução do contrato, I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às
pagará a integralidade da importância segurada indicada na finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
apólice. contratado;
CAPÍTULO III II - extingui-los, unilateralmente, nos casos especificados
DA ALOCAÇÃO DE RISCOS nesta Lei;
Art. 103. O contrato poderá identificar os riscos contratuais III - fiscalizar sua execução;
previstos e presumíveis e prever matriz de alocação de
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou
riscos, alocando-os entre contratante e contratado,
parcial do ajuste;
mediante indicação daqueles a serem assumidos pelo setor
público ou pelo setor privado ou daqueles a serem V - ocupar provisoriamente bens móveis e imóveis e utilizar
compartilhados. pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato nas
hipóteses de:
§ 1º A alocação de riscos de que trata o caput deste artigo
considerará, em compatibilidade com as obrigações e os a) risco à prestação de serviços essenciais;
encargos atribuídos às partes no contrato, a natureza do
b) necessidade de acautelar apuração administrativa de
risco, o beneficiário das prestações a que se vincula e a
faltas contratuais pelo contratado, inclusive após extinção
capacidade de cada setor para melhor gerenciá-lo.
do contrato.
§ 2º Os riscos que tenham cobertura oferecida por
§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos
seguradoras serão preferencialmente transferidos ao
contratos não poderão ser alteradas sem prévia
contratado.
concordância do contratado.
§ 3º A alocação dos riscos contratuais será quantificada para
§ 2º Na hipótese prevista no inciso I do caput deste artigo, as
fins de projeção dos reflexos de seus custos no valor
cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser
estimado da contratação.
revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

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CAPÍTULO V elaboração de benfeitorias permanentes, realizadas


DA DURAÇÃO DOS CONTRATOS exclusivamente a expensas do contratado, que serão
revertidas ao patrimônio da Administração Pública ao
Art. 105. A duração dos contratos regidos por esta Lei será a término do contrato.
prevista em edital, e deverão ser observadas, no momento
da contratação e a cada exercício financeiro, a Art. 111. Na contratação que previr a conclusão de escopo
disponibilidade de créditos orçamentários, bem como a predefinido, o prazo de vigência será automaticamente
previsão no plano plurianual, quando ultrapassar 1 (um) prorrogado quando seu objeto não for concluído no período
exercício financeiro. firmado no contrato.

Art. 106. A Administração poderá celebrar contratos com Parágrafo único. Quando a não conclusão decorrer de culpa
prazo de até 5 (cinco) anos nas hipóteses de serviços e do contratado:
fornecimentos contínuos, observadas as seguintes I - o contratado será constituído em mora, aplicáveis a ele as
diretrizes: respectivas sanções administrativas;
I - a autoridade competente do órgão ou entidade II - a Administração poderá optar pela extinção do contrato
contratante deverá atestar a maior vantagem econômica e, nesse caso, adotará as medidas admitidas em lei para a
vislumbrada em razão da contratação plurianual; continuidade da execução contratual.
II - a Administração deverá atestar, no início da contratação Art. 112. Os prazos contratuais previstos nesta Lei não
e de cada exercício, a existência de créditos orçamentários excluem nem revogam os prazos contratuais previstos em lei
vinculados à contratação e a vantagem em sua manutenção; especial.
III - a Administração terá a opção de extinguir o contrato, Art. 113. O contrato firmado sob o regime de fornecimento
sem ônus, quando não dispuser de créditos orçamentários e prestação de serviço associado terá sua vigência máxima
para sua continuidade ou quando entender que o contrato definida pela soma do prazo relativo ao fornecimento inicial
não mais lhe oferece vantagem. ou à entrega da obra com o prazo relativo ao serviço de
§ 1º A extinção mencionada no inciso III do caput deste operação e manutenção, este limitado a 5 (cinco) anos
artigo ocorrerá apenas na próxima data de aniversário do contados da data de recebimento do objeto inicial,
contrato e não poderá ocorrer em prazo inferior a 2 (dois) autorizada a prorrogação na forma do art. 107 desta Lei.
meses, contado da referida data. Art. 114. O contrato que previr a operação continuada de
§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo ao aluguel de sistemas estruturantes de tecnologia da informação poderá
equipamentos e à utilização de programas de informática. ter vigência máxima de 15 (quinze) anos.

Art. 107. Os contratos de serviços e fornecimentos contínuos CAPÍTULO VI


poderão ser prorrogados sucessivamente, respeitada a DA EXECUÇÃO DOS CONTRATOS
vigência máxima decenal, desde que haja previsão em edital
Art. 115. O contrato deverá ser executado fielmente pelas
e que a autoridade competente ateste que as condições e os
partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas
preços permanecem vantajosos para a Administração,
desta Lei, e cada parte responderá pelas consequências de
permitida a negociação com o contratado ou a extinção
sua inexecução total ou parcial.
contratual sem ônus para qualquer das partes.
§ 1º É proibido à Administração retardar imotivadamente a
Art. 108. A Administração poderá celebrar contratos com
execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, inclusive
prazo de até 10 (dez) anos nas hipóteses previstas
na hipótese de posse do respectivo chefe do Poder Executivo
nas alíneas “f” e “g” do inciso IV e nos incisos V, VI, XII e XVI
ou de novo titular no órgão ou entidade contratante.
do caput do art. 75 desta Lei.
§ 2º (VETADO).
Art. 109. A Administração poderá estabelecer a vigência por
prazo indeterminado nos contratos em que seja usuária de § 3º (VETADO).
serviço público oferecido em regime de monopólio, desde
§ 4º (VETADO).
que comprovada, a cada exercício financeiro, a existência de
créditos orçamentários vinculados à contratação. § 5º Em caso de impedimento, ordem de paralisação ou
suspensão do contrato, o cronograma de execução será
Art. 110. Na contratação que gere receita e no contrato de
prorrogado automaticamente pelo tempo correspondente,
eficiência que gere economia para a Administração, os
anotadas tais circunstâncias mediante simples apostila.
prazos serão de:
§ 6º Nas contratações de obras, verificada a ocorrência do
I - até 10 (dez) anos, nos contratos sem investimento;
disposto no § 5º deste artigo por mais de 1 (um) mês, a
II - até 35 (trinta e cinco) anos, nos contratos com Administração deverá divulgar, em sítio eletrônico oficial e
investimento, assim considerados aqueles que impliquem a em placa a ser afixada em local da obra de fácil visualização

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pelos cidadãos, aviso público de obra paralisada, com o Art. 119. O contratado será obrigado a reparar, corrigir,
motivo e o responsável pela inexecução temporária do remover, reconstruir ou substituir, a suas expensas, no total
objeto do contrato e a data prevista para o reinício da sua ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem
execução. vícios, defeitos ou incorreções resultantes de sua execução
ou de materiais nela empregados.
§ 7º Os textos com as informações de que trata o § 6º deste
artigo deverão ser elaborados pela Administração. Art. 120. O contratado será responsável pelos danos
causados diretamente à Administração ou a terceiros em
Art. 116. Ao longo de toda a execução do contrato, o
razão da execução do contrato, e não excluirá nem reduzirá
contratado deverá cumprir a reserva de cargos prevista em
essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento
lei para pessoa com deficiência, para reabilitado da
pelo contratante.
Previdência Social ou para aprendiz, bem como as reservas
de cargos previstas em outras normas específicas. Art. 121. Somente o contratado será responsável pelos
encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
Parágrafo único. Sempre que solicitado pela Administração,
resultantes da execução do contrato.
o contratado deverá comprovar o cumprimento da reserva
de cargos a que se refere o caput deste artigo, com a § 1º A inadimplência do contratado em relação aos encargos
indicação dos empregados que preencherem as referidas trabalhistas, fiscais e comerciais não transferirá à
vagas. Administração a responsabilidade pelo seu pagamento e não
poderá onerar o objeto do contrato nem restringir a
Art. 117. A execução do contrato deverá ser acompanhada e
regularização e o uso das obras e das edificações, inclusive
fiscalizada por 1 (um) ou mais fiscais do contrato,
perante o registro de imóveis, ressalvada a hipótese prevista
representantes da Administração especialmente designados
no § 2º deste artigo.
conforme requisitos estabelecidos no art. 7º desta Lei, ou
pelos respectivos substitutos, permitida a contratação de § 2º Exclusivamente nas contratações de serviços contínuos
terceiros para assisti-los e subsidiá-los com informações com regime de dedicação exclusiva de mão de obra, a
pertinentes a essa atribuição. Administração responderá solidariamente pelos encargos
previdenciários e subsidiariamente pelos encargos
§ 1º O fiscal do contrato anotará em registro próprio todas
trabalhistas se comprovada falha na fiscalização do
as ocorrências relacionadas à execução do contrato,
cumprimento das obrigações do contratado.
determinando o que for necessário para a regularização das
faltas ou dos defeitos observados. § 3º Nas contratações de serviços contínuos com regime de
dedicação exclusiva de mão de obra, para assegurar o
§ 2º O fiscal do contrato informará a seus superiores, em
cumprimento de obrigações trabalhistas pelo contratado, a
tempo hábil para a adoção das medidas convenientes, a
Administração, mediante disposição em edital ou em
situação que demandar decisão ou providência que
contrato, poderá, entre outras medidas:
ultrapasse sua competência.
I - exigir caução, fiança bancária ou contratação de seguro-
§ 3º O fiscal do contrato será auxiliado pelos órgãos de
garantia com cobertura para verbas rescisórias inadimplidas;
assessoramento jurídico e de controle interno da
Administração, que deverão dirimir dúvidas e subsidiá-lo II - condicionar o pagamento à comprovação de quitação das
com informações relevantes para prevenir riscos na obrigações trabalhistas vencidas relativas ao contrato;
execução contratual.
III - efetuar o depósito de valores em conta vinculada;
§ 4º Na hipótese da contratação de terceiros prevista
IV - em caso de inadimplemento, efetuar diretamente o
no caput deste artigo, deverão ser observadas as seguintes
pagamento das verbas trabalhistas, que serão deduzidas do
regras:
pagamento devido ao contratado;
I - a empresa ou o profissional contratado assumirá
V - estabelecer que os valores destinados a férias, a décimo
responsabilidade civil objetiva pela veracidade e pela
terceiro salário, a ausências legais e a verbas rescisórias dos
precisão das informações prestadas, firmará termo de
empregados do contratado que participarem da execução
compromisso de confidencialidade e não poderá exercer
dos serviços contratados serão pagos pelo contratante ao
atribuição própria e exclusiva de fiscal de contrato;
contratado somente na ocorrência do fato gerador.
II - a contratação de terceiros não eximirá de
§ 4º Os valores depositados na conta vinculada a que se
responsabilidade o fiscal do contrato, nos limites das
refere o inciso III do § 3º deste artigo são absolutamente
informações recebidas do terceiro contratado.
impenhoráveis.
Art. 118. O contratado deverá manter preposto aceito pela
§ 5º O recolhimento das contribuições previdenciárias
Administração no local da obra ou do serviço para
observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de
representá-lo na execução do contrato.
julho de 1991.

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Art. 122. Na execução do contrato e sem prejuízo das c) quando necessária a modificação da forma de pagamento
responsabilidades contratuais e legais, o contratado poderá por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o
subcontratar partes da obra, do serviço ou do fornecimento valor inicial atualizado e vedada a antecipação do
até o limite autorizado, em cada caso, pela Administração. pagamento em relação ao cronograma financeiro fixado sem
a correspondente contraprestação de fornecimento de bens
§ 1º O contratado apresentará à Administração
ou execução de obra ou serviço;
documentação que comprove a capacidade técnica do
subcontratado, que será avaliada e juntada aos autos do d) para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial
processo correspondente. do contrato em caso de força maior, caso fortuito ou fato do
príncipe ou em decorrência de fatos imprevisíveis ou
§ 2º Regulamento ou edital de licitação poderão vedar,
previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem
restringir ou estabelecer condições para a subcontratação.
a execução do contrato tal como pactuado, respeitada, em
§ 3º Será vedada a subcontratação de pessoa física ou qualquer caso, a repartição objetiva de risco estabelecida no
jurídica, se aquela ou os dirigentes desta mantiverem vínculo contrato.
de natureza técnica, comercial, econômica, financeira,
§ 1º Se forem decorrentes de falhas de projeto, as alterações
trabalhista ou civil com dirigente do órgão ou entidade
de contratos de obras e serviços de engenharia ensejarão
contratante ou com agente público que desempenhe função
apuração de responsabilidade do responsável técnico e
na licitação ou atue na fiscalização ou na gestão do contrato,
adoção das providências necessárias para o ressarcimento
ou se deles forem cônjuge, companheiro ou parente em
dos danos causados à Administração.
linha reta, colateral, ou por afinidade, até o terceiro grau,
devendo essa proibição constar expressamente do edital de § 2º Será aplicado o disposto na alínea “d” do inciso II
licitação. do caput deste artigo às contratações de obras e serviços de
engenharia, quando a execução for obstada pelo atraso na
Art. 123. A Administração terá o dever de explicitamente
conclusão de procedimentos de desapropriação,
emitir decisão sobre todas as solicitações e reclamações
desocupação, servidão administrativa ou licenciamento
relacionadas à execução dos contratos regidos por esta Lei,
ambiental, por circunstâncias alheias ao contratado.
ressalvados os requerimentos manifestamente
impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum Art. 125. Nas alterações unilaterais a que se refere o inciso I
interesse para a boa execução do contrato. do caput do art. 124 desta Lei, o contratado será obrigado a
aceitar, nas mesmas condições contratuais, acréscimos ou
Parágrafo único. Salvo disposição legal ou cláusula
supressões de até 25% (vinte e cinco por cento) do valor
contratual que estabeleça prazo específico, concluída a
inicial atualizado do contrato que se fizerem nas obras, nos
instrução do requerimento, a Administração terá o prazo de
serviços ou nas compras, e, no caso de reforma de edifício
1 (um) mês para decidir, admitida a prorrogação motivada
ou de equipamento, o limite para os acréscimos será de 50%
por igual período.
(cinquenta por cento).
CAPÍTULO VII
Art. 126. As alterações unilaterais a que se refere o inciso I
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS E DOS PREÇOS
do caput do art. 124 desta Lei não poderão transfigurar o
Art. 124. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser objeto da contratação.
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: Art. 127. Se o contrato não contemplar preços unitários para
I - unilateralmente pela Administração: obras ou serviços cujo aditamento se fizer necessário, esses
serão fixados por meio da aplicação da relação geral entre os
a) quando houver modificação do projeto ou das valores da proposta e o do orçamento-base da
especificações, para melhor adequação técnica a seus Administração sobre os preços referenciais ou de mercado
objetivos; vigentes na data do aditamento, respeitados os limites
b) quando for necessária a modificação do valor contratual estabelecidos no art. 125 desta Lei.
em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de Art. 128. Nas contratações de obras e serviços de
seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; engenharia, a diferença percentual entre o valor global do
II - por acordo entre as partes: contrato e o preço global de referência não poderá ser
reduzida em favor do contratado em decorrência de
a) quando conveniente a substituição da garantia de aditamentos que modifiquem a planilha orçamentária.
execução;
Art. 129. Nas alterações contratuais para supressão de obras,
b) quando necessária a modificação do regime de execução bens ou serviços, se o contratado já houver adquirido os
da obra ou do serviço, bem como do modo de fornecimento, materiais e os colocado no local dos trabalhos, estes deverão
em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição
contratuais originários; regularmente comprovados e monetariamente reajustados,
podendo caber indenização por outros danos
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eventualmente decorrentes da supressão, desde que II - ao acordo, à convenção coletiva ou ao dissídio coletivo ao
regularmente comprovados. qual a proposta esteja vinculada, para os custos de mão de
obra.
Art. 130. Caso haja alteração unilateral do contrato que
aumente ou diminua os encargos do contratado, a § 1º A Administração não se vinculará às disposições
Administração deverá restabelecer, no mesmo termo contidas em acordos, convenções ou dissídios coletivos de
aditivo, o equilíbrio econômico-financeiro inicial. trabalho que tratem de matéria não trabalhista, de
pagamento de participação dos trabalhadores nos lucros ou
Art. 131. A extinção do contrato não configurará óbice para
resultados do contratado, ou que estabeleçam direitos não
o reconhecimento do desequilíbrio econômico-financeiro,
previstos em lei, como valores ou índices obrigatórios de
hipótese em que será concedida indenização por meio de
encargos sociais ou previdenciários, bem como de preços
termo indenizatório.
para os insumos relacionados ao exercício da atividade.
Parágrafo único. O pedido de restabelecimento do equilíbrio
§ 2º É vedado a órgão ou entidade contratante vincular-se às
econômico-financeiro deverá ser formulado durante a
disposições previstas nos acordos, convenções ou dissídios
vigência do contrato e antes de eventual prorrogação nos
coletivos de trabalho que tratem de obrigações e direitos
termos do art. 107 desta Lei.
que somente se aplicam aos contratos com a Administração
Art. 132. A formalização do termo aditivo é condição para a Pública.
execução, pelo contratado, das prestações determinadas
§ 3º A repactuação deverá observar o interregno mínimo de
pela Administração no curso da execução do contrato, salvo
1 (um) ano, contado da data da apresentação da proposta ou
nos casos de justificada necessidade de antecipação de seus
da data da última repactuação.
efeitos, hipótese em que a formalização deverá ocorrer no
prazo máximo de 1 (um) mês. § 4º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas
quantas forem necessárias, observado o princípio da
Art. 133. Nas hipóteses em que for adotada a contratação
anualidade do reajuste de preços da contratação, podendo
integrada ou semi-integrada, é vedada a alteração dos
ser realizada em momentos distintos para discutir a variação
valores contratuais, exceto nos seguintes casos:
de custos que tenham sua anualidade resultante em datas
I - para restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro diferenciadas, como os decorrentes de mão de obra e os
decorrente de caso fortuito ou força maior; decorrentes dos insumos necessários à execução dos
serviços.
II - por necessidade de alteração do projeto ou das
especificações para melhor adequação técnica aos objetivos § 5º Quando a contratação envolver mais de uma categoria
da contratação, a pedido da Administração, desde que não profissional, a repactuação a que se refere o inciso II
decorrente de erros ou omissões por parte do contratado, do caput deste artigo poderá ser dividida em tantos quantos
observados os limites estabelecidos no art. 125 desta Lei; forem os acordos, convenções ou dissídios coletivos de
trabalho das categorias envolvidas na contratação.
III - por necessidade de alteração do projeto nas
contratações semi-integradas, nos termos do § 5º do art. 46 § 6º A repactuação será precedida de solicitação do
desta Lei; contratado, acompanhada de demonstração analítica da
variação dos custos, por meio de apresentação da planilha
IV - por ocorrência de evento superveniente alocado na
de custos e formação de preços, ou do novo acordo,
matriz de riscos como de responsabilidade da
convenção ou sentença normativa que fundamenta a
Administração.
repactuação.
Art. 134. Os preços contratados serão alterados, para mais
Art. 136. Registros que não caracterizam alteração do
ou para menos, conforme o caso, se houver, após a data da
contrato podem ser realizados por simples apostila,
apresentação da proposta, criação, alteração ou extinção de
dispensada a celebração de termo aditivo, como nas
quaisquer tributos ou encargos legais ou a superveniência de
seguintes situações:
disposições legais, com comprovada repercussão sobre os
preços contratados. I - variação do valor contratual para fazer face ao reajuste ou
à repactuação de preços previstos no próprio contrato;
Art. 135. Os preços dos contratos para serviços contínuos
com regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou com II - atualizações, compensações ou penalizações financeiras
predominância de mão de obra serão repactuados para decorrentes das condições de pagamento previstas no
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, mediante contrato;
demonstração analítica da variação dos custos contratuais,
III - alterações na razão ou na denominação social do
com data vinculada:
contratado;
I - à da apresentação da proposta, para custos decorrentes
IV - empenho de dotações orçamentárias.
do mercado;

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CAPÍTULO VIII devidos pela Administração por despesas de obras, serviços


DAS HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DOS CONTRATOS ou fornecimentos;

Art. 137. Constituirão motivos para extinção do contrato, a V - não liberação pela Administração, nos prazos contratuais,
qual deverá ser formalmente motivada nos autos do de área, local ou objeto, para execução de obra, serviço ou
processo, assegurados o contraditório e a ampla defesa, as fornecimento, e de fontes de materiais naturais
seguintes situações: especificadas no projeto, inclusive devido a atraso ou
descumprimento das obrigações atribuídas pelo contrato à
I - não cumprimento ou cumprimento irregular de normas Administração relacionadas a desapropriação, a
editalícias ou de cláusulas contratuais, de especificações, de desocupação de áreas públicas ou a licenciamento
projetos ou de prazos; ambiental.
II - desatendimento das determinações regulares emitidas § 3º As hipóteses de extinção a que se referem os incisos II,
pela autoridade designada para acompanhar e fiscalizar sua III e IV do § 2º deste artigo observarão as seguintes
execução ou por autoridade superior; disposições:
III - alteração social ou modificação da finalidade ou da I - não serão admitidas em caso de calamidade pública, de
estrutura da empresa que restrinja sua capacidade de grave perturbação da ordem interna ou de guerra, bem
concluir o contrato; como quando decorrerem de ato ou fato que o contratado
IV - decretação de falência ou de insolvência civil, dissolução tenha praticado, do qual tenha participado ou para o qual
da sociedade ou falecimento do contratado; tenha contribuído;

V - caso fortuito ou força maior, regularmente comprovados, II - assegurarão ao contratado o direito de optar pela
impeditivos da execução do contrato; suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até a
normalização da situação, admitido o restabelecimento do
VI - atraso na obtenção da licença ambiental, ou equilíbrio econômico-financeiro do contrato, na forma
impossibilidade de obtê-la, ou alteração substancial do da alínea “d” do inciso II do caput do art. 124 desta Lei.
anteprojeto que dela resultar, ainda que obtida no prazo
previsto; § 4º Os emitentes das garantias previstas no art. 96 desta
Lei deverão ser notificados pelo contratante quanto ao início
VII - atraso na liberação das áreas sujeitas a desapropriação, de processo administrativo para apuração de
a desocupação ou a servidão administrativa, ou descumprimento de cláusulas contratuais.
impossibilidade de liberação dessas áreas;
Art. 138. A extinção do contrato poderá ser:
VIII - razões de interesse público, justificadas pela autoridade
máxima do órgão ou da entidade contratante; I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração,
exceto no caso de descumprimento decorrente de sua
IX - não cumprimento das obrigações relativas à reserva de própria conduta;
cargos prevista em lei, bem como em outras normas
específicas, para pessoa com deficiência, para reabilitado da II - consensual, por acordo entre as partes, por conciliação,
Previdência Social ou para aprendiz. por mediação ou por comitê de resolução de disputas, desde
que haja interesse da Administração;
§ 1º Regulamento poderá especificar procedimentos e
critérios para verificação da ocorrência dos motivos III - determinada por decisão arbitral, em decorrência de
previstos no caput deste artigo. cláusula compromissória ou compromisso arbitral, ou por
decisão judicial.
§ 2º O contratado terá direito à extinção do contrato nas
seguintes hipóteses: § 1º A extinção determinada por ato unilateral da
Administração e a extinção consensual deverão ser
I - supressão, por parte da Administração, de obras, serviços precedidas de autorização escrita e fundamentada da
ou compras que acarrete modificação do valor inicial do autoridade competente e reduzidas a termo no respectivo
contrato além do limite permitido no art. 125 desta Lei; processo.
II - suspensão de execução do contrato, por ordem escrita da § 2º Quando a extinção decorrer de culpa exclusiva da
Administração, por prazo superior a 3 (três) meses; Administração, o contratado será ressarcido pelos prejuízos
III - repetidas suspensões que totalizem 90 (noventa) dias regularmente comprovados que houver sofrido e terá direito
úteis, independentemente do pagamento obrigatório de a:
indenização pelas sucessivas e contratualmente imprevistas I - devolução da garantia;
desmobilizações e mobilizações e outras previstas;
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data
IV - atraso superior a 2 (dois) meses, contado da emissão da de extinção;
nota fiscal, dos pagamentos ou de parcelas de pagamentos
III - pagamento do custo da desmobilização.
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Art. 139. A extinção determinada por ato unilateral da § 1º O objeto do contrato poderá ser rejeitado, no todo ou
Administração poderá acarretar, sem prejuízo das sanções em parte, quando estiver em desacordo com o contrato.
previstas nesta Lei, as seguintes consequências:
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não excluirá a
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local responsabilidade civil pela solidez e pela segurança da obra
em que se encontrar, por ato próprio da Administração; ou serviço nem a responsabilidade ético-profissional pela
perfeita execução do contrato, nos limites estabelecidos pela
II - ocupação e utilização do local, das instalações, dos
lei ou pelo contrato.
equipamentos, do material e do pessoal empregados na
execução do contrato e necessários à sua continuidade; § 3º Os prazos e os métodos para a realização dos
recebimentos provisório e definitivo serão definidos em
III - execução da garantia contratual para:
regulamento ou no contrato.
a) ressarcimento da Administração Pública por prejuízos
§ 4º Salvo disposição em contrário constante do edital ou de
decorrentes da não execução;
ato normativo, os ensaios, os testes e as demais provas para
b) pagamento de verbas trabalhistas, fundiárias e aferição da boa execução do objeto do contrato exigidos por
previdenciárias, quando cabível; normas técnicas oficiais correrão por conta do contratado.
c) pagamento das multas devidas à Administração Pública; § 5º Em se tratando de projeto de obra, o recebimento
definitivo pela Administração não eximirá o projetista ou o
d) exigência da assunção da execução e da conclusão do
consultor da responsabilidade objetiva por todos os danos
objeto do contrato pela seguradora, quando cabível;
causados por falha de projeto.
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o
§ 6º Em se tratando de obra, o recebimento definitivo pela
limite dos prejuízos causados à Administração Pública e das
Administração não eximirá o contratado, pelo prazo mínimo
multas aplicadas.
de 5 (cinco) anos, admitida a previsão de prazo de garantia
§ 1º A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II superior no edital e no contrato, da responsabilidade
do caput deste artigo ficará a critério da Administração, que objetiva pela solidez e pela segurança dos materiais e dos
poderá dar continuidade à obra ou ao serviço por execução serviços executados e pela funcionalidade da construção, da
direta ou indireta. reforma, da recuperação ou da ampliação do bem imóvel, e,
em caso de vício, defeito ou incorreção identificados, o
§ 2º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o ato
contratado ficará responsável pela reparação, pela correção,
deverá ser precedido de autorização expressa do ministro de
pela reconstrução ou pela substituição necessárias.
Estado, do secretário estadual ou do secretário municipal
competente, conforme o caso. CAPÍTULO X
CAPÍTULO IX DOS PAGAMENTOS
DO RECEBIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO Art. 141. No dever de pagamento pela Administração, será
observada a ordem cronológica para cada fonte diferenciada
Art. 140. O objeto do contrato será recebido:
de recursos, subdividida nas seguintes categorias de
I - em se tratando de obras e serviços: contratos:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu I - fornecimento de bens;
acompanhamento e fiscalização, mediante termo detalhado,
II - locações;
quando verificado o cumprimento das exigências de caráter
técnico; III - prestação de serviços;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela IV - realização de obras.
autoridade competente, mediante termo detalhado que
§ 1º A ordem cronológica referida no caput deste artigo
comprove o atendimento das exigências contratuais;
poderá ser alterada, mediante prévia justificativa da
II - em se tratando de compras: autoridade competente e posterior comunicação ao órgão
de controle interno da Administração e ao tribunal de contas
a) provisoriamente, de forma sumária, pelo responsável por
competente, exclusivamente nas seguintes situações:
seu acompanhamento e fiscalização, com verificação
posterior da conformidade do material com as exigências I - grave perturbação da ordem, situação de emergência ou
contratuais; calamidade pública;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela II - pagamento a microempresa, empresa de pequeno porte,
autoridade competente, mediante termo detalhado que agricultor familiar, produtor rural pessoa física,
comprove o atendimento das exigências contratuais. microempreendedor individual e sociedade cooperativa,
desde que demonstrado o risco de descontinuidade do
cumprimento do objeto do contrato;
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III - pagamento de serviços necessários ao funcionamento prestação do serviço, hipótese que deverá ser previamente
dos sistemas estruturantes, desde que demonstrado o risco justificada no processo licitatório e expressamente prevista
de descontinuidade do cumprimento do objeto do contrato; no edital de licitação ou instrumento formal de contratação
direta.
IV - pagamento de direitos oriundos de contratos em caso de
falência, recuperação judicial ou dissolução da empresa § 2º A Administração poderá exigir a prestação de garantia
contratada; adicional como condição para o pagamento antecipado.
V - pagamento de contrato cujo objeto seja imprescindível § 3º Caso o objeto não seja executado no prazo contratual,
para assegurar a integridade do patrimônio público ou para o valor antecipado deverá ser devolvido.
manter o funcionamento das atividades finalísticas do órgão
Art. 146. No ato de liquidação da despesa, os serviços de
ou entidade, quando demonstrado o risco de
contabilidade comunicarão aos órgãos da administração
descontinuidade da prestação de serviço público de
tributária as características da despesa e os valores pagos,
relevância ou o cumprimento da missão institucional.
conforme o disposto no art. 63 da Lei nº 4.320, de 17 de
§ 2º A inobservância imotivada da ordem cronológica março de 1964.
referida no caput deste artigo ensejará a apuração de
CAPÍTULO XI
responsabilidade do agente responsável, cabendo aos
DA NULIDADE DOS CONTRATOS
órgãos de controle a sua fiscalização.
§ 3º O órgão ou entidade deverá disponibilizar, Art. 147. Constatada irregularidade no procedimento
mensalmente, em seção específica de acesso à informação licitatório ou na execução contratual, caso não seja possível
em seu sítio na internet, a ordem cronológica de seus o saneamento, a decisão sobre a suspensão da execução ou
pagamentos, bem como as justificativas que sobre a declaração de nulidade do contrato somente será
fundamentarem a eventual alteração dessa ordem. adotada na hipótese em que se revelar medida de interesse
público, com avaliação, entre outros, dos seguintes aspectos:
Art. 142. Disposição expressa no edital ou no contrato
poderá prever pagamento em conta vinculada ou I - impactos econômicos e financeiros decorrentes do atraso
pagamento pela efetiva comprovação do fato gerador. na fruição dos benefícios do objeto do contrato;

Parágrafo único. (VETADO). II - riscos sociais, ambientais e à segurança da população


local decorrentes do atraso na fruição dos benefícios do
Art. 143. No caso de controvérsia sobre a execução do objeto do contrato;
objeto, quanto a dimensão, qualidade e quantidade, a
parcela incontroversa deverá ser liberada no prazo previsto III - motivação social e ambiental do contrato;
para pagamento. IV - custo da deterioração ou da perda das parcelas
Art. 144. Na contratação de obras, fornecimentos e serviços, executadas;
inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida V - despesa necessária à preservação das instalações e dos
remuneração variável vinculada ao desempenho do serviços já executados;
contratado, com base em metas, padrões de qualidade,
critérios de sustentabilidade ambiental e prazos de entrega VI - despesa inerente à desmobilização e ao posterior
definidos no edital de licitação e no contrato. retorno às atividades;

§ 1º O pagamento poderá ser ajustado em base percentual VII - medidas efetivamente adotadas pelo titular do órgão ou
sobre o valor economizado em determinada despesa, entidade para o saneamento dos indícios de irregularidades
quando o objeto do contrato visar à implantação de processo apontados;
de racionalização, hipótese em que as despesas correrão à VIII - custo total e estágio de execução física e financeira dos
conta dos mesmos créditos orçamentários, na forma de contratos, dos convênios, das obras ou das parcelas
regulamentação específica. envolvidas;
§ 2º A utilização de remuneração variável será motivada e IX - fechamento de postos de trabalho diretos e indiretos em
respeitará o limite orçamentário fixado pela Administração razão da paralisação;
para a contratação.
X - custo para realização de nova licitação ou celebração de
Art. 145. Não será permitido pagamento antecipado, parcial novo contrato;
ou total, relativo a parcelas contratuais vinculadas ao
fornecimento de bens, à execução de obras ou à prestação XI - custo de oportunidade do capital durante o período de
de serviços. paralisação.

§ 1º A antecipação de pagamento somente será permitida se Parágrafo único. Caso a paralisação ou anulação não se
propiciar sensível economia de recursos ou se representar revele medida de interesse público, o poder público deverá
condição indispensável para a obtenção do bem ou para a optar pela continuidade do contrato e pela solução da

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irregularidade por meio de indenização por perdas e danos, TÍTULO IV


sem prejuízo da apuração de responsabilidade e da aplicação DAS IRREGULARIDADES
de penalidades cabíveis. CAPÍTULO I
Art. 148. A declaração de nulidade do contrato DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
administrativo requererá análise prévia do interesse público Art. 155. O licitante ou o contratado será responsabilizado
envolvido, na forma do art. 147 desta Lei, e operará administrativamente pelas seguintes infrações:
retroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que o
contrato deveria produzir ordinariamente e desconstituindo I - dar causa à inexecução parcial do contrato;
os já produzidos. II - dar causa à inexecução parcial do contrato que cause
§ 1º Caso não seja possível o retorno à situação fática grave dano à Administração, ao funcionamento dos serviços
anterior, a nulidade será resolvida pela indenização por públicos ou ao interesse coletivo;
perdas e danos, sem prejuízo da apuração de III - dar causa à inexecução total do contrato;
responsabilidade e aplicação das penalidades cabíveis.
IV - deixar de entregar a documentação exigida para o
§ 2º Ao declarar a nulidade do contrato, a autoridade, com certame;
vistas à continuidade da atividade administrativa, poderá
decidir que ela só tenha eficácia em momento futuro, V - não manter a proposta, salvo em decorrência de fato
suficiente para efetuar nova contratação, por prazo de até 6 superveniente devidamente justificado;
(seis) meses, prorrogável uma única vez. VI - não celebrar o contrato ou não entregar a documentação
Art. 149. A nulidade não exonerará a Administração do dever exigida para a contratação, quando convocado dentro do
de indenizar o contratado pelo que houver executado até a prazo de validade de sua proposta;
data em que for declarada ou tornada eficaz, bem como por VII - ensejar o retardamento da execução ou da entrega do
outros prejuízos regularmente comprovados, desde que não objeto da licitação sem motivo justificado;
lhe seja imputável, e será promovida a responsabilização de
quem lhe tenha dado causa. VIII - apresentar declaração ou documentação falsa exigida
para o certame ou prestar declaração falsa durante a
Art. 150. Nenhuma contratação será feita sem a licitação ou a execução do contrato;
caracterização adequada de seu objeto e sem a indicação
dos créditos orçamentários para pagamento das parcelas IX - fraudar a licitação ou praticar ato fraudulento na
contratuais vincendas no exercício em que for realizada a execução do contrato;
contratação, sob pena de nulidade do ato e de X - comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude de
responsabilização de quem lhe tiver dado causa. qualquer natureza;
CAPÍTULO XII XI - praticar atos ilícitos com vistas a frustrar os objetivos da
DOS MEIOS ALTERNATIVOS DE RESOLUÇÃO DE licitação;
CONTROVÉRSIAS
XII - praticar ato lesivo previsto no art. 5º da Lei nº 12.846,
Art. 151. Nas contratações regidas por esta Lei, poderão ser de 1º de agosto de 2013.
utilizados meios alternativos de prevenção e resolução de
Art. 156. Serão aplicadas ao responsável pelas infrações
controvérsias, notadamente a conciliação, a mediação, o
administrativas previstas nesta Lei as seguintes sanções:
comitê de resolução de disputas e a arbitragem.
I - advertência;
Parágrafo único. Será aplicado o disposto no caput deste
artigo às controvérsias relacionadas a direitos patrimoniais II - multa;
disponíveis, como as questões relacionadas ao
III - impedimento de licitar e contratar;
restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro do
contrato, ao inadimplemento de obrigações contratuais por IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar.
quaisquer das partes e ao cálculo de indenizações.
§ 1º Na aplicação das sanções serão considerados:
Art. 152. A arbitragem será sempre de direito e observará o
I - a natureza e a gravidade da infração cometida;
princípio da publicidade.
II - as peculiaridades do caso concreto;
Art. 153. Os contratos poderão ser aditados para permitir a
adoção dos meios alternativos de resolução de III - as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
controvérsias.
IV - os danos que dela provierem para a Administração
Art. 154. O processo de escolha dos árbitros, dos colegiados Pública;
arbitrais e dos comitês de resolução de disputas observará
critérios isonômicos, técnicos e transparentes.

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V - a implantação ou o aperfeiçoamento de programa de pela Administração ao contratado, além da perda desse


integridade, conforme normas e orientações dos órgãos de valor, a diferença será descontada da garantia prestada ou
controle. será cobrada judicialmente.
§ 2º A sanção prevista no inciso I do caput deste artigo será § 9º A aplicação das sanções previstas no caput deste artigo
aplicada exclusivamente pela infração administrativa não exclui, em hipótese alguma, a obrigação de reparação
prevista no inciso I do caput do art. 155 desta Lei, quando integral do dano causado à Administração Pública.
não se justificar a imposição de penalidade mais grave.
Art. 157. Na aplicação da sanção prevista no inciso II
§ 3º A sanção prevista no inciso II do caput deste artigo, do caput do art. 156 desta Lei, será facultada a defesa do
calculada na forma do edital ou do contrato, não poderá ser interessado no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contado da
inferior a 0,5% (cinco décimos por cento) nem superior a 30% data de sua intimação.
(trinta por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado
Art. 158. A aplicação das sanções previstas nos incisos III e IV
com contratação direta e será aplicada ao responsável por
do caput do art. 156 desta Lei requererá a instauração de
qualquer das infrações administrativas previstas no art. 155
processo de responsabilização, a ser conduzido por comissão
desta Lei.
composta de 2 (dois) ou mais servidores estáveis, que
§ 4º A sanção prevista no inciso III do caput deste artigo será avaliará fatos e circunstâncias conhecidos e intimará o
aplicada ao responsável pelas infrações administrativas licitante ou o contratado para, no prazo de 15 (quinze) dias
previstas nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do caput do art. 155 úteis, contado da data de intimação, apresentar defesa
desta Lei, quando não se justificar a imposição de penalidade escrita e especificar as provas que pretenda produzir.
mais grave, e impedirá o responsável de licitar ou contratar
§ 1º Em órgão ou entidade da Administração Pública cujo
no âmbito da Administração Pública direta e indireta do ente
quadro funcional não seja formado de servidores
federativo que tiver aplicado a sanção, pelo prazo máximo
estatutários, a comissão a que se refere o caput deste artigo
de 3 (três) anos.
será composta de 2 (dois) ou mais empregados públicos
§ 5º A sanção prevista no inciso IV do caput deste artigo será pertencentes aos seus quadros permanentes,
aplicada ao responsável pelas infrações administrativas preferencialmente com, no mínimo, 3 (três) anos de tempo
previstas nos incisos VIII, IX, X, XI e XII do caput do art. 155 de serviço no órgão ou entidade.
desta Lei, bem como pelas infrações administrativas
§ 2º Na hipótese de deferimento de pedido de produção de
previstas nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do caput do referido
novas provas ou de juntada de provas julgadas
artigo que justifiquem a imposição de penalidade mais grave
indispensáveis pela comissão, o licitante ou o contratado
que a sanção referida no § 4º deste artigo, e impedirá o
poderá apresentar alegações finais no prazo de 15 (quinze)
responsável de licitar ou contratar no âmbito da
dias úteis, contado da data da intimação.
Administração Pública direta e indireta de todos os entes
federativos, pelo prazo mínimo de 3 (três) anos e máximo de § 3º Serão indeferidas pela comissão, mediante decisão
6 (seis) anos. fundamentada, provas ilícitas, impertinentes,
desnecessárias, protelatórias ou intempestivas.
§ 6º A sanção estabelecida no inciso IV do caput deste artigo
será precedida de análise jurídica e observará as seguintes § 4º A prescrição ocorrerá em 5 (cinco) anos, contados da
regras: ciência da infração pela Administração, e será:
I - quando aplicada por órgão do Poder Executivo, será de I - interrompida pela instauração do processo de
competência exclusiva de ministro de Estado, de secretário responsabilização a que se refere o caput deste artigo;
estadual ou de secretário municipal e, quando aplicada por
II - suspensa pela celebração de acordo de leniência previsto
autarquia ou fundação, será de competência exclusiva da
na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013;
autoridade máxima da entidade;
III - suspensa por decisão judicial que inviabilize a conclusão
II - quando aplicada por órgãos dos Poderes Legislativo e
da apuração administrativa.
Judiciário, pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública
no desempenho da função administrativa, será de Art. 159. Os atos previstos como infrações administrativas
competência exclusiva de autoridade de nível hierárquico nesta Lei ou em outras leis de licitações e contratos da
equivalente às autoridades referidas no inciso I deste Administração Pública que também sejam tipificados como
parágrafo, na forma de regulamento. atos lesivos na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, serão
apurados e julgados conjuntamente, nos mesmos autos,
§ 7º As sanções previstas nos incisos I, III e IV do caput deste
observados o rito procedimental e a autoridade competente
artigo poderão ser aplicadas cumulativamente com a
definidos na referida Lei.
prevista no inciso II do caput deste artigo.
Parágrafo único. (VETADO).
§ 8º Se a multa aplicada e as indenizações cabíveis forem
superiores ao valor de pagamento eventualmente devido

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Art. 160. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada implantação ou aperfeiçoamento de programa de
sempre que utilizada com abuso do direito para facilitar, integridade pelo responsável.
encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos
CAPÍTULO II
nesta Lei ou para provocar confusão patrimonial, e, nesse
DAS IMPUGNAÇÕES, DOS PEDIDOS DE ESCLARECIMENTO E
caso, todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica
serão estendidos aos seus administradores e sócios com DOS RECURSOS
poderes de administração, a pessoa jurídica sucessora ou a Art. 164. Qualquer pessoa é parte legítima para impugnar
empresa do mesmo ramo com relação de coligação ou edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei
controle, de fato ou de direito, com o sancionado, ou para solicitar esclarecimento sobre os seus termos,
observados, em todos os casos, o contraditório, a ampla devendo protocolar o pedido até 3 (três) dias úteis antes da
defesa e a obrigatoriedade de análise jurídica prévia. data de abertura do certame.
Art. 161. Os órgãos e entidades dos Poderes Executivo, Parágrafo único. A resposta à impugnação ou ao pedido de
Legislativo e Judiciário de todos os entes federativos esclarecimento será divulgada em sítio eletrônico oficial no
deverão, no prazo máximo 15 (quinze) dias úteis, contado da prazo de até 3 (três) dias úteis, limitado ao último dia útil
data de aplicação da sanção, informar e manter atualizados anterior à data da abertura do certame.
os dados relativos às sanções por eles aplicadas, para fins de
publicidade no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Art. 165. Dos atos da Administração decorrentes da
Suspensas (Ceis) e no Cadastro Nacional de Empresas aplicação desta Lei cabem:
Punidas (Cnep), instituídos no âmbito do Poder Executivo I - recurso, no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da data de
federal. intimação ou de lavratura da ata, em face de:
Parágrafo único. Para fins de aplicação das sanções previstas a) ato que defira ou indefira pedido de pré-qualificação de
nos incisos I, II, III e IV do caput do art. 156 desta Lei, o Poder interessado ou de inscrição em registro cadastral, sua
Executivo regulamentará a forma de cômputo e as alteração ou cancelamento;
consequências da soma de diversas sanções aplicadas a uma
mesma empresa e derivadas de contratos distintos. b) julgamento das propostas;

Art. 162. O atraso injustificado na execução do contrato c) ato de habilitação ou inabilitação de licitante;
sujeitará o contratado a multa de mora, na forma prevista d) anulação ou revogação da licitação;
em edital ou em contrato.
e) extinção do contrato, quando determinada por ato
Parágrafo único. A aplicação de multa de mora não impedirá unilateral e escrito da Administração;
que a Administração a converta em compensatória e
promova a extinção unilateral do contrato com a aplicação II - pedido de reconsideração, no prazo de 3 (três) dias úteis,
cumulada de outras sanções previstas nesta Lei. contado da data de intimação, relativamente a ato do qual
não caiba recurso hierárquico.
Art. 163. É admitida a reabilitação do licitante ou contratado
perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, § 1º Quanto ao recurso apresentado em virtude do disposto
exigidos, cumulativamente: nas alíneas “b” e “c” do inciso I do caput deste artigo, serão
observadas as seguintes disposições:
I - reparação integral do dano causado à Administração
Pública; I - a intenção de recorrer deverá ser manifestada
imediatamente, sob pena de preclusão, e o prazo para
II - pagamento da multa; apresentação das razões recursais previsto no inciso I
III - transcurso do prazo mínimo de 1 (um) ano da aplicação do caput deste artigo será iniciado na data de intimação ou
da penalidade, no caso de impedimento de licitar e de lavratura da ata de habilitação ou inabilitação ou, na
contratar, ou de 3 (três) anos da aplicação da penalidade, no hipótese de adoção da inversão de fases prevista no § 1º do
caso de declaração de inidoneidade; art. 17 desta Lei, da ata de julgamento;

IV - cumprimento das condições de reabilitação definidas no II - a apreciação dar-se-á em fase única.


ato punitivo; § 2º O recurso de que trata o inciso I do caput deste artigo
V - análise jurídica prévia, com posicionamento conclusivo será dirigido à autoridade que tiver editado o ato ou
quanto ao cumprimento dos requisitos definidos neste proferido a decisão recorrida, que, se não reconsiderar o ato
artigo. ou a decisão no prazo de 3 (três) dias úteis, encaminhará o
recurso com a sua motivação à autoridade superior, a qual
Parágrafo único. A sanção pelas infrações previstas deverá proferir sua decisão no prazo máximo de 10 (dez) dias
nos incisos VIII e XII do caput do art. 155 desta Lei exigirá, úteis, contado do recebimento dos autos.
como condição de reabilitação do licitante ou contratado, a
§ 3º O acolhimento do recurso implicará invalidação apenas
de ato insuscetível de aproveitamento.
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§ 4º O prazo para apresentação de contrarrazões será o o resultado mais vantajoso para a Administração, com
mesmo do recurso e terá início na data de intimação pessoal eficiência, eficácia e efetividade nas contratações públicas.
ou de divulgação da interposição do recurso.
§ 2º Para a realização de suas atividades, os órgãos de
§ 5º Será assegurado ao licitante vista dos elementos controle deverão ter acesso irrestrito aos documentos e às
indispensáveis à defesa de seus interesses. informações necessárias à realização dos trabalhos, inclusive
aos documentos classificados pelo órgão ou entidade nos
Art. 166. Da aplicação das sanções previstas nos incisos I, II e
termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e o
III do caput do art. 156 desta Lei caberá recurso no prazo de
órgão de controle com o qual foi compartilhada eventual
15 (quinze) dias úteis, contado da data da intimação.
informação sigilosa tornar-se-á corresponsável pela
Parágrafo único. O recurso de que trata o caput deste artigo manutenção do seu sigilo.
será dirigido à autoridade que tiver proferido a decisão
§ 3º Os integrantes das linhas de defesa a que se referem os
recorrida, que, se não a reconsiderar no prazo de 5 (cinco)
incisos I, II e III do caput deste artigo observarão o seguinte:
dias úteis, encaminhará o recurso com sua motivação à
autoridade superior, a qual deverá proferir sua decisão no I - quando constatarem simples impropriedade formal,
prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis, contado do adotarão medidas para o seu saneamento e para a mitigação
recebimento dos autos. de riscos de sua nova ocorrência, preferencialmente com o
aperfeiçoamento dos controles preventivos e com a
Art. 167. Da aplicação da sanção prevista no inciso IV
capacitação dos agentes públicos responsáveis;
do caput do art. 156 desta Lei caberá apenas pedido de
reconsideração, que deverá ser apresentado no prazo de 15 II - quando constatarem irregularidade que configure dano à
(quinze) dias úteis, contado da data da intimação, e decidido Administração, sem prejuízo das medidas previstas no inciso
no prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis, contado do seu I deste § 3º, adotarão as providências necessárias para a
recebimento. apuração das infrações administrativas, observadas a
segregação de funções e a necessidade de individualização
Art. 168. O recurso e o pedido de reconsideração terão efeito
das condutas, bem como remeterão ao Ministério Público
suspensivo do ato ou da decisão recorrida até que
competente cópias dos documentos cabíveis para a
sobrevenha decisão final da autoridade competente.
apuração dos ilícitos de sua competência.
Parágrafo único. Na elaboração de suas decisões, a
Art. 170. Os órgãos de controle adotarão, na fiscalização dos
autoridade competente será auxiliada pelo órgão de
atos previstos nesta Lei, critérios de oportunidade,
assessoramento jurídico, que deverá dirimir dúvidas e
materialidade, relevância e risco e considerarão as razões
subsidiá-la com as informações necessárias.
apresentadas pelos órgãos e entidades responsáveis e os
CAPÍTULO III resultados obtidos com a contratação, observado o disposto
DO CONTROLE DAS CONTRATAÇÕES no § 3º do art. 169 desta Lei.

Art. 169. As contratações públicas deverão submeter-se a § 1º As razões apresentadas pelos órgãos e entidades
práticas contínuas e permanentes de gestão de riscos e de responsáveis deverão ser encaminhadas aos órgãos de
controle preventivo, inclusive mediante adoção de recursos controle até a conclusão da fase de instrução do processo e
de tecnologia da informação, e, além de estar subordinadas não poderão ser desentranhadas dos autos.
ao controle social, sujeitar-se-ão às seguintes linhas de § 2º A omissão na prestação das informações não impedirá
defesa: as deliberações dos órgãos de controle nem retardará a
I - primeira linha de defesa, integrada por servidores e aplicação de qualquer de seus prazos de tramitação e de
empregados públicos, agentes de licitação e autoridades que deliberação.
atuam na estrutura de governança do órgão ou entidade; § 3º Os órgãos de controle desconsiderarão os documentos
II - segunda linha de defesa, integrada pelas unidades de impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum
assessoramento jurídico e de controle interno do próprio interesse para o esclarecimento dos fatos.
órgão ou entidade; § 4º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou
III - terceira linha de defesa, integrada pelo órgão central de jurídica poderá representar aos órgãos de controle interno
controle interno da Administração e pelo tribunal de contas. ou ao tribunal de contas competente contra irregularidades
na aplicação desta Lei.
§ 1º Na forma de regulamento, a implementação das
práticas a que se refere o caput deste artigo será de Art. 171. Na fiscalização de controle será observado o
responsabilidade da alta administração do órgão ou seguinte:
entidade e levará em consideração os custos e os benefícios I - viabilização de oportunidade de manifestação aos
decorrentes de sua implementação, optando-se pelas gestores sobre possíveis propostas de encaminhamento que
medidas que promovam relações íntegras e confiáveis, com terão impacto significativo nas rotinas de trabalho dos
segurança jurídica para todos os envolvidos, e que produzam
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órgãos e entidades fiscalizados, a fim de que eles aprendizagem, seminários e congressos sobre contratações
disponibilizem subsídios para avaliação prévia da relação públicas.
entre custo e benefício dessas possíveis proposições;
TÍTULO V
II - adoção de procedimentos objetivos e imparciais e DISPOSIÇÕES GERAIS
elaboração de relatórios tecnicamente fundamentados, CAPÍTULO I
baseados exclusivamente nas evidências obtidas e DO PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
organizados de acordo com as normas de auditoria do (PNCP)
respectivo órgão de controle, de modo a evitar que
interesses pessoais e interpretações tendenciosas interfiram Art. 174. É criado o Portal Nacional de Contratações Públicas
na apresentação e no tratamento dos fatos levantados; (PNCP), sítio eletrônico oficial destinado à:
III - definição de objetivos, nos regimes de empreitada por I - divulgação centralizada e obrigatória dos atos exigidos por
preço global, empreitada integral, contratação semi- esta Lei;
integrada e contratação integrada, atendidos os requisitos II - realização facultativa das contratações pelos órgãos e
técnicos, legais, orçamentários e financeiros, de acordo com entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de
as finalidades da contratação, devendo, ainda, ser perquirida todos os entes federativos.
a conformidade do preço global com os parâmetros de
mercado para o objeto contratado, considerada inclusive a § 1º O PNCP será gerido pelo Comitê Gestor da Rede
dimensão geográfica. Nacional de Contratações Públicas, a ser presidido por
representante indicado pelo Presidente da República e
§ 1º Ao suspender cautelarmente o processo licitatório, o composto de:
tribunal de contas deverá pronunciar-se definitivamente
sobre o mérito da irregularidade que tenha dado causa à I - 3 (três) representantes da União indicados pelo Presidente
suspensão no prazo de 25 (vinte e cinco) dias úteis, contado da República;
da data do recebimento das informações a que se refere o § II - 2 (dois) representantes dos Estados e do Distrito Federal
2º deste artigo, prorrogável por igual período uma única vez, indicados pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado
e definirá objetivamente: da Administração;
I - as causas da ordem de suspensão; III - 2 (dois) representantes dos Municípios indicados pela
II - o modo como será garantido o atendimento do interesse Confederação Nacional de Municípios.
público obstado pela suspensão da licitação, no caso de § 2º O PNCP conterá, entre outras, as seguintes informações
objetos essenciais ou de contratação por emergência. acerca das contratações:
§ 2º Ao ser intimado da ordem de suspensão do processo I - planos de contratação anuais;
licitatório, o órgão ou entidade deverá, no prazo de 10 (dez)
dias úteis, admitida a prorrogação: II - catálogos eletrônicos de padronização;
I - informar as medidas adotadas para cumprimento da III - editais de credenciamento e de pré-qualificação, avisos
decisão; de contratação direta e editais de licitação e respectivos
anexos;
II - prestar todas as informações cabíveis;
IV - atas de registro de preços;
III - proceder à apuração de responsabilidade, se for o caso.
V - contratos e termos aditivos;
§ 3º A decisão que examinar o mérito da medida cautelar a
que se refere o § 1º deste artigo deverá definir as medidas VI - notas fiscais eletrônicas, quando for o caso.
necessárias e adequadas, em face das alternativas possíveis, § 3º O PNCP deverá, entre outras funcionalidades, oferecer:
para o saneamento do processo licitatório, ou determinar a
sua anulação. I - sistema de registro cadastral unificado;

§ 4º O descumprimento do disposto no § 2º deste artigo II - painel para consulta de preços, banco de preços em saúde
ensejará a apuração de responsabilidade e a obrigação de e acesso à base nacional de notas fiscais eletrônicas;
reparação do prejuízo causado ao erário. III - sistema de planejamento e gerenciamento de
Art. 172. (VETADO). contratações, incluído o cadastro de atesto de cumprimento
de obrigações previsto no § 4º do art. 88 desta Lei;
Art. 173. Os tribunais de contas deverão, por meio de suas
escolas de contas, promover eventos de capacitação para os IV - sistema eletrônico para a realização de sessões públicas;
servidores efetivos e empregados públicos designados para V - acesso ao Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e
o desempenho das funções essenciais à execução desta Lei, Suspensas (Ceis) e ao Cadastro Nacional de Empresas
incluídos cursos presenciais e a distância, redes de Punidas (Cnep);

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VI - sistema de gestão compartilhada com a sociedade de CAPÍTULO II


informações referentes à execução do contrato, que DAS ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS
possibilite:
Art. 177. O caput do art. 1.048 da Lei nº 13.105, de 16 de
a) envio, registro, armazenamento e divulgação de março de 2015 (Código de Processo Civil), passa a vigorar
mensagens de texto ou imagens pelo interessado acrescido do seguinte inciso IV:
previamente identificado;
“Art.1.048.
b) acesso ao sistema informatizado de acompanhamento de ................................................................................................
obras a que se refere o inciso III do caput do art. 19 desta Lei; .......
c) comunicação entre a população e representantes da ................................................................................................
Administração e do contratado designados para prestar as ..........................
informações e esclarecimentos pertinentes, na forma de
regulamento; IV - em que se discuta a aplicação do disposto nas normas
gerais de licitação e contratação a que se refere o inciso
d) divulgação, na forma de regulamento, de relatório final XXVII do caput do art. 22 da Constituição Federal.
com informações sobre a consecução dos objetivos que
tenham justificado a contratação e eventuais condutas a ................................................................................................
serem adotadas para o aprimoramento das atividades da ................” (NR)
Administração. Art. 178. O Título XI da Parte Especial do Decreto-Lei nº
§ 4º O PNCP adotará o formato de dados abertos e observará 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a
as exigências previstas na Lei nº 12.527, de 18 de novembro vigorar acrescido do seguinte Capítulo II-B:
de 2011. “CAPÍTULO II-B
§ 5º (VETADO). DOS CRIMES EM LICITAÇÕES E CONTRATOS
Art. 175. Sem prejuízo do disposto no art. 174 desta Lei, os ADMINISTRATIVOS
entes federativos poderão instituir sítio eletrônico oficial Contratação direta ilegal
para divulgação complementar e realização das respectivas
contratações. Art. 337-E. Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação
direta fora das hipóteses previstas em lei:
§ 1º Desde que mantida a integração com o PNCP, as
contratações poderão ser realizadas por meio de sistema Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
eletrônico fornecido por pessoa jurídica de direito privado, Frustração do caráter competitivo de licitação
na forma de regulamento.
Art. 337-F. Frustrar ou fraudar, com o intuito de obter para
§ 2º (VETADO). si ou para outrem vantagem decorrente da adjudicação do
Art. 176. Os Municípios com até 20.000 (vinte mil) habitantes objeto da licitação, o caráter competitivo do processo
terão o prazo de 6 (seis) anos, contado da data de publicação licitatório:
desta Lei, para cumprimento: Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa.
I - dos requisitos estabelecidos no art. 7º e no caput do art. Patrocínio de contratação indevida
8º desta Lei;
Art. 337-G. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
II - da obrigatoriedade de realização da licitação sob a forma privado perante a Administração Pública, dando causa à
eletrônica a que se refere o § 2º do art. 17 desta Lei; instauração de licitação ou à celebração de contrato cuja
III - das regras relativas à divulgação em sítio eletrônico invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário:
oficial. Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
Parágrafo único. Enquanto não adotarem o PNCP, os Modificação ou pagamento irregular em contrato
Municípios a que se refere o caput deste artigo deverão: administrativo
I - publicar, em diário oficial, as informações que esta Lei Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer
exige que sejam divulgadas em sítio eletrônico oficial, modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual,
admitida a publicação de extrato; em favor do contratado, durante a execução dos contratos
II - disponibilizar a versão física dos documentos em suas celebrados com a Administração Pública, sem autorização
repartições, vedada a cobrança de qualquer valor, salvo o em lei, no edital da licitação ou nos respectivos instrumentos
referente ao fornecimento de edital ou de cópia de contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem
documento, que não será superior ao custo de sua cronológica de sua exigibilidade:
reprodução gráfica. Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa.
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Perturbação de processo licitatório Art. 337-N. Obstar, impedir ou dificultar injustamente a


inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou
Art. 337-I. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de
promover indevidamente a alteração, a suspensão ou o
qualquer ato de processo licitatório:
cancelamento de registro do inscrito:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Violação de sigilo em licitação
Omissão grave de dado ou de informação por projetista
Art. 337-J. Devassar o sigilo de proposta apresentada em
Art. 337-O. Omitir, modificar ou entregar à Administração
processo licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de
Pública levantamento cadastral ou condição de contorno em
devassá-lo:
relevante dissonância com a realidade, em frustração ao
Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 3 (três) anos, e multa. caráter competitivo da licitação ou em detrimento da
seleção da proposta mais vantajosa para a Administração
Afastamento de licitante
Pública, em contratação para a elaboração de projeto básico,
Art. 337-K. Afastar ou tentar afastar licitante por meio de projeto executivo ou anteprojeto, em diálogo competitivo
violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de ou em procedimento de manifestação de interesse:
vantagem de qualquer tipo:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 5 (cinco) anos, e multa,
§ 1º Consideram-se condição de contorno as informações e
além da pena correspondente à violência.
os levantamentos suficientes e necessários para a definição
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou da solução de projeto e dos respectivos preços pelo licitante,
desiste de licitar em razão de vantagem oferecida. incluídos sondagens, topografia, estudos de demanda,
condições ambientais e demais elementos ambientais
Fraude em licitação ou contrato
impactantes, considerados requisitos mínimos ou
Art. 337-L. Fraudar, em prejuízo da Administração Pública, obrigatórios em normas técnicas que orientam a elaboração
licitação ou contrato dela decorrente, mediante: de projetos.
I - entrega de mercadoria ou prestação de serviços com § 2º Se o crime é praticado com o fim de obter benefício,
qualidade ou em quantidade diversas das previstas no edital direto ou indireto, próprio ou de outrem, aplica-se em dobro
ou nos instrumentos contratuais; a pena prevista no caput deste artigo.
II - fornecimento, como verdadeira ou perfeita, de Art. 337-P. A pena de multa cominada aos crimes previstos
mercadoria falsificada, deteriorada, inservível para consumo neste Capítulo seguirá a metodologia de cálculo prevista
ou com prazo de validade vencido; neste Código e não poderá ser inferior a 2% (dois por cento)
do valor do contrato licitado ou celebrado com contratação
III - entrega de uma mercadoria por outra;
direta.”
IV - alteração da substância, qualidade ou quantidade da
Art. 179. Os incisos II e III do caput do art. 2º da Lei nº 8.987,
mercadoria ou do serviço fornecido;
de 13 de fevereiro de 1995, passam a vigorar com a seguinte
V - qualquer meio fraudulento que torne injustamente mais redação:
onerosa para a Administração Pública a proposta ou a
“Art.
execução do contrato:
2º ...........................................................................................
Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa. ..................
Contratação inidônea ................................................................................................
...........................
Art. 337-M. Admitir à licitação empresa ou profissional
declarado inidôneo: II - concessão de serviço público: a delegação de sua
prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação,
Pena - reclusão, de 1 (um) ano a 3 (três) anos, e multa.
na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a
§ 1º Celebrar contrato com empresa ou profissional pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
declarado inidôneo: capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e
por prazo determinado;
Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 6 (seis) anos, e multa.
§ 2º Incide na mesma pena do caput deste artigo aquele que, III - concessão de serviço público precedida da execução de
declarado inidôneo, venha a participar de licitação e, na obra pública: a construção, total ou parcial, conservação,
reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de
mesma pena do § 1º deste artigo, aquele que, declarado
interesse público, delegados pelo poder concedente,
inidôneo, venha a contratar com a Administração Pública.
mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo
Impedimento indevido competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
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demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e normal ou se houver indisponibilidade da comunicação
risco, de forma que o investimento da concessionária seja eletrônica.
remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço
§ 3º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, se no mês
ou da obra por prazo determinado;
do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início
................................................................................................ do prazo, considera-se como termo o último dia do mês.
..................” (NR)
Art. 184. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber
Art. 180. O caput do art. 10 da Lei nº 11.079, de 30 de e na ausência de norma específica, aos convênios, acordos,
dezembro de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação: ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por
órgãos e entidades da Administração Pública, na forma
“Art. 10. A contratação de parceria público-privada será
estabelecida em regulamento do Poder Executivo federal.
precedida de licitação na modalidade concorrência ou
diálogo competitivo, estando a abertura do processo Art. 185. Aplicam-se às licitações e aos contratos regidos
licitatório condicionada a: pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, as disposições
do Capítulo II-B do Título XI da Parte Especial do Decreto-Lei
................................................................................................
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
.................” (NR)
Art. 186. Aplicam-se as disposições desta Lei
CAPÍTULO III
subsidiariamente à Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995,
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
à Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, e à Lei nº
Art. 181. Os entes federativos instituirão centrais de 12.232, de 29 de abril de 2010.
compras, com o objetivo de realizar compras em grande Art. 187. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
escala, para atender a diversos órgãos e entidades sob sua poderão aplicar os regulamentos editados pela União para
competência e atingir as finalidades desta Lei. execução desta Lei.
Parágrafo único. No caso dos Municípios com até 10.000 (dez Art. 188. (VETADO).
mil) habitantes, serão preferencialmente constituídos
consórcios públicos para a realização das atividades Art. 189. Aplica-se esta Lei às hipóteses previstas na
previstas no caput deste artigo, nos termos da Lei nº 11.107, legislação que façam referência expressa à Lei nº 8.666, de
de 6 de abril de 2005. 21 de junho de 1993, à Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002,
e aos arts. 1º a 47-A da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011.
Art. 182. O Poder Executivo federal atualizará, a cada dia 1º
de janeiro, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Art. 190. O contrato cujo instrumento tenha sido assinado
Amplo Especial (IPCA-E) ou por índice que venha a substituí- antes da entrada em vigor desta Lei continuará a ser regido
lo, os valores fixados por esta Lei, os quais serão divulgados de acordo com as regras previstas na legislação revogada.
no PNCP. Art. 191. Até o decurso do prazo de que trata o inciso II
Art. 183. Os prazos previstos nesta Lei serão contados com do caput do art. 193, a Administração poderá optar por
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento licitar ou contratar diretamente de acordo com esta Lei ou
e observarão as seguintes disposições: de acordo com as leis citadas no referido inciso, e a opção
escolhida deverá ser indicada expressamente no edital ou no
I - os prazos expressos em dias corridos serão computados aviso ou instrumento de contratação direta, vedada a
de modo contínuo; aplicação combinada desta Lei com as citadas no referido
II - os prazos expressos em meses ou anos serão computados inciso.
de data a data; Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, se a
III - nos prazos expressos em dias úteis, serão computados Administração optar por licitar de acordo com as leis citadas
somente os dias em que ocorrer expediente administrativo no inciso II do caput do art. 193 desta Lei, o contrato
no órgão ou entidade competente. respectivo será regido pelas regras nelas previstas durante
toda a sua vigência.
§ 1º Salvo disposição em contrário, considera-se dia do
começo do prazo: Art. 192. O contrato relativo a imóvel do patrimônio da União
ou de suas autarquias e fundações continuará regido pela
I - o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da legislação pertinente, aplicada esta Lei subsidiariamente.
informação na internet;
Art. 193. Revogam-se:
II - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento,
quando a notificação for pelos correios. I - os arts. 89 a 108 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
na data de publicação desta Lei;
§ 2º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil
seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver II - a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei nº 10.520, de
expediente, se o expediente for encerrado antes da hora 17 de julho de 2002, e os arts. 1º a 47-A da Lei nº 12.462, de
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4 de agosto de 2011, após decorridos 2 (dois) anos da mais vantajosa para a administração e a promoção do
publicação oficial desta Lei. desenvolvimento nacional sustentável e será processada e
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos
Art. 194. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
Brasília, 1º de abril de 2021; 200o da Independência e igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
133o da República. vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento
objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Lei nº 12.349, de 2010) (Regulamento) (Regulamento)
Anderson Gustavo Torres (Regulamento)
Paulo Guedes § 1o É vedado aos agentes públicos:
Tarcisio Gomes de Freitas I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação,
cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou
Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes
frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de
Wagner de Campos Rosário sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou
distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio
André Luiz de Almeida Mendonça
dos licitantes ou de qualquer outra circunstância
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do
Lei nº 8.666/1993 contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e
no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991;
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)
institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública e dá outras providências. II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza
comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos,
CAPÍTULO I mesmo quando envolvidos financiamentos de agências
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte
SEÇÃO I e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
DOS PRINCÍPIOS § 2o Em igualdade de condições, como critério de
desempate, será assegurada preferência, sucessivamente,
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e
aos bens e serviços:
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços,
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no I - (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010)
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
II - produzidos no País;
Federal e dos Municípios.
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além
dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.
sociedades de economia mista e demais entidades (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados,
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem
Distrito Federal e Municípios.
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para
Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
alienações, concessões, permissões e locações da Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na
Administração Pública, quando contratadas com terceiros, legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas
§ 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis
as hipóteses previstas nesta Lei.
ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades
§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
da Administração Pública e particulares, em que haja um
acordo de vontades para a formação de vínculo e a § 5o Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a margem de preferência para: (Redação dada pela Lei nº
denominação utilizada. 13.146, de 2015) (Vigência)
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta

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I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide
atendam a normas técnicas brasileiras; e (Incluído pela Lei nº Decreto nº 7.546, de 2011)
13.146, de 2015) (Vigência)
§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens,
II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da
que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista autoridade competente, exigir que o contratado promova,
em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da em favor de órgão ou entidade integrante da administração
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo
previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) isonômico, medidas de compensação comercial, industrial,
(Vigência) tecnológica ou acesso a condições vantajosas de
financiamento, cumulativamente ou não, na forma
§ 6o A margem de preferência de que trata o § 5o será
estabelecida pelo Poder Executivo federal. (Incluído pela Lei
estabelecida com base em estudos revistos periodicamente,
nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em
consideração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide § 12. Nas contratações destinadas à implantação,
Decreto nº 7.546, de 2011) (Vide Decreto nº 7.709, de 2012) manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de
(Vide Decreto nº 7.713, de 2012) (Vide Decreto nº 7.756, de tecnologia de informação e comunicação, considerados
2012) estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a licitação
poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia
I - geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.349,
desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo
de 2010)
produtivo básico de que trata a Lei no 10.176, de 11 de
II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e janeiro de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide
municipais; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) Decreto nº 7.546, de 2011)
III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no § 13. Será divulgada na internet, a cada exercício financeiro,
País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) a relação de empresas favorecidas em decorrência do
disposto nos §§ 5o, 7o, 10, 11 e 12 deste artigo, com indicação
IV - custo adicional dos produtos e serviços; e (Incluído pela
do volume de recursos destinados a cada uma delas.
Lei nº 12.349, de 2010)
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.
§ 14. As preferências definidas neste artigo e nas demais
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
normas de licitação e contratos devem privilegiar o
§ 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e
resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica empresas de pequeno porte na forma da lei. (Incluído pela
realizados no País, poderá ser estabelecido margem de Lei Complementar nº 147, de 2014)
preferência adicional àquela prevista no § 5o. (Incluído pela
§ 15. As preferências dispostas neste artigo prevalecem
Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
sobre as demais preferências previstas na legislação quando
§ 8o As margens de preferência por produto, serviço, grupo estas forem aplicadas sobre produtos ou serviços
de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ estrangeiros. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não 2014)
podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte
Art. 4o Todos quantos participem de licitação promovida
e cinco por cento) sobre o preço dos produtos
pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm
manufaturados e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº
direito público subjetivo à fiel observância do pertinente
12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer
§ 9o As disposições contidas nos §§ 5o e 7o deste artigo não cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não
se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos
produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela trabalhos.
Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei
I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou (Incluído caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em
pela Lei nº 12.349, de 2010) qualquer esfera da Administração Pública.
II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7o do art. 23 Art. 5o Todos os valores, preços e custos utilizados nas
desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 12.349, de licitações terão como expressão monetária a moeda
2010) corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei,
devendo cada unidade da Administração, no pagamento das
§ 10. A margem de preferência a que se refere o § 5o poderá
obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações,
ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços
realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para
originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul -
cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem
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cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando a) empreitada por preço global - quando se contrata a
presentes relevantes razões de interesse público e mediante execução da obra ou do serviço por preço certo e total;
prévia justificativa da autoridade competente, devidamente
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a
publicada.
execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades
§ 1o Os créditos a que se refere este artigo terão seus determinadas;
valores corrigidos por critérios previstos no ato convocatório
c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
e que lhes preservem o valor.
d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos
§ 2o A correção de que trata o parágrafo anterior cujo
trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de
pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta
materiais;
das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos
créditos a que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883, e) empreitada integral - quando se contrata um
de 1994) empreendimento em sua integralidade, compreendendo
todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias,
§ 3o Observados o disposto no caput, os pagamentos
sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega
decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o
ao contratante em condições de entrada em operação,
limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização
dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo
em condições de segurança estrutural e operacional e com
de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da
as características adequadas às finalidades para que foi
fatura. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
contratada;
Art. 5o-A. As normas de licitações e contratos devem
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e
privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às
suficientes, com nível de precisão adequado, para
microempresas e empresas de pequeno porte na forma da
caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou
lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
serviços objeto da licitação, elaborado com base nas
SEÇÃO II indicações dos estudos técnicos preliminares, que
DAS DEFINIÇÕES assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do
impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a
Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se: avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do
I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta; a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a
II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada fornecer visão global da obra e identificar todos os seus
utilidade de interesse para a Administração, tais como: elementos constitutivos com clareza;
demolição, conserto, instalação, montagem, operação, b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente
conservação, reparação, adaptação, manutenção, detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de
transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração
trabalhos técnico-profissionais; do projeto executivo e de realização das obras e montagem;
III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para c) identificação dos tipos de serviços a executar e de
fornecimento de uma só vez ou parceladamente; materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como
IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a suas especificações que assegurem os melhores resultados
terceiros; para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo
para a sua execução;
V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo
valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de
limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta métodos construtivos, instalações provisórias e condições
Lei; organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução;
VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel
cumprimento das obrigações assumidas por empresas em e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão
licitações e contratos; da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de
suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades necessários em cada caso;
da Administração, pelos próprios meios;
f) orçamento detalhado do custo global da obra,
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos
com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: (Redação propriamente avaliados;
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários SEÇÃO III


e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as DAS OBRAS E SERVIÇOS
normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT; Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a
prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e,
XI - Administração Pública - a administração direta e indireta em particular, à seguinte seqüência:
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
abrangendo inclusive as entidades com personalidade I - projeto básico;
jurídica de direito privado sob controle do poder público e II - projeto executivo;
das fundações por ele instituídas ou mantidas;
III - execução das obras e serviços.
XII - Administração - órgão, entidade ou unidade
administrativa pela qual a Administração Pública opera e § 1o A execução de cada etapa será obrigatoriamente
atua concretamente; precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade
competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à
XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da exceção do projeto executivo, o qual poderá ser
Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial da desenvolvido concomitantemente com a execução das obras
União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e serviços, desde que também autorizado pela
o que for definido nas respectivas leis; (Redação dada pela Administração.
Lei nº 8.883, de 1994)
§ 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados
XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do quando:
instrumento contratual;
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade
XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária de competente e disponível para exame dos interessados em
contrato com a Administração Pública; participar do processo licitatório;
XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem
pela Administração com a função de receber, examinar e a composição de todos os seus custos unitários;
julgar todos os documentos e procedimentos relativos às
licitações e ao cadastramento de licitantes. III - houver previsão de recursos orçamentários que
assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de
XVII - produtos manufaturados nacionais - produtos obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro
manufaturados, produzidos no território nacional de acordo em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
com o processo produtivo básico ou com as regras de origem
estabelecidas pelo Poder Executivo federal; (Incluído pela Lei IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas
nº 12.349, de 2010) estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da
Constituição Federal, quando for o caso.
XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País, nas
condições estabelecidas pelo Poder Executivo federal; § 3o É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a
sua origem, exceto nos casos de empreendimentos
XIX - sistemas de tecnologia de informação e comunicação executados e explorados sob o regime de concessão, nos
estratégicos - bens e serviços de tecnologia da informação e termos da legislação específica.
comunicação cuja descontinuidade provoque dano
significativo à administração pública e que envolvam pelo § 4o É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de
menos um dos seguintes requisitos relacionados às fornecimento de materiais e serviços sem previsão de
informações críticas: disponibilidade, confiabilidade, quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às
segurança e confidencialidade. (Incluído pela Lei nº 12.349, previsões reais do projeto básico ou executivo.
de 2010) § 5o É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua
XX - produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens, bens e serviços sem similaridade ou de marcas,
insumos, serviços e obras necessários para atividade de características e especificações exclusivas, salvo nos casos
pesquisa científica e tecnológica, desenvolvimento de em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o
tecnologia ou inovação tecnológica, discriminados em fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o
projeto de pesquisa aprovado pela instituição contratante. regime de administração contratada, previsto e discriminado
(Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016) no ato convocatório.
§ 6o A infringência do disposto neste artigo implica a
nulidade dos atos ou contratos realizados e a
responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.

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§ 7o Não será ainda computado como valor da obra ou obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a
serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a estes necessários.
atualização monetária das obrigações de pagamento, desde
§ 4o O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos
a data final de cada período de aferição até a do respectivo
membros da comissão de licitação.
pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios
estabelecidos obrigatoriamente no ato convocatório. Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas
o seguintes formas: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 8 Qualquer cidadão poderá requerer à Administração
Pública os quantitativos das obras e preços unitários de I - execução direta;
determinada obra executada.
II - execução indireta, nos seguintes regimes: (Redação dada
§ 9o O disposto neste artigo aplica-se também, no que pela Lei nº 8.883, de 1994)
couber, aos casos de dispensa e de inexigibilidade de
a) empreitada por preço global;
licitação.
b) empreitada por preço unitário;
Art. 8o A execução das obras e dos serviços deve programar-
se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos atual e c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
final e considerados os prazos de sua execução.
d) tarefa;
Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado da
e) empreitada integral.
execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se
existente previsão orçamentária para sua execução total, Parágrafo único. (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883,
salvo insuficiência financeira ou comprovado motivo de de 1994)
ordem técnica, justificados em despacho circunstanciado da
Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos fins
autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. (Redação dada
terão projetos padronizados por tipos, categorias ou classes,
pela Lei nº 8.883, de 1994)
exceto quando o projeto-padrão não atender às condições
Art. 9o Não poderá participar, direta ou indiretamente, da peculiares do local ou às exigências específicas do
licitação ou da execução de obra ou serviço e do empreendimento.
fornecimento de bens a eles necessários:
Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou e serviços serão considerados principalmente os seguintes
jurídica; requisitos: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável I - segurança;
pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o
II - funcionalidade e adequação ao interesse público;
autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou
detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com III - economia na execução, conservação e operação;
direito a voto ou controlador, responsável técnico ou
IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais,
subcontratado;
tecnologia e matérias-primas existentes no local para
III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante execução, conservação e operação;
ou responsável pela licitação.
V - facilidade na execução, conservação e operação, sem
o prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;
§ 1 É permitida a participação do autor do projeto ou da
empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação
VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do
de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou
trabalho adequadas; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou
1994)
gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração
interessada. VII - impacto ambiental.
§ 2o O disposto neste artigo não impede a licitação ou SEÇÃO IV
contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de DOS SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS
projeto executivo como encargo do contratado ou pelo
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços
preço previamente fixado pela Administração.
técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:
§ 3o Considera-se participação indireta, para fins do
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou
disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo de
executivos;
natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou
trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e

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III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias § 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por
financeiras ou tributárias; (Redação dada pela Lei nº 8.883, decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas
de 1994) as seguintes condições:
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou I - seleção feita mediante concorrência;
serviços;
II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou dos preços registrados;
administrativas;
III - validade do registro não superior a um ano.
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
§ 4o A existência de preços registrados não obriga a
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. Administração a firmar as contratações que deles poderão
advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios,
VIII - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
respeitada a legislação relativa às licitações, sendo
§ 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os assegurado ao beneficiário do registro preferência em
contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais igualdade de condições.
especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados
§ 5o O sistema de controle originado no quadro geral de
mediante a realização de concurso, com estipulação prévia
preços, quando possível, deverá ser informatizado.
de prêmio ou remuneração.
§ 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço
§ 2o Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no
constante do quadro geral em razão de incompatibilidade
que couber, o disposto no art. 111 desta Lei.
desse com o preço vigente no mercado.
§ 3o A empresa de prestação de serviços técnicos
§ 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda:
especializados que apresente relação de integrantes de seu
corpo técnico em procedimento licitatório ou como I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem
elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de indicação de marca;
licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos
II - a definição das unidades e das quantidades a serem
integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços
adquiridas em função do consumo e utilização prováveis,
objeto do contrato.
cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante
SEÇÃO V adequadas técnicas quantitativas de estimação;
DAS COMPRAS III - as condições de guarda e armazenamento que não
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada permitam a deterioração do material.
caracterização de seu objeto e indicação dos recursos § 8o O recebimento de material de valor superior ao limite
orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade de
do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo,
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: 3 (três) membros.
(Regulamento) (Regulamento) (Regulamento) (Vigência) Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de
I - atender ao princípio da padronização, que imponha divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso
compatibilidade de especificações técnicas e de público, à relação de todas as compras feitas pela
desempenho, observadas, quando for o caso, as condições Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a
de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas; identificação do bem comprado, seu preço unitário, a
quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da
II - ser processadas através de sistema de registro de preços; operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras
III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação. (Redação
semelhantes às do setor privado; dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos
para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do art.
economicidade; 24. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos SEÇÃO VI
e entidades da Administração Pública. DAS ALIENAÇÕES
§ 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública,
de mercado. subordinada à existência de interesse público devidamente
justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às
§ 2o Os preços registrados serão publicados trimestralmente
seguintes normas:
para orientação da Administração, na imprensa oficial.
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I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa,
para órgãos da administração direta e entidades autárquicas observada a legislação específica;
e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na
modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos
casos: ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas
finalidades;
a) dação em pagamento;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou
entidades da Administração Pública, sem utilização
entidade da administração pública, de qualquer esfera de
previsível por quem deles dispõe.
governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Redação
dada pela Lei nº 11.952, de 2009) § 1o Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I
deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos
doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.
d) investidura;
§ 2o A Administração também poderá conceder título de
e) venda a outro órgão ou entidade da administração propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada
pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº licitação, quando o uso destinar-se: (Redação dada pela Lei
8.883, de 1994) nº 11.196, de 2005)
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública,
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens qualquer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela Lei
imóveis residenciais construídos, destinados ou nº 11.196, de 2005)
efetivamente utilizados no âmbito de programas
II - a pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento ou
habitacionais ou de regularização fundiária de interesse
ato normativo do órgão competente, haja implementado os
social desenvolvidos por órgãos ou entidades da
requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e
administração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de
exploração direta sobre área rural, observado o limite de que
2007)
trata o § 1o do art. 6o da Lei no 11.952, de 25 de junho de
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 2009; (Redação dada pela Lei nº 13.465, 2017)
29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante
§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas de
iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública
autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes
em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído
condicionamentos: (Redação dada pela Lei nº 11.952, de
pela Lei nº 11.196, de 2005)
2009)
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de
I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
particular seja comprovadamente anterior a 5 de maio de
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até
2014; (Redação dada pela Medida Provisória nº 910, de
250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos
2019)
no âmbito de programas de regularização fundiária de
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do
administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) regime legal e administrativo da destinação e da
regularização fundiária de terras públicas; (Incluído pela Lei
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou
nº 11.196, de 2005)
onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde
incidam ocupações até o limite de que trata o § 1o do art. III - vedação de concessões para hipóteses de exploração
6o da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de
regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de
(Redação dada pela Lei nº 13.465, 2017) zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei nº
11.196, de 2005)
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de
licitação, dispensada esta nos seguintes casos: IV - previsão de rescisão automática da concessão,
dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade,
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de
ou necessidade pública ou interesse social. (Incluído pela Lei
interesse social, após avaliação de sua oportunidade e
nº 11.196, de 2005)
conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de
outra forma de alienação; § 2o-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo: (Incluído
pela Lei nº 11.196, de 2005)
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou
entidades da Administração Pública;
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I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da
vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração autoridade competente, observadas as seguintes regras:
mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela Lei nº
I - avaliação dos bens alienáveis;
11.196, de 2005)
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
II - fica limitada às áreas de até dois mil e quinhentos
hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de
superiores a esse limite; (Redação dada pela Medida concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
Provisória nº 910, de 2019) 1994)
III - pode ser cumulada com o quantitativo de área CAPÍTULO II
decorrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput DA LICITAÇÃO
deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. SEÇÃO I
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) DAS MODALIDADES, LIMITES E DISPENSA
IV – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.763, de 2008) Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar
o
§ 3 Entende-se por investidura, para os fins desta lei: a repartição interessada, salvo por motivo de interesse
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) público, devidamente justificado.

I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a
remanescente ou resultante de obra pública, área esta que habilitação de interessados residentes ou sediados em
se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca outros locais.
inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das
50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea "a" concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos
do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648, de leilões, embora realizados no local da repartição interessada,
1998) deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por
II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta uma vez: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação
construídos em núcleos urbanos anexos a usinas feita por órgão ou entidade da Administração Pública
hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas
de operação dessas unidades e não integrem a categoria de parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas
bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei nº por instituições federais; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
9.648, de 1998) 1994)
§ 4o A doação com encargo será licitada e de seu II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando
instrumento constarão, obrigatoriamente os encargos, o se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou
prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou
de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
interesse público devidamente justificado; (Redação dada 1994)
pela Lei nº 8.883, de 1994)
III - em sítio eletrônico oficial do respectivo ente federativo,
§ 5o Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
necessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a alternativamente, a utilização de sítio eletrônico oficial da
cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas União, conforme regulamento do Poder Executivo federal.
por hipoteca em segundo grau em favor do doador. (Incluído (Redação dada pela Medida Provisória nº 896, de 2019)
pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1o O aviso publicado conterá a indicação do local em que
§ 6o Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital
globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no e todas as informações sobre a licitação.
art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá
permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 2o O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da
realização do evento será:
§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
I - quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei nº
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a 8.883, de 1994)
fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do
recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por a) concurso; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)
cento) da avaliação. b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja contemplar o regime de empreitada integral ou quando a
aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de
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licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço" § 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer
(Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração
II - trinta dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
aos vencedores, conforme critérios constantes de edital
a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de
inciso anterior; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) 45 (quarenta e cinco) dias.
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor § 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
técnica" ou "técnica e preço"; (Incluída pela Lei nº 8.883, de interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a
1994) administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no
III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não
art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao
especificados na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão;
valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça
IV - cinco dias úteis para convite. (Redação dada pela Lei nº
mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite,
8.883, de 1994)
realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório
§ 3o Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto
contados a partir da última publicação do edital resumido ou existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações.
da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a
§ 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto
data que ocorrer mais tarde. (Redação dada pela Lei nº
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do
8.883, de 1994)
número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo,
§ 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação pela essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no
mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o processo, sob pena de repetição do convite.
prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
§ 8o É vedada a criação de outras modalidades de licitação
inqüestionavelmente, a alteração não afetar a formulação
ou a combinação das referidas neste artigo.
das propostas.
§ 9o Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a
Art. 22. São modalidades de licitação:
administração somente poderá exigir do licitante não
I - concorrência; cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que
comprovem habilitação compatível com o objeto da
II - tomada de preços;
licitação, nos termos do edital. (Incluído pela Lei nº 8.883, de
III - convite; 1994)
IV - concurso; Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os
incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em
V - leilão.
função dos seguintes limites, tendo em vista o valor
§ 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre estimado da contratação:
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
I - para obras e serviços de engenharia: (Redação dada pela
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
Lei nº 9.648, de 1998) (Vide Decreto nº 9.412, de 2018)
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
(Vigência)
§ 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) (Vide Decreto nº
todas as condições exigidas para cadastramento até o
9.412, de 2018) (Vigência)
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
observada a necessária qualificação. b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e
quinhentos mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
§ 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados
1998) (Vide Decreto nº 9.412, de 2018) (Vigência)
do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não,
escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e
unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, quinhentos mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais 1998) (Vide Decreto nº 9.412, de 2018) (Vigência)
cadastrados na correspondente especialidade que
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) (Vide Decreto nº
(vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
9.412, de 2018) (Vigência)

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a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação § 7o Na compra de bens de natureza divisível e desde que
dada pela Lei nº 9.648, de 1998) (Vide Decreto nº 9.412, de não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida
2018) (Vigência) a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação,
com vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e
fixar quantitativo mínimo para preservar a economia de
cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
1998) (Vide Decreto nº 9.412, de 2018) (Vigência)
§ 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e
valores mencionados no caput deste artigo quando formado
cinqüenta mil reais). (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando
1998) (Vide Decreto nº 9.412, de 2018) (Vigência)
formado por maior número. (Incluído pela Lei nº 11.107, de
§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela 2005)
Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se
Art. 24. É dispensável a licitação:
comprovarem técnica e economicamente viáveis,
procedendo-se à licitação com vistas ao melhor I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez
aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do
ampliação da competitividade sem perda da economia de artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma
escala. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da
mesma natureza e no mesmo local que possam ser
§ 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de bens,
realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada
parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa
pela Lei nº 9.648, de 1998)
ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de
corresponder licitação distinta, preservada a modalidade II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por
pertinente para a execução do objeto em licitação. (Redação cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei,
desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
§ 3o A concorrência é a modalidade de licitação cabível,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada
qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou
de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19,
como nas concessões de direito real de uso e nas licitações III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
internacionais, admitindo-se neste último caso, observados
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública,
os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão
quando caracterizada urgência de atendimento de situação
ou entidade dispuser de cadastro internacional de
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança
fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor
de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
do bem ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
públicos ou particulares, e somente para os bens necessários
de 1994)
ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e
§ 4o Nos casos em que couber convite, a Administração para as parcelas de obras e serviços que possam ser
poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias
concorrência. consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da
emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
§ 5o É vedada a utilização da modalidade "convite" ou
respectivos contratos;
"tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma
mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e
mesma natureza e no mesmo local que possam ser esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo
realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o para a Administração, mantidas, neste caso, todas as
somatório de seus valores caracterizar o caso de "tomada de condições preestabelecidas;
preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico
deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica
para regular preços ou normalizar o abastecimento;
que possam ser executadas por pessoas ou empresas de
especialidade diversa daquela do executor da obra ou VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços
serviço. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) manifestamente superiores aos praticados no mercado
nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos
§ 6o As organizações industriais da Administração Federal
órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o
direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos
parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação,
limites estabelecidos no inciso I deste artigo também para
será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por
suas compras e serviços em geral, desde que para a aquisição
valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos
de materiais aplicados exclusivamente na manutenção,
serviços; (Vide § 3º do art. 48)
reparo ou fabricação de meios operacionais bélicos
pertencentes à União. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
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VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público equipamentos durante o período de garantia técnica, junto
interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal
ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha condição de exclusividade for indispensável para a vigência
sido criado para esse fim específico em data anterior à da garantia; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o
compatível com o praticado no mercado; (Redação dada pela
abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou
Lei nº 8.883, de 1994)
tropas e seus meios de deslocamento quando em estada
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da eventual de curta duração em portos, aeroportos ou
segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do localidades diferentes de suas sedes, por motivo de
Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa movimentação operacional ou de adestramento, quando a
Nacional; (Regulamento) exiguidade dos prazos legais puder comprometer a
normalidade e os propósitos das operações e desde que seu
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao
valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do inciso II
atendimento das finalidades precípuas da administração,
do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
cujas necessidades de instalação e localização condicionem
a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor XIX - para as compras de material de uso pelas Forças
de mercado, segundo avaliação prévia; (Redação dada pela Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
Lei nº 8.883, de 1994) administrativo, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou
meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de
fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual,
comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883,
desde que atendida a ordem de classificação da licitação
de 1994)
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo
licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente XX - na contratação de associação de portadores de
corrigido; deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada
idoneidade, por órgãos ou entidades da Admininistração
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros
Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de
gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização
mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível
dos processos licitatórios correspondentes, realizadas
com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, de
diretamente com base no preço do dia; (Redação dada pela
1994)
Lei nº 8.883, de 1994)
XXI - para a aquisição ou contratação de produto para
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida
pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou
serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de
do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada
que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23;
à recuperação social do preso, desde que a contratada
(Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
detenha inquestionável reputação ético-profissional e não
tenha fins lucrativos; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de
1994) energia elétrica e gás natural com concessionário,
permissionário ou autorizado, segundo as normas da
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de
legislação específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
acordo internacional específico aprovado pelo Congresso
Nacional, quando as condições ofertadas forem XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou
manifestamente vantajosas para o Poder Público; (Redação sociedade de economia mista com suas subsidiárias e
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) controladas, para a aquisição ou alienação de bens,
prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e
contratado seja compatível com o praticado no mercado.
objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que
(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou
entidade. XXIV - para a celebração de contratos de prestação de
serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários
das respectivas esferas de governo, para atividades
padronizados de uso da administração, e de edições técnicas
contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº
oficiais, bem como para prestação de serviços de informática
9.648, de 1998)
a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou
entidades que integrem a Administração Pública, criados XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e
para esse fim específico; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a
transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem
de uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído pela
nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de
Lei nº 10.973, de 2004)
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XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da distribuídos por fundação que, regimental ou
Federação ou com entidade de sua administração indireta, estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da
para a prestação de serviços públicos de forma associada nos administração pública direta, sua autarquia ou fundação em
termos do autorizado em contrato de consórcio público ou projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento
em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação,
2005) inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à
execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam
XXVII - na contratação da coleta, processamento e
transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o
comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII
reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,
deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico
efetuados por associações ou cooperativas formadas
em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda
contratado seja compatível com o praticado no mercado.
reconhecidas pelo poder público como catadores de
(Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)
materiais recicláveis, com o uso de equipamentos
compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde XXXV - para a construção, a ampliação, a
pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007). reforma e o aprimoramento de estabelecimentos
(Vigência) penais, desde que configurada situação de grave e
iminente risco à segurança pública. (Incluído pela Lei nº
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos
13.500, de 2017)
ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta
complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante § 1o Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste
parecer de comissão especialmente designada pela artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e
autoridade máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de
2007). economia mista, empresa pública e por autarquia ou
fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para
Executivas. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
atender aos contingentes militares das Forças Singulares
brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, § 2o O limite temporal de criação do órgão ou entidade que
necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do integre a administração pública estabelecido no inciso VIII
fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou entidades
Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008). que produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito
da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme
XXX - na contratação de instituição ou organização, pública
elencados em ato da direção nacional do SUS. (Incluído pela
ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de
Lei nº 12.715, de 2012)
serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do
Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural § 3o A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput,
na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por quando aplicada a obras e serviços de engenharia, seguirá
lei federal. (Incluído pela Lei nº 12.188, de 2.010) Vigência procedimentos especiais instituídos em regulamentação
específica. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto
Regulamento
nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro
de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela § 4o Não se aplica a vedação prevista no inciso I
constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) do caput do art. 9o à hipótese prevista no inciso XXI
do caput. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
XXXII - na contratação em que houver transferência de
tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade
Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de competição, em especial:
de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros
SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos
que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou
durante as etapas de absorção tecnológica. (Incluído pela Lei
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de
nº 12.715, de 2012)
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra
tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação
e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água.
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no
(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade
interno de insumos estratégicos para a saúde produzidos ou para serviços de publicidade e divulgação;
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III - para contratação de profissional de qualquer setor Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica,
artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, conforme o caso, consistirá em:
desde que consagrado pela crítica especializada ou pela
I - cédula de identidade;
opinião pública.
II - registro comercial, no caso de empresa individual;
§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor,
decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, devidamente registrado, em se tratando de sociedades
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, comerciais, e, no caso de sociedades por ações,
ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, acompanhado de documentos de eleição de seus
permita inferir que o seu trabalho é essencial e administradores;
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis,
objeto do contrato.
acompanhada de prova de diretoria em exercício;
§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou
dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem
sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de
solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o
registro ou autorização para funcionamento expedido pelo
fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público
órgão competente, quando a atividade assim o exigir.
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.
Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no
trabalhista, conforme o caso, consistirá em: (Redação dada
inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade
pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência)
referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o
retardamento previsto no final do parágrafo único do art. I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou
8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC);
dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual
imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição
ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do
para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107,
licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível
de 2005)
com o objeto contratual;
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal,
ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no
Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou
que couber, com os seguintes elementos:
outra equivalente, na forma da lei;
I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao
grave e iminente risco à segurança pública que justifique a
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
dispensa, quando for o caso; (Redação dada pela Lei nº
demonstrando situação regular no cumprimento dos
13.500, de 2017)
encargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei nº
II - razão da escolha do fornecedor ou executante; 8.883, de 1994)
III - justificativa do preço. V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a
Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certidão
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos
negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis
quais os bens serão alocados. (Incluído pela Lei nº 9.648, de
do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de
1998)
maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 12.440, de 2011)
SEÇÃO II (Vigência)
DA HABILITAÇÃO Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos limitar-se-á a:
interessados, exclusivamente, documentação relativa a: I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;
I - habilitação jurídica; II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade
II - qualificação técnica; pertinente e compatível em características, quantidades e
prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações
III - qualificação econômico-financeira; e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e
IV – regularidade fiscal e trabalhista; (Redação dada pela Lei disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem
nº 12.440, de 2011) (Vigência) como da qualificação de cada um dos membros da equipe
técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da
Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

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III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que I - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou
II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
conhecimento de todas as informações e das condições
locais para o cumprimento das obrigações objeto da § 8o No caso de obras, serviços e compras de grande vulto,
licitação; de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir
dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação,
IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei
para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à
especial, quando for o caso.
análise dos preços e será efetuada exclusivamente por
§ 1o A comprovação de aptidão referida no inciso II do critérios objetivos.
"caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a
§ 9o Entende-se por licitação de alta complexidade técnica
obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por
aquela que envolva alta especialização, como fator de
pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente
extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser
registrados nas entidades profissionais competentes,
contratado, ou que possa comprometer a continuidade da
limitadas as exigências a: (Redação dada pela Lei nº 8.883,
prestação de serviços públicos essenciais.
de 1994)
§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins de
I - capacitação técnico-profissional: comprovação do
comprovação da capacitação técnico-operacional de que
licitante de possuir em seu quadro permanente, na data
trata o inciso I do § 1º deste artigo deverão participar da obra
prevista para entrega da proposta, profissional de nível
ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a substituição
superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade
por profissionais de experiência equivalente ou superior,
competente, detentor de atestado de responsabilidade
desde que aprovada pela administração. (Incluído pela Lei nº
técnica por execução de obra ou serviço de características
8.883, de 1994)
semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de
maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, § 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos
§ 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
máximos; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-
II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
financeira limitar-se-á a:
a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último
b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei,
que comprovem a boa situação financeira da empresa,
§ 2o As parcelas de maior relevância técnica e de valor
vedada a sua substituição por balancetes ou balanços
significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão
provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais
definidas no instrumento convocatório. (Redação dada pela
quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de
Lei nº 8.883, de 1994)
apresentação da proposta;
§ 3o Será sempre admitida a comprovação de aptidão
II - certidão negativa de falência ou concordata expedida
através de certidões ou atestados de obras ou serviços
pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução
similares de complexidade tecnológica e operacional
patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
equivalente ou superior.
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos
§ 4o Nas licitações para fornecimento de bens, a
no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por
comprovação de aptidão, quando for o caso, será feita
cento) do valor estimado do objeto da contratação.
através de atestados fornecidos por pessoa jurídica de
direito público ou privado. § 1o A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da
capacidade financeira do licitante com vistas aos
§ 5o É vedada a exigência de comprovação de atividade ou
compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado
de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda
o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de
em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas
faturamento anterior, índices de rentabilidade ou
nesta Lei, que inibam a participação na licitação.
lucratividade. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 6o As exigências mínimas relativas a instalações de
§ 2o A Administração, nas compras para entrega futura e na
canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico
execução de obras e serviços, poderá estabelecer, no
especializado, considerados essenciais para o cumprimento
instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital
do objeto da licitação, serão atendidas mediante a
mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as
apresentação de relação explícita e da declaração formal da
garantias previstas no § 1o do art. 56 desta Lei, como dado
sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as
objetivo de comprovação da qualificação econômico-
exigências de propriedade e de localização prévia.
financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao
§ 7º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.
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§ 3o O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor do
se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a 10% (dez custo efetivo de reprodução gráfica da documentação
por cento) do valor estimado da contratação, devendo a fornecida.
comprovação ser feita relativamente à data da apresentação
§ 6o O disposto no § 4o deste artigo, no § 1o do art. 33 e no
da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para
§ 2o do art. 55, não se aplica às licitações internacionais para
esta data através de índices oficiais.
a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja feito com
§ 4o Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos o produto de financiamento concedido por organismo
assumidos pelo licitante que importem diminuição da financeiro internacional de que o Brasil faça parte, ou por
capacidade operativa ou absorção de disponibilidade agência estrangeira de cooperação, nem nos casos de
financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido contratação com empresa estrangeira, para a compra de
atualizado e sua capacidade de rotação. equipamentos fabricados e entregues no exterior, desde que
para este caso tenha havido prévia autorização do Chefe do
§ 5o A comprovação de boa situação financeira da empresa
Poder Executivo, nem nos casos de aquisição de bens e
será feita de forma objetiva, através do cálculo de índices
serviços realizada por unidades administrativas com sede no
contábeis previstos no edital e devidamente justificados no
exterior.
processo administrativo da licitação que tenha dado início ao
certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores § 7o A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 e este
não usualmente adotados para correta avaliação de situação artigo poderá ser dispensada, nos termos de regulamento,
financeira suficiente ao cumprimento das obrigações no todo ou em parte, para a contratação de produto para
decorrentes da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de pesquisa e desenvolvimento, desde que para pronta entrega
1994) ou até o valor previsto na alínea “a” do inciso II do caput do
art. 23. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016) Regulamento-
§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 33. Quando permitida na licitação a participação de
Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão
empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes
ser apresentados em original, por qualquer processo de
normas:
cópia autenticada por cartório competente ou por servidor
da administração ou publicação em órgão da imprensa I - comprovação do compromisso público ou particular de
oficial. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;
§ 1o A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que
Lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente
de convite, concurso, fornecimento de bens para pronta fixadas no edital;
entrega e leilão.
III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31
§ 2o O certificado de registro cadastral a que se refere o desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, para
§ 1o do art. 36 substitui os documentos enumerados nos efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos
arts. 28 a 31, quanto às informações disponibilizadas em de cada consorciado, e, para efeito de qualificação
sistema informatizado de consulta direta indicado no edital, econômico-financeira, o somatório dos valores de cada
obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades legais, a consorciado, na proporção de sua respectiva participação,
superveniência de fato impeditivo da habilitação. (Redação podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um
dada pela Lei nº 9.648, de 1998) acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos
para licitante individual, inexigível este acréscimo para os
§ 3o A documentação referida neste artigo poderá ser
consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e
substituída por registro cadastral emitido por órgão ou
pequenas empresas assim definidas em lei;
entidade pública, desde que previsto no edital e o registro
tenha sido feito em obediência ao disposto nesta Lei. IV - impedimento de participação de empresa consorciada,
na mesma licitação, através de mais de um consórcio ou
§ 4o As empresas estrangeiras que não funcionem no País,
isoladamente;
tanto quanto possível, atenderão, nas licitações
internacionais, às exigências dos parágrafos anteriores V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos
mediante documentos equivalentes, autenticados pelos praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto
respectivos consulados e traduzidos por tradutor na de execução do contrato.
juramentado, devendo ter representação legal no Brasil com
§ 1o No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a
poderes expressos para receber citação e responder
liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira,
administrativa ou judicialmente.
observado o disposto no inciso II deste artigo.
§ 5o Não se exigirá, para a habilitação de que trata este
§ 2o O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da
artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo
celebração do contrato, a constituição e o registro do
os referentes a fornecimento do edital, quando solicitado,

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consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro
deste artigo. administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite;
SEÇÃO III IV - original das propostas e dos documentos que as
DOS REGISTROS CADASTRAIS instruírem;

Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;
Administração Pública que realizem freqüentemente VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a
licitações manterão registros cadastrais para efeito de licitação, dispensa ou inexigibilidade;
habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo,
um ano. (Regulamento) VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua
homologação;
§ 1º O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado
e deverá estar permanentemente aberto aos interessados, VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e
obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, com respectivas manifestações e decisões;
periodicidade mínima anual, por meio da imprensa oficial e IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação,
de sítio eletrônico oficial, a chamamento público para a quando for o caso, fundamentado circunstanciadamente;
atualização dos registros existentes e para o ingresso de
novos interessados. (Redação dada pela Medida Provisória X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme
nº 896, de 2019) o caso;

§ 2o É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de XI - outros comprovantes de publicações;


registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da XII - demais documentos relativos à licitação.
Administração Pública.
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem
Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem
deste, a qualquer tempo, o interessado fornecerá os ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria
elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27 jurídica da Administração (Redação dada pela Lei nº 8.883,
desta Lei. de 1994)
Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou
tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for
grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso
pelos elementos constantes da documentação relacionada I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado,
nos arts. 30 e 31 desta Lei. obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida
§ 1o Aos inscritos será fornecido certificado, renovável pela autoridade responsável com antecedência mínima de
sempre que atualizarem o registro. 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do
edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10
§ 2o A atuação do licitante no cumprimento de obrigações (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios
assumidas será anotada no respectivo registro cadastral. previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso
Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou e direito a todas as informações pertinentes e a se
cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as manifestar todos os interessados.
exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas para Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se
classificação cadastral. licitações simultâneas aquelas com objetos similares e com
SEÇÃO IV realização prevista para intervalos não superiores a
DO PROCEDIMENTO E JULGAMENTO trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que, também
com objetos similares, o edital subseqüente tenha uma data
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a anterior a cento e vinte dias após o término do contrato
abertura de processo administrativo, devidamente autuado, resultante da licitação antecedente. (Redação dada pela Lei
protocolado e numerado, contendo a autorização nº 8.883, de 1994)
respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso
próprio para a despesa, e ao qual serão juntados Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem
oportunamente: em série anual, o nome da repartição interessada e de seu
setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da
I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso; licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local,
II - comprovante das publicações do edital resumido, na dia e hora para recebimento da documentação e proposta,
forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite; bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará,
obrigatoriamente, o seguinte:
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;
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II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais
dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de
execução do contrato e para entrega do objeto da licitação; pagamentos;
III - sanções para o caso de inadimplemento; e) exigência de seguros, quando for o caso;
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta
básico; Lei;
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;
do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação.
adquirido;
§ 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado em
VI - condições para participação na licitação, em
todas as folhas e assinado pela autoridade que o expedir,
conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de
permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se
apresentação das propostas;
cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e
VII - critério para julgamento, com disposições claras e fornecimento aos interessados.
parâmetros objetivos;
§ 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de integrante:
comunicação à distância em que serão fornecidos
I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes,
elementos, informações e esclarecimentos relativos à
desenhos, especificações e outros complementos;
licitação e às condições para atendimento das obrigações
necessárias ao cumprimento de seu objeto; II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e
preços unitários; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas
brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração
internacionais; e o licitante vencedor;
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, IV - as especificações complementares e as normas de
conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e execução pertinentes à licitação.
vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos
§ 3o Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se como
ou faixas de variação em relação a preços de referência,
adimplemento da obrigação contratual a prestação do
ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48;
serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de parcela
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
destes, bem como qualquer outro evento contratual a cuja
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de
efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices cobrança.
específicos ou setoriais, desde a data prevista para
§ 4o Nas compras para entrega imediata, assim entendidas
apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa
aquelas com prazo de entrega até trinta dias da data prevista
proposta se referir, até a data do adimplemento de cada
para apresentação da proposta, poderão ser dispensadas:
parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XII - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - o disposto no inciso XI deste artigo; (Incluído pela Lei nº
XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização 8.883, de 1994)
para execução de obras ou serviços que serão
II - a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do
obrigatoriamente previstos em separado das demais
inciso XIV deste artigo, correspondente ao período
parcelas, etapas ou tarefas;
compreendido entre as datas do adimplemento e a prevista
XIV - condições de pagamento, prevendo: para o pagamento, desde que não superior a quinze dias.
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a
partir da data final do período de adimplemento de cada § 5º A Administração Pública poderá, nos
parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) editais de licitação para a contratação de serviços, exigir da co
ntratada que um percentual mínimo de sua mão de obra
b) cronograma de desembolso máximo por período, em
seja oriundo ou egresso do sistema prisional, com a
conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros;
finalidade de ressocialização do reeducando, na forma
c) critério de atualização financeira dos valores a serem estabelecida em regulamento. (Incluído pela Lei nº
pagos, desde a data final do período de adimplemento de 13.500, de 2017)
cada parcela até a data do efetivo pagamento; (Redação
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.

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§ 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital outros fatores de avaliação, desde que por elas exigidos para
de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, a obtenção do financiamento ou da doação, e que também
devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da não conflitem com o princípio do julgamento objetivo e
data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, sejam objeto de despacho motivado do órgão executor do
devendo a Administração julgar e responder à impugnação contrato, despacho esse ratificado pela autoridade
em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista imediatamente superior.(Redação dada pela Lei nº 8.883, de
no § 1o do art. 113. 1994)
§ 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de § 6o As cotações de todos os licitantes serão para entrega no
licitação perante a administração o licitante que não o fizer mesmo local de destino.
até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos
Art. 43. A licitação será processada e julgada com
envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos
observância dos seguintes procedimentos:
envelopes com as propostas em convite, tomada de preços
ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou I - abertura dos envelopes contendo a documentação
irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação;
comunicação não terá efeito de recurso. (Redação dada pela
II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes
Lei nº 8.883, de 1994)
inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que
§ 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não não tenha havido recurso ou após sua denegação;
o impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito
III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos
em julgado da decisão a ela pertinente.
concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo
§ 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do seu sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência
direito de participar das fases subseqüentes. expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o edital IV - verificação da conformidade de cada proposta com os
deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços
comércio exterior e atender às exigências dos órgãos correntes no mercado ou fixados por órgão oficial
competentes. competente, ou ainda com os constantes do sistema de
registro de preços, os quais deverão ser devidamente
§ 1o Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar
registrados na ata de julgamento, promovendo-se a
preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá fazer o
desclassificação das propostas desconformes ou
licitante brasileiro.
incompatíveis;
§ 2o O pagamento feito ao licitante brasileiro
V - julgamento e classificação das propostas de acordo com
eventualmente contratado em virtude da licitação de que
os critérios de avaliação constantes do edital;
trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda
brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil VI - deliberação da autoridade competente quanto à
imediatamente anterior à data do efetivo pagamento. homologação e adjudicação do objeto da licitação.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1o A abertura dos envelopes contendo a documentação
o
§ 3 As garantias de pagamento ao licitante brasileiro serão para habilitação e as propostas será realizada sempre em ato
equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro. público previamente designado, do qual se lavrará ata
circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela
§ 4o Para fins de julgamento da licitação, as propostas
Comissão.
apresentadas por licitantes estrangeiros serão acrescidas
dos gravames conseqüentes dos mesmos tributos que § 2o Todos os documentos e propostas serão rubricados
oneram exclusivamente os licitantes brasileiros quanto à pelos licitantes presentes e pela Comissão.
operação final de venda.
§ 3o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em
o
§ 5 Para a realização de obras, prestação de serviços ou qualquer fase da licitação, a promoção de diligência
aquisição de bens com recursos provenientes de destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do
financiamento ou doação oriundos de agência oficial de processo, vedada a inclusão posterior de documento ou
cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral informação que deveria constar originariamente da
de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na proposta.
respectiva licitação, as condições decorrentes de acordos,
§ 4o O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no
protocolos, convenções ou tratados internacionais
que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao
aprovados pelo Congresso Nacional, bem como as normas e
convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
procedimentos daquelas entidades, inclusive quanto ao
critério de seleção da proposta mais vantajosa para a § 5o Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes
administração, o qual poderá contemplar, além do preço, (incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe

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desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, § 2o No caso de empate entre duas ou mais propostas, e
salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a
após o julgamento. classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato
público, para o qual todos os licitantes serão convocados,
§ 6o Após a fase de habilitação, não cabe desistência de
vedado qualquer outro processo.
proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato
superveniente e aceito pela Comissão. § 3o No caso da licitação do tipo "menor preço", entre os
licitantes considerados qualificados a classificação se dará
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em
pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo,
consideração os critérios objetivos definidos no edital ou
no caso de empate, exclusivamente o critério previsto no
convite, os quais não devem contrariar as normas e
parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
princípios estabelecidos por esta Lei.
1994)
§ 1o É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou
§ 4o Para contratação de bens e serviços de informática, a
fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa
administração observará o disposto no art. 3o da Lei
ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre
no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os
os licitantes.
fatores especificados em seu parágrafo 2o e adotando
§ 2o Não se considerará qualquer oferta de vantagem não obrigatoriamente o tipo de licitação "técnica e preço",
prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos
subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem indicados em decreto do Poder Executivo. (Redação dada
baseada nas ofertas dos demais licitantes. pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 3o Não se admitirá proposta que apresente preços global § 5o É vedada a utilização de outros tipos de licitação não
ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, previstos neste artigo.
incompatíveis com os preços dos insumos e salários de
§ 6o Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas
mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o
tantas propostas quantas necessárias até que se atinja a
ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites
quantidade demandada na licitação. (Incluído pela Lei nº
mínimos, exceto quando se referirem a materiais e
9.648, de 1998)
instalações de propriedade do próprio licitante, para os quais
ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) preço" serão utilizados exclusivamente para serviços de
natureza predominantemente intelectual, em especial na
§ 4o O disposto no parágrafo anterior aplica-se também às
elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e
propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou
gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em
importações de qualquer natureza. (Redação dada pela Lei
particular, para a elaboração de estudos técnicos
nº 8.883, de 1994)
preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo disposto no § 4o do artigo anterior. (Redação dada pela Lei
a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá- nº 8.883, de 1994)
lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios
§ 1o Nas licitações do tipo "melhor técnica" será adotado o
previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo
seguinte procedimento claramente explicitado no
com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a
instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que
possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de
a Administração se propõe a pagar:
controle.
I - serão abertos os envelopes contendo as propostas
§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de
técnicas exclusivamente dos licitantes previamente
licitação, exceto na modalidade concurso: (Redação dada
qualificados e feita então a avaliação e classificação destas
pela Lei nº 8.883, de 1994)
propostas de acordo com os critérios pertinentes e
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da adequados ao objeto licitado, definidos com clareza e
proposta mais vantajosa para a Administração determinar objetividade no instrumento convocatório e que considerem
que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade
acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar técnica da proposta, compreendendo metodologia,
o menor preço; organização, tecnologias e recursos materiais a serem
utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipes
II - a de melhor técnica;
técnicas a serem mobilizadas para a sua execução;
III - a de técnica e preço.
II - uma vez classificadas as propostas técnicas, proceder-se-
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de á à abertura das propostas de preço dos licitantes que
bens ou concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei tenham atingido a valorização mínima estabelecida no
nº 8.883, de 1994) instrumento convocatório e à negociação das condições
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propostas, com a proponente melhor classificada, com base II - propostas com valor global superior ao limite
nos orçamentos detalhados apresentados e respectivos estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis,
preços unitários e tendo como referência o limite assim considerados aqueles que não venham a ter
representado pela proposta de menor preço entre os demonstrada sua viabilidade através de documentação que
licitantes que obtiveram a valorização mínima; comprove que os custos dos insumos são coerentes com os
de mercado e que os coeficientes de produtividade são
III - no caso de impasse na negociação anterior,
compatíveis com a execução do objeto do contrato,
procedimento idêntico será adotado, sucessivamente, com
condições estas necessariamente especificadas no ato
os demais proponentes, pela ordem de classificação, até a
convocatório da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
consecução de acordo para a contratação;
de 1994)
IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas aos
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo
licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou que
consideram-se manifestamente inexeqüíveis, no caso de
não obtiverem a valorização mínima estabelecida para a
licitações de menor preço para obras e serviços de
proposta técnica.
engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a
§ 2o Nas licitações do tipo "técnica e preço" será adotado, 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:
adicionalmente ao inciso I do parágrafo anterior, o seguinte (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
procedimento claramente explicitado no instrumento
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a
convocatório:
50% (cinqüenta por cento) do valor orçado pela
I - será feita a avaliação e a valorização das propostas de administração, ou (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
preços, de acordo com critérios objetivos preestabelecidos
b) valor orçado pela administração. (Incluído pela Lei nº
no instrumento convocatório;
9.648, de 1998)
II - a classificação dos proponentes far-se-á de acordo com a
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo
média ponderada das valorizações das propostas técnicas e
anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80%
de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no
(oitenta por cento) do menor valor a que se referem as
instrumento convocatório.
alíneas "a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato,
§ 3o Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos neste prestação de garantia adicional, dentre as modalidades
artigo poderão ser adotados, por autorização expressa e previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor
mediante justificativa circunstanciada da maior autoridade resultante do parágrafo anterior e o valor da correspondente
da Administração promotora constante do ato convocatório, proposta. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
para fornecimento de bens e execução de obras ou
§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas
prestação de serviços de grande vulto majoritariamente
as propostas forem desclassificadas, a administração poderá
dependentes de tecnologia nitidamente sofisticada e de
fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a
domínio restrito, atestado por autoridades técnicas de
apresentação de nova documentação ou de outras
reconhecida qualificação, nos casos em que o objeto
propostas escoimadas das causas referidas neste artigo,
pretendido admitir soluções alternativas e variações de
facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para
execução, com repercussões significativas sobre sua
três dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
qualidade, produtividade, rendimento e durabilidade
concretamente mensuráveis, e estas puderem ser adotadas Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do
à livre escolha dos licitantes, na conformidade dos critérios procedimento somente poderá revogar a licitação por razões
objetivamente fixados no ato convocatório. de interesse público decorrente de fato superveniente
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para
§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de
Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e serviços, ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer
quando for adotada a modalidade de execução de escrito e devidamente fundamentado.
empreitada por preço global, a Administração deverá
§ 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de
fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os
ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o
elementos e informações necessários para que os licitantes
disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
possam elaborar suas propostas de preços com total e
completo conhecimento do objeto da licitação. § 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do
contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59
Art. 48. Serão desclassificadas:
desta Lei.
I - as propostas que não atendam às exigências do ato
§ 3o No caso de desfazimento do processo licitatório, fica
convocatório da licitação;
assegurado o contraditório e a ampla defesa.

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§ 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos § 1o Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela
atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de Administração para fixação do preço mínimo de
licitação. arrematação.
Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato § 2o Os bens arrematados serão pagos à vista ou no
com preterição da ordem de classificação das propostas ou percentual estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco
com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no
pena de nulidade. local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, o
qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo
Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro
estipulado no edital de convocação, sob pena de perder em
cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas
favor da Administração o valor já recolhido.
serão processadas e julgadas por comissão permanente ou
especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos § 3o Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à
2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas. (Redação
quadros permanentes dos órgãos da Administração dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
responsáveis pela licitação.
§ 4o O edital de leilão deve ser amplamente divulgado,
o
§ 1 No caso de convite, a Comissão de licitação, principalmente no município em que se realizará. (Incluído
excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e pela Lei nº 8.883, de 1994)
em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá ser
CAPÍTULO III
substituída por servidor formalmente designado pela
DOS CONTRATOS
autoridade competente.
SEÇÃO I
§ 2o A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, será
integrada por profissionais legalmente habilitados no caso Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei
de obras, serviços ou aquisição de equipamentos. regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito
público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da
§ 3o Os membros das Comissões de licitação responderão teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.
solidariamente por todos os atos praticados pela Comissão,
salvo se posição individual divergente estiver devidamente § 1o Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão
fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em as condições para sua execução, expressas em cláusulas que
que tiver sido tomada a decisão. definam os direitos, obrigações e responsabilidades das
partes, em conformidade com os termos da licitação e da
§ 4o A investidura dos membros das Comissões proposta a que se vinculam.
permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a
recondução da totalidade de seus membros para a mesma § 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de
comissão no período subseqüente. inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato
que os autorizou e da respectiva proposta.
§ 5o No caso de concurso, o julgamento será feito por uma
comissão especial integrada por pessoas de reputação Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que
ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, estabeleçam:
servidores públicos ou não. I - o objeto e seus elementos característicos;
Art. 52. O concurso a que se refere o § 4o do art. 22 desta Lei II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido
pelos interessados no local indicado no edital. III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-
base e periodicidade do reajustamento de preços, os
§ 1o O regulamento deverá indicar: critérios de atualização monetária entre a data do
I - a qualificação exigida dos participantes; adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

II - as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho; IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão,


de entrega, de observação e de recebimento definitivo,
III - as condições de realização do concurso e os prêmios a conforme o caso;
serem concedidos.
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da
§ 2o Em se tratando de projeto, o vencedor deverá autorizar classificação funcional programática e da categoria
a Administração a executá-lo quando julgar conveniente. econômica;
Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena
servidor designado pela Administração, procedendo-se na execução, quando exigidas;
forma da legislação pertinente.

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VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as o previsto no parágrafo 3o deste artigo. (Redação dada pela
penalidades cabíveis e os valores das multas; Lei nº 8.883, de 1994)
VIII - os casos de rescisão; § 3o Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto
envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em
consideráveis, demonstrados através de parecer
caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser
para conversão, quando for o caso; elevado para até dez por cento do valor do contrato.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a
dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante § 4o A garantia prestada pelo contratado será liberada ou
vencedor; restituída após a execução do contrato e, quando em
dinheiro, atualizada monetariamente.
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e
especialmente aos casos omissos; § 5o Nos casos de contratos que importem na entrega de
bens pela Administração, dos quais o contratado ficará
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a
depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor
execução do contrato, em compatibilidade com as
desses bens.
obrigações por ele assumidas, todas as condições de
habilitação e qualificação exigidas na licitação. Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará
adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
§ 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
exceto quanto aos relativos:
§ 2o Nos contratos celebrados pela Administração Pública
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas
com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão
domiciliadas no estrangeiro, deverá constar
ser prorrogados se houver interesse da Administração e
necessariamente cláusula que declare competente o foro da
desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
sede da Administração para dirimir qualquer questão
contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei. II - à prestação de serviços a serem executados de forma
o contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por
§ 3 No ato da liquidação da despesa, os serviços de
iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços
contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da
e condições mais vantajosas para a administração, limitada a
arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou
sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
Município, as características e os valores pagos, segundo o
disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964. III - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas
e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo
ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência
serviços e compras. do contrato.
§ 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do
modalidades de garantia: (Redação dada pela Lei nº 8.883, art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120
de 1994) (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública,
devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, § 1o Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão
mediante registro em sistema centralizado de liquidação e e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais
de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu
avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum
pelo Ministério da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
11.079, de 2004)
I - alteração do projeto ou especificações, pela
II - seguro-garantia (Redação dada pela Lei nº 8.883, de Administração;
1994)
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível,
III - fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de estranho à vontade das partes, que altere
8.6.94) fundamentalmente as condições de execução do contrato;
§ 2o A garantia a que se refere o caput deste artigo não III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do
excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu ritmo de trabalho por ordem e no interesse da
valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado Administração;

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IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no executado até a data em que ela for declarada e por outros
contrato, nos limites permitidos por esta Lei; prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe
seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de
lhe deu causa.
terceiro reconhecido pela Administração em documento
contemporâneo à sua ocorrência; SEÇÃO II
DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da
Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas
de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento repartições interessadas, as quais manterão arquivo
na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do
aplicáveis aos responsáveis. seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis,
§ 2o Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de
escrito e previamente autorizada pela autoridade notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu
competente para celebrar o contrato. origem.

§ 3o É vedado o contrato com prazo de vigência Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato
indeterminado. verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras
de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
§ 4o Em caráter excepcional, devidamente justificado e não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido
mediante autorização da autoridade superior, o prazo de no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de
que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser adiantamento.
prorrogado por até doze meses. (Incluído pela Lei nº 9.648,
de 1998) Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes
e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos a sua lavratura, o número do processo da licitação, da
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às
eles, a prerrogativa de: normas desta Lei e às cláusulas contratuais.
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é
contratado; condição indispensável para sua eficácia, será providenciada
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao
inciso I do art. 79 desta Lei; de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias
daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem
III - fiscalizar-lhes a execução; ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. (Redação
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
parcial do ajuste; Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente de concorrência e de tomada de preços, bem como nas
bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam
objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar compreendidos nos limites destas duas modalidades de
apuração administrativa de faltas contratuais pelo licitação, e facultativo nos demais em que a Administração
contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como
administrativo. carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de
compra ou ordem de execução de serviço.
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos
contratos administrativos não poderão ser alteradas sem § 1o A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital
prévia concordância do contratado. ou ato convocatório da licitação.

§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas § 2o Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa",
econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para "autorização de compra", "ordem de execução de serviço"
que se mantenha o equilíbrio contratual. ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o
disposto no art. 55 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
Art. 59. A declaração de nulidade do contrato 8.883, de 1994)
administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos
jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de § 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e
desconstituir os já produzidos. demais normas gerais, no que couber:

Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em
do dever de indenizar o contratado pelo que este houver que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo

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conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de a) quando conveniente a substituição da garantia de
direito privado; execução;
II - aos contratos em que a Administração for parte como b) quando necessária a modificação do regime de execução
usuária de serviço público. da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em
face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos
§ 4o É dispensável o "termo de contrato" e facultada a
contratuais originários;
substituição prevista neste artigo, a critério da
Administração e independentemente de seu valor, nos casos c) quando necessária a modificação da forma de pagamento,
de compra com entrega imediata e integral dos bens por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o
adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento,
inclusive assistência técnica. com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens
Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos
ou execução de obra ou serviço;
termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a
qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram
mediante o pagamento dos emolumentos devidos. inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição
da administração para a justa remuneração da obra, serviço
Art. 64. A Administração convocará regularmente o
ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio
interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou
econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de
retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de
condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à
conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior,
desta Lei.
caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea
§ 1o O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, econômica extraordinária e extracontratual. (Redação dada
por igual período, quando solicitado pela parte durante o seu pela Lei nº 8.883, de 1994)
transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela
§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas
Administração.
condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se
§ 2o É facultado à Administração, quando o convocado não fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e
assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no
instrumento equivalente no prazo e condições caso particular de reforma de edifício ou de equipamento,
estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus
ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas acréscimos.
mesmas condições propostas pelo primeiro classificado,
§ 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os
inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade
limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: (Redação
com o ato convocatório, ou revogar a licitação
dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
independentemente da cominação prevista no art. 81 desta
Lei. I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 3o Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os
propostas, sem convocação para a contratação, ficam os contratantes. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
licitantes liberados dos compromissos assumidos.
§ 3o Se no contrato não houverem sido contemplados
SEÇÃO III preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS mediante acordo entre as partes, respeitados os limites
estabelecidos no § 1o deste artigo.
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: § 4o No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o
contratado já houver adquirido os materiais e posto no local
I - unilateralmente pela Administração: dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração
a) quando houver modificação do projeto ou das pelos custos de aquisição regularmente comprovados e
especificações, para melhor adequação técnica aos seus monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por
objetivos; outros danos eventualmente decorrentes da supressão,
desde que regularmente comprovados.
b) quando necessária a modificação do valor contratual em
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu § 5o Quaisquer tributos ou encargos legais criados,
objeto, nos limites permitidos por esta Lei; alterados ou extintos, bem como a superveniência de
disposições legais, quando ocorridas após a data da
II - por acordo das partes: apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos

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preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem
para menos, conforme o caso. vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de
materiais empregados.
§ 6o Em havendo alteração unilateral do contrato que
aumente os encargos do contratado, a Administração deverá Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados
restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico- diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de
financeiro inicial. sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou
reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o
§ 7o (VETADO)
acompanhamento pelo órgão interessado.
§ 8o A variação do valor contratual para fazer face ao
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos
reajuste de preços previsto no próprio contrato, as
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes
atualizações, compensações ou penalizações financeiras
da execução do contrato.
decorrentes das condições de pagamento nele previstas,
bem como o empenho de dotações orçamentárias § 1o A inadimplência do contratado, com referência aos
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à
caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados Administração Pública a responsabilidade por seu
por simples apostila, dispensando a celebração de pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou
aditamento. restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação dada pela
SEÇÃO IV
Lei nº 9.032, de 1995)
DA EXECUÇÃO DOS CONTRATOS
§ 2o A Administração Pública responde solidariamente com
Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da
partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212,
desta Lei, respondendo cada uma pelas conseqüências de de 24 de julho de 1991. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de
sua inexecução total ou parcial. 1995)
Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2o e no § 3º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
inciso II do § 5o do art. 3o desta Lei deverão cumprir, durante
todo o período de execução do contrato, a reserva de cargos Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para das responsabilidades contratuais e legais, poderá
reabilitado da Previdência Social, bem como as regras de subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o
acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº limite admitido, em cada caso, pela Administração.
13.146, de 2015) (Vigência) Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
Parágrafo único. Cabe à administração fiscalizar o I - em se tratando de obras e serviços:
cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e
nos ambientes de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.146, de a) provisoriamente, pelo responsável por seu
2015) (Vigência) acompanhamento e fiscalização, mediante termo
circunstanciado, assinado pelas partes em até 15
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;
fiscalizada por um representante da Administração
especialmente designado, permitida a contratação de b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela
terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações autoridade competente, mediante termo circunstanciado,
pertinentes a essa atribuição. assinado pelas partes, após o decurso do prazo de
observação, ou vistoria que comprove a adequação do
§ 1o O representante da Administração anotará em registro objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art.
próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução 69 desta Lei;
do contrato, determinando o que for necessário à
regularização das faltas ou defeitos observados. II - em se tratando de compras ou de locação de
equipamentos:
§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a
competência do representante deverão ser solicitadas a seus a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da
superiores em tempo hábil para a adoção das medidas conformidade do material com a especificação;
convenientes. b) definitivamente, após a verificação da qualidade e
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela quantidade do material e conseqüente aceitação.
Administração, no local da obra ou serviço, para representá- § 1o Nos casos de aquisição de equipamentos de grande
lo na execução do contrato. vulto, o recebimento far-se-á mediante termo
Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.
remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total
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§ 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui a V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento,


responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do sem justa causa e prévia comunicação à Administração;
serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a
contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo
associação do contratado com outrem, a cessão ou
contrato.
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou
§ 3o O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste incorporação, não admitidas no edital e no contrato;
artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em
VII - o desatendimento das determinações regulares da
casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no
autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua
edital.
execução, assim como as de seus superiores;
§ 4o Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução,
a que se refere este artigo não serem, respectivamente,
anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;
lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-
ão como realizados, desde que comunicados à IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência
Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos civil;
mesmos.
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório contratado;
nos seguintes casos:
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da
I - gêneros perecíveis e alimentação preparada; estrutura da empresa, que prejudique a execução do
contrato;
II - serviços profissionais;
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso
conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima
II, alínea "a", desta Lei, desde que não se componham de
autoridade da esfera administrativa a que está subordinado
aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação
o contratante e exaradas no processo administrativo a que
de funcionamento e produtividade.
se refere o contrato;
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras,
feito mediante recibo.
serviços ou compras, acarretando modificação do valor
Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do edital, inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65
do convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e demais desta Lei;
provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da
execução do objeto do contrato correm por conta do
Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias,
contratado.
salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões
obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo com que totalizem o mesmo prazo, independentemente do
o contrato. pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e
SEÇÃO V
mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado,
DA INEXECUÇÃO E DA RESCISÃO DOS CONTRATOS
nesses casos, o direito de optar pela suspensão do
Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a cumprimento das obrigações assumidas até que seja
sua rescisão, com as conseqüências contratuais e as normalizada a situação;
previstas em lei ou regulamento. XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços
ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, executados, salvo em caso de calamidade pública, grave
especificações, projetos ou prazos; perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, contratado o direito de optar pela suspensão do
especificações, projetos e prazos; cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a
situação;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração
a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área,
serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; local ou objeto para execução de obra, serviço ou
fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou de materiais naturais especificadas no projeto;
fornecimento;

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XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o
regularmente comprovada, impeditiva da execução do limite dos prejuízos causados à Administração.
contrato.
§ 1o A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II deste
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, artigo fica a critério da Administração, que poderá dar
sem prejuízo das sanções penais cabíveis. (Incluído pela Lei continuidade à obra ou ao serviço por execução direta ou
nº 9.854, de 1999) indireta.
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão § 2o É permitido à Administração, no caso de concordata do
formalmente motivados nos autos do processo, assegurado contratado, manter o contrato, podendo assumir o controle
o contraditório e a ampla defesa. de determinadas atividades de serviços essenciais.
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser: § 3o Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser
precedido de autorização expressa do Ministro de Estado
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração,
competente, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme
nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo
o caso.
anterior;
§ 4o A rescisão de que trata o inciso IV do artigo anterior
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no
permite à Administração, a seu critério, aplicar a medida
processo da licitação, desde que haja conveniência para a
prevista no inciso I deste artigo.
Administração;
CAPÍTULO IV
III - judicial, nos termos da legislação;
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA JUDICIAL
IV - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) SEÇÃO I
§ 1o A rescisão administrativa ou amigável deverá ser DISPOSIÇÕES GERAIS
precedida de autorização escrita e fundamentada da Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o
autoridade competente. contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente,
§ 2o Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a dentro do prazo estabelecido pela Administração,
XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida,
será este ressarcido dos prejuízos regularmente sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas.
comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a: Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos
I - devolução de garantia; licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2o desta Lei,
que não aceitarem a contratação, nas mesmas condições
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a propostas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao
data da rescisão; prazo e preço.
III - pagamento do custo da desmobilização. Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos em
§ 3º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frustrar
os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas
§ 4º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) nesta Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das
§ 5o Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.
contrato, o cronograma de execução será prorrogado Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que
automaticamente por igual tempo. simplesmente tentados, sujeitam os seus autores, quando
Art. 80.A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior servidores públicos, além das sanções penais, à perda do
acarreta as seguintes conseqüências, sem prejuízo das cargo, emprego, função ou mandato eletivo.
sanções previstas nesta Lei: Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta Lei,
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou sem
local em que se encontrar, por ato próprio da Administração; remuneração, cargo, função ou emprego público.
II - ocupação e utilização do local, instalações, § 1o Equipara-se a servidor público, para os fins desta Lei,
equipamentos, material e pessoal empregados na execução quem exerce cargo, emprego ou função em entidade
do contrato, necessários à sua continuidade, na forma do paraestatal, assim consideradas, além das fundações,
inciso V do art. 58 desta Lei; empresas públicas e sociedades de economia mista, as
demais entidades sob controle, direto ou indireto, do Poder
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Público.
Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela
devidos; § 2o A pena imposta será acrescida da terça parte, quando
os autores dos crimes previstos nesta Lei forem ocupantes

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de cargo em comissão ou de função de confiança em órgão facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo
da Administração direta, autarquia, empresa pública, processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
sociedade de economia mista, fundação pública, ou outra
§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de
entidade controlada direta ou indiretamente pelo Poder
competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário
Público.
Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa
Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem às do interessado no respectivo processo, no prazo de 10
licitações e aos contratos celebrados pela União, Estados, (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser
Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias, requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109
empresas públicas, sociedades de economia mista, inciso III)
fundações públicas, e quaisquer outras entidades sob seu
Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo
controle direto ou indireto.
anterior poderão também ser aplicadas às empresas ou aos
SEÇÃO II profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS Lei:

Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por
sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer
instrumento convocatório ou no contrato. tributos;

§ 1o A multa a que alude este artigo não impede que a II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os
Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique objetivos da licitação;
as outras sanções previstas nesta Lei. III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com
§ 2o A multa, aplicada após regular processo administrativo, a Administração em virtude de atos ilícitos praticados.
será descontada da garantia do respectivo contratado. SEÇÃO III
o
§ 3 Se a multa for de valor superior ao valor da garantia DOS CRIMES E DAS PENAS
prestada, além da perda desta, responderá o contratado
Art. 89. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos
eventualmente devidos pela Administração ou ainda, Art. 90. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
quando for o caso, cobrada judicialmente.
Art. 91. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a
Art. 92. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao
contratado as seguintes sanções: Art. 93. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
I - advertência; Art. 94. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou Art. 95. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
no contrato;
Art. 96. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
III - suspensão temporária de participação em licitação e
Art. 97. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
impedimento de contratar com a Administração, por prazo
não superior a 2 (dois) anos; Art. 98. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com Art. 99. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos
SEÇÃO IV
determinantes da punição ou até que seja promovida a
DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO JUDICIAL
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a
penalidade, que será concedida sempre que o contratado Art. 100. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após
Art. 101. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso
anterior. Art. 102. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
o
§ 1 Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia Art. 103. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
prestada, além da perda desta, responderá o contratado
Art. 104. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada Art. 105. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
judicialmente.
Art. 106. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
§ 2o As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo
Art. 107. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021)
poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II,

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Art. 108. (Revogado pela Lei nº 14.133, de 2021) § 6o Em se tratando de licitações efetuadas na modalidade
de "carta convite" os prazos estabelecidos nos incisos I e II e
CAPÍTULO V
no parágrafo 3o deste artigo serão de dois dias úteis.
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da CAPÍTULO VI
aplicação desta Lei cabem:
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da
Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei,
intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento, e
a) habilitação ou inabilitação do licitante; considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando for
explicitamente disposto em contrário.
b) julgamento das propostas;
Parágrafo único. Só se iniciam e vencem os prazos referidos
c) anulação ou revogação da licitação;
neste artigo em dia de expediente no órgão ou na entidade.
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro
Art. 111. A Administração só poderá contratar, pagar,
cadastral, sua alteração ou cancelamento;
premiar ou receber projeto ou serviço técnico especializado
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele
desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) relativos e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o
previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua
f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária
elaboração.
ou de multa;
Parágrafo único. Quando o projeto referir-se a obra
II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da
imaterial de caráter tecnológico, insuscetível de privilégio, a
intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação
cessão dos direitos incluirá o fornecimento de todos os
ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;
dados, documentos e elementos de informação pertinentes
III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de à tecnologia de concepção, desenvolvimento, fixação em
Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o suporte físico de qualquer natureza e aplicação da obra.
caso, na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10
Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais de
(dez) dias úteis da intimação do ato.
uma entidade pública, caberá ao órgão contratante, perante
§ 1o A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas "a", a entidade interessada, responder pela sua boa execução,
"b", "c" e "e", deste artigo, excluídos os relativos a fiscalização e pagamento.
advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita
§ 1o Os consórcios públicos poderão realizar licitação da
mediante publicação na imprensa oficial, salvo para os casos
qual, nos termos do edital, decorram contratos
previstos nas alíneas "a" e "b", se presentes os prepostos dos
administrativos celebrados por órgãos ou entidades dos
licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando
entes da Federação consorciados. (Incluído pela Lei nº
poderá ser feita por comunicação direta aos interessados e
11.107, de 2005)
lavrada em ata.
§ 2o É facultado à entidade interessada o acompanhamento
§ 2o O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste
da licitação e da execução do contrato. (Incluído pela Lei nº
artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade
11.107, de 2005)
competente, motivadamente e presentes razões de
interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos
suspensiva aos demais recursos. e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito pelo
Tribunal de Contas competente, na forma da legislação
§ 3o Interposto, o recurso será comunicado aos demais
pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração
licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias
responsáveis pela demonstração da legalidade e
úteis.
regularidade da despesa e execução, nos termos da
§ 4o O recurso será dirigido à autoridade superior, por Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno
intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá nela previsto.
reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou,
§ 1o Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou
nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado,
jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos
devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo
órgãos integrantes do sistema de controle interno contra
de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso,
irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do
sob pena de responsabilidade.
disposto neste artigo.
§ 5o Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido de
§ 2o Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do
reconsideração se inicia ou corre sem que os autos do
sistema de controle interno poderão solicitar para exame,
processo estejam com vista franqueada ao interessado.
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até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento § 3o As parcelas do convênio serão liberadas em estrita
das propostas, cópia de edital de licitação já publicado, conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto
obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o
interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes que, saneamento das impropriedades ocorrentes:
em função desse exame, lhes forem determinadas. (Redação
I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma da
Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré- legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de
qualificação de licitantes nas concorrências, a ser procedida fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade
sempre que o objeto da licitação recomende análise mais ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão
detida da qualificação técnica dos interessados. competente do sistema de controle interno da
Administração Pública;
§ 1o A adoção do procedimento de pré-qualificação será
feita mediante proposta da autoridade competente, II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos
aprovada pela imediatamente superior. recursos, atrasos não justificados no cumprimento das
etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos
§ 2o Na pré-qualificação serão observadas as exigências
princípios fundamentais de Administração Pública nas
desta Lei relativas à concorrência, à convocação dos
contratações e demais atos praticados na execução do
interessados, ao procedimento e à analise da
convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a
documentação.
outras cláusulas conveniais básicas;
Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir
III - quando o executor deixar de adotar as medidas
normas relativas aos procedimentos operacionais a serem
saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos
observados na execução das licitações, no âmbito de sua
recursos ou por integrantes do respectivo sistema de
competência, observadas as disposições desta Lei.
controle interno.
Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo, após
§ 4o Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão
aprovação da autoridade competente, deverão ser
obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de
publicadas na imprensa oficial.
instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira
couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em
instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos
da Administração. verificar-se em prazos menores que um mês.
§ 1o A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos § 5o As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafo
órgãos ou entidades da Administração Pública depende de anterior serão obrigatoriamente computadas a crédito do
prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua
pela organização interessada, o qual deverá conter, no finalidade, devendo constar de demonstrativo específico
mínimo, as seguintes informações: que integrará as prestações de contas do ajuste.
I - identificação do objeto a ser executado; § 6o Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção
do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros
II - metas a serem atingidas;
remanescentes, inclusive os provenientes das receitas
III - etapas ou fases de execução; obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão
devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena
V - cronograma de desembolso; da imediata instauração de tomada de contas especial do
responsável, providenciada pela autoridade competente do
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem
órgão ou entidade titular dos recursos.
assim da conclusão das etapas ou fases programadas;
Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações realizados
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia,
pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do
comprovação de que os recursos próprios para
Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que
complementar a execução do objeto estão devidamente
couber, nas três esferas administrativas.
assegurados, salvo se o custo total do empreendimento
recair sobre a entidade ou órgão descentralizador. Art. 118. Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as
o entidades da administração indireta deverão adaptar suas
§ 2 Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador
normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta Lei.
dará ciência do mesmo à Assembléia Legislativa ou à Câmara
Municipal respectiva. Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e
fundações públicas e demais entidades controladas direta ou

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indiretamente pela União e pelas entidades referidas no 16 de setembro de 1987, a Lei no 8.220, de 4 de setembro de
artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente 1991, e o art. 83 da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei. (Renumerado por força do disposto no art. 3º da Lei nº
8.883, de 1994)
Parágrafo único. Os regulamentos a que se refere este
artigo, no âmbito da Administração Pública, após aprovados Brasília, 21 de junho de 1993, 172o da Independência e
pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados 105o da República.
os respectivos órgãos, sociedades e entidades, deverão ser
ITAMAR FRANCO
publicados na imprensa oficial.
Rubens Ricupero
Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser Romildo Canhim
anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os
Este texto não substitui o publicado no DOU de
fará publicar no Diário Oficial da União, observando como
22.6.1993, republicado em 6.7.1994 e retificado
limite superior a variação geral dos preços do mercado, no
em 6.7.1994
período. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às licitações Lei nº 8.429/1992
instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua
vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos parágrafos 1o, Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos
2o e 8o do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim o casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,
disposto no "caput" do art. 5o, com relação ao pagamento cargo, emprego ou função na administração pública direta,
das obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser indireta ou fundacional e dá outras providências.
observada, no prazo de noventa dias contados da vigência
desta Lei, separadamente para as obrigações relativas aos O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso
contratos regidos por legislação anterior à Lei no 8.666, de 21 Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
de junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) CAPÍTULO I
Parágrafo único. Os contratos relativos a imóveis do DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
patrimônio da União continuam a reger-se pelas disposições Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer
do Decreto-lei no 9.760, de 5 de setembro de 1946, com suas agente público, servidor ou não, contra a administração
alterações, e os relativos a operações de crédito interno ou direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da
externo celebrados pela União ou a concessão de garantia União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de
do Tesouro Nacional continuam regidos pela legislação Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou
pertinente, aplicando-se esta Lei, no que couber. de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja
Art. 122. Nas concessões de linhas aéreas, observar-se-á concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do
procedimento licitatório específico, a ser estabelecido patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma
no Código Brasileiro de Aeronáutica. desta lei.

Art. 123. Em suas licitações e contratações administrativas, Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta
as repartições sediadas no exterior observarão as lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de
peculiaridades locais e os princípios básicos desta Lei, na entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo,
forma de regulamentação específica. fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
Art. 124. Aplicam-se às licitações e aos contratos para concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio
permissão ou concessão de serviços públicos os dispositivos ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção
desta Lei que não conflitem com a legislação específica sobre patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos
o assunto. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) cofres públicos.
Parágrafo único. As exigências contidas nos incisos II a IV do Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei,
§ 2o do art. 7o serão dispensadas nas licitações para todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
concessão de serviços com execução prévia de obras em que remuneração, por eleição, nomeação, designação,
não foram previstos desembolso por parte da Administração contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
Pública concedente. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. mencionadas no artigo anterior.
(Renumerado por força do disposto no art. 3º da Lei nº Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber,
8.883, de 1994) àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou
Art. 126. Revogam-se as disposições em contrário, concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se
especialmente os Decretos-leis nos 2.300, de 21 de beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
novembro de 1986, 2.348, de 24 de julho de 1987, 2.360, de
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Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia servidores públicos, empregados ou terceiros contratados
são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios por essas entidades;
de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
trato dos assuntos que lhe são afetos.
direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando,
omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar- de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar
se-á o integral ressarcimento do dano. promessa de tal vantagem;
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
público ou terceiro beneficiário os bens ou valores direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição
acrescidos ao seu patrimônio. ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao
de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá
mencionadas no art. 1º desta lei;
a autoridade administrativa responsável pelo inquérito
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de
dos bens do indiciado. mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de
qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput
evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral
ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de
resultante do enriquecimento ilícito. consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às
público, durante a atividade;
cominações desta lei até o limite do valor da herança.
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a
CAPÍTULO II
liberação ou aplicação de verba pública de qualquer
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
natureza;
SEÇÃO I
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE X - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
IMPORTAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício,
providência ou declaração a que esteja obrigado;
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa
importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens,
vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou mencionadas no art. 1° desta lei.
indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
SEÇÃO II
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE
possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
CAUSAM PREJUÍZO AO ERÁRIO
decorrente das atribuições do agente público;
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou
facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou
culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a
facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou
incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou
o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
ao valor de mercado;
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, desta lei;
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza,
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica
de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º

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desta lei, sem a observância das formalidades legais ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos
regulamentares aplicáveis à espécie; transferidos pela administração pública a entidades
privadas mediante celebração de parcerias, sem a
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente
observância das formalidades legais ou regulamentares
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou
aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio
(Vigência)
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei,
sem observância das formalidades legais e regulamentares XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou
aplicáveis à espécie; jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores
públicos transferidos pela administração pública a entidade
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de
privada mediante celebração de parcerias, sem a
bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades
observância das formalidades legais ou regulamentares
referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço
aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
por parte delas, por preço inferior ao de mercado;
(Vigência)
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com
bem ou serviço por preço superior ao de mercado;
entidades privadas sem a observância das formalidades
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela
legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
inidônea;
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela
observância das formalidades legais ou regulamentares administração pública com entidades privadas; (Incluído
aplicáveis à espécie; pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº
13.204, de 2015)
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo
seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela
lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação dada administração pública com entidades privadas sem a estrita
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não
13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de
autorizadas em lei ou regulamento;
2015)
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda,
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela
bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio
administração pública com entidades privadas sem a estrita
público;
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua 13.019, de 2014) (Vigência)
aplicação irregular;
SEÇÃO II-A
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se (INCLUÍDO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 157, DE
enriqueça ilicitamente; 2016) (PRODUÇÃO DE EFEITO)
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular,
DECORRENTES DE CONCESSÃO OU APLICAÇÃO INDEVIDA
veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer
DE BENEFÍCIO FINANCEIRO OU TRIBUTÁRIO
natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa
trabalho de servidor público, empregados ou terceiros qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter
contratados por essas entidades. benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem
o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por
31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157,
objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão
de 2016) (Produção de efeito)
associada sem observar as formalidades previstas na lei;
(Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) SEÇÃO III
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem
ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar
PÚBLICA
as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº
11.107, de 2005) Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que
atenta contra os princípios da administração pública
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou
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honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos,
instituições, e notadamente: pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
ou diverso daquele previsto, na regra de competência;
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
ofício;
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano,
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos
das atribuições e que deva permanecer em segredo; políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de
até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
V - frustrar a licitude de concurso público; benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
lo;
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de
pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de
(oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do
medida política ou econômica capaz de afetar o preço de
benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela
mercadoria, bem ou serviço.
Lei Complementar nº 157, de 2016)
VIII - descumprir as normas relativas à celebração,
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o
fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela
juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim
administração pública com entidades privadas (Redação
como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
CAPÍTULO IV
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de
DA DECLARAÇÃO DE BENS
acessibilidade previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº
13.146, de 2015) (Vigência) Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam
condicionados à apresentação de declaração dos bens e
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da
valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser
prestação de serviços na área de saúde sem a prévia
arquivada no serviço de pessoal competente. (Regulamento)
celebração de contrato, convênio ou instrumento
(Regulamento)
congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (Incluído pela Lei nº § 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis,
13.650, de 2018) semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra
espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou
CAPÍTULO III
no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e
DAS PENAS
valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica
administrativas previstas na legislação específica, está o do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes uso doméstico.
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
data em que o agente público deixar o exercício do mandato,
(Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
cargo, emprego ou função.
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento
público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente
integral do dano, quando houver, perda da função pública,
público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro
suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos,
do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do
acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder § 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou declaração anual de bens apresentada à Delegacia da
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as
pelo prazo de dez anos; necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no
caput e no § 2° deste artigo .
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano,
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função
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CAPÍTULO V § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as


DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO ações necessárias à complementação do ressarcimento do
JUDICIAL patrimônio público.
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade § 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo
administrativa competente para que seja instaurada Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no §
investigação destinada a apurar a prática de ato de 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965.
improbidade. (Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como
assinada, conterá a qualificação do representante, as parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena
informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das de nulidade.
provas de que tenha conhecimento.
§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, para todas as ações posteriormente intentadas que possuam
em despacho fundamentado, se esta não contiver as a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela
formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
não impede a representação ao Ministério Público, nos
§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação
termos do art. 22 desta lei.
que contenham indícios suficientes da existência do ato de
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade improbidade ou com razões fundamentadas da
determinará a imediata apuração dos fatos que, em se impossibilidade de apresentação de qualquer dessas
tratando de servidores federais, será processada na forma provas, observada a legislação vigente, inclusive as
prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de
dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de Processo Civil. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45,
acordo com os respectivos regulamentos disciplinares. de 2001)
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao § 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará
Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para
existência de procedimento administrativo para apurar a oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída
prática de ato de improbidade. com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze
dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou
Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar § 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta
representante para acompanhar o procedimento dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se
administrativo. convencido da inexistência do ato de improbidade, da
improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
comissão representará ao Ministério Público ou à
procuradoria do órgão para que requeira ao juízo § 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para
competente a decretação do seqüestro dos bens do agente apresentar contestação. (Incluído pela Medida Provisória nº
ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado 2.225-45, de 2001)
dano ao patrimônio público.
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com agravo de instrumento (Incluído pela Medida Provisória nº
o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil. 2.225-45, de 2001)
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o § 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual,
exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo
financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa)
da lei e dos tratados internacionais. dias.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será § 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a
proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o
interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida processo sem julgamento do mérito (Incluído pela Medida
cautelar. Provisória nº 2.225-45, de 2001)
(Vigência encerrada) § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas
nos processos regidos por esta Lei o disposto no art.
§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração
221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal. (Incluído
de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei.
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

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§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou
pessoa jurídica interessada o ente tributante que figurar no emprego.
polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do
III - até cinco anos da data da apresentação à administração
art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de
pública da prestação de contas final pelas entidades
julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. (Incluído
2016)
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de
CAPÍTULO VIII
reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos
bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
prejudicada pelo ilícito.
Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de
CAPÍTULO VI 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais
DAS DISPOSIÇÕES PENAIS disposições em contrário.
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência
improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, e 104° da República.
quando o autor da denúncia o sabe inocente.
FERNANDO COLLOR
Pena: detenção de seis a dez meses e multa. Célio Borja
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6.1992.
sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,
morais ou à imagem que houver provocado. Lei Nº 13.709/2018
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos
políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
sentença condenatória. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
competente poderá determinar o afastamento do agente CAPÍTULO I
público do exercício do cargo, emprego ou função, sem DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer
necessária à instrução processual. Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais,
inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo
independe: de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da
quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº pessoa natural.
12.120, de 2009). Parágrafo único. As normas gerais contidas nesta Lei são de
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de interesse nacional e devem ser observadas pela União,
controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. Estados, Distrito Federal e Municípios. (Incluído pela Lei
nº 13.853, de 2019) Vigência
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o
Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como
administrativa ou mediante representação formulada de fundamentos:
acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a I - o respeito à privacidade;
instauração de inquérito policial ou procedimento
administrativo. II - a autodeterminação informativa;
CAPÍTULO VII III - a liberdade de expressão, de informação, de
DA PRESCRIÇÃO comunicação e de opinião;
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
previstas nesta lei podem ser propostas: V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, inovação;
de cargo em comissão ou de função de confiança; VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica consumidor; e
para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do

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VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da § 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o
personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas inciso III do caput deste artigo por pessoa de direito privado,
pessoas naturais. exceto em procedimentos sob tutela de pessoa jurídica de
direito público, que serão objeto de informe específico à
Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento
autoridade nacional e que deverão observar a limitação
realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito
imposta no § 4º deste artigo.
público ou privado, independentemente do meio, do país de
sua sede ou do país onde estejam localizados os dados, § 3º A autoridade nacional emitirá opiniões técnicas ou
desde que: recomendações referentes às exceções previstas no inciso III
do caput deste artigo e deverá solicitar aos responsáveis
I - a operação de tratamento seja realizada no território
relatórios de impacto à proteção de dados pessoais.
nacional;
§ 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de
II - a atividade de tratamento tenha por objetivo a oferta ou
banco de dados de que trata o inciso III do caput deste artigo
o fornecimento de bens ou serviços ou o tratamento de
poderá ser tratada por pessoa de direito privado, salvo por
dados de indivíduos localizados no território nacional;
aquela que possua capital integralmente constituído pelo
ou (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
poder público. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
III - os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido 2019) Vigência
coletados no território nacional.
Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:
§ 1º Consideram-se coletados no território nacional os dados
I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural
pessoais cujo titular nele se encontre no momento da coleta.
identificada ou identificável;
§ 2º Excetua-se do disposto no inciso I deste artigo o
II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial
tratamento de dados previsto no inciso IV do caput do art. 4º
ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a
desta Lei.
sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou
Art. 4º Esta Lei não se aplica ao tratamento de dados político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado
pessoais: genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa
natural;
I - realizado por pessoa natural para fins exclusivamente
particulares e não econômicos; III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa
ser identificado, considerando a utilização de meios técnicos
II - realizado para fins exclusivamente:
razoáveis e disponíveis na ocasião de seu tratamento;
a) jornalístico e artísticos; ou
IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados
b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11 pessoais, estabelecido em um ou em vários locais, em
desta Lei; suporte eletrônico ou físico;
III - realizado para fins exclusivos de: V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados
pessoais que são objeto de tratamento;
a) segurança pública;
VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito
b) defesa nacional;
público ou privado, a quem competem as decisões
c) segurança do Estado; ou referentes ao tratamento de dados pessoais;
d) atividades de investigação e repressão de infrações VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público
penais; ou ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em
nome do controlador;
IV - provenientes de fora do território nacional e que não
sejam objeto de comunicação, uso compartilhado de dados VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e
com agentes de tratamento brasileiros ou objeto de operador para atuar como canal de comunicação entre o
transferência internacional de dados com outro país que não controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional
o de proveniência, desde que o país de proveniência de Proteção de Dados (ANPD); (Redação dada pela Lei nº
proporcione grau de proteção de dados pessoais adequado 13.853, de 2019) Vigência
ao previsto nesta Lei.
IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador;
§ 1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III
X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais,
será regido por legislação específica, que deverá prever
como as que se referem a coleta, produção, recepção,
medidas proporcionais e estritamente necessárias ao
classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão,
atendimento do interesse público, observados o devido
distribuição, processamento, arquivamento,
processo legal, os princípios gerais de proteção e os direitos
armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da
do titular previstos nesta Lei.

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informação, modificação, comunicação, transferência, II - adequação: compatibilidade do tratamento com as


difusão ou extração; finalidades informadas ao titular, de acordo com o contexto
do tratamento;
XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e
disponíveis no momento do tratamento, por meio dos quais III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo
um dado perde a possibilidade de associação, direta ou necessário para a realização de suas finalidades, com
indireta, a um indivíduo; abrangência dos dados pertinentes, proporcionais e não
excessivos em relação às finalidades do tratamento de
XII - consentimento: manifestação livre, informada e
dados;
inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de
seus dados pessoais para uma finalidade determinada; IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada
e gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem
XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação
como sobre a integralidade de seus dados pessoais;
de tratamento, mediante guarda do dado pessoal ou do
banco de dados; V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão,
clareza, relevância e atualização dos dados, de acordo com a
XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados
necessidade e para o cumprimento da finalidade de seu
armazenados em banco de dados, independentemente do
tratamento;
procedimento empregado;
VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações
XV - transferência internacional de dados: transferência de
claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do
dados pessoais para país estrangeiro ou organismo
tratamento e os respectivos agentes de tratamento,
internacional do qual o país seja membro;
observados os segredos comercial e industrial;
XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão,
VII - segurança: utilização de medidas técnicas e
transferência internacional, interconexão de dados pessoais
administrativas aptas a proteger os dados pessoais de
ou tratamento compartilhado de bancos de dados pessoais
acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas
por órgãos e entidades públicos no cumprimento de suas
de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão;
competências legais, ou entre esses e entes privados,
reciprocamente, com autorização específica, para uma ou VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a
mais modalidades de tratamento permitidas por esses entes ocorrência de danos em virtude do tratamento de dados
públicos, ou entre entes privados; pessoais;
XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: IX - não discriminação: impossibilidade de realização do
documentação do controlador que contém a descrição dos tratamento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos;
processos de tratamento de dados pessoais que podem
X - responsabilização e prestação de contas: demonstração,
gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais,
pelo agente, da adoção de medidas eficazes e capazes de
bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de
comprovar a observância e o cumprimento das normas de
mitigação de risco;
proteção de dados pessoais e, inclusive, da eficácia dessas
XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da medidas.
administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica
CAPÍTULO II
de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em
sua missão institucional ou em seu objetivo social ou SEÇÃO I
estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter DOS REQUISITOS PARA O TRATAMENTO DE DADOS
histórico, científico, tecnológico ou estatístico; e (Redação PESSOAIS
dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser
XIX - autoridade nacional: órgão da administração pública realizado nas seguintes hipóteses:
responsável por zelar, implementar e fiscalizar o I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;
cumprimento desta Lei em todo o território
nacional. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória
2019) Vigência pelo controlador;
Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais III - pela administração pública, para o tratamento e uso
deverão observar a boa-fé e os seguintes princípios: compartilhado de dados necessários à execução de políticas
públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em
I - finalidade: realização do tratamento para propósitos contratos, convênios ou instrumentos congêneres,
legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem observadas as disposições do Capítulo IV desta Lei;
possibilidade de tratamento posterior de forma
incompatível com essas finalidades;

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IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, Art. 8º O consentimento previsto no inciso I do art. 7º desta
garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados Lei deverá ser fornecido por escrito ou por outro meio que
pessoais; demonstre a manifestação de vontade do titular.
V - quando necessário para a execução de contrato ou de § 1º Caso o consentimento seja fornecido por escrito, esse
procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual deverá constar de cláusula destacada das demais cláusulas
seja parte o titular, a pedido do titular dos dados; contratuais.
VI - para o exercício regular de direitos em processo judicial, § 2º Cabe ao controlador o ônus da prova de que o
administrativo ou arbitral, esse último nos termos da Lei nº consentimento foi obtido em conformidade com o disposto
9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ; nesta Lei.
VII - para a proteção da vida ou da incolumidade física do § 3º É vedado o tratamento de dados pessoais mediante
titular ou de terceiro; vício de consentimento.
VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em § 4º O consentimento deverá referir-se a finalidades
procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços determinadas, e as autorizações genéricas para o
de saúde ou autoridade sanitária; (Redação dada pela Lei tratamento de dados pessoais serão nulas.
nº 13.853, de 2019) Vigência
§ 5º O consentimento pode ser revogado a qualquer
IX - quando necessário para atender aos interesses legítimos momento mediante manifestação expressa do titular, por
do controlador ou de terceiro, exceto no caso de procedimento gratuito e facilitado, ratificados os
prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular tratamentos realizados sob amparo do consentimento
que exijam a proteção dos dados pessoais; ou anteriormente manifestado enquanto não houver
requerimento de eliminação, nos termos do inciso VI
X - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto
do caput do art. 18 desta Lei.
na legislação pertinente.
§ 6º Em caso de alteração de informação referida nos incisos
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853,
I, II, III ou V do art. 9º desta Lei, o controlador deverá
de 2019)
informar ao titular, com destaque de forma específica do
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853, de teor das alterações, podendo o titular, nos casos em que o
2019) Vigência seu consentimento é exigido, revogá-lo caso discorde da
alteração.
§ 3º O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público
deve considerar a finalidade, a boa-fé e o interesse público Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às
que justificaram sua disponibilização. informações sobre o tratamento de seus dados, que deverão
ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva
§ 4º É dispensada a exigência do consentimento previsto
acerca de, entre outras características previstas em
no caput deste artigo para os dados tornados
regulamentação para o atendimento do princípio do livre
manifestamente públicos pelo titular, resguardados os
acesso:
direitos do titular e os princípios previstos nesta Lei.
I - finalidade específica do tratamento;
§ 5º O controlador que obteve o consentimento referido no
inciso I do caput deste artigo que necessitar comunicar ou II - forma e duração do tratamento, observados os segredos
compartilhar dados pessoais com outros controladores comercial e industrial;
deverá obter consentimento específico do titular para esse
III - identificação do controlador;
fim, ressalvadas as hipóteses de dispensa do consentimento
previstas nesta Lei. IV - informações de contato do controlador;
§ 6º A eventual dispensa da exigência do consentimento não V - informações acerca do uso compartilhado de dados pelo
desobriga os agentes de tratamento das demais obrigações controlador e a finalidade;
previstas nesta Lei, especialmente da observância dos
VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o
princípios gerais e da garantia dos direitos do titular.
tratamento; e
§ 7º O tratamento posterior dos dados pessoais a que se
VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos
referem os §§ 3º e 4º deste artigo poderá ser realizado para
contidos no art. 18 desta Lei.
novas finalidades, desde que observados os propósitos
legítimos e específicos para o novo tratamento e a § 1º Na hipótese em que o consentimento é requerido, esse
preservação dos direitos do titular, assim como os será considerado nulo caso as informações fornecidas ao
fundamentos e os princípios previstos nesta Lei. (Incluído titular tenham conteúdo enganoso ou abusivo ou não
pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência tenham sido apresentadas previamente com transparência,
de forma clara e inequívoca.

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§ 2º Na hipótese em que o consentimento é requerido, se termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de
houver mudanças da finalidade para o tratamento de dados Arbitragem) ;
pessoais não compatíveis com o consentimento original, o
e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de
controlador deverá informar previamente o titular sobre as
terceiro;
mudanças de finalidade, podendo o titular revogar o
consentimento, caso discorde das alterações. f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento
realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou
§ 3º Quando o tratamento de dados pessoais for condição
autoridade sanitária; ou (Redação dada pela Lei nº
para o fornecimento de produto ou de serviço ou para o
13.853, de 2019) Vigência
exercício de direito, o titular será informado com destaque
sobre esse fato e sobre os meios pelos quais poderá exercer g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular,
os direitos do titular elencados no art. 18 desta Lei. nos processos de identificação e autenticação de cadastro
em sistemas eletrônicos, resguardados os direitos
Art. 10. O legítimo interesse do controlador somente poderá
mencionados no art. 9º desta Lei e exceto no caso de
fundamentar tratamento de dados pessoais para finalidades
prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular
legítimas, consideradas a partir de situações concretas, que
que exijam a proteção dos dados pessoais.
incluem, mas não se limitam a:
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo a qualquer tratamento
I - apoio e promoção de atividades do controlador; e
de dados pessoais que revele dados pessoais sensíveis e que
II - proteção, em relação ao titular, do exercício regular de possa causar dano ao titular, ressalvado o disposto em
seus direitos ou prestação de serviços que o beneficiem, legislação específica.
respeitadas as legítimas expectativas dele e os direitos e
§ 2º Nos casos de aplicação do disposto nas alíneas “a” e “b”
liberdades fundamentais, nos termos desta Lei.
do inciso II do caput deste artigo pelos órgãos e pelas
§ 1º Quando o tratamento for baseado no legítimo interesse entidades públicas, será dada publicidade à referida
do controlador, somente os dados pessoais estritamente dispensa de consentimento, nos termos do inciso I
necessários para a finalidade pretendida poderão ser do caput do art. 23 desta Lei.
tratados.
§ 3º A comunicação ou o uso compartilhado de dados
§ 2º O controlador deverá adotar medidas para garantir a pessoais sensíveis entre controladores com objetivo de
transparência do tratamento de dados baseado em seu obter vantagem econômica poderá ser objeto de vedação ou
legítimo interesse. de regulamentação por parte da autoridade nacional,
ouvidos os órgãos setoriais do Poder Público, no âmbito de
§ 3º A autoridade nacional poderá solicitar ao controlador
suas competências.
relatório de impacto à proteção de dados pessoais, quando
o tratamento tiver como fundamento seu interesse legítimo, § 4º É vedada a comunicação ou o uso compartilhado entre
observados os segredos comercial e industrial. controladores de dados pessoais sensíveis referentes à
saúde com objetivo de obter vantagem econômica, exceto
SEÇÃO II
nas hipóteses relativas a prestação de serviços de saúde, de
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS SENSÍVEIS
assistência farmacêutica e de assistência à saúde, desde que
Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente observado o § 5º deste artigo, incluídos os serviços auxiliares
poderá ocorrer nas seguintes hipóteses: de diagnose e terapia, em benefício dos interesses dos
titulares de dados, e para permitir: (Redação dada pela
I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
forma específica e destacada, para finalidades específicas;
I - a portabilidade de dados quando solicitada pelo titular;
II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas ou (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
hipóteses em que for indispensável para:
II - as transações financeiras e administrativas resultantes do
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo uso e da prestação dos serviços de que trata este
controlador; parágrafo. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
b) tratamento compartilhado de dados necessários à 2019) Vigência
execução, pela administração pública, de políticas públicas § 5º É vedado às operadoras de planos privados de
previstas em leis ou regulamentos; assistência à saúde o tratamento de dados de saúde para a
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, prática de seleção de riscos na contratação de qualquer
sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais modalidade, assim como na contratação e exclusão de
sensíveis; beneficiários. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
2019) Vigência
d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em
processo judicial, administrativo e arbitral, este último nos

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Art. 12. Os dados anonimizados não serão considerados § 1º O tratamento de dados pessoais de crianças deverá ser
dados pessoais para os fins desta Lei, salvo quando o realizado com o consentimento específico e em destaque
processo de anonimização ao qual foram submetidos for dado por pelo menos um dos pais ou pelo responsável legal.
revertido, utilizando exclusivamente meios próprios, ou
§ 2º No tratamento de dados de que trata o § 1º deste artigo,
quando, com esforços razoáveis, puder ser revertido.
os controladores deverão manter pública a informação
§ 1º A determinação do que seja razoável deve levar em sobre os tipos de dados coletados, a forma de sua utilização
consideração fatores objetivos, tais como custo e tempo e os procedimentos para o exercício dos direitos a que se
necessários para reverter o processo de anonimização, de refere o art. 18 desta Lei.
acordo com as tecnologias disponíveis, e a utilização
§ 3º Poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o
exclusiva de meios próprios.
consentimento a que se refere o § 1º deste artigo quando a
§ 2º Poderão ser igualmente considerados como dados coleta for necessária para contatar os pais ou o responsável
pessoais, para os fins desta Lei, aqueles utilizados para legal, utilizados uma única vez e sem armazenamento, ou
formação do perfil comportamental de determinada pessoa para sua proteção, e em nenhum caso poderão ser
natural, se identificada. repassados a terceiro sem o consentimento de que trata o §
1º deste artigo.
§ 3º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões e
técnicas utilizados em processos de anonimização e realizar § 4º Os controladores não deverão condicionar a
verificações acerca de sua segurança, ouvido o Conselho participação dos titulares de que trata o § 1º deste artigo em
Nacional de Proteção de Dados Pessoais. jogos, aplicações de internet ou outras atividades ao
fornecimento de informações pessoais além das
Art. 13. Na realização de estudos em saúde pública, os
estritamente necessárias à atividade.
órgãos de pesquisa poderão ter acesso a bases de dados
pessoais, que serão tratados exclusivamente dentro do § 5º O controlador deve realizar todos os esforços razoáveis
órgão e estritamente para a finalidade de realização de para verificar que o consentimento a que se refere o § 1º
estudos e pesquisas e mantidos em ambiente controlado e deste artigo foi dado pelo responsável pela criança,
seguro, conforme práticas de segurança previstas em consideradas as tecnologias disponíveis.
regulamento específico e que incluam, sempre que possível,
§ 6º As informações sobre o tratamento de dados referidas
a anonimização ou pseudonimização dos dados, bem como
neste artigo deverão ser fornecidas de maneira simples,
considerem os devidos padrões éticos relacionados a
clara e acessível, consideradas as características físico-
estudos e pesquisas.
motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do
§ 1º A divulgação dos resultados ou de qualquer excerto do usuário, com uso de recursos audiovisuais quando
estudo ou da pesquisa de que trata o caput deste artigo em adequado, de forma a proporcionar a informação necessária
nenhuma hipótese poderá revelar dados pessoais. aos pais ou ao responsável legal e adequada ao
entendimento da criança.
§ 2º O órgão de pesquisa será o responsável pela segurança
da informação prevista no caput deste artigo, não permitida, SEÇÃO IV
em circunstância alguma, a transferência dos dados a DO TÉRMINO DO TRATAMENTO DE DADOS
terceiro.
Art. 15. O término do tratamento de dados pessoais ocorrerá
§ 3º O acesso aos dados de que trata este artigo será objeto nas seguintes hipóteses:
de regulamentação por parte da autoridade nacional e das
autoridades da área de saúde e sanitárias, no âmbito de suas I - verificação de que a finalidade foi alcançada ou de que os
competências. dados deixaram de ser necessários ou pertinentes ao alcance
da finalidade específica almejada;
§ 4º Para os efeitos deste artigo, a pseudonimização é o
tratamento por meio do qual um dado perde a possibilidade II - fim do período de tratamento;
de associação, direta ou indireta, a um indivíduo, senão pelo III - comunicação do titular, inclusive no exercício de seu
uso de informação adicional mantida separadamente pelo direito de revogação do consentimento conforme disposto
controlador em ambiente controlado e seguro. no § 5º do art. 8º desta Lei, resguardado o interesse público;
SEÇÃO III ou
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS DE CRIANÇAS E DE IV - determinação da autoridade nacional, quando houver
ADOLESCENTES violação ao disposto nesta Lei.
Art. 14. O tratamento de dados pessoais de crianças e de Art. 16. Os dados pessoais serão eliminados após o término
adolescentes deverá ser realizado em seu melhor interesse, de seu tratamento, no âmbito e nos limites técnicos das
nos termos deste artigo e da legislação pertinente. atividades, autorizada a conservação para as seguintes
finalidades:

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I - cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo representante legalmente constituído, a agente de


controlador; tratamento.
II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre que § 4º Em caso de impossibilidade de adoção imediata da
possível, a anonimização dos dados pessoais; providência de que trata o § 3º deste artigo, o controlador
enviará ao titular resposta em que poderá:
III - transferência a terceiro, desde que respeitados os
requisitos de tratamento de dados dispostos nesta Lei; ou I - comunicar que não é agente de tratamento dos dados e
indicar, sempre que possível, o agente; ou
IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por
terceiro, e desde que anonimizados os dados. II - indicar as razões de fato ou de direito que impedem a
adoção imediata da providência.
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS DO TITULAR § 5º O requerimento referido no § 3º deste artigo será
atendido sem custos para o titular, nos prazos e nos termos
Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade previstos em regulamento.
de seus dados pessoais e garantidos os direitos
fundamentais de liberdade, de intimidade e de privacidade, § 6º O responsável deverá informar, de maneira imediata,
nos termos desta Lei. aos agentes de tratamento com os quais tenha realizado uso
compartilhado de dados a correção, a eliminação, a
Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do anonimização ou o bloqueio dos dados, para que repitam
controlador, em relação aos dados do titular por ele idêntico procedimento, exceto nos casos em que esta
tratados, a qualquer momento e mediante requisição: comunicação seja comprovadamente impossível ou implique
I - confirmação da existência de tratamento; esforço desproporcional. (Redação dada pela Lei nº
13.853, de 2019) Vigência
II - acesso aos dados;
§ 7º A portabilidade dos dados pessoais a que se refere o
III - correção de dados incompletos, inexatos ou inciso V do caput deste artigo não inclui dados que já tenham
desatualizados; sido anonimizados pelo controlador.
IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados § 8º O direito a que se refere o § 1º deste artigo também
desnecessários, excessivos ou tratados em desconformidade poderá ser exercido perante os organismos de defesa do
com o disposto nesta Lei; consumidor.
V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou Art. 19. A confirmação de existência ou o acesso a dados
produto, mediante requisição expressa, de acordo com a pessoais serão providenciados, mediante requisição do
regulamentação da autoridade nacional, observados os titular:
segredos comercial e industrial; (Redação dada pela Lei nº
13.853, de 2019) Vigência I - em formato simplificado, imediatamente; ou
VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o II - por meio de declaração clara e completa, que indique a
consentimento do titular, exceto nas hipóteses previstas no origem dos dados, a inexistência de registro, os critérios
art. 16 desta Lei; utilizados e a finalidade do tratamento, observados os
segredos comercial e industrial, fornecida no prazo de até 15
VII - informação das entidades públicas e privadas com as (quinze) dias, contado da data do requerimento do titular.
quais o controlador realizou uso compartilhado de dados;
§ 1º Os dados pessoais serão armazenados em formato que
VIII - informação sobre a possibilidade de não fornecer favoreça o exercício do direito de acesso.
consentimento e sobre as consequências da negativa;
§ 2º As informações e os dados poderão ser fornecidos, a
IX - revogação do consentimento, nos termos do § 5º do art. critério do titular:
8º desta Lei.
I - por meio eletrônico, seguro e idôneo para esse fim; ou
§ 1º O titular dos dados pessoais tem o direito de peticionar
em relação aos seus dados contra o controlador perante a II - sob forma impressa.
autoridade nacional. § 3º Quando o tratamento tiver origem no consentimento do
§ 2º O titular pode opor-se a tratamento realizado com titular ou em contrato, o titular poderá solicitar cópia
fundamento em uma das hipóteses de dispensa de eletrônica integral de seus dados pessoais, observados os
consentimento, em caso de descumprimento ao disposto segredos comercial e industrial, nos termos de
nesta Lei. regulamentação da autoridade nacional, em formato que
permita a sua utilização subsequente, inclusive em outras
§ 3º Os direitos previstos neste artigo serão exercidos operações de tratamento.
mediante requerimento expresso do titular ou de

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§ 4º A autoridade nacional poderá dispor de forma art. 39 desta Lei; e (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
diferenciada acerca dos prazos previstos nos incisos I e II 2019) Vigência
do caput deste artigo para os setores específicos.
IV - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de
Art. 20. O titular dos dados tem direito a solicitar a revisão 2019) Vigência
de decisões tomadas unicamente com base em tratamento
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre as formas de
automatizado de dados pessoais que afetem seus interesses,
publicidade das operações de tratamento.
incluídas as decisões destinadas a definir o seu perfil pessoal,
profissional, de consumo e de crédito ou os aspectos de sua § 2º O disposto nesta Lei não dispensa as pessoas jurídicas
personalidade. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de mencionadas no caput deste artigo de instituir as
2019) Vigência autoridades de que trata a Lei nº 12.527, de 18 de novembro
de 2011 (Lei de Acesso à Informação) .
§ 1º O controlador deverá fornecer, sempre que solicitadas,
informações claras e adequadas a respeito dos critérios e dos § 3º Os prazos e procedimentos para exercício dos direitos
procedimentos utilizados para a decisão automatizada, do titular perante o Poder Público observarão o disposto em
observados os segredos comercial e industrial. legislação específica, em especial as disposições constantes
da Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997 (Lei do Habeas
§ 2º Em caso de não oferecimento de informações de que
Data) , da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 (Lei Geral do
trata o § 1º deste artigo baseado na observância de segredo
Processo Administrativo) , e da Lei nº 12.527, de 18 de
comercial e industrial, a autoridade nacional poderá realizar
novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) .
auditoria para verificação de aspectos discriminatórios em
tratamento automatizado de dados pessoais. § 4º Os serviços notariais e de registro exercidos em caráter
privado, por delegação do Poder Público, terão o mesmo
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de
tratamento dispensado às pessoas jurídicas referidas
2019) Vigência
no caput deste artigo, nos termos desta Lei.
Art. 21. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de
§ 5º Os órgãos notariais e de registro devem fornecer acesso
direitos pelo titular não podem ser utilizados em seu
aos dados por meio eletrônico para a administração pública,
prejuízo.
tendo em vista as finalidades de que trata o caput deste
Art. 22. A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares artigo.
de dados poderá ser exercida em juízo, individual ou
Art. 24. As empresas públicas e as sociedades de economia
coletivamente, na forma do disposto na legislação
mista que atuam em regime de concorrência, sujeitas ao
pertinente, acerca dos instrumentos de tutela individual e
disposto no art. 173 da Constituição Federal , terão o mesmo
coletiva.
tratamento dispensado às pessoas jurídicas de direito
CAPÍTULO IV privado particulares, nos termos desta Lei.
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS PELO PODER
Parágrafo único. As empresas públicas e as sociedades de
PÚBLICO economia mista, quando estiverem operacionalizando
SEÇÃO I políticas públicas e no âmbito da execução delas, terão o
DAS REGRAS mesmo tratamento dispensado aos órgãos e às entidades do
Art. 23. O tratamento de dados pessoais pelas pessoas Poder Público, nos termos deste Capítulo.
jurídicas de direito público referidas no parágrafo único Art. 25. Os dados deverão ser mantidos em formato
do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei interoperável e estruturado para o uso compartilhado, com
de Acesso à Informação) , deverá ser realizado para o vistas à execução de políticas públicas, à prestação de
atendimento de sua finalidade pública, na persecução do serviços públicos, à descentralização da atividade pública e à
interesse público, com o objetivo de executar as disseminação e ao acesso das informações pelo público em
competências legais ou cumprir as atribuições legais do geral.
serviço público, desde que:
Art. 26. O uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder
I - sejam informadas as hipóteses em que, no exercício de Público deve atender a finalidades específicas de execução
suas competências, realizam o tratamento de dados de políticas públicas e atribuição legal pelos órgãos e pelas
pessoais, fornecendo informações claras e atualizadas sobre entidades públicas, respeitados os princípios de proteção de
a previsão legal, a finalidade, os procedimentos e as práticas dados pessoais elencados no art. 6º desta Lei.
utilizadas para a execução dessas atividades, em veículos de
§ 1º É vedado ao Poder Público transferir a entidades
fácil acesso, preferencialmente em seus sítios eletrônicos;
privadas dados pessoais constantes de bases de dados a que
II - (VETADO); e tenha acesso, exceto:
III - seja indicado um encarregado quando realizarem I - em casos de execução descentralizada de atividade
operações de tratamento de dados pessoais, nos termos do pública que exija a transferência, exclusivamente para esse
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fim específico e determinado, observado o disposto na Lei nº Art. 32. A autoridade nacional poderá solicitar a agentes do
12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Poder Público a publicação de relatórios de impacto à
Informação) ; proteção de dados pessoais e sugerir a adoção de padrões e
de boas práticas para os tratamentos de dados pessoais pelo
II - (VETADO);
Poder Público.
III - nos casos em que os dados forem acessíveis
CAPÍTULO V
publicamente, observadas as disposições desta Lei.
DA TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DADOS
IV - quando houver previsão legal ou a transferência for
respaldada em contratos, convênios ou instrumentos Art. 33. A transferência internacional de dados pessoais
congêneres; ou (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) somente é permitida nos seguintes casos:

V - na hipótese de a transferência dos dados objetivar I - para países ou organismos internacionais que
exclusivamente a prevenção de fraudes e irregularidades, ou proporcionem grau de proteção de dados pessoais
proteger e resguardar a segurança e a integridade do titular adequado ao previsto nesta Lei;
dos dados, desde que vedado o tratamento para outras II - quando o controlador oferecer e comprovar garantias de
finalidades. (Incluído pela Lei nº 13.853, de cumprimento dos princípios, dos direitos do titular e do
2019) Vigência regime de proteção de dados previstos nesta Lei, na forma
§ 2º Os contratos e convênios de que trata o § 1º deste artigo de:
deverão ser comunicados à autoridade nacional. a) cláusulas contratuais específicas para determinada
Art. 27. A comunicação ou o uso compartilhado de dados transferência;
pessoais de pessoa jurídica de direito público a pessoa de b) cláusulas-padrão contratuais;
direito privado será informado à autoridade nacional e
dependerá de consentimento do titular, exceto: c) normas corporativas globais;

I - nas hipóteses de dispensa de consentimento previstas d) selos, certificados e códigos de conduta regularmente
nesta Lei; emitidos;

II - nos casos de uso compartilhado de dados, em que será III - quando a transferência for necessária para a cooperação
dada publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23 jurídica internacional entre órgãos públicos de inteligência,
desta Lei; ou de investigação e de persecução, de acordo com os
instrumentos de direito internacional;
III - nas exceções constantes do § 1º do art. 26 desta Lei.
IV - quando a transferência for necessária para a proteção da
Parágrafo único. A informação à autoridade nacional de que vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
trata o caput deste artigo será objeto de
regulamentação. (Incluído pela Lei nº 13.853, de V - quando a autoridade nacional autorizar a transferência;
2019) Vigência VI - quando a transferência resultar em compromisso
Art. 28. (VETADO). assumido em acordo de cooperação internacional;

Art. 29. A autoridade nacional poderá solicitar, a qualquer VII - quando a transferência for necessária para a execução
momento, aos órgãos e às entidades do poder público a de política pública ou atribuição legal do serviço público,
realização de operações de tratamento de dados pessoais, sendo dada publicidade nos termos do inciso I do caput do
informações específicas sobre o âmbito e a natureza dos art. 23 desta Lei;
dados e outros detalhes do tratamento realizado e poderá VIII - quando o titular tiver fornecido o seu consentimento
emitir parecer técnico complementar para garantir o específico e em destaque para a transferência, com
cumprimento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº informação prévia sobre o caráter internacional da
13.853, de 2019) Vigência operação, distinguindo claramente esta de outras
Art. 30. A autoridade nacional poderá estabelecer normas finalidades; ou
complementares para as atividades de comunicação e de uso IX - quando necessário para atender as hipóteses previstas
compartilhado de dados pessoais. nos incisos II, V e VI do art. 7º desta Lei.
SEÇÃO II Parágrafo único. Para os fins do inciso I deste artigo, as
DA RESPONSABILIDADE pessoas jurídicas de direito público referidas no parágrafo
único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011
Art. 31. Quando houver infração a esta Lei em decorrência
(Lei de Acesso à Informação) , no âmbito de suas
do tratamento de dados pessoais por órgãos públicos, a
competências legais, e responsáveis, no âmbito de suas
autoridade nacional poderá enviar informe com medidas
atividades, poderão requerer à autoridade nacional a
cabíveis para fazer cessar a violação.

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avaliação do nível de proteção a dados pessoais conferido CAPÍTULO VI


por país ou organismo internacional. DOS AGENTES DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
Art. 34. O nível de proteção de dados do país estrangeiro ou SEÇÃO I
do organismo internacional mencionado no inciso I DO CONTROLADOR E DO OPERADOR
do caput do art. 33 desta Lei será avaliado pela autoridade Art. 37. O controlador e o operador devem manter registro
nacional, que levará em consideração: das operações de tratamento de dados pessoais que
I - as normas gerais e setoriais da legislação em vigor no país realizarem, especialmente quando baseado no legítimo
de destino ou no organismo internacional; interesse.

II - a natureza dos dados; Art. 38. A autoridade nacional poderá determinar ao


controlador que elabore relatório de impacto à proteção de
III - a observância dos princípios gerais de proteção de dados dados pessoais, inclusive de dados sensíveis, referente a suas
pessoais e direitos dos titulares previstos nesta Lei; operações de tratamento de dados, nos termos de
IV - a adoção de medidas de segurança previstas em regulamento, observados os segredos comercial e industrial.
regulamento; Parágrafo único. Observado o disposto no caput deste
V - a existência de garantias judiciais e institucionais para o artigo, o relatório deverá conter, no mínimo, a descrição dos
respeito aos direitos de proteção de dados pessoais; e tipos de dados coletados, a metodologia utilizada para a
coleta e para a garantia da segurança das informações e a
VI - outras circunstâncias específicas relativas à análise do controlador com relação a medidas, salvaguardas
transferência. e mecanismos de mitigação de risco adotados.
Art. 35. A definição do conteúdo de cláusulas-padrão Art. 39. O operador deverá realizar o tratamento segundo as
contratuais, bem como a verificação de cláusulas contratuais instruções fornecidas pelo controlador, que verificará a
específicas para uma determinada transferência, normas observância das próprias instruções e das normas sobre a
corporativas globais ou selos, certificados e códigos de matéria.
conduta, a que se refere o inciso II do caput do art. 33 desta
Lei, será realizada pela autoridade nacional. Art. 40. A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões
de interoperabilidade para fins de portabilidade, livre acesso
§ 1º Para a verificação do disposto no caput deste artigo, aos dados e segurança, assim como sobre o tempo de guarda
deverão ser considerados os requisitos, as condições e as dos registros, tendo em vista especialmente a necessidade e
garantias mínimas para a transferência que observem os a transparência.
direitos, as garantias e os princípios desta Lei.
SEÇÃO II
§ 2º Na análise de cláusulas contratuais, de documentos ou
DO ENCARREGADO PELO TRATAMENTO DE DADOS
de normas corporativas globais submetidas à aprovação da
PESSOAIS
autoridade nacional, poderão ser requeridas informações
suplementares ou realizadas diligências de verificação Art. 41. O controlador deverá indicar encarregado pelo
quanto às operações de tratamento, quando necessário. tratamento de dados pessoais.
§ 3º A autoridade nacional poderá designar organismos de § 1º A identidade e as informações de contato do
certificação para a realização do previsto no caput deste encarregado deverão ser divulgadas publicamente, de forma
artigo, que permanecerão sob sua fiscalização nos termos clara e objetiva, preferencialmente no sítio eletrônico do
definidos em regulamento. controlador.
§ 4º Os atos realizados por organismo de certificação § 2º As atividades do encarregado consistem em:
poderão ser revistos pela autoridade nacional e, caso em
I - aceitar reclamações e comunicações dos titulares, prestar
desconformidade com esta Lei, submetidos a revisão ou
esclarecimentos e adotar providências;
anulados.
II - receber comunicações da autoridade nacional e adotar
§ 5º As garantias suficientes de observância dos princípios
providências;
gerais de proteção e dos direitos do titular referidas
no caput deste artigo serão também analisadas de acordo III - orientar os funcionários e os contratados da entidade a
com as medidas técnicas e organizacionais adotadas pelo respeito das práticas a serem tomadas em relação à
operador, de acordo com o previsto nos §§ 1º e 2º do art. 46 proteção de dados pessoais; e
desta Lei.
IV - executar as demais atribuições determinadas pelo
Art. 36. As alterações nas garantias apresentadas como controlador ou estabelecidas em normas complementares.
suficientes de observância dos princípios gerais de proteção
§ 3º A autoridade nacional poderá estabelecer normas
e dos direitos do titular referidas no inciso II do art. 33 desta
complementares sobre a definição e as atribuições do
Lei deverão ser comunicadas à autoridade nacional.
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encarregado, inclusive hipóteses de dispensa da necessidade I - o modo pelo qual é realizado;


de sua indicação, conforme a natureza e o porte da entidade
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se
ou o volume de operações de tratamento de dados.
esperam;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de
III - as técnicas de tratamento de dados pessoais disponíveis
2019) Vigência
à época em que foi realizado.
SEÇÃO III
Parágrafo único. Responde pelos danos decorrentes da
DA RESPONSABILIDADE E DO RESSARCIMENTO DE DANOS
violação da segurança dos dados o controlador ou o
Art. 42. O controlador ou o operador que, em razão do operador que, ao deixar de adotar as medidas de segurança
exercício de atividade de tratamento de dados pessoais, previstas no art. 46 desta Lei, der causa ao dano.
causar a outrem dano patrimonial, moral, individual ou Art. 45. As hipóteses de violação do direito do titular no
coletivo, em violação à legislação de proteção de dados âmbito das relações de consumo permanecem sujeitas às
pessoais, é obrigado a repará-lo. regras de responsabilidade previstas na legislação
§ 1º A fim de assegurar a efetiva indenização ao titular dos pertinente.
dados: CAPÍTULO VII
I - o operador responde solidariamente pelos danos DA SEGURANÇA E DAS BOAS PRÁTICAS
causados pelo tratamento quando descumprir as obrigações SEÇÃO I
da legislação de proteção de dados ou quando não tiver DA SEGURANÇA E DO SIGILO DE DADOS
seguido as instruções lícitas do controlador, hipótese em que
o operador equipara-se ao controlador, salvo nos casos de Art. 46. Os agentes de tratamento devem adotar medidas de
exclusão previstos no art. 43 desta Lei; segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os
dados pessoais de acessos não autorizados e de situações
II - os controladores que estiverem diretamente envolvidos acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração,
no tratamento do qual decorreram danos ao titular dos comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado
dados respondem solidariamente, salvo nos casos de ou ilícito.
exclusão previstos no art. 43 desta Lei.
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões
§ 2º O juiz, no processo civil, poderá inverter o ônus da prova técnicos mínimos para tornar aplicável o disposto
a favor do titular dos dados quando, a seu juízo, for no caput deste artigo, considerados a natureza das
verossímil a alegação, houver hipossuficiência para fins de informações tratadas, as características específicas do
produção de prova ou quando a produção de prova pelo tratamento e o estado atual da tecnologia, especialmente no
titular resultar-lhe excessivamente onerosa. caso de dados pessoais sensíveis, assim como os princípios
§ 3º As ações de reparação por danos coletivos que tenham previstos no caput do art. 6º desta Lei.
por objeto a responsabilização nos termos do caput deste § 2º As medidas de que trata o caput deste artigo deverão
artigo podem ser exercidas coletivamente em juízo, ser observadas desde a fase de concepção do produto ou do
observado o disposto na legislação pertinente. serviço até a sua execução.
§ 4º Aquele que reparar o dano ao titular tem direito de Art. 47. Os agentes de tratamento ou qualquer outra pessoa
regresso contra os demais responsáveis, na medida de sua que intervenha em uma das fases do tratamento obriga-se a
participação no evento danoso. garantir a segurança da informação prevista nesta Lei em
Art. 43. Os agentes de tratamento só não serão relação aos dados pessoais, mesmo após o seu término.
responsabilizados quando provarem: Art. 48. O controlador deverá comunicar à autoridade
I - que não realizaram o tratamento de dados pessoais que nacional e ao titular a ocorrência de incidente de segurança
lhes é atribuído; que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares.

II - que, embora tenham realizado o tratamento de dados § 1º A comunicação será feita em prazo razoável, conforme
pessoais que lhes é atribuído, não houve violação à definido pela autoridade nacional, e deverá mencionar, no
legislação de proteção de dados; ou mínimo:

III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva do titular dos I - a descrição da natureza dos dados pessoais afetados;
dados ou de terceiro. II - as informações sobre os titulares envolvidos;
Art. 44. O tratamento de dados pessoais será irregular III - a indicação das medidas técnicas e de segurança
quando deixar de observar a legislação ou quando não utilizadas para a proteção dos dados, observados os
fornecer a segurança que o titular dele pode esperar, segredos comercial e industrial;
consideradas as circunstâncias relevantes, entre as quais:
IV - os riscos relacionados ao incidente;

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V - os motivos da demora, no caso de a comunicação não ter b) seja aplicável a todo o conjunto de dados pessoais que
sido imediata; e estejam sob seu controle, independentemente do modo
como se realizou sua coleta;
VI - as medidas que foram ou que serão adotadas para
reverter ou mitigar os efeitos do prejuízo. c) seja adaptado à estrutura, à escala e ao volume de suas
operações, bem como à sensibilidade dos dados tratados;
§ 2º A autoridade nacional verificará a gravidade do
incidente e poderá, caso necessário para a salvaguarda dos d) estabeleça políticas e salvaguardas adequadas com base
direitos dos titulares, determinar ao controlador a adoção de em processo de avaliação sistemática de impactos e riscos à
providências, tais como: privacidade;
I - ampla divulgação do fato em meios de comunicação; e e) tenha o objetivo de estabelecer relação de confiança com
o titular, por meio de atuação transparente e que assegure
II - medidas para reverter ou mitigar os efeitos do incidente.
mecanismos de participação do titular;
§ 3º No juízo de gravidade do incidente, será avaliada
f) esteja integrado a sua estrutura geral de governança e
eventual comprovação de que foram adotadas medidas
estabeleça e aplique mecanismos de supervisão internos e
técnicas adequadas que tornem os dados pessoais afetados
externos;
ininteligíveis, no âmbito e nos limites técnicos de seus
serviços, para terceiros não autorizados a acessá-los. g) conte com planos de resposta a incidentes e remediação;
e
Art. 49. Os sistemas utilizados para o tratamento de dados
pessoais devem ser estruturados de forma a atender aos h) seja atualizado constantemente com base em
requisitos de segurança, aos padrões de boas práticas e de informações obtidas a partir de monitoramento contínuo e
governança e aos princípios gerais previstos nesta Lei e às avaliações periódicas;
demais normas regulamentares.
II - demonstrar a efetividade de seu programa de governança
SEÇÃO II em privacidade quando apropriado e, em especial, a pedido
DAS BOAS PRÁTICAS E DA GOVERNANÇA da autoridade nacional ou de outra entidade responsável por
promover o cumprimento de boas práticas ou códigos de
Art. 50. Os controladores e operadores, no âmbito de suas conduta, os quais, de forma independente, promovam o
competências, pelo tratamento de dados pessoais, cumprimento desta Lei.
individualmente ou por meio de associações, poderão
formular regras de boas práticas e de governança que § 3º As regras de boas práticas e de governança deverão ser
estabeleçam as condições de organização, o regime de publicadas e atualizadas periodicamente e poderão ser
funcionamento, os procedimentos, incluindo reclamações e reconhecidas e divulgadas pela autoridade nacional.
petições de titulares, as normas de segurança, os padrões Art. 51. A autoridade nacional estimulará a adoção de
técnicos, as obrigações específicas para os diversos padrões técnicos que facilitem o controle pelos titulares dos
envolvidos no tratamento, as ações educativas, os seus dados pessoais.
mecanismos internos de supervisão e de mitigação de riscos
e outros aspectos relacionados ao tratamento de dados CAPÍTULO VIII
pessoais. DA FISCALIZAÇÃO
SEÇÃO I
§ 1º Ao estabelecer regras de boas práticas, o controlador e
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
o operador levarão em consideração, em relação ao
tratamento e aos dados, a natureza, o escopo, a finalidade e Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das
a probabilidade e a gravidade dos riscos e dos benefícios infrações cometidas às normas previstas nesta Lei, ficam
decorrentes de tratamento de dados do titular. sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela
§ 2º Na aplicação dos princípios indicados nos incisos VII e autoridade nacional: (Vigência)
VIII do caput do art. 6º desta Lei, o controlador, observados I - advertência, com indicação de prazo para adoção de
a estrutura, a escala e o volume de suas operações, bem medidas corretivas;
como a sensibilidade dos dados tratados e a probabilidade e
a gravidade dos danos para os titulares dos dados, poderá: II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento
da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou
I - implementar programa de governança em privacidade conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os
que, no mínimo: tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta
a) demonstre o comprometimento do controlador em milhões de reais) por infração;
adotar processos e políticas internas que assegurem o III - multa diária, observado o limite total a que se refere o
cumprimento, de forma abrangente, de normas e boas inciso II;
práticas relativas à proteção de dados pessoais;

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IV - publicização da infração após devidamente apurada e específica. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
confirmada a sua ocorrência; 2019) Vigência
V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração § 3º O disposto nos incisos I, IV, V, VI, X, XI e XII
até a sua regularização; do caput deste artigo poderá ser aplicado às entidades e aos
órgãos públicos, sem prejuízo do disposto na Lei nº 8.112, de
VI - eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração;
11 de dezembro de 1990, na Lei nº 8.429, de 2 de junho de
VII - (VETADO); 1992, e na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
VIII - (VETADO);
§ 4º No cálculo do valor da multa de que trata o inciso II
IX - (VETADO).
do caput deste artigo, a autoridade nacional poderá
X - suspensão parcial do funcionamento do banco de dados considerar o faturamento total da empresa ou grupo de
a que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) empresas, quando não dispuser do valor do faturamento no
meses, prorrogável por igual período, até a regularização da ramo de atividade empresarial em que ocorreu a infração,
atividade de tratamento pelo controlador; (Incluído pela Lei definido pela autoridade nacional, ou quando o valor for
nº 13.853, de 2019) apresentado de forma incompleta ou não for demonstrado
de forma inequívoca e idônea.
XI - suspensão do exercício da atividade de tratamento dos
dados pessoais a que se refere a infração pelo período § 5º O produto da arrecadação das multas aplicadas pela
máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual ANPD, inscritas ou não em dívida ativa, será destinado ao
período; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Fundo de Defesa de Direitos Difusos de que tratam o art. 13
da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e a Lei nº 9.008, de
XII - proibição parcial ou total do exercício de atividades
21 de março de 1995. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
relacionadas a tratamento de dados. (Incluído pela Lei nº
2019)
13.853, de 2019)
§ 6º As sanções previstas nos incisos X, XI e XII do caput deste
§ 1º As sanções serão aplicadas após procedimento
artigo serão aplicadas: (Incluído pela Lei nº 13.853, de
administrativo que possibilite a oportunidade da ampla
2019)
defesa, de forma gradativa, isolada ou cumulativa, de acordo
com as peculiaridades do caso concreto e considerados os I - somente após já ter sido imposta ao menos 1 (uma) das
seguintes parâmetros e critérios: sanções de que tratam os incisos II, III, IV, V e VI
do caput deste artigo para o mesmo caso concreto;
I - a gravidade e a natureza das infrações e dos direitos
e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
pessoais afetados;
II - em caso de controladores submetidos a outros órgãos e
II - a boa-fé do infrator;
entidades com competências sancionatórias, ouvidos esses
III - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; órgãos. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
IV - a condição econômica do infrator; § 7º Os vazamentos individuais ou os acessos não
autorizados de que trata o caput do art. 46 desta Lei poderão
V - a reincidência;
ser objeto de conciliação direta entre controlador e titular e,
VI - o grau do dano; caso não haja acordo, o controlador estará sujeito à
aplicação das penalidades de que trata este
VII - a cooperação do infrator;
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
VIII - a adoção reiterada e demonstrada de mecanismos e
Art. 53. A autoridade nacional definirá, por meio de
procedimentos internos capazes de minimizar o dano,
regulamento próprio sobre sanções administrativas a
voltados ao tratamento seguro e adequado de dados, em
infrações a esta Lei, que deverá ser objeto de consulta
consonância com o disposto no inciso II do § 2º do art. 48
pública, as metodologias que orientarão o cálculo do valor-
desta Lei;
base das sanções de multa. (Vigência)
IX - a adoção de política de boas práticas e governança;
§ 1º As metodologias a que se refere o caput deste artigo
X - a pronta adoção de medidas corretivas; e devem ser previamente publicadas, para ciência dos agentes
XI - a proporcionalidade entre a gravidade da falta e a de tratamento, e devem apresentar objetivamente as
intensidade da sanção. formas e dosimetrias para o cálculo do valor-base das
sanções de multa, que deverão conter fundamentação
§ 2º O disposto neste artigo não substitui a aplicação de detalhada de todos os seus elementos, demonstrando a
sanções administrativas, civis ou penais definidas na Lei nº observância dos critérios previstos nesta Lei.
8.078, de 11 de setembro de 1990, e em legislação

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§ 2º O regulamento de sanções e metodologias V - órgão de assessoramento jurídico próprio;


correspondentes deve estabelecer as circunstâncias e as e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
condições para a adoção de multa simples ou diária.
VI - unidades administrativas e unidades especializadas
Art. 54. O valor da sanção de multa diária aplicável às necessárias à aplicação do disposto nesta
infrações a esta Lei deve observar a gravidade da falta e a Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
extensão do dano ou prejuízo causado e ser fundamentado
Art. 55-D. O Conselho Diretor da ANPD será composto de 5
pela autoridade nacional.
(cinco) diretores, incluído o Diretor-
Parágrafo único. A intimação da sanção de multa diária Presidente. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
deverá conter, no mínimo, a descrição da obrigação imposta,
§ 1º Os membros do Conselho Diretor da ANPD serão
o prazo razoável e estipulado pelo órgão para o seu
escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados,
cumprimento e o valor da multa diária a ser aplicada pelo seu
após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea
descumprimento. (Vigência)
‘f’ do inciso III do art. 52 da Constituição Federal, e ocuparão
CAPÍTULO IX cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento
DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS Superiores - DAS, no mínimo, de nível 5. (Incluído
(ANPD) E DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE pela Lei nº 13.853, de 2019)
DADOS PESSOAIS E DA PRIVACIDADE § 2º Os membros do Conselho Diretor serão escolhidos
SEÇÃO I dentre brasileiros que tenham reputação ilibada, nível
DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS superior de educação e elevado conceito no campo de
(ANPD) especialidade dos cargos para os quais serão
nomeados. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 55. (VETADO).
§ 3º O mandato dos membros do Conselho Diretor será de 4
Art. 55-A. Fica criada, sem aumento de despesa, a
(quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão da
administração pública federal, integrante da Presidência da § 4º Os mandatos dos primeiros membros do Conselho
República. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Diretor nomeados serão de 2 (dois), de 3 (três), de 4 (quatro),
de 5 (cinco) e de 6 (seis) anos, conforme estabelecido no ato
§ 1º A natureza jurídica da ANPD é transitória e poderá ser
de nomeação. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
transformada pelo Poder Executivo em entidade da
administração pública federal indireta, submetida a regime § 5º Na hipótese de vacância do cargo no curso do mandato
autárquico especial e vinculada à Presidência da de membro do Conselho Diretor, o prazo remanescente será
República. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) completado pelo sucessor. (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019)
§ 2º A avaliação quanto à transformação de que dispõe o §
1º deste artigo deverá ocorrer em até 2 (dois) anos da data Art. 55-E. Os membros do Conselho Diretor somente
da entrada em vigor da estrutura regimental da perderão seus cargos em virtude de renúncia, condenação
ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) judicial transitada em julgado ou pena de demissão
decorrente de processo administrativo
§ 3º O provimento dos cargos e das funções necessários à
disciplinar. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
criação e à atuação da ANPD está condicionado à expressa
autorização física e financeira na lei orçamentária anual e à § 1º Nos termos do caput deste artigo, cabe ao Ministro de
permissão na lei de diretrizes Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República
orçamentárias. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) instaurar o processo administrativo disciplinar, que será
conduzido por comissão especial constituída por servidores
Art. 55-B. É assegurada autonomia técnica e decisória à
públicos federais estáveis. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
2019)
Art. 55-C. A ANPD é composta de: (Incluído pela Lei
§ 2º Compete ao Presidente da República determinar o
nº 13.853, de 2019)
afastamento preventivo, somente quando assim
I - Conselho Diretor, órgão máximo de recomendado pela comissão especial de que trata o § 1º
direção; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) deste artigo, e proferir o julgamento. (Incluído pela
Lei nº 13.853, de 2019)
II - Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da
Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Art. 55-F. Aplica-se aos membros do Conselho Diretor, após
o exercício do cargo, o disposto no art. 6º da Lei nº 12.813,
III - Corregedoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
de 16 de maio de 2013. (Incluído pela Lei nº 13.853,
2019)
de 2019)
IV - Ouvidoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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Parágrafo único. A infração ao disposto no caput deste artigo VII - promover e elaborar estudos sobre as práticas nacionais
caracteriza ato de improbidade e internacionais de proteção de dados pessoais e
administrativa. (Incluído pela Lei nº 13.853, de privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
2019)
VIII - estimular a adoção de padrões para serviços e produtos
Art. 55-G. Ato do Presidente da República disporá sobre a que facilitem o exercício de controle dos titulares sobre seus
estrutura regimental da ANPD. (Incluído pela Lei nº dados pessoais, os quais deverão levar em consideração as
13.853, de 2019) especificidades das atividades e o porte dos
responsáveis; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 1º Até a data de entrada em vigor de sua estrutura
regimental, a ANPD receberá o apoio técnico e IX - promover ações de cooperação com autoridades de
administrativo da Casa Civil da Presidência da República para proteção de dados pessoais de outros países, de natureza
o exercício de suas atividades. (Incluído pela Lei nº internacional ou transnacional; (Incluído pela Lei
13.853, de 2019) nº 13.853, de 2019)
§ 2º O Conselho Diretor disporá sobre o regimento interno X - dispor sobre as formas de publicidade das operações de
da ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) tratamento de dados pessoais, respeitados os segredos
comercial e industrial; (Incluído pela Lei nº 13.853,
Art. 55-H. Os cargos em comissão e as funções de confiança
de 2019)
da ANPD serão remanejados de outros órgãos e entidades
do Poder Executivo federal. (Incluído pela Lei nº XI - solicitar, a qualquer momento, às entidades do poder
13.853, de 2019) público que realizem operações de tratamento de dados
pessoais informe específico sobre o âmbito, a natureza dos
Art. 55-I. Os ocupantes dos cargos em comissão e das
dados e os demais detalhes do tratamento realizado, com a
funções de confiança da ANPD serão indicados pelo
possibilidade de emitir parecer técnico complementar para
Conselho Diretor e nomeados ou designados pelo Diretor-
garantir o cumprimento desta Lei; (Incluído pela
Presidente. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 55-J. Compete à ANPD: (Incluído pela Lei nº
XII - elaborar relatórios de gestão anuais acerca de suas
13.853, de 2019)
atividades; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
I - zelar pela proteção dos dados pessoais, nos termos da
XIII - editar regulamentos e procedimentos sobre proteção
legislação; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
de dados pessoais e privacidade, bem como sobre relatórios
II - zelar pela observância dos segredos comercial e de impacto à proteção de dados pessoais para os casos em
industrial, observada a proteção de dados pessoais e do que o tratamento representar alto risco à garantia dos
sigilo das informações quando protegido por lei ou quando a princípios gerais de proteção de dados pessoais previstos
quebra do sigilo violar os fundamentos do art. 2º desta nesta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
XIV - ouvir os agentes de tratamento e a sociedade em
III - elaborar diretrizes para a Política Nacional de Proteção matérias de interesse relevante e prestar contas sobre suas
de Dados Pessoais e da Privacidade; (Incluído pela atividades e planejamento; (Incluído pela Lei nº
Lei nº 13.853, de 2019) 13.853, de 2019)
IV - fiscalizar e aplicar sanções em caso de tratamento de XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar, no relatório
dados realizado em descumprimento à legislação, mediante de gestão a que se refere o inciso XII do caput deste artigo, o
processo administrativo que assegure o contraditório, a detalhamento de suas receitas e despesas; (Incluído
ampla defesa e o direito de recurso; (Incluído pela pela Lei nº 13.853, de 2019)
Lei nº 13.853, de 2019)
XVI - realizar auditorias, ou determinar sua realização, no
V - apreciar petições de titular contra controlador após âmbito da atividade de fiscalização de que trata o inciso IV e
comprovada pelo titular a apresentação de reclamação ao com a devida observância do disposto no inciso II
controlador não solucionada no prazo estabelecido em do caput deste artigo, sobre o tratamento de dados pessoais
regulamentação; (Incluído pela Lei nº 13.853, de efetuado pelos agentes de tratamento, incluído o poder
2019) público; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
VI - promover na população o conhecimento das normas e XVII - celebrar, a qualquer momento, compromisso com
das políticas públicas sobre proteção de dados pessoais e das agentes de tratamento para eliminar irregularidade,
medidas de segurança; (Incluído pela Lei nº 13.853, incerteza jurídica ou situação contenciosa no âmbito de
de 2019) processos administrativos, de acordo com o previsto no
Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de
1942; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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XVIII - editar normas, orientações e procedimentos § 4º A ANPD manterá fórum permanente de comunicação,
simplificados e diferenciados, inclusive quanto aos prazos, inclusive por meio de cooperação técnica, com órgãos e
para que microempresas e empresas de pequeno porte, bem entidades da administração pública responsáveis pela
como iniciativas empresariais de caráter incremental ou regulação de setores específicos da atividade econômica e
disruptivo que se autodeclarem startups ou empresas de governamental, a fim de facilitar as competências
inovação, possam adequar-se a esta Lei; (Incluído regulatória, fiscalizatória e punitiva da
pela Lei nº 13.853, de 2019) ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
XIX - garantir que o tratamento de dados de idosos seja § 5º No exercício das competências de que trata
efetuado de maneira simples, clara, acessível e adequada ao o caput deste artigo, a autoridade competente deverá zelar
seu entendimento, nos termos desta Lei e da Lei nº 10.741, pela preservação do segredo empresarial e do sigilo das
de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do informações, nos termos da lei. (Incluído pela Lei nº
Idoso); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) 13.853, de 2019)
XX - deliberar, na esfera administrativa, em caráter § 6º As reclamações colhidas conforme o disposto no inciso
terminativo, sobre a interpretação desta Lei, as suas V do caput deste artigo poderão ser analisadas de forma
competências e os casos omissos; (Incluído pela Lei agregada, e as eventuais providências delas decorrentes
nº 13.853, de 2019) poderão ser adotadas de forma
padronizada. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
XXI - comunicar às autoridades competentes as infrações
penais das quais tiver conhecimento; (Incluído pela Art. 55-K. A aplicação das sanções previstas nesta Lei
Lei nº 13.853, de 2019) compete exclusivamente à ANPD, e suas competências
prevalecerão, no que se refere à proteção de dados pessoais,
XXII - comunicar aos órgãos de controle interno o
sobre as competências correlatas de outras entidades ou
descumprimento do disposto nesta Lei por órgãos e
órgãos da administração pública. (Incluído pela
entidades da administração pública
Lei nº 13.853, de 2019)
federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Parágrafo único. A ANPD articulará sua atuação com outros
XXIII - articular-se com as autoridades reguladoras públicas
órgãos e entidades com competências sancionatórias e
para exercer suas competências em setores específicos de
normativas afetas ao tema de proteção de dados pessoais e
atividades econômicas e governamentais sujeitas à
será o órgão central de interpretação desta Lei e do
regulação; e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
estabelecimento de normas e diretrizes para a sua
XXIV - implementar mecanismos simplificados, inclusive por implementação. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
meio eletrônico, para o registro de reclamações sobre o 2019)
tratamento de dados pessoais em desconformidade com
Art. 55-L. Constituem receitas da ANPD: (Incluído
esta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 1º Ao impor condicionantes administrativas ao tratamento
I - as dotações, consignadas no orçamento geral da União, os
de dados pessoais por agente de tratamento privado, sejam
créditos especiais, os créditos adicionais, as transferências e
eles limites, encargos ou sujeições, a ANPD deve observar a
os repasses que lhe forem conferidos; (Incluído pela
exigência de mínima intervenção, assegurados os
Lei nº 13.853, de 2019)
fundamentos, os princípios e os direitos dos titulares
previstos no art. 170 da Constituição Federal e nesta II - as doações, os legados, as subvenções e outros recursos
Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) que lhe forem destinados; (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019)
§ 2º Os regulamentos e as normas editados pela ANPD
devem ser precedidos de consulta e audiência públicas, bem III - os valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis
como de análises de impacto regulatório. (Incluído e imóveis de sua propriedade; (Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 13.853, de 2019) 13.853, de 2019)
§ 3º A ANPD e os órgãos e entidades públicos responsáveis IV - os valores apurados em aplicações no mercado
pela regulação de setores específicos da atividade financeiro das receitas previstas neste
econômica e governamental devem coordenar suas artigo; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
atividades, nas correspondentes esferas de atuação, com
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
vistas a assegurar o cumprimento de suas atribuições com a
maior eficiência e promover o adequado funcionamento dos VI - os recursos provenientes de acordos, convênios ou
setores regulados, conforme legislação específica, e o contratos celebrados com entidades, organismos ou
tratamento de dados pessoais, na forma desta empresas, públicos ou privados, nacionais ou
Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) internacionais; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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VII - o produto da venda de publicações, material técnico, § 3º Os representantes de que tratam os incisos VII, VIII, IX,
dados e informações, inclusive para fins de licitação X e XI do caput deste artigo e seus
pública. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) suplentes: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 56. (VETADO). I - serão indicados na forma de
regulamento; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
Art. 5 7. (VETADO).
2019)
SEÇÃO II
II - não poderão ser membros do Comitê Gestor da Internet
DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
no Brasil; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
PESSOAIS E DA PRIVACIDADE
III - terão mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma)
Art. 58. (VETADO). recondução. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 58-A. O Conselho Nacional de Proteção de Dados § 4º A participação no Conselho Nacional de Proteção de
Pessoais e da Privacidade será composto de 23 (vinte e três) Dados Pessoais e da Privacidade será considerada prestação
representantes, titulares e suplentes, dos seguintes de serviço público relevante, não
órgãos: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) remunerada. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
I - 5 (cinco) do Poder Executivo federal; (Incluído 2019)
pela Lei nº 13.853, de 2019) Art. 58-B. Compete ao Conselho Nacional de Proteção de
II - 1 (um) do Senado Federal; (Incluído pela Lei nº Dados Pessoais e da Privacidade: (Incluído pela Lei
13.853, de 2019) nº 13.853, de 2019)

III - 1 (um) da Câmara dos Deputados; (Incluído pela I - propor diretrizes estratégicas e fornecer subsídios para a
Lei nº 13.853, de 2019) elaboração da Política Nacional de Proteção de Dados
Pessoais e da Privacidade e para a atuação da
IV - 1 (um) do Conselho Nacional de Justiça; (Incluído ANPD; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
pela Lei nº 13.853, de 2019)
II - elaborar relatórios anuais de avaliação da execução das
V - 1 (um) do Conselho Nacional do Ministério ações da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e
Público; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) da Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
VI - 1 (um) do Comitê Gestor da Internet no 2019)
Brasil; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) III - sugerir ações a serem realizadas pela
VII - 3 (três) de entidades da sociedade civil com atuação ANPD; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
relacionada a proteção de dados pessoais; (Incluído IV - elaborar estudos e realizar debates e audiências públicas
pela Lei nº 13.853, de 2019) sobre a proteção de dados pessoais e da privacidade;
VIII - 3 (três) de instituições científicas, tecnológicas e de e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
inovação; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) V - disseminar o conhecimento sobre a proteção de dados
IX - 3 (três) de confederações sindicais representativas das pessoais e da privacidade à população. (Incluído
categorias econômicas do setor produtivo; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
pela Lei nº 13.853, de 2019) Art. 59. (VETADO).
X - 2 (dois) de entidades representativas do setor CAPÍTULO X
empresarial relacionado à área de tratamento de dados DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
pessoais; e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 60. A Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco Civil
XI - 2 (dois) de entidades representativas do setor
da Internet) , passa a vigorar com as seguintes
laboral. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
alterações: Vigência
§ 1º Os representantes serão designados por ato do
“Art. 7º ..................................................................
Presidente da República, permitida a
delegação. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) X - exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido
a determinada aplicação de internet, a seu requerimento, ao
§ 2º Os representantes de que tratam os incisos I, II, III, IV, V
término da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses
e VI do caput deste artigo e seus suplentes serão indicados
de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na
pelos titulares dos respectivos órgãos e entidades da
que dispõe sobre a proteção de dados pessoais;
administração pública. (Incluído pela Lei nº 13.853,
de 2019) ..............................................................................” (NR)
“Art. 16. .................................................................

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II - de dados pessoais que sejam excessivos em relação à Gustavo do Vale Rocha


finalidade para a qual foi dado consentimento pelo seu
Ilan Goldfajn
titular, exceto nas hipóteses previstas na Lei que dispõe
sobre a proteção de dados pessoais.” (NR) Raul Jungmann
Art. 61. A empresa estrangeira será notificada e intimada de Eliseu Padilha
todos os atos processuais previstos nesta Lei,
independentemente de procuração ou de disposição
contratual ou estatutária, na pessoa do agente ou NOÇÕES DE DIREITO
representante ou pessoa responsável por sua filial, agência,
sucursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil. PENAL
Art. 62. A autoridade nacional e o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no Decreto-Lei nº 2.848/1940
âmbito de suas competências, editarão regulamentos
específicos para o acesso a dados tratados pela União para o Código Penal.
cumprimento do disposto no § 2º do art. 9º da Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe
Educação Nacional) , e aos referentes ao Sistema Nacional de confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte Lei:
Avaliação da Educação Superior (Sinaes), de que trata a Lei PARTE GERAL
nº 10.861, de 14 de abril de 2004 . TÍTULO I
Art. 63. A autoridade nacional estabelecerá normas sobre a DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
adequação progressiva de bancos de dados constituídos até (Redação Dada Pela Lei Nº 7.209, de 11.7.1984)
a data de entrada em vigor desta Lei, consideradas a
Anterioridade da Lei
complexidade das operações de tratamento e a natureza dos
dados. Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº
Art. 64. Os direitos e princípios expressos nesta Lei não
7.209, de 11.7.1984)
excluem outros previstos no ordenamento jurídico pátrio
relacionados à matéria ou nos tratados internacionais em Lei penal no tempo
que a República Federativa do Brasil seja parte.
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
Art. 65. Esta Lei entra em vigor: (Redação dada pela Lei nº deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
13.853, de 2019) execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - dia 28 de dezembro de 2018, quanto aos arts. 55-A, 55-B,
55-C, 55-D, 55-E, 55-F, 55-G, 55-H, 55-I, 55-J, 55-K, 55-L, 58- Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo
A e 58-B; e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
I-A – dia 1º de agosto de 2021, quanto aos arts. 52, 53 e
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
54; (Incluído pela Lei nº 14.010, de 2020)
Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de
II - 24 (vinte e quatro) meses após a data de sua publicação,
11.7.1984)
quanto aos demais artigos. (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019) Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido
o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que
Brasília , 14 de agosto de 2018; 197º da Independência e
a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
130º da República.
vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
MICHEL TEMER
Tempo do crime
Torquato Jardim
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação
Aloysio Nunes Ferreira Filho ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Eduardo Refinetti Guardia
Territorialidade
Esteves Pedro Colnago Junior
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de
Gilberto Magalhães Occhi
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
Gilberto Kassab crime cometido no território nacional. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 1984)
Wagner de Campos Rosário

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§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira
do território nacional as embarcações e aeronaves depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo Lei nº 7.209, de 1984)
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
7.209, de 1984)
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação b) ser o fato punível também no país em que foi
dada pela Lei nº 7.209, de 1984) praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei
praticados a bordo de aeronaves ou embarcações brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209,
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas de 1984)
em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do
aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido
onde se produziu ou deveria produzir-se o
por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas
resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Lei nº 7.209, de 1984)
1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no Lei nº 7.209, de 1984)
estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) nº 7.209, de 1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº
República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 7.209, de 11.7.1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena
Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou nela é computada, quando idênticas. (Redação dada pela Lei
fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº nº 7.209, de 11.7.1984)
7.209, de 1984)
Eficácia de sentença estrangeira (Redação dada pela Lei nº
c) contra a administração pública, por quem está a seu 7.209, de 11.7.1984)
serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode
domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a
e a outros efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
11.7.1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
II - sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº
1984)
7.209, de 11.7.1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela
mercantes ou de propriedade privada, quando em território
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984) a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte
interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei
brasileira, ainda que absolvido ou condenado no b) para os outros efeitos, da existência de tratado de
estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou
a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro
da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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Contagem de prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. por circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Frações não computáveis da pena (Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a
7.209, de 11.7.1984)
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado,
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de
nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de 11.7.1984)
multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº
Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação
7.209, de 11.7.1984)
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legislação especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos prosseguir na execução ou impede que o resultado se
incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo produza, só responde pelos atos já praticados.(Redação dada
diverso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
TÍTULO II Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº 7.209,
DO CRIME de 11.7.1984)

Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave
11.7.1984) ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até
o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, do agente, a pena será reduzida de um a dois
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto,
§ 1º - A superveniência de causa relativamente é impossível consumar-se o crime.(Redação dada pela Lei nº
independente exclui a imputação quando, por si só, produziu 7.209, de 11.7.1984)
o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a
quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
incumbe a quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o 7.209, de 11.7.1984)
resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando
ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) 11.7.1984)

Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 7.209,
11.7.1984) de 11.7.1984)

Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só
responde o agente que o houver causado ao menos
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos culposamente.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
de sua definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984)

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Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício
7.209, de 11.7.1984) regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste
culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído
de 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de
Estado de necessidade
11.7.1984)
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que,
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime
razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
culposo.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984)
Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209, de
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o
11.7.1984)
dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o 7.209, de 11.7.1984)
erro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois
11.7.1984) terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é Legítima defesa
praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
moderadamente dos meios necessários, repele injusta
pessoa contra quem o agente queria praticar o
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput
7.209, de 11.7.1984)
deste artigo, considera-se também em legítima defesa o
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro agente de segurança pública que repele agressão ou risco de
sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
TÍTULO III
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente DA IMPUTABILIDADE PENAL
atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato,
quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir Inimputáveis
essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental
11.7.1984) ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era,
Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação dada ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em 7.209, de 11.7.1984)
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da Redução de pena
ordem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois
Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
11.7.1984) mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984) Menores de dezoito anos
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
11.7.1984) inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
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legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de TÍTULO I


11.7.1984) DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
Emoção e paixão CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Homicídio simples

I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art. 121. Matar alguem:
11.7.1984) Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Embriaguez Caso de diminuição de pena
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de
substância de efeitos análogos.(Redação dada pela Lei nº relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta
7.209, de 11.7.1984) emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, Homicídio qualificado
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de § 2° Se o homicídio é cometido:
acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro
7.209, de 11.7.1984) motivo torpe;
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o II - por motivo futil;
agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura
a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar
de determinar-se de acordo com esse perigo comum;
entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou
11.7.1984) outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do
TÍTULO IV ofendido;
DO CONCURSO DE PESSOAS V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime vantagem de outro crime:
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena VI - contra a mulher por razões da condição de sexo
pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada feminino:(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
11.7.1984) grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142,
de 2015)
Circunstâncias incomunicáveis
VIII – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições
de caráter pessoal, salvo quando elementares do Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo
Casos de impunibilidade feminino quando o crime envolve:(Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio,
salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se I - violência doméstica e familiar;(Incluído pela Lei nº 13.104,
o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. (Redação de 2015)
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - menosprezo ou discriminação à condição de
mulher.(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

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Homicídio culposo dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº
13.968, de 2019)
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei
Pena - detenção, de um a três anos.
nº 13.968, de 2019)
Aumento de pena
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um morte: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
nº 13.968, de 2019)
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em § 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 2019)
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação
(Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar
causa, a capacidade de resistência. (Incluído pela Lei nº
de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem
13.968, de 2019)
o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é
24.5.1977) realizada por meio da rede de computadores, de rede social
ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968,
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se
de 2019)
o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de § 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou
extermínio.(Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) coordenador de grupo ou de rede virtual. (Incluído pela Lei
nº 13.968, de 2019)
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço)
até a metade se o crime for praticado:(Incluído pela Lei nº § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em
13.104, de 2015) lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra
menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário
parto;(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 outra causa, não pode oferecer resistência, responde o
(sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código.
degenerativas que acarretem condição limitante ou de (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido
13.771, de 2018)
contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem
III - na presença física ou virtual de descendente ou de o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por
ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de qualquer outra causa, não pode oferecer resistência,
2018) responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do
art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº Aumento de pena
11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771,
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
de 2018)
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a
causa, a capacidade de resistência.
automutilação (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
Infanticídio
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar
automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o
faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação Pena - detenção, de dois a seis anos.
dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
Aborto provocado pela gestante ou com seu
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta consentimento
lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que
outrem lho provoque: (Vide ADPF 54)

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Pena - detenção, de um a três anos. III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
Aborto provocado por terceiro IV - deformidade permanente;
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da V - aborto:
gestante:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Pena - reclusão, de três a dez anos.
Lesão corporal seguida de morte
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o
(Vide ADPF 54)
agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-
Pena - reclusão, de um a quatro anos. lo:
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou
Diminuição de pena
debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante
fraude, grave ameaça ou violência § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta
Forma qualificada
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou
Substituição da pena
dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre
lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir
qualquer dessascausas, lhe sobrevém a morte. a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois
contos de réis:
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide
ADPF 54) I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
Aborto necessário II - se as lesões são recíprocas.
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Lesão corporal culposa
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de Pena - detenção, de dois meses a um ano.
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu
Aumento de pena
representante legal.
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer
CAPÍTULO II
qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste
DAS LESÕES CORPORAIS Código.(Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
Lesão corporal § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art.
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de 121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990)
outrem: Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
Pena - detenção, de três meses a um ano. § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente,
Lesão corporal de natureza grave descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem
conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
§ 1º Se resulta: agente das relações domésticas, de coabitação ou de
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
trinta dias; Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação
II - perigo de vida; dada pela Lei nº 11.340, de 2006)

III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as
circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo,
IV - aceleração de parto: aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 10.886, de 2004)
§ 2° Se resulta: § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será
aumentada de um terço se o crime for cometido contra
I - Incapacidade permanente para o trabalho; pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340,
II - enfermidade incuravel; de 2006)

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§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente § 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição terço:
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge,
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa irmão, tutor ou curador da vítima.
condição, a pena é aumentada de um a dois terços. (Incluído
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela
pela Lei nº 13.142, de 2015)
Lei nº 10.741, de 2003)
CAPÍTULO III
Exposição ou abandono de recém-nascido
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar
Perigo de contágio venéreo desonra própria:
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de
que sabe ou deve saber que está contaminado: § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Pena - detenção, de um a três anos.

§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: § 2º - Se resulta a morte:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Pena - detenção, de dois a seis anos.

§ 2º - Somente se procede mediante representação. Omissão de socorro

Perigo de contágio de moléstia grave Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-
lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
contágio: autoridade pública:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Perigo para a vida ou saúde de outrem Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
e iminente: triplicada, se resulta a morte.

Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não Condicionamento de atendimento médico-hospitalar
constitui crime mais grave. emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).

Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou
terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de
decorre do transporte de pessoas para a prestação de formulários administrativos, como condição para o
serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela
desacordo com as normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777, Lei nº 12.653, de 2012).
de 1998) Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e
Abandono de incapaz multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).

Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº
12.653, de 2012).
Pena - detenção, de seis meses a três anos.
Maus-tratos
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza
grave: Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua
autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação,
Pena - reclusão, de um a cinco anos. ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de
§ 2º - Se resulta a morte: alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a
trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. de correção ou disciplina:
Aumento de pena Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.

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§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o
decoro:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 2º - Se resulta a morte:
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado
diretamente a injúria;
contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. (Incluído pela Lei
nº 8.069, de 1990) II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra
injúria.
CAPÍTULO IV
DA RIXA § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que,
por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem
Rixa aviltantes:
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da
contendores: pena correspondente à violência.
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição
natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a de pessoa idosa ou portadora de deficiência:(Redação dada
pena de detenção, de seis meses a dois anos. pela Lei nº 10.741, de 2003)

CAPÍTULO V Pena - reclusão de um a três anos e multa.(Incluído pela Lei


DOS CRIMES CONTRA A HONRA nº 9.459, de 1997)

Calúnia Disposições comuns

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se
definido como crime: de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de
governo estrangeiro;
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a
imputação, a propala ou divulga. II - contra funcionário público, em razão de suas funções;

§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos. III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
Exceção da verdade
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: de deficiência, exceto no caso de injúria.(Incluído pela Lei nº
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o 10.741, de 2003)
ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; § 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no recompensa, aplica-se a pena em dobro. (Redação dada pela
nº I do art. 141; Lei nº 13.964, de 2019)

III - se do crime imputado, embora de ação pública, o § 2º - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. Exclusão do crime
Difamação Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela
reputação: parte ou por seu procurador;
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou
Exceção da verdade científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou
difamar;
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite
se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público,
exercício de suas funções. em apreciação ou informação que preste no cumprimento
de dever do ofício.
Injúria
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela
injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.

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Retratação Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.


Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata Parágrafo único - Somente se procede mediante
cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena. representação.
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha Perseguição
praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer
comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o
meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica,
ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a
restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer
ofensa.(Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015)
forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere privacidade. (Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021)
calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou,
(Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021)
a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela
ofensa. § 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:
(Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021)
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se
procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, I – contra criança, adolescente ou idoso; (Incluído pela Lei nº
§ 2º, da violência resulta lesão corporal. 14.132, de 2021)
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino,
Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código; (Incluído pela
deste Código, e mediante representação do ofendido, no Lei nº 14.132, de 2021)
caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do §
III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com
3o do art. 140 deste Código.(Redação dada pela Lei nº
o emprego de arma. (Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021)
12.033. de 2009)
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
CAPÍTULO VI
correspondentes à violência. (Incluído pela Lei nº 14.132, de
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL 2021)
SEÇÃO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL § 3º Somente se procede mediante representação. (Incluído
pela Lei nº 14.132, de 2021)
Constrangimento ilegal
Seqüestro e cárcere privado
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave
ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante
meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei seqüestro ou cárcere privado: (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
permite, ou a fazer o que ela não manda: Pena - reclusão, de um a três anos.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
Aumento de pena I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta)
quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
pessoas, ou há emprego de armas. II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as casa de saúde ou hospital;
correspondentes à violência. III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito)
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)
do paciente ou de seu representante legal, se justificada por V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela
iminente perigo de vida; Lei nº 11.106, de 2005)
II - a coação exercida para impedir suicídio. § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da
Ameaça natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:

Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou Pena - reclusão, de dois a oito anos.
qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e Redução a condição análoga à de escravo
grave:

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Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou
quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada pessoa idosa ou com deficiência;(Incluído pela Lei nº 13.344,
exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de de 2016) (Vigência)
trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco,
locomoção em razão de dívida contraída com o empregador
domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de
ou preposto:(Redação dada pela Lei nº 10.803, de
dependência econômica, de autoridade ou de superioridade
11.12.2003)
hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena função; ou(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
correspondente à violência.(Redação dada pela Lei nº
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território
10.803, de 11.12.2003)
nacional.(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for
10.803, de 11.12.2003)
primário e não integrar organização criminosa.(Incluído pela
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de
SEÇÃO II
trabalho; (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se
apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, Violação de domicílio
com o fim de retê-lo no local de trabalho.(Incluído pela Lei Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou
nº 10.803, de 11.12.2003) astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de
§ 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
cometido:(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
I – contra criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar
10.803, de 11.12.2003) ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou duas ou mais pessoas:
origem. (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena
Tráfico de Pessoas(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) correspondente à violência.
(Vigência) § 2º - (Revogado pela Lei nº 13.869, de 2019) (Vigência)
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa
comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, alheia ou em suas dependências:
violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade
de:(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) I - durante o dia, com observância das formalidades legais,
para efetuar prisão ou outra diligência;
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;(Incluído
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime
está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de
escravo;(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) § 4º - A expressão "casa" compreende:

III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;(Incluído pela Lei I - qualquer compartimento habitado;
nº 13.344, de 2016) (Vigência) II - aposento ocupado de habitação coletiva;
IV - adoção ilegal; ou(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) III - compartimento não aberto ao público, onde alguém
(Vigência) exerce profissão ou atividade.
V - exploração sexual.(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) § 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
(Vigência)
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do
multa.(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) parágrafo anterior;
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a metade II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
se:(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício
de suas funções ou a pretexto de exercê-las;(Incluído pela Lei
nº 13.344, de 2016) (Vigência)

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SEÇÃO III Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, de trezentos


DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE mil réis a dois contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
CORRESPONDÊNCIA § 1º Somente se procede mediante
Violação de correspondência representação. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº
9.983, de 2000)
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de
correspondência fechada, dirigida a outrem: § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou
reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. sistemas de informações ou banco de dados da
Sonegação ou destruição de correspondência Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 1º - Na mesma pena incorre: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e


multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - quem se apossa indevidamente de correspondência
alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega § 2o Quando resultar prejuízo para a Administração Pública,
ou destrói; a ação penal será incondicionada. (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou
telefônica Violação do segredo profissional

II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que
utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou
radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
entre outras pessoas; Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um
III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas conto a dez contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
no número anterior; Parágrafo único - Somente se procede mediante
IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico, representação.
sem observância de disposição legal. Invasão de dispositivo informático (Incluído pela Lei nº
§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para 12.737, de 2012)Vigência
outrem. Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado
§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em ou não à rede de computadores, mediante violação indevida
serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico: de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar
ou destruir dados ou informações sem autorização expressa
Pena - detenção, de um a três anos. ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades
§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo para obter vantagem ilícita:(Incluído pela Lei nº 12.737, de
nos casos do § 1º, IV, e do § 3º. 2012) Vigência

Correspondência comercial Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e


multa.(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de
estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em § 1o Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui,
parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir vende ou difunde dispositivo ou programa de computador
correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo: com o intuito de permitir a prática da conduta definida
no caput.(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
§ 2o Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão
Parágrafo único - Somente se procede mediante resulta prejuízo econômico.(Incluído pela Lei nº 12.737, de
representação. 2012) Vigência
SEÇÃO IV § 3o Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou
Divulgação de segredo industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou
o controle remoto não autorizado do dispositivo
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de invadido:(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
documento particular ou de correspondência confidencial,
de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se
produzir dano a outrem: a conduta não constitui crime mais grave.(Incluído pela Lei
nº 12.737, de 2012) Vigência

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§ 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a dois II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou
terços se houver divulgação, comercialização ou transmissão destreza;
a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações
III - com emprego de chave falsa;
obtidos.(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 5o Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for
praticado contra:(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) § 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
Vigência multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº
I - Presidente da República, governadores e
13.654, de 2018)
prefeitos;(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)Vigência
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;(Incluído pela Lei
for de veículo automotor que venha a ser transportado para
nº 12.737, de 2012) Vigência
outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426,
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado de 1996)
Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara
§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a
Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal;
subtração for de semovente domesticável de produção,
ou(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
ainda que abatido ou dividido em partes no local da
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.(Incluído
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de
Ação penal(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se
13.654, de 2018)
procede mediante representação, salvo se o crime é
cometido contra a administração pública direta ou indireta Furto de coisa comum
de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para
ou Municípios ou contra empresas concessionárias de
si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa
serviços públicos.(Incluído pela Lei nº 12.737, de
comum:
2012)Vigência
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
TÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO § 1º - Somente se procede mediante representação.
CAPÍTULO I § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível,
DO FURTO cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
Furto CAPÍTULO II
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia DO ROUBO E DA EXTORSÃO
móvel: Roubo
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de
durante o repouso noturno. havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa
furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de
a pena de multa. subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a
qualquer outra que tenha valor econômico. detenção da coisa para si ou para terceiro.

Furto qualificado § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até


metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o
crime é cometido: I – (revogado);(Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;


da coisa; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o
agente conhece tal circunstância.
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IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou
transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço
pela Lei nº 9.426, de 1996) do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Vide Lei nº 10.446,
de 2002)
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo
sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada pela
Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de
acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas,
fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
13.654, de 2018) (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou
quadrilha.Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego
Lei nº 10.741, de 2003)
de arma branca; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.(Redação dada pela Lei
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela
nº 8.072, de 25.7.1990)
Lei nº 13.654, de 2018)
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma
grave:Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.(Redação
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante
dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause
perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) § 3º - Se resulta a morte:Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
§ 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação
13.654, de 2018) dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que
(dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do
seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta)
(Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996)
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Extorsão indireta
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com
emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica- Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida,
se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. (Incluído abusando da situação de alguém, documento que pode dar
pela Lei nº 13.964, de 2019) causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra
terceiro:
Extorsão
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem CAPÍTULO III
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça DA USURPAÇÃO
ou deixar de fazer alguma coisa:
Alteração de limites
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no
com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
metade.
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o
disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de § 1º - Na mesma pena incorre quem:
25.7.90 Usurpação de águas
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem,
da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da águas alheias;
vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave Esbulho possessório
ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou
3o, respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009) mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou
Extorsão mediante seqüestro edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.

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§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena CAPÍTULO V


a esta cominada. DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de Apropriação indébita
violência, somente se procede mediante queixa.
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a
Supressão ou alteração de marca em animais posse ou a detenção:
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:
Aumento de pena
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente
CAPÍTULO IV recebeu a coisa:
DO DANO
I - em depósito necessário;
Dano
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário,
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
Dano qualificado Apropriação indébita previdenciária (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
fato não constitui crime mais grave
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública,
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
pela Lei nº 9.983, de 2000)
concessionária de serviços públicos; (Redação dada pela Lei
nº 13.531, de 2017) I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra
importância destinada à previdência social que tenha sido
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para
descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros
a vítima:
ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da 2000)
pena correspondente à violência.
II – recolher contribuições devidas à previdência social que
Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à
venda de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade
Lei nº 9.983, de 2000)
alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o
fato resulte prejuízo: III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas
cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.
pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente,
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições,
pela autoridade competente em virtude de valor artístico, importâncias ou valores e presta as informações devidas à
arqueológico ou histórico: previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
2000)
Alteração de local especialmente protegido
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o somente a de multa se o agente for primário e de bons
aspecto de local especialmente protegido por lei: antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de
Ação penal
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social
Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº
e do art. 164, somente se procede mediante queixa. 9.983, de 2000)
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II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência prestações, silenciando sobre qualquer dessas
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o circunstâncias;
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº
Defraudação de penhor
9.983, de 2000)
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo
§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica
credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando
aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor,
tem a posse do objeto empenhado;
inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido,
administrativamente, como sendo o mínimo para o Fraude na entrega de coisa
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa
13.606, de 2018)
que deve entregar a alguém;
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
da natureza
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu
lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências
poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:
da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. valor de seguro;
Parágrafo único - Na mesma pena incorre: Fraude no pagamento por meio de cheque
Apropriação de tesouro VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em
poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no
todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido
do prédio; em detrimento de entidade de direito público ou de instituto
de economia popular, assistência social ou beneficência.
Apropriação de coisa achada
Estelionato contra idoso
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total
ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo § 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido
possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro contra idoso.(Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015)
no prazo de quinze dias.
§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o a vítima for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
disposto no art. 155, § 2º.
I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela
CAPÍTULO VI Lei nº 13.964, de 2019)
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
Estelionato 2019)

Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº
prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, 13.964, de 2019)
mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído
fraudulento: pela Lei nº 13.964, de 2019)
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos Duplicata simulada
mil réis a dez contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou
prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei nº
art. 155, § 2º. 8.137, de 27.12.1990)
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem: Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Disposição de coisa alheia como própria (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que
garantia coisa alheia como própria; falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de
Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968)
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
Abuso de incapazes
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa
própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel
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Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade por ações,
necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da que, em prospecto, relatório, parecer, balanço ou
alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo comunicação ao público ou à assembléia, faz afirmação falsa
qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito sobre as condições econômicas da sociedade, ou oculta
jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro: fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas relativo;
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por qualquer
artifício, falsa cotação das ações ou de outros títulos da
Induzimento à especulação
sociedade;
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da
III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à sociedade
inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de
ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos bens ou
outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à
haveres sociais, sem prévia autorização da assembléia geral;
especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou
devendo saber que a operação é ruinosa: IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por conta
da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a lei o
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
permite;
Fraude no comércio
V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, o social, aceita em penhor ou em caução ações da própria
adquirente ou consumidor: sociedade;
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em
falsificada ou deteriorada; desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui
lucros ou dividendos fictícios;
II - entregando uma mercadoria por outra:
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade de conta ou parecer;
ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, pedra
VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII;
verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; vender
pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso, metal de IX - o representante da sociedade anônima estrangeira,
ou outra qualidade: autorizada a funcionar no País, que pratica os atos
mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Governo.
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos,
Outras fraudes e multa, o acionista que, a fim de obter vantagem para si ou
para outrem, negocia o voto nas deliberações de assembléia
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel
geral.
ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos
para efetuar o pagamento: Emissão irregular de conhecimento de depósito ou
"warrant"
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em
Parágrafo único - Somente se procede mediante
desacordo com disposição legal:
representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias,
deixar de aplicar a pena. Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Fraudes e abusos na fundação ou administração de Fraude à execução
sociedade por ações
Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando,
Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações, destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:
fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
assembléia, afirmação falsa sobre a constituição da
sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa.
relativo:
CAPÍTULO VII
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato não DA RECEPTAÇÃO
constitui crime contra a economia popular.
Receptação
§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não constitui crime
contra a economia popular: (Vide Lei nº 1.521, de 1951) Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar,
em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de

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crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, CAPÍTULO VIII


receba ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) DISPOSIÇÕES GERAIS
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Redação Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº
Receptação qualificada (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 10.741, de 2003)
1996) I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco
depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o
coisa que deve saber ser produto de crime: (Redação dada crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide Lei
pela Lei nº 9.426, de 1996) nº 10.741, de 2003)

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação dada I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
pela Lei nº 9.426, de 1996) II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou
clandestino, inclusive o exercício em residência. (Redação Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral,
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela quando haja emprego de grave ameaça ou violência à
desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de pessoa;
quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio II - ao estranho que participa do crime.
criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas superior a 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de
as penas. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 2003)
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou TÍTULO VI
isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) (Redação Dada Pela Lei Nº 12.015, de 2009)
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o CAPÍTULO I
juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no (Redação Dada Pela Lei Nº 12.015, de 2009)
§ 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Estupro
§ 6o Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado,
do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave
pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que
empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela
dobro a pena prevista no caput deste artigo. (Redação dada Lei nº 12.015, de 2009)
pela Lei nº 13.531, de 2017) Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada
Receptação de animal pela Lei nº 12.015, de 2009)

Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave
ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14
de comercialização, semovente domesticável de produção, (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela
produto de crime: (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016) Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído § 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 13.330, de 2016) 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos(Incluído pela
Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 214 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)

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Violação sexual mediante fraude (Redação dada pela Lei nº CAPÍTULO II


12.015, de 2009) DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato (Redação Dada Pela Lei Nº 12.015, de 2009)
libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que Sedução
impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da
vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Art. 217 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada Estupro de vulnerável(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
pela Lei nº 12.015, de 2009) Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:(Incluído pela Lei
vantagem econômica, aplica-se também multa. (Redação nº 12.015, de 2009)
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.(Incluído pela
Importunação sexual (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) Lei nº 12.015, de 2009)

Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas
libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência
de terceiro: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) mental, não tem o necessário discernimento para a prática
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de
2018) § 2o (VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Art. 216. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) § 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Assédio sexual (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter Lei nº 12.015, de 2009)
vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o
agente da sua condição de superior hierárquico ou § 4o Se da conduta resulta morte:(Incluído pela Lei nº 12.015,
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou de 2009)
função.(Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. (Incluído pela
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.(Incluído pela Lei Lei nº 12.015, de 2009)
nº 10.224, de 15 de 2001) § 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste
Parágrafo único. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) artigo aplicam-se independentemente do consentimento da
vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é anteriormente ao crime. (Incluído pela Lei nº 13.718, de
menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2018)
2009)
Corrupção de menores
CAPÍTULO I-A
(Incluído Pela Lei Nº 13.772, de 2018) Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a
satisfazer a lascívia de outrem: (Redação dada pela Lei nº
DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL
12.015, de 2009)
Registro não autorizado da intimidade sexual
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.(Redação dada
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por pela Lei nº 12.015, de 2009)
qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.015, de
ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização
2009)
dos participantes: (Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018)
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
adolescente(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14
montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro
(catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou
registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato
outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de
sexual ou libidinoso de caráter íntimo. (Incluído pela Lei nº
outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
13.772, de 2018)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
Lei nº 12.015, de 2009)

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Favorecimento da prostituição ou de outra forma de § 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas
exploração sexual de criança ou adolescente ou de descritas no caput deste artigo em publicação de natureza
vulnerável. (Redação dada pela Lei nº 12.978, de 2014) jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção
de recurso que impossibilite a identificação da vítima,
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou
ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18
outra forma de exploração sexual alguém menor de 18
(dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
(dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento para a prática CAPÍTULO III
do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a DO RAPTO
abandone:(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Rapto violento ou mediante fraude
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Incluído pela
Lei nº 12.015, de 2009) Art. 219 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem Rapto consensual


econômica, aplica-se também multa.(Incluído pela Lei nº Art. 220 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
12.015, de 2009)
Diminuição de pena
§ 2o Incorre nas mesmas penas: (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009) Art. 221 -(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com Concurso de rapto e outro crime
alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos Art. 222 -(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
na situação descrita no caput deste artigo; (Incluído pela Lei
nº 12.015, de 2009) CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em
que se verifiquem as práticas referidas no caput deste Art. 223 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
artigo.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Art. 224 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
o o
§ 3 Na hipótese do inciso II do § 2 , constitui efeito Ação penal
obrigatório da condenação a cassação da licença de
localização e de funcionamento do Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste
estabelecimento.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Título, procede-se mediante ação penal pública
incondicionada. (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de
vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia (Incluído pela Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
Lei nº 13.718, de 2018) 13.718, de 2018)

Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender Aumento de pena


ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por Art. 226. A pena é aumentada:(Redação dada pela Lei nº
qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa 11.106, de 2005)
ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo
ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso
ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza de 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação dada pela Lei nº
a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de 11.106, de 2005)
sexo, nudez ou pornografia: (Incluído pela Lei nº 13.718, de II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou
2018) madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador,
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro
constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de título tiver autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei nº
2018) 13.718, de 2018)

Aumento de pena (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) III - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é
terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou praticado: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com Estupro coletivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
o fim de vingança ou humilhação. (Incluído pela Lei nº
13.718, de 2018) a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; (Incluído
pela Lei nº 13.718, de 2018)
Exclusão de ilicitude (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Estupro corretivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)

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b) para controlar o comportamento social ou sexual da Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro,
vítima. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou
não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou
CAPÍTULO V
gerente: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE
PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
EXPLORAÇÃO SEXUAL
Rufianismo
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando
Mediação para servir a lascívia de outrem
diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo
Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem: ou em parte, por quem a exerça:
Pena - reclusão, de um a três anos. Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 § 1o Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14
(dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente,
descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro,
curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por
educação, de tratamento ou de guarda: (Redação dada pela quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado,
Lei nº 11.106, de 2005) proteção ou vigilância:(Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.(Redação
§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
ameaça ou fraude:
§ 2o Se o crime é cometido mediante violência, grave
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena
ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
correspondente à violência.
manifestação da vontade da vítima: (Redação dada pela Lei
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se nº 12.015, de 2009)
também multa.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da
Favorecimento da prostituição ou outra forma de pena correspondente à violência.(Redação dada pela Lei nº
exploração sexual(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 12.015, de 2009)
2009)
Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra sexual (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar
Art. 231.(Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
que alguém a abandone: (Redação dada pela Lei nº 12.015,
de 2009) Art. 231-A.(Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Art. 232 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Promoção de migração ilegal
o
§ 1 Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão,
Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter
enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor
vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro em
ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra
território nacional ou de brasileiro em país
forma, obrigação de cuidado, proteção ou
estrangeiro:Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
vigilância:(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.Incluído
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada
pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1º Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência,
meio, com o fim de obter vantagem econômica, a saída de
grave ameaça ou fraude:
estrangeiro do território nacional para ingressar ilegalmente
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena em país estrangeiro.Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017
correspondente à violência. Vigência
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se § 2º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço)
também multa. se:Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
Casa de prostituição I - o crime é cometido com violência; ouIncluído pela Lei nº
13.445, de 2017 Vigência

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II - a vítima é submetida a condição desumana ou TÍTULO VIII


degradante.Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
§ 3º A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo CAPÍTULO I
das correspondentes às infrações conexas. Incluído pela Lei DOS CRIMES DE PERIGO COMUM
nº 13.445, de 2017 Vigência Incêndio
CAPÍTULO VI Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR integridade física ou o patrimônio de outrem:
Ato obsceno Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto Aumento de pena
ou exposto ao público:
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem
Escrito ou objeto obsceno pecuniária em proveito próprio ou alheio;
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua II - se o incêndio é:
guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de
exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou a) em casa habitada ou destinada a habitação;
qualquer objeto obsceno: b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. de assistência social ou de cultura;

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem: c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de
transporte coletivo;
I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer
dos objetos referidos neste artigo; d) em estação ferroviária ou aeródromo;

II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, e) em estaleiro, fábrica ou oficina;


representação teatral, ou exibição cinematográfica de f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o
mesmo caráter; g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;

III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
rádio, audição ou recitação de caráter obsceno. Incêndio culposo
CAPÍTULO VII § 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis
DISPOSIÇÕES GERAIS meses a dois anos.
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Explosão
Aumento de pena(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou
aumentada:(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) simples colocação de engenho de dinamite ou de substância
I – (VETADO);(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) de efeitos análogos:

II – (VETADO);(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.

III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime resulta § 1º - Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo
gravidez; (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018) de efeitos análogos:

IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que Aumento de pena
sabe ou deveria saber ser portador, ou se a vítima é idosa ou
pessoa com deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.718, de § 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre
2018) qualquer das hipóteses previstas no § 1º, I, do artigo
anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos enumeradas no nº II do mesmo parágrafo.
neste Título correrão em segredo de justiça.(Incluído pela Lei
nº 12.015, de 2009) Modalidade culposa

Art. 234-C. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) § 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou
substância de efeitos análogos, a pena é de detenção, de seis

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meses a dois anos; nos demais casos, é de detenção, de três Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão
meses a um ano. corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é
aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em
Uso de gás tóxico ou asfixiante
dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a
Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a
patrimônio de outrem, usando de gás tóxico ou asfixiante: pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um
terço.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Difusão de doença ou praga
Modalidade Culposa
Art. 259 - Difundir doença ou praga que possa causar dano a
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
floresta, plantação ou animais de utilidade econômica:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Fabrico, fornecimento, aquisição posse ou transporte de
Modalidade culposa
explosivos ou gás tóxico, ou asfixiante
Parágrafo único - No caso de culpa, a pena é de detenção, de
Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar,
um a seis meses, ou multa.
sem licença da autoridade, substância ou engenho explosivo,
gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua CAPÍTULO II
fabricação: DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS
PÚBLICOS
Inundação
Perigo de desastre ferroviário
Art. 254 - Causar inundação, expondo a perigo a vida, a
integridade física ou o patrimônio de outrem: Art. 260 - Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro:

Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa, no caso de dolo, I - destruindo, danificando ou desarranjando, total ou
ou detenção, de seis meses a dois anos, no caso de culpa. parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração,
obra-de-arte ou instalação;
Perigo de inundação
II - colocando obstáculo na linha;
Art. 255 - Remover, destruir ou inutilizar, em prédio próprio
ou alheio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o III - transmitindo falso aviso acerca do movimento dos
patrimônio de outrem, obstáculo natural ou obra destinada veículos ou interrompendo ou embaraçando o
a impedir inundação: funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia;

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. IV - praticando outro ato de que possa resultar desastre:

Desabamento ou desmoronamento Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

Art. 256 - Causar desabamento ou desmoronamento, Desastre ferroviário


expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio § 1º - Se do fato resulta desastre:
de outrem:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos e multa.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º - No caso de culpa, ocorrendo desastre:
Modalidade culposa
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
§ 3º - Para os efeitos deste artigo, entende-se por estrada de
Pena - detenção, de seis meses a um ano. ferro qualquer via de comunicação em que circulem veículos
Subtração, ocultação ou inutilização de material de de tração mecânica, em trilhos ou por meio de cabo aéreo.
salvamento Atentado contra a segurança de transporte marítimo,
Art. 257 - Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de fluvial ou aéreo
incêndio, inundação, naufrágio, ou outro desastre ou Art. 261 - Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria
calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou
a serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento; dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea:
ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Sinistro em transporte marítimo, fluvial ou aéreo
Formas qualificadas de crime de perigo comum

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§ 1º - Se do fato resulta naufrágio, submersão ou encalhe de Art. 266 - Interromper ou perturbar serviço telegráfico,
embarcação ou a queda ou destruição de aeronave: radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o
restabelecimento:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Prática do crime com o fim de lucro
§ 1o Incorre na mesma pena quem interrompe serviço
§ 2º - Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente
telemático ou de informação de utilidade pública, ou impede
pratica o crime com intuito de obter vantagem econômica,
ou dificulta-lhe o restabelecimento.(Incluído pela Lei nº
para si ou para outrem.
12.737, de 2012) Vigência
Modalidade culposa
§ 2o Aplicam-se as penas em dobro se o crime é cometido
§ 3º - No caso de culpa, se ocorre o sinistro: por ocasião de calamidade pública.(Incluído pela Lei nº
12.737, de 2012) Vigência
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
CAPÍTULO III
Atentado contra a segurança de outro meio de transporte
DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
Art. 262 - Expor a perigo outro meio de transporte público,
impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento: Epidemia

Pena - detenção, de um a dois anos. Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de
germes patogênicos:
§ 1º - Se do fato resulta desastre, a pena é de reclusão, de
dois a cinco anos. Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela
Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 2º - No caso de culpa, se ocorre desastre:
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois
Forma qualificada anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos.
Art. 263 - Se de qualquer dos crimes previstos nos arts. 260 Infração de medida sanitária preventiva
a 262, no caso de desastre ou sinistro, resulta lesão corporal
ou morte, aplica-se o disposto no art. 258. Art. 268 - Infringir determinação do poder público, destinada
a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa:
Arremesso de projétil
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.
Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento,
destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o
ar: agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão
de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
Pena - detenção, de um a seis meses.
Omissão de notificação de doença
Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é
de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública
pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço. doença cuja notificação é compulsória:

Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Art. 265 - Atentar contra a segurança ou o funcionamento de Envenenamento de água potável ou de substância
serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de alimentícia ou medicinal
utilidade pública: Art. 270 - Envenenar água potável, de uso comum ou
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada
a consumo:
Parágrafo único - Aumentar-se-á a pena de 1/3 (um terço)
até a metade, se o dano ocorrer em virtude de subtração de Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela
material essencial ao funcionamento dos serviços. (Incluído Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
pela Lei nº 5.346, de 3.11.1967) § 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo
Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, ou tem em depósito, para o fim de ser distribuída, a água ou
telefônico, informático, telemático ou de informação de a substância envenenada.
utilidade pública (Redação dada pela Lei nº 12.737, de 2012) Modalidade culposa
Vigência
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

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Corrupção ou poluição de água potável § 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as
ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer
Art. 271 - Corromper ou poluir água potável, de uso comum
das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 9.677, de
ou particular, tornando-a imprópria para consumo ou nociva
2.7.1998)
à saúde:
I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
sanitária competente; (Incluído pela Lei nº 9.677, de
Modalidade culposa 2.7.1998)
Parágrafo único - Se o crime é culposo: II - em desacordo com a fórmula constante do registro
previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.677, de
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
2.7.1998)
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
III - sem as características de identidade e qualidade
substância ou produtos alimentícios (Redação dada pela Lei
admitidas para a sua comercialização; (Incluído pela Lei nº
nº 9.677, de 2.7.1998)
9.677, de 2.7.1998)
Art. 272 - Corromper, adulterar, falsificar ou alterar
IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua
substância ou produto alimentício destinado a consumo,
atividade; ((Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-lhe o valor
nutritivo: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) V - de procedência ignorada; (Incluído pela Lei nº 9.677, de
2.7.1998)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da
autoridade sanitária competente. (Incluído pela Lei nº 9.677,
§ 1º-A - Incorre nas penas deste artigo quem fabrica, vende,
de 2.7.1998)
expõe à venda, importa, tem em depósito para vender ou,
de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a Modalidade culposa
substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido
§ 2º - Se o crime é culposo:
ou adulterado. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação
§ 1º - Está sujeito às mesmas penas quem pratica as ações
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
previstas neste artigo em relação a bebidas, com ou sem teor
alcoólico. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) Emprego de processo proibido ou de substância não
permitida
Modalidade culposa
Art. 274 - Empregar, no fabrico de produto destinado a
§ 2º - Se o crime é culposo: (Redação dada pela Lei nº 9.677,
consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria
de 2.7.1998)
corante, substância aromática, anti-séptica, conservadora
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. (Redação ou qualquer outra não expressamente permitida pela
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) legislação sanitária:
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação
produto destinado a fins terapêuticos ou dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
medicinais (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Invólucro ou recipiente com falsa indicação
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto
Art. 275 - Inculcar, em invólucro ou recipiente de produtos
destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada
alimentícios, terapêuticos ou medicinais, a existência de
pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
substância que não se encontra em seu conteúdo ou que
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e nele existe em quantidade menor que a mencionada:
multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação
expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto
Produto ou substância nas condições dos dois artigos
falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. (Redação
anteriores
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Art. 276 - Vender, expor à venda, ter em depósito para
§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este
vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo produto
artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos
nas condições dos arts. 274 e 275.
farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em
diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.(Redação
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

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Substância destinada à falsificação I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente,


qualquer substância;
Art. 277 - Vender, expor à venda, ter em depósito ou ceder
substância destinada à falsificação de produtos alimentícios, II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
terapêuticos ou medicinais:(Redação dada pela Lei nº 9.677,
III - fazendo diagnósticos:
de 2.7.1998)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante
remuneração, o agente fica também sujeito à multa.
Outras substâncias nocivas à saúde pública
Forma qualificada
Art. 278 - Fabricar, vender, expor à venda, ter em depósito
para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes
coisa ou substância nociva à saúde, ainda que não destinada previstos neste Capítulo, salvo quanto ao definido no art.
à alimentação ou a fim medicinal: 267.
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. TÍTULO IX
DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
Modalidade culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo: Incitação ao crime

Pena - detenção, de dois meses a um ano. Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:

Substância avariada Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.

Art. 279 - (Revogado pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) Apologia de crime ou criminoso

Medicamento em desacordo com receita médica Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou
de autor de crime:
Art. 280 - Fornecer substância medicinal em desacordo com
receita médica: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa. Associação Criminosa

Modalidade culposa Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim
específico de cometer crimes: (Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único - Se o crime é culposo: 12.850, de 2013) (Vigência)
Pena - detenção, de dois meses a um ano. Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela
COMÉRCIO, POSSE OU USO DE ENTORPECENTE OU Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
SUBSTÂNCIA QUE DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA OU Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a
PSÍQUICA. (Redação dada pela Lei nº 5.726, de associação é armada ou se houver a participação de criança
1971)(Revogado pela Lei nº 6.368, 1976) ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013)
Art. 281. (Revogado pela Lei nº 6.368, 1976) (Vigência)

Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica Constituição de milícia privada (Incluído dada pela Lei nº
12.720, de 2012)
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de
médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear
excedendo-lhe os limites: organização paramilitar, milícia particular, grupo ou
esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. previstos neste Código: (Incluído dada pela Lei nº 12.720, de
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, 2012)
aplica-se também multa. Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído dada
Charlatanismo pela Lei nº 12.720, de 2012)

Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou TÍTULO X


infalível: DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
CAPÍTULO I
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
DA MOEDA FALSA
Curandeirismo
Moeda Falsa
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:

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Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda CAPÍTULO II


metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS
estrangeiro:
Falsificação de papéis públicos
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou
alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou
empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de
tributo; (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004)
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira,
moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de II - papel de crédito público que não seja moeda de curso
conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses legal;
a dois anos, e multa. III - vale postal;
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa
o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco econômica ou de outro estabelecimento mantido por
de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou entidade de direito público;
emissão:
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou
lei; caução por que o poder público seja responsável;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular transporte administrada pela União, por Estado ou por
moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada. Município:

Crimes assimilados ao de moeda falsa Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de § 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei
moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes nº 11.035, de 2004)
verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis
para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei nº
inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em 11.035, de 2004)
tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta,
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze destinado a controle tributário; (Incluído pela Lei nº 11.035,
anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que de 2004)
trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda,
ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.(Vide Lei nº mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta,
7.209, de 11.7.1984) fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito
Petrechos para falsificação de moeda próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, produto ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou 11.035, de 2004)
gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho,
instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle
falsificação de moeda: tributário, falsificado; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária
determina a obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído pela
Emissão de título ao portador sem permissão legal Lei nº 11.035, de 2004)
Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando
vale ou título que contenha promessa de pagamento em legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis,
dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:
pessoa a quem deva ser pago:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado,
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior.
qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na
pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.

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§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento
boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que público o emanado de entidade paraestatal, o título ao
se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a portador ou transmissível por endosso, as ações de
falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento
meses a dois anos, ou multa. particular.
§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz
III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros
I – na folha de pagamento ou em documento de informações
logradouros públicos e em residências. (Incluído pela Lei nº
que seja destinado a fazer prova perante a previdência
11.035, de 2004)
social, pessoa que não possua a qualidade de segurado
Petrechos de falsificação obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do
objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer empregado ou em documento que deva produzir efeito
dos papéis referidos no artigo anterior: perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da
que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
2000)
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
III – em documento contábil ou em qualquer outro
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta
documento relacionado com as obrigações da empresa
parte.
perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da
CAPÍTULO III que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
DA FALSIDADE DOCUMENTAL 2000)
Falsificação do selo ou sinal público § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos
documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus
Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº
de Estado ou de Município; 9.983, de 2000)
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito Falsificação de documento particular (Redação dada pela
público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento
particular ou alterar documento particular verdadeiro:
§ 1º - Incorre nas mesmas penas:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
Falsificação de cartão(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em Vigência
prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, a documento particular o cartão de crédito ou
logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou débito.(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
identificadores de órgãos ou entidades da Administração
Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Falsidade ideológica
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular,
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer
parte. inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita,
com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a
Falsificação de documento público verdade sobre fato juridicamente relevante:
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento
público, ou alterar documento público verdadeiro: é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é
particular. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete
parte. o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou
alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a
pena de sexta parte.
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Falso reconhecimento de firma ou letra Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento
é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de
documento é particular.
função pública, firma ou letra que o não seja:
CAPÍTULO IV
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento
DE OUTRAS FALSIDADES
é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é
particular. Falsificação do sinal empregado no contraste de metal
Certidão ou atestado ideologicamente falso precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins

Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou
função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a sinal empregado pelo poder público no contraste de metal
obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou
público, ou qualquer outra vantagem: sinal dessa natureza, falsificado por outrem:

Pena - detenção, de dois meses a um ano. Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

Falsidade material de atestado ou certidão Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa
a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou
ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para comprovar o cumprimento de formalidade legal:
prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter
cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa.
público, ou qualquer outra vantagem: Falsa identidade
Pena - detenção, de três meses a dois anos. Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para
além da pena privativa de liberdade, a de multa. causar dano a outrem:

Falsidade de atestado médico Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato
não constitui elemento de crime mais grave.
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão,
atestado falso: Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor,
caderneta de reservista ou qualquer documento de
Pena - detenção, de um mês a um ano. identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize,
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro:
aplica-se também multa. Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o
Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica fato não constitui elemento de crime mais grave.

Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que Fraude de lei sobre estrangeiro
tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no
alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do território nacional, nome que não é o seu:
selo ou peça:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de promover-lhe a entrada em território nacional: (Incluído
comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. pela Lei nº 9.426, de 1996)
Uso de documento falso Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Incluído pela
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou Lei nº 9.426, de 1996)
alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos
em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de
Supressão de documento tais bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
particular verdadeiro, de que não podia dispor:
Adulteração de sinal identificador de veículo
automotor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

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Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou TÍTULO XI


qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
componente ou equipamento:(Redação dada pela Lei nº CAPÍTULO I
9.426, de 1996)) DOS CRIMES PRATICADOS
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
pela Lei nº 9.426, de 1996) CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função Peculato
pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço.
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,
(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
contribui para o licenciamento ou registro do veículo proveito próprio ou alheio:
remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
material ou informação oficial. (Incluído pela Lei nº 9.426, de
1996) § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público,
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o
CAPÍTULO V
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO proporciona a qualidade de funcionário.
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Peculato culposo
Fraudes em certames de interesse público (Incluído pela Lei
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime
12.550. de 2011)
de outrem:
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de
Pena - detenção, de três meses a um ano.
beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a
credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: (Incluído § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se
pela Lei 12.550. de 2011) precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
I - concurso público; (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Peculato mediante erro de outrem
II - avaliação ou exame públicos; (Incluído pela Lei 12.550. de
2011) Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade
que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011) Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: (Incluído Inserção de dados falsos em sistema de
pela Lei 12.550. de 2011) informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011) inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por
dados da Administração Pública com o fim de obter
qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar
informações mencionadas no caput. (Incluído pela Lei
dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))
12.550. de 2011)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administração
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
pública: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído
informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
pela Lei 12.550. de 2011)
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de
§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é
informações ou programa de informática sem autorização
cometido por funcionário público. (Incluído pela Lei 12.550.
ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei
de 2011)
nº 9.983, de 2000)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

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Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até Facilitação de contrabando ou descaminho
a metade se da modificação ou alteração resulta dano para
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática
a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído
de contrabando ou descaminho (art. 334):
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de
Prevaricação
que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-
lo, total ou parcialmente: Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato
de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
crime mais grave.
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa
público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a
da estabelecida em lei:
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Concussão
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi- Condescendência criminosa
la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e responsabilizar subordinado que cometeu infração no
multa.(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Excesso de exação
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social
que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, Advocacia administrativa
emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
privado perante a administração pública, valendo-se da
27.12.1990)
qualidade de funcionário:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de
outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
cofres públicos:
Violência arbitrária
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a
Corrupção passiva pretexto de exercê-la:
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de correspondente à violência.
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
Abandono de função
promessa de tal vantagem:
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
permitidos em lei:
multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência
da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
funcional.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda
fronteira:
ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

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Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado,
removido, substituído ou suspenso: Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Violação de sigilo funcional Resistência
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante
e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a violência ou ameaça a funcionário competente para executá-
revelação: lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
fato não constitui crime mais grave.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído
Pena - reclusão, de um a três anos.
pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e
correspondentes à violência.
empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de
pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco Desobediência
de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
9.983, de 2000)
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000) Desacato
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da
Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) função ou em razão dela:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de
Violação do sigilo de proposta de concorrência 1995)
Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para
pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de
influir em ato praticado por funcionário público no exercício
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.
da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Funcionário público
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
penais, quem, embora transitoriamente ou sem
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, ao funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
Corrupção ativa
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou
conveniada para a execução de atividade típica da Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a
Administração Pública.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício:
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os
autores dos crimes previstos neste Capítulo forem Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
ou assessoramento de órgão da administração direta,
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou
instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de
omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
1980)
Descaminho
CAPÍTULO II
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo

Usurpação de função pública


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de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
26.6.2014) qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada
proibida pela lei brasileira; (Incluído pela Lei nº 13.008, de
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
26.6.2014)
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio,
nº 13.008, de 26.6.2014)
no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos proibida pela lei brasileira. (Incluído pela Lei nº 13.008, de
permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para
26.6.2014) os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular
ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
exercido em residências. (Incluído pela Lei nº 4.729, de
(Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
14.7.1965)
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Incluído
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
procedência estrangeira que introduziu clandestinamente
no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência
produto de introdução clandestina no território nacional ou
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública
de importação fraudulenta por parte de outrem; (Redação
ou venda em hasta pública, promovida pela administração
dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por
no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de
de procedência estrangeira, desacompanhada de vantagem:
documentação legal ou acompanhada de documentos que
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além
sabe serem falsos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
da pena correspondente à violência.
26.6.2014)
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos
de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.
deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o Inutilização de edital ou de sinal
exercido em residências. (Redação dada pela Lei nº 13.008,
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou
de 26.6.2014)
conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público;
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por
praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. determinação legal ou por ordem de funcionário público,
(Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) para identificar ou cerrar qualquer objeto:
Contrabando Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: Subtração ou inutilização de livro ou documento
(Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído pela oficial, processo ou documento confiado à custódia de
Lei nº 13.008, de 26.6.2014) funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço
público:
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014) Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui
crime mais grave.
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;
(Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Sonegação de contribuição previdenciária (Incluído pela Lei
nº 9.983, de 2000)
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que
dependa de registro, análise ou autorização de órgão público Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social
competente; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes
condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira
destinada à exportação; (Incluído pela Lei nº 13.008, de I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de
26.6.2014) documento de informações previsto pela legislação
previdenciária segurados empregado, empresário,

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trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se,
equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público
9.983, de 2000) estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica
infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467, de
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da
11.6.2002)
contabilidade da empresa as quantias descontadas dos
segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador Tráfico de influência em transação comercial
de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) internacional (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para
auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de
geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído vantagem a pretexto de influir em ato praticado por
pela Lei nº 9.983, de 2000) funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções,
relacionado a transação comercial internacional: (Incluído
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente,
multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores
e presta as informações devidas à previdência social, na Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o
forma definida em lei ou regulamento, antes do início da agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada
ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) a funcionário estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de
11.6.2002)
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
somente a de multa se o agente for primário e de bons Funcionário público estrangeiro (Incluído pela Lei nº 10467,
antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de de 11.6.2002)
2000)
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro,
I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios,
em entidades estatais ou em representações diplomáticas
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
de país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
11.6.2002)
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000) Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público
estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em
§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de
empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo
pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil,
Poder Público de país estrangeiro ou em organizações
quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um
públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de
terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. (Incluído
11.6.2002)
pela Lei nº 9.983, de 2000)
CAPÍTULO II-B
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será
reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do DOS CRIMES EM LICITAÇÕES E CONTRATOS
reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela ADMINISTRATIVOS
Lei nº 9.983, de 2000)
(Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
CAPÍTULO II-A
Contratação direta ilegal (Incluído pela Lei nº 14.133, de
(Incluído Pela Lei Nº 10.467, de 11.6.2002)
2021)
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA Art. 337-E. Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação
direta fora das hipóteses previstas em lei: (Incluído pela Lei
Corrupção ativa em transação comercial internacional nº 14.133, de 2021)
Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
indiretamente, vantagem indevida a funcionário público multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à Frustração do caráter competitivo de licitação (Incluído
transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 14.133, de 2021)
10467, de 11.6.2002) Art. 337-F. Frustrar ou fraudar, com o intuito de obter para
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído si ou para outrem vantagem decorrente da adjudicação do
pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

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objeto da licitação, o caráter competitivo do processo Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou
licitatório: (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) desiste de licitar em razão de vantagem oferecida. (Incluído
pela Lei nº 14.133, de 2021)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) Fraude em licitação ou contrato (Incluído pela Lei nº 14.133,
de 2021)
Patrocínio de contratação indevida (Incluído pela Lei nº
14.133, de 2021) Art. 337-L. Fraudar, em prejuízo da Administração Pública,
licitação ou contrato dela decorrente, mediante: (Incluído
Art. 337-G. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
pela Lei nº 14.133, de 2021)
privado perante a Administração Pública, dando causa à
instauração de licitação ou à celebração de contrato cuja I - entrega de mercadoria ou prestação de serviços com
invalidação vier a ser decretada pelo Poder qualidade ou em quantidade diversas das previstas no edital
Judiciário: (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) ou nos instrumentos contratuais; (Incluído pela Lei nº
14.133, de 2021)
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) II - fornecimento, como verdadeira ou perfeita, de
mercadoria falsificada, deteriorada, inservível para consumo
Modificação ou pagamento irregular em contrato
ou com prazo de validade vencido; (Incluído pela Lei nº
administrativo (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
14.133, de 2021)
Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer
III - entrega de uma mercadoria por outra; (Incluído pela Lei
modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual,
nº 14.133, de 2021)
em favor do contratado, durante a execução dos contratos
celebrados com a Administração Pública, sem autorização IV - alteração da substância, qualidade ou quantidade da
em lei, no edital da licitação ou nos respectivos instrumentos mercadoria ou do serviço fornecido; (Incluído pela Lei nº
contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem 14.133, de 2021)
cronológica de sua exigibilidade: (Incluído pela Lei nº
V - qualquer meio fraudulento que torne injustamente mais
14.133, de 2021)
onerosa para a Administração Pública a proposta ou a
Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e execução do contrato: (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e
Perturbação de processo licitatório (Incluído pela Lei nº multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
14.133, de 2021)
Contratação inidônea (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
Art. 337-I. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de
Art. 337-M. Admitir à licitação empresa ou profissional
qualquer ato de processo licitatório: (Incluído pela Lei nº
declarado inidôneo: (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
14.133, de 2021)
Pena - reclusão, de 1 (um) ano a 3 (três) anos, e
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
§ 1º Celebrar contrato com empresa ou profissional
Violação de sigilo em licitação (Incluído pela Lei nº 14.133,
declarado inidôneo: (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
de 2021)
Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 6 (seis) anos, e
Art. 337-J. Devassar o sigilo de proposta apresentada em
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
processo licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de
devassá-lo: (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) § 2º Incide na mesma pena do caput deste artigo aquele que,
declarado inidôneo, venha a participar de licitação e, na
Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 3 (três) anos, e
mesma pena do § 1º deste artigo, aquele que, declarado
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
inidôneo, venha a contratar com a Administração
Afastamento de licitante (Incluído pela Lei nº 14.133, de Pública. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
2021)
Impedimento indevido (Incluído pela Lei nº 14.133, de
Art. 337-K. Afastar ou tentar afastar licitante por meio de 2021)
violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de
Art. 337-N. Obstar, impedir ou dificultar injustamente a
vantagem de qualquer tipo: (Incluído pela Lei nº 14.133, de
inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou
2021)
promover indevidamente a alteração, a suspensão ou o
Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 5 (cinco) anos, e multa, cancelamento de registro do inscrito: (Incluído pela Lei nº
além da pena correspondente à violência. (Incluído pela Lei 14.133, de 2021)
nº 14.133, de 2021)

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Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) prática de contravenção.
Omissão grave de dado ou de informação por Comunicação falsa de crime ou de contravenção
projetista (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a
Art. 337-O. Omitir, modificar ou entregar à Administração ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter
Pública levantamento cadastral ou condição de contorno em verificado:
relevante dissonância com a realidade, em frustração ao
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
caráter competitivo da licitação ou em detrimento da
seleção da proposta mais vantajosa para a Administração Auto-acusação falsa
Pública, em contratação para a elaboração de projeto básico,
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime
projeto executivo ou anteprojeto, em diálogo competitivo
inexistente ou praticado por outrem:
ou em procedimento de manifestação de
interesse: (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e Falso testemunho ou falsa perícia
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade
§ 1º Consideram-se condição de contorno as informações e como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete
os levantamentos suficientes e necessários para a definição em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou
da solução de projeto e dos respectivos preços pelo licitante, em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
incluídos sondagens, topografia, estudos de demanda, 28.8.2001)
condições ambientais e demais elementos ambientais
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
impactantes, considerados requisitos mínimos ou
(Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
obrigatórios em normas técnicas que orientam a elaboração
de projetos. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) § 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o
crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o
§ 2º Se o crime é praticado com o fim de obter benefício,
fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo
direto ou indireto, próprio ou de outrem, aplica-se em dobro
penal, ou em processo civil em que for parte entidade da
a pena prevista no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº
administração pública direta ou indireta.(Redação dada pela
14.133, de 2021)
Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Art. 337-P. A pena de multa cominada aos crimes previstos
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no
neste Capítulo seguirá a metodologia de cálculo prevista
processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou
neste Código e não poderá ser inferior a 2% (dois por cento)
declara a verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de
do valor do contrato licitado ou celebrado com contratação
28.8.2001)
direta. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer
CAPÍTULO III
outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a
Reingresso de estrangeiro expulso verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou
interpretação: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro 28.8.2001)
que dele foi expulso:
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Redação
Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
expulsão após o cumprimento da pena.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um
Denunciação caluniosa terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova
Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de destinada a produzir efeito em processo penal ou em
procedimento investigatório criminal, de processo judicial, processo civil em que for parte entidade da administração
de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268,
de ação de improbidade administrativa contra alguém, de 28.8.2001)
imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato Coação no curso do processo
ímprobo de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº
14.110, de 2020) Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de
favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade,
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou
serve de anonimato ou de nome suposto. em juízo arbitral:

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Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente
correspondente à violência. presa ou submetida a medida de segurança detentiva:
Exercício arbitrário das próprias razões Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer § 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de
reclusão, de dois a seis anos.
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da
pena correspondente à violência. § 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se
também a pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente
se procede mediante queixa. § 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime
é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria,
preso ou o internado.
que se acha em poder de terceiro por determinação judicial
ou convenção: § 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia
ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de três meses a um
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
ano, ou multa.
Fraude processual
Evasão mediante violência contra a pessoa
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo
Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo
civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de
submetido a medida de segurança detentiva, usando de
pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
violência contra a pessoa:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito correspondente à violência.
em processo penal, ainda que não iniciado, as penas
Arrebatamento de preso
aplicam-se em dobro.
Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de
Favorecimento pessoal
quem o tenha sob custódia ou guarda:
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública
Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena
autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
correspondente à violência.
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
Motim de presos
§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou
Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa. disciplina da prisão:
§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena
cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena. correspondente à violência.
Favorecimento real Patrocínio infiel
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o
ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio,
proveito do crime: em juízo, lhe é confiado:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou Patrocínio simultâneo ou tergiversação
facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação
Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado
móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em
ou procurador judicial que defende na mesma causa,
estabelecimento prisional. (Incluído pela Lei nº 12.012, de
simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
2009).
Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído
pela Lei nº 12.012, de 2009). Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de
restituir autos, documento ou objeto de valor probatório,
Exercício arbitrário ou abuso de poder
que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
Art. 350 - (Revogado pela Lei nº 13.869, de 2019) (Vigência)
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança
Exploração de prestígio

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Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra Assunção de obrigação no último ano do mandato ou
utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor,
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação,
intérprete ou testemunha:
nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo
exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no
Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o
exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente
agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também
de disponibilidade de caixa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de
se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
2000)
Violência ou fraude em arrematação judicial
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.(Incluído pela Lei
Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação nº 10.028, de 2000)
judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante,
Ordenação de despesa não autorizada (Incluído pela Lei nº
por meio de violência, grave ameaça, fraude ou
10.028, de 2000)
oferecimento de vantagem:
Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei: (Incluído
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da
pela Lei nº 10.028, de 2000)
pena correspondente à violência.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão
Lei nº 10.028, de 2000)
de direito
Prestação de garantia graciosa (Incluído pela Lei nº 10.028,
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou
de 2000)
múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial:
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou
CAPÍTULO IV superior ao valor da garantia prestada, na forma da
DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído
Contratação de operação de crédito pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de Não cancelamento de restos a pagar (Incluído pela Lei nº
crédito, interno ou externo, sem prévia autorização 10.028, de 2000)
legislativa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em
nº 10.028, de 2000) valor superior ao permitido em lei: (Incluído pela Lei nº
10.028, de 2000)
Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena,
autoriza ou realiza operação de crédito, interno ou Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído
externo: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) pela Lei nº 10.028, de 2000)
I – com inobservância de limite, condição ou montante Aumento de despesa total com pessoal no último ano do
estabelecido em lei ou em resolução do Senado mandato ou legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de
Federal; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 2000)
II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete
limite máximo autorizado por lei. (Incluído pela Lei nº aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta
10.028, de 2000) dias anteriores ao final do mandato ou da
legislatura: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000))
Inscrição de despesas não empenhadas em restos a
pagar (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a
pagar, de despesa que não tenha sido previamente Oferta pública ou colocação de títulos no mercado (Incluído
empenhada ou que exceda limite estabelecido em pela Lei nº 10.028, de 2000)
lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida
pela Lei nº 10.028, de 2000) pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que
estejam registrados em sistema centralizado de liquidação e
de custódia: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

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Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte
Lei nº 10.028, de 2000) (art. 157, § 3º); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
DISPOSIÇÕES FINAIS III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da
vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º);
Art. 360 - Ressalvada a legislação especial sobre os crimes
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
contra a existência, a segurança e a integridade do Estado e
contra a guarda e o emprego da economia popular, os crimes IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art.
de imprensa e os de falência, os de responsabilidade do 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930,
Presidente da República e dos Governadores ou de 1994)
Interventores, e os crimes militares, revogam-se as
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela
disposições em contrário.
Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 361 - Este Código entrará em vigor no dia 1º de janeiro
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e
de 1942.
4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1940; 119º da
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso
Independência e 52º da República.
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
GETÚLIO VARGAS
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
Francisco Campos
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
Lei nº 8.072/1990 produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art.
273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº
inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras 9.695, de 1998)
providências. VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso exploração sexual de criança ou adolescente ou de
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei
nº 12.978, de 2014)
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes,
todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de
de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).
dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984) (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica Parágrafo único. Consideram-se também hediondos,
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só tentados ou consumados: (Redação dada pela Lei nº 13.964,
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, de 2019)
IV, V, VI, VII e VIII); (Redação dada pela Lei nº 13.964, de I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei
2019) nº 2.889, de 1º de outubro de 1956; (Incluído pela Lei nº
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, 13.964, de 2019)
§ 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
quando praticadas contra autoridade ou agente descrito proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de
nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública,
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
de 2015) IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo,
II - roubo: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826,
de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 2019)
157, § 2º, inciso V); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, prática de crime hediondo ou equiparado. (Incluído pela Lei
§ 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso nº 13.964, de 2019)
proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são
insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante)

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I - anistia, graça e indulto; Pena - reclusão, de seis a dez anos.


II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) Art. 214.
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida Pena - reclusão, de seis a dez anos.
inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº
Art. 223.
11.464, de 2007)
Pena - reclusão, de oito a doze anos.
§ 2º (Revogado pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único.
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá
fundamentadamente se o réu poderá apelar em Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos.
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
Art. 267.
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960,
Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste
artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual Art. 270.
período em caso de extrema e comprovada
Pena - reclusão, de dez a quinze anos."
necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007)
Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de
parágrafo:
segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas
impostas a condenados de alta periculosidade, cuja "Art. 159.
permanência em presídios estaduais ponha em risco a
§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-
ordem ou incolumidade pública.
autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação
Art. 4º (Vetado). do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços."
Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista
inciso: no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes
hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de
"Art. 83.
entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar
condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico
à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu
ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o
desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
apenado não for reincidente específico em crimes dessa
natureza." Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados
nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º;
3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223,
213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270;
caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art.
caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a
223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são
seguinte redação:
acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta
"Art. 157. anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das
hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de
reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976,
morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte
multa. redação:
Art. 159. "Art. 35.
Pena - reclusão, de oito a quinze anos. Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo
serão contados em dobro quando se tratar dos crimes
§ 1º
previstos nos arts. 12, 13 e 14."
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
Art. 11. (Vetado).
§ 2º
Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
§ 3º
Brasília, 25 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. da República.
Art. 213.

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FERNANDO COLLOR Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime
Bernardo Cabral não tenha sido cometido em território nacional, sendo a
vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob
Este texto não substitui o publicado no DOU de 26.7.1990
jurisdição brasileira.

Lei nº 9.455/1997 Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho
Define os crimes de tortura e dá outras providências. de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e 109º da
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso República.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 1º Constitui crime de tortura: Nelson A. Jobim
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: Lei nº 11.343/2006
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre
da vítima ou de terceira pessoa;
Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; indevido, atenção e reinserção social de usuários e
dependentes de drogas; estabelece normas para repressão
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas;
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, define crimes e dá outras providências.
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
pessoal ou medida de caráter preventivo.
TÍTULO I
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas
sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental,
Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para
por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
resultante de medida legal.
usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de drogas e define crimes.
detenção de um a quatro anos.
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar
gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se dependência, assim especificados em lei ou relacionados em
resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da
União.
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as
I - se o crime é cometido por agente público;
drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser
de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) autorização legal ou regulamentar, bem como o que
estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre
III - se o crime é cometido mediante seqüestro.
Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou uso estritamente ritualístico-religioso.
emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura
do prazo da pena aplicada.
e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo,
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local
ou anistia. e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a as ressalvas supramencionadas.
hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime
fechado.

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TÍTULO II atividades de prevenção do uso indevido, atenção e


DO SIS TEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE reinserção social de usuários e dependentes de drogas,
DROGAS repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de
drogas;
Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar,
organizar e coordenar as atividades relacionadas com: X - a observância do equilíbrio entre as atividades de
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua
social de usuários e dependentes de drogas;
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito garantir a estabilidade e o bem-estar social;
de drogas.
XI - a observância às orientações e normas emanadas do
§ 1º Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de Conselho Nacional Antidrogas - Conad.
princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos
Art. 5º O Sisnad tem os seguintes objetivos:
que envolvem as políticas, planos, programas, ações e
projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por adesão, os I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a
Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos de
Distrito Federal e Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.840, de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e
2019) outros comportamentos correlacionados;
§ 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de II - promover a construção e a socialização do conhecimento
Saúde - SUS, e com o Sistema Único de Assistência Social - sobre drogas no país;
SUAS. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
III - promover a integração entre as políticas de prevenção
CAPÍTULO I do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS DO SIS TEMA dependentes de drogas e de repressão à sua produção não
NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais
dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal,
Art. 4º São princípios do Sisnad:
Estados e Municípios;
I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana,
IV - assegurar as condições para a coordenação, a integração
especialmente quanto à sua autonomia e à sua liberdade;
e a articulação das atividades de que trata o art. 3º desta Lei.
II - o respeito à diversidade e às especificidades
CAPÍTULO II
populacionais existentes;
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE
III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania DROGAS
do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores de SEÇÃO I
proteção para o uso indevido de drogas e outros DA COMPOSIÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS
comportamentos correlacionados; PÚBLICAS SOBRE DROGAS
IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla Art. 6º (VETADO)
participação social, para o estabelecimento dos
Art. 7º A organização do Sisnad assegura a orientação central
fundamentos e estratégias do Sisnad;
e a execução descentralizada das atividades realizadas em
V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre seu âmbito, nas esferas federal, distrital, estadual e
Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da municipal e se constitui matéria definida no regulamento
participação social nas atividades do Sisnad; desta Lei.
VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores Art. 7º-A. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
correlacionados com o uso indevido de drogas, com a sua
Art. 8º (VETADO)
produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;
SEÇÃO II
VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais
DAS COMPETÊNCIAS
de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social
de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua Art. 8º-A. Compete à União: (Incluído pela Lei nº 13.840, de
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito; 2019)
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos I - formular e coordenar a execução da Política Nacional
Poderes Legislativo e Judiciário visando à cooperação mútua sobre Drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
nas atividades do Sisnad;
II - elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em
IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e a
a interdependência e a natureza complementar das sociedade; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

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III - coordenar o Sisnad; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) drogas, atenção e reinserção social dos usuários ou
dependentes de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
IV - estabelecer diretrizes sobre a organização e
2019)
funcionamento do Sisnad e suas normas de referência;
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) II - viabilizar a ampla participação social na formulação,
implementação e avaliação das políticas sobre drogas;
V - elaborar objetivos, ações estratégicas, metas,
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
prioridades, indicadores e definir formas de financiamento e
gestão das políticas sobre drogas; (Incluído pela Lei nº III - priorizar programas, ações, atividades e projetos
13.840, de 2019) articulados com os estabelecimentos de ensino, com a
sociedade e com a família para a prevenção do uso de
VI – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
VII – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
IV - ampliar as alternativas de inserção social e econômica do
VIII - promover a integração das políticas sobre drogas com usuário ou dependente de drogas, promovendo programas
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela que priorizem a melhoria de sua escolarização e a
Lei nº 13.840, de 2019) qualificação profissional; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
IX - financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a
execução das políticas sobre drogas, observadas as V - promover o acesso do usuário ou dependente de drogas
obrigações dos integrantes do Sisnad; (Incluído pela Lei nº a todos os serviços públicos; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
13.840, de 2019) 2019)
X - estabelecer formas de colaboração com Estados, Distrito VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos
Federal e Municípios para a execução das políticas sobre programas, ações e projetos das políticas sobre drogas;
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
XI - garantir publicidade de dados e informações sobre VII - fomentar a criação de serviço de atendimento telefônico
repasses de recursos para financiamento das políticas sobre com orientações e informações para apoio aos usuários ou
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) dependentes de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
XII - sistematizar e divulgar os dados estatísticos nacionais de
prevenção, tratamento, acolhimento, reinserção social e VIII - articular programas, ações e projetos de incentivo ao
econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas; (Incluído emprego, renda e capacitação para o trabalho, com objetivo
pela Lei nº 13.840, de 2019) de promover a inserção profissional da pessoa que haja
cumprido o plano individual de atendimento nas fases de
XIII - adotar medidas de enfretamento aos crimes
tratamento ou acolhimento; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
transfronteiriços; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
2019)
XIV - estabelecer uma política nacional de controle de
IX - promover formas coletivas de organização para o
fronteiras, visando a coibir o ingresso de drogas no País.
trabalho, redes de economia solidária e o cooperativismo,
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
como forma de promover autonomia ao usuário ou
Art. 8º-B . (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) dependente de drogas egresso de tratamento ou
acolhimento, observando-se as especificidades regionais;
Art. 8º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
CAPÍTULO II-A
X - propor a formulação de políticas públicas que conduzam
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) à efetivação das diretrizes e princípios previstos no art. 22;
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
DA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS
SEÇÃO I XI - articular as instâncias de saúde, assistência social e de
justiça no enfrentamento ao abuso de drogas; e (Incluído
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
pela Lei nº 13.840, de 2019)
DO PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS
XII - promover estudos e avaliação dos resultados das
Art. 8º-D. São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre políticas sobre drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Drogas, dentre outros: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 1º O plano de que trata o caput terá duração de 5 (cinco)
I - promover a interdisciplinaridade e integração dos anos a contar de sua aprovação.
programas, ações, atividades e projetos dos órgãos e
§ 2º O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao
entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação,
conteúdo do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas.
trabalho, assistência social, previdência social, habitação,
cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de

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SEÇÃO II Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à


saúde e da assistência social que atendam usuários ou
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
dependentes de drogas devem comunicar ao órgão
DOS CONSELHOS DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS competente do respectivo sistema municipal de saúde os
casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a
Art. 8º-E. Os conselhos de políticas sobre drogas,
identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da
constituídos por Estados, Distrito Federal e Municípios, terão
União.
os seguintes objetivos: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de repressão ao
I - auxiliar na elaboração de políticas sobre drogas; (Incluído
tráfico ilícito de drogas integrarão sistema de informações
pela Lei nº 13.840, de 2019)
do Poder Executivo.
II - colaborar com os órgãos governamentais no
TÍTULO III
planejamento e na execução das políticas sobre drogas,
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO,
visando à efetividade das políticas sobre drogas; (Incluído
ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E
pela Lei nº 13.840, de 2019)
DEPENDENTES DE DROGAS
III - propor a celebração de instrumentos de cooperação, CAPÍTULO I
visando à elaboração de programas, ações, atividades e DA PREVENÇÃO
projetos voltados à prevenção, tratamento, acolhimento, SEÇÃO I
reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito de (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) DAS DIRETRIZES
IV - promover a realização de estudos, com o objetivo de Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido
subsidiar o planejamento das políticas sobre drogas; de drogas, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para a
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a
promoção e o fortalecimento dos fatores de proteção.
V - propor políticas públicas que permitam a integração e a
participação do usuário ou dependente de drogas no Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de
processo social, econômico, político e cultural no respectivo drogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes:
ente federado; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator
VI - desenvolver outras atividades relacionadas às políticas de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua
sobre drogas em consonância com o Sisnad e com os relação com a comunidade à qual pertence;
respectivos planos. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação
SEÇÃO III científica como forma de orientar as ações dos serviços
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019) públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e
DOS MEMBROS DOS CONSELHOS DE POLÍTICAS SOBRE estigmatização das pessoas e dos serviços que as atendam;
DROGAS
III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade
Art. 8º-F. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) individual em relação ao uso indevido de drogas;
CAPÍTULO III IV - o compartilhamento de responsabilidades e a
(VETADO) colaboração mútua com as instituições do setor privado e
com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e
Art. 9º (VETADO)
dependentes de drogas e respectivos familiares, por meio do
Art. 10. (VETADO) estabelecimento de parcerias;
Art. 11. (VETADO) V - a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e
adequadas às especificidades socioculturais das diversas
Art. 12. (VETADO)
populações, bem como das diferentes drogas utilizadas;
Art. 13. (VETADO)
VI - o reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento do
Art. 14. (VETADO) uso” e da redução de riscos como resultados desejáveis das
atividades de natureza preventiva, quando da definição dos
CAPÍTULO IV
objetivos a serem alcançados;
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
DO ACOMPANHAMENTO E DA AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS VII - o tratamento especial dirigido às parcelas mais
SOBRE DROGAS vulneráveis da população, levando em consideração as suas
necessidades específicas;
Art. 15. (VETADO)
VIII - a articulação entre os serviços e organizações que
atuam em atividades de prevenção do uso indevido de
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drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de CAPÍTULO II


drogas e respectivos familiares; (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO, TRATAMENTO,
IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais,
ACOLHIMENTO E DE REINSERÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA
artísticas, profissionais, entre outras, como forma de
DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS
inclusão social e de melhoria da qualidade de vida;
SEÇÃO I
X - o estabelecimento de políticas de formação continuada (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
na área da prevenção do uso indevido de drogas para DISPOSIÇÕES GERAIS
profissionais de educação nos 3 (três) níveis de ensino;
Art. 20. Constituem atividades de atenção ao usuário e
XI - a implantação de projetos pedagógicos de prevenção do dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito
uso indevido de drogas, nas instituições de ensino público e desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida
privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso de
conhecimentos relacionados a drogas; drogas.
XII - a observância das orientações e normas emanadas do Art. 21. Constituem atividades de reinserção social do
Conad; usuário ou do dependente de drogas e respectivos
familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para
XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle
sua integração ou reintegração em redes sociais.
social de políticas setoriais específicas.
Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção social do
Parágrafo único. As atividades de prevenção do uso indevido
usuário e do dependente de drogas e respectivos familiares
de drogas dirigidas à criança e ao adolescente deverão estar
devem observar os seguintes princípios e diretrizes:
em consonância com as diretrizes emanadas pelo Conselho
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda. I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas,
independentemente de quaisquer condições, observados os
SEÇÃO II
direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional
DA SEMANA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS
de Assistência Social;
Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas
II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e
sobre Drogas, comemorada anualmente, na quarta semana
reinserção social do usuário e do dependente de drogas e
de junho. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
respectivos familiares que considerem as suas
§ 1º No período de que trata o caput , serão intensificadas peculiaridades socioculturais;
as ações de: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
III - definição de projeto terapêutico individualizado,
I - difusão de informações sobre os problemas decorrentes orientado para a inclusão social e para a redução de riscos e
do uso de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) de danos sociais e à saúde;
II - promoção de eventos para o debate público sobre as IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos
políticas sobre drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) respectivos familiares, sempre que possível, de forma
multidisciplinar e por equipes multiprofissionais;
III - difusão de boas práticas de prevenção, tratamento,
acolhimento e reinserção social e econômica de usuários de V - observância das orientações e normas emanadas do
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Conad;
IV - divulgação de iniciativas, ações e campanhas de VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social
prevenção do uso indevido de drogas; (Incluído pela Lei nº de políticas setoriais específicas.
13.840, de 2019)
VII - estímulo à capacitação técnica e profissional; (Incluído
V - mobilização da comunidade para a participação nas ações pela Lei nº 13.840, de 2019)
de prevenção e enfrentamento às drogas; (Incluído pela Lei
VIII - efetivação de políticas de reinserção social voltadas à
nº 13.840, de 2019)
educação continuada e ao trabalho; (Incluído pela Lei nº
VI - mobilização dos sistemas de ensino previstos na Lei nº 13.840, de 2019)
9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases
IX - observância do plano individual de atendimento na
da Educação Nacional , na realização de atividades de
forma do art. 23-B desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
prevenção ao uso de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
2019)
X - orientação adequada ao usuário ou dependente de
drogas quanto às consequências lesivas do uso de drogas,
ainda que ocasional. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

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SEÇÃO II estabelecimento no qual se dará a internação. (Incluído pela


(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019) Lei nº 13.840, de 2019)
DA EDUCAÇÃO NA REINSERÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA
§ 3º São considerados 2 (dois) tipos de internação: (Incluído
Art. 22-A. As pessoas atendidas por órgãos integrantes do pela Lei nº 13.840, de 2019)
Sisnad terão atendimento nos programas de educação
I - internação voluntária: aquela que se dá com o
profissional e tecnológica, educação de jovens e adultos e
consentimento do dependente de drogas; (Incluído pela Lei
alfabetização. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
nº 13.840, de 2019)
SEÇÃO III
II - internação involuntária: aquela que se dá, sem o
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
consentimento do dependente, a pedido de familiar ou do
DO TRABALHO NA REINSERÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA
responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor
Art. 22-B. (VETADO). público da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos
públicos integrantes do Sisnad, com exceção de servidores
SEÇÃO IV
da área de segurança pública, que constate a existência de
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
motivos que justifiquem a medida. (Incluído pela Lei nº
DO TRATAMENTO DO USUÁRIO OU DEPENDENTE DE
13.840, de 2019)
DROGAS
§ 4º A internação voluntária: (Incluído pela Lei nº 13.840, de
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos
2019)
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios desenvolverão
programas de atenção ao usuário e ao dependente de I - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa
drogas, respeitadas as diretrizes do Ministério da Saúde e os solicitante de que optou por este regime de tratamento;
princípios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatória a (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
previsão orçamentária adequada.
II - seu término dar-se-á por determinação do médico
Art. 23-A. O tratamento do usuário ou dependente de responsável ou por solicitação escrita da pessoa que deseja
drogas deverá ser ordenado em uma rede de atenção à interromper o tratamento. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento 2019)
ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas de
§ 5º A internação involuntária: (Incluído pela Lei nº 13.840,
internação em unidades de saúde e hospitais gerais nos
de 2019)
termos de normas dispostas pela União e articuladas com os
serviços de assistência social e em etapas que permitam: I - deve ser realizada após a formalização da decisão por
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) médico responsável; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
I - articular a atenção com ações preventivas que atinjam II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga
toda a população; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) utilizada, o padrão de uso e na hipótese comprovada da
impossibilidade de utilização de outras alternativas
II - orientar-se por protocolos técnicos predefinidos,
terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde; (Incluído
baseados em evidências científicas, oferecendo
pela Lei nº 13.840, de 2019)
atendimento individualizado ao usuário ou dependente de
drogas com abordagem preventiva e, sempre que indicado, III - perdurará apenas pelo tempo necessário à
ambulatorial; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) desintoxicação, no prazo máximo de 90 (noventa) dias,
tendo seu término determinado pelo médico responsável;
III - preparar para a reinserção social e econômica,
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
respeitando as habilidades e projetos individuais por meio
de programas que articulem educação, capacitação para o IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer
trabalho, esporte, cultura e acompanhamento tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento.
individualizado; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
IV - acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e Sisnad, de § 6º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será
forma articulada. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) indicada quando os recursos extra-hospitalares se
mostrarem insuficientes. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
§ 1º Caberá à União dispor sobre os protocolos técnicos de
2019)
tratamento, em âmbito nacional. (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019) § 7º Todas as internações e altas de que trata esta Lei
deverão ser informadas, em, no máximo, de 72 (setenta e
§ 2º A internação de dependentes de drogas somente será
duas) horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a
realizada em unidades de saúde ou hospitais gerais, dotados
outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema
de equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente
informatizado único, na forma do regulamento desta Lei.
autorizada por médico devidamente registrado no Conselho
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o
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§ 8º É garantido o sigilo das informações disponíveis no II - os objetivos declarados pelo atendido; (Incluído pela Lei
sistema referido no § 7º e o acesso será permitido apenas às nº 13.840, de 2019)
pessoas autorizadas a conhecê-las, sob pena de
III - a previsão de suas atividades de integração social ou
responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
capacitação profissional; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
§ 9º É vedada a realização de qualquer modalidade de 2019)
internação nas comunidades terapêuticas acolhedoras.
IV - atividades de integração e apoio à família; (Incluído pela
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Lei nº 13.840, de 2019)
§ 10. O planejamento e a execução do projeto terapêutico
V - formas de participação da família para efetivo
individual deverão observar, no que couber, o previsto na Lei
cumprimento do plano individual; (Incluído pela Lei nº
nº 10.216, de 6 de abril de 2001 , que dispõe sobre a
13.840, de 2019)
proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde VI - designação do projeto terapêutico mais adequado para
mental. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) o cumprimento do previsto no plano; e (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019)
SEÇÃO V
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019) VII - as medidas específicas de atenção à saúde do atendido.
DO PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 23-B . O atendimento ao usuário ou dependente de § 6º O PIA será elaborado no prazo de até 30 (trinta) dias da
drogas na rede de atenção à saúde dependerá de: (Incluído data do ingresso no atendimento. (Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 13.840, de 2019) 13.840, de 2019)
I - avaliação prévia por equipe técnica multidisciplinar e § 7º As informações produzidas na avaliação e as registradas
multissetorial; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) no plano individual de atendimento são consideradas
sigilosas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - elaboração de um Plano Individual de Atendimento - PIA.
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão conceder benefícios às instituições
§ 1º A avaliação prévia da equipe técnica subsidiará a
privadas que desenvolverem programas de reinserção no
elaboração e execução do projeto terapêutico individual a
mercado de trabalho, do usuário e do dependente de drogas
ser adotado, levantando no mínimo: (Incluído pela Lei nº
encaminhados por órgão oficial.
13.840, de 2019)
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos,
I - o tipo de droga e o padrão de seu uso; e (Incluído pela Lei
com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência
nº 13.840, de 2019)
social, que atendam usuários ou dependentes de drogas
II - o risco à saúde física e mental do usuário ou dependente poderão receber recursos do Funad, condicionados à sua
de drogas ou das pessoas com as quais convive. (Incluído disponibilidade orçamentária e financeira.
pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) da prática de infração penal, estiverem cumprindo pena
privativa de liberdade ou submetidos a medida de
§ 3º O PIA deverá contemplar a participação dos familiares
segurança, têm garantidos os serviços de atenção à sua
ou responsáveis, os quais têm o dever de contribuir com o
saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário.
processo, sendo esses, no caso de crianças e adolescentes,
passíveis de responsabilização civil, administrativa e SEÇÃO VI
criminal, nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
- Estatuto da Criança e do Adolescente . (Incluído pela Lei nº DO ACOLHIMENTO EM COMUNIDADE TERAPÊUTICA
13.840, de 2019) ACOLHEDORA
§ 4º O PIA será inicialmente elaborado sob a Art. 26-A. O acolhimento do usuário ou dependente de
responsabilidade da equipe técnica do primeiro projeto drogas na comunidade terapêutica acolhedora caracteriza-
terapêutico que atender o usuário ou dependente de drogas se por: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
e será atualizado ao longo das diversas fases do
I - oferta de projetos terapêuticos ao usuário ou dependente
atendimento. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
de drogas que visam à abstinência; (Incluído pela Lei nº
§ 5º Constarão do plano individual, no mínimo: (Incluído 13.840, de 2019)
pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - adesão e permanência voluntária, formalizadas por
I - os resultados da avaliação multidisciplinar; (Incluído pela escrito, entendida como uma etapa transitória para a
Lei nº 13.840, de 2019) reinserção social e econômica do usuário ou dependente de
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
202
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III - ambiente residencial, propício à formação de vínculos, § 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos
com a convivência entre os pares, atividades práticas de II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo
valor educativo e a promoção do desenvolvimento pessoal, máximo de 10 (dez) meses.
vocacionada para acolhimento ao usuário ou dependente de
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em
drogas em vulnerabilidade social; (Incluído pela Lei nº
programas comunitários, entidades educacionais ou
13.840, de 2019)
assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres,
IV - avaliação médica prévia; (Incluído pela Lei nº 13.840, de públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem,
2019) preferencialmente, da prevenção do consumo ou da
recuperação de usuários e dependentes de drogas.
V - elaboração de plano individual de atendimento na forma
do art. 23-B desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) § 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas
a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que
VI - vedação de isolamento físico do usuário ou dependente
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz
de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
submetê-lo, sucessivamente a:
§ 1º Não são elegíveis para o acolhimento as pessoas com
I - admoestação verbal;
comprometimentos biológicos e psicológicos de natureza
grave que mereçam atenção médico-hospitalar contínua ou II - multa.
de emergência, caso em que deverão ser encaminhadas à
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à
rede de saúde. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento
especializado.
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
inciso II do § 6º do art. 28, o juiz, atendendo à
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa,
em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior
CAPÍTULO III
a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a
DOS CRIMES E DAS PENAS
capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo.
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como
Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da
substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público
multa a que se refere o § 6º do art. 28 serão creditados à
e o defensor.
conta do Fundo Nacional Antidrogas.
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,
execução das penas, observado, no tocante à interrupção do
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação
prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
TÍTULO IV
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO
II - prestação de serviços à comunidade; TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS
CAPÍTULO I
III - medida educativa de comparecimento a programa ou
DISPOSIÇÕES GERAIS
curso educativo.
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu
competente para produzir, extrair, fabricar, transformar,
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar,
destinadas à preparação de pequena quantidade de
reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender,
substância ou produto capaz de causar dependência física ou
comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas
psíquica.
ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo demais exigências legais.
pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente
substância apreendida, ao local e às condições em que se
destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A,
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem
que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de
como à conduta e aos antecedentes do agente.
tudo lavrando auto de levantamento das condições
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as
artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. medidas necessárias para a preservação da prova. (Redação
dada pela Lei nº 12.961, de 2014)

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§ 1º (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e
pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos)
§ 2º (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as
plantação, observar-se-á, além das cautelas necessárias à
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois
proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto nº 2.661,
terços, vedada a conversão em penas restritivas de
de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a
direitos , desde que o agente seja primário, de bons
autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem
Meio Ambiente - Sisnama.
integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de
§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão 2012)
expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer,
Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.
vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir,
CAPÍTULO II guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário,
DOS CRIMES aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à
fabricação, preparação, produção ou transformação de
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir,
drogas, sem autorização ou em desacordo com
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
determinação legal ou regulamentar:
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.
determinação legal ou regulamentar:
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes
de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei:
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de
700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende,
expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, incorre quem se associa para a prática reiterada do crime
sem autorização ou em desacordo com determinação legal definido no art. 36 desta Lei.
ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes
químico destinado à preparação de drogas;
previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei:
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de
de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.
plantas que se constituam em matéria-prima para a
preparação de drogas; Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo,
organização ou associação destinados à prática de qualquer
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou
Lei:
consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de
determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.
drogas.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses
produto químico destinado à preparação de drogas, sem excessivas ou em desacordo com determinação legal ou
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar:
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa.
criminal preexistente.
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de
Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o
droga: (Vide ADI nº 4.274)
agente.
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo
(cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, outrem:
a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
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Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco) vezes o
apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou maior salário-mínimo.
proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de
liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400
crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser
(quatrocentos) dias-multa.
aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda
cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 que aplicadas no máximo.
(seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a
multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de
37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça,
transporte coletivo de passageiros.
indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são de suas penas em restritivas de direitos.
aumentadas de um sexto a dois terços, se:
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo,
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de
apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente
transnacionalidade do delito; específico.
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da
pública ou no desempenho de missão de educação, poder dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito
familiar, guarda ou vigilância; ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou
de determinar-se de acordo com esse entendimento.
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo,
de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem por força pericial, que este apresentava, à época do fato
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste
de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu
social, de unidades militares ou policiais ou em transportes encaminhamento para tratamento médico adequado.
públicos;
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45
emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da
intimidação difusa ou coletiva; omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
entre estes e o Distrito Federal; Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em
avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou
agente para tratamento, realizada por profissional de saúde
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo,
com competência específica na forma da lei, determinará
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e
que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta
determinação;
Lei.
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
CAPÍTULO III
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar DO PROCEDIMENTO PENAL
voluntariamente com a investigação policial e o processo
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes
criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes
definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo,
do crime e na recuperação total ou parcial do produto do
aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de
crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um
Processo Penal e da Lei de Execução Penal.
terço a dois terços.
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com
desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos
preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal,
nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na
a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a
forma dos arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099, de 26 de
personalidade e a conduta social do agente.
setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 Criminais.
desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 desta Lei,
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não
determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um,
se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser
segundo as condições econômicas dos acusados, valor não
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imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961,
falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, de 2014)
lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a
requisições dos exames e perícias necessários.
ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração,
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da
previstas no § 2º deste artigo serão tomadas de imediato apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do
pela autoridade policial, no local em que se encontrar, laudo definitivo. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
vedada a detenção do agente.
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30
§ 4º Concluídos os procedimentos de que trata o § 2º deste (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa)
artigo, o agente será submetido a exame de corpo de delito, dias, quando solto.
se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem
entender conveniente, e em seguida liberado.
ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público,
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 9.099, de mediante pedido justificado da autoridade de polícia
1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais, o judiciária.
Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a
pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na
autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do
proposta.
inquérito ao juízo:
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33,
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato,
caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as
justificando as razões que a levaram à classificação do delito,
circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos
indicando a quantidade e natureza da substância ou do
protetivos de colaboradores e testemunhas previstos na Lei
produto apreendido, o local e as condições em que se
nº 9.807, de 13 de julho de 1999.
desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a
SEÇÃO I conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; ou
DA INVESTIGAÇÃO
II - requererá sua devolução para a realização de diligências
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de necessárias.
polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo
competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual
de diligências complementares:
será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte
e quatro) horas. I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo
resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante
3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento;
e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o
laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e
firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa valores de que seja titular o agente, ou que figurem em seu
idônea. nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo
competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º
e julgamento.
deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração
do laudo definitivo. Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos
crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos
§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz,
previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o
no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal
Ministério Público, os seguintes procedimentos
do laudo de constatação e determinará a destruição das
investigatórios:
drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à
realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de
de 2014) investigação, constituída pelos órgãos especializados
pertinentes;
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado
de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas,
presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em
(Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com
a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a
integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem
destruição das drogas referida no § 3º , sendo lavrado auto
prejuízo da ação penal cabível.
circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se

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Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a Ministério Público e ao defensor do acusado, para
autorização será concedida desde que sejam conhecidos o sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada
itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.
de colaboradores.
Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz
SEÇÃO II indagará das partes se restou algum fato para ser
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o
entender pertinente e relevante.
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de
Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de informação, Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de
dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos
(dez) dias, adotar uma das seguintes providências: para isso lhe sejam conclusos.
I - requerer o arquivamento; Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34
a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem recolher-se à
II - requisitar as diligências que entender necessárias;
prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e reconhecido na sentença condenatória.
requerer as demais provas que entender pertinentes.
CAPÍTULO IV
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENS
do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo DO ACUSADO
de 10 (dez) dias.
Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do
§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e assistente de acusação, ou mediante representação da
exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar autoridade de polícia judiciária, poderá decretar, no curso do
todas as razões de defesa, oferecer documentos e inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas
justificações, especificar as provas que pretende produzir e, assecuratórias nos casos em que haja suspeita de que os
até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas. bens, direitos ou valores sejam produto do crime ou
constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei,
§ 2º As exceções serão processadas em apartado, nos termos
procedendo-se na forma dos arts. 125 e seguintes do
dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro
Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de
de 1941 - Código de Processo Penal.
Processo Penal . (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias,
concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação. § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias. § 3º Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3
de outubro de 1941 - Código de Processo Penal , o juiz
§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de
poderá determinar a prática de atos necessários à
10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso,
conservação dos bens, direitos ou valores. (Redação dada
realização de diligências, exames e perícias.
pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para
§ 4º A ordem de apreensão ou sequestro de bens, direitos
a audiência de instrução e julgamento, ordenará a citação
ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o Ministério
pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do
Público, quando a sua execução imediata puder
assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.
comprometer as investigações. (Redação dada pela Lei nº
§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do 13.840, de 2019)
disposto nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o juiz,
Art. 60-A. Se as medidas assecuratórias de que trata o art. 60
ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento
desta Lei recaírem sobre moeda estrangeira, títulos, valores
cautelar do denunciado de suas atividades, se for funcionário
mobiliários ou cheques emitidos como ordem de
público, comunicando ao órgão respectivo.
pagamento, será determinada, imediatamente, a sua
§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será conversão em moeda nacional. (Incluído pela Lei nº 13.886,
realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao de 2019)
recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização
§ 1º A moeda estrangeira apreendida em espécie deve ser
de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se
encaminhada a instituição financeira, ou equiparada, para
realizará em 90 (noventa) dias.
alienação na forma prevista pelo Conselho Monetário
Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o Nacional. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas,
§ 2º Na hipótese de impossibilidade da alienação a que se
será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do
refere o § 1º deste artigo, a moeda estrangeira será
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custodiada pela instituição financeira até decisão sobre o seu § 9º O Ministério Público deve fiscalizar o cumprimento da
destino. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) regra estipulada no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda estrangeira a
que se refere o § 2º deste artigo, caso seja verificada a § 10. Aplica-se a todos os tipos de bens confiscados a regra
inexistência de valor de mercado, seus espécimes poderão estabelecida no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº
ser destruídos ou doados à representação diplomática do 13.886, de 2019)
país de origem. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos por meio
§ 4º Os valores relativos às apreensões feitas antes da data de hasta pública, preferencialmente por meio eletrônico,
de entrada em vigor da Medida Provisória nº 885, de 17 de assegurada a venda pelo maior lance, por preço não inferior
junho de 2019, e que estejam custodiados nas dependências a 50% (cinquenta por cento) do valor da avaliação
do Banco Central do Brasil devem ser transferidos à Caixa judicial. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Econômica Federal, no prazo de 360 (trezentos e sessenta)
§ 12. O juiz ordenará às secretarias de fazenda e aos órgãos
dias, para que se proceda à alienação ou custódia, de acordo
de registro e controle que efetuem as averbações
com o previsto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
necessárias, tão logo tenha conhecimento da
2019)
apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e
§ 13. Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves,
quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários,
a autoridade de trânsito ou o órgão congênere competente
utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza
para o registro, bem como as secretarias de fazenda, devem
utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei será
proceder à regularização dos bens no prazo de 30 (trinta)
imediatamente comunicada pela autoridade de polícia
dias, ficando o arrematante isento do pagamento de multas,
judiciária responsável pela investigação ao juízo
encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de execução
competente. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
fiscal em relação ao antigo proprietário. (Incluído pela Lei nº
§ 1º O juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da 13.886, de 2019)
comunicação de que trata o caput , determinará a alienação
§ 14. Eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de
dos bens apreendidos, excetuadas as armas, que serão
pagamento não podem ser cobrados do arrematante ou do
recolhidas na forma da legislação específica. (Incluído pela
órgão público alienante como condição para regularização
Lei nº 13.840, de 2019)
dos bens. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 2º A alienação será realizada em autos apartados, dos
§ 15. Na hipótese de que trata o § 13 deste artigo, a
quais constará a exposição sucinta do nexo de
autoridade de trânsito ou o órgão congênere competente
instrumentalidade entre o delito e os bens apreendidos, a
para o registro poderá emitir novos identificadores dos
descrição e especificação dos objetos, as informações sobre
bens. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
quem os tiver sob custódia e o local em que se
encontrem. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de
quaisquer dos bens de que trata o art. 61, os órgãos de
§ 3º O juiz determinará a avaliação dos bens apreendidos,
polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer
que será realizada por oficial de justiça, no prazo de 5 (cinco)
uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de sua
dias a contar da autuação, ou, caso sejam necessários
conservação, mediante autorização judicial, ouvido o
conhecimentos especializados, por avaliador nomeado pelo
Ministério Público e garantida a prévia avaliação dos
juiz, em prazo não superior a 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei
respectivos bens. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
nº 13.840, de 2019)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de
§ 4º Feita a avaliação, o juiz intimará o órgão gestor do
2019)
Funad, o Ministério Público e o interessado para se
manifestarem no prazo de 5 (cinco) dias e, dirimidas § 1º-A. O juízo deve cientificar o órgão gestor do Funad para
eventuais divergências, homologará o valor atribuído aos que, em 10 (dez) dias, avalie a existência do interesse público
bens. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) mencionado no caput deste artigo e indique o órgão que
deve receber o bem. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 1º-B. Têm prioridade, para os fins do § 1º-A deste artigo,
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
os órgãos de segurança pública que participaram das ações
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019) de investigação ou repressão ao crime que deu causa à
medida. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de
2019) § 2º A autorização judicial de uso de bens deverá conter a
descrição do bem e a respectiva avaliação e indicar o órgão

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responsável por sua utilização. (Redação dada pela Lei nº § 3º Na hipótese de decretação do seu perdimento em favor
13.840, de 2019) da União, o valor do depósito será transformado em
pagamento definitivo, respeitados os direitos de eventuais
§ 3º O órgão responsável pela utilização do bem deverá
lesados e de terceiros de boa-fé. (Incluído pela Lei nº 13.886,
enviar ao juiz periodicamente, ou a qualquer momento
de 2019)
quando por este solicitado, informações sobre seu estado de
conservação. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) § 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal, por
decisão judicial, devem ser efetuados como anulação de
§ 4º Quando a autorização judicial recair sobre veículos,
receita do Funad no exercício em que ocorrer a devolução.
embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade ou
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
ao órgão de registro e controle a expedição de certificado
provisório de registro e licenciamento em favor do órgão ao § 5º A Caixa Econômica Federal deve manter o controle dos
qual tenha deferido o uso ou custódia, ficando este livre do valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei nº
pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à 13.886, de 2019)
decisão de utilização do bem até o trânsito em julgado da
Art. 63. Ao proferir a sentença, o juiz decidirá
decisão que decretar o seu perdimento em favor da União.
sobre: (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
(Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
I - o perdimento do produto, bem, direito ou valor
§ 5º Na hipótese de levantamento, se houver indicação de
apreendido ou objeto de medidas assecuratórias; e (Incluído
que os bens utilizados na forma deste artigo sofreram
pela Lei nº 13.840, de 2019)
depreciação superior àquela esperada em razão do
transcurso do tempo e do uso, poderá o interessado II - o levantamento dos valores depositados em conta
requerer nova avaliação judicial. (Redação dada pela Lei nº remunerada e a liberação dos bens utilizados nos termos do
13.840, de 2019) art. 62. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 6º Constatada a depreciação de que trata o § 5º, o ente nad. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
federado ou a entidade que utilizou o bem indenizará o
§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad relação dos
detentor ou proprietário dos bens. (Redação dada pela Lei
bens, direitos e valores declarados perdidos, indicando o
nº 13.840, de 2019)
local em que se encontram e a entidade ou o órgão em cujo
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) poder estejam, para os fins de sua destinação nos termos da
legislação vigente. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de
§ 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
2019)
§ 9º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de
§ 4º Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz
2019)
do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério
§ 11. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de Público, remeterá à Senad relação dos bens, direitos e
2019) valores declarados perdidos em favor da União, indicando,
quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade
Art. 62-A. O depósito, em dinheiro, de valores referentes ao
ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua
produto da alienação ou a numerários apreendidos ou que
destinação nos termos da legislação vigente.
tenham sido convertidos deve ser efetuado na Caixa
Econômica Federal, por meio de documento de arrecadação § 4º-A. Antes de encaminhar os bens ao órgão gestor do
destinado a essa finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.886, de Funad, o juíz deve: (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
2019)
I – ordenar às secretarias de fazenda e aos órgãos de registro
§ 1º Os depósitos a que se refere o caput deste artigo devem e controle que efetuem as averbações necessárias, caso não
ser transferidos, pela Caixa Econômica Federal, para a conta tenham sido realizadas quando da apreensão; e (Incluído
única do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer pela Lei nº 13.886, de 2019)
formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contado
II – determinar, no caso de imóveis, o registro de
do momento da realização do depósito, onde ficarão à
propriedade em favor da União no cartório de registro de
disposição do Funad. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
imóveis competente, nos termos do caput e do parágrafo
§ 2º Na hipótese de absolvição do acusado em decisão único do art. 243 da Constituição Federal, afastada a
judicial, o valor do depósito será devolvido a ele pela Caixa responsabilidade de terceiros prevista no inciso VI
Econômica Federal no prazo de até 3 (três) dias úteis, do caput do art. 134 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de
acrescido de juros, na forma estabelecida pelo § 4º do art. 1966 (Código Tributário Nacional), bem como determinar à
39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995. (Incluído pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da
Lei nº 13.886, de 2019) União a incorporação e entrega do imóvel, tornando-o livre

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e desembaraçado de quaisquer ônus para sua destinação. § 2º O edital do leilão a que se refere o § 1º deste artigo será
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) amplamente divulgado em jornais de grande circulação e em
sítios eletrônicos oficiais, principalmente no Município em
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
que será realizado, dispensada a publicação em diário oficial.
§ 6º Na hipótese do inciso II do caput , decorridos 360 (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
(trezentos e sessenta) dias do trânsito em julgado e do
§ 3º Nas alienações realizadas por meio de sistema
conhecimento da sentença pelo interessado, os bens
eletrônico da administração pública, a publicidade dada pelo
apreendidos, os que tenham sido objeto de medidas
sistema substituirá a publicação em diário oficial e em jornais
assecuratórias ou os valores depositados que não forem
de grande circulação. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
reclamados serão revertidos ao Funad. (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019) § 4º Na alienação de imóveis, o arrematante fica livre do
pagamento de encargos e tributos anteriores, sem prejuízo
Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido
de execução fiscal em relação ao antigo
sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz
proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
determinar a prática de atos necessários à conservação de
bens, direitos ou valores. (Incluído pela Lei nº 13.840, de § 5º Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves
2019) deverão ser observadas as disposições dos §§ 13 e 15 do art.
61 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou parcial dos
bens, direitos e objeto de medidas assecuratórias quando § 6º Aplica-se às alienações de que trata este artigo a
comprovada a licitude de sua origem, mantendo-se a proibição relativa à cobrança de multas, encargos ou tributos
constrição dos bens, direitos e valores necessários e prevista no § 14 do art. 61 desta Lei. (Incluído pela Lei nº
suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de 13.886, de 2019)
prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da
§ 7º A Senad, do Ministério da Justiça e Segurança Pública,
infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
pode celebrar convênios ou instrumentos congêneres com
Art. 63-C. Compete à Senad, do Ministério da Justiça e órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal
Segurança Pública, proceder à destinação dos bens ou dos Municípios, bem como com comunidades
apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo terapêuticas acolhedoras, a fim de dar imediato
perdimento seja decretado em favor da União, por meio das cumprimento ao estabelecido neste artigo. (Incluído pela Lei
seguintes modalidades: (Incluído pela Lei nº 13.886, de nº 13.886, de 2019)
2019)
§ 8º Observados os procedimentos licitatórios previstos em
I – alienação, mediante: (Incluído pela Lei nº 13.886, de lei, fica autorizada a contratação da iniciativa privada para a
2019) execução das ações de avaliação, de administração e de
alienação dos bens a que se refere esta Lei. (Incluído pela Lei
a) licitação; (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
nº 13.886, de 2019)
b) doação com encargo a entidades ou órgãos públicos, bem
Art. 63-D. Compete ao Ministério da Justiça e Segurança
como a comunidades terapêuticas acolhedoras que
Pública regulamentar os procedimentos relativos à
contribuam para o alcance das finalidades do Funad; ou
administração, à preservação e à destinação dos recursos
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
provenientes de delitos e atos ilícitos e estabelecer os
c) venda direta, observado o disposto no inciso II valores abaixo dos quais se deve proceder à sua destruição
do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; ou inutilização. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Art. 63-E. O produto da alienação dos bens apreendidos ou
II – incorporação ao patrimônio de órgão da administração confiscados será revertido integralmente ao Funad, nos
pública, observadas as finalidades do Funad; (Incluído pela termos do parágrafo único do art. 243 da Constituição
Lei nº 13.886, de 2019) Federal, vedada a sub-rogação sobre o valor da arrematação
para saldar eventuais multas, encargos ou tributos
III – destruição; ou (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
pendentes de pagamento. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
IV – inutilização. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) 2019)
§ 1º A alienação por meio de licitação deve ser realizada na Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não
modalidade leilão, para bens móveis e imóveis, prejudica o ajuizamento de execução fiscal em relação aos
independentemente do valor de avaliação, isolado ou global, antigos devedores. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
de bem ou de lotes, assegurada a venda pelo maior lance,
Art. 63-F. Na hipótese de condenação por infrações às quais
por preço não inferior a 50% (cinquenta por cento) do valor
esta Lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de
da avaliação. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou
proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença
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entre o valor do patrimônio do condenado e aquele III - intercâmbio de informações policiais e judiciais sobre
compatível com o seu rendimento lícito. (Incluído pela Lei nº produtores e traficantes de drogas e seus precursores
13.886, de 2019) químicos.
§ 1º A decretação da perda prevista no caput deste artigo TÍTULO V-A
fica condicionada à existência de elementos probatórios que (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
indiquem conduta criminosa habitual, reiterada ou DO FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS
profissional do condenado ou sua vinculação a organização
Art. 65-A . (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
criminosa. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
TÍTULO VI
§ 2º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo,
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
entende-se por patrimônio do condenado todos os bens:
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º
desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista
I – de sua titularidade, ou sobre os quais tenha domínio e
mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias
benefício direto ou indireto, na data da infração penal, ou
entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob
recebidos posteriormente; e (Incluído pela Lei nº 13.886, de
controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio
2019)
de 1998.
II – transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei nº 7.560, de
contraprestação irrisória, a partir do início da atividade
19 de dezembro de 1986, em favor de Estados e do Distrito
criminal. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Federal, dependerá de sua adesão e respeito às diretrizes
§ 3º O condenado poderá demonstrar a inexistência da básicas contidas nos convênios firmados e do fornecimento
incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio. de dados necessários à atualização do sistema previsto no
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) art. 17 desta Lei, pelas respectivas polícias judiciárias.
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar Art. 67-A. Os gestores e entidades que recebam recursos
convênio com os Estados, com o Distrito Federal e com públicos para execução das políticas sobre drogas deverão
organismos orientados para a prevenção do uso indevido de garantir o acesso às suas instalações, à documentação e a
drogas, a atenção e a reinserção social de usuários ou todos os elementos necessários à efetiva fiscalização pelos
dependentes e a atuação na repressão à produção não órgãos competentes. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
liberação de equipamentos e de recursos por ela
Municípios poderão criar estímulos fiscais e outros,
arrecadados, para a implantação e execução de programas
destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na
relacionados à questão das drogas.
prevenção do uso indevido de drogas, atenção e reinserção
TÍTULO V social de usuários e dependentes e na repressão da
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
Art. 65. De conformidade com os princípios da não- Art. 69. No caso de falência ou liquidação extrajudicial de
intervenção em assuntos internos, da igualdade jurídica e do empresas ou estabelecimentos hospitalares, de pesquisa, de
respeito à integridade territorial dos Estados e às leis e aos ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde
regulamentos nacionais em vigor, e observado o espírito das que produzirem, venderem, adquirirem, consumirem,
Convenções das Nações Unidas e outros instrumentos prescreverem ou fornecerem drogas ou de qualquer outro
jurídicos internacionais relacionados à questão das drogas, em que existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao
de que o Brasil é parte, o governo brasileiro prestará, quando juízo perante o qual tramite o feito:
solicitado, cooperação a outros países e organismos
I - determinar, imediatamente à ciência da falência ou
internacionais e, quando necessário, deles solicitará a
liquidação, sejam lacradas suas instalações;
colaboração, nas áreas de:
II - ordenar à autoridade sanitária competente a urgente
I - intercâmbio de informações sobre legislações,
adoção das medidas necessárias ao recebimento e guarda,
experiências, projetos e programas voltados para atividades
em depósito, das drogas arrecadadas;
de prevenção do uso indevido, de atenção e de reinserção
social de usuários e dependentes de drogas; III - dar ciência ao órgão do Ministério Público, para
acompanhar o feito.
II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção e
tráfico de drogas e delitos conexos, em especial o tráfico de § 1º Da licitação para alienação de substâncias ou produtos
armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores não proscritos referidos no inciso II do caput deste artigo, só
químicos; podem participar pessoas jurídicas regularmente habilitadas
na área de saúde ou de pesquisa científica que comprovem
a destinação lícita a ser dada ao produto a ser arrematado.
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§ 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3º deste artigo, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
o produto não arrematado será, ato contínuo à hasta a seguinte Lei:
pública, destruído pela autoridade sanitária, na presença dos
CAPÍTULO I
Conselhos Estaduais sobre Drogas e do Ministério Público.
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 3º Figurando entre o praceado e não arrematadas
especialidades farmacêuticas em condições de emprego Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade,
terapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do cometidos por agente público, servidor ou não, que, no
Ministério da Saúde, que as destinará à rede pública de exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse
saúde. do poder que lhe tenha sido atribuído.

Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos § 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de
arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional, abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a
são da competência da Justiça Federal. finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou
Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que satisfação pessoal.
não sejam sede de vara federal serão processados e julgados
na vara federal da circunscrição respectiva. § 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de
fatos e provas não configura abuso de autoridade.
Art. 71. (VETADO)
CAPÍTULO II
Art. 72. Encerrado o processo criminal ou arquivado o DOS SUJEITOS DO CRIME
inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante representação
da autoridade de polícia judiciária, ou a requerimento do Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade
Ministério Público, determinará a destruição das amostras qualquer agente público, servidor ou não, da administração
guardadas para contraprova, certificando nos direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da
autos. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de
Território, compreendendo, mas não se limitando a:
Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com os
Estados e o com o Distrito Federal, visando à prevenção e I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles
repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e equiparadas;
com os Municípios, com o objetivo de prevenir o uso II - membros do Poder Legislativo;
indevido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social
de usuários e dependentes de drogas. (Redação dada pela III - membros do Poder Executivo;
Lei nº 12.219, de 2010) IV - membros do Poder Judiciário;
Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias V - membros do Ministério Público;
após a sua publicação.
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.
Art. 75. Revogam-se a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de
1976, e a Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de 2002. Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos
desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que
Brasília, 23 de agosto de 2006; 185º da Independência e 118º transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
da República. nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego
Márcio Thomaz Bastos ou função em órgão ou entidade abrangidos
Guido Mantega pelo caput deste artigo.
Jorge Armando Felix CAPÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
Lei nº 13.869/2019 Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal
pública incondicionada. (Promulgação partes vetadas)
Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade; altera a Lei
nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 § 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não
de julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público
Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; e revoga a Lei nº 4.898, aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
de 9 de dezembro de 1965, e dispositivos do Decreto-Lei nº intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA principal.

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§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou
(seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo para no exercício regular de direito.
oferecimento da denúncia.
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO IV DOS CRIMES E DAS PENAS
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS RESTRITIVAS
Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em
DE DIREITOS
manifesta desconformidade com as hipóteses
SEÇÃO I
legais: (Promulgação partes vetadas)
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 4º São efeitos da condenação:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de:
crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na
sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados I - relaxar a prisão manifestamente ilegal;
pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou ou de conceder liberdade provisória, quando
função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; manifestamente cabível;

III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando
manifestamente cabível.’
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III
do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou
reincidência em crime de abuso de autoridade e não são investigado manifestamente descabida ou sem prévia
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na intimação de comparecimento ao juízo:
sentença. Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
SEÇÃO II Art. 11. (VETADO).
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em
Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das flagrante à autoridade judiciária no prazo legal:
privativas de liberdade previstas nesta Lei são:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
públicas;
I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão
II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do
temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a
mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda
decretou;
dos vencimentos e das vantagens;
II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer
III - (VETADO).
pessoa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser por ela indicada;
aplicadas autônoma ou cumulativamente.
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e
CAPÍTULO V quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade,
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das
testemunhas;
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas
independentemente das sanções de natureza civil ou IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de
administrativa cabíveis. prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de
segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura
descreverem falta funcional serão informadas à autoridade
imediatamente após recebido ou de promover a soltura do
competente com vistas à apuração.
preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante
independentes da criminal, não se podendo mais questionar
violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de
sobre a existência ou a autoria do fato quando essas
resistência, a:
questões tenham sido decididas no juízo criminal.
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no
curiosidade pública;
administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer
ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em
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II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
não autorizado em lei;
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o
III - produzir prova contra si mesmo ou contra preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal
terceiro: (Promulgação partes vetadas) e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo
razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem
lado e com ele comunicar-se durante a audiência, salvo no
prejuízo da pena cominada à violência.
curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por
Art. 14. (VETADO). videoconferência.
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, espaço de confinamento:
deva guardar segredo ou resguardar sigilo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue mesma cela, criança ou adolescente na companhia de maior
com o interrogatório: (Promulgação partes vetadas) de idade ou em ambiente inadequado, observado o disposto
na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio;
e do Adolescente).
ou
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente,
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por
ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas
advogado ou defensor público, sem a presença de seu
dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições,
patrono.
sem determinação judicial ou fora das condições
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente estabelecidas em lei:
ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
durante sua detenção ou prisão: (Promulgação partes
vetadas) § 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista
no caput deste artigo, quem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como
franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências;
responsável por interrogatório em sede de procedimento
investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao II - (VETADO);
preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após
função.
as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas).
Art. 17. (VETADO).
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro,
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o ou quando houver fundados indícios que indiquem a
período de repouso noturno, salvo se capturado em necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante
flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir delito ou de desastre.
em prestar declarações:
Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou
de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de
responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a
pleito de preso à autoridade judiciária competente para a
responsabilidade:
apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias
de sua custódia: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a
conduta com o intuito de:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado que,
ciente do impedimento ou da demora, deixa de tomar as I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por
providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente excesso praticado no curso de diligência;
para decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou
autoridade judiciária que o seja.
informações incompletos para desviar o curso da
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e investigação, da diligência ou do processo.
reservada do preso com seu advogado: (Promulgação
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça,
partes vetadas)
funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública

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ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso,
tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo
crime, prejudicando sua apuração: sigilo seja imprescindível: (Promulgação partes vetadas)
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
da pena correspondente à violência.
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação,
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso
investigação ou fiscalização, por meio manifestamente amparo legal:
ilícito:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de cargo ou função pública ou invoca a condição de agente
prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com prévio público para se eximir de obrigação legal ou para obter
conhecimento de sua ilicitude. vantagem ou privilégio indevido.
Art. 26. (VETADO). Art. 34. (VETADO).
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento Art. 35. (VETADO).
investigatório de infração penal ou administrativa, em
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade
desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de
de ativos financeiros em quantia que extrapole
crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa:
exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. dívida da parte e, ante a demonstração, pela parte, da
excessividade da medida, deixar de corrigi-la:
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de
sindicância ou investigação preliminar sumária, Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
devidamente justificada.
Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem de processo de que tenha requerido vista em órgão
relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou
intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem retardar o julgamento:
do investigado ou acusado:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de
judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a
prejudicar interesse de investigado: acusação: (Promulgação partes vetadas)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. (VETADO). CAPÍTULO VII
DO PROCEDIMENTO
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou
administrativa sem justa causa fundamentada ou contra Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos
quem sabe inocente: (Promulgação partes vetadas) previstos nesta Lei, no que couber, as disposições
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de
Processo Penal), e da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, 1995.
procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado:
CAPÍTULO VIII
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. DISPOSIÇÕES FINAIS
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo Art. 40. O art. 2º da Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de
prazo para execução ou conclusão de procedimento, o 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:
estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo
do investigado ou do fiscalizado. “Art.2º

Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado § 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o
acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo período de duração da prisão temporária estabelecido
circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso
procedimento investigatório de infração penal, civil ou deverá ser libertado.
administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias,

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§ 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a Jorge Antonio de Oliveira Francisco


autoridade responsável pela custódia deverá,
André Luiz de Almeida Mendonça
independentemente de nova ordem da autoridade judicial,
pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver
sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da
decretação da prisão preventiva.
NOÇÕES DE DIREITO
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão PROCESSUAL PENAL
no cômputo do prazo de prisão temporária.” (NR)
Art. 41. O art. 10 da Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, Decreto-Lei nº 3.689/1941
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de Código de Processo Penal.
comunicações telefônicas, de informática ou telemática, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que Ihe
promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça, confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte Lei:
sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados
em lei: LIVRO I
DO PROCESSO EM GERAL
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. TÍTULO I
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
judicial que determina a execução de conduta prevista
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território
no caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei.”
brasileiro, por este Código, ressalvados:
(NR)
I - os tratados, as convenções e regras de direito
Art. 42. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
internacional;
Criança e do Adolescente), passa a vigorar acrescida do
seguinte art. 227-A: II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da
República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com
“Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista no inciso I do
os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo
caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade
de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta Lei,
(Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
praticados por servidores públicos com abuso de autoridade,
são condicionados à ocorrência de reincidência. III - os processos da competência da Justiça Militar;
Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da IV - os processos da competência do tribunal especial
função, nesse caso, independerá da pena aplicada na (Constituição, art. 122, no 17);
reincidência.”
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº
Art. 43. A Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, passa a vigorar 130)
acrescida do seguinte art. 7º-B: (Promulgação partes
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos
vetadas)
processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais
‘Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de que os regulam não dispuserem de modo diverso.
advogado previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art.
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem
7º desta Lei:
prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.’” anterior.
Art. 44. Revogam-se a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação
1965, e o § 2º do art. 150 e o art. 350, ambos do Decreto-Lei extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). dos princípios gerais de direito.
Art. 45. Esta Lei entra em vigor após decorridos 120 (cento Juiz das Garantias
e vinte) dias de sua publicação oficial.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Brasília, 5 de setembro de 2019; 198o da Independência e
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória,
131o da República.
vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a
JAIR MESSIAS BOLSONARO substituição da atuação probatória do órgão de acusação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Sérgio Moro
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da
Wagner de Campos Rosário
legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos
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direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e
autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe telefônico; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
especialmente: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
(Vigência)
c) busca e apreensão domiciliar; (Incluído pela Lei nº
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do 13.964, de 2019) (Vigência)
inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal;
d) acesso a informações sigilosas; (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
13.964, de 2019) (Vigência)
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam
legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste
direitos fundamentais do investigado; (Incluído pela Lei nº
Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
13.964, de 2019) (Vigência)
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento
determinar que este seja conduzido à sua presença, a
da denúncia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
qualquer tempo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
(Vigência)
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer
mental; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
investigação criminal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência) XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos
termos do art. 399 deste Código; (Incluído pela Lei nº
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou
13.964, de 2019) (Vigência)
outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste
artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o
direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar,
a todos os elementos informativos e provas produzidos no
bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no
âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne,
primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência
estritamente, às diligências em andamento; (Incluído pela
pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
legislação especial pertinente; (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019) (Vigência) XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para
acompanhar a produção da perícia; (Incluído pela Lei nº
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada
13.964, de 2019) (Vigência)
de provas consideradas urgentes e não repetíveis,
assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não
pública e oral; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) persecução penal ou os de colaboração premiada, quando
(Vigência) formalizados durante a investigação; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o
investigado preso, em vista das razões apresentadas pela XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no
autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vigência)
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando § 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
não houver fundamento razoável para sua instauração ou (Vigência)
prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias
(Vigência)
poderá, mediante representação da autoridade policial e
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a
de polícia sobre o andamento da investigação; (Incluído duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será
imediatamente relaxada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
XI - decidir sobre os requerimentos de: (Incluído pela Lei nº
2019) (Vigência)
13.964, de 2019) (Vigência)
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em
as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo,
sistemas de informática e telemática ou de outras formas de
e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma
comunicação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
do art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
(Vigência)
2019) (Vigência)

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§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória,
serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento. vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) substituição da atuação probatória do órgão de acusação.’
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não ‘Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da
vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos
recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe
máximo de 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de especialmente:
2019) (Vigência)
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal;
juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da
juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não
legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste
serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da
Código;
instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos
às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo
antecipação de provas, que deverão ser remetidos para determinar que este seja conduzido à sua presença, a
apensamento em apartado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de qualquer tempo;
2019) (Vigência)
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos investigação criminal;
acautelados na secretaria do juízo das garantias. (Incluído
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar artigo;
qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar,
deste Código ficará impedido de funcionar no processo.
bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em
juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de legislação especial pertinente;
magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo.
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
de provas consideradas urgentes e não repetíveis,
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência
normas de organização judiciária da União, dos Estados e do pública e oral;
Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o
periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal.
investigado preso, em vista das razões apresentadas pela
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o artigo;
cumprimento das regras para o tratamento dos presos,
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com
não houver fundamento razoável para sua instauração ou
órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa
prosseguimento;
submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil,
administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado
2019) (Vigência) de polícia sobre o andamento da investigação;
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades XI - decidir sobre os requerimentos de:
deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em
pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a
sistemas de informática e telemática ou de outras formas de
identidade do preso serão, de modo padronizado e
comunicação;
respeitada a programação normativa aludida no caput deste
artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e
da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da telefônico;
pessoa submetida à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
c) busca e apreensão domiciliar;
2019) (Vigência)
d) acesso a informações sigilosas;

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e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam ‘Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar
direitos fundamentais do investigado; qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º
deste Código ficará impedido de funcionar no processo.
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do
oferecimento da denúncia; Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um
juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade
magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo.’
mental;
‘Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos
normas de organização judiciária da União, dos Estados e do
termos do art. 399 deste Código;
Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal.’
direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso
‘Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o
a todos os elementos informativos e provas produzidos no
cumprimento das regras para o tratamento dos presos,
âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne,
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com
estritamente, às diligências em andamento;
órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil,
acompanhar a produção da perícia; administrativa e penal.
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades
persecução penal ou os de colaboração premiada, quando deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo
formalizados durante a investigação; pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a
identidade do preso serão, de modo padronizado e
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas
respeitada a programação normativa aludida no caput deste
no caput deste artigo.
artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade
§ 1º (VETADO). da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da
pessoa submetida à prisão.
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias
poderá, mediante representação da autoridade policial e TÍTULO II
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a DO INQUÉRITO POLICIAL
duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades
imediatamente relaxada.’ policiais no território de suas respectivas circunscrições e
terá por fim a apuração das infrações penais e da sua
‘Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de
as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, 9.5.1995)
e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma
do art. 399 deste Código. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não
excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes cometida a mesma função.
serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não iniciado:
vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o
recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a I - de ofício;
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do
máximo de 10 (dez) dias. Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do quem tiver qualidade para representá-lo.
juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse § 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre
juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não que possível:
serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da
instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de b) a individualização do indiciado ou seus sinais
antecipação de provas, que deverão ser remetidos para característicos e as razões de convicção ou de presunção de
apensamento em apartado. ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos de o fazer;
acautelados na secretaria do juízo das garantias.’ c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua
profissão e residência.

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§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o
de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só
existência de infração penal em que caiba ação pública processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste
poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à caso, rubricadas pela autoridade.
autoridade policial, e esta, verificada a procedência das
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se
informações, mandará instaurar inquérito.
o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir
depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de
30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial
somente poderá proceder a inquérito a requerimento de § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido
quem tenha qualidade para intentá-la. apurado e enviará autos ao juiz competente.
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração § 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas
penal, a autoridade policial deverá: que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde
possam ser encontradas.
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem
o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado
criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a
28.3.1994) devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão
realizadas no prazo marcado pelo juiz.
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato,
após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos
pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) que interessarem à prova, acompanharão os autos do
inquérito.
III - colher todas as provas que servirem para o
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou
queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
IV - ouvir o ofendido;
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável,
do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo I - fornecer às autoridades judiciárias as informações
o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que necessárias à instrução e julgamento dos processos;
Ihe tenham ouvido a leitura;
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a Ministério Público;
acareações;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de autoridades judiciárias;
corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
IV - representar acerca da prisão preventiva.
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A,
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha
no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de
de antecedentes;
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
vista individual, familiar e social, sua condição econômica, Adolescente), o membro do Ministério Público ou o
sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados
para a apreciação do seu temperamento e caráter. e informações cadastrais da vítima ou de
suspeitos. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
X - colher informações sobre a existência de filhos,
2016) (Vigência)
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de
dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela 24 (vinte e quatro) horas, conterá: (Incluído pela Lei
Lei nº 13.257, de 2016) nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido I - o nome da autoridade requisitante; (Incluído pela
praticada de determinado modo, a autoridade policial Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde
II - o número do inquérito policial; e (Incluído pela Lei
que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
nº 13.344, de 2016) (Vigência)

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III - a identificação da unidade de polícia judiciária inquéritos policiais militares e demais procedimentos
responsável pela investigação. (Incluído pela Lei nº extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos
13.344, de 2016) (Vigência) relacionados ao uso da força letal praticados no exercício
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos
situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7
crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do
de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá
Ministério Público ou o delegado de polícia poderão
constituir defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
requisitar, mediante autorização judicial, às empresas
(Vigência)
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática
que disponibilizem imediatamente os meios técnicos § 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o
adequados – como sinais, informações e outros – que investigado deverá ser citado da instauração do
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito procedimento investigatório, podendo constituir defensor
em curso. (Incluído pela Lei nº 13.344, de no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do
2016) (Vigência) recebimento da citação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa
posicionamento da estação de cobertura, setorização e § 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com
intensidade de radiofrequência. (Incluído pela Lei nº ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a
13.344, de 2016) (Vigência) autoridade responsável pela investigação deverá intimar a
instituição a que estava vinculado o investigado à época da
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o
ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48
sinal: (Incluído pela Lei nº 13.344, de
(quarenta e oito) horas, indique defensor para a
2016) (Vigência)
representação do investigado. (Incluído pela Lei nº 13.964,
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de de 2019) (Vigência)
qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial,
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº
(Vigência)
13.344, de 2016) (Vigência)
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel
(Vigência)
celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável
por uma única vez, por igual período; (Incluído pela § 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) (Vigência)
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, § 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos
será necessária a apresentação de ordem servidores militares vinculados às instituições dispostas no
judicial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos
2016) (Vigência) investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei
e da Ordem. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial
(Vigência)
deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e
duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado
policial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de curador pela autoridade policial.
2016) (Vigência)
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 devolução do inquérito à autoridade policial, senão para
(doze) horas, a autoridade competente requisitará às novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da
empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou denúncia.
telemática que disponibilizem imediatamente os meios
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar
técnicos adequados – como sinais, informações e outros –
autos de inquérito.
que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do
delito em curso, com imediata comunicação ao Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito
juiz. (Incluído pela Lei nº 13.344, de pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia,
2016) (Vigência) a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se
de outras provas tiver notícia.
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o
indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os
realizada, ou não, a juízo da autoridade. autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente,
onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o
instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal
pedir, mediante traslado.
figurarem como investigados em inquéritos policiais,
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Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da produção antecipada de provas consideradas urgentes e
sociedade. relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe
nº 11.690, de 2008)
forem solicitados, a autoridade policial não poderá
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir
inquérito contra os requerentes. (Redação dada pela sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida
Lei nº 12.681, de 2012) sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº
11.690, de 2008)
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá
sempre de despacho nos autos e somente será permitida Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
quando o interesse da sociedade ou a conveniência da processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em
investigação o exigir. violação a normas constitucionais ou
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de
três dias, será decretada por despacho fundamentado do § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das
Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade
Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser
disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos obtidas por uma fonte independente das
Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
1963) (Redação dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966)
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só,
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da
mais de uma circunscrição policial, a autoridade com investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir
exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690,
procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, de 2008)
independentemente de precatórias ou requisições, e bem
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova
assim providenciará, até que compareça a autoridade
declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão
competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua
judicial, facultado às partes acompanhar o
presença, noutra circunscrição.
incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.690, de
competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de
2008)
Identificação e Estatística, ou repartição congênere,
mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
TÍTULO VII
DA PROVA CAPÍTULO II
CAPÍTULO I DO EXAME DE CORPO DE DELITO, DA CADEIA DE
DISPOSIÇÕES GERAIS CUSTÓDIA E DAS PERÍCIAS EM GERAL
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
da prova produzida em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
cautelares, não repetíveis e não podendo supri-lo a confissão do acusado.
antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame
de 2008) de corpo de delito quando se tratar de crime que
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
serão observadas as restrições estabelecidas na lei I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído
civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa
sendo, porém, facultado ao juiz de com deficiência. (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de
2008) Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de
todos os procedimentos utilizados para manter e
documentar a história cronológica do vestígio coletado em

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locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio,
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do
do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas
nos quais seja detectada a existência de vestígio. (Incluído características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo
produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de
(Vigência)
potencial interesse para a produção da prova pericial fica
responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei nº IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em
13.964, de 2019) (Vigência) condições adequadas, do material a ser processado,
guardado para realização de contraperícia, descartado ou
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou
transportado, com vinculação ao número do laudo
latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
(Vigência)
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio,
do vestígio nas seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº
respeitando a legislação vigente e, quando pertinente,
13.964, de 2019) (Vigência)
mediante autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964,
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de de 2019) (Vigência)
potencial interesse para a produção da prova pericial;
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
preferencialmente por perito oficial, que dará o
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das encaminhamento necessário para a central de custódia,
coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mesmo quando for necessária a realização de exames
mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; complementares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vigência)
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se § 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou
encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua processo devem ser tratados como descrito nesta Lei,
posição na área de exames, podendo ser ilustrada por ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
descrição no laudo pericial produzido pelo perito (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
responsável pelo atendimento; (Incluído pela Lei nº
§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a
13.964, de 2019) (Vigência)
remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada
análise pericial, respeitando suas características e natureza; como fraude processual a sua realização. (Incluído pela Lei
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) nº 13.964, de 2019) (Vigência)
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio
vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de será determinado pela natureza do material. (Incluído pela
acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
para posterior análise, com anotação da data, hora e nome
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres,
de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído
com numeração individualizada, de forma a garantir a
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, (Vigência)
veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar
manutenção de suas características originais, bem como o
suas características, impedir contaminação e vazamento, ter
controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
grau de resistência adequado e espaço para registro de
2019) (Vigência)
informações sobre seu conteúdo. (Incluído pela Lei nº
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do 13.964, de 2019) (Vigência)
vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo,
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai
informações referentes ao número de procedimento e
proceder à análise e, motivadamente, por pessoa
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem,
autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
nome de quem transportou o vestígio, código de
(Vigência)
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§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar § 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem
na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a e fielmente desempenhar o encargo. (Redação
matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior formulação de quesitos e indicação de assistente
do novo recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
(Vigência)
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo
uma central de custódia destinada à guarda e controle dos pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta
vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei nº
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de 11.690, de 2008)
protocolo, com local para conferência, recepção, devolução
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova
de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um
intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas
espaço seguro e apresentar condições ambientais que não
sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez)
interfiram nas características do vestígio. (Incluído pela Lei
dias, podendo apresentar as respostas em laudo
nº 13.964, de 2019) (Vigência)
complementar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio 2008)
deverão ser protocoladas, consignando-se informações
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar
sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.
pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
em audiência. (Incluído pela Lei nº 11.690, de
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio 2008)
armazenado deverão ser identificadas e deverão ser
§ 6o Havendo requerimento das partes, o material
registradas a data e a hora do acesso. (Incluído pela Lei nº
probatório que serviu de base à perícia será
13.964, de 2019) (Vigência)
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para
todas as ações deverão ser registradas, consignando-se a exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua
identificação do responsável pela tramitação, a destinação, conservação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de
a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2008)
2019) (Vigência)
§ 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser uma área de conhecimento especializado, poder-se-á
devolvido à central de custódia, devendo nela permanecer. designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) indicar mais de um assistente técnico. (Incluído pela
Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua
espaço ou condições de armazenar determinado material, Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde
deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as descreverão minuciosamente o que examinarem, e
condições de depósito do referido material em local diverso, responderão aos quesitos formulados. (Redação
mediante requerimento do diretor do órgão central de dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
perícia oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei nº
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo
13.964, de 2019) (Vigência)
máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão casos excepcionais, a requerimento dos
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso peritos. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de
superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 28.3.1994)
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em
(duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso qualquer dia e a qualquer hora.
superior preferencialmente na área específica, dentre as que
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois
tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do
do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de
exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

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morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o § 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela
que declararão no auto. prova testemunhal.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido
simples exame externo do cadáver, quando não houver praticada a infração, a autoridade providenciará
infração penal que apurar, ou quando as lesões externas imediatamente para que não se altere o estado das coisas
permitirem precisar a causa da morte e não houver até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos
necessidade de exame interno para a verificação de alguma com fotografias, desenhos ou esquemas
circunstância relevante. elucidativos. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as
autoridade providenciará para que, em dia e hora alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as
previamente marcados, se realize a diligência, da qual se conseqüências dessas alterações na dinâmica dos
lavrará auto circunstanciado. fatos. (Incluído pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão
particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de material suficiente para a eventualidade de nova perícia.
desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com
indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou
não destinado a inumações, a autoridade procederá às esquemas.
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio
em que forem encontrados, bem como, na medida do de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios,
possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no indicarão com que instrumentos, por que meios e em que
local do crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, época presumem ter sido o fato praticado.
de 28.3.1994)
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no coisas destruídas, deterioradas ou que constituam produto
cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do do crime.
exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos,
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos
devidamente rubricados.
procederão à avaliação por meio dos elementos existentes
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver nos autos e dos que resultarem de diligências.
exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa
de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou
e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver
pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o
do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que
cadáver, com todos os sinais e indicações.
interessarem à elucidação do fato.
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por
autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser
comparação de letra, observar-se-á o seguinte:
úteis para a identificação do cadáver.
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito,
será intimada para o ato, se for encontrada;
por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal
poderá suprir-lhe a falta. II - para a comparação, poderão servir quaisquer
documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame
judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre
pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame
cuja autenticidade não houver dúvida;
complementar por determinação da autoridade policial ou
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o
Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. exame, os documentos que existirem em arquivos ou
estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência,
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o
se daí não puderem ser retirados;
auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou
retificá-lo. IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem
o insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa
§ 2 Se o exame tiver por fim precisar a classificação do
escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa,
delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito
mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita
logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do
por precatória, em que se consignarão as palavras que a
crime.
pessoa será intimada a escrever.
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Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala
empregados para a prática da infração, a fim de se Ihes própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde
verificar a natureza e a eficiência. que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do
Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular
defensor e a publicidade do ato. (Redação dada pela
quesitos até o ato da diligência.
Lei nº 11.900, de 2009)
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada,
far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém, no caso de
de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o
ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser
interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência
feita pelo juiz deprecante.
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária
transcritos na precatória. para atender a uma das seguintes
finalidades: (Redação dada pela Lei nº 11.900, de
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela
2009)
autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao processo
o laudo assinado pelos peritos. I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada
suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de
Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, o escrivão lavrará o
que, por outra razão, possa fugir durante o
auto respectivo, que será assinado pelos peritos e, se
deslocamento; (Incluído pela Lei nº 11.900, de
presente ao exame, também pela autoridade.
2009)
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual,
laudo, que poderá ser datilografado, será subscrito e
quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento
rubricado em suas folhas por todos os peritos.
em juízo, por enfermidade ou outra circunstância
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
consignadas no auto do exame as declarações e respostas de
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou
um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu
da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento
laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo
Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
exame por outros peritos.
IV - responder à gravíssima questão de ordem
Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no
pública. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
caso de omissões, obscuridades ou contradições, a
autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, § 3o Da decisão que determinar a realização de
complementar ou esclarecer o laudo. (Redação interrogatório por videoconferência, as partes serão
dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) intimadas com 10 (dez) dias de antecedência. (Incluído
pela Lei nº 11.900, de 2009)
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que
se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar § 4o Antes do interrogatório por videoconferência, o preso
conveniente. poderá acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a
realização de todos os atos da audiência única de instrução
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-
e julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste
lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Código. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública,
§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz
observar-se-á o disposto no art. 19.
garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica
a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, também garantido o acesso a canais telefônicos reservados
quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e
o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre
CAPÍTULO III
este e o preso. (Incluído pela Lei nº 11.900, de
DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO
2009)
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade § 6o A sala reservada no estabelecimento prisional para a
judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e realização de atos processuais por sistema de
interrogado na presença de seu defensor, constituído ou videoconferência será fiscalizada pelos corregedores e pelo
nomeado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de juiz de cada causa, como também pelo Ministério Público e
1º.12.2003) pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído
pela Lei nº 11.900, de 2009)

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§ 7o Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e
nas hipóteses em que o interrogatório não se realizar na se teve notícia desta; (Incluído pela Lei nº
forma prevista nos §§ 1o e 2o deste 10.792, de 1º.12.2003)
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
IV - as provas já apuradas; (Incluído pela Lei nº
§ 8o Aplica-se o disposto nos §§ 2o, 3o, 4o e 5o deste artigo, 10.792, de 1º.12.2003)
no que couber, à realização de outros atos processuais que
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por
dependam da participação de pessoa que esteja presa, como
inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição
elas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de
de testemunha ou tomada de declarações do
1º.12.2003)
ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a
§ 9o Na hipótese do § 8o deste artigo, fica garantido o
infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e
acompanhamento do ato processual pelo acusado e seu
tenha sido apreendido; (Incluído pela Lei nº
defensor. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
10.792, de 1º.12.2003)
§ 10. Do interrogatório deverá constar a informação sobre a
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
elucidação dos antecedentes e circunstâncias da
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável
infração; (Incluído pela Lei nº 10.792, de
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
1º.12.2003)
presa (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
VIII - se tem algo mais a alegar em sua
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado
defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de
do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo
1º.12.2003)
juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de
permanecer calado e de não responder perguntas que lhe Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das
forem formuladas. (Redação dada pela Lei nº partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando
10.792, de 1º.12.2003) as perguntas correspondentes se o entender pertinente e
relevante. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão,
1º.12.2003)
não poderá ser interpretado em prejuízo da
defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em
1º.12.2003) parte, poderá prestar esclarecimentos e indicar
provas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes:
1º.12.2003)
sobre a pessoa do acusado e sobre os
fatos. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de Art. 190. Se confessar a autoria, será perguntado sobre os
1º.12.2003) motivos e circunstâncias do fato e se outras pessoas
concorreram para a infração, e quais sejam. (Redação
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades
sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados
notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em separadamente. (Redação dada pela Lei nº
caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve 10.792, de 1º.12.2003)
suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta,
Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-
se a cumpriu e outros dados familiares e
mudo será feito pela forma seguinte: (Redação
sociais. (Incluído pela Lei nº 10.792, de
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
1º.12.2003)
I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que
§ 2o Na segunda parte será perguntado
ele responderá oralmente; (Redação dada pela
sobre: (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
I - ser verdadeira a acusação que lhe é
II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente,
feita; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
respondendo-as por escrito; (Redação dada pela
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a
III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por
quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e
escrito e do mesmo modo dará as
se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
respostas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
dela; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
1º.12.2003)

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Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou modifiquem. (Incluído pela Lei nº 11.690, de
escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob 2008)
compromisso, pessoa habilitada a entendê-
§ 3o As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no
lo. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
endereço por ele indicado, admitindo-se, por opção do
1º.12.2003)
ofendido, o uso de meio eletrônico. (Incluído
Art. 193. Quando o interrogando não falar a língua nacional, pela Lei nº 11.690, de 2008)
o interrogatório será feito por meio de
§ 4o Antes do início da audiência e durante a sua realização,
intérprete. (Redação dada pela Lei nº 10.792,
será reservado espaço separado para o
de 1º.12.2003)
ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 195. Se o interrogado não souber escrever, não puder ou
§ 5o Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o
não quiser assinar, tal fato será consignado no
ofendido para atendimento multidisciplinar, especialmente
termo. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a
1º.12.2003)
expensas do ofensor ou do Estado. (Incluído pela Lei
Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo nº 11.690, de 2008)
interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de
§ 6o O juiz tomará as providências necessárias à preservação
qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº
da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido,
10.792, de 1º.12.2003)
podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em
CAPÍTULO IV relação aos dados, depoimentos e outras informações
DA CONFISSÃO constantes dos autos a seu respeito para evitar sua
exposição aos meios de comunicação. (Incluído
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios pela Lei nº 11.690, de 2008)
adotados para os outros elementos de prova, e para a sua
apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas CAPÍTULO VI
do processo, verificando se entre ela e estas existe DAS TESTEMUNHAS
compatibilidade ou concordância.
Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão,
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a
mas poderá constituir elemento para a formação do
promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for
convencimento do juiz.
perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu
Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório, estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
será tomada por termo nos autos, observado o disposto atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes,
no art. 195. ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que
souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo
circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
do livre convencimento do juiz, fundado no exame das
credibilidade.
provas em conjunto.
Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não
CAPÍTULO V
sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito.
DO OFENDIDO
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha,
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) entretanto, breve consulta a apontamentos.
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e Art. 205. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da
perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja testemunha, o juiz procederá à verificação pelos meios ao
ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento
tomando-se por termo as suas declarações. (Redação dada desde logo.
pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação
§ 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o
motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge,
autoridade. (Incluído pela Lei nº 11.690, de ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
2008) adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro
§ 2o O ofendido será comunicado dos atos processuais modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas
relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à circunstâncias.
designação de data para audiência e à sentença e respectivos Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão
acórdãos que a mantenham ou de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar

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segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, Art. 215. Na redação do depoimento, o juiz deverá cingir-se,
quiserem dar o seu testemunho. tanto quanto possível, às expressões usadas pelas
testemunhas, reproduzindo fielmente as suas frases.
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art.
203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 Art. 216. O depoimento da testemunha será reduzido a
(quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206. termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a
testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo, pedirá
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir
a alguém que o faça por ela, depois de lido na presença de
outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
ambos.
§ 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá
pessoas a que as testemunhas se referirem.
causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à
§ 2o Não será computada como testemunha a pessoa que testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a
nada souber que interesse à decisão da causa. verdade do depoimento, fará a inquirição por
videoconferência e, somente na impossibilidade dessa
Art. 210. As testemunhas serão inquiridas cada uma de per
forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na
si, de modo que umas não saibam nem ouçam os
inquirição, com a presença do seu defensor. (Redação
depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das
dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
penas cominadas ao falso testemunho. (Redação dada
pela Lei nº 11.690, de 2008) Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas
previstas no caput deste artigo deverá constar do termo,
Parágrafo único. Antes do início da audiência e durante a sua
assim como os motivos que a determinaram. (Incluído
realização, serão reservados espaços separados para a
pela Lei nº 11.690, de 2008)
garantia da incomunicabilidade das
testemunhas. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar
de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá
Art. 211. Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer
requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou
que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou
determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá
a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade
solicitar o auxílio da força pública.
policial para a instauração de inquérito.
Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa
Parágrafo único. Tendo o depoimento sido prestado em
prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por
plenário de julgamento, o juiz, no caso de proferir decisão na
crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das
audiência (art. 538, § 2o), o tribunal (art. 561), ou o conselho
custas da diligência. (Redação dada pela Lei nº 6.416,
de sentença, após a votação dos quesitos, poderão fazer
de 24.5.1977)
apresentar imediatamente a testemunha à autoridade
policial. Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou
por velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes
onde estiverem.
diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que
puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os
ou importarem na repetição de outra já senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os
respondida. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de governadores de Estados e Territórios, os secretários de
2008) Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os
deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz
membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos
poderá complementar a inquirição. (Incluído pela Lei
Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito
nº 11.690, de 2008)
Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos
Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha manifeste em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o
suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da juiz. (Redação dada pela Lei nº 3.653, de 4.11.1959)
narrativa do fato.
§ 1o O Presidente e o Vice-Presidente da República, os
Art. 214. Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e
contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação
defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de depoimento por escrito, caso em que as perguntas,
de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e a formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão
resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou transmitidas por ofício. (Redação dada pela Lei nº
não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts. 6.416, de 24.5.1977)
207 e 208.

229
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§ 2o Os militares deverão ser requisitados à autoridade I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será
superior. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
24.5.1977)
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será
§ 3o Aos funcionários públicos aplicar-se-á o disposto no art. colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem
218, devendo, porém, a expedição do mandado ser qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o
imediatamente comunicada ao chefe da repartição em que reconhecimento a apontá-la;
servirem, com indicação do dia e da hora
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para
marcados. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra
Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve
será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta
expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo não veja aquela;
razoável, intimadas as partes.
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto
§ 1o A expedição da precatória não suspenderá a instrução pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa
criminal. chamada para proceder ao reconhecimento e por duas
testemunhas presenciais.
§ 2o Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o
julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá
devolvida, será junta aos autos. aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de
julgamento.
§ 3o Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de
testemunha poderá ser realizada por meio de Art. 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com
videoconferência ou outro recurso tecnológico de as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for
transmissão de sons e imagens em tempo real, permitida a aplicável.
presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive,
Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o
durante a realização da audiência de instrução e
reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a
julgamento. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
prova em separado, evitando-se qualquer comunicação
Art. 222-A. As cartas rogatórias só serão expedidas se entre elas.
demonstrada previamente a sua imprescindibilidade,
CAPÍTULO VIII
arcando a parte requerente com os custos de
DA ACAREAÇÃO
envio. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
Parágrafo único. Aplica-se às cartas rogatórias o disposto Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre
nos §§ 1o e 2o do art. 222 deste Código. (Incluído pela acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado
Lei nº 11.900, de 2009) ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas
ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações,
Art. 223. Quando a testemunha não conhecer a língua sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
nacional, será nomeado intérprete para traduzir as
perguntas e respostas. Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para
que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a
Parágrafo único. Tratando-se de mudo, surdo ou surdo- termo o ato de acareação.
mudo, proceder-se-á na conformidade do art. 192.
Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações
Art. 224. As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a
um ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, conhecer os pontos da divergência, consignando-se no auto
pela simples omissão, às penas do não-comparecimento. o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância,
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a
ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que testemunha ausente, transcrevendo-se as declarações desta
ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, e as da testemunha presente, nos pontos em que divergirem,
de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar- bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
lhe antecipadamente o depoimento. a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma
forma estabelecida para a testemunha presente. Esta
CAPÍTULO VII diligência só se realizará quando não importe demora
DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente.
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o
reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte
forma:

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CAPÍTULO IX d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na


DOS DOCUMENTOS prática de crime ou destinados a fim delituoso;

Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à
apresentar documentos em qualquer fase do processo. defesa do réu;

Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos, f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado
instrumentos ou papéis, públicos ou particulares. ou em seu poder, quando haja suspeita de que o
conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação
Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente do fato;
autenticada, se dará o mesmo valor do original.
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas
por meios criminosos, não serão admitidas em juízo. h) colher qualquer elemento de convicção.

Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo § 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada
pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou
ainda que não haja consentimento do signatário. objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo
anterior.
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento
relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa, Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária
providenciará, independentemente de requerimento de não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser
qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possível. precedida da expedição de mandado.

Art. 235. A letra e firma dos documentos particulares serão Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a
submetidas a exame pericial, quando contestada a sua requerimento de qualquer das partes.
autenticidade. Art. 243. O mandado de busca deverá:
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será
prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou
traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa
idônea nomeada pela autoridade. que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
Art. 237. As públicas-formas só terão valor quando II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
conferidas com o original, em presença da autoridade.
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade
Art. 238. Os documentos originais, juntos a processo findo, que o fizer expedir.
quando não exista motivo relevante que justifique a sua
conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e § 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto
ouvido o Ministério Público, ser entregues à parte que os do mandado de busca.
produziu, ficando traslado nos autos. § 2o Não será permitida a apreensão de documento em
CAPÍTULO X poder do defensor do acusado, salvo quando constituir
DOS INDÍCIOS elemento do corpo de delito.

Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso
provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a
indução, concluir-se a existência de outra ou outras pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou
circunstâncias. papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida
for determinada no curso de busca domiciliar.
CAPÍTULO XI
Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia,
DA BUSCA E DA APREENSÃO
salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal. de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o
mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas
o, em seguida, a abrir a porta.
razões a autorizarem, para:
§ 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará
a) prender criminosos;
previamente sua qualidade e o objeto da diligência.
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios
§ 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e
criminosos;
forçada a entrada.
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação
e objetos falsificados ou contrafeitos;

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§ 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de TÍTULO IX


força contra coisas existentes no interior da casa, para o DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE
descobrimento do que se procura. PROVISÓRIA
§ 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando (Redação Dada Pela Lei Nº 12.403, de 2011).
ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a CAPÍTULO I
assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver DISPOSIÇÕES GERAIS
presente.
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título
§ 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, deverão ser aplicadas observando-se a: (Redação dada
o morador será intimado a mostrá-la. pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será I - necessidade para aplicação da lei penal, para a
imediatamente apreendida e posta sob custódia da investigação ou a instrução criminal e, nos casos
autoridade ou de seus agentes. expressamente previstos, para evitar a prática de infrações
penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto
circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas II - adequação da medida à gravidade do crime,
presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o. circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou
acusado. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior,
quando se tiver de proceder a busca em compartimento § 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
habitado ou em aposento ocupado de habitação coletiva ou cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
em compartimento não aberto ao público, onde alguém 2011).
exercer profissão ou atividade.
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a
Art. 247. Não sendo encontrada a pessoa ou coisa requerimento das partes ou, quando no curso da
procurada, os motivos da diligência serão comunicados a investigação criminal, por representação da autoridade
quem tiver sofrido a busca, se o requerer. policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que
não moleste os moradores mais do que o indispensável para § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de
o êxito da diligência. ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida
cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se
Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia
não importar retardamento ou prejuízo da diligência.
do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os
Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão
território de jurisdição alheia, ainda que de outro Estado, ser justificados e fundamentados em decisão que contenha
quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de elementos do caso concreto que justifiquem essa medida
pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à competente excepcional. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a (Vigência)
urgência desta.
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações
§ 1o Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes vão em impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério
seguimento da pessoa ou coisa, quando: Público, de seu assistente ou do querelante, poderá
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em
a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou
último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do
transporte, a seguirem sem interrupção, embora depois a
parágrafo único do art. 312 deste Código. (Redação dada
percam de vista;
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar
informações fidedignas ou circunstâncias indiciárias, que
a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de
está sendo removida ou transportada em determinada
motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se
direção, forem ao seu encalço.
sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela
§ 2o Se as autoridades locais tiverem fundadas razões para Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
duvidar da legitimidade das pessoas que, nas referidas
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando
diligências, entrarem pelos seus distritos, ou da legalidade
não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar,
dos mandados que apresentarem, poderão exigir as provas
observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da
dessa legitimidade, mas de modo que não se frustre a
substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado
diligência.
de forma fundamentada nos elementos presentes do caso

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concreto, de forma individualizada. (Redação dada pela Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional,
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) fora da jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua
prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante
mandado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou § 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por
em virtude de condenação criminal transitada em julgado. qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) motivo da prisão, bem como o valor da fiança se
arbitrada. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se
aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou § 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as
alternativamente cominada pena privativa de precauções necessárias para averiguar a autenticidade da
liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). comunicação. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a § 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção do
qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da
inviolabilidade do domicílio. (Incluído pela Lei nº efetivação da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
12.403, de 2011). 2011).
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato
indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga registro do mandado de prisão em banco de dados mantido
do preso. pelo Conselho Nacional de Justiça para essa
finalidade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o
respectivo mandado. § 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão
determinada no mandado de prisão registrado no Conselho
Parágrafo único. O mandado de prisão:
Nacional de Justiça, ainda que fora da competência
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; territorial do juiz que o expediu. (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome,
alcunha ou sinais característicos; § 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão
decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a
infração; decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro
do mandado na forma do caput deste artigo. (Incluído
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe
pela Lei nº 12.403, de 2011).
execução.
§ 3o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do
Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o
local de cumprimento da medida o qual providenciará a
executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos
certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça
exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência.
e informará ao juízo que a decretou. (Incluído pela Lei
Da entrega deverá o preso passar recibo no outro exemplar;
nº 12.403, de 2011).
se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será
mencionado em declaração, assinada por duas testemunhas. § 4o O preso será informado de seus direitos, nos termos
do inciso LXIII do art. 5o da Constituição Federal e, caso o
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do
autuado não informe o nome de seu advogado, será
mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será
comunicado à Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº
imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o
12.403, de 2011).
mandado, para a realização de audiência de custódia.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a
legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade do
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja
preso, aplica-se o disposto no § 2o do art. 290 deste
exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a
Código. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
quem será entregue cópia assinada pelo executor ou
apresentada a guia expedida pela autoridade competente, § 6o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o
devendo ser passado recibo da entrega do preso, com registro do mandado de prisão a que se refere o caput deste
declaração de dia e hora. artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de
exemplar do mandado, se este for o documento exibido. outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe
a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o

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imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se chefes de Polícia; (Redação dada pela Lei nº 3.181, de
for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção 11.6.1957)
do preso.
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos
réu, quando: Estados;
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
embora depois o tenha perdido de vista;
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados,
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o do Distrito Federal e dos Territórios; (Redação dada
réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
VI - os magistrados;
§ 2o Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores
para duvidar da legitimidade da pessoa do executor ou da
da República;
legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em
custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida. VIII - os ministros de confissão religiosa;
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á IX - os ministros do Tribunal de Contas;
feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do réu, Ihe
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a
apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo.
função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, de incapacidade para o exercício daquela função;
resistência à prisão em flagrante ou à determinada por
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e
autoridade competente, o executor e as pessoas que o
Territórios, ativos e inativos. (Redação dada pela Lei nº
auxiliarem poderão usar dos meios necessários para
5.126, de 20.9.1966)
defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se
lavrará auto subscrito também por duas testemunhas. § 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras
leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres
distinto da prisão comum. (Incluído pela Lei nº 10.258,
grávidas durante os atos médico-hospitalares preparatórios
de 11.7.2001)
para a realização do parto e durante o trabalho de parto,
bem como em mulheres durante o período de puerpério § 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso
imediato. (Redação dada pela Lei nº 13.434, de 2017) especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo
estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 10.258, de
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com
11.7.2001)
segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa,
o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de § 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo,
prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela
convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na concorrência dos fatores de aeração, insolação e
casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o condicionamento térmico adequados à existência
executor, depois da intimação ao morador, se não for humana. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa
§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com
incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas
o preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de
e efetuará a prisão.
11.7.2001)
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu
§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os
oculto em sua casa será levado à presença da autoridade,
mesmos do preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258,
para que se proceda contra ele como for de direito.
de 11.7.2001)
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível,
disposto no artigo anterior, no que for aplicável.
serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à acordo com os respectivos regulamentos.
disposição da autoridade competente, quando sujeitos a
Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela
prisão antes de condenação definitiva:
autoridade judiciária, a autoridade policial poderá expedir
I - os ministros de Estado; tantos outros quantos necessários às diligências, devendo
neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado original.
II - os governadores ou interventores de Estados ou
Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos Art. 298. (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os

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Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua
mandado judicial, por qualquer meio de comunicação, leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº
tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as 11.113, de 2005)
precauções necessárias para averiguar a autenticidade
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá
desta. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
separadas das que já estiverem definitivamente contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos,
condenadas, nos termos da lei de execução indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº
penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 13.257, de 2016)
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer
lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de
da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição prestado o compromisso legal.
das autoridades competentes. (Incluído pela Lei nº
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se
12.403, de 2011).
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
CAPÍTULO II competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à
DA PRISÃO EM FLAGRANTE pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais
e seus agentes deverão prender quem quer que seja § 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da
encontrado em flagrante delito. prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de
prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: de seu advogado, cópia integral para a Defensoria
I - está cometendo a infração penal; Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - acaba de cometê-la; § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante
recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido motivo da prisão, o nome do condutor e os das
ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser testemunhas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
autor da infração; 2011).
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções,
infração. constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente declarações que fizer o preso e os depoimentos das
em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo
preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se
ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, não o for a autoridade que houver presidido o auto.
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do
preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver
o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas mais próximo.
respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em
auto. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005) liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no
conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a
no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
nos atos do inquérito ou processo, se para isso for custódia com a presença do acusado, seu advogado
competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro
o seja. do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, de 2019) (Vigência)
deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403,
testemunhado a apresentação do preso à autoridade. de 2011).
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou
não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será
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II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). (Redação
presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser
cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei nº
motivada e fundamentada em receio de perigo e existência
12.403, de 2011).
concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem
III - conceder liberdade provisória, com ou sem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela Lei nº 13.964,
fiança. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). de 2019) (Vigência)
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida
o agente praticou o fato em qualquer das condições a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela
constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Lei nº 12.403, de 2011).
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado
liberdade máxima superior a 4 (quatro)
liberdade provisória, mediante termo de comparecimento
anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de
revogação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em
13.964, de 2019) (Vigência) sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que
de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada
integra organização criminosa armada ou milícia, ou que
pela Lei nº 12.403, de 2011).
porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a
liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares. III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa
com deficiência, para garantir a execução das medidas
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à
protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº
não realização da audiência de custódia no prazo
12.403, de 2011).
estabelecido no caput deste artigo responderá
administrativa, civil e penalmente pela omissão. (Incluído IV - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando
do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não realização esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la,
de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade
também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a
autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de manutenção da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
imediata decretação de prisão preventiva. (Incluído pela 2011). (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 2019) (Vigência)
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva
CAPÍTULO III com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou
DA PRISÃO PREVENTIVA como decorrência imediata de investigação criminal ou da
apresentação ou recebimento de denúncia. (Incluído
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo
juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será
do assistente, ou por representação da autoridade policial. decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas
nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.
estado de liberdade do imputado. (Redação dada pela Lei (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de
§ 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente
caso de descumprimento de qualquer das obrigações a existência de fatos novos ou contemporâneos que
impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

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§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: 12.403, de 2011).
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
II - extremamente debilitado por motivo de doença
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor
questão decidida; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído
(Vigência)
pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem
IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de
explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
2016)
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer
incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
outra decisão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência) VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do
filho de até 12 (doze) anos de idade
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
pelo julgador; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova
(Vigência) idônea dos requisitos estabelecidos neste
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula,
sem identificar seus fundamentos determinantes nem Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante
demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com
fundamentos; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde
(Vigência) que: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
existência de distinção no caso em julgamento ou a
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou
superação do entendimento. (Incluído pela Lei nº 13.964,
dependente. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
de 2019) (Vigência)
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,
A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação
revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou
concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319
do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista,
deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de CAPÍTULO V
2019) (Vigência) DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua
manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão Art. 319. São medidas cautelares diversas da
fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas
CAPÍTULO IV condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
DA APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA DO ACUSADO
2011).
CAPÍTULO IV
DA PRISÃO DOMICILIAR II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares
(Redação Dada Pela Lei Nº 12.403, de 2011). quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do evitar o risco de novas infrações; (Redação dada pela
indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela Lei nº 12.403, de 2011).
ausentar-se com autorização judicial. (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). III - proibição de manter contato com pessoa determinada
quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela indiciado ou acusado dela permanecer
domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
nº 12.403, de 2011).

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IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida
permanência seja conveniente ou necessária para a ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito)
investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
de 2011).
Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de pela Lei nº 12.403, de 2011).
folga quando o investigado ou acusado tenha residência e
I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº
trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
12.403, de 2011).
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e
de natureza econômica ou financeira quando houver justo
drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes
receio de sua utilização para a prática de infrações
hediondos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
2011).
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou
crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os
militares, contra a ordem constitucional e o Estado
peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art.
Democrático; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
26 do Código Penal) e houver risco de
2011).
reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - (revogado); (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o
comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do V - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
seu andamento ou em caso de resistência injustificada à
Art. 324. Não será, igualmente, concedida
ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança
12.403, de 2011).
anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo,
§ 1o (Revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328
o deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
§ 2 (Revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
2011).
§ 3o (Revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada
o
§ 4 A fiança será aplicada de acordo com as disposições do pela Lei nº 12.403, de 2011).
Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com outras
III - (revogado); (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011). IV - quando presentes os motivos que autorizam a
decretação da prisão preventiva (art. 312). (Redação
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de
fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a
indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo conceder nos seguintes limites: (Redação dada pela Lei
de 24 (vinte e quatro) horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
nº 12.403, de 2011).
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
CAPÍTULO VI 2011).
DA LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação 2011).
da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade c) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares 2011).
previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios
constantes do art. 282 deste Código. (Redação dada pela Lei I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar
nº 12.403, de 2011). de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau
máximo, não for superior a 4 (quatro) anos; (Incluído
I - (revogado) (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder máximo da pena privativa de liberdade cominada for
fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.403,
máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. (Redação de 2011).
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

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§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham
fiança poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de livres de ônus.
2011).
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será recolhido à
I - dispensada, na forma do art. 350 deste repartição arrecadadora federal ou estadual, ou entregue ao
Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). depositário público, juntando-se aos autos os respectivos
conhecimentos.
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços);
ou (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se
puder fazer de pronto, o valor será entregue ao escrivão ou
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Incluído pela Lei nº
pessoa abonada, a critério da autoridade, e dentro de três
12.403, de 2011).
dias dar-se-á ao valor o destino que Ihe assina este artigo, o
§ 2o (Revogado): (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). que tudo constará do termo de fiança.
I - (revogado); (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será competente
para conceder a fiança a autoridade que presidir ao
II - (revogado); (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
respectivo auto, e, em caso de prisão por mandado, o juiz
III - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). que o houver expedido, ou a autoridade judiciária ou policial
a quem tiver sido requisitada a prisão.
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade
terá em consideração a natureza da infração, as condições Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida
pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as independentemente de audiência do Ministério Público,
circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como este terá vista do processo a fim de requerer o que julgar
a importância provável das custas do processo, até final conveniente.
julgamento.
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a transitar em julgado a sentença
comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for condenatória. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e 2011).
para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial a
será havida como quebrada.
concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz
quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito)
permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão
àquela autoridade o lugar onde será encontrado.
ao pagamento das custas, da indenização do dano, da
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de polícia, haverá prestação pecuniária e da multa, se o réu for
um livro especial, com termos de abertura e de condenado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
encerramento, numerado e rubricado em todas as suas 2011).
folhas pela autoridade, destinado especialmente aos termos
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no
de fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e assinado pela
caso da prescrição depois da sentença condenatória (art. 110
autoridade e por quem prestar a fiança, e dele extrair-se-á
do Código Penal). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
certidão para juntar-se aos autos.
2011).
Parágrafo único. O réu e quem prestar a fiança serão pelo
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em
escrivão notificados das obrigações e da sanção previstas
julgado sentença que houver absolvido o acusado ou
nos arts. 327 e 328, o que constará dos autos.
declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir,
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no
depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, parágrafo único do art. 336 deste Código. (Redação
títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
em hipoteca inscrita em primeiro lugar.
Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na
§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais espécie será cassada em qualquer fase do processo.
preciosos será feita imediatamente por perito nomeado pela
Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida
autoridade.
a existência de delito inafiançável, no caso de inovação na
§ 2o Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida classificação do delito.
pública, o valor será determinado pela sua cotação em Bolsa,
Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:

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I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou metais
insuficiente; preciosos, o juiz determinará a venda por leiloeiro ou
corretor.
II - quando houver depreciação material ou perecimento dos
bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando
metais ou pedras preciosas; a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe
liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes
III - quando for inovada a classificação do delito.
dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas
Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será cautelares, se for o caso. (Redação dada pela Lei nº
recolhido à prisão, quando, na conformidade deste artigo, 12.403, de 2011).
não for reforçada.
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o justo, qualquer das obrigações ou medidas impostas, aplicar-
acusado: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). se-á o disposto no § 4o do art. 282 deste
Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de
comparecer, sem motivo justo; (Incluído pela Lei nº LIVRO IV
12.403, de 2011). DA EXECUÇÃO
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao TÍTULO I
andamento do processo; (Incluído pela Lei nº 12.403, DISPOSIÇÕES GERAIS
de 2011). Art. 668. A execução, onde não houver juiz especial,
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente incumbirá ao juiz da sentença, ou, se a decisão for do
com a fiança; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). Tribunal do Júri, ao seu presidente.

IV - resistir injustificadamente a ordem Parágrafo único. Se a decisão for de tribunal superior, nos
judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). casos de sua competência originária, caberá ao respectivo
presidente prover-lhe a execução.
V - praticar nova infração penal dolosa. (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011). Art. 669. Só depois de passar em julgado, será exeqüível a
sentença, salvo:
Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se
declarou quebrada a fiança, esta subsistirá em todos os seus I - quando condenatória, para o efeito de sujeitar o réu a
efeitos prisão, ainda no caso de crime afiançável, enquanto não for
prestada a fiança;
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará
na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir II - quando absolutória, para o fim de imediata soltura do
sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o réu, desde que não proferida em processo por crime a que a
caso, a decretação da prisão preventiva. (Redação lei comine pena de reclusão, no máximo, por tempo igual ou
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). superior a oito anos.

Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da Art. 670. No caso de decisão absolutória confirmada ou
fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o proferida em grau de apelação, incumbirá ao relator fazer
início do cumprimento da pena definitivamente expedir o alvará de soltura, de que dará imediatamente
imposta. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). conhecimento ao juiz de primeira instância.

Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas Art. 671. Os incidentes da execução serão resolvidos pelo
as custas e mais encargos a que o acusado estiver obrigado, respectivo juiz.
será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da Art. 672. Computar-se-á na pena privativa da liberdade o
lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). tempo:
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as I - de prisão preventiva no Brasil ou no estrangeiro;
deduções previstas no art. 345 deste Código, o valor restante
será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da II - de prisão provisória no Brasil ou no estrangeiro;
lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). III - de internação em hospital ou manicômio.
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será Art. 673. Verificado que o réu, pendente a apelação por ele
entregue a quem houver prestado a fiança, depois de interposta, já sofreu prisão por tempo igual ao da pena a que
deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado. foi condenado, o relator do feito mandará pô-lo
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por imediatamente em liberdade, sem prejuízo do julgamento
meio de hipoteca, a execução será promovida no juízo cível do recurso, salvo se, no caso de crime a que a lei comine
pelo órgão do Ministério Público. pena de reclusão, no máximo, por tempo igual ou superior a

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8 anos, o querelante ou o Ministério Público também houver Art. 678. O diretor do estabelecimento, em que o réu tiver
apelado da sentença condenatória. de cumprir a pena, passará recibo da carta de guia para
juntar-se aos autos do processo.
TÍTULO II
DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE Art. 679. As cartas de guia serão registradas em livro
CAPÍTULO I especial, segundo a ordem cronológica do recebimento,
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE fazendo-se no curso da execução as anotações necessárias.

Art. 674. Transitando em julgado a sentença que impuser Art. 680. Computar-se-á no tempo da pena o período em
pena privativa de liberdade, se o réu já estiver preso, ou vier que o condenado, por sentença irrecorrível, permanecer
a ser preso, o juiz ordenará a expedição de carta de guia para preso em estabelecimento diverso do destinado ao
o cumprimento da pena. cumprimento dela.

Parágrafo único. Na hipótese do art. 82, última parte, a Art. 681. Se impostas cumulativamente penas privativas da
expedição da carta de guia será ordenada pelo juiz liberdade, será executada primeiro a de reclusão, depois a
competente para a soma ou unificação das penas. de detenção e por último a de prisão simples.

Art. 675. No caso de ainda não ter sido expedido mandado Art. 682. O sentenciado a que sobrevier doença mental,
de prisão, por tratar-se de infração penal em que o réu se verificada por perícia médica, será internado em manicômio
livra solto ou por estar afiançado, o juiz, ou o presidente da judiciário, ou, à falta, em outro estabelecimento adequado,
câmara ou tribunal, se tiver havido recurso, fará expedir o onde Ihe seja assegurada a custódia.
mandado de prisão, logo que transite em julgado a sentença § 1o Em caso de urgência, o diretor do estabelecimento
condenatória. penal poderá determinar a remoção do sentenciado,
§ 1o No caso de reformada pela superior instância, em grau comunicando imediatamente a providência ao juiz, que, em
de recurso, a sentença absolutória, estando o réu solto, o face da perícia médica, ratificará ou revogará a medida.
presidente da câmara ou do tribunal fará, logo após a sessão § 2o Se a internação se prolongar até o término do prazo
de julgamento, remeter ao chefe de Polícia o mandado de restante da pena e não houver sido imposta medida de
prisão do condenado. segurança detentiva, o indivíduo terá o destino aconselhado
§ 2o Se o réu estiver em prisão especial, deverá, ressalvado pela sua enfermidade, feita a devida comunicação ao juiz de
o disposto na legislação relativa aos militares, ser expedida incapazes.
ordem para sua imediata remoção para prisão comum, até Art. 683. O diretor da prisão a que o réu tiver sido recolhido
que se verifique a expedição de carta de guia para o provisoriamente ou em cumprimento de pena comunicará
cumprimento da pena. imediatamente ao juiz o óbito, a fuga ou a soltura do detido
Art. 676. A carta de guia, extraída pelo escrivão e assinada ou sentenciado para que fique constando dos autos.
pelo juiz, que a rubricará em todas as folhas, será remetida Parágrafo único. A certidão de óbito acompanhará a
ao diretor do estabelecimento em que tenha de ser comunicação.
cumprida a sentença condenatória, e conterá:
Art. 684. A recaptura do réu evadido não depende de prévia
I - o nome do réu e a alcunha por que for conhecido; ordem judicial e poderá ser efetuada por qualquer pessoa.
Il - a sua qualificação civil (naturalidade, filiação, idade, Art. 685. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será
estado, profissão), instrução e, se constar, número do posto, imediatamente, em liberdade, mediante alvará do
registro geral do Instituto de Identificação e Estatística ou de juiz, no qual se ressalvará a hipótese de dever o condenado
repartição congênere; continuar na prisão por outro motivo legal.
III - o teor integral da sentença condenatória e a data da Parágrafo único. Se tiver sido imposta medida de segurança
terminação da pena. detentiva, o condenado será removido para
Parágrafo único. Expedida carta de guia para cumprimento estabelecimento adequado (art. 762).
de uma pena, se o réu estiver cumprindo outra, só depois de CAPÍTULO II
terminada a execução desta será aquela executada. DAS PENAS PECUNIÁRIAS
Retificar-se-á a carta de guia sempre que sobrevenha
modificação quanto ao início da execução ou ao tempo de Art. 686. A pena de multa será paga dentro em 10 dias após
duração da pena. haver transitado em julgado a sentença que a impuser.

Art. 677. Da carta de guia e seus aditamentos se remeterá Parágrafo único. Se interposto recurso da sentença, esse
cópia ao Conselho Penitenciário. prazo será contado do dia em que o juiz ordenar o
cumprimento da decisão da superior instância.
Art. 687. O juiz poderá, desde que o condenado o requeira:

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I - prorrogar o prazo do pagamento da multa até três meses, § 4o As quantias descontadas em folha de pagamento de
se as circunstâncias justificarem essa prorrogação; funcionário federal constituirão renda do selo penitenciário.
II - permitir, nas mesmas circunstâncias, que o pagamento se Art. 689. A multa será convertida, à razão de dez mil-réis por
faça em parcelas mensais, no prazo que fixar, mediante dia, em detenção ou prisão simples, no caso de crime ou de
caução real ou fidejussória, quando contravenção:
necessário. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de
I - se o condenado solvente frustrar o pagamento da multa;
24.5.1977)
II - se não forem pagas pelo condenado solvente as parcelas
§ 1o O requerimento, tanto no caso do no I, como no do no II,
mensais autorizadas sem garantia. (Redação dada
será feito dentro do decêndio concedido para o pagamento
pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
da multa.
§ 1o Se o juiz reconhecer desde logo a existência de causa
§ 2º A permissão para o pagamento em parcelas será
para a conversão, a ela procederá de ofício ou a
revogada, se o juiz verificar que o condenado dela se vale
requerimento do Ministério Público, independentemente de
para fraudar a execução da pena. Nesse caso, a caução
audiência do condenado; caso contrário, depois de ouvir o
resolver-se-á em valor monetário, devolvendo-se ao
condenado, se encontrado no lugar da sede do juízo, poderá
condenado o que exceder à satisfação da multa e das custas
admitir a apresentação de prova pelas partes, inclusive
processuais. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de
testemunhal, no prazo de três dias.
24.5.1977)
§ 2o O juiz, desde que transite em julgado a decisão,
Art. 688. Findo o decêndio ou a prorrogação sem que o
ordenará a expedição de mandado de prisão ou aditamento
condenado efetue o pagamento, ou ocorrendo a hipótese
à carta de guia, conforme esteja o condenado solto ou em
prevista no § 2o do artigo anterior, observar-se-á o seguinte:
cumprimento de pena privativa da liberdade.
I - possuindo o condenado bens sobre os quais possa recair
§ 3o Na hipótese do inciso II deste artigo, a conversão será
a execução, será extraída certidão da sentença
feita pelo valor das parcelas não pagas. (Incluído pela
condenatória, a fim de que o Ministério Público proceda à
Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
cobrança judicial;
Art. 690. O juiz tornará sem efeito a conversão, expedindo
II - sendo o condenado insolvente, far-se-á a cobrança:
alvará de soltura ou cassando a ordem de prisão, se o
a) mediante desconto de quarta parte de sua remuneração condenado, em qualquer tempo:
(arts. 29, § 1o, e 37 do Código Penal), quando cumprir pena
I - pagar a multa;
privativa da liberdade, cumulativamente imposta com a de
multa; II - prestar caução real ou fidejussória que Ihe assegure o
pagamento.
b) mediante desconto em seu vencimento ou salário, se,
cumprida a pena privativa da liberdade, ou concedido o Parágrafo único. No caso do no II, antes de homologada a
livramento condicional, a multa não houver sido resgatada; caução, será ouvido o Ministério Público dentro do prazo de
dois dias.
c) mediante esse desconto, se a multa for a única pena
imposta ou no caso de suspensão condicional da pena. CAPÍTULO III
o DAS PENAS ACESSÓRIAS
§ 1 O desconto, nos casos das letras b e c, será feito
mediante ordem ao empregador, à repartição competente Art. 691. O juiz dará à autoridade administrativa
ou à administração da entidade paraestatal, e, antes de fixá- competente conhecimento da sentença transitada em
lo, o juiz requisitará informações e ordenará diligências, julgado, que impuser ou de que resultar a perda da função
inclusive arbitramento, quando necessário, para observância pública ou a incapacidade temporária para investidura em
do art. 37, § 3o, do Código Penal. função pública ou para exercício de profissão ou atividade.
§ 2o Sob pena de desobediência e sem prejuízo da execução Art. 692. No caso de incapacidade temporária ou
a que ficará sujeito, o empregador será intimado a recolher permanente para o exercício do pátrio poder, da tutela ou
mensalmente, até o dia fixado pelo juiz, a importância da curatela, o juiz providenciará para que sejam acautelados,
correspondente ao desconto, em selo penitenciário, que no juízo competente, a pessoa e os bens do menor ou do
será inutilizado nos autos pelo juiz. interdito.
§ 3o Se o condenado for funcionário estadual ou municipal Art. 693. A incapacidade permanente ou temporária para o
ou empregado de entidade paraestatal, a importância do exercício da autoridade marital ou do pátrio poder será
desconto será, semestralmente, recolhida ao Tesouro averbada no registro civil.
Nacional, delegacia fiscal ou coletoria federal, como receita
do selo penitenciário. Art. 694. As penas acessórias consistentes em interdições de
direitos serão comunicadas ao Instituto de Identificação e

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Estatística ou estabelecimento congênere, figurarão na folha § 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá
de antecedentes do condenado e serão mencionadas no rol sobre o pedido.
de culpados.
Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade,
Art. 695. Iniciada a execução das interdições temporárias indicando também a forma de execução da diligência, que
(art. 72, a e b, do Código Penal), o juiz, de ofício, a não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por
requerimento do Ministério Público ou do condenado, fixará igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do
o seu termo final, completando as providências meio de prova.
determinadas nos artigos anteriores.
Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os
procedimentos de interceptação, dando ciência ao
Lei nº 9.296/1996 Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização.

Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5° da § 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da
Constituição Federal. comunicação interceptada, será determinada a sua
transcrição.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: § 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará
o resultado da interceptação ao juiz, acompanhado de auto
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de circunstanciado, que deverá conter o resumo das operações
qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em realizadas.
instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e
dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, § 3° Recebidos esses elementos, o juiz determinará a
sob segredo de justiça. providência do art. 8° , ciente o Ministério Público.

Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à Art. 7° Para os procedimentos de interceptação de que trata
interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de esta Lei, a autoridade policial poderá requisitar serviços e
informática e telemática. técnicos especializados às concessionárias de serviço
público.
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações
telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de
hipóteses: qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados
aos autos do inquérito policial ou do processo criminal,
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação preservando-se o sigilo das diligências, gravações e
em infração penal; transcrições respectivas.
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; Parágrafo único. A apensação somente poderá ser realizada
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no imediatamente antes do relatório da autoridade, quando se
máximo, com pena de detenção. tratar de inquérito policial (Código de Processo Penal, art.10,
§ 1°) ou na conclusão do processo ao juiz para o despacho
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita decorrente do disposto nos arts. 407, 502 ou 538 do Código
com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com de Processo Penal.
a indicação e qualificação dos investigados, salvo
impossibilidade manifesta, devidamente justificada. Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser
autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade policial
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ou do Ministério Público, a captação ambiental de sinais
ser determinada pelo juiz, de ofício ou a requerimento: eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando: (Incluído
I - da autoridade policial, na investigação criminal; pela Lei nº 13.964, de 2019)

II - do representante do Ministério Público, na investigação I - a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e
criminal e na instrução processual penal. igualmente eficazes; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação telefônica
conterá a demonstração de que a sua realização é necessária II - houver elementos probatórios razoáveis de autoria e
à apuração de infração penal, com indicação dos meios a participação em infrações criminais cujas penas máximas
serem empregados. sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais
conexas. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido
seja formulado verbalmente, desde que estejam presentes § 1º O requerimento deverá descrever
os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que circunstanciadamente o local e a forma de instalação do
a concessão será condicionada à sua redução a termo. dispositivo de captação ambiental. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

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§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Nelson A. Jobim


§ 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15
(quinze) dias, renovável por decisão judicial por iguais Lei nº 12.850/2013
períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de
prova e quando presente atividade criminal permanente, Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação
habitual ou continuada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais
2019) correlatas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras
§ 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as providências.
regras previstas na legislação específica para a interceptação A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
telefônica e telemática. (Incluído pela Lei nº 13.964, de Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
2019)
CAPÍTULO I
Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução
processual ou após esta, em virtude de requerimento do Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre
Ministério Público ou da parte interessada. a investigação criminal, os meios de obtenção da prova,
infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser
Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido
aplicado.
pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do
acusado ou de seu representante legal. § 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4
(quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que
comunicações telefônicas, de informática ou telemática,
informalmente, com objetivo de obter, direta ou
promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça,
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a
sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam
em lei: (Redação dada pela Lei nº 13.869. de 2019)
superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. transnacional.
(Redação dada pela Lei nº 13.869. de 2019)
§ 2º Esta Lei se aplica também:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção
judicial que determina a execução de conduta prevista no
internacional quando, iniciada a execução no País, o
caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei. resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou
(Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) reciprocamente;
Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas
eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para investigação ou
voltadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente
instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for
definidos. (Redação dada pela lei nº 13.260, de 2016)
exigida: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar,
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
criminosa:
§ 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem
interlocutores. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
prejuízo das penas correspondentes às demais infrações
§ 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário público penais praticadas.
que descumprir determinação de sigilo das investigações § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de
que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo
qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal
das gravações enquanto mantido o sigilo judicial. (Incluído
que envolva organização criminosa.
pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da
Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
organização criminosa houver emprego de arma de fogo.
Art. 12. Revogam-se as disposições em contrário.
§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando,
Brasília, 24 de julho de 1996; 175º da Independência e 108º individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que
da República. não pratique pessoalmente atos de execução.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO § 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois
terços):

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I - se há participação de criança ou adolescente; V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas,


nos termos da legislação específica;
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a
organização criminosa dessa condição para a prática de VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos
infração penal; termos da legislação específica;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação,
no todo ou em parte, ao exterior; na forma do art. 11;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais,
organizações criminosas independentes; distritais, estaduais e municipais na busca de provas e
informações de interesse da investigação ou da instrução
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a
criminal.
transnacionalidade da organização.
§ 1º Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre
§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário
a capacidade investigatória, poderá ser dispensada licitação
público integra organização criminosa, poderá o juiz
para contratação de serviços técnicos especializados,
determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou
aquisição ou locação de equipamentos destinados à polícia
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se
judiciária para o rastreamento e obtenção de provas
fizer necessária à investigação ou instrução processual.
previstas nos incisos II e V. (Incluído pela Lei nº
§ 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao 13.097, de 2015)
funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou
§ 2º No caso do § 1º , fica dispensada a publicação de que
mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou
trata o parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666, de 21 de
cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao
junho de 1993, devendo ser comunicado o órgão de controle
cumprimento da pena.
interno da realização da contratação. (Incluído pela
§ 7º Se houver indícios de participação de policial nos crimes Lei nº 13.097, de 2015)
de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará
SEÇÃO I
inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que
DA COLABORAÇÃO PREMIADA
designará membro para acompanhar o feito até a sua
conclusão. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou Art. 3º-A. O acordo de colaboração premiada é negócio
que tenham armas à disposição deverão iniciar o jurídico processual e meio de obtenção de prova, que
cumprimento da pena em estabelecimentos penais de pressupõe utilidade e interesse públicos. (Incluído pela Lei
segurança máxima. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) nº 13.964, de 2019)
§ 9º O condenado expressamente em sentença por integrar Art. 3º-B. O recebimento da proposta para formalização de
organização criminosa ou por crime praticado por meio de acordo de colaboração demarca o início das negociações e
organização criminosa não poderá progredir de regime de constitui também marco de confidencialidade, configurando
cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou violação de sigilo e quebra da confiança e da boa-fé a
outros benefícios prisionais se houver elementos divulgação de tais tratativas iniciais ou de documento que as
probatórios que indiquem a manutenção do vínculo formalize, até o levantamento de sigilo por decisão
associativo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
CAPÍTULO II § 1º A proposta de acordo de colaboração premiada poderá
DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA ser sumariamente indeferida, com a devida justificativa,
cientificando-se o interessado. (Incluído pela Lei nº 13.964,
Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão
de 2019)
permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os
seguintes meios de obtenção da prova: § 2º Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão
firmar Termo de Confidencialidade para prosseguimento das
I - colaboração premiada;
tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos negociação e impedirá o indeferimento posterior sem justa
ou acústicos; causa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - ação controlada; § 3º O recebimento de proposta de colaboração para análise
ou o Termo de Confidencialidade não implica, por si só, a
IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas,
suspensão da investigação, ressalvado acordo em contrário
a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos
quanto à propositura de medidas processuais penais
ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
cautelares e assecuratórias, bem como medidas processuais

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cíveis admitidas pela legislação processual civil em III - a prevenção de infrações penais decorrentes das
vigor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) atividades da organização criminosa;
§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito
precedido de instrução, quando houver necessidade de das infrações penais praticadas pela organização criminosa;
identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade
narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade e
física preservada.
interesse público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em
§ 5º Os termos de recebimento de proposta de colaboração
conta a personalidade do colaborador, a natureza, as
e de confidencialidade serão elaborados pelo celebrante e
circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato
assinados por ele, pelo colaborador e pelo advogado ou
criminoso e a eficácia da colaboração.
defensor público com poderes específicos. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) § 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o
Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de
§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa
polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação
do celebrante, esse não poderá se valer de nenhuma das
do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao
informações ou provas apresentadas pelo colaborador, de
juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda
boa-fé, para qualquer outra finalidade. (Incluído pela Lei nº
que esse benefício não tenha sido previsto na proposta
13.964, de 2019)
inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei
Art. 3º-C. A proposta de colaboração premiada deve estar nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
instruída com procuração do interessado com poderes Penal).
específicos para iniciar o procedimento de colaboração e
§ 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo,
suas tratativas, ou firmada pessoalmente pela parte que
relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6
pretende a colaboração e seu advogado ou defensor
(seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam
público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o
§ 1º Nenhuma tratativa sobre colaboração premiada deve respectivo prazo prescricional.
ser realizada sem a presença de advogado constituído ou
§ 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o
defensor público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a
§ 2º Em caso de eventual conflito de interesses, ou de proposta de acordo de colaboração referir-se a infração de
colaborador hipossuficiente, o celebrante deverá solicitar a cuja existência não tenha prévio conhecimento e o
presença de outro advogado ou a participação de defensor colaborador: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - não for o líder da organização criminosa;
§ 3º No acordo de colaboração premiada, o colaborador
II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos
deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais concorreu e
deste artigo.
que tenham relação direta com os fatos
investigados. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 4º-A. Considera-se existente o conhecimento prévio da
infração quando o Ministério Público ou a autoridade policial
§ 4º Incumbe à defesa instruir a proposta de colaboração e
competente tenha instaurado inquérito ou procedimento
os anexos com os fatos adequadamente descritos, com todas
investigatório para apuração dos fatos apresentados pelo
as suas circunstâncias, indicando as provas e os elementos
colaborador. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
de corroboração. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o
ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de
perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena
regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de
direitos daquele que tenha colaborado efetiva e § 6º O juiz não participará das negociações realizadas entre
voluntariamente com a investigação e com o processo as partes para a formalização do acordo de colaboração, que
criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o
dos seguintes resultados: defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou,
conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da
ou acusado e seu defensor.
organização criminosa e das infrações penais por eles
praticadas; § 7º Realizado o acordo na forma do § 6º deste artigo, serão
remetidos ao juiz, para análise, o respectivo termo, as
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de
declarações do colaborador e cópia da investigação,
tarefas da organização criminosa;
devendo o juiz ouvir sigilosamente o colaborador,
acompanhado de seu defensor, oportunidade em que
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analisará os seguintes aspectos na § 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não
homologação: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) denunciado, o colaborador poderá ser ouvido em juízo a
requerimento das partes ou por iniciativa da autoridade
I - regularidade e legalidade; (Incluído pela Lei nº 13.964,
judicial.
de 2019)
§ 13. O registro das tratativas e dos atos de colaboração
II - adequação dos benefícios pactuados àqueles previstos
deverá ser feito pelos meios ou recursos de gravação
no caput e nos §§ 4º e 5º deste artigo, sendo nulas as
magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive
cláusulas que violem o critério de definição do regime inicial
audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das
de cumprimento de pena do art. 33 do Decreto-Lei nº 2.848,
informações, garantindo-se a disponibilização de cópia do
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), as regras de cada
material ao colaborador. (Redação dada pela Lei nº
um dos regimes previstos no Código Penal e na Lei nº 7.210,
13.964, de 2019)
de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal) e os
requisitos de progressão de regime não abrangidos pelo § 5º § 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador
deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao
silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a
III - adequação dos resultados da colaboração aos resultados
verdade.
mínimos exigidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput deste
artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e
execução da colaboração, o colaborador deverá estar
IV - voluntariedade da manifestação de vontade,
assistido por defensor.
especialmente nos casos em que o colaborador está ou
esteve sob efeito de medidas cautelares. (Incluído pela Lei § 16. Nenhuma das seguintes medidas será decretada ou
nº 13.964, de 2019) proferida com fundamento apenas nas declarações do
colaborador: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 7º-A O juiz ou o tribunal deve proceder à análise
fundamentada do mérito da denúncia, do perdão judicial e I - medidas cautelares reais ou pessoais; (Incluído pela Lei
das primeiras etapas de aplicação da pena, nos termos nº 13.964, de 2019)
do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
II - recebimento de denúncia ou queixa-crime; (Incluído
Penal) e do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Código de Processo Penal), antes de conceder os benefícios
pactuados, exceto quando o acordo prever o não III - sentença condenatória. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
oferecimento da denúncia na forma dos §§ 4º e 4º-A deste 2019)
artigo ou já tiver sido proferida sentença. (Incluído pela
§ 17. O acordo homologado poderá ser rescindido em caso
Lei nº 13.964, de 2019)
de omissão dolosa sobre os fatos objeto da
§ 7º-B. São nulas de pleno direito as previsões de renúncia colaboração. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
ao direito de impugnar a decisão homologatória. (Incluído
§ 18. O acordo de colaboração premiada pressupõe que o
pela Lei nº 13.964, de 2019)
colaborador cesse o envolvimento em conduta ilícita
§ 8º O juiz poderá recusar a homologação da proposta que relacionada ao objeto da colaboração, sob pena de
não atender aos requisitos legais, devolvendo-a às partes rescisão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
para as adequações necessárias. (Redação dada pela Lei nº
Art. 5º São direitos do colaborador:
13.964, de 2019)
I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação
§ 9º Depois de homologado o acordo, o colaborador poderá,
específica;
sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo
membro do Ministério Público ou pelo delegado de polícia II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações
responsável pelas investigações. pessoais preservados;
§ 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais
as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador coautores e partícipes;
não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.
IV - participar das audiências sem contato visual com os
§ 10-A Em todas as fases do processo, deve-se garantir ao outros acusados;
réu delatado a oportunidade de manifestar-se após o
V - não ter sua identidade revelada pelos meios de
decurso do prazo concedido ao réu que o delatou. (Incluído
comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua
pela Lei nº 13.964, de 2019)
prévia autorização por escrito;
§ 11. A sentença apreciará os termos do acordo homologado
VI - cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento
e sua eficácia.
penal diverso dos demais corréus ou
condenados. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

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Art. 6º O termo de acordo da colaboração premiada deverá Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de
ser feito por escrito e conter: fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou
administrativa somente poderá ocorrer com a cooperação
I - o relato da colaboração e seus possíveis resultados;
das autoridades dos países que figurem como provável
II - as condições da proposta do Ministério Público ou do itinerário ou destino do investigado, de modo a reduzir os
delegado de polícia; riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou
proveito do crime.
III - a declaração de aceitação do colaborador e de seu
defensor; SEÇÃO III
IV - as assinaturas do representante do Ministério Público ou DA INFILTRAÇÃO DE AGENTES
do delegado de polícia, do colaborador e de seu defensor; Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de
V - a especificação das medidas de proteção ao colaborador investigação, representada pelo delegado de polícia ou
e à sua família, quando necessário. requerida pelo Ministério Público, após manifestação
técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de
Art. 7º O pedido de homologação do acordo será inquérito policial, será precedida de circunstanciada,
sigilosamente distribuído, contendo apenas informações motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá
que não possam identificar o colaborador e o seu objeto. seus limites.
§ 1º As informações pormenorizadas da colaboração serão § 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o
dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério
decidirá no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. Público.
§ 2º O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério § 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração
Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o penal de que trata o art. 1º e se a prova não puder ser
êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no produzida por outros meios disponíveis.
interesse do representado, amplo acesso aos elementos de
prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa, § 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis)
devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que
os referentes às diligências em andamento. comprovada sua necessidade.

§ 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do § 4º Findo o prazo previsto no § 3º , o relatório


colaborador serão mantidos em sigilo até o recebimento da circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que
denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado imediatamente cientificará o Ministério Público.
decidir por sua publicidade em qualquer § 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia
hipótese. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público
SEÇÃO II poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade
DA AÇÃO CONTROLADA de infiltração.
Art. 10-A. Será admitida a ação de agentes de polícia
Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção
infiltrados virtuais, obedecidos os requisitos do caput do art.
policial ou administrativa relativa à ação praticada por
10, na internet, com o fim de investigar os crimes previstos
organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida
nesta Lei e a eles conexos, praticados por organizações
sob observação e acompanhamento para que a medida legal
criminosas, desde que demonstrada sua necessidade e
se concretize no momento mais eficaz à formação de provas
indicados o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou
e obtenção de informações.
apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou dados de conexão ou cadastrais que permitam a
administrativa será previamente comunicado ao juiz identificação dessas pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.964,
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites de 2019)
e comunicará ao Ministério Público.
§ 1º Para efeitos do disposto nesta Lei, consideram-
§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma se: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
a não conter informações que possam indicar a operação a
I - dados de conexão: informações referentes a hora, data,
ser efetuada.
início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet
§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos (IP) utilizado e terminal de origem da conexão; (Incluído
será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de pela Lei nº 13.964, de 2019)
polícia, como forma de garantir o êxito das investigações.
II - dados cadastrais: informações referentes a nome e
§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto endereço de assinante ou de usuário registrado ou
circunstanciado acerca da ação controlada. autenticado para a conexão a quem endereço de IP,

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identificação de usuário ou código de acesso tenha sido Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados
atribuído no momento da conexão. (Incluído pela Lei nº no caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e
13.964, de 2019) apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito
policial, assegurando-se a preservação da identidade do
§ 2º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o
agente policial infiltrado e a intimidade dos
juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério
envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 11. O requerimento do Ministério Público ou a
§ 3º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração
representação do delegado de polícia para a infiltração de
penal de que trata o art. 1º desta Lei e se as provas não
agentes conterão a demonstração da necessidade da
puderem ser produzidas por outros meios
medida, o alcance das tarefas dos agentes e, quando
disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
possível, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e o
§ 4º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) local da infiltração.
meses, sem prejuízo de eventuais renovações, mediante
Parágrafo único. Os órgãos de registro e cadastro público
ordem judicial fundamentada e desde que o total não exceda
poderão incluir nos bancos de dados próprios, mediante
a 720 (setecentos e vinte) dias e seja comprovada sua
procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as
necessidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
informações necessárias à efetividade da identidade fictícia
§ 5º Findo o prazo previsto no § 4º deste artigo, o relatório criada, nos casos de infiltração de agentes na
circunstanciado, juntamente com todos os atos eletrônicos internet. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
praticados durante a operação, deverão ser registrados,
Art. 12. O pedido de infiltração será sigilosamente
gravados, armazenados e apresentados ao juiz competente,
distribuído, de forma a não conter informações que possam
que imediatamente cientificará o Ministério
indicar a operação a ser efetivada ou identificar o agente que
Público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
será infiltrado.
§ 6º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia
§ 1º As informações quanto à necessidade da operação de
poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público
infiltração serão dirigidas diretamente ao juiz competente,
e o juiz competente poderão requisitar, a qualquer tempo,
que decidirá no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após
relatório da atividade de infiltração. (Incluído pela Lei nº
manifestação do Ministério Público na hipótese de
13.964, de 2019)
representação do delegado de polícia, devendo-se adotar as
§ 7º É nula a prova obtida sem a observância do disposto medidas necessárias para o êxito das investigações e a
neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) segurança do agente infiltrado.
Art. 10-B. As informações da operação de infiltração serão § 2º Os autos contendo as informações da operação de
encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela infiltração acompanharão a denúncia do Ministério Público,
autorização da medida, que zelará por seu sigilo. (Incluído quando serão disponibilizados à defesa, assegurando-se a
pela Lei nº 13.964, de 2019) preservação da identidade do agente.
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso § 3º Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado
aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao sofre risco iminente, a operação será sustada mediante
delegado de polícia responsável pela operação, com o requisição do Ministério Público ou pelo delegado de polícia,
objetivo de garantir o sigilo das investigações. (Incluído dando-se imediata ciência ao Ministério Público e à
pela Lei nº 13.964, de 2019) autoridade judicial.
Art. 10-C. Não comete crime o policial que oculta a sua Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida
identidade para, por meio da internet, colher indícios de proporcionalidade com a finalidade da investigação,
autoria e materialidade dos crimes previstos no art. 1º desta responderá pelos excessos praticados.
Lei. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de prática de crime pelo agente infiltrado no curso da
observar a estrita finalidade da investigação responderá investigação, quando inexigível conduta diversa.
pelos excessos praticados. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
Art. 14. São direitos do agente:
2019)
I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada;
Art. 10-D. Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos
praticados durante a operação deverão ser registrados, II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber,
gravados, armazenados e encaminhados ao juiz e ao o disposto no art. 9º da Lei nº 9.807, de 13 de julho de
Ministério Público, juntamente com relatório 1999, bem como usufruir das medidas de proteção a
circunstanciado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) testemunhas;

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III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e CAPÍTULO III
demais informações pessoais preservadas durante a DISPOSIÇÕES FINAIS
investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão
judicial em contrário; Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais
conexas serão apurados mediante procedimento ordinário
IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou previsto no Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia (Código de Processo Penal), observado o disposto no
autorização por escrito. parágrafo único deste artigo.
SEÇÃO IV Parágrafo único. A instrução criminal deverá ser encerrada
DO ACESSO A REGISTROS, DADOS CADASTRAIS, em prazo razoável, o qual não poderá exceder a 120 (cento
DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES e vinte) dias quando o réu estiver preso, prorrogáveis em até
igual período, por decisão fundamentada, devidamente
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão
motivada pela complexidade da causa ou por fato
acesso, independentemente de autorização judicial, apenas
procrastinatório atribuível ao réu.
aos dados cadastrais do investigado que informem
exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela
endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas autoridade judicial competente, para garantia da celeridade
telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se
e administradoras de cartão de crédito. ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso
aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do
Art. 16. As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo
direito de defesa, devidamente precedido de autorização
de 5 (cinco) anos, acesso direto e permanente do juiz, do
judicial, ressalvados os referentes às diligências em
Ministério Público ou do delegado de polícia aos bancos de
andamento.
dados de reservas e registro de viagens.
Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado,
Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou móvel
seu defensor terá assegurada a prévia vista dos autos, ainda
manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à disposição das
que classificados como sigilosos, no prazo mínimo de 3 (três)
autoridades mencionadas no art. 15, registros de
dias que antecedem ao ato, podendo ser ampliado, a critério
identificação dos números dos terminais de origem e de
da autoridade responsável pela investigação.
destino das ligações telefônicas internacionais, interurbanas
e locais. Art. 24. O art. 288 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a seguinte
SEÇÃO V
redação:
DOS CRIMES OCORRIDOS NA INVESTIGAÇÃO E NA
OBTENÇÃO DA PROVA “ Associação Criminosa

Art. 18. Revelar a identidade, fotografar ou filmar o Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim
colaborador, sem sua prévia autorização por escrito: específico de cometer crimes:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Art. 19. Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a
com a Justiça, a prática de infração penal a pessoa que sabe associação é armada ou se houver a participação de criança
ser inocente, ou revelar informações sobre a estrutura de ou adolescente.” (NR)
organização criminosa que sabe inverídicas: Art. 25. O art. 342 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 20. Descumprir determinação de sigilo das investigações
que envolvam a ação controlada e a infiltração de agentes: “Art. 342.

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.” (NR)

Art. 21. Recusar ou omitir dados cadastrais, registros, Art. 26. Revoga-se a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995.
documentos e informações requisitadas pelo juiz, Ministério Art. 27. Esta Lei entra em vigor após decorridos 45 (quarenta
Público ou delegado de polícia, no curso de investigação ou e cinco) dias de sua publicação oficial.
do processo:
Brasília, 2 de agosto de 2013; 192º da Independência e 125º
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. da República.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, de forma DILMA ROUSSEFF
indevida, se apossa, propala, divulga ou faz uso dos dados
cadastrais de que trata esta Lei. José Eduardo Cardozo

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Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.8.2013 - Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de
Edição extra liberdade, em regime fechado, será submetido a exame
criminológico para a obtenção dos elementos necessários a
Lei nº 7.210/1984 uma adequada classificação e com vistas à individualização
da execução.
Institui a Lei de Execução Penal. Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso ser submetido o condenado ao cumprimento da pena
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: privativa de liberdade em regime semi-aberto.

TÍTULO I Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados


DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL reveladores da personalidade, observando a ética
profissional e tendo sempre presentes peças ou informações
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as do processo, poderá:
disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar
condições para a harmônica integração social do condenado I - entrevistar pessoas;
e do internado. II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados,
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça dados e informações a respeito do condenado;
ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida, no III - realizar outras diligências e exames necessários.
processo de execução, na conformidade desta Lei e do
Código de Processo Penal. Art. 9o-A. (VETADO)

Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso § 1o A identificação do perfil genético será armazenada em
provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser
quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.654,
ordinária. de 2012)

Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados § 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias
todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei. mínimas de proteção de dados genéticos, observando as
melhores práticas da genética forense.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza
racial, social, religiosa ou política. § 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá
requerer ao juiz competente, no caso de inquérito
Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de
comunidade nas atividades de execução da pena e da perfil genético. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
medida de segurança.
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o
TÍTULO II acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis
DO CONDENADO E DO INTERNADO genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de
CAPÍTULO I custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser
DA CLASSIFICAÇÃO contraditado pela defesa.
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus § 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste
antecedentes e personalidade, para orientar a artigo que não tiver sido submetido à identificação do perfil
individualização da execução penal. genético por ocasião do ingresso no estabelecimento
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o
Classificação que elaborará o programa individualizador da cumprimento da pena.
pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou § 5º (VETADO).
preso provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
2003) § 6º (VETADO).

Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em § 7º (VETADO).


cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e § 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em
composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) submeter-se ao procedimento de identificação do perfil
psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, genético.
quando se tratar de condenado à pena privativa de
liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto
ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço
social.

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CAPÍTULO II § 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio


DA ASSISTÊNCIA estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no
SEÇÃO I exercício de suas funções, dentro e fora dos
DISPOSIÇÕES GERAIS estabelecimentos penais. (Incluído pela Lei nº 12.313, de
2010).
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do
Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à § 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local
convivência em sociedade. apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor
Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
§ 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão
Art. 11. A assistência será:
implementados Núcleos Especializados da Defensoria
I - material; Pública para a prestação de assistência jurídica integral e
gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e
II - à saúde;
seus familiares, sem recursos financeiros para constituir
III -jurídica; advogado. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
IV - educacional; SEÇÃO V
DA ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL
V - social;
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução
VI - religiosa.
escolar e a formação profissional do preso e do internado.
SEÇÃO II
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se
DA ASSISTÊNCIA MATERIAL
no sistema escolar da Unidade Federativa.
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com
consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e
formação geral ou educação profissional de nível médio, será
instalações higiênicas.
implantado nos presídios, em obediência ao preceito
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços constitucional de sua universalização. (Incluído pela Lei nº
que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, 13.163, de 2015)
além de locais destinados à venda de produtos e objetos
§ 1o O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á
permitidos e não fornecidos pela Administração.
ao sistema estadual e municipal de ensino e será mantido,
SEÇÃO III administrativa e financeiramente, com o apoio da União, não
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE só com os recursos destinados à educação, mas pelo sistema
estadual de justiça ou administração
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de
penitenciária. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento
médico, farmacêutico e odontológico. § 2o Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às presas
cursos supletivos de educação de jovens e
§ 1º (Vetado).
adultos. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver
§ 3o A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal
aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta
incluirão em seus programas de educação à distância e de
será prestada em outro local, mediante autorização da
utilização de novas tecnologias de ensino, o atendimento aos
direção do estabelecimento.
presos e às presas. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
§ 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher,
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de
principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao
iniciação ou de aperfeiçoamento técnico.
recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino
SEÇÃO IV
profissional adequado à sua condição.
DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos
convênio com entidades públicas ou particulares, que
internados sem recursos financeiros para constituir
instalem escolas ou ofereçam cursos especializados.
advogado.
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de
estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as
assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria
categorias de reclusos, provida de livros instrutivos,
Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais.
recreativos e didáticos.
(Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).

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Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar: (Incluído SEÇÃO VIII


pela Lei nº 13.163, de 2015) DA ASSISTÊNCIA AO EGRESSO
I - o nível de escolaridade dos presos e das presas; (Incluído Art. 25. A assistência ao egresso consiste:
pela Lei nº 13.163, de 2015)
I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em
II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio e liberdade;
o número de presos e presas atendidos; (Incluído pela Lei nº
II - na concessão, se necessário, de alojamento e
13.163, de 2015)
alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de
III - a implementação de cursos profissionais em nível de 2 (dois) meses.
iniciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de presos
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser
e presas atendidos; (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do
IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
acervo; (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
V - outros dados relevantes para o aprimoramento
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da
educacional de presos e presas. (Incluído pela Lei nº 13.163,
saída do estabelecimento;
de 2015)
II - o liberado condicional, durante o período de prova.
SEÇÃO VI
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o
egresso para a obtenção de trabalho.
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o
preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade. CAPÍTULO III
DO TRABALHO
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
SEÇÃO I
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; DISPOSIÇÕES GERAIS
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e
problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e
produtiva.
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das
saídas temporárias; § 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as
precauções relativas à segurança e à higiene.
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis,
a recreação; § 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da
Consolidação das Leis do Trabalho.
V - promover a orientação do assistido, na fase final do
cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante
seu retorno à liberdade; prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos)
do salário mínimo.
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios
da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; § 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá
atender:
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do
preso, do internado e da vítima. a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que
determinados judicialmente e não reparados por outros
SEÇÃO VII
meios;
DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
b) à assistência à família;
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será
prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a c) a pequenas despesas pessoais;
participação nos serviços organizados no estabelecimento
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com
penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa.
a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
cultos religiosos.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta
participar de atividade religiosa. de Poupança, que será entregue ao condenado quando
posto em liberdade.
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à
comunidade não serão remuneradas.

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SEÇÃO II SEÇÃO III


DO TRABALHO INTERNO DO TRABALHO EXTERNO
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em
obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e regime fechado somente em serviço ou obras públicas
capacidade. realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta,
ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é
contra a fuga e em favor da disciplina.
obrigatório e só poderá ser executado no interior do
estabelecimento. § 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez
por cento) do total de empregados na obra.
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em
conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades § 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à
futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas empresa empreiteira a remuneração desse trabalho.
pelo mercado.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato consentimento expresso do preso.
sem expressão econômica, salvo nas regiões de turismo.
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão,
ocupação adequada à sua idade. disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo
de 1/6 (um sexto) da pena.
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão
atividades apropriadas ao seu estado. Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho
externo ao preso que vier a praticar fato definido como
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6
crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento
(seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos
contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.
domingos e feriados.
CAPÍTULO IV
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de
DOS DEVERES, DOS DIREITOS E DA DISCIPLINA
trabalho aos presos designados para os serviços de
SEÇÃO I
conservação e manutenção do estabelecimento penal.
DOS DEVERES
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais
empresa pública, com autonomia administrativa, e terá por
inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de
objetivo a formação profissional do condenado.
execução da pena.
§ 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
promover e supervisionar a produção, com critérios e
métodos empresariais, encarregar-se de sua I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da
comercialização, bem como suportar despesas, inclusive sentença;
pagamento de remuneração adequada. (Renumerado pela
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com
Lei nº 10.792, de 2003)
quem deva relacionar-se;
§ 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão
III - urbanidade e respeito no trato com os demais
celebrar convênio com a iniciativa privada, para implantação
condenados;
de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos
presídios. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos
de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;
Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da
União, Estados, Territórios, Distrito Federal e dos Municípios V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
adquirirão, com dispensa de concorrência pública, os bens
VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
ou produtos do trabalho prisional, sempre que não for
possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares. VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas
vendas reverterão em favor da fundação ou empresa pública realizadas com a sua manutenção, mediante desconto
a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do proporcional da remuneração do trabalho;
estabelecimento penal.
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X - conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que
couber, o disposto neste artigo.

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SEÇÃO II SEÇÃO III


DOS DIREITOS DA DISCIPLINA
SUBSEÇÃO I
Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à
DISPOSIÇÕES GERAIS
integridade física e moral dos condenados e dos presos
provisórios. Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na
obediência às determinações das autoridades e seus agentes
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
e no desempenho do trabalho.
I - alimentação suficiente e vestuário;
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos e o preso
provisório.
III - Previdência Social;
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem
IV - constituição de pecúlio;
expressa e anterior previsão legal ou regulamentar.
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade
trabalho, o descanso e a recreação;
física e moral do condenado.
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais,
§ 2º É vedado o emprego de cela escura.
artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis
com a execução da pena; § 3º São vedadas as sanções coletivas.
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução
social e religiosa; da pena ou da prisão, será cientificado das normas
disciplinares.
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
de liberdade, será exercido pela autoridade administrativa
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos conforme as disposições regulamentares.
em dias determinados;
Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o
XI - chamamento nominal; poder disciplinar será exercido pela autoridade
administrativa a que estiver sujeito o condenado.
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da
individualização da pena; Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade
representará ao Juiz da execução para os fins dos artigos
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei.
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em
SUBSEÇÃO II
defesa de direito;
DAS FALTAS DISCIPLINARES
XV - contato com o mundo exterior por meio de
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves,
correspondência escrita, da leitura e de outros meios de
médias e graves. A legislação local especificará as leves e
informação que não comprometam a moral e os bons
médias, bem assim as respectivas sanções.
costumes.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob
correspondente à falta consumada.
pena da responsabilidade da autoridade judiciária
competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003) Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de
liberdade que:
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV
poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem
motivado do diretor do estabelecimento. ou a disciplina;
Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à II - fugir;
medida de segurança, no que couber, o disposto nesta
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a
Seção.
integridade física de outrem;
Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de
IV - provocar acidente de trabalho;
confiança pessoal do internado ou do submetido a
tratamento ambulatorial, por seus familiares ou V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o artigo 39, desta Lei.
particular serão resolvidas pelo Juiz da execução.

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VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho associação criminosa ou milícia privada,
telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação independentemente da prática de falta grave.
com outros presos ou com o ambiente externo. (Incluído
§ 2º (Revogado).
pela Lei nº 11.466, de 2007)
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação
organização criminosa, associação criminosa ou milícia
do perfil genético.
privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será
couber, ao preso provisório. obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional
federal.
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de
direitos que: § 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime
disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da indícios de que o preso:
obrigação imposta;
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do segurança do estabelecimento penal de origem ou da
artigo 39, desta Lei. sociedade;
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso II - mantém os vínculos com organização criminosa,
constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da associação criminosa ou milícia privada, considerados
ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou também o perfil criminal e a função desempenhada por ele
condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a
penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes superveniência de novos processos criminais e os resultados
características: do tratamento penitenciário.
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de § 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime
repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie; disciplinar diferenciado deverá contar com alta segurança
interna e externa, principalmente no que diz respeito à
II - recolhimento em cela individual;
necessidade de se evitar contato do preso com membros de
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia
realizadas em instalações equipadas para impedir o contato privada, ou de grupos rivais.
físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo
caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de
será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com
2 (duas) horas;
autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário.
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar
para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde
diferenciado, o preso que não receber a visita de que trata o
que não haja contato com presos do mesmo grupo
inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio
criminoso;
agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez)
defensor, em instalações equipadas para impedir o contato minutos.
físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização
SUBSEÇÃO III
judicial em contrário;
DAS SANÇÕES E DAS RECOMPENSAS
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência;
Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente
I - advertência verbal;
por videoconferência, garantindo-se a participação do
defensor no mesmo ambiente do preso. II - repreensão;
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo
aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou único);
estrangeiros:
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimentos que possuam alojamento coletivo,
estabelecimento penal ou da sociedade; observado o disposto no artigo 88 desta Lei.
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. (Incluído pela
ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, Lei nº 10.792, de 2003)

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Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão
por ato motivado do diretor do estabelecimento e a do inciso preventiva no regime disciplinar diferenciado será
V, por prévio e fundamentado despacho do juiz computado no período de cumprimento da sanção
competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em regime TÍTULO III
disciplinar dependerá de requerimento circunstanciado DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL
elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra CAPÍTULO I
autoridade administrativa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de DISPOSIÇÕES GERAIS
2003)
Art. 61. São órgãos da execução penal:
§ 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime
I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
disciplinar será precedida de manifestação do Ministério
Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze II - o Juízo da Execução;
dias. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
III - o Ministério Público;
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom
IV - o Conselho Penitenciário;
comportamento reconhecido em favor do condenado, de
sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao V - os Departamentos Penitenciários;
trabalho.
VI - o Patronato;
Art. 56. São recompensas:
VII - o Conselho da Comunidade.
I - o elogio;
VIII - a Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº 12.313, de
II - a concessão de regalias. 2010).
Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos CAPÍTULO II
estabelecerão a natureza e a forma de concessão de regalias. DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E
PENITENCIÁRIA
SUBSEÇÃO IV
DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária, com sede na Capital da República, é
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão
subordinado ao Ministério da Justiça.
em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as
conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e
tempo de prisão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) Penitenciária será integrado por 13 (treze) membros
designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções
professores e profissionais da área do Direito Penal,
previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. (Redação
Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem
dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
como por representantes da comunidade e dos Ministérios
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos da área social.
não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá
regime disciplinar diferenciado. (Redação dada pela Lei nº
duração de 2 (dois) anos, renovado 1/3 (um terço) em cada
10.792, de 2003)
ano.
Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e
Juiz da execução.
Penitenciária, no exercício de suas atividades, em âmbito
SUBSEÇÃO V federal ou estadual, incumbe:
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
I - propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o do delito, administração da Justiça Criminal e execução das
procedimento para sua apuração, conforme regulamento, penas e das medidas de segurança;
assegurado o direito de defesa.
II - contribuir na elaboração de planos nacionais de
Parágrafo único. A decisão será motivada. desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da
política criminal e penitenciária;
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o
isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. III - promover a avaliação periódica do sistema criminal para
A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no a sua adequação às necessidades do País;
interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá
IV - estimular e promover a pesquisa criminológica;
de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº
10.792, de 2003)

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V - elaborar programa nacional penitenciário de formação e f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;


aperfeiçoamento do servidor;
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra
VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de comarca;
estabelecimentos penais e casas de albergados;
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do
VII - estabelecer os critérios para a elaboração da estatística artigo 86, desta Lei.
criminal;
i) (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais,
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de
bem assim informar-se, mediante relatórios do Conselho
segurança;
Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do
desenvolvimento da execução penal nos Estados, Territórios VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais,
e Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida tomando providências para o adequado funcionamento e
as medidas necessárias ao seu aprimoramento; promovendo, quando for o caso, a apuração de
responsabilidade;
IX - representar ao Juiz da execução ou à autoridade
administrativa para instauração de sindicância ou VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal
procedimento administrativo, em caso de violação das que estiver funcionando em condições inadequadas ou com
normas referentes à execução penal; infringência aos dispositivos desta Lei;
X - representar à autoridade competente para a interdição, IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade.
no todo ou em parte, de estabelecimento penal.
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. (Incluído
CAPÍTULO III pela Lei nº 10.713, de 2003)
DO JUÍZO DA EXECUÇÃO
CAPÍTULO IV
Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei DO MINISTÉRIO PÚBLICO
local de organização judiciária e, na sua ausência, ao da
Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a execução da pena e
sentença.
da medida de segurança, oficiando no processo executivo e
Art. 66. Compete ao Juiz da execução: nos incidentes da execução.
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público:
modo favorecer o condenado;
I - fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento
II - declarar extinta a punibilidade; e de internamento;
III - decidir sobre: II - requerer:
a) soma ou unificação de penas; a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do
processo executivo;
b) progressão ou regressão nos regimes;
b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de
c) detração e remição da pena;
execução;
d) suspensão condicional da pena;
c) a aplicação de medida de segurança, bem como a
e) livramento condicional; substituição da pena por medida de segurança;
f) incidentes da execução. d) a revogação da medida de segurança;
IV - autorizar saídas temporárias; e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos
regimes e a revogação da suspensão condicional da pena e
V - determinar:
do livramento condicional;
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e
f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da
fiscalizar sua execução;
situação anterior.
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em
III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade
privativa de liberdade;
judiciária, durante a execução.
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva
Parágrafo único. O órgão do Ministério Público visitará
de direitos;
mensalmente os estabelecimentos penais, registrando a sua
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a presença em livro próprio.
substituição da pena por medida de segurança;
e) a revogação da medida de segurança;

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CAPÍTULO V VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades


DO CONSELHO PENITENCIÁRIO federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em
estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de
Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e
penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de outra
fiscalizador da execução da pena.
unidade federativa, em especial para presos sujeitos a
§ 1º O Conselho será integrado por membros nomeados pelo regime disciplinar. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
Governador do Estado, do Distrito Federal e dos Territórios,
VII - acompanhar a execução da pena das mulheres
dentre professores e profissionais da área do Direito Penal,
beneficiadas pela progressão especial de que trata o § 3º do
Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem
art. 112 desta Lei, monitorando sua integração social e a
como por representantes da comunidade. A legislação
ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante a
federal e estadual regulará o seu funcionamento.
realização de avaliações periódicas e de estatísticas
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário criminais. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
terá a duração de 4 (quatro) anos.
§ 1º Incumbem também ao Departamento a coordenação e
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário: supervisão dos estabelecimentos penais e de internamento
federais. (Redação dada pela Lei nº 13.769, de 2018)
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena,
excetuada a hipótese de pedido de indulto com base no § 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e
estado de saúde do preso; (Redação dada pela Lei nº 10.792, das avaliações periódicas previstas no inciso VII
de 2003) do caput deste artigo serão utilizados para, em função da
efetividade da progressão especial para a ressocialização das
II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
mulheres de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, avaliar
III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao eventual desnecessidade do regime fechado de
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, cumprimento de pena para essas mulheres nos casos de
relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior; crimes cometidos sem violência ou grave ameaça. (Incluído
pela Lei nº 13.769, de 2018)
IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos
egressos. SEÇÃO II
DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO LOCAL
CAPÍTULO VI
DOS DEPARTAMENTOS PENITENCIÁRIOS Art. 73. A legislação local poderá criar Departamento
SEÇÃO I Penitenciário ou órgão similar, com as atribuições que
DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL estabelecer.
Art. 71. O Departamento Penitenciário Nacional, Art. 74. O Departamento Penitenciário local, ou órgão
subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão executivo da similar, tem por finalidade supervisionar e coordenar os
Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e estabelecimentos penais da Unidade da Federação a que
financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e pertencer.
Penitenciária.
Parágrafo único. Os órgãos referidos no caput deste artigo
Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário realizarão o acompanhamento de que trata o inciso VII
Nacional: do caput do art. 72 desta Lei e encaminharão ao
Departamento Penitenciário Nacional os resultados
I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução
obtidos. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
penal em todo o Território Nacional;
SEÇÃO III
II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os
DA DIREÇÃO E DO PESSOAL DOS ESTABELECIMENTOS
estabelecimentos e serviços penais;
PENAIS
III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na
Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento
implementação dos princípios e regras estabelecidos nesta
deverá satisfazer os seguintes requisitos:
Lei;
I - ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou
IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante
Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços
convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços
Sociais;
penais;
II - possuir experiência administrativa na área;
V - colaborar com as Unidades Federativas para a realização
de cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o
profissionalizante do condenado e do internado. desempenho da função.

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Parágrafo único. O diretor deverá residir no IV - diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos
estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará tempo para melhor assistência ao preso ou internado, em harmonia
integral à sua função. com a direção do estabelecimento.
Art. 76. O Quadro do Pessoal Penitenciário será organizado CAPÍTULO IX
em diferentes categorias funcionais, segundo as DA DEFENSORIA PÚBLICA
necessidades do serviço, com especificação de atribuições (INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.313, DE 2010).
relativas às funções de direção, chefia e assessoramento do
Art. 81-A. A Defensoria Pública velará pela regular execução
estabelecimento e às demais funções.
da pena e da medida de segurança, oficiando, no processo
Art. 77. A escolha do pessoal administrativo, especializado, executivo e nos incidentes da execução, para a defesa dos
de instrução técnica e de vigilância atenderá a vocação, necessitados em todos os graus e instâncias, de forma
preparação profissional e antecedentes pessoais do individual e coletiva. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
candidato.
Art. 81-B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pública: (Incluído
§ 1° O ingresso do pessoal penitenciário, bem como a pela Lei nº 12.313, de 2010).
progressão ou a ascensão funcional dependerão de cursos
I - requerer: (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
específicos de formação, procedendo-se à reciclagem
periódica dos servidores em exercício. a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do
processo executivo; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 2º No estabelecimento para mulheres somente se
permitirá o trabalho de pessoal do sexo feminino, salvo b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de
quando se tratar de pessoal técnico especializado. qualquer modo favorecer o condenado; (Incluído pela Lei nº
12.313, de 2010).
CAPÍTULO VII
DO PATRONATO c) a declaração de extinção da punibilidade; (Incluído pela Lei
nº 12.313, de 2010).
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a
prestar assistência aos albergados e aos egressos (artigo 26). d) a unificação de penas; (Incluído pela Lei nº 12.313, de
2010).
Art. 79. Incumbe também ao Patronato:
e) a detração e remição da pena; (Incluído pela Lei nº 12.313,
I - orientar os condenados à pena restritiva de direitos;
de 2010).
II - fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de
f) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de
serviço à comunidade e de limitação de fim de semana;
execução; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
III - colaborar na fiscalização do cumprimento das condições
g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem
da suspensão e do livramento condicional.
como a substituição da pena por medida de segurança;
CAPÍTULO VIII (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
DO CONSELHO DA COMUNIDADE
h) a conversão de penas, a progressão nos regimes, a
Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da suspensão condicional da pena, o livramento condicional, a
Comunidade composto, no mínimo, por 1 (um) comutação de pena e o indulto; (Incluído pela Lei nº 12.313,
representante de associação comercial ou industrial, 1 (um) de 2010).
advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do
i) a autorização de saídas temporárias; (Incluído pela Lei nº
Brasil, 1 (um) Defensor Público indicado pelo Defensor
12.313, de 2010).
Público Geral e 1 (um) assistente social escolhido pela
Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes j) a internação, a desinternação e o restabelecimento da
Sociais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010). situação anterior; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste k) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra
artigo, ficará a critério do Juiz da execução a escolha dos comarca; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
integrantes do Conselho.
l) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1 o do
Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade: art. 86 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
I - visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos II - requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir;
penais existentes na comarca; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
II - entrevistar presos; III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade
judiciária ou administrativa durante a execução; (Incluído
III - apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao
pela Lei nº 12.313, de 2010).
Conselho Penitenciário;

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IV - representar ao Juiz da execução ou à autoridade Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as
administrativa para instauração de sindicância ou atividades materiais acessórias, instrumentais ou
procedimento administrativo em caso de violação das complementares desenvolvidas em estabelecimentos
normas referentes à execução penal; (Incluído pela Lei nº penais, e notadamente: (Incluído pela Lei nº 13.190, de
12.313, de 2010). 2015).
V - visitar os estabelecimentos penais, tomando providências I - serviços de conservação, limpeza, informática,
para o adequado funcionamento, e requerer, quando for o copeiragem, portaria, recepção, reprografia,
caso, a apuração de responsabilidade; (Incluído pela Lei nº telecomunicações, lavanderia e manutenção de prédios,
12.313, de 2010). instalações e equipamentos internos e externos; (Incluído
pela Lei nº 13.190, de 2015).
VI - requerer à autoridade competente a interdição, no todo
ou em parte, de estabelecimento penal. (Incluído pela Lei II - serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso.
nº 12.313, de 2010). (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
Parágrafo único. O órgão da Defensoria Pública visitará § 1o A execução indireta será realizada sob supervisão e
periodicamente os estabelecimentos penais, registrando a fiscalização do poder público. (Incluído pela Lei nº 13.190, de
sua presença em livro próprio. (Incluído pela Lei nº 12.313, 2015).
de 2010).
§ 2o Os serviços relacionados neste artigo poderão
TÍTULO IV compreender o fornecimento de materiais, equipamentos,
DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS máquinas e profissionais. (Incluído pela Lei nº 13.190, de
CAPÍTULO I 2015).
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao coordenação no âmbito do sistema penal, bem como todas
condenado, ao submetido à medida de segurança, ao preso as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e
provisório e ao egresso. notadamente: (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, I - classificação de condenados; (Incluído pela Lei nº 13.190,
serão recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à de 2015).
sua condição pessoal. (Redação dada pela Lei nº 9.460, de
II - aplicação de sanções disciplinares; (Incluído pela Lei nº
1997)
13.190, de 2015).
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar
III - controle de rebeliões; (Incluído pela Lei nº 13.190, de
estabelecimentos de destinação diversa desde que
2015).
devidamente isolados.
IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário,
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza,
hospitais e outros locais externos aos estabelecimentos
deverá contar em suas dependências com áreas e serviços
penais. (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação
e prática esportiva. Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por
sentença transitada em julgado.
§ 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes
universitários. (Renumerado pela Lei nº 9.046, de 1995) § 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com
os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 13.167, de
§ 2o Os estabelecimentos penais destinados a mulheres
2015)
serão dotados de berçário, onde as condenadas possam
cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, I - acusados pela prática de crimes hediondos ou
até 6 (seis) meses de idade. (Redação dada pela Lei nº equiparados; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
11.942, de 2009)
II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência
§ 3o Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.167, de
deverão possuir, exclusivamente, agentes do sexo feminino 2015)
na segurança de suas dependências internas. (Incluído pela
III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções
Lei nº 12.121, de 2009).
diversos dos apontados nos incisos I e II. (Incluído pela Lei
§ 4o Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do nº 13.167, de 2015)
ensino básico e profissionalizante. (Incluído pela Lei nº
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da
12.245, de 2010)
Administração da Justiça Criminal ficará em dependência
§ 5o Haverá instalação destinada à Defensoria separada.
Pública. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).

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§ 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que
os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015) conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório.
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
equiparados; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de
II - reincidentes condenados pela prática de crimes aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à
cometidos com violência ou grave ameaça à existência humana;
pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
III - primários condenados pela prática de crimes cometidos
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a
com violência ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei
penitenciária de mulheres será dotada de seção para
nº 13.167, de 2015)
gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças
IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a
contravenções em situação diversa das previstas nos incisos finalidade de assistir a criança desamparada cuja
I, II e III. (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015) responsável estiver presa. (Redação dada pela Lei nº 11.942,
de 2009)
§ 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou
psicológica ameaçada pela convivência com os demais Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche
presos ficará segregado em local próprio. (Incluído pela Lei referidas neste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
nº 13.167, de 2015)
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação diretrizes adotadas pela legislação educacional e em
compatível com a sua estrutura e finalidade. unidades autônomas; e (Incluído pela Lei nº 11.942, de
2009)
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária determinará o limite máximo de capacidade do II – horário de funcionamento que garanta a melhor
estabelecimento, atendendo a sua natureza e assistência à criança e à sua responsável. (Incluído pela Lei
peculiaridades. nº 11.942, de 2009)
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local
Justiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas afastado do centro urbano, à distância que não restrinja a
em outra unidade, em estabelecimento local ou da União. visitação.
§ 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal CAPÍTULO III
em local distante da condenação para recolher os DA COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL OU SIMILAR
condenados, quando a medida se justifique no interesse da
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao
segurança pública ou do próprio condenado. (Redação dada
cumprimento da pena em regime semi-aberto.
pela Lei nº 10.792, de 2003)
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento
§ 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão
coletivo, observados os requisitos da letra a, do parágrafo
trabalhar os liberados ou egressos que se dediquem a obras
único, do artigo 88, desta Lei.
públicas ou ao aproveitamento de terras ociosas.
Parágrafo único. São também requisitos básicos das
§ 3o Caberá ao juiz competente, a requerimento da
dependências coletivas:
autoridade administrativa definir o estabelecimento
prisional adequado para abrigar o preso provisório ou a) a seleção adequada dos presos;
condenado, em atenção ao regime e aos requisitos
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de
estabelecidos. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
individualização da pena.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO IV
DA PENITENCIÁRIA
DA CASA DO ALBERGADO
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de
Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de
reclusão, em regime fechado.
pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito limitação de fim de semana.
Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano,
destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e
separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se
condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao
pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)

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Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do TÍTULO V
Albergado, a qual deverá conter, além dos aposentos para DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE
acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras. CAPÍTULO I
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os
SEÇÃO I
serviços de fiscalização e orientação dos condenados.
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO V
Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar pena
DO CENTRO DE OBSERVAÇÃO
privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser preso, o
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a
gerais e o criminológico, cujos resultados serão execução.
encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas a rubricará em todas as folhas e a assinará com o Juiz, será
criminológicas. remetida à autoridade administrativa incumbida da
execução e conterá:
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade
autônoma ou em anexo a estabelecimento penal. I - o nome do condenado;
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no
Técnica de Classificação, na falta do Centro de Observação. órgão oficial de identificação;
CAPÍTULO VI III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória,
DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO bem como certidão do trânsito em julgado;
PSIQUIÁTRICO
IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico instrução;
destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos no
V - a data da terminação da pena;
artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o
adequado tratamento penitenciário.
disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei.
§ 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames
recolhimento.
necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os
internados. § 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que
sobrevier modificação quanto ao início da execução ou ao
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97,
tempo de duração da pena.
segunda parte, do Código Penal, será realizado no Hospital
de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local com § 3° Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionário da
dependência médica adequada. Administração da Justiça Criminal, far-se-á, na guia, menção
dessa circunstância, para fins do disposto no § 2°, do artigo
CAPÍTULO VII
84, desta Lei.
DA CADEIA PÚBLICA
Art. 107. Ninguém será recolhido, para cumprimento de
Art. 102. A cadeia pública destina-se ao recolhimento de
pena privativa de liberdade, sem a guia expedida pela
presos provisórios.
autoridade judiciária.
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia
§ 1° A autoridade administrativa incumbida da execução
pública a fim de resguardar o interesse da Administração da
passará recibo da guia de recolhimento para juntá-la aos
Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo
autos do processo, e dará ciência dos seus termos ao
ao seu meio social e familiar.
condenado.
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo será
§ 2º As guias de recolhimento serão registradas em livro
instalado próximo de centro urbano, observando-se na
especial, segundo a ordem cronológica do recebimento, e
construção as exigências mínimas referidas no artigo 88 e
anexadas ao prontuário do condenado, aditando-se, no
seu parágrafo único desta Lei.
curso da execução, o cálculo das remições e de outras
retificações posteriores.
Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será
internado em Hospital de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico.

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Art. 109. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for
posto em liberdade, mediante alvará do Juiz, se por outro reincidente em crime hediondo ou equiparado com
motivo não estiver preso. resultado morte, vedado o livramento condicional.
SEÇÃO II § 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à
DOS REGIMES progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária,
comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as
Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual
normas que vedam a progressão.
o condenado iniciará o cumprimento da pena privativa de
liberdade, observado o disposto no artigo 33 e seus § 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime
parágrafos do Código Penal. será sempre motivada e precedida de manifestação do
Ministério Público e do defensor, procedimento que
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime,
também será adotado na concessão de livramento
no mesmo processo ou em processos distintos, a
condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os
determinação do regime de cumprimento será feita pelo
prazos previstos nas normas vigentes.
resultado da soma ou unificação das penas, observada,
quando for o caso, a detração ou remição. § 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da
requisitos para progressão de regime são, cumulativamente:
execução, somar-se-á a pena ao restante da que está sendo
(Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
cumprida, para determinação do regime.
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em
pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
forma progressiva com a transferência para regime menos
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;
cumprido ao menos: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no
primário e o crime tiver sido cometido sem violência à regime anterior; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
pessoa ou grave ameaça;
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário,
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for comprovado pelo diretor do estabelecimento; (Incluído pela
reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou Lei nº 13.769, de 2018)
grave ameaça;
V - não ter integrado organização criminosa. (Incluído pela
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for Lei nº 13.769, de 2018)
primário e o crime tiver sido cometido com violência à
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave
pessoa ou grave ameaça;
implicará a revogação do benefício previsto no § 3º deste
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for artigo. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins
grave ameaça;
deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado,
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da
se for primário;
pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena,
caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado,
terá como base a pena remanescente.
com resultado morte, se for primário, vedado o livramento
condicional; § 7º (VETADO).
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe
de organização criminosa estruturada para a prática de a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo
crime hediondo ou equiparado; ou Juiz.
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o
privada; condenado que:
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-
reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado; lo imediatamente;
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado
dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que

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irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de SEÇÃO III


responsabilidade, ao novo regime. DAS AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA
SUBSEÇÃO I
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as
DA PERMISSÃO DE SAÍDA
pessoas referidas no artigo 117 desta Lei.
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para
fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão
a concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes
obter permissão para sair do estabelecimento, mediante
condições gerais e obrigatórias:
escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira,
e nos dias de folga;
ascendente, descendente ou irmão;
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do
III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização artigo 14).
judicial;
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo
IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.
atividades, quando for determinado.
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento
Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas, terá a duração necessária à finalidade da saída.
de ofício, a requerimento do Ministério Público, da
SUBSEÇÃO II
autoridade administrativa ou do condenado, desde que as
DA SAÍDA TEMPORÁRIA
circunstâncias assim o recomendem.
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do
semi-aberto poderão obter autorização para saída
beneficiário de regime aberto em residência particular
temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos
quando se tratar de:
seguintes casos:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
I - visita à família;
II - condenado acometido de doença grave;
II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da
mental; Execução;
IV - condenada gestante. III - participação em atividades que concorram para o retorno
ao convívio social.
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará
sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer §1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização
dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado,
quando assim determinar o juiz da execução. (Incluído pela
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
Lei nº 12.258, de 2010)
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere
ao restante da pena em execução, torne incabível o regime
o caput deste artigo o condenado que cumpre pena por
(artigo 111).
praticar crime hediondo com resultado morte.
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além
Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do
das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins
Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a
da execução ou não pagar, podendo, a multa
administração penitenciária e dependerá da satisfação dos
cumulativamente imposta.
seguintes requisitos:
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá
I - comportamento adequado;
ser ouvido previamente o condenado.
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o
Art. 119. A legislação local poderá estabelecer normas
condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente;
complementares para o cumprimento da pena privativa de
liberdade em regime aberto (artigo 36, § 1º, do Código III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
Penal).
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não
superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por mais 4
(quatro) vezes durante o ano.
§ 1o Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao
beneficiário as seguintes condições, entre outras que

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entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a § 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas
situação pessoal do condenado: (Incluído pela Lei nº 12.258, diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se
de 2010) compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de
2011)
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser
visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do § 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no
benefício; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a
remição.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
II - recolhimento à residência visitada, no período
noturno; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) § 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será
acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino
III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e
fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da
estabelecimentos congêneres. (Incluído pela Lei nº 12.258,
pena, desde que certificada pelo órgão competente do
de 2010)
sistema de educação.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 2o Quando se tratar de frequência a curso
§ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou
profissionalizante, de instrução de ensino médio ou superior,
semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão
o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das
remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de
atividades discentes. (Renumerado do parágrafo único pela
educação profissional, parte do tempo de execução da pena
Lei nº 12.258, de 2010)
ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do
§ 3o Nos demais casos, as autorizações de saída somente § 1o deste artigo.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 (quarenta
§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão
e cinco) dias de intervalo entre uma e outra. (Incluído pela
cautelar.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
Lei nº 12.258, de 2010)
§ 8o A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado
o Ministério Público e a defesa. (Incluído pela Lei nº 12.433,
quando o condenado praticar fato definido como crime
de 2011)
doloso, for punido por falta grave, desatender as condições
impostas na autorização ou revelar baixo grau de Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até
aproveitamento do curso. 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no
art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração
Parágrafo único. A recuperação do direito à saída temporária
disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
dependerá da absolvição no processo penal, do
cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração do Art. 128. O tempo remido será computado como pena
merecimento do condenado. cumprida, para todos os efeitos.(Redação dada pela Lei nº
12.433, de 2011)
SEÇÃO IV
DA REMIÇÃO Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará
mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime
todos os condenados que estejam trabalhando ou
fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por
estudando, com informação dos dias de trabalho ou das
estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação
horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de
dada pela Lei nº 12.433, de 2011).
cada um deles. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à
§ 1o O condenado autorizado a estudar fora do
razão de: (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente, por
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a
escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive frequência e o aproveitamento escolar. (Incluído pela Lei nº
profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação 12.433, de 2011)
profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; (Incluído
§ 2o Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias
pela Lei nº 12.433, de 2011)
remidos. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal
trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para fim
§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1 o deste de instruir pedido de remição.
artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por
SEÇÃO V
metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
pelas autoridades educacionais competentes dos cursos
frequentados. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido
pelo Juiz da execução, presentes os requisitos do artigo 83,

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incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o § 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao Juiz da
Ministério Público e Conselho Penitenciário. execução.
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições Art. 138. Ao sair o liberado do estabelecimento penal, ser-
a que fica subordinado o livramento. lhe-á entregue, além do saldo de seu pecúlio e do que lhe
pertencer, uma caderneta, que exibirá à autoridade
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as
judiciária ou administrativa, sempre que lhe for exigida.
obrigações seguintes:
§ 1º A caderneta conterá:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto
para o trabalho; a) a identificação do liberado;
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação; b) o texto impresso do presente Capítulo;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, c) as condições impostas.
sem prévia autorização deste.
§ 2º Na falta de caderneta, será entregue ao liberado um
§ 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, salvo-conduto, em que constem as condições do livramento,
entre outras obrigações, as seguintes: podendo substituir-se a ficha de identificação ou o seu
retrato pela descrição dos sinais que possam identificá-lo.
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à
autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção; § 3º Na caderneta e no salvo-conduto deverá haver espaço
para consignar-se o cumprimento das condições referidas no
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
artigo 132 desta Lei.
c) não freqüentar determinados lugares.
Art. 139. A observação cautelar e a proteção realizadas por
d) (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) serviço social penitenciário, Patronato ou Conselho da
Comunidade terão a finalidade de:
Art. 133. Se for permitido ao liberado residir fora da comarca
do Juízo da execução, remeter-se-á cópia da sentença do I - fazer observar o cumprimento das condições especificadas
livramento ao Juízo do lugar para onde ele se houver na sentença concessiva do benefício;
transferido e à autoridade incumbida da observação cautelar
II - proteger o beneficiário, orientando-o na execução de
e de proteção.
suas obrigações e auxiliando-o na obtenção de atividade
Art. 134. O liberado será advertido da obrigação de laborativa.
apresentar-se imediatamente às autoridades referidas no
Parágrafo único. A entidade encarregada da observação
artigo anterior.
cautelar e da proteção do liberado apresentará relatório ao
Art. 135. Reformada a sentença denegatória do livramento, Conselho Penitenciário, para efeito da representação
os autos baixarão ao Juízo da execução, para as prevista nos artigos 143 e 144 desta Lei.
providências cabíveis.
Art. 140. A revogação do livramento condicional dar-se-á nas
Art. 136. Concedido o benefício, será expedida a carta de hipóteses previstas nos artigos 86 e 87 do Código Penal.
livramento com a cópia integral da sentença em 2 (duas)
Parágrafo único. Mantido o livramento condicional, na
vias, remetendo-se uma à autoridade administrativa
hipótese da revogação facultativa, o Juiz deverá advertir o
incumbida da execução e outra ao Conselho Penitenciário.
liberado ou agravar as condições.
Art. 137. A cerimônia do livramento condicional será
Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal
realizada solenemente no dia marcado pelo Presidente do
anterior à vigência do livramento, computar-se-á como
Conselho Penitenciário, no estabelecimento onde está
tempo de cumprimento da pena o período de prova, sendo
sendo cumprida a pena, observando-se o seguinte:
permitida, para a concessão de novo livramento, a soma do
I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais tempo das 2 (duas) penas.
condenados, pelo Presidente do Conselho Penitenciário ou
Art. 142. No caso de revogação por outro motivo, não se
membro por ele designado, ou, na falta, pelo Juiz;
computará na pena o tempo em que esteve solto o liberado,
II - a autoridade administrativa chamará a atenção do e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, novo
liberando para as condições impostas na sentença de livramento.
livramento;
Art. 143. A revogação será decretada a requerimento do
III - o liberando declarará se aceita as condições. Ministério Público, mediante representação do Conselho
Penitenciário, ou, de ofício, pelo Juiz, ouvido o liberado.
§ 1º De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito
por quem presidir a cerimônia e pelo liberando, ou alguém a Art. 144. O Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
seu rogo, se não souber ou não puder escrever. Público, da Defensoria Pública ou mediante representação

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do Conselho Penitenciário, e ouvido o liberado, poderá I - a regressão do regime; (Incluído pela Lei nº 12.258, de
modificar as condições especificadas na sentença, devendo 2010)
o respectivo ato decisório ser lido ao liberado por uma das
II - a revogação da autorização de saída
autoridades ou funcionários indicados no inciso I
temporária; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
do caput do art. 137 desta Lei, observado o disposto nos
incisos II e III e §§ 1o e 2o do mesmo artigo. (Redação dada III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
pela Lei nº 12.313, de 2010).
IV - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 145. Praticada pelo liberado outra infração penal, o Juiz
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
poderá ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho
Penitenciário e o Ministério Público, suspendendo o curso do VI - a revogação da prisão domiciliar; (Incluído pela Lei nº
livramento condicional, cuja revogação, entretanto, ficará 12.258, de 2010)
dependendo da decisão final.
VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que o
Art. 146. O Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do juiz da execução decida não aplicar alguma das medidas
Ministério Público ou mediante representação do Conselho previstas nos incisos de I a VI deste parágrafo. (Incluído pela
Penitenciário, julgará extinta a pena privativa de liberdade, Lei nº 12.258, de 2010)
se expirar o prazo do livramento sem revogação.
Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser
SEÇÃO VI revogada: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA I - quando se tornar desnecessária ou inadequada; (Incluído
(Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 146-A. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver
sujeito durante a sua vigência ou cometer falta
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da
grave. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
monitoração eletrônica quando: (Incluído pela Lei nº
12.258, de 2010) CAPÍTULO II
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
SEÇÃO I
II - autorizar a saída temporária no regime DISPOSIÇÕES GERAIS
semiaberto; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 147. Transitada em julgado a sentença que aplicou a
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) pena restritiva de direitos, o Juiz da execução, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, promoverá a execução,
IV - determinar a prisão domiciliar; (Incluído pela Lei nº
podendo, para tanto, requisitar, quando necessário, a
12.258, de 2010)
colaboração de entidades públicas ou solicitá-la a
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) particulares.
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.258, de Art. 148. Em qualquer fase da execução, poderá o Juiz,
2010) motivadamente, alterar, a forma de cumprimento das penas
de prestação de serviços à comunidade e de limitação de fim
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados
de semana, ajustando-as às condições pessoais do
que deverá adotar com o equipamento eletrônico e dos
condenado e às características do estabelecimento, da
seguintes deveres: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
entidade ou do programa comunitário ou estatal.
I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração
SEÇÃO II
eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
orientações; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 149. Caberá ao Juiz da execução:
II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar
de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica I - designar a entidade ou programa comunitário ou estatal,
ou de permitir que outrem o faça; (Incluído pela Lei nº devidamente credenciado ou convencionado, junto ao qual
12.258, de 2010) o condenado deverá trabalhar gratuitamente, de acordo
com as suas aptidões;
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - determinar a intimação do condenado, cientificando-o da
Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres
entidade, dias e horário em que deverá cumprir a pena;
previstos neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz da
execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa: (Incluído III - alterar a forma de execução, a fim de ajustá-la às
pela Lei nº 12.258, de 2010) modificações ocorridas na jornada de trabalho.

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§ 1º o trabalho terá a duração de 8 (oito) horas semanais e CAPÍTULO III


será realizado aos sábados, domingos e feriados, ou em dias DA SUSPENSÃO CONDICIONAL
úteis, de modo a não prejudicar a jornada normal de
Art. 156. O Juiz poderá suspender, pelo período de 2 (dois) a
trabalho, nos horários estabelecidos pelo Juiz.
4 (quatro) anos, a execução da pena privativa de liberdade,
§ 2º A execução terá início a partir da data do primeiro não superior a 2 (dois) anos, na forma prevista nos artigos 77
comparecimento. a 82 do Código Penal.
Art. 150. A entidade beneficiada com a prestação de serviços Art. 157. O Juiz ou Tribunal, na sentença que aplicar pena
encaminhará mensalmente, ao Juiz da execução, relatório privativa de liberdade, na situação determinada no artigo
circunstanciado das atividades do condenado, bem como, a anterior, deverá pronunciar-se, motivadamente, sobre a
qualquer tempo, comunicação sobre ausência ou falta suspensão condicional, quer a conceda, quer a denegue.
disciplinar.
Art. 158. Concedida a suspensão, o Juiz especificará as
SEÇÃO III condições a que fica sujeito o condenado, pelo prazo fixado,
DA LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA começando este a correr da audiência prevista no artigo 160
desta Lei.
Art. 151. Caberá ao Juiz da execução determinar a intimação
do condenado, cientificando-o do local, dias e horário em § 1° As condições serão adequadas ao fato e à situação
que deverá cumprir a pena. pessoal do condenado, devendo ser incluída entre as
mesmas a de prestar serviços à comunidade, ou limitação de
Parágrafo único. A execução terá início a partir da data do
fim de semana, salvo hipótese do artigo 78, § 2º, do Código
primeiro comparecimento.
Penal.
Art. 152. Poderão ser ministrados ao condenado, durante o
§ 2º O Juiz poderá, a qualquer tempo, de ofício, a
tempo de permanência, cursos e palestras, ou atribuídas
requerimento do Ministério Público ou mediante proposta
atividades educativas.
do Conselho Penitenciário, modificar as condições e regras
Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a estabelecidas na sentença, ouvido o condenado.
mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento
§ 3º A fiscalização do cumprimento das condições, reguladas
obrigatório do agressor a programas de recuperação e
nos Estados, Territórios e Distrito Federal por normas
reeducação. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006)
supletivas, será atribuída a serviço social penitenciário,
Art. 153. O estabelecimento designado encaminhará, Patronato, Conselho da Comunidade ou instituição
mensalmente, ao Juiz da execução, relatório, bem assim beneficiada com a prestação de serviços, inspecionados pelo
comunicará, a qualquer tempo, a ausência ou falta Conselho Penitenciário, pelo Ministério Público, ou ambos,
disciplinar do condenado. devendo o Juiz da execução suprir, por ato, a falta das
normas supletivas.
SEÇÃO IV
DA INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS § 4º O beneficiário, ao comparecer periodicamente à
entidade fiscalizadora, para comprovar a observância das
Art. 154. Caberá ao Juiz da execução comunicar à autoridade
condições a que está sujeito, comunicará, também, a sua
competente a pena aplicada, determinada a intimação do
ocupação e os salários ou proventos de que vive.
condenado.
§ 5º A entidade fiscalizadora deverá comunicar
§ 1º Na hipótese de pena de interdição do artigo 47, inciso I,
imediatamente ao órgão de inspeção, para os fins legais,
do Código Penal, a autoridade deverá, em 24 (vinte e quatro)
qualquer fato capaz de acarretar a revogação do benefício, a
horas, contadas do recebimento do ofício, baixar ato, a partir
prorrogação do prazo ou a modificação das condições.
do qual a execução terá seu início.
§ 6º Se for permitido ao beneficiário mudar-se, será feita
§ 2º Nas hipóteses do artigo 47, incisos II e III, do Código
comunicação ao Juiz e à entidade fiscalizadora do local da
Penal, o Juízo da execução determinará a apreensão dos
nova residência, aos quais o primeiro deverá apresentar-se
documentos, que autorizam o exercício do direito
imediatamente.
interditado.
Art. 159. Quando a suspensão condicional da pena for
Art. 155. A autoridade deverá comunicar imediatamente ao
concedida por Tribunal, a este caberá estabelecer as
Juiz da execução o descumprimento da pena.
condições do benefício.
Parágrafo único. A comunicação prevista neste artigo poderá
§ 1º De igual modo proceder-se-á quando o Tribunal
ser feita por qualquer prejudicado.
modificar as condições estabelecidas na sentença recorrida.
§ 2º O Tribunal, ao conceder a suspensão condicional da
pena, poderá, todavia, conferir ao Juízo da execução a

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incumbência de estabelecer as condições do benefício, e, em II - o desconto será feito mediante ordem do Juiz a quem de
qualquer caso, a de realizar a audiência admonitória. direito;
Art. 160. Transitada em julgado a sentença condenatória, o III - o responsável pelo desconto será intimado a recolher
Juiz a lerá ao condenado, em audiência, advertindo-o das mensalmente, até o dia fixado pelo Juiz, a importância
conseqüências de nova infração penal e do descumprimento determinada.
das condições impostas.
Art. 169. Até o término do prazo a que se refere o artigo 164
Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo desta Lei, poderá o condenado requerer ao Juiz o pagamento
de 20 (vinte) dias, o réu não comparecer injustificadamente da multa em prestações mensais, iguais e sucessivas.
à audiência admonitória, a suspensão ficará sem efeito e
§ 1° O Juiz, antes de decidir, poderá determinar diligências
será executada imediatamente a pena.
para verificar a real situação econômica do condenado e,
Art. 162. A revogação da suspensão condicional da pena e a ouvido o Ministério Público, fixará o número de prestações.
prorrogação do período de prova dar-se-ão na forma do
§ 2º Se o condenado for impontual ou se melhorar de
artigo 81 e respectivos parágrafos do Código Penal.
situação econômica, o Juiz, de ofício ou a requerimento do
Art. 163. A sentença condenatória será registrada, com a Ministério Público, revogará o benefício executando-se a
nota de suspensão em livro especial do Juízo a que couber a multa, na forma prevista neste Capítulo, ou prosseguindo-se
execução da pena. na execução já iniciada.
§ 1º Revogada a suspensão ou extinta a pena, será o fato Art. 170. Quando a pena de multa for aplicada
averbado à margem do registro. cumulativamente com pena privativa da liberdade,
enquanto esta estiver sendo executada, poderá aquela ser
§ 2º O registro e a averbação serão sigilosos, salvo para
cobrada mediante desconto na remuneração do condenado
efeito de informações requisitadas por órgão judiciário ou
(artigo 168).
pelo Ministério Público, para instruir processo penal.
§ 1º Se o condenado cumprir a pena privativa de liberdade
CAPÍTULO IV
ou obtiver livramento condicional, sem haver resgatado a
DA PENA DE MULTA
multa, far-se-á a cobrança nos termos deste Capítulo.
Art. 164. Extraída certidão da sentença condenatória com
§ 2º Aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior aos casos
trânsito em julgado, que valerá como título executivo
em que for concedida a suspensão condicional da pena.
judicial, o Ministério Público requererá, em autos apartados,
a citação do condenado para, no prazo de 10 (dez) dias, TÍTULO VI
pagar o valor da multa ou nomear bens à penhora. DA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
CAPÍTULO I
§ 1º Decorrido o prazo sem o pagamento da multa, ou o
DISPOSIÇÕES GERAIS
depósito da respectiva importância, proceder-se-á à
penhora de tantos bens quantos bastem para garantir a Art. 171. Transitada em julgado a sentença que aplicar
execução. medida de segurança, será ordenada a expedição de guia
para a execução.
§ 2º A nomeação de bens à penhora e a posterior execução
seguirão o que dispuser a lei processual civil. Art. 172. Ninguém será internado em Hospital de Custódia e
Tratamento Psiquiátrico, ou submetido a tratamento
Art. 165. Se a penhora recair em bem imóvel, os autos
ambulatorial, para cumprimento de medida de segurança,
apartados serão remetidos ao Juízo Cível para
sem a guia expedida pela autoridade judiciária.
prosseguimento.
Art. 173. A guia de internamento ou de tratamento
Art. 166. Recaindo a penhora em outros bens, dar-se-á
ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a rubricará em
prosseguimento nos termos do § 2º do artigo 164, desta Lei.
todas as folhas e a subscreverá com o Juiz, será remetida à
Art. 167. A execução da pena de multa será suspensa quando autoridade administrativa incumbida da execução e conterá:
sobrevier ao condenado doença mental (artigo 52 do Código
I - a qualificação do agente e o número do registro geral do
Penal).
órgão oficial de identificação;
Art. 168. O Juiz poderá determinar que a cobrança da multa
II - o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver
se efetue mediante desconto no vencimento ou salário do
aplicado a medida de segurança, bem como a certidão do
condenado, nas hipóteses do artigo 50, § 1º, do Código
trânsito em julgado;
Penal, observando-se o seguinte:
III - a data em que terminará o prazo mínimo de internação,
I - o limite máximo do desconto mensal será o da quarta
ou do tratamento ambulatorial;
parte da remuneração e o mínimo o de um décimo;

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IV - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao TÍTULO VII


adequado tratamento ou internamento. DOS INCIDENTES DE EXECUÇÃO
CAPÍTULO I
§ 1° Ao Ministério Público será dada ciência da guia de
DAS CONVERSÕES
recolhimento e de sujeição a tratamento.
Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2
§ 2° A guia será retificada sempre que sobrevier
(dois) anos, poderá ser convertida em restritiva de direitos,
modificações quanto ao prazo de execução.
desde que:
Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de segurança,
I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto;
naquilo que couber, o disposto nos artigos 8° e 9° desta Lei.
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da
CAPÍTULO II
pena;
DA CESSAÇÃO DA PERICULOSIDADE
III - os antecedentes e a personalidade do condenado
Art. 175. A cessação da periculosidade será averiguada no
indiquem ser a conversão recomendável.
fim do prazo mínimo de duração da medida de segurança,
pelo exame das condições pessoais do agente, observando- Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em
se o seguinte: privativa de liberdade nas hipóteses e na forma do artigo 45
e seus incisos do Código Penal.
I - a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de
expirar o prazo de duração mínima da medida, remeterá ao § 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será
Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver sobre a convertida quando o condenado:
revogação ou permanência da medida;
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não
II - o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico; sabido, ou desatender a intimação por edital;
III - juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou
serão ouvidos, sucessivamente, o Ministério Público e o programa em que deva prestar serviço;
curador ou defensor, no prazo de 3 (três) dias para cada um;
c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe
IV - o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que foi imposto;
não o tiver;
d) praticar falta grave;
V - o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de
partes, poderá determinar novas diligências, ainda que
liberdade, cuja execução não tenha sido suspensa.
expirado o prazo de duração mínima da medida de
segurança; § 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida
quando o condenado não comparecer ao estabelecimento
VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se
designado para o cumprimento da pena, recusar-se a exercer
refere o inciso anterior, o Juiz proferirá a sua decisão, no
a atividade determinada pelo Juiz ou se ocorrer qualquer das
prazo de 5 (cinco) dias.
hipóteses das letras "a", "d" e "e" do parágrafo anterior.
Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo
§ 3º A pena de interdição temporária de direitos será
mínimo de duração da medida de segurança, poderá o Juiz
convertida quando o condenado exercer,
da execução, diante de requerimento fundamentado do
injustificadamente, o direito interditado ou se ocorrer
Ministério Público ou do interessado, seu procurador ou
qualquer das hipóteses das letras "a" e "e", do § 1º, deste
defensor, ordenar o exame para que se verifique a cessação
artigo.
da periculosidade, procedendo-se nos termos do artigo
anterior. Art. 182. (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1996)
Art. 177. Nos exames sucessivos para verificar-se a cessação Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa
da periculosidade, observar-se-á, no que lhes for aplicável, o de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da
disposto no artigo anterior. saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público, da Defensoria Pública ou da autoridade
Art. 178. Nas hipóteses de desinternação ou de liberação
administrativa, poderá determinar a substituição da pena
(artigo 97, § 3º, do Código Penal), aplicar-se-á o disposto nos
por medida de segurança. (Redação dada pela Lei nº 12.313,
artigos 132 e 133 desta Lei.
de 2010).
Art. 179. Transitada em julgado a sentença, o Juiz expedirá
Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser convertido
ordem para a desinternação ou a liberação.
em internação se o agente revelar incompatibilidade com a
medida.

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Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mínimo de TÍTULO VIII


internação será de 1 (um) ano. DO PROCEDIMENTO JUDICIAL
CAPÍTULO II Art. 194. O procedimento correspondente às situações
DO EXCESSO OU DESVIO previstas nesta Lei será judicial, desenvolvendo-se perante o
Juízo da execução.
Art. 185. Haverá excesso ou desvio de execução sempre que
algum ato for praticado além dos limites fixados na sentença, Art. 195. O procedimento judicial iniciar-se-á de ofício, a
em normas legais ou regulamentares. requerimento do Ministério Público, do interessado, de
quem o represente, de seu cônjuge, parente ou
Art. 186. Podem suscitar o incidente de excesso ou desvio de
descendente, mediante proposta do Conselho Penitenciário,
execução:
ou, ainda, da autoridade administrativa.
I - o Ministério Público;
Art. 196. A portaria ou petição será autuada ouvindo-se, em
II - o Conselho Penitenciário; 3 (três) dias, o condenado e o Ministério Público, quando não
figurem como requerentes da medida.
III - o sentenciado;
§ 1º Sendo desnecessária a produção de prova, o Juiz
IV - qualquer dos demais órgãos da execução penal.
decidirá de plano, em igual prazo.
CAPÍTULO III
§ 2º Entendendo indispensável a realização de prova pericial
DA ANISTIA E DO INDULTO
ou oral, o Juiz a ordenará, decidindo após a produção
Art. 187. Concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a daquela ou na audiência designada.
requerimento do interessado ou do Ministério Público, por
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de
proposta da autoridade administrativa ou do Conselho
agravo, sem efeito suspensivo.
Penitenciário, declarará extinta a punibilidade.
TÍTULO IX
Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado por
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
petição do condenado, por iniciativa do Ministério Público,
do Conselho Penitenciário, ou da autoridade administrativa. Art. 198. É defesa ao integrante dos órgãos da execução
penal, e ao servidor, a divulgação de ocorrência que perturbe
Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos
a segurança e a disciplina dos estabelecimentos, bem como
documentos que a instruírem, será entregue ao Conselho
exponha o preso à inconveniente notoriedade, durante o
Penitenciário, para a elaboração de parecer e posterior
cumprimento da pena.
encaminhamento ao Ministério da Justiça.
Art. 199. O emprego de algemas será disciplinado por
Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do
decreto federal. (Regulamento)
processo e do prontuário, promoverá as diligências que
entender necessárias e fará, em relatório, a narração do Art. 200. O condenado por crime político não está obrigado
ilícito penal e dos fundamentos da sentença condenatória, a ao trabalho.
exposição dos antecedentes do condenado e do
Art. 201. Na falta de estabelecimento adequado, o
procedimento deste depois da prisão, emitindo seu parecer
cumprimento da prisão civil e da prisão administrativa se
sobre o mérito do pedido e esclarecendo qualquer
efetivará em seção especial da Cadeia Pública.
formalidade ou circunstâncias omitidas na petição.
Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha
Art. 191. Processada no Ministério da Justiça com
corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade
documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, a
policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer notícia ou
petição será submetida a despacho do Presidente da
referência à condenação, salvo para instruir processo pela
República, a quem serão presentes os autos do processo ou
prática de nova infração penal ou outros casos expressos em
a certidão de qualquer de suas peças, se ele o determinar.
lei.
Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos cópia do
Art. 203. No prazo de 6 (seis) meses, a contar da publicação
decreto, o Juiz declarará extinta a pena ou ajustará a
desta Lei, serão editadas as normas complementares ou
execução aos termos do decreto, no caso de comutação.
regulamentares, necessárias à eficácia dos dispositivos não
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por indulto auto-aplicáveis.
coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do
§ 1º Dentro do mesmo prazo deverão as Unidades
Ministério Público, ou por iniciativa do Conselho
Federativas, em convênio com o Ministério da Justiça,
Penitenciário ou da autoridade administrativa, providenciará
projetar a adaptação, construção e equipamento de
de acordo com o disposto no artigo anterior.
estabelecimentos e serviços penais previstos nesta Lei.

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§ 2º Também, no mesmo prazo, deverá ser providenciada a dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de
aquisição ou desapropriação de prédios para instalação de empresas de segurança privada e de transporte de valores;
casas de albergados.
V – identificar as modificações que alterem as características
§ 3º O prazo a que se refere o caput deste artigo poderá ser ou o funcionamento de arma de fogo;
ampliado, por ato do Conselho Nacional de Política Criminal
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;
e Penitenciária, mediante justificada solicitação, instruída
com os projetos de reforma ou de construção de VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as
estabelecimentos. vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
§ 4º O descumprimento injustificado dos deveres VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como
estabelecidos para as Unidades Federativas implicará na conceder licença para exercer a atividade;
suspensão de qualquer ajuda financeira a elas destinada pela
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas,
União, para atender às despesas de execução das penas e
varejistas, exportadores e importadores autorizados de
medidas de segurança.
armas de fogo, acessórios e munições;
Art. 204. Esta Lei entra em vigor concomitantemente com a
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as
lei de reforma da Parte Geral do Código Penal, revogadas as
características das impressões de raiamento e de
disposições em contrário, especialmente a Lei nº 3.274, de 2
microestriamento de projétil disparado, conforme marcação
de outubro de 1957.
e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
Brasília, 11 de julho de 1984; 163º da Independência e 96º
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos
da República.
Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de
JOÃO FIGUEIREDO porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem
Ibrahim Abi-Ackel como manter o cadastro atualizado para consulta.
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as
LEGISLAÇÃO PENAL armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como
as demais que constem dos seus registros próprios.
EXTRAVAGANTE CAPÍTULO II
DO REGISTRO

Lei nº 10.826/2003 Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão


competente.
Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão
fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – registradas no Comando do Exército, na forma do
Sinarm, define crimes e dá outras providências. regulamento desta Lei.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade,
CAPÍTULO I atender aos seguintes requisitos:
DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de
Art. 1º O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas
Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não
circunscrição em todo o território nacional. estar respondendo a inquérito policial ou a processo
criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos;
Art. 2º Ao Sinarm compete: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
I – identificar as características e a propriedade de armas de II – apresentação de documento comprobatório de
fogo, mediante cadastro; ocupação lícita e de residência certa;
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão
vendidas no País; psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as forma disposta no regulamento desta Lei.
renovações expedidas pela Polícia Federal; § 1º O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, fogo após atendidos os requisitos anteriormente
furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os estabelecidos, em nome do requerente e para a arma
indicada, sendo intransferível esta autorização.

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§ 2º A aquisição de munição somente poderá ser feita no incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei. (Redação dada
calibre correspondente à arma registrada e na quantidade pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
estabelecida no regulamento desta Lei. (Redação dada
§ 4º Para fins do cumprimento do disposto no § 3º deste
pela Lei nº 11.706, de 2008)
artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no
§ 3º A empresa que comercializar arma de fogo em território Departamento de Polícia Federal, certificado de registro
nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade provisório, expedido na rede mundial de computadores -
competente, como também a manter banco de dados com internet, na forma do regulamento e obedecidos os
todas as características da arma e cópia dos documentos procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei nº
previstos neste artigo. 11.706, de 2008)
§ 4º A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios I - emissão de certificado de registro provisório pela internet,
e munições responde legalmente por essas mercadorias, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e (Incluído pela
ficando registradas como de sua propriedade enquanto não Lei nº 11.706, de 2008)
forem vendidas.
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia
§ 5º A comercialização de armas de fogo, acessórios e Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que
munições entre pessoas físicas somente será efetivada estimar como necessário para a emissão definitiva do
mediante autorização do Sinarm. certificado de registro de propriedade. (Incluído pela Lei
nº 11.706, de 2008)
§ 6º A expedição da autorização a que se refere o § 1º será
concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no § 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto
prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio
requerimento do interessado. toda a extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído
pela Lei nº 13.870, de 2019)
§ 7º O registro precário a que se refere o § 4º prescinde do
cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo. CAPÍTULO III
§ 8º Estará dispensado das exigências constantes do inciso DO PORTE
III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o
interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que território nacional, salvo para os casos previstos em
comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas legislação própria e para:
características daquela a ser adquirida. (Incluído pela Lei
nº 11.706, de 2008) I – os integrantes das Forças Armadas;

Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e
validade em todo o território nacional, autoriza o seu V do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da Força
proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada
interior de sua residência ou domicílio, ou dependência pela Lei nº 13.500, de 2017)
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos
ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos
empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004) mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento
§ 1º O certificado de registro de arma de fogo será expedido desta Lei; (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
pela Polícia Federal e será precedido de autorização do IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios
Sinarm. com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000
§ 2º Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4º (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço;
deverão ser comprovados periodicamente, em período não (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004) (Vide ADIN
inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no 5538) (Vide ADIN 5948)
regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de
Registro de Arma de Fogo. Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do
§ 3º O proprietário de arma de fogo com certificados de Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do República; (Vide Decreto nº 9.685, de 2019)
Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51,
optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até
o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas
documento de identificação pessoal e comprovante de prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas
residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e portuárias;
do cumprimento das demais exigências constantes dos
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VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério
valores constituídas, nos termos desta Lei; da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004)
IX – para os integrantes das entidades de desporto § 4º Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais
legalmente constituídas, cujas atividades esportivas e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos
demandem o uso de armas de fogo, na forma do Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito
regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a no art. 4º, ficam dispensados do cumprimento do disposto
legislação ambiental. nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do
regulamento desta Lei.
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal
do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e
Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada pela cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma
Lei nº 11.501, de 2007) de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da
categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso
Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos
permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de
Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros
alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde
pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções
que o interessado comprove a efetiva necessidade em
de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo
requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes
Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional
documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
do Ministério Público - CNMP. (Incluído pela Lei nº
12.694, de 2012) I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela Lei
nº 11.706, de 2008)
§ 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput
deste artigo terão direito de portar arma de fogo de II - comprovante de residência em área rural; e (Incluído
propriedade particular ou fornecida pela respectiva pela Lei nº 11.706, de 2008)
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos
III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei nº
termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito
11.706, de 2008)
nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) § 6º O caçador para subsistência que der outro uso à sua
arma de fogo, independentemente de outras tipificações
§ 1º-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e disparo de arma de fogo de uso permitido. (Redação
guardas prisionais poderão portar arma de fogo de dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
propriedade particular ou fornecida pela respectiva
§ 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que
que integram regiões metropolitanas será autorizado porte
estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela Lei
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluído nº 11.706, de 2008)
pela Lei nº 12.993, de 2014)
Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelos empregados das
II - sujeitos à formação funcional, nos termos do empresas de segurança privada e de transporte de valores,
regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) constituídas na forma da lei, serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas empresas,
III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle
somente podendo ser utilizadas quando em serviço,
interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
devendo essas observar as condições de uso e de
§ 1º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo
o certificado de registro e a autorização de porte expedidos
§ 2º A autorização para o porte de arma de fogo aos
pela Polícia Federal em nome da empresa.
integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X
do caput deste artigo está condicionada à comprovação do § 1º O proprietário ou diretor responsável de empresa de
requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4º desta segurança privada e de transporte de valores responderá
Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei,
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se
deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à
§ 3º A autorização para o porte de arma de fogo das guardas
Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de
municipais está condicionada à formação funcional de seus
extravio de armas de fogo, acessórios e munições que
integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade
estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro)
policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de
horas depois de ocorrido o fato.
controle interno, nas condições estabelecidas no

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§ 2º A empresa de segurança e de transporte de valores Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei,
deverá apresentar documentação comprobatória do o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo
preenchimento dos requisitos constantes do art. 4º desta Lei para colecionadores, atiradores e caçadores e de
quanto aos empregados que portarão arma de fogo. representantes estrangeiros em competição internacional
oficial de tiro realizada no território nacional.
§ 3º A listagem dos empregados das empresas referidas
neste artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso
Sinarm. permitido, em todo o território nacional, é de competência
da Polícia Federal e somente será concedida após
Art. 7º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das
autorização do Sinarm.
instituições descritas no inciso XI do art. 6º serão de
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas § 1º A autorização prevista neste artigo poderá ser
instituições, somente podendo ser utilizadas quando em concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos
serviço, devendo estas observar as condições de uso e de termos de atos regulamentares, e dependerá de o
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo requerente:
o certificado de registro e a autorização de porte expedidos
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de
pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído
atividade profissional de risco ou de ameaça à sua
pela Lei nº 12.694, de 2012)
integridade física;
§ 1º A autorização para o porte de arma de fogo de que trata
II – atender às exigências previstas no art. 4º desta Lei;
este artigo independe do pagamento de taxa. (Incluído
pela Lei nº 12.694, de 2012) III – apresentar documentação de propriedade de arma de
fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.
§ 2º O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério
Público designará os servidores de seus quadros pessoais no § 2º A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste
exercício de funções de segurança que poderão portar arma artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o
de fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por portador dela seja detido ou abordado em estado de
cento) do número de servidores que exerçam funções de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou
segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) alucinógenas.
§ 3º O porte de arma pelos servidores das instituições de Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores
que trata este artigo fica condicionado à apresentação de constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços
documentação comprobatória do preenchimento dos relativos:
requisitos constantes do art. 4º desta Lei, bem como à
I – ao registro de arma de fogo;
formação funcional em estabelecimentos de ensino de
atividade policial e à existência de mecanismos de II – à renovação de registro de arma de fogo;
fiscalização e de controle interno, nas condições
III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;
estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído pela
Lei nº 12.694, de 2012) IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
§ 4º A listagem dos servidores das instituições de que trata V – à renovação de porte de arma de fogo;
este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm.
VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma de
(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
fogo.
§ 5º As instituições de que trata este artigo são obrigadas a
§ 1º Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à
registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal
manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e
eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
do Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
responsabilidades.
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de
ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) § 2º São isentas do pagamento das taxas previstas neste
artigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos
Art. 8º As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas
I a VII e X e o § 5º do art. 6º desta Lei. (Redação dada
legalmente constituídas devem obedecer às condições de
pela Lei nº 11.706, de 2008)
uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão
competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as
portar a arma pela sua guarda na forma do regulamento condições do credenciamento de profissionais pela Polícia
desta Lei. Federal para comprovação da aptidão psicológica e da
capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo.
Art. 9º Compete ao Ministério da Justiça a autorização do
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
porte de arma para os responsáveis pela segurança de
cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao

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§ 1º Na comprovação da aptidão psicológica, o valor Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar
cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
dos honorários profissionais para realização de avaliação direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho finalidade a prática de outro crime:
Federal de Psicologia. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
2008)
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.
§ 2º Na comprovação da capacidade técnica, o valor cobrado
(Vide Adin 3.112-1)
pelo instrutor de armamento e tiro não poderá exceder R$
80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munição. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter
§ 3º A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§ em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
1º e 2º deste artigo implicará o descredenciamento do emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
profissional pela Polícia Federal. (Incluído pela Lei nº ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito,
11.706, de 2008) sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
CAPÍTULO IV
DOS CRIMES E DAS PENAS Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela
Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua de identificação de arma de fogo ou artefato;
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de II – modificar as características de arma de fogo, de forma a
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou
estabelecimento ou empresa: restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;

Omissão de cautela III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo


ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para determinação legal ou regulamentar;
impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma
que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente,
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
ou diretor responsável de empresa de segurança e adolescente; e
transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência
policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal,
ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo
quatro) horas depois de ocorrido o fato. envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019)
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, Comércio ilegal de arma de fogo
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar,
permitido, sem autorização e em desacordo com adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma
determinação legal ou regulamentar: utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, determinação legal ou regulamentar:
salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente. (Vide Adin 3.112-1) Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Disparo de arma de fogo

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§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para § 1º Todas as munições comercializadas no País deverão
efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, estar acondicionadas em embalagens com sistema de código
fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a
exercido em residência. (Redação dada pela Lei nº 13.964, identificação do fabricante e do adquirente, entre outras
de 2019) informações definidas pelo regulamento desta Lei.
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma § 2º Para os órgãos referidos no art. 6º, somente serão
de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em expedidas autorizações de compra de munição com
desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis,
agente policial disfarçado, quando presentes elementos na forma do regulamento desta Lei.
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
§ 3º As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco
Tráfico internacional de arma de fogo de segurança e de identificação, gravado no corpo da arma,
definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
órgãos previstos no art. 6º.
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização da autoridade § 4º As instituições de ensino policial e as guardas
competente: municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6º
desta Lei e no seu § 7º poderão adquirir insumos e máquinas
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.
de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
de suas atividades, mediante autorização concedida nos
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou termos definidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº
entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação 11.706, de 2008)
de importação, sem autorização da autoridade competente,
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º
a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é produtos controlados, inclusive o registro e o porte de
aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e
munição forem de uso proibido ou restrito. caçadores.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do
pena é aumentada da metade se: (Redação dada pela Lei laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
nº 13.964, de 2019) interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo
juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas
(quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou (Incluído pela
órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma
Lei nº 13.964, de 2019)
do regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa 13.886, de 2019)
natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º As armas de fogo encaminhadas ao Comando do
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são Exército que receberem parecer favorável à doação,
insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112- obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou
1) órgão de segurança pública, atendidos os critérios de
prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido
CAPÍTULO V
o Comando do Exército, serão arroladas em relatório
DISPOSIÇÕES GERAIS
reservado trimestral a ser encaminhado àquelas instituições,
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse.
com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
disposto nesta Lei. § 1º-A. As armas de fogo e munições apreendidas em
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a decorrência do tráfico de drogas de abuso, ou de qualquer
definição das armas de fogo e demais produtos controlados, forma utilizadas em atividades ilícitas de produção ou
de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de comercialização de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham
valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder sido adquiridas com recursos provenientes do tráfico de
Executivo Federal, mediante proposta do Comando do drogas de abuso, perdidas em favor da União e
Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) encaminhadas para o Comando do Exército, devem ser, após
perícia ou vistoria que atestem seu bom estado, destinadas

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com prioridade para os órgãos de segurança pública e do condição de proprietário, ficando este dispensado do
sistema penitenciário da unidade da federação responsável pagamento de taxas e do cumprimento das demais
pela apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4º
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 2º O Comando do Exército encaminhará a relação das
(Prorrogação de prazo)
armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará
o seu perdimento em favor da instituição beneficiada. Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá
obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de
§ 3º O transporte das armas de fogo doadas será de
registro provisório, expedido na forma do § 4º do art. 5º
responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído
pela Lei nº 11.706, de 2008) Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo
adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo,
§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização,
§ 5º O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o nos termos do regulamento desta Lei.
encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate
Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo
de arma de uso permitido ou de uso restrito,
poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo,
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do
mencionando suas características e o local onde se
regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual
encontram. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
posse irregular da referida arma. (Redação dada pela Lei
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização nº 11.706, de 2008)
e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
armas de fogo, que com estas se possam confundir.
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais)
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os
a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar o
simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à
regulamento desta Lei:
coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo
Comando do Exército. I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário,
marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar,
qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o
excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso
transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou
restrito.
com inobservância das normas de segurança;
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às
II – à empresa de produção ou comércio de armamentos que
aquisições dos Comandos Militares.
realize publicidade para venda, estimulando o uso
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações
adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das especializadas.
entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com
do art. 6º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706,
aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão,
de 2008)
sob pena de responsabilidade, as providências necessárias
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já para evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os
concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5º da Constituição
publicação desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004) Federal.
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação
validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la, dos serviços de transporte internacional e interestadual de
perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4º, 6º e 10 passageiros adotarão as providências necessárias para evitar
desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação, o embarque de passageiros armados.
sem ônus para o requerente.
Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de balísticos serão armazenados no Banco Nacional de Perfis
uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu Balísticos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo
apresentação de documento de identificação pessoal e
cadastrar armas de fogo e armazenar características de
comprovante de residência fixa, acompanhados de nota
classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de
fiscal de compra ou comprovação da origem lícita da posse,
munição deflagrados por arma de fogo. (Incluído pela Lei
pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração
nº 13.964, de 2019)
firmada na qual constem as características da arma e a sua
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§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído


- até 31 de dezembro de 2008 Gratuito
pelos registros de elementos de munição deflagrados por
armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações
(art. 30)
destinadas às apurações criminais federais, estaduais e
distritais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
- a partir de 1o de janeiro de 2009 60,00
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela
unidade oficial de perícia criminal. (Incluído pela Lei nº II - Renovação do certificado de registro de
13.964, de 2019) arma de fogo:
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Gratuito
Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que permitir ou
promover sua utilização para fins diversos dos previstos (art. 5o, §
nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e - até 31 de dezembro de 2008
3o)
administrativamente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de 60,00
- a partir de 1o de janeiro de 2009
dados do Banco Nacional de Perfis Balísticos. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) III - Registro de arma de fogo para empresa 60,00
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de de segurança privada e de transporte
Perfis Balísticos serão regulamentados em ato do Poder
Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) de valores

CAPÍTULO VI IV - Renovação do certificado de registro de


DISPOSIÇÕES FINAIS arma de fogo para empresa de
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e
munição em todo o território nacional, salvo para as segurança privada e de transporte de
entidades previstas no art. 6º desta Lei. valores:

§ 1º Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de


aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em
outubro de 2005. - até 30 de junho de 2008 30,00
§ 2º Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto
neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu
resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 36. É revogada a Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de
1997. - de 1o de julho de 2008 a 31 de outubro de 45,00
Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 2008

Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182º da Independência e


115º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA - a partir de 1o de novembro de 2008 60,00
Márcio Thomaz Bastos
V - Expedição de porte de arma de fogo 1.000,00
José Viegas Filho
VI - Renovação de porte de arma de fogo 1.000,00
Marina Silva
ANEXO VII - Expedição de segunda via de certificado
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) 60,00
de registro de arma de fogo
TABELA DE TAXAS
VIII - Expedição de segunda via de porte de
60,00
ATO ADMINISTRATIVO R$ arma de fogo

I - Registro de arma de fogo:

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Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de


Lei nº 7.716/1989 dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço).

Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel,
cor. pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Pena: reclusão de três a cinco anos.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes
resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, abertos ao público.
etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Pena: reclusão de um a três anos.
Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em
Art. 2º (Vetado). estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente sociais abertos ao público.
habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Pena: reclusão de um a três anos.
Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões
Pena: reclusão de dois a cinco anos. de cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo ou estabelecimento com as mesmas finalidades.
de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência Pena: reclusão de um a três anos.
nacional, obstar a promoção funcional. (Incluído pela Lei nº
12.288, de 2010) Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios
públicos ou residenciais e elevadores ou escada de acesso
Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada. aos mesmos:
Pena: reclusão de dois a cinco anos. Pena: reclusão de um a três anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos,
discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou
preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica: qualquer outro meio de transporte concedido.
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)
Pena: reclusão de um a três anos.
I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao
empregado em igualdade de condições com os demais Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em
trabalhadores; (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) qualquer ramo das Forças Armadas.

II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar Pena: reclusão de dois a quatro anos.
outra forma de benefício profissional; (Incluído pela Lei nº Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o
12.288, de 2010) casamento ou convivência familiar e social.
III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no Pena: reclusão de dois a quatro anos.
ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário.
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) Art. 15. (Vetado).

§ 2º Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou
serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da função pública, para o servidor público, e a suspensão do
igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra funcionamento do estabelecimento particular por prazo não
forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de superior a três meses.
aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas Art. 17. (Vetado).
atividades não justifiquem essas exigências.
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento não são automáticos, devendo ser motivadamente
comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente declarados na sentença.
ou comprador.
Art. 19. (Vetado).
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
qualquer grau.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
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Pena: reclusão de um a três anos e multa. (Redação dada Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a
pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta Lei.
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos
emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que seguintes documentos:
utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação
I – carteira de identidade;
do nazismo. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
II – carteira de trabalho; (Revogado pela Medida
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei
Provisória nº 905, de 2019)
nº 9.459, de 15/05/97)
III – carteira profissional;
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido
por intermédio dos meios de comunicação social ou IV – passaporte;
publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei nº
V – carteira de identificação funcional;
9.459, de 15/05/97)
VI – outro documento público que permita a identificação do
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei
indiciado.
nº 9.459, de 15/05/97)
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar,
aos documentos de identificação civis os documentos de
ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes
identificação militares.
do inquérito policial, sob pena de desobediência: (Redação
dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) Art. 3º Embora apresentado documento de identificação,
poderá ocorrer identificação criminal quando:
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos
exemplares do material respectivo;(Incluído pela Lei nº I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de
9.459, de 15/05/97) falsificação;
II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, II – o documento apresentado for insuficiente para
televisivas, eletrônicas ou da publicação por qualquer meio; identificar cabalmente o indiciado;
(Redação dada pela Lei nº 12.735, de 2012)
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos,
III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de com informações conflitantes entre si;
informação na rede mundial de computadores. (Incluído
IV – a identificação criminal for essencial às investigações
pela Lei nº 12.288, de 2010)
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, competente, que decidirá de ofício ou mediante
após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do representação da autoridade policial, do Ministério Público
material apreendido. (Incluído pela Lei nº 9.459, de ou da defesa;
15/05/97)
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. diferentes qualificações;
(Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990)
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário. localidade da expedição do documento apresentado
(Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990) impossibilite a completa identificação dos caracteres
essenciais.
Brasília, 5 de janeiro de 1989; 168º da Independência e 101º
da República. Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados
deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma
JOSÉ SARNEY
de investigação, ainda que consideradas insuficientes para
Paulo Brossard identificar o indiciado.
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação
Lei nº 12.037/2009 criminal, a autoridade encarregada tomará as providências
necessárias para evitar o constrangimento do identificado.
Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente
identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo
Constituição Federal. datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos
da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito
O VICE – PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo policial ou outra forma de investigação.
de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a
identificação criminal poderá incluir a coleta de material

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biológico para a obtenção do perfil genético. (Incluído pela § 2º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
Lei nº 12.654, de 2012) Digitais tem como objetivo armazenar dados de registros
biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de
Art. 5o-A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético
íris, face e voz, para subsidiar investigações criminais
deverão ser armazenados em banco de dados de perfis
federais, estaduais ou distritais. (Incluído pela Lei nº
genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal.
13.964, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 3º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
§ 1º As informações genéticas contidas nos bancos de dados
Digitais será integrado pelos registros biométricos, de
de perfis genéticos não poderão revelar traços somáticos ou
impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em
comportamentais das pessoas, exceto determinação
investigações criminais ou por ocasião da identificação
genética de gênero, consoante as normas constitucionais e
criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e
dados genéticos. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) § 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos, de
impressões digitais, de íris, face e voz dos presos provisórios
§ 2º Os dados constantes dos bancos de dados de perfis
ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por ocasião
genéticos terão caráter sigiloso, respondendo civil, penal e
da identificação criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
administrativamente aquele que permitir ou promover sua
2019)
utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em
decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) § 5º Poderão integrar o Banco Nacional Multibiométrico e de
Impressões Digitais, ou com ele interoperar, os dados de
§ 3º As informações obtidas a partir da coincidência de perfis
registros constantes em quaisquer bancos de dados geridos
genéticos deverão ser consignadas em laudo pericial firmado
por órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das
por perito oficial devidamente habilitado. (Incluído pela Lei
esferas federal, estadual e distrital, inclusive pelo Tribunal
nº 12.654, de 2012)
Superior Eleitoral e pelos Institutos de Identificação Civil.
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
indiciado em atestados de antecedentes ou em informações
§ 6º No caso de bancos de dados de identificação de
não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em
natureza civil, administrativa ou eleitoral, a integração ou o
julgado da sentença condenatória.
compartilhamento dos registros do Banco Nacional
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua Multibiométrico e de Impressões Digitais será limitado às
rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, impressões digitais e às informações necessárias para
após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em identificação do seu titular. (Incluído pela Lei nº 13.964,
julgado da sentença, requerer a retirada da identificação de 2019)
fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente
§ 7º A integração ou a interoperação dos dados de registros
provas de sua identificação civil.
multibiométricos constantes de outros bancos de dados com
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais
dados ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) ocorrerá por meio de acordo ou convênio com a unidade
gestora. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - no caso de absolvição do acusado; ou (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) § 8º Os dados constantes do Banco Nacional Multibiométrico
e de Impressões Digitais terão caráter sigiloso, e aquele que
II - no caso de condenação do acusado, mediante
permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos
requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do
previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil,
cumprimento da pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
penal e administrativamente. (Incluído pela Lei nº 13.964,
2019)
de 2019)
Art. 7º-B. A identificação do perfil genético será armazenada
§ 9º As informações obtidas a partir da coincidência de
em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser
registros biométricos relacionados a crimes deverão ser
expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.654,
consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial
de 2012)
habilitado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça
§ 10. É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de
e Segurança Pública, do Banco Nacional Multibiométrico e
dados do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
de Impressões Digitais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
Digitais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
2019)
§ 11. A autoridade policial e o Ministério Público poderão
§ 1º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional
requerer ao juiz competente, no caso de inquérito ou ação
Multibiométrico e de Impressões Digitais serão
penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional
regulamentados em ato do Poder Executivo federal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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Multibiométrico e de Impressões Digitais. (Incluído pela Lei Brasília, 20 de junho de 2013; 192º da Independência e 125º
nº 13.964, de 2019) da República.
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. DILMA ROUSSEFF
Art. 9º Revoga-se a Lei nº 10.054, de 7 de dezembro de 2000. José Eduardo Cardozo
Brasília, 1o de outubro de 2009; 188º da Independência e Miriam Belchior
121º da República.
Luís Inácio Lucena Adams
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto Lei nº 9.099/1995
Lei nº 12.830/2013 Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá
outras providências.
Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo
delegado de polícia. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal
conduzida pelo delegado de polícia. Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da
Justiça Ordinária, serão criados pela União, no Distrito
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação,
infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de processo, julgamento e execução, nas causas de sua
natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. competência.
§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade,
policial, cabe a condução da investigação criminal por meio simplicidade, informalidade, economia processual e
de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou
que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da a transação.
materialidade e da autoria das infrações penais.
CAPÍTULO II
§ 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
polícia a requisição de perícia, informações, documentos e SEÇÃO I
dados que interessem à apuração dos fatos. DA COMPETÊNCIA
§ 3º (VETADO). Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para
§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de
lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído menor complexidade, assim consideradas:
por superior hierárquico, mediante despacho I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário
fundamentado, por motivo de interesse público ou nas mínimo;
hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em
regulamento da corporação que prejudique a eficácia da II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de
investigação. Processo Civil;

§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por III - a ação de despejo para uso próprio;
ato fundamentado. IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar- excedente ao fixado no inciso I deste artigo.
se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico- § 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade
e suas circunstâncias. I - dos seus julgados;

Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até
em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no §
tratamento protocolar que recebem os magistrados, os 1º do art. 8º desta Lei.
membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os § 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as
advogados. causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a

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acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da
das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei
no 9.790, de 23 de março de 1999; (Incluído pela Lei nº
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará
12.126, de 2009)
em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido
neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação. IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos
termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o
2001. (Incluído pela Lei nº 12.126, de 2009)
Juizado do foro:
§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor,
I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde
independentemente de assistência, inclusive para fins de
aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou
conciliação.
mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou
escritório; Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as
partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
por advogado; nas de valor superior, a assistência é
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas obrigatória.
ações para reparação de dano de qualquer natureza.
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser comparecer assistida por advogado, ou se o réu for pessoa
proposta no foro previsto no inciso I deste artigo. jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser,
assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao
SEÇÃO II
Juizado Especial, na forma da lei local.
DO JUIZ, DOS CONCILIADORES E DOS JUÍZES LEIGOS
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio
Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para
por advogado, quando a causa o recomendar.
determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e
para dar especial valor às regras de experiência comum ou § 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto
técnica. aos poderes especiais.
Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar § 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma
mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às individual, poderá ser representado por preposto
exigências do bem comum. credenciado, munido de carta de preposição com poderes
para transigir, sem haver necessidade de vínculo
Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da
empregatício.(Redação dada pela Lei nº 12.137, de 2009)
Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os
bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de
mais de cinco anos de experiência. intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o
litisconsórcio.
Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de
exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos previstos em
no desempenho de suas funções. lei.
SEÇÃO III SEÇÃO IV
DAS PARTES DOS ATOS PROCESSUAIS
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão
esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as
público, as empresas públicas da União, a massa falida e o normas de organização judiciária.
insolvente civil.
Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por
§ 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o lei ou pelo juiz, para a prática de qualquer ato processual,
Juizado Especial: (Redação dada pela Lei nº 12.126, de inclusive para a interposição de recursos, computar-se-ão
2009) somente os dias úteis. (Incluído pela Lei nº 13.728, de 2018)
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que
direito de pessoas jurídicas; (Incluído pela Lei nº 12.126, preencherem as finalidades para as quais forem realizados,
de 2009) atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei.
II - as pessoas enquadradas como microempreendedores § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na havido prejuízo.
forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de
2006; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de
2014)

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§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas § 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para
poderá ser solicitada por qualquer meio idôneo de comparecimento do citando e advertência de que, não
comunicação. comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as
alegações iniciais, e será proferido julgamento, de plano.
§ 3º Apenas os atos considerados essenciais serão
registrados resumidamente, em notas manuscritas, § 2º Não se fará citação por edital.
datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os demais
§ 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou
atos poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente,
nulidade da citação.
que será inutilizada após o trânsito em julgado da decisão.
Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista para
§ 4º As normas locais disporão sobre a conservação das
citação, ou por qualquer outro meio idôneo de comunicação.
peças do processo e demais documentos que o instruem.
§ 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão
SEÇÃO V
desde logo cientes as partes.
DO PEDIDO
§ 2º As partes comunicarão ao juízo as mudanças de
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do
endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se
pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado.
eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente
§ 1º Do pedido constarão, de forma simples e em linguagem indicado, na ausência da comunicação.
acessível:
SEÇÃO VII
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes; DA REVELIA
II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta; Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de
conciliação ou à audiência de instrução e julgamento,
III - o objeto e seu valor.
reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido
§ 2º É lícito formular pedido genérico quando não for inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz.
possível determinar, desde logo, a extensão da obrigação.
SEÇÃO VIII
§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela Secretaria do DA CONCILIAÇÃO E DO JUÍZO ARBITRAL
Juizado, podendo ser utilizado o sistema de fichas ou
Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo esclarecerá as
formulários impressos.
partes presentes sobre as vantagens da conciliação,
Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei poderão mostrando-lhes os riscos e as conseqüências do litígio,
ser alternativos ou cumulados; nesta última hipótese, desde especialmente quanto ao disposto no § 3º do art. 3º desta
que conexos e a soma não ultrapasse o limite fixado naquele Lei.
dispositivo.
Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou
Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de leigo ou por conciliador sob sua orientação.
distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a
§ 1º Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e
sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias.
homologada pelo Juiz togado mediante sentença com
Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as partes, eficácia de título executivo. (Incluído pela Lei nº
instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação, 13.994, de 2020).
dispensados o registro prévio de pedido e a citação.
§ 2º É cabível a conciliação não presencial conduzida pelo
Parágrafo único. Havendo pedidos contrapostos, poderá ser Juizado mediante o emprego dos recursos tecnológicos
dispensada a contestação formal e ambos serão apreciados disponíveis de transmissão de sons e imagens em tempo
na mesma sentença. real, devendo o resultado da tentativa de conciliação ser
reduzido a escrito com os anexos pertinentes. (Incluído
SEÇÃO VI
pela Lei nº 13.994, de 2020).
DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
Art. 23. Se o demandado não comparecer ou recusar-se a
Art. 18. A citação far-se-á:
participar da tentativa de conciliação não presencial, o Juiz
I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão togado proferirá sentença. (Redação dada pela Lei nº
própria; 13.994, de 2020)
II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar,
mediante entrega ao encarregado da recepção, que será de comum acordo, pelo juízo arbitral, na forma prevista
obrigatoriamente identificado; nesta Lei.
III - sendo necessário, por oficial de justiça, § 1º O juízo arbitral considerar-se-á instaurado,
independentemente de mandado ou carta precatória. independentemente de termo de compromisso, com a

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escolha do árbitro pelas partes. Se este não estiver presente, previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que
o Juiz convocá-lo-á e designará, de imediato, a data para a considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.
audiência de instrução.
Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada
§ 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos. parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento
levadas pela parte que as tenha arrolado,
Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos
independentemente de intimação, ou mediante esta, se
critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º desta Lei,
assim for requerido.
podendo decidir por eqüidade.
§ 1º O requerimento para intimação das testemunhas será
Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias
apresentado à Secretaria no mínimo cinco dias antes da
subseqüentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz togado
audiência de instrução e julgamento.
para homologação por sentença irrecorrível.
§ 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz
SEÇÃO IX
poderá determinar sua imediata condução, valendo-se, se
DA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
necessário, do concurso da força pública.
Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á
Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir
imediatamente à audiência de instrução e julgamento, desde
técnicos de sua confiança, permitida às partes a
que não resulte prejuízo para a defesa.
apresentação de parecer técnico.
Parágrafo único. Não sendo possível a sua realização
Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de
imediata, será a audiência designada para um dos quinze
ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em
dias subseqüentes, cientes, desde logo, as partes e
pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua
testemunhas eventualmente presentes.
confiança, que lhe relatará informalmente o verificado.
Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão
Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, devendo a
ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a
sentença referir, no essencial, os informes trazidos nos
sentença.
depoimentos.
Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes que
Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob a
possam interferir no regular prosseguimento da audiência.
supervisão de Juiz togado.
As demais questões serão decididas na sentença.
SEÇÃO XII
Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por
DA SENTENÇA
uma das partes, manifestar-se-á imediatamente a parte
contrária, sem interrupção da audiência. Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção
do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em
SEÇÃO X
audiência, dispensado o relatório.
DA RESPOSTA DO RÉU
Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por
Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda
quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido.
matéria de defesa, exceto argüição de suspeição ou
impedimento do Juiz, que se processará na forma da Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que
legislação em vigor. exceder a alçada estabelecida nesta Lei.
Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução proferirá
contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do sua decisão e imediatamente a submeterá ao Juiz togado,
art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que que poderá homologá-la, proferir outra em substituição ou,
constituem objeto da controvérsia. antes de se manifestar, determinar a realização de atos
probatórios indispensáveis.
Parágrafo único. O autor poderá responder ao pedido do réu
na própria audiência ou requerer a designação da nova data, Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de
que será desde logo fixada, cientes todos os presentes. conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio
Juizado.
SEÇÃO XI
DAS PROVAS § 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três
Juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição,
Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legítimos,
reunidos na sede do Juizado.
ainda que não especificados em lei, são hábeis para provar a
veracidade dos fatos alegados pelas partes. § 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente
representadas por advogado.
Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência de
instrução e julgamento, ainda que não requeridas

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Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos
contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual no art. 8º desta Lei;
constarão as razões e o pedido do recorrente.
V - quando, falecido o autor, a habilitação depender de
§ 1º O preparo será feito, independentemente de intimação, sentença ou não se der no prazo de trinta dias;
nas quarenta e oito horas seguintes à interposição, sob pena
VI - quando, falecido o réu, o autor não promover a citação
de deserção.
dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do fato.
§ 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para
§ 1º A extinção do processo independerá, em qualquer
oferecer resposta escrita no prazo de dez dias.
hipótese, de prévia intimação pessoal das partes.
Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo
§ 2º No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar que
o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável
a ausência decorre de força maior, a parte poderá ser
para a parte.
isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas.
Art. 44. As partes poderão requerer a transcrição da
SEÇÃO XV
gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. 13 desta
DA EXECUÇÃO
Lei, correndo por conta do requerente as despesas
respectivas. Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio
Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Código
Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de
de Processo Civil, com as seguintes alterações:
julgamento.
I - as sentenças serão necessariamente líquidas, contendo a
Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenas
conversão em Bônus do Tesouro Nacional - BTN ou índice
da ata, com a indicação suficiente do processo,
equivalente;
fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for
confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do II - os cálculos de conversão de índices, de honorários, de
julgamento servirá de acórdão. juros e de outras parcelas serão efetuados por servidor
judicial;
Art. 47. (VETADO)
III - a intimação da sentença será feita, sempre que possível,
SEÇÃO XIII
na própria audiência em que for proferida. Nessa intimação,
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
o vencido será instado a cumprir a sentença tão logo ocorra
Art. 48. Caberão embargos de declaração contra sentença seu trânsito em julgado, e advertido dos efeitos do seu
ou acórdão nos casos previstos no Código de Processo descumprimento (inciso V);
Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
IV - não cumprida voluntariamente a sentença transitada em
2015) (Vigência)
julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que
Parágrafo único. Os erros materiais podem ser corrigidos de poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução,
ofício. dispensada nova citação;
Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não
escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da fazer, o Juiz, na sentença ou na fase de execução, cominará
ciência da decisão. multa diária, arbitrada de acordo com as condições
econômicas do devedor, para a hipótese de
Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo
inadimplemento. Não cumprida a obrigação, o credor
para a interposição de recurso. (Redação dada pela Lei nº
poderá requerer a elevação da multa ou a transformação da
13.105, de 2015) (Vigência)
condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato
SEÇÃO XIV arbitrará, seguindo-se a execução por quantia certa, incluída
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO a multa vencida de obrigação de dar, quando evidenciada a
MÉRITO malícia do devedor na execução do julgado;
Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o
lei: cumprimento por outrem, fixado o valor que o devedor deve
depositar para as despesas, sob pena de multa diária;
I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das
audiências do processo; VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o
devedor, o credor ou terceira pessoa idônea a tratar da
II - quando inadmissível o procedimento instituído por esta
alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará em
Lei ou seu prosseguimento, após a conciliação;
juízo até a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço
III - quando for reconhecida a incompetência territorial; inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. Se o

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pagamento não for à vista, será oferecida caução idônea, nos Parágrafo único. Na execução não serão contadas custas,
casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado o imóvel; salvo quando:
VIII - é dispensada a publicação de editais em jornais, quando I - reconhecida a litigância de má-fé;
se tratar de alienação de bens de pequeno valor;
II - improcedentes os embargos do devedor;
IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da
III - tratar-se de execução de sentença que tenha sido objeto
execução, versando sobre:
de recurso improvido do devedor.
a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à
SEÇÃO XVII
revelia;
DISPOSIÇÕES FINAIS
b) manifesto excesso de execução;
Art. 56. Instituído o Juizado Especial, serão implantadas as
c) erro de cálculo; curadorias necessárias e o serviço de assistência judiciária.
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou
superveniente à sentença. valor, poderá ser homologado, no juízo competente,
independentemente de termo, valendo a sentença como
Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor
título executivo judicial.
de até quarenta salários mínimos, obedecerá ao disposto no
Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas Parágrafo único. Valerá como título extrajudicial o acordo
por esta Lei. celebrado pelas partes, por instrumento escrito,
referendado pelo órgão competente do Ministério Público.
§ 1º Efetuada a penhora, o devedor será intimado a
comparecer à audiência de conciliação, quando poderá Art. 58. As normas de organização judiciária local poderão
oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente. estender a conciliação prevista nos arts. 22 e 23 a causas não
abrangidas por esta Lei.
§ 2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz
para a solução do litígio, se possível com dispensa da Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas
alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre ao procedimento instituído por esta Lei.
outras medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou
CAPÍTULO III
a prestação, a dação em pagamento ou a imediata
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS
adjudicação do bem penhorado.
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 3º Não apresentados os embargos em audiência, ou
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes
julgados improcedentes, qualquer das partes poderá
togados ou togados e leigos, tem competência para a
requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativas do
conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais
parágrafo anterior.
de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de
§ 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313,
penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, de 2006)
devolvendo-se os documentos ao autor.
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo
SEÇÃO XVI comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das
DAS DESPESAS regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos
da transação penal e da composição dos danos
Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em
civis. (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006)
primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas
ou despesas. Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais
Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do
e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2
art. 42 desta Lei, compreenderá todas as despesas
(dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada
processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau
pela Lei nº 11.313, de 2006)
de jurisdição, ressalvada a hipótese de assistência judiciária
gratuita. Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á
pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade,
Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que
vencido em custas e honorários de advogado, ressalvados os
possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a
casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente,
aplicação de pena não privativa de liberdade. (Redação
vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que
dada pela Lei nº 13.603, de 2018)
serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor
de condenação ou, não havendo condenação, do valor
corrigido da causa.

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SEÇÃO I violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida


DA COMPETÊNCIA E DOS ATOS PROCESSUAIS de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de
convivência com a vítima. (Redação dada pela Lei nº
Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo
10.455, de 13.5.2002))
lugar em que foi praticada a infração penal.
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão
sendo possível a realização imediata da audiência preliminar,
realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana,
será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes.
conforme dispuserem as normas de organização judiciária.
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que
envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se for
preencherem as finalidades para as quais foram realizados,
o caso, a do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68
atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei.
desta Lei.
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante
havido prejuízo.
do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas possível, o responsável civil, acompanhados por seus
poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da
comunicação. composição dos danos e da aceitação da proposta de
aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos
havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por
instrução e julgamento poderão ser gravados em fita conciliador sob sua orientação.
magnética ou equivalente.
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça,
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre
sempre que possível, ou por mandado. bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na
administração da Justiça Criminal.
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado,
o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito
adoção do procedimento previsto em lei. e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá
eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso
de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa
ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da privada ou de ação penal pública condicionada à
recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao
necessário, por oficial de justiça, independentemente de direito de queixa ou representação.
mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada
idôneo de comunicação.
imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o
Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência direito de representação verbal, que será reduzida a termo.
considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os
Parágrafo único. O não oferecimento da representação na
interessados e defensores.
audiência preliminar não implica decadência do direito, que
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado poderá ser exercido no prazo previsto em lei.
de citação do acusado, constará a necessidade de seu
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de
comparecimento acompanhado de advogado, com a
ação penal pública incondicionada, não sendo caso de
advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a
defensor público.
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas,
SEÇÃO II a ser especificada na proposta.
DA FASE PRELIMINAR
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável,
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima,
providenciando-se as requisições dos exames periciais I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de
necessários. crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de
termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos
assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá termos deste artigo;
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de
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III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a § 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável civil,
personalidade do agente, bem como os motivos e as serão intimados nos termos do art. 67 desta Lei para
circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da comparecerem à audiência de instrução e julgamento.
medida.
§ 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, prevista no art. 67 desta Lei.
será submetida à apreciação do Juiz.
Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver
autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos havido possibilidade de tentativa de conciliação e de
ou multa, que não importará em reincidência, sendo oferecimento de proposta pelo Ministério Público, proceder-
registrada apenas para impedir novamente o mesmo se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.
benefício no prazo de cinco anos.
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz,
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a quando imprescindível, a condução coercitiva de quem deva
apelação referida no art. 82 desta Lei. comparecer.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor
não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou
para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão
efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa,
no juízo cível. interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-
se imediatamente aos debates orais e à prolação da
SEÇÃO III
sentença.
DO PROCEDIMENTO SUMARIÍSSIMO
§ 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não
instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as
houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou
que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.
pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei,
o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia § 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo,
oral, se não houver necessidade de diligências assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo
imprescindíveis. dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença.
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada § 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os
com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta elementos de convicção do Juiz.
Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da
exame do corpo de delito quando a materialidade do crime
sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma
estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente.
composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público
§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias,
poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças
contados da ciência da sentença pelo Ministério Público,
existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei.
pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser constarão as razões e o pedido do recorrente.
oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a
§ 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita
complexidade e as circunstâncias do caso determinam a
no prazo de dez dias.
adoção das providências previstas no parágrafo único do art.
66 desta Lei. § 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação
da fita magnética a que alude o § 3º do art. 65 desta Lei.
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a
termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ela ficará § 4º As partes serão intimadas da data da sessão de
citado e imediatamente cientificado da designação de dia e julgamento pela imprensa.
hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual
§ 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios
também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o
fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.
responsável civil e seus advogados.
Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em
§ 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na forma
sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou
dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiência
omissão. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas
2015) (Vigência)
testemunhas ou apresentar requerimento para intimação,
no mínimo cinco dias antes de sua realização.

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§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo,
oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
decisão.
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica
§ 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à
interposição de recurso. (Redação dada pela Lei nº 13.105, situação pessoal do acusado.
de 2015) (Vigência)
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício. beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não
efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
SEÇÃO IV
DA EXECUÇÃO § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou
Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu
descumprir qualquer outra condição imposta.
cumprimento far-se-á mediante pagamento na Secretaria do
Juizado. § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta
a punibilidade.
Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o Juiz declarará
extinta a punibilidade, determinando que a condenação não § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão
fique constando dos registros criminais, exceto para fins de do processo.
requisição judicial.
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste
Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, será feita a artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.
conversão em pena privativa da liberdade, ou restritiva de
Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos
direitos, nos termos previstos em lei.
processos penais cuja instrução já estiver iniciada. (Vide
Art. 86. A execução das penas privativas de liberdade e ADIN nº 1.719-9)
restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, será
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito
processada perante o órgão competente, nos termos da lei.
da Justiça Militar. (Artigo incluído pela Lei nº 9.839, de
SEÇÃO V 27.9.1999)
DAS DESPESAS PROCESSUAIS
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo civil e representação para a propositura da ação penal pública, o
aplicação de pena restritiva de direitos ou multa (arts. 74 e ofendido ou seu representante legal será intimado para
76, § 4º), as despesas processuais serão reduzidas, conforme oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência.
dispuser lei estadual.
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições dos
SEÇÃO VI Códigos Penal e de Processo Penal, no que não forem
DISPOSIÇÕES FINAIS incompatíveis com esta Lei.
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação CAPÍTULO IV
especial, dependerá de representação a ação penal relativa DISPOSIÇÕES FINAIS COMUNS
aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de Juizados
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual Especiais Cíveis e Criminais, sua organização, composição e
ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o competência.
Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a
Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser prestados, e as
suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o
audiências realizadas fora da sede da Comarca, em bairros
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido
ou cidades a ela pertencentes, ocupando instalações de
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos
prédios públicos, de acordo com audiências previamente
que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77
anunciadas.
do Código Penal).
Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios criarão e
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na
instalarão os Juizados Especiais no prazo de seis meses, a
presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá
contar da vigência desta Lei.
suspender o processo, submetendo o acusado a período de
prova, sob as seguintes condições: Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) meses, contado da
publicação desta Lei, serão criados e instalados os Juizados
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
Especiais Itinerantes, que deverão dirimir, prioritariamente,
II - proibição de freqüentar determinados lugares; os conflitos existentes nas áreas rurais ou nos locais de
menor concentração populacional. (Redação dada pela Lei
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem
nº 12.726, de 2012)
autorização do Juiz;

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Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de sessenta dias de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
após a sua publicação. violência, crueldade e opressão.
Art. 97. Ficam revogadas a Lei nº 4.611, de 2 de abril de § 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as
1965 e a Lei nº 7.244, de 7 de novembro de 1984. condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos
enunciados no caput.
Brasília, 26 de setembro de 1995; 174º da Independência e
107º da República. Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins
sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
peculiares das mulheres em situação de violência doméstica
Nelson A. Jobim
e familiar.

Lei nº 11.340/2006 TÍTULO II


DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e MULHER
familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da CAPÍTULO I
Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de DISPOSIÇÕES GERAIS
Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou
a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015)
Execução Penal; e dá outras providências.
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
TÍTULO I II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES formada por indivíduos que são ou se consideram
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos vontade expressa;
do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a conviva ou tenha convivido com a ofendida,
Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e independentemente de coabitação.
Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados
internacionais ratificados pela República Federativa do Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste
Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência artigo independem de orientação sexual.
Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher
de assistência e proteção às mulheres em situação de constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.
violência doméstica e familiar.
CAPÍTULO II
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, CONTRA A MULHER
idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a
facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde mulher, entre outras:
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e I - a violência física, entendida como qualquer conduta que
social. ofenda sua integridade ou saúde corporal;
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta
exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima
alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento
justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à ou que vise degradar ou controlar suas ações,
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
comunitária. constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem vigilância constante, perseguição contumaz, insulto,
garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização,
relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro
meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à

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autodeterminação; (Redação dada pela Lei nº 13.772, de voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a
2018) difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos
humanos das mulheres;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que
a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou outros instrumentos de promoção de parceria entre
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-
qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar governamentais, tendo por objetivo a implementação de
qualquer método contraceptivo ou que a force ao programas de erradicação da violência doméstica e familiar
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, contra a mulher;
mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da
que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e
Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos
reprodutivos;
profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;
conduta que configure retenção, subtração, destruição
VIII - a promoção de programas educacionais que
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
etnia;
necessidades;
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que
de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos,
configure calúnia, difamação ou injúria.
à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da
TÍTULO III violência doméstica e familiar contra a mulher.
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
CAPÍTULO II
DOMÉSTICA E FAMILIAR
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
CAPÍTULO I
DOMÉSTICA E FAMILIAR
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO
Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência
Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica
doméstica e familiar será prestada de forma articulada e
e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto
conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei
articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito
Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde,
Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais,
no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas
tendo por diretrizes:
e políticas públicas de proteção, e emergencialmente
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério quando for o caso.
Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da
pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e
mulher em situação de violência doméstica e familiar no
habitação;
cadastro de programas assistenciais do governo federal,
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras estadual e municipal.
informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de
§ 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência
raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à
doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e
freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher,
psicológica:
para a sistematização de dados, a serem unificados
nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública,
medidas adotadas; integrante da administração direta ou indireta;
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o
éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os afastamento do local de trabalho, por até seis meses.
papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a
III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o
violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido
caso, inclusive para eventual ajuizamento da ação de
no inciso III do art. 1º , no inciso IV do art. 3º e no inciso IV
separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou
do art. 221 da Constituição Federal ;
de dissolução de união estável perante o juízo
IV - a implementação de atendimento policial especializado competente. (Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019)
para as mulheres, em particular nas Delegacias de
§ 3º A assistência à mulher em situação de violência
Atendimento à Mulher;
doméstica e familiar compreenderá o acesso aos benefícios
V - a promoção e a realização de campanhas educativas de decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico,
prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a
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profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e preferencialmente do sexo feminino - previamente
da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros capacitados. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de
§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência
violência sexual.
doméstica e familiar ou de testemunha de violência
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher,
física, sexual ou psicológica e dano moral ou patrimonial a obedecerá às seguintes diretrizes: (Incluído pela Lei nº
mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, 13.505, de 2017)
inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de
I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da
acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos serviços de
depoente, considerada a sua condição peculiar de pessoa em
saúde prestados para o total tratamento das vítimas em
situação de violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei
situação de violência doméstica e familiar, recolhidos os
nº 13.505, de 2017)
recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do ente
federado responsável pelas unidades de saúde que II - garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em
prestarem os serviços. (Vide Lei nº 13.871, de situação de violência doméstica e familiar, familiares e
2019) (Vigência) testemunhas terão contato direto com investigados ou
suspeitos e pessoas a eles relacionadas; (Incluído pela Lei nº
§ 5º Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso
13.505, de 2017)
de perigo iminente e disponibilizados para o monitoramento
das vítimas de violência doméstica ou familiar amparadas III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas
por medidas protetivas terão seus custos ressarcidos pelo inquirições sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e
agressor. (Vide Lei nº 13.871, de 2019) (Vigência) administrativo, bem como questionamentos sobre a vida
privada. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
§ 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste
artigo não poderá importar ônus de qualquer natureza ao § 2º Na inquirição de mulher em situação de violência
patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem doméstica e familiar ou de testemunha de delitos de que
configurar atenuante ou ensejar possibilidade de trata esta Lei, adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte
substituição da pena aplicada. (Vide Lei nº 13.871, de procedimento: (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
2019) (Vigência)
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado
§ 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar para esse fim, o qual conterá os equipamentos próprios e
tem prioridade para matricular seus dependentes em adequados à idade da mulher em situação de violência
instituição de educação básica mais próxima de seu doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo e à gravidade
domicílio, ou transferi-los para essa instituição, mediante a da violência sofrida; (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
apresentação dos documentos comprobatórios do registro
II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por
da ocorrência policial ou do processo de violência doméstica
profissional especializado em violência doméstica e familiar
e familiar em curso. (Incluído pela Lei nº 13.882, de
designado pela autoridade judiciária ou policial; (Incluído
2019)
pela Lei nº 13.505, de 2017)
§ 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de seus
III - o depoimento será registrado em meio eletrônico ou
dependentes matriculados ou transferidos conforme o
magnético, devendo a degravação e a mídia integrar o
disposto no § 7º deste artigo, e o acesso às informações será
inquérito. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
reservado ao juiz, ao Ministério Público e aos órgãos
competentes do poder público. (Incluído pela Lei nº Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência
13.882, de 2019) doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre
outras providências:
CAPÍTULO III
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL I - garantir proteção policial, quando necessário,
comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência
Judiciário;
doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial
que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e
imediato, as providências legais cabíveis. ao Instituto Médico Legal;
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes
ao descumprimento de medida protetiva de urgência para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;
deferida.
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a
Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do
doméstica e familiar o atendimento policial e pericial domicílio familiar;
especializado, ininterrupto e prestado por servidores -

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V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou
e os serviços disponíveis, inclusive os de assistência judiciária prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de
para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da saúde.
ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de
Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de
casamento ou de dissolução de união estável. (Redação
suas políticas e planos de atendimento à mulher em situação
dada pela Lei nº 13.894, de 2019)
de violência doméstica e familiar, darão prioridade, no
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar âmbito da Polícia Civil, à criação de Delegacias Especializadas
contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a de Atendimento à Mulher (Deams), de Núcleos
autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes Investigativos de Feminicídio e de equipes especializadas
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código para o atendimento e a investigação das violências graves
de Processo Penal: contra a mulher.
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a Art. 12-B. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
representação a termo, se apresentada;
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
II - colher todas as provas que servirem para o
§ 2º (VETADO. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
§ 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
públicos necessários à defesa da mulher em situação de
expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para
violência doméstica e familiar e de seus dependentes.
a concessão de medidas protetivas de urgência;
(Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à
da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;
vida ou à integridade física da mulher em situação de
V - ouvir o agressor e as testemunhas; violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o
agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos
local de convivência com a ofendida: (Incluído pela Lei nº
autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a
13.827, de 2019)
existência de mandado de prisão ou registro de outras
ocorrências policiais contra ele; I - pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei nº 13.827, de
2019)
VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou posse
de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for
autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à sede de comarca; ou (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
instituição responsável pela concessão do registro ou da
III - pelo policial, quando o Município não for sede de
emissão do porte, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de
comarca e não houver delegado disponível no momento da
dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento); (Incluído
denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
pela Lei nº 13.880, de 2019)
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao
juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro)
juiz e ao Ministério Público.
horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao
autoridade policial e deverá conter: Ministério Público concomitantemente. (Incluído pela Lei nº
13.827, de 2019)
I - qualificação da ofendida e do agressor;
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à
II - nome e idade dos dependentes;
efetividade da medida protetiva de urgência, não será
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas concedida liberdade provisória ao preso. (Incluído pela Lei nº
solicitadas pela ofendida. 13.827, de 2019)
IV - informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa TÍTULO IV
com deficiência e se da violência sofrida resultou deficiência DOS PROCEDIMENTOS
ou agravamento de deficiência preexistente. (Incluído pela CAPÍTULO I
Lei nº 13.836, de 2019) DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas
referido no § 1º o boletim de ocorrência e cópia de todos os cíveis e criminais decorrentes da prática de violência
documentos disponíveis em posse da ofendida. doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas
dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da

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legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao anulação de casamento ou de dissolução de união estável
idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei. perante o juízo competente; (Redação dada pela Lei nº
13.894, de 2019)
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra
a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível III - comunicar ao Ministério Público para que adote as
e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito providências cabíveis.
Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o
IV - determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a
julgamento e a execução das causas decorrentes da prática
posse do agressor. (Incluído pela Lei nº 13.880, de 2019)
de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser
Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em
concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público
horário noturno, conforme dispuserem as normas de
ou a pedido da ofendida.
organização judiciária.
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio
concedidas de imediato, independentemente de audiência
ou de dissolução de união estável no Juizado de Violência
das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo
Doméstica e Familiar contra a Mulher. (Incluído pela Lei nº
este ser prontamente comunicado.
13.894, de 2019)
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência
isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a
Doméstica e Familiar contra a Mulher a pretensão
qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os
relacionada à partilha de bens. (Incluído pela Lei nº 13.894,
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou
de 2019)
violados.
§ 2º Iniciada a situação de violência doméstica e familiar
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou
após o ajuizamento da ação de divórcio ou de dissolução de
a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de
união estável, a ação terá preferência no juízo onde
urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender
estiver. (Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019)
necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.
processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da
I - do seu domicílio ou de sua residência; instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor,
decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;
Público ou mediante representação da autoridade policial.
III - do domicílio do agressor.
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que
representação da ofendida de que trata esta Lei, só será subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em razões que a justifiquem.
audiência especialmente designada com tal finalidade, antes
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos
do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
processuais relativos ao agressor, especialmente dos
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da
doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta intimação do advogado constituído ou do defensor público.
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação
substituição de pena que implique o pagamento isolado de
ou notificação ao agressor .
multa.
SEÇÃO II
CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
O AGRESSOR
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e
familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida,
aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
separadamente, as seguintes medidas protetivas de
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as urgência, entre outras:
medidas protetivas de urgência;
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº
assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para o 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ;
ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de

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II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com II - determinar a recondução da ofendida e a de seus
a ofendida; dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do
agressor;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das
prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e
testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre
alimentos;
estes e o agressor;
IV - determinar a separação de corpos.
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas
por qualquer meio de comunicação; V - determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em
instituição de educação básica mais próxima do seu
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar
domicílio, ou a transferência deles para essa instituição,
a integridade física e psicológica da ofendida;
independentemente da existência de vaga. (Incluído pela
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes Lei nº 13.882, de 2019)
menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade
ou serviço similar;
conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas,
entre outras:
VI – comparecimento do agressor a programas de
recuperação e reeducação; e (Incluído pela Lei nº 13.984, I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo
de 2020) agressor à ofendida;
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de II - proibição temporária para a celebração de atos e
atendimento individual e/ou em grupo de apoio. (Incluído contratos de compra, venda e locação de propriedade em
pela Lei nº 13.984, de 2020) comum, salvo expressa autorização judicial;
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao
aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre agressor;
que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem,
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito
devendo a providência ser comunicada ao Ministério
judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática
Público.
de violência doméstica e familiar contra a ofendida.
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente
agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do
para os fins previstos nos incisos II e III deste artigo.
art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição SEÇÃO IV
as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará DO CRIME DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS
a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato PROTETIVAS DE URGÊNCIA DESCUMPRIMENTO DE
do agressor responsável pelo cumprimento da determinação MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas
de desobediência, conforme o caso.
protetivas de urgência previstas nesta Lei: (Incluído pela Lei
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de nº 13.641, de 2018)
urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento,
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído
auxílio da força policial.
pela Lei nº 13.641, de 2018)
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil
couber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do art. 461 da
ou criminal do juiz que deferiu as medidas. (Incluído pela Lei
Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo
nº 13.641, de 2018)
Civil).
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade
SEÇÃO III
judicial poderá conceder fiança. (Incluído pela Lei nº 13.641,
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA À OFENDIDA
de 2018)
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras
outras medidas:
sanções cabíveis. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa
oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;

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CAPÍTULO III manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, nos


DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, TÍTULO VI
nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
doméstica e familiar contra a mulher.
Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais
atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar acumularão as competências cível e criminal para conhecer
contra a mulher, quando necessário: e julgar as causas decorrentes da prática de violência
doméstica e familiar contra a mulher, observadas as
I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de
previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação
educação, de assistência social e de segurança, entre outros;
processual pertinente.
II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de
Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e
varas criminais, para o processo e o julgamento das causas
familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas
referidas no caput.
ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades
constatadas; TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
III - cadastrar os casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher. Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher poderá ser acompanhada pela
CAPÍTULO IV
implantação das curadorias necessárias e do serviço de
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
assistência judiciária.
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os
mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá
Municípios poderão criar e promover, no limite das
estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no
respectivas competências:
art. 19 desta Lei.
I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência
mulheres e respectivos dependentes em situação de
doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria
violência doméstica e familiar;
Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da
lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes
específico e humanizado. menores em situação de violência doméstica e familiar;
TÍTULO V III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de
DA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR saúde e centros de perícia médico-legal especializados no
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e
Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra
familiar;
a Mulher que vierem a ser criados poderão contar com uma
equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência
profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e doméstica e familiar;
de saúde.
V - centros de educação e de reabilitação para os agressores.
Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar,
Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela
Municípios promoverão a adaptação de seus órgãos e de
legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao
seus programas às diretrizes e aos princípios desta Lei.
Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos
ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais
orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, previstos nesta Lei poderá ser exercida, concorrentemente,
voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com pelo Ministério Público e por associação de atuação na área,
especial atenção às crianças e aos adolescentes. regularmente constituída há pelo menos um ano, nos termos
da legislação civil.
Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação
mais aprofundada, o juiz poderá determinar a manifestação Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser
de profissional especializado, mediante a indicação da dispensado pelo juiz quando entender que não há outra
equipe de atendimento multidisciplinar. entidade com representatividade adequada para o
ajuizamento da demanda coletiva.
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta
orçamentária, poderá prever recursos para a criação e Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar
contra a mulher serão incluídas nas bases de dados dos

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órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente,
subsidiar o sistema nacional de dados e informações relativo descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem
às mulheres. conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
agente das relações domésticas, de coabitação ou de
Parágrafo único. As Secretarias de Segurança Pública dos
hospitalidade:
Estados e do Distrito Federal poderão remeter suas
informações criminais para a base de dados do Ministério da Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
Justiça.
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será
Art. 38-A. O juiz competente providenciará o registro da aumentada de um terço se o crime for cometido contra
medida protetiva de urgência. (Incluído pela Lei nº 13.827, pessoa portadora de deficiência.” (NR)
de 2019)
Art. 45. O art. 152 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei
Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência serão de Execução Penal), passa a vigorar com a seguinte redação:
registradas em banco de dados mantido e regulamentado
“Art. 152.
pelo Conselho Nacional de Justiça, garantido o acesso do
Ministério Público, da Defensoria Pública e dos órgãos de Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a
segurança pública e de assistência social, com vistas à mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento
fiscalização e à efetividade das medidas protetivas. (Incluído obrigatório do agressor a programas de recuperação e
pela Lei nº 13.827, de 2019) reeducação.” (NR)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias
Municípios, no limite de suas competências e nos termos das após sua publicação.
respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão
Brasília, 7 de agosto de 2006; 185º da Independência e 118º
estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada
da República.
exercício financeiro, para a implementação das medidas
estabelecidas nesta Lei. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Dilma Rousseff
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras
decorrentes dos princípios por ela adotados.
Lei nº 8.069/1990
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e
familiar contra a mulher, independentemente da pena Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de outras providências.
1995.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso
Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
de 1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar
acrescido do seguinte inciso IV: TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
“Art. 313.
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e
IV - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra ao adolescente.
a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a
execução das medidas protetivas de urgência.” (NR) Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
Art. 43. A alínea f do inciso II do art. 61 do Decreto-Lei nº aquela entre doze e dezoito anos de idade.
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a
vigorar com a seguinte redação: Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e
“Art. 61. vinte e um anos de idade.
II - Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes,
violência contra a mulher na forma da lei específica;” (NR) por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
Art. 44. O art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade
de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes e de dignidade.
alterações:
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-
“Art. 129. se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de
nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor,

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religião ou crença, deficiência, condição pessoal de ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, o direito de opção da mulher. (Redação dada pela Lei nº
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição 13.257, de 2016)
que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em
§ 3 o Os serviços de saúde onde o parto for realizado
que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de
a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à apoio à amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 2016)
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
§ 4 o Incumbe ao poder público proporcionar assistência
liberdade e à convivência familiar e comunitária.
psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal,
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: inclusive como forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal. (Incluído pela Lei nº
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer
12.010, de 2009) Vigência
circunstâncias;
§ 5 o A assistência referida no § 4 o deste artigo deverá ser
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de
prestada também a gestantes e mães que manifestem
relevância pública;
interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
c) preferência na formulação e na execução das políticas gestantes e mães que se encontrem em situação de privação
sociais públicas; de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas § 6 o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um)
relacionadas com a proteção à infância e à juventude. acompanhante de sua preferência durante o período do pré-
natal, do trabalho de parto e do pós-parto
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de
imediato. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei § 7 o A gestante deverá receber orientação sobre
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos aleitamento materno, alimentação complementar saudável
fundamentais. e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre
formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os
estimular o desenvolvimento integral da criança. (Incluído
fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum,
pela Lei nº 13.257, de 2016)
os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição
peculiar da criança e do adolescente como pessoas em § 8 o A gestante tem direito a acompanhamento saudável
desenvolvimento. durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso,
estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
TÍTULO II
intervenções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído pela
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Lei nº 13.257, de 2016)
CAPÍTULO I
DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE § 9 o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da
gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à
pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às
vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
consultas pós-parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento
sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. § 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à
mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob
Art. 8 o É assegurado a todas as mulheres o acesso aos
custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência
programas e às políticas de saúde da mulher e de
que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema
planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação
adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao
com o sistema de ensino competente, visando ao
puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal
desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei nº
integral no âmbito do Sistema Único de Saúde. (Redação
13.257, de 2016)
dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da
§ 1 o O atendimento pré-natal será realizado por
Gravidez na Adolescência, a ser realizada anualmente na
profissionais da atenção primária. (Redação dada pela Lei nº
semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de
13.257, de 2016)
disseminar informações sobre medidas preventivas e
§ 2 o Os profissionais de saúde de referência da gestante educativas que contribuam para a redução da incidência da
garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação,

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gravidez na adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, de necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
2019) reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto § 2 o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente,
no caput deste artigo ficarão a cargo do poder público, em àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses
conjunto com organizações da sociedade civil, e serão e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento,
dirigidas prioritariamente ao público adolescente. (Incluído habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de
pela Lei nº 13.798, de 2019) acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas
necessidades específicas. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores
de 2016)
propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno,
inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa § 3 o Os profissionais que atuam no cuidado diário ou
de liberdade. frequente de crianças na primeira infância receberão
formação específica e permanente para a detecção de sinais
§ 1 o Os profissionais das unidades primárias de saúde
de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o
desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas,
acompanhamento que se fizer necessário. (Incluído pela Lei
visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de
nº 13.257, de 2016)
ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento
materno e à alimentação complementar saudável, de forma Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde,
contínua. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições
§ 2 o Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal
para a permanência em tempo integral de um dos pais ou
deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de
responsável, nos casos de internação de criança ou
coleta de leite humano. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
adolescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo
à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados
físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
a:
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,
prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada
pela Lei nº 13.010, de 2014)
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua
impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, § 1 o As gestantes ou mães que manifestem interesse em
sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente
administrativa competente; encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e
da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica
de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem § 2 o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de
como prestar orientação aos pais; entrada, os serviços de assistência social em seu
componente especializado, o Centro de Referência
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem
Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais
necessariamente as intercorrências do parto e do
órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do
desenvolvimento do neonato;
Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância
a permanência junto à mãe. com suspeita ou confirmação de violência de qualquer
natureza, formulando projeto terapêutico singular que
VI - acompanhar a prática do processo de amamentação,
inclua intervenção em rede e, se necessário,
prestando orientações quanto à técnica adequada,
acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar,
2016)
utilizando o corpo técnico já existente. (Incluído pela Lei nº
13.436, de 2017) (Vigência) Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de
assistência médica e odontológica para a prevenção das
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado
enfermidades que ordinariamente afetam a população
voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio
infantil, e campanhas de educação sanitária para pais,
do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da
educadores e alunos.
equidade no acesso a ações e serviços para promoção,
proteção e recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº § 1 o É obrigatória a vacinação das crianças nos casos
13.257, de 2016) recomendados pelas autoridades sanitárias. (Renumerado
do parágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 1 o A criança e o adolescente com deficiência serão
atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas

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§ 2 o O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais,
bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis,
integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado pelos agentes públicos executores de medidas
direcionadas à mulher e à criança. (Incluído pela Lei nº socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de
13.257, de 2016) cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído
pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 3 o A atenção odontológica à criança terá função educativa
protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-
nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, se: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida,
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva
com orientações sobre saúde bucal. (Incluído pela Lei nº
aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o
13.257, de 2016)
adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de
§ 4 o A criança com necessidade de cuidados odontológicos 2014)
especiais será atendida pelo Sistema Único de
a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Saúde. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 5 º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus
primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel
instrumento construído com a finalidade de facilitar a de tratamento em relação à criança ou ao adolescente
detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
criança, de risco para o seu desenvolvimento
a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
psíquico. (Incluído pela Lei nº 13.438, de 2017) (Vigência)
b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de
CAPÍTULO II
2014)
DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE
c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os
de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, responsáveis, os agentes públicos executores de medidas
humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar
de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel
aspectos:
ou degradante como formas de correção, disciplina,
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem
comunitários, ressalvadas as restrições legais; prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas,
que serão aplicadas de acordo com a gravidade do
II - opinião e expressão;
caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
III - crença e culto religioso;
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; proteção à família; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
V - participar da vida familiar e comunitária, sem II - encaminhamento a tratamento psicológico ou
discriminação; psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
VI - participar da vida política, na forma da lei; III - encaminhamento a cursos ou programas de
orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão
espaços e objetos pessoais.
aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor.
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,

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CAPÍTULO III inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional e


DO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
SEÇÃO I
§ 2 o De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá
DISPOSIÇÕES GERAIS
determinar o encaminhamento da gestante ou mãe,
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e mediante sua expressa concordância, à rede pública de
educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em saúde e assistência social para atendimento
família substituta, assegurada a convivência familiar e especializado. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento
§ 3 o A busca à família extensa, conforme definida nos termos
integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará o prazo
§ 1 o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual
programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
§ 4 o Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de
devendo a autoridade judiciária competente, com base em
não existir outro representante da família extensa apto a
relatório elaborado por equipe interprofissional ou
receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá
multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
decretar a extinção do poder familiar e determinar a
possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em
colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver
família substituta, em quaisquer das modalidades previstas
habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva
no art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
programa de acolhimento familiar ou institucional. (Incluído
2017)
pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 2 o A permanência da criança e do adolescente em
§ 5 o Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de
programa de acolhimento institucional não se prolongará
ambos os genitores, se houver pai registral ou pai indicado,
por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada
deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1 o do
necessidade que atenda ao seu superior interesse,
art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a
devidamente fundamentada pela autoridade
entrega. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 6º Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o
§ 3 o A manutenção ou a reintegração de criança ou
genitor nem representante da família extensa para
adolescente à sua família terá preferência em relação a
confirmar a intenção de exercer o poder familiar ou a guarda,
qualquer outra providência, caso em que será esta incluída
a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar da mãe,
em serviços e programas de proteção, apoio e promoção,
e a criança será colocada sob a guarda provisória de quem
nos termos do § 1 o do art. 23, dos incisos I e IV do caput do
esteja habilitado a adotá-la. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta
2017)
Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 7 o Os detentores da guarda possuem o prazo de 15
§ 4 o Será garantida a convivência da criança e do
(quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia
adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por
seguinte à data do término do estágio de
meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou,
convivência. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade
responsável, independentemente de autorização § 8 o Na hipótese de desistência pelos genitores -
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) manifestada em audiência ou perante a equipe
interprofissional - da entrega da criança após o nascimento,
§ 5 o Será garantida a convivência integral da criança com a
a criança será mantida com os genitores, e será determinado
mãe adolescente que estiver em acolhimento
pela Justiça da Infância e da Juventude o acompanhamento
institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. (Incluído
§ 6 o A mãe adolescente será assistida por equipe pela Lei nº 13.509, de 2017)
especializada multidisciplinar. (Incluído pela Lei nº 13.509,
§ 9 o É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento,
de 2017)
respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. (Incluído pela Lei
Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em nº 13.509, de 2017)
entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o
§ 10. Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da
crianças acolhidas não procuradas por suas famílias no prazo
Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do
§ 1 o A gestante ou mãe será ouvida pela equipe acolhimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, que
Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de
apresentará relatório à autoridade judiciária, considerando
acolhimento institucional ou familiar poderão participar de

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programa de apadrinhamento. (Incluído pela Lei nº 13.509, Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não
de 2017) constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão
do pátrio poder poder familiar . (Expressão substituída pela
§ 1 o O apadrinhamento consiste em estabelecer e
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à
instituição para fins de convivência familiar e comunitária e § 1 o Não existindo outro motivo que por si só autorize a
colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, decretação da medida, a criança ou o adolescente será
moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro. (Incluído mantido em sua família de origem, a qual deverá
pela Lei nº 13.509, de 2017) obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas
oficiais de proteção, apoio e promoção. (Redação dada pela
§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de
Lei nº 13.257, de 2016)
18 (dezoito) anos não inscritas nos cadastros de adoção,
desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de § 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará
apadrinhamento de que fazem parte. (Incluído pela Lei nº a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de
13.509, de 2017) condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão
contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar
§ 3 o Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou
ou contra filho, filha ou outro descendente. (Redação dada
adolescente a fim de colaborar para o seu
pela Lei nº 13.715, de 2018)
desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 24. A perda e a suspensão do pátrio poder poder
§ 4 o O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado
familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento
será definido no âmbito de cada programa de
contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem
apadrinhamento, com prioridade para crianças ou
como na hipótese de descumprimento injustificado dos
adolescentes com remota possibilidade de reinserção
deveres e obrigações a que alude o art. 22. (Expressão
familiar ou colocação em família adotiva. (Incluído pela Lei
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
nº 13.509, de 2017)
SEÇÃO II
§ 5 o Os programas ou serviços de apadrinhamento apoiados
DA FAMÍLIA NATURAL
pela Justiça da Infância e da Juventude poderão ser
executados por órgãos públicos ou por organizações da Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade
sociedade civil. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
§ 6 o Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou
responsáveis pelo programa e pelos serviços de acolhimento ampliada aquela que se estende para além da unidade pais
deverão imediatamente notificar a autoridade judiciária e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes
competente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) próximos com os quais a criança ou adolescente convive e
mantém vínculos de afinidade e afetividade. (Incluído pela
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento,
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser
filiação. reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no
próprio termo de nascimento, por testamento, mediante
Art. 21. O pátrio poder poder familiar será exercido, em
escritura ou outro documento público, qualquer que seja a
igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do
origem da filiação.
que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o
direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o
judiciária competente para a solução da nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar
divergência. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de descendentes.
2009) Vigência
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as restrição, observado o segredo de Justiça.
determinações judiciais.
SEÇÃO III
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm DA FAMÍLIA SUBSTITUTA
direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados SUBSEÇÃO I
no cuidado e na educação da criança, devendo ser DISPOSIÇÕES GERAIS
resguardado o direito de transmissão familiar de suas
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante
crenças e culturas, assegurados os direitos da criança
guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação
estabelecidos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
2016)
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§ 1 o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá
previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado transferência da criança ou adolescente a terceiros ou a
seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão entidades governamentais ou não-governamentais, sem
sobre as implicações da medida, e terá sua opinião autorização judicial.
devidamente considerada. (Redação dada pela Lei nº
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira
12.010, de 2009) Vigência
constitui medida excepcional, somente admissível na
§ 2 o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será modalidade de adoção.
necessário seu consentimento, colhido em
Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável
audiência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o
2009) Vigência
encargo, mediante termo nos autos.
§ 3 o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de
SUBSEÇÃO II
parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim
DA GUARDA
de evitar ou minorar as consequências decorrentes da
medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material,
moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a
§ 4 o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela
seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a
pais. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
comprovada existência de risco de abuso ou outra situação
que justifique plenamente a excepcionalidade de solução § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato,
diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
rompimento definitivo dos vínculos fraternais. (Incluído pela procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência estrangeiros.
§ 5 o A colocação da criança ou adolescente em família § 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos
substituta será precedida de sua preparação gradativa e de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou
acompanhamento posterior, realizados pela equipe suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da deferido o direito de representação para a prática de atos
Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos determinados.
responsáveis pela execução da política municipal de garantia
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição
do direito à convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010,
de dependente, para todos os fins e efeitos de direito,
de 2009) Vigência
inclusive previdenciários.
§ 6 o Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou
§ 4 o Salvo expressa e fundamentada determinação em
proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é
contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a
ainda obrigatório: (Incluído pela Lei nº 12.010, de
medida for aplicada em preparação para adoção, o
2009) Vigência
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim
social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de
suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os regulamentação específica, a pedido do interessado ou do
direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência
Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a
de sua comunidade ou junto a membros da mesma forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do
etnia; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência convívio familiar. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal
responsável pela política indigenista, no caso de crianças e § 1 o A inclusão da criança ou adolescente em programas de
adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento
interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o institucional, observado, em qualquer caso, o caráter
caso. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência temporário e excepcional da medida, nos termos desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a
pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade § 2 o Na hipótese do § 1 o deste artigo a pessoa ou casal
com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá
adequado. receber a criança ou adolescente mediante guarda,

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observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. (Incluído extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3 o A União apoiará a implementação de serviços de § 2 o É vedada a adoção por procuração. (Incluído pela Lei nº
acolhimento em família acolhedora como política pública, os 12.010, de 2009) Vigência
quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento
§ 3 o Em caso de conflito entre direitos e interesses do
temporário de crianças e de adolescentes em residências de
adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais biológicos,
famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não
devem prevalecer os direitos e os interesses do
estejam no cadastro de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.257,
adotando. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
de 2016)
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito
§ 4 o Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais,
anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou
distritais e municipais para a manutenção dos serviços de
tutela dos adotantes.
acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse
de recursos para a própria família acolhedora. (Incluído pela Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com
Lei nº 13.257, de 2016) os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo,
os impedimentos matrimoniais.
mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério
Público. § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do
outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o
SUBSEÇÃO III
cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos
DA TUTELA
parentes.
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus
pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos. (Redação dada
descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia hereditária.
decretação da perda ou suspensão do pátrio poder poder
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos,
familiar e implica necessariamente o dever de
independentemente do estado civil. (Redação dada pela Lei
guarda. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do
Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer
adotando.
documento autêntico, conforme previsto no parágrafo único
do art. 1.729 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - § 2 o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes
Código Civil , deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a sejam casados civilmente ou mantenham união estável,
abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao comprovada a estabilidade da família. (Redação dada pela
controle judicial do ato, observando o procedimento Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei. (Redação dada pela Lei
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais
nº 12.010, de 2009) Vigência
velho do que o adotando.
Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão observados
§ 4 o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-
os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei, somente
companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que
sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposição de
acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
última vontade, se restar comprovado que a medida é
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do
vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em
período de convivência e que seja comprovada a existência
melhores condições de assumi-la. (Redação dada pela Lei nº
de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
12.010, de 2009) Vigência
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da
Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. concessão. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
24. 2009) Vigência
SUBSEÇÃO IV § 5 o Nos casos do § 4 o deste artigo, desde que demonstrado
DA ADOÇÃO efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda
compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á
n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil . (Redação
segundo o disposto nesta Lei.
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 1 o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se
§ 6 o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após
deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de
inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
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do procedimento, antes de prolatada a sentença. (Incluído § 5 o O estágio de convivência será cumprido no território
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência nacional, preferencialmente na comarca de residência da
criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais
limítrofe, respeitada, em qualquer hipótese, a competência
vantagens para o adotando e fundar-se em motivos
do juízo da comarca de residência da criança. (Incluído pela
legítimos.
Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença
saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o
judicial, que será inscrita no registro civil mediante mandado
pupilo ou o curatelado.
do qual não se fornecerá certidão.
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do
§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais,
representante legal do adotando.
bem como o nome de seus ascendentes.
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança
§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o
ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham
registro original do adotado.
sido destituídos do pátrio poder poder familiar . (Expressão
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 3 o A pedido do adotante, o novo registro poderá ser
lavrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de
residência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
idade, será também necessário o seu consentimento.
2009) Vigência
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência
§ 4 o Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá
com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de 90
constar nas certidões do registro. (Redação dada pela Lei nº
(noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente
12.010, de 2009) Vigência
e as peculiaridades do caso. (Redação dada pela Lei nº
13.509, de 2017) § 5 o A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e,
a pedido de qualquer deles, poderá determinar a
§ 1 o O estágio de convivência poderá ser dispensado se o
modificação do prenome. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante
de 2009) Vigência
durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
conveniência da constituição do vínculo. (Redação dada pela § 6 o Caso a modificação de prenome seja requerida pelo
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o
disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. (Redação dada
§ 2 o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
dispensa da realização do estágio de convivência. (Redação
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 7 o A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em
julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista
§ 2 o -A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo
no § 6 o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa
pode ser prorrogado por até igual período, mediante decisão
à data do óbito. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
fundamentada da autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº
2009) Vigência
13.509, de 2017)
§ 8 o O processo relativo à adoção assim como outros a ele
§ 3 o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou
relacionados serão mantidos em arquivo, admitindo-se seu
domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de, no
armazenamento em microfilme ou por outros meios,
mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco)
garantida a sua conservação para consulta a qualquer
dias, prorrogável por até igual período, uma única vez,
tempo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
mediante decisão fundamentada da autoridade
judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) § 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção
em que o adotando for criança ou adolescente com
§ 3 o -A. Ao final do prazo previsto no § 3 o deste artigo,
deficiência ou com doença crônica. (Incluído pela Lei nº
deverá ser apresentado laudo fundamentado pela equipe
12.955, de 2014)
mencionada no § 4 o deste artigo, que recomendará ou não
o deferimento da adoção à autoridade judiciária. (Incluído § 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção
pela Lei nº 13.509, de 2017) será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez
por igual período, mediante decisão fundamentada da
§ 4 o O estágio de convivência será acompanhado pela
autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem
responsáveis pela execução da política de garantia do direito biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo
à convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes,
acerca da conveniência do deferimento da medida. (Incluído após completar 18 (dezoito) anos. (Redação dada pela Lei nº
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 12.010, de 2009) Vigência
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Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser adoção nos cadastros estadual e nacional referidos no §
também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a 5 o deste artigo, sob pena de responsabilidade. (Incluído pela
seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
psicológica. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 9 o Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o pátrio manutenção e correta alimentação dos cadastros, com
poder poder familiar dos pais naturais. (Expressão posterior comunicação à Autoridade Central Federal
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Brasileira. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca § 10. Consultados os cadastros e verificada a ausência de
ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em pretendentes habilitados residentes no País com perfil
condições de serem adotados e outro de pessoas compatível e interesse manifesto pela adoção de criança ou
interessadas na adoção. (Vide Lei nº 12.010, de adolescente inscrito nos cadastros existentes, será realizado
2009) Vigência o encaminhamento da criança ou adolescente à adoção
internacional. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia
consulta aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministério § 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado
Público. em sua adoção, a criança ou o adolescente, sempre que
possível e recomendável, será colocado sob guarda de
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não
família cadastrada em programa de acolhimento
satisfizer os requisitos legais, ou verificada qualquer das
familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
hipóteses previstas no art. 29.
§ 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa
§ 3 o A inscrição de postulantes à adoção será precedida de
dos postulantes à adoção serão fiscalizadas pelo Ministério
um período de preparação psicossocial e jurídica, orientado
Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
pela equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude,
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela § 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de
execução da política municipal de garantia do direito à candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente
convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de nos termos desta Lei quando: (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência 2009) Vigência
§ 4 o Sempre que possível e recomendável, a preparação I - se tratar de pedido de adoção unilateral; (Incluído pela Lei
referida no § 3 o deste artigo incluirá o contato com crianças nº 12.010, de 2009) Vigência
e adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em
II - for formulada por parente com o qual a criança ou
condições de serem adotados, a ser realizado sob a
adolescente mantenha vínculos de afinidade e
orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da
afetividade; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos
responsáveis pelo programa de acolhimento e pela execução III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal
da política municipal de garantia do direito à convivência de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que
familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços
de afinidade e afetividade, e não seja constatada a
§ 5 o Serão criados e implementados cadastros estaduais e
ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos
nacional de crianças e adolescentes em condições de serem
arts. 237 ou 238 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
adotados e de pessoas ou casais habilitados à
2009) Vigência
adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o
§ 6 o Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais
candidato deverá comprovar, no curso do procedimento,
residentes fora do País, que somente serão consultados na
que preenche os requisitos necessários à adoção, conforme
inexistência de postulantes nacionais habilitados nos
previsto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
cadastros mencionados no § 5 o deste artigo. (Incluído pela
2009) Vigência
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 15. Será assegurada prioridade no cadastro a pessoas
§ 7 o As autoridades estaduais e federais em matéria de
interessadas em adotar criança ou adolescente com
adoção terão acesso integral aos cadastros, incumbindo-lhes
deficiência, com doença crônica ou com necessidades
a troca de informações e a cooperação mútua, para melhoria
específicas de saúde, além de grupo de irmãos. (Incluído pela
do sistema. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Lei nº 13.509, de 2017)
§ 8 o A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o
(quarenta e oito) horas, a inscrição das crianças e
pretendente possui residência habitual em país-parte da
adolescentes em condições de serem adotados que não
Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à
tiveram colocação familiar na comarca de origem, e das
Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção
pessoas ou casais que tiveram deferida sua habilitação à
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Internacional, promulgada pelo Decreto n o 3.087, de 21 III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o
junho de 1999 , e deseja adotar criança em outro país-parte relatório à Autoridade Central Estadual, com cópia para a
da Convenção. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluída pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
§ 1 o A adoção internacional de criança ou adolescente
brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar IV - o relatório será instruído com toda a documentação
quando restar comprovado: (Redação dada pela Lei nº necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por
12.010, de 2009) Vigência equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da
legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de
I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada
vigência; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
ao caso concreto; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
2017) V - os documentos em língua estrangeira serão devidamente
autenticados pela autoridade consular, observados os
II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação
tratados e convenções internacionais, e acompanhados da
da criança ou adolescente em família adotiva brasileira, com
respectiva tradução, por tradutor público
a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de
juramentado; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil
compatível com a criança ou adolescente, após consulta aos VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e
cadastros mencionados nesta Lei; (Redação dada pela Lei nº solicitar complementação sobre o estudo psicossocial do
13.509, de 2017) postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de
acolhida; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi
consultado, por meios adequados ao seu estágio de VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade
desenvolvimento, e que se encontra preparado para a Central Estadual, a compatibilidade da legislação estrangeira
medida, mediante parecer elaborado por equipe com a nacional, além do preenchimento por parte dos
interprofissional, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. postulantes à medida dos requisitos objetivos e subjetivos
28 desta Lei. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência necessários ao seu deferimento, tanto à luz do que dispõe
esta Lei como da legislação do país de acolhida, será
§ 2 o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência
expedido laudo de habilitação à adoção internacional, que
aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de
terá validade por, no máximo, 1 (um) ano; (Incluída pela Lei
criança ou adolescente brasileiro. (Redação dada pela Lei nº
nº 12.010, de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência
VIII - de posse do laudo de habilitação, o interessado será
§ 3 o A adoção internacional pressupõe a intervenção das
autorizado a formalizar pedido de adoção perante o Juízo da
Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de
Infância e da Juventude do local em que se encontra a
adoção internacional. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
criança ou adolescente, conforme indicação efetuada pela
2009) Vigência
Autoridade Central Estadual. (Incluída pela Lei nº 12.010, de
§ 4º (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência
Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento § 1 o Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar,
previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, com as seguintes admite-se que os pedidos de habilitação à adoção
adaptações: (Redação dada pela Lei nº 12.010, de internacional sejam intermediados por organismos
2009) Vigência credenciados. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar § 2 o Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o
criança ou adolescente brasileiro, deverá formular pedido de credenciamento de organismos nacionais e estrangeiros
habilitação à adoção perante a Autoridade Central em encarregados de intermediar pedidos de habilitação à
matéria de adoção internacional no país de acolhida, assim adoção internacional, com posterior comunicação às
entendido aquele onde está situada sua residência Autoridades Centrais Estaduais e publicação nos órgãos
habitual; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência oficiais de imprensa e em sítio próprio da internet. (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar
que os solicitantes estão habilitados e aptos para adotar, § 3 o Somente será admissível o credenciamento de
emitirá um relatório que contenha informações sobre a organismos que: (Incluída pela Lei nº 12.010, de
identidade, a capacidade jurídica e adequação dos 2009) Vigência
solicitantes para adotar, sua situação pessoal, familiar e
I - sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção de
médica, seu meio social, os motivos que os animam e sua
Haia e estejam devidamente credenciados pela Autoridade
aptidão para assumir uma adoção internacional; (Incluída
Central do país onde estiverem sediados e no país de
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
acolhida do adotando para atuar em adoção internacional no
Brasil; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

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II - satisfizerem as condições de integridade moral, acarretar a suspensão de seu credenciamento. (Incluído pela
competência profissional, experiência e responsabilidade Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central
§ 6 o O credenciamento de organismo nacional ou
Federal Brasileira; (Incluída pela Lei nº 12.010, de
estrangeiro encarregado de intermediar pedidos de adoção
2009) Vigência
internacional terá validade de 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei
III - forem qualificados por seus padrões éticos e sua nº 12.010, de 2009) Vigência
formação e experiência para atuar na área de adoção
§ 7 o A renovação do credenciamento poderá ser concedida
internacional; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
mediante requerimento protocolado na Autoridade Central
IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao
jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas pela término do respectivo prazo de validade. (Incluído pela Lei
Autoridade Central Federal Brasileira. (Incluída pela Lei nº nº 12.010, de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência
§ 8 o Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu
§ 4 o Os organismos credenciados deverão ainda: (Incluído a adoção internacional, não será permitida a saída do
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência adotando do território nacional. (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e
dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes do § 9 o Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária
país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela determinará a expedição de alvará com autorização de
Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluída pela Lei nº viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando,
12.010, de 2009) Vigência obrigatoriamente, as características da criança ou
adolescente adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais
II - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e
ou traços peculiares, assim como foto recente e a aposição
de reconhecida idoneidade moral, com comprovada
da impressão digital do seu polegar direito, instruindo o
formação ou experiência para atuar na área de adoção
documento com cópia autenticada da decisão e certidão de
internacional, cadastradas pelo Departamento de Polícia
trânsito em julgado. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Federal e aprovadas pela Autoridade Central Federal
2009) Vigência
Brasileira, mediante publicação de portaria do órgão federal
competente; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a
qualquer momento, solicitar informações sobre a situação
III - estar submetidos à supervisão das autoridades
das crianças e adolescentes adotados (Incluído pela Lei nº
competentes do país onde estiverem sediados e no país de
12.010, de 2009) Vigência
acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento
e situação financeira; (Incluída pela Lei nº 12.010, de § 11. A cobrança de valores por parte dos organismos
2009) Vigência credenciados, que sejam considerados abusivos pela
Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam
IV - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a
devidamente comprovados, é causa de seu
cada ano, relatório geral das atividades desenvolvidas, bem
descredenciamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
como relatório de acompanhamento das adoções
2009) Vigência
internacionais efetuadas no período, cuja cópia será
encaminhada ao Departamento de Polícia Federal; (Incluída § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência representados por mais de uma entidade credenciada para
atuar na cooperação em adoção internacional. (Incluído pela
V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a Autoridade
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central
Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O § 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado
envio do relatório será mantido até a juntada de cópia fora do Brasil terá validade máxima de 1 (um) ano, podendo
autenticada do registro civil, estabelecendo a cidadania do ser renovada. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
país de acolhida para o adotado; (Incluída pela Lei nº 12.010,
§ 14. É vedado o contato direto de representantes de
de 2009) Vigência
organismos de adoção, nacionais ou estrangeiros, com
VI - tomar as medidas necessárias para garantir que os dirigentes de programas de acolhimento institucional ou
adotantes encaminhem à Autoridade Central Federal familiar, assim como com crianças e adolescentes em
Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento condições de serem adotados, sem a devida autorização
estrangeira e do certificado de nacionalidade tão logo lhes judicial. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
sejam concedidos. (Incluída pela Lei nº 12.010, de
§ 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limitar
2009) Vigência
ou suspender a concessão de novos credenciamentos
§ 5 o A não apresentação dos relatórios referidos no § sempre que julgar necessário, mediante ato administrativo
4 o deste artigo pelo organismo credenciado poderá
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fundamentado. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o
2009) Vigência país de acolhida e a adoção não tenha sido deferida no país
de origem porque a sua legislação a delega ao país de
Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e
acolhida, ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a
descredenciamento, o repasse de recursos provenientes de
criança ou o adolescente ser oriundo de país que não tenha
organismos estrangeiros encarregados de intermediar
aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá
pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou
as regras da adoção nacional. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
a pessoas físicas. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
2009) Vigência
CAPÍTULO IV
Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO
efetuados via Fundo dos Direitos da Criança e do
LAZER
Adolescente e estarão sujeitos às deliberações do respectivo
Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente (Incluído Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação,
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo
para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,
Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em
assegurando-se-lhes:
país ratificante da Convenção de Haia, cujo processo de
adoção tenha sido processado em conformidade com a I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
legislação vigente no país de residência e atendido o escola;
disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida Convenção,
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
será automaticamente recepcionada com o reingresso no
Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo
recorrer às instâncias escolares superiores;
§ 1 o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea
“c” do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença IV - direito de organização e participação em entidades
ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. (Incluído estudantis;
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua
§ 2 o O pretendente brasileiro residente no exterior em país residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento
não ratificante da Convenção de Haia, uma vez reingressado a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino
no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de
estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça. (Incluído pela 2019)
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter
Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o ciência do processo pedagógico, bem como participar da
país de acolhida, a decisão da autoridade competente do definição das propostas educacionais.
país de origem da criança ou do adolescente será conhecida
Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e
pela Autoridade Central Estadual que tiver processado o
agremiações recreativas e de estabelecimentos congêneres
pedido de habilitação dos pais adotivos, que comunicará o
assegurar medidas de conscientização, prevenção e
fato à Autoridade Central Federal e determinará as
enfrentamento ao uso ou dependência de drogas
providências necessárias à expedição do Certificado de
ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Naturalização Provisório. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao
adolescente:
§ 1 o A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério
Público, somente deixará de reconhecer os efeitos daquela I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para
decisão se restar demonstrado que a adoção é os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
manifestamente contrária à ordem pública ou não atende ao
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao
interesse superior da criança ou do adolescente. (Incluído
ensino médio;
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - atendimento educacional especializado aos portadores
§ 2 o Na hipótese de não reconhecimento da adoção, prevista
de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
no § 1 o deste artigo, o Ministério Público deverá
imediatamente requerer o que for de direito para resguardar IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero
os interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de
as providências à Autoridade Central Estadual, que fará a 2016)
comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e
Autoridade Central do país de origem. (Incluído pela Lei nº
da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
12.010, de 2009) Vigência

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VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino
do adolescente trabalhador; regular;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de II - atividade compatível com o desenvolvimento do
programas suplementares de material didático-escolar, adolescente;
transporte, alimentação e assistência à saúde.
III - horário especial para o exercício das atividades.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é
público subjetivo.
assegurada bolsa de aprendizagem.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos,
público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da
são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.
autoridade competente.
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no
trabalho protegido.
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos
pais ou responsável, pela freqüência à escola. Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime
familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular
entidade governamental ou não-governamental, é vedado
seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
trabalho:
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
as cinco horas do dia seguinte;
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu
esgotados os recursos escolares;
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;
III - elevados níveis de repetência.
IV - realizado em horários e locais que não permitam a
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências freqüência à escola.
e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo,
Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho
metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
educativo, sob responsabilidade de entidade governamental
crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental
ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar
obrigatório.
ao adolescente que dele participe condições de capacitação
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores para o exercício de atividade regular remunerada.
culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral
da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a
em que as exigências pedagógicas relativas ao
liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.
desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, sobre o aspecto produtivo.
estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços
§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho
para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas
efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu
para a infância e a juventude.
trabalho não desfigura o caráter educativo.
CAPÍTULO V
Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à
DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E À PROTEÇÃO NO
proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos,
TRABALHO
entre outros:
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze
I - respeito à condição peculiar de pessoa em
anos de idade, salvo na condição de aprendiz. (Vide
desenvolvimento;
Constituição Federal)
II - capacitação profissional adequada ao mercado de
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada
trabalho.
por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.
TÍTULO III
Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-
DA PREVENÇÃO
profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da
CAPÍTULO I
legislação de educação em vigor.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou
seguintes princípios:
violação dos direitos da criança e do adolescente.

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Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os tratos praticados contra crianças e adolescentes. (Incluído
Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração pela Lei nº 13.046, de 2014)
de políticas públicas e na execução de ações destinadas a
Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela
coibir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou
comunicação de que trata este artigo, as pessoas
degradante e difundir formas não violentas de educação de
encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério,
crianças e de adolescentes, tendo como principais
profissão ou ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de
ações: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
crianças e adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, o
I - a promoção de campanhas educativas permanentes para injustificado retardamento ou omissão, culposos ou
a divulgação do direito da criança e do adolescente de serem dolosos. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação,
tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de
cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e
proteção aos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.010,
serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em
de 2014)
desenvolvimento.
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do
Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho
prevenção especial outras decorrentes dos princípios por ela
Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do
adotados.
Adolescente e com as entidades não governamentais que
atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da Art. 73. A inobservância das normas de prevenção importará
criança e do adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de em responsabilidade da pessoa física ou jurídica, nos termos
2014) desta Lei.
III - a formação continuada e a capacitação dos profissionais CAPÍTULO II
de saúde, educação e assistência social e dos demais agentes DA PREVENÇÃO ESPECIAL
que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da SEÇÃO I
criança e do adolescente para o desenvolvimento das DA INFORMAÇÃO, CULTURA, LAZER, ESPORTES,
competências necessárias à prevenção, à identificação de DIVERSÕES E ESPETÁCULOS
evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as
Art. 74. O poder público, através do órgão competente,
formas de violência contra a criança e o
regulará as diversões e espetáculos públicos, informando
adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se
IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica de recomendem, locais e horários em que sua apresentação se
conflitos que envolvam violência contra a criança e o mostre inadequada.
adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de
garantir os direitos da criança e do adolescente, desde a fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação
atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária
responsáveis com o objetivo de promover a informação, a especificada no certificado de classificação.
reflexão, o debate e a orientação sobre alternativas ao uso
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante no
e espetáculos públicos classificados como adequados à sua
processo educativo; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
faixa etária.
VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente
articulação de ações e a elaboração de planos de atuação
poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação
conjunta focados nas famílias em situação de violência, com
ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
participação de profissionais de saúde, de assistência social
e de educação e de órgãos de promoção, proteção e defesa Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão,
dos direitos da criança e do adolescente. (Incluído pela Lei nº no horário recomendado para o público infanto juvenil,
13.010, de 2014) programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e
informativas.
Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes
com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou
e políticas públicas de prevenção e proteção. (Incluído pela anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua
Lei nº 13.010, de 2014) transmissão, apresentação ou exibição.
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários
áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, devem contar, de empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de
em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou
comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-
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locação em desacordo com a classificação atribuída pelo a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança
órgão competente. ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na
mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão
metropolitana; (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
exibir, no invólucro, informação sobre a natureza da obra e
a faixa etária a que se destinam. b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos
estiver acompanhado: (Redação dada pela Lei nº 13.812, de
Art. 78. As revistas e publicações contendo material
2019)
impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão
ser comercializadas em embalagem lacrada, com a 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau,
advertência de seu conteúdo. comprovado documentalmente o parentesco;
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe
contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam ou responsável.
protegidas com embalagem opaca.
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou
Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público responsável, conceder autorização válida por dois anos.
infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias,
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a
legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas,
autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:
tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os valores
éticos e sociais da pessoa e da família. I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que explorem II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado
comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de expressamente pelo outro através de documento com firma
jogos, assim entendidas as que realizem apostas, ainda que reconhecida.
eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma
entrada e a permanência de crianças e adolescentes no local,
criança ou adolescente nascido em território nacional
afixando aviso para orientação do público.
poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente
SEÇÃO II ou domiciliado no exterior.
DOS PRODUTOS E SERVIÇOS
PARTE ESPECIAL
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: TÍTULO I
DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO
I - armas, munições e explosivos;
CAPÍTULO I
II - bebidas alcoólicas; DISPOSIÇÕES GERAIS
III - produtos cujos componentes possam causar Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e
dependência física ou psíquica ainda que por utilização do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado
indevida; de ações governamentais e não-governamentais, da União,
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que
pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento:
qualquer dano físico em caso de utilização indevida;
I - políticas sociais básicas;
V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
II - serviços, programas, projetos e benefícios de assistência
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. social de garantia de proteção social e de prevenção e
redução de violações de direitos, seus agravamentos ou
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente
reincidências; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere,
salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e
responsável. psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos,
exploração, abuso, crueldade e opressão;
SEÇÃO III
DA AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR IV - serviço de identificação e localização de pais,
responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16
(dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca onde V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos
reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem direitos da criança e do adolescente.
expressa autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº
VI - políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar
13.812, de 2019)
o período de afastamento do convívio familiar e a garantir o
§ 1º A autorização não será exigida quando: efetivo exercício do direito à convivência familiar de crianças

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e adolescentes; (Incluído pela Lei nº 12.010, de X - realização e divulgação de pesquisas sobre


2009) Vigência desenvolvimento infantil e sobre prevenção da
violência. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de
guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos
familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do
maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas adolescente é considerada de interesse público relevante e
de saúde ou com deficiências e de grupos de não será remunerada.
irmãos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
CAPÍTULO II
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO
SEÇÃO I
I - municipalização do atendimento;
DISPOSIÇÕES GERAIS
II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela
direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e
manutenção das próprias unidades, assim como pelo
controladores das ações em todos os níveis, assegurada a
planejamento e execução de programas de proteção e sócio-
participação popular paritária por meio de organizações
educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime
representativas, segundo leis federal, estaduais e
de: (Vide)
municipais;
I - orientação e apoio sócio-familiar;
III - criação e manutenção de programas específicos,
observada a descentralização político-administrativa; II - apoio sócio-educativo em meio aberto;
IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais III - colocação familiar;
vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança
IV - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº
e do adolescente;
12.010, de 2009) Vigência
V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério
V - prestação de serviços à comunidade; (Redação dada pela
Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social,
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
preferencialmente em um mesmo local, para efeito de
agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se VI - liberdade assistida; (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
atribua autoria de ato infracional; 2012) (Vide)
VI - integração operacional de órgãos do Judiciário, VII - semiliberdade; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e 2012) (Vide)
encarregados da execução das políticas sociais básicas e de
VIII - internação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
assistência social, para efeito de agilização do atendimento
de crianças e de adolescentes inseridos em programas de § 1 o As entidades governamentais e não governamentais
acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua deverão proceder à inscrição de seus programas,
rápida reintegração à família de origem ou, se tal solução se especificando os regimes de atendimento, na forma definida
mostrar comprovadamente inviável, sua colocação em neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança
família substituta, em quaisquer das modalidades previstas e do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de
no art. 28 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho
2009) Vigência Tutelar e à autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
VII - mobilização da opinião pública para a indispensável
participação dos diversos segmentos da sociedade. (Incluído § 2 o Os recursos destinados à implementação e manutenção
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência dos programas relacionados neste artigo serão previstos nas
dotações orçamentárias dos órgãos públicos encarregados
VIII - especialização e formação continuada dos profissionais
das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, dentre
que trabalham nas diferentes áreas da atenção à primeira
outros, observando-se o princípio da prioridade absoluta à
infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da
criança e ao adolescente preconizado pelo caput do art. 227
criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei
da Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único do
nº 13.257, de 2016)
art. 4 o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
IX - formação profissional com abrangência dos diversos 2009) Vigência
direitos da criança e do adolescente que favoreça a
§ 3 o Os programas em execução serão reavaliados pelo
intersetorialidade no atendimento da criança e do
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
adolescente e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela
Adolescente, no máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-
Lei nº 13.257, de 2016)
se critérios para renovação da autorização de

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funcionamento: (Incluído pela Lei nº 12.010, de III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
2009) Vigência
IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-
I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem educação;
como às resoluções relativas à modalidade de atendimento
V - não desmembramento de grupos de irmãos;
prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e
do Adolescente, em todos os níveis; (Incluído pela Lei nº VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras
12.010, de 2009) Vigência entidades de crianças e adolescentes abrigados;
II - a qualidade e eficiência do trabalho desenvolvido, VII - participação na vida da comunidade local;
atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público e
VIII - preparação gradativa para o desligamento;
pela Justiça da Infância e da Juventude; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência IX - participação de pessoas da comunidade no processo
educativo.
III - em se tratando de programas de acolhimento
institucional ou familiar, serão considerados os índices de § 1 o O dirigente de entidade que desenvolve programa de
sucesso na reintegração familiar ou de adaptação à família acolhimento institucional é equiparado ao guardião, para
substituta, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 12.010, de todos os efeitos de direito. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência 2009) Vigência
Art. 91. As entidades não-governamentais somente poderão § 2 o Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas
funcionar depois de registradas no Conselho Municipal dos de acolhimento familiar ou institucional remeterão à
Direitos da Criança e do Adolescente, o qual comunicará o autoridade judiciária, no máximo a cada 6 (seis) meses,
registro ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança
respectiva localidade. ou adolescente acolhido e sua família, para fins da
reavaliação prevista no § 1 o do art. 19 desta Lei. (Incluído
§ 1 o Será negado o registro à entidade que: (Incluído pela Lei
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3 o Os entes federados, por intermédio dos Poderes
a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas
Executivo e Judiciário, promoverão conjuntamente a
de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
permanente qualificação dos profissionais que atuam direta
b) não apresente plano de trabalho compatível com os ou indiretamente em programas de acolhimento
princípios desta Lei; institucional e destinados à colocação familiar de crianças e
adolescentes, incluindo membros do Poder Judiciário,
c) esteja irregularmente constituída;
Ministério Público e Conselho Tutelar. (Incluído pela Lei nº
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. 12.010, de 2009) Vigência
e) não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e § 4 o Salvo determinação em contrário da autoridade
deliberações relativas à modalidade de atendimento judiciária competente, as entidades que desenvolvem
prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e programas de acolhimento familiar ou institucional, se
do Adolescente, em todos os níveis. (Incluída pela Lei nº necessário com o auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos
12.010, de 2009) Vigência de assistência social, estimularão o contato da criança ou
adolescente com seus pais e parentes, em cumprimento ao
§ 2 o O registro terá validade máxima de 4 (quatro) anos,
disposto nos incisos I e VIII do caput deste artigo. (Incluído
cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento de sua
renovação, observado o disposto no § 1 o deste § 5 o As entidades que desenvolvem programas de
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência acolhimento familiar ou institucional somente poderão
receber recursos públicos se comprovado o atendimento dos
Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de
princípios, exigências e finalidades desta Lei. (Incluído pela
acolhimento familiar ou institucional deverão adotar os
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência § 6 o O descumprimento das disposições desta Lei pelo
dirigente de entidade que desenvolva programas de
I - preservação dos vínculos familiares e promoção da
acolhimento familiar ou institucional é causa de sua
reintegração familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
destituição, sem prejuízo da apuração de sua
2009) Vigência
responsabilidade administrativa, civil e criminal. (Incluído
II - integração em família substituta, quando esgotados os pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
recursos de manutenção na família natural ou
§ 7 o Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos
extensa; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção à
2009) Vigência
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atuação de educadores de referência estáveis e XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo
qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao máximo de seis meses, dando ciência dos resultados à
atendimento das necessidades básicas, incluindo as de afeto autoridade competente;
como prioritárias. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
XV - informar, periodicamente, o adolescente internado
Art. 93. As entidades que mantenham programa de sobre sua situação processual;
acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e
XVI - comunicar às autoridades competentes todos os casos
de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia
de adolescentes portadores de moléstias infecto-
determinação da autoridade competente, fazendo
contagiosas;
comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz
da Infância e da Juventude, sob pena de XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos
responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de adolescentes;
2009) Vigência
XVIII - manter programas destinados ao apoio e
Parágrafo único. Recebida a comunicação, a autoridade acompanhamento de egressos;
judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário com o
XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício da
apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas
cidadania àqueles que não os tiverem;
necessárias para promover a imediata reintegração familiar
da criança ou do adolescente ou, se por qualquer razão não XX - manter arquivo de anotações onde constem data e
for isso possível ou recomendável, para seu circunstâncias do atendimento, nome do adolescente, seus
encaminhamento a programa de acolhimento familiar, pais ou responsável, parentes, endereços, sexo, idade,
institucional ou a família substituta, observado o disposto no acompanhamento da sua formação, relação de seus
§ 2 o do art. 101 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de pertences e demais dados que possibilitem sua identificação
2009) Vigência e a individualização do atendimento.
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de § 1 o Aplicam-se, no que couber, as obrigações constantes
internação têm as seguintes obrigações, entre outras: deste artigo às entidades que mantêm programas de
acolhimento institucional e familiar. (Redação dada pela Lei
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os
nº 12.010, de 2009) Vigência
adolescentes;
§ 2º No cumprimento das obrigações a que alude este artigo
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto
as entidades utilizarão preferencialmente os recursos da
de restrição na decisão de internação;
comunidade.
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas
Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que abriguem
unidades e grupos reduzidos;
ou recepcionem crianças e adolescentes, ainda que em
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito caráter temporário, devem ter, em seus quadros,
e dignidade ao adolescente; profissionais capacitados a reconhecer e reportar ao
Conselho Tutelar suspeitas ou ocorrências de maus-
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da
tratos. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
preservação dos vínculos familiares;
SEÇÃO II
VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os
DA FISCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES
casos em que se mostre inviável ou impossível o reatamento
dos vínculos familiares; Art. 95. As entidades governamentais e não-governamentais
referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo
VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de
Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares.
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os objetos
necessários à higiene pessoal; Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de contas
serão apresentados ao estado ou ao município, conforme a
VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e
origem das dotações orçamentárias.
adequados à faixa etária dos adolescentes atendidos;
Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de atendimento
IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, odontológicos
que descumprirem obrigação constante do art. 94, sem
e farmacêuticos;
prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus
X - propiciar escolarização e profissionalização; dirigentes ou prepostos:
XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer; I - às entidades governamentais:
XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de a) advertência;
acordo com suas crenças;
b) afastamento provisório de seus dirigentes;
XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;

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c) afastamento definitivo de seus dirigentes; II - proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação


de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser voltada
d) fechamento de unidade ou interdição de programa.
à proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças
II - às entidades não-governamentais: e adolescentes são titulares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
a) advertência;
III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a
b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas;
plena efetivação dos direitos assegurados a crianças e a
c) interdição de unidades ou suspensão de programa; adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo
nos casos por esta expressamente ressalvados, é de
d) cassação do registro.
responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de
§ 1 o Em caso de reiteradas infrações cometidas por governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e
entidades de atendimento, que coloquem em risco os da possibilidade da execução de programas por entidades
direitos assegurados nesta Lei, deverá ser o fato comunicado não governamentais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
ao Ministério Público ou representado perante autoridade 2009) Vigência
judiciária competente para as providências cabíveis,
IV - interesse superior da criança e do adolescente: a
inclusive suspensão das atividades ou dissolução da
intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e
entidade. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da
2009) Vigência
consideração que for devida a outros interesses legítimos no
§ 2 o As pessoas jurídicas de direito público e as organizações âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso
não governamentais responderão pelos danos que seus concreto; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
agentes causarem às crianças e aos adolescentes,
V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da
caracterizado o descumprimento dos princípios norteadores
criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela
das atividades de proteção específica. (Redação dada pela
intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
privada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
TÍTULO II
VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
competentes deve ser efetuada logo que a situação de
CAPÍTULO I
perigo seja conhecida; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
DISPOSIÇÕES GERAIS
2009) Vigência
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente
VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida
são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei
exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação
forem ameaçados ou violados:
seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; proteção da criança e do adolescente; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
VIII - proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve ser
III - em razão de sua conduta.
a necessária e adequada à situação de perigo em que a
CAPÍTULO II criança ou o adolescente se encontram no momento em que
DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO a decisão é tomada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser
substituídas a qualquer tempo. efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres
para com a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as
12.010, de 2009) Vigência
necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem
ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. X - prevalência da família: na promoção de direitos e na
proteção da criança e do adolescente deve ser dada
Parágrafo único. São também princípios que regem a
prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na
aplicação das medidas: (Incluído pela Lei nº 12.010, de
sua família natural ou extensa ou, se isso não for possível,
2009) Vigência
que promovam a sua integração em família
I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de adotiva; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
direitos: crianças e adolescentes são os titulares dos direitos
XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o
previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição
adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e
Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
capacidade de compreensão, seus pais ou responsável
devem ser informados dos seus direitos, dos motivos que

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determinaram a intervenção e da forma como esta se § 3 o Crianças e adolescentes somente poderão ser
processa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência encaminhados às instituições que executam programas de
acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o
de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade
adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de
judiciária, na qual obrigatoriamente constará, dentre
responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus
outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar
nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou
e de proteção, sendo sua opinião devidamente considerada de seu responsável, se conhecidos; (Incluído pela Lei nº
pela autoridade judiciária competente, observado o disposto 12.010, de 2009) Vigência
nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº
II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, com
12.010, de 2009) Vigência
pontos de referência; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 2009) Vigência
98, a autoridade competente poderá determinar, dentre
III - os nomes de parentes ou de terceiros interessados em
outras, as seguintes medidas:
tê-los sob sua guarda; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante 2009) Vigência
termo de responsabilidade;
IV - os motivos da retirada ou da não reintegração ao
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; convívio familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento
oficial de ensino fundamental; § 4 o Imediatamente após o acolhimento da criança ou do
adolescente, a entidade responsável pelo programa de
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou
acolhimento institucional ou familiar elaborará um plano
comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da
individual de atendimento, visando à reintegração familiar,
criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257,
ressalvada a existência de ordem escrita e fundamentada em
de 2016)
contrário de autoridade judiciária competente, caso em que
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou também deverá contemplar sua colocação em família
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; substituta, observadas as regras e princípios desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; § 5 o O plano individual será elaborado sob a
responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa
VII - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº
de atendimento e levará em consideração a opinião da
12.010, de 2009) Vigência
criança ou do adolescente e a oitiva dos pais ou do
VIII - inclusão em programa de acolhimento responsável. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 6 o Constarão do plano individual, dentre outros: (Incluído
IX - colocação em família substituta. (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência
I - os resultados da avaliação interdisciplinar; (Incluído pela
§ 1 o O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma
II - os compromissos assumidos pelos pais ou responsável;
de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta
e (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
possível, para colocação em família substituta, não
implicando privação de liberdade. (Incluído pela Lei nº III - a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a
12.010, de 2009) Vigência criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou
responsável, com vista na reintegração familiar ou, caso seja
§ 2 o Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para
esta vedada por expressa e fundamentada determinação
proteção de vítimas de violência ou abuso sexual e das
judicial, as providências a serem tomadas para sua colocação
providências a que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento
em família substituta, sob direta supervisão da autoridade
da criança ou adolescente do convívio familiar é de
judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
competência exclusiva da autoridade judiciária e importará
na deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem § 7 o O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local
tenha legítimo interesse, de procedimento judicial mais próximo à residência dos pais ou do responsável e,
contencioso, no qual se garanta aos pais ou ao responsável como parte do processo de reintegração familiar, sempre
legal o exercício do contraditório e da ampla que identificada a necessidade, a família de origem será
defesa. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência incluída em programas oficiais de orientação, de apoio e de
promoção social, sendo facilitado e estimulado o contato

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com a criança ou com o adolescente acolhido. (Incluído pela § 2º Os registros e certidões necessários à regularização de
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência que trata este artigo são isentos de multas, custas e
emolumentos, gozando de absoluta prioridade.
§ 8 o Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o
responsável pelo programa de acolhimento familiar ou § 3 o Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado
institucional fará imediata comunicação à autoridade procedimento específico destinado à sua averiguação,
judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de conforme previsto pela Lei n o 8.560, de 29 de dezembro de
5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. (Incluído pela Lei nº 1992. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência
§ 4 o Nas hipóteses previstas no § 3 o deste artigo, é
o
§ 9 Em sendo constatada a impossibilidade de reintegração dispensável o ajuizamento de ação de investigação de
da criança ou do adolescente à família de origem, após seu paternidade pelo Ministério Público se, após o não
encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a
orientação, apoio e promoção social, será enviado relatório paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para
fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
descrição pormenorizada das providências tomadas e a
§ 5 o Os registros e certidões necessários à inclusão, a
expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da
qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento
entidade ou responsáveis pela execução da política
são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de
municipal de garantia do direito à convivência familiar, para
absoluta prioridade. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de
a destituição do poder familiar, ou destituição de tutela ou
2016)
guarda. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 6 o São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação requerida
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo
do reconhecimento de paternidade no assento de
de 15 (quinze) dias para o ingresso com a ação de destituição
nascimento e a certidão correspondente. (Incluído dada pela
do poder familiar, salvo se entender necessária a realização
Lei nº 13.257, de 2016)
de estudos complementares ou de outras providências
indispensáveis ao ajuizamento da demanda. (Redação dada TÍTULO III
pela Lei nº 13.509, de 2017) DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL
CAPÍTULO I
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou
DISPOSIÇÕES GERAIS
foro regional, um cadastro contendo informações
atualizadas sobre as crianças e adolescentes em regime de Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita
acolhimento familiar e institucional sob sua como crime ou contravenção penal.
responsabilidade, com informações pormenorizadas sobre a
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de
situação jurídica de cada um, bem como as providências
dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
tomadas para sua reintegração familiar ou colocação em
família substituta, em qualquer das modalidades previstas Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser
no art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de considerada a idade do adolescente à data do fato.
2009) Vigência
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o corresponderão as medidas previstas no art. 101.
Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os
CAPÍTULO II
Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do
DOS DIREITOS INDIVIDUAIS
Adolescente e da Assistência Social, aos quais incumbe
deliberar sobre a implementação de políticas públicas que Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade
permitam reduzir o número de crianças e adolescentes senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e
afastados do convívio familiar e abreviar o período de fundamentada da autoridade judiciária competente.
permanência em programa de acolhimento. (Incluído pela
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser
Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo informado acerca de seus direitos.
serão acompanhadas da regularização do registro civil. (Vide
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à
§ 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o assento autoridade judiciária competente e à família do apreendido
de nascimento da criança ou adolescente será feito à vista ou à pessoa por ele indicada.
dos elementos disponíveis, mediante requisição da
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de
autoridade judiciária.
responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.

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Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser § 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência
determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias. mental receberão tratamento individual e especializado, em
local adequado às suas condições.
Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e
basear-se em indícios suficientes de autoria e materialidade, Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e
demonstrada a necessidade imperiosa da medida. 100.
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a
submetido a identificação compulsória pelos órgãos VI do art. 112 pressupõe a existência de provas suficientes
policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de da autoria e da materialidade da infração, ressalvada a
confrontação, havendo dúvida fundada. hipótese de remissão, nos termos do art. 127.
CAPÍTULO III Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre
DAS GARANTIAS PROCESSUAIS que houver prova da materialidade e indícios suficientes da
autoria.
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade
sem o devido processo legal. SEÇÃO II
DA ADVERTÊNCIA
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as
seguintes garantias: Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal,
que será reduzida a termo e assinada.
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato
infracional, mediante citação ou meio equivalente; SEÇÃO III
DA OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se
com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos
necessárias à sua defesa; patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso,
que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento
III - defesa técnica por advogado;
do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, vítima.
na forma da lei;
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade medida poderá ser substituída por outra adequada.
competente;
SEÇÃO IV
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
em qualquer fase do procedimento.
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na
CAPÍTULO IV realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por
DAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS período não excedente a seis meses, junto a entidades
SEÇÃO I assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos
DISPOSIÇÕES GERAIS congêneres, bem como em programas comunitários ou
governamentais.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade
competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as
medidas: aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante
jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados,
I - advertência;
domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não
II - obrigação de reparar o dano; prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal de
trabalho.
III - prestação de serviços à comunidade;
SEÇÃO V
IV - liberdade assistida;
DA LIBERDADE ASSISTIDA
V - inserção em regime de semi-liberdade;
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se
VI - internação em estabelecimento educacional; afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar,
auxiliar e orientar o adolescente.
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua
acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por
capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da
entidade ou programa de atendimento.
infração.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida
seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada,
a prestação de trabalho forçado.

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revogada ou substituída por outra medida, ouvido o § 7 o A determinação judicial mencionada no § 1 o poderá ser
orientador, o Ministério Público e o defensor. revista a qualquer tempo pela autoridade
judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão
da autoridade competente, a realização dos seguintes Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada
encargos, entre outros: quando:
I - promover socialmente o adolescente e sua família, I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave
fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, ameaça ou violência a pessoa;
em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência
II - por reiteração no cometimento de outras infrações
social;
graves;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida
adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;
anteriormente imposta.
III - diligenciar no sentido da profissionalização do
§ 1 o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste
adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho;
artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser
IV - apresentar relatório do caso. decretada judicialmente após o devido processo
legal. (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
SEÇÃO VI
DO REGIME DE SEMI-LIBERDADE § 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação,
havendo outra medida adequada.
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado
desde o início, ou como forma de transição para o meio Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade
aberto, possibilitada a realização de atividades externas, exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele
independentemente de autorização judicial. destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por
critérios de idade, compleição física e gravidade da infração.
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização,
devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive
existentes na comunidade. provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando- Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade,
se, no que couber, as disposições relativas à internação. entre outros, os seguintes:
SEÇÃO VII I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do
DA INTERNAÇÃO Ministério Público;
Art. 121. A internação constitui medida privativa da II - peticionar diretamente a qualquer autoridade;
liberdade, sujeita aos princípios de brevidade,
III - avistar-se reservadamente com seu defensor;
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa
em desenvolvimento. IV - ser informado de sua situação processual, sempre que
solicitada;
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a
critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa V - ser tratado com respeito e dignidade;
determinação judicial em contrário.
VI - permanecer internado na mesma localidade ou naquela
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo mais próxima ao domicílio de seus pais ou responsável;
sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;
fundamentada, no máximo a cada seis meses.
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos;
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação
excederá a três anos. IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio
pessoal;
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o
adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e
semi-liberdade ou de liberdade assistida. salubridade;
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de XI - receber escolarização e profissionalização;
idade.
XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer:
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida
XIII - ter acesso aos meios de comunicação social;
de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e
desde que assim o deseje;

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XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a
local seguro para guardá-los, recebendo comprovante tratamento especializado;
daqueles porventura depositados em poder da entidade;
VII - advertência;
XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos
VIII - perda da guarda;
pessoais indispensáveis à vida em sociedade.
IX - destituição da tutela;
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
X - suspensão ou destituição do pátrio poder poder
§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender
familiar . (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável,
2009) Vigência
se existirem motivos sérios e fundados de sua
prejudicialidade aos interesses do adolescente. Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos
incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts.
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e
23 e 24.
mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas
adequadas de contenção e segurança. Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou
abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a
CAPÍTULO V
autoridade judiciária poderá determinar, como medida
DA REMISSÃO
cautelar, o afastamento do agressor da moradia comum.
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a
apuração de ato infracional, o representante do Ministério
fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança
Público poderá conceder a remissão, como forma de
ou o adolescente dependentes do agressor. (Incluído pela Lei
exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e
nº 12.415, de 2011)
conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à
personalidade do adolescente e sua maior ou menor TÍTULO V
participação no ato infracional. DO CONSELHO TUTELAR
CAPÍTULO I
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da
DISPOSIÇÕES GERAIS
remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão
ou extinção do processo. Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de
Art. 127. A remissão não implica necessariamente o
zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem
adolescente, definidos nesta Lei.
prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir
eventualmente a aplicação de qualquer das medidas Art. 132. Em cada Município e em cada Região
previstas em lei, exceto a colocação em regime de semi- Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um)
liberdade e a internação. Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser
pela população local para mandato de 4 (quatro) anos,
revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido
permitida recondução por novos processos de
expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou
escolha. (Redação dada pela Lei nº 13.824, de 2019)
do Ministério Público.
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar,
TÍTULO IV
serão exigidos os seguintes requisitos:
DAS MEDIDAS PERTINENTES AOS PAIS OU RESPONSÁVEL
I - reconhecida idoneidade moral;
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
II - idade superior a vinte e um anos;
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou
comunitários de proteção, apoio e promoção da III - residir no município.
família; (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais
é assegurado o direito a: (Redação dada pela Lei nº 12.696,
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou
de 2012)
psiquiátrico;
I - cobertura previdenciária; (Incluído pela Lei nº 12.696, de
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
2012)
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar
sua freqüência e aproveitamento escolar;

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II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a
terço) do valor da remuneração mensal; (Incluído pela Lei nº violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da
12.696, de 2012) Constituição Federal ;
III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, de XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações
2012) de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as
possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente
IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, de
junto à família natural. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2012)
2009) Vigência
V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei nº 12.696, de
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos
2012)
profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o
formação continuada dos conselheiros tutelares. (Redação
Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do
dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os
constituirá serviço público relevante e estabelecerá motivos de tal entendimento e as providências tomadas para
presunção de idoneidade moral. (Redação dada pela Lei nº a orientação, o apoio e a promoção social da
12.696, de 2012) família. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
CAPÍTULO II Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem
tenha legítimo interesse.
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
CAPÍTULO III
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas
DA COMPETÊNCIA
nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art.
101, I a VII; Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de
competência constante do art. 147.
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as
medidas previstas no art. 129, I a VII; CAPÍTULO IV
DA ESCOLHA DOS CONSELHEIROS
III - promover a execução de suas decisões, podendo para
tanto: Art. 139. O processo para a escolha dos membros do
Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação,
realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos
serviço social, previdência, trabalho e segurança;
Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 8.242, de
descumprimento injustificado de suas deliberações. 12.10.1991)
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que § 1 o O processo de escolha dos membros do Conselho
constitua infração administrativa ou penal contra os direitos Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território
da criança ou adolescente; nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês
de outubro do ano subsequente ao da eleição
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua
presidencial. (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012)
competência;
§ 2 o A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade
de janeiro do ano subsequente ao processo de
judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o
escolha. (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012)
adolescente autor de ato infracional;
§ 3 o No processo de escolha dos membros do Conselho
VII - expedir notificações;
Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer
ou adolescente quando necessário; natureza, inclusive brindes de pequeno valor. (Incluído pela
Lei nº 12.696, de 2012)
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
proposta orçamentária para planos e programas de
atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

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CAPÍTULO V CAPÍTULO II
DOS IMPEDIMENTOS DA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE
SEÇÃO I
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho
DISPOSIÇÕES GERAIS
marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e
genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar varas
sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. especializadas e exclusivas da infância e da juventude,
cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro,
proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de
na forma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e
infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em
ao representante do Ministério Público com atuação na
plantões.
Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca,
foro regional ou distrital. SEÇÃO II
DO JUIZ
TÍTULO VI
DO ACESSO À JUSTIÇA Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz da
CAPÍTULO I Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce essa função, na
DISPOSIÇÕES GERAIS forma da lei de organização judiciária local.
Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou adolescente Art. 147. A competência será determinada:
à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder
I - pelo domicílio dos pais ou responsável;
Judiciário, por qualquer de seus órgãos.
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à
§ 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos que
falta dos pais ou responsável.
dela necessitarem, através de defensor público ou advogado
nomeado. § 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a
autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as
§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da Infância
regras de conexão, continência e prevenção.
e da Juventude são isentas de custas e emolumentos,
ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. § 2º A execução das medidas poderá ser delegada à
autoridade competente da residência dos pais ou
Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão representados
responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que
e os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anos
abrigar a criança ou adolescente.
assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da
legislação civil ou processual. § 3º Em caso de infração cometida através de transmissão
simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma
Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador
comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a
especial à criança ou adolescente, sempre que os interesses
autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora
destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou
ou rede, tendo a sentença eficácia para todas as
quando carecer de representação ou assistência legal ainda
transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado.
que eventual.
Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente
Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e
para:
administrativos que digam respeito a crianças e
adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional. I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério
Público, para apuração de ato infracional atribuído a
Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não
adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se
fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco, II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou
residência e, inclusive, iniciais do nome e extinção do processo;
sobrenome. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
12.11.2003)
IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses
Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a que se
individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao
refere o artigo anterior somente será deferida pela
adolescente, observado o disposto no art. 209;
autoridade judiciária competente, se demonstrado o
interesse e justificada a finalidade. V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em
entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis;
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de
infrações contra norma de proteção à criança ou
adolescente;

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VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, e) a adequação do ambiente a eventual participação ou
aplicando as medidas cabíveis. freqüência de crianças e adolescentes;
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente f) a natureza do espetáculo.
nas hipóteses do art. 98, é também competente a Justiça da
§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo
Infância e da Juventude para o fim de:
deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela; determinações de caráter geral.
b) conhecer de ações de destituição do pátrio poder poder SEÇÃO III
familiar , perda ou modificação da tutela ou DOS SERVIÇOS AUXILIARES
guarda; (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua
2009) Vigência
proposta orçamentária, prever recursos para manutenção
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça
casamento; da Infância e da Juventude.
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras
ou materna, em relação ao exercício do pátrio poder poder atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local,
familiar ; (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou
2009) Vigência verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver
trabalhos de aconselhamento, orientação,
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando
encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata
faltarem os pais;
subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre
f) designar curador especial em casos de apresentação de manifestação do ponto de vista técnico.
queixa ou representação, ou de outros procedimentos
Parágrafo único. Na ausência ou insuficiência de servidores
judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança
públicos integrantes do Poder Judiciário responsáveis pela
ou adolescente;
realização dos estudos psicossociais ou de quaisquer outras
g) conhecer de ações de alimentos; espécies de avaliações técnicas exigidas por esta Lei ou por
determinação judicial, a autoridade judiciária poderá
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento
proceder à nomeação de perito, nos termos do art. 156 da
dos registros de nascimento e óbito.
Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo
Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através Civil) . (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
de portaria, ou autorizar, mediante alvará:
CAPÍTULO III
I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, DOS PROCEDIMENTOS
desacompanhado dos pais ou responsável, em: SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
a) estádio, ginásio e campo desportivo;
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se
b) bailes ou promoções dançantes;
subsidiariamente as normas gerais previstas na legislação
c) boate ou congêneres; processual pertinente.
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas; § 1º É assegurada, sob pena de responsabilidade, prioridade
absoluta na tramitação dos processos e procedimentos
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
previstos nesta Lei, assim como na execução dos atos e
II - a participação de criança e adolescente em: diligências judiciais a eles referentes. (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos seus
b) certames de beleza.
procedimentos são contados em dias corridos, excluído o dia
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo
judiciária levará em conta, dentre outros fatores: em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério
Público. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
a) os princípios desta Lei;
Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não corresponder
b) as peculiaridades locais;
a procedimento previsto nesta ou em outra lei, a autoridade
c) a existência de instalações adequadas; judiciária poderá investigar os fatos e ordenar de ofício as
d) o tipo de freqüência habitual ao local; providências necessárias, ouvido o Ministério Público.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica para
o fim de afastamento da criança ou do adolescente de sua
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família de origem e em outros procedimentos § 1 o A citação será pessoal, salvo se esgotados todos os
necessariamente contenciosos. (Incluído pela Lei nº 12.010, meios para sua realização. (Incluído pela Lei nº 12.962, de
de 2009) Vigência 2014)
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214. § 2 o O requerido privado de liberdade deverá ser citado
pessoalmente. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
SEÇÃO II
DA PERDA E DA SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER PODER § 3 o Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver
FAMILIAR procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o
(EXPRESSÃO SUBSTITUÍDA PELA LEI Nº 12.010, DE encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, informar
2009) VIGÊNCIA qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho
do dia útil em que voltará a fim de efetuar a citação, na hora
Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão
que designar, nos termos do art. 252 e seguintes da Lei
do pátrio poder poder familiar terá início por provocação do
n o 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo
Ministério Público ou de quem tenha legítimo
Civil) . (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
interesse. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência § 4 o Na hipótese de os genitores encontrarem-se em local
incerto ou não sabido, serão citados por edital no prazo de
Art. 156. A petição inicial indicará:
10 (dez) dias, em publicação única, dispensado o envio de
I - a autoridade judiciária a que for dirigida; ofícios para a localização. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
2017)
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do
requerente e do requerido, dispensada a qualificação em se Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de constituir
tratando de pedido formulado por representante do advogado, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família,
Ministério Público; poderá requerer, em cartório, que lhe seja nomeado dativo,
ao qual incumbirá a apresentação de resposta, contando-se
III - a exposição sumária do fato e o pedido;
o prazo a partir da intimação do despacho de nomeação.
IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo,
Parágrafo único. Na hipótese de requerido privado de
o rol de testemunhas e documentos.
liberdade, o oficial de justiça deverá perguntar, no momento
Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade da citação pessoal, se deseja que lhe seja nomeado
judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a suspensão defensor. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
do pátrio poder poder familiar , liminar ou incidentalmente,
Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judiciária
até o julgamento definitivo da causa, ficando a criança ou
requisitará de qualquer repartição ou órgão público a
adolescente confiado a pessoa idônea, mediante termo de
apresentação de documento que interesse à causa, de ofício
responsabilidade. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010,
ou a requerimento das partes ou do Ministério Público.
de 2009) Vigência
Art. 161. Se não for contestado o pedido e tiver sido
§ 1 o Recebida a petição inicial, a autoridade judiciária
concluído o estudo social ou a perícia realizada por equipe
determinará, concomitantemente ao despacho de citação e
interprofissional ou multidisciplinar, a autoridade judiciária
independentemente de requerimento do interessado, a
dará vista dos autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias,
realização de estudo social ou perícia por equipe
salvo quando este for o requerente, e decidirá em igual
interprofissional ou multidisciplinar para comprovar a
prazo. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
presença de uma das causas de suspensão ou destituição do
poder familiar, ressalvado o disposto no § 10 do art. 101 § 1º A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento das
desta Lei, e observada a Lei n o 13.431, de 4 de abril de partes ou do Ministério Público, determinará a oitiva de
2017 . (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) testemunhas que comprovem a presença de uma das causas
de suspensão ou destituição do poder familiar previstas
§ 2 o Em sendo os pais oriundos de comunidades indígenas,
nos arts. 1.637 e 1.638 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de
é ainda obrigatória a intervenção, junto à equipe
2002 (Código Civil) , ou no art. 24 desta Lei. (Redação dada
interprofissional ou multidisciplinar referida no § 1 o deste
pela Lei nº 13.509, de 2017)
artigo, de representantes do órgão federal responsável pela
política indigenista, observado o disposto no § 6 o do art. 28 § 2 o (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 3 o Se o pedido importar em modificação de guarda, será
Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez dias, obrigatória, desde que possível e razoável, a oitiva da criança
oferecer resposta escrita, indicando as provas a serem ou adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento
produzidas e oferecendo desde logo o rol de testemunhas e e grau de compreensão sobre as implicações da
documentos. medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

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§ 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre que eles forem I - qualificação completa do requerente e de seu eventual
identificados e estiverem em local conhecido, ressalvados os cônjuge, ou companheiro, com expressa anuência deste;
casos de não comparecimento perante a Justiça quando
II - indicação de eventual parentesco do requerente e de seu
devidamente citados. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
cônjuge, ou companheiro, com a criança ou adolescente,
2017)
especificando se tem ou não parente vivo;
§ 5 o Se o pai ou a mãe estiverem privados de liberdade, a
III - qualificação completa da criança ou adolescente e de
autoridade judicial requisitará sua apresentação para a
seus pais, se conhecidos;
oitiva. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento,
Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciária
anexando, se possível, uma cópia da respectiva certidão;
dará vista dos autos ao Ministério Público, por cinco dias,
salvo quando este for o requerente, designando, desde logo, V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou
audiência de instrução e julgamento. rendimentos relativos à criança ou ao adolescente.
§ 1º (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão
também os requisitos específicos.
§ 2 o Na audiência, presentes as partes e o Ministério Público,
serão ouvidas as testemunhas, colhendo-se oralmente o Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos
parecer técnico, salvo quando apresentado por escrito, ou suspensos do poder familiar, ou houverem aderido
manifestando-se sucessivamente o requerente, o requerido expressamente ao pedido de colocação em família
e o Ministério Público, pelo tempo de 20 (vinte) minutos substituta, este poderá ser formulado diretamente em
cada um, prorrogável por mais 10 (dez) minutos. (Redação cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes,
dada pela Lei nº 13.509, de 2017) dispensada a assistência de advogado. (Redação dada pela
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3 o A decisão será proferida na audiência, podendo a
autoridade judiciária, excepcionalmente, designar data para § 1 o Na hipótese de concordância dos pais, o juiz: (Redação
sua leitura no prazo máximo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
Lei nº 13.509, de 2017)
I - na presença do Ministério Público, ouvirá as partes,
§ 4 o Quando o procedimento de destituição de poder devidamente assistidas por advogado ou por defensor
familiar for iniciado pelo Ministério Público, não haverá público, para verificar sua concordância com a adoção, no
necessidade de nomeação de curador especial em favor da prazo máximo de 10 (dez) dias, contado da data do protocolo
criança ou adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de da petição ou da entrega da criança em juízo, tomando por
2017) termo as declarações; e (Incluído pela Lei nº 13.509, de
2017)
Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento
será de 120 (cento e vinte) dias, e caberá ao juiz, no caso de II - declarará a extinção do poder familiar. (Incluído pela Lei
notória inviabilidade de manutenção do poder familiar, nº 13.509, de 2017)
dirigir esforços para preparar a criança ou o adolescente com
§ 2 o O consentimento dos titulares do poder familiar será
vistas à colocação em família substituta. (Redação dada pela
precedido de orientações e esclarecimentos prestados pela
Lei nº 13.509, de 2017)
equipe interprofissional da Justiça da Infância e da
Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a Juventude, em especial, no caso de adoção, sobre a
suspensão do poder familiar será averbada à margem do irrevogabilidade da medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
registro de nascimento da criança ou do 2009) Vigência
adolescente. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3 o São garantidos a livre manifestação de vontade dos
SEÇÃO III detentores do poder familiar e o direito ao sigilo das
DA DESTITUIÇÃO DA TUTELA informações. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á o § 4 o O consentimento prestado por escrito não terá validade
procedimento para a remoção de tutor previsto na lei se não for ratificado na audiência a que se refere o § 1 o deste
processual civil e, no que couber, o disposto na seção artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
anterior.
§ 5 o O consentimento é retratável até a data da realização
SEÇÃO IV da audiência especificada no § 1 o deste artigo, e os pais
DA COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA podem exercer o arrependimento no prazo de 10 (dez) dias,
contado da data de prolação da sentença de extinção do
Art. 165. São requisitos para a concessão de pedidos de
poder familiar. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
colocação em família substituta:

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§ 6 o O consentimento somente terá valor se for dado após o Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada
nascimento da criança. (Incluído pela Lei nº 12.010, de para atendimento de adolescente e em se tratando de ato
2009) Vigência infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá
a atribuição da repartição especializada, que, após as
§ 7 o A família natural e a família substituta receberão a
providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o
devida orientação por intermédio de equipe técnica
adulto à repartição policial própria.
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido
responsáveis pela execução da política municipal de garantia mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade
do direito à convivência familiar. (Redação dada pela Lei nº policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo
13.509, de 2017) único, e 107, deverá:
Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o
das partes ou do Ministério Público, determinará a adolescente;
realização de estudo social ou, se possível, perícia por equipe
II - apreender o produto e os instrumentos da infração;
interprofissional, decidindo sobre a concessão de guarda
provisória, bem como, no caso de adoção, sobre o estágio de III - requisitar os exames ou perícias necessários à
convivência. comprovação da materialidade e autoria da infração.
Parágrafo único. Deferida a concessão da guarda provisória Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a
ou do estágio de convivência, a criança ou o adolescente será lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de
entregue ao interessado, mediante termo de ocorrência circunstanciada.
responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o
2009) Vigência
adolescente será prontamente liberado pela autoridade
Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pericial, e policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de
ouvida, sempre que possível, a criança ou o adolescente, dar- sua apresentação ao representante do Ministério Público, no
se-á vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil
cinco dias, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo. imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e
sua repercussão social, deva o adolescente permanecer sob
Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a
internação para garantia de sua segurança pessoal ou
perda ou a suspensão do pátrio poder poder
manutenção da ordem pública.
familiar constituir pressuposto lógico da medida principal de
colocação em família substituta, será observado o Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial
procedimento contraditório previsto nas Seções II e III deste encaminhará, desde logo, o adolescente ao representante
Capítulo. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de do Ministério Público, juntamente com cópia do auto de
2009) Vigência apreensão ou boletim de ocorrência.
Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda poderá § 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade
ser decretada nos mesmos autos do procedimento, policial encaminhará o adolescente à entidade de
observado o disposto no art. 35. atendimento, que fará a apresentação ao representante do
Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas.
Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o
disposto no art. 32, e, quanto à adoção, o contido no art. 47. § 2º Nas localidades onde não houver entidade de
atendimento, a apresentação far-se-á pela autoridade
Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente sob
policial. À falta de repartição policial especializada, o
a guarda de pessoa inscrita em programa de acolhimento
adolescente aguardará a apresentação em dependência
familiar será comunicada pela autoridade judiciária à
separada da destinada a maiores, não podendo, em
entidade por este responsável no prazo máximo de 5 (cinco)
qualquer hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo
dias. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
anterior.
SEÇÃO V
Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial
DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A
encaminhará imediatamente ao representante do Ministério
ADOLESCENTE
Público cópia do auto de apreensão ou boletim de
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem ocorrência.
judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade
Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios
judiciária.
de participação de adolescente na prática de ato infracional,
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato a autoridade policial encaminhará ao representante do
infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade Ministério Público relatório das investigações e demais
policial competente. documentos.

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Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão
infracional não poderá ser conduzido ou transportado em do procedimento, estando o adolescente internado
compartimento fechado de veículo policial, em condições provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua
Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade judiciária
integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade.
designará audiência de apresentação do adolescente,
Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do decidindo, desde logo, sobre a decretação ou manutenção
Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de da internação, observado o disposto no art. 108 e parágrafo.
apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial,
§ 1º O adolescente e seus pais ou responsável serão
devidamente autuados pelo cartório judicial e com
cientificados do teor da representação, e notificados a
informação sobre os antecedentes do adolescente,
comparecer à audiência, acompanhados de advogado.
procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em
sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima e § 2º Se os pais ou responsável não forem localizados, a
testemunhas. autoridade judiciária dará curador especial ao adolescente.
Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o § 3º Não sendo localizado o adolescente, a autoridade
representante do Ministério Público notificará os pais ou judiciária expedirá mandado de busca e apreensão,
responsável para apresentação do adolescente, podendo determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva
requisitar o concurso das polícias civil e militar. apresentação.
Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo § 4º Estando o adolescente internado, será requisitada a sua
anterior, o representante do Ministério Público poderá: apresentação, sem prejuízo da notificação dos pais ou
responsável.
I - promover o arquivamento dos autos;
Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela
II - conceder a remissão;
autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em
III - representar à autoridade judiciária para aplicação de estabelecimento prisional.
medida sócio-educativa.
§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as características
Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou concedida definidas no art. 123, o adolescente deverá ser
a remissão pelo representante do Ministério Público, imediatamente transferido para a localidade mais próxima.
mediante termo fundamentado, que conterá o resumo dos
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente
fatos, os autos serão conclusos à autoridade judiciária para
aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em
homologação.
seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não
§ 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena
autoridade judiciária determinará, conforme o caso, o de responsabilidade.
cumprimento da medida.
Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou
§ 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa dos responsável, a autoridade judiciária procederá à oitiva dos
autos ao Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho mesmos, podendo solicitar opinião de profissional
fundamentado, e este oferecerá representação, designará qualificado.
outro membro do Ministério Público para apresentá-la, ou
§ 1º Se a autoridade judiciária entender adequada a
ratificará o arquivamento ou a remissão, que só então estará
remissão, ouvirá o representante do Ministério Público,
a autoridade judiciária obrigada a homologar.
proferindo decisão.
Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do
§ 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de
Ministério Público não promover o arquivamento ou
internação ou colocação em regime de semi-liberdade, a
conceder a remissão, oferecerá representação à autoridade
autoridade judiciária, verificando que o adolescente não
judiciária, propondo a instauração de procedimento para
possui advogado constituído, nomeará defensor,
aplicação da medida sócio-educativa que se afigurar a mais
designando, desde logo, audiência em continuação,
adequada.
podendo determinar a realização de diligências e estudo do
§ 1º A representação será oferecida por petição, que conterá caso.
o breve resumo dos fatos e a classificação do ato infracional
§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, no
e, quando necessário, o rol de testemunhas, podendo ser
prazo de três dias contado da audiência de apresentação,
deduzida oralmente, em sessão diária instalada pela
oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas.
autoridade judiciária.
§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas as testemunhas
§ 2º A representação independe de prova pré-constituída da
arroladas na representação e na defesa prévia, cumpridas as
autoria e materialidade.
diligências e juntado o relatório da equipe interprofissional,

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será dada a palavra ao representante do Ministério Público demonstração de sua necessidade, o alcance das tarefas dos
e ao defensor, sucessivamente, pelo tempo de vinte minutos policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e,
para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que
autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão. permitam a identificação dessas pessoas; (Incluído pela Lei
nº 13.441, de 2017)
Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, não
comparecer, injustificadamente à audiência de III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem
apresentação, a autoridade judiciária designará nova data, prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não
determinando sua condução coercitiva. exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada
sua efetiva necessidade, a critério da autoridade
Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão
judicial. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do
procedimento, antes da sentença. § 1 º A autoridade judicial e o Ministério Público poderão
requisitar relatórios parciais da operação de infiltração antes
Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer
do término do prazo de que trata o inciso II do § 1 º deste
medida, desde que reconheça na sentença:
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
I - estar provada a inexistência do fato;
§ 2 º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1 º deste artigo,
II - não haver prova da existência do fato; consideram-se: (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
III - não constituir o fato ato infracional; I – dados de conexão: informações referentes a hora, data,
início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet
IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para o
(IP) utilizado e terminal de origem da conexão; (Incluído pela
ato infracional.
Lei nº 13.441, de 2017)
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o
II – dados cadastrais: informações referentes a nome e
adolescente internado, será imediatamente colocado em
endereço de assinante ou de usuário registrado ou
liberdade.
autenticado para a conexão a quem endereço de IP,
Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de identificação de usuário ou código de acesso tenha sido
internação ou regime de semi-liberdade será feita: atribuído no momento da conexão.
I - ao adolescente e ao seu defensor; § 3 º A infiltração de agentes de polícia na internet não será
admitida se a prova puder ser obtida por outros
II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais ou
meios. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
responsável, sem prejuízo do defensor.
Art. 190-B. As informações da operação de infiltração serão
§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-á
encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela
unicamente na pessoa do defensor.
autorização da medida, que zelará por seu sigilo. (Incluído
§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente, deverá pela Lei nº 13.441, de 2017)
este manifestar se deseja ou não recorrer da sentença.
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso
SEÇÃO V-A aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao
(Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) delegado de polícia responsável pela operação, com o
objetivo de garantir o sigilo das investigações. (Incluído pela
DA INFILTRAÇÃO DE AGENTES DE POLÍCIA PARA A
Lei nº 13.441, de 2017)
INVESTIGAÇÃO DE CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
DE CRIANÇA E DE ADOLESCENTE” Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua
identidade para, por meio da internet, colher indícios de
Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na internet
autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts.
com o fim de investigar os crimes previstos nos arts.
240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D desta Lei e
240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D desta Lei e
nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do Decreto-Lei
nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) ,
Penal) . (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
obedecerá às seguintes regras: (Incluído pela Lei nº 13.441,
de 2017) Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de
observar a estrita finalidade da investigação responderá
I – será precedida de autorização judicial devidamente
pelos excessos praticados. (Incluído pela Lei nº 13.441, de
circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os
2017)
limites da infiltração para obtenção de prova, ouvido o
Ministério Público; (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público poderão
incluir nos bancos de dados próprios, mediante
II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério Público
procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as
ou representação de delegado de polícia e conterá a

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informações necessárias à efetividade da identidade fictícia SEÇÃO VII


criada. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) DA APURAÇÃO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA ÀS
NORMAS DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE
Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata esta
Seção será numerado e tombado em livro Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade
específico. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) administrativa por infração às normas de proteção à criança
e ao adolescente terá início por representação do Ministério
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos
Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração
eletrônicos praticados durante a operação deverão ser
elaborado por servidor efetivo ou voluntário credenciado, e
registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz
assinado por duas testemunhas, se possível.
e ao Ministério Público, juntamente com relatório
circunstanciado. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) § 1º No procedimento iniciado com o auto de infração,
poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados
natureza e as circunstâncias da infração.
no caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e
apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito § 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-
policial, assegurando-se a preservação da identidade do á a lavratura do auto, certificando-se, em caso contrário, dos
agente policial infiltrado e a intimidade das crianças e dos motivos do retardamento.
adolescentes envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.441, de
Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para
2017)
apresentação de defesa, contado da data da intimação, que
SEÇÃO VI será feita:
DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES EM ENTIDADE DE
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado
ATENDIMENTO
na presença do requerido;
Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em
II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente habilitado,
entidade governamental e não-governamental terá início
que entregará cópia do auto ou da representação ao
mediante portaria da autoridade judiciária ou representação
requerido, ou a seu representante legal, lavrando certidão;
do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste,
necessariamente, resumo dos fatos. III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for
encontrado o requerido ou seu representante legal;
Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não
liminarmente o afastamento provisório do dirigente da sabido o paradeiro do requerido ou de seu representante
entidade, mediante decisão fundamentada. legal.
Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a
de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar autoridade judiciária dará vista dos autos do Ministério
documentos e indicar as provas a produzir. Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo.
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária
a autoridade judiciária designará audiência de instrução e procederá na conformidade do artigo anterior, ou, sendo
julgamento, intimando as partes. necessário, designará audiência de instrução e
julgamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o
Ministério Público terão cinco dias para oferecer alegações Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão
finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo. sucessivamente o Ministério Público e o procurador do
requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um,
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo
prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária,
de dirigente de entidade governamental, a autoridade
que em seguida proferirá sentença.
judiciária oficiará à autoridade administrativa
imediatamente superior ao afastado, marcando prazo para a SEÇÃO VIII
substituição. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
DA HABILITAÇÃO DE PRETENDENTES À ADOÇÃO
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil,
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o apresentarão petição inicial na qual conste: (Incluído pela Lei
processo será extinto, sem julgamento de mérito. nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da I - qualificação completa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
entidade ou programa de atendimento. 2009) Vigência

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II - dados familiares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de § 2 o Sempre que possível e recomendável, a etapa
2009) Vigência obrigatória da preparação referida no § 1 o deste artigo
incluirá o contato com crianças e adolescentes em regime de
III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou
acolhimento familiar ou institucional, a ser realizado sob
casamento, ou declaração relativa ao período de união
orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da
estável; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Justiça da Infância e da Juventude e dos grupos de apoio à
IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro adoção, com apoio dos técnicos responsáveis pelo programa
de Pessoas Físicas; (Incluído pela Lei nº 12.010, de de acolhimento familiar e institucional e pela execução da
2009) Vigência política municipal de garantia do direito à convivência
familiar. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
V - comprovante de renda e domicílio; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência § 3 o É recomendável que as crianças e os adolescentes
acolhidos institucionalmente ou por família acolhedora
VI - atestados de sanidade física e mental (Incluído pela Lei
sejam preparados por equipe interprofissional antes da
nº 12.010, de 2009) Vigência
inclusão em família adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
VII - certidão de antecedentes criminais; (Incluído pela Lei nº 2017)
12.010, de 2009) Vigência
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da participação
VIII - certidão negativa de distribuição cível. (Incluído pela Lei no programa referido no art. 197-C desta Lei, a autoridade
nº 12.010, de 2009) Vigência judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, decidirá
acerca das diligências requeridas pelo Ministério Público e
Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta
determinará a juntada do estudo psicossocial, designando,
e oito) horas, dará vista dos autos ao Ministério Público, que
conforme o caso, audiência de instrução e
no prazo de 5 (cinco) dias poderá: (Incluído pela Lei nº
julgamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas diligências, ou
I - apresentar quesitos a serem respondidos pela equipe
sendo essas indeferidas, a autoridade judiciária determinará
interprofissional encarregada de elaborar o estudo técnico a
a juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos
que se refere o art. 197-C desta Lei; (Incluído pela Lei nº
autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo em
12.010, de 2009) Vigência
igual prazo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
II - requerer a designação de audiência para oitiva dos
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será inscrito
postulantes em juízo e testemunhas; (Incluído pela Lei nº
nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei, sendo a sua
12.010, de 2009) Vigência
convocação para a adoção feita de acordo com ordem
III - requerer a juntada de documentos complementares e a cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade de
realização de outras diligências que entender crianças ou adolescentes adotáveis. (Incluído pela Lei nº
necessárias. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 12.010, de 2009) Vigência
Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equipe § 1 o A ordem cronológica das habilitações somente poderá
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da deixar de ser observada pela autoridade judiciária nas
Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, que hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando
conterá subsídios que permitam aferir a capacidade e o comprovado ser essa a melhor solução no interesse do
preparo dos postulantes para o exercício de uma adotando. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
paternidade ou maternidade responsável, à luz dos
§ 2 o A habilitação à adoção deverá ser renovada no mínimo
requisitos e princípios desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010,
trienalmente mediante avaliação por equipe
de 2009) Vigência
interprofissional. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 1 o É obrigatória a participação dos postulantes em
§ 3 o Quando o adotante candidatar-se a uma nova adoção,
programa oferecido pela Justiça da Infância e da Juventude,
será dispensável a renovação da habilitação, bastando a
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela
avaliação por equipe interprofissional. (Incluído pela Lei nº
execução da política municipal de garantia do direito à
13.509, de 2017)
convivência familiar e dos grupos de apoio à adoção
devidamente habilitados perante a Justiça da Infância e da § 4 o Após 3 (três) recusas injustificadas, pelo habilitado, à
Juventude, que inclua preparação psicológica, orientação e adoção de crianças ou adolescentes indicados dentro do
estímulo à adoção inter-racial, de crianças ou de perfil escolhido, haverá reavaliação da habilitação
adolescentes com deficiência, com doenças crônicas ou com concedida. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
necessidades específicas de saúde, e de grupos de
§ 5 o A desistência do pretendente em relação à guarda para
irmãos. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
fins de adoção ou a devolução da criança ou do adolescente
depois do trânsito em julgado da sentença de adoção

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importará na sua exclusão dos cadastros de adoção e na deverá ser recebida apenas no efeito devolutivo. (Incluído
vedação de renovação da habilitação, salvo decisão judicial pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
fundamentada, sem prejuízo das demais sanções previstas
Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção e de
na legislação vigente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
destituição de poder familiar, em face da relevância das
Art. 197-F. O prazo máximo para conclusão da habilitação à questões, serão processados com prioridade absoluta,
adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável por igual devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado
período, mediante decisão fundamentada da autoridade que aguardem, em qualquer situação, oportuna distribuição,
judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) e serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e
com parecer urgente do Ministério Público. (Incluído pela Lei
CAPÍTULO IV
nº 12.010, de 2009) Vigência
DOS RECURSOS
Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em mesa
Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e
para julgamento no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
da Juventude, inclusive os relativos à execução das medidas
contado da sua conclusão. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei
2009) Vigência
n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo
Civil) , com as seguintes adaptações: (Redação dada pela Lei Parágrafo único. O Ministério Público será intimado da data
nº 12.594, de 2012) (Vide) do julgamento e poderá na sessão, se entender necessário,
apresentar oralmente seu parecer. (Incluído pela Lei nº
I - os recursos serão interpostos independentemente de
12.010, de 2009) Vigência
preparo;
Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a
II - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração,
instauração de procedimento para apuração de
o prazo para o Ministério Público e para a defesa será
responsabilidades se constatar o descumprimento das
sempre de 10 (dez) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.594,
providências e do prazo previstos nos artigos
de 2012) (Vide)
anteriores. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - os recursos terão preferência de julgamento e
CAPÍTULO V
dispensarão revisor;
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
IV - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta Lei
V - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência serão exercidas nos termos da respectiva lei orgânica.
VI - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 201. Compete ao Ministério Público:
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior I - conceder a remissão como forma de exclusão do processo;
instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso
II - promover e acompanhar os procedimentos relativos às
de agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho
infrações atribuídas a adolescentes;
fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no
prazo de cinco dias; III - promover e acompanhar as ações de alimentos e os
procedimentos de suspensão e destituição do pátrio
VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão
poder poder familiar , nomeação e remoção de tutores,
remeterá os autos ou o instrumento à superior instância
curadores e guardiães, bem como oficiar em todos os demais
dentro de vinte e quatro horas, independentemente de novo
procedimentos da competência da Justiça da Infância e da
pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos
Juventude; (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
dependerá de pedido expresso da parte interessada ou do
2009) Vigência
Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da
intimação. IV - promover, de ofício ou por solicitação dos interessados,
a especialização e a inscrição de hipoteca legal e a prestação
Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no art. 149
de contas dos tutores, curadores e quaisquer
caberá recurso de apelação.
administradores de bens de crianças e adolescentes nas
Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz efeito hipóteses do art. 98;
desde logo, embora sujeita a apelação, que será recebida
V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a
exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de
proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos
adoção internacional ou se houver perigo de dano
relativos à infância e à adolescência, inclusive os definidos
irreparável ou de difícil reparação ao adotando. (Incluído
no art. 220, § 3º inciso II, da Constituição Federal ;
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VI - instaurar procedimentos administrativos e, para instruí-
Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos
los:
genitores do poder familiar fica sujeita a apelação, que

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a) expedir notificações para colher depoimentos ou a) reduzir a termo as declarações do reclamante,


esclarecimentos e, em caso de não comparecimento instaurando o competente procedimento, sob sua
injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela presidência;
polícia civil ou militar;
b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de reclamada, em dia, local e horário previamente notificados
autoridades municipais, estaduais e federais, da ou acertados;
administração direta ou indireta, bem como promover
c) efetuar recomendações visando à melhoria dos serviços
inspeções e diligências investigatórias;
públicos e de relevância pública afetos à criança e ao
c) requisitar informações e documentos a particulares e adolescente, fixando prazo razoável para sua perfeita
instituições privadas; adequação.
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for
investigatórias e determinar a instauração de inquérito parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na
policial, para apuração de ilícitos ou infrações às normas de defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei,
proteção à infância e à juventude; hipótese em que terá vista dos autos depois das partes,
podendo juntar documentos e requerer diligências, usando
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais
os recursos cabíveis.
assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as
medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis; Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer
caso, será feita pessoalmente.
IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas
corpus, em qualquer juízo, instância ou tribunal, na defesa Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público
dos interesses sociais e individuais indisponíveis afetos à acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício
criança e ao adolescente; pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade Art. 205. As manifestações processuais do representante do
por infrações cometidas contra as normas de proteção à Ministério Público deverão ser fundamentadas.
infância e à juventude, sem prejuízo da promoção da
CAPÍTULO VI
responsabilidade civil e penal do infrator, quando cabível;
DO ADVOGADO
XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de
Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando
responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo interesse
de pronto as medidas administrativas ou judiciais
na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de
necessárias à remoção de irregularidades porventura
que trata esta Lei, através de advogado, o qual será intimado
verificadas;
para todos os atos, pessoalmente ou por publicação oficial,
XII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos respeitado o segredo de justiça.
serviços médicos, hospitalares, educacionais e de assistência
Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária integral
social, públicos ou privados, para o desempenho de suas
e gratuita àqueles que dela necessitarem.
atribuições.
Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis
de ato infracional, ainda que ausente ou foragido,
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas
será processado sem defensor.
mesmas hipóteses, segundo dispuserem a Constituição e
esta Lei. § 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á nomeado
pelo juiz, ressalvado o direito de, a todo tempo, constituir
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem
outro de sua preferência.
outras, desde que compatíveis com a finalidade do
Ministério Público. § 2º A ausência do defensor não determinará o adiamento
de nenhum ato do processo, devendo o juiz nomear
§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de
substituto, ainda que provisoriamente, ou para o só efeito
suas funções, terá livre acesso a todo local onde se encontre
do ato.
criança ou adolescente.
§ 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se tratar
§ 4º O representante do Ministério Público será responsável
de defensor nomeado ou, sido constituído, tiver sido
pelo uso indevido das informações e documentos que
indicado por ocasião de ato formal com a presença da
requisitar, nas hipóteses legais de sigilo.
autoridade judiciária.
§ 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII
deste artigo, poderá o representante do Ministério Público:

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CAPÍTULO VII omissão, cujo juízo terá competência absoluta para


DA PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, processar a causa, ressalvadas a competência da Justiça
DIFUSOS E COLETIVOS Federal e a competência originária dos tribunais superiores.
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses
responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à coletivos ou difusos, consideram-se legitimados
criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou concorrentemente:
oferta irregular:
I - o Ministério Público;
I - do ensino obrigatório;
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e os
II - de atendimento educacional especializado aos territórios;
portadores de deficiência;
III - as associações legalmente constituídas há pelo menos
III – de atendimento em creche e pré-escola às crianças de um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa
zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, dispensada
de 2016) a autorização da assembléia, se houver prévia autorização
estatutária.
IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando; § 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os
Ministérios Públicos da União e dos estados na defesa dos
V - de programas suplementares de oferta de material
interesses e direitos de que cuida esta Lei.
didático-escolar, transporte e assistência à saúde do
educando do ensino fundamental; § 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por
associação legitimada, o Ministério Público ou outro
VI - de serviço de assistência social visando à proteção à
legitimado poderá assumir a titularidade ativa.
família, à maternidade, à infância e à adolescência, bem
como ao amparo às crianças e adolescentes que dele Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos
necessitem; interessados compromisso de ajustamento de sua conduta
às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo
VII - de acesso às ações e serviços de saúde;
extrajudicial.
VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos por
privados de liberdade.
esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ações
IX - de ações, serviços e programas de orientação, apoio e pertinentes.
promoção social de famílias e destinados ao pleno exercício
§ 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo as normas
do direito à convivência familiar por crianças e
do Código de Processo Civil.
adolescentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou
X - de programas de atendimento para a execução das
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
medidas socioeducativas e aplicação de medidas de
poder público, que lesem direito líquido e certo previsto
proteção. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
nesta Lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas
XI - de políticas e programas integrados de atendimento à normas da lei do mandado de segurança.
criança e ao adolescente vítima ou testemunha de
Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de
violência. (Incluído pela Lei nº 13.431, de 2017) (Vigência)
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
§ 1 o As hipóteses previstas neste artigo não excluem da específica da obrigação ou determinará providências que
proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou assegurem o resultado prático equivalente ao do
coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos adimplemento.
pela Constituição e pela Lei. (Renumerado do Parágrafo
§ 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
único pela Lei nº 11.259, de 2005)
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito
§ 2 o A investigação do desaparecimento de crianças ou ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação
adolescentes será realizada imediatamente após notificação prévia, citando o réu.
aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos
§ 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na
portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de
sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de
transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes
pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a
todos os dados necessários à identificação do
obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do
desaparecido. (Incluído pela Lei nº 11.259, de 2005)
preceito.
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas
§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em
no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou
julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida
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desde o dia em que se houver configurado o pessoa, organismo público ou particular, certidões,
descumprimento. informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o
qual não poderá ser inferior a dez dias úteis.
Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo gerido
pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do § 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
respectivo município. diligências, se convencer da inexistência de fundamento
para a propositura da ação cível, promoverá o arquivamento
§ 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito
dos autos do inquérito civil ou das peças informativas,
em julgado da decisão serão exigidas através de execução
fazendo-o fundamentadamente.
promovida pelo Ministério Público, nos mesmos autos,
facultada igual iniciativa aos demais legitimados. § 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de informação
arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta
§ 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro
grave, no prazo de três dias, ao Conselho Superior do
ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, em
Ministério Público.
conta com correção monetária.
§ 3º Até que seja homologada ou rejeitada a promoção de
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos
arquivamento, em sessão do Conselho Superior do
recursos, para evitar dano irreparável à parte.
Ministério público, poderão as associações legitimadas
Art. 216. Transitada em julgado a sentença que impuser apresentar razões escritas ou documentos, que serão
condenação ao poder público, o juiz determinará a remessa juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de
de peças à autoridade competente, para apuração da informação.
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se
§ 4º A promoção de arquivamento será submetida a exame
atribua a ação ou omissão.
e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público,
Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da conforme dispuser o seu regimento.
sentença condenatória sem que a associação autora lhe
§ 5º Deixando o Conselho Superior de homologar a
promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro
facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar ao réu
Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as
os honorários advocatícios arbitrados na conformidade do §
disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de julho de 1985 .
4º do art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973
(Código de Processo Civil) , quando reconhecer que a TÍTULO VII
pretensão é manifestamente infundada. DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
CAPÍTULO I
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação
DOS CRIMES
autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação
SEÇÃO I
serão solidariamente condenados ao décuplo das custas,
DISPOSIÇÕES GERAIS
sem prejuízo de responsabilidade por perdas e danos.
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados contra
Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá
a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem prejuízo
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais
do disposto na legislação penal.
e quaisquer outras despesas.
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor público
da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, as
deverá provocar a iniciativa do Ministério Público,
pertinentes ao Código de Processo Penal.
prestando-lhe informações sobre fatos que constituam
objeto de ação civil, e indicando-lhe os elementos de Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública
convicção. incondicionada.
Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista no inciso I
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam do caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
ensejar a propositura de ação civil, remeterão peças ao dezembro de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos
Ministério Público para as providências cabíveis. nesta Lei, praticados por servidores públicos com abuso de
autoridade, são condicionados à ocorrência de
Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá
reincidência. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)
requerer às autoridades competentes as certidões e
informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da
prazo de quinze dias. função, nesse caso, independerá da pena aplicada na
reincidência. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer

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SEÇÃO II Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade


DOS CRIMES EM ESPÉCIE judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do
Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter Pena - detenção de seis meses a dois anos.
registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem
referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à
o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial,
parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica,
com o fim de colocação em lar substituto:
declaração de nascimento, onde constem as intercorrências
do parto e do desenvolvimento do neonato: Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a
terceiro, mediante paga ou recompensa:
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
efetiva a paga ou recompensa.
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de
identificar corretamente o neonato e a parturiente, por Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado
ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames ao envio de criança ou adolescente para o exterior com
referidos no art. 10 desta Lei: inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter
lucro:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
ou fraude: (Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade,
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena
procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato
correspondente à violência.
infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade
judiciária competente: Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou
registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
à apreensão sem observância das formalidades legais.
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata
§ 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita,
comunicação à autoridade judiciária competente e à família
recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a
do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
participação de criança ou adolescente nas cenas referidas
Pena - detenção de seis meses a dois anos. no caput deste artigo, ou ainda quem com esses
contracena. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua
autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a § 2 o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente
constrangimento: comete o crime: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois anos. I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de
exercê-la; (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 233. (Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 :
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa,
ou de hospitalidade; ou (Redação dada pela Lei nº 11.829, de
de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente,
2008)
tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
III – prevalecendo-se de relações de parentesco
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de
Lei em benefício de adolescente privado de liberdade: quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela,
ou com seu consentimento. (Incluído pela Lei nº 11.829, de
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
2008)
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica

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envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou
nº 11.829, de 2008) ao Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e § 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo deverão
multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) manter sob sigilo o material ilícito referido. (Incluído pela Lei
nº 11.829, de 2008)
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir,
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente
por meio de sistema de informática ou telemático, em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de
fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou ou qualquer outra forma de representação visual: (Incluído
adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído
pela Lei nº 11.829, de 2008) pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 1 o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende,
11.829, de 2008) expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por
qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material
I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das
produzido na forma do caput deste artigo. (Incluído pela Lei
fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste
nº 11.829, de 2008)
artigo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de
qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com
computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata
ela praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de
o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
2008)
§ 2 o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1 o deste
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído
artigo são puníveis quando o responsável legal pela
pela Lei nº 11.829, de 2008)
prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de
desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído
o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo praticar ato libidinoso; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com
2008)
o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e sexualmente explícita. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a
§ 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica”
pequena quantidade o material a que se refere o caput deste compreende qualquer situação que envolva criança ou
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou
simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou
§ 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a
adolescente para fins primordialmente sexuais. (Incluído
finalidade de comunicar às autoridades competentes a
pela Lei nº 11.829, de 2008)
ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A
e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
por: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma,
munição ou explosivo:
I – agente público no exercício de suas funções; (Incluído
pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. (Redação dada
pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)
II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua,
entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar,
processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a
referidos neste parágrafo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros
2008) produtos cujos componentes possam causar dependência
física ou psíquica: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de
III – representante legal e funcionários responsáveis de
2015)
provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de
computadores, até o recebimento do material relativo à
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Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade
fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei de atendimento o exercício dos direitos constantes nos
nº 13.106, de 2015) incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos se o dobro em caso de reincidência.
de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização
reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer
devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou
dano físico em caso de utilização indevida:
documento de procedimento policial, administrativo ou
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato
infracional:
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais
definidos no caput do art. 2 o desta Lei, à prostituição ou à Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
exploração sexual: (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000) se o dobro em caso de reincidência.
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda § 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou
de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do parcialmente, fotografia de criança ou adolescente
Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe
da Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de
cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa- forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente.
fé. (Redação dada pela Lei nº 13.440, de 2017)
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou
§ 1 o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste
ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a
de criança ou adolescente às práticas referidas apreensão da publicação ou a suspensão da programação da
no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 9.975, de emissora até por dois dias, bem como da publicação do
23.6.2000) periódico até por dois números. (Expressão declarada
inconstitucional pela ADIN 869).
§ 2 o Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação
da licença de localização e de funcionamento do Art. 248. (Revogado pela Lei nº 13.431, de 2017) (Vigência)
estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de inerentes ao pátrio poder poder familiar ou decorrente de
18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade
induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de judiciária ou Conselho Tutelar: (Expressão substituída pela
2009) Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
Lei nº 12.015, de 2009) se o dobro em caso de reincidência.
§ 1 o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem Art. 250. Hospedar criança ou adolescente
pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem
meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em
internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) hotel, pensão, motel ou congênere: (Redação dada pela Lei
nº 12.038, de 2009).
§ 2 o As penas previstas no caput deste artigo são
aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou Pena – multa. (Redação dada pela Lei nº 12.038, de 2009).
induzida estar incluída no rol do art. 1 o da Lei n o 8.072, de
§ 1 º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de
25 de julho de 1990 . (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
multa, a autoridade judiciária poderá determinar o
CAPÍTULO II fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze)
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS dias. (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por § 2 º Se comprovada a reincidência em período inferior a 30
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino (trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente
fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à fechado e terá sua licença cassada. (Incluído pela Lei nº
autoridade competente os casos de que tenha 12.038, de 2009).
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer
maus-tratos contra criança ou adolescente:
meio, com inobservância do disposto nos arts. 83, 84 e 85
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- desta Lei:
se o dobro em caso de reincidência.

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Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de providenciar
se o dobro em caso de reincidência. a instalação e operacionalização dos cadastros previstos no
art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei: (Incluído pela Lei nº
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo
12.010, de 2009) Vigência
público de afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada
do local de exibição, informação destacada sobre a natureza Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
da diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no mil reais). (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
certificado de classificação:
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- que deixa de efetuar o cadastramento de crianças e de
se o dobro em caso de reincidência. adolescentes em condições de serem adotadas, de pessoas
ou casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
em regime de acolhimento institucional ou familiar. (Incluído
representações ou espetáculos, sem indicar os limites de
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
idade a que não se recomendem:
Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicada
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar
em caso de reincidência, aplicável, separadamente, à casa de
imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso
espetáculo e aos órgãos de divulgação ou publicidade.
de que tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, em entregar seu filho para adoção: (Incluído pela Lei nº
espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso 12.010, de 2009) Vigência
de sua classificação: (Expressão declarada inconstitucional
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
pela ADI 2.404).
mil reais). (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o funcionário de
em caso de reincidência a autoridade judiciária poderá
programa oficial ou comunitário destinado à garantia do
determinar a suspensão da programação da emissora por
direito à convivência familiar que deixa de efetuar a
até dois dias.
comunicação referida no caput deste artigo. (Incluído pela
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
classificado pelo órgão competente como inadequado às
Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no inciso II
crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:
do art. 81: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00
reincidência, a autoridade poderá determinar a suspensão
(dez mil reais); (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
do espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até
quinze dias. Medida Administrativa - interdição do estabelecimento
comercial até o recolhimento da multa aplicada. (Redação
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de
dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
programação em vídeo, em desacordo com a classificação
atribuída pelo órgão competente: DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da
de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o publicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei dispondo
fechamento do estabelecimento por até quinze dias. sobre a criação ou adaptação de seus órgãos às diretrizes da
política de atendimento fixadas no art. 88 e ao que
Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79
estabelece o Título V do Livro II.
desta Lei:
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios
Pena - multa de três a vinte salários de referência,
promoverem a adaptação de seus órgãos e programas às
duplicando-se a pena em caso de reincidência, sem prejuízo
diretrizes e princípios estabelecidos nesta Lei.
de apreensão da revista ou publicação.
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional,
empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso
distrital, estaduais ou municipais, devidamente
de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre
comprovadas, sendo essas integralmente deduzidas do
sua participação no espetáculo:
imposto de renda, obedecidos os seguintes limites: (Redação
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido
fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro
real; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)

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II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual,
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
observado o disposto no art. 22 da Lei n o 9.532, de 10 de
dezembro de 1997 . (Redação dada pela Lei nº 12.594, de III - 3% (três por cento) a partir do exercício de
2012) (Vide) 2012. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 1º - (Revogado pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de § 2 o A dedução de que trata o caput : (Incluído pela Lei nº
efeito) 12.594, de 2012) (Vide)
§ 1 o -A. Na definição das prioridades a serem atendidas com I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto
os recursos captados pelos fundos nacional, estaduais e sobre a renda apurado na declaração de que trata o inciso II
municipais dos direitos da criança e do adolescente, serão do caput do art. 260; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção, 2012) (Vide)
Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
II - não se aplica à pessoa física que: (Incluído pela Lei nº
Convivência Familiar e Comunitária e as do Plano Nacional
12.594, de 2012) (Vide)
pela Primeira Infância. (Redação dada dada pela Lei nº
13.257, de 2016) a) utilizar o desconto simplificado; (Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012) (Vide)
§ 2 o Os conselhos nacional, estaduais e municipais dos
direitos da criança e do adolescente fixarão critérios de b) apresentar declaração em formulário; ou (Incluído pela Lei
utilização, por meio de planos de aplicação, das dotações nº 12.594, de 2012) (Vide)
subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente
c) entregar a declaração fora do prazo; (Incluído pela Lei nº
percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de
12.594, de 2012) (Vide)
guarda, de crianças e adolescentes e para programas de
atenção integral à primeira infância em áreas de maior III - só se aplica às doações em espécie; e (Incluído pela Lei
carência socioeconômica e em situações de nº 12.594, de 2012) (Vide)
calamidade. (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de
IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou deduções em
2016)
vigor. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministério da
§ 3 o O pagamento da doação deve ser efetuado até a data
Economia, Fazenda e Planejamento, regulamentará a
de vencimento da primeira quota ou quota única do
comprovação das doações feitas aos fundos, nos termos
imposto, observadas instruções específicas da Secretaria da
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)
Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
§ 4º O Ministério Público determinará em cada comarca a 2012) (Vide)
forma de fiscalização da aplicação, pelo Fundo Municipal dos
§ 4 o O não pagamento da doação no prazo estabelecido no
Direitos da Criança e do Adolescente, dos incentivos fiscais
§ 3 o implica a glosa definitiva desta parcela de dedução,
referidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 8.242, de
ficando a pessoa física obrigada ao recolhimento da
12.10.1991)
diferença de imposto devido apurado na Declaração de
§ 5 o Observado o disposto no § 4 o do art. 3 o da Lei n o 9.249, Ajuste Anual com os acréscimos legais previstos na
de 26 de dezembro de 1995 , a dedução de que trata o inciso legislação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
I do caput : (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
§ 5 o A pessoa física poderá deduzir do imposto apurado na
2012) (Vide)
Declaração de Ajuste Anual as doações feitas, no respectivo
I - será considerada isoladamente, não se submetendo a ano-calendário, aos fundos controlados pelos Conselhos dos
limite em conjunto com outras deduções do imposto; Direitos da Criança e do Adolescente municipais, distrital,
e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) estaduais e nacional concomitantemente com a opção de
que trata o caput , respeitado o limite previsto no inciso II do
II - não poderá ser computada como despesa operacional na
art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
apuração do lucro real. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
2012) (Vide) Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260
poderá ser deduzida: (Incluído pela Lei nº 12.594, de
Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-calendário de
2012) (Vide)
2009, a pessoa física poderá optar pela doação de que trata
o inciso II do caput do art. 260 diretamente em sua I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas jurídicas
Declaração de Ajuste Anual. (Incluído pela Lei nº 12.594, de que apuram o imposto trimestralmente; e (Incluído pela Lei
2012) (Vide) nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 1 o A doação de que trata o caput poderá ser deduzida até II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para
os seguintes percentuais aplicados sobre o imposto apurado as pessoas jurídicas que apuram o imposto
na declaração: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) anualmente. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)

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Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada dentro do a) para as pessoas físicas, o valor constante da última
período a que se refere a apuração do imposto. (Incluído declaração do imposto de renda, desde que não exceda o
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) valor de mercado; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
2012) (Vide)
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei
podem ser efetuadas em espécie ou em bens. (Incluído pela b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Parágrafo único. As doações efetuadas em espécie devem Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não será
ser depositadas em conta específica, em instituição considerado na determinação do valor dos bens doados,
financeira pública, vinculadas aos respectivos fundos de que exceto se o leilão for determinado por autoridade
trata o art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administração das Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts. 260-D
contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte por um prazo
nacional, estaduais, distrital e municipais devem emitir de 5 (cinco) anos para fins de comprovação da dedução
recibo em favor do doador, assinado por pessoa competente perante a Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº
e pelo presidente do Conselho correspondente, 12.594, de 2012) (Vide)
especificando: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administração das
I - número de ordem; (Incluído pela Lei nº 12.594, de contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
2012) (Vide) nacional, estaduais, distrital e municipais devem: (Incluído
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e
endereço do emitente; (Incluído pela Lei nº 12.594, de I - manter conta bancária específica destinada
2012) (Vide) exclusivamente a gerir os recursos do Fundo; (Incluído pela
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do
doador; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) II - manter controle das doações recebidas; e (Incluído pela
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
IV - data da doação e valor efetivamente recebido;
e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal do
Brasil as doações recebidas mês a mês, identificando os
V - ano-calendário a que se refere a doação. (Incluído pela
seguintes dados por doador: (Incluído pela Lei nº 12.594, de
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
2012) (Vide)
§ 1 o O comprovante de que trata o caput deste artigo pode
a) nome, CNPJ ou CPF; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
ser emitido anualmente, desde que discrimine os valores
2012) (Vide)
doados mês a mês. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
2012) (Vide) b) valor doado, especificando se a doação foi em espécie ou
em bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 2 o No caso de doação em bens, o comprovante deve
conter a identificação dos bens, mediante descrição em Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obrigações
campo próprio ou em relação anexa ao comprovante, previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal do
informando também se houve avaliação, o nome, CPF ou Brasil dará conhecimento do fato ao Ministério
CNPJ e endereço dos avaliadores. (Incluído pela Lei nº Público. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
12.594, de 2012) (Vide)
Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do
Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o doador Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais
deverá: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) divulgarão amplamente à comunidade: (Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012) (Vide)
I - comprovar a propriedade dos bens, mediante
documentação hábil; (Incluído pela Lei nº 12.594, de I - o calendário de suas reuniões; (Incluído pela Lei nº 12.594,
2012) (Vide) de 2012) (Vide)
II - baixar os bens doados na declaração de bens e direitos, II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de
quando se tratar de pessoa física, e na escrituração, no caso atendimento à criança e ao adolescente; (Incluído pela Lei nº
de pessoa jurídica; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 12.594, de 2012) (Vide)
2012) (Vide)
III - os requisitos para a apresentação de projetos a serem
III - considerar como valor dos bens doados: (Incluído pela beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital ou
municipais; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)

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IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano- § 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço,
calendário e o valor dos recursos previstos para se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
implementação das ações, por projeto; (Incluído pela Lei nº profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
12.594, de 2012) (Vide) imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
V - o total dos recursos recebidos e a respectiva destinação,
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
por projeto atendido, inclusive com cadastramento na base
um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de
de dados do Sistema de Informações sobre a Infância e a
catorze anos.
Adolescência; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
2) Art. 129
VI - a avaliação dos resultados dos projetos beneficiados com
recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do § 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer
Adolescente nacional, estaduais, distrital e das hipóteses do art. 121, § 4º.
municipais. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
Art. 260-J. O Ministério Público determinará, em cada
3) Art. 136
Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos incentivos
fiscais referidos no art. 260 desta Lei. (Incluído pela Lei nº § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado
12.594, de 2012) (Vide) contra pessoa menor de catorze anos.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto nos arts. 4) Art. 213
260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder por ação
Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze anos:
judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá atuar
de ofício, a requerimento ou representação de qualquer Pena - reclusão de quatro a dez anos.
cidadão. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
5) Art. 214
Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze anos:
da República (SDH/PR) encaminhará à Secretaria da Receita
Federal do Brasil, até 31 de outubro de cada ano, arquivo Pena - reclusão de três a nove anos.»
eletrônico contendo a relação atualizada dos Fundos dos
Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro de
Direitos da Criança e do Adolescente nacional, distrital,
1973 , fica acrescido do seguinte item:
estaduais e municipais, com a indicação dos respectivos
números de inscrição no CNPJ e das contas bancárias "Art. 102
específicas mantidas em instituições financeiras públicas,
6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. "
destinadas exclusivamente a gerir os recursos dos
Fundos. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, da
administração direta ou indireta, inclusive fundações
Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedirá
instituídas e mantidas pelo poder público federal
as instruções necessárias à aplicação do disposto nos
promoverão edição popular do texto integral deste Estatuto,
arts. 260 a 260-K. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
que será posto à disposição das escolas e das entidades de
2012) (Vide)
atendimento e de defesa dos direitos da criança e do
Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos da adolescente.
criança e do adolescente, os registros, inscrições e alterações
Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla
a que se referem os arts. 90, parágrafo único, e 91 desta Lei
divulgação dos direitos da criança e do adolescente nos
serão efetuados perante a autoridade judiciária da comarca
meios de comunicação social. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
a que pertencer a entidade.
2016)
Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar aos
Parágrafo único. A divulgação a que se refere o caput será
estados e municípios, e os estados aos municípios, os
veiculada em linguagem clara, compreensível e adequada a
recursos referentes aos programas e atividades previstos
crianças e adolescentes, especialmente às crianças com
nesta Lei, tão logo estejam criados os conselhos dos direitos
idade inferior a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
da criança e do adolescente nos seus respectivos níveis.
2016)
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares, as
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua
atribuições a eles conferidas serão exercidas pela autoridade
publicação.
judiciária.
Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão ser
Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940
promovidas atividades e campanhas de divulgação e
(Código Penal), passa a vigorar com as seguintes alterações:
esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei.
1) Art. 121

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Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964 , e 6.697, de VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas
10 de outubro de 1979 (Código de Menores), e as demais áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços
disposições em contrário. aos idosos;
Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a
da República. divulgação de informações de caráter educativo sobre os
aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
FERNANDO COLLOR
Bernardo Cabral VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de
Carlos Chiarelli assistência social locais.
Antônio Magri
IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de
Margarida Procópio
Renda. (Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008).

Lei nº 10.741/2003 § 2º Dentre os idosos, é assegurada prioridade especial aos


maiores de oitenta anos, atendendo-se suas necessidades
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. sempre preferencialmente em relação aos demais
idosos. (Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de
negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão,
TÍTULO I e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES punido na forma da lei.
Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular § 1o É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos
os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou direitos do idoso.
superior a 60 (sessenta) anos.
§ 2o As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais prevenção outras decorrentes dos princípios por ela
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção adotados.
integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou
por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para Art. 5o A inobservância das normas de prevenção importará
preservação de sua saúde física e mental e seu em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em da lei.
condições de liberdade e dignidade. Art. 6o Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade
Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha
e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta testemunhado ou de que tenha conhecimento.
prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do
à convivência familiar e comunitária. idoso, definidos nesta Lei.
§ 1º A garantia de prioridade compreende: (Redação dada TÍTULO II
pela Lei nº 13.466, de 2017) DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
I – atendimento preferencial imediato e individualizado CAPÍTULO I
junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços DO DIREITO À VIDA
à população; Art. 8o O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua
II – preferência na formulação e na execução de políticas proteção um direito social, nos termos desta Lei e da
sociais públicas específicas; legislação vigente.

III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a
relacionadas com a proteção ao idoso; proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas
sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável
IV – viabilização de formas alternativas de participação, e em condições de dignidade.
ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;
CAPÍTULO II
V – priorização do atendimento do idoso por sua própria DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE
família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos
que não a possuam ou careçam de condições de Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à
manutenção da própria sobrevivência; pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como

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pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, II – atendimento geriátrico e gerontológico em


individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis. ambulatórios;
§ 1o O direito à liberdade compreende, entre outros, os III – unidades geriátricas de referência, com pessoal
seguintes aspectos: especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social;
I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a
espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se
locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por
II – opinião e expressão;
instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e
III – crença e culto religioso; eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios
urbano e rural;
IV – prática de esportes e de diversões;
V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para
V – participação na vida familiar e comunitária;
redução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde.
VI – participação na vida política, na forma da lei;
§ 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos,
VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação. gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso
continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos
§ 2o O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
integridade física, psíquica e moral, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de § 3o É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde
valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
§ 3o É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, § 4o Os idosos portadores de deficiência ou com limitação
colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, incapacitante terão atendimento especializado, nos termos
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. da lei.
CAPÍTULO III § 5o É vedado exigir o comparecimento do idoso enfermo
DOS ALIMENTOS perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido o
seguinte procedimento:(Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da
lei civil. I - quando de interesse do poder público, o agente
promoverá o contato necessário com o idoso em sua
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso
residência; ou(Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
optar entre os prestadores.
II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser
representar por procurador legalmente constituído.(Incluído
celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor
pela Lei nº 12.896, de 2013)
Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título
executivo extrajudicial nos termos da lei processual § 6o É assegurado ao idoso enfermo o atendimento
civil. (Redação dada pela Lei nº 11.737, de 2008) domiciliar pela perícia médica do Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem
serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que
condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se
integre o Sistema Único de Saúde - SUS, para expedição do
ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência
laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos
social.
sociais e de isenção tributária.(Incluído pela Lei nº 12.896, de
CAPÍTULO IV 2013)
DO DIREITO À SAÚDE
§ 7º Em todo atendimento de saúde, os maiores de oitenta
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por anos terão preferência especial sobre os demais idosos,
intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe exceto em caso de emergência. (Incluído pela Lei nº
o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e 13.466, de 2017).
contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção,
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado
proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção
o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde
especial às doenças que afetam preferencialmente os
proporcionar as condições adequadas para a sua
idosos.
permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
§ 1o A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão
Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde
efetivadas por meio de:
responsável pelo tratamento conceder autorização para o
I – cadastramento da população idosa em base territorial; acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade,
justificá-la por escrito.

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Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades § 2o Os idosos participarão das comemorações de caráter
mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e
saúde que lhe for reputado mais favorável. vivências às demais gerações, no sentido da preservação da
memória e da identidade culturais.
Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de
proceder à opção, esta será feita: Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino
formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de
I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de
II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos
este não puder ser contactado em tempo hábil; sobre a matéria.
III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e
não houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar; de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo
menos 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou
eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como
familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao
o acesso preferencial aos respectivos locais.
Ministério Público.
Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios
horários especiais voltados aos idosos, com finalidade
mínimos para o atendimento às necessidades do idoso,
informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre
promovendo o treinamento e a capacitação dos
o processo de envelhecimento.
profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares
e grupos de auto-ajuda. Art. 25. As instituições de educação superior ofertarão às
pessoas idosas, na perspectiva da educação ao longo da vida,
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência
cursos e programas de extensão, presenciais ou a distância,
praticada contra idosos serão objeto de notificação
constituídos por atividades formais e não formais. (Redação
compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à
dada pela lei nº 13.535, de 2017)
autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente
comunicados por eles a quaisquer dos seguintes Parágrafo único. O poder público apoiará a criação de
órgãos: (Redação dada pela Lei nº 12.461, de 2011) universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a
publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão
I – autoridade policial;
editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura,
II – Ministério Público; considerada a natural redução da capacidade
visual. (Incluído pela lei nº 13.535, de 2017)
III – Conselho Municipal do Idoso;
CAPÍTULO VI
IV – Conselho Estadual do Idoso;
DA PROFISSIONALIZAÇÃO E DO TRABALHO
V – Conselho Nacional do Idoso.
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade
§ 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais
o idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público e psíquicas.
ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico
Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou
ou psicológico. (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011)
emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite
§ 2o Aplica-se, no que couber, à notificação compulsória máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os
prevista no caput deste artigo, o disposto na Lei no 6.259, de casos em que a natureza do cargo o exigir.
30 de outubro de 1975. (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011)
Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em
CAPÍTULO V concurso público será a idade, dando-se preferência ao de
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER idade mais elevada.
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:
lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que
I – profissionalização especializada para os idosos,
respeitem sua peculiar condição de idade.
aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do regulares e remuneradas;
idoso à educação, adequando currículos, metodologias e
II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com
material didático aos programas educacionais a ele
antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a
destinados.
novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de
§ 1o Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania;
relativo às técnicas de comunicação, computação e demais
avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.

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III – estímulo às empresas privadas para admissão de idosos computado para os fins do cálculo da renda familiar per
ao trabalho. capita a que se refere a Loas.
CAPÍTULO VII Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços
com a pessoa idosa abrigada.
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime
Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão, § 1o No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é
critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários facultada a cobrança de participação do idoso no custeio da
sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da entidade.
legislação vigente.
§ 2o O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção da Assistência Social estabelecerá a forma de participação
serão reajustados na mesma data de reajuste do salário- prevista no § 1o, que não poderá exceder a 70% (setenta por
mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de cento) de qualquer benefício previdenciário ou de
início ou do seu último reajustamento, com base em assistência social percebido pelo idoso.
percentual definido em regulamento, observados os
§ 3o Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu
critérios estabelecidos pela Lei no 8.213, de 24 de julho de
representante legal firmar o contrato a que se refere
1991.
o caput deste artigo.
Art. 30. A perda da condição de segurado não será
Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social,
considerada para a concessão da aposentadoria por idade,
por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência
desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de
econômica, para os efeitos legais.(Vigência)
contribuição correspondente ao exigido para efeito de
carência na data de requerimento do benefício. CAPÍTULO IX
DA HABITAÇÃO
Parágrafo único. O cálculo do valor do benefício previsto
no caput observará o disposto no caput e § 2o do art. 3o da Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da
Lei no 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus
salários-de-contribuição recolhidos a partir da competência familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição
de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei no 8.213, de pública ou privada.
1991.
§ 1o A assistência integral na modalidade de entidade de
Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios, longa permanência será prestada quando verificada
efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou
Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os carência de recursos financeiros próprios ou da família.
reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de
§ 2o Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica
Previdência Social, verificado no período compreendido
obrigada a manter identificação externa visível, sob pena de
entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo
interdição, além de atender toda a legislação pertinente.
pagamento.
§ 3o As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a
Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1o de Maio, é a data-base
manter padrões de habitação compatíveis com as
dos aposentados e pensionistas.
necessidades deles, bem como provê-los com alimentação
CAPÍTULO VIII regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL estas condizentes, sob as penas da lei.
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou
forma articulada, conforme os princípios e diretrizes subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de
previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria,
Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais observado o seguinte:
normas pertinentes.
I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, habitacionais residenciais para atendimento aos
que não possuam meios para prover sua subsistência, nem idosos;(Redação dada pela Lei nº 12.418, de 2011)
de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício
II – implantação de equipamentos urbanos comunitários
mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica
voltados ao idoso;
da Assistência Social – Loas.
III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas,
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer
para garantia de acessibilidade ao idoso;
membro da família nos termos do caput não será

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IV – critérios de financiamento compatíveis com os TÍTULO III


rendimentos de aposentadoria e pensão. DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
CAPÍTULO I
Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
atendimento a idosos devem situar-se, preferencialmente,
no pavimento térreo.(Incluído pela Lei nº 12.419, de 2011) Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis
sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem
CAPÍTULO X
ameaçados ou violados:
DO TRANSPORTE
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica
assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou
urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e entidade de atendimento;
especiais, quando prestados paralelamente aos serviços
III – em razão de sua condição pessoal.
regulares.
CAPÍTULO II
§ 1o Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso
DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO
apresente qualquer documento pessoal que faça prova de
sua idade. Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei
poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e
§ 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este
levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o
artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
para os idosos, devidamente identificados com a placa de
reservado preferencialmente para idosos. Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art.
o 43, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a
§ 3 No caso das pessoas compreendidas na faixa etária
requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as
entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a
seguintes medidas:
critério da legislação local dispor sobre as condições para
exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos I – encaminhamento à família ou curador, mediante termo
no caput deste artigo. de responsabilidade;
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
observar-se-á, nos termos da legislação
III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime
específica:(Regulamento) (Vide Decreto nº 5.934, de
ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
2006)
IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para
orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas
idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-
lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua
mínimos;
convivência que lhe cause perturbação;
II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no
V – abrigo em entidade;
valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas
gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários- VI – abrigo temporário.
mínimos.
TÍTULO IV
Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO IDOSO
mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos CAPÍTULO I
previstos nos incisos I e II. DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio
da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos do conjunto articulado de ações governamentais e não-
estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e
posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao dos Municípios.
idoso.
Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:
Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança do idoso
I – políticas sociais básicas, previstas na Lei no 8.842, de 4 de
nos procedimentos de embarque e desembarque nos
janeiro de 1994;
veículos do sistema de transporte coletivo.(Redação dada
pela Lei nº 12.899, de 2013) II – políticas e programas de assistência social, em caráter
supletivo, para aqueles que necessitarem;

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III – serviços especiais de prevenção e atendimento às Art. 50. Constituem obrigações das entidades de
vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, atendimento:
crueldade e opressão;
I – celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o
IV – serviço de identificação e localização de parentes ou idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da
responsáveis por idosos abandonados em hospitais e entidade e prestações decorrentes do contrato, com os
instituições de longa permanência; respectivos preços, se for o caso;
V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos II – observar os direitos e as garantias de que são titulares os
direitos dos idosos; idosos;
VI – mobilização da opinião pública no sentido da III – fornecer vestuário adequado, se for pública, e
participação dos diversos segmentos da sociedade no alimentação suficiente;
atendimento do idoso.
IV – oferecer instalações físicas em condições adequadas de
CAPÍTULO II habitabilidade;
DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO AO IDOSO
V – oferecer atendimento personalizado;
Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela
VI – diligenciar no sentido da preservação dos vínculos
manutenção das próprias unidades, observadas as normas
familiares;
de planejamento e execução emanadas do órgão
competente da Política Nacional do Idoso, conforme a Lei VII – oferecer acomodações apropriadas para recebimento
no 8.842, de 1994. de visitas;
Parágrafo único. As entidades governamentais e não- VIII – proporcionar cuidados à saúde, conforme a
governamentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à necessidade do idoso;
inscrição de seus programas, junto ao órgão competente da
IX – promover atividades educacionais, esportivas, culturais
Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e
e de lazer;
em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da
Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento, X – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de
observados os seguintes requisitos: acordo com suas crenças;
I – oferecer instalações físicas em condições adequadas de XI – proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
XII – comunicar à autoridade competente de saúde toda
II – apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho ocorrência de idoso portador de doenças infecto-
compatíveis com os princípios desta Lei; contagiosas;
III – estar regularmente constituída; XIII – providenciar ou solicitar que o Ministério Público
requisite os documentos necessários ao exercício da
IV – demonstrar a idoneidade de seus dirigentes.
cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei;
Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de
XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis
institucionalização de longa permanência adotarão os
que receberem dos idosos;
seguintes princípios:
XV – manter arquivo de anotações onde constem data e
I – preservação dos vínculos familiares;
circunstâncias do atendimento, nome do idoso, responsável,
II – atendimento personalizado e em pequenos grupos; parentes, endereços, cidade, relação de seus pertences, bem
como o valor de contribuições, e suas alterações, se houver,
III – manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em
e demais dados que possibilitem sua identificação e a
caso de força maior;
individualização do atendimento;
IV – participação do idoso nas atividades comunitárias, de
XVI – comunicar ao Ministério Público, para as providências
caráter interno e externo;
cabíveis, a situação de abandono moral ou material por parte
V – observância dos direitos e garantias dos idosos; dos familiares;
VI – preservação da identidade do idoso e oferecimento de XVII – manter no quadro de pessoal profissionais com
ambiente de respeito e dignidade. formação específica.
Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos
atendimento ao idoso responderá civil e criminalmente prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência
pelos atos que praticar em detrimento do idoso, sem judiciária gratuita.
prejuízo das sanções administrativas.

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CAPÍTULO III § 4o Na aplicação das penalidades, serão consideradas a


DA FISCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
dela provierem para o idoso, as circunstâncias agravantes ou
Art. 52. As entidades governamentais e não-governamentais
atenuantes e os antecedentes da entidade.
de atendimento ao idoso serão fiscalizadas pelos Conselhos
do Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros CAPÍTULO IV
previstos em lei. DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 53. O art. 7o da Lei no 8.842, de 1994, passa a vigorar Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as
com a seguinte redação: determinações do art. 50 desta Lei:
"Art. 7o Compete aos Conselhos de que trata o art. 6o desta Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00
Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a (três mil reais), se o fato não for caracterizado como crime,
avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das podendo haver a interdição do estabelecimento até que
respectivas instâncias político-administrativas." (NR) sejam cumpridas as exigências legais.
Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento
recursos públicos e privados recebidos pelas entidades de de longa permanência, os idosos abrigados serão
atendimento. transferidos para outra instituição, a expensas do
estabelecimento interditado, enquanto durar a interdição.
Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as
determinações desta Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável por
responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou estabelecimento de saúde ou instituição de longa
prepostos, às seguintes penalidades, observado o devido permanência de comunicar à autoridade competente os
processo legal: casos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento:
I – as entidades governamentais: Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00
(três mil reais), aplicada em dobro no caso de reincidência.
a) advertência;
Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre
b) afastamento provisório de seus dirigentes;
a prioridade no atendimento ao idoso:
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00
d) fechamento de unidade ou interdição de programa; (um mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz,
conforme o dano sofrido pelo idoso.
II – as entidades não-governamentais:
CAPÍTULO V
a) advertência;
DA APURAÇÃO ADMINISTRATIVA DE INFRAÇÃO ÀS
b) multa; NORMAS DE PROTEÇÃO AO IDOSO
c) suspensão parcial ou total do repasse de verbas públicas; Art. 59. Os valores monetários expressos no Capítulo IV
serão atualizados anualmente, na forma da lei.
d) interdição de unidade ou suspensão de programa;
Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade
e) proibição de atendimento a idosos a bem do interesse
administrativa por infração às normas de proteção ao idoso
público.
terá início com requisição do Ministério Público ou auto de
§ 1o Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se
de fraude em relação ao programa, caberá o afastamento possível, por duas testemunhas.
provisório dos dirigentes ou a interdição da unidade e a
§ 1o No procedimento iniciado com o auto de infração
suspensão do programa.
poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a
§ 2o A suspensão parcial ou total do repasse de verbas natureza e as circunstâncias da infração.
públicas ocorrerá quando verificada a má aplicação ou
§ 2o Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-
desvio de finalidade dos recursos.
á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24
§ 3o Na ocorrência de infração por entidade de atendimento, (vinte e quatro) horas, por motivo justificado.
que coloque em risco os direitos assegurados nesta Lei, será
Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a
o fato comunicado ao Ministério Público, para as
apresentação da defesa, contado da data da intimação, que
providências cabíveis, inclusive para promover a suspensão
será feita:
das atividades ou dissolução da entidade, com a proibição de
atendimento a idosos a bem do interesse público, sem I – pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for
prejuízo das providências a serem tomadas pela Vigilância lavrado na presença do infrator;
Sanitária.
II – por via postal, com aviso de recebimento.

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Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a § 4o A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da
autoridade competente aplicará à entidade de atendimento entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento.
as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
TÍTULO V
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério
DO ACESSO À JUSTIÇA
Público ou pelas demais instituições legitimadas para a
CAPÍTULO I
fiscalização.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a
Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste
saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade competente
Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de
aplicará à entidade de atendimento as sanções
Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos
regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
nesta Lei.
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério
Público ou pelas demais instituições legitimadas para a Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e
fiscalização. exclusivas do idoso.
CAPÍTULO VI Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos
DA APURAÇÃO JUDICIAL DE IRREGULARIDADES EM e procedimentos e na execução dos atos e diligências
ENTIDADE DE ATENDIMENTO judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em
Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento
qualquer instância.
administrativo de que trata este Capítulo as disposições
das Leis nos 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude
de janeiro de 1999. este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o
benefício à autoridade judiciária competente para decidir o
Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em
feito, que determinará as providências a serem cumpridas,
entidade governamental e não-governamental de
anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do
atendimento ao idoso terá início mediante petição
processo.
fundamentada de pessoa interessada ou iniciativa do
Ministério Público. § 2o A prioridade não cessará com a morte do beneficiado,
estendendo-se em favor do cônjuge supérstite,
Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade
companheiro ou companheira, com união estável, maior de
judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar
60 (sessenta) anos.
liminarmente o afastamento provisório do dirigente da
entidade ou outras medidas que julgar adequadas, para § 3o A prioridade se estende aos processos e procedimentos
evitar lesão aos direitos do idoso, mediante decisão na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços
fundamentada. públicos e instituições financeiras, ao atendimento
preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos
Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de
Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de
10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar
Assistência Judiciária.
documentos e indicar as provas a produzir.
§ 4o Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso
Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz procederá na
o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a
conformidade do art. 69 ou, se necessário, designará
destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.
audiência de instrução e julgamento, deliberando sobre a
necessidade de produção de outras provas. § 5º Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade
o especial aos maiores de oitenta anos. (Incluído pela Lei nº
§ 1 Salvo manifestação em audiência, as partes e o
13.466, de 2017).
Ministério Público terão 5 (cinco) dias para oferecer
alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual CAPÍTULO II
prazo. DO MINISTÉRIO PÚBLICO
§ 2o Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo Art. 72. (VETADO)
de dirigente de entidade governamental, a autoridade
Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta Lei,
judiciária oficiará a autoridade administrativa
serão exercidas nos termos da respectiva Lei Orgânica.
imediatamente superior ao afastado, fixando-lhe prazo de
24 (vinte e quatro) horas para proceder à substituição. Art. 74. Compete ao Ministério Público:
§ 3o Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das proteção dos direitos e interesses difusos ou coletivos,
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o individuais indisponíveis e individuais homogêneos do idoso;
processo será extinto, sem julgamento do mérito.

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II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei,
interdição total ou parcial, de designação de curador hipóteses em que terá vista dos autos depois das partes,
especial, em circunstâncias que justifiquem a medida e podendo juntar documentos, requerer diligências e
oficiar em todos os feitos em que se discutam os direitos de produção de outras provas, usando os recursos cabíveis.
idosos em condições de risco;
Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso,
III – atuar como substituto processual do idoso em situação será feita pessoalmente.
de risco, conforme o disposto no art. 43 desta Lei;
Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta
IV – promover a revogação de instrumento procuratório do a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou
idoso, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando a requerimento de qualquer interessado.
necessário ou o interesse público justificar;
CAPÍTULO III
V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo: DA PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES DIFUSOS,
COLETIVOS E INDIVIDUAIS INDISPONÍVEIS OU
a) expedir notificações, colher depoimentos ou
HOMOGÊNEOS
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento
injustificado da pessoa notificada, requisitar condução Art. 78. As manifestações processuais do representante do
coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar; Ministério Público deverão ser fundamentadas.
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de
autoridades municipais, estaduais e federais, da responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao
administração direta e indireta, bem como promover idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento
inspeções e diligências investigatórias; insatisfatório de:
c) requisitar informações e documentos particulares de I – acesso às ações e serviços de saúde;
instituições privadas;
II – atendimento especializado ao idoso portador de
VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências deficiência ou com limitação incapacitante;
investigatórias e a instauração de inquérito policial, para a
III – atendimento especializado ao idoso portador de doença
apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao
infecto-contagiosa;
idoso;
IV – serviço de assistência social visando ao amparo do idoso.
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais
assegurados ao idoso, promovendo as medidas judiciais e Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não
extrajudiciais cabíveis; excluem da proteção judicial outros interesses difusos,
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios
VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares de
do idoso, protegidos em lei.
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando
de pronto as medidas administrativas ou judiciais Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no
necessárias à remoção de irregularidades porventura foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência
verificadas; absoluta para processar a causa, ressalvadas as
competências da Justiça Federal e a competência originária
IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos
dos Tribunais Superiores.
serviços de saúde, educacionais e de assistência social,
públicos, para o desempenho de suas atribuições; Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos,
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos,
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos
consideram-se legitimados, concorrentemente:
dos idosos previstos nesta Lei.
I – o Ministério Público;
§ 1o A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas II – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei.
III – a Ordem dos Advogados do Brasil;
§ 2o As atribuições constantes deste artigo não excluem
IV – as associações legalmente constituídas há pelo menos 1
outras, desde que compatíveis com a finalidade e atribuições
(um) ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa
do Ministério Público.
dos interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a
§ 3o O representante do Ministério Público, no exercício de autorização da assembléia, se houver prévia autorização
suas funções, terá livre acesso a toda entidade de estatutária.
atendimento ao idoso.
§ 1o Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os
Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for Ministérios Públicos da União e dos Estados na defesa dos
parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na interesses e direitos de que cuida esta Lei.

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§ 2o Em caso de desistência ou abandono da ação por Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá
associação legitimada, o Ministério Público ou outro adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais
legitimado deverá assumir a titularidade ativa. e quaisquer outras despesas.
Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério
esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ação Público.
pertinentes.
Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá,
Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício informações sobre os fatos que constituam objeto de ação
de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido e civil e indicando-lhe os elementos de convicção.
certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que se
Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais,
regerá pelas normas da lei do mandado de segurança.
no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento
Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de de fatos que possam configurar crime de ação pública contra
obrigação de fazer ou não-fazer, o juiz concederá a tutela idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa,
específica da obrigação ou determinará providências que devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério
assegurem o resultado prático equivalente ao Público, para as providências cabíveis.
adimplemento.
Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá
§ 1o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo requerer às autoridades competentes as certidões e
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no
ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prazo de 10 (dez) dias.
prévia, na forma do art. 273 do Código de Processo Civil.
Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua
§ 2o O juiz poderá, na hipótese do § 1o ou na sentença, impor presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
multa diária ao réu, independentemente do pedido do autor, pessoa, organismo público ou particular, certidões,
se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o
prazo razoável para o cumprimento do preceito. qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias.
§ 3o A multa só será exigível do réu após o trânsito em § 1o Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida diligências, se convencer da inexistência de fundamento
desde o dia em que se houver configurado. para a propositura da ação civil ou de peças informativas,
determinará o seu arquivamento, fazendo-o
Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão
fundamentadamente.
ao Fundo do Idoso, onde houver, ou na falta deste, ao Fundo
Municipal de Assistência Social, ficando vinculados ao § 2o Os autos do inquérito civil ou as peças de informação
atendimento ao idoso. arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta
grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do
Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta) dias
Ministério Público ou à Câmara de Coordenação e Revisão
após o trânsito em julgado da decisão serão exigidas por
do Ministério Público.
meio de execução promovida pelo Ministério Público, nos
mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais § 3o Até que seja homologado ou rejeitado o arquivamento,
legitimados em caso de inércia daquele. pelo Conselho Superior do Ministério Público ou por Câmara
de Coordenação e Revisão do Ministério Público, as
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos
associações legitimadas poderão apresentar razões escritas
recursos, para evitar dano irreparável à parte.
ou documentos, que serão juntados ou anexados às peças de
Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser informação.
condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa
§ 4o Deixando o Conselho Superior ou a Câmara de
de peças à autoridade competente, para apuração da
Coordenação e Revisão do Ministério Público de homologar
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se
a promoção de arquivamento, será designado outro
atribua a ação ou omissão.
membro do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado
TÍTULO VI
da sentença condenatória favorável ao idoso sem que o
DOS CRIMES
autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério
CAPÍTULO I
Público, facultada, igual iniciativa aos demais legitimados,
DISPOSIÇÕES GERAIS
como assistentes ou assumindo o pólo ativo, em caso de
inércia desse órgão. Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as
disposições da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985.

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Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por
privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica- motivo de idade;
se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de
II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou
setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as
trabalho;
disposições do Código Penal e do Código de Processo
Penal. (Vide ADI 3.096-5 - STF) III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de
prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
CAPÍTULO II
DOS CRIMES EM ESPÉCIE IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal
a que alude esta Lei;
pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts.
181 e 182 do Código Penal. V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis
à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando
requisitados pelo Ministério Público.
seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte,
ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em
motivo de idade: que for parte ou interveniente o idoso:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão
menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes
motivo. aplicação diversa da de sua finalidade:
§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso,
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à
possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente entidade de atendimento:
perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro
de autoridade pública: Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa
a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
qualquer outro documento com objetivo de assegurar
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da recebimento ou ressarcimento de dívida:
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
triplicada, se resulta a morte.
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde,
comunicação, informações ou imagens depreciativas ou
entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não
injuriosas à pessoa do idoso:
prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei
ou mandado: Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa. Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus
atos a outorgar procuração para fins de administração de
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou
bens ou deles dispor livremente:
psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas
ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar,
trabalho excessivo ou inadequado:
contratar, testar ou outorgar procuração:
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
o
§ 1 Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos. discernimento de seus atos, sem a devida representação
legal:
§ 2o Se resulta a morte:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis)
meses a 1 (um) ano e multa:

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TÍTULO VII (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos


DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia
judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem
Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do
justa causa, de socorrer descendente ou ascendente,
Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:
gravemente enfermo:" (NR)
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Art. 111. O O art. 21 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de outubro
o
Art. 110. O Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940, de 1941, Lei das Contravenções Penais, passa a vigorar
Código Penal, passa a vigorar com as seguintes alterações: acrescido do seguinte parágrafo único:
"Art. 61. "Art. 21
II - Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a
metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou
mulher grávida;" (NR) Art. 112. O inciso II do § 4o do art. 1o da Lei no 9.455, de 7 de
abril de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 121.
"Art. 1o
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica § 4o
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;."
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
(NR)
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei no 6.368, de 21 de
de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos." (NR) outubro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 133. "Art. 18
§ 3o III – se qualquer deles decorrer de associação ou visar a
menores de 21 (vinte e um) anos ou a pessoa com idade igual
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha, por
"Art. 140. qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade de
discernimento ou de autodeterminação:" (NR)
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição Art. 114. O art 1º da Lei no 10.048, de 8 de novembro de
de pessoa idosa ou portadora de deficiência:(NR) 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 141. "Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora
lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo
de deficiência, exceto no caso de injúria." (NR)
terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei." (NR)
"Art. 148.
Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará ao
§ 1o Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo
Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do agente
cada exercício financeiro, para aplicação em programas e
ou maior de 60 (sessenta) anos.." (NR)
ações relativos ao idoso.
"Art. 159
Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, relativos à população idosa do País.
se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso
(sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou
Nacional projeto de lei revendo os critérios de concessão do
quadrilha." (NR)
Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica
"Art. 183 da Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao
direito seja condizente com o estágio de desenvolvimento
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou
sócio-econômico alcançado pelo País.
superior a 60 (sessenta) anos." (NR)
Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias
"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência
da sua publicação, ressalvado o disposto no caput do art. 36,
do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto
que vigorará a partir de 1o de janeiro de 2004.
para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60

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Brasília, 1o de outubro de 2003; 182o da Independência e constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de
115o da República. estacionamento de estabelecimentos privados de uso
coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
2015) (Vigência)
Márcio Thomaz Bastos
Antonio Palocci Filho Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer
Rubem Fonseca Filho veículo, bem como aos proprietários, condutores dos
Humberto Sérgio Costa LIma veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele
Guido Mantega expressamente mencionadas.
Ricardo José Ribeiro Berzoini
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os
Benedita Souza da Silva Sampaio
efeitos deste Código são os constantes do Anexo I.
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
CAPÍTULO II
Lei nº 9.503/1997 DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
SEÇÃO I
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. DISPOSIÇÕES GERAIS
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das
CAPÍTULO I
atividades de planejamento, administração, normatização,
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação,
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do habilitação e reciclagem de condutores, educação,
território nacional, abertas à circulação, rege-se por este engenharia, operação do sistema viário, policiamento,
Código. fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e
aplicação de penalidades.
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas,
veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de
não, para fins de circulação, parada, estacionamento e Trânsito:
operação de carga ou descarga.
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa
e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das cumprimento;
respectivas competências, adotar as medidas destinadas a
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização
assegurar esse direito.
de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema execução das atividades de trânsito;
Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de
competências, objetivamente, por danos causados aos
informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim
cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e
de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.
manutenção de programas, projetos e serviços que
garantam o exercício do direito do trânsito seguro. SEÇÃO II
DA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA DO SISTEMA
§ 4º (VETADO)
NACIONAL DE TRÂNSITO
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao
Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do seguintes órgãos e entidades:
meio-ambiente. I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho
estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de normativos, consultivos e coordenadores;
acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais. III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são
consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União,
pública, as vias internas pertencentes aos condomínios dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

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V - a Polícia Rodoviária Federal; XV - (VETADO)


VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e XVI - (VETADO)
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - XVII - (VETADO)
JARI.
XVIII - (VETADO)
Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade
XIX - (VETADO)
concessionária de porto organizado poderá celebrar
convênios com os órgãos previstos no art. 7o, com a XX - (revogado)
interveniência dos Municípios e Estados, juridicamente
XXI - (VETADO)
interessados, para o fim específico de facilitar a autuação por
descumprimento da legislação de trânsito. (Incluído pela XXII - Ministro de Estado da Saúde;
Lei nº 12.058, de 2009)
XXIII - Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
§ 1o O convênio valerá para toda a área física do porto
XXIV - Ministro de Estado das Relações Exteriores;
organizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados,
nas estações de transbordo, nas instalações portuárias XXV - (revogado);
públicas de pequeno porte e nos respectivos
XXVI - Ministro de Estado da Economia; e
estacionamentos ou vias de trânsito internas. (Incluído
pela Lei nº 12.058, de 2009) XXVII - Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
§ 2o (VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
§ 1º (VETADO)
§ 3o (VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
§ 2º (VETADO)
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
organizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de § 3º (VETADO)
trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites
§ 4º Os Ministros de Estado deverão indicar suplente, que
circunscricionais de suas atuações.
será servidor de nível hierárquico igual ou superior ao nível
Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou 6 do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS ou,
órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima no caso do Ministério da Defesa, alternativamente, Oficial-
do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o General.
CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de
§ 5º Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de
trânsito da União.
trânsito da União atuar como Secretário-Executivo do
Art. 10. Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Contran.
com sede no Distrito Federal, tem a seguinte composição:
§ 6º O quórum de votação e de aprovação no Contran é o de
I - (VETADO) maioria absoluta.
II - (VETADO) Art. 10-A. Poderão ser convidados a participar de reuniões
do Contran, sem direito a voto, representantes de órgãos e
II-A - Ministro de Estado da Infraestrutura, que o presidirá;
entidades setoriais responsáveis ou impactados pelas
III - Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações; propostas ou matérias em exame.
IV - Ministro de Estado da Educação; Art. 11. (VETADO)
V - Ministro de Estado da Defesa; Art. 12. Compete ao CONTRAN:
VI - Ministro de Estado do Meio Ambiente; I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste
Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito;
VII - (revogado);
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito,
VIII - (VETADO)
objetivando a integração de suas atividades;
IX - (VETADO)
III - (VETADO)
X - (VETADO)
IV - criar Câmaras Temáticas;
XI - (VETADO)
V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o
XII - (VETADO) funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE;
XIII - (VETADO) VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI;
XIV - (VETADO)

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VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao
contidas neste Código e nas resoluções complementares; CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como
objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para o
técnico sobre assuntos específicos para decisões daquele
enquadramento das condutas expressamente referidas
colegiado.
neste Código, para a fiscalização e a aplicação das medidas
administrativas e das penalidades por infrações e para a § 1º Cada Câmara é constituída por especialistas
arrecadação das multas aplicadas e o repasse dos valores representantes de órgãos e entidades executivos da União,
arrecadados; dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em
igual número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito,
IX - responder às consultas que lhe forem formuladas,
além de especialistas representantes dos diversos
relativas à aplicação da legislação de trânsito;
segmentos da sociedade relacionados com o trânsito, todos
X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, indicados segundo regimento específico definido pelo
habilitação, expedição de documentos de condutores, e CONTRAN e designados pelo ministro ou dirigente
registro e licenciamento de veículos; coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito.
XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de § 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo
sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito; anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem
atender aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
XII - (Revogado)
3º A coordenação das Câmaras Temáticas será exercida por
XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre
representantes do órgão máximo executivo de trânsito da
conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando
União ou dos Ministérios representados no Contran,
necessário, unificar as decisões administrativas; e
conforme definido no ato de criação de cada Câmara
XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de Temática.
trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito
§ 4º (VETADO)
Federal.
I - (VETADO)
XV - normatizar o processo de formação do candidato à
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo II - (VETADO)
seu conteúdo didático-pedagógico, carga horária,
III - (VETADO)
avaliações, exames, execução e fiscalização. (Incluído pela
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) IV - (VETADO)
§ 1º As propostas de normas regulamentares de que trata o Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito -
inciso I do caput deste artigo serão submetidas a prévia CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
consulta pública, por meio da rede mundial de CONTRANDIFE:
computadores, pelo período mínimo de 30 (trinta) dias,
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
antes do exame da matéria pelo Contran.
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
§ 2º As contribuições recebidas na consulta pública de que
II - elaborar normas no âmbito das respectivas
trata o § 1º deste artigo ficarão à disposição do público pelo
competências;
prazo de 2 (dois) anos, contado da data de encerramento da
consulta pública. III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação
e dos procedimentos normativos de trânsito;
§ 3º Em caso de urgência e de relevante interesse público, o
Presidente do Contran poderá editar deliberação, ad IV - estimular e orientar a execução de campanhas
referendum do Conselho e com prazo de validade máximo educativas de trânsito;
de 90 (noventa) dias, para estabelecer norma regulamentar
V - julgar os recursos interpostos contra decisões:
prevista no inciso I do caput, dispensado o cumprimento do
disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo, vedada a reedição. a) das JARI;
§ 4º Encerrado o prazo previsto no § 3º deste artigo sem o b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de
referendo do Contran, a deliberação perderá a sua eficácia, inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão
e permanecerão válidos os efeitos dela decorrentes. física, mental ou psicológica;
§ 5º Norma do Contran poderá dispor sobre o uso de VI - indicar um representante para compor a comissão
sinalização horizontal ou vertical que utilize técnicas de examinadora de candidatos portadores de deficiência física
estímulos comportamentais para a redução de acidentes de à habilitação para conduzir veículos automotores;
trânsito.
VII - (VETADO)

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VIII - acompanhar e coordenar as atividades de I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a


administração, educação, engenharia, fiscalização, execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo
policiamento ostensivo de trânsito, formação de CONTRAN, no âmbito de suas atribuições;
condutores, registro e licenciamento de veículos, articulando
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos
os órgãos do Sistema no Estado, reportando-se ao
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução
CONTRAN;
da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de
IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de Trânsito;
trânsito no âmbito dos Municípios; e
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando
exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333. o combate à violência no trânsito, promovendo,
coordenando e executando o controle de ações para a
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de
preservação do ordenamento e da segurança do trânsito;
reavaliação dos exames, junta especial de saúde para
examinar os candidatos à habilitação para conduzir veículos IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de
automotores. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a
administração pública ou privada, referentes à segurança do
Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julgados
trânsito;
pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa.
V - supervisionar a implantação de projetos e programas
Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
relacionados com a engenharia, educação, administração,
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito
policiamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à
Federal, respectivamente, e deverão ter reconhecida
uniformidade de procedimento;
experiência em matéria de trânsito.
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e
§ 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
habilitação de condutores de veículos, a expedição de
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito
documentos de condutores, de registro e licenciamento de
Federal, respectivamente.
veículos;
§ 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deverão
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de
ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito.
Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento
§ 3º O mandato dos membros do CETRAN e do Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos
CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução. Estados e do Distrito Federal;
Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de
trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Habilitação - RENACH;
Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos
pelo julgamento dos recursos interpostos contra
Automotores - RENAVAM;
penalidades por eles impostas.
X - organizar a estatística geral de trânsito no território
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observado
nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos
o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio administrativo e
demais órgãos e promover sua divulgação;
financeiro do órgão ou entidade junto ao qual funcionem.
XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações
Art. 17. Compete às JARI:
sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; do trânsito;
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à
executivos rodoviários informações complementares segurança e à educação de trânsito;
relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da
XIII - coordenar a administração do registro das infrações de
situação recorrida;
trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de prontuário do infrator, da arrecadação de multas e do
trânsito e executivos rodoviários informações sobre repasse de que trata o § 1º do art. 320; (Redação dada pela
problemas observados nas autuações e apontados em Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
recursos, e que se repitam sistematicamente.
XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Art. 18. (VETADO) Trânsito informações sobre registros de veículos e de
condutores, mantendo o fluxo permanente de informações
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da
com os demais órgãos do Sistema;
União:

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XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de
Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as Trânsito;
diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a implementação de
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e
programas de educação de trânsito nos estabelecimentos de
financeiro ao CONTRAN.
ensino;
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações de
XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a
Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de
educação de trânsito;
2016) (Vigência)
XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
XXXI - organizar, manter e atualizar o Registro Nacional
trânsito;
Positivo de Condutores (RNPC).
XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência
entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à
técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de
aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração da
improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou
sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
contra a administração pública, o órgão executivo de trânsito
XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os manuais da União, mediante aprovação do CONTRAN, assumirá
e normas de projetos de implementação da sinalização, dos diretamente ou por delegação, a execução total ou parcial
dispositivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo das atividades do órgão executivo de trânsito estadual que
CONTRAN; tenha motivado a investigação, até que as irregularidades
sejam sanadas.
XX – expedir a permissão internacional para conduzir veículo
e o certificado de passagem nas alfândegas mediante § 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsito da
delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu
Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder funcionamento.
público federal; (Redação dada pela lei nº 13.258, de 2016)
§ 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e
XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito
e congressos nacionais de trânsito, bem como propor a Federal e dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês
representação do Brasil em congressos ou reuniões a mês, os dados estatísticos para os fins previstos no inciso
internacionais; X.
XXII - propor acordos de cooperação com organismos § 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de
internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações 2016) (Vigência)
inerentes à segurança e educação de trânsito;
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das
XXIII - elaborar projetos e programas de formação, rodovias e estradas federais:
treinamento e especialização do pessoal encarregado da
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
execução das atividades de engenharia, educação,
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
policiamento ostensivo, fiscalização, operação e
administração de trânsito, propondo medidas que II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando
estimulem a pesquisa científica e o ensino técnico- operações relacionadas com a segurança pública, com o
profissional de interesse do trânsito, e promovendo a sua objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o
realização; patrimônio da União e o de terceiros;
XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades
interestadual e internacional; de advertência por escrito e multa e as medidas
administrativas cabíveis, com a notificação dos infratores e a
XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as
arrecadação das multas aplicadas e dos valores provenientes
normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e
de estadia e remoção de veículos, objetos e animais e de
montagem de veículos, consoante sua destinação;
escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou
XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do perigosas;
código marca-modelo dos veículos para efeito de registro,
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito
emplacamento e licenciamento;
e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de
XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do vítimas;
CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
Sistema Nacional de Trânsito;
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou

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VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais superdimensionadas ou perigosas;
relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas
de construções e instalações não autorizadas;
administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar
acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando e arrecadar as multas que aplicar;
medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95,
órgão rodoviário federal;
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de previstas;
Segurança e Educação de Trânsito;
X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito
IX - promover e participar de projetos e programas de e do Programa Nacional de Trânsito;
educação e segurança, de acordo com as diretrizes
XI - promover e participar de projetos e programas de
estabelecidas pelo CONTRAN;
educação e segurança, de acordo com as diretrizes
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema estabelecidas pelo CONTRAN;
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
compensação de multas impostas na área de sua
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
compensação de multas impostas na área de sua
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e
competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
de prontuários de condutores de uma para outra unidade da
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e
Federação;
de prontuários de condutores de uma para outra unidade da
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído Federação;
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio,
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às
ambientais.
ações específicas dos órgãos ambientais locais, quando
XII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, solicitado;
quando prevista de forma específica para a infração
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
cometida, e comunicar a aplicação da penalidade ao órgão
especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
máximo executivo de trânsito da União.
serem observados para a circulação desses veículos.
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos
XV - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
quando prevista de forma específica para a infração
Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
cometida, e comunicar a aplicação da penalidade ao órgão
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de máximo executivo de trânsito da União.
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
Parágrafo único. (VETADO)
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de
veículos, de pedestres e de animais, e promover o
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
circunscrição:
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
dispositivos e os equipamentos de controle viário;
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, de
trânsito e suas causas;
aperfeiçoamento, de reciclagem e de suspensão de
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento condutores e expedir e cassar Licença de Aprendizagem,
ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação,
policiamento ostensivo de trânsito; mediante delegação do órgão máximo executivo de trânsito
da União;
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as
penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e III - vistoriar, inspecionar as condições de segurança veicular,
medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e registrar, emplacar e licenciar veículos, com a expedição dos
arrecadando as multas que aplicar; Certificados de Registro de Veículo e de Licenciamento

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Anual, mediante delegação do órgão máximo executivo de de aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e
trânsito da União; comportamento no trânsito.
IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as Parágrafo único. As competências descritas no inciso II
diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; do caput deste artigo relativas ao processo de suspensão de
condutores serão exercidas quando:
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as
medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas I - o condutor atingir o limite de pontos estabelecido no
neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI inciso I do art. 261 deste Código;
e VIII do art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de
II - a infração previr a penalidade de suspensão do direito de
Trânsito;
dirigir de forma específica e a autuação tiver sido efetuada
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste pelo próprio órgão executivo estadual de trânsito.
Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e
Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do
VIII do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as
Distrito Federal:
multas que aplicar;
I - (VETADO)
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
veículos e objetos; II - (VETADO)
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme
suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento convênio firmado, como agente do órgão ou entidade
da Carteira Nacional de Habilitação; executivos de trânsito ou executivos rodoviários,
concomitantemente com os demais agentes credenciados;
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
acidentes de trânsito e suas causas; IV - (VETADO)
X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de V - (VETADO)
atividades previstas na legislação de trânsito, na forma
VI - (VETADO)
estabelecida em norma do CONTRAN;
VII - (VETADO)
XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito
e do Programa Nacional de Trânsito; Parágrafo único. (VETADO)
XII - promover e participar de projetos e programas de Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de
educação e segurança de trânsito de acordo com as trânsito dos Municípios, no âmbito de sua
diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; circunscrição: (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e trânsito, no âmbito de suas atribuições;
compensação de multas impostas na área de sua
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
veículos, de pedestres e de animais e promover o
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e
desenvolvimento, temporário ou definitivo, da circulação, da
de prontuários de condutores de uma para outra unidade da
segurança e das áreas de proteção de ciclistas;
Federação;
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito
dispositivos e os equipamentos de controle viário;
e executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos
veículos registrados e dos condutores habilitados, para fins IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os
de imposição e notificação de penalidades e de arrecadação acidentes de trânsito e suas causas;
de multas nas áreas de suas competências;
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de ostensivo de trânsito;
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio,
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres,
quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
edificações de uso público e edificações privadas de uso
ambientais locais;
coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis
XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional e as penalidades de advertência por escrito e multa, por
de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo infrações de circulação, estacionamento e parada previstas
CETRAN. neste Código, no exercício regular do poder de polícia de
trânsito, notificando os infratores e arrecadando as multas
XVII - criar, implantar e manter escolas públicas de trânsito,
que aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbito de
destinadas à educação de crianças e adolescentes, por meio
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edificações privadas de uso coletivo, somente para infrações ações específicas de órgão ambiental local, quando
de uso de vagas reservadas em estacionamentos; (Redação solicitado;
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada serem observados para a circulação desses veículos.
previstas neste Código, notificando os infratores e
XXII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
arrecadando as multas que aplicar;
quando prevista de forma específica para a infração
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas cometida, e comunicar a aplicação da penalidade ao órgão
administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de máximo executivo de trânsito da União;
peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar
XXIII - criar, implantar e manter escolas públicas de trânsito,
e arrecadar as multas que aplicar;
destinadas à educação de crianças e adolescentes, por meio
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, de aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele comportamento no trânsito.
previstas;
§ 1º As competências relativas a órgão ou entidade
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento municipal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão
rotativo pago nas vias; ou entidade executivos de trânsito.
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de § 2º Para exercer as competências estabelecidas neste
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema
superdimensionadas ou perigosas; Nacional de Trânsito, por meio de órgão ou entidade
executivos de trânsito ou diretamente por meio da
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
prefeitura municipal, conforme previsto no art. 333 deste
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de
Código
veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
as atividades previstas neste Código, com vistas à maior
compensação de multas impostas na área de sua
eficiência e à segurança para os usuários da via.
competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e §1º. Os órgãos e entidades de trânsito poderão prestar
de prontuários dos condutores de uma para outra unidade serviços de capacitação técnica, assessoria e monitoramento
da Federação; das atividades relativas ao trânsito durante prazo a ser
estabelecido entre as partes, com ressarcimento dos custos
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e
apropriados.
do Programa Nacional de Trânsito;
§ 2º Quando não houver órgão ou entidade executivos de
XV - promover e participar de projetos e programas de
trânsito no respectivo Município, o convênio de que trata o
educação e segurança de trânsito de acordo com as
caput deste artigo poderá ser celebrado diretamente pela
diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
prefeitura municipal com órgão ou entidade que integre o
XVI - planejar e implantar medidas para redução da Sistema Nacional de Trânsito, permitido, inclusive, o
circulação de veículos e reorientação do tráfego, com o consórcio com outro ente federativo.” (NR)
objetivo de diminuir a emissão global de poluentes;
Art. 25-A. Os agentes dos órgãos policiais da Câmara dos
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de Deputados e do Senado Federal, a que se referem o inciso IV
tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da
autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas Constituição Federal, respectivamente, mediante convênio
decorrentes de infrações; (Redação dada pela Lei nº 13.154, com o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre
de 2015) a via, poderão lavrar auto de infração de trânsito e remetê-
lo ao órgão competente, nos casos em que a infração
XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de
cometida nas adjacências do Congresso Nacional ou nos
propulsão humana e de tração animal;
locais sob sua responsabilidade comprometer
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional objetivamente os serviços ou colocar em risco a
de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo incolumidade das pessoas ou o patrimônio das respectivas
CETRAN; Casas Legislativas.
XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído Parágrafo único. Para atuarem na fiscalização de trânsito, os
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de agentes mencionados no caput deste artigo deverão receber
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às
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treinamento específico para o exercício das atividades, VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e
conforme regulamentação do Contran salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de
trânsito e as ambulâncias, além de prioridade no trânsito,
CAPÍTULO III
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
em serviço de urgência, de policiamento ostensivo ou de
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem: preservação da ordem pública, observadas as seguintes
disposições:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou
obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro
animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou e iluminação intermitente estiverem acionados, indicando a
privadas; proximidade dos veículos, todos os condutores deverão
deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, direita da via e parando, se necessário;
atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou
substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo. b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a
luz intermitente, deverão aguardar no passeio e somente
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias atravessar a via quando o veículo já tiver passado pelo local;
públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas
condições de funcionamento dos equipamentos de uso c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação
obrigatório, bem como assegurar-se da existência de vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva
combustível suficiente para chegar ao local de destino. prestação de serviço de urgência;

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá
seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito. de segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão
circulação obedecerá às seguintes normas: aplicadas somente quando os veículos estiverem
identificados por dispositivos regulamentares de alarme
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se sonoro e iluminação intermitente;
as exceções devidamente sinalizadas;
f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral somente quando os veículos estiverem identificados por
e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em dispositivos regulamentares de iluminação intermitente;
relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública,
e as condições climáticas; quando em atendimento na via, gozam de livre parada e
estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, devidamente sinalizados, devendo estar identificados na
se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de forma estabelecida pelo CONTRAN;
passagem:
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização
aquele que estiver circulando por ela; regulamentar e as demais normas estabelecidas neste
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver
sinalizando o propósito de entrar à esquerda;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas ultrapassagem, certificar-se de que:
de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas
ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma
quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da manobra para ultrapassá-lo;
esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja
dos veículos de maior velocidade; indicado o propósito de ultrapassar um terceiro;
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se extensão suficiente para que sua manobra não ponha em
saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento; perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário;
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
passagem, respeitadas as demais normas de circulação;

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a) indicar com antecedência a manobra pretendida, pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio ultrapassagem.
de gesto convencional de braço;
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de poderá efetuar ultrapassagem.
tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança;
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para
de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão
ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o velocidade.
trânsito dos veículos que ultrapassou;
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu
preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as propósito de forma clara e com a devida antecedência, por
normas de circulação. meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo
gesto convencional de braço.
XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência) Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a
transposição de faixas, movimentos de conversão à direita,
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas
à esquerda e retornos.
alíneas a e b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à
transposição de faixas, que pode ser realizada tanto pela Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente
faixa da esquerda como pela da direita. de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos
veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta
estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos
segurança dos menores, os motorizados pelos não locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres. deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a
pista com segurança.
§ 3º Compete ao Contran regulamentar os dispositivos de
alarme sonoro e iluminação intermitente previstos no inciso Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via
VII do caput deste artigo. ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
§ 4º Em situações especiais, ato da autoridade máxima I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo
federal de segurança pública poderá dispor sobre a aplicação possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no
das exceções tratadas no inciso VII do caput deste artigo aos menor espaço possível;
veículos oficiais descaracterizados.
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando
tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois
sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se
de um só sentido.
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha;
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção,
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se
o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas,
naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência
deverão manter distância suficiente entre si para permitir de passagem.
que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser
com segurança.
feita nos locais para isto determinados, quer por meio de
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,
veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando ainda, em outros locais que ofereçam condições de
embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a segurança e fluidez, observadas as características da via, do
velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo, das condições meteorológicas e da movimentação
veículo com vistas à segurança dos pedestres. de pedestres e ciclistas.
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes
com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em determinações:
curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas
passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de
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I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, por meio II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo
da utilização da luz baixa: deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem
inconvenientes para os outros condutores, a não ser que
a) à noite;
haja perigo iminente;
b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e
cerração;
a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade.
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta,
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o
exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
condutor do veículo deve demonstrar prudência especial,
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por transitando em velocidade moderada, de forma que possa
curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros deter seu veículo com segurança para dar passagem a
motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência.
ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a
Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à direita diante
existência de risco à segurança para os veículos que circulam
de sinal vermelho do semáforo onde houver sinalização
no sentido contrário;
indicativa que permita essa conversão, observados os arts.
IV - (Revogado) 44, 45 e 70 deste Código.
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe
situações: seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma
interseção se houver possibilidade de ser obrigado a
a) em imobilizações ou situações de emergência;
imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou
b) quando a regulamentação da via assim o determinar; impedindo a passagem do trânsito transversal.
VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária
acesa a luz de placa; de um veículo no leito viário, em situação de emergência,
deverá ser providenciada a imediata sinalização de
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou
desembarque de passageiros e carga ou descarga de Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada
mercadorias. deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque
ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros,
ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de
quando circularem em faixas ou pistas a eles destinadas, e as
pedestres.
motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se
de farol de luz baixa durante o dia e à noite. Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será
regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição
§ 2º Os veículos que não dispuserem de luzes de rodagem
sobre a via e é considerada estacionamento.
diurna deverão manter acesos os faróis nas rodovias de pista
simples situadas fora dos perímetros urbanos, mesmo Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos
durante o dia estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no
sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina,
junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções
desde que em toque breve, nas seguintes situações:
devidamente sinalizadas.
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados,
acidentes;
estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir estar situados fora da pista de rolamento.
a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada
veículo, salvo por razões de segurança. (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que
determine outra condição.
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar
constantemente as condições físicas da via, do veículo e da § 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do
carga, as condições meteorológicas e a intensidade do condutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste
trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade Código ou naqueles regulamentados por sinalização
estabelecidos para a via, além de: específica.
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a
circulação sem causa justificada, transitando a uma porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem
velocidade anormalmente reduzida;

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antes se certificarem de que isso não constitui perigo para houver acostamento ou faixa própria a eles destinada,
eles e para outros usuários da via. proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre
as calçadas das vias urbanas.
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem
ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor. Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais
faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular
adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de
pela faixa adjacente à da direita.
segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre a via. Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a
circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios
ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for
constituídos por unidades autônomas, a sinalização de
possível a utilização destes, nos bordos da pista de
regulamentação da via será implantada e mantida às
rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado
expensas do condomínio, após aprovação dos projetos pelo
para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela
sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no
direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou
sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde
acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles
que dotado o trecho com ciclofaixa.
destinada, devendo seus condutores obedecer, no que
couber, às normas de circulação previstas neste Código e às Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo
que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será
circunscrição sobre a via. permitida a circulação de bicicletas nos passeios.
Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua
nas vias quando conduzidos por um guia, observado o utilização, classificam-se em:
seguinte:
I - vias urbanas:
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser
a) via de trânsito rápido;
divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns
dos outros por espaços suficientes para não obstruir o b) via arterial;
trânsito;
c) via coletora;
II - os animais que circularem pela pista de rolamento
d) via local;
deverão ser mantidos junto ao bordo da pista.
II - vias rurais:
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e
ciclomotores só poderão circular nas vias: a) rodovias;
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos b) estradas.
protetores;
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será
II - segurando o guidom com as duas mãos; indicada por meio de sinalização, obedecidas suas
características técnicas e as condições de trânsito.
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
especificações do CONTRAN. § 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a
velocidade máxima será de:
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e
ciclomotores só poderão ser transportados: I - nas vias urbanas:
I - utilizando capacete de segurança; a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
suplementar atrás do condutor;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
especificações do CONTRAN.
II - nas vias rurais:
Art. 56. (VETADO)
a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei nº
Art. 56-A. (VETADO).
13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita
da pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa
mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que não

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1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de
automóveis, camionetas e motocicletas; (Redação dada terceiros;
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais operacionais em que o órgão ou entidade permissionária
veículos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de incorrerá.
2016) (Vigência)
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via
3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do
2016) (Vigência) contrato de seguro.
b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei nº CAPÍTULO III-A
13.281, de 2016) (Vigência) (INCLUÍDO LEI Nº 12.619, DE 2012) (VIGÊNCIA)
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS
camionetas e motocicletas; (Incluído pela Lei nº 13.281, de PROFISSIONAIS
2016) (Vigência) Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos motoristas
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
veículos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 2015) (Vigência)

c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; (Incluído
hora). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela Lei nº
circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de 13.103, de 2015) (Vigência)
sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas § 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
estabelecidas no parágrafo anterior. 2015) (Vigência)
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à § 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as 2015) (Vigência)
condições operacionais de trânsito e da via.
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
Art. 63. (VETADO) 2015) (Vigência)
Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que § 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco 2015) (Vigência)
centímetros) de altura devem ser transportadas nos bancos
traseiros, em dispositivo de retenção adequado para cada § 5o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
idade, peso e altura, salvo exceções relacionadas a tipos 2015) (Vigência)
específicos de veículos regulamentadas pelo Contran. § 6o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
Parágrafo único. O Contran disciplinará o uso excepcional de 2015) (Vigência)
dispositivos de retenção no banco dianteiro do veículo e as § 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
especificações técnicas dos dispositivos de retenção a que se 2015) (Vigência)
refere o caput deste artigo
§ 8o (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência)
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para
condutor e passageiros em todas as vias do território Art. 67-B. VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de
nacional, salvo em situações regulamentadas pelo 2012) (Vigência)
CONTRAN. Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais
Art. 66. (VETADO) de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de
transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus transporte rodoviário de cargas.(Redação dada pela Lei nº
ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas 13.103, de 2015) (Vigência)
mediante prévia permissão da autoridade de trânsito com
circunscrição sobre a via e dependerão de: § 1o Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de
I - autorização expressa da respectiva confederação transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e
desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas; o do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco)
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à horas e meia contínuas no exercício da condução.(Incluído
via; pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

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§ 1o-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso ou por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou
a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos
passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do instalados no veículo, conforme norma do Contran. (Incluído
tempo de direção. (Incluído pela Lei nº 13.103, de pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
2015) (Vigência)
§ 3o O equipamento eletrônico ou registrador deverá
o
§ 2 Em situações excepcionais de inobservância justificada funcionar de forma independente de qualquer interferência
do tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de do condutor, quanto aos dados registrados. (Incluído pela Lei
direção poderá ser elevado pelo período necessário para que nº 13.103, de 2015) (Vigência)
o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que
§ 4o A guarda, a preservação e a exatidão das informações
ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde
contidas no equipamento registrador instantâneo
que não haja comprometimento da segurança
inalterável de velocidade e de tempo são de
rodoviária. (Incluído pela Lei nº 13.103, de
responsabilidade do condutor.(Incluído pela Lei nº 13.103,
2015) (Vigência)
de 2015) (Vigência)
§ 3o O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte
CAPÍTULO IV
e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO
descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo
e coincidir com os intervalos mencionados no § 1o, MOTORIZADOS
observadas no primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios
de descanso. (Incluído pela Lei nº 13.103, de ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos
2015) (Vigência) acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a
§ 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução autoridade competente permitir a utilização de parte da
apenas o período em que o condutor estiver efetivamente calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao
ao volante, em curso entre a origem e o destino. (Incluído fluxo de pedestres.
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) § 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-
o
§ 5 Entende-se como início de viagem a partida do veículo se ao pedestre em direitos e deveres.
na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se § 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou
como sua continuação as partidas nos dias subsequentes até quando não for possível a utilização destes, a circulação de
o destino. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade
§ 6o O condutor somente iniciará uma viagem após o sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto
cumprimento integral do intervalo de descanso previsto no em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que
§ 3o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.103, de a segurança ficar comprometida.
2015) (Vigência) § 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou
o
§ 7 Nenhum transportador de cargas ou coletivo de quando não for possível a utilização dele, a circulação de
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade
de terminais de carga, operador de transporte multimodal sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em
de cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em
motorista a seu serviço, ainda que subcontratado, que locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a
conduza veículo referido no caput sem a observância do segurança ficar comprometida.
disposto no § 6o.(Incluído pela Lei nº 13.103, de § 4º (VETADO)
2015) (Vigência)
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a
Art. 67-D. (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à
2012) (Vigência) circulação dos pedestres, que não deverão, nessas
Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por condições, usar o acostamento.
controlar e registrar o tempo de condução estipulado no art. § 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para
67-C, com vistas à sua estrita observância. (Incluído pela Lei pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
nº 13.103, de 2015) (Vigência) deverá assegurar a devida sinalização e proteção para
§ 1o A não observância dos períodos de descanso circulação de pedestres.
estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará
às penalidades daí decorrentes, previstas neste precauções de segurança, levando em conta,
Código. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos
§ 2o O tempo de direção será controlado mediante veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, destinadas sempre que estas existirem numa distância de

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até cinqüenta metros dele, observadas as seguintes Sistema Nacional de Trânsito e como proceder a tais
disposições: solicitações.
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via CAPÍTULO VI
deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e
ou delimitada por marcas sobre a pista: constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações Nacional de Trânsito.
das luzes; § 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o em cada órgão ou entidade componente do Sistema
semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de Nacional de Trânsito.
veículos; § 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não promover, dentro de sua estrutura organizacional ou
existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de
via na continuação da calçada, observadas as seguintes Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo
normas: CONTRAN.

a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e
que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos; os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que
deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos
não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar referentes às férias escolares, feriados prolongados e à
sobre ela sem necessidade. Semana Nacional de Trânsito.
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre § 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito
as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de deverão promover outras campanhas no âmbito de sua
passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons
semafórica de controle de passagem será dada preferência e imagens explorados pelo poder público são obrigados a
aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo difundi-las gratuitamente, com a freqüência recomendada
em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito.
veículos.
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de
manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e
pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da
segurança e sinalização. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas
CAPÍTULO V respectivas áreas de atuação.
DO CIDADÃO Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o
Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta
Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de
do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades
solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema
Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá:
Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação
de equipamentos de segurança, bem como sugerir I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo
alterações em normas, legislação e outros assuntos interdisciplinar com conteúdo programático sobre
pertinentes a este Código. segurança de trânsito;
Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o
Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações trânsito nas escolas de formação para o magistério e o
e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a treinamento de professores e multiplicadores;
possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para
justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao
ao solicitante quando tal evento ocorrerá.
trânsito;
Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de
quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencentes ao
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de

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trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na da respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art.
área de trânsito. 77-B estende-se à propaganda de qualquer tipo de produto
e anunciante, inclusive àquela de caráter institucional ou
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao
eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN,
estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
serem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das
de trânsito. mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na
respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes
Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente
fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo
refere o art. 75.(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art.
76. Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo
com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui
Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades
infração punível com as seguintes sanções:(Incluído pela Lei
componentes do Sistema Nacional de Trânsito os
nº 12.006, de 2009).
mecanismos instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a
veiculação de mensagens educativas de trânsito em todo o I – advertência por escrito;(Incluído pela Lei nº 12.006, de
território nacional, em caráter suplementar às campanhas 2009).
previstas nos arts. 75 e 77. (Incluído pela Lei nº 12.006,
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, de
de 2009).
qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60
Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou (sessenta) dias;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
promoção, nos meios de comunicação social, de produto
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete reais)
oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá,
a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), cobrada
obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser
do dobro até o quíntuplo em caso de reincidência. (Redação
conjuntamente veiculada. (Incluído pela Lei nº 12.006, de
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
2009).
§ 1o As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativamente,
§ 1o Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se
conforme dispuser o regulamento. (Incluído pela Lei nº
produtos oriundos da indústria automobilística ou
12.006, de 2009).
afins:(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo,
I – os veículos rodoviários automotores de qualquer espécie,
qualquer infração acarretará a imediata suspensão da
incluídos os de passageiros e os de carga; (Incluído pela
veiculação da peça publicitária até que sejam cumpridas as
Lei nº 12.006, de 2009).
exigências fixadas nos arts. 77-A a 77-D. (Incluído pela Lei nº
II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos 12.006, de 2009).
veículos mencionados no inciso I. (Incluído pela Lei nº
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto,
12.006, de 2009).
do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do
§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se à propaganda CONTRAN, desenvolverão e implementarão programas
de natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante destinados à prevenção de acidentes.
do produto, em qualquer das seguintes
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos
modalidades: (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
valores arrecadados destinados à Previdência Social, do
I – rádio; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados
por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que
II – televisão;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão
III – jornal;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). repassados mensalmente ao Coordenador do Sistema
Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas
IV – revista; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
de que trata este artigo.
V – outdoor.(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito
§ 3o Para efeito do disposto no § 2o, equiparam-se ao poderão firmar convênio com os órgãos de educação da
fabricante o montador, o encarroçador, o importador e o União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
revendedor autorizado dos veículos e demais produtos objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas
discriminados no § 1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº neste capítulo.
12.006, de 2009).
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada
em outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora

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CAPÍTULO VII I - verticais;


DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
II - horizontais;
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da III - dispositivos de sinalização auxiliar;
via, sinalização prevista neste Código e em legislação
complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada IV - luminosos;
a utilização de qualquer outra. V - sonoros;
§ 1º A sinalização será colocada em posição e condições que VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a
noite, em distância compatível com a segurança do trânsito, Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após
conforme normas e especificações do CONTRAN. sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de
obras ou de manutenção, enquanto não estiver
§ 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experimental devidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de
e por período prefixado, a utilização de sinalização não forma a garantir as condições adequadas de segurança na
prevista neste Código. circulação.
§ 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras deverá
vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por ser afixada sinalização específica e adequada.
unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento
de estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.281, de I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de
2016) (Vigência) circulação e outros sinais;
Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que
possam gerar confusão, interferir na visibilidade da III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de
sinalização e comprometer a segurança do trânsito. trânsito.

Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste
respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de Código por inobservância à sinalização quando esta for
publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se insuficiente ou incorreta.
relacionem com a mensagem da sinalização. § 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre
Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas a via é responsável pela implantação da sinalização,
ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta
aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a colocação.
via. § 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se
Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição refere à interpretação, colocação e uso da sinalização.
sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada CAPÍTULO VIII
de qualquer elemento que prejudique a visibilidade da DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA
sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus para
FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE
quem o tenha colocado.
TRÂNSITO
Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de
trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamentos
pedestres deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou a serem adotados em todo o território nacional quando da
demarcadas no leito da via. implementação das soluções adotadas pela Engenharia de
Tráfego, assim como padrões a serem praticados por todos
Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas, os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito.
estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter
suas entradas e saídas devidamente identificadas, na forma Art. 92. (VETADO)
regulamentada pelo CONTRAN. Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa
Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de transformar-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser
que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser aprovado sem prévia anuência do órgão ou entidade com
sinalizadas com as respectivas placas indicativas de circunscrição sobre a via e sem que do projeto conste área
destinação e com placas informando os dados sobre a para estacionamento e indicação das vias de acesso
infração por estacionamento indevido. (Incluído pela Lei nº adequadas.
13.146, de 2015) (Vigência) Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança
Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso

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não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente 2 - ciclomotor;


sinalizado.
3 - motoneta;
Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações
4 - motocicleta;
transversais e de sonorizadores como redutores de
velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou 5 - triciclo;
entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos
6 - quadriciclo;
pelo CONTRAN.
7 - automóvel;
Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou
interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou 8 - microônibus;
colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão
9 - ônibus;
prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre a via. 10 - bonde;
§ 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução 11 - reboque ou semi-reboque;
ou manutenção da obra ou do evento.
12 - charrete;
§ 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito
b) de carga:
com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por
intermédio dos meios de comunicação social, com quarenta 1 - motoneta;
e oito horas de antecedência, de qualquer interdição da via,
2 - motocicleta;
indicando-se os caminhos alternativos a serem utilizados.
3 - triciclo;
§ 3º O descumprimento do disposto neste artigo será
punido com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e 4 - quadriciclo;
cinco centavos) a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito
5 - caminhonete;
reais e dez centavos), independentemente das cominações
cíveis e penais cabíveis, além de multa diária no mesmo valor 6 - caminhão;
até a regularização da situação, a partir do prazo final 7 - reboque ou semi-reboque;
concedido pela autoridade de trânsito, levando-se em
consideração a dimensão da obra ou do evento e o prejuízo 8 - carroça;
causado ao trânsito. (Redação pela Lei nº 13.281, de 9 - carro-de-mão;
2016) (Vigência)
c) misto:
§ 4º Ao servidor público responsável pela inobservância de
qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a 1 - camioneta;
autoridade de trânsito aplicará multa diária na base de 2 - utilitário;
cinqüenta por cento do dia de vencimento ou remuneração
devida enquanto permanecer a irregularidade. 3 - outros;

CAPÍTULO IX d) de competição;
DOS VEÍCULOS e) de tração:
SEÇÃO I
1 - caminhão-trator;
DISPOSIÇÕES GERAIS
2 - trator de rodas;
Art. 96. Os veículos classificam-se em:
3 - trator de esteiras;
I - quanto à tração:
4 - trator misto;
a) automotor;
f) especial;
b) elétrico;
g) de coleção;
c) de propulsão humana;
III - quanto à categoria:
d) de tração animal;
a) oficial;
e) reboque ou semi-reboque;
b) de representação diplomática, de repartições consulares
II - quanto à espécie:
de carreira ou organismos internacionais acreditados junto
a) de passageiros: ao Governo brasileiro;
1 - bicicleta; c) particular;

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d) de aluguel; Art. 101. Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados


no transporte de carga que não se enquadre nos limites de
e) de aprendizagem.
peso e dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser
Art. 97. As características dos veículos, suas especificações concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via,
básicas, configuração e condições essenciais para registro, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida
licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo para cada viagem ou por período, atendidas as medidas de
CONTRAN, em função de suas aplicações. segurança consideradas necessárias, conforme
regulamentação do Contran.
Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem
prévia autorização da autoridade competente, fazer ou § 1º (VETADO)
ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da
características de fábrica.
responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a
§1º Os veículos e motores novos ou usados que sofrerem combinação de veículos causar à via ou a terceiros.
alterações ou conversões são obrigados a atender aos
§ 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões
mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e ruído
poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição
previstos pelos órgãos ambientais competentes e pelo
sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo de
CONTRAN, cabendo à entidade executora das modificações
seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas
e ao proprietário do veículo a responsabilidade pelo
necessárias.
cumprimento das exigências.
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente
§ 2º Veículos classificados na espécie misto, tipo utilitário,
equipado quando transitar, de modo a evitar o
carroçaria jipe poderão ter alterado o diâmetro externo do
derramamento da carga sobre a via.
conjunto formado por roda e pneu, observadas restrições
impostas pelo fabricante e exigências fixadas pelo Contran Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos e
a forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de
Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o
acordo com a sua natureza.
veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites
estabelecidos pelo CONTRAN. SEÇÃO II
DA SEGURANÇA DOS VEÍCULOS
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de
pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na forma Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando
estabelecida pelo CONTRAN. atendidos os requisitos e condições de segurança
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso estabelecidos neste Código e em normas do CONTRAN.
bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à § 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e os
superfície das vias, quando aferido por equipamento, na encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de
forma estabelecida pelo CONTRAN. segurança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM,
§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem nas condições estabelecidas pelo CONTRAN.
de veículos serão aferidos de acordo com a metodologia e na § 2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a
periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os
ou entidade de metrologia legal. montadores e os encarroçadores comprovem o atendimento
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá aos requisitos de segurança veicular, devendo, para isso,
transitar com lotação de passageiros, com peso bruto total, manter disponíveis a qualquer tempo os resultados dos
ou com peso bruto total combinado com peso por eixo, testes e ensaios dos sistemas e componentes abrangidos
superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a pela legislação de segurança veicular.
capacidade máxima de tração da unidade tratora. Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições de
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de
poderão ser dotados de pneus extralargos. (Incluído pela Lei ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na
nº 13.281, de 2016) (Vigência) forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os
itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases
§ 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos poluentes e ruído.
para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência) § 1º (VETADO)

§ 3º É permitida a fabricação de veículos de transporte de § 2º (VETADO)


passageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento na § 3º (VETADO)
configuração de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência) § 4º (VETADO)

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§ 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais
veículos reprovados na inspeção de segurança e na de estabelecidos pelo CONTRAN.
emissão de gases poluentes e ruído.
§ 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento
§ 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput, do disposto neste artigo.
durante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os
§ 5o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
veículos novos classificados na categoria particular, com
artigo será progressivamente incorporada aos novos
capacidade para até 7 (sete) passageiros, desde que
projetos de automóveis e dos veículos deles derivados,
mantenham suas características originais de fábrica e não se
fabricados, importados, montados ou encarroçados, a partir
envolvam em acidente de trânsito com danos de média ou
do 1o (primeiro) ano após a definição pelo Contran das
grande monta. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
especificações técnicas pertinentes e do respectivo
2016) (Vigência)
cronograma de implantação e a partir do 5o (quinto) ano,
§ 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata após esta definição, para os demais automóveis zero
o § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas quilômetro de modelos ou projetos já existentes e veículos
características originais de fábrica e não se envolvam em deles derivados. (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009)
acidente de trânsito com danos de média ou grande
§ 6o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
monta. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
artigo não se aplica aos veículos destinados à
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre exportação. (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009)
outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação
I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de
do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao equipamento de segurança especificado pelo fabricante,
transporte de passageiros em percursos em que seja será exigido, para licenciamento e registro, certificado de
permitido viajar em pé; segurança expedido por instituição técnica credenciada por
órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma
II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os
elaborada pelo CONTRAN.
de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os
de carga com peso bruto total superior a quatro mil, Parágrafo único. Quando se tratar de blindagem de veículo,
quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento não será exigido qualquer outro documento ou autorização
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; para o registro ou o licenciamento.
III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
automotores, segundo normas estabelecidas pelo individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer,
CONTRAN; além das exigências previstas neste Código, às condições
técnicas e aos requisitos de segurança, higiene e conforto
IV - (VETADO)
estabelecidos pelo poder competente para autorizar,
V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases permitir ou conceder a exploração dessa atividade.
poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a
CONTRAN.
autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna título precário, o transporte de passageiros em veículo de
dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor carga ou misto, desde que obedecidas as condições de
do lado esquerdo. segurança estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN.
VII - equipamento suplementar de retenção - air bag frontal Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá
para o condutor e o passageiro do banco dianteiro. (Incluído exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autoridade
pela Lei nº 11.910, de 2009) pública responsável deverá implantar o serviço regular de
transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a
VIII - luzes de rodagem diurna.
legislação pertinente e com os dispositivos deste
§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos Código. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
obrigatórios dos veículos e determinará suas especificações
Art. 109. O transporte de carga em veículos destinados ao
técnicas.
transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo
§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou com as normas estabelecidas pelo CONTRAN.
acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas
medidas administrativas previstas neste Código.
características para competição ou finalidade análoga só
§ 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os poderá circular nas vias públicas com licença especial da
encarroçadores de veículos e os revendedores devem autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados.
comercializar os seus veículos com os equipamentos
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Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: da República, dos Presidentes do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados, do Presidente e dos Ministros do
I - (VETADO)
Supremo Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da
veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos República.
retrovisores em ambos os lados.
§ 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, painéis Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários
decorativos ou pinturas, quando comprometer a segurança Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembléias
do veículo, na forma de regulamentação do Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos
CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo
chefe do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter
Forças Armadas terão placas especiais, de acordo com os
publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção
modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
dos condutores em toda a extensão do pára-brisa e da
traseira dos veículos, salvo se não colocar em risco a § 4o Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a
segurança do trânsito. arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar
trabalhos de construção ou de pavimentação são sujeitos ao
Art. 112. (Revogado pela Lei nº 9.792, de 1999)
registro na repartição competente, se transitarem em via
Art. 113. Os importadores, as montadoras, as pública, dispensados o licenciamento e o
encarroçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são emplacamento. (Redação dada pela Lei nº 13.154, de
responsáveis civil e criminalmente por danos causados aos 2015) (Vide)
usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de
§ 4o-A. Os tratores e demais aparelhos automotores
falhas oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e
destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a
equipamentos utilizados na sua fabricação.
executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a
SEÇÃO III transitar em via pública, são sujeitos ao registro único, sem
DA IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO ônus, em cadastro específico do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, acessível aos componentes do
Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por Sistema Nacional de Trânsito. (Redação dada pela Lei nº
caracteres gravados no chassi ou no monobloco, 13.154, de 2015) (Vide)
reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o
CONTRAN. § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso
bélico.
§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador,
de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas § 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da
características, além do ano de fabricação, que não poderá placa dianteira.
ser alterado. § 7o Excepcionalmente, mediante autorização específica e
§ 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida
prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e comunicação aos órgãos de trânsito competentes, os
somente serão processadas por estabelecimento por ela veículos utilizados por membros do Poder Judiciário e do
credenciado, mediante a comprovação de propriedade do Ministério Público que exerçam competência ou atribuição
veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o criminal poderão temporariamente ter placas especiais, de
ano de fabricação. forma a impedir a identificação de seus usuários específicos,
na forma de regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo
§ 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional
autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se do Ministério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de
faça, modificações da identificação de seu veículo. Trânsito - CONTRAN.(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio § 8o Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrícola
de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua (jericos), para efeito do registro de que trata o § 4o-A, ficam
estrutura, obedecidas as especificações e modelos dispensados da exigência prevista no art. 106. (Incluído pela
estabelecidos pelo CONTRAN. Lei nº 13.154, de 2015)
§ 1º Os caracteres das placas serão individualizados para § 9º As placas que possuírem tecnologia que permita a
cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, identificação do veículo ao qual estão atreladas são
sendo vedado seu reaproveitamento. dispensadas da utilização do lacre previsto no caput, na
§ 2º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira forma a ser regulamentada pelo Contran. (Incluído pela Lei
Nacional serão usadas somente pelos veículos de nº 13.281, de 2016) (Vigência)
representação pessoal do Presidente e do Vice-Presidente
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Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Estados e § 2º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso
do Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados, bélico.
somente quando estritamente usados em serviço reservado
Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de
de caráter policial, poderão usar placas particulares,
Registro de Veículo (CRV), em meio físico e/ou digital, à
obedecidos os critérios e limites estabelecidos pela
escolha do proprietário, de acordo com os modelos e com as
legislação que regulamenta o uso de veículo oficial.
especificações estabelecidos pelo Contran, com as
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos de características e as condições de invulnerabilidade à
passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a falsificação e à adulteração.
inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro de
peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima
Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro
de tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em
do RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes
desacordo com sua classificação.
documentos:
CAPÍTULO X
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou
DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
documento equivalente expedido por autoridade
Art. 118. A circulação de veículo no território nacional, competente;
independentemente de sua origem, em trânsito entre o II - documento fornecido pelo Ministério das Relações
Brasil e os países com os quais exista acordo ou tratado Exteriores, quando se tratar de veículo importado por
internacional, reger-se-á pelas disposições deste Código, membro de missões diplomáticas, de repartições consulares
pelas convenções e acordos internacionais ratificados. de carreira, de representações de organismos internacionais
Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de controle e de seus integrantes.
de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de
entrada e saída temporária ou definitiva de veículos. Registro de Veículo quando:
§ 1º Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do I - for transferida a propriedade;
território nacional sem o prévio pagamento ou o depósito,
judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou
infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos residência;
que tiverem causado ao patrimônio público ou de III - for alterada qualquer característica do veículo;
particulares, independentemente da fase do processo
administrativo ou judicial envolvendo a questão. (Incluído IV - houver mudança de categoria.
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para
§ 2º Os veículos que saírem do território nacional sem o o proprietário adotar as providências necessárias à
cumprimento do disposto no § 1º e que posteriormente efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de
forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação no Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais casos as
território nacional serão retidos até a regularização da providências deverão ser imediatas.
situação. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência) § 2º No caso de transferência de domicílio ou residência no
CAPÍTULO XI mesmo Município, o proprietário comunicará o novo
DO REGISTRO DE VEÍCULOS endereço num prazo de trinta dias e aguardará o novo
licenciamento para alterar o Certificado de Licenciamento
Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, Anual.
reboque ou semi-reboque, deve ser registrado perante o
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, § 3º A expedição do novo certificado será comunicada ao
no Município de domicílio ou residência de seu proprietário, órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao
na forma da lei. RENAVAM.

§ 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Registro de
Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de Veículo serão exigidos os seguintes documentos:
propriedade da administração direta, da União, dos Estados, I - Certificado de Registro de Veículo anterior;
do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos
poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, do II - Certificado de Licenciamento Anual;
nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome III - comprovante de transferência de propriedade, quando
o veículo será registrado, excetuando-se os veículos de for o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo
representação e os previstos no art. 116. CONTRAN;

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IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo é da
poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração de companhia seguradora ou do adquirente do veículo
características do veículo; destinado à desmontagem, quando estes sucederem ao
proprietário.
V - comprovante de procedência e justificativa da
propriedade dos componentes e agregados adaptados ou Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente só
montados no veículo, quando houver alteração das efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadastro
características originais de fábrica; do RENAVAM.
VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá ser esta
caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
repartições consulares de carreira, de representações de
Art. 128. Não será expedido novo Certificado de Registro de
organismos internacionais e de seus integrantes;
Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas de
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, expedida trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo,
no Município do registro anterior, que poderá ser substituída independentemente da responsabilidade pelas infrações
por informação do RENAVAM; cometidas. (Vide ADIN 2998)
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de
tributos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo, propulsão humana e dos veículos de tração animal
independentemente da responsabilidade pelas infrações obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação
cometidas; (Vide ADIN 2998) municipal do domicílio ou residência de seus
proprietários. (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
IX -(Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos
X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto no art.
automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria
98, quando houver alteração nas características originais do
agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado, sem
veículo que afetem a emissão de poluentes e ruído;
ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de Abastecimento, diretamente ou mediante
poluentes e ruído, quando for o caso, conforme convênio. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
regulamentações do CONTRAN e do CONAMA.
Art. 129-B. O registro de contratos de garantias de alienação
Parágrafo único. O disposto no inciso VIII do caput deste fiduciária em operações financeiras, consórcio,
artigo não se aplica à regularização de bens apreendidos ou arrendamento mercantil, reserva de domínio ou penhor será
confiscados na forma da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de realizado nos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
2006. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) Estados e do Distrito Federal, em observância ao disposto no
§ 1º do art. 1.361 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, os
(Código Civil), e na Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018
agregados e as características originais do veículo deverão
(Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
ser prestadas ao RENAVAM:
CAPÍTULO XII
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercialização,
no caso de veículo nacional; DO LICENCIAMENTO

II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado,
por pessoa física; reboque ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser
licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do
III - pelo importador, no caso de veículo importado por Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o
pessoa jurídica. veículo.
Parágrafo único. As informações recebidas pelo RENAVAM § 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso
serão repassadas ao órgão executivo de trânsito responsável bélico.
pelo registro, devendo este comunicar ao RENAVAM, tão
logo seja o veículo registrado. § 2º No caso de transferência de residência ou domicílio, é
válido, durante o exercício, o licenciamento de origem.
Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável, ou
destinado à desmontagem, deverá requerer a baixa do Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será
registro, no prazo e forma estabelecidos pelo Contran, expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de
vedada a remontagem do veículo sobre o mesmo chassi de Registro de Veículo, em meio físico e/ou digital, à escolha do
forma a manter o registro anterior. (Redação dada pela Lei proprietário, de acordo com o modelo e com as
nº 12.977, de 2014) (Vigência) especificações estabelecidos pelo Contran.
§ 1º O primeiro licenciamento será feito simultaneamente ao
registro.
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§ 2º O veículo somente será considerado licenciado estando Art. 134-A. O Contran especificará as bicicletas motorizadas
quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de e equiparados não sujeitos ao registro, ao licenciamento e ao
trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, emplacamento para circulação nas vias
independentemente da responsabilidade pelas infrações
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
cometidas. (Vide ADIN 2998)
individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou
§ 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá comprovar empregados em qualquer serviço remunerado, para
sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de registro, licenciamento e respectivo emplacamento de
controle de emissões de gases poluentes e de ruído, característica comercial, deverão estar devidamente
conforme disposto no art. 104. autorizados pelo poder público concedente.
§ 4º As informações referentes às campanhas de CAPÍTULO XIII
chamamento de consumidores para substituição ou reparo DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES
de veículos não atendidas no prazo de 1 (um) ano, contado
da data de sua comunicação, deverão constar do Certificado Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução
de Licenciamento Anual. coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com
autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de
§ 5º Após a inclusão das informações de que trata o § 4º trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para
deste artigo no Certificado de Licenciamento Anual, o veículo tanto:
somente será licenciado mediante comprovação do
atendimento às campanhas de chamamento de I - registro como veículo de passageiros;
consumidores para substituição ou reparo de veículos. II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos
Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao obrigatórios e de segurança;
licenciamento e terão sua circulação regulada pelo III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta
CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o Município de centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão
destino. das partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de
veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas
entreposto alfandegário e o Município de devem ser invertidas;
destino.(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.103, IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de
de 2015) (Vigência) velocidade e tempo;
§ 2o (Revogado pela Lei nº 13.154, de 2015) V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz
Licenciamento Anual. vermelha dispostas na extremidade superior da parte
traseira;
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido VI - cintos de segurança em número igual à lotação;
sistema informatizado para verificar se o veículo está VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios
licenciado. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de estabelecidos pelo CONTRAN.
2016) (Vigência)
Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, expirado deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local
o prazo previsto no § 1º do art. 123 deste Código sem que o visível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a
novo proprietário tenha tomado as providências necessárias condução de escolares em número superior à capacidade
à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de estabelecida pelo fabricante.
Veículo, o antigo proprietário deverá encaminhar ao órgão
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de
prazo de 60 (sessenta) dias, cópia autenticada do escolares deve satisfazer os seguintes requisitos:
comprovante de transferência de propriedade, devidamente I - ter idade superior a vinte e um anos;
assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar
solidariamente pelas penalidades impostas e suas II - ser habilitado na categoria D;
reincidências até a data da comunicação. III - (VETADO)
Parágrafo único. O comprovante de transferência de IV - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos
propriedade de que trata o caput deste artigo poderá ser 12 (doze) últimos meses;
substituído por documento eletrônico com assinatura
eletrônica válida, na forma regulamentada pelo Contran. V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da
regulamentação do CONTRAN.

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Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a competência III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
municipal de aplicar as exigências previstas em seus
Parágrafo único. As informações do candidato à habilitação
regulamentos, para o transporte de escolares.
serão cadastradas no RENACH.
CAPÍTULO XIII-A
Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à
DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
aprendizagem para conduzir veículos automotores e
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.009, DE 2009) elétricos e à autorização para conduzir ciclomotores serão
Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao regulamentados pelo CONTRAN.
transporte remunerado de mercadorias – moto-frete – § 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão
somente poderão circular nas vias com autorização emitida humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios.
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e
do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: (Incluído pela Lei § 2º (VETADO)
nº 12.009, de 2009) Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em outro
I – registro como veículo da categoria de aluguel;(Incluído país está subordinado às condições estabelecidas em
pela Lei nº 12.009, de 2009) convenções e acordos internacionais e às normas do
CONTRAN.
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado
no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias
do condutor em caso de tombamento, nos termos de de A a E, obedecida a seguinte gradação:
regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou
Contran; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) três rodas, com ou sem carro lateral;
III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não
termos de regulamentação do Contran;(Incluído pela Lei nº abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda
12.009, de 2009) a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não
IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
obrigatórios e de segurança.(Incluído pela Lei nº 12.009, de III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado
2009) em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três
§ 1o A instalação ou incorporação de dispositivos para mil e quinhentos quilogramas;
transporte de cargas deve estar de acordo com a IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado
regulamentação do Contran.(Incluído pela Lei nº 12.009, de no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito
2009) lugares, excluído o do motorista;
§ 2o É proibido o transporte de combustíveis, produtos V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que
inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja
este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou
contendo água mineral, desde que com o auxílio de side-car, articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de
nos termos de regulamentação do Contran.(Incluído pela Lei peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito)
nº 12.009, de 2009) lugares.(Redação dada pela Lei nº 12.452, de 2011)
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a § 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar
competência municipal ou estadual de aplicar as exigências habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter
previstas em seus regulamentos para as atividades de moto- cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser
frete no âmbito de suas circunscrições. (Incluído pela Lei nº reincidente em infrações médias, durante os últimos doze
12.009, de 2009) meses.
CAPÍTULO XIV § 2o São os condutores da categoria B autorizados a conduzir
DA HABILITAÇÃO veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos
termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a
Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor e
6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a
elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser
8 (oito) lugares, excluído o do motorista. (Incluído pela Lei
realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado
nº 12.452, de 2011)
ou do Distrito Federal, do domicílio ou residência do
candidato, ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão, § 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da
devendo o condutor preencher os seguintes requisitos: combinação de veículos com mais de uma unidade
tracionada, independentemente da capacidade de tração ou
I - ser penalmente imputável;
do peso bruto total. (Renumerado pela Lei nº 12.452, de
II - saber ler e escrever; 2011)
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Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores com idade igual ou
ou o equipamento automotor destinado à movimentação de superior a 50 (cinquenta) anos e inferior a 70 (setenta) anos;
cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem,
III - a cada 3 (três) anos, para condutores com idade igual ou
de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos
superior a 70 (setenta) anos.
na via pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou
E. § 3o O exame previsto no § 2o incluirá avaliação psicológica
preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o
Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos
condutor que exerce atividade remunerada ao veículo,
automotores destinados a executar trabalhos agrícolas
incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos
poderão ser conduzidos em via pública também por
apenas no exame referente à primeira habilitação.(Redação
condutor habilitado na categoria B. (Redação dada pela Lei
dada pela Lei nº 10.350, de 2001)
nº 13.097, de 2015)
§ 4º Quando houver indícios de deficiência física ou mental,
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para
ou de progressividade de doença que possa diminuir a
conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
capacidade para conduzir o veículo, os prazos previstos nos
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o
incisos I, II e III do § 2º deste artigo poderão ser diminuídos
candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
por proposta do perito examinador.
I - ser maior de vinte e um anos;
§ 5o O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo
II - estar habilitado: terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de
Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há
de Trânsito – Contran.(Incluído pela Lei nº 10.350, de 2001)
um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na
categoria D; e § 6º Os exames de aptidão física e mental e a avaliação
psicológica deverão ser analisados objetivamente pelos
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender
examinados, limitados aos aspectos técnicos dos
habilitar-se na categoria E;
procedimentos realizados, conforme regulamentação do
III - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos Contran, e subsidiarão a fiscalização prevista no § 7º deste
últimos 12 (doze) meses; artigo.
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de § 7º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
treinamento de prática veicular em situação de risco, nos Estados e do Distrito Federal, com a colaboração dos
termos da normatização do CONTRAN. conselhos profissionais de medicina e psicologia, deverão
fiscalizar as entidades e os profissionais responsáveis pelos
Parágrafo único. A participação em curso especializado
exames de aptidão física e mental e pela avaliação
previsto no inciso IV independe da observância do disposto
psicológica no mínimo 1 (uma) vez por ano.
no inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência)
Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
assegurada acessibilidade de comunicação, mediante
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir emprego de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em
ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento todas as etapas do processo de habilitação. (Incluído pela
especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5 Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
(cinco) anos, nos termos da normatização do
§ 1o O material didático audiovisual utilizado em aulas
Contran. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
teóricas dos cursos que precedem os exames previstos no
Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o art. 147 desta Lei deve ser acessível, por meio de
condutor deverá realizar exames complementares exigidos subtitulação com legenda oculta associada à tradução
para habilitação na categoria pretendida. simultânea em Libras. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)
Art. 147. (VETADO)
§ 2o É assegurado também ao candidato com deficiência
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação dos
auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de
respectivos examinadores serão registrados no
intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas
RENACH. (Renumerado do parágrafo único, pela Lei nº
práticas e teóricas. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
9.602, de 1998)
2015) (Vigência)
§ 2º O exame de aptidão física e mental, a ser realizado no
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção
local de residência ou domicílio do examinado, será
veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou
preliminar e renovável com a seguinte periodicidade:
privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos
I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade inferior Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas
a 50 (cinquenta) anos; estabelecidas pelo CONTRAN.
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§ 1º A formação de condutores deverá incluir, no 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº
obrigatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos 13.103, de 2015) (Vigência)
básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com o
§ 7o O exame será realizado, em regime de livre
trânsito.
concorrência, pelos laboratórios credenciados pelo
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos
Dirigir, com validade de um ano. termos das normas do Contran, vedado aos entes
públicos: (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao
condutor no término de um ano, desde que o mesmo não I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº 13.103,
tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou de 2015) (Vigência)
gravíssima ou seja reincidente em infração média.
II - limitar o número de empresas ou o número de locais em
§ 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela Lei nº
tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto 13.103, de 2015) (Vigência)
no parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o
III - estabelecer regras de exclusividade territorial. (Incluído
processo de habilitação.
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN poderá
Art. 149. (VETADO)
dispensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o
cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo anterior,
Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente, da o condutor que não tenha curso de direção defensiva e
prestação do exame de aptidão física e mental. (Incluído pela primeiros socorros deverá a eles ser submetido, conforme
Lei nº 9.602, de 1998) normatização do CONTRAN.
Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores
comprovar resultado negativo em exame toxicológico para a contratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a
obtenção e a renovação da Carteira Nacional de Habilitação. fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e
outros conforme normatização do CONTRAN.
§ 1o O exame de que trata este artigo buscará aferir o
consumo de substâncias psicoativas que, Art. 151. (Revogado)
comprovadamente, comprometam a capacidade de direção
Art. 152. O exame de direção veicular será realizado perante
e deverá ter janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias,
comissão integrada por 3 (três) membros designados pelo
nos termos das normas do Contran. (Incluído pela Lei nº
dirigente do órgão executivo local de trânsito. (Redação
13.103, de 2015) (Vigência)
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 2º Além da realização do exame previsto no caput deste
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos
artigo, os condutores das categorias C, D e E com idade
um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou
inferior a 70 (setenta) anos serão submetidos a novo exame
superior à pretendida pelo candidato.
a cada período de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a partir da
obtenção ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação, § 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e
independentemente da validade dos demais exames de que bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, dos
trata o inciso I do caput do art. 147 deste Código. Estados e do Distrito Federal que possuírem curso de
formação de condutor ministrado em suas corporações
§ 3º (Revogado).
serão dispensados, para a concessão do documento de
§ 4º É garantido o direito de contraprova e de recurso habilitação, dos exames aos quais se houverem submetido
administrativo, sem efeito suspensivo, no caso de resultado com aprovação naquele curso, desde que neles sejam
positivo para os exames de que trata este artigo, nos termos observadas as normas estabelecidas pelo Contran. (Redação
das normas do Contran. dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 5º O resultado positivo no exame previsto no § 2º deste § 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado
artigo acarretará a suspensão do direito de dirigir pelo na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento
período de 3 (três) meses, condicionado o levantamento da com ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade
suspensão à inclusão, no Renach, de resultado negativo em administrativa onde prestar serviço, do qual constarão o
novo exame, e vedada a aplicação de outras penalidades, número do registro de identificação, naturalidade, nome,
ainda que acessórias. filiação, idade e categoria em que se habilitou a conduzir,
acompanhado de cópia das atas dos exames
§ 6o O resultado do exame somente será divulgado para o
prestados. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
interessado e não poderá ser utilizado para fins estranhos ao
2016) (Vigência)
disposto neste artigo ou no § 6o do art. 168 da Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei § 4º (VETADO)

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Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuário a pública e equivalerá a documento de identidade em todo o
identificação de seus instrutores e examinadores, que serão território nacional.
passíveis de punição conforme regulamentação a ser
§ 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da
estabelecida pelo CONTRAN.
Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver
Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instrutores e à direção do veículo.
examinadores serão de advertência, suspensão e
§ 1º-A O porte do documento de habilitação será
cancelamento da autorização para o exercício da atividade,
dispensado quando, no momento da fiscalização, for
conforme a falta cometida.
possível ter acesso ao sistema informatizado para verificar se
Art. 154. Os veículos destinados à formação de condutores o condutor está habilitado.
serão identificados por uma faixa amarela, de vinte
§ 2º (VETADO)
centímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à
meia altura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. § 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de
Habilitação será regulamentada pelo CONTRAN.
Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para
aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, § 4º (VETADO)
deverá ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura,
§ 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para
faixa branca removível, de vinte centímetros de largura, com
Dirigir somente terão validade para a condução de veículo
a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
quando apresentada em original.
Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor e
§ 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação
elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão
expedida e a da autoridade expedidora serão registradas no
executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal,
RENACH.
pertencente ou não à entidade credenciada.
§ 7º A cada condutor corresponderá um único registro no
Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização para
RENACH, agregando-se neste todas as informações.
aprendizagem, de acordo com a regulamentação do
CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, § 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de
mental, de primeiros socorros e sobre legislação de Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será
trânsito.(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) realizada após quitação de débitos constantes do prontuário
do condutor.
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamento para
prestação de serviço pelas auto-escolas e outras entidades § 9º (VETADO)
destinadas à formação de condutores e às exigências
§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está
necessárias para o exercício das atividades de instrutor e
condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão
examinador.
física e mental. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 157. (VETADO)
§ 11. (Revogado).
Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:(Vide Lei nº
§ 12. Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
12.217, de 2010) Vigência
Estados e do Distrito Federal enviarão por meio eletrônico,
I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão com 30 (trinta) dias de antecedência, aviso de vencimento
executivo de trânsito; da validade da Carteira Nacional de Habilitação a todos os
condutores cadastrados no Renach com endereço na
II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
respectiva unidade da Federação.
§ 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na
Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito
aprendizagem poderá conduzir apenas mais um
deverá ser submetido a novos exames para que possa voltar
acompanhante. (Renumerado do parágrafo único pela
a dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo
Lei nº 12.217, de 2010).
CONTRAN, independentemente do reconhecimento da
§ 2o (Revogado)244 prescrição, em face da pena concretizada na sentença.
§ 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido
poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
juízo da autoridade executiva estadual de trânsito,
meio físico e/ou digital, à escolha do condutor, em modelo
assegurada ampla defesa ao condutor.
único e de acordo com as especificações do Contran,
atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, § 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva
conterá fotografia, identificação e número de inscrição no estadual de trânsito poderá apreender o documento de
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé habilitação do condutor até a sua aprovação nos exames
realizados.

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CAPÍTULO XV Penalidade - multa;


DAS INFRAÇÕES
Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de de Habilitação e retenção do veículo até a apresentação de
qualquer preceito deste Código ou da legislação condutor habilitado;
complementar, e o infrator sujeita-se às penalidades e às VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de
medidas administrativas indicadas em cada artigo deste audição, de prótese física ou as adaptações do veículo
Capítulo e às punições previstas no Capítulo XIX deste impostas por ocasião da concessão ou da renovação da
Código. licença para conduzir:
Parágrafo único. (Revogado). Infração - gravíssima;
Art. 162. Dirigir veículo: Penalidade - multa;
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão Medida administrativa - retenção do veículo até o
para Dirigir ou Autorização para Conduzir saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor
Ciclomotor: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de habilitado.
2016) (Vigência)
Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de condições previstas no artigo anterior:
2016) (Vigência)
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência) Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;

Medida administrativa - retenção do veículo até a Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do
apresentação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº artigo anterior.
13.281, de 2016) (Vigência) Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe
Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou a conduzi-lo na via:
com suspensão do direito de dirigir: (Redação dada pela Lei Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência) Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do art.
162.
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência) Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer
outra substância psicoativa que determine
Medida administrativa - recolhimento do documento de dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
habilitação e retenção do veículo até a apresentação de
condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705,
2016) (Vigência) de 2008)

III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº
conduzindo: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 12.760, de 2012)
2016) (Vigência) Medida administrativa - recolhimento do documento de
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no §
2016) (Vigência) 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 -
do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei
Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei nº nº 12.760, de 2012)
13.281, de 2016) (Vigência)
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Medida administrativa - retenção do veículo até a no caput em caso de reincidência no período de até 12
apresentação de condutor habilitado; (Redação dada pela (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame
IV - (VETADO) clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma
há mais de trinta dias: estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
Infração - gravíssima;
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Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de Infração - leve;


2016) (Vigência)
Penalidade - multa.
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam
dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
atravessando a via pública, ou os demais veículos:
2016) (Vigência)
Infração - gravíssima;
Medida administrativa - recolhimento do documento de
habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
4º do art. 270. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento
2016) (Vigência)
do documento de habilitação.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres
no caput em caso de reincidência no período de até 12
ou veículos, água ou detritos:
(doze) meses (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência) Infração - média;
Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exigida Penalidade - multa.
habilitação nas categorias C, D ou E sem realizar o exame
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou
toxicológico previsto no § 2º do art. 148-A deste Código,
substâncias:
após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo estabelecido:
Infração - média;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de
dirigir por 3 (três) meses, condicionado o levantamento da Art. 173. Disputar corrida:(Redação dada pela Lei nº 12.971,
suspensão à inclusão no Renach de resultado negativo em de 2014) (Vigência)
novo exame.
Infração - gravíssima;
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
que exerce atividade remunerada ao veículo e não comprova
dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº
a realização de exame toxicológico periódico exigido pelo §
12.971, de 2014) (Vigência)
2º do art. 148-A deste Código por ocasião da renovação do
documento de habilitação nas categorias C, D ou E. Medida administrativa - recolhimento do documento de
habilitação e remoção do veículo.
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa
que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
não estiver em condições de dirigi-lo com segurança: no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses da infração anterior.(Incluído pela Lei nº 12.971, de
Infração - gravíssima;
2014) (Vigência)
Penalidade - multa.
Art. 174. Promover, na via, competição, eventos
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de organizados, exibição e demonstração de perícia em
segurança, conforme previsto no art. 65: manobra de veículo, ou deles participar, como condutor,
sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição
Infração - grave;
sobre a via: (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
Penalidade - multa; 2014) (Vigência)
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação Infração - gravíssima;
do cinto pelo infrator.
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº
observância das normas de segurança especiais 12.971, de 2014) (Vigência)
estabelecidas neste Código:
Medida administrativa - recolhimento do documento de
Infração - gravíssima; habilitação e remoção do veículo.
Penalidade - multa; § 1o As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos
condutores participantes.(Incluído pela Lei nº 12.971, de
Medida administrativa - retenção do veículo até que a
2014) (Vigência)
irregularidade seja sanada.
§ 2o Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração
indispensáveis à segurança:
anterior. Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)

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Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito
manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem rápido:
ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de
Infração - grave;
pneus: (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
2014) (Vigência) Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de II - nas demais vias:
dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº
Infração - leve;
12.971, de 2014) (Vigência)
Penalidade - multa.
Medida administrativa - recolhimento do documento de
habilitação e remoção do veículo. Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de
combustível:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) Infração - média;
meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de
Penalidade - multa;
2014) (Vigência)
Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com
vítima: Art. 181. Estacionar o veículo:
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê- I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
lo; alinhamento da via transversal:
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de Infração - média;
evitar perigo para o trânsito no local;
Penalidade - multa;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da
Medida administrativa - remoção do veículo;
polícia e da perícia;
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta
IV - de adotar providências para remover o veículo do local,
centímetros a um metro:
quando determinadas por policial ou agente da autoridade
de trânsito; Infração - leve;
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações Penalidade - multa;
necessárias à confecção do boletim de ocorrência:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - gravíssima;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de metro:
dirigir;
Infração - grave;
Medida administrativa - recolhimento do documento de
Penalidade - multa;
habilitação.
Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de
acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
seus agentes: Código:
Infração - grave; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa;
Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem Medida administrativa - remoção do veículo;
vítima, de adotar providências para remover o veículo do V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
local, quando necessária tal medida para assegurar a
de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento:
segurança e a fluidez do trânsito:
Infração - gravíssima;
Infração - média;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa.
Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na
via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou
remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado: tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde

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que devidamente identificados, conforme especificação do Medida administrativa - remoção do veículo;


CONTRAN:
XIV - nos viadutos, pontes e túneis:
Infração - média;
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior:
XV - na contramão de direção:
Infração - leve;
Infração - média;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre e sem calço de segurança, quando se tratar de veículo com
ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado peso bruto total superior a três mil e quinhentos
ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, quilogramas:
marcas de canalização, gramados ou jardim público:
Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XVII - em desacordo com as condições regulamentadas
IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada especificamente pela sinalização (placa - Estacionamento
destinada à entrada ou saída de veículos: Regulamentado):
Infração - média; Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
X - impedindo a movimentação de outro veículo:
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela
Infração - média;
sinalização (placa - Proibido Estacionar):
Penalidade - multa;
Infração - média;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa;
XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave;
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada
Penalidade - multa; proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e
Estacionar):
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave;
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
circulação de veículos e pedestres: Penalidade - multa;
Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo.
Penalidade - multa; XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou
idosos, sem credencial que comprove tal condição: (Incluído
Medida administrativa - remoção do veículo;
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
ponto de embarque ou desembarque de passageiros de
2016) (Vigência)
transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no
intervalo compreendido entre dez metros antes e depois do Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
marco do ponto: 2016) (Vigência)
Infração - média; Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Penalidade - multa;

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§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de X - em local e horário proibidos especificamente pela
trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a sinalização (placa - Proibido Parar):
remoção do veículo.
Infração - média;
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o
Penalidade - multa.
calço de segurança na via.
XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa:
Art. 182. Parar o veículo:
Infração - grave;
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
alinhamento da via transversal: Penalidade - multa.
Infração - média; Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na
mudança de sinal luminoso:
Penalidade - multa;
Infração - média;
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta
centímetros a um metro: Penalidade - multa.
Infração - leve; Art. 184. Transitar com o veículo:
Penalidade - multa; I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo,
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
exceto para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à
metro:
direita:
Infração - média;
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de
Código:
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo:
Infração - leve;
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa.
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada com
de trânsito rápido e das demais vias dotadas de
circulação destinada aos veículos de transporte público
acostamento:
coletivo de passageiros, salvo casos de força maior e com
Infração - grave; autorização do poder público competente: (Incluído pela
Lei nº 13.154, de 2015)
Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas
ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído pela Lei
rolamento e marcas de canalização: nº 13.154, de 2015)
Infração - leve; Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela
Lei nº 13.154, de 2015)
Penalidade - multa;
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar de
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
conservá-lo:
circulação de veículos e pedestres:
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de
Infração - média;
regulamentação, exceto em situações de emergência;
Penalidade - multa;
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte:
VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
Infração - média;
Infração - média;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
IX - na contramão de direção:
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para
Infração - média; ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário,
respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido
Penalidade - multa;
contrário:

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Infração - grave; velocidade, as condições climáticas do local da circulação e


do veículo:
Penalidade - multa;
Infração - grave;
II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único
de circulação: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima; Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios,
passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios,
Penalidade - multa.
ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de
Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados
regulamentação estabelecida pela autoridade competente: e jardins públicos:
I - para todos os tipos de veículos: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa (três vezes).
Penalidade - multa; Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância
necessária a pequenas manobras e de forma a não causar
II - (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)
riscos à segurança:
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo
Infração - grave;
ou perturbando o trânsito:
Penalidade - multa.
Infração - média;
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade
Penalidade - multa.
competente de trânsito ou de seus agentes:
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de
Infração - grave;
batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia,
de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, Penalidade - multa.
quando em serviço de urgência e devidamente identificados
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante
por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e
gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do
iluminação vermelha intermitentes:
veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar
Infração - gravíssima; o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este Penalidade - multa.
com prioridade de passagem devidamente identificada por
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da
vermelha intermitentes:
respectiva mão de direção, quando for manobrar para um
Infração - grave; desses lados:
Penalidade - multa. Infração - média;
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando Penalidade - multa.
em sentidos opostos, estejam na iminência de passar um
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando
pelo outro ao realizar operação de ultrapassagem:
solicitado:
Infração - gravíssima;
Infração - média;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
Penalidade - multa.
dirigir. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
2014) (Vigência) Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da
frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
vai entrar à esquerda:
no caput em caso de reincidência no período de até 12
(doze) meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº Infração - média;
12.971, de 2014) (Vigência)
Penalidade - multa.
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte
frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em
coletivo ou de escolares, parado para embarque ou
relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
desembarque de passageiros, salvo quando houver refúgio
de segurança para o pedestre:

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Infração - gravíssima; II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;


Penalidade - multa. III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e
rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos
cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
não motorizados;
Infração - média;
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da
Penalidade - multa. via transversal;
Art. 202. Ultrapassar outro veículo: V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda
que em locais permitidos:
I - pelo acostamento;
Infração - gravíssima;
II - em interseções e passagens de nível;
Penalidade - multa.
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
2014) (Vigência) Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à
esquerda em locais proibidos pela sinalização:
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei nº
12.971, de 2014) (Vigência) Infração - grave;
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo: Penalidade - multa.
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de
parada obrigatória, exceto onde houver sinalização que
II - nas faixas de pedestre;
permita a livre conversão à direita prevista no art. 44-A deste
III - nas pontes, viadutos ou túneis; Código:
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, Infração - gravíssima;
cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à
Penalidade - multa.
livre circulação;
Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou
V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de
sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar
fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples
às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para
contínua amarela:
não efetuar o pagamento do pedágio:
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
Infração - grave;
2014) (Vigência)
Penalidade - multa.
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei nº
12.971, de 2014) (Vigência) Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista Infração - gravíssima;
no caput em caso de reincidência no período de até 12
Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do
(doze) meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº
direito de dirigir;
12.971, de 2014) (Vigência)
Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimento
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita,
do documento de habilitação.
para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à
esquerda, onde não houver local apropriado para operação Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de
de retorno: sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer
outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados:
Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre
cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha
autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes: férrea:
Infração - leve; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 206. Executar operação de retorno: Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva
marcha for interceptada:
I - em locais proibidos pela sinalização;

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I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas, Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima
desfiles e outros: permitida para o local, medida por instrumento ou
equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias
Infração - gravíssima;
arteriais e demais vias: (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
Penalidade - multa. 2006)
II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20%
militares e outros: (vinte por cento): (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
2006)
Infração - grave;
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
Penalidade - multa.
2006)
Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
e a veículo não motorizado:
2006)
I - que se encontre na faixa a ele destinada;
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de
II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por
sinal verde para o veículo; cento):(Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e Infração - grave;(Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
gestantes:
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
Infração - gravíssima; 2006)
Penalidade - multa. III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de
50% (cinqüenta por cento): (Incluído pela Lei nº 11.334, de
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja
2006)
sinalização a ele destinada;
Infração - gravíssima;
V - que esteja atravessando a via transversal para onde se
dirige o veículo: Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do direito de
dirigir
Infração - grave;
Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à
Penalidade - multa.
metade da velocidade máxima estabelecida para a via,
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem: retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as
condições de tráfego e meteorológicas não o permitam,
I - em interseção não sinalizada:
salvo se estiver na faixa da direita:
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória;
Infração - média;
b) a veículo que vier da direita;
Penalidade - multa.
II - nas interseções com sinalização de regulamentação de Dê
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma
a Preferência:
compatível com a segurança do trânsito:
Infração - grave;
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações,
Penalidade - multa. cortejos, préstitos e desfiles:
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar Infração - gravíssima;
adequadamente posicionado para ingresso na via e sem as
Penalidade - multa;
precauções com a segurança de pedestres e de outros
veículos: II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo
agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros
Infração - média;
ou gestos;
Penalidade - multa.
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou
Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem acostamento;
dar preferência de passagem a pedestres e a outros veículos:
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não
Infração - média; sinalizada;
Penalidade - multa. V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada;
VI - nos trechos em curva de pequeno raio;

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VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência Infração - leve;


de obras ou trabalhadores na pista;
Penalidade - multa.
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os
IX - quando houver má visibilidade; demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes
externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio,
tornar visível o local, quando:
defeituoso ou avariado;
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou
XI - à aproximação de animais na pista;
permanecer no acostamento;
XII - em declive;
II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser retirada
Infração - grave; imediatamente:
Penalidade - multa; Infração - grave;
XIII - ao ultrapassar ciclista: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima; Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha
sido utilizado para sinalização temporária da via:
Penalidade - multa;
Infração - média;
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
embarque e desembarque de passageiros ou onde haja Penalidade - multa.
intensa movimentação de pedestres:
Art. 227. Usar buzina:
Infração - gravíssima;
I - em situação que não a de simples toque breve como
Penalidade - multa. advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
desacordo com as especificações e modelos estabelecidos
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
pelo CONTRAN:
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
Infração - média;
V - em desacordo com os padrões e freqüências
Penalidade - multa;
estabelecidas pelo CONTRAN:
Medida administrativa - retenção do veículo para
Infração - leve;
regularização e apreensão das placas irregulares.
Penalidade - multa.
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que
confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume
terceiros, placas de identificação não autorizadas pela ou freqüência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
regulamentação.
Infração - grave;
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de
Penalidade - multa;
atendimento de emergência, o sistema de iluminação
vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de Medida administrativa - retenção do veículo para
incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das regularização.
ambulâncias, ainda que parados:
Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme
Infração - média; ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego
público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:
Penalidade - multa.
Infração - média;
Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o facho
de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor: Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo.
Penalidade - multa; Art. 230. Conduzir o veículo:
Medida administrativa - retenção do veículo para I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou
regularização. qualquer outro elemento de identificação do veículo violado
ou falsificado;
Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias
providas de iluminação pública:

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II - transportando passageiros em compartimento de carga, XX - sem portar a autorização para condução de escolares,
salvo por motivo de força maior, com permissão da na forma estabelecida no art. 136:
autoridade competente e na forma estabelecida pelo
Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.855,
CONTRAN;
de 2019) (Vigência)
III - com dispositivo anti-radar;
Penalidade – multa (cinco vezes); (Redação dada pela Lei
IV - sem qualquer uma das placas de identificação; nº 13.855, de 2019) (Vigência)
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado; Medida administrativa – remoção do veículo; (Incluído
pela Lei nº 13.855, de 2019) (Vigência)
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem
condições de legibilidade e visibilidade: XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais
inscrições previstas neste Código;
Infração - gravíssima;
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
ou com lâmpadas queimadas:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média;
VII - com a cor ou característica alterada;
Penalidade - multa.
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art.
veicular, quando obrigatória;
67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ao volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar
ineficiente ou inoperante; de veículo de transporte de carga ou coletivo de
passageiros: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o
2015) (Vigência)
estabelecido pelo CONTRAN;
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão
2015) (Vigência)
defeituoso, deficiente ou inoperante;
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
XII - com equipamento ou acessório proibido;
2015) (Vigência)
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de
Medida administrativa - retenção do veículo para
sinalização alterados;
cumprimento do tempo de descanso aplicável. (Redação
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência
XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de
desse aparelho;
2012) (Vigência)
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter
§ 1o Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12
publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a
(doze) meses, será convertida, automaticamente, a
extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as
penalidade disposta no inciso XXIII em infração
hipóteses previstas neste Código;
grave. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas
§ 2o Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do
refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas;
veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito,
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas judicial ou administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº
pela legislação; 13.103, de 2015) (Vigência)
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a Art. 231. Transitar com o veículo:
segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de
I - danificando a via, suas instalações e equipamentos;
segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art.
104; II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva: a) carga que esteja transportando;
Infração - grave; b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
Penalidade - multa; c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
Medida administrativa - retenção do veículo para Infração - gravíssima;
regularização;
Penalidade - multa;

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Medida administrativa - retenção do veículo para VII - com lotação excedente;


regularização;
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens,
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força
superiores aos fixados pelo CONTRAN; maior ou com permissão da autoridade competente:
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.855,
limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem de 2019) (Vigência)
autorização:
Penalidade – multa; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de
Infração - grave; 2019) (Vigência)
Penalidade - multa; Medida administrativa – remoção do veículo; (Redação
dada pela Lei nº 13.855, de 2019) (Vigência)
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização; IX - desligado ou desengrenado, em declive:
V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância Infração - média;
quando aferido por equipamento, na forma a ser
Penalidade - multa;
estabelecida pelo CONTRAN:
Medida administrativa - retenção do veículo;
Infração - média;
X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas
ou fração de excesso de peso apurado, constante na Infração - de média a gravíssima, a depender da relação
seguinte tabela: entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de
tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN;
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais
e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, Penalidade - multa;
de 2016) (Vigência)
Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos carga excedente.
quilogramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou
2016) (Vigência)
excedendo à capacidade máxima de tração, não computado
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) - R$ o percentual tolerado na forma do disposto na legislação,
21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); (Redação somente poderá continuar viagem após descarregar o que
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) exceder, segundo critérios estabelecidos na referida
legislação complementar.
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$
31,92 (trinta e um reais e noventa e dois Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de obrigatório referidos neste Código:
2016) (Vigência)
Infração - leve;
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogramas)
Penalidade - multa;
- R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de Medida administrativa - retenção do veículo até a
2016) (Vigência) apresentação do documento.
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20 Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de
(cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada pela trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) hipóteses previstas no art. 123:
Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo da Infração - média;
carga excedente;
Penalidade - multa;
VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela
Medida administrativa - remoção do veículo.
autoridade competente para transitar com dimensões
excedentes, ou quando a mesma estiver vencida: Art. 233-A. (VETADO).
Infração - grave; Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e
de identificação do veículo:
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Infração - gravíssima;
Medida administrativa - remoção do veículo;

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Penalidade - multa e apreensão do veículo; Penalidade - multa.


Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de
registro, licenciamento ou habilitação:
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes
externas do veículo, salvo nos casos devidamente Infração - gravíssima;
autorizados:
Penalidade - multa.
Infração - grave;
Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao
Penalidade - multa; órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de
perda total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas
Medida administrativa - retenção do veículo para
e documentos:
transbordo.
Infração - grave;
Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda,
salvo em casos de emergência: Penalidade - multa;
Infração - média; Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos
documentos.
Penalidade - multa.
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as
especificações, e com falta de inscrição e simbologia I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo
necessárias à sua identificação, quando exigidas pela com as normas e as especificações aprovadas pelo Contran;
legislação:
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança,
Infração - grave; na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento
suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
Penalidade - multa;
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma
Medida administrativa - retenção do veículo para
roda;
regularização.
IV - (revogado);
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a
seus agentes, mediante recibo, os documentos de V - transportando criança menor de 10 (dez) anos de idade
habilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar da
exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade: própria segurança:
Infração - gravíssima; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - remoção do veículo. Medida administrativa - retenção do veículo até
regularização e recolhimento do documento de habilitação;
Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para
regularização, sem permissão da autoridade competente ou VI - rebocando outro veículo;
de seus agentes:
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo
Infração - gravíssima; eventualmente para indicação de manobras;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; VIII – transportando carga incompatível com suas
especificações ou em desacordo com o previsto no § 2o do
Medida administrativa - remoção do veículo.
art. 139-A desta Lei;(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em
registro de veículo irrecuperável ou definitivamente
desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as
desmontado:
normas que regem a atividade profissional dos
Infração - grave; mototaxistas: (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Penalidade - multa; Infração – grave; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de Penalidade – multa; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Registro e do Certificado de Licenciamento Anual.
Medida administrativa – apreensão do veículo para
Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo regularização. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
ou de habilitação do condutor:
Infração - leve;

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X - com a utilização de capacete de segurança sem viseira ou sinalização de emergência, às expensas do responsável, ou,
óculos de proteção ou com viseira ou óculos de proteção em se possível, promover a desobstrução.
desacordo com a regulamentação do Contran;
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de
XI - transportando passageiro com o capacete de segurança rolamento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão
utilizado na forma prevista no inciso X do caput deste artigo: humana e os de tração animal, sempre que não houver
acostamento ou faixa a eles destinados:
Infração - média;
Infração - média;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo até
regularização; Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transporte de
passageiros carga excedente em desacordo com o
XII – (VETADO).
estabelecido no art. 109:
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII,
Infração - grave;
além de:
Penalidade - multa;
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial
a ele destinado; Medida administrativa - retenção para o transbordo.
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de
onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias; posição, quando o veículo estiver parado, para fins de
embarque ou desembarque de passageiros e carga ou
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias,
descarga de mercadorias:
condições de cuidar de sua própria segurança.
Infração - média;
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do
parágrafo anterior: Penalidade - multa.
Infração - média; Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:
Penalidade - multa. I - deixar de manter acesa a luz baixa:
§ 3o A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo a) durante a noite;
não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem
b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração;
semi-reboques especialmente projetados para esse fim e
devidamente homologados pelo órgão c) de dia, no caso de veículos de transporte coletivo de
competente. (Incluído pela Lei nº 10.517, de 2002) passageiros em circulação em faixas ou pistas a eles
destinadas;
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias,
materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via: ciclomotores;
Infração - grave; e) de dia, em rodovias de pista simples situadas fora dos
perímetros urbanos, no caso de veículos desprovidos de
Penalidade - multa;
luzes de rodagem diurna;
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do
II - (revogado);
material.
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. Infração - média;
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre Penalidade - multa.
circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito
Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via
indevidamente: I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de
emergência;
Infração - gravíssima;
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério
situações:
da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança.
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física
outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a
autoridade com circunscrição sobre a via providenciar a

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b) em imobilizações ou situação de emergência, como § 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos
advertência, utilizando pisca-alerta; organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído pela
Lei nº 13.281, de 2016)
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar
o uso do pisca-alerta: § 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no
período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Infração - média;
2016)
Penalidade - multa.
§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou
Art. 252. Dirigir o veículo: jurídicas que incorram na infração, devendo a autoridade
com circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se
I - com o braço do lado de fora;
possível, as condições de normalidade para a circulação na
II - transportando pessoas, animais ou volume à sua via. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
esquerda ou entre os braços e pernas;
Art. 254. É proibido ao pedestre:
III - com incapacidade física ou mental temporária que
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para
comprometa a segurança do trânsito;
cruzá-las onde for permitido;
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou
comprometa a utilização dos pedais;
túneis, salvo onde exista permissão;
V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo
sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo,
quando houver sinalização para esse fim;
ou acionar equipamentos e acessórios do veículo;
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a
o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte,
aparelhagem sonora ou de telefone celular;
desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida
Infração - média; licença da autoridade competente;
Penalidade - multa. V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou
subterrânea;
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em
movimento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) Infração - leve;
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) Penalidade - multa, em 50% (cinqüenta por cento) do valor
da infração de natureza leve.
Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V caracterizar-
se-á como infração gravíssima no caso de o condutor estar VII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
segurando ou manuseando telefone celular. (Incluído pela
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 253. Bloquear a via com veículo:
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração - gravíssima;
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em
Medida administrativa - remoção do veículo. desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59:
Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamente, Infração - média;
interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem
Penalidade - multa;
autorização do órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante
2016) recibo para o pagamento da multa.
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) CAPÍTULO XVI
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de DAS PENALIDADES
dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das
2016) competências estabelecidas neste Código e dentro de sua
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as
Lei nº 13.281, de 2016) seguintes penalidades:
I - advertência por escrito;
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II - multa; apresentá-lo, na forma em que dispuser o Contran, e,


transcorrido o prazo, se não o fizer, será considerado
III - suspensão do direito de dirigir;
responsável pela infração o principal condutor ou, em sua
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) ausência, o proprietário do veículo.
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação; § 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não
havendo identificação do infrator e sendo o veículo de
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
propriedade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao
VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem. proprietário do veículo, mantida a originada pela infração,
cujo valor é o da multa multiplicada pelo número de
§ 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não
infrações iguais cometidas no período de doze meses.
elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de
crimes de trânsito, conforme disposições de lei. § 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do
disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259.
§ 2º (VETADO)
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de
§ 3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos
trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após aceitar
ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo
a indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do
licenciamento do veículo e habilitação do condutor.
cadastro do veículo no Renavam.(Incluído pela Lei nº 13.495,
Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao 2017) (Vigência)
proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
§ 11. O principal condutor será excluído do
salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres
Renavam:(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente
mencionados neste Código. I - quando houver transferência de propriedade do
veículo;(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão
impostas concomitantemente as penalidades de que trata II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do
este Código toda vez que houver responsabilidade solidária veículo;(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
em infração dos preceitos que lhes couber observar,
III - a partir da indicação de outro principal
respondendo cada um de per si pela falta em comum que
condutor.(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
lhes for atribuída.
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de
§ 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela
acordo com sua gravidade, em quatro categorias:
infração referente à prévia regularização e preenchimento
das formalidades e condições exigidas para o trânsito do I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no
veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e
suas características, componentes, agregados, habilitação quarenta e sete centavos); (Redação dada pela Lei nº
legal e compatível de seus condutores, quando esta for 13.281, de 2016) (Vigência)
exigida, e outras disposições que deva observar.
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de
§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três
decorrentes de atos praticados na direção do veículo. centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
§ 4º O embarcador é responsável pela infração relativa ao
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no III - infração de natureza média, punida com multa no valor
peso bruto total, quando simultaneamente for o único de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis
remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
ou manifesto for inferior àquele aferido. 2016) (Vigência)
§ 5º O transportador é o responsável pela infração relativa IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de
ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito
quando a carga proveniente de mais de um embarcador centavos). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
ultrapassar o peso bruto total. 2016) (Vigência)
§ 6º O transportador e o embarcador são solidariamente § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto 2016) (Vigência)
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto
§ 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator
for superior ao limite legal.
multiplicador ou índice adicional específico é o previsto
§ 7º Quando não for imediata a identificação do infrator, o neste Código.
principal condutor ou o proprietário do veículo terá o prazo
§ 3º (VETADO)
de 30 (trinta) dias, contado da notificação da autuação, para

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§ 4º (VETADO) I - sempre que, conforme a pontuação prevista no art. 259


deste Código, o infrator atingir, no período de 12 (doze)
Art. 259. A cada infração cometida são computados os
meses, a seguinte contagem de pontos:
seguintes números de pontos:
a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais
I - gravíssima - sete pontos;
infrações gravíssimas na pontuação;
II - grave - cinco pontos;
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração
III - média - quatro pontos; gravíssima na pontuação;
IV - leve - três pontos. c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração
gravíssima na pontuação;
§ 1º (VETADO)
II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código,
§ 2º (VETADO)
cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade
§ 3o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de de suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº
2012) (Vigência) 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 4º Ao condutor identificado será atribuída pontuação § 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão
pelas infrações de sua responsabilidade, nos termos do direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada pela Lei
previstos no § 3º do art. 257 deste Código, exceto aquelas: nº 13.281, de 2016) (Vigência)
I - praticadas por passageiros usuários do serviço de I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano
transporte rodoviário de passageiros em viagens de longa e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de
distância transitando em rodovias com a utilização de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 13.281,
ônibus, em linhas regulares intermunicipal, interestadual, de 2016) (Vigência)
internacional e aquelas em viagem de longa distância por
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses,
fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, excluídas
exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo
as situações regulamentadas pelo Contran conforme
infracional, e, no caso de reincidência no período de 12
disposto no art. 65 deste Código;
(doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o
II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do art. 230 e disposto no inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº 13.281,
nos arts. 232, 233, 233-A, 240 e 241 deste Código, sem de 2016) (Vigência)
prejuízo da aplicação das penalidades e medidas
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a
administrativas cabíveis;
Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular
III - puníveis de forma específica com suspensão do direito imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de
de dirigir. reciclagem.
Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão § 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de
ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde dirigir elimina a quantidade de pontos computados, prevista
haja ocorrido a infração, de acordo com a competência no inciso I do caput ou no § 5º deste artigo, para fins de
estabelecida neste Código. contagem subsequente.
§ 1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade § 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de
da Federação diversa da do licenciamento do veículo serão 2012)(Vigência)
arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo
§ 5º No caso do condutor que exerce atividade remunerada
CONTRAN.
ao veículo, a penalidade de suspensão do direito de dirigir de
§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em unidade que trata o caput deste artigo será imposta quando o infrator
da Federação diversa daquela do licenciamento do veículo atingir o limite de pontos previsto na alínea c do inciso I do
poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável caput deste artigo, independentemente da natureza das
pelo seu licenciamento, que providenciará a notificação. infrações cometidas, facultado a ele participar de curso
preventivo de reciclagem sempre que, no período de 12
§ 3º (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)
(doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos, conforme
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado regulamentação do Contran.
no exterior, em trânsito no território nacional, a multa
§ 6o Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5o, o
respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País,
condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
respeitado o princípio de reciprocidade.
atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído
Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será pela Lei nº 13.154, de 2015)
imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)

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§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de advertência
poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de
meses. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de ser punida com multa, caso o infrator não tenha cometido
2016) (Vigência) nenhuma outra infração nos últimos 12 (doze) meses.
§ 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de § 1º (Revogado).
serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
§ 2º (Revogado).
atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que
integrem seu quadro funcional, exercendo atividade Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na
remunerada ao volante, na forma que dispuser o forma estabelecida pelo CONTRAN:
Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
I - (revogado);
§ 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o
II - quando suspenso do direito de dirigir;
condutor que, notificado da penalidade de que trata este
artigo, dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) contribuído, independentemente de processo judicial;
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir a que se IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
refere o inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está
concomitantemente ao processo de aplicação da penalidade
colocando em risco a segurança do trânsito;
de multa, e ambos serão de competência do órgão ou
entidade responsável pela aplicação da multa, na forma VI - (revogado).
definida pelo Contran.
Parágrafo único. (VETADO).
§ 11. O Contran regulamentará as disposições deste
Art. 268-A. Fica criado o Registro Nacional Positivo de
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Condutores (RNPC), administrado pelo órgão máximo
Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de executivo de trânsito da União, com a finalidade de cadastrar
2016) (Vigência) os condutores que não cometeram infração de trânsito
sujeita à pontuação prevista no art. 259 deste Código, nos
Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á:
últimos 12 (doze) meses, conforme regulamentação do
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir Contran.
qualquer veículo;
§ 1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente.
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das
§ 2º A abertura de cadastro requer autorização prévia e
infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163,
expressa do potencial cadastrado.
164, 165, 173, 174 e 175;
§ 3º Após a abertura do cadastro, a anotação de informação
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito,
no RNPC independe de autorização e de comunicação ao
observado o disposto no art. 160.
cadastrado.
§ 1º Constatada, em processo administrativo, a
§ 4º A exclusão do RNPC dar-se-á:
irregularidade na expedição do documento de habilitação, a
autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento. I - por solicitação do cadastrado;
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por
de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, infração;
submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação,
III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso;
na forma estabelecida pelo CONTRAN.
IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado
Art. 264. (VETADO)
estiver cassada ou com validade vencida há mais de 30
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e (trinta) dias;
de cassação do documento de habilitação serão aplicadas
V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de
por decisão fundamentada da autoridade de trânsito
liberdade.
competente, em processo administrativo, assegurado ao
infrator amplo direito de defesa. § 5º A consulta ao RNPC é garantida a todos os cidadãos, nos
termos da regulamentação do Contran.
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas
ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as § 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
respectivas penalidades. poderão utilizar o RNPC para conceder benefícios fiscais ou
tarifários aos condutores cadastrados, na forma da
legislação específica de cada ente da Federação.

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CAPÍTULO XVII § 2º Quando não for possível sanar a falha no local da


DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS infração, o veículo, desde que ofereça condições de
segurança para circulação, deverá ser liberado e entregue a
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento
das competências estabelecidas neste Código e dentro de do Certificado de Licenciamento Anual, contra apresentação
sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas de recibo, assinalando-se ao condutor prazo razoável, não
administrativas: superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a situação, e será
I - retenção do veículo; considerado notificado para essa finalidade na mesma
ocasião.
II - remoção do veículo;
§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à
autoridade devidamente regularizado.
V - recolhimento do Certificado de Registro;
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se
VII - (VETADO) neste caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
VIII - transbordo do excesso de carga;
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia quando se tratar de veículo de transporte coletivo
de substância entorpecente ou que determine dependência transportando passageiros ou veículo transportando
física ou psíquica; produto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias de segurança para circulação em via pública.
e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os § 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere
aos seus proprietários, após o pagamento de multas e o § 2o, será feito registro de restrição administrativa no
encargos devidos. Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito dos
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de Estados e do Distrito Federal, que será retirada após
legislação, de prática de primeiros socorros e de direção comprovada a regularização.(Incluído pela Lei nº 13.160, de
veicular. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) 2015)
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas § 7o O descumprimento das obrigações estabelecidas no §
administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de 2o resultará em recolhimento do veículo ao depósito,
trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a aplicando-se, nesse caso, o disposto no art. 271.(Incluído
proteção à vida e à incolumidade física da pessoa. pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste
elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade
estabelecidas neste Código, possuindo caráter competente, com circunscrição sobre a via.
complementar a estas. § 1o A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante
§ 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção
Habilitação e a Permissão para Dirigir. e estada, além de outros encargos previstos na legislação
específica.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o
disposto nos arts. 271 e 328, no que couber. § 2o A liberação do veículo removido é condicionada ao
reparo de qualquer componente ou equipamento
§ 5º No caso de documentos em meio digital, as medidas
obrigatório que não esteja em perfeito estado de
administrativas previstas nos incisos III, IV, V e VI do caput
funcionamento.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
deste artigo serão realizadas por meio de registro no Renach
ou Renavam, conforme o caso, na forma estabelecida pelo § 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que
Contran. não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável
pela remoção liberará o veículo para reparo, na forma
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos
transportada, mediante autorização, assinalando prazo para
neste Código.
reapresentação. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo
infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a
poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou
situação.
por particular contratado por licitação pública, sendo o
proprietário do veículo o responsável pelo pagamento dos
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custos desses serviços. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade
2016) no prazo de trinta dias.
§ 5o O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamento
ato de remoção do veículo, sobre as providências Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos
necessárias à sua restituição e sobre o disposto no art. 328, neste Código, quando:
conforme regulamentação do CONTRAN.(Incluído pela Lei nº
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
13.160, de 2015)
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente
no momento da remoção do veículo, a autoridade de III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não
trânsito, no prazo de 10 (dez) dias contado da data da puder ser sanada no local.
remoção, deverá expedir ao proprietário a notificação
Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é
prevista no § 5º, por remessa postal ou por outro meio
condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será
tecnológico hábil que assegure a sua ciência, e, caso reste
efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem
frustrada, a notificação poderá ser feita por
prejuízo da multa aplicável.
edital. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao
§ 7o A notificação devolvida por desatualização do endereço
disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito,
do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la
sendo liberado após sanada a irregularidade e pagas as
será considerada recebida para todos os efeitos(Incluído
despesas de remoção e estada.
pela Lei nº 13.160, de 2015)
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de
§ 8o Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação
sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às
será feita por edital.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
penalidades previstas no art. 165. (Redação dada pela Lei nº
§ 9º Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade 12.760, de 2012)
for sanada no local da infração.
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será tolerância quando a infração for apurada por meio de
correspondente ao período integral, contado em dias, em aparelho de medição, observada a legislação
que efetivamente o veículo permanecer em depósito, metrológica. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
limitado ao prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em
13.281, de 2016)
acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia
por particulares poderão ser pagos pelo proprietário ou outro procedimento que, por meios técnicos ou
diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita
2016) certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa
que determine dependência. (Redação dada pela Lei nº
§ 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o
12.760, de 2012)
respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por
meio de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13.281, § 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.760, de
de 2016) 2012)
§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do § 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser
recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente, caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de
que o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
período de retenção em depósito, é da responsabilidade do alteração da capacidade psicomotora ou produção de
ente público a devolução das quantias pagas por força deste quaisquer outras provas em direito admitidas. (Redação
artigo, segundo os mesmos critérios da devolução de multas dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
indevidas. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao
e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos
dos casos previstos neste Código, quando houver suspeita de procedimentos previstos no caput deste artigo. (Redação
sua inautenticidade ou adulteração. dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não
mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de
quando: pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
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prevista no art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto § 1º (VETADO)


de evasão para fim de pesagem obrigatória.
§ 2º A infração deverá ser comprovada por declaração da
Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação policial, autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por
a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual,
aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente
estabelecidas no art. 210. disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN.
Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo para a § 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente
prática do crime de receptação, descaminho, contrabando, de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de
previstos nos arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, infração, informando os dados a respeito do veículo, além
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), condenado por dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento
um desses crimes em decisão judicial transitada em julgado, previsto no artigo seguinte.
terá cassado seu documento de habilitação ou será proibido
§ 4º O agente da autoridade de trânsito competente para
de obter a habilitação para dirigir veículo automotor pelo
lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário
prazo de 5 (cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019)
ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela
§ 1º O condutor condenado poderá requerer sua autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito
reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários de sua competência.
à habilitação, na forma deste Código. (Incluído pela Lei nº
SEÇÃO II
13.804, de 2019)
DO JULGAMENTO DAS AUTUAÇÕES E PENALIDADES
§ 2º No caso do condutor preso em flagrante na prática dos
crimes de que trata o caput deste artigo, poderá o juiz, em Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência
qualquer fase da investigação ou da ação penal, se houver estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição,
necessidade para a garantia da ordem pública, como medida julgará a consistência do auto de infração e aplicará a
cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público penalidade cabível.
ou ainda mediante representação da autoridade policial, Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu
decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão registro julgado insubsistente:
ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
proibição de sua obtenção. (Incluído pela Lei nº 13.804, de I - se considerado inconsistente ou irregular;
2019) II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo notificação da autuação.(Redação dada pela Lei nº 9.602, de
veículo equipado com registrador instantâneo de velocidade 1998)
e tempo, somente o perito oficial encarregado do Art. 281-A. Na notificação de autuação e no auto de infração,
levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade quando valer como notificação de autuação, deverá constar
armazenadora do registro. o prazo para apresentação de defesa prévia, que não será
CAPÍTULO XVIII inferior a 30 (trinta) dias, contado da data de expedição da
notificação
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
SEÇÃO I Art. 282. Caso a defesa prévia seja indeferida ou não seja
DA AUTUAÇÃO apresentada no prazo estabelecido, será aplicada a
penalidade e expedida notificação ao proprietário do veículo
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de ou ao infrator, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)
trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará: dias, contado da data do cometimento da infração, por
I - tipificação da infração; remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil
que assegure a ciência da imposição da penalidade.
II - local, data e hora do cometimento da infração;
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua do proprietário do veículo será considerada válida para
marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à todos os efeitos.
sua identificação;
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível; repartições consulares de carreira e de representações de
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou organismos internacionais e de seus integrantes será
agente autuador ou equipamento que comprovar a infração; remetida ao Ministério das Relações Exteriores para as
providências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta multa.
como notificação do cometimento da infração.

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§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a § 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser
condutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de
a notificação será encaminhada ao proprietário do veículo, licenciamento e transferência, enquanto não for encerrada a
responsável pelo seu pagamento. instância administrativa de julgamento de infrações e
penalidades. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
§ 4º Da notificação deverá constar a data do término do
2016) (Vigência)
prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela
infração, que não será inferior a trinta dias contados da data § 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de
da notificação da penalidade. (Incluído pela Lei nº 9.602, de infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento
1998) será acrescida de juros de mora equivalentes à taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
§ 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no
(Selic) para títulos federais acumulada mensalmente,
parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu
calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação
valor.(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento)
§ 6º Em caso de apresentação da defesa prévia em tempo relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo
hábil, o prazo previsto no caput deste artigo será de 360 efetuado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
(trezentos e sessenta) dias. 2016) (Vigência)
§ 7º O descumprimento dos prazos previstos no caput ou no § 5º O sistema de notificação eletrônica, referido no § 1º
§ 6º deste artigo implicará a decadência do direito de aplicar deste artigo, deve disponibilizar, na mesma plataforma,
a penalidade campo destinado à apresentação de defesa prévia e de
recurso, quando o condutor não reconhecer o cometimento
Art. 282-A. O órgão do Sistema Nacional de Trânsito
da infração, na forma regulamentada pelo Contran
responsável pela autuação deverá oferecer ao proprietário
do veículo ou ao condutor autuado a opção de notificação Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto
por meio eletrônico, na forma definida pelo Contran. perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual
remetê-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias.
§ 1º O proprietário e o condutor autuado deverão manter
seu cadastro atualizado no órgão executivo de trânsito do § 1º O recurso não terá efeito suspensivo.
Estado ou do Distrito Federal.
§ 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o
§ 2º Na hipótese de notificação prevista no caput deste recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis
artigo, o proprietário ou o condutor autuado será subseqüentes à sua apresentação, e, se o entender
considerado notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da intempestivo, assinalará o fato no despacho de
informação no sistema eletrônico e do envio da respectiva encaminhamento.
mensagem.
§ 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for julgado
§ 3º O sistema previsto no caput será certificado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que
digitalmente, atendidos os requisitos de autenticidade, impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do
integridade, validade jurídica e interoperabilidade da recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo.
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-
§ 4º Na apresentação de defesa ou recurso, em qualquer
Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
fase do processo, para efeitos de admissibilidade, não serão
Art. 283. (VETADO) exigidos documentos ou cópia de documentos emitidos pelo
órgão responsável pela autuação
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a
data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá ser
cento do seu valor. interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor.
§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação § 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o
eletrônica, conforme regulamentação do Contran, e opte estabelecido no parágrafo único do art. 284.
por não apresentar defesa prévia nem recurso,
§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar
reconhecendo o cometimento da infração, poderá efetuar o
recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á
pagamento da multa por 60% (sessenta por cento) do seu
devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por
valor, em qualquer fase do processo, até o vencimento da
índice legal de correção dos débitos fiscais.
multa.
Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa
§ 2º O recolhimento do valor da multa não implica renúncia
daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser
ao questionamento administrativo, que pode ser realizado a
apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da
qualquer momento, respeitado o disposto no § 1º. (Incluído
residência ou domicílio do infrator.
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei
recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
impôs a penalidade acompanhado das cópias dos
§ 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal
prontuários necessários ao julgamento.
culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26
Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto, de setembro de 1995, exceto se o agente
na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705,
da publicação ou da notificação da decisão. de 2008)
§ 1º O recurso será interposto, da decisão do não I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância
provimento, pelo responsável pela infração, e da decisão de psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº
provimento, pela autoridade que impôs a penalidade. 11.705, de 2008)
§ 2º (Revogado pela Lei nº 12.249, de 2010) (Vide ADIN II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou
2998) competição automobilística, de exibição ou demonstração
de perícia em manobra de veículo automotor, não
Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será
autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº
apreciado no prazo de trinta dias:
11.705, de 2008)
I - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida
da União, por colegiado especial integrado pelo
para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por
Coordenador-Geral da Jari, pelo Presidente da Junta que
hora).(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;
§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser
a) (revogada);
instaurado inquérito policial para a investigação da infração
b) (revogada); penal.(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.546, de
de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos 2017) (Vigência)
CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente.
§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas
Parágrafo único. No caso do inciso I do caput deste artigo, no art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
quando houver apenas uma Jari, o recurso será julgado por 1940 (Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade
seus membros. do agente e às circunstâncias e consequências do
crime. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
Art. 290. Implicam encerramento da instância administrativa
de julgamento de infrações e penalidades: (Redação dada Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser
imposta isolada ou cumulativamente com outras
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e
penalidades. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
289; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
2014) (Vigência)
II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (Incluído
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da infração automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
e requerimento de encerramento do processo na fase em
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu
que se encontra, sem apresentação de defesa ou
será intimado a entregar à autoridade judiciária, em
recurso. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades de Habilitação.
aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter
RENACH.
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
CAPÍTULO XIX não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de
DOS CRIMES DE TRÂNSITO condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento
SEÇÃO I prisional.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal,
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos havendo necessidade para a garantia da ordem pública,
automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se requerimento do Ministério Público ou ainda mediante
representação da autoridade policial, decretar, em decisão

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motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para Art. 300. (VETADO)


dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em
medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem socorro àquela.
efeito suspensivo.
SEÇÃO II
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a DOS CRIMES EM ESPÉCIE
proibição de se obter a permissão ou a habilitação será
sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo
Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do automotor:
Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou
residente. proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime dirigir veículo automotor.
previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de § 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo
suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade,
automotor, sem prejuízo das demais sanções penais se o agente: (Incluído pela Lei nº 12.971, de
cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 2014) (Vigência)
Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, Habilitação; (Incluído pela Lei nº 12.971, de
ou seus sucessores, de quantia calculada com base no 2014) (Vigência)
disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que
houver prejuízo material resultante do crime. II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; (Incluído
pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do
prejuízo demonstrado no processo. III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem
risco pessoal, à vítima do acidente;(Incluído pela Lei nº
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 12.971, de 2014) (Vigência)
52 do Código Penal.
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa conduzindo veículo de transporte de passageiros. (Incluído
reparatória será descontado. pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as V - (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)
penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo
cometido a infração: § 2o (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
o
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com § 3 Se o agente conduz veículo automotor sob a influência
grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência: (Incluído pela Lei nº 13.546, de
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou 2017) (Vigência)
adulteradas;
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação
Habilitação; para dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei nº
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de 13.546, de 2017) (Vigência)
categoria diferente da do veículo; Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados veículo automotor:
especiais com o transporte de passageiros ou de carga; Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
equipamentos ou características que afetem a sua segurança dirigir veículo automotor.
ou o seu funcionamento de acordo com os limites de § 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se
velocidade prescritos nas especificações do fabricante; ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art.
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente 302. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.546,
destinada a pedestres. de 2017) (Vigência)

Art. 299. (VETADO) § 2o A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a


cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste

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artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
outra substância psicoativa que determine dependência, e imposta com fundamento neste Código:
se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova
gravíssima. (Incluído pela Lei nº 13.546, de
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de
2017) (Vigência)
proibição.
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado
acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não
que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art.
podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de
293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
solicitar auxílio da autoridade pública:
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o
pública, de corrida, disputa ou competição automobilística
fato não constituir elemento de crime mais grave.
ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o manobra de veículo automotor, não autorizada pela
condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida autoridade competente, gerando situação de risco à
por terceiros ou que se trate de vítima com morte incolumidade pública ou privada: (Redação dada pela Lei nº
instantânea ou com ferimentos leves. 13.546, de 2017) (Vigência)
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
possa ser atribuída: habilitação para dirigir veículo automotor. (Redação dada
pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
§ 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade
corporal de natureza grave, e as circunstâncias
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem
outra substância psicoativa que determine
assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade
dependência: (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a 12.971, de 2014) (Vigência)
habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 2o Se da prática do crime previsto no caput resultar morte,
o
§ 1 As condutas previstas no caput serão constatadas e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o
por: (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa
de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool
prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Incluído
por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de
pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº
12.760, de 2012) Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº
12.760, de 2012) Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada
perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por
em direito admitidos, observado o direito à seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez,
contraprova. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
2014) (Vigência)
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os
Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de
distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de
2012) (Vigência)
caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a
segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado
de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
Tecnologia - INMETRO - para se determinar o previsto
concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
no caput. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

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Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, mediante
proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente
quarenta dias contado da publicação, estabelecer o currículo
automobilístico com vítima, na pendência do respectivo
com conteúdo programático relativo à segurança e à
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
educação de trânsito, a fim de atender o disposto neste
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a
Código.
fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II do
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que duzentos e quarenta dias contados da publicação desta Lei.
não iniciados, quando da inovação, o procedimento
Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão prazo
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
de até um ano para a adaptação dos veículos de condução
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 de escolares e de aprendizagem às normas do inciso III do
deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a art. 136 e art. 154, respectivamente.
substituição de pena privativa de liberdade por pena
Art. 318. (VETADO)
restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço
à comunidade ou a entidades públicas, em uma das Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas pelo
seguintes atividades: (Incluído pela Lei nº 13.281, de CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do
2016) (Vigência) Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº
62.127, de 16 de janeiro de 1968.
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos
corpos de bombeiros e em outras unidades móveis Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código
especializadas no atendimento a vítimas de poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran,
trânsito; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior. (Incluído
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e
politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto
2016) (Vigência) no caput serão divulgados pelo Contran com, no mínimo, 90
(noventa) dias de antecedência de sua aplicação. (Incluído
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei
nº 13.281, de 2016) (Vigência) Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de
trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização,
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento
engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização
e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído
e educação de trânsito.
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de
Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do art. 302 e no § 2º
trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na
do art. 303 deste Código não se aplica o disposto no inciso I
conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e
do caput do art. 44 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
educação de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
dezembro de 1940 (Código Penal).
2016) (Vigência)
CAPÍTULO XX
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
rede mundial de computadores (internet), dados sobre a
Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação dos receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e
membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da sua destinação. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de
publicação deste Código. 2016) (Vigência)
Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional de
dias a partir da publicação deste Código para expedir as Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o
resoluções necessárias à sua melhor execução, bem como aprimoramento da fiscalização de trânsito, inclusive por
revisar todas as resoluções anteriores à sua publicação, meio do compartilhamento da receita arrecadada com a
dando prioridade àquelas que visam a diminuir o número de cobrança das multas de trânsito. (Redação dada pela Lei nº
acidentes e a assegurar a proteção de pedestres. 13.281, de 2016)

Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes até Art. 321. (VETADO)


a data de publicação deste Código, continuam em vigor Art. 322. (VETADO)
naquilo em que não conflitem com ele.

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Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a (Pnatrans).(Incluído pela Lei nº 13.614, de
metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo 2018) (Vigência)
percentuais de tolerância, sendo durante este período
§ 2o As metas expressam a diferença a menor, em base
suspensa a vigência das penalidades previstas no inciso V do
percentual, entre os índices mais recentes, oficialmente
art. 231, aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por
apurados, e os índices que se pretende alcançar.(Incluído
duzentos quilogramas ou fração de excesso.
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se refere este
§ 3o A decisão que fixar as metas anuais estabelecerá as
artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles
respectivas margens de tolerância.(Incluído pela Lei nº
estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985.
13.614, de 2018) (Vigência)
Art. 324. (VETADO)
§ 4o As metas serão fixadas pelo Contran para cada um dos
Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no Estados da Federação e para o Distrito Federal, mediante
mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação propostas fundamentadas dos Cetran, do Contrandife e do
de condutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e Departamento de Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das
aos autos de infração de trânsito. (Redação dada pela Lei nº respectivas circunscrições.(Incluído pela Lei nº 13.614, de
13.281, de 2016) (Vigência) 2018) (Vigência)
§ 1º Os documentos previstos no caput poderão ser gerados § 5o Antes de submeterem as propostas ao Contran, os
e tramitados eletronicamente, bem como arquivados e Cetran, o Contrandife e o Departamento de Polícia
armazenados em meio digital, desde que assegurada a Rodoviária Federal realizarão consulta ou audiência pública
autenticidade, a fidedignidade, a confiabilidade e a para manifestação da sociedade sobre as metas a serem
segurança das informações, e serão válidos para todos os propostas.(Incluído pela Lei nº 13.614, de
efeitos legais, sendo dispensada, nesse caso, a sua guarda 2018) (Vigência)
física. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 6o As propostas dos Cetran, do Contrandife e do
§ 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o Departamento de Polícia Rodoviária Federal serão
arquivamento, o armazenamento e a eliminação de encaminhadas ao Contran até o dia 1o de agosto de cada
documentos eletrônicos e físicos gerados em decorrência da ano, acompanhadas de relatório analítico a respeito do
aplicação das disposições deste Código. (Incluído pela Lei nº cumprimento das metas fixadas para o ano anterior e de
13.281, de 2016) (Vigência) exposição de ações, projetos ou programas, com os
respectivos orçamentos, por meio dos quais se pretende
§ 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá
cumprir as metas propostas para o ano seguinte.(Incluído
ser certificado digitalmente, atendidos os requisitos de
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
autenticidade, integridade, validade jurídica e
interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas § 7o As metas fixadas serão divulgadas em setembro,
Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de durante a Semana Nacional de Trânsito, assim como o
2016) (Vigência) desempenho, absoluto e relativo, de cada Estado e do
Distrito Federal no cumprimento das metas vigentes no ano
Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será comemorada
anterior, detalhados os dados levantados e as ações
anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de
realizadas por vias federais, estaduais e municipais, devendo
setembro.
tais informações permanecer à disposição do público na rede
Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional mundial de computadores, em sítio eletrônico do órgão
de Trânsito, no que se refere à política de segurança no máximo executivo de trânsito da União.(Incluído pela Lei nº
trânsito, deverá voltar-se prioritariamente para o 13.614, de 2018) (Vigência)
cumprimento de metas anuais de redução de índice de
§ 8o O Contran, ouvidos o Departamento de Polícia
mortos por grupo de veículos e de índice de mortos por
Rodoviária Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de
grupo de habitantes, ambos apurados por Estado e por ano,
Trânsito, definirá as fórmulas para apuração dos índices de
detalhando-se os dados levantados e as ações realizadas por
que trata este artigo, assim como a metodologia para a
vias federais, estaduais e municipais.(Incluído pela Lei nº
coleta e o tratamento dos dados estatísticos necessários
13.614, de 2018) (Vigência)
para a composição dos termos das fórmulas.(Incluído pela
§ 1o O objetivo geral do estabelecimento de metas é, ao final Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
do prazo de dez anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice
§ 9o Os dados estatísticos coletados em cada Estado e no
nacional de mortos por grupo de veículos e o índice nacional
Distrito Federal serão tratados e consolidados pelo
de mortos por grupo de habitantes, relativamente aos
respectivo órgão ou entidade executivos de trânsito, que os
índices apurados no ano da entrada em vigor da lei que cria
repassará ao órgão máximo executivo de trânsito da União
o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito
até o dia 1o de março, por meio do sistema de registro

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nacional de acidentes e estatísticas de trânsito.(Incluído pela Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qualquer título
Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de
sessenta dias, contado da data de recolhimento, será
§ 10. Os dados estatísticos sujeitos à consolidação pelo
avaliado e levado a leilão, a ser realizado preferencialmente
órgão ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do
por meio eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.160, de
Distrito Federal compreendem os coletados naquela
2015)
circunscrição:(Incluído pela Lei nº 13.614, de
2018) (Vigência) § 1o Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser
iniciada após trinta dias, contados da data de recolhimento
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão executivo
do veículo, o qual será classificado em duas
rodoviário da União;(Incluído pela Lei nº 13.614, de
categorias: (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
2018) (Vigência)
I – conservado, quando apresenta condições de segurança
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade executivos
para trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
rodoviários do Estado ou do Distrito Federal;(Incluído pela
Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído pela
Lei nº 13.160, de 2015)
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários e pelos
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos § 2o Se não houver oferta igual ou superior ao valor da
Municípios.(Incluído pela Lei nº 13.614, de avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será
2018) (Vigência) arrematado pelo maior lance, desde que por valor não
inferior a cinquenta por cento do avaliado. (Incluído pela Lei
§ 11. O cálculo dos índices, para cada Estado e para o Distrito
nº 13.160, de 2015)
Federal, será feito pelo órgão máximo executivo de trânsito
da União, ouvidos o Departamento de Polícia Rodoviária § 3o Mesmo classificado como conservado, o veículo que for
Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será
Trânsito.(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) leiloado como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 12. Os índices serão divulgados oficialmente até o dia 31 § 4o É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à
de março de cada ano.(Incluído pela Lei nº 13.614, de circulação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
2018) (Vigência)
§ 5o A cobrança das despesas com estada no depósito será
§ 13. Com base em índices parciais, apurados no decorrer do limitada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.160,
ano, o Contran, os Cetran e o Contrandife poderão de 2015)
recomendar aos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito
§ 6o Os valores arrecadados em leilão deverão ser utilizados
alterações nas ações, projetos e programas em
para custeio da realização do leilão, dividindo-se os custos
desenvolvimento ou previstos, com o fim de atingir as metas
entre os veículos arrematados, proporcionalmente ao valor
fixadas para cada um dos Estados e para o Distrito
da arrematação, e destinando-se os valores remanescentes,
Federal.(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
na seguinte ordem, para: (Incluído pela Lei nº 13.160, de
§ 14. A partir da análise de desempenho a que se refere o § 2015)
7o deste artigo, o Contran elaborará e divulgará, também
I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela Lei nº
durante a Semana Nacional de Trânsito:(Incluído pela Lei nº
13.160, de 2015)
13.614, de 2018) (Vigência)
II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do §
I - duas classificações ordenadas dos Estados e do Distrito
10; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Federal, uma referente ao ano analisado e outra que
considere a evolução do desempenho dos Estados e do III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de crédito
Distrito Federal desde o início das análises;(Incluído pela Lei com garantia real, segundo a ordem de preferência
nº 13.614, de 2018) (Vigência) estabelecida no art. 186 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de
1966 (Código Tributário Nacional); (Incluído pela Lei nº
II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo geral do
13.160, de 2015)
estabelecimento de metas previsto no § 1o deste
artigo.(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável
pelo leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Art. 327. A partir da publicação deste Código, somente
poderão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do
aos limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei, Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica;
ressalvados os que vierem a ser regulamentados pelo e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
CONTRAN.
VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferência
Parágrafo único. (VETADO) legal. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

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§ 7o Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os § 17. O procedimento de hasta pública na hipótese do § 16
débitos incidentes sobre o veículo, a situação será será realizado por lote de tonelagem de material ferroso,
comunicada aos credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, de observando-se, no que couber, o disposto neste artigo,
2015) condicionando-se a entrega do material arrematado aos
procedimentos necessários à descaracterização total do bem
§ 8o Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados do
e à destinação exclusiva, ambientalmente adequada, à
leilão previamente para que formalizem a desvinculação dos
reciclagem siderúrgica, vedado qualquer aproveitamento de
ônus incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez
peças e partes. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
dias. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
2016) (Vigência)
§ 9o Os débitos incidentes sobre o veículo antes da alienação
§ 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados,
administrativa ficam dele automaticamente desvinculados,
adulterados ou estrangeiros, bem como aqueles sem
sem prejuízo da cobrança contra o proprietário
possibilidade de regularização perante o órgão de trânsito,
anterior. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
serão destinados à reciclagem, independentemente do
§ 10. Aplica-se o disposto no § 9o inclusive ao débito relativo período em que estejam em depósito, respeitado o prazo
a tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil, previsto no caput deste artigo, sempre que a autoridade
a posse, a circulação ou o licenciamento de veículo. (Incluído responsável pelo leilão julgar ser essa a medida
pela Lei nº 13.160, de 2015) apropriada. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veículo,
por qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os arts.
ao bem, aplicando-se, nesse caso, o disposto nos §§ 1o, 2o e 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão
3o do art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) apresentar, previamente, certidão negativa do registro de
distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio,
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será
roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada
depositado em conta específica do órgão responsável pela
cinco anos, junto ao órgão responsável pela respectiva
realização do leilão e ficará à disposição do antigo
concessão ou autorização.
proprietário, devendo ser expedida notificação a ele, no
máximo em trinta dias após a realização do leilão, para o Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem reformas
levantamento do valor no prazo de cinco anos, após os quais ou recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou
o valor será transferido, definitivamente, para o fundo a que desmontem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir
se refere o parágrafo único do art. 320. (Incluído pela Lei nº livros de registro de seu movimento de entrada e saída e de
13.160, de 2015) uso de placas de experiência, conforme modelos aprovados
e rubricados pelos órgãos de trânsito.
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao
animal recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu § 1º Os livros indicarão:
proprietário no prazo de sessenta dias, a contar da data de
I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
recolhimento, conforme regulamentação do
CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) II - nome, endereço e identidade do proprietário ou
vendedor;
§ 14. Se identificada a existência de restrição policial ou
judicial sobre o prontuário do veículo, a autoridade III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;
responsável pela restrição será notificada para a retirada do
IV - nome, endereço e identidade do comprador;
bem do depósito, mediante a quitação das despesas com
remoção e estada, ou para a autorização do leilão nos V - características do veículo constantes do seu certificado de
termos deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de registro;
2016) (Vigência)
VI - número da placa de experiência.
§ 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da
§ 2º Os livros terão suas páginas numeradas
notificação de que trata o § 14, não houver manifestação da
tipograficamente e serão encadernados ou em folhas soltas,
autoridade responsável pela restrição judicial ou policial,
sendo que, no primeiro caso, conterão termo de abertura e
estará o órgão de trânsito autorizado a promover o leilão do
encerramento lavrados pelo proprietário e rubricados pela
veículo nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281,
repartição de trânsito, enquanto, no segundo, todas as
de 2016) (Vigência)
folhas serão autenticadas pela repartição de trânsito.
§ 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens
§ 3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos
automotores que se encontrarem nos depósitos há mais de
referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que
1 (um) ano poderão ser destinados à reciclagem,
se verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas
independentemente da existência de restrições sobre o
correspondentes, podendo os veículos irregulares lá
veículo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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encontrados ou suas sucatas ser apreendidos ou retidos para Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos
sua completa regularização. Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE,
do Distrito Federal.
§ 4º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais
terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importadores e
podendo, entretanto, retirá-los do estabelecimento. fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de
qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato
§ 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao
da comercialização do respectivo veículo, manual contendo
realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a
normas de circulação, infrações, penalidades, direção
multa prevista para as infrações gravíssimas, independente
defensiva, primeiros socorros e Anexos do Código de
das demais cominações legais cabíveis.
Trânsito Brasileiro.
§ 6o Os livros previstos neste artigo poderão ser substituídos
Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito
por sistema eletrônico, na forma regulamentada pelo
especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e
Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
quatro mil, novecentos e cinqüenta e quatro reais), em favor
Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que do ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima
passarão a integrar os colegiados destinados ao julgamento do Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas
dos recursos administrativos previstos na Seção II do decorrentes da implantação deste Código.
Capítulo XVIII deste Código, o julgamento dos recursos ficará
Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias após
a cargo dos órgãos ora existentes.
a data de sua publicação.
Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Sistema
Art. 341. Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de
Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do
setembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de
CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as
10 de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de
facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecendo-
1974, 6.308, de 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de
lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes
outubro de 1976, 6.731, de 4 de dezembro de 1979, 7.031,
inspecionar a execução de quaisquer serviços e deverão
de 20 de setembro de 1982, 7.052, de 02 de dezembro de
atender prontamente suas requisições.
1982, 8.102, de 10 de dezembro de 1990, os arts. 1º a
Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte dias 6º e 11 do Decreto-lei nº 237, de 28 de fevereiro de 1967, e
após a nomeação de seus membros, as disposições previstas os Decretos-leis nºs 584, de 16 de maio de 1969, 912, de 2
nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e de outubro de 1969, e 2.448, de 21 de julho de 1988.
entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários
Brasília, 23 de setembro de 1997; 176º da Independência e
para exercerem suas competências.
109º da República.
§ 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
prazo de um ano, após a edição das normas, para se
Iris Rezende
adequarem às novas disposições estabelecidas pelo
Eliseu Padilha
CONTRAN, conforme disposto neste artigo.
Este texto não substitui o publicado no DOU de
§ 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados
24.9.1997 e retificado em 25.9.1997.
exercerão as competências previstas neste Código em
cumprimento às exigências estabelecidas pelo CONTRAN, ANEXO I
conforme disposto neste artigo, acompanhados pelo DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES
respectivo CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou
CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições:
ou da União, passando a integrar o Sistema Nacional de ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de
Trânsito. rolamento destinada à parada ou estacionamento de
Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão ser veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres
homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse
de um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser fim.
retiradas em caso contrário. AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou
Art. 335. (VETADO) policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para
o exercício das atividades de fiscalização, operação,
Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Anexo policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento.
II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e
sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo,
da Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e originário dos alvéolos pulmonares. (Incluído pela Lei nº
obedecidos os padrões internacionais. 12.760, de 2012)

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ÁREA DE ESPERA - área delimitada por 2 (duas) linhas de CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte
retenção, destinada exclusivamente à espera de de carga.
motocicletas, motonetas e ciclomotores, junto à
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz
aproximação semafórica, imediatamente à frente da linha de
utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato).
retenção dos demais veículos.
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao
AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte
transporte de pessoas.
de passageiros, com capacidade para até oito pessoas,
exclusive o condutor. CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão
humana.
AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou
entidade executivo integrante do Sistema Nacional de CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à
Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada. circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização
específica.
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical
passando pelos centros das rodas traseiras extremas e o CICLOMOTOR - veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido
ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos os de motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda
elementos rigidamente fixados ao mesmo. a 50 cm3 (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a
3,05 pol3 (três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas
motor de propulsão elétrica com potência máxima de 4 kW
rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à
(quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima de fabricação
motocicleta, motoneta e ciclomotor.
não exceda a 50 Km/h (cinquenta quilômetros por hora).
BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos,
estacionamento de bicicletas.
separada fisicamente do tráfego comum.
BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre
CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à
trilhos.
direita, de mudança da direção original do veículo.
BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível.
por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da
via destinada à circulação de veículos. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha
a função específica de proporcionar maior segurança ao
CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível
usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que
diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada
possam colocar em risco sua integridade física e dos demais
ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação
usuários da via, ou danificar seriamente o veículo.
de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo
CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a
superior ao necessário para embarque ou desembarque de
tracionar ou arrastar outro.
passageiros.
CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga
ESTRADA - via rural não pavimentada.
com peso bruto total de até três mil e quinhentos
quilogramas. ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor
alcoólico no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, de
CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de
2012)
passageiros e carga no mesmo compartimento.
FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais,
CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como
delimitada por lei específica e sob responsabilidade do órgão
separador de duas pistas de rolamento, eventualmente
ou entidade de trânsito competente com circunscrição sobre
substituído por marcas viárias (canteiro fictício).
a via.
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a
FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudinais
unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo
em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por
fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de
marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura
geração e multiplicação de momento de força e resistência
suficiente para permitir a circulação de veículos
dos elementos que compõem a transmissão.
automotores.
CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos
FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas
automotores em sinal de regozijo, de reivindicação, de
estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de
protesto cívico ou de uma classe.
polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo
transporte de pequenas cargas. com as competências definidas neste Código.

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FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via
impedimento de locomoção na faixa apropriada. diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo
injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que
FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a
venham em sentido contrário.
manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso
de um reboque, se este se encontra desengatado. LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais
usuários da via, que se encontram atrás do veículo, que o
FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a
condutor está aplicando o freio de serviço.
diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de
serviço. LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo
destinada a indicar aos demais usuários da via que o
FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a
condutor tem o propósito de mudar de direção para a direita
diminuição da marcha do veículo ou pará-lo.
ou para a esquerda.
GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço,
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar
adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de
atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via que o
trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem
veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra
dos veículos ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se
de marcha à ré.
ou completando outra sinalização ou norma constante deste
Código. LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a
iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens
GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de
de pó.
braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para
orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a
mudança de direção, redução brusca de velocidade ou indicar a presença e a largura do veículo.
parada.
MANOBRA - movimento executado pelo condutor para
ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, alterar a posição em que o veículo está no momento em
destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma relação à via.
interseção.
MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas,
INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas,
de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do apostos ao pavimento da via.
Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação
MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo
estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito.
com capacidade para até vinte passageiros.
INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou
MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou
bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais
sem side-car, dirigido por condutor em posição montada.
cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações.
MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por
INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para
condutor em posição sentada.
atender circunstância momentânea do trânsito.
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja
LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações
carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório,
do proprietário de veículo, comprovado por meio de
comércio ou finalidades análogas.
documento específico (Certificado de Licenciamento Anual).
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o
LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela
nascer do sol.
municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de
veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com
parques, áreas de lazer, calçadões. capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em
virtude de adaptações com vista à maior comodidade destes,
LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e
transporte número menor.
passageiros, que o veículo transporta, expressa em
quilogramas para os veículos de carga, ou número de OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veículo,
pessoas, para os veículos de passageiros. pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou
descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada
LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente
rurais e que com elas se limita.
com circunscrição sobre a via.
LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via
OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado
até uma grande distância do veículo.
nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de
fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a

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reduzir as interferências tais como veículos quebrados, PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens
acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o opostas de uma superfície líquida qualquer.
trânsito, prestando socorros imediatos e informações aos
REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um
pedestres e condutores.
veículo automotor.
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo
REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de
tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou
regulamentação pelo órgão ou entidade competente com
desembarque de passageiros.
circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma direção, tipo de estacionamento, horários e dias.
via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria.
REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida,
PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem destinada ao uso de pedestres durante a travessia da
à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, mesma.
em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.
RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados.
PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à
RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores.
transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de
pedestres ou veículos. RETORNO - movimento de inversão total de sentido da
direção original de veículos.
PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias,
em desnível aéreo, e ao uso de pedestres. RODOVIA - via rural pavimentada.
PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apóia
último caso, separada por pintura ou elemento físico na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de
separador, livre de interferências, destinada à circulação articulação.
exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se
PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle
Federal com o objetivo de garantir obediência às normas de luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos,
trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos
veículos e pedestres.
PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural.
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos
PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite
de segurança colocados na via pública com o objetivo de
ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.
garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo transmitido fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e
ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais pedestres que nela circulam.
seu semi-reboque ou do caminhão mais o seu reboque ou
SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente
reboques.
pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em orientar ou indicar o direito de passagem dos veículos ou
caráter de advertência, destinada a indicar aos demais pedestres, sobrepondo-se ou completando sinalização
usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação existente no local ou norma estabelecida neste Código.
de emergência.
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da
PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas
de veículos, identificada por elementos separadores ou por e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio
diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.
canteiros centrais.
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas,
PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de
lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens de automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades
caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante turísticas como alojamento, ou para atividades comerciais.
símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos,
instituídas como sinais de trânsito.
pessoas e animais nas vias terrestres.
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de uma
pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir
faixa demarcada para outra.
atos relacionados com a segurança pública e de garantir
obediência às normas relativas à segurança de trânsito, TRATOR - veículo automotor construído para realizar
assegurando a livre circulação e evitando acidentes. trabalho agrícola, de construção e pavimentação e tracionar
outros veículos e equipamentos.

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ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível
veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a
velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e áreas restritas.
retornar à faixa de origem.
VIA RURAL - estradas e rodovias.
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade
VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares
do seu uso, inclusive fora de estrada.
abertos à circulação pública, situados na área urbana,
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados, caracterizados principalmente por possuírem imóveis
sendo um deles automotor. edificados ao longo de sua extensão.
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias
que circule por seus próprios meios, e que serve destinadas à circulação prioritária de pedestres.
normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas,
VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma
ou para a tração viária de veículos utilizados para o
depressão de terreno ou servir de passagem superior.
transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os
veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam
sobre trilhos (ônibus elétrico). Lei nº 1.521/19651
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de Altera dispositivos da legislação vigente sobre crimes
carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o contra a economia popular.
condutor.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso
VEÍCULO DE COLEÇÃO - veículo fabricado há mais de 30 Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
(trinta) anos, original ou modificado, que possui valor
histórico próprio. Art. 1º. Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes e as
contravenções contra a economia popular, Esta Lei regulará
VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o o seu julgamento.
primeiro um veículo automotor e os demais reboques ou
equipamentos de trabalho agrícola, construção, Art. 2º. São crimes desta natureza:
terraplenagem ou pavimentação. I - recusar individualmente em estabelecimento comercial a
VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado prestação de serviços essenciais à subsistência; sonegar
ao transporte de carga com peso bruto total máximo mercadoria ou recusar vendê-la a quem esteja em condições
superior a dez mil quilogramas e de passageiros, superior a de comprar a pronto pagamento;
vinte passageiros. II - favorecer ou preferir comprador ou freguês em
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao transporte detrimento de outro, ressalvados os sistemas de entrega ao
de pessoas e suas bagagens. consumo por intermédio de distribuidores ou revendedores;

VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte III - expor à venda ou vender mercadoria ou produto
simultâneo de carga e passageiro. alimentício, cujo fabrico haja desatendido a determinações
oficiais, quanto ao peso e composição;
VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e
animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, IV - negar ou deixar o fornecedor de serviços essenciais de
ilha e canteiro central. entregar ao freguês a nota relativa à prestação de serviço,
desde que a importância exceda de quinze cruzeiros, e com
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos a indicação do preço, do nome e endereço do
especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem estabelecimento, do nome da firma ou responsável, da data
acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de e local da transação e do nome e residência do freguês;
pedestres em nível.
V - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes,
VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em expô-los à venda ou vendê-los, como puros; misturar
nível, geralmente controlada por semáforo, com gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para expô-los
acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e à venda ou vendê-los por preço marcado para os de mais alto
locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. custo;
VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o VI - transgredir tabelas oficiais de gêneros e mercadorias, ou
trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de de serviços essenciais, bem como expor à venda ou oferecer
trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro ao público ou vender tais gêneros, mercadorias ou serviços,
das regiões da cidade. por preço superior ao tabelado, assim como não manter
afixadas, em lugar visível e de fácil leitura, as tabelas de
preços aprovadas pelos órgãos competentes;

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VII - negar ou deixar o vendedor de fornecer nota ou caderno IV - reter ou açambarcar matérias-primas, meios de
de venda de gêneros de primeira necessidade, seja à vista ou produção ou produtos necessários ao consumo do povo,
a prazo, e cuja importância exceda de dez cruzeiros, ou de com o fim de dominar o mercado em qualquer ponto do País
especificar na nota ou caderno - que serão isentos de selo - e provocar a alta dos preços;
o preço da mercadoria vendida, o nome e o endereço do
V - vender mercadorias abaixo do preço de custo com o fim
estabelecimento, a firma ou o responsável, a data e local da
de impedir a concorrência.
transação e o nome e residência do freguês;
VI - provocar a alta ou baixa de preços de mercadorias,
VIII - celebrar ajuste para impor determinado preço de
títulos públicos, valores ou salários por meio de notícias
revenda ou exigir do comprador que não compre de outro
falsas, operações fictícias ou qualquer outro artifício;
vendedor;
VII - dar indicações ou fazer afirmações falsas em prospectos
IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do
ou anúncios, para fim de substituição, compra ou venda de
povo ou de número indeterminado de pessoas mediante
títulos, ações ou quotas;
especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve",
"cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes); VIII - exercer funções de direção, administração ou gerência
de mais de uma empresa ou sociedade do mesmo ramo de
X - violar contrato de venda a prestações, fraudando sorteios
indústria ou comércio com o fim de impedir ou dificultar a
ou deixando de entregar a coisa vendida, sem devolução das
concorrência;
prestações pagas, ou descontar destas, nas vendas com
reserva de domínio, quando o contrato for rescindido por IX - gerir fraudulenta ou temerariamente bancos ou
culpa do comprador, quantia maior do que a correspondente estabelecimentos bancários, ou de capitalização; sociedades
à depreciação do objeto. de seguros, pecúlios ou pensões vitalícias; sociedades para
empréstimos ou financiamento de construções e de vendas
XI - fraudar pesos ou medidas padronizados em lei ou
e imóveis a prestações, com ou sem sorteio ou preferência
regulamentos; possuí-los ou detê-los, para efeitos de
por meio de pontos ou quotas; caixas econômicas; caixas
comércio, sabendo estarem fraudados.
Raiffeisen; caixas mútuas, de beneficência, socorros ou
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, empréstimos; caixas de pecúlios, pensão e aposentadoria;
de dois mil a cinqüenta mil cruzeiros. caixas construtoras; cooperativas; sociedades de economia
coletiva, levando-as à falência ou à insolvência, ou não
Parágrafo único. Na configuração dos crimes previstos nesta
cumprindo qualquer das cláusulas contratuais com prejuízo
Lei, bem como na de qualquer outro de defesa da economia
dos interessados;
popular, sua guarda e seu emprego considerar-se-ão como
de primeira necessidade ou necessários ao consumo do X - fraudar de qualquer modo escriturações, lançamentos,
povo, os gêneros, artigos, mercadorias e qualquer outra registros, relatórios, pareceres e outras informações devidas
espécie de coisas ou bens indispensáveis à subsistência do a sócios de sociedades civis ou comerciais, em que o capital
indivíduo em condições higiênicas e ao exercício normal de seja fracionado em ações ou quotas de valor nominativo
suas atividades. Estão compreendidos nesta definição os igual ou inferior a um mil cruzeiros com o fim de sonegar
artigos destinados à alimentação, ao vestuário e à lucros, dividendos, percentagens, rateios ou bonificações, ou
iluminação, os terapêuticos ou sanitários, o combustível, a de desfalcar ou de desviar fundos de reserva ou reservas
habitação e os materiais de construção. técnicas.
Art. 3º. São também crimes desta natureza: Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, e multa, de
vinte mil a cem mil cruzeiros.
I - destruir ou inutilizar, intencionalmente e sem autorização
legal, com o fim de determinar alta de preços, em proveito Art. 4º. Constitui crime da mesma natureza a usura
próprio ou de terceiro, matérias-primas ou produtos pecuniária ou real, assim se considerando:
necessários ao consumo do povo;
a) cobrar juros, comissões ou descontos percentuais, sobre
II - abandonar ou fazer abandonar lavoura ou plantações, dívidas em dinheiro superiores à taxa permitida por lei;
suspender ou fazer suspender a atividade de fábricas, usinas cobrar ágio superior à taxa oficial de câmbio, sobre quantia
ou quaisquer estabelecimentos de produção, ou meios de permutada por moeda estrangeira; ou, ainda, emprestar sob
transporte, mediante indenização paga pela desistência da penhor que seja privativo de instituição oficial de crédito;
competição; (Vide Lei nº 1.807, de 1953)
III - promover ou participar de consórcio, convênio, ajuste, b) obter, ou estipular, em qualquer contrato, abusando da
aliança ou fusão de capitais, com o fim de impedir ou premente necessidade, inexperiência ou leviandade de outra
dificultar, para o efeito de aumento arbitrário de lucros, a parte, lucro patrimonial que exceda o quinto do valor
concorrência em matéria de produção, transportes ou corrente ou justo da prestação feita ou prometida.
comércio;

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Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, ou pelo Gabinete de Exames Periciais do Departamento de
de cinco mil a vinte mil cruzeiros. Segurança Pública e nos Estados e Territórios pelos serviços
congêneres, valendo qualquer dos laudos como corpo de
§ 1º. Nas mesmas penas incorrerão os procuradores,
delito.
mandatários ou mediadores que intervierem na operação
usuária, bem como os cessionários de crédito usurário que, Art. 9º. (Revogado pela Lei nº 6.649, de 1979)
cientes de sua natureza ilícita, o fizerem valer em sucessiva
Art. 10. Terá forma sumária, nos termos do Capítulo V, Título
transmissão ou execução judicial.
II, Livro II, do Código de Processo Penal, o processo das
§ 2º. São circunstâncias agravantes do crime de usura: contravenções e dos crimes contra a economia popular, não
submetidos ao julgamento pelo júri. (Vide Decreto-lei nº
I - ser cometido em época de grave crise econômica;
2.848, de 1940)
II - ocasionar grave dano individual;
§ 1º. Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por
III - dissimular-se a natureza usurária do contrato; portaria) deverão terminar no prazo de 10 (dez) dias.
IV - quando cometido: § 2º. O prazo para oferecimento da denúncia será de 2 (dois)
dias, esteja ou não o réu preso.
a) por militar, funcionário público, ministro de culto
religioso; por pessoa cuja condição econômico-social seja § 3º. A sentença do juiz será proferida dentro do prazo de 30
manifestamente superior à da vítima; (trinta) dias contados do recebimento dos autos da
autoridade policial (art. 536 do Código de Processo Penal).
b) em detrimento de operário ou de agricultor; de menor de
18 (dezoito) anos ou de deficiente mental, interditado ou § 4º. A retardação injustificada, pura e simples, dos prazos
não. indicados nos parágrafos anteriores, importa em crime de
prevaricação (art. 319 do Código Penal).
§3º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.172-32, de 2001)
Art. 11. No Distrito Federal, o processo das infrações penais
Art. 5º Nos crimes definidos nesta lei, haverá suspensão da
relativas à economia popular caberá, indistintamente, a
pena e livramento condicional em todos os casos permitidos
todas as varas criminais com exceção das 1ª e 20ª,
pela legislação comum. Será a fiança concedida nos termos
observadas as disposições quanto aos crimes da
da legislação em vigor, devendo ser arbitrada dentro dos
competência do júri de que trata o art. 12.
limites de Cr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros) a Cr$ 50.000,00
(cinqüenta mil cruzeiros), nas hipóteses do artigo 2º, e Art. 12. São da competência do Júri os crimes previstos no
dentro dos limites de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros) a art. 2º desta Lei. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
Cr$100.000,00 (cem mil cruzeiros) nos demais casos,
Art. 13. O Júri compõe de um juiz, que é o seu presidente, e
reduzida à metade dentro desses limites, quando o infrator
de vinte jurados sorteados dentre os eleitores de cada zona
for empregado do estabelecimento comercial ou industrial,
eleitoral, de uma lista de cento e cinqüenta a duzentos
ou não ocupe cargo ou posto de direção dos negócios.
eleitores, cinco dos quais constituirão o conselho de
(Redação dada pela Lei nº 3.290, de 1957)
sentença em cada sessão de julgamento. (Vide Emenda
Art. 6º. Verificado qualquer crime contra a economia popular Constitucional nº 1, de 1969)
ou contra a saúde pública (Capítulo III do Título VIII do Código
Art. 14. A lista a que se refere o artigo anterior será
Penal) e atendendo à gravidade do fato, sua repercussão e
semestralmente organizada pelo presidente do Júri, sob sua
efeitos, o juiz, na sentença, declarará a interdição de direito,
responsabilidade, entre pessoas de notória idoneidade,
determinada no art. 69, IV, do Código Penal, de 6 (seis)
incluídos de preferência os chefes de família e as donas de
meses a 1 (um) ano, assim como, mediante representação da
casa. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
autoridade policial, poderá decretar, dentro de 48 (quarenta
e oito) horas, a suspensão provisória, pelo prazo de 15 Art. 15. Até o dia quinze de cada mês, far-se-á o sorteio dos
(quinze) dias, do exercício da profissão ou atividade do jurados que devam constituir o tribunal do mês seguinte.
infrator. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
Art. 7º. Os juízes recorrerão de ofício sempre que Art. 16. o Júri funcionará quando estiverem presentes, pelo
absolverem os acusados em processo por crime contra a menos quinze jurados. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de
economia popular ou contra a saúde pública, ou quando 1969)
determinarem o arquivamento dos autos do respectivo
Art. 17. O presidente do Júri fará as convocações para o
inquérito policial.
julgamento com quarenta e oito horas de antecedência pelo
Art. 8º. Nos crimes contra a saúde pública, os exames menos, observada a ordem de recebimento dos processos.
periciais serão realizados, no Distrito Federal, pelas (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
repartições da Secretaria-Geral da Saúde e Assistência e da
Art. 18. Além dos casos de suspeição e impedimento
Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio da Prefeitura
previstos em Lei, não poderá servir jurado da mesma
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atividade profissional do acusado. (Vide Emenda Art. 25 Poderão ser ouvidas em plenário as testemunhas da
Constitucional nº 1, de 1969) instrução que, previamente, e com quarenta e oito horas de
antecedência, forem indicadas pelo Ministério Público ou
Art. 19. Poderá ser constituído um Júri em cada zona
pelo acusado.
eleitoral. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
Art. 26 Em plenário, constituído o conselho de sentença, o
Art. 20. A presidência do Júri caberá ao Juiz do processo,
Juiz tomará aos jurados o juramento de bem e sinceramente
salvo quando a Lei de organização judiciária atribuir a
decidirem a causa, proferindo o voto a bem da verdade e da
presidência a outro. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de
justiça. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
1969)
Art. 27. Qualificado a réu e sendo-lhe permitida qualquer
Art. 21. No Distrito Federal, poderá o juiz presidente do Júri
declaração a bem da defesa, observada as formalidades
representar ao Tribunal de Justiça para que seja substituído
processuais, aplicáveis e constantes da seção IV do cap. II do
na presidência do Júri por Juiz substituto ou Juízes
livro Il, tit. I do Código de Processo Penal, o juiz abrirá os
substitutos, nos termos do art. 20 da Lei nº 1.301, de w28 de
debates, dando a palavra ao órgão do Ministério Público e ao
dezembro de 1950. Servirá no Júri o Promotor Público que
assistente, se houver, para dedução da acusação e ao
for designado. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
defensor para produzir a defesa. (Vide Emenda
Art. 22. O Júri poderá funcionar com pessoal, material e Constitucional nº 1, de 1969)
instalações destinados aos serviços eleitorais. (Vide Emenda
Art. 28. O tempo, destinado à acusação e à defesa será de
Constitucional nº 1, de 1969)
uma hora para cada uma. Havendo mais de um réu, o tempo
Art. 23. Nos processos da competência do Júri far-se-á a será elevado ao dobro, desde que assim seja requerido. Não
instrução contraditória, observado o disposto no Código de haverá réplica nem tréplica. (Vide Emenda Constitucional nº
Processo Penal, relativamente ao processo comum (livro II, 1, de 1969)
título I, capítulo I) com às seguintes modificações: (Vide
Art. 29. No julgamento que se realizará em sala secreta com
Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
a presença do Juiz, do escrivão e de um oficial de Justiça, bem
I) o número de testemunhas, tanto para a acusação como como dos acusadores e dos defensores que se conservarão
para a defesa, será de seis no máximo. em seus lugares sem intervir na votação, os jurados
depositarão na urna a resposta - sim ou não - ao quesito
II) Serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa,
único indagando se o réu praticou o crime que lhe foi
dentro do prazo de quinze dias se o réu estiver preso, e de
imputado. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
vinte quando solto.
Parágrafo único. Em seguida, o Juiz, no caso de condenação,
III) Havendo acordo entre o Ministério Público e o réu, por
lavrará sentença tendo em vista as circunstâncias
seu defensor, mediante termo lavrado nos autos, será
atenuantes ou agravantes existentes nos autos e levando em
dispensada a inquirição das testemunhas arroladas pelas
conta na aplicação da pena o disposto nos arts. 42 e 43 do
partes e cujos depoimentos constem do inquérito policial.
Código Penal.
IV) Ouvidas as testemunhas e realizada qualquer diligência
Art. 30. Das decisões do Júri, e nos termos da legislação em
porventura requeda, o Juiz, depois de sanadas as nulidades
vigor, cabe apelação, sem efeito suspensivo, em qualquer
e irregularidades e determinar ou realizar qualquer outra
caso. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
diligência, que entender conveniente, ouvirá, nos autos,
sucessivamente, por quarenta e oito horas, o órgão do Art. 31. Em tudo mais que couber e não contrariar esta Lei
Ministério Público e o defensor. aplicar-se-á o Código de Processo Penal. (Vide Emenda
Constitucional nº 1, de 1969)
V) Em seguida, o Juiz poderá absolver, desde logo, o acusado,
quando estiver provado que ele não praticou o crime, Art. 32. É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Poder
fundamentando a sentença e recorrendo ex-officio. Judiciário o crédito especial de Cr$ 2.000.000,00 (dois
milhões de cruzeiros) para ocorrer, Vetado, às despesas do
VI) Se o Juiz assim não proceder, sem manifestar, entretanto,
pessoal e material necessários à execução desta Lei no
sua opinião, determinará a remessa do processo ao
Distrito Federal e nos Territórios.
presidente do Júri ou que se faça a inclusão do processo na
pauta do julgamento se lhe couber a presidência. Art. 33. Esta Lei entrará em vigor sessenta dias depois de sua
publicação, aplicando-se aos processos iniciados na sua
VII) São dispensadas a pronúncia e a formação de libelo.
vigência.
Art. 24 O órgão do Ministério Público, o réu e o seu defensor,
Art. 34. Revogam-se as disposições em contrário.
serão intimados do dia designado para o julgamento. Será
julgado à revelia o réu solto que deixar de comparecer sem Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 1951; 130º da
justa causa. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969) Independência e 63º da República.
GETÚLIO VARGAS
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Francisco Negrão de Lima III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte
beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela
Horácio Lafer
dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como
incentivo fiscal;
Lei nº 8.137/1990
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o
estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas
Define crimes contra a ordem tributária, econômica e por órgão ou entidade de desenvolvimento;
contra as relações de consumo, e dá outras providências.
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei,
fornecida à Fazenda Pública.
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
SEÇÃO I SEÇÃO II
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULARES DOS CRIMES praticados por funcionários públicos
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária,
reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de
mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):
de 10.4.2000)
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às documento, de que tenha a guarda em razão da função;
autoridades fazendárias; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição
inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em social;
documento ou livro exigido pela lei fiscal; II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
venda, ou qualquer outro documento relativo à operação iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida;
tributável; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar
ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; multa.
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado
fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade
mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4
ou fornecê-la em desacordo com a legislação. (quatro) anos, e multa.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. CAPÍTULO II
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da DOS CRIMES CONTRA A ECONOMIA E AS RELAÇÕES DE
autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser CONSUMO
convertido em horas em razão da maior ou menor Art. 4° Constitui crime contra a ordem econômica:
complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou
inciso V. eliminando, total ou parcialmente, a concorrência mediante
qualquer forma de ajuste ou acordo de
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei empresas; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de
nº 9.964, de 10.4.2000) 2011).
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de
bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, 2011).
total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de 2011).
contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de
sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
cofres públicos; de 2011).

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d) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de a) alteração, sem modificação essencial ou de qualidade, de
2011). elementos tais como denominação, sinal externo, marca,
embalagem, especificação técnica, descrição, volume, peso,
e) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
pintura ou acabamento de bem ou serviço;
de 2011).
b) divisão em partes de bem ou serviço, habitualmente
f) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
oferecido à venda em conjunto;
de 2011).
c) junção de bens ou serviços, comumente oferecidos à
II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre
venda em separado;
ofertantes, visando: (Redação dada pela Lei nº
12.529, de 2011). d) aviso de inclusão de insumo não empregado na produção
do bem ou na prestação dos serviços;
a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou
produzidas; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de V - elevar o valor cobrado nas vendas a prazo de bens ou
2011). serviços, mediante a exigência de comissão ou de taxa de
juros ilegais;
b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou
grupo de empresas; (Redação dada pela Lei nº VI - sonegar insumos ou bens, recusando-se a vendê-los a
12.529, de 2011). quem pretenda comprá-los nas condições publicamente
ofertadas, ou retê-los para o fim de especulação;
c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de
distribuição ou de fornecedores. (Redação dada VII - induzir o consumidor ou usuário a erro, por via de
pela Lei nº 12.529, de 2011). indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza,
qualidade do bem ou serviço, utilizando-se de qualquer
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e
meio, inclusive a veiculação ou divulgação publicitária;
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.529, de
2011). VIII - destruir, inutilizar ou danificar matéria-prima ou
mercadoria, com o fim de provocar alta de preço, em
III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
proveito próprio ou de terceiros;
de 2011).
IX - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda
IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou
de 2011).
mercadoria, em condições impróprias ao consumo;
V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.
de 2011).
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se
VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº
a modalidade culposa, reduzindo-se a pena e a detenção de
12.529, de 2011).
1/3 (um terço) ou a de multa à quinta parte.
VII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.529,
CAPÍTULO III
de 2011).
DAS MULTAS
Art. 5º (Revogado pela Lei nº 12.529, de 2011).
Art. 8° Nos crimes definidos nos arts. 1° a 3° desta lei, a pena
Art. 6º (Revogado pela Lei nº 12.529, de 2011). de multa será fixada entre 10 (dez) e 360 (trezentos e
Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo: sessenta) dias-multa, conforme seja necessário e suficiente
para reprovação e prevenção do crime.
I - favorecer ou preferir, sem justa causa, comprador ou
freguês, ressalvados os sistemas de entrega ao consumo por Parágrafo único. O dia-multa será fixado pelo juiz em valor
intermédio de distribuidores ou revendedores; não inferior a 14 (quatorze) nem superior a 200 (duzentos)
Bônus do Tesouro Nacional BTN.
II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem,
tipo, especificação, peso ou composição esteja em Art. 9° A pena de detenção ou reclusão poderá ser
desacordo com as prescrições legais, ou que não convertida em multa de valor equivalente a:
corresponda à respectiva classificação oficial; I - 200.000 (duzentos mil) até 5.000.000 (cinco milhões) de
III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, BTN, nos crimes definidos no art. 4°;
para vendê-los ou expô-los à venda como puros; misturar II - 5.000 (cinco mil) até 200.000 (duzentos mil) BTN, nos
gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para vendê- crimes definidos nos arts. 5° e 6°;
los ou expô-los à venda por preço estabelecido para os
demais mais alto custo; III - 50.000 (cinqüenta mil) até 1.000.000 (um milhão de
BTN), nos crimes definidos no art. 7°.
IV - fraudar preços por meio de:

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Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho ilícito e a situação "Art. 172. Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não
econômica do réu, verifique a insuficiência ou excessiva corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou
onerosidade das penas pecuniárias previstas nesta lei, qualidade, ou ao serviço prestado.
poderá diminuí-las até a décima parte ou elevá-las ao
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa".
décuplo.
Art. 20. O § 1° do art. 316 do Decreto-Lei n° 2 848, de 7 de
CAPÍTULO IV
dezembro de 1940 Código Penal, passa a ter a seguinte
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
redação:
Art. 11. Quem, de qualquer modo, inclusive por meio de "Art. 316.
pessoa jurídica, concorre para os crimes definidos nesta lei,
incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua § 1° Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que
culpabilidade. sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega
na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não
Parágrafo único. Quando a venda ao consumidor for autoriza;
efetuada por sistema de entrega ao consumo ou por
intermédio de outro em que o preço ao consumidor é Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa".
estabelecido ou sugerido pelo fabricante ou concedente, o Art. 21. O art. 318 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro
ato por este praticado não alcança o distribuidor ou de 1940 Código Penal, quanto à fixação da pena, passa a ter
revendedor. a seguinte redação:
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um "Art. 318.
terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a
7°: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa".

I - ocasionar grave dano à coletividade; Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário e, em
suas funções; especial, o art. 279 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal.
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços
ou ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde. Brasília, 27 de dezembro de 1990; 169° da Independência e
102° da República.
Art. 13. (Vetado).
FERNANDO COLLOR
Art. 15. Os crimes previstos nesta lei são de ação penal Jarbas Passarinho
pública, aplicando-se-lhes o disposto no art. 100 do Decreto- Zélia M. Cardoso de Mello
Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.
Art. 16. Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do Lei nº 4.737/1965
Ministério Público nos crimes descritos nesta lei,
fornecendo-lhe por escrito informações sobre o fato e a Institui o Código Eleitoral.
autoria, bem como indicando o tempo, o lugar e os
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que sanciono a
elementos de convicção.
seguinte Lei, aprovada pelo Congresso Nacional, nos termos
Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos do art. 4º, caput, do Ato Institucional, de 9 de abril de 1964.
em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que
PARTE PRIMEIRA
através de confissão espontânea revelar à autoridade policial
ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida INTRODUÇÃO
de um a dois terços. (Parágrafo incluído pela Lei Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a
nº 9.080, de 19.7.1995) organização e o exercício de direitos políticos precipuamente
Art. 17. Compete ao Departamento Nacional de os de votar e ser votado.
Abastecimento e Preços, quando e se necessário, Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá
providenciar a desapropriação de estoques, a fim de evitar Instruções para sua fiel execução.
crise no mercado ou colapso no abastecimento.
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu
Art. 18 (Revogado pela Lei nº 8.176, de 8.2.1991) nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente,
Art. 19. O caput do art. 172 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais,
dezembro de 1940 - Código Penal, passa a ter a seguinte ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na
redação: Constituição e leis específicas.

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Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em III - participar de concorrência pública ou administrativa da
cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou
legais de elegibilidade e incompatibilidade. dos Municípios, ou das respectivas autarquias;
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de
alistarem na forma da lei .(Vide art 14 da Constituição economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais,
Federal) nos institutos e caixas de previdência social, bem como em
qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo,
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:
ou de cuja administração este participe, e com essas
I - os analfabetos; (Vide art. 14, § 1º, II, "a", da entidades celebrar contratos;
Constituição/88)
V - obter passaporte ou carteira de identidade;
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente ou fiscalizado pelo governo;
dos direitos políticos.
VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que serviço militar ou imposto de renda.
oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes
§ 2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18
ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de
anos, salvo os excetuados nos arts. 5º e 6º, nº 1, sem prova
ensino superior para formação de oficiais.
de estarem alistados não poderão praticar os atos
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os relacionados no parágrafo anterior.
brasileiros de um e outro sexo, salvo:
§ 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo
I - quanto ao alistamento: eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor
que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a
a) os inválidos;
multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar
b) os maiores de setenta anos; da data da última eleição a que deveria ter
comparecido. (Incluído pela Lei nº 7.663, de 1988)
c) os que se encontrem fora do país.
§ 4o O disposto no inciso V do § 1o não se aplica ao eleitor
II - quanto ao voto:
no exterior que requeira novo passaporte para identificação
a) os enfermos; e retorno ao Brasil. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
b) os que se encontrem fora do seu domicílio; Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou
o naturalizado que não se alistar até um ano depois de
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os
adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3
impossibilite de votar.
(três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário-mínimo
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição
perante o juiz eleitoral até 30 (trinta) dias após a realização eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio
da eleição, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento requerimento. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de
sobre o salário-mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral 1966) (Vide Lei nº 5.337,1967) (Vide Lei nº 5.780, de
e cobrada na forma prevista no art. 367. (Redação dada 1972) (Vide Lei nº 6.018, de 1974) (Vide Lei nº 6.319, de
pela Lei nº 4.961, de 1966) 1976) (Vide Lei nº 7.373, de 1985)
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que
respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia
poderá o eleitor: anterior à eleição subseqüente à data em que completar
dezenove anos. (Incluído pela Lei nº 9.041, de 1995)
I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função
pública, investir-se ou empossar-se neles; Art. 9º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos
arts. 7º e 8º incorrerão na multa de 1 (um) a 3 (três) salários-
II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos
mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão
de função ou emprego público, autárquico ou para estatal,
disciplinar até 30 (trinta) dias.
bem como fundações governamentais, empresas, institutos
e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por
subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço motivo justificado e aos não alistados nos termos dos artigos
público delegado, correspondentes ao segundo mês 5º e 6º, nº 1, documento que os isente das sanções legais.
subsequente ao da eleição;
Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se
encontrar fora de sua zona e necessitar documento de

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quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais
pagamento perante o Juízo da zona em que estiver. Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo
processo, em número igual para cada categoria.
§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o
eleitor quiser aguardar que o juiz da zona em que se TÍTULO I
encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao Juízo DO TRIBUNAL SUPERIOR
da inscrição.
Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral: (Redação
§. 2º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
través de selos federais inutilizados no próprio
requerimento, o juiz que recolheu a multa comunicará o fato I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela
ao da zona de inscrição e fornecerá ao requerente Lei nº 7.191, de 1984)
comprovante do pagamento. a) de três juizes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal
PARTE SEGUNDA Federal; e (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL b) de dois juizes, dentre os membros do Tribunal Federal de
Recursos; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:
II - por nomeação do Presidente da República, de dois entre
I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da
seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral,
República e jurisdição em todo o País;
indicados pelo Supremo Tribunal Federal. (Redação dada
II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no pela Lei nº 7.191, de 1984)
Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior,
§ 1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral
na Capital de Território;
cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por
III - juntas eleitorais; afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou
ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido
IV - juizes eleitorais.
por último. (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
Art. 13. O número de juizes dos Tribunais Regionais não será
§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não
reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante
poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que
proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.
seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou
Art. 14. Os juizes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilegio,
justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca isenção ou favor em virtude de contrato com a
por mais de dois biênios consecutivos. administração pública; ou que exerça mandato de caráter
político, federal, estadual ou municipal. (Redação dada pela
§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o
Lei nº 7.191, de 1984)
desconto de qualquer afastamento nem mesmo o
decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu
caso do § 3º. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) presidente um dos ministros do Supremo Tribunal Federal,
cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor
§ 2º Os juizes afastados por motivo de licença férias e licença
Geral da Justiça Eleitoral um dos seus membros.
especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão
automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo § 1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo
correspondente exceto quando com períodos de férias Tribunal Superior Eleitoral.
coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou
§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral
encerramento de alistamento. (Incluído pela Lei nº 4.961,
se locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes
de 1966)
casos:
§ 3o Da homologação da respectiva convenção partidária até
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;
a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral,
não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;
como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou
III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal
afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo
Superior Eleitoral;
registrado na circunscrição.(Redação dada pela Lei nº
13.165, de 2015) IV - sempre que entender necessário.
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar- § 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral
se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira vinculam os Corregedores Regionais, que lhes devem dar
investidura. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) imediato e preciso cumprimento.

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Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao impetração; (Vide suspensão de execução pela RSF nº 132,
Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República, de 1984)
funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos
legal.
partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração
Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros da origem dos seus recursos;
membros do Ministério Público da União, com exercício no
g) as impugnações á apuração do resultado geral,
Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para
proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição
auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não
de Presidente e Vice-Presidente da República;
poderão ter assento.
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos
Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos,
Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao
em sessão pública, com a presença da maioria de seus
relator, formulados por partido, candidato, Ministério
membros.
Público ou parte legitimamente interessada. (Redação
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na dada pela Lei nº 4.961, de 1966)
interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e
i) as reclamações contra os seus próprios juizes que, no prazo
cassação de registro de partidos políticos, como sobre
de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado
quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições
os feitos a eles distribuídos. (Incluído pela Lei nº 4.961, de
ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a
1966)
presença de todos os seus membros. Se ocorrer
impedimento de algum juiz, será convocado o substituto ou j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que
o respectivo suplente. intentada dentro de cento e vinte dias de decisão
irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo
Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado
até o seu trânsito em julgado. (Incluído pela LCP nº 86, de
poderá argüir a suspeição ou impedimento dos seus
1996) (Produção de efeito)
membros, do Procurador Geral ou de funcionários de sua
Secretaria, nos casos previstos na lei processual civil ou penal II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais
e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo Regionais nos termos do Art. 276 inclusive os que versarem
previsto em regimento. matéria administrativa.
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são
excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, irrecorrível, salvo nos casos do Art. 281.
praticar ato que importe aceitação do argüido.
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal
Art. 21 Os Tribunais e juizes inferiores devem dar imediato Superior,
cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros
I - elaborar o seu regimento interno;
atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral.
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral,
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:
propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos
I - Processar e julgar originariamente: cargos administrativos e a fixação dos respectivos
vencimentos, provendo-os na forma da lei;
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos,
dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e III - conceder aos seus membros licença e férias assim como
vice-presidência da República; afastamento do exercício dos cargos efetivos;
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juizes IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos
eleitorais de Estados diferentes; dos juizes dos Tribunais Regionais Eleitorais;
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer
Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria; dos Territórios;
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos
cometidos pelos seus próprios juizes e pelos juizes dos juizes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma
Tribunais Regionais; desse aumento;
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-
eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos Presidente da República, senadores e deputados federais,
Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o quando não o tiverem sido por lei:
habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a
VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a
violência antes que o juiz competente possa prover sobre a
criação de novas zonas;

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IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução TÍTULO II


deste Código; DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-
Regionais e auxiliares em diligência fora da sede; ão:(Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela
organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do ar. 25; Lei nº 7.191, de 1984)
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe a) de dois juizes, dentre os desembargadores do Tribunal de
forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal Justiça; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
ou órgão nacional de partido político;
b) de dois juizes de direito, escolhidos pelo Tribunal de
XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras Justiça; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
nos Estados em que essa providência for solicitada pelo
Tribunal Regional respectivo; II - do juiz federal e, havendo mais de um, do que for
escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e (Redação
XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais
Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a III - por nomeação do Presidente da República de dois dentre
apuração; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral,
indicados pelo Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº
XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência; 7.191, de 1984)
XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal
quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Regional serão eleitos por este dentre os três
Secretaria; desembargadores do Tribunal de Justiça; o terceiro
XVII - publicar um boletim eleitoral; desembargador será o Corregedor Regional da Justiça
Eleitoral.
XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar
convenientes à execução da legislação eleitoral. § 1º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas
pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou
Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como Chefe do complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o
Ministério Público Eleitoral; qual servir.
I - assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas § 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor
discussões; Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos
II - exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos seguintes casos:
os feitos de competência originária do Tribunal; I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do
III - oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal; Tribunal Regional Eleitoral;

IV - manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os II - a pedido dos juizes eleitorais;


assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando III - a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal
solicitada sua audiência por qualquer dos juizes, ou por Regional;
iniciativa sua, se entender necessário;
IV - sempre que entender necessário.
V - defender a jurisdição do Tribunal;
Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada
VI - representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da República no
eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for
em todo o País; designado pelo Procurador Geral da República.
VII - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos § 1º No Distrito Federal, serão as funções de Procurador
necessários ao desempenho de suas atribuições; Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador Geral da Justiça
VIII - expedir instruções aos órgãos do Ministério Público do Distrito Federal.
junto aos Tribunais Regionais; § 2º Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou
IX - acompanhar, quando solicitado, o Corregedor Geral, impedimentos, o seu substituto legal.
pessoalmente ou por intermédio de Procurador que designe, § 3º Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante
nas diligências a serem realizadas. os Tribunais junto aos quais servirem, as atribuições do
Procurador Geral.

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§ 4º Mediante prévia autorização do Procurador Geral, g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos
podendo os Procuradores Regionais requisitar, para auxiliá- pelos juizes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para
los nas suas funções, membros do Ministério Público local, julgamento, formulados por partido candidato Ministério
não tendo estes, porém, assento nas sessões do Tribunal. Público ou parte legitimamente interessada sem prejuízo das
sanções decorrentes do excesso de prazo. (Redação dada
Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de
pela Lei nº 4.961, de 1966)
votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus
membros. II - julgar os recursos interpostos:
§ 1º No caso de impedimento e não existindo quorum, será a) dos atos e das decisões proferidas pelos juizes e juntas
o membro do Tribunal substituído por outro da mesma eleitorais.
categoria, designado na forma prevista na Constituição.
b) das decisões dos juizes eleitorais que concederem ou
§ 2º Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
para o Tribunal Superior qualquer interessado poderá argüir
Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são
a suspeição dos seus membros, do Procurador Regional, ou
irrecorríveis, salvo nos casos do Art. 276.
de funcionários da sua Secretaria, assim como dos juizes e
escrivães eleitorais, nos casos previstos na lei processual civil Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo Regionais:
previsto em regimento.
I - elaborar o seu regimento interno;
§ 3º No caso previsto no parágrafo anterior será observado
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional
o disposto no parágrafo único do art. 20. (Incluído pela
provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao
Lei nº 4.961, de 1966)
Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a
§ 4o As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos
ações que importem cassação de registro, anulação geral de vencimentos;
eleições ou perda de diplomas somente poderão ser
III - conceder aos seus membros e aos juizes eleitorais licença
tomadas com a presença de todos os seus
e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos
membros. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação
§ 5o No caso do § 4o, se ocorrer impedimento de algum juiz, do Tribunal Superior Eleitoral;
será convocado o suplente da mesma classe. (Incluído pela
IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-
Lei nº 13.165, de 2015)
Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos ,
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais: vereadores e juizes de paz, quando não determinada por
disposição constitucional ou legal;
I - processar e julgar originariamente:
V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede
a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios
e jurisdição;
estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de
candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções
Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas; em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa
receptora;
b) os conflitos de jurisdição entre juizes eleitorais do
respectivo Estado; VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas
eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e
c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros ao
Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e
Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria
expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo
assim como aos juizes e escrivães eleitorais;
de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal Superior,
d) os crimes eleitorais cometidos pelos juizes eleitorais; cópia das atas de seus trabalhos;
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe
eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido
os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em político;
grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juizes
IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais,
eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver perigo
submetendo essa divisão, assim como a criação de novas
de se consumar a violência antes que o juiz competente
zonas, à aprovação do Tribunal Superior;
possa prover sobre a impetração;
X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos
responder pela escrivania eleitoral durante o biênio;
partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração
da origem dos seus recursos; XI - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)

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XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas TÍTULO III


decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força DOS JUIZES ELEITORAIS
federal;
Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a
XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, um juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao
ao seu presidente e, no interior, aos juizes eleitorais, a seu substituto legal que goze das prerrogativas do Art. 95 da
requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais Constituição.
para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando o exigir o
acúmulo ocasional do serviço; Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara o Tribunal
Regional designara aquela ou aquelas, a que incumbe o
XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito serviço eleitoral.
Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos
respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma
ocasional de serviço de suas Secretarias; serventia de justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que
deve ter o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de dois
XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de anos.
suspensão até 30 (trinta) dias aos juizes eleitorais;
§ 1º Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de
XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do demissão, o membro de diretório de partido político, nem o
Tribunal Superior; candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente
XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a consangüíneo ou afim até o segundo grau.
execução da lei na respectiva circunscrição; § 2º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será
XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado. substituído na forma prevista pela lei de organização
judiciária local.
XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando
utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde Art. 34. Os juizes despacharão todos os dias na sede da sua
que o menor número de candidatos às eleições zona eleitoral.
proporcionais justifique a supressão, observadas as Art. 35. Compete aos juizes:
seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)
I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do
a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Superior e do Regional;
Tribunal Regional que suprima a exigência dos mapas
parciais de apuração; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que
lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;
partido poderá, no prazo de três dias, recorrer para o
Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias; (Incluído III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em
pela Lei nº 4.961, de 1966) matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja
atribuída privativamente a instância superior.
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será
admitida até seis meses antes da data da eleição; (Incluído IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e
pela Lei nº 4.961, de 1966) presteza do serviço eleitoral;

d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem
Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e
Superior; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) determinando as providências que cada caso exigir;

e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia
modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que de justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;
estes atendam às peculiaridade locais, encaminhando os VII - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)
modelos que aprovar, acompanhados das sugestões ou
impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e
Tribunal Superior. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) a exclusão de eleitores;

Art. 31. Faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de
respectiva circunscrição eleitoral sob a jurisdição do Tribunal eleitor;
Regional que o Tribunal Superior designar. X - dividir a zona em seções eleitorais;
XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos
eleitores de cada seção, para remessa a mesa receptora,
juntamente com a pasta das folhas individuais de votação;

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XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas
aos cargos eletivos municiais e comunicá-los ao Tribunal permitir o número de juizes de direito que gozem das
Regional; garantias do Art. 95 da Constituição, mesmo que não sejam
juizes eleitorais.
XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os
locais das seções; Parágrafo único. Nas zonas em que houver de ser organizada
mais de uma Junta, ou quando estiver vago o cargo de juiz
XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em
eleitoral ou estiver este impedido, o presidente do Tribunal
audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias
Regional, com a aprovação deste, designará juizes de direito
de antecedência, os membros das mesas receptoras;
da mesma ou de outras comarcas, para presidirem as juntas
XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas eleitorais.
funções;
Art. 38. Ao presidente da Junta é facultado nomear, dentre
XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se cidadãos de notória idoneidade, escrutinadores e auxiliares
verificarem nas mesas receptoras; em número capaz de atender a boa marcha dos trabalhos.
XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar § 1º É obrigatória essa nomeação sempre que houver mais
os atos viciosos das eleições; de dez urnas a apurar.
XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo justificado e § 2º Na hipótese do desdobramento da Junta em Turmas, o
aos não alistados, por dispensados do alistamento, um respectivo presidente nomeará um escrutinador para servir
certificado que os isente das sanções legais; como secretário em cada turma.
XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização § 3º Além dos secretários a que se refere o parágrafo
da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos anterior, será designado pelo presidente da Junta um
credenciados, o número de eleitores que votarem em cada escrutinador para secretário-geral competindo-lhe;
uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total
I - lavrar as atas;
de votantes da zona.
II - tomar por termo ou protocolar os recursos, neles
TÍTULO IV
funcionando como escrivão;
DAS JUNTAS ELEITORAIS
III - totalizar os votos apurados.
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de
direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) Art. 39. Até 30 (trinta) dias antes da eleição o presidente da
cidadãos de notória idoneidade. Junta comunicará ao Presidente do Tribunal Regional as
nomeações que houver feito e divulgará a composição do
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 órgão por edital publicado ou afixado, podendo qualquer
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do partido oferecer impugnação motivada no prazo de 3 (três)
Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre dias.
também designar-lhes a sede.
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das
pessoas indicadas para compor as juntas serão publicados no I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas
órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
de 3 (três) dias, em petição fundamentada, impugnar as II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados
indicações. durante os trabalhos da contagem e da apuração;
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas, III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art.
escrutinadores ou auxiliares: 178;
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
até o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma
II - os membros de diretorias de partidos políticos junta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais
oficialmente publicados; enviarão os documentos da eleição.
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os Art. 41. Nas zonas eleitorais em que for autorizada a
funcionários no desempenho de cargos de confiança do contagem prévia dos votos pelas mesas receptoras, compete
Executivo; à Junta Eleitoral tomar as providências mencionadas no Art.
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral. 195.

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PARTE TERCEIRA autorizar por escrito o recebimento, cancelando-se o título


DO ALISTAMENTO cuja assinatura não for idêntica à do requerimento de
TÍTULO I inscrição e à do recibo. (Redação dada pela Lei nº 4.961,
DA QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO de 1966)

Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e O recibo será obrigatoriamente anexado ao processo
inscrição do eleitor. eleitoral, incorrendo o juiz que não o fizer na multa de um a
cinco salários-mínimos regionais na qual incorrerão ainda o
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio escrivão, funcionário ou preparador, se responsáveis bem
eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e, como qualquer deles, se entregarem ao eleitor o título cuja
verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á assinatura não for idêntica à do requerimento de inscrição e
domicílio qualquer delas. do recibo ou o fizerem a pessoa não autorizada por
Art. 43. O alistando apresentará em cartório ou local escrito. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)
previamente designado, requerimento em fórmula que § 5º A restituição de qualquer documento não poderá ser
obedecerá ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior. feita antes de despachado o pedido de alistamento pelo juiz
Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos, eleitoral.
será instruído com um dos seguintes documentos, que não § 6º Quinzenalmente o juiz eleitoral fará publicar pela
poderão ser supridos mediante justificação: imprensa, onde houver ou por editais, a lista dos pedidos de
I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente inscrição, mencionando os deferidos, os indeferidos e os
do Distrito Federal ou dos Estados; convertidos em diligência, contando-se dessa publicação o
prazo para os recursos a que se refere o parágrafo seguinte.
II - certificado de quitação do serviço militar;
§ 7º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição
III - certidão de idade extraída do Registro Civil; caberá recurso interposto pelo alistando, e do que o deferir
IV - instrumento público do qual se infirá, por direito ter o poderá recorrer qualquer delegado de partido.
requerente idade superior a dezoito anos e do qual conste, § 8º Os recursos referidos no parágrafo anterior serão
também, os demais elementos necessários à sua julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral dentro de 5 (cinco)
qualificação; dias.
V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, § 9º Findo esse prazo, sem que o alistando se manifeste, ou
originária ou adquirida, do requerente. logo que seja desprovido o recurso em instância superior, o
Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não juiz inutilizará a folha individual de votação assinada pelo
contenta os dados constantes do modelo oficial, na mesma requerente, a qual ficará fazendo parte integrante do
ordem, e em caracteres inequívocos. processo e não poderá, em qualquer tempo, se substituída,
nem dele retirada, sob pena de incorrer o responsável nas
Art. 45. O escrivão, o funcionário ou o preparador recebendo sanções previstas no Art. 293.
a fórmula e documentos determinará que o alistando date e
assine a petição e em ato contínuo atestará terem sido a data § 10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartório
e a assinatura lançados na sua presença; em seguida, tomará devolverá ao requerente, mediante recibo, as fotografias e o
a assinatura do requerente na folha individual de votação" e documento com que houver instruído o seu requerimento.
nas duas vias do título eleitoral, dando recibo da petição e § 11. O título eleitoral e a fôlha individual de votação
do documento. sòmente serão assinados pelo juiz eleitoral depois de
§ 1º O requerimento será submetido ao despacho do juiz nas preenchidos pelo cartório e de deferido o pedido, sob as
48 (quarenta e oito), horas seguintes. penas do artigo 293. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de
1966)
§ 2º Poderá o juiz se tiver dúvida quanto a identidade do
requerente ou sobre qualquer outro requisito para o § 12. É obrigatória a remessa ao Tribunal Regional da ficha
alistamento, converter o julgamento em diligência para que do eleitor, após a expedição do seu título. (Incluído pela Lei
o alistando esclareça ou complete a prova ou, se for nº 4.961, de 1966)
necessário, compareça pessoalmente à sua presença. Art. 46. As folhas individuais de votação e os títulos serão
§ 3º Se se tratar de qualquer omissão ou irregularidade que confeccionados de acordo com o modelo aprovado pelo
possa ser sanada, fixará o juiz para isso prazo razoável. Tribunal, Superior Eleitoral.

§ 4º Deferido o pedido, no prazo de cinco dias, o título e o § 1º Da folha individual de votação e do título eleitoral
documento que instruiu o pedido serão entregues pelo juiz, constará a indicação da seção em que o eleitor tiver sido
escrivão, funcionário ou preparador. A entrega far-se-á ao inscrito a qual será localizada dentro do distrito judiciário ou
próprio eleitor, mediante recibo, ou a quem o eleitor

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administrativo de sua residência e o mais próximo dela, § 4º A infração ao disposto neste artigo sujeitará o escrivão
considerados a distância e os meios de transporte. às penas do Art. 293. (Incluído como § 3º pela Lei nº
4.961, de 1966 e renumerado do § 3º pela Lei nº 6.018, de
§ 2º As folhas individuais de votação serão conservadas em
1974)
pastas, uma para cada seção eleitoral; às mesas receptoras
serão por estas encaminhadas com a urna e os demais Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48
documentos da eleição às juntas eleitorais, que as (quarenta e oito) horas de antecedência, poderá deixar de
devolverão, findos os trabalhos da apuração, ao respectivo comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo
cartório, onde ficarão guardadas. não excedente a 2 (dois) dias, para o fim de se alistar eleitor
ou requerer transferência.
§ 3º O eleitor ficará vinculado permanentemente à seção
eleitoral indicada no seu título, salvo: Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema "Braille", que
reunirem as demais condições de alistamento, podem
I - se se transferir de zona ou Município hipótese em que
qualificar-se mediante o preenchimento da fórmula
deverá requerer transferência.
impressa e a aposição do nome com as letras do referido
II - se, até 100 (cem) dias antes da eleição, provar, perante o alfabeto.
Juiz Eleitoral, que mudou de residência dentro do mesmo
§ 1º De forma idêntica serão assinadas a folha individual de
Município, de um distrito para outro ou para lugar muito
votação e as vias do título.
distante da seção em que se acha inscrito, caso em que serão
feitas na folha de votação e no título eleitoral, para esse fim § 2º Esses atos serão feitos na presença também de
exibido as alterações correspondentes, devidamente funcionários de estabelecimento especializado de amparo e
autenticadas pela autoridade judiciária. proteção de cegos, conhecedor do sistema "Braille", que
subscreverá, com o Escrivão ou funcionário designado, o
§ 4º O eleitor poderá, a qualquer tempo requerer ao juiz
seguinte declaração a ser lançada no modelo de
eleitoral a retificação de seu título eleitoral ou de sua folha
requerimento; "Atestamos que a presente fórmula bem
individual de votação, quando neles constar erro evidente,
como a folha individual de votação e vias do título foram
ou indicação de seção diferente daquela a que devesse
subscritas pelo próprio, em nossa presença".
corresponder a residência indicada no pedido de inscrição ou
transferência. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) Art. 50. O juiz eleitoral providenciará para que se proceda ao
alistamento nas próprias sedes dos estabelecimentos de
§ 5º O título eleitoral servirá de prova de que o eleitor está
proteção aos cegos, marcando previamente, dia e hora para
inscrito na seção em que deve votar. E, uma vez datado e
tal fim, podendo se inscrever na zona eleitoral
assinado pelo presidente da mesa receptora, servirá
correspondente todos os cegos do município.
também de prova de haver o eleitor votado. (Renumerado
do § 4º pela Lei nº 4.961, de 1966) § 1º Os eleitores inscritos em tais condições deverão ser
localizados em uma mesma seção da respectiva zona.
Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando
destinadas ao alistamento eleitoral, serão fornecidas § 2º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos
gratuitamente, segundo a ordem dos pedidos apresentados artigos anteriores, o número de eleitores não alcançar o
em cartório pelos alistandos ou delegados de partido. mínimo exigido, este se completará com a inclusão de outros
ainda que não sejam cegos.
§1º Os cartórios de Registro Civil farão, ainda,
gratuitamente, o registro de nascimento visando ao Art. 51. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 1989)
fornecimento de certidão aos alistandos, desde que provem
CAPÍTULO I
carência de recursos, ou aos Delegados de Partido, para fins
DA SEGUNDA VIA
eleitorais. (Incluído pela Lei nº 6.018, de 1974)
§ 2º Em cada Cartório de Registro Civil haverá um livro Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá
especial aberto e rubricado pelo Juiz Eleitoral, onde o o eleitor ao juiz do seu domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias
cidadão ou o delegado de partido deixará expresso o pedido antes da eleição, que lhe expeça segunda via.
de certidão para fins eleitorais, datando-o.(Incluído como § § 1º O pedido de segunda via será apresentado em cartório,
1º pela Lei nº 4.961, de 1966 e renumerado do § 1º pela Lei pessoalmente, pelo eleitor, instruído o requerimento, no
nº 6.018, de 1974) caso de inutilização ou dilaceração, com a primeira via do
§ 3º O escrivão, dentro de quinze dias da data do pedido, título.
concederá a certidão, ou justificará, perante o Juiz Eleitoral § 2º No caso de perda ou extravio do título, o juiz, após
por que deixa de fazê-lo.(Incluído como § 2º pela Lei nº receber o requerimento de segunda via, fará publicar, pelo
4.961, de 1966 e renumerado do § 2º pela Lei nº 6.018, de prazo de 5 (cinco) dias, pela imprensa, onde houver, ou por
1974) editais, a notícia do extravio ou perda e do requerimento de
segunda via, deferindo o pedido, findo este prazo, se não
houver impugnação.
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Art. 53. Se o eleitor estiver fora do seu domicílio eleitoral telegrama, a confirmação do alegado à Zona Eleitoral onde o
poderá requerer a segunda via ao juiz da zona em que se requerente se achava inscrito.
encontrar, esclarecendo se vai recebê-la na sua zona ou na
§ 1º O Juiz do antigo domicílio, no prazo de 5 (cinco) dias,
em que requereu.
responderá por ofício ou telegrama, esclarecendo se o
§ 1º O requerimento, acompanhado de um novo título interessado é realmente eleitor, se a inscrição está em vigor,
assinado pelo eleitor na presença do escrivão ou de e, ainda, qual o número e a data da inscrição respectiva.
funcionário designado e de uma fotografia, será
§ 2º A informação mencionada no parágrafo anterior, suprirá
encaminhado ao juiz da zona do eleitor.
a falta do título extraviado, ou perdido, para o efeito da
§ 2º Antes de processar o pedido, na forma prevista no artigo transferência, devendo fazer parte integrante do processo.
anterior, o juiz determinará que se confira a assinatura
Art. 57. O requerimento de transferência de domicílio
constante do novo título com a da folha individual de
eleitoral será imediatamente publicado na imprensa oficial
votação ou do requerimento de inscrição.
na Capital, e em cartório nas demais localidades, podendo os
§ 3º Deferido o pedido, o título será enviado ao juiz da Zona interessados impugná-lo no prazo de dez dias. (Redação
que remeteu o requerimento, caso o eleitor haja solicitado dada pela Lei nº 4.961, de 1966)
essa providência, ou ficará em cartório aguardando que o
§ 1º Certificado o cumprimento do disposto neste artigo o
interessado o procure.
pedido deverá ser desde logo decidido, devendo o despacho
§ 4º O pedido de segunda-via formulado nos termos deste do juiz ser publicado pela mesma forma. (Redação dada
artigo só poderá ser recebido até 60 (sessenta) dias antes do pela Lei nº 4.961, de 1966)
pleito.
§ 2º Poderá recorrer para o Tribunal Regional Eleitoral, no
Art. 54. O requerimento de segunda-via, em qualquer das prazo de 3 (três) dias, o eleitor que pediu a transferência,
hipóteses, deverá ser assinado sobre selos federais, sendo-lhe a mesma negada, ou qualquer delegado de
correspondentes a 2% (dois por cento) do salário-mínimo da partido, quando o pedido for deferido.
zona eleitoral de inscrição.
§ 3º Dentro de 5 (cinco) dias, o Tribunal Regional Eleitoral
Parágrafo único. Somente será expedida segunda-via a decidirá do recurso interposto nos têrmos do parágrafo
eleitor que estiver quite com a Justiça Eleitoral, exigindo-se, anterior.
para o que foi multado e ainda não liquidou a dívida, o prévio
§ 4º Só será expedido o nôvo título decorridos os prazos
pagamento, através de sêlo federal inutilizado nos autos.
previstos neste artigo e respectivos parágrafos.
CAPÍTULO II
Art. 58. Expedido o nôvo título o juiz comunicará a
DA TRANSFERÊNCIA
transferência ao Tribunal Regional competente, no prazo de
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor 10 (dez) dias, enviando-lhe o título eleitoral, se houver, ou
requerer ao juiz do novo domicílio sua transferência, documento a que se refere o § 1º do artigo 56.
juntando o título anterior. § 1º Na mesma data comunicará ao juiz da zona de origem a
§ 1º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes concessão da transferência e requisitará a "fôlha individual
exigências: de votação".

I - entrada do requerimento no cartório eleitoral do novo § 2º Na nova folha individual de votação ficará consignado,
domicílio até 100 (cem) dias antes da data da eleição. na coluna destinada a "anotações", que a inscrição foi obtida
por transferência, e, de acôrdo com os elementos constantes
II - transcorrência de pelo menos 1 (um) ano da inscrição do título primitivo, qual o ultimo pleito em que o eleitor
primitiva; transferido votou. Essa anotação constará também, de seu
III - residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio, título.
atestada pela autoridade policial ou provada por outros § 3º O processo de transferência só será arquivado após o
meios convincentes. recebimento da fôlha individual de votação da Zona de
§ 2º O disposto nos nºs II e III, do parágrafo anterior, não se origem, que dêle ficará constando, devidamente inutilizada,
aplica quando se tratar de transferência de título eleitoral de mediante aposição de carimbo a tinta vermelha.
servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de § 4º No caso de transferência de município ou distrito dentro
sua família, por motivo de remoção ou da mesma zona, deferido o pedido, o juiz determinará a
transferência.(Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) transposição da fôlha individual de votação para a pasta
Art. 56. No caso de perda ou extravio do título anterior correspondente ao novo domicílio, a anotação de mudança
declarado esse fato na petição de transferência, o juiz do no título eleitoral e comunicará ao Tribunal Regional para a
novo domicílio, como ato preliminar, requisitará, por necessária averbação na ficha do eleitor.

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Art. 59. Na Zona de origem, recebida do juiz do nôvo alistamento eleitoral, podendo dêles tirar cópias ou
domicílio a comunicação de transferência, o juiz tomará as fotocópias.
seguintes providencias:
§ 1º Perante o juízo eleitoral, cada partido poderá nomear 3
I - determinará o cancelamento da inscrição do transferido e (três) delegados.
a remessa dentro de três dias, da fôlha individual de votação
§ 2º Perante os preparadores, cada partido poderá nomear
ao juiz requisitante;
até 2 (dois) delegados, que assistam e fiscalizem os seus atos.
II - ordenará a retirada do fichário da segunda parte do título;
§ 3º Os delegados a que se refere êste artigo serão
III - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional a que registrados perante os juizes eleitorais, a requerimento do
estiver subordinado, que fará a devida anotação na ficha de presidente do Diretório Municipal.
seus arquivos;
§ 4º O delegado credenciado junto ao Tribunal Regional
IV - se o eleitor havia assinado ficha de registro de partido, Eleitoral poderá representar o partido junto a qualquer juízo
comunicará ao juiz do novo domicílio e, ainda, ao Tribunal ou preparador do Estado, assim como o delegado
Regional, se a transferência foi concedida para outro Estado. credenciado perante o Tribunal Superior Eleitoral poderá
representar o partido perante qualquer Tribunal Regional,
Art. 60. O eleitor transferido não poderá votar no nôvo
juízo ou preparador.
domicílio eleitoral em eleição suplementar à que tiver sido
realizada antes de sua transferência. CAPÍTULO V
DO ENCERRAMENTO DO ALISTAMENTO
Art. 61. Somente será concedida transferência ao eleitor que
estiver quite com a Justiça Eleitoral. Art. 67. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de
§ 1º Se o requerente não instruir o pedido de transferência transferência será recebido dentro dos 100 (cem) dias
com o título anterior, o juiz do nôvo domicílio, ao solicitar anteriores à data da eleição.
informação ao da zona de origem, indagará se o eleitor está Art. 68. Em audiência pública, que se realizará às 14
quite com a Justiça Eleitoral, ou não o estando, qual a (quatorze) horas do 69 (sexagésimo nono) dia anterior à
importância da multa imposta e não paga. eleição, o juiz eleitoral declarará encerrada a inscrição de
§ 2º Instruído o pedido com o título, e verificado que o eleitor eleitores na respectiva zona e proclamará o número dos
não votou em eleição anterior, o juiz do nôvo domicílio inscritos até as 18 (dezoito) horas do dia anterior, o que
solicitará informações sôbre o valor da multa arbitrada na comunicará incontinente ao Tribunal Regional Eleitoral, por
zona de origem, salvo se o eleitor não quiser aguardar a telegrama, e fará público em edital, imediatamente afixado
resposta, hipótese em que pagará o máximo previsto. no lugar próprio do juízo e divulgado pela imprensa, onde
houver, declarando nele o nome do último eleitor inscrito e
§ 3º O pagamento da multa, em qualquer das hipóteses dos o número do respectivo título, fornecendo aos diretórios
parágrafos anteriores, será comunicado ao juízo de origem municipais dos partidos cópia autêntica desse edital.
para as necessárias anotações.
§ 1º Na mesma data será encerrada a transferência de
CAPÍTULO III eleitores, devendo constar do telegrama do juiz eleitoral ao
DOS PREPARADORES Tribunal Regional Eleitoral, do edital e da cópia dêste
fornecida aos diretórios municipais dos partidos e da
Art. 62. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)
publicação da imprensa, os nomes dos 10 (dez) últimos
Art. 63. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) eleitores, cujos processos de transferência estejam
definitivamente ultimados e o número dos respectivos
Art. 64. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)
títulos eleitorais.
Art. 65. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)
§ 2º O despacho de pedido de inscrição, transferência, ou
CAPÍTULO IV segunda via, proferido após esgotado o prazo legal, sujeita o
DOS DELEGADOS DE PARTIDO PERANTE O ALISTAMENTO juiz eleitoral às penas do Art. 291.
Art. 66. É licito aos partidos políticos, por seus delegados: Art. 69. Os títulos eleitorais resultantes dos pedidos de
inscrição ou de transferência serão entregues até 30 (trinta)
I - acompanhar os processos de inscrição; dias antes da eleição.
II - promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito Parágrafo único. A segunda via poderá ser entregue ao
ilegalmente e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão eleitor até a véspera do pleito.
esteja sendo promovida;
Art. 70. O alistamento reabrir-se-á em cada zona, logo que
III - examinar, sem perturbação do serviço e em presença dos estejam concluídos os trabalhos da sua junta eleitoral.
servidores designados, os documentos relativos ao

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TÍTULO II competente para o cancelamento, que de preferência


DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO deverá recair:

Art. 71. São causas de cancelamento: I - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral;

I - a infração dos artigos. 5º e 42; II - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;

II - a suspensão ou perda dos direitos políticos; III - naquela cujo título não haja sido utilizado para o
exercício do voto na última eleição;
III - a pluralidade de inscrição;
IV - na mais antiga.
IV - o falecimento do eleitor;
Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão
V - deixar de votar em 3 (três) eleições será comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer
consecutivas.(Redação dada pela Lei nº 7.663, de 27.5.1988) interessado ao juiz eleitoral, que observará o processo
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste estabelecido no artigo seguinte.
artigo acarretará a exclusão do eleitor, que poderá ser Art. 77. O juiz eleitoral processará a exclusão pela forma
promovida ex officio , a requerimento de delegado de seguinte:
partido ou de qualquer eleitor.
I - mandará autuar a petição ou representação com os
§ 2º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito) anos documentos que a instruírem:
privado temporária ou definitivamente dos direitos políticos,
a autoridade que impuser essa pena providenciará para que II - fará publicar edital com prazo de 10 (dez) dias para ciência
o fato seja comunicado ao juiz eleitoral ou ao Tribunal dos interessados, que poderão contestar dentro de 5 (cinco)
Regional da circunscrição em que residir o réu. dias;

§ 3º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do Art. 293, III - concederá dilação probatória de 5 (cinco) a 10 (dez) dias,
enviarão, até o dia 15 (quinze) de cada mês, ao juiz eleitoral se requerida;
da zona em que oficiarem, comunicação dos óbitos de IV - decidirá no prazo de 5 (cinco) dias.
cidadãos alistáveis, ocorridos no mês anterior, para
cancelamento das inscrições. Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o
cartório tomará as seguintes providências:
§ 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no
alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional I - retirará, da respectiva pasta, a fôlha de votação, registrará
poderá determinar a realização de correição e, provada a a ocorrência no local próprio para "Anotações"e juntá-la-á
fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão ao processo de cancelamento;
do eleitorado obedecidas as Instruções do Tribunal Superior II - registrará a ocorrência na coluna de "observações" do
e as recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o livro de inscrição;
cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos
títulos que não forem apresentados à revisão.(Incluído pela III - excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-
Lei nº 4.961, de 4.5.1966) as à parte;

Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor IV - anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta
votar validamente. de votação para o oportuno preenchimento dos mesmos;

Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais V - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para
hajam sido interpostos recursos das decisões que as anotação no seu fichário.
deferiram, desde que tais recursos venham a ser providos Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de
pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os caso notório, serão dispensadas as formalidades previstas
votos se o seu número fôr suficiente para alterar qualquer nos nºs. II e III do artigo 77.
representação partidária ou classificação de candidato eleito
pelo princípio maioritário. Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo
de 3 (três) dias, para o Tribunal Regional, interposto pelo
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo excluendo ou por delegado de partido.
interessado, por outro eleitor ou por delegado de partido.
Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o
Art. 74. A exclusão será mandada processar "ex officio" pelo interessado requerer novamente a sua qualificação e
juiz eleitoral, sempre que tiver conhecimento de alguma das inscrição.
causas do cancelamento.
Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através
de seu fichário, da inscrição do mesmo eleitor em mais de
uma zona sob sua jurisdição, comunicará o fato ao juiz

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PARTE QUARTA § 1º O registro de candidatos a senador far-se-á com o do


DAS ELEIÇÕES suplente partidário.
TÍTULO I § 2º Nos Territórios far-se-á o registro do candidato a
DO SISTEMA ELEITORAL deputado com o do suplente.
Art. 82. O sufrágio e universal e direto; o voto, obrigatório e Art. 92. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
secreto.
Art. 93. O prazo de entrada em cartório ou na Secretaria do
Art. 83. Na eleição direta para o Senado Federal, para Tribunal, conforme o caso, de requerimento de registro de
Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o princípio candidato a cargo eletivo terminará, improrrogavelmente, às
majoritário.(Redação dada pela Lei nº 6.534, de 26.5.1978) dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se
Art. 84. A eleição para a Câmara dos Deputados, Assembléias realizarem as eleições. (Redação dada pela Lei nº 13.165,
Legislativas e Câmaras Municipais, obedecerá ao princípio da de 2015)
representação proporcional na forma desta lei. § 1o Até vinte dias antes da data das eleições, todos os
Art. 85. A eleição para deputados federais, senadores e requerimentos, inclusive os que tiverem sido impugnados,
suplentes, presidente e vice-presidente da República, devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e
governadores, vice-governadores e deputados estaduais far- publicadas as decisões a eles relativas. (Redação dada pela
se-á, simultâneamente, em todo o País. Lei nº 13.165, de 2015)

Art. 86. Nas eleições presidenciais, a circunscrição serão País; § 2o As convenções partidárias para a escolha dos
nas eleições federais e estaduais, o Estado; e nas municipais, candidatos serão realizadas, no máximo, até 5 de agosto do
o respectivo município. ano em que se realizarem as eleições. (Redação dada pela
Lei nº 13.165, de 2015)
CAPÍTULO I
DO REGISTRO DOS CANDIDATOS § 3º Nesse caso, se se tratar de eleição municipal, o juiz
eleitoral deverá apresentar a sentença no prazo de 2 (dois)
Art. 87. Somente podem concorrer às eleições candidatos dias, podendo o recorrente, nos 2 (dois) dias seguintes,
registrados por partidos. aditar as razões do recurso; no caso de registro feito perante
o Tribunal, se o relator não apresentar o acórdão no prazo
Parágrafo único. Nenhum registro será admitido fora do
de 2 (dois) dias, será designado outro relator, na ordem da
período de 6 (seis) meses antes da eleição.
votação, o qual deverá lavrar o acórdão do prazo de 3 (três)
Art. 88. Não é permitido registro de candidato embora para dias, podendo o recorrente, nesse mesmo prazo, aditar as
cargos diferentes, por mais de uma circunscrição ou para suas razões.
mais de um cargo na mesma circunscrição.
Art. 94.O registro pode ser promovido por delegado de
Parágrafo único. Nas eleições realizadas pelo sistema partido, autorizado em documento autêntico, inclusive
proporcional o candidato deverá ser filiado ao partido, na telegrama de quem responda pela direção partidária e
circunscrição em que concorrer, pelo tempo que fôr fixado sempre com assinatura reconhecida por tabelião.
nos respectivos estatutos.
§ 1º O requerimento de registro deverá ser instruído:
Art. 89. Serão registrados:
I - com a cópia autêntica da ata da convenção que houver
I - no Tribunal Superior Eleitoral os candidatos a presidente feito a escolha do candidato, a qual deverá ser conferida com
e vice-presidente da República; o original na Secretaria do Tribunal ou no cartório eleitoral;
II - nos Tribunais Regionais Eleitorais os candidatos a II - com autorização do candidato, em documento com a
senador, deputado federal, governador e vice-governador e assinatura reconhecida por tabelião;
deputado estadual;
III - com certidão fornecida pelo cartório eleitoral da zona de
III - nos Juízos Eleitorais os candidatos a vereador, prefeito e inscrição, em que conste que o registrando é eleitor;
vice-prefeito e juiz de paz.
IV - com prova de filiação partidária, salvo para os candidatos
Art. 90. Somente poderão inscrever candidatos os partidos a presidente e vice-presidente, senador e respectivo
que possuam diretório devidamente registrado na suplente, governador e vice-governador, prefeito e vice-
circunscrição em que se realizar a eleição. prefeito;
Art. 91. O registro de candidatos a presidente e vice- V - com fôlha-corrida fornecida pelos cartórios competentes,
presidente, governador e vice-governador, ou prefeito e para que se verifique se o candidato está no gozo dos direitos
vice-prefeito, far-se-á sempre em chapa única e indivisível, políticos (Art. 132, III, e 135 da Constituição
ainda que resulte a indicação de aliança de partidos. Federal); (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

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VI - com declaração de bens, de que constem a origem e as Parágrafo único. A falta de consentimento expresso
mutações patrimoniais. acarretará a anulação do registro promovido, podendo o
partido prejudicado requerê-la ou recorrer da resolução que
§ 2º A autorização do candidato pode ser dirigida
ordenar o registro.
diretamente ao órgão ou juiz competente para o registro.
Art. 100. Nas eleições realizadas pelo sistema proporcional,
Art. 95. O candidato poderá ser registrado sem o prenome,
o Tribunal Superior Eleitoral, até 6 (seis) meses antes do
ou com o nome abreviado, desde que a supressão não
pleito, reservará para cada Partido, por sorteio, em sessão
estabeleça dúvida quanto à sua identidade.
realizada com a presença dos Delegados de Partido, uma
Art. 96. Será negado o registro a candidato que, pública ou série de números a partir de 100 (cem).(Redação dada pela
ostensivamente faça parte, ou seja adepto de partido Lei nº 7.015, de 16.7.1982)
político cujo registro tenha sido cassado com fundamento
§ 1º A sessão a que se refere o caput deste artigo será
no artigo 141, § 13, da Constituição Federal.
anunciada aos Partidos com antecedência mínima de 5
Art. 97. Protocolado o requerimento de registro, o (cinco) dias. (Redação dada pela Lei nº 7.015, de
presidente do Tribunal ou o juiz eleitoral, no caso de eleição 16.7.1982)
municipal ou distrital, fará publicar imediatamente edital
§ 2º As convenções partidárias para escolha dos candidatos
para ciência dos interessados.
sortearão, por sua vez, em cada Estado e município, os
§ 1º O edital será publicado na Imprensa Oficial, nas capitais, números que devam corresponder a cada
e afixado em cartório, no local de costume, nas demais candidato. (Redação dada pela Lei nº 7.015, de
zonas. 16.7.1982)
§ 2º Do pedido de registro caberá, no prazo de 2 (dois) dias, § 3º Nas eleições para Deputado Federal, se o número de
a contar da publicação ou afixação do edital, impugnação Partidos não for superior a 9 (nove), a cada um
articulada por parte de candidato ou de partido político. corresponderá obrigatoriamente uma centena, devendo a
numeração dos candidatos ser sorteada a partir da unidade,
§ 3º Poderá, também, qualquer eleitor, com fundamento em
para que ao primeiro candidato do primeiro Partido
inelegibilidade ou incompatibilidade do candidato ou na
corresponda o número 101 (cento e um), ao do segundo
incidência dêste no artigo 96 impugnar o pedido de registro,
Partido 201 (duzentos e um), e assim
dentro do mesmo prazo, oferecendo prova do alegado.
sucessivamente. (Redação dada pela Lei nº 7.015, de
§ 4º Havendo impugnação, o partido requerente do registro 16.7.1982)
terá vista dos autos, por 2 (dois) dias, para falar sôbre a
§ 4º Concorrendo 10 (dez) ou mais Partidos, a cada um
mesma, feita a respectiva intimação na forma do § 1º.
corresponderá uma centena a partir de 1.101 (um mil cento
Art. 98. Os militares alistáveis são elegíveis, atendidas as e um), de maneira que a todos os candidatos sejam
seguintes condições: atribuídos sempre 4 (quatro) algarismos, suprimindo-se a
numeração correspondente à série 2.001 (dois mil e um) a
I - o militar que tiver menos de 5 (cinco) anos de serviço, será,
2.100 (dois mil e cem), para reiniciá-la em 2.101 (dois mil
ao se candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo;
cento e um), a partir do décimo Partido. (Redação dada
II - o militar em atividade com 5 (cinco) ou mais anos de pela Lei nº 7.015, de 16.7.1982)
serviço ao se candidatar a cargo eletivo, será afastado,
§ 5º Na mesma sessão, o Tribunal Superior Eleitoral sorteará
temporariamente, do serviço ativo, como agregado, para
as séries correspondentes aos Deputados Estaduais e
tratar de interesse particular; (Vide Constituição art. 14, §
Vereadores, observando, no que couber, as normas
8º, I)
constantes dos parágrafos anteriores, e de maneira que a
III - o militar não excluído e que vier a ser eleito será, no ato todos os candidatos sejam atribuídos sempre número de 4
da diplomação, transferido para a reserva ou (quatro) algarismos. (Redação dada pela Lei nº 7.015, de
reformado. (Vide Lei nº 6.880, de 9.12.80) 16.7.1982)
Parágrafo único. O Juízo ou Tribunal que deferir o registro de Art. 101. Pode qualquer candidato requerer, em petição com
militar candidato a cargo eletivo comunicará imediatamente firma reconhecida, o cancelamento do registro do seu
a decisão à autoridade a que o mesmo estiver subordinado, nome. (Redação dada pela Lei nº 6.553, de 19.8.1978)
cabendo igual obrigação ao partido, quando lançar a
§ 1º Desse fato, o presidente do Tribunal ou o juiz, conforme
candidatura.
o caso, dará ciência imediata ao partido que tenha feito a
Art. 99. Nas eleições majoritárias poderá qualquer partido inscrição, ao qual ficará ressalvado o direito de substituir por
registrar na mesma circunscrição candidato já por outro outro o nome cancelado, observadas tôdas as formalidades
registrado, desde que o outro partido e o candidato o exigidas para o registro e desde que o nôvo pedido seja
consintam por escrito até 10 (dez) dias antes da eleição, apresentado até 60 (sessenta) dias antes do pleito.
observadas as formalidades do Art. 94.
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§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato vier a falecer § 3º A realização da audiência será anunciada com 3 (três)
ou renunciar dentro do período de 60 (sessenta) dias dias de antecedência, no mesmo dia em que fôr deferido o
mencionados no parágrafo anterior, o partido poderá último pedido de registro, devendo os delegados de partido
substitui-lo; se o registro do nôvo candidato estiver deferido ser intimados por ofício sob protocolo.
até 30 (trinta) dias antes do pleito serão utilizadas as já
§ 4º Havendo substituição de candidatos após o sorteio, o
impressas, computando-se para o nôvo candidato os votos
nome do novo candidato deverá figurar na cédula na
dados ao anteriormente registrado.
seguinte ordem:
§3º Considerar-se-á nulo o voto dado ao candidato que haja
I - se forem apenas 2 (dois), em último lugar;
pedido o cancelamento de sua inscrição salvo na hipótese
prevista no parágrafo anterior, in fine. II - se forem 3 (três), em segundo lugar;
§ 4º Nas eleições proporcionais, ocorrendo a hipótese III - se forem mais de 3 (três), em penúltimo lugar;
prevista neste artigo, ao substituto será atribuído o número
IV - se permanecer apenas 1 (um) candidato e forem
anteriormente dado ao candidato cujo registro foi
substituídos 2 (dois) ou mais, aquele ficará em primeiro
cancelado.
lugar, sendo realizado nôvo sorteio em relação aos demais.
§ 5º Em caso de morte, renúncia, inelegibilidade e
§ 5º Para as eleições realizadas pelo sistema proporcional a
preenchimento de vagas existentes nas respectivas chapas,
cédula conterá espaço para que o eleitor escreva o nome ou
tanto em eleições proporcionais quanto majoritárias, as
o número do candidato de sua preferência e indique a sigla
substituições e indicações se processarão pelas Comissões
do partido. (Vide Ato Complementar nº 20, de 1966)
Executivas. (Incluído pela Lei nº 6.553, de 19.8.1978)
§ 6º As cédulas oficiais serão confeccionadas de maneira tal
Art. 102. Os registros efetuados pelo Tribunal Superior serão
que, dobradas, resguardem o sigilo do voto, sem que seja
imediatamente comunicados aos Tribunais Regionais e por
necessário o emprego de cola para fechá-las.
estes aos juizes eleitorais.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO II
DA REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL
DO VOTO SECRETO
Art. 105 - Fica facultado a 2 (dois) ou mais Partidos
Art. 103. O sigilo do voto é assegurado mediante as seguintes
coligarem-se para o registro de candidatos comuns a
providências:
deputado federal, deputado estadual e
I - uso de cédulas oficiais em todas as eleições, de acôrdo vereador. (Redação dada pela Lei nº 7.454, de
com modêlo aprovado pelo Tribunal Superior; 30.12.1985)
II - isolamento do eleitor em cabine indevassável para o só § 1º - A deliberação sobre coligação caberá à Convenção
efeito de assinalar na cédula o candidato de sua escolha e, Regional de cada Partido, quando se tratar de eleição para a
em seguida, fechá-la; Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas, e à
Convenção Municipal, quando se tratar de eleição para a
III - verificação da autenticidade da cédula oficial à vista das
Câmara de Vereadores, e será aprovada mediante a votação
rubricas;
favorável da maioria, presentes 2/3 (dois terços) dos
IV - emprego de urna que assegure a inviolabilidade do convencionais, estabelecendo-se, na mesma oportunidade,
sufrágio e seja suficientemente ampla para que não se o número de candidatos que caberá a cada
acumulem as cédulas na ordem que forem introduzidas. Partido. (Incluído pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985)
CAPÍTULO III § 2º - Cada Partido indicará em Convenção os seus
DA CÉDULA OFICIAL candidatos e o registro será promovido em conjunto pela
Coligação.(Incluído pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985)
Art. 104. As cédulas oficiais serão confeccionadas e
distribuídas exclusivamente pela Justiça Eleitoral, devendo Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o
ser impressas em papel branco, opaco e pouco absorvente. número de votos válidos apurados pelo de lugares a
A impressão será em tinta preta, com tipos uniformes de preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a
letra. fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se
superior.
§ 1º Os nomes dos candidatos para as eleições majoritárias
devem figurar na ordem determinada por sorteio. Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.504, de
30.9.1997)
§ 2º O sorteio será realizado após o deferimento do último
pedido de registro, em audiência presidida pelo juiz ou Art. 107 - Determina-se para cada Partido ou coligação o
presidente do Tribunal, na presença dos candidatos e quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o
delegados de partido. número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou

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coligação de legendas, desprezada a fração. (Redação dada II - em caso de empate na votação, na ordem decrescente da
pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985) idade.
Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por Parágrafo único. Na definição dos suplentes da
um partido ou coligação que tenham obtido votos em representação partidária, não há exigência de votação
número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente nominal mínima prevista pelo art. 108. (Incluído pela Lei nº
eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário 13.165, de 2015)
indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha
Art. 113. Na ocorrência de vaga, não havendo suplente para
recebido. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
preenchê-la, far-se-á eleição, salvo se faltarem menos de
Parágrafo único. Os lugares não preenchidos em razão da nove meses para findar o período de mandato.
exigência de votação nominal mínima a que se refere
TÍTULO II
o caput serão distribuídos de acordo com as regras do art.
DOS ATOS PREPARATÓRIOS DA VOTAÇÃO
109. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos Art. 114. Até 70 (setenta) dias antes da data marcada para a
quocientes partidários e em razão da exigência de votação eleição, todos os que requererem inscrição como eleitor, ou
nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos transferência, já devem estar devidamente qualificados e os
de acordo com as seguintes regras: (Redação dada pela Lei respectivos títulos prontos para a entrega, se deferidos pelo
nº 13.165, de 2015) juiz eleitoral.

I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada Parágrafo único. Será punido nos têrmos do art. 293 o juiz
partido ou coligação pelo número de lugares definido para o eleitoral, o escrivão eleitoral, o preparador ou o funcionário
partido pelo cálculo do quociente partidário do art. 107, mais responsável pela transgressão do preceituado neste artigo
um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior ou pela não entrega do título pronto ao eleitor que o
média um dos lugares a preencher, desde que tenha procurar.
candidato que atenda à exigência de votação nominal Art. 115. O s juizes eleitorais, sob pena de responsabilidade
mínima; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)(Vide comunicarão ao Tribunal Regional, até 30 (trinta) dias antes
ADIN 5420) de cada eleição, o número de eleitores alistados.
II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a Art. 116. A Justiça Eleitoral fará ampla divulgação através dos
preencher; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) comunicados transmitidos em obediência ao disposto no
III - quando não houver mais partidos ou coligações com Art. 250 § 5º pelo rádio e televisão, bem assim por meio de
candidatos que atendam às duas exigências do inciso I, as cartazes afixados em lugares públicos, dos nomes dos
cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as candidatos registrados, com indicação do partido a que
maiores médias. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de pertençam, bem como do número sob que foram inscritos,
2015) no caso dos candidatos a deputado e a vereador.

§ 1o O preenchimento dos lugares com que cada partido ou CAPÍTULO I


coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de DAS SEÇÕES ELEITORAIS
votação recebida por seus candidatos. (Redação dada pela Art. 117. As seções eleitorais, organizadas à medida em que
Lei nº 13.165, de 2015) forem sendo deferidos os pedidos de inscrição, não terão
§ 2o Poderão concorrer à distribuição dos lugares todos os mais de 400 (quatrocentos) eleitores nas capitais e de 300
partidos e coligações que participaram do pleito. (Redação (trezentos) nas demais localidades, nem menos de 50
dada pela Lei nº 13.488, de 2017) (cinqüenta) eleitores.

Art. 110. Em caso de empate, haver-se-á por eleito o § 1º Em casos excepcionais, devidamente justificados, o
candidato mais idoso. Tribunal Regional poderá autorizar que sejam ultrapassados
os índices previstos neste artigo desde que essa providência
Art. 111 - Se nenhum Partido ou coligação alcançar o venha facilitar o exercício do voto, aproximando o eleitor do
quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem local designado para a votação.
preenchidos todos os lugares, os candidatos mais
votados. (Redação dada pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985) § 2º Se em seção destinada aos cegos, o número de eleitores
não alcançar o mínimo exigido êste se completará com
Art.112. Considerar-se-ão suplentes da representação outros, ainda que não sejam cegos.
partidária:
Art. 118. Os juizes eleitorais organizarão relação de eleitores
I - os mais votados sob a mesma legenda e não eleitos de cada seção a qual será remetida aos presidentes das
efetivos das listas dos respectivos partidos; mesas receptoras para facilitação do processo de votação.

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CAPÍTULO II § 3º O partido que não houver reclamado contra a


DAS MESAS RECEPTORAS composição da mesa não poderá argüir sob esse
fundamento, a nulidade da seção respectiva.
Art. 119. A cada seção eleitoral corresponde uma mesa
receptora de votos. Art. 122. Os juizes deverão instruir os mesários sôbre o
processo da eleição, em reuniões para esse fim convocadas
Art. 120. Constituem a mesa receptora um presidente, um com a necessária antecedência.
primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um
suplente, nomeados pelo juiz eleitoral sessenta dias antes da Art. 123. Os mesários substituirão o presidente, de modo
eleição, em audiência pública, anunciado pelo menos com que haja sempre quem responda pessoalmente pela ordem
cinco dias de antecedência. (Redação dada pela Lei nº e regularidade do processo eleitoral, e assinarão a ata da
4.961, de 4.5.1966) eleição.

§ 1º Não podem ser nomeados presidentes e mesários: § 1º O presidente deve estar presente ao ato de abertura e
de encerramento da eleição, salvo força maior,
I - os candidatos e seus parentes ainda que por afinidade, até comunicando o impedimento aos mesários e secretários
o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge; pelo menos 24 (vinte e quatro) horas antes da abertura dos
II - os membros de diretórios de partidos desde que exerça trabalhos, ou imediatamente, se o impedimento se der
função executiva; dentro desse prazo ou no curso da eleição.
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os § 2º Não comparecendo o presidente até as sete horas e
funcionários no desempenho de cargos de confiança do trinta minutos, assumirá a presidência o primeiro mesário e,
Executivo; na sua falta ou impedimento, o segundo mesário, um dos
secretários ou o suplente.
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
§ 3º Poderá o presidente, ou membro da mesa que assumir
§ 2º Os mesários serão nomeados, de preferência entre os a presidência, nomear ad hoc, dentre os eleitores presentes
eleitores da própria seção, e, dentre estes, os diplomados em e obedecidas as prescrições do § 1º, do Art. 120, os que
escola superior, os professores e os serventuários da Justiça. forem necessários para completar a mesa.
§ 3º O juiz eleitoral mandará publicar no jornal oficial, onde Art. 124. O membro da mesa receptora que não comparecer
houver, e, não havendo, em cartório, as nomeações que tiver no local, em dia e hora determinados para a realização de
feito, e intimará os mesários através dessa publicação, para eleição, sem justa causa apresentada ao juiz eleitoral até 30
constituírem as mesas no dia e lugares designados, às 7 (trinta) dias após, incorrerá na multa de 50% (cinqüenta por
horas. cento) a 1 (um) salário-mínimo vigente na zona eleitoral
§ 4º Os motivos justos que tiverem os nomeados para cobrada mediante sêlo federal inutilizado no requerimento
recusar a nomeação, e que ficarão a livre apreciação do juiz em que fôr solicitado o arbitramento ou através de executivo
eleitoral, somente poderão ser alegados até 5 (cinco) dias a fiscal.
contar da nomeação, salvo se sobrevindos depois desse § 1º Se o arbitramento e pagamento da multa não fôr
prazo. requerido pelo mesário faltoso, a multa será arbitrada e
§ 5º Os nomeados que não declararem a existência de cobrada na forma prevista no artigo 367.
qualquer dos impedimentos referidos no § 1º incorrem na § 2º Se o faltoso fôr servidor público ou autárquico, a pena
pena estabelecida pelo Art. 310. será de suspensão até 15 (quinze) dias.
Art. 121. Da nomeação da mesa receptora qualquer partido § 3º As penas previstas neste artigo serão aplicadas em
poderá reclamar ao juiz eleitoral, no prazo de 2 (dois) dias, a dôbro se a mesa receptora deixar de funcionar por culpa dos
contar da audiência, devendo a decisão ser proferida em faltosos.
igual prazo.
§ 4º Será também aplicada em dôbro observado o disposto
§ 1º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o nos §§ 1º e 2º, a pena ao membro da mesa que abandonar
Tribunal Regional, interposto dentro de 3 (três) dias, os trabalhos no decurso da votação sem justa causa
devendo, dentro de igual prazo, ser resolvido. apresentada ao juiz até 3 (três) dias após a ocorrência.
§ 2º Se o vício da constituição da mesa resultar da Art. 125. Não se reunindo, por qualquer motivo, a mesa
incompatibilidade prevista no nº I, do § 1º, do Art. 120, e o receptora, poderão os eleitores pertencentes à respectiva
registro do candidato fôr posterior à nomeação do mesário, seção votar na seção mais próxima, sob a jurisdição do
o prazo para reclamação será contado da publicação dos mesmo juiz, recolhendo-se os seus votos à urna da seção em
nomes dos candidatos registrados. Se resultar de qualquer que deveriam votar, a qual será transportada para aquela em
das proibições dos nºs II, III e IV, e em virtude de fato que tiverem de votar.
superveniente, o prazo se contará do ato da nomeação ou
eleição.
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§ 1º As assinaturas dos eleitores serão recolhidas nas fôlhas Parágrafo único. As atribuições mencionadas no n.º 1 serão
de votação da seção a que pertencerem, as quais, exercidas por um dos secretários e os constantes dos nºs. II
juntamente com as cédulas oficiais e o material restante, e III pelo outro.
acompanharão a urna.
Art. 129. Nas eleições proporcionais os presidentes das
§ 2º O transporte da urna e dos documentos da seção será mesas receptoras deverão zelar pela preservação das listas
providenciado pelo presidente da mesa, mesário ou de candidatos afixadas dentro das cabinas indevassáveis
secretário que comparecer, ou pelo próprio juiz, ou pessoa tomando imediatas providências para a colocação de nova
que êle designar para esse fim, acompanhando-a os fiscais lista no caso de inutilização total ou parcial.
que o desejarem.
Parágrafo único. O eleitor que inutilizar ou arrebatar as listas
Art. 126. Se no dia designado para o pleito deixarem de se afixadas nas cabinas indevassáveis ou nos edifícios onde
reunir tôdas as mesas de um município, o presidente do funcionarem mesas receptoras, incorrerá nas penas do
Tribunal Regional determinará dia para se realizar o mesmo, artigo 297.
instaurando-se inquérito para a apuração das causas da
Art. 130. Nos estabelecimentos de internação coletiva de
irregularidade e punição dos responsáveis.
hansenianos os membros das mesas receptoras serão
Parágrafo único. Essa eleição deverá ser marcada dentro de escolhidos de preferência entre os médicos e funcionários
15 (quinze) dias, pelo menos, para se realizar no prazo sadios do próprio estabelecimento.
máximo de 30 (trinta) dias.
CAPÍTULO III
Art. 127. Compete ao presidente da mesa receptora, e, em DA FISCALIZAÇÃO PERANTE AS MESAS RECEPTORAS
sua falta, a quem o substituir:
Art. 131. Cada partido poderá nomear 2 (dois) delegados em
I - receber os votos dos eleitores; cada município e 2 (dois) fiscais junto a cada mesa receptora,
II - decidir imediatamente tôdas as dificuldades ou dúvidas funcionando um de cada vez.
que ocorrerem; § 1º Quando o município abranger mais de uma zona
III - manter a ordem, para o que disporá de força pública eleitoral cada partido poderá nomear 2 (dois) delegados
necessária; junto a cada uma delas.

IV - comunicar ao juiz eleitoral, que providenciará § 2º A escolha de fiscal e delegado de partido não poderá
imediatamente as ocorrências cuja solução deste recair em quem, por nomeação do juiz eleitoral, já faça parte
dependerem; da mesa receptora.

V - remeter à Junta Eleitoral todos os papéis que tiverem sido § 3º As credenciais expedidas pelos partidos, para os fiscais,
utilizados durante a recepção dos votos; deverão ser visadas pelo juiz eleitoral.

VI - autenticar, com a sua rubrica, as cédulas oficiais e § 4º Para esse fim, o delegado do partido encaminhará as
numerá-las nos têrmos das Instruções do Tribunal Superior credenciais ao Cartório, juntamente com os títulos eleitorais
Eleitoral; dos fiscais credenciados, para que, verificado pelo escrivão
que as inscrições correspondentes as títulos estão em vigor
VII - assinar as fórmulas de observações dos fiscais ou e se referem aos nomeados, carimbe as credenciais e as
delegados de partido, sôbre as votações; apresente ao juiz para o visto.
VIII - fiscalizar a distribuição das senhas e, verificando que § 5º As credenciais que não forem encaminhadas ao Cartório
não estão sendo distribuídas segundo a sua ordem numérica, pelos delegados de partido, para os fins do parágrafo
recolher as de numeração intercalada, acaso retidas, as quais anterior, poderão ser apresentadas pelos próprios fiscais
não se poderão mais distribuir. para a obtenção do visto do juiz eleitoral.
IX - anotar o não comparecimento do eleitor no verso da § 6º Se a credencial apresentada ao presidente da mesa
fôlha individual de votação. (Incluído pela Lei nº 4.961, de receptora não estiver autenticada na forma do § 4º, o fiscal
4.5.1966) poderá funcionar perante a mesa, mas o seu voto não será
Art. 128. Compete aos secretários: admitido, a não ser na seção em que o seu nome estiver
incluído.
I - distribuir aos eleitores as senhas de entrada previamente
rubricadas ou carimbadas segundo a respectiva ordem § 7º O fiscal de cada partido poderá ser substituído por outro
numérica; no curso dos trabalhos eleitorais.

II - lavrar a ata da eleição; Art. 132. Pelas mesas receptoras serão admitidos a fiscalizar
a votação, formular protestos e fazer impugnações, inclusive
III - cumprir as demais obrigações que lhes forem atribuídas sôbre a identidade do eleitor, os candidatos registrados, os
em instruções. delegados e os fiscais dos partidos.

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TÍTULO III XV - material necessário à contagem dos votos quando


DO MATERIAL PARA A VOTAÇÃO autorizada; (Renumerado do Inciso XVI pela Lei nº 4.961,
de 4.5.1966)
Art. 133. Os juizes eleitorais enviarão ao presidente de cada
mesa receptora, pelo menos 72 (setenta e duas) horas antes XVI - outro qualquer material que o Tribunal Regional julgue
da eleição, o seguinte material. necessário ao regular funcionamento da
mesa. (Renumerado do Inciso XVII pela Lei nº 4.961, de
I - relação dos eleitores da seção que poderá ser dispensada, 4.5.1966)
no todo ou em parte, pelo respectivo Tribunal Regional
Eleitoral em decisão fundamentada e aprovada pelo Tribunal § 1º O material de que trata êste artigo deverá ser remetido
Superior Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 6.055, de por protocolo ou pelo correio acompanhado de uma relação
17.6.1974) ao pé da qual o destinatário declarará o que recebeu e como
o recebeu, e aporá sua assinatura.
II - relações dos partidos e dos candidatos registrados, as
quais deverão ser afixadas no recinto das seções eleitorais § 2º Os presidentes da mesa que não tiverem recebido até
em lugar visível, e dentro das cabinas indevassáveis as 48 (quarenta e oito) horas antes do pleito o referido material
relações de candidatos a eleições proporcionais; deverão diligenciar para o seu recebimento.

III - as fôlhas individuais de votação dos eleitores da seção, § 3º O juiz eleitoral, em dia e hora previamente designados
devidamente acondicionadas; em presença dos fiscais e delegados dos partidos, verificará,
antes de fechar e lacrar as urnas, se estas estão
IV - uma fôlha de votação para os eleitores de outras seções, completamente vazias; fechadas, enviará uma das chaves, se
devidamente rubricada; houver, ao presidente da Junta Eleitoral e a da fenda,
V - uma urna vazia, vedada pelo juiz eleitoral, com tiras de também se houver, ao presidente da mesa receptora,
papel ou pano forte; juntamente com a urna.
VI - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) Art. 134. Nos estabelecimentos de internação coletiva para
hansenianos serão sempre utilizadas urnas de lona.
VI - sobrecartas maiores para os votos impugnados ou sôbre
os quais haja dúvida; (Renumerado do Inciso VII pela Lei nº TÍTULO IV
4.961, de 4.5.1966) DA VOTAÇÃO
CAPÍTULO I
VII - cédulas oficiais; (Renumerado do Inciso VIII pela Lei nº
4.961, de 4.5.1966) DOS LUGARES DA VOTAÇÃO

VIII - sobrecartas especiais para remessa à Junta Eleitoral dos Art. 135. Funcionarão as mesas receptoras nos lugares
documentos relativos à eleição; (Renumerado do Inciso IX designados pelos juizes eleitorais 60 (sessenta) dias antes da
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) eleição, publicando-se a designação.

IX - senhas para serem distribuídas aos § 1º A publicação deverá conter a seção com a numeração
eleitores; (Renumerado do Inciso X pela Lei nº 4.961, de ordinal e local em que deverá funcionar com a indicação da
4.5.1966) rua, número e qualquer outro elemento que facilite a
localização pelo eleitor.
X - tinta, canetas, penas, lápis e papel, necessários aos
trabalhos; (Renumerado do Inciso XI pela Lei nº 4.961, de § 2º Dar-se-á preferência aos edifícios públicos, recorrendo-
4.5.1966) se aos particulares se faltarem aqueles em número e
condições adequadas.
XI - fôlhas apropriadas para impugnação e fôlhas para
observação de fiscais de partidos; (Renumerado do Inciso § 3º A propriedade particular será obrigatória e
XII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) gratuitamente cedida para esse fim.

XII - modêlo da ata a ser lavrada pela mesa § 4º É expressamente vedado uso de propriedade
receptora; (Renumerado do Inciso XIII pela Lei nº 4.961, de pertencente a candidato, membro do diretório de partido,
4.5.1966) delegado de partido ou autoridade policial, bem como dos
respectivos cônjuges e parentes, consangüíneos ou afins, até
XIII - material necessário para vedar, após a votação, a fenda o 2º grau, inclusive.
da urna; (Renumerado do Inciso XIV pela Lei nº 4.961, de
4.5.1966) § 5º Não poderão ser localizadas seções eleitorais em
fazenda sítio ou qualquer propriedade rural privada, mesmo
XIV - um exemplar das Instruções do Tribunal Superior existindo no local prédio público, incorrendo o juiz nas penas
Eleitoral; (Renumerado do Inciso XV pela Lei nº 4.961, de do Art. 312, em caso de infringência. (Redação dada pela
4.5.1966) Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

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§ 6º Os Tribunais Regionais, nas capitais, e os juizes Art. 140. Somente podem permanecer no recinto da mesa
eleitorais, nas demais zonas, farão ampla divulgação da receptora os seus membros, os candidatos, um fiscal, um
localização das seções. delegado de cada partido e, durante o tempo necessário à
votação, o eleitor.
§ 6o-A. Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada
eleição, expedir instruções aos Juízes Eleitorais para orientá- § 1º O presidente da mesa, que é, durante os trabalhos, a
los na escolha dos locais de votação, de maneira a garantir autoridade superior, fará retirar do recinto ou do edifício
acessibilidade para o eleitor com deficiência ou com quem não guardar a ordem e compostura devidas e estiver
mobilidade reduzida, inclusive em seu entorno e nos praticando qualquer ato atentatório da liberdade eleitoral.
sistemas de transporte que lhe dão acesso. (Redação dada
§ 2º Nenhuma autoridade estranha a mesa poderá intervir,
pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
sob pretexto algum, em seu funcionamento, salvo o juiz
§ 6oB (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.226, de 15 de maio eleitoral.
de 2001)
Art. 141. A força armada conservar-se-á a cem metros da
§ 7º Da designação dos lugares de votação poderá qualquer seção eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da
partido reclamar ao juiz eleitoral, dentro de três dias a contar votação, ou dêle penetrar, sem ordem do presidente da
da publicação, devendo a decisão ser proferida dentro de mesa.
quarenta e oito horas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de
CAPÍTULO III
4.5.1966)
DO INÍCIO DA VOTAÇÃO
§ 8º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o
Tribunal Regional, interposto dentro de três dias, devendo Art. 142. No dia marcado para a eleição, às 7 (sete) horas, o
no mesmo prazo, ser resolvido. (Incluído pela Lei nº 4.961, presidente da mesa receptora os mesários e os secretários
de 4.5.1966) verificarão se no lugar designado estão em orem o material
remetido pelo juiz e a urna destinada a recolher os votos,
§ 9º Esgotados os prazos referidos nos §§ 7º e 8º deste bem como se estão presentes os fiscais de partido.
artigo, não mais poderá ser alegada, no processo eleitoral, a
proibição contida em seu § 5º. (Incluído pela Lei nº 6.336, Art. 143. As 8 (oito) horas, supridas as deficiências declarará
de 1º.6.1976) o presidente iniciados os trabalhos, procedendo-se em
seguida à votação, que começará pelos candidatos e
Art. 136. Deverão ser instaladas seções nas vilas e povoados, eleitores presentes.
assim como nos estabelecimentos de internação coletiva,
inclusive para cegos e nos leprosários onde haja, pelo menos, § 1º Os membros da mesa e os fiscais de partido deverão
50 (cinqüenta) eleitores. votar no correr da votação, depois que tiverem votado os
eleitores que já se encontravam presentes no momento da
Parágrafo único. A mesa receptora designada para qualquer abertura dos trabalhos, ou no encerramento da
dos estabelecimentos de internação coletiva deverá votação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
funcionar em local indicado pelo respectivo diretório mesmo 4.961, de 4.5.1966)
critério será adotado para os estabelecimentos
especializados para proteção dos cegos. § 2º Observada a prioridade assegurada aos candidatos, têm
preferência para votar o juiz eleitoral da zona, seus auxiliares
Art.137. Até 10 (dez) dias antes da eleição, pelo menos, de serviço, os eleitores de idade avançada os enfermos e as
comunicarão os juizes eleitorais aos chefes das repartições mulheres grávidas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
públicas e aos proprietários, arrendatários ou
administradores das propriedades particulares a resolução Art. 144. O recebimento dos votos começará às 8 (oito)e
de que serão os respectivos edifícios, ou parte dêles, terminará, salvo o disposto no Art. 153, às 17 (dezessete)
utilizados para pronunciamento das mesas receptoras. horas.

Art. 138. No local destinado a votação, a mesa ficará em Art. 145. O presidente, mesários, secretários, suplentes e os
recinto separado do público; ao lado haverá uma cabina delegados e fiscais de partido votarão, perante as mesas em
indevassável onde os eleitores, à medida que que servirem, sendo que os delegados e fiscais, desde que a
comparecerem, possam assinalar a sua preferência na credencial esteja visada na forma do artigo 131, § 3º; quando
cédula. eleitores de outras seções, seus votos serão tomados em
separado. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de
Parágrafo único. O juiz eleitoral providenciará para que nós 4.5.1966) (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985)
edifícios escolhidos sejam feitas as necessárias adaptações.
§ 1º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei
CAPÍTULO II nº 7.332, de 1º.7.1985)
DA POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS
§ 2º (Renumerado para parágrafo único (abaixo) pela Lei
Art. 139. Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral nº 4.961, de 4.5.1966)
cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.
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§ 3º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei CAPÍTULO IV


nº 7.332, de 1º.7.1985) DO ATO DE VOTAR
Parágrafo único. Com as cautelas constantes do ar. 147, § 2º, Art. 146. Observar-se-á na votação o seguinte:
poderão ainda votar fora da respectiva
seção: (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de I - o eleitor receberá, ao apresentar-se na seção, e antes de
4.5.1966 (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985) penetrar no recinto da mesa, uma senha numerada, que o
secretário rubricará, no momento, depois de verificar pela
I - o juiz eleitoral, em qualquer seção da zona sob sua relação dos eleitores da seção, que o seu nome constada
jurisdição, salvo em eleições municipais, nas quais poderá respectiva pasta;
votar em qualquer seção do município em que fôr
eleitor; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de II - no verso da senha o secretário anotará o número de
4.5.1966 ordem da fôlha individual da pasta, número esse que
constará da relação enviada pelo cartório à mesa receptora;
II - o Presidente da República, o qual poderá votar em
qualquer seção, eleitoral do país, nas eleições presidenciais; III - admitido a penetrar no recinto da mesa, segundo a
em qualquer seção do Estado em que fôr eleitor nas eleições ordem numérica das senhas, o eleitor apresentará ao
para governador, vice-governador, senador, deputado presidente seu título, o qual poderá ser examinado por fiscal
federal e estadual; em qualquer seção do município em que ou delegado de partido, entregando, no mesmo ato, a senha;
estiver inscrito, nas eleições para prefeito, vice-prefeito e IV - pelo número anotado no verso da senha, o presidente,
vereador; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, ou mesário, localizará a fôlha individual de votação, que será
de 4.5.1966 confrontada com o título e poderá também ser examinada
III - os candidatos à Presidência da República, em qualquer por fiscal ou delegado de partido;
seção eleitoral do país, nas eleições presidenciais, e, em V - achando-se em ordem o título e a fôlha individual e não
qualquer seção do Estado em que forem eleitores, nas havendo dúvida sôbre a identidade do eleitor, o presidente
eleições de âmbito estadual; (Renumerado do parágrafo da mesa o convidará a lançar sua assinatura no verso da fôlha
2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 individual de votação; em seguida entregar-lhe-á a cédula
IV - os governadores, vice-governadores, senadores, única rubricada no ato pelo presidente e mesários e
deputados federais e estaduais, em qualquer seção do numerada de acôrdo com as Instruções do Tribunal Superior
Estado, nas eleições de âmbito nacional e estadual; em instruindo-o sôbre a forma de dobrá-la, fazendo-o passar a
qualquer seção do município de que sejam eleitores, nas cabina indevassável, cuja porta ou cortina será encerrada em
eleições municipais; (Renumerado do parágrafo 2º pela seguida;
Lei nº 4.961, de 4.5.1966 VI - o eleitor será admitido a votar, ainda que deixe de exibir
V - os candidatos a governador, vice-governador, senador, no ato da votação o seu título, desde que seja inscrito na
deputado federal e estadual, em qualquer seção do Estado seção e conste da respectiva pasta a sua fôlha individual de
de que sejam eleitores, nas eleições de âmbito nacional e votação; nesse caso, a prova de ter votado será feita
estadual; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, mediante certidão que obterá posteriormente, no juízo
de 4.5.1966 competente;

VI - os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em qualquer VII - no caso da omissão da fôlha individual na respectiva
seção de município que representarem, desde que eleitores pasta verificada no ato da votação, será o eleitor, ainda,
do Estado, sendo que, no caso de eleições municipais, nelas admitido a votar, desde que exiba o seu título eleitoral e dêle
somente poderão votar se inscritos no conste que o portador é inscrito na seção, sendo o seu voto,
município; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº nesta hipótese, tomando em separado e colhida sua
4.961, de 4.5.1966 assinatura na fôlha de votação modêlo 2 (dois). Como ato
preliminar da apuração do voto, averiguar-se-á se se trata de
VII - os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador, em eleitor em condições de votar, inclusive se realmente
qualquer seção de município, desde que dêle sejam pertence à seção;
eleitores; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961,
de 4.5.1966 VIII - verificada a ocorrência de que trata o número anterior,
a Junta Eleitoral, antes de encerrar os seus trabalhos,
VIII - os militares, removidos ou transferidos dentro do apurará a causa da omissão. Se tiver havido culpa ou dolo,
período de 6 (seis) meses antes do pleito, poderão votar nas será aplicada ao responsável, na primeira hipótese, a multa
eleições para presidente e vice-presidente da República na de até 2 (dois) salários-mínimos, e, na segunda, a de
localidade em que estiverem servindo. (Renumerado do suspensão até 30 (trinta) dias;
parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966
IX - na cabina indevassável, onde não poderá permanecer
IX - os policiais militares em serviço. (Incluído pela Lei nº mais de um minuto, o eleitor indicará os candidatos de sua
9.504, de 9.5.1995)
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preferência e dobrará a cédula oficial, observadas as I - escreverá numa sobrecarta branca o seguinte:
seguintes normas: "Impugnado por "F";
a) assinalando com uma cruz, ou de modo que torne II - entregará ao eleitor a sobrecarta branca, para que êle, na
expressa a sua intenção, o quadrilátero correspondente ao presença da mesa e dos fiscais, nela coloque a cédula oficial
candidato majoritário de sua preferência; que assinalou, assim como o seu título, a fôlha de
impugnação e qualquer outro documento oferecido pelo
b) escrevendo o nome, o prenome, ou o número do
impugnante;
candidato de sua preferência nas eleições
proporcionais. (Redação dada pela Lei nº 7.434, de III - determinará ao eleitor que feche a sobrecarta branca e a
19.12.1985) deposite na urna;
c) escrevendo apenas a sigla do partido de sua preferência, IV - anotará a impugnação na ata.
se pretender votar só na legenda; (Revogado pela Lei nº
§3º O voto em separado, por qualquer motivo, será sempre
6.989, de 5.5.1982) (Vide restabelecimento Lei nº 7.332,
tomado na forma prevista no parágrafo anterior.
de 1º.7.1985)
Art. 148. O eleitor somente poderá votar na seção eleitoral
X - ao sair da cabina o eleitor depositará na urna a cédula;
em que estiver incluído o seu nome.
XI - ao depositar a cédula na urna o eleitor deverá fazê-lo de
§ 1º Essa exigência somente poderá ser dispensada nos casos
maneira a mostrar a parte rubricada à mesa e aos fiscais de
previstos no Art. 145 e seus parágrafos.
partido, para que verifiquem sem nela tocar, se não foi
substituída; § 2º Aos eleitores mencionados no Art. 145 não será
permitido votar sem a exibição do título, e nas fôlhas de
XII - se a cédula oficial não fôr a mesmo, será o eleitor
votação modêlo 2 (dois), nas quais lançarão suas assinaturas,
convidado a voltar à cabina indevessável e a trazer seu voto
serão sempre anotadas na coluna própria as seções
na cédula que recebeu; senão quiser tornar à cabina ser-lhe-
mecionadas nos título retidos.
á recusado a ocorrência na ata e ficando o eleitor retido pela
mesa, e à sua disposição, até o término da votação ou a § 3º Quando se tratar de candidato, o presidente da mesa
devolução da cédula oficial já rubricada e numerada; receptora verificará, previamente, se o nome figura na
relação enviada à seção, e quando se tratar de fiscal de
XIII - se o eleitor, ao receber a cédula ou ao recolher-se à
partido, se a credencial está devidamente visada pelo juiz
cabia de votação, verificar que a cédula se acha estragada
eleitoral.
ou, de qualquer modo, viciada ou assinalada ou se êle
próprio, por imprudência, imprevidência ou ignorância, a § 4º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
inutilizar, estragar ou assinalar erradamente, poderá pedir
§ 5º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
uma outra ao presidente da seção eleitoral, restituíndo,
porém, a primeira, a qual será imediatamente inutilizada à Art. 149. Não será admitido recurso contra a votação, se não
vista dos presentes e sem quebra do sigilo do que o eleitor tiver havido impugnação perante a mesa receptora, no ato
haja nela assinalado; da votação, contra as nulidades argüidas.
XIV - introduzida a sobrecarta na urna, o presidente da mesa Art. 150. O eleitor cego poderá:
devolverá o título ao eleitor, depois de datá-lo e assiná-lo;
I - assinar a fôlha individual de votação em letras do alfabeto
em seguida rubricará, no local próprio, a fôlha individual de
comum ou do sistema Braille;
votação.
II - assinalar a cédula oficial, utilizando também qualquer
Art. 147. O presidente da mesa dispensará especial atenção
sistema;
à identidade de cada eleitor admitido a votar Existindo
dúvida a respeito, deverá exigir-lhe a exibição da respectiva III - usar qualquer elemento mecânico que trouxer consigo,
carteira, e, na falta desta, interrogá-lo sôbre os dados ou lhe fôr fornecido pela mesa, e que lhe possibilite exercer
constantes do título, ou da fôlha individual de votação, o direito de voto
confrontando a assinatura do mesmo com a feita na sua
Art. 151. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 7.12.1989)
presença pelo eleitor, e mencionando na ata a dúvida
suscitada. Art. 152. Poderão ser utilizadas máquinas de votar, a critério
e mediante regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral.
§ 1º A impugnação à identidade do eleitor, formulada pelos
membros da mesa, fiscais, delegados, candidatos ou CAPÍTULO V
qualquer eleitor, será apresentada verbalmente ou por DO ENCERRAMENTO DA VOTAÇÃO
escrito, antes de ser o mesmo admitido a votar.
Art. 153. Às 17 (dezessete) horas, o presidente fará entregar
§ 2º Se persistir a dúvida ou fôr mantida a impugnação, as senhas a todos os eleitores presentes e, em seguida, os
tomará o presidente da mesa as seguintes providências:

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convidará, em voz alta, a entregar à mesa seus títulos, para fôlha devidamente rubricada por êle, mesários e fiscais que
que sejam admitidos a votar. o desejarem, mencionado esse fato na própria ata;
Parágrafo único. A votação continuará na ordem numérica V - assinará a ata com os demais membros da mesa,
das senhas e o título será devolvido ao eleitor, logo que secretários e fiscais que quiserem;
tenha votado.
VI - entregará a urna e os documentos do ato eleitoral ao
Art. 154. Terminada a votação e declarado o seu presidente da Junta ou à agência do Correio mais próxima,
encerramento elo presidente, tomará estes as seguintes ou a outra vizinha que ofereça melhores condições de
providências: segurança e expedição, sob recibo em triplicata com a
indicação de hora, devendo aqueles documentos ser
I - vedará a fenda de introdução da cédula na urna, de modo
encerrados em sobrecartas rubricadas por êle e pelos fiscais
a cobri-la inteiramente com tiras de papel ou pano forte,
que o quiserem;
rubricadas pelo presidente e mesários e, facultativamente,
pelos fiscais presentes, separará todas as folhas de votação VII - comunicará em ofício, ou impresso próprio, ao juiz
correspondentes aos eleitores faltosos e fará constar, no eleitoral da zona a realização da eleição, o número de
verso de cada uma delas na parte destinada à assinatura do eleitores que votaram e a remessa da urna e dos
eleitor, a falta verificada, por meio de breve registro, que documentos à Junta Eleitoral;
autenticará com a sua assinatura. (Redação dada pela Lei
VIII - enviará em sobrecarta fechada uma das vias do recibo
nº 4.961, de 4.5.1966)
do Correio à Junta Eleitoral e a outra ao Tribunal Regional.
II - encerrará, com a sua assinatura, a fôlha de votação
§ 1º Os Tribunais Regionais poderão prescrever outros meios
modêlo 2 (dois), que poderá ser também assinada pelos
de vedação das urnas.
fiscais;
§ 2º No Distrito Federal e nas capitais dos Estados poderão
III - mandará lavra, por um dos secretários, a ata da eleição,
os Tribunais Regionais determinar normas diversas para a
preenchendo o modêlo fornecido pela Justiça Eleitoral, para
entrega de urnas e papéis eleitorais, com as cautelas
que conste:
destinadas a evitar violação ou extravio.
a) os nomes dos membros da mesa que hajam comparecido,
Art. 155. O presidente da Junta Eleitoral e as agências do
inclusive o suplente;
Correio tomarão as providências necessárias para o
b) as substituições e nomeações feitas; recebimento da urna e dos documentos referidos no artigo
anterior.
c) os nomes dos fiscais que hajam comparecido e dos que se
retiraram durante a votação; §1º Os fiscais e delegados de partidos têm direito de vigiar e
acompanhar a urna desde o momento da eleição, durante a
d) a causa, se houver, do retardamento para o começo da
permanência nas agências do Correio e até a entrega à Junta
votação;
Eleitoral.
e) o número, por extenso, dos eleitores da seção que
§ 2º A urna ficará permanentemente à vista dos interessados
compareceram e votaram e o número dos que deixaram de
e sob a guarda de pessoa designada pelo presidente da Junta
comparecer;
Eleitoral.
f) o número, por extenso, de eleitores de outras seções que
Art. 156. Até as 12 (doze) horas do dia seguinte à realização
hajam votado e cujos votos hajam sido recolhidos ao
da eleição, o juiz eleitoral é obrigado, sob pena de
invólucro especial;
responsabilidade e multa de 1 (um) a 2 (dois) salários-
g) o motivo de não haverem votado alguns dos eleitores que mínimos, a comunicar ao Tribunal Regional, e aos delegados
compareceram; de partido perante êle credenciados, o número de eleitores
que votaram em cada uma das seções da zona sob sua
h) os protestos e as impugnações apresentados pelos fiscais,
jurisdição, bem como o total de votantes da zona.
assim como as decisões sôbre eles proferidas, tudo em seu
inteiro teor; § 1º Se houver retardamento nas medidas referidas no Art.
154, o juiz eleitoral, assim que receba o ofício constante
i) a razão de interrupção da votação, se tiver havido, e o
desse dispositivo, nº VII, fará a comunicação constante dêste
tempo de interrupção;
artigo.
j) a ressalva das rasuras, emendas e entrelinhas porventura
§ 2º Essa comunicação será feita por via postal, em ofícios
existentes nas folhas de votação e na ata, ou a declaração de
registrados de que o juiz eleitoral guardará cópia no arquivo
não existirem;
da zona, acompanhada do recibo do Correio.
IV - mandará, em caso de insuficiência de espaço no modêlo
§ 3º Qualquer candidato, delegado ou fiscal de partido
destinado ao preenchimento, prosseguir a ata em outra
poderá obter, por certidão, o teor da comunicação a que se

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refere êste artigo, sendo defeso ao juiz eleitoral recusá-la ou Art. 160. Havendo conveniência, em razão do número de
procrastinar a sua entrega ao requerente. urnas a apurar, a Junta poderá subdividir-se em turmas, até
o limite de 5 (cinco), todas presididas por algum dos seus
Art. 157. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 7.12.1989)
componentes.
TÍTULO V
Parágrafo único. As dúvidas que forem levantadas em cada
DA APURAÇÃO
turma serão decididas por maioria de votos dos membros da
CAPÍTULO I Junta.
DOS ÓRGÃOS APURADORES
Art. 161. Cada partido poderá credenciar perante as Juntas
Art. 158. A apuração compete: até 3 (três) fiscais, que se revezem na fiscalização dos
I - às Juntas Eleitorais quanto às eleições realizadas na zona trabalhos.
sob sua jurisdição; § 1º Em caso de divisão da Junta em turmas, cada partido
II - aos Tribunais Regionais a referente às eleições para poderá credenciar até 3 (três) fiscais para cada turma.
governador, vice-governador, senador, deputado federal e § 2º Não será permitida, na Junta ou turma, a atuação de
estadual, de acôrdo com os resultados parciais enviados mais de 1 (um) fiscal de cada partido.
pelas Junta Eleitorais;
Art. 162. Cada partido poderá credenciar mais de 1 (um)
III - ao Tribunal Superior Eleitoral nas eleições para delegado perante a Junta, mas no decorrer da apuração só
presidente e vice-presidente da República , pelos resultados funcionará 1 (um) de cada vez.
parciais remetidos pelos Tribunais Regionais.
Art. 163. Iniciada a apuração da urna, não será a mesma
CAPÍTULO II interrompida, devendo ser concluída.
DA APURAÇÃO NAS JUNTAS
Parágrafo único. Em caso de interrupção por motivo de força
SEÇÃO I
maior, as cédulas e as folhas de apuração serão recolhidas à
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
urna e esta fechada e lacrada, o que constará da ata.
Art. 159. A apuração começará no dia seguinte ao das Art. 164. É vedado às Juntas Eleitorais a divulgação, por
eleições e, salvo motivo justificado, deverá terminar dentro qualquer meio, de expressões, frases ou desenhos estranhos
de 10 (dez) dias. ao pleito, apostos ou contidos nas cédulas.
§ 1º Iniciada a apuração, os trabalhos não serão § 1º Aos membros, escrutinadores e auxiliares das Juntas
interrompidos aos sábados, domingos e dias feriados, que infringirem o disposto neste artigo será aplicada a multa
devendo a Junta funcionar das 8 (oito) às 18 (dezoito) horas, de 1 (um) a 2 (dois) salários-mínimos vigentes na Zona
pelo menos. Eleitoral, cobrados através de executivo fiscal ou da
§ 2º Em caso de impossibilidade de observância do prazo inutilização de sêlos federais no processo em que fôr
previsto neste artigo, o fato deverá ser imediatamente arbitrada a multa.
justificado perante o Tribunal Regional, mencionando-se as § 2º Será considerada dívida líquida e certa, para efeito de
horas ou dias necessários para o adiamento que não poderá cobrança, a que fôr arbitrada pelo Tribunal Regional e
exceder a cinco dias. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de inscrita em livro próprio na Secretaria desse órgão.
4.5.1966)
SEÇÃO II
§ 3º Esgotado o prazo e a prorrogação estipulada neste
DA ABERTURA DA URNA
artigo ou não tendo havido em tempo hábil o pedido de
prorrogação, a respectiva Junta Eleitoral perde a Art. 165. Antes de abrir cada urna a Junta verificará:
competência para prosseguir na apuração devendo o seu
I - se há indício de violação da urna;
presidente remeter, imediatamente ao Tribunal Regional,
todo o material relativo à votação. (Incluído pela Lei nº II - se a mesa receptora se constituiu legalmente;
4.961, de 4.5.1966)
III - se as folhas individuais de votação e as folhas modêlo 2
§ 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, (dois) são autênticas;
competirá ao Tribunal Regional fazer a apuração. (Incluído
IV - se a eleição se realizou no dia, hora e local designados e
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
se a votação não foi encerrada antes das 17 (dezessete)
§ 5º Os membros da Junta Eleitoral responsáveis pela horas;
inobservância injustificada dos prazos fixados neste artigo
V - se foram infringidas as condições que resguardam o sigilo
estarão sujeitos à multa de dois a dez salários-mínimos,
do voto;
aplicada pelo Tribunal Regional. (Incluído pela Lei nº 4.961,
de 4.5.1966) VI - se a seção eleitoral foi localizada com infração ao
disposto nos §§ 4º e 5º do Art. 135;
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VII - se foi recusada, sem fundamento legal, a fiscalização de § 2º Se a Junta entender que a incoincidência resulta de
partidos aos atos eleitorais; fraude, anulará a votação, fará a apuração em separado e
recorrerá de ofício para o Tribunal Regional.
VIII - se votou eleitor excluído do alistamento, sem ser o seu
voto tomado em separado; Art. 167. Resolvida a apuração da urna, deverá a Junta
inicialmente:
IX - se votou eleitor de outra seção, a não ser nos casos
expressamente admitidos; I - examinar as sobrecartas brancas contidas na urna,
anulando os votos referentes aos eleitores que não podiam
X - se houve demora na entrega da urna e dos documentos
votar; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
conforme determina o nº VI, do Art. 154.
II - misturar as cédulas oficiais dos que podiam votar com as
XI - se consta nas folhas individuais de votação dos eleitores
demais existentes na urna. (Redação dada pela Lei nº
faltosos o devido registro de sua falta. (Incluído pela Lei nº
4.961, de 4.5.1966)
4.961, de 4.5.1966)
III - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 1º Se houver indício de violação da urna, proceder-se-á da
seguinte forma: IV (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
I - antes da apuração, o presidente da Junta indicará pessoa Art. 168. As questões relativas à existência de rasuras,
idônea para servir como perito e examinar a urna com emendas e entrelinhas nas folhas de votação e na ata da
assistência do representante do Ministério Público; eleição, somente poderão ser suscitadas na fase
correspondente à abertura das urnas.
II - se o perito concluir pela existência de violação e o seu
parecer fôr aceito pela Junta, o presidente desta comunicará SEÇÃO III
a ocorrência ao Tribunal Regional, para as providências de DAS IMPUGNAÇÕES E DOS RECURSOS
lei;
Art. 169. À medida que os votos forem sendo apurados,
III - se o perito e o representante do Ministério Público poderão os fiscais e delegados de partido, assim como os
concluírem pela inexistência de violação, far-se-á a candidatos, apresentar impugnações que serão decididas de
apuração; plano pela Junta.
IV - se apenas o representante do Ministério Público § 1º As Juntas decidirão por maioria de votos as
entender que a urna foi violada, a Junta decidirá, podendo impugnações.
aquêle, se a decisão não fôr unânime, recorrer
imediatamente para o Tribunal Regional; § 2º De suas decisões cabe recurso imediato, interposto
verbalmente ou por escrito, que deverá ser fundamentado
V - não poderão servir de peritos os referidos no Art. 36, § no prazo de 48 (quarenta e oito) horas para que tenha
3º, nºs. I a IV. seguimento.
§ 2º s impugnações fundadas em violação da urna somente § 3º O recurso, quando ocorrerem eleições simultâneas,
poderão ser apresentadas até a abertura desta. indicará expressamente eleição a que se refere.
§ 3º Verificado qualquer dos casos dos nºs. II, III, IV e V do § 4º Os recursos serão instruídos de ofício, com certidão da
artigo, a Junta anulará a votação, fará a apuração dos votos decisão recorrida; se interpostos verbalmente, constará
em separado e recorrerá de ofício para o Tribunal Regional. também da certidão o trecho correspondente do
§ 4º Nos casos dos números VI, VII, VIII, IX e X, a Junta boletim. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
decidirá se a votação é válida, procedendo à apuração Art. 170. As impugnações quanto à identidade do eleitor,
definitiva em caso afirmativo, ou na forma do parágrafo apresentadas no ato da votação, serão resolvidas pelo
anterior, se resolver pela nulidade da votação. confronto da assinatura tomada no verso da folha individual
§ 5º A junta deixará de apurar os votos de urna que não de votação com a existente no anverso; se o eleitor votou em
estiver acompanhada dos documentos legais e lavrará têrmo separado, no caso de omissão da folha individual na
relativo ao fato, remetendo-a, com cópia da sua decisão, ao respectiva pasta, confrontando-se a assinatura da folha
Tribunal Regional. modêlo 2 (dois) com a do título eleitoral.

Art. 166. Aberta a urna, a Junta verificará se o número de Art. 171 Não será admitido recurso contra a apuração, se não
cédulas oficiais corresponde ao de votantes. (Redação tiver havido impugnação perante a Junta, no ato apuração,
dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) contra as nulidades arguidas.

§ 1º A incoincidência entre o número de votantes e o de Art. 172. Sempre que houver recurso fundado em contagem
cédulas oficiais encontradas na urna não constituirá motivo errônea de votos, vícios de cédulas ou de sobrecartas para
de nulidade da votação, desde que não resulte de fraude votos em separado, deverão as cédulas ser conservadas em
comprovada. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) invólucro lacrado, que acompanhará o recurso e deverá ser

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rubricado pelo juiz eleitoral, pelo recorrente e pelos não indicar a legenda; (Renumerado do § 3º pela Lei nº
delegados de partido que o desejarem. (Redação dada pela 4.961, de 4 5.66)
Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
II - se o eleitor escrever o nome de mais de um candidato ao
SEÇÃO IV mesmo cargo, pertencentes a partidos diversos, ou,
DA CONTAGEM DOS VOTOS indicando apenas os números, o fizer também de candidatos
de partidos diferentes; (Renumerado do § 3º pela Lei nº
Art. 173. Resolvidas as impugnações a Junta passará a apurar 4.961, de 4 5.66)
os votos.
III - se o eleitor, não manifestando preferência por candidato,
Parágrafo único. Na apuração, poderá ser utilizado sistema ou o fazendo de modo que não se possa identificar o de sua
eletrônico, a critério do Tribunal Superior Eleitoral e na preferência, escrever duas ou mais legendas diferentes no
forma por ele estabelecida. (Incluído pela Lei nº 6.978, de espaço relativo à mesma eleição. (Renumerado do § 3º
19.1.1982) pela Lei nº 4.961, de 4 5.66)
Art. 174. As cédulas oficiais, à medida em que forem sendo IV- (Incluído pela Lei nº 6.989, de 5.5.1982 e restabelecido
abertas, serão examinadas e lidas em voz alta por um dos pela Lei nº 7.332, de 1º.7.1985)
componentes da Junta.
§ 3º Serão nulos, para todos os efeitos, os votos dados a
§ 1º Após fazer a declaração dos votos em branco e antes de candidatos inelegíveis ou não registrados. : (Renumerado
ser anunciado o seguinte, será aposto na cédula, no lugar do § 4º pela Lei nº 4.961, de 4 5.66)
correspondente à indicação do voto, um carimbo com a
expressão "em branco", além da rubrica do presidente da § 4º O disposto no parágrafo anterior não se aplica quando
turma. (Redação dada pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974) a decisão de inelegibilidade ou de cancelamento de registro
for proferida após a realização da eleição a que concorreu o
§ 2º O mesmo processo será adaptado para o voto candidato alcançado pela sentença, caso em que os votos
nulo. (Incluído pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974) serão contados para o partido pelo qual tiver sido feito o seu
§ 3º Não poderá ser iniciada a apuração dos votos da urna registro. (Incluído pela Lei nº 7.179, de 19.12.1983)
subsequente sob as penas do Art. 345, sem que os votos em Art. 176. Contar-se-á o voto apenas para a legenda, nas
branco da anterior estejam todos registrados pela forma eleições pelo sistema proporcional: (Redação dada pela Lei
referida no § 1º. (Incluído pela Lei nº 4.961, de nº 8.037, de 1990)
4.5.1966 e renumerado do § 2º pela Lei nº 6.055, de
17.6.1974) I - se o eleitor escrever apenas a sigla partidária, não
indicando o candidato de sua preferência; (Redação dada
§ 4º As questões relativas às cédulas somente poderão ser pela Lei nº 8.037, de 1990)
suscitadas nessa oportunidade. (Renumerado do parágrafo
único para § 3º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) e renumerado II - se o eleitor escrever o nome de mais de um candidato do
do § 3º pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974) mesmo Partido; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990)

Art. 175. Serão nulas as cédulas: I - que não corresponderem III - se o eleitor, escrevendo apenas os números, indicar mais
ao modelo oficial; (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985) de um candidato do mesmo Partido; (Redação dada pela
Lei nº 8.037, de 1990)
II - que não estiverem devidamente autenticadas;
IV - se o eleitor não indicar o candidato através do nome ou
III - que contiverem expressões, frases ou sinais que possam do número com clareza suficiente para distingui-lo de outro
identificar o voto. candidato do mesmo Partido. (Redação dada pela Lei nº
§ 1º Serão nulos os votos, em cada eleição majoritária: 8.037, de 1990)
I - quando forem assinalados os nomes de dois ou mais Art. 177. Na contagem dos votos para as eleições realizadas
candidatos para o mesmo cargo; pelo sistema proporcional observar-se-ão, ainda, as
seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 8.037, de
II - quando a assinalação estiver colocada fora do 1990)
quadrilátero próprio, desde que torne duvidosa a
manifestação da vontade do eleitor. I - a inversão, omissão ou erro de grafia do nome ou prenome
não invalidará o voto, desde que seja possível a identificação
§ 2º Serão nulos os votos, em cada eleição pelo sistema do candidato; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990)
proporcional: (Renumerado do § 3º pela Lei nº 4.961, de 4
5.66) II - se o eleitor escrever o nome de um candidato e o número
correspondente a outro da mesma legenda ou não, contar-
I - quando o candidato não fôr indicado, através do nome ou se-á o voto para o candidato cujo nome foi escrito, bem
do número, com clareza suficiente para distinguí-lo de outro como para a legenda a que pertence; (Redação dada pela
candidato ao mesmo cargo, mas de outro partido, e o eleitor Lei nº 8.037, de 1990)

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III - se o eleitor escrever o nome ou o número de um trabalhos da Comissão tiver conhecimento da incoincidência
candidato e a legenda de outro Partido, contar-se-á o voto de qualquer resultado.
para o candidato cujo nome ou número foi
§ 7º Apresentado o boletim, será aberta vista aos demais
escrito; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990)
partidos, pelo prazo de 2 (dois) dias, os quais somente
IV - se o eleitor escrever o nome ou o número de um poderão contestar o erro indicado com a apresentação de
candidato a Deputado Federal na parte da cédula referente boletim da mesma urna, revestido das mesmas
a Deputado Estadual ou vice-versa, o voto será contado para formalidades.
o candidato cujo nome ou número foi escrito; (Redação
§ 8º Se o boletim apresentado na contestação consignar
dada pela Lei nº 8.037, de 1990)
outro resultado, coincidente ou não com o que figurar no
V - se o eleitor escrever o nome ou o número de candidatos mapa enviado pela Junta, a urna será requisitada e
em espaço da cédula que não seja o correspondente ao recontada pelo próprio Tribunal Regional, em sessão.
cargo para o qual o candidato foi registrado, será o voto
§ 9º A não expedição do boletim imediatamente após a
computado para o candidato e respectiva legenda, conforme
apuração de cada urna e antes de se passa à subsequente,
o registro. (Incluído pela Lei nº 8.037, de 1990)
sob qualquer pretexto, constitui o crime previsto no Art. 313.
Art. 178. O voto dado ao candidato a Presidente da República
Art. 180. O disposto no artigo anterior e em todos os seus
entender-se-á dado também ao candidato a vice-presidente,
parágrafos aplica-se às eleições municipais, observadas
assim como o dado aos candidatos a governador, senador,
somente as seguintes alterações:
deputado federal nos territórios, prefeito e juiz de paz
entender-se-á dado ao respectivo vice ou suplente. I - o boletim de apuração poderá ser apresentado à Junta até
3 (três) dia depois de totalizados os resultados, devendo os
Art. 179. Concluída a contagem dos votos a Junta ou turma
partidos ser cientificados, através de seus delegados, da data
deverá:
em que começará a correr êsse prazo;
I - transcrever nos mapas referentes à urna a votação
II - apresentado o boletim será observado o disposto nos §§
apurada;
7º e 8º do artigo anterior, devendo a recontagem ser
II - expedir boletim contendo o resultado da respectiva procedida pela própria Junta.
seção, no qual serão consignados o número de votantes, a
Art. 181. Salvo nos casos mencionados nos artigos
votação individual de cada candidato, os votos de cada
anteriores, a recontagem de votos só poderá ser deferida
legenda partidária, os votos nulos e os em branco, bem como
pelos Tribunais Regionais, em recurso interposto
recursos, se houver.
imediatamente após a apuração de cada urna.
§ 1º Os mapas, em todas as suas folhas, e os boletins de
Parágrafo único. Em nenhuma outra hipótese poderá a Junta
apuração, serão assinados pelo presidente e membros da
determinar a reabertura de urnas já apuradas para
Junta e pelos fiscais de partido que o desejarem.
recontagem de votos.
§ 2º O boletim a que se refere e êste artigo obedecerá a
Art. 182. Os títulos dos eleitores estranhos à seção serão
modêlo aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, podendo
separados, para remessa, depois de terminados os trabalhos
porém, na sua falta, ser substituído por qualquer outro
da Junta, ao juiz eleitoral da zona nêles mencionadas, a fim
expedido por Tribunal Regional ou pela própria Junta
de que seja anotado na fôlha individual de votação o voto
Eleitoral.
dado em outra seção.
§ 3º Um dos exemplares do boletim de apuração será
Parágrafo único. Se, ao ser feita a anotação, no confronto do
imediatamente afixado na sede da Junta, em local que possa
título com a fôlha individual, se verificar incoincidência ou
ser copiado por qualquer pessoa.
outro indício de fraude, serão autuados tais documentos e o
§ 4º Cópia autenticada do boletim de apuração será juiz determinará as providências necessárias para apuração
entregue a cada partido, por intermédio do delegado ou do fato e conseqüentes medidas legais.
fiscal presente, mediante recibo.
Art. 183. Concluída a apuração, e antes de se passar à
§ 5º O boletim de apuração ou sua cópia autenticada com a subsequente, as cédulas serão recolhidas à urna, sendo esta
assinatura do juiz e pelo menos de um dos membros da fechada e lacrada, não podendo ser reaberta senão depois
Junta, podendo ser apresentado ao Tribunal Regional, nas de transitada em julgado a diplomação, salvo nos casos de
eleições federais e estaduais, sempre que o número de votos recontagem de votos.
constantes dos mapas recebidos pela Comissão Apuradora
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no presente
não coincidir com os nele consignados.
artigo, sob qualquer pretexto, constitui o crime eleitoral
§ 6º O partido ou candidato poderá apresentar o boletim na previsto no Art. 314.
oportunidade concedida pelo Art. 200, quando terá vista do
relatório da Comissão Apuradora, ou antes, se durante os
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Art. 184. Terminada a apuração, a Junta remeterá ao III- as seções onde não houve eleição e os motivos;
Tribunal Regional no prazo de vinte e quatro horas, todos os
IV - as impugnações feitas, a solução que lhes foi dada e os
papéis eleitorais referentes às eleições estaduais ou federais,
recursos interpostos;
acompanhados dos documentos referentes à apuração,
juntamente com a ata geral dos seus trabalhos, na qual serão V - a votação de cada legenda na eleição para vereador;
consignadas as votações apuradas para cada legenda e
VI - o quociente eleitoral e os quocientes partidários;
candidato e os votos não apurados com a declaração dos
motivos porque o não foram. (Redação dada pela Lei nº VII - a votação dos candidatos a vereador, incluídos em cada
4.961, de 4.5.1966) lista registrada, na ordem da votação recebida;
§ 1º Essa remessa será feita em invólucros fechado, lacrado VIII - a votação dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e a
e rubricado pelos membros da Junta, delegados e fiscais de juiz de paz, na ordem da votação recebida.
Partido, por via postal ou sob protocolo, conforme fôr mais
§ 2º Cópia da ata geral da eleição municipal, devidamente
rápida e segura a chegada ao destino. (Renumerado do
autenticada pelo juiz, será enviada ao Tribunal Regional e ao
parágrafo único pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Tribunal Superior Eleitoral.
§ 2º Se a remessa dos papéis eleitorais de que trata êste
Art. 187. Verificando a Junta Apuradora que os votos das
artigo não se verificar no prazo nele estabelecido os
seções anuladas e daquelas cujos eleitores foram impedidos
membros da Junta estarão sujeitos à multa correspondente
de votar, poderão alterar a representação de qualquer
à metade do salário-mínimo regional por dia de
partido ou classificação de candidato eleito pelo princípio
retardamento. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
majoritário, nas eleições municipais, fará imediata
§ 3º Decorridos quinze dias sem que o Tribunal Regional comunicação do fato ao Tribunal Regional, que marcará, se
tenha recebido os papéis referidos neste artigo ou fôr o caso, dia para a renovação da votação naquelas seções.
comunicação de sua expedição, determinará ao Corregedor
§ 1º Nas eleições suplementares municipais observar-se-á,
Regional ou Juiz Eleitoral mais próximo que os faça
no que couber, o disposto no Art. 201.
apreender e enviar imediatamente, transferindo-se para o
Tribunal Regional a competência para decidir sôbre os § 2º Essas eleições serão realizadas perante novas mesas
mesmos. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) receptoras, nomeadas pelo juiz eleitoral, e apuradas pela
própria Junta que, considerando os anteriores e os novos
Art. 185. Sessenta dias após o trânsito em julgado da
resultados, confirmará ou invalidará os diplomas que houver
diplomação de todos os candidatos, eleitos nos pleitos
expedido.
eleitorais realizados simultaneamente e prévia publicação de
edital de convocação, as cédulas serão retiradas das urnas e § 3º Havendo renovação de eleições para os cargos de
imediatamente incineradas, na presença do Juiz Eleitoral e prefeito e vice-prefeito, os diplomas somente serão
em ato público, vedado a qualquer pessoa inclusive ao Juiz, expedidos depois de apuradas as eleições suplementares.
o seu exame na ocasião da incineração. (Redação dada pela
§ 4º Nas eleições suplementares, quando ser referirem a
Lei nº 6.055, de 17.6.1974)
mandatos de representação proporcional, a votação e a
Parágrafo único. Poderá ainda a Justiça Eleitoral, tomadas as apuração far-se-ão exclusivamente para as legendas
medidas necessárias à garantia do sigilo, autorizar a registradas.
reciclagem industrial das cédulas, em proveito do ensino
SEÇÃO V
público de primeiro grau ou de instituições
DA CONTAGEM DOS VOTOS PELA MESA RECEPTORA
beneficentes. (Incluído pela Lei nº 7.977, de 27.12.1989)
Art. 186. Com relação às eleições municipais e distritais, uma Art. 188. O Tribunal Superior Eleitoral poderá autorizar a
vez terminada a apuração de todas as urnas, a Junta contagem de votos pelas mesas receptoras, nos Estados em
resolverá as dúvidas não decididas, verificará o total dos que o Tribunal Regional indicar as zonas ou seções em que
votos apurados, inclusive os votos em branco, determinará o esse sistema deva ser adotado.
quociente eleitoral e os quocientes partidários e proclamará Art. 189. Os mesários das seções em que fôr efetuada a
os candidatos eleitos. contagem dos votos serão nomeados escrutinadores da
§ 1º O presidente da Junta fará lavrar, por um dos junta.
secretários, a ata geral concernente às eleições referidas Art. 190. Não será efetuada a contagem dos votos pela mesa
neste artigo, da qual constará o seguinte: se esta não se julgar suficientemente garantida, ou se
I - as seções apuradas e o número de votos apurados em qualquer eleitor houver votado sob impugnação, devendo a
cada urna; mesa, em um ou outro caso, proceder na forma determinada
para as demais, das zonas em que a contagem não foi
II - as seções anuladas, os motivos por que foram e o número autorizada.
de votos não apurados;

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Art. 191. Terminada a votação, o presidente da mesa tomará III - abrir a urna e conferir os votos sempre que a contagem
as providências mencionadas nas alíneas II, III, IV e V do Art. da mesa receptora não permitir o fechamento dos
154. resultados;
Art. 192. Lavrada e assinada ata, o presidente da mesa, na IV - proceder à apuração se da ata da eleição constar
presença dos demais membros, fiscais e delegados do impugnação de fiscal, delegado, candidato ou membro da
partido, abrirá a urna e o invólucro e verificará se o número própria mesa em relação ao resultado de contagem dos
de cédulas oficiais coincide com o de votantes. votos;
§ 1º Se não houver coincidência entre o número de votantes V - resolver todas as impugnações constantes da ata da
e o de cédulas oficiais encontradas na urna e no invólucro a eleição;
mesa receptora não fará a contagem dos votos.
VI - praticar todos os atos previstos na competência das
§ 2º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, o Juntas Eleitorais.
presidente da mesa determinará que as cédulas e as
Art. 196. De acôrdo com as instruções recebidas a Junta
sobrecartas sejam novamente recolhidas a urna e ao
Apuradora poderá reunir os membros das mesas receptoras
invólucro, os quais serão fechados e lacrados, procedendo,
e demais componentes da Junta em local amplo e adequado
em seguida, na forma recomendada pelas alíneas VI, VII e VIII
no dia seguinte ao da eleição, em horário previamente
e do Art. 54.
fixado, e a proceder à apuração na forma estabelecida nos
Art. 193. Havendo coincidência entre o número de cédulas e artigos. 159 e seguintes, de uma só vez ou em duas ou mais
o de votantes deverá a mesa, inicialmente, misturar as etapas.
cédulas contidas nas sobrecartas brancas, da urna e do
Parágrafo único. Nesse caso cada partido poderá credenciar
invólucro, com as demais.
um fiscal para acompanhar a apuração de cada urna,
§ 1º Em seguida proceder-se-á à abertura das cédulas e realizando-se esta sob a supervisão do juiz e dos demais
contagem dos votos, observando-se o disposto nos artigos. membros da Junta, aos quais caberá decidir, em cada caso,
169 e seguintes, no que couber. as impugnações e demais incidentes verificados durante os
trabalhos.
§ 2º Terminada a contagem dos votos será lavrada ata
resumida, de acôrdo com modelo aprovado pelo Tribunal CAPÍTULO III
Superior e da qual constarão apenas as impugnações acaso DA APURAÇÃO NOS TRIBUNAIS REGIONAIS
apresentadas, figurando os resultados no boletim que se
incorporará à ata, e do qual se dará cópia aos fiscais dos Art. 197. Na apuração, compete ao Tribunal Regional.
partidos. I - resolver as dúvidas não decididas e os recursos interpostos
Art. 194. Após a lavratura da ata, que deverá ser assinada sôbre as eleições federais e estaduais e apurar as votações
pelos membros da mesa e fiscais e delegados de partido, as que haja validado em grau de recurso;
cédulas e as sobrecartas serão recolhidas à urna, sendo esta II - verificar o total dos votos apurados entre os quais se
fechada, lacrada e entregue ao juiz eleitoral pelo presidente incluem os em branco;
da mesa ou por um dos mesários, mediante recibo.
III - Determinar os quocientes, eleitoral e partidário, bem
§ 1º O juiz eleitoral poderá, havendo possibilidade, designar como a distribuição das sobras;
funcionários para recolher as urnas e demais documentos
nos próprios locais da votação ou instalar postos e locais IV - proclamar os eleitos e expedir os respectivos diplomas;
diversos para o seu recebimento. V - fazer a apuração parcial das eleições para Presidente e
§ 2º Os fiscais e delegados de partido podem vigiar e Vice-presidente da República.
acompanhar a urna desde o momento da eleição, durante a Art. 198. A apuração pelo Tribunal Regional começará no dia
permanência nos postos arrecadadores e até a entrega à seguinte ao em que receber os primeiros resultados parciais
Junta. das Juntas e prosseguirá sem interrupção, inclusive nos
Art. 195. Recebida a urna e documentos, a Junta deverá: sábados, domingos e feriados, de acôrdo com o horário
previamente publicado, devendo terminar 30 (trinta) dias
I - examinar a sua regularidade, inclusive quanto ao depois da eleição.
funcionamento normal da seção;
§ 1º Ocorrendo motivos relevantes, expostos com a
II - rever o boletim de contagem de votos da mesa receptora, necessária antecedência, o Tribunal Superior poderá
a fim de verificar se está aritmeticamente certo, fazendo conceder prorrogação desse prazo, uma só vez e por quinze
dêle constar que, conferido, nenhum erro foi encontrado; dias. (Renumerado do parágrafo único e alterado pela Lei
nº 4.961, de 4.5.1966)

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§ 2º Se o Tribunal Regional não terminar a apuração no prazo argüições. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
legal, seus membros estarão sujeitos à multa 4.961, de 4.5.1966)
correspondente à metade do salário-mínimo regional por dia
§ 2º O Tribunal Regional, antes de aprovar o relatório da
de retardamento. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Comissão Apuradora e, em três dias improrrogáveis, julgará
Art. 199. Antes de iniciar a apuração o Tribunal Regional as impugnações e as reclamações não providas pela
constituirá com 3 (três) de seus membros, presidida por um Comissão Apuradora, e, se as deferir, voltará o relatório à
destes, uma Comissão Apuradora. Comissão para que sejam feitas as alterações resultantes da
decisão. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 1º O Presidente da Comissão designará um funcionário do
Tribunal para servir de secretário e para auxiliarem os seus Art. 201. De posse do relatório referido no artigo anterior,
trabalhos, tantos outros quantos julgar necessários. reunir-se-á o Tribunal, no dia seguinte, para o conhecimento
do total dos votos apurados, e, em seguida, se verificar que
§ 2º De cada sessão da Comissão Apuradora será lavrada ata
os votos das seções anuladas e daquelas cujos eleitores
resumida.
foram impedidos de votar, poderão alterar a representação
§ 3º A Comissão Apuradora fará publicar no órgão oficial, de candidato eleito pelo princípio majoritário, ordenará a
diariamente, um boletim com a indicação dos trabalhos realização de novas eleições.
realizados e do número de votos atribuídos a cada
Parágrafo único. As novas eleições obedecerão às seguintes
candidato.
normas:
§ 4º Os trabalhos da Comissão Apuradora poderão ser
I - o Presidente do Tribunal fixará, imediatamente, a data,
acompanhados por delegados dos partidos interessados,
para que se realizem dentro de 15 (quinze) dias, no mínimo,
sem que, entretanto, neles intervenha com protestos,
e de 30 (trinta) dias no máximo, a contar do despacho que a
impugnações ou recursos.
fixar, desde que não tenha havido recurso contra a anulação
§ 5º Ao final dos trabalhos, a Comissão Apuradora das seções;
apresentará ao Tribunal Regional os mapas gerais da
II - somente serão admitidos a votar os eleitores da seção,
apuração e um relatório, que mencione:
que hajam comparecido a eleição anulada, e os de outras
I - o número de votos válidos e anulados em cada Junta seções que ali houverem votado;
Eleitoral, relativos a cada eleição;
III - nos casos de coação que haja impedido o
II - as seções apuradas e os votos nulos e anulados de cada comparecimento dos eleitores às urnas, no de encerramento
uma; da votação antes da hora legal, e quando a votação tiver sido
realizada em dia, hora e lugar diferentes dos designados,
III - as seções anuladas, os motivos por que o foram e o
poderão votar todos os eleitores da seção e somente estes;
número de votos anulados ou não apurados;
IV - nas zonas onde apenas uma seção fôr anulada, o juiz
IV - as seções onde não houve eleição e os motivos;
eleitoral respectivo presidirá a mesa receptora; se houver
V - as impugnações apresentadas às Juntas e como foram mais de uma seção anulada, o presidente do Tribunal
resolvidas por elas, assim como os recursos que tenham sido Regional designará os juizes presidentes das respectivas
interposto: mesas receptoras.
VI - a votação de cada partido; V - as eleições realizar-se-ão nos mesmos locais
anteriormente designados, servindo os mesários e
VII - a votação de cada candidato;
secretários que pelo juiz forem nomeados, com a
VIII - o quociente eleitoral; antecedência de, pelo menos, cinco dias, salvo se a anulação
fôr decretada por infração dos §§ 4º e 5º do Art. 135;
IX - os quocientes partidários;
VI - as eleições assim realizadas serãoapuradas pelo Tribunal
X- a distribuição das sobras.
Regional.
Art. 200. O relatório a que se refere o artigo anterior ficará
Art. 202. Da reunião do Tribunal Regional será lavrada ata
na Secretaria do Tribunal, pelo prazo de 3 (três) dias, para
geral, assinada pelos seus membros e da qual constarão:
exame dos partidos e candidatos interessados, que poderão
examinar também os documentos em que êle se baseou. I - as seções apuradas e o número de votos apurados em
cada uma;
§ 1º Terminado o prazo supra, os partidos poderão
apresentar as suas reclamações, dentro de 2 (dois) dias, II - as seções anuladas, as razões por que o foram e o número
sendo estas submetidas a parecer da Comissão Apuradora de votos não apurados;
que, no prazo de 3 (três) dias, apresentará aditamento ao
III - as seções onde não tenha havido eleição e os motivos;
relatório com a proposta das modificações que julgar
procedentes, ou com a justificação da improcedência das

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IV - as impugnações apresentadas às juntas eleitorais e como II - iniciada a apuração os juizes eleitorais remeterão ao
foram resolvidas; Tribunal Regional, diariamente, sob registro postal ou por
portador, os mapas de todas as urnas apuradas no dia;
V - as seções em que se vai realizar ou renovar a eleição;
III - os mapas serão acompanhados de ofício sucinto, que
VI - a votação obtida pelos partidos;
esclareça apenas a que seções correspondem e quantas
VII - o quociente eleitoral e o partidário; ainda faltam para completar a apuração da zona;
VIII - os nomes dos votados na ordem decrescente dos votos; IV - havendo sido interposto recurso em relação a urna
correspondente aos mapas enviados, o juiz fará constar do
IX - os nomes dos eleitos;
ofício, em seguida à indicação da seção, entre parênteses,
X - os nomes dos suplentes, na ordem em que devem apenas esse esclarecimento - "houve recurso";
substituir ou suceder.
V - a ata final da junta não mencionará, no seu texto, a
§ 1º Na mesma sessão o Tribunal Regional proclamará os votação obtida pelos partidos e candidatos, a qual ficará
eleitos e os respectivos suplentes e marcará a data para a constando dos boletins de apuração do Juízo, que dela
expedição solene dos diplomas em sessão pública, salvo ficarão fazendo parte integrante;
quanto a governador e vice-governador, se ocorrer a
VI - cópia autenticada da ata, assinada por todos os que
hipótese prevista na Emenda Constitucional nº 13.
assinaram o original, será enviada ao Tribunal Regional na
§ 2º O vice-governador e o suplente de senador, considerar- forma prevista no art. 184;
se-ão eleitos em virtude da eleição do governador e do
VII - a Comissão Apuradora, à medida em que fôr recebendo
senador com os quais se candidatarem.
os mapas, passará a totalizar os votos, aguardando, porém,
§ 3º Os candidatos a governador e vice-governador somente a chegada da cópia autêntica da ata para encerrar a
serão diplomados depois de realizadas as eleições totalização referente a cada zona;
suplementares referentes a esses cargos.
VIII - no caso de extravio de mapa o juiz eleitoral
§ 4º Um traslado da ata da sessão, autenticado com a providenciará a remessa de 2a.via, preenchida à vista dos
assinatura de todos os membros do Tribunal que assinaram delegados de partido especialmente convocados para esse
a ata original, será remetida ao Presidente do Tribunal fim e pelos resultados constantes do boletim de apuração
Superior. que deverá ficar arquivado no Juízo.
§ 5º O Tribunal Regional comunicará o resultado da eleição CAPÍTULO IV
ao Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembléia DA APURAÇÃO NO TRIBUNAL SUPERIOR
Legislativa.
Art. 205. O Tribunal Superior fará a apuração geral das
Art. 203. Sempre que forem realizadas eleições de âmbito eleições para presidente e vice-presidente da República
estadual juntamente com eleições para presidente e vice- pelos resultados verificados pelos Tribunais Regionais em
presidente da República, o Tribunal Regional desdobrará os cada Estado.
seus trabalhos de apuração, fazendo tanto para aquelas
como para esta, uma ata geral. Art. 206. Antes da realização da eleição o Presidente do
Tribunal sorteará, dentre os juizes, o relator de cada grupo
§ 1º A Comissão Apuradora deverá, também, apresentar de Estados, ao qual serão distribuídos todos os recursos e
relatórios distintos, um dos quais referente apenas às documentos da eleição referentes ao respectivo grupo.
eleições presidenciais.
Art. 207. Recebidos os resultados de cada Estado, e julgados
§ 2º Concluídos os trabalhos da apuração o Tribunal Regional os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais,
remeterá ao Tribunal Superior os resultados parciais das o relator terá o prazo de 5 (cinco) dias para apresentar seu
eleições para presidente e vice-presidente da República, relatório, com as conclusões seguintes:
acompanhados de todos os papéis que lhe digam respeito.
I - os totais dos votos válidos e nulos do Estado;
Art. 204. O Tribunal Regional julgando conveniente, poderá
determinar que a totalização dos resultados de cada urna II - os votos apurados pelo Tribunal Regional que devem ser
seja realizada pela própria Comissão Apuradora. anulados;

Parágrafo único. Ocorrendo essa hipótese serão observadas III - os votos anulados pelo Tribunal Regional que devem ser
as seguintes regras: computados como válidos;

I - a decisão do Tribunal será comunicada, até 30 (trinta) dias IV - a votação de cada candidato;
antes da eleição aos juizes eleitorais, aos diretórios dos V - o resumo das decisões do Tribunal Regional sobre as
partidos e ao Tribunal Superior; dúvidas e impugnações, bem como dos recursos que hajam

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sido interpostos para o Tribunal Superior, com as respectivas dia a contar da data do despacho, devendo ser observado o
decisões e indicação das implicações sôbre os resultados. disposto nos números II a VI do parágrafo único do Art. 201.
Art. 208. O relatório referente a cada Estado ficará na § 2º Os candidatos a presidente e vice-presidente da
Secretaria do Tribunal, pelo prazo de dois dias, para exame República somente serão diplomados depois de realizadas as
dos partidos e candidatos interessados, que poderão eleições suplementares referentes a esses cargos.
examinar também os documentos em que êle se baseou e
Art. 213. Não se verificando a maioria absoluta, o Congresso
apresentar alegações ou documentos sôbre o relatório, no
Nacional, dentro de quinze dias após haver recebido a
prazo de 2 (dois) dias.
respectiva comunicação do Presidente do Tribunal Superior
Parágrafo único. Findo esse prazo serão os autos conclusos Eleitoral, reunir-se-á em sessão pública para se manifestar
ao relator, que, dentro em 2 (dois) dias, os apresentará a sôbre o candidato mais votado, que será considerado eleito
julgamento, que será previamente anunciado. se, em escrutínio secreto, obtiver metade mais um dos votos
dos seus membros.
Art. 209. Na sessão designada será o feito chamado a
julgamento de preferência a qualquer outro processo. § 1º Se não ocorrer a maioria absoluta referida no caput
dêste artigo, renovar-se-á, até 30 (trinta) dias depois, a
§ 1º Se o relatório tiver sido impugnado, os partidos
eleição em todo país, à qual concorrerão os dois candidatos
interessados poderão, no prazo de 15 (quinze) minutos,
mais votados, cujos registros estarão automaticamente
sustentar oralmente as suas conclusões.
revalidados.
§ 2º Se do julgamento resultarem alterações na apuração
§ 2º No caso de renúncia ou morte, concorrerá à eleição
efetuada pelo Tribunal Regional, o acórdão determinará que
prevista no parágrafo anterior o substituto registrado pelo
a Secretaria, dentro em 5 (cinco) dias, levante as fôlhas de
mesmo partido político ou coligação partidária.
apuração parcial das seções cujos resultados tiverem sido
alterados, bem como o mapa geral da respectiva Art. 214. O presidente e o vice-presidente da República
circunscrição, de acôrdo com as alterações decorrentes do tomarão posse a 15 (quinze) de março, em sessão do
julgado, devendo o mapa, após o visto do relator, ser Congresso Nacional.
publicado na Secretaria.
Parágrafo único. No caso do § 1º do artigo anterior, a posse
§ 3º A esse mapa admitir-se-á, dentro em 48 (quarenta e realizar-se-á dentro de 15 (quinze) dias a contar da
oito) horas de sua publicação, impugnação fundada em erro proclamação do resultado da segunda eleição, expirando,
de conta ou de cálculo, decorrente da própria sentença. porém, o mandato a 15 (quinze) de março do quarto ano.
Art. 210. Os mapas gerais de todas as circunscrições com as CAPÍTULO V
impugnações, se houver, e a folha de apuração final DOS DIPLOMAS
levantada pela secretaria, serão autuados e distribuídos a
um relator geral, designado pelo Presidente. Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os suplentes,
receberão diploma assinado pelo Presidente do Tribunal
Parágrafo único. Recebidos os autos, após a audiência do Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso.
Procurador Geral, o relator, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, resolverá as impugnações relativas aos erros de conta Parágrafo único. Do diploma deverá constar o nome do
ou de cálculo, mandando fazer as correções, se fôr o caso, e candidato, a indicação da legenda sob a qual concorreu, o
apresentará, a seguir, o relatório final com os nomes dos cargo para o qual foi eleito ou a sua classificação como
candidatos que deverão ser proclamados eleitos e os dos suplente, e, facultativamente, outros dados a critério do juiz
demais candidatos, na ordem decrescente das votações. ou do Tribunal.

Art. 211. Aprovada em sessão especial a apuração geral, o Art. 216. Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso
Presidente anunciará a votação dos candidatos, interposto contra a expedição do diploma, poderá o
proclamando a seguir eleito presidente da República o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude.
candidato, mais votado que tiver obtido maioria absoluta de Art. 217. Apuradas as eleições suplementares o juiz ou o
votos, excluídos, para a apuração desta, os em branco e os Tribunal reverá a apuração anterior, confirmando ou
nulos. invalidando os diplomas que houver expedido.
Art. 212. Verificando que os votos das seções anuladas e Parágrafo único. No caso de provimento, após a diplomação,
daquelas cujos eleitores foram impedidos de votar, em todo de recurso contra o registro de candidato ou de recurso
o país, poderão alterar a classificação de candidato, ordenará parcial, será também revista a apuração anterior, para
o Tribunal Superior a realização de novas eleições. confirmação ou invalidação de diplomas, observado o
§ 1º Essas eleições serão marcadas desde logo pelo disposto no § 3º do Art. 261.
Presidente do Tribunal Superior e terão lugar no primeiro Art. 218. O presidente de Junta ou de Tribunal que diplomar
domingo ou feriado que ocorrer após o 15º (décimo quinto) militar candidato a cargo eletivo, comunicará imediatamente

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a diplomação à autoridade a que o mesmo estiver II - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
subordinado, para os fins do Art. 98.
III - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
CAPÍTULO VI
IV - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO
§ 2º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre
aos fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não decretada de ofício
pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo. pela Junta, só poderá ser arguida quando de sua prática, não
mais podendo ser alegada, salvo se a arguição se basear em
Parágrafo único. A declaração de nulidade não poderá ser motivo superveniente ou de ordem constitucional.
requerida pela parte que lhe deu causa nem a ela aproveitar.
§ 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não possa ser
Art. 220. É nula a votação: alegada no ato, poderá ser arguida na primeira oportunidade
I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz que para tanto se apresente.
eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei; § 2º Se se basear em motivo superveniente deverá ser
II - quando efetuada em folhas de votação falsas; alegada imediatamente, assim que se tornar conhecida,
podendo as razões do recurso ser aditadas no prazo de 2
III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do (dois) dias.
designado ou encerrada antes das 17 horas;
§ 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em motivo de
IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos ordem constitucional, não poderá ser conhecida em recurso
sufrágios. interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria,
V - quando a seção eleitoral tiver sido localizada com infração só em outra que se apresentar poderá ser
do disposto nos §§ 4º e 5º do art. 135. (Incluído pela Lei nº arguida. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
4.961, de 4.5.1966) Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do
Parágrafo único. A nulidade será pronunciada quando o país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições
órgão apurador conhecer do ato ou dos seus efeitos e o federais e estaduais ou do município nas eleições municipais,
encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal
haja consenso das partes. marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte)
a 40 (quarenta) dias.
Art. 221. É anulável a votação:
§ 1º Se o Tribunal Regional na área de sua competência,
I - quando houver extravio de documento reputado deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador
essencial; (Renumerado do inciso II pela Lei nº 4.961, de Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador Geral,
4.5.1966) que providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja
II - quando fôr negado ou sofrer restrição o direito de marcada imediatamente nova eleição.
fiscalizar, e o fato constar da ata ou de protesto interposto, § 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo
por escrito, no momento: (Renumerado do inciso III pela o Ministério Público promoverá, imediatamente a punição
Lei nº 4.961, de 4.5.1966) dos culpados.
III - quando votar, sem as cautelas do Art. 147, § § 3o A decisão da Justiça Eleitoral que importe o
2º. (Renumerado do inciso IV pela Lei nº 4.961, de indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda
4.5.1966) do mandato de candidato eleito em pleito majoritário
a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas
remessa das folhas individuais de votação à mesa, desde que eleições, independentemente do número de votos
haja oportuna reclamação de partido; anulados. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) (Vide
ADIN Nº 5.525)
b) eleitor de outra seção, salvo a hipótese do Art. 145;
§ 4o A eleição a que se refere o § 3o correrá a expensas da
c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor chamado. Justiça Eleitoral e será: (Incluído pela Lei nº 13.165, de
Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de 2015) (Vide ADIN Nº 5.525)
falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o Art. I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis
237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de meses do final do mandato; (Incluído pela Lei nº 13.165, de
sufrágios vedado por lei. 2015) (Vide ADIN Nº 5.525)
§ 1º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) II - direta, nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 13.165, de
I- (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 2015) (Vide ADIN Nº 5.525)

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CAPÍTULO VII Parágrafo único. A todo eleitor que votar no exterior será
DO VOTO NO EXTERIOR concedido comprovante para a comunicação legal ao juiz
eleitoral de sua zona.
Art. 225. Nas eleições para presidente e vice-presidente da
República poderá votar o eleitor que se encontrar no Art. 231. Todo aquele que, estando obrigado a votar, não o
exterior. fizer, fica sujeito, além das penalidades previstas para o
eleitor que não vota no território nacional, à proibição de
§ 1º Para esse fim serão organizadas seções eleitorais, nas requerer qualquer documento perante a repartição
sedes das Embaixadas e Consulados Gerais. diplomática a que estiver subordinado, enquanto não se
§ 2º Sendo necessário instalar duas ou mais seções poderá justificar.
ser utilizado local em que funcione serviço do governo Art. 232. Todo o processo eleitoral realizado no estrangeiro
brasileiro. fica diretamente subordinado ao Tribunal Regional do
Art. 226. Para que se organize uma seção eleitoral no Distrito Federal.
exterior é necessário que na circunscrição sob a jurisdição da Art. 233. O Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério das
Missão Diplomática ou do Consulado Geral haja um mínimo Relações Exteriores baixarão as instruções necessárias e
de 30 (trinta) eleitores inscritos. adotarão as medidas adequadas para o voto no exterior.
Parágrafo único. Quando o número de eleitores não atingir Art. 233-A. Aos eleitores em trânsito no território nacional é
o mínimo previsto no parágrafo anterior, os eleitores assegurado o direito de votar para Presidente da República,
poderão votar na mesa receptora mais próxima, desde que Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual
localizada no mesmo país, de acôrdo com a comunicação e Deputado Distrital em urnas especialmente instaladas nas
que lhes fôr feita. capitais e nos Municípios com mais de cem mil
Art. 227. As mesas receptoras serão organizadas pelo eleitores. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Tribunal Regional do Distrito Federal mediante proposta dos § 1o O exercício do direito previsto neste artigo sujeita-se à
chefes de Missão e cônsules gerais, que ficarão investidos, observância das regras seguintes: (Incluído pela Lei nº
no que fôr aplicável, da funções administrativas de juiz 13.165, de 2015)
eleitoral.
I - para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se
Parágrafo único. Será aplicável às mesas receptoras o perante a Justiça Eleitoral no período de até quarenta e cinco
processo de composição e fiscalização partidária vigente dias da data marcada para a eleição, indicando o local em
para as que funcionam no território nacional. que pretende votar; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 228. Até 30 (trinta) dias antes da realização da eleição II - aos eleitores que se encontrarem fora da unidade da
todos os brasileiros eleitores, residentes no estrangeiro, Federação de seu domicílio eleitoral somente é assegurado
comunicarão à sede da Missão diplomática ou ao consulado o direito à habilitação para votar em trânsito nas eleições
geral, em carta, telegrama ou qualquer outra via, a sua para Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 13.165,
condição de eleitor e sua residência. de 2015)
§ 1º Com a relação dessas comunicações e com os dados do III - os eleitores que se encontrarem em trânsito dentro da
registro consular, serão organizadas as folhas de votação, e unidade da Federação de seu domicílio eleitoral poderão
notificados os eleitores da hora e local da votação. votar nas eleições para Presidente da República,
§ 2º No dia da eleição só serão admitidos a votar os que Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual
constem da folha de votação e os passageiros e tripulantes e Deputado Distrital. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
de navios e aviões de guerra e mercantes que, no dia, § 2o Os membros das Forças Armadas, os integrantes dos
estejam na sede das sessões eleitorais. órgãos de segurança pública a que se refere o art. 144 da
Art. 229. Encerrada a votação, as urnas serão enviadas pelos Constituição Federal, bem como os integrantes das guardas
cônsules gerais às sedes das Missões Diplomáticas. Estas as municipais mencionados no § 8o do mesmo art. 144,
remeterão, pela mala diplomática, ao Ministério das poderão votar em trânsito se estiverem em serviço por
Relações Exteriores, que delas fará entrega ao Tribunal ocasião das eleições. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Regional Eleitoral do Distrito Federal, a quem competirá a § 3o As chefias ou comandos dos órgãos a que estiverem
apuração dos votos e julgamento das dúvidas e recursos que subordinados os eleitores mencionados no § 2o enviarão
hajam sido interpostos. obrigatoriamente à Justiça Eleitoral, em até quarenta e cinco
Parágrafo único. Todo o serviço de transporte do material dias da data das eleições, a listagem dos que estarão em
eleitoral será feito por via aérea. serviço no dia da eleição com indicação das seções eleitorais
de origem e destino. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 230. Todos os eleitores que votarem no exterior terão os
seus títulos apreendidos pela mesa receptora.

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§ 4o Os eleitores mencionados no § 2o, uma vez habilitados estas, no que lhes fôr aplicável, pela Lei nº 1.579 de 18 de
na forma do § 3o, serão cadastrados e votarão nas seções março de 1952.
eleitorais indicadas nas listagens mencionadas no §
Art. 238. É proibida, durante o ato eleitoral, a presença de
3o independentemente do número de eleitores do
força pública no edifício em que funcionar mesa receptora,
Município. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
ou nas imediações, observado o disposto no Art. 141.
PARTE QUINTA
Art. 239. Aos partidos políticos é assegurada a prioridade
DISPOSIÇÕES VÁRIAS
postal durante os 60 (sessenta) dias anteriores à realização
TÍTULO I das eleições, para remessa de material de propaganda de
DAS GARANTIAS ELEITORAIS seus candidatos registrados.
Art. 234. Ninguém poderá impedir ou embaraçar o exercício TÍTULO II
do sufrágio. DA PROPAGANDA PARTIDÁRIA
Art. 235. O juiz eleitoral, ou o presidente da mesa receptora, Art. 240. A propaganda de candidatos a cargos eletivos
pode expedir salvo-conduto com a cominação de prisão por somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da
desobediência até 5 (cinco) dias, em favor do eleitor que eleição. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
sofrer violência, moral ou física, na sua liberdade de votar,
ou pelo fato de haver votado. Parágrafo único. É vedada, desde quarenta e oito horas antes
até vinte e quatro horas depois da eleição, qualquer
Parágrafo único. A medida será válida para o período propaganda política mediante radiodifusão, televisão,
compreendido entre 72 (setenta e duas) horas antes até 48 comícios ou reuniões públicas.
(quarenta e oito) horas depois do pleito.
Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias responsabilidade dos partidos e por eles paga, imputando-
antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do lhes solidariedade nos excessos praticados pelos seus
encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, candidatos e adeptos.
salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal
condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por Parágrafo único. A solidariedade prevista neste artigo é
desrespeito a salvo-conduto. restrita aos candidatos e aos respectivos partidos, não
alcançando outros partidos, mesmo quando integrantes de
§ 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de uma mesma coligação. (Incluído pela Lei nº 12.891, de
partido, durante o exercício de suas funções, não poderão 2013)
ser detidos ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da
mesma garantia gozarão os candidatos desde 15 (quinze) Art. 242. A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou
dias antes da eleição. modalidade, mencionará sempre a legenda partidária e só
poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar
§ 2º Ocorrendo qualquer prisão o preso será imediatamente meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na
conduzido à presença do juiz competente que, se verificar a opinião pública, estados mentais, emocionais ou
ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a passionais. (Redação dada pela Lei nº 7.476, de 15.5.1986)
responsabilidade do coator.
Parágrafo único. Sem prejuízo do processo e das penas
Art. 237. A interferência do poder econômico e o desvio ou cominadas, a Justiça Eleitoral adotará medidas para fazer
abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do impedir ou cessar imediatamente a propaganda realizada
voto, serão coibidos e punidos. com infração do disposto neste artigo.
§ 1º O eleitor é parte legítima para denunciar os culpados e Art. 243. Não será tolerada propaganda:
promover-lhes a responsabilidade, e a nenhum servidor
público. Inclusive de autarquia, de entidade paraestatal e de I - de guerra, de processos violentos para subverter o regime,
sociedade de economia mista, será lícito negar ou retardar a ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de
ato de ofício tendente a esse fim. classes;

§ 2º Qualquer eleitor ou partido político poderá se dirigir ao II - que provoque animosidade entre as forças armadas ou
Corregedor Geral ou Regional, relatando fatos e indicando contra elas, ou delas contra as classes e instituições civis;
provas, e pedir abertura de investigação para apurar uso III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens;
indevido do poder econômico, desvio ou abuso do poder de
autoridade, em benefício de candidato ou de partido IV - de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento
político. da lei de ordem pública;

§ 3º O Corregedor, verificada a seriedade da denúncia V - que implique em oferecimento, promessa ou solicitação


procederá ou mandará proceder a investigações, regendo-se de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer
natureza;

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VI - que perturbe o sossego público, com algazarra ou abusos Art. 245. A realização de qualquer ato de propaganda
de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; partidária ou eleitoral, em recinto aberto, não depende de
licença da polícia.
VII - por meio de impressos ou de objeto que pessoa
inexperiente ou rústica possa confundir com moeda; § 1º Quando o ato de propaganda tiver de realizar-se em
lugar designado para a celebração de comício, na forma do
VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou
disposto no art. 3º da Lei nº 1.207, de 25 de outubro de 1950,
contravenha a posturas municiais ou a outra qualquer
deverá ser feita comunicação à autoridade policial, pelo
restrição de direito;
menos 24 (vinte e quatro) horas antes de sua realização.
IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem
§ 2º Não havendo local anteriormente fixado para a
como órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública.
celebração de comício, ou sendo impossível ou difícil nele
§ 1º O ofendido por calúnia, difamação ou injúria, sem realizar-se o ato de propaganda eleitoral, ou havendo pedido
prejuízo e independentemente da ação penal competente, para designação de outro local, a comunicação a que se
poderá demandar, no Juízo Civil a reparação do dano moral refere o parágrafo anterior será feita, no mínimo, com
respondendo por êste o ofensor e, solidariamente, o partido antecedência, de 72 (setenta e duas) horas, devendo a
político dêste, quando responsável por ação ou omissão a autoridade policial, em qualquer desses casos, nas 24 (vinte
quem que favorecido pelo crime, haja de qualquer modo e quatro) horas seguintes, designar local amplo e de fácil
contribuído para êle. (Incluído pela Lei nº 4.961, de acesso, de modo que não impossibilite ou frustre a reunião.
4.5.1966)
§ 3º Aos órgãos da Justiça Eleitoral compete julgar das
§ 2º No que couber aplicar-se-ão na reparação do dano reclamações sôbre a localização dos comícios e providências
moral, referido no parágrafo anterior, os artigos. 81 a 88 da sôbre a distribuição eqüitativa dos locais aos partidos.
Lei nº 4.117, de 27 de agôsto de 1962. (Incluído pela Lei nº
Art. 246. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
4.961, de 4.5.1966)
Art. 247. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
§ 3º É assegurado o direito de resposta a quem fôr, injuriado
difamado ou caluniado através da imprensa rádio, televisão, At. 248. Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral,
ou alto-falante, aplicando-se, no que couber, os artigos. nem inutilizar, alterar ou perturbar os meios lícitos nela
90 e 96 da Lei nº 4.117, de 27 de agôsto de 1962. (Incluído empregados.
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 249. O direito de propaganda não importa restrição ao
Art. 244. É assegurado aos partidos políticos registrados o poder de polícia quando êste deva ser exercído em benefício
direito de, independentemente de licença da autoridade da ordem pública.
pública e do pagamento de qualquer contribuição:
Art. 250. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
I - fazer inscrever, na fachada de suas sedes e dependências,
Art. 251. No período destinado à propaganda eleitoral
o nome que os designe, pela forma que melhor lhes parecer;
gratuita não prevalecerão quaisquer contratos ou ajustes
II - instalar e fazer funcionar, normalmente, das quatorze às firmados pelas empresas que possam burlar ou tornar
vinte e duas horas, nos três meses que antecederem as inexeqüível qualquer dispositivo dêste Código ou das
eleições, alto-falantes, ou amplificadores de voz, nos locais instruções baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
referidos, assim como em veículos seus, ou à sua disposição,
Art. 252. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.538, de
em território nacional, com observância da legislação
14.4.1977)
comum.
Art. 253. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.538, de
Parágrafo único. Os meios de propaganda a que se refere o
14.4.1977)
nº II dêste artigo não serão permitidos, a menos de 500
metros: Art. 254. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.538, de
14.4.1977)
I - das sedes do Executivo Federal, dos Estados, Territórios e
respectivas Prefeituras Municipais; Art. 255. Nos 15 (quinze) dias anteriores ao pleito é proibida
a divulgação, por qualquer forma, de resultados de prévias
II - das Câmaras Legislativas Federais, Estaduais e Municipais;
ou testes pré-eleitorais.
III - dos Tribunais Judiciais;
Art. 256. As autoridades administrativas federais, estaduais
IV - dos hospitais e casas de saúde; e municipais proporcionarão aos partidos, em igualdade de
condições, as facilidades permitidas para a respectiva
V - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando
propaganda.
em funcionamento;
§ 1º No período da campanha eleitoral, independentemente
VI - dos quartéis e outros estabelecimentos militares.
do critério de prioridade, os serviços telefônicos, oficiais ou

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concedidos, farão instalar, na sede dos diretórios já estiverem no Tribunal Regional ou no Tribunal Superior,
devidamente registrados, telefones necessários, mediante serão eles julgados seguidamente, em uma ou mais sessões.
requerimento do respectivo presidente e pagamento das
§ 2º As decisões com os esclarecimentos necessários ao
taxas devidas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
cumprimento, serão comunicadas de uma só vez ao juiz
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral baixará as instruções eleitoral ou ao presidente do Tribunal Regional.
necessárias ao cumprimento do disposto no parágrafo
§ 3º Se os recursos de um mesmo município ou Estado deram
anterior fixado as condições a serem observadas. (Incluído
entrada em datas diversas, sendo julgados separadamente,
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
o juiz eleitoral ou o presidente do Tribunal Regional,
TÍTULO III aguardará a comunicação de todas as decisões para cumpri-
DOS RECURSOS las, salvo se o julgamento dos demais importar em alteração
CAPÍTULO I do resultado do pleito que não tenha relação com o recurso
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES já julgado.

Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo. § 4º Em todos os recursos, no despacho que determinar a
remessa dos autos à instância superior, o juízo "a quo"
§ 1o A execução de qualquer acórdão será feita esclarecerá quais os ainda em fase de processamento e, no
imediatamente, através de comunicação por ofício, último, quais os anteriormente remetidos.
telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente
do Tribunal, através de cópia do acórdão. (Redação dada § 5º Ao se realizar a diplomação, se ainda houver recurso
pela Lei nº 13.165, de 2015) pendente de decisão em outra instância, será consignado
que os resultados poderão sofrer alterações decorrentes
§ 2o O recurso ordinário interposto contra decisão proferida desse julgamento.
por juiz eleitoral ou por Tribunal Regional Eleitoral que
resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou § 6º Realizada a diplomação, e decorrido o prazo para
perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal recurso, o juiz ou presidente do Tribunal Regional
competente com efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº comunicará à instância superior se foi ou não interposto
13.165, de 2015) recurso.

§ 3o O Tribunal dará preferência ao recurso sobre quaisquer Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá
outros processos, ressalvados os de habeas corpus e de somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de
mandado de segurança. (Incluído pela Lei nº 13.165, de natureza constitucional e de falta de condição de
2015) elegibilidade. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)

Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso § 1º A inelegibilidade superveniente que atrai restrição à
deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, candidatura, se formulada no âmbito do processo de
resolução ou despacho. registro, não poderá ser deduzida no recurso contra
expedição de diploma. (Incluído pela Lei nº 13.877, de
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de 2019)
recurso, salvo quando neste se discutir matéria
constitucional. § 2º A inelegibilidade superveniente apta a viabilizar o
recurso contra a expedição de diploma, decorrente de
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria alterações fáticas ou jurídicas, deverá ocorrer até a data
constitucional não poderá ser interposto fora do prazo. fixada para que os partidos políticos e as coligações
Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentem os seus requerimentos de registros de
apresentar poderá ser interposto. candidatos. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao § 3º O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto
Tribunal Regional ou Tribunal Superior, previnirá a no prazo de 3 (três) dias após o último dia limite fixado para
competência do relator para todos os demais casos do a diplomação e será suspenso no período compreendido
mesmo município ou Estado. entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro, a partir do qual
Art. 261. Os recursos parciais, entre os quais não se incluem retomará seu cômputo. (Incluído pela Lei nº 13.877, de
os que versarem matéria referente ao registro de 2019)
candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais no caso Art. 263. No julgamento de um mesmo pleito eleitoral, as
de eleições municipais, e para o Tribunal Superior no caso de decisões anteriores sobre questões de direito constituem
eleições estaduais ou federais, serão julgados à medida que prejulgados para os demais casos, salvo se contra a tese
derem entrada nas respectivas Secretarias. votarem dois terços dos membros do Tribunal.
§ 1º Havendo dois ou mais recursos parciais de um mesmo
município ou Estado, ou se todos, inclusive os de diplomação

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Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal § 7º Se o juiz reformar a decisão recorrida, poderá o
Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos, recorrido, dentro de 3 (três) dias, requerer suba o recurso
resoluções ou despachos dos respectivos presidentes. como se por êle interposto.
CAPÍTULO II CAPÍTULO III
DOS RECURSOS PERANTE AS JUNTAS E JUÍZOS ELEITORAIS DOS RECURSOS NOS TRIBUNAIS REGIONAIS
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegação escrita ou
juntas eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional. nenhum documento poderá ser oferecido por qualquer das
partes, salvo o disposto no art. 270. (Redação dada pela Lei
Parágrafo único. Os recursos das decisões das Juntas serão
nº 4.961, de 4.5.1966)
processados na forma estabelecida pelos artigos. 169 e
seguintes. Art. 269. Os recursos serão distribuídos a um relator em 24
(vinte e quatro) horas e na ordem rigorosa da antigüidade
Art. 266. O recurso independerá de termo e será interposto
dos respectivos membros, esta última exigência sob pena de
por petição devidamente fundamentada, dirigida ao juiz
nulidade de qualquer ato ou decisão do relator ou do
eleitoral e acompanhada, se o entender o recorrente, de
Tribunal.
novos documentos.
§ 1º Feita a distribuição, a Secretaria do Tribunal abrirá vista
Parágrafo único. Se o recorrente se reportar a coação,
dos autos à Procuradoria Regional, que deverá emitir
fraude, uso de meios de que trata o art. 237 ou emprego de
parecer no prazo de 5 (cinco) dias.
processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado
por lei, dependentes de prova a ser determinada pelo § 2º Se a Procuradoria não emitir parecer no prazo fixado,
Tribunal, bastar-lhe-á indicar os meios a elas poderá a parte interessada requerer a inclusão do processo
conducentes. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) na pauta, devendo o Procurador, nesse caso, proferir
parecer oral na assentada do julgamento.
Art. 267. Recebida a petição, mandará o juiz intimar o
recorrido para ciência do recurso, abrindo-se-lhe vista dos Art. 270. Se o recurso versar sôbre coação, fraude, uso de
autos a fim de, em prazo igual ao estabelecido para a sua meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de
interposição, oferecer razões, acompanhadas ou não de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei
novos documentos. dependente de prova indicada pelas partes ao interpô-lo ou
ao impugná-lo, o relator no Tribunal Regional deferi-la-á em
§ 1º A intimação se fará pela publicação da notícia da vista
vinte e quatro horas da conclusão, realizado-se ela no prazo
no jornal que publicar o expediente da Justiça Eleitoral, onde
improrrogável de cinco dias. (Redação dada pela Lei nº
houver, e nos demais lugares, pessoalmente pelo escrivão,
4.961, de 4.5.1966)
independente de iniciativa do recorrente.
§ 1º Admitir-se-ão como meios de prova para apreciação
§ 2º Onde houver jornal oficial, se a publicação não ocorrer
pelo Tribunal as justificações e as perícias processadas
no prazo de 3 (três) dias, a intimação se fará pessoalmente
perante o juiz eleitoral da zona, com citação dos partidos que
ou na forma prevista no parágrafo seguinte.
concorreram ao pleito e do representante do Ministério
§ 3º Nas zonas em que se fizer intimação pessoal, se não fôr Público. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
encontrado o recorrido dentro de 48 (quarenta e oito) horas,
§ 2º Indeferindo o relator a prova , serão os autos, a
a intimação se fará por edital afixado no fórum, no local de
requerimento do interessado, nas vinte e quatro horas
costume.
seguintes, presentes à primeira sessão do Tribunal, que
§ 4º Todas as citações e intimações serão feitas na forma deliberará a respeito. (Incluído pela Lei nº 4.961, de
estabelecida neste artigo. 4.5.1966)
§ 5º Se o recorrido juntar novos documentos, terá o § 3º Protocoladas as diligências probatórias, ou com a
recorrente vista dos autos por 48 (quarenta e oito) horas juntada das justificações ou diligências, a Secretaria do
para falar sôbre os mesmos, contado o prazo na forma dêste Tribunal abrirá, sem demora, vista dos autos, por vinte e
artigo. quatro horas, seguidamente, ao recorrente e ao recorrido
para dizerem a respeito. (Incluído pela Lei nº 4.961, de
§ 6º Findos os prazos a que se referem os parágrafos
4.5.1966)
anteriores, o juiz eleitoral fará, dentro de 48 (quarenta e
oito) horas, subir os autos ao Tribunal Regional com a sua § 4º Findo o prazo acima, serão os autos conclusos ao
resposta e os documentos em que se fundar, sujeito à multa relator. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
de dez por cento do salário-mínimo regional por dia de
Art. 271. O relator devolverá os autos à Secretaria no prazo
retardamento, salvo se entender de reformar a sua
improrrogável de 8 (oito) dias para, nas 24 (vinte e quatro)
decisão. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
horas seguintes, ser o caso incluído na pauta de julgamento
do Tribunal.

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§ 1º Tratando-se de recurso contra a expedição de diploma, I - o relator apresentará os embargos em mesa na sessão
os autos, uma vez devolvidos pelo relator, serão conclusos subsequente, proferindo voto; (Incluído pela Lei nº
ao juiz imediato em antigüidade como revisor, o qual deverá 13.105, de 2015) (Vigência)
devolvê-los em 4 (quatro) dias.
II - não havendo julgamento na sessão referida no inciso I,
§ 2º As pautas serão organizadas com um número de será o recurso incluído em pauta; (Incluído pela Lei nº
processos que possam ser realmente julgados, obedecendo- 13.105, de 2015) (Vigência)
se rigorosamente a ordem da devolução dos mesmos à
III - vencido o relator, outro será designado para lavrar o
Secretaria pelo Relator, ou Revisor, nos recursos contra a
acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.105, de
expedição de diploma, ressalvadas as preferências
2015) (Vigência)
determinadas pelo regimento do Tribunal.
§ 5o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a
Art. 272. Na sessão do julgamento, uma vez feito o relatório
interposição de recurso. (Incluído pela Lei nº 13.105, de
pelo relator, cada uma das partes poderá, no prazo
2015) (Vigência)
improrrogável de dez minutos , sustentar oralmente as suas
conclusões. § 6o Quando manifestamente protelatórios os embargos de
declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada,
Parágrafo único. Quando se tratar de julgamento de recursos
condenará o embargante a pagar ao embargado multa não
contra a expedição de diploma, cada parte terá vinte
excedente a 2 (dois) salários-mínimos. (Incluído pela Lei
minutos para sustentação oral.
nº 13.105, de 2015) (Vigência)
Art. 273. Realizado o julgamento, o relator, se vitorioso, ou o
§ 7o Na reiteração de embargos de declaração
relator designado para redigir o acórdão, apresentará a
manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até 10
redação dêste, o mais tardar, dentro em 5 (cinco) dias.
(dez) salários-mínimos. (Incluído pela Lei nº 13.105, de
§ 1º O acórdão conterá uma síntese das questões debatidas 2015) (Vigência)
e decididas.
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são
§ 2º Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, se o terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso
Tribunal dispuser de serviço taquigráfico, serão juntas ao para o Tribunal Superior:
processo as notas respectivas.
I - especial:
Art. 274. O acórdão, devidamente assinado, será publicado,
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de
valendo como tal a inserção da sua conclusão no órgão
lei;
oficial.
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre
§1º Se o órgão oficial não publicar o acórdão no prazo de 3
dois ou mais tribunais eleitorais.
(três) dias, as partes serão intimadas pessoalmente e, se não
forem encontradas no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a II - ordinário:
intimação se fará por edital afixado no Tribunal, no local de
a) quando versarem sôbre expedição de diplomas nas
costume.
eleições federais e estaduais;
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplicar-se-á a todos os
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de
casos de citação ou intimação.
segurança.
Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas
§ 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição do recurso,
hipóteses previstas no Código de Processo Civil. (Redação
contado da publicação da decisão nos casos dos nº I, letras a
dada pela Lei nº 13.105, de 2015)(Vigência)
e b e II, letra b e da sessão da diplomação no caso do nº II,
§ 1o Os embargos de declaração serão opostos no prazo de 3 letra a.
(três) dias, contado da data de publicação da decisão
§ 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização
embargada, em petição dirigida ao juiz ou relator, com a
de novas eleições, o prazo para a interposição dos recursos,
indicação do ponto que lhes deu causa. (Redação dada
no caso do nº II, a, contar-se-á da sessão em que, feita a
pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
apuração das sessões renovadas, fôr proclamado o resultado
§ 2o Os embargos de declaração não estão sujeitos a das eleições suplementares.
preparo. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
Art. 277. Interposto recurso ordinário contra decisão do
2015) (Vigência)
Tribunal Regional, o presidente poderá, na própria petição,
§ 3o O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. (Redação mandar abrir vista ao recorrido para que, no mesmo prazo,
dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) ofereça as suas razões.
§ 4o Nos tribunais: (Redação dada pela Lei nº 13.105, de Parágrafo único. Juntadas as razões do recorrido, serão os
2015) (Vigência) autos remetidos ao Tribunal Superior.

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Art. 278. Interposto recurso especial contra decisão do corpus"ou mandado de segurança, das quais caberá recurso
Tribunal Regional, a petição será juntada nas 48 (quarenta e ordinário para o Supremo Tribunal Federal, interposto no
oito) horas seguintes e os autos conclusos ao presidente prazo de 3 (três) dias.
dentro de 24 (vinte e quatro) horas.
§ 1º Juntada a petição nas 48 (quarenta e oito) horas
§ 1º O presidente, dentro em 48 (quarenta e oito) horas do seguintes, os autos serão conclusos ao presidente do
recebimento dos autos conclusos, proferirá despacho Tribunal, que, no mesmo prazo, proferirá despacho
fundamentado, admitindo ou não o recurso. fundamentado, admitindo ou não o recurso.
§ 2º Admitido o recurso, será aberta vista dos autos ao § 2º Admitido o recurso será aberta vista dos autos ao
recorrido para que, no mesmo prazo, apresente as suas recorrido para que, dentro de 3 (três) dias, apresente as suas
razões. razões.
§ 3º Em seguida serão os autos conclusos ao presidente, que § 3º Findo esse prazo os autos serão remetidos ao Supremo
mandará remetê-los ao Tribunal Superior. Tribunal Federal.
Art. 279. Denegado o recurso especial, o recorrente poderá Art. 282. Denegado recurso, o recorrente poderá interpor,
interpor, dentro em 3 (três) dias, agravo de instrumento. dentro de 3 (três) dias, agravo de instrumento, observado o
disposto no Art. 279 e seus parágrafos, aplicada a multa a
§ 1º O agravo de instrumento será interposto por petiçao
que se refere o § 6º pelo Supremo Tribunal Federal.
que conterá:
TÍTULO IV
I - a exposição do fato e do direito;
DISPOSIÇÕES PENAIS
II - as razões do pedido de reforma da decisão; CAPÍTULO I
III - a indicação das peças do processo que devem ser DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
trasladadas. Art. 283. Para os efeitos penais são considerados membros e
§ 2º Serão obrigatoriamente trasladadas a decisão recorrida funcionários da Justiça Eleitoral:
e a certidão da intimação. I - os magistrados que, mesmo não exercendo funções
§ 3º Deferida a formação do agravo, será intimado o eleitorais, estejam presidindo Juntas Apuradoras ou se
recorrido para, no prazo de 3 (três) dias, apresentar as suas encontrem no exercício de outra função por designação de
razões e indicar as peças dos autos que serão também Tribunal Eleitoral;
trasladadas. II - Os cidadãos que temporariamente integram órgãos da
§ 4º Concluída a formação do instrumento o presidente do Justiça Eleitoral;
Tribunal determinará a remessa dos autos ao Tribunal III - Os cidadãos que hajam sido nomeados para as mesas
Superior, podendo, ainda, ordenar a extração e a juntada de receptoras ou Juntas Apuradoras;
peças não indicadas pelas partes.
IV - Os funcionários requisitados pela Justiça Eleitoral.
§ 5º O presidente do Tribunal não poderá negar seguimento
ao agravo, ainda que interposto fora do prazo legal. § 1º Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,
além dos indicados no presente artigo, quem, embora
§ 6º Se o agravo de instrumento não fôr conhecido, porque transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo,
interposto fora do prazo legal, o Tribunal Superior imporá ao emprego ou função pública.
recorrente multa correspondente a valor do maior salário-
mínimo vigente no país, multa essa que será inscrita e § 2º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,
cobrada na forma prevista no art. 367. emprego ou função em entidade paraestatal ou em
sociedade de economia mista.
§ 7º Se o Tribunal Regional dispuser de aparelhamento
próprio, o instrumento deverá ser formado com fotocópias Art. 284. Sempre que êste Código não indicar o grau mínimo,
ou processos semelhantes, pagas as despesas, pelo preço do entende-se que será ele de quinze dias para a pena de
custo, pelas partes, em relação às peças que indicarem. detenção e de um ano para a de reclusão.

CAPÍTULO IV Art. 285. Quando a lei determina a agravação ou atenuação


DOS RECURSOS NO TRIBUNAL SUPERIOR da pena sem mencionar o "quantum", deve o juiz fixá-lo
entre um quinto e um terço, guardados os limites da pena
Art. 280. Aplicam-se ao Tribunal Superior as disposições dos cominada ao crime.
artigos. 268, 269, 270, 271 (caput), 272, 273, 274 e 275.
Art. 286. A pena de multa consiste no pagamento ao Tesouro
Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, Nacional, de uma soma de dinheiro, que é fixada em dias-
salvo as que declararem a invalidade de lei ou ato contrário multa. Seu montante é, no mínimo, 1 (um) dia-multa e, no
à Constituição Federal e as denegatórias de "habeas máximo, 300 (trezentos) dias-multa.

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§ 1º O montante do dia-multa é fixado segundo o prudente Pena - Detenção até seis meses e pagamento de 60 a 100
arbítrio do juiz, devendo êste ter em conta as condições dias-multa.
pessoais e econômicas do condenado, mas não pode ser
Art. 298. Prender ou deter eleitor, membro de mesa
inferior ao salário-mínimo diário da região, nem superior ao
receptora, fiscal, delegado de partido ou candidato, com
valor de um salário-mínimo mensal.
violação do disposto no Art. 236:
§ 2º A multa pode ser aumentada até o triplo, embora não
Pena - Reclusão até quatro anos.
possa exceder o máximo genérico caput, se o juiz considerar
que, em virtude da situação econômica do condenado, é Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para
ineficaz a cominada, ainda que no máximo, ao crime de que si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra
se trate. vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou
prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Art. 287. Aplicam-se aos fatos incriminados nesta lei as
regras gerais do Código Penal. Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a
quinze dias-multa.
Art. 288. Nos crimes eleitorais cometidos por meio da
imprensa, do rádio ou da televisão, aplicam-se Art. 300. Valer-se o servidor público da sua autoridade para
exclusivamente as normas dêste Código e as remissões a coagir alguém a votar ou não votar em determinado
outra lei nele contempladas. candidato ou partido:
CAPÍTULO II Pena - detenção até seis meses e pagamento de 60 a 100
DOS CRIMES ELEITORAIS dias-multa.

Art. 289. Inscrever-se fraudulentamente eleitor: Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da
Justiça Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo
Pena - Reclusão até cinco anos e pagamento de cinco a 15 a pena é agravada.
dias-multa.
Art. 301. Usar de violência ou grave ameaça para coagir
Art. 290 Induzir alguém a se inscrever eleitor com infração alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou
de qualquer dispositivo dêste Código. partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos:
Pena - Reclusão até 2 anos e pagamento de 15 a 30 dias- Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a
multa. quinze dias-multa.
Art. 291. Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrição de Art. 302. Promover, no dia da eleição, com o fim de impedir,
alistando. embaraçar ou fraudar o exercício do voto a concentração de
Pena - Reclusão até 5 anos e pagamento de cinco a quinze eleitores, sob qualquer forma, inclusive o fornecimento
dias-multa. gratuito de alimento e transporte coletivo: (Redação dada
pelo Decreto-Lei nº 1.064, de 24.10.1969)
Art. 292. Negar ou retardar a autoridade judiciária, sem
fundamento legal, a inscrição requerida: Pena - reclusão de quatro (4) a seis (6) anos e pagamento de
200 a 300 dias-multa. ((Redação dada pelo Decreto-Lei nº
Pena - Pagamento de 30 a 60 dias-multa. 1.064, de 24.10.1969)
Art. 293. Perturbar ou impedir de qualquer forma o Art. 303. Majorar os preços de utilidades e serviços
alistamento: necessários à realização de eleições, tais como transporte e
Pena - Detenção de 15 dias a seis meses ou pagamento de alimentação de eleitores, impressão, publicidade e
30 a 60 dias-multa. divulgação de matéria eleitoral.
Art. 294. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 14.4.1994) Pena - pagamento de 250 a 300 dias-multa.

Art. 295. Reter título eleitoral contra a vontade do eleitor: Art. 304. Ocultar, sonegar açambarcar ou recusar no dia da
eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades,
Pena - Detenção até dois meses ou pagamento de 30 a 60 alimentação e meios de transporte, ou conceder
dias-multa. exclusividade dos mesmos a determinado partido ou
Art. 296. Promover desordem que prejudique os trabalhos candidato:
eleitorais; Pena - pagamento de 250 a 300 dias-multa.
Pena - Detenção até dois meses e pagamento de 60 a 90 dias- Art. 305. Intervir autoridade estranha à mesa receptora,
multa. salvo o juiz eleitoral, no seu funcionamento sob qualquer
Art. 297. Impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio: pretexto:

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Pena - detenção até seis meses e pagamento de 60 a 90 dias- Parágrafo único. Nas seções eleitorais em que a contagem
multa. dos votos fôr procedida pela mesa receptora incorrerão na
mesma pena o presidente e os mesários que não fecharem e
Art. 306. Não observar a ordem em que os eleitores devem
lacrarem a urna após a contagem.
ser chamados a votar:
Art. 315. Alterar nos mapas ou nos boletins de apuração a
Pena - pagamento de 15 a 30 dias-multa.
votação obtida por qualquer candidato ou lançar nesses
Art. 307. Fornecer ao eleitor cédula oficial já assinalada ou documentos votação que não corresponda às cédulas
por qualquer forma marcada: apuradas:
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias- Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-
multa. multa.
Art. 308. Rubricar e fornecer a cédula oficial em outra Art. 316. Não receber ou não mencionar nas atas da eleição
oportunidade que não a de entrega da mesma ao eleitor. ou da apuração os protestos devidamente formulados ou
deixar de remetê-los à instância superior:
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 60 a 90 dias-
multa. Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-
multa.
Art. 309. Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em
lugar de outrem: Art. 317. Violar ou tentar violar o sigilo da urna ou dos
invólucros.
Pena - reclusão até três anos.
Pena - reclusão de três a cinco anos.
Art. 310. Praticar, ou permitir membro da mesa receptora
que seja praticada, qualquer irregularidade que determine a Art. 318. Efetuar a mesa receptora a contagem dos votos da
anulação de votação, salvo no caso do Art. 311: urna quando qualquer eleitor houver votado sob
impugnação (art. 190):
Pena - detenção até seis meses ou pagamento de 90 a 120
dias-multa. Pena - detenção até um mês ou pagamento de 30 a 60 dias-
multa.
Art. 311. Votar em seção eleitoral em que não está inscrito,
salvo nos casos expressamente previstos, e permitir, o Art. 319. Subscrever o eleitor mais de uma ficha de registro
presidente da mesa receptora, que o voto seja admitido: de um ou mais partidos:
Pena - detenção até um mês ou pagamento de 5 a 15 dias- Pena - detenção até 1 mês ou pagamento de 10 a 30 dias-
multa para o eleitor e de 20 a 30 dias-multa para o multa.
presidente da mesa.
Art. 320. Inscrever-se o eleitor, simultaneamente, em dois ou
Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo do voto: mais partidos:
Pena - detenção até dois anos. Pena - pagamento de 10 a 20 dias-multa.
Art. 313. Deixar o juiz e os membros da Junta de expedir o Art. 321. Colher a assinatura do eleitor em mais de uma ficha
boletim de apuração imediatamente após a apuração de de registro de partido:
cada urna e antes de passar à subseqüente, sob qualquer
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 20 a 40
pretexto e ainda que dispensada a expedição pelos fiscais,
dias-multa.
delegados ou candidatos presentes:
Art. 322. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
Pena - pagamento de 90 a 120 dias-multa.
Art. 323. Divulgar, na propaganda, fatos que sabe
Parágrafo único. Nas seções eleitorais em que a contagem
inveridicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes
fôr procedida pela mesa receptora incorrerão na mesma
de exercerem influência perante o eleitorado:
pena o presidente e os mesários que não expedirem
imediatamente o respectivo boletim. Pena - detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de
120 a 150 dias-multa.
Art. 314. Deixar o juiz e os membros da Junta de recolher as
cédulas apuradas na respectiva urna, fechá-la e lacrá-la, Parágrafo único. A pena é agravada se o crime é cometido
assim que terminar a apuração de cada seção e antes de pela imprensa, rádio ou televisão.
passar à subseqüente, sob qualquer pretexto e ainda que
Art. 324. Caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou
dispensada a providencia pelos fiscais, delegados ou
visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato
candidatos presentes:
definido como crime:
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e pagamento de
dias-multa.
10 a 40 dias-multa.

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§ 1° Nas mesmas penas incorre quem, sabendo falsa a § 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº13.834, de 2019)
imputação, a propala ou divulga.
Art. 327. As penas cominadas nos artigos. 324, 325 e 326,
§ 2º A prova da verdade do fato imputado exclui o crime, mas aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é
não é admitida: cometido:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o I - contra o Presidente da República ou chefe de governo
ofendido, não foi condenado por sentença irrecorrível; estrangeiro;
II - se o fato é imputado ao Presidente da República ou chefe II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
de governo estrangeiro;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o divulgação da ofensa.
ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Art. 328. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
Art. 325. Difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou
Art. 329. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à
sua reputação: Art. 330. Nos casos dos artigos. 328 e 329 se o agente repara
o dano antes da sentença final, o juiz pode reduzir a pena.
Pena - detenção de três meses a um ano, e pagamento de 5
a 30 dias-multa. Art. 331. Inutilizar, alterar ou perturbar meio de propaganda
devidamente empregado:
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite
se ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao Pena - detenção até seis meses ou pagamento de 90 a 120
exercício de suas funções. dias-multa.
Art. 326. Injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou Art. 332. Impedir o exercício de propaganda:
visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-
o decôro:
multa.
Pena - detenção até seis meses, ou pagamento de 30 a 60
Art. 333. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
dias-multa.
Art. 334. Utilizar organização comercial de vendas,
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para
I - se o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente propaganda ou aliciamento de eleitores:
a injúria;
Pena - detenção de seis meses a um ano e cassação do
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra registro se o responsável fôr candidato.
injúria.
Art. 335. Fazer propaganda, qualquer que seja a sua forma,
§ 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, em língua estrangeira:
por sua natureza ou meio empregado, se considerem
Pena - detenção de três a seis meses e pagamento de 30 a
aviltantes:
60 dias-multa.
Pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 5
Parágrafo único. Além da pena cominada, a infração ao
a 20 dias-multa, além das penas correspondentes à violência
presente artigo importa na apreensão e perda do material
prevista no Código Penal.
utilizado na propaganda.
Art. 326-A. Dar causa à instauração de investigação policial,
Art. 336. Na sentença que julgar ação penal pela infração de
de processo judicial, de investigação administrativa, de
qualquer dos artigos. 322, 323, 324, 325, 326,328, 329, 331,
inquérito civil ou ação de improbidade administrativa,
332, 333, 334 e 335, deve o juiz verificar, de acôrdo com o
atribuindo a alguém a prática de crime ou ato infracional de
seu livre convencionamento, se diretório local do partido,
que o sabe inocente, com finalidade eleitoral: (Incluído
por qualquer dos seus membros, concorreu para a prática de
pela Lei nº13.834, de 2019)
delito, ou dela se beneficiou conscientemente.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e
Parágrafo único. Nesse caso, imporá o juiz ao diretório
multa. (Incluído pela Lei nº13.834, de 2019)
responsável pena de suspensão de sua atividade eleitoral
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se por prazo de 6 a 12 meses, agravada até o dôbro nas
serve do anonimato ou de nome suposto. (Incluído pela reincidências.
Lei nº13.834, de 2019)
Ar. 337. Participar, o estrangeiro ou brasileiro que não
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a imputação é de estiver no gôzo dos seus direitos políticos, de atividades
prática de contravenção. (Incluído pela Lei nº13.834, de partidárias inclusive comícios e atos de propaganda em
2019) recintos fechados ou abertos:

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Pena - detenção até seis meses e pagamento de 90 a 120 estiver sujeita a outra penalidade: (Redação dada pela Lei
dias-multa. nº 4.961, de 4.5.1966)
Parágrafo único. Na mesma pena incorrerá o responsável Pena - pagamento de trinta a noventa dias-multa.(Redação
pelas emissoras de rádio ou televisão que autorizar dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
transmissões de que participem os mencionados neste
Art. 346. Violar o disposto no Art. 377:
artigo, bem como o diretor de jornal que lhes divulgar os
pronunciamentos. Pena - detenção até seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-
multa.
Art. 338. Não assegurar o funcionário postal a prioridade
prevista no Art. 239: Parágrafo único. Incorrerão na pena, além da autoridade
responsável, os servidores que prestarem serviços e os
Pena - Pagamento de 30 a 60 dias-multa.
candidatos, membros ou diretores de partido que derem
Art. 339 - Destruir, suprimir ou ocultar urna contendo votos, causa à infração.
ou documentos relativos à eleição:
Art. 347. Recusar alguém cumprimento ou obediência a
Pena - reclusão de dois a seis anos e pagamento de 5 a 15 diligências, ordens ou instruções da Justiça Eleitoral ou opor
dias-multa. embaraços à sua execução:
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da Pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 10
Justiça Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo, a 20 dias-multa.
a pena é agravada.
Art. 348. Falsificar, no todo ou em parte, documento público,
Art. 340. Fabricar, mandar fabricar, adquirir, fornecer, ainda ou alterar documento público verdadeiro, para fins
que gratuitamente, subtrair ou guardar urnas, objetos, eleitorais:
mapas, cédulas ou papéis de uso exclusivo da Justiça
Pena - reclusão de dois a seis anos e pagamento de 15 a 30
Eleitoral:
dias-multa.
Pena - reclusão até três anos e pagamento de 3 a 15 dias-
§ 1º Se o agente é funcionário público e comete o crime
multa.
prevalecendo-se do cargo, a pena é agravada.
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da
§ 2º Para os efeitos penais, equipara-se a documento público
Justiça Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
o emanado de entidade paraestatal inclusive Fundação do
a pena é agravada.
Estado.
Art. 341. Retardar a publicação ou não publicar, o diretor ou
Ar. 349. Falsificar, no todo ou em parte, documento
qualquer outro funcionário de órgão oficial federal, estadual,
particular ou alterar documento particular verdadeiro, para
ou municipal, as decisões, citações ou intimações da Justiça
fins eleitorais:
Eleitoral:
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 3 a 10 dias-
Pena - detenção até um mês ou pagamento de 30 a 60 dias-
multa.
multa.
Art. 350. Omitir, em documento público ou particular,
Art. 342. Não apresentar o órgão do Ministério Público, no
declaração que dêle devia constar, ou nele inserir ou fazer
prazo legal, denúncia ou deixar de promover a execução de
inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita,
sentença condenatória:
para fins eleitorais:
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 60 a 90
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-
dias-multa.
multa, se o documento é público, e reclusão até três anos e
Art. 343. Não cumprir o juiz o disposto no § 3º do Art. 357: pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento é particular.
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 60 a 90 Parágrafo único. Se o agente da falsidade documental é
dias-multa. funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do
cargo ou se a falsificação ou alteração é de assentamentos
Art. 344. Recusar ou abandonar o serviço eleitoral sem justa
de registro civil, a pena é agravada.
causa:
Art. 351. Equipara-se a documento (348,349 e 350) para os
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120
efeitos penais, a fotografia, o filme cinematográfico, o disco
dias-multa.
fonográfico ou fita de ditafone a que se incorpore declaração
Art. 345. Não cumprir a autoridade judiciária, ou qualquer ou imagem destinada à prova de fato juridicamente
funcionário dos órgãos da Justiça Eleitoral, nos prazos legais, relevante.
os deveres impostos por êste Código, se a infração não

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Ar. 352. Reconhecer, como verdadeira, no exercício da classificação do crime e, quando necessário, o rol das
função pública, firma ou letra que o não seja, para fins testemunhas.
eleitorais:
§ 3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer a
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias- denúncia no prazo legal representará contra êle a autoridade
multa se o documento é público, e reclusão até três anos e judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade
pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento é particular. penal.
Art. 353. Fazer uso de qualquer dos documentos falsificados § 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior o
ou alterados, a que se referem os artigos. 348 a 352: juiz solicitará ao Procurador Regional a designação de outro
promotor, que, no mesmo prazo, oferecerá a denúncia.
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
§ 5º Qualquer eleitor poderá provocar a representação
Art. 354. Obter, para uso próprio ou de outrem, documento
contra o órgão do Ministério Público se o juiz, no prazo de 10
público ou particular, material ou ideologicamente falso para
(dez) dias, não agir de ofício.
fins eleitorais:
Art. 358. A denúncia, será rejeitada quando:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
I - o fato narrado evidentemente não constituir crime;
Art. 354-A. Apropriar-se o candidato, o administrador
financeiro da campanha, ou quem de fato exerça essa II - já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra
função, de bens, recursos ou valores destinados ao causa;
financiamento eleitoral, em proveito próprio ou
III - fôr manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição
alheio: (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
exigida pela lei para o exercício da ação penal.
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. (Incluído pela
Parágrafo único. Nos casos do número III, a rejeição da
Lei nº 13.488, de 2017)
denúncia não obstará ao exercício da ação penal, desde que
CAPÍTULO III promovida por parte legítima ou satisfeita a condição.
DO PROCESSO DAS INFRAÇÕES Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora
Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação
ação pública. deste e a notificação do Ministério Público. (Redação
dada pela Lei nº 10.732, de 5.9.2003)
Art. 356. Todo cidadão que tiver conhecimento de infração
penal dêste Código deverá comunicá-la ao juiz eleitoral da Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10
zona onde a mesma se verificou. (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar
testemunhas.(Incluído pela Lei nº 10.732, de 5.9.2003)
§ 1º Quando a comunicação fôr verbal, mandará a
autoridade judicial reduzi-la a têrmo, assinado pelo Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e
apresentante e por duas testemunhas, e a remeterá ao praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público e
órgão do Ministério Público local, que procederá na forma deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5
dêste Código. (cinco) dias a cada uma das partes - acusação e defesa - para
alegações finais.
§ 2º Se o Ministério Público julgar necessários maiores
esclarecimentos e documentos complementares ou outros Art. 361. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos ao juiz
elementos de convicção, deverá requisitá-los diretamente dentro de quarenta e oito horas, terá o mesmo 10 (dez) dias
de quaisquer autoridades ou funcionários que possam para proferir a sentença.
fornecê-los. Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no
oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias. prazo de 10 (dez) dias.

§ 1º Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar Art. 363. Se a decisão do Tribunal Regional fôr condenatória,
a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz, baixarão imediatamente os autos à instância inferior para a
no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, execução da sentença, que será feita no prazo de 5 (cinco)
fará remessa da comunicação ao Procurador Regional, e êste dias, contados da data da vista ao Ministério Público.
oferecerá a denúncia, designará outro Promotor para Parágrafo único. Se o órgão do Ministério Público deixar de
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual promover a execução da sentença serão aplicadas as normas
só então estará o juiz obrigado a atender. constantes dos parágrafos 3º, 4º e 5º do Art. 357.
§ 2º A denúncia conterá a exposição do fato criminoso com Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou dos comuns que lhes forem conexos, assim como nos
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-

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á, como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo § 2º A multa pode ser aumentada até dez vezes, se o juiz, ou
Penal. Tribunal considerar que, em virtude da situação econômica
do infrator, é ineficaz, embora aplicada no máximo.(Incluído
TÍTULO V
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
§ 3º O alistando, ou o eleitor, que comprovar devidamente o
Art. 365. O serviço eleitoral prefere a qualquer outro, é seu estado de pobreza, ficará isento do pagamento de
obrigatório e não interrompe o interstício de promoção dos multa. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
funcionários para êle requisitados.
§ 4º Fica autorizado o Tesouro Nacional a emitir sêlos, sob a
Art. 366. Os funcionários de qualquer órgão da Justiça designação "Selo Eleitoral", destinados ao pagamento de
Eleitoral não poderão pertencer a diretório de partido emolumentos, custas, despesas e multas, tanto as
político ou exercer qualquer atividade partidária, sob pena administrativas como as penais, devidas à Justiça
de demissão. Eleitoral.(Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 367. A imposição e a cobrança de qualquer multa, salvo § 5º Os pagamentos de multas poderão ser feitos através de
no caso das condenações criminais, obedecerão às seguintes guias de recolhimento, se a Justiça Eleitoral não dispuser de
normas: sêlo eleitoral em quantidade suficiente para atender aos
I - No arbitramento será levada em conta a condição interessados. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
econômica do eleitor; Art. 368. Os atos requeridos ou propostos em tempo
II - Arbitrada a multa, de ofício ou a requerimento do eleitor, oportuno, mesmo que não sejam apreciados no prazo legal,
o pagamento será feito através de selo federal inutilizado no não prejudicarão aos interessados.
próprio requerimento ou no respectivo processo; Art. 368-A. A prova testemunhal singular, quando exclusiva,
III - Se o eleitor não satisfizer o pagamento no prazo de 30 não será aceita nos processos que possam levar à perda do
(trinta) dias, será considerada dívida líquida e certa, para mandato. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
efeito de cobrança mediante executivo fiscal, a que fôr Art. 369. O Governo da União fornecerá, para ser distribuído
inscrita em livro próprio no Cartório Eleitoral; por intermédio dos Tribunais Regionais, todo o material
IV - A cobrança judicial da dívida será feita por ação executiva destinado ao alistamento eleitoral e às eleições.
na forma prevista para a cobrança da dívida ativa da Fazenda Art. 370. As transmissões de natureza eleitoral, feitas por
Pública, correndo a ação perante os juízos eleitorais; autoridades e repartições competentes, gozam de franquia
V - Nas Capitais e nas comarcas onde houver mais de um postal, telegráfica, telefônica, radiotelegráfica ou
Promotor de Justiça, a cobrança da dívida far-se-á por radiotelefônica, em linhas oficiais ou nas que sejam
intermédio do que for designado pelo Procurador Regional obrigadas a serviço oficial.
Eleitoral; Art. 371. As repartições públicas são obrigadas, no prazo
VI - Os recursos cabíveis, nos processos para cobrança da máximo de 10 (dez) dias, a fornecer às autoridades, aos
dívida decorrente de multa, serão interpostos para a representantes de partidos ou a qualquer alistando as
instância superior da Justiça Eleitoral; informações e certidões que solicitarem relativas à matéria
eleitoral, desde que os interessados manifestem
VII - Em nenhum caso haverá recurso de ofício; especificamente as razões e os fins do pedido.
VIII - As custas, nos Estados, Distrito Federal e Territórios Art. 372. Os tabeliães não poderão deixar de reconhecer nos
serão cobradas nos termos dos respectivos Regimentos de documentos necessários à instrução dos requerimentos e
Custas; recursos eleitorais, as firmas de pessoas de seu
IX - Os juízes eleitorais comunicarão aos Tribunais Regionais, conhecimento, ou das que se apresentarem com 2 (dois)
trimestralmente, a importância total das multas impostas, abonadores conhecidos.
nesse período e quanto foi arrecadado através de Ar. 373. São isentos de sêlo os requerimentos e todos os
pagamentos feitos na forma dos números II e III; papéis destinados a fins eleitorais e é gratuito o
X - Idêntica comunicação será feita pelos Tribunais Regionais reconhecimento de firma pelos tabeliães, para os mesmos
ao Tribunal Superior. fins.
§ 1º As multas aplicadas pelos Tribunais Eleitorais serão Parágrafo único. Nos processos -crimes e nos executivos
consideradas líquidas e certas, para efeito de cobrança fiscais referente a cobrança de multas serão pagas custas nos
mediante executivo fiscal desde que inscritas em livro têrmos do Regimento de Custas de cada Estado, sendo as
próprio na Secretaria do Tribunal competente. (Incluído devidas à União pagas através de sêlos federais inutilizados
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) nos autos.

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Art. 374. Os membros dos tribunais eleitorais, os juizes § 3º O disposto neste artigo não se aplica aos membros ou
eleitorais e os servidores públicos requisitados para os servidores de Justiça Eleitoral.
órgãos da Justiça Eleitoral, que, em virtude de suas funções
Art. 380. Será feriado nacional o dia em que se realizarem
nos mencionados órgãos não tiverem as férias que lhes
eleições de data fixada pela Constituição Federal; nos demais
couberem, poderão gozá-las no ano seguinte , acumuladas
casos, serão as eleições marcadas para um domingo ou dia
ou não.(Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
já considerado feriado por lei anterior.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 4.961, de
Art. 381. Esta lei não altera a situação das candidaturas a
4.5.1966)
Presidente ou Vice-Presidente da República e a Governador
Art. 375. Nas áreas contestadas, enquanto não forem fixados ou Vice-Governador de Estado, desde que resultantes de
definitivamente os limites interestaduais, far-se-ão as convenções partidárias regulares e já registradas ou em
eleições sob a jurisdição do Tribunal Regional da processo de registro, salvo a ocorrência de outros motivos
circunscrição eleitoral em que, do ponto de vista da de ordem legal ou constitucional que as prejudiquem.
administração judiciária estadual, estejam elas incluídas.
Parágrafo único. Se o registro requerido se referir
Art. 376. A proposta orçametária da Justiça Eleitoral será isoladamente a Presidente ou a Vice-Presidente da República
anualmente elaborada pelo Tribunal Superior, de acôrdo e a Governador ou Vice-Governador de Estado, a validade
com as propostas parciais que lhe forem remetidas pelos respectiva dependerá de complementação da chapa
Tribunais Regionais, e dentro das normas legais vigentes. conjunta na firma e nos prazos previstos neste Código
(Constituição, art. 81, com a redação dada pela Emenda
Parágrafo único. Os pedidos de créditos adicionais que se
Constitucional nº 9).
fizerem necessários ao bom andamento dos serviços
eleitorais, durante o exercício serão encaminhados em Art. 382. Êste Código entrará em vigor 30 dias após a sua
relação trimestral à Câmara dos Deputados, por intermédio publicação.
do Tribunal Superior.
Art. 383. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 377. O serviço de qualquer repartição, federal, estadual,
Brasília, 15 de julho de 1965. 144º da Independência e 77º
municipal, autarquia, fundação do Estado, sociedade de
da República
economia mista, entidade mantida ou subvencionada pelo
poder público, ou que realiza contrato com êste, inclusive o H. CASTELLO BRANCO
respectivo prédio e suas dependências não poderá ser Milton Soares Campos
utilizado para beneficiar partido ou organização de caráter
político. Lei nº 8.078/1990
Parágrafo único. O disposto neste artigo será tornado
efetivo, a qualquer tempo, pelo órgão competente da Justiça Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
Eleitoral, conforme o âmbito nacional, regional ou municipal providências.
do órgão infrator mediante representação fundamentada O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
partidário, ou de qualquer eleitor. Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 378. O Tribunal Superior organizará, mediante proposta TÍTULO I
do Corregedor Geral, os serviços da Corregedoria, DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR
designando para desempenhá-los funcionários efetivos do CAPÍTULO I
seu quadro e transformando o cargo de um dêles, diplomado DISPOSIÇÕES GERAIS
em direito e de conduta moral irrepreensível, no de Escrivão
da Corregedoria símbolo PJ - 1, a cuja nomeação serão Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e
inerentes, assim na Secretaria como nas diligências, as defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social,
atribuições de titular de ofício de Justiça. nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da
Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições
Art. 379. Serão considerados de relevância os serviços Transitórias.
prestados pelos mesários e componentes das Juntas Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
Apuradoras. adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
§ 1º Tratando-se de servidor público, em caso de promoção Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de
a prova de haver prestado tais serviços será levada em pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas
consideração para efeito de desempate, depois de relações de consumo.
observados os critérios já previstos em leis ou regulamentos. Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
§ 2º Persistindo o empate de que trata o parágrafo anterior, despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
terá preferência, para a promoção, o funcionário que tenha montagem, criação, construção, transformação, importação,
servido maior número de vezes.
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exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do


prestação de serviços. Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou III - criação de delegacias de polícia especializadas no
imaterial. atendimento de consumidores vítimas de infrações penais
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de de consumo;
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as Especializadas para a solução de litígios de consumo;
decorrentes das relações de caráter trabalhista. V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das
Associações de Defesa do Consumidor.
CAPÍTULO II
§ 1° (Vetado).
DA POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÕES DE CONSUMO
§ 2º (Vetado).
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por
CAPÍTULO III
objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores,
DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de
seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
vida, bem como a transparência e harmonia das relações de I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos
consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada provocados por práticas no fornecimento de produtos e
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) serviços considerados perigosos ou nocivos;
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos
mercado de consumo; produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente igualdade nas contratações;
o consumidor: III - a informação adequada e clara sobre os diferentes
a) por iniciativa direta; produtos e serviços, com especificação correta de
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações quantidade, características, composição, qualidade, tributos
representativas; incidentes e preço, bem como sobre os riscos que
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões 2012) Vigência
adequados de qualidade, segurança, durabilidade e IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,
desempenho. métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como
III - harmonização dos interesses dos participantes das contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
relações de consumo e compatibilização da proteção do fornecimento de produtos e serviços;
consumidor com a necessidade de desenvolvimento V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da fatos supervenientes que as tornem excessivamente
Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e onerosas;
equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, morais, individuais, coletivos e difusos;
quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com
mercado de consumo; vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a
eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
e serviços, assim como de mecanismos alternativos de VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
solução de conflitos de consumo; inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias
desleal e utilização indevida de inventos e criações de experiências;
industriais das marcas e nomes comerciais e signos IX - (Vetado);
distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; geral.
VIII - estudo constante das modificações do mercado de Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III
consumo. do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de deficiência, observado o disposto em regulamento. (Incluído
Consumo, contará o poder público com os seguintes pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
instrumentos, entre outros: Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros
I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita decorrentes de tratados ou convenções internacionais de
para o consumidor carente; que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária,

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de regulamentos expedidos pelas autoridades SEÇÃO II


administrativas competentes, bem como dos que derivem DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO
dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e SERVIÇO
eqüidade.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos
estrangeiro, e o importador respondem,
responderão solidariamente pela reparação dos danos
independentemente da existência de culpa, pela reparação
previstos nas normas de consumo.
dos danos causados aos consumidores por defeitos
CAPÍTULO IV decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem,
DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento
PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO DOS DANOS de seus produtos, bem como por informações insuficientes
SEÇÃO I ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
DA PROTEÇÃO À SAÚDE E SEGURANÇA § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança
que dele legitimamente se espera, levando-se em
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos
I - sua apresentação;
consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os
III - a época em que foi colocado em circulação.
fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de
necessárias e adequadas a seu respeito.
outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só
cabe prestar as informações a que se refere este artigo,
não será responsabilizado quando provar:
através de impressos apropriados que devam acompanhar o
I - que não colocou o produto no mercado;
produto. (Redação dada pela Lei nº 13.486, de 2017)
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o
§ 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e
defeito inexiste;
utensílios utilizados no fornecimento de produtos ou
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos
informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o
do artigo anterior, quando:
caso, sobre o risco de contaminação. (Incluído pela Lei nº
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não
13.486, de 2017)
puderem ser identificados;
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu
nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar,
fabricante, produtor, construtor ou importador;
de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao
outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de
demais responsáveis, segundo sua participação na causação
consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber
do evento danoso.
apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à
Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
saúde ou segurança.
independentemente da existência de culpa, pela reparação
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que,
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos
posteriormente à sua introdução no mercado de consumo,
à prestação dos serviços, bem como por informações
tiver conhecimento da periculosidade que apresentem,
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança
competentes e aos consumidores, mediante anúncios
que o consumidor dele pode esperar, levando-se em
publicitários.
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo
anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às I - o modo de seu fornecimento;
expensas do fornecedor do produto ou serviço. II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de esperam;
produtos ou serviços à saúde ou segurança dos III - a época em que foi fornecido.
consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de
Municípios deverão informá-los a respeito. novas técnicas.
Art. 11. (Vetado). § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado
quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será
apurada mediante a verificação de culpa.

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Art. 15. (Vetado). variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido
Art. 16. (Vetado). for inferior às indicações constantes do recipiente, da
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária,
consumidores todas as vítimas do evento. podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua
escolha:
SEÇÃO III
I - o abatimento proporcional do preço;
DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO
II - complementação do peso ou medida;
SERVIÇO
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie,
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes § 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da anterior.
disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, aferido segundo os padrões oficiais.
podendo o consumidor exigir a substituição das partes Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de
viciadas. qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua disparidade com as indicações constantes da oferta ou
escolha: mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir,
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, alternativamente e à sua escolha:
em perfeitas condições de uso; I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente cabível;
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
III - o abatimento proporcional do preço. atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação III - o abatimento proporcional do preço.
do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a
inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do
contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser fornecedor.
convencionada em separado, por meio de manifestação § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados
expressa do consumidor. para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das aqueles que não atendam as normas regulamentares de
alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da prestabilidade.
extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por
comprometer a qualidade ou características do produto, objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á
diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. implícita a obrigação do fornecedor de empregar
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I componentes de reposição originais adequados e novos, ou
do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do que mantenham as especificações técnicas do fabricante,
bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do
ou modelo diversos, mediante complementação ou consumidor.
restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo. concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será forma de empreendimento, são obrigados a fornecer
responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos
exceto quando identificado claramente seu produtor. essenciais, contínuos.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os
avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à danos causados, na forma prevista neste código.
vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de
com as normas regulamentares de fabricação, distribuição qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o
ou apresentação; exime de responsabilidade.
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço
inadequados ao fim a que se destinam. independe de termo expresso, vedada a exoneração
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos contratual do fornecedor.
vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as
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Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos
impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar consumidores.
prevista nesta e nas seções anteriores.
CAPÍTULO V
§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS
dano, todos responderão solidariamente pela reparação
SEÇÃO I
prevista nesta e nas seções anteriores.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça
incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-
solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não,
realizou a incorporação. expostas às práticas nele previstas.
SEÇÃO IV SEÇÃO II
DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO DA OFERTA
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente
fácil constatação caduca em: precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos
produtos não duráveis; ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
de produtos duráveis. Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da devem assegurar informações corretas, claras, precisas,
entrega efetiva do produto ou do término da execução dos ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características,
serviços. qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos
§ 2° Obstam a decadência: de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo os riscos que apresentam à saúde e segurança dos
consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até consumidores.
a resposta negativa correspondente, que deve ser Parágrafo único. As informações de que trata este artigo,
transmitida de forma inequívoca; nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão
II - (Vetado). gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 2009)
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia- Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a
se no momento em que ficar evidenciado o defeito. oferta de componentes e peças de reposição enquanto não
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação cessar a fabricação ou importação do produto.
pelos danos causados por fato do produto ou do serviço Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a
prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na
do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. forma da lei.
Parágrafo único. (Vetado). Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou
reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e
SEÇÃO V
endereço na embalagem, publicidade e em todos os
DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
impressos utilizados na transação comercial.
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica Parágrafo único. É proibida apublicidade de bens e serviços
da sociedade quando, em detrimento do consumidor, por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor
houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, de 2008).
fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente
social. A desconsideração também será efetivada quando responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes
houver falência, estado de insolvência, encerramento ou autônomos.
inatividade da pessoa jurídica provocados por má Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar
administração. cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o
§ 1° (Vetado). consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da
sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis oferta, apresentação ou publicidade;
pelas obrigações decorrentes deste código. II - aceitar outro produto ou prestação de serviço
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente equivalente;
responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa. eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica perdas e danos.
sempre que sua personalidade for, de alguma forma,

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SEÇÃO III existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou


DA PUBLICIDADE outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o
(Conmetro);
consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços,
Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus
diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante
produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para
pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação
informação dos legítimos interessados, os dados fáticos,
regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884,
técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
de 11.6.1994)
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou
(Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de
falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão,
22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da
capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da
conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
natureza, características, qualidade, quantidade,
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua
propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre
obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu
produtos e serviços.
exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou
qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo
contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de
ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento
23.11.1999)
e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou
que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de
de serviços de um número maior de consumidores que o
forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
fixado pela autoridade administrativa como máximo.
§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa
(Incluído pela Lei nº 13.425, de 2017)
por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos
do produto ou serviço.
remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista
§ 4° (Vetado).
no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da
obrigação de pagamento.
informação ou comunicação publicitária cabe a quem as
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao
patrocina.
consumidor orçamento prévio discriminando o valor da
SEÇÃO IV mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem
DAS PRÁTICAS ABUSIVAS empregados, as condições de pagamento, bem como as
datas de início e término dos serviços.
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços,
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá
dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº
validade pelo prazo de dez dias, contado de seu recebimento
8.884, de 11.6.1994)
pelo consumidor.
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao
§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem
os contraentes e somente pode ser alterado mediante livre
justa causa, a limites quantitativos;
negociação das partes.
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na
§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou
exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda,
acréscimos decorrentes da contratação de serviços de
de conformidade com os usos e costumes;
terceiros não previstos no orçamento prévio.
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação
Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de serviços
prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
sujeitos ao regime de controle ou de tabelamento de preços,
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor,
os fornecedores deverão respeitar os limites oficiais sob
tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição
pena de não o fazendo, responderem pela restituição da
social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
quantia recebida em excesso, monetariamente atualizada,
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente
podendo o consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento
excessiva;
do negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento
e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as SEÇÃO V
decorrentes de práticas anteriores entre as partes; DA COBRANÇA DE DÍVIDAS
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente
praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos;
não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou
tipo de constrangimento ou ameaça.
serviço em desacordo com as normas expedidas pelos
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida
órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não
tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro
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do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária CAPÍTULO VI


e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de débitos SEÇÃO I
apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o DISPOSIÇÕES GERAIS
endereço e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo
Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica –
não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a
CNPJ do fornecedor do produto ou serviço correspondente.
oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu
(Incluído pela Lei nº 12.039, de 2009)
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem
SEÇÃO VI redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido
DOS BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE e alcance.
CONSUMIDORES Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de
maneira mais favorável ao consumidor.
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86,
Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos
terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas,
particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de
registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre
consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusive
ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
execução específica, nos termos do art. 84 e parágrafos.
§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de
objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil
7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento
compreensão, não podendo conter informações negativas
do produto ou serviço, sempre que a contratação de
referentes a período superior a cinco anos.
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do
§ 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a
e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao
domicílio.
consumidor, quando não solicitada por ele.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de
§ 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos
arrependimento previsto neste artigo, os valores
seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção,
eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de
devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis,
reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente
comunicar a alteração aos eventuais destinatários das
atualizados.
informações incorretas.
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será
§ 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a
conferida mediante termo escrito.
consumidores, os serviços de proteção ao crédito e
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve
congêneres são considerados entidades de caráter público.
ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que
§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos
consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o
do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos
lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do
Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que
consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente
possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto
preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento,
aos fornecedores.
acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso
§ 6o Todas as informações de que trata o caput deste artigo
do produto em linguagem didática, com ilustrações.
devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive
para a pessoa com deficiência, mediante solicitação do SEÇÃO II
consumidor. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas
manterão cadastros atualizados de reclamações
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços
fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços,
que:
devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade
indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo
do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos
fornecedor.
e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos.
§ 1° É facultado o acesso às informações lá constantes para
Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor
orientação e consulta por qualquer interessado.
pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em
§ 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas
situações justificáveis;
regras enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo único
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da
do art. 22 deste código.
quantia já paga, nos casos previstos neste código;
Art. 45. (Vetado).
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas,
que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou
sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
V - (Vetado);

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VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do § 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de


consumidor; obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; por cento do valor da prestação. (Redação dada pela Lei nº
VIII - imponham representante para concluir ou realizar 9.298, de 1º.8.1996)
outro negócio jurídico pelo consumidor; § 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o débito, total ou parcialmente, mediante redução
contrato, embora obrigando o consumidor; proporcional dos juros e demais acréscimos.
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, § 3º (Vetado).
variação do preço de maneira unilateral; Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato imóveis mediante pagamento em prestações, bem como nas
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de
consumidor; pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de prestações pagas em benefício do credor que, em razão do
cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a
conferido contra o fornecedor; retomada do produto alienado.
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o § 1° (Vetado).
conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração; § 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produtos
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas duráveis, a compensação ou a restituição das parcelas
ambientais; quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos
consumidor; que o desistente ou inadimplente causar ao grupo.
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por § 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo serão
benfeitorias necessárias. expressos em moeda corrente nacional.
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem
SEÇÃO III
que:
DOS CONTRATOS DE ADESÃO
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a
que pertence; Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes sido aprovadas pela autoridade competente ou
à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos
equilíbrio contratual; ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, modificar substancialmente seu conteúdo.
considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o § 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a
interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao natureza de adesão do contrato.
caso. § 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória,
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor,
invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a § 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em
qualquer das partes. termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo
§ 3° (Vetado). tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o a facilitar sua compreensão pelo consumidor. (Redação dada
represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a pela nº 11.785, de 2008)
competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula § 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do
contratual que contrarie o disposto neste código ou de consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo
qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos sua imediata e fácil compreensão.
e obrigações das partes. § 5° (Vetado)
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que
CAPÍTULO VII
envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros
(VIDE LEI Nº 8.656, DE 1993)
requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre:
I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional; Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação
juros; administrativa, baixarão normas relativas à produção,
III - acréscimos legalmente previstos; industrialização, distribuição e consumo de produtos e
IV - número e periodicidade das prestações; serviços.
V - soma total a pagar, com e sem financiamento. § 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização,
distribuição, a publicidade de produtos e serviços e o
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mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, constatados vícios de quantidade ou de qualidade por
da saúde, da segurança, da informação e do bem-estar do inadequação ou insegurança do produto ou serviço.
consumidor, baixando as normas que se fizerem necessárias. Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de
§ 2° (Vetado). interdição e de suspensão temporária da atividade, bem
§ 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e como a de intervenção administrativa, serão aplicadas
municipais com atribuições para fiscalizar e controlar o mediante procedimento administrativo, assegurada ampla
mercado de consumo manterão comissões permanentes defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das
para elaboração, revisão e atualização das normas referidas infrações de maior gravidade previstas neste código e na
no § 1°, sendo obrigatória a participação dos consumidores legislação de consumo.
e fornecedores. § 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à
§ 4° Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos concessionária de serviço público, quando violar obrigação
fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem legal ou contratual.
informações sobre questões de interesse do consumidor, § 2° A pena de intervenção administrativa será aplicada
resguardado o segredo industrial. sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem a
Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor cassação de licença, a interdição ou suspensão da atividade.
ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções § 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição
administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e de penalidade administrativa, não haverá reincidência até o
das definidas em normas específicas: trânsito em julgado da sentença.
I - multa; Art. 60. A imposição de contrapropaganda será cominada
II - apreensão do produto; quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade
III - inutilização do produto; enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão parágrafos, sempre às expensas do infrator.
competente; § 1º A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da
V - proibição de fabricação do produto; mesma forma, freqüência e dimensão e, preferencialmente
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; no mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz
VII - suspensão temporária de atividade; de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva.
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso; § 2° (Vetado)
IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; § 3° (Vetado).
X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra
TÍTULO II
ou de atividade;
DAS INFRAÇÕES PENAIS
XI - intervenção administrativa;
XII - imposição de contrapropaganda. Art. 61. Constituem crimes contra as relações de consumo
Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão previstas neste código, sem prejuízo do disposto no Código
aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito de sua Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos artigos
atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, seguintes.
inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de Art. 62. (Vetado).
procedimento administrativo. Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a
Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a nocividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens,
gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição nos invólucros, recipientes ou publicidade:
econômica do fornecedor, será aplicada mediante Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
procedimento administrativo, revertendo para o Fundo de § 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar,
que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores mediante recomendações escritas ostensivas, sobre a
cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais periculosidade do serviço a ser prestado.
de proteção ao consumidor nos demais casos. (Redação § 2° Se o crime é culposo:
dada pela Lei nº 8.656, de 21.5.1993) Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Parágrafo único. A multa será em montante não inferior a Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos
duzentas e não superior a três milhões de vezes o valor da consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos
Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equivalente cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no
que venha a substituí-lo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº mercado:
8.703, de 6.9.1993) Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de produtos, Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar
de proibição de fabricação de produtos, de suspensão do de retirar do mercado, imediatamente quando determinado
fornecimento de produto ou serviço, de cassação do registro pela autoridade competente, os produtos nocivos ou
do produto e revogação da concessão ou permissão de uso perigosos, na forma deste artigo.
serão aplicadas pela administração, mediante procedimento Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade,
administrativo, assegurada ampla defesa, quando forem contrariando determinação de autoridade competente:

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Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa. produtos ou a oferta e prestação de serviços nas condições
§ 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das por ele proibidas.
correspondentes à lesão corporal e à morte. (Redação dada Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados
pela Lei nº 13.425, de 2017) neste código:
§ 2º A prática do disposto no inciso XIV do art. 39 desta Lei I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou
também caracteriza o crime previsto no caput deste artigo. por ocasião de calamidade;
(Incluído pela Lei nº 13.425, de 2017) II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
informação relevante sobre a natureza, característica, IV - quando cometidos:
qualidade, quantidade, segurança, desempenho, a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição
durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: econômico-social seja manifestamente superior à da vítima;
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas portadoras
§ 2º Se o crime é culposo; de deficiência mental interditadas ou não;
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. V - serem praticados em operações que envolvam alimentos,
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços
saber ser enganosa ou abusiva: essenciais .
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção será fixada
Parágrafo único. (Vetado). em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao máximo de
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria dias de duração da pena privativa da liberdade cominada ao
saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de crime. Na individualização desta multa, o juiz observará o
forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança: disposto no art. 60, §1° do Código Penal.
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa: Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa,
Parágrafo único. (Vetado). podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente,
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e observado odisposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:
científicos que dão base à publicidade: I - a interdição temporária de direitos;
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. II - a publicação em órgãos de comunicação de grande
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou circulação ou audiência, às expensas do condenado, de
componentes de reposição usados, sem autorização do notícia sobre os fatos e a condenação;
consumidor: III - a prestação de serviços à comunidade.
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata este
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir
constrangimento físico ou moral, afirmações falsas o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor do Bônus
incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento do Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente que venha
que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou a substituí-lo.
interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: Parágrafo único. Se assim recomendar a situação econômica
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. do indiciado ou réu, a fiança poderá ser:
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;
informações que sobre ele constem em cadastros, banco de b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.
dados, fichas e registros: Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos
Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa. neste código, bem como a outros crimes e contravenções
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como
consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas assistentes do Ministério Público, os legitimados indicados
ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata: no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é facultado
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for
Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de oferecida no prazo legal.
garantia adequadamente preenchido e com especificação
TÍTULO III
clara de seu conteúdo;
DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO
Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
CAPÍTULO I
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes
DISPOSIÇÕES GERAIS
referidos neste código, incide as penas a esses cominadas na
medida de sua culpabilidade, bem como o diretor, Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores
administrador ou gerente da pessoa jurídica que promover, e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente,
permitir ou por qualquer modo aprovar o fornecimento, ou a título coletivo.
oferta, exposição à venda ou manutenção em depósito de Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se
tratar de:

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I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade
indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e nociva, além de requisição de força policial.
ligadas por circunstâncias de fato; Art. 85. (Vetado).
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para Art. 86. (Vetado).
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código não
indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da
relação jurídica base; associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim de advogados, custas e despesas processuais.
entendidos os decorrentes de origem comum. Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação
legitimados concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº serão solidariamente condenados em honorários
9.008, de 21.3.1995) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da
I - o Ministério Público, responsabilidade por perdas e danos.
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código,
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo
ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos
especificamente destinados à defesa dos interesses e mesmos autos, vedada a denunciação da lide.
direitos protegidos por este código; Art. 89. (Vetado)
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as normas
um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de 24 de julho
dos interesses e direitos protegidos por este código, de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, naquilo
dispensada a autorização assemblear. que não contrariar suas disposições.
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado
CAPÍTULO II
pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes,
DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A DEFESA DE INTERESSES
quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do
bem jurídico a ser protegido. Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor,
§ 2° (Vetado). em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus
§ 3° (Vetado). sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto
este código são admissíveis todas as espécies de ações nos artigos seguintes. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de
capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela. 21.3.1995)
Parágrafo único. (Vetado). Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da sempre como fiscal da lei.
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela Parágrafo único. (Vetado).
específica da obrigação ou determinará providências que Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é
assegurem o resultado prático equivalente ao do competente para a causa a justiça local:
adimplemento. I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano,
§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente quando de âmbito local;
será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal,
tutela específica ou a obtenção do resultado prático para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se
correspondente. as regras do Código de Processo Civil aos casos de
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo competência concorrente.
da multa (art. 287, do Código de Processo Civil). Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão
§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo oficial, a fim de que os interessados possam intervir no
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla
ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos
prévia, citado o réu. órgãos de defesa do consumidor.
§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação
multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos
se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando causados.
prazo razoável para o cumprimento do preceito. Art. 96. (Vetado).
§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado
prático equivalente, poderá o juiz determinar as medidas

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Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código
promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como pelos poderão propor ação visando compelir o Poder Público
legitimados de que trata o art. 82. competente a proibir, em todo o território nacional, a
Parágrafo único. (Vetado). produção, divulgação distribuição ou venda, ou a determinar
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida a alteração na composição, estrutura, fórmula ou
pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular
vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à
sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de incolumidade pessoal.
outras execuções. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de § 1° (Vetado).
21.3.1995) § 2° (Vetado)
§ 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das
CAPÍTULO IV
sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência
DA COISA JULGADA
ou não do trânsito em julgado.
§ 2° É competente para a execução o juízo: Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a
I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no sentença fará coisa julgada:
caso de execução individual; I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente
II - da ação condenatória, quando coletiva a execução. por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer
Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico
condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso
1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais I do parágrafo único do art. 81;
resultantes do mesmo evento danoso, estas terão II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou
preferência no pagamento. (Vide Decreto nº 407, de 1991) classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese
destinação da importância recolhida ao fundo criado pela Lei prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada enquanto III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido,
pendentes de decisão de segundo grau as ações de para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na
indenização pelos danos individuais, salvo na hipótese de o hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente para § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não
responder pela integralidade das dívidas. prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes
Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de da coletividade, do grupo, categoria ou classe.
interessados em número compatível com a gravidade do § 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de
dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a improcedência do pedido, os interessados que não tiverem
liquidação e execução da indenização devida. (Vide Decreto intervindo no processo como litisconsortes poderão propor
nº 407, de 1991) ação de indenização a título individual.
Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16,
para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de julho de combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de
1985. (Vide Decreto nº 407, de 1991) 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos
pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na
CAPÍTULO III
forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido,
DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR DE
beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão
PRODUTOS E SERVIÇOS
proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de a 99.
produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença
I e II deste título, serão observadas as seguintes normas: penal condenatória.
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor; Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do
II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para
poderá chamar ao processo o segurador, vedada a as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga
integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo
Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente o anterior não beneficiarão os autores das ações individuais,
pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código de se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a
Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.
síndico será intimado a informar a existência de seguro de
TÍTULO IV
responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o
DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR
ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o
segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do
Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do
obrigatório com este.
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Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de § 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades
defesa do consumidor. signatárias.
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do § 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que
Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico se desligar da entidade em data posterior ao registro do
(MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo instrumento.
de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa Art. 108. (Vetado).
do Consumidor, cabendo-lhe:
TÍTULO VI
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política
DISPOSIÇÕES FINAIS
nacional de proteção ao consumidor;
II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, Art. 109. (Vetado).
denúncias ou sugestões apresentadas por entidades Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art. 1° da Lei
representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou n° 7.347, de 24 de julho de 1985:
privado; "IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo".
III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho
seus direitos e garantias; de 1985, passa a ter a seguinte redação:
IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através "II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção
dos diferentes meios de comunicação; ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico,
V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer
policial para a apreciação de delito contra os consumidores, outro interesse difuso ou coletivo".
nos termos da legislação vigente; Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de
VI - representar ao Ministério Público competente para fins 1985, passa a ter a seguinte redação:
de adoção de medidas processuais no âmbito de suas "§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação
atribuições; por associação legitimada, o Ministério Público ou outro
VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as legitimado assumirá a titularidade ativa".
infrações de ordem administrativa que violarem os Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e 6° ao art. 5º.
interesses difusos, coletivos, ou individuais dos da Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985:
consumidores; "§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado
VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado
Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como auxiliar pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância
a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e do bem jurídico a ser protegido.
segurança de bens e serviços; § 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os
IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos
programas especiais, a formação de entidades de defesa do Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta
consumidor pela população e pelos órgãos públicos lei.
estaduais e municipais; § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos
X - (Vetado). interessados compromisso de ajustamento de sua conduta
XI - (Vetado). às exigências legais, mediante combinações, que terá
XII - (Vetado) eficácia de título executivo extrajudicial".
XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985,
finalidades. passa a ter a seguinte redação:
Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o "Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da
Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá sentença condenatória, sem que a associação autora lhe
solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
especialização técnico-científica. facultada igual iniciativa aos demais legitimados".
TÍTULO V Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n° 7.347, de 24
DA CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO de julho de 1985, passando o parágrafo único a constituir o
Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações caput, com a seguinte redação:
de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica “Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a
podem regular, por convenção escrita, relações de consumo associação autora e os diretores responsáveis pela
que tenham por objeto estabelecer condições relativas ao propositura da ação serão solidariamente condenados em
preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e características honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem
de produtos e serviços, bem como à reclamação e prejuízo da responsabilidade por perdas e danos”.
composição do conflito de consumo. Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da Lei n° 7.347,
§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro de 24 de julho de 1985:
do instrumento no cartório de títulos e documentos. "Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais

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e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação § 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede
autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de a quinze dias.
advogado, custas e despesas processuais".
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica
Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de julho de
uma contravenção depois de passar em julgado a sentença
1985, o seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:
que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por
"Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses
qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.
difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os
dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da
Defesa do Consumidor". lei, quando escusaveis, a pena pode deixar de ser aplicada.
Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de cento e
Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de acordo
oitenta dias a contar de sua publicação.
com o que dispõe o Código Penal sobre a conversão de multa
Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário.
em detenção.
Brasília, 11 de setembro de 1990; 169° da Independência e
102° da República. Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a
FERNANDO COLLOR conversão em prisão simples se faz entre os limites de quinze
Bernardo Cabral dias e três meses.
Zélia M. Cardoso de Mello Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em
Ozires Silva caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância das
Este texto não substitui o publicado no DOU de 12.9.1990 - multas ultrapassar cinquenta contos.
Edição extra e retificado em 10.1.2007
Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode
Decreto nº 3.688/1941 suspender por tempo não inferior a um ano nem superior a
três, a execução da pena de prisão simples, bem como
Lei das Contravenções Penais conceder livramento condicional. (Redação dada pela Lei
nº 6.416, de 24.5.1977)
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe
confere o artigo 180 da Constituição, Art. 12. As penas acessórias são a publicação da sentença e
as seguintes interdições de direitos:
DECRETA:
I – a incapacidade temporária para profissão ou atividade,
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS cujo exercício dependa de habilitação especial, licença ou
PARTE GERAL autorização do poder público;
Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais do II – a suspensão dos direitos políticos.
Código Penal, sempre que a presente lei não disponha de
Parágrafo único. Incorrem:
modo diverso.
a) na interdição sob nº I, por um mês a dois anos, o
Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada
condenado por motivo de contravenção cometida com
no território nacional.
abuso de profissão ou atividade ou com infração de dever a
Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a ação ou ela inerente;
omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta o dolo ou
b) na interdição sob nº II, o condenado a pena privativa de
a culpa, se a lei faz depender, de um ou de outra, qualquer
liberdade, enquanto dure a execução do pena ou a aplicação
efeito jurídico.
da medida de segurança detentiva.
Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção.
Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, os medidas
Art. 5º As penas principais são: de segurança estabelecidas no Código Penal, à exceção do
exílio local.
I – prisão simples.
Art. 14. Presumem-se perigosos, além dos indivíduos a que
II – multa.
se referem os ns. I e II do art. 78 do Código Penal:
Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor
I – o condenado por motivo de contravenção cometido, em
penitenciário, em estabelecimento especial ou seção
estado de embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos
especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou
análogos, quando habitual a embriaguez;
aberto. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
II – o condenado por vadiagem ou mendicância;
§ 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre
separado dos condenados a pena de reclusão ou de Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em instituto
detenção. de trabalho, de reeducação ou de ensino profissional, pelo
prazo mínimo de um ano: (Regulamento)

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I – o condenado por vadiagem (art. 59); Art. 22. Receber em estabelecimento psiquiátrico, e nele
internar, sem as formalidades legais, pessoa apresentada
II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu parágrafo);
como doente mental:
Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em
Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.
manicômio judiciário ou em casa de custódia e tratamento é
de seis meses. § 1º Aplica-se a mesma pena a quem deixa de comunicar a
autoridade competente, no prazo legal, internação que
Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de
tenha admitido, por motivo de urgência, sem as
decretar a internação, submeter o indivíduo a liberdade
formalidades legais.
vigiada.
§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três
Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade
meses, ou multa de quinhentos mil réis a cinco contos de
proceder de ofício.
réis, aquele que, sem observar as prescrições legais, deixa
PARTE ESPECIAL retirar-se ou despede de estabelecimento psiquiátrico
CAPÍTULO I pessoa nele, internada.
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA Art. 23. Receber e ter sob custódia doente mental, fora do
Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou caso previsto no artigo anterior, sem autorização de quem
vender, sem permissão da autoridade, arma ou munição: de direito:

Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
um a cinco contos de réis, ou ambas cumulativamente, se o de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
fato não constitue crime contra a ordem política ou social. CAPÍLULO II
Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES AO PATRIMÔNIO
desta, sem licença da autoridade:
Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, empregado usualmente na prática de crime de furto:
de duzentos mil réis a três contos de réis, ou ambas
Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de
cumulativamente.
trezentos mil réis a três contos de réis.
§ 1º A pena é aumentada de um terço até metade, se o
Art. 25. Ter alguem em seu poder, depois de condenado, por
agente já foi condenado, em sentença irrecorrivel, por
crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito à liberdade
violência contra pessoa.
vigiada ou quando conhecido como vadio ou mendigo,
§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três gazuas, chaves falsas ou alteradas ou instrumentos
meses, ou multa, de duzentos mil réis a um conto de réis, empregados usualmente na prática de crime de furto, desde
quem, possuindo arma ou munição: que não prove destinação legítima:
a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade, Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, e multa de
quando a lei o determina; duzentos mil réis a dois contos de réis.
b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa Art. 26. Abrir alguem, no exercício de profissão de serralheiro
inexperiente no manejo de arma a tenha consigo; ou oficio análogo, a pedido ou por incumbência de pessoa de
cuja legitimidade não se tenha certificado previamente,
c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se
fechadura ou qualquer outro aparelho destinado à defesa de
apodere facilmente alienado, menor de 18 anos ou pessoa
lugar nu objeto:
inexperiente em manejá-la.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto destinado a
de duzentos mil réis a um conto de réis.
provocar aborto: (Redação dada pela Lei nº 6.734, de 1979)
Art. 27. (Revogado pela Lei nº 9.521, de 27.11.1997)
Pena - multa de um mil cruzeiros a dez mil
cruzeiros.(Redação dada pela Lei nº 6.734, de 1979) CAPÍTULO III
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À INCOLUMIDADE
Art. 21. Praticar vias de fato contra alguém:
PÚBLICA
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
de cem mil réis a um contos de réis, se o fato não constitui Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas
crime. adjacências, em via pública ou em direção a ela:

Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de
metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) trezentos mil réis a três contos de réis.
anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)

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Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a
a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra
dois contos de réis, quem, em lugar habitado ou em suas
natureza ou obstáculo destinado a evitar perigo a
adjacências, em via pública ou em direção a ela, sem licença
transeuntes;
da autoridade, causa deflagração perigosa, queima fogo de
artifício ou solta balão aceso. b) remove qualquer outro sinal de serviço público.
Art. 29. Provocar o desabamento de construção ou, por erro Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar
no projeto ou na execução, dar-lhe causa: de uso comum, ou do uso alheio, coisa que possa ofender,
sujar ou molestar alguem:
Pena – multa, de um a dez contos de réis, se o fato não
constitue crime contra a incolumidade pública. Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 30. Omitir alguem a providência reclamada pelo Estado Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, sem as
ruinoso de construção que lhe pertence ou cuja conservação devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa coisa que, caindo
lhe incumbe: em via pública ou em lugar de uso comum ou de uso alheio,
possa ofender, sujar ou molestar alguem.
Pena – multa, de um a cinco contos de réis.
Art. 38. Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, vapor
Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa
ou gás, que possa ofender ou molestar alguem:
inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal
perigoso: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de CAPÍTULO IV
cem mil réis a um conto de réis. DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: Art. 39. Participar de associação de mais de cinco pessoas,
a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou corrida, que se reunam periodicamente, sob compromisso de ocultar
ou o confia à pessoa inexperiente; à autoridade a existência, objetivo, organização ou
administração da associação:
b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança
alheia; Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de
trezentos mil réis a três contos de réis.
c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a
segurança alheia. § 1º Na mesma pena incorre o proprietário ou ocupante de
prédio que o cede, no todo ou em parte, para reunião de
Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via associação que saiba ser de carater secreto.
pública, ou embarcação a motor em aguas públicas:
§ 2º O juiz pode, tendo em vista as circunstâncias, deixar de
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. aplicar a pena, quando lícito o objeto da associação.
Art. 33. Dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado: Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, e multa, inconveniente ou desrespeitoso, em solenidade ou ato
de duzentos mil réis a dois contos de réis. oficial, em assembléia ou espetáculo público, se o fato não
constitue infração penal mais grave;
Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em
águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia: Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa,
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
de trezentos mil réis a dois contos de réis. Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo
inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir
Art. 35. Entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a pânico ou tumulto:
vôos baixos, fora da zona em que a lei o permite, ou fazer
descer a aeronave fora dos lugares destinados a esse fim: Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa,
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. Art. 42. Perturbar alguem o trabalho ou o sossego alheios:

Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo, I – com gritaria ou algazarra;
determinado em lei ou pela autoridade e destinado a evitar II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo
perigo a transeuntes: com as prescrições legais;
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
duzentos mil réis a dois contos de réis.

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IV – provocando ou não procurando impedir barulho Pena – prisão simples, de três meses a um ano, e multa, de
produzido por animal de que tem a guarda: dois a quinze contos de réis, estendendo-se os efeitos da
condenação à perda dos moveis e objetos de decoração do
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
local.
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se existe entre os
CAPÍTULO V
empregados ou participa do jogo pessoa menor de dezoito
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA
anos.
Art. 43. Recusar-se a receber, pelo seu valor, moeda de curso § 2o Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 (dois mil reais)
legal no país: a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), quem é encontrado a
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. participar do jogo, ainda que pela internet ou por qualquer
outro meio de comunicação, como ponteiro ou
Art. 44. Usar, como propaganda, de impresso ou objeto que apostador. (Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015)
pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda:
§ 3º Consideram-se, jogos de azar:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou
Art. 45. Fingir-se funcionário público: principalmente da sorte;
Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou
quinhentos mil réis a três contos de réis. de local onde sejam autorizadas;
Art 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva.
função pública que não exerce; usar, indevidamente, de
sinal, distintivo ou denominação cujo emprêgo seja regulado § 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar acessivel
por lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 6.916, de ao público:
2.10.1944) a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, quando
Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o fato não deles habitualmente participam pessoas que não sejam da
constitui infração penal mais grave. (Redação dada pelo família de quem a ocupa;
Decreto-Lei nº 6.916, de 2.10.1944) b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes e
CAPÍTULO VI moradores se proporciona jogo de azar;
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO DO c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, em
TRABALHO que se realiza jogo de azar;
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo de azar,
anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por ainda que se dissimule esse destino.
lei está subordinado o seu exercício:
Art. 51. Promover ou fazer extrair loteria, sem autorização
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, legal:
de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de
Art. 48. Exercer, sem observância das prescrições legais, cinco a dez contos de réis, estendendo-se os efeitos da
comércio de antiguidades, de obras de arte, ou de condenação à perda dos moveis existentes no local.
manuscritos e livros antigos ou raros:
§ 1º Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou expõe
Pena – prisão simples de um a seis meses, ou multa, de um a à venda, tem sob sua guarda para o fim de venda, introduz
dez contos de réis. ou tenta introduzir na circulação bilhete de loteria não
Art. 49. Infringir determinação legal relativa à matrícula ou à autorizada.
escrituração de indústria, de comércio, ou de outra § 2º Considera-se loteria toda operação que, mediante a
atividade: distribuição de bilhete, listas, cupões, vales, sinais, símbolos
Pena – multa, de duzentos mil réis a cinco contos de réis. ou meios análogos, faz depender de sorteio a obtenção de
prêmio em dinheiro ou bens de outra natureza.
CAPÍTULO VII
§ 3º Não se compreendem na definição do parágrafo
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À POLÍCIA DE
anterior os sorteios autorizados na legislação especial.
COSTUMES
Art. 52. Introduzir, no país, para o fim de comércio, bilhete
Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar de loteria, rifa ou tômbola estrangeiras:
público ou acessivel ao público, mediante o pagamento de
entrada ou sem ele: (Vide Decreto-Lei nº 4.866, de Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa,
23.10.1942) (Vide Decreto-Lei 9.215, de 30.4.1946) de um a cinco contos de réis.

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Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, que
à venda, tem sob sua guarda. para o fim de venda, introduz assegure ao condenado meios bastantes de subsistência,
ou tenta introduzir na circulação, bilhete de loteria extingue a pena.
estrangeira.
Art. 60. (Revogado pela Lei nº 11.983, de 2009)
Art. 53. Introduzir, para o fim de comércio, bilhete de loteria
Art. 61. (Revogado pela Lei nº 13.718, de 2018)
estadual em território onde não possa legalmente circular:
Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de
Pena – prisão simples, de dois a seis meses, e multa, de um
embriaguez, de modo que cause escândalo ou ponha em
a três contos de réis.
perigo a segurança própria ou alheia:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
à venda, tem sob sua guarda, para o fim de venda, introduz
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
ou tonta introduzir na circulação, bilhete de loteria estadual,
em território onde não possa legalmente circular. Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o contraventor é
internado em casa de custódia e tratamento.
Art. 54. Exibir ou ter sob sua guarda lista de sorteio de loteria
estrangeira: Art. 63. Servir bebidas alcoólicas:
Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de I – (Revogado pela Lei nº 13.106, de 2015)
duzentos mil réis a um conto de réis.
II – a quem se acha em estado de embriaguez;
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem exibe ou tem
III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades
sob sua guarda lista de sorteio de loteria estadual, em
mentais;
território onde esta não possa legalmente circular.
IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida
Art. 55. Imprimir ou executar qualquer serviço de feitura de
de frequentar lugares onde se consome bebida de tal
bilhetes, lista de sorteio, avisos ou cartazes relativos a
natureza:
loteria, em lugar onde ela não possa legalmente circular:
Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou multa, de
Pena – prisão simples, de um a seis meses, e multa, de
quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a
Art. 56. Distribuir ou transportar cartazes, listas de sorteio ou
trabalho excessivo:
avisos de loteria, onde ela não possa legalmente circular:
Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, de
Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de cem
cem a quinhentos mil réis.
a quinhentos mil réis.
§ 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins
Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro impresso, de
didáticos ou científicos, realiza em lugar público ou exposto
rádio, cinema, ou qualquer outra forma, ainda que
ao publico, experiência dolorosa ou cruel em animal vivo.
disfarçadamente, anúncio, aviso ou resultado de extração de
loteria, onde a circulação dos seus bilhetes não seria legal: § 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o animal
é submetido a trabalho excessivo ou tratado com crueldade,
Pena – multa, de um a dez contos de réis.
em exibição ou espetáculo público.
Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada jogo do
Art. 65. Molestar alguem ou perturbar-lhe a tranquilidade,
bicho, ou praticar qualquer ato relativo à sua realização
por acinte ou por motivo reprovavel:
ou exploração:
Pena – prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa,
Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa,
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
de dois a vinte contos de réis.
CAPÍTULO VIII
Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de duzentos mil
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À ADMINISTRAÇÃO
réis a dois contos de réis, aquele que participa da loteria,
visando a obtenção de prêmio, para si ou para terceiro. PÚBLICA

Art. 59. Entregar-se alguem habitualmente à ociosidade, Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade competente:
sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure I – crime de ação pública, de que teve conhecimento no
meios bastantes de subsistência, ou prover à própria exercício de função pública, desde que a ação penal não
subsistência mediante ocupação ilícita: dependa de representação;
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses. II – crime de ação pública, de que teve conhecimento no
exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde
que a ação penal não dependa de representação e a

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comunicação não exponha o cliente a procedimento outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir
criminal: para evitá-la.
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas
Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.
administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta
Art. 67. Inumar ou exumar cadaver, com infração das Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão
disposições legais: de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou multa, de
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas
duzentos mil réis a dois contos de réis.
não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou
Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, partícipes do mesmo fato.
justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre
indicações concernentes à própria identidade, estado, que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de
profissão, domicílio e residência: prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
Art. 5º (VETADO)
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
CAPÍTULO II
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de um a
DA APLICAÇÃO DA PENA
seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de
réis, se o fato não constitue infração penal mais grave, quem, Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a
nas mesmas circunstâncias, f'az declarações inverídicas a autoridade competente observará:
respeito de sua identidade pessoal, estado, profissão, I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração
domicílio e residência. e suas conseqüências para a saúde pública e para o meio
ambiente;
Art. 69. (Revogado pela Lei nº 6.815, de 19.8.1980)
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da
Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do legislação de interesse ambiental;
monopólio postal da União: III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e
três a dez contos de réis, ou ambas cumulativamente. substituem as privativas de liberdade quando:
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa
DISPOSIÇÕES FINAIS de liberdade inferior a quatro anos;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
Art. 71. Ressalvada a legislação especial sobre florestas, caça
personalidade do condenado, bem como os motivos e as
e pesca, revogam-se as disposições em contrário.
circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja
Art. 72. Esta lei entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 1942. suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.
Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1941; 120º da Independência Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se
e 58º da República. refere este artigo terão a mesma duração da pena privativa
de liberdade substituída.
GETULIO VARGAS. Art. 8º As penas restritivas de direito são:
Francisco Campos. I - prestação de serviços à comunidade;
II - interdição temporária de direitos;
Lei nº 9.605/1998 III - suspensão parcial ou total de atividades;
IV - prestação pecuniária;
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas V - recolhimento domiciliar.
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na
outras providências. atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques
e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
dano da coisa particular, pública ou tombada, na restauração
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
desta, se possível.
CAPÍTULO I Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a
DISPOSIÇÕES GERAIS proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de
receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios,
Art. 1º (VETADO)
bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática
anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes
dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes
culposos.
cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando
diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão
estas não estiverem obedecendo às prescrições legais.
técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de
pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de

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Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do
dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim art. 78 do Código Penal será feita mediante laudo de
social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um reparação do dano ambiental, e as condições a serem
salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao
mínimos. O valor pago será deduzido do montante de meio ambiente.
eventual reparação civil a que for condenado o infrator. Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do
Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no
autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo
que deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou em vista o valor da vantagem econômica auferida.
exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre
dias e horários de folga em residência ou em qualquer local que possível, fixará o montante do prejuízo causado para
destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.
sentença condenatória. Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal,
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; instaurando-se o contraditório.
II - arrependimento do infrator, manifestado pela Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível,
espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da fixará o valor mínimo para reparação dos danos causados
degradação ambiental causada; pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de ofendido ou pelo meio ambiente.
degradação ambiental; Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor
e do controle ambiental. fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não apuração do dano efetivamente sofrido.
constituem ou qualificam o crime: Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o
II - ter o agente cometido a infração: disposto no art. 3º, são:
a) para obter vantagem pecuniária; I - multa;
b) coagindo outrem para a execução material da infração; II - restritivas de direitos;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde III - prestação de serviços à comunidade.
pública ou o meio ambiente; Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; são:
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas I - suspensão parcial ou total de atividades;
sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso; II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos atividade;
humanos; III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como
g) em período de defeso à fauna; dele obter subsídios, subvenções ou doações.
h) em domingos ou feriados; § 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas
i) à noite; não estiverem obedecendo às disposições legais ou
j) em épocas de seca ou inundações; regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; § 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento,
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura obra ou atividade estiver funcionando sem a devida
de animais; autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com
n) mediante fraude ou abuso de confiança; violação de disposição legal ou regulamentar.
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou § 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele
autorização ambiental; obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou o prazo de dez anos.
parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa
incentivos fiscais; jurídica consistirá em:
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios I - custeio de programas e de projetos ambientais;
oficiais das autoridades competentes; II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas III - manutenção de espaços públicos;
funções. IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão públicas.
condicional da pena pode ser aplicada nos casos de Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada,
condenação a pena privativa de liberdade não superior a três preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou
anos. ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada

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sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, com
instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo suspensão do prazo da prescrição;
Penitenciário Nacional. III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições
dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo mencionado no caput;
CAPÍTULO III
IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura
DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE
de novo laudo de constatação de reparação do dano
INFRAÇÃO
ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser
ADMINISTRATIVA OU DE CRIME
novamente prorrogado o período de suspensão, até o
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o
produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos. disposto no inciso III;
§ 1o Os animais serão prioritariamente libertados em V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração
seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não de extinção de punibilidade dependerá de laudo de
recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins constatação que comprove ter o acusado tomado as
zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para providências necessárias à reparação integral do dano.
guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos
CAPÍTULO V
habilitados. (Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014)
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
§ 2o Até que os animais sejam entregues às instituições
SEÇÃO I
mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante zelará
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA
para que eles sejam mantidos em condições adequadas de
acondicionamento e transporte que garantam o seu bem- Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes
estar físico. (Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014) da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão devida permissão, licença ou autorização da autoridade
estes avaliados e doados a instituições científicas, competente, ou em desacordo com a obtida:
hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
(Renumerando do §2º para §3º pela Lei nº 13.052, de 2014) § 1º Incorre nas mesmas penas:
§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis I - quem impede a procriação da fauna, sem licença,
serão destruídos ou doados a instituições científicas, autorização ou em desacordo com a obtida;
culturais ou educacionais. (Renumerando do §3º para §4º II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou
pela Lei nº 13.052, de 2014) criadouro natural;
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda,
vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos,
reciclagem. (Renumerando do §4º para §5º pela Lei nº larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota
13.052, de 2014) migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos,
provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida
CAPÍTULO IV
permissão, licença ou autorização da autoridade
DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL
competente.
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal § 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não
é pública incondicionada. considerada ameaçada de extinção, pode o juiz,
Parágrafo único. (VETADO) considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, § 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles
a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer
direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte
de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do
que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.
de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de § 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:
comprovada impossibilidade. I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção,
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de ainda que somente no local da infração;
setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor II - em período proibido à caça;
potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes III - durante a noite;
modificações: IV - com abuso de licença;
I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § V - em unidade de conservação;
5° do artigo referido no caput, dependerá de laudo de VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de
constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a provocar destruição em massa.
impossibilidade prevista no inciso I do § 1° do mesmo artigo; § 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do
II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter exercício de caça profissional.
sido completa a reparação, o prazo de suspensão do
processo será prorrogado, até o período máximo previsto no
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§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de Pena - reclusão de um ano a cinco anos.
pesca. Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou
répteis em bruto, sem a autorização da autoridade capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos,
ambiental competente: moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da
técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade fauna e da flora.
competente: Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar ou de sua família;
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação
exóticos: predatória ou destruidora de animais, desde que legal e
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. expressamente autorizado pela autoridade competente;
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência III – (VETADO)
dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado
didáticos ou científicos, quando existirem recursos pelo órgão competente.
alternativos.
SEÇÃO II
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as
DOS CRIMES CONTRA A FLORA
condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de
2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda. Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de
(Incluído pela Lei nº 14.064, de 2020) preservação permanente, mesmo que em formação, ou
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre utilizá-la com infringência das normas de proteção:
morte do animal. Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento penas cumulativamente.
de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida
existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas à metade.
jurisdicionais brasileiras: Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração,
cumulativamente. do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: normas de proteção: (Incluído pela Lei nº 11.428, de
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações 2006).
de aqüicultura de domínio público; Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou
II - quem explora campos naturais de invertebrados ambas as penas cumulativamente. (Incluído pela Lei nº
aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da 11.428, de 2006).
autoridade competente; Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de reduzida à metade. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de
devidamente demarcados em carta náutica. preservação permanente, sem permissão da autoridade
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou competente:
em lugares interditados por órgão competente: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas penas cumulativamente.
as penas cumulativamente. Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua
com tamanhos inferiores aos permitidos; localização:
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante Pena - reclusão, de um a cinco anos.
a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não § 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção
permitidos; Integral as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios
espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas. de Vida Silvestre. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000)
Art. 35. Pescar mediante a utilização de: § 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, extinção no interior das Unidades de Conservação de
produzam efeito semelhante; Proteção Integral será considerada circunstância agravante
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela para a fixação da pena. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de
autoridade competente: 2000)

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§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou
Art. 40-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) ambas as penas cumulativamente.
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis
Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de meses, ou multa.
Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas
Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues,
Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do objeto de especial preservação:
Patrimônio Natural. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar
extinção no interior das Unidades de Conservação de Uso floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou
Sustentável será considerada circunstância agravante para a devolutas, sem autorização do órgão competente: (Incluído
fixação da pena. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
(Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: § 1o Não é crime a conduta praticada quando necessária à
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
de seis meses a um ano, e multa. § 2o Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano por milhar
possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de de hectare. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e
assentamento humano: nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as autoridade competente:
penas cumulativamente. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 43. (VETADO) Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para
consideradas de preservação permanente, sem prévia exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem
autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de licença da autoridade competente:
minerais: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, aumentada de um sexto a um terço se:
assim classificada por ato do Poder Público, para fins I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão
industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, do solo ou a modificação do regime climático;
econômica ou não, em desacordo com as determinações II - o crime é cometido:
legais: a) no período de queda das sementes;
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa. b) no período de formação de vegetações;
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda
industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de que a ameaça ocorra somente no local da infração;
origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, d) em época de seca ou inundação;
outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da e) durante a noite, em domingo ou feriado.
via que deverá acompanhar o produto até final
SEÇÃO III
beneficiamento:
DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES AMBIENTAIS
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais
expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana,
madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do significativa da flora:
armazenamento, outorgada pela autoridade competente. Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 47. (VETADO) § 1º Se o crime é culposo:
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
florestas e demais formas de vegetação: § 2º Se o crime:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer ocupação humana;
modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada,
públicos ou em propriedade privada alheia: ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas,
ou que cause danos diretos à saúde da população;

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III - causar poluição hídrica que torne necessária a Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer
interrupção do abastecimento público de água de uma funcionar, em qualquer parte do território nacional,
comunidade; estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou ambientais competentes, ou contrariando as normas legais
gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em e regulamentares pertinentes:
desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as
regulamentos: penas cumulativamente.
Pena - reclusão, de um a cinco anos. Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos
anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a ecossistemas:
autoridade competente, medidas de precaução em caso de Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
risco de dano ambiental grave ou irreversível.
SEÇÃO IV
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos
DOS CRIMES CONTRA O ORDENAMENTO URBANO E O
minerais sem a competente autorização, permissão,
PATRIMÔNIO CULTURAL
concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo
recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da ou decisão judicial;
autorização, permissão, licença, concessão ou determinação II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca,
do órgão competente. instalação científica ou similar protegido por lei, ato
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, administrativo ou decisão judicial:
comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis
ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.
desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local
seus regulamentos: especialmente protegido por lei, ato administrativo ou
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico,
ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso,
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização
Lei nº 12.305, de 2010)
da autoridade competente ou em desacordo com a
I - abandona os produtos ou substâncias referidos concedida:
no caput ou os utiliza em desacordo com as normas Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
ambientais ou de segurança; (Incluído pela Lei nº 12.305, de Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no
2010) seu entorno, assim considerado em razão de seu valor
paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural,
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta,
religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem
reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos
autorização da autoridade competente ou em desacordo
de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.
com a concedida:
(Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa,
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou
a pena é aumentada de um sexto a um terço.
monumento urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408, de
§ 3º Se o crime é culposo:
2011)
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 57. (VETADO) Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011)
serão aumentadas:
§ 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora
em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico,
ou ao meio ambiente em geral;
a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa.
II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de
natureza grave em outrem;
2011)
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem.
Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo § 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o
somente serão aplicadas se do fato não resultar crime mais objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado
grave. mediante manifestação artística, desde que consentida pelo
Art. 59. (VETADO) proprietário e, quando couber, pelo locatário ou
arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com
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a autorização do órgão competente e a observância das § 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental,
posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no
governamentais responsáveis pela preservação e parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de
conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. polícia.
(Incluído pela Lei nº 12.408, de 2011) § 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de
infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração
SEÇÃO V
imediata, mediante processo administrativo próprio, sob
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
pena de co-responsabilidade.
Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou § 4º As infrações ambientais são apuradas em processo
enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa
técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.
licenciamento ambiental: Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. ambiental deve observar os seguintes prazos máximos:
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação
ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para contra o auto de infração, contados da data da ciência da
as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de autuação;
ato autorizativo do Poder Público: II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses não a defesa ou impugnação;
a um ano de detenção, sem prejuízo da multa. III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual condenatória à instância superior do Sistema Nacional do
de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas,
ambiental: do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses do recebimento da notificação.
a um ano, sem prejuízo da multa. Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º:
Público no trato de questões ambientais: I - advertência;
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. II - multa simples;
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, III - multa diária;
concessão florestal ou qualquer outro procedimento IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna
administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos
parcialmente falso ou enganoso, inclusive por de qualquer natureza utilizados na infração;
omissão: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) V - destruição ou inutilização do produto;
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
pela Lei nº 11.284, de 2006) VII - embargo de obra ou atividade;
§ 1o Se o crime é culposo: (Incluído pela Lei nº 11.284, de VIII - demolição de obra;
2006) IX - suspensão parcial ou total de atividades;
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei X – (VETADO)
nº 11.284, de 2006) XI - restritiva de direitos.
§ 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois § 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais
terços), se há dano significativo ao meio ambiente, em infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções
decorrência do uso da informação falsa, incompleta ou a elas cominadas.
enganosa. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) § 2º A advertência será aplicada pela inobservância das
disposições desta Lei e da legislação em vigor, ou de
CAPÍTULO VI
preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
previstas neste artigo.
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda § 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por
ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, negligência ou dolo:
promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas,
§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de deixar de saná-las, no prazo assinalado por órgão
infração ambiental e instaurar processo administrativo os competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do
funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Ministério da Marinha;
Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA
atividades de fiscalização, bem como os agentes das ou da Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha.
Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.

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§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de § 2º A solicitação deverá conter:


preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio I - o nome e a qualificação da autoridade solicitante;
ambiente. II - o objeto e o motivo de sua formulação;
§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento III - a descrição sumária do procedimento em curso no país
da infração se prolongar no tempo. solicitante;
§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V IV - a especificação da assistência solicitada;
do caput obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei. V - a documentação indispensável ao seu esclarecimento,
§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão quando for o caso.
aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o Art. 78. Para a consecução dos fins visados nesta Lei e
estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições especialmente para a reciprocidade da cooperação
legais ou regulamentares. internacional, deve ser mantido sistema de comunicações
§ 8º As sanções restritivas de direito são: apto a facilitar o intercâmbio rápido e seguro de informações
I - suspensão de registro, licença ou autorização; com órgãos de outros países.
II - cancelamento de registro, licença ou autorização;
CAPÍTULO VIII
III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;
DISPOSIÇÕES FINAIS
IV - perda ou suspensão da participação em linhas de
financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as
V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal.
período de até três anos. Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os
Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, responsáveis
infração ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional do pela execução de programas e projetos e pelo controle e
Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 10 de julho de fiscalização dos estabelecimentos e das atividades
1989, Fundo Naval, criado pelo Decreto nº 20.923, de 8 de suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam
janeiro de 1932, fundos estaduais ou municipais de meio autorizados a celebrar, com força de título executivo
ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou
arrecadador. jurídicas responsáveis pela construção, instalação,
Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
cúbico, quilograma ou outra medida pertinente, de acordo atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados
com o objeto jurídico lesado. efetiva ou potencialmente poluidores. (Redação dada pela
Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001)
fixado no regulamento desta Lei e corrigido periodicamente, § 1o O termo de compromisso a que se refere este artigo
com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, destinar-se-á, exclusivamente, a permitir que as pessoas
sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) e o máximo de físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover
R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais). as necessárias correções de suas atividades, para o
Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, atendimento das exigências impostas pelas autoridades
Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a multa ambientais competentes, sendo obrigatório que o respectivo
federal na mesma hipótese de incidência. instrumento disponha sobre: (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.163-41, de 2001)
CAPÍTULO VII
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO
compromissadas e dos respectivos representantes legais;
DO MEIO AMBIENTE
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001)
Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da
e os bons costumes, o Governo brasileiro prestará, no que complexidade das obrigações nele fixadas, poderá variar
concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação a entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos,
outro país, sem qualquer ônus, quando solicitado para: com possibilidade de prorrogação por igual período;
I - produção de prova; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001)
II - exame de objetos e lugares; III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do
III - informações sobre pessoas e coisas; investimento previsto e o cronograma físico de execução e
IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações de implantação das obras e serviços exigidos, com metas
tenham relevância para a decisão de uma causa; trimestrais a serem atingidas; (Redação dada pela Medida
V - outras formas de assistência permitidas pela legislação Provisória nº 2.163-41, de 2001)
em vigor ou pelos tratados de que o Brasil seja parte. IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou
§ 1° A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao jurídica compromissada e os casos de rescisão, em
Ministério da Justiça, que a remeterá, quando necessário, ao decorrência do não-cumprimento das obrigações nele
órgão judiciário competente para decidir a seu respeito, ou pactuadas; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-
a encaminhará à autoridade capaz de atendê-la. 41, de 2001)

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V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser


superior ao valor do investimento previsto; (Redação dada Lei nº 9.613/1998
pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001)
VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes. Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens,
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema
§ 2o No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o
de março de 1998, envolvendo construção, instalação, Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e
ampliação e funcionamento de estabelecimentos e dá outras providências.
atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
efetiva ou potencialmente poluidores, a assinatura do termo Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
de compromisso deverá ser requerida pelas pessoas físicas e
jurídicas interessadas, até o dia 31 de dezembro de 1998, CAPÍTULO I
mediante requerimento escrito protocolizado junto aos DOS CRIMES DE "LAVAGEM" OU OCULTAÇÃO DE BENS,
órgãos competentes do SISNAMA, devendo ser firmado pelo DIREITOS E VALORES
dirigente máximo do estabelecimento. (Redação dada pela Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização,
Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos
§ 3o Da data da protocolização do requerimento previsto no ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de
§ 2o e enquanto perdurar a vigência do correspondente infração penal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
termo de compromisso, ficarão suspensas, em relação aos
fatos que deram causa à celebração do instrumento, a I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
aplicação de sanções administrativas contra a pessoa física II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
ou jurídica que o houver firmado. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 4o A celebração do termo de compromisso de que trata IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
este artigo não impede a execução de eventuais multas
aplicadas antes da protocolização do requerimento. V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 5o Considera-se rescindido de pleno direito o termo de
compromisso, quando descumprida qualquer de suas VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior. VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001)
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa. (Redação
§ 6o O termo de compromisso deverá ser firmado em até
noventa dias, contados da protocolização do requerimento. dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) § 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou
§ 7o O requerimento de celebração do termo de dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
compromisso deverá conter as informações necessárias à provenientes de infração penal: (Redação dada pela Lei nº
verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de 12.683, de 2012)
indeferimento do plano. (Incluído pela Medida Provisória nº
I - os converte em ativos lícitos;
2.163-41, de 2001)
§ 8o Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em
deverão ser publicados no órgão oficial competente, garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
mediante extrato. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-
III - importa ou exporta bens com valores não
41, de 2001)
correspondentes aos verdadeiros.
Art. 80. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo
de noventa dias a contar de sua publicação. § 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem: (Redação dada
Art. 81. (VETADO) pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 82. Revogam-se as disposições em contrário.
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens,
Brasília, 12 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e
direitos ou valores provenientes de infração
110º da República.
penal; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Gustavo Krause II - participa de grupo, associação ou escritório tendo
Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.2.1998 conhecimento de que sua atividade principal ou secundária
e retificado em 17.2.1998 é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único
do art. 14 do Código Penal.

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§ 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os Art. 4o O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público
crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma ou mediante representação do delegado de polícia, ouvido o
reiterada ou por intermédio de organização Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo
criminosa. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) indícios suficientes de infração penal, poderá decretar
medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do
§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser
investigado ou acusado, ou existentes em nome de
cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao
interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou
juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por
proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações
pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe
penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando
2012)
esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações
penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, § 1o Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação
ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer
crime. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver
dificuldade para sua manutenção. (Redação dada pela Lei
§ 6º Para a apuração do crime de que trata este artigo,
nº 12.683, de 2012)
admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de
agentes. § 2o O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens,
direitos e valores quando comprovada a licitude de sua
CAPÍTULO II
origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e
DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS ESPECIAIS
valores necessários e suficientes à reparação dos danos e ao
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas
Lei: decorrentes da infração penal. (Redação dada pela Lei nº
12.683, de 2012)
I – obedecem às disposições relativas ao procedimento
comum dos crimes punidos com reclusão, da competência § 3o Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o
do juiz singular; comparecimento pessoal do acusado ou de interposta
pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o juiz
II - independem do processo e julgamento das infrações
determinar a prática de atos necessários à conservação de
penais antecedentes, ainda que praticados em outro país,
bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no §
cabendo ao juiz competente para os crimes previstos nesta
1o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Lei a decisão sobre a unidade de processo e
julgamento; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) § 4o Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre
bens, direitos ou valores para reparação do dano decorrente
III - são da competência da Justiça Federal:
da infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou
a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem para pagamento de prestação pecuniária, multa e
econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços custas. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
ou interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou
Art. 4o-A. A alienação antecipada para preservação de valor
empresas públicas;
de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de ofício, a
b) quando a infração penal antecedente for de competência requerimento do Ministério Público ou por solicitação da
da Justiça Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de parte interessada, mediante petição autônoma, que será
2012) autuada em apartado e cujos autos terão tramitação em
separado em relação ao processo principal. (Incluído pela
§ 1o A denúncia será instruída com indícios suficientes da
Lei nº 12.683, de 2012)
existência da infração penal antecedente, sendo puníveis os
fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento § 1o O requerimento de alienação deverá conter a relação
de pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração penal de todos os demais bens, com a descrição e a especificação
antecedente. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) de cada um deles, e informações sobre quem os detém e
local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
§ 2o No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica
2012)
o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o § 2o O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos
acusado que não comparecer nem constituir advogado ser apartados, e intimará o Ministério Público. (Incluído pela
citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, com Lei nº 12.683, de 2012)
a nomeação de defensor dativo. (Redação dada pela Lei
§ 3o Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências
nº 12.683, de 2012)
sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará o
Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012) valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados em
leilão ou pregão, preferencialmente eletrônico, por valor

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não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da constrição judicial daqueles ônus. (Incluído pela Lei nº
avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 12.683, de 2012)
§ 4o Realizado o leilão, a quantia apurada será depositada § 8o Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo, os
em conta judicial remunerada, adotando-se a seguinte autos da alienação serão apensados aos do processo
disciplina: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - nos processos de competência da Justiça Federal e da § 9o Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos
Justiça do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, de contra as decisões proferidas no curso do procedimento
2012) previsto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal § 10. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal
ou em instituição financeira pública, mediante documento condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o caso,
adequado para essa finalidade; (Incluída pela Lei nº da União ou do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, de
12.683, de 2012) 2012)
b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e
Federal ou por outra instituição financeira pública para a da fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Conta Única do Tesouro Nacional, independentemente de
II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e
qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas;
daqueles aos quais não foi dada destinação prévia;
e (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
e (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou por
III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90
instituição financeira pública serão debitados à Conta Única
(noventa) dias após o trânsito em julgado da sentença
do Tesouro Nacional, em subconta de restituição; (Incluída
condenatória, ressalvado o direito de lesado ou terceiro de
pela Lei nº 12.683, de 2012)
boa-fé. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - nos processos de competência da Justiça dos
§ 11. Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 deste
Estados: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
artigo serão adjudicados ou levados a leilão, depositando-se
a) os depósitos serão efetuados em instituição financeira o saldo na conta única do respectivo ente. (Incluído pela
designada em lei, preferencialmente pública, de cada Estado Lei nº 12.683, de 2012)
ou, na sua ausência, em instituição financeira pública da
§ 12. O juiz determinará ao registro público competente que
União; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
emita documento de habilitação à circulação e utilização dos
b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada bens colocados sob o uso e custódia das entidades a que se
Estado, na forma da respectiva legislação. (Incluída pela refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
Lei nº 12.683, de 2012) 2012)
§ 5o Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do § 13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada de
depósito, após o trânsito em julgado da sentença proferida bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilícito de
na ação penal, será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) drogas e que tenham sido objeto de dissimulação e
ocultação nos termos desta Lei permanecem submetidos à
I - em caso de sentença condenatória, nos processos de
disciplina definida em lei específica. (Incluído pela Lei nº
competência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito
12.683, de 2012)
Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio da
União, e, nos processos de competência da Justiça Estadual, Art. 4o-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas
incorporado ao patrimônio do Estado respectivo; (Incluído assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão ser
pela Lei nº 12.683, de 2012) suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a
sua execução imediata puder comprometer as
II - em caso de sentença absolutória extintiva de
investigações. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
punibilidade, colocado à disposição do réu pela instituição
financeira, acrescido da remuneração da conta Art. 5o Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz,
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou
jurídica qualificada para a administração dos bens, direitos
§ 6o A instituição financeira depositária manterá controle
ou valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante
dos valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei
termo de compromisso. (Redação dada pela Lei nº
nº 12.683, de 2012)
12.683, de 2012)
§ 7o Serão deduzidos da quantia apurada no leilão todos os
Art. 6o A pessoa responsável pela administração dos
tributos e multas incidentes sobre o bem alienado, sem
bens: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
prejuízo de iniciativas que, no âmbito da competência de
cada ente da Federação, venham a desonerar bens sob

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I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será § 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente
satisfeita com o produto dos bens objeto da administração; de tratado ou convenção internacional, quando o governo
do país da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao
II - prestará, por determinação judicial, informações
Brasil.
periódicas da situação dos bens sob sua administração, bem
como explicações e detalhamentos sobre investimentos e § 2o Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou
reinvestimentos realizados. valores privados sujeitos a medidas assecuratórias por
solicitação de autoridade estrangeira competente ou os
Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens
recursos provenientes da sua alienação serão repartidos
sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao
entre o Estado requerente e o Brasil, na proporção de
conhecimento do Ministério Público, que requererá o que
metade, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de
entender cabível. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
boa-fé. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
2012)
CAPÍTULO V
CAPÍTULO III
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO
DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
Código Penal:
Art. 9o Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter
competência da Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos permanente ou eventual, como atividade principal ou
e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática acessória, cumulativamente ou não: (Redação dada pela
dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados Lei nº 12.683, de 2012)
para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos
terceiro de boa-fé; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
2012)
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como
II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de
ativo financeiro ou instrumento cambial;
qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de
administração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação,
no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de intermediação ou administração de títulos ou valores
liberdade aplicada. mobiliários.
§ 1o A União e os Estados, no âmbito de suas competências, Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
regulamentarão a forma de destinação dos bens, direitos e
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros
valores cuja perda houver sido declarada, assegurada,
e os sistemas de negociação do mercado de balcão
quanto aos processos de competência da Justiça Federal, a
organizado; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
sua utilização pelos órgãos federais encarregados da
prevenção, do combate, da ação penal e do julgamento dos II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades
crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de de previdência complementar ou de capitalização;
competência da Justiça Estadual, a preferência dos órgãos
III - as administradoras de cartões de credenciamento ou
locais com idêntica função. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
cartões de crédito, bem como as administradoras de
2012)
consórcios para aquisição de bens ou serviços;
§ 2o Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja
IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de
perda em favor da União ou do Estado for decretada serão
cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou
inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade
equivalente, que permita a transferência de fundos;
pública, se houver interesse na sua conservação. (Incluído
pela Lei nº 12.683, de 2012) V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing), as
empresas de fomento comercial (factoring) e as Empresas
CAPÍTULO IV
Simples de Crédito (ESC); (Redação dada pela Lei
DOS BENS, DIREITOS OU VALORES ORIUNDOS DE CRIMES
Complementar nº 167, de 2019)
PRATICADOS NO ESTRANGEIRO
VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou
Art. 8o O juiz determinará, na hipótese de existência de
quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou,
tratado ou convenção internacional e por solicitação de
ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante
autoridade estrangeira competente, medidas assecuratórias
sorteio ou método assemelhado;
sobre bens, direitos ou valores oriundos de crimes descritos
no art. 1o praticados no estrangeiro. (Redação dada pela VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que
Lei nº 12.683, de 2012) exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste
artigo, ainda que de forma eventual;
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VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens
autorização de órgão regulador dos mercados financeiro, de de alto valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a
câmbio, de capitais e de seguros; sua comercialização; e (Incluído pela Lei nº 12.683, de
2012)
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras,
que operem no Brasil como agentes, dirigentes, XVIII - as dependências no exterior das entidades
procuradoras, comissionárias ou por qualquer forma mencionadas neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil,
representem interesses de ente estrangeiro que exerça relativamente a residentes no País. (Incluído pela Lei nº
qualquer das atividades referidas neste artigo; 12.683, de 2012)
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de CAPÍTULO VI
promoção imobiliária ou compra e venda de DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES E MANUTENÇÃO DE
imóveis; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) REGISTROS
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:
pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades.
I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado,
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens nos termos de instruções emanadas das autoridades
de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comercialização competentes;
ou exerçam atividades que envolvam grande volume de
II - manterão registro de toda transação em moeda nacional
recursos em espécie; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de
2012)
crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; (Incluído em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade
pela Lei nº 12.683, de 2012) competente e nos termos de instruções por esta expedidas;
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que III - deverão adotar políticas, procedimentos e controles
eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, internos, compatíveis com seu porte e volume de operações,
contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de que lhes permitam atender ao disposto neste artigo e no art.
qualquer natureza, em operações: (Incluído pela Lei nº 11, na forma disciplinada pelos órgãos
12.683, de 2012) competentes; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado
comerciais ou industriais ou participações societárias de no órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no
qualquer natureza; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na
forma e condições por eles estabelecidas; (Incluído pela
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros
Lei nº 12.683, de 2012)
ativos; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança,
periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas,
investimento ou de valores mobiliários; (Incluída pela Lei
cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das
nº 12.683, de 2012)
informações prestadas. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de 2012)
qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou
§ 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa
estruturas análogas; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
jurídica, a identificação referida no inciso I deste artigo
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e (Incluída pela deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-
Lei nº 12.683, de 2012) la, bem como seus proprietários.
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos § 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste
relacionados a atividades desportivas ou artísticas artigo deverão ser conservados durante o período mínimo
profissionais; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da
conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção,
pela autoridade competente.
intermediação, comercialização, agenciamento ou
negociação de direitos de transferência de atletas, artistas § 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado
ou feiras, exposições ou eventos similares; (Incluído pela também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes
Lei nº 12.683, de 2012) ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário,
operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo
XVI - as empresas de transporte e guarda de
que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela
valores; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
autoridade competente.

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Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado CAPÍTULO VIII


formando o cadastro geral de correntistas e clientes de DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
instituições financeiras, bem como de seus
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos
procuradores. (Incluído pela Lei nº 10.701, de 2003)
administradores das pessoas jurídicas, que deixem de
CAPÍTULO VII cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão
DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades
competentes, as seguintes sanções:
Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:
I - advertência;
I - dispensarão especial atenção às operações que, nos
termos de instruções emanadas das autoridades II - multa pecuniária variável não superior: (Redação dada
competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos pela Lei nº 12.683, de 2012)
crimes previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;
a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei nº
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência 12.683, de 2012)
de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente
a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a
seria obtido pela realização da operação; ou (Incluída pela
proposta ou realização: (Redação dada pela Lei nº 12.683,
Lei nº 12.683, de 2012)
de 2012)
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10,
reais); (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
acompanhadas da identificação de que trata o inciso I do
mencionado artigo; e (Redação dada pela Lei nº 12.683, III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para
de 2012) o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas
referidas no art. 9º;
b) das operações referidas no inciso I; (Redação dada pela
Lei nº 12.683, de 2012) IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício
de atividade, operação ou funcionamento. (Redação dada
III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da
pela Lei nº 12.683, de 2012)
sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na periodicidade,
forma e condições por eles estabelecidas, a não ocorrência § 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade
de propostas, transações ou operações passíveis de serem no cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do
comunicadas nos termos do inciso II. (Incluído pela Lei nº art. 10.
12.683, de 2012)
§ 2o A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no art. 9o, por culpa ou dolo: (Redação dada pela Lei nº
no inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações 12.683, de 2012)
que, por suas características, no que se refere às partes
I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de
envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos
advertência, no prazo assinalado pela autoridade
utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou legal,
competente;
possam configurar a hipótese nele prevista.
II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art.
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista
10; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou
administrativa. III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição
o formulada nos termos do inciso V do art. 10; (Redação
§ 3 O Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com
dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
base no inciso II do caput aos respectivos órgãos
responsáveis pela regulação ou fiscalização das pessoas a IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a
que se refere o art. 9o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, comunicação a que se refere o art. 11.
de 2012)
§ 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem
Art. 11-A. As transferências internacionais e os saques em verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das
espécie deverão ser previamente comunicados à instituição obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer
financeira, nos termos, limites, prazos e condições fixados reincidência específica, devidamente caracterizada em
pelo Banco Central do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.683, transgressões anteriormente punidas com multa.
de 2012)
§ 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de
reincidência específica de infrações anteriormente punidas
com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.
Art. 13. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)

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CAPÍTULO IX autos do processo sem redigitação. (Incluído pela Lei nº


DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES 12.683, de 2012)
FINANCEIRAS
Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este
Art. 14. Fica criado, no âmbito do Ministério da Economia, o será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais
Conselho de Controle de Atividades Financeiras - Coaf, com direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize,
a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, em decisão fundamentada, o seu retorno. (Incluído pela
receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de Lei nº 12.683, de 2012)
atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo das
Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do Brasil
competências de outros órgãos e entidades. (Redação dada
conservará os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo
pela Medida Provisória nº 886, de 2019)
mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do início do
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas exercício seguinte ao da declaração de renda respectiva ou
mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão ao do pagamento do tributo. (Incluído pela Lei nº 12.683,
próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo de 2012)
COAF, competindo-lhe, para esses casos, a definição das
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
pessoas abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas
no art. 12. Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e 110º
da República.
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos
de cooperação e de troca de informações que viabilizem FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou Iris Rezende
dissimulação de bens, direitos e valores. Luiz Felipe Lampreia
Pedro Malan
§ 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração
Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de
pessoas envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei nº 9.807/1999
Lei nº 10.701, de 2003)
Estabelece normas para a organização e a manutenção de
Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes programas especiais de proteção a vítimas e a testemunhas
para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando ameaçadas, institui o Programa Federal de Assistência a
concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas e dispõe sobre a
fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito. proteção de acusados ou condenados que tenham
Art. 16. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020) voluntariamente prestado efetiva colaboração à
investigação policial e ao processo criminal.
Art. 17. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
CAPÍTULO X Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS DA PROTEÇÃO ESPECIAL A VÍTIMAS E A TESTEMUNHAS
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 1o As medidas de proteção requeridas por vítimas ou por
Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições
testemunhas de crimes que estejam coagidas ou expostas a
do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de grave ameaça em razão de colaborarem com a investigação
Processo Penal), no que não forem incompatíveis com esta
ou processo criminal serão prestadas pela União, pelos
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Estados e pelo Distrito Federal, no âmbito das respectivas
Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público terão competências, na forma de programas especiais organizados
acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do investigado com base nas disposições desta Lei.
que informam qualificação pessoal, filiação e endereço,
§ 1o A União, os Estados e o Distrito Federal poderão celebrar
independentemente de autorização judicial, mantidos pela
convênios, acordos, ajustes ou termos de parceria entre si ou
Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, pelas
com entidades não-governamentais objetivando a realização
instituições financeiras, pelos provedores de internet e pelas
dos programas.
administradoras de cartão de crédito. (Incluído pela Lei nº
12.683, de 2012) § 2o A supervisão e a fiscalização dos convênios, acordos,
ajustes e termos de parceria de interesse da União ficarão a
Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições financeiras cargo do órgão do Ministério da Justiça com atribuições para
e tributárias em resposta às ordens judiciais de quebra ou
a execução da política de direitos humanos.
transferência de sigilo deverão ser, sempre que
determinado, em meio informático, e apresentados em Art. 2o A proteção concedida pelos programas e as medidas
arquivos que possibilitem a migração de informações para os dela decorrentes levarão em conta a gravidade da coação ou

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da ameaça à integridade física ou psicológica, a dificuldade V - por órgãos públicos e entidades com atribuições de
de preveni-las ou reprimi-las pelos meios convencionais e a defesa dos direitos humanos.
sua importância para a produção da prova.
§ 1o A solicitação será instruída com a qualificação da pessoa
o
§ 1 A proteção poderá ser dirigida ou estendida ao cônjuge a ser protegida e com informações sobre a sua vida
ou companheiro, ascendentes, descendentes e dependentes pregressa, o fato delituoso e a coação ou ameaça que a
que tenham convivência habitual com a vítima ou motiva.
testemunha, conforme o especificamente necessário em
§ 2o Para fins de instrução do pedido, o órgão executor
cada caso.
poderá solicitar, com a aquiescência do interessado:
§ 2o Estão excluídos da proteção os indivíduos cuja
I - documentos ou informações comprobatórios de sua
personalidade ou conduta seja incompatível com as
identidade, estado civil, situação profissional, patrimônio e
restrições de comportamento exigidas pelo programa, os
grau de instrução, e da pendência de obrigações civis,
condenados que estejam cumprindo pena e os indiciados ou
administrativas, fiscais, financeiras ou penais;
acusados sob prisão cautelar em qualquer de suas
modalidades. Tal exclusão não trará prejuízo a eventual II - exames ou pareceres técnicos sobre a sua personalidade,
prestação de medidas de preservação da integridade física estado físico ou psicológico.
desses indivíduos por parte dos órgãos de segurança pública.
§ 3o Em caso de urgência e levando em consideração a
o
§ 3 O ingresso no programa, as restrições de segurança e procedência, gravidade e a iminência da coação ou ameaça,
demais medidas por ele adotadas terão sempre a anuência a vítima ou testemunha poderá ser colocada
da pessoa protegida, ou de seu representante legal. provisoriamente sob a custódia de órgão policial, pelo órgão
executor, no aguardo de decisão do conselho deliberativo,
§ 4o Após ingressar no programa, o protegido ficará obrigado
com comunicação imediata a seus membros e ao Ministério
ao cumprimento das normas por ele prescritas.
Público.
§ 5o As medidas e providências relacionadas com os
Art. 6o O conselho deliberativo decidirá sobre:
programas serão adotadas, executadas e mantidas em sigilo
pelos protegidos e pelos agentes envolvidos em sua I - o ingresso do protegido no programa ou a sua exclusão;
execução.
II - as providências necessárias ao cumprimento do
Art. 3o Toda admissão no programa ou exclusão dele será programa.
precedida de consulta ao Ministério Público sobre o disposto
Parágrafo único. As deliberações do conselho serão tomadas
no art. 2o e deverá ser subseqüentemente comunicada à
por maioria absoluta de seus membros e sua execução ficará
autoridade policial ou ao juiz competente.
sujeita à disponibilidade orçamentária.
Art. 4o Cada programa será dirigido por um conselho
Art. 7o Os programas compreendem, dentre outras, as
deliberativo em cuja composição haverá representantes do
seguintes medidas, aplicáveis isolada ou cumulativamente
Ministério Público, do Poder Judiciário e de órgãos públicos
em benefício da pessoa protegida, segundo a gravidade e as
e privados relacionados com a segurança pública e a defesa
circunstâncias de cada caso:
dos direitos humanos.
I - segurança na residência, incluindo o controle de
§ 1o A execução das atividades necessárias ao programa
telecomunicações;
ficará a cargo de um dos órgãos representados no conselho
deliberativo, devendo os agentes dela incumbidos ter II - escolta e segurança nos deslocamentos da residência,
formação e capacitação profissional compatíveis com suas inclusive para fins de trabalho ou para a prestação de
tarefas. depoimentos;
§ 2o Os órgãos policiais prestarão a colaboração e o apoio III - transferência de residência ou acomodação provisória
necessários à execução de cada programa. em local compatível com a proteção;
Art. 5o A solicitação objetivando ingresso no programa IV - preservação da identidade, imagem e dados pessoais;
poderá ser encaminhada ao órgão executor:
V - ajuda financeira mensal para prover as despesas
I - pelo interessado; necessárias à subsistência individual ou familiar, no caso de
a pessoa protegida estar impossibilitada de desenvolver
II - por representante do Ministério Público;
trabalho regular ou de inexistência de qualquer fonte de
III - pela autoridade policial que conduz a investigação renda;
criminal;
VI - suspensão temporária das atividades funcionais, sem
IV - pelo juiz competente para a instrução do processo prejuízo dos respectivos vencimentos ou vantagens, quando
criminal; servidor público ou militar;

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VII - apoio e assistência social, médica e psicológica; Art. 10. A exclusão da pessoa protegida de programa de
proteção a vítimas e a testemunhas poderá ocorrer a
VIII - sigilo em relação aos atos praticados em virtude da
qualquer tempo:
proteção concedida;
I - por solicitação do próprio interessado;
IX - apoio do órgão executor do programa para o
cumprimento de obrigações civis e administrativas que II - por decisão do conselho deliberativo, em conseqüência
exijam o comparecimento pessoal. de:
Parágrafo único. A ajuda financeira mensal terá um teto a) cessação dos motivos que ensejaram a proteção;
fixado pelo conselho deliberativo no início de cada exercício
b) conduta incompatível do protegido.
financeiro.
Art. 11. A proteção oferecida pelo programa terá a duração
Art. 8o Quando entender necessário, poderá o conselho
máxima de dois anos.
deliberativo solicitar ao Ministério Público que requeira ao
juiz a concessão de medidas cautelares direta ou Parágrafo único. Em circunstâncias excepcionais,
indiretamente relacionadas com a eficácia da proteção. perdurando os motivos que autorizam a admissão, a
permanência poderá ser prorrogada.
Art. 9o Em casos excepcionais e considerando as
características e gravidade da coação ou ameaça, poderá o Art. 12. Fica instituído, no âmbito do órgão do Ministério da
conselho deliberativo encaminhar requerimento da pessoa Justiça com atribuições para a execução da política de
protegida ao juiz competente para registros públicos direitos humanos, o Programa Federal de Assistência a
objetivando a alteração de nome completo. Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas, a ser regulamentado
por decreto do Poder Executivo. (Regulamento)
§ 1o A alteração de nome completo poderá estender-se às
pessoas mencionadas no § 1o do art. 2o desta Lei, inclusive CAPÍTULO II
aos filhos menores, e será precedida das providências DA PROTEÇÃO AOS RÉUS COLABORADORES
necessárias ao resguardo de direitos de terceiros.
Art. 13. Poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes,
§ 2o O requerimento será sempre fundamentado e o juiz conceder o perdão judicial e a conseqüente extinção da
ouvirá previamente o Ministério Público, determinando, em punibilidade ao acusado que, sendo primário, tenha
seguida, que o procedimento tenha rito sumaríssimo e corra colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e
em segredo de justiça. o processo criminal, desde que dessa colaboração tenha
§ 3o Concedida a alteração pretendida, o juiz determinará na resultado:
sentença, observando o sigilo indispensável à proteção do I - a identificação dos demais co-autores ou partícipes da
interessado: ação criminosa;
I - a averbação no registro original de nascimento da menção II - a localização da vítima com a sua integridade física
de que houve alteração de nome completo em preservada;
conformidade com o estabelecido nesta Lei, com expressa
referência à sentença autorizatória e ao juiz que a exarou e III - a recuperação total ou parcial do produto do crime.
sem a aposição do nome alterado; Parágrafo único. A concessão do perdão judicial levará em
II - a determinação aos órgãos competentes para o conta a personalidade do beneficiado e a natureza,
fornecimento dos documentos decorrentes da alteração; circunstâncias, gravidade e repercussão social do fato
criminoso.
III - a remessa da sentença ao órgão nacional competente
para o registro único de identificação civil, cujo Art. 14. O indiciado ou acusado que colaborar
procedimento obedecerá às necessárias restrições de sigilo. voluntariamente com a investigação policial e o processo
criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes
§ 4o O conselho deliberativo, resguardado o sigilo das do crime, na localização da vítima com vida e na recuperação
informações, manterá controle sobre a localização do total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação,
protegido cujo nome tenha sido alterado. terá pena reduzida de um a dois terços.
§ 5o Cessada a coação ou ameaça que deu causa à alteração, Art. 15. Serão aplicadas em benefício do colaborador, na
ficará facultado ao protegido solicitar ao juiz competente o prisão ou fora dela, medidas especiais de segurança e
retorno à situação anterior, com a alteração para o nome proteção a sua integridade física, considerando ameaça ou
original, em petição que será encaminhada pelo conselho coação eventual ou efetiva.
deliberativo e terá manifestação prévia do Ministério
Público. § 1o Estando sob prisão temporária, preventiva ou em
decorrência de flagrante delito, o colaborador será
custodiado em dependência separada dos demais presos.

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§ 2o Durante a instrução criminal, poderá o juiz competente prejuízo que a oitiva antecipada traria para a instrução
determinar em favor do colaborador qualquer das medidas criminal. (Incluído pela Lei nº 12.483, de 2011)
previstas no art. 8o desta Lei.
Art. 20. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei, pela
§ 3o No caso de cumprimento da pena em regime fechado, União, correrão à conta de dotação consignada no
poderá o juiz criminal determinar medidas especiais que orçamento.
proporcionem a segurança do colaborador em relação aos
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
demais apenados.
Brasília, 13 de julho de 1999; 178o da Independência e
DISPOSIÇÕES GERAIS
111o da República.
Art. 16. O art. 57 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973,
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
fica acrescido do seguinte § 7o:
Renan Calheiros
"§ 7º Quando a alteração de nome for concedida em razão
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 14.7.1999.
de fundada coação ou ameaça decorrente de colaboração
com a apuração de crime, o juiz competente determinará
que haja a averbação no registro de origem de menção da Lei nº 12.288/2010
existência de sentença concessiva da alteração, sem a
averbação do nome alterado, que somente poderá ser Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis
procedida mediante determinação posterior, que levará em nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de
consideração a cessação da coação ou ameaça que deu 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de
causa à alteração." novembro de 2003.

Art. 17. O parágrafo único do art. 58 da Lei nº 6.015, de 31 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
de dezembro de 1973, com a redação dada pela Lei no 9.708, Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
de 18 de novembro de 1998, passa a ter a seguinte redação: TÍTULO I
"Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
admitida em razão de fundada coação ou ameaça Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial,
decorrente da colaboração com a apuração de crime, por destinado a garantir à população negra a efetivação da
determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos
Ministério Público." (NR) individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação
Art. 18. O art. 18 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e às demais formas de intolerância étnica.
passa a ter a seguinte redação: Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se:
o
"Art. 18. Ressalvado o disposto nos arts. 45, 57, § 7 , e 95, I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção,
parágrafo único, a certidão será lavrada independentemente exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor,
de despacho judicial, devendo mencionar o livro de registro descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por
ou o documento arquivado no cartório." (NR) objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou
Art. 19. A União poderá utilizar estabelecimentos exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e
especialmente destinados ao cumprimento de pena de liberdades fundamentais nos campos político, econômico,
condenados que tenham prévia e voluntariamente prestado social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública
a colaboração de que trata esta Lei. ou privada;

Parágrafo único. Para fins de utilização desses II - desigualdade racial: toda situação injustificada de
estabelecimentos, poderá a União celebrar convênios com diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e
os Estados e o Distrito Federal. oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de
raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica;
Art. 19-A. Terão prioridade na tramitação o inquérito e o
processo criminal em que figure indiciado, acusado, vítima III - desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no
ou réu colaboradores, vítima ou testemunha protegidas âmbito da sociedade que acentua a distância social entre
pelos programas de que trata esta Lei. (Incluído pela Lei nº mulheres negras e os demais segmentos sociais;
12.483, de 2011) IV - população negra: o conjunto de pessoas que se
Parágrafo único. Qualquer que seja o rito processual autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou
criminal, o juiz, após a citação, tomará antecipadamente o raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
depoimento das pessoas incluídas nos programas de Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição análoga;
proteção previstos nesta Lei, devendo justificar a eventual
impossibilidade de fazê-lo no caso concreto ou o possível

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V - políticas públicas: as ações, iniciativas e programas massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e
adotados pelo Estado no cumprimento de suas atribuições outros.
institucionais;
Parágrafo único. Os programas de ação afirmativa
VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais constituir-se-ão em políticas públicas destinadas a reparar as
adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a distorções e desigualdades sociais e demais práticas
correção das desigualdades raciais e para a promoção da discriminatórias adotadas, nas esferas pública e privada,
igualdade de oportunidades. durante o processo de formação social do País.
Art. 2o É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade Art. 5o Para a consecução dos objetivos desta Lei, é
de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão brasileiro, instituído o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade
independentemente da etnia ou da cor da pele, o direito à Racial (Sinapir), conforme estabelecido no Título III.
participação na comunidade, especialmente nas atividades
TÍTULO II
políticas, econômicas, empresariais, educacionais, culturais
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
e esportivas, defendendo sua dignidade e seus valores
religiosos e culturais. CAPÍTULO I
DO DIREITO À SAÚDE
Art. 3o Além das normas constitucionais relativas aos
princípios fundamentais, aos direitos e garantias Art. 6o O direito à saúde da população negra será garantido
fundamentais e aos direitos sociais, econômicos e culturais, pelo poder público mediante políticas universais, sociais e
o Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz político- econômicas destinadas à redução do risco de doenças e de
jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial, outros agravos.
a valorização da igualdade étnica e o fortalecimento da § 1o O acesso universal e igualitário ao Sistema Único de
identidade nacional brasileira. Saúde (SUS) para promoção, proteção e recuperação da
Art. 4o A participação da população negra, em condição de saúde da população negra será de responsabilidade dos
igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, órgãos e instituições públicas federais, estaduais, distritais e
política e cultural do País será promovida, prioritariamente, municipais, da administração direta e indireta.
por meio de: § 2o O poder público garantirá que o segmento da população
I - inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento negra vinculado aos seguros privados de saúde seja tratado
econômico e social; sem discriminação.

II - adoção de medidas, programas e políticas de ação Art. 7o O conjunto de ações de saúde voltadas à população
afirmativa; negra constitui a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra, organizada de acordo com as diretrizes
III - modificação das estruturas institucionais do Estado para abaixo especificadas:
o adequado enfrentamento e a superação das desigualdades
étnicas decorrentes do preconceito e da discriminação I - ampliação e fortalecimento da participação de lideranças
étnica; dos movimentos sociais em defesa da saúde da população
negra nas instâncias de participação e controle social do SUS;
IV - promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o
combate à discriminação étnica e às desigualdades étnicas II - produção de conhecimento científico e tecnológico em
em todas as suas manifestações individuais, institucionais e saúde da população negra;
estruturais; III - desenvolvimento de processos de informação,
V - eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e comunicação e educação para contribuir com a redução das
institucionais que impedem a representação da diversidade vulnerabilidades da população negra.
étnica nas esferas pública e privada; Art. 8o Constituem objetivos da Política Nacional de Saúde
VI - estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas Integral da População Negra:
da sociedade civil direcionadas à promoção da igualdade de I - a promoção da saúde integral da população negra,
oportunidades e ao combate às desigualdades étnicas, priorizando a redução das desigualdades étnicas e o
inclusive mediante a implementação de incentivos e critérios combate à discriminação nas instituições e serviços do SUS;
de condicionamento e prioridade no acesso aos recursos
públicos; II - a melhoria da qualidade dos sistemas de informação do
SUS no que tange à coleta, ao processamento e à análise dos
VII - implementação de programas de ação afirmativa dados desagregados por cor, etnia e gênero;
destinados ao enfrentamento das desigualdades étnicas no
tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, III - o fomento à realização de estudos e pesquisas sobre
segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de racismo e saúde da população negra;

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IV - a inclusão do conteúdo da saúde da população negra nos de material didático específico para o cumprimento do
processos de formação e educação permanente dos disposto no caput deste artigo.
trabalhadores da saúde;
§ 3o Nas datas comemorativas de caráter cívico, os órgãos
V - a inclusão da temática saúde da população negra nos responsáveis pela educação incentivarão a participação de
processos de formação política das lideranças de intelectuais e representantes do movimento negro para
movimentos sociais para o exercício da participação e debater com os estudantes suas vivências relativas ao tema
controle social no SUS. em comemoração.
Parágrafo único. Os moradores das comunidades de Art. 12. Os órgãos federais, distritais e estaduais de fomento
remanescentes de quilombos serão beneficiários de à pesquisa e à pós-graduação poderão criar incentivos a
incentivos específicos para a garantia do direito à saúde, pesquisas e a programas de estudo voltados para temas
incluindo melhorias nas condições ambientais, no referentes às relações étnicas, aos quilombos e às questões
saneamento básico, na segurança alimentar e nutricional e pertinentes à população negra.
na atenção integral à saúde.
Art. 13. O Poder Executivo federal, por meio dos órgãos
CAPÍTULO II competentes, incentivará as instituições de ensino superior
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO públicas e privadas, sem prejuízo da legislação em vigor, a:
LAZER I - resguardar os princípios da ética em pesquisa e apoiar
SEÇÃO I grupos, núcleos e centros de pesquisa, nos diversos
DISPOSIÇÕES GERAIS programas de pós-graduação que desenvolvam temáticas de
Art. 9o A população negra tem direito a participar de interesse da população negra;
atividades educacionais, culturais, esportivas e de lazer II - incorporar nas matrizes curriculares dos cursos de
adequadas a seus interesses e condições, de modo a formação de professores temas que incluam valores
contribuir para o patrimônio cultural de sua comunidade e concernentes à pluralidade étnica e cultural da sociedade
da sociedade brasileira. brasileira;
Art. 10. Para o cumprimento do disposto no art. 9 o, os III - desenvolver programas de extensão universitária
governos federal, estaduais, distrital e municipais adotarão destinados a aproximar jovens negros de tecnologias
as seguintes providências: avançadas, assegurado o princípio da proporcionalidade de
I - promoção de ações para viabilizar e ampliar o acesso da gênero entre os beneficiários;
população negra ao ensino gratuito e às atividades IV - estabelecer programas de cooperação técnica, nos
esportivas e de lazer; estabelecimentos de ensino públicos, privados e
II - apoio à iniciativa de entidades que mantenham espaço comunitários, com as escolas de educação infantil, ensino
para promoção social e cultural da população negra; fundamental, ensino médio e ensino técnico, para a
formação docente baseada em princípios de equidade, de
III - desenvolvimento de campanhas educativas, inclusive nas tolerância e de respeito às diferenças étnicas.
escolas, para que a solidariedade aos membros da população
negra faça parte da cultura de toda a sociedade; Art. 14. O poder público estimulará e apoiará ações
socioeducacionais realizadas por entidades do movimento
IV - implementação de políticas públicas para o negro que desenvolvam atividades voltadas para a inclusão
fortalecimento da juventude negra brasileira. social, mediante cooperação técnica, intercâmbios,
SEÇÃO II convênios e incentivos, entre outros mecanismos.
DA EDUCAÇÃO Art. 15. O poder público adotará programas de ação
afirmativa.
Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de
ensino médio, públicos e privados, é obrigatório o estudo da Art. 16. O Poder Executivo federal, por meio dos órgãos
história geral da África e da história da população negra no responsáveis pelas políticas de promoção da igualdade e de
Brasil, observado o disposto na Lei no 9.394, de 20 de educação, acompanhará e avaliará os programas de que
dezembro de 1996. trata esta Seção.
§ 1o Os conteúdos referentes à história da população negra SEÇÃO III
no Brasil serão ministrados no âmbito de todo o currículo DA CULTURA
escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o
desenvolvimento social, econômico, político e cultural do Art. 17. O poder público garantirá o reconhecimento das
País. sociedades negras, clubes e outras formas de manifestação
coletiva da população negra, com trajetória histórica
§ 2o O órgão competente do Poder Executivo fomentará a comprovada, como patrimônio histórico e cultural, nos
formação inicial e continuada de professores e a elaboração termos dos arts. 215 e 216 da Constituição Federal.
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Art. 18. É assegurado aos remanescentes das comunidades II - a celebração de festividades e cerimônias de acordo com
dos quilombos o direito à preservação de seus usos, preceitos das respectivas religiões;
costumes, tradições e manifestos religiosos, sob a proteção
III - a fundação e a manutenção, por iniciativa privada, de
do Estado.
instituições beneficentes ligadas às respectivas convicções
Parágrafo único. A preservação dos documentos e dos sítios religiosas;
detentores de reminiscências históricas dos antigos
IV - a produção, a comercialização, a aquisição e o uso de
quilombos, tombados nos termos do § 5o do art. 216 da
artigos e materiais religiosos adequados aos costumes e às
Constituição Federal, receberá especial atenção do poder
práticas fundadas na respectiva religiosidade, ressalvadas as
público.
condutas vedadas por legislação específica;
Art. 19. O poder público incentivará a celebração das
V - a produção e a divulgação de publicações relacionadas ao
personalidades e das datas comemorativas relacionadas à
exercício e à difusão das religiões de matriz africana;
trajetória do samba e de outras manifestações culturais de
matriz africana, bem como sua comemoração nas VI - a coleta de contribuições financeiras de pessoas naturais
instituições de ensino públicas e privadas. e jurídicas de natureza privada para a manutenção das
atividades religiosas e sociais das respectivas religiões;
Art. 20. O poder público garantirá o registro e a proteção da
capoeira, em todas as suas modalidades, como bem de VII - o acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para
natureza imaterial e de formação da identidade cultural divulgação das respectivas religiões;
brasileira, nos termos do art. 216 da Constituição Federal.
VIII - a comunicação ao Ministério Público para abertura de
Parágrafo único. O poder público buscará garantir, por meio ação penal em face de atitudes e práticas de intolerância
dos atos normativos necessários, a preservação dos religiosa nos meios de comunicação e em quaisquer outros
elementos formadores tradicionais da capoeira nas suas locais.
relações internacionais.
Art. 25. É assegurada a assistência religiosa aos praticantes
SEÇÃO IV de religiões de matrizes africanas internados em hospitais ou
DO ESPORTE E LAZER em outras instituições de internação coletiva, inclusive
àqueles submetidos a pena privativa de liberdade.
Art. 21. O poder público fomentará o pleno acesso da
população negra às práticas desportivas, consolidando o Art. 26. O poder público adotará as medidas necessárias
esporte e o lazer como direitos sociais. para o combate à intolerância com as religiões de matrizes
africanas e à discriminação de seus seguidores,
Art. 22. A capoeira é reconhecida como desporto de criação especialmente com o objetivo de:
nacional, nos termos do art. 217 da Constituição Federal.
I - coibir a utilização dos meios de comunicação social para a
§ 1o A atividade de capoeirista será reconhecida em todas as difusão de proposições, imagens ou abordagens que
modalidades em que a capoeira se manifesta, seja como exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao desprezo por
esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício em motivos fundados na religiosidade de matrizes africanas;
todo o território nacional.
II - inventariar, restaurar e proteger os documentos, obras e
§ 2o É facultado o ensino da capoeira nas instituições outros bens de valor artístico e cultural, os monumentos,
públicas e privadas pelos capoeiristas e mestres tradicionais, mananciais, flora e sítios arqueológicos vinculados às
pública e formalmente reconhecidos. religiões de matrizes africanas;
CAPÍTULO III III - assegurar a participação proporcional de representantes
DO DIREITO À LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA E das religiões de matrizes africanas, ao lado da representação
AO LIVRE EXERCÍCIO DOS CULTOS RELIGIOSOS das demais religiões, em comissões, conselhos, órgãos e
Art. 23. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, outras instâncias de deliberação vinculadas ao poder
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e público.
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a CAPÍTULO IV
suas liturgias. DO ACESSO À TERRA E À MORADIA ADEQUADA
Art. 24. O direito à liberdade de consciência e de crença e ao SEÇÃO I
livre exercício dos cultos religiosos de matriz africana DO ACESSO À TERRA
compreende:
Art. 27. O poder público elaborará e implementará políticas
I - a prática de cultos, a celebração de reuniões relacionadas públicas capazes de promover o acesso da população negra
à religiosidade e a fundação e manutenção, por iniciativa à terra e às atividades produtivas no campo.
privada, de lugares reservados para tais fins;

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Art. 28. Para incentivar o desenvolvimento das atividades Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os
produtivas da população negra no campo, o poder público Municípios estimularão e facilitarão a participação de
promoverá ações para viabilizar e ampliar o seu acesso ao organizações e movimentos representativos da população
financiamento agrícola. negra na composição dos conselhos constituídos para fins de
aplicação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse
Art. 29. Serão assegurados à população negra a assistência
Social (FNHIS).
técnica rural, a simplificação do acesso ao crédito agrícola e
o fortalecimento da infraestrutura de logística para a Art. 37. Os agentes financeiros, públicos ou privados,
comercialização da produção. promoverão ações para viabilizar o acesso da população
negra aos financiamentos habitacionais.
Art. 30. O poder público promoverá a educação e a
orientação profissional agrícola para os trabalhadores CAPÍTULO V
negros e as comunidades negras rurais. DO TRABALHO
Art. 31. Aos remanescentes das comunidades dos Art. 38. A implementação de políticas voltadas para a
quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida inclusão da população negra no mercado de trabalho será de
a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os responsabilidade do poder público, observando-se:
títulos respectivos.
I - o instituído neste Estatuto;
Art. 32. O Poder Executivo federal elaborará e desenvolverá
políticas públicas especiais voltadas para o desenvolvimento II - os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a
sustentável dos remanescentes das comunidades dos Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as
quilombos, respeitando as tradições de proteção ambiental Formas de Discriminação Racial, de 1965;
das comunidades. III - os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a
Art. 33. Para fins de política agrícola, os remanescentes das Convenção no 111, de 1958, da Organização Internacional do
comunidades dos quilombos receberão dos órgãos Trabalho (OIT), que trata da discriminação no emprego e na
competentes tratamento especial diferenciado, assistência profissão;
técnica e linhas especiais de financiamento público, IV - os demais compromissos formalmente assumidos pelo
destinados à realização de suas atividades produtivas e de Brasil perante a comunidade internacional.
infraestrutura.
Art. 39. O poder público promoverá ações que assegurem a
Art. 34. Os remanescentes das comunidades dos quilombos igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a
se beneficiarão de todas as iniciativas previstas nesta e em população negra, inclusive mediante a implementação de
outras leis para a promoção da igualdade étnica. medidas visando à promoção da igualdade nas contratações
SEÇÃO II do setor público e o incentivo à adoção de medidas similares
nas empresas e organizações privadas.
DA MORADIA
§ 1o A igualdade de oportunidades será lograda mediante a
Art. 35. O poder público garantirá a implementação de
adoção de políticas e programas de formação profissional,
políticas públicas para assegurar o direito à moradia
de emprego e de geração de renda voltados para a
adequada da população negra que vive em favelas, cortiços,
população negra.
áreas urbanas subutilizadas, degradadas ou em processo de
degradação, a fim de reintegrá-las à dinâmica urbana e § 2o As ações visando a promover a igualdade de
promover melhorias no ambiente e na qualidade de vida. oportunidades na esfera da administração pública far-se-ão
por meio de normas estabelecidas ou a serem estabelecidas
Parágrafo único. O direito à moradia adequada, para os
em legislação específica e em seus regulamentos.
efeitos desta Lei, inclui não apenas o provimento
habitacional, mas também a garantia da infraestrutura § 3o O poder público estimulará, por meio de incentivos, a
urbana e dos equipamentos comunitários associados à adoção de iguais medidas pelo setor privado.
função habitacional, bem como a assistência técnica e
§ 4o As ações de que trata o caput deste artigo assegurarão
jurídica para a construção, a reforma ou a regularização
o princípio da proporcionalidade de gênero entre os
fundiária da habitação em área urbana.
beneficiários.
Art. 36. Os programas, projetos e outras ações
§ 5o Será assegurado o acesso ao crédito para a pequena
governamentais realizadas no âmbito do Sistema Nacional
produção, nos meios rural e urbano, com ações afirmativas
de Habitação de Interesse Social (SNHIS), regulado pela Lei
para mulheres negras.
no 11.124, de 16 de junho de 2005, devem considerar as
peculiaridades sociais, econômicas e culturais da população § 6o O poder público promoverá campanhas de
negra. sensibilização contra a marginalização da mulher negra no
trabalho artístico e cultural.

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§ 7o O poder público promoverá ações com o objetivo de programas ou peças publicitárias, a obrigatoriedade da
elevar a escolaridade e a qualificação profissional nos prática de iguais oportunidades de emprego para as pessoas
setores da economia que contem com alto índice de relacionadas com o projeto ou serviço contratado.
ocupação por trabalhadores negros de baixa escolarização.
§ 2o Entende-se por prática de iguais oportunidades de
Art. 40. O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao emprego o conjunto de medidas sistemáticas executadas
Trabalhador (Codefat) formulará políticas, programas e com a finalidade de garantir a diversidade étnica, de sexo e
projetos voltados para a inclusão da população negra no de idade na equipe vinculada ao projeto ou serviço
mercado de trabalho e orientará a destinação de recursos contratado.
para seu financiamento.
§ 3o A autoridade contratante poderá, se considerar
Art. 41. As ações de emprego e renda, promovidas por meio necessário para garantir a prática de iguais oportunidades de
de financiamento para constituição e ampliação de emprego, requerer auditoria por órgão do poder público
pequenas e médias empresas e de programas de geração de federal.
renda, contemplarão o estímulo à promoção de empresários
§ 4o A exigência disposta no caput não se aplica às
negros.
produções publicitárias quando abordarem especificidades
Parágrafo único. O poder público estimulará as atividades de grupos étnicos determinados.
voltadas ao turismo étnico com enfoque nos locais,
TÍTULO III
monumentos e cidades que retratem a cultura, os usos e os
DO SISTEMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE
costumes da população negra.
RACIAL
Art. 42. O Poder Executivo federal poderá implementar (SINAPIR)
critérios para provimento de cargos em comissão e funções CAPÍTULO I
de confiança destinados a ampliar a participação de negros, DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
buscando reproduzir a estrutura da distribuição étnica
nacional ou, quando for o caso, estadual, observados os Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de Promoção da
dados demográficos oficiais. Igualdade Racial (Sinapir) como forma de organização e de
articulação voltadas à implementação do conjunto de
CAPÍTULO VI
políticas e serviços destinados a superar as desigualdades
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO étnicas existentes no País, prestados pelo poder público
Art. 43. A produção veiculada pelos órgãos de comunicação federal.
valorizará a herança cultural e a participação da população § 1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
negra na história do País. participar do Sinapir mediante adesão.
Art. 44. Na produção de filmes e programas destinados à § 2o O poder público federal incentivará a sociedade e a
veiculação pelas emissoras de televisão e em salas iniciativa privada a participar do Sinapir.
cinematográficas, deverá ser adotada a prática de conferir
oportunidades de emprego para atores, figurantes e CAPÍTULO II
técnicos negros, sendo vedada toda e qualquer DOS OBJETIVOS
discriminação de natureza política, ideológica, étnica ou
Art. 48. São objetivos do Sinapir:
artística.
I - promover a igualdade étnica e o combate às
Parágrafo único. A exigência disposta no caput não se aplica
desigualdades sociais resultantes do racismo, inclusive
aos filmes e programas que abordem especificidades de
mediante adoção de ações afirmativas;
grupos étnicos determinados.
II - formular políticas destinadas a combater os fatores de
Art. 45. Aplica-se à produção de peças publicitárias
marginalização e a promover a integração social da
destinadas à veiculação pelas emissoras de televisão e em
população negra;
salas cinematográficas o disposto no art. 44.
III - descentralizar a implementação de ações afirmativas
Art. 46. Os órgãos e entidades da administração pública
pelos governos estaduais, distrital e municipais;
federal direta, autárquica ou fundacional, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista federais deverão IV - articular planos, ações e mecanismos voltados à
incluir cláusulas de participação de artistas negros nos promoção da igualdade étnica;
contratos de realização de filmes, programas ou quaisquer
V - garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados
outras peças de caráter publicitário.
para a implementação das ações afirmativas e o
§ 1o Os órgãos e entidades de que trata este artigo incluirão, cumprimento das metas a serem estabelecidas.
nas especificações para contratação de serviços de
consultoria, conceituação, produção e realização de filmes,

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CAPÍTULO III Parágrafo único. O Estado implementará ações de


DA ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA ressocialização e proteção da juventude negra em conflito
com a lei e exposta a experiências de exclusão social.
Art. 49. O Poder Executivo federal elaborará plano nacional
de promoção da igualdade racial contendo as metas, Art. 54. O Estado adotará medidas para coibir atos de
princípios e diretrizes para a implementação da Política discriminação e preconceito praticados por servidores
Nacional de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR). públicos em detrimento da população negra, observado, no
que couber, o disposto na Lei no 7.716, de 5 de janeiro de
§ 1o A elaboração, implementação, coordenação, avaliação 1989.
e acompanhamento da PNPIR, bem como a organização,
articulação e coordenação do Sinapir, serão efetivados pelo Art. 55. Para a apreciação judicial das lesões e das ameaças
órgão responsável pela política de promoção da igualdade de lesão aos interesses da população negra decorrentes de
étnica em âmbito nacional. situações de desigualdade étnica, recorrer-se-á, entre outros
instrumentos, à ação civil pública, disciplinada na Lei
§ 2o É o Poder Executivo federal autorizado a instituir fórum no 7.347, de 24 de julho de 1985.
intergovernamental de promoção da igualdade étnica, a ser
coordenado pelo órgão responsável pelas políticas de CAPÍTULO V
promoção da igualdade étnica, com o objetivo de DO FINANCIAMENTO DAS INICIATIVAS DE PROMOÇÃO DA
implementar estratégias que visem à incorporação da IGUALDADE RACIAL
política nacional de promoção da igualdade étnica nas ações
Art. 56. Na implementação dos programas e das ações
governamentais de Estados e Municípios.
constantes dos planos plurianuais e dos orçamentos anuais
§ 3o As diretrizes das políticas nacional e regional de da União, deverão ser observadas as políticas de ação
promoção da igualdade étnica serão elaboradas por órgão afirmativa a que se refere o inciso VII do art. 4o desta Lei e
colegiado que assegure a participação da sociedade civil. outras políticas públicas que tenham como objetivo
promover a igualdade de oportunidades e a inclusão social
Art. 50. Os Poderes Executivos estaduais, distrital e
municipais, no âmbito das respectivas esferas de da população negra, especialmente no que tange a:
competência, poderão instituir conselhos de promoção da I - promoção da igualdade de oportunidades em educação,
igualdade étnica, de caráter permanente e consultivo, emprego e moradia;
compostos por igual número de representantes de órgãos e
II - financiamento de pesquisas, nas áreas de educação,
entidades públicas e de organizações da sociedade civil
saúde e emprego, voltadas para a melhoria da qualidade de
representativas da população negra.
vida da população negra;
Parágrafo único. O Poder Executivo priorizará o repasse dos
III - incentivo à criação de programas e veículos de
recursos referentes aos programas e atividades previstos
comunicação destinados à divulgação de matérias
nesta Lei aos Estados, Distrito Federal e Municípios que
relacionadas aos interesses da população negra;
tenham criado conselhos de promoção da igualdade étnica.
IV - incentivo à criação e à manutenção de microempresas
CAPÍTULO IV
administradas por pessoas autodeclaradas negras;
DAS OUVIDORIAS PERMANENTES E DO ACESSO À JUSTIÇA
E À SEGURANÇA V - iniciativas que incrementem o acesso e a permanência
das pessoas negras na educação fundamental, média,
Art. 51. O poder público federal instituirá, na forma da lei e técnica e superior;
no âmbito dos Poderes Legislativo e Executivo, Ouvidorias
Permanentes em Defesa da Igualdade Racial, para receber e VI - apoio a programas e projetos dos governos estaduais,
encaminhar denúncias de preconceito e discriminação com distrital e municipais e de entidades da sociedade civil
base em etnia ou cor e acompanhar a implementação de voltados para a promoção da igualdade de oportunidades
medidas para a promoção da igualdade. para a população negra;

Art. 52. É assegurado às vítimas de discriminação étnica o VII - apoio a iniciativas em defesa da cultura, da memória e
acesso aos órgãos de Ouvidoria Permanente, à Defensoria das tradições africanas e brasileiras.
Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, em todas § 1o O Poder Executivo federal é autorizado a adotar
as suas instâncias, para a garantia do cumprimento de seus medidas que garantam, em cada exercício, a transparência
direitos. na alocação e na execução dos recursos necessários ao
Parágrafo único. O Estado assegurará atenção às mulheres financiamento das ações previstas neste Estatuto,
negras em situação de violência, garantida a assistência explicitando, entre outros, a proporção dos recursos
física, psíquica, social e jurídica. orçamentários destinados aos programas de promoção da
igualdade, especialmente nas áreas de educação, saúde,
Art. 53. O Estado adotará medidas especiais para coibir a
violência policial incidente sobre a população negra.

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emprego e renda, desenvolvimento agrário, habitação § 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de
popular, desenvolvimento regional, cultura, esporte e lazer. discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do
preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica:
§ 2o Durante os 5 (cinco) primeiros anos, a contar do
exercício subsequente à publicação deste Estatuto, os I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao
órgãos do Poder Executivo federal que desenvolvem empregado em igualdade de condições com os demais
políticas e programas nas áreas referidas no § 1o deste artigo trabalhadores;
discriminarão em seus orçamentos anuais a participação nos
II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar
programas de ação afirmativa referidos no inciso VII do art.
outra forma de benefício profissional;
4o desta Lei.
III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no
§ 3o O Poder Executivo é autorizado a adotar as medidas
ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário.
necessárias para a adequada implementação do disposto
neste artigo, podendo estabelecer patamares de § 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de
participação crescente dos programas de ação afirmativa serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da
nos orçamentos anuais a que se refere o § 2o deste artigo. igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra
forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de
§ 4o O órgão colegiado do Poder Executivo federal
aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas
responsável pela promoção da igualdade racial
atividades não justifiquem essas exigências.” (NR)
acompanhará e avaliará a programação das ações referidas
neste artigo nas propostas orçamentárias da União. Art. 61. Os arts. 3o e 4o da Lei nº 9.029, de 13 de abril de
1995, passam a vigorar com a seguinte redação:
Art. 57. Sem prejuízo da destinação de recursos ordinários,
poderão ser consignados nos orçamentos fiscal e da “Art. 3o Sem prejuízo do prescrito no art. 2o e nos
seguridade social para financiamento das ações de que trata dispositivos legais que tipificam os crimes resultantes de
o art. 56: preconceito de etnia, raça ou cor, as infrações do disposto
nesta Lei são passíveis das seguintes cominações:
I - transferências voluntárias dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios; .” (NR)
II - doações voluntárias de particulares; “Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato
discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à
III - doações de empresas privadas e organizações não
reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar
governamentais, nacionais ou internacionais;
entre:
IV - doações voluntárias de fundos nacionais ou
.” (NR)
internacionais;
Art. 62. O art. 13 da Lei no 7.347, de 1985, passa a vigorar
V - doações de Estados estrangeiros, por meio de convênios,
acrescido do seguinte § 2o, renumerando-se o atual
tratados e acordos internacionais.
parágrafo único como § 1o:
TÍTULO IV
“Art. 13.
DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 1o
Art. 58. As medidas instituídas nesta Lei não excluem outras
em prol da população negra que tenham sido ou venham a § 2º Havendo acordo ou condenação com fundamento em
ser adotadas no âmbito da União, dos Estados, do Distrito dano causado por ato de discriminação étnica nos termos do
Federal ou dos Municípios. disposto no art. 1o desta Lei, a prestação em dinheiro
reverterá diretamente ao fundo de que trata o caput e será
Art. 59. O Poder Executivo federal criará instrumentos para utilizada para ações de promoção da igualdade étnica,
aferir a eficácia social das medidas previstas nesta Lei e conforme definição do Conselho Nacional de Promoção da
efetuará seu monitoramento constante, com a emissão e a Igualdade Racial, na hipótese de extensão nacional, ou dos
divulgação de relatórios periódicos, inclusive pela rede Conselhos de Promoção de Igualdade Racial estaduais ou
mundial de computadores. locais, nas hipóteses de danos com extensão regional ou
Art. 60. Os arts. 3o e 4o da Lei nº 7.716, de 1989, passam a local, respectivamente.” (NR)
vigorar com a seguinte redação: Art. 63. O § 1o do art. 1o da Lei nº 10.778, de 24 de novembro
“Art. 3 o de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação:

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo “Art. 1o


de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência § 1º Para os efeitos desta Lei, entende-se por violência
nacional, obstar a promoção funcional.” (NR) contra a mulher qualquer ação ou conduta, baseada no
“Art. 4o gênero, inclusive decorrente de discriminação ou

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desigualdade étnica, que cause morte, dano ou sofrimento intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva
público quanto no privado. na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas.
.” (NR)
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será
Art. 64. O § 3o do art. 20 da Lei nº 7.716, de 1989, passa a
biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e
vigorar acrescido do seguinte inciso III:
interdisciplinar e considerará: (Vigência)
“Art. 20.
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
§ 3o
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de
III - a limitação no desempenho de atividades; e
informação na rede mundial de computadores.
IV - a restrição de participação.
.” (NR)
§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da
Art. 65. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data
deficiência. (Vide Lei nº 13.846, de 2019)
de sua publicação.
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:
Brasília, 20 de julho de 2010; 189o da Independência e
122o da República. I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para
utilização, com segurança e autonomia, de espaços,
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
mobiliários, equipamentos urbanos, edificações,
Eloi Ferreira de Araújo
transportes, informação e comunicação, inclusive seus
sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e
Lei nº 13.146/2015 instalações abertos ao público, de uso público ou privados de
uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa
Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com com deficiência ou com mobilidade reduzida;
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes,
programas e serviços a serem usados por todas as pessoas,
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso sem necessidade de adaptação ou de projeto específico,
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: incluindo os recursos de tecnologia assistiva;
LIVRO I III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos,
PARTE GERAL equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias,
TÍTULO I estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da
CAPÍTULO I pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando
DISPOSIÇÕES GERAIS à sua autonomia, independência, qualidade de vida e
inclusão social;
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou
a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o comportamento que limite ou impeça a participação social
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de
cidadania. expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à
compreensão, à circulação com segurança, entre outros,
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre classificadas em:
os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços
do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008 , em públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo;
conformidade com o procedimento previsto no § 3º do art. b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios
5º da Constituição da República Federativa do Brasil , em públicos e privados;
vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de
agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e
de agosto de 2009 , data de início de sua vigência no plano meios de transportes;
interno. d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, ou impossibilite a expressão ou o recebimento de

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mensagens e de informações por intermédio de sistemas de autossustentabilidade e com vínculos familiares fragilizados
comunicação e de tecnologia da informação; ou rompidos;
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que XI - moradia para a vida independente da pessoa com
impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa deficiência: moradia com estruturas adequadas capazes de
com deficiência em igualdade de condições e oportunidades proporcionar serviços de apoio coletivos e individualizados
com as demais pessoas; que respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens e
adultos com deficiência;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o
acesso da pessoa com deficiência às tecnologias; XII - atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família,
que, com ou sem remuneração, assiste ou presta cuidados
V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que
básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de
abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua
suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou os
Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille,
procedimentos identificados com profissões legalmente
o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os
estabelecidas;
caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim
como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas XIII - profissional de apoio escolar: pessoa que exerce
auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios atividades de alimentação, higiene e locomoção do
e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, estudante com deficiência e atua em todas as atividades
incluindo as tecnologias da informação e das comunicações; escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e
modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas,
VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e
excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com
ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus
profissões legalmente estabelecidas;
desproporcional e indevido, quando requeridos em cada
caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa XIV - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com
gozar ou exercer, em igualdade de condições e deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de
oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e atendente pessoal.
liberdades fundamentais;
CAPÍTULO II
VII - elemento de urbanização: quaisquer componentes de DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO
obras de urbanização, tais como os referentes a
pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos, Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade
distribuição de energia elétrica e de gás, iluminação pública, de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá
serviços de comunicação, abastecimento e distribuição de nenhuma espécie de discriminação.
água, paisagismo e os que materializam as indicações do § 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda
planejamento urbanístico; forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou
VIII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar,
vias e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos
elementos de urbanização ou de edificação, de forma que direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com
sua modificação ou seu traslado não provoque alterações deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de
substanciais nesses elementos, tais como semáforos, postes fornecimento de tecnologias assistivas.
de sinalização e similares, terminais e pontos de acesso § 2º A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de
coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, benefícios decorrentes de ação afirmativa.
toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de
natureza análoga; Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
IX - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou
qualquer motivo, dificuldade de movimentação, degradante.
permanente ou temporária, gerando redução efetiva da
mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada
percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com no caput deste artigo, são considerados especialmente
criança de colo e obeso; vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com
deficiência.
X - residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de
Acolhimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da
localizadas em áreas residenciais da comunidade, com pessoa, inclusive para:
estruturas adequadas, que possam contar com apoio I - casar-se e constituir união estável;
psicossocial para o atendimento das necessidades da pessoa
acolhida, destinadas a jovens e adultos com deficiência, em II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
situação de dependência, que não dispõem de condições de
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III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e
ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e administrativos em que for parte ou interessada, em todos
planejamento familiar; os atos e diligências.
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização § 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao
compulsória; acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu
atendente pessoal, exceto quanto ao disposto nos incisos VI
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e
e VII deste artigo.
comunitária; e
§ 2º Nos serviços de emergência públicos e privados, a
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção,
prioridade conferida por esta Lei é condicionada aos
como adotante ou adotando, em igualdade de
protocolos de atendimento médico.
oportunidades com as demais pessoas.
TÍTULO II
Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade competente
qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
pessoa com deficiência. CAPÍTULO I
DO DIREITO À VIDA
Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes e
os tribunais tiverem conhecimento de fatos que Art. 10. Compete ao poder público garantir a dignidade da
caracterizem as violações previstas nesta Lei, devem remeter pessoa com deficiência ao longo de toda a vida.
peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. Parágrafo único. Em situações de risco, emergência ou
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família estado de calamidade pública, a pessoa com deficiência será
assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a considerada vulnerável, devendo o poder público adotar
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à medidas para sua proteção e segurança.
sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá ser obrigada a
à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à se submeter a intervenção clínica ou cirúrgica, a tratamento
previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao ou a institucionalização forçada.
transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao
turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços Parágrafo único. O consentimento da pessoa com deficiência
científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à em situação de curatela poderá ser suprido, na forma da lei.
liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da
decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os pessoa com deficiência é indispensável para a realização de
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo tratamento, procedimento, hospitalização e pesquisa
Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu científica.
bem-estar pessoal, social e econômico.
§ 1º Em caso de pessoa com deficiência em situação de
SEÇÃO ÚNICA curatela, deve ser assegurada sua participação, no maior
DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO grau possível, para a obtenção de consentimento.
Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber § 2º A pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência
atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de: em situação de tutela ou de curatela deve ser realizada, em
I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; caráter excepcional, apenas quando houver indícios de
benefício direto para sua saúde ou para a saúde de outras
II - atendimento em todas as instituições e serviços de pessoas com deficiência e desde que não haja outra opção
atendimento ao público; de pesquisa de eficácia comparável com participantes não
III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tutelados ou curatelados.
tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de Art. 13. A pessoa com deficiência somente será atendida sem
condições com as demais pessoas; seu consentimento prévio, livre e esclarecido em casos de
IV - disponibilização de pontos de parada, estações e risco de morte e de emergência em saúde, resguardado seu
terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e superior interesse e adotadas as salvaguardas legais cabíveis.
garantia de segurança no embarque e no desembarque; CAPÍTULO II
V - acesso a informações e disponibilização de recursos de DO DIREITO À HABILITAÇÃO E À REABILITAÇÃO
comunicação acessíveis; Art. 14. O processo de habilitação e de reabilitação é um
VI - recebimento de restituição de imposto de renda; direito da pessoa com deficiência.
Parágrafo único. O processo de habilitação e de reabilitação
tem por objetivo o desenvolvimento de potencialidades,

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talentos, habilidades e aptidões físicas, cognitivas, CAPÍTULO III


sensoriais, psicossociais, atitudinais, profissionais e artísticas DO DIREITO À SAÚDE
que contribuam para a conquista da autonomia da pessoa
com deficiência e de sua participação social em igualdade de Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com
condições e oportunidades com as demais pessoas. deficiência em todos os níveis de complexidade, por
intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário.
Art. 15. O processo mencionado no art. 14 desta Lei baseia-
se em avaliação multidisciplinar das necessidades, § 1º É assegurada a participação da pessoa com deficiência
habilidades e potencialidades de cada pessoa, observadas as na elaboração das políticas de saúde a ela destinadas.
seguintes diretrizes: § 2º É assegurado atendimento segundo normas éticas e
I - diagnóstico e intervenção precoces; técnicas, que regulamentarão a atuação dos profissionais de
saúde e contemplarão aspectos relacionados aos direitos e
II - adoção de medidas para compensar perda ou limitação às especificidades da pessoa com deficiência, incluindo
funcional, buscando o desenvolvimento de aptidões; temas como sua dignidade e autonomia.
III - atuação permanente, integrada e articulada de políticas § 3º Aos profissionais que prestam assistência à pessoa com
públicas que possibilitem a plena participação social da deficiência, especialmente em serviços de habilitação e de
pessoa com deficiência; reabilitação, deve ser garantida capacitação inicial e
IV - oferta de rede de serviços articulados, com atuação continuada.
intersetorial, nos diferentes níveis de complexidade, para § 4º As ações e os serviços de saúde pública destinados à
atender às necessidades específicas da pessoa com pessoa com deficiência devem assegurar:
deficiência;
I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe
V - prestação de serviços próximo ao domicílio da pessoa multidisciplinar;
com deficiência, inclusive na zona rural, respeitadas a
organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) nos II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre que
territórios locais e as normas do Sistema Único de Saúde necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para
(SUS). a manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de
vida;
Art. 16. Nos programas e serviços de habilitação e de
reabilitação para a pessoa com deficiência, são garantidos: III - atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento
ambulatorial e internação;
I - organização, serviços, métodos, técnicas e recursos para
atender às características de cada pessoa com deficiência; IV - campanhas de vacinação;

II - acessibilidade em todos os ambientes e serviços; V - atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e
atendentes pessoais;
III - tecnologia assistiva, tecnologia de reabilitação, materiais
e equipamentos adequados e apoio técnico profissional, de VI - respeito à especificidade, à identidade de gênero e à
acordo com as especificidades de cada pessoa com orientação sexual da pessoa com deficiência;
deficiência; VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à
IV - capacitação continuada de todos os profissionais que fertilização assistida;
participem dos programas e serviços. VIII - informação adequada e acessível à pessoa com
Art. 17. Os serviços do SUS e do Suas deverão promover deficiência e a seus familiares sobre sua condição de saúde;
ações articuladas para garantir à pessoa com deficiência e IX - serviços projetados para prevenir a ocorrência e o
sua família a aquisição de informações, orientações e formas desenvolvimento de deficiências e agravos adicionais;
de acesso às políticas públicas disponíveis, com a finalidade
de propiciar sua plena participação social. X - promoção de estratégias de capacitação permanente das
equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção,
Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput deste no atendimento à pessoa com deficiência, bem como
artigo podem fornecer informações e orientações nas áreas orientação a seus atendentes pessoais;
de saúde, de educação, de cultura, de esporte, de lazer, de
transporte, de previdência social, de assistência social, de XI - oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de
habitação, de trabalho, de empreendedorismo, de acesso ao locomoção, medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais,
crédito, de promoção, proteção e defesa de direitos e nas conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde.
demais áreas que possibilitem à pessoa com deficiência § 5º As diretrizes deste artigo aplicam-se também às
exercer sua cidadania. instituições privadas que participem de forma
complementar do SUS ou que recebam recursos públicos
para sua manutenção.

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Art. 19. Compete ao SUS desenvolver ações destinadas à Art. 26. Os casos de suspeita ou de confirmação de violência
prevenção de deficiências por causas evitáveis, inclusive por praticada contra a pessoa com deficiência serão objeto de
meio de: notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e
privados à autoridade policial e ao Ministério Público, além
I - acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério,
dos Conselhos dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
com garantia de parto humanizado e seguro;
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se
II - promoção de práticas alimentares adequadas e
violência contra a pessoa com deficiência qualquer ação ou
saudáveis, vigilância alimentar e nutricional, prevenção e
omissão, praticada em local público ou privado, que lhe
cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e
cause morte ou dano ou sofrimento físico ou psicológico.
nutrição da mulher e da criança;
CAPÍTULO IV
III - aprimoramento e expansão dos programas de
DO DIREITO À EDUCAÇÃO
imunização e de triagem neonatal;
IV - identificação e controle da gestante de alto risco. Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com
deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em
Art. 20. As operadoras de planos e seguros privados de saúde todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de
são obrigadas a garantir à pessoa com deficiência, no forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de
mínimo, todos os serviços e produtos ofertados aos demais seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e
clientes. sociais, segundo suas características, interesses e
Art. 21. Quando esgotados os meios de atenção à saúde da necessidades de aprendizagem.
pessoa com deficiência no local de residência, será prestado Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da
atendimento fora de domicílio, para fins de diagnóstico e de comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de
tratamento, garantidos o transporte e a acomodação da qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de
pessoa com deficiência e de seu acompanhante. toda forma de violência, negligência e discriminação.
Art. 22. À pessoa com deficiência internada ou em Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar,
observação é assegurado o direito a acompanhante ou a desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
atendente pessoal, devendo o órgão ou a instituição de
saúde proporcionar condições adequadas para sua I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e
permanência em tempo integral. modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a
vida;
§ 1º Na impossibilidade de permanência do acompanhante
ou do atendente pessoal junto à pessoa com deficiência, II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a
cabe ao profissional de saúde responsável pelo tratamento garantir condições de acesso, permanência, participação e
justificá-la por escrito. aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos
de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a
§ 2º Na ocorrência da impossibilidade prevista no § 1º deste inclusão plena;
artigo, o órgão ou a instituição de saúde deve adotar as
providências cabíveis para suprir a ausência do III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento
acompanhante ou do atendente pessoal. educacional especializado, assim como os demais serviços e
adaptações razoáveis, para atender às características dos
Art. 23. São vedadas todas as formas de discriminação contra estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao
a pessoa com deficiência, inclusive por meio de cobrança de currículo em condições de igualdade, promovendo a
valores diferenciados por planos e seguros privados de conquista e o exercício de sua autonomia;
saúde, em razão de sua condição.
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira
Art. 24. É assegurado à pessoa com deficiência o acesso aos língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como
serviços de saúde, tanto públicos como privados, e às segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas
informações prestadas e recebidas, por meio de recursos de inclusivas;
tecnologia assistiva e de todas as formas de comunicação
previstas no inciso V do art. 3º desta Lei. V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em
ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e
Art. 25. Os espaços dos serviços de saúde, tanto públicos social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso,
quanto privados, devem assegurar o acesso da pessoa com a permanência, a participação e a aprendizagem em
deficiência, em conformidade com a legislação em vigor, instituições de ensino;
mediante a remoção de barreiras, por meio de projetos
arquitetônico, de ambientação de interior e de comunicação VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos
que atendam às especificidades das pessoas com deficiência métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de
física, sensorial, intelectual e mental. equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva;

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VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de § 2º Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras


plano de atendimento educacional especializado, de a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se
organização de recursos e serviços de acessibilidade e de observar o seguinte:
disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de
I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação
tecnologia assistiva;
básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e
VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas certificado de proficiência na Libras; (Vigência)
famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade
II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando
escolar;
direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos
IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o cursos de graduação e pós-graduação, devem possuir nível
desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e
vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a Interpretação em Libras. (Vigência)
criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com
Art. 29. (VETADO).
deficiência;
Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e permanência
X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos
nos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior e
programas de formação inicial e continuada de professores
de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas,
e oferta de formação continuada para o atendimento
devem ser adotadas as seguintes medidas:
educacional especializado;
I - atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas
XI - formação e disponibilização de professores para o
dependências das Instituições de Ensino Superior (IES) e nos
atendimento educacional especializado, de tradutores e
serviços;
intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais
de apoio; II - disponibilização de formulário de inscrição de exames
com campos específicos para que o candidato com
XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso
deficiência informe os recursos de acessibilidade e de
de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar
tecnologia assistiva necessários para sua participação;
habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua
autonomia e participação; III - disponibilização de provas em formatos acessíveis para
atendimento às necessidades específicas do candidato com
XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e
deficiência;
tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com
as demais pessoas; IV - disponibilização de recursos de acessibilidade e de
tecnologia assistiva adequados, previamente solicitados e
XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível
escolhidos pelo candidato com deficiência;
superior e de educação profissional técnica e tecnológica, de
temas relacionados à pessoa com deficiência nos respectivos V - dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo
campos de conhecimento; candidato com deficiência, tanto na realização de exame
para seleção quanto nas atividades acadêmicas, mediante
XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de
prévia solicitação e comprovação da necessidade;
condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de
lazer, no sistema escolar; VI - adoção de critérios de avaliação das provas escritas,
discursivas ou de redação que considerem a singularidade
XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores
linguística da pessoa com deficiência, no domínio da
da educação e demais integrantes da comunidade escolar às
modalidade escrita da língua portuguesa;
edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a
todas as modalidades, etapas e níveis de ensino; VII - tradução completa do edital e de suas retificações em
Libras.
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
CAPÍTULO V
XVIII - articulação intersetorial na implementação de
DO DIREITO À MORADIA
políticas públicas.
§ 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade Art. 31. A pessoa com deficiência tem direito à moradia
de ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos digna, no seio da família natural ou substituta, com seu
I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII cônjuge ou companheiro ou desacompanhada, ou em
do caput deste artigo, sendo vedada a cobrança de valores moradia para a vida independente da pessoa com
adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva.
anuidades e matrículas no cumprimento dessas § 1º O poder público adotará programas e ações estratégicas
determinações. para apoiar a criação e a manutenção de moradia para a vida
independente da pessoa com deficiência.

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§ 2º A proteção integral na modalidade de residência § 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de
inclusiva será prestada no âmbito do Suas à pessoa com oportunidades com as demais pessoas, a condições justas e
deficiência em situação de dependência que não disponha favoráveis de trabalho, incluindo igual remuneração por
de condições de autossustentabilidade, com vínculos trabalho de igual valor.
familiares fragilizados ou rompidos.
§ 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com
Art. 32. Nos programas habitacionais, públicos ou deficiência e qualquer discriminação em razão de sua
subsidiados com recursos públicos, a pessoa com deficiência condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção,
ou o seu responsável goza de prioridade na aquisição de contratação, admissão, exames admissional e periódico,
imóvel para moradia própria, observado o seguinte: permanência no emprego, ascensão profissional e
reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão
I - reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades
plena.
habitacionais para pessoa com deficiência;
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao
II - (VETADO);
acesso a cursos, treinamentos, educação continuada, planos
III - em caso de edificação multifamiliar, garantia de de carreira, promoções, bonificações e incentivos
acessibilidade nas áreas de uso comum e nas unidades profissionais oferecidos pelo empregador, em igualdade de
habitacionais no piso térreo e de acessibilidade ou de oportunidades com os demais empregados.
adaptação razoável nos demais pisos;
§ 5º É garantida aos trabalhadores com deficiência
IV - disponibilização de equipamentos urbanos comunitários acessibilidade em cursos de formação e de capacitação.
acessíveis;
Art. 35. É finalidade primordial das políticas públicas de
V - elaboração de especificações técnicas no projeto que trabalho e emprego promover e garantir condições de
permitam a instalação de elevadores. acesso e de permanência da pessoa com deficiência no
campo de trabalho.
§ 1º O direito à prioridade, previsto no caput deste artigo,
será reconhecido à pessoa com deficiência beneficiária Parágrafo único. Os programas de estímulo ao
apenas uma vez. empreendedorismo e ao trabalho autônomo, incluídos o
cooperativismo e o associativismo, devem prever a
§ 2º Nos programas habitacionais públicos, os critérios de
participação da pessoa com deficiência e a disponibilização
financiamento devem ser compatíveis com os rendimentos
de linhas de crédito, quando necessárias.
da pessoa com deficiência ou de sua família.
SEÇÃO II
§ 3º Caso não haja pessoa com deficiência interessada nas
unidades habitacionais reservadas por força do disposto no DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL E REABILITAÇÃO
inciso I do caput deste artigo, as unidades não utilizadas PROFISSIONAL
serão disponibilizadas às demais pessoas. Art. 36. O poder público deve implementar serviços e
Art. 33. Ao poder público compete: programas completos de habilitação profissional e de
reabilitação profissional para que a pessoa com deficiência
I - adotar as providências necessárias para o cumprimento do possa ingressar, continuar ou retornar ao campo do
disposto nos arts. 31 e 32 desta Lei; e trabalho, respeitados sua livre escolha, sua vocação e seu
II - divulgar, para os agentes interessados e beneficiários, a interesse.
política habitacional prevista nas legislações federal, § 1º Equipe multidisciplinar indicará, com base em critérios
estaduais, distrital e municipais, com ênfase nos dispositivos previstos no § 1º do art. 2º desta Lei, programa de
sobre acessibilidade. habilitação ou de reabilitação que possibilite à pessoa com
CAPÍTULO VI deficiência restaurar sua capacidade e habilidade
DO DIREITO AO TRABALHO profissional ou adquirir novas capacidades e habilidades de
SEÇÃO I trabalho.
DISPOSIÇÕES GERAIS § 2º A habilitação profissional corresponde ao processo
destinado a propiciar à pessoa com deficiência aquisição de
Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de
conhecimentos, habilidades e aptidões para exercício de
sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e
profissão ou de ocupação, permitindo nível suficiente de
inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais
desenvolvimento profissional para ingresso no campo de
pessoas.
trabalho.
§ 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de
§ 3º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação
qualquer natureza são obrigadas a garantir ambientes de
profissional e de educação profissional devem ser dotados
trabalho acessíveis e inclusivos.
de recursos necessários para atender a toda pessoa com

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deficiência, independentemente de sua característica VII - possibilidade de participação de organizações da


específica, a fim de que ela possa ser capacitada para sociedade civil.
trabalho que lhe seja adequado e ter perspectivas de obtê-
Art. 38. A entidade contratada para a realização de processo
lo, de conservá-lo e de nele progredir.
seletivo público ou privado para cargo, função ou emprego
§ 4º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação está obrigada à observância do disposto nesta Lei e em
profissional e de educação profissional deverão ser outras normas de acessibilidade vigentes.
oferecidos em ambientes acessíveis e inclusivos.
CAPÍTULO VII
§ 5º A habilitação profissional e a reabilitação profissional DO DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL
devem ocorrer articuladas com as redes públicas e privadas,
especialmente de saúde, de ensino e de assistência social, Art. 39. Os serviços, os programas, os projetos e os
em todos os níveis e modalidades, em entidades de benefícios no âmbito da política pública de assistência social
formação profissional ou diretamente com o empregador. à pessoa com deficiência e sua família têm como objetivo a
garantia da segurança de renda, da acolhida, da habilitação
§ 6º A habilitação profissional pode ocorrer em empresas por e da reabilitação, do desenvolvimento da autonomia e da
meio de prévia formalização do contrato de emprego da convivência familiar e comunitária, para a promoção do
pessoa com deficiência, que será considerada para o acesso a direitos e da plena participação social.
cumprimento da reserva de vagas prevista em lei, desde que
por tempo determinado e concomitante com a inclusão § 1º A assistência social à pessoa com deficiência, nos termos
profissional na empresa, observado o disposto em do caput deste artigo, deve envolver conjunto articulado de
regulamento. serviços do âmbito da Proteção Social Básica e da Proteção
Social Especial, ofertados pelo Suas, para a garantia de
§ 7º A habilitação profissional e a reabilitação profissional seguranças fundamentais no enfrentamento de situações de
atenderão à pessoa com deficiência. vulnerabilidade e de risco, por fragilização de vínculos e
SEÇÃO III ameaça ou violação de direitos.
DA INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO § 2º Os serviços socioassistenciais destinados à pessoa com
TRABALHO deficiência em situação de dependência deverão contar com
cuidadores sociais para prestar-lhe cuidados básicos e
Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa com
instrumentais.
deficiência no trabalho a colocação competitiva, em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas, nos Art. 40. É assegurado à pessoa com deficiência que não
termos da legislação trabalhista e previdenciária, na qual possua meios para prover sua subsistência nem de tê-la
devem ser atendidas as regras de acessibilidade, o provida por sua família o benefício mensal de 1 (um) salário-
fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a mínimo, nos termos da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de
adaptação razoável no ambiente de trabalho. 1993 .
Parágrafo único. A colocação competitiva da pessoa com CAPÍTULO VIII
deficiência pode ocorrer por meio de trabalho com apoio, DO DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL
observadas as seguintes diretrizes:
Art. 41. A pessoa com deficiência segurada do Regime Geral
I - prioridade no atendimento à pessoa com deficiência com de Previdência Social (RGPS) tem direito à aposentadoria nos
maior dificuldade de inserção no campo de trabalho; termos da Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013 .
II - provisão de suportes individualizados que atendam a CAPÍTULO IX
necessidades específicas da pessoa com deficiência, DO DIREITO À CULTURA, AO ESPORTE, AO TURISMO E AO
inclusive a disponibilização de recursos de tecnologia LAZER
assistiva, de agente facilitador e de apoio no ambiente de
trabalho; Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao
esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de
III - respeito ao perfil vocacional e ao interesse da pessoa oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido
com deficiência apoiada; o acesso:
IV - oferta de aconselhamento e de apoio aos empregadores, I - a bens culturais em formato acessível;
com vistas à definição de estratégias de inclusão e de
superação de barreiras, inclusive atitudinais; II - a programas de televisão, cinema, teatro e outras
atividades culturais e desportivas em formato acessível; e
V - realização de avaliações periódicas;
III - a monumentos e locais de importância cultural e a
VI - articulação intersetorial das políticas públicas; espaços que ofereçam serviços ou eventos culturais e
esportivos.

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§ 1º É vedada a recusa de oferta de obra intelectual em § 5º Todos os espaços das edificações previstas
formato acessível à pessoa com deficiência, sob qualquer no caput deste artigo devem atender às normas de
argumento, inclusive sob a alegação de proteção dos direitos acessibilidade em vigor.
de propriedade intelectual.
§ 6º As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões,
§ 2º O poder público deve adotar soluções destinadas à recursos de acessibilidade para a pessoa com
eliminação, à redução ou à superação de barreiras para a deficiência. (Vigência)
promoção do acesso a todo patrimônio cultural, observadas
§ 7º O valor do ingresso da pessoa com deficiência não
as normas de acessibilidade, ambientais e de proteção do
poderá ser superior ao valor cobrado das demais pessoas.
patrimônio histórico e artístico nacional.
Art. 45. Os hotéis, pousadas e similares devem ser
Art. 43. O poder público deve promover a participação da
construídos observando-se os princípios do desenho
pessoa com deficiência em atividades artísticas, intelectuais,
universal, além de adotar todos os meios de acessibilidade,
culturais, esportivas e recreativas, com vistas ao seu
conforme legislação em
protagonismo, devendo:
vigor. (Vigência) (Reglamento)
I - incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de
§ 1º Os estabelecimentos já existentes deverão
recursos adequados, em igualdade de oportunidades com as
disponibilizar, pelo menos, 10% (dez por cento) de seus
demais pessoas;
dormitórios acessíveis, garantida, no mínimo, 1 (uma)
II - assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos unidade acessível.
serviços prestados por pessoa ou entidade envolvida na
§ 2º Os dormitórios mencionados no § 1º deste artigo
organização das atividades de que trata este artigo; e
deverão ser localizados em rotas acessíveis.
III - assegurar a participação da pessoa com deficiência em
CAPÍTULO X
jogos e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais
DO DIREITO AO TRANSPORTE E À MOBILIDADE
e artísticas, inclusive no sistema escolar, em igualdade de
condições com as demais pessoas. Art. 46. O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com
Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios deficiência ou com mobilidade reduzida será assegurado em
de esporte, locais de espetáculos e de conferências e igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por
similares, serão reservados espaços livres e assentos para a meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos
pessoa com deficiência, de acordo com a capacidade de e barreiras ao seu acesso.
lotação da edificação, observado o disposto em § 1º Para fins de acessibilidade aos serviços de transporte
regulamento. coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, em todas as
§ 1º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem jurisdições, consideram-se como integrantes desses serviços
ser distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa os veículos, os terminais, as estações, os pontos de parada,
visibilidade, em todos os setores, próximos aos corredores, o sistema viário e a prestação do serviço.
devidamente sinalizados, evitando-se áreas segregadas de § 2º São sujeitas ao cumprimento das disposições desta Lei,
público e obstrução das saídas, em conformidade com as sempre que houver interação com a matéria nela regulada,
normas de acessibilidade. a outorga, a concessão, a permissão, a autorização, a
§ 2º No caso de não haver comprovada procura pelos renovação ou a habilitação de linhas e de serviços de
assentos reservados, esses podem, excepcionalmente, ser transporte coletivo.
ocupados por pessoas sem deficiência ou que não tenham § 3º Para colocação do símbolo internacional de acesso nos
mobilidade reduzida, observado o disposto em regulamento. veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros
§ 3º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem dependem da certificação de acessibilidade emitida pelo
situar-se em locais que garantam a acomodação de, no gestor público responsável pela prestação do serviço.
mínimo, 1 (um) acompanhante da pessoa com deficiência ou Art. 47. Em todas as áreas de estacionamento aberto ao
com mobilidade reduzida, resguardado o direito de se público, de uso público ou privado de uso coletivo e em vias
acomodar proximamente a grupo familiar e comunitário. públicas, devem ser reservadas vagas próximas aos acessos
§ 4º Nos locais referidos no caput deste artigo, deve haver, de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para
obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas de emergência veículos que transportem pessoa com deficiência com
acessíveis, conforme padrões das normas de acessibilidade, comprometimento de mobilidade, desde que devidamente
a fim de permitir a saída segura da pessoa com deficiência identificados.
ou com mobilidade reduzida, em caso de emergência. § 1º As vagas a que se refere o caput deste artigo devem
equivaler a 2% (dois por cento) do total, garantida, no
mínimo, 1 (uma) vaga devidamente sinalizada e com as

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especificações de desenho e traçado de acordo com as cada conjunto de 20 (vinte) veículos de sua frota. (Vide
normas técnicas vigentes de acessibilidade. Decreto nº 9.762, de 2019) (Vigência)
§ 2º Os veículos estacionados nas vagas reservadas devem Parágrafo único. O veículo adaptado deverá ter, no mínimo,
exibir, em local de ampla visibilidade, a credencial de câmbio automático, direção hidráulica, vidros elétricos e
beneficiário, a ser confeccionada e fornecida pelos órgãos de comandos manuais de freio e de embreagem.
trânsito, que disciplinarão suas características e condições
TÍTULO III
de uso.
DA ACESSIBILIDADE
§ 3º A utilização indevida das vagas de que trata este artigo CAPÍTULO I
sujeita os infratores às sanções previstas no inciso XX do art. DISPOSIÇÕES GERAIS
181 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de
Trânsito Brasileiro) . (Redação dada pela Lei nº 13.281, Art. 53. A acessibilidade é direito que garante à pessoa com
de 2016) (Vigência) deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma
independente e exercer seus direitos de cidadania e de
§ 4º A credencial a que se refere o § 2º deste artigo é participação social.
vinculada à pessoa com deficiência que possui
comprometimento de mobilidade e é válida em todo o Art. 54. São sujeitas ao cumprimento das disposições desta
território nacional. Lei e de outras normas relativas à acessibilidade, sempre que
houver interação com a matéria nela regulada:
Art. 48. Os veículos de transporte coletivo terrestre,
aquaviário e aéreo, as instalações, as estações, os portos e I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbanístico ou de
os terminais em operação no País devem ser acessíveis, de comunicação e informação, a fabricação de veículos de
forma a garantir o seu uso por todas as pessoas. transporte coletivo, a prestação do respectivo serviço e a
execução de qualquer tipo de obra, quando tenham
§ 1º Os veículos e as estruturas de que trata o caput deste destinação pública ou coletiva;
artigo devem dispor de sistema de comunicação acessível
que disponibilize informações sobre todos os pontos do II - a outorga ou a renovação de concessão, permissão,
itinerário. autorização ou habilitação de qualquer natureza;

§ 2º São asseguradas à pessoa com deficiência prioridade e III - a aprovação de financiamento de projeto com utilização
segurança nos procedimentos de embarque e de de recursos públicos, por meio de renúncia ou de incentivo
desembarque nos veículos de transporte coletivo, de acordo fiscal, contrato, convênio ou instrumento congênere; e
com as normas técnicas. IV - a concessão de aval da União para obtenção de
§ 3º Para colocação do símbolo internacional de acesso nos empréstimo e de financiamento internacionais por entes
veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros públicos ou privados.
dependem da certificação de acessibilidade emitida pelo Art. 55. A concepção e a implantação de projetos que tratem
gestor público responsável pela prestação do serviço. do meio físico, de transporte, de informação e comunicação,
Art. 49. As empresas de transporte de fretamento e de inclusive de sistemas e tecnologias da informação e
turismo, na renovação de suas frotas, são obrigadas ao comunicação, e de outros serviços, equipamentos e
cumprimento do disposto nos arts. 46 e 48 desta instalações abertos ao público, de uso público ou privado de
Lei. (Vigência) uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, devem
atender aos princípios do desenho universal, tendo como
Art. 50. O poder público incentivará a fabricação de veículos referência as normas de acessibilidade.
acessíveis e a sua utilização como táxis e vans , de forma a
garantir o seu uso por todas as pessoas. § 1º O desenho universal será sempre tomado como regra
de caráter geral.
Art. 51. As frotas de empresas de táxi devem reservar 10%
(dez por cento) de seus veículos acessíveis à pessoa com § 2º Nas hipóteses em que comprovadamente o desenho
deficiência. (Vide Decreto nº 9.762, de 2019) (Vigência) universal não possa ser empreendido, deve ser adotada
adaptação razoável.
§ 1º É proibida a cobrança diferenciada de tarifas ou de
valores adicionais pelo serviço de táxi prestado à pessoa com § 3º Caberá ao poder público promover a inclusão de
deficiência. conteúdos temáticos referentes ao desenho universal nas
diretrizes curriculares da educação profissional e tecnológica
§ 2º O poder público é autorizado a instituir incentivos fiscais e do ensino superior e na formação das carreiras de Estado.
com vistas a possibilitar a acessibilidade dos veículos a que
se refere o caput deste artigo. § 4º Os programas, os projetos e as linhas de pesquisa a
serem desenvolvidos com o apoio de organismos públicos de
Art. 52. As locadoras de veículos são obrigadas a oferecer 1 auxílio à pesquisa e de agências de fomento deverão incluir
(um) veículo adaptado para uso de pessoa com deficiência, a temas voltados para o desenho universal.

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§ 5º Desde a etapa de concepção, as políticas públicas planos de preservação de sítios históricos elaborados ou
deverão considerar a adoção do desenho universal. atualizados a partir da publicação desta Lei;
Art. 56. A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança II - os códigos de obras, os códigos de postura, as leis de uso
de uso de edificações abertas ao público, de uso público ou e ocupação do solo e as leis do sistema viário;
privadas de uso coletivo deverão ser executadas de modo a
III - os estudos prévios de impacto de vizinhança;
serem acessíveis.
IV - as atividades de fiscalização e a imposição de sanções; e
§ 1º As entidades de fiscalização profissional das atividades
de Engenharia, de Arquitetura e correlatas, ao anotarem a V - a legislação referente à prevenção contra incêndio e
responsabilidade técnica de projetos, devem exigir a pânico.
responsabilidade profissional declarada de atendimento às
§ 1º A concessão e a renovação de alvará de funcionamento
regras de acessibilidade previstas em legislação e em normas
para qualquer atividade são condicionadas à observação e à
técnicas pertinentes.
certificação das regras de acessibilidade.
§ 2º Para a aprovação, o licenciamento ou a emissão de
§ 2º A emissão de carta de habite-se ou de habilitação
certificado de projeto executivo arquitetônico, urbanístico e
equivalente e sua renovação, quando esta tiver sido emitida
de instalações e equipamentos temporários ou permanentes
anteriormente às exigências de acessibilidade, é
e para o licenciamento ou a emissão de certificado de
condicionada à observação e à certificação das regras de
conclusão de obra ou de serviço, deve ser atestado o
acessibilidade.
atendimento às regras de acessibilidade.
Art. 61. A formulação, a implementação e a manutenção das
§ 3º O poder público, após certificar a acessibilidade de
ações de acessibilidade atenderão às seguintes premissas
edificação ou de serviço, determinará a colocação, em
básicas:
espaços ou em locais de ampla visibilidade, do símbolo
internacional de acesso, na forma prevista em legislação e I - eleição de prioridades, elaboração de cronograma e
em normas técnicas correlatas. reserva de recursos para implementação das ações; e
Art. 57. As edificações públicas e privadas de uso coletivo já II - planejamento contínuo e articulado entre os setores
existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com envolvidos.
deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo
Art. 62. É assegurado à pessoa com deficiência, mediante
como referência as normas de acessibilidade vigentes.
solicitação, o recebimento de contas, boletos, recibos,
Art. 58. O projeto e a construção de edificação de uso extratos e cobranças de tributos em formato acessível.
privado multifamiliar devem atender aos preceitos de
CAPÍTULO II
acessibilidade, na forma regulamentar. (Regulamento)
DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À COMUNICAÇÃO
§ 1º As construtoras e incorporadoras responsáveis pelo
projeto e pela construção das edificações a que se refere Art. 63. É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet
o caput deste artigo devem assegurar percentual mínimo de mantidos por empresas com sede ou representação
suas unidades internamente acessíveis, na forma comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da
regulamentar. pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às
informações disponíveis, conforme as melhores práticas e
§ 2º É vedada a cobrança de valores adicionais para a diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.
aquisição de unidades internamente acessíveis a que se
refere o § 1º deste artigo. § 1º Os sítios devem conter símbolo de acessibilidade em
destaque.
Art. 59. Em qualquer intervenção nas vias e nos espaços
públicos, o poder público e as empresas concessionárias § 2º Telecentros comunitários que receberem recursos
responsáveis pela execução das obras e dos serviços devem públicos federais para seu custeio ou sua instalação e lan
garantir, de forma segura, a fluidez do trânsito e a livre houses devem possuir equipamentos e instalações
circulação e acessibilidade das pessoas, durante e após sua acessíveis.
execução. § 3º Os telecentros e as lan houses de que trata o § 2º deste
Art. 60. Orientam-se, no que couber, pelas regras de artigo devem garantir, no mínimo, 10% (dez por cento) de
acessibilidade previstas em legislação e em normas técnicas, seus computadores com recursos de acessibilidade para
observado o disposto na Lei nº 10.098, de 19 de dezembro pessoa com deficiência visual, sendo assegurado pelo menos
de 2000 , nº 10.257, de 10 de julho de 2001 , e nº 12.587, de 1 (um) equipamento, quando o resultado percentual for
3 de janeiro de 2012 : inferior a 1 (um).

I - os planos diretores municipais, os planos diretores de Art. 64. A acessibilidade nos sítios da internet de que trata o
transporte e trânsito, os planos de mobilidade urbana e os art. 63 desta Lei deve ser observada para obtenção do
financiamento de que trata o inciso III do art. 54 desta Lei.
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Art. 65. As empresas prestadoras de serviços de produto ou do serviço, sem prejuízo da observância do
telecomunicações deverão garantir pleno acesso à pessoa disposto nos arts. 36 a 38 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro
com deficiência, conforme regulamentação específica. de 1990 .
Art. 66. Cabe ao poder público incentivar a oferta de § 2º Os fornecedores devem disponibilizar, mediante
aparelhos de telefonia fixa e móvel celular com solicitação, exemplares de bulas, prospectos, textos ou
acessibilidade que, entre outras tecnologias assistivas, qualquer outro tipo de material de divulgação em formato
possuam possibilidade de indicação e de ampliação sonoras acessível.
de todas as operações e funções disponíveis.
Art. 70. As instituições promotoras de congressos,
Art. 67. Os serviços de radiodifusão de sons e imagens devem seminários, oficinas e demais eventos de natureza científico-
permitir o uso dos seguintes recursos, entre outros: cultural devem oferecer à pessoa com deficiência, no
mínimo, os recursos de tecnologia assistiva previstos no art.
I - subtitulação por meio de legenda oculta;
67 desta Lei.
II - janela com intérprete da Libras;
Art. 71. Os congressos, os seminários, as oficinas e os demais
III - audiodescrição. eventos de natureza científico-cultural promovidos ou
financiados pelo poder público devem garantir as condições
Art. 68. O poder público deve adotar mecanismos de
de acessibilidade e os recursos de tecnologia assistiva.
incentivo à produção, à edição, à difusão, à distribuição e à
comercialização de livros em formatos acessíveis, inclusive Art. 72. Os programas, as linhas de pesquisa e os projetos a
em publicações da administração pública ou financiadas com serem desenvolvidos com o apoio de agências de
recursos públicos, com vistas a garantir à pessoa com financiamento e de órgãos e entidades integrantes da
deficiência o direito de acesso à leitura, à informação e à administração pública que atuem no auxílio à pesquisa
comunicação. devem contemplar temas voltados à tecnologia assistiva.
§ 1º Nos editais de compras de livros, inclusive para o Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente ou em
abastecimento ou a atualização de acervos de bibliotecas em parceria com organizações da sociedade civil, promover a
todos os níveis e modalidades de educação e de bibliotecas capacitação de tradutores e intérpretes da Libras, de guias
públicas, o poder público deverá adotar cláusulas de intérpretes e de profissionais habilitados em Braille,
impedimento à participação de editoras que não ofertem audiodescrição, estenotipia e legendagem.
sua produção também em formatos acessíveis.
CAPÍTULO III
§ 2º Consideram-se formatos acessíveis os arquivos digitais DA TECNOLOGIA ASSISTIVA
que possam ser reconhecidos e acessados
por softwares leitores de telas ou outras tecnologias Art. 74. É garantido à pessoa com deficiência acesso a
assistivas que vierem a substituí-los, permitindo leitura com produtos, recursos, estratégias, práticas, processos,
voz sintetizada, ampliação de caracteres, diferentes métodos e serviços de tecnologia assistiva que maximizem
contrastes e impressão em Braille. sua autonomia, mobilidade pessoal e qualidade de vida.

§ 3º O poder público deve estimular e apoiar a adaptação e Art. 75. O poder público desenvolverá plano específico de
a produção de artigos científicos em formato acessível, medidas, a ser renovado em cada período de 4 (quatro) anos,
inclusive em Libras. com a finalidade de:

Art. 69. O poder público deve assegurar a disponibilidade de I - facilitar o acesso a crédito especializado, inclusive com
informações corretas e claras sobre os diferentes produtos e oferta de linhas de crédito subsidiadas, específicas para
serviços ofertados, por quaisquer meios de comunicação aquisição de tecnologia assistiva;
empregados, inclusive em ambiente virtual, contendo a II - agilizar, simplificar e priorizar procedimentos de
especificação correta de quantidade, qualidade, importação de tecnologia assistiva, especialmente as
características, composição e preço, bem como sobre os questões atinentes a procedimentos alfandegários e
eventuais riscos à saúde e à segurança do consumidor com sanitários;
deficiência, em caso de sua utilização, aplicando-se, no que
couber, os arts. 30 a 41 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro III - criar mecanismos de fomento à pesquisa e à produção
de 1990 . nacional de tecnologia assistiva, inclusive por meio de
concessão de linhas de crédito subsidiado e de parcerias com
§ 1º Os canais de comercialização virtual e os anúncios institutos de pesquisa oficiais;
publicitários veiculados na imprensa escrita, na internet, no
rádio, na televisão e nos demais veículos de comunicação IV - eliminar ou reduzir a tributação da cadeia produtiva e de
abertos ou por assinatura devem disponibilizar, conforme a importação de tecnologia assistiva;
compatibilidade do meio, os recursos de acessibilidade de V - facilitar e agilizar o processo de inclusão de novos
que trata o art. 67 desta Lei, a expensas do fornecedor do recursos de tecnologia assistiva no rol de produtos

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distribuídos no âmbito do SUS e por outros órgãos § 1º O fomento pelo poder público deve priorizar a geração
governamentais. de conhecimentos e técnicas que visem à prevenção e ao
tratamento de deficiências e ao desenvolvimento de
Parágrafo único. Para fazer cumprir o disposto neste artigo,
tecnologias assistiva e social.
os procedimentos constantes do plano específico de
medidas deverão ser avaliados, pelo menos, a cada 2 (dois) § 2º A acessibilidade e as tecnologias assistiva e social devem
anos. ser fomentadas mediante a criação de cursos de pós-
graduação, a formação de recursos humanos e a inclusão do
CAPÍTULO IV
tema nas diretrizes de áreas do conhecimento.
DO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E
POLÍTICA § 3º Deve ser fomentada a capacitação tecnológica de
instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de
Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com tecnologias assistiva e social que sejam voltadas para
deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de melhoria da funcionalidade e da participação social da
exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoa com deficiência.
pessoas.
§ 4º As medidas previstas neste artigo devem ser reavaliadas
§ 1º À pessoa com deficiência será assegurado o direito de periodicamente pelo poder público, com vistas ao seu
votar e de ser votada, inclusive por meio das seguintes ações: aperfeiçoamento.
I - garantia de que os procedimentos, as instalações, os Art. 78. Devem ser estimulados a pesquisa, o
materiais e os equipamentos para votação sejam desenvolvimento, a inovação e a difusão de tecnologias
apropriados, acessíveis a todas as pessoas e de fácil voltadas para ampliar o acesso da pessoa com deficiência às
compreensão e uso, sendo vedada a instalação de seções tecnologias da informação e comunicação e às tecnologias
eleitorais exclusivas para a pessoa com deficiência; sociais.
II - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a Parágrafo único. Serão estimulados, em especial:
desempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis
de governo, inclusive por meio do uso de novas tecnologias I - o emprego de tecnologias da informação e comunicação
assistivas, quando apropriado; como instrumento de superação de limitações funcionais e
de barreiras à comunicação, à informação, à educação e ao
III - garantia de que os pronunciamentos oficiais, a entretenimento da pessoa com deficiência;
propaganda eleitoral obrigatória e os debates transmitidos
pelas emissoras de televisão possuam, pelo menos, os II - a adoção de soluções e a difusão de normas que visem a
recursos elencados no art. 67 desta Lei; ampliar a acessibilidade da pessoa com deficiência à
computação e aos sítios da internet, em especial aos serviços
IV - garantia do livre exercício do direito ao voto e, para de governo eletrônico.
tanto, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para
que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por LIVRO II
pessoa de sua escolha. PARTE ESPECIAL
TÍTULO I
§ 2º O poder público promoverá a participação da pessoa
DO ACESSO À JUSTIÇA
com deficiência, inclusive quando institucionalizada, na
CAPÍTULO I
condução das questões públicas, sem discriminação e em
igualdade de oportunidades, observado o seguinte: DISPOSIÇÕES GERAIS

I - participação em organizações não governamentais Art. 79. O poder público deve assegurar o acesso da pessoa
relacionadas à vida pública e à política do País e em com deficiência à justiça, em igualdade de oportunidades
atividades e administração de partidos políticos; com as demais pessoas, garantindo, sempre que requeridos,
adaptações e recursos de tecnologia assistiva.
II - formação de organizações para representar a pessoa com
deficiência em todos os níveis; § 1º A fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência
em todo o processo judicial, o poder público deve capacitar
III - participação da pessoa com deficiência em organizações os membros e os servidores que atuam no Poder Judiciário,
que a representem. no Ministério Público, na Defensoria Pública, nos órgãos de
TÍTULO IV segurança pública e no sistema penitenciário quanto aos
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA direitos da pessoa com deficiência.

Art. 77. O poder público deve fomentar o desenvolvimento § 2º Devem ser assegurados à pessoa com deficiência
científico, a pesquisa e a inovação e a capacitação submetida a medida restritiva de liberdade todos os direitos
tecnológicas, voltados à melhoria da qualidade de vida e ao e garantias a que fazem jus os apenados sem deficiência,
trabalho da pessoa com deficiência e sua inclusão social. garantida a acessibilidade.

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§ 3º A Defensoria Pública e o Ministério Público tomarão as tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou comunitária
medidas necessárias à garantia dos direitos previstos nesta com o curatelado.
Lei.
Art. 86. Para emissão de documentos oficiais, não será
Art. 80. Devem ser oferecidos todos os recursos de exigida a situação de curatela da pessoa com deficiência.
tecnologia assistiva disponíveis para que a pessoa com
Art. 87. Em casos de relevância e urgência e a fim de proteger
deficiência tenha garantido o acesso à justiça, sempre que
os interesses da pessoa com deficiência em situação de
figure em um dos polos da ação ou atue como testemunha,
curatela, será lícito ao juiz, ouvido o Ministério Público, de
partícipe da lide posta em juízo, advogado, defensor público,
oficio ou a requerimento do interessado, nomear, desde
magistrado ou membro do Ministério Público.
logo, curador provisório, o qual estará sujeito, no que
Parágrafo único. A pessoa com deficiência tem garantido o couber, às disposições do Código de Processo Civil .
acesso ao conteúdo de todos os atos processuais de seu
TÍTULO II
interesse, inclusive no exercício da advocacia.
DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 81. Os direitos da pessoa com deficiência serão
garantidos por ocasião da aplicação de sanções penais. Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa
em razão de sua deficiência:
Art. 82. (VETADO).
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Art. 83. Os serviços notariais e de registro não podem negar
ou criar óbices ou condições diferenciadas à prestação de § 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima
seus serviços em razão de deficiência do solicitante, devendo encontrar-se sob cuidado e responsabilidade do agente.
reconhecer sua capacidade legal plena, garantida a § 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo
acessibilidade. é cometido por intermédio de meios de comunicação social
Parágrafo único. O descumprimento do disposto ou de publicação de qualquer natureza:
no caput deste artigo constitui discriminação em razão de Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
deficiência.
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz poderá
CAPÍTULO II determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste,
DO RECONHECIMENTO IGUAL PERANTE A LEI ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito I - recolhimento ou busca e apreensão dos exemplares do
ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de material discriminatório;
condições com as demais pessoas.
II - interdição das respectivas mensagens ou páginas de
§ 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será informação na internet.
submetida à curatela, conforme a lei.
§ 4º Na hipótese do § 2º deste artigo, constitui efeito da
§ 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a
processo de tomada de decisão apoiada. destruição do material apreendido.
§ 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão,
constitui medida protetiva extraordinária, proporcional às benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de
necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o pessoa com deficiência:
menor tempo possível.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 4º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente,
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o
contas de sua administração ao juiz, apresentando o balanço
crime é cometido:
do respectivo ano.
I - por tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante,
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados
testamenteiro ou depositário judicial; ou
aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
II - por aquele que se apropriou em razão de ofício ou de
§ 1º A definição da curatela não alcança o direito ao próprio
profissão.
corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à
educação, à saúde, ao trabalho e ao voto. Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em hospitais,
casas de saúde, entidades de abrigamento ou congêneres:
§ 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo
constar da sentença as razões e motivações de sua definição, Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
preservados os interesses do curatelado.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não prover
§ 3º No caso de pessoa em situação de institucionalização, as necessidades básicas de pessoa com deficiência quando
ao nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que obrigado por lei ou mandado.
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Art. 91. Reter ou utilizar cartão magnético, qualquer meio cumprimento da legislação relativa à pessoa com deficiência
eletrônico ou documento de pessoa com deficiência e das normas de acessibilidade vigentes.
destinados ao recebimento de benefícios, proventos,
Art. 94. Terá direito a auxílio-inclusão, nos termos da lei, a
pensões ou remuneração ou à realização de operações
pessoa com deficiência moderada ou grave que:
financeiras, com o fim de obter vantagem indevida para si ou
para outrem: I - receba o benefício de prestação continuada previsto
no art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 , e que
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
passe a exercer atividade remunerada que a enquadre como
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o segurado obrigatório do RGPS;
crime é cometido por tutor ou curador.
II - tenha recebido, nos últimos 5 (cinco) anos, o benefício de
TÍTULO III prestação continuada previsto no art. 20 da Lei nº 8.742, de
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 7 de dezembro de 1993 , e que exerça atividade remunerada
que a enquadre como segurado obrigatório do RGPS.
Art. 92. É criado o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro público Art. 95. É vedado exigir o comparecimento de pessoa com
eletrônico com a finalidade de coletar, processar, deficiência perante os órgãos públicos quando seu
sistematizar e disseminar informações georreferenciadas deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de
que permitam a identificação e a caracterização condições de acessibilidade, imponha-lhe ônus
socioeconômica da pessoa com deficiência, bem como das desproporcional e indevido, hipótese na qual serão
barreiras que impedem a realização de seus direitos. observados os seguintes procedimentos:

§ 1º O Cadastro-Inclusão será administrado pelo Poder I - quando for de interesse do poder público, o agente
Executivo federal e constituído por base de dados, promoverá o contato necessário com a pessoa com
instrumentos, procedimentos e sistemas eletrônicos. deficiência em sua residência;

§ 2º Os dados constituintes do Cadastro-Inclusão serão II - quando for de interesse da pessoa com deficiência, ela
obtidos pela integração dos sistemas de informação e da apresentará solicitação de atendimento domiciliar ou fará
base de dados de todas as políticas públicas relacionadas aos representar-se por procurador constituído para essa
direitos da pessoa com deficiência, bem como por finalidade.
informações coletadas, inclusive em censos nacionais e nas Parágrafo único. É assegurado à pessoa com deficiência
demais pesquisas realizadas no País, de acordo com os atendimento domiciliar pela perícia médica e social do
parâmetros estabelecidos pela Convenção sobre os Direitos Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo serviço
das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo. público de saúde ou pelo serviço privado de saúde,
§ 3º Para coleta, transmissão e sistematização de dados, é contratado ou conveniado, que integre o SUS e pelas
facultada a celebração de convênios, acordos, termos de entidades da rede socioassistencial integrantes do Suas,
parceria ou contratos com instituições públicas e privadas, quando seu deslocamento, em razão de sua limitação
observados os requisitos e procedimentos previstos em funcional e de condições de acessibilidade, imponha-lhe
legislação específica. ônus desproporcional e indevido.

§ 4º Para assegurar a confidencialidade, a privacidade e as Art. 96. O § 6º -A do art. 135 da Lei nº 4.737, de 15 de julho
liberdades fundamentais da pessoa com deficiência e os de 1965 (Código Eleitoral) , passa a vigorar com a seguinte
princípios éticos que regem a utilização de informações, redação:
devem ser observadas as salvaguardas estabelecidas em lei. “Art. 135.
§ 5º Os dados do Cadastro-Inclusão somente poderão ser § 6º -A. Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada
utilizados para as seguintes finalidades: eleição, expedir instruções aos Juízes Eleitorais para orientá-
I - formulação, gestão, monitoramento e avaliação das los na escolha dos locais de votação, de maneira a garantir
políticas públicas para a pessoa com deficiência e para acessibilidade para o eleitor com deficiência ou com
identificar as barreiras que impedem a realização de seus mobilidade reduzida, inclusive em seu entorno e nos
direitos; sistemas de transporte que lhe dão acesso.

II - realização de estudos e pesquisas. .” (NR)

§ 6º As informações a que se refere este artigo devem ser Art. 97. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
disseminadas em formatos acessíveis. pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 , passa a
vigorar com as seguintes alterações:
Art. 93. Na realização de inspeções e de auditorias pelos
órgãos de controle interno e externo, deve ser observado o “Art. 428.

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§ 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a § 1º Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência
comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em 1/3 (um
deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências terço).
relacionadas com a profissionalização.
§ 2º A pena pela adoção deliberada de critérios subjetivos
§ 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos para indeferimento de inscrição, de aprovação e de
ou mais, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe cumprimento de estágio probatório em concursos públicos
anotação na CTPS e matrícula e frequência em programa de não exclui a responsabilidade patrimonial pessoal do
aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade administrador público pelos danos causados.
qualificada em formação técnico-profissional metódica.”
§ 3º Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta o
(NR)
ingresso de pessoa com deficiência em planos privados de
“Art. 433. assistência à saúde, inclusive com cobrança de valores
diferenciados.
I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz,
salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de § 4º Se o crime for praticado em atendimento de urgência e
recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de emergência, a pena é agravada em 1/3 (um terço).” (NR)
apoio necessário ao desempenho de suas atividades;
Art. 99. O art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990 ,
.” (NR) passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XVIII:
Art. 98. A Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989 , passa a “Art. 20.
vigorar com as seguintes alterações:
XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição,
“Art. 3º As medidas judiciais destinadas à proteção de necessite adquirir órtese ou prótese para promoção de
interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e acessibilidade e de inclusão social.
individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão
.” (NR)
ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria
Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Art. 100. A Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código
Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 de Defesa do Consumidor) , passa a vigorar com as seguintes
(um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa alterações:
pública e por fundação ou sociedade de economia mista que
“Art. 6º
inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos
interesses e a promoção de direitos da pessoa com Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III
deficiência. do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com
deficiência, observado o disposto em regulamento.” (NR)
.” (NR)
“Art. 43.
“Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5
(cinco) anos e multa: § 6º Todas as informações de que trata o caput deste artigo
devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender,
para a pessoa com deficiência, mediante solicitação do
procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em
consumidor.” (NR)
estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau,
público ou privado, em razão de sua deficiência; Art. 101. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 , passa a
vigorar com as seguintes alterações:
II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém
a qualquer cargo ou emprego público, em razão de sua “Art. 16.
deficiência;
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e
pessoa em razão de sua deficiência; um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de
prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial à III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor
pessoa com deficiência; de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave;
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de
ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei; .” (NR)
VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis “Art. 77.
à propositura da ação civil pública objeto desta Lei, quando
§ 2º
requisitados.

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II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de
ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte acessibilidade previstos na legislação.” (NR)
e um) anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência
Art. 104. A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 , passa a
intelectual ou mental ou deficiência grave;
vigorar com as seguintes alterações:
§ 4º (VETADO).
“Art. 3º
.” (NR)
§ 2º
“Art. 93. (VETADO):
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem
I - (VETADO); cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para
pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
II - (VETADO);
Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na
III - (VETADO); legislação.
IV - (VETADO); § 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida
margem de preferência para:
V - (VETADO).
I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que
§ 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário
atendam a normas técnicas brasileiras; e
reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por
prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas
imotivada em contrato por prazo indeterminado somente que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista
poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da
com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade
Social. previstas na legislação.
§ 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe .” (NR)
estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar
“Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2º e
dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas
no inciso II do § 5º do art. 3º desta Lei deverão cumprir,
preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários
durante todo o período de execução do contrato, a reserva
reabilitados da Previdência Social, fornecendo-os, quando
de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou
solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos
para reabilitado da Previdência Social, bem como as regras
empregados ou aos cidadãos interessados.
de acessibilidade previstas na legislação.
§ 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a
Parágrafo único. Cabe à administração fiscalizar o
contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o
cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e
aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação das
nos ambientes de trabalho.”
Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1º de maio de 1943. Art. 105. O art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de
1993 , passa a vigorar com as seguintes alterações:
§ 4º (VETADO).” (NR)
“Art. 20.
“Art. 110-A. No ato de requerimento de benefícios
operacionalizados pelo INSS, não será exigida apresentação § 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação
de termo de curatela de titular ou de beneficiário com continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que
deficiência, observados os procedimentos a serem tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
estabelecidos em regulamento.” intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva
Art. 102. O art. 2º da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de
na sociedade em igualdade de condições com as demais
1991 , passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º :
pessoas.
“Art. 2º
§ 9º Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado
§ 3º Os incentivos criados por esta Lei somente serão e de aprendizagem não serão computados para os fins de
concedidos a projetos culturais que forem disponibilizados, cálculo da renda familiar per capita a que se refere o § 3º
sempre que tecnicamente possível, também em formato deste artigo.
acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em
§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste
regulamento.” (NR)
artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios
Art. 103. O art. 11 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 , da condição de miserabilidade do grupo familiar e da
passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IX: situação de vulnerabilidade, conforme regulamento.” (NR)
“Art. 11. Art. 106. (VETADO).

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Art. 107. A Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995 , passa a § 1º O material didático audiovisual utilizado em aulas
vigorar com as seguintes alterações: teóricas dos cursos que precedem os exames previstos no
art. 147 desta Lei deve ser acessível, por meio de
“Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática
subtitulação com legenda oculta associada à tradução
discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de
simultânea em Libras.
trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo,
origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, § 2º É assegurado também ao candidato com deficiência
reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas, auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de
nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas
adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7º da práticas e teóricas.”
Constituição Federal. ” (NR)
“Art. 154. (VETADO).”
“Art. 3º Sem prejuízo do prescrito no art. 2º desta Lei e nos
“Art. 181.
dispositivos legais que tipificam os crimes resultantes de
preconceito de etnia, raça, cor ou deficiência, as infrações ao XVII - .
disposto nesta Lei são passíveis das seguintes cominações:
Infração - grave;
.” (NR)
.” (NR)
“Art. 4º .
Art. 110. O inciso VI e o § 1º do art. 56 da Lei nº 9.615, de 24
I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o de março de 1998 , passam a vigorar com a seguinte
período de afastamento, mediante pagamento das redação:
remunerações devidas, corrigidas monetariamente e
“Art. 56.
acrescidas de juros legais;
VI - 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento) da
.” (NR)
arrecadação bruta dos concursos de prognósticos e loterias
Art. 108. O art. 35 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de federais e similares cuja realização estiver sujeita a
1995 , passa a vigorar acrescido do seguinte § 5º : autorização federal, deduzindo-se esse valor do montante
destinado aos prêmios;
“Art. 35.
§ 1º Do total de recursos financeiros resultantes do
§ 5º Sem prejuízo do disposto no inciso IX do parágrafo único
percentual de que trata o inciso VI do caput , 62,96%
do art. 3º da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 , a
(sessenta e dois inteiros e noventa e seis centésimos por
pessoa com deficiência, ou o contribuinte que tenha
cento) serão destinados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
dependente nessa condição, tem preferência na restituição
e 37,04% (trinta e sete inteiros e quatro centésimos por
referida no inciso III do art. 4º e na alínea “c” do inciso II do
cento) ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), devendo ser
art. 8º .” (NR)
observado, em ambos os casos, o conjunto de normas
Art. 109. A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código aplicáveis à celebração de convênios pela União.
de Trânsito Brasileiro) , passa a vigorar com as seguintes
.” (NR)
alterações:
Art. 111. O art. 1º da Lei nº 10.048, de 8 de novembro de
“Art. 2º
2000 , passa a vigorar com a seguinte redação:
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são
“Art. 1º As pessoas com deficiência, os idosos com idade
consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação
igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as
pública, as vias internas pertencentes aos condomínios
lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão
constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de
atendimento prioritário, nos termos desta Lei.” (NR)
estacionamento de estabelecimentos privados de uso
coletivo.” (NR) Art. 112. A Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 , passa
a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de
que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser “Art. 2º
sinalizadas com as respectivas placas indicativas de
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para
destinação e com placas informando os dados sobre a
utilização, com segurança e autonomia, de espaços,
infração por estacionamento indevido.”
mobiliários, equipamentos urbanos, edificações,
“Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é transportes, informação e comunicação, inclusive seus
assegurada acessibilidade de comunicação, mediante sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e
emprego de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em instalações abertos ao público, de uso público ou privados de
todas as etapas do processo de habilitação. uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida;

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II - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando
comportamento que limite ou impeça a participação social à sua autonomia, independência, qualidade de vida e
da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus inclusão social;
direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de
IX - comunicação: forma de interação dos cidadãos que
expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à
abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua
compreensão, à circulação com segurança, entre outros,
Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille,
classificadas em:
o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim
públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo; como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas
auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios
e formatos aumentativos e alternativos de comunicação,
públicos e privados;
incluindo as tecnologias da informação e das comunicações;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e
X - desenho universal: concepção de produtos, ambientes,
meios de transportes;
programas e serviços a serem usados por todas as pessoas,
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer sem necessidade de adaptação ou de projeto específico,
entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte incluindo os recursos de tecnologia assistiva.” (NR)
ou impossibilite a expressão ou o recebimento de
“Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas,
mensagens e de informações por intermédio de sistemas de
dos parques e dos demais espaços de uso público deverão
comunicação e de tecnologia da informação;
ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis
III - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de para todas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiência
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou ou com mobilidade reduzida.
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
Parágrafo único. O passeio público, elemento obrigatório de
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade
urbanização e parte da via pública, normalmente segregado
em igualdade de condições com as demais pessoas;
e em nível diferente, destina-se somente à circulação de
IV - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário
qualquer motivo, dificuldade de movimentação, urbano e de vegetação.” (NR)
permanente ou temporária, gerando redução efetiva da
“Art. 9º
mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da
percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com Parágrafo único. Os semáforos para pedestres instalados em
criança de colo e obeso; vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso aos
serviços de reabilitação, devem obrigatoriamente estar
V - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com
equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave
deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de
para orientação do pedestre.” (NR)
atendente pessoal;
“Art. 10-A. A instalação de qualquer mobiliário urbano em
VI - elemento de urbanização: quaisquer componentes de
área de circulação comum para pedestre que ofereça risco
obras de urbanização, tais como os referentes a
de acidente à pessoa com deficiência deverá ser indicada
pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos,
mediante sinalização tátil de alerta no piso, de acordo com
distribuição de energia elétrica e de gás, iluminação pública,
as normas técnicas pertinentes.”
serviços de comunicação, abastecimento e distribuição de
água, paisagismo e os que materializam as indicações do “Art. 12-A. Os centros comerciais e os estabelecimentos
planejamento urbanístico; congêneres devem fornecer carros e cadeiras de rodas,
motorizados ou não, para o atendimento da pessoa com
VII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas
deficiência ou com mobilidade reduzida.”
vias e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos
elementos de urbanização ou de edificação, de forma que Art. 113. A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da
sua modificação ou seu traslado não provoque alterações Cidade) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
substanciais nesses elementos, tais como semáforos, postes
“Art. 3º
de sinalização e similares, terminais e pontos de acesso
coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, III - promover, por iniciativa própria e em conjunto com os
toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de Estados, o Distrito Federal e os Municípios, programas de
natureza análoga; construção de moradias e melhoria das condições
habitacionais, de saneamento básico, das calçadas, dos
VIII - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos,
passeios públicos, do mobiliário urbano e dos demais
equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias,
espaços de uso público;
estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da
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IV - instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, “Art. 1.550.


inclusive habitação, saneamento básico, transporte e
§ 1º .
mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos
locais de uso público; § 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade
núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade
.” (NR)
diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.”
“Art. 41. (NR)
§ 3º As cidades de que trata o caput deste artigo devem “Art. 1.557.
elaborar plano de rotas acessíveis, compatível com o plano
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico
diretor no qual está inserido, que disponha sobre os passeios
irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia
públicos a serem implantados ou reformados pelo poder
grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de
público, com vistas a garantir acessibilidade da pessoa com
pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua
deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e
descendência;
vias existentes, inclusive as que concentrem os focos
geradores de maior circulação de pedestres, como os órgãos IV - (Revogado).” (NR)
públicos e os locais de prestação de serviços públicos e
“Art. 1.767.
privados de saúde, educação, assistência social, esporte,
cultura, correios e telégrafos, bancos, entre outros, sempre I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
que possível de maneira integrada com os sistemas de puderem exprimir sua vontade;
transporte coletivo de passageiros.” (NR)
II - (Revogado);
Art. 114. A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
Civil) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
IV - (Revogado);
“Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 .” (NR)
(dezesseis) anos.
“Art. 1.768. O processo que define os termos da curatela
I - (Revogado); deve ser promovido:
II - (Revogado); IV - pela própria pessoa.” (NR)
III - (Revogado).” (NR) “Art. 1.769 . O Ministério Público somente promoverá o
processo que define os termos da curatela:
“Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à
maneira de os exercer: I - nos casos de deficiência mental ou intelectual;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III - se, existindo, forem menores ou incapazes as pessoas
mencionadas no inciso II.” (NR)
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
puderem exprimir sua vontade; “Art. 1.771. Antes de se pronunciar acerca dos termos da
curatela, o juiz, que deverá ser assistido por equipe
Parágrafo único . A capacidade dos indígenas será regulada
multidisciplinar, entrevistará pessoalmente o interditando.”
por legislação especial.” (NR)
(NR)
“Art. 228.
“Art. 1.772. O juiz determinará, segundo as potencialidades
II - (Revogado); da pessoa, os limites da curatela, circunscritos às restrições
constantes do art. 1.782, e indicará curador.
III - (Revogado);
Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz levará em
§ 1º .
conta a vontade e as preferências do interditando, a
§ 2º A pessoa com deficiência poderá testemunhar em ausência de conflito de interesses e de influência indevida, a
igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe proporcionalidade e a adequação às circunstâncias da
assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva.” (NR) pessoa.” (NR)
“Art. 1.518 . Até a celebração do casamento podem os pais “Art. 1.775-A . Na nomeação de curador para a pessoa com
ou tutores revogar a autorização.” (NR) deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada
a mais de uma pessoa.”
“Art. 1.548.
“Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I do art. 1.767
I - (Revogado);
receberão todo o apoio necessário para ter preservado o
.” (NR) direito à convivência familiar e comunitária, sendo evitado o

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seu recolhimento em estabelecimento que os afaste desse § 8º Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e
convívio.” (NR) nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se for de seu interesse,
outra pessoa para prestação de apoio.
Art. 115. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a § 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o
vigorar com a seguinte redação: término de acordo firmado em processo de tomada de
decisão apoiada.
“TÍTULO IV
DA TUTELA, DA CURATELA E DA TOMADA DE DECISÃO § 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua
APOIADA” participação do processo de tomada de decisão apoiada,
sendo seu desligamento condicionado à manifestação do juiz
Art. 116. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da Lei nº sobre a matéria.
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a
vigorar acrescido do seguinte Capítulo III: § 11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que
couber, as disposições referentes à prestação de contas na
“CAPÍTULO III curatela.”
DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA
Art. 117. O art. 1º da Lei nº 11.126, de 27 de junho de 2005 ,
Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo passa a vigorar com a seguinte redação:
qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas)
pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que “Art. 1º É assegurado à pessoa com deficiência visual
gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de
de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os permanecer com o animal em todos os meios de transporte
elementos e informações necessários para que possa e em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e
exercer sua capacidade. privados de uso coletivo, desde que observadas as condições
impostas por esta Lei.
§ 1º Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a
pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar § 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as
termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e modalidades e jurisdições do serviço de transporte coletivo
os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de de passageiros, inclusive em esfera internacional com
vigência do acordo e o respeito à vontade, aos direitos e aos origem no território brasileiro.” (NR)
interesses da pessoa que devem apoiar. Art. 118. O inciso IV do art. 46 da Lei nº 11.904, de 14 de
§ 2º O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido janeiro de 2009 , passa a vigorar acrescido da seguinte alínea
pela pessoa a ser apoiada, com indicação expressa das “k”:
pessoas aptas a prestarem o apoio previsto no caput deste “Art. 46.
artigo.
IV -
§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de
k) de acessibilidade a todas as pessoas.
decisão apoiada, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar,
após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o .” (NR)
requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio.
Art. 119. A Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 , passa a
§ 4º A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e vigorar acrescida do seguinte art. 12-B:
efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja
“Art. 12-B. Na outorga de exploração de serviço de táxi,
inserida nos limites do apoio acordado.
reservar-se-ão 10% (dez por cento) das vagas para
§ 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação condutores com deficiência.
negocial pode solicitar que os apoiadores contra-assinem o
§ 1º Para concorrer às vagas reservadas na forma
contrato ou acordo, especificando, por escrito, sua função
do caput deste artigo, o condutor com deficiência deverá
em relação ao apoiado.
observar os seguintes requisitos quanto ao veículo utilizado:
§ 6º Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou
I - ser de sua propriedade e por ele conduzido; e
prejuízo relevante, havendo divergência de opiniões entre a
pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o II - estar adaptado às suas necessidades, nos termos da
Ministério Público, decidir sobre a questão. legislação vigente.
§ 7º Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão § 2º No caso de não preenchimento das vagas na forma
indevida ou não adimplir as obrigações assumidas, poderá a estabelecida no caput deste artigo, as remanescentes
pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao devem ser disponibilizadas para os demais concorrentes.”
Ministério Público ou ao juiz.
Art. 120. Cabe aos órgãos competentes, em cada esfera de
governo, a elaboração de relatórios circunstanciados sobre o

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cumprimento dos prazos estabelecidos por força das Leis nº IV - art. 49 , 48 (quarenta e oito) meses.
10.048, de 8 de novembro de 2000 , e nº 10.098, de 19 de
Art. 126. Prorroga-se até 31 de dezembro de 2021 a vigência
dezembro de 2000 , bem como o seu encaminhamento ao
da Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995 .
Ministério Público e aos órgãos de regulação para adoção
das providências cabíveis. Art. 127. Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento
e oitenta) dias de sua publicação oficial .
Parágrafo único. Os relatórios a que se refere o caput deste
artigo deverão ser apresentados no prazo de 1 (um) ano a Brasília, 6 de julho de 2015; 194º da Independência e 127º
contar da entrada em vigor desta Lei. da República.
Art. 121. Os direitos, os prazos e as obrigações previstos DILMA ROUSSEF
nesta Lei não excluem os já estabelecidos em outras Marivaldo de Castro Pereira
legislações, inclusive em pactos, tratados, convenções e Joaquim Vieira Ferreira Levy
declarações internacionais aprovados e promulgados pelo Renato Janine Ribeiro
Congresso Nacional, e devem ser aplicados em Armando Monteiro
conformidade com as demais normas internas e acordos Nelson Barbosa
internacionais vinculantes sobre a matéria. Gilberto Kassab
Luis Inácio Lucena Adams
Parágrafo único. Prevalecerá a norma mais benéfica à pessoa
Gilberto José Spier Vargas
com deficiência.
Guilherme Afif Domingos
Art. 122. Regulamento disporá sobre a adequação do
disposto nesta Lei ao tratamento diferenciado, simplificado Lei nº 10.671/2003
e favorecido a ser dispensado às microempresas e às
empresas de pequeno porte, previsto no § 3º do art. 1º da Dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor e dá outras
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 . providências.
Art. 123. Revogam-se os seguintes dispositivos: (Vigência) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
I - o inciso II do § 2º do art. 1º da Lei nº 9.008, de 21 de março Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
de 1995 ; CAPÍTULO I
II - os incisos I, II e III do art. 3º da Lei nº 10.406, de 10 de DISPOSIÇÕES GERAIS
janeiro de 2002 (Código Civil); Art. 1o Este Estatuto estabelece normas de proteção e defesa
III - os incisos II e III do art. 228 da Lei nº 10.406, de 10 de do torcedor.
janeiro de 2002 (Código Civil); Art. 1o-A. A prevenção da violência nos esportes é de
IV - o inciso I do art. 1.548 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro responsabilidade do poder público, das confederações,
de 2002 (Código Civil); federações, ligas, clubes, associações ou entidades
esportivas, entidades recreativas e associações de
V - o inciso IV do art. 1.557 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
torcedores, inclusive de seus respectivos dirigentes, bem
de 2002 (Código Civil); como daqueles que, de qualquer forma, promovem,
VI - os incisos II e IV do art. 1.767 da Lei nº 10.406, de 10 de organizam, coordenam ou participam dos eventos
janeiro de 2002 (Código Civil); esportivos. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
VII - os arts. 1.776 e 1.780 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro Art. 2o Torcedor é toda pessoa que aprecie, apóie ou se
de 2002 (Código Civil). associe a qualquer entidade de prática desportiva do País e
acompanhe a prática de determinada modalidade esportiva.
Art. 124. O § 1º do art. 2º desta Lei deverá entrar em vigor
em até 2 (dois) anos, contados da entrada em vigor desta Lei. Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se a
apreciação, o apoio ou o acompanhamento de que trata
Art. 125. Devem ser observados os prazos a seguir
o caput deste artigo.
discriminados, a partir da entrada em vigor desta Lei, para o
cumprimento dos seguintes dispositivos: Art. 2o-A. Considera-se torcida organizada, para os efeitos
desta Lei, a pessoa jurídica de direito privado ou existente de
I - incisos I e II do § 2º do art. 28 , 48 (quarenta e oito) meses;
fato, que se organize para o fim de torcer e apoiar entidade
II - § 6º do art. 44 , 48 (quarenta e oito) meses; de prática esportiva de qualquer natureza ou modalidade.
(Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
II - § 6º do art. 44, 60 (sessenta) meses; (Redação dada
pela Medida Provisória nº 917, de 2019) Parágrafo único. A torcida organizada deverá manter
cadastro atualizado de seus associados ou membros, o qual
III - art. 45 , 24 (vinte e quatro) meses;

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deverá conter, pelo menos, as seguintes informações: § 2o Os dados contidos nos itens V e VI também deverão ser
(Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). afixados ostensivamente em local visível, em caracteres
facilmente legíveis, do lado externo de todas as entradas do
I - nome completo; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
local onde se realiza o evento esportivo. (Incluído pela Lei nº
II - fotografia; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). 12.299, de 2010).
III - filiação; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). § 3o O juiz deve comunicar às entidades de que trata
o caput decisão judicial ou aceitação de proposta de
IV - número do registro civil; (Incluído pela Lei nº 12.299, de
transação penal ou suspensão do processo que implique o
2010).
impedimento do torcedor de frequentar estádios
V - número do CPF; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). desportivos. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
VI - data de nascimento; (Incluído pela Lei nº 12.299, de Art. 6o A entidade responsável pela organização da
2010). competição, previamente ao seu início, designará o Ouvidor
da Competição, fornecendo-lhe os meios de comunicação
VII - estado civil; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
necessários ao amplo acesso dos torcedores.
VIII - profissão; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
§ 1o São deveres do Ouvidor da Competição recolher as
IX - endereço completo; e (Incluído pela Lei nº 12.299, de sugestões, propostas e reclamações que receber dos
2010). torcedores, examiná-las e propor à respectiva entidade
medidas necessárias ao aperfeiçoamento da competição e
X - escolaridade. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
ao benefício do torcedor.
Art. 3o Para todos os efeitos legais, equiparam-se a
§ 2o É assegurado ao torcedor:
fornecedor, nos termos da Lei no 8.078, de 11 de setembro
de 1990, a entidade responsável pela organização da I - o amplo acesso ao Ouvidor da Competição, mediante
competição, bem como a entidade de prática desportiva comunicação postal ou mensagem eletrônica; e
detentora do mando de jogo.
II - o direito de receber do Ouvidor da Competição as
Art. 4o (VETADO) respostas às sugestões, propostas e reclamações, que
encaminhou, no prazo de trinta dias.
CAPÍTULO II
DA TRANSPARÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO § 3o Na hipótese de que trata o inciso II do § 2o, o Ouvidor da
Competição utilizará, prioritariamente, o mesmo meio de
Art. 5o São asseguradas ao torcedor a publicidade e comunicação utilizado pelo torcedor para o
transparência na organização das competições encaminhamento de sua mensagem.
administradas pelas entidades de administração do
desporto, bem como pelas ligas de que trata o art. 20 da Lei § 4o O sítio da internet em que forem publicadas as
no 9.615, de 24 de março de 1998. informações de que trata o § 1o do art. 5o conterá, também,
as manifestações e propostas do Ouvidor da Competição.
§ 1o As entidades de que trata o caput farão publicar na (Redação dada pela Lei nº 12.299, de 2010).
internet, em sítio da entidade responsável pela organização
do evento: (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). § 5o A função de Ouvidor da Competição poderá ser
remunerada pelas entidades de prática desportiva
I - a íntegra do regulamento da competição; (Incluído pela Lei participantes da competição.
nº 12.299, de 2010).
Art. 7o É direito do torcedor a divulgação, durante a
II - as tabelas da competição, contendo as partidas que serão realização da partida, da renda obtida pelo pagamento de
realizadas, com especificação de sua data, local e horário; ingressos e do número de espectadores pagantes e não-
(Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). pagantes, por intermédio dos serviços de som e imagem
III - o nome e as formas de contato do Ouvidor da instalados no estádio em que se realiza a partida, pela
Competição de que trata o art. 6o; (Incluído pela Lei nº entidade responsável pela organização da competição.
12.299, de 2010). Art. 8o As competições de atletas profissionais de que
IV - os borderôs completos das partidas; (Incluído pela Lei nº participem entidades integrantes da organização desportiva
12.299, de 2010). do País deverão ser promovidas de acordo com calendário
anual de eventos oficiais que:
V - a escalação dos árbitros imediatamente após sua
definição; e (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). I - garanta às entidades de prática desportiva participação
em competições durante pelo menos dez meses do ano;
VI - a relação dos nomes dos torcedores impedidos de
comparecer ao local do evento desportivo. (Incluído pela Lei II - adote, em pelo menos uma competição de âmbito
nº 12.299, de 2010). nacional, sistema de disputa em que as equipes participantes

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conheçam, previamente ao seu início, a quantidade de II - cumprimento dos seguintes requisitos: (Incluído pela Lei
partidas que disputarão, bem como seus adversários. nº 13.155, de 2015)
CAPÍTULO III a) regularidade fiscal, atestada por meio de apresentação de
DO REGULAMENTO DA COMPETIÇÃO Certidão Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários
Federais e à Dívida Ativa da União - CND; (Incluído pela Lei nº
Art. 9o É direito do torcedor que o regulamento, as tabelas 13.155, de 2015)
da competição e o nome do Ouvidor da Competição sejam
divulgados até 60 (sessenta) dias antes de seu início, na b) apresentação de certificado de regularidade do Fundo de
forma do § 1o do art. 5o. (Redação dada pela Lei nº 12.299, Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; e (Incluído pela Lei nº
de 2010). 13.155, de 2015)

§ 1o Nos dez dias subseqüentes à divulgação de que trata c) comprovação de pagamento dos vencimentos acertados
o caput, qualquer interessado poderá manifestar-se sobre o em contratos de trabalho e dos contratos de imagem dos
regulamento diretamente ao Ouvidor da Competição. atletas. (Incluído pela Lei nº 13.155, de 2015)

§ 2o O Ouvidor da Competição elaborará, em setenta e duas § 2o Fica vedada a adoção de qualquer outro critério,
horas, relatório contendo as principais propostas e especialmente o convite, observado o disposto no art. 89 da
sugestões encaminhadas. Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998.

§ 3o Após o exame do relatório, a entidade responsável pela § 3o Em campeonatos ou torneios regulares com mais de
organização da competição decidirá, em quarenta e oito uma divisão, serão observados o princípio do acesso e do
horas, motivadamente, sobre a conveniência da aceitação descenso e as seguintes determinações, sem prejuízo da
das propostas e sugestões relatadas. perda de pontos, na forma do regulamento: (Redação dada
pela Lei nº 13.155, de 2015)
§ 4o O regulamento definitivo da competição será divulgado,
na forma do § 1o do art. 5o, 45 (quarenta e cinco) dias antes I - a entidade de prática desportiva que não cumprir todos os
de seu início. (Redação dada pela Lei nº 12.299, de 2010). requisitos estabelecidos no inciso II do § 1o deste artigo
participará da divisão imediatamente inferior à que se
§ 5o É vedado proceder alterações no regulamento da encontra classificada; (Incluído pela Lei nº 13.155, de 2015)
competição desde sua divulgação definitiva, salvo nas
hipóteses de: II - a vaga desocupada pela entidade de prática desportiva
rebaixada nos termos do inciso I deste parágrafo será
I - apresentação de novo calendário anual de eventos oficiais ocupada por entidade de prática desportiva participante da
para o ano subseqüente, desde que aprovado pelo Conselho divisão que receberá a entidade rebaixada nos termos do
Nacional do Esporte – CNE; inciso I deste parágrafo, obedecida a ordem de classificação
II - após dois anos de vigência do mesmo regulamento, do campeonato do ano anterior e desde que cumpridos os
observado o procedimento de que trata este artigo. requisitos exigidos no inciso II do § 1o deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 13.155, de 2015)
III - interrupção das competições por motivo de surtos,
epidemias e pandemias que possam comprometer a § 4o Serão desconsideradas as partidas disputadas pela
integridade física e o bem-estar dos atletas, desde que entidade de prática desportiva que não tenham atendido ao
aprovada pela maioria das agremiações partícipes do critério técnico previamente definido, inclusive para efeito
evento. (Incluído pela Lei nº 14.117, de 2021) de pontuação na competição.

§ 6o A competição que vier a substituir outra, segundo o § 5o A comprovação da regularidade fiscal de que trata a
novo calendário anual de eventos oficiais apresentado para alínea a do inciso II do § 1o deste artigo poderá ser feita
o ano subseqüente, deverá ter âmbito territorial diverso da mediante a apresentação de Certidão Positiva com Efeitos de
competição a ser substituída. Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais
e à Dívida Ativa da União - CPEND. (Incluído pela Lei nº
Art. 10. É direito do torcedor que a participação das 13.155, de 2015)
entidades de prática desportiva em competições
organizadas pelas entidades de que trata o art. 5o seja § 6o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.155, de 2015)
exclusivamente em virtude de critério técnico previamente § 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.155, de 2015)
definido.
§ 8o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.155, de 2015)
§ 1o Para os fins do disposto neste artigo, considera-se
critério técnico a habilitação de entidade de prática Art. 11. É direito do torcedor que o árbitro e seus auxiliares
desportiva em razão de: (Redação dada pela Lei nº 13.155, entreguem, em até quatro horas contadas do término da
de 2015) partida, a súmula e os relatórios da partida ao representante
da entidade responsável pela organização da competição.
I - colocação obtida em competição anterior; e (Incluído pela
Lei nº 13.155, de 2015)
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§ 1o Em casos excepcionais, de grave tumulto ou necessidade V - não entoar cânticos discriminatórios, racistas ou
de laudo médico, os relatórios da partida poderão ser xenófobos; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
complementados em até vinte e quatro horas após o seu
VI - não arremessar objetos, de qualquer natureza, no
término.
interior do recinto esportivo; (Incluído pela Lei nº 12.299, de
§ 2o A súmula e os relatórios da partida serão elaborados em 2010).
três vias, de igual teor e forma, devidamente assinadas pelo
VII - não portar ou utilizar fogos de artifício ou quaisquer
árbitro, auxiliares e pelo representante da entidade
outros engenhos pirotécnicos ou produtores de efeitos
responsável pela organização da competição.
análogos; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
§ 3o A primeira via será acondicionada em envelope lacrado
VIII - não incitar e não praticar atos de violência no estádio,
e ficará na posse de representante da entidade responsável
qualquer que seja a sua natureza; e (Incluído pela Lei nº
pela organização da competição, que a encaminhará ao setor
12.299, de 2010).
competente da respectiva entidade até as treze horas do
primeiro dia útil subseqüente. IX - não invadir e não incitar a invasão, de qualquer forma,
da área restrita aos competidores. (Incluído pela Lei nº
§ 4o O lacre de que trata o § 3o será assinado pelo árbitro e
12.299, de 2010).
seus auxiliares.
X - não utilizar bandeiras, inclusive com mastro de bambu ou
§ 5o A segunda via ficará na posse do árbitro da partida,
similares, para outros fins que não o da manifestação festiva
servindo-lhe como recibo.
e amigável. (Incluído pela Lei nº 12.663, de 2012).
§ 6o A terceira via ficará na posse do representante da
Parágrafo único. O não cumprimento das condições
entidade responsável pela organização da competição, que
estabelecidas neste artigo implicará a impossibilidade de
a encaminhará ao Ouvidor da Competição até as treze horas
ingresso do torcedor ao recinto esportivo, ou, se for o caso,
do primeiro dia útil subseqüente, para imediata divulgação.
o seu afastamento imediato do recinto, sem prejuízo de
Art. 12. A entidade responsável pela organização da outras sanções administrativas, civis ou penais
competição dará publicidade à súmula e aos relatórios da eventualmente cabíveis. (Incluído pela Lei nº 12.299, de
partida no sítio de que trata o § 1o do art. 5o até as 14 2010).
(quatorze) horas do 3o (terceiro) dia útil subsequente ao da
Art. 14. Sem prejuízo do disposto nos arts. 12 a 14 da Lei nº
realização da partida. (Redação dada pela Lei nº 12.299, de
8.078, de 11 de setembro de 1990, a responsabilidade pela
2010).
segurança do torcedor em evento esportivo é da entidade de
CAPÍTULO IV prática desportiva detentora do mando de jogo e de seus
DA SEGURANÇA DO TORCEDOR PARTÍCIPE DO EVENTO dirigentes, que deverão:
ESPORTIVO I – solicitar ao Poder Público competente a presença de
Art. 13. O torcedor tem direito a segurança nos locais onde agentes públicos de segurança, devidamente identificados,
são realizados os eventos esportivos antes, durante e após a responsáveis pela segurança dos torcedores dentro e fora
realização das partidas. (Vigência) dos estádios e demais locais de realização de eventos
esportivos;
Parágrafo único. Será assegurado acessibilidade ao torcedor
portador de deficiência ou com mobilidade reduzida. II - informar imediatamente após a decisão acerca da
realização da partida, dentre outros, aos órgãos públicos de
Art. 13-A. São condições de acesso e permanência do segurança, transporte e higiene, os dados necessários à
torcedor no recinto esportivo, sem prejuízo de outras segurança da partida, especialmente:
condições previstas em lei: (Incluído pela Lei nº 12.299, de
2010). a) o local;

I - estar na posse de ingresso válido; (Incluído pela Lei nº b) o horário de abertura do estádio;
12.299, de 2010). c) a capacidade de público do estádio; e
II - não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou d) a expectativa de público;
suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de
violência; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). III - colocar à disposição do torcedor orientadores e serviço
de atendimento para que aquele encaminhe suas
III - consentir com a revista pessoal de prevenção e reclamações no momento da partida, em local:
segurança; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
a) amplamente divulgado e de fácil acesso; e
IV - não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou
outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter b) situado no estádio.
racista ou xenófobo; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).

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§ 1o É dever da entidade de prática desportiva detentora do CAPÍTULO V


mando de jogo solucionar imediatamente, sempre que DOS INGRESSOS
possível, as reclamações dirigidas ao serviço de atendimento
referido no inciso III, bem como reportá-las ao Ouvidor da Art. 20. É direito do torcedor partícipe que os ingressos para
Competição e, nos casos relacionados à violação de direitos as partidas integrantes de competições profissionais sejam
e interesses de consumidores, aos órgãos de defesa e colocados à venda até setenta e duas horas antes do início
proteção do consumidor. da partida correspondente.

Art. 15. O detentor do mando de jogo será uma das § 1o O prazo referido no caput será de quarenta e oito horas
entidades de prática desportiva envolvidas na partida, de nas partidas em que:
acordo com os critérios definidos no regulamento da I - as equipes sejam definidas a partir de jogos eliminatórios;
competição. e
Art. 16. É dever da entidade responsável pela organização da II - a realização não seja possível prever com antecedência
competição: de quatro dias.
I - confirmar, com até quarenta e oito horas de antecedência, § 2o A venda deverá ser realizada por sistema que assegure
o horário e o local da realização das partidas em que a a sua agilidade e amplo acesso à informação.
definição das equipes dependa de resultado anterior;
§ 3o É assegurado ao torcedor partícipe o fornecimento de
II - contratar seguro de acidentes pessoais, tendo como comprovante de pagamento, logo após a aquisição dos
beneficiário o torcedor portador de ingresso, válido a partir ingressos.
do momento em que ingressar no estádio;
§ 4o Não será exigida, em qualquer hipótese, a devolução do
III – disponibilizar um médico e dois enfermeiros-padrão comprovante de que trata o § 3o.
para cada dez mil torcedores presentes à partida;
§ 5o Nas partidas que compõem as competições de âmbito
IV – disponibilizar uma ambulância para cada dez mil nacional ou regional de primeira e segunda divisão, a venda
torcedores presentes à partida; e de ingressos será realizada em, pelo menos, cinco postos de
V – comunicar previamente à autoridade de saúde a venda localizados em distritos diferentes da cidade.
realização do evento. Art. 21. A entidade detentora do mando de jogo
Art. 17. É direito do torcedor a implementação de planos de implementará, na organização da emissão e venda de
ação referentes a segurança, transporte e contingências que ingressos, sistema de segurança contra falsificações, fraudes
possam ocorrer durante a realização de eventos esportivos. e outras práticas que contribuam para a evasão da receita
decorrente do evento esportivo.
dades em que se realizarão as partidas da competição.
(Redação dada pela Lei nº 12.299, de 2010). Art. 22. São direitos do torcedor partícipe: (Vigência)

§ 2o Planos de ação especiais poderão ser apresentados em I - que todos os ingressos emitidos sejam numerados; e
relação a eventos esportivos com excepcional expectativa de II - ocupar o local correspondente ao número constante do
público. ingresso.
§ 3o Os planos de ação serão divulgados no sítio dedicado à § 1o O disposto no inciso II não se aplica aos locais já
competição de que trata o parágrafo único do art. 5o no existentes para assistência em pé, nas competições que o
mesmo prazo de publicação do regulamento definitivo da permitirem, limitando-se, nesses locais, o número de
competição. pessoas, de acordo com critérios de saúde, segurança e bem-
Art. 18. Os estádios com capacidade superior a 10.000 (dez estar.
mil) pessoas deverão manter central técnica de informações, § 2o A emissão de ingressos e o acesso ao estádio nas
com infraestrutura suficiente para viabilizar o primeira e segunda divisões da principal competição
monitoramento por imagem do público presente. (Redação nacional e nas partidas finais das competições eliminatórias
dada pela Lei nº 12.299, de 2010). de âmbito nacional deverão ser realizados por meio de
Art. 19. As entidades responsáveis pela organização da sistema eletrônico que viabilize a fiscalização e o controle da
competição, bem como seus dirigentes respondem quantidade de público e do movimento financeiro da
solidariamente com as entidades de que trata o art. 15 e seus partida. (Redação dada pela Lei nº 12.299, de 2010).
dirigentes, independentemente da existência de culpa, pelos § 3o O disposto no § 2o não se aplica aos eventos esportivos
prejuízos causados a torcedor que decorram de falhas de realizados em estádios com capacidade inferior a 10.000
segurança nos estádios ou da inobservância do disposto (dez mil) pessoas. (Redação dada pela Lei nº 12.299, de
neste capítulo. 2010).

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Art. 23. A entidade responsável pela organização da mando de jogo solicitarão formalmente, direto ou mediante
competição apresentará ao Ministério Público dos Estados e convênio, ao Poder Público competente:
do Distrito Federal, previamente à sua realização, os laudos
I - serviços de estacionamento para uso por torcedores
técnicos expedidos pelos órgãos e autoridades competentes
partícipes durante a realização de eventos esportivos,
pela vistoria das condições de segurança dos estádios a
assegurando a estes acesso a serviço organizado de
serem utilizados na competição. (Regulamento)
transporte para o estádio, ainda que oneroso; e
§ 1o Os laudos atestarão a real capacidade de público dos
II - meio de transporte, ainda que oneroso, para condução
estádios, bem como suas condições de segurança.
de idosos, crianças e pessoas portadoras de deficiência física
§ 2o Perderá o mando de jogo por, no mínimo, seis meses, aos estádios, partindo de locais de fácil acesso, previamente
sem prejuízo das demais sanções cabíveis, a entidade de determinados.
prática desportiva detentora do mando do jogo em que:
Parágrafo único. O cumprimento do disposto neste artigo
I - tenha sido colocado à venda número de ingressos maior fica dispensado na hipótese de evento esportivo realizado
do que a capacidade de público do estádio; ou em estádio com capacidade inferior a 10.000 (dez mil)
pessoas. (Redação dada pela Lei nº 12.299, de 2010).
II - tenham entrado pessoas em número maior do que a
capacidade de público do estádio. CAPÍTULO VII
DA ALIMENTAÇÃO E DA HIGIENE
III - tenham sido disponibilizados portões de acesso ao
estádio em número inferior ao recomendado pela Art. 28. O torcedor partícipe tem direito à higiene e à
autoridade pública. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). qualidade das instalações físicas dos estádios e dos produtos
Art. 24. É direito do torcedor partícipe que conste no alimentícios vendidos no local.
ingresso o preço pago por ele. § 1o O Poder Público, por meio de seus órgãos de vigilância
§ 1o Os valores estampados nos ingressos destinados a um sanitária, verificará o cumprimento do disposto neste artigo,
mesmo setor do estádio não poderão ser diferentes entre si, na forma da legislação em vigor.
nem daqueles divulgados antes da partida pela entidade § 2o É vedado impor preços excessivos ou aumentar sem
detentora do mando de jogo. justa causa os preços dos produtos alimentícios
§ 2o O disposto no § 1o não se aplica aos casos de venda comercializados no local de realização do evento esportivo.
antecipada de carnê para um conjunto de, no mínimo, três Art. 29. É direito do torcedor partícipe que os estádios
partidas de uma mesma equipe, bem como na venda de possuam sanitários em número compatível com sua
ingresso com redução de preço decorrente de previsão legal. capacidade de público, em plenas condições de limpeza e
Art. 25. O controle e a fiscalização do acesso do público ao funcionamento.
estádio com capacidade para mais de 10.000 (dez mil) Parágrafo único. Os laudos de que trata o art. 23 deverão
pessoas deverão contar com meio de monitoramento por aferir o número de sanitários em condições de uso e emitir
imagem das catracas, sem prejuízo do disposto no art. 18 parecer sobre a sua compatibilidade com a capacidade de
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.299, de 2010). público do estádio.
CAPÍTULO VI CAPÍTULO VIII
DO TRANSPORTE DA RELAÇÃO COM A ARBITRAGEM ESPORTIVA
Art. 26. Em relação ao transporte de torcedores para eventos Art. 30. É direito do torcedor que a arbitragem das
esportivos, fica assegurado ao torcedor partícipe: competições desportivas seja independente, imparcial,
I - o acesso a transporte seguro e organizado; previamente remunerada e isenta de pressões.

II - a ampla divulgação das providências tomadas em relação Parágrafo único. A remuneração do árbitro e de seus
ao acesso ao local da partida, seja em transporte público ou auxiliares será de responsabilidade da entidade de
privado; e administração do desporto ou da liga organizadora do
evento esportivo.
III - a organização das imediações do estádio em que será
disputada a partida, bem como suas entradas e saídas, de Art. 31. A entidade detentora do mando do jogo e seus
modo a viabilizar, sempre que possível, o acesso seguro e dirigentes deverão convocar os agentes públicos de
rápido ao evento, na entrada, e aos meios de transporte, na segurança visando a garantia da integridade física do árbitro
saída. e de seus auxiliares.

Art. 27. A entidade responsável pela organização da Art. 31-A. É dever das entidades de administração do
competição e a entidade de prática desportiva detentora do desporto contratar seguro de vida e acidentes pessoais,
tendo como beneficiária a equipe de arbitragem, quando

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exclusivamente no exercício dessa atividade. (Incluído pela § 2o As decisões de que trata o caput serão disponibilizadas
Lei nº 12.299, de 2010). no sítio de que trata o § 1o do art. 5o. (Redação dada pela Lei
nº 12.299, de 2010).
Art. 32. É direito do torcedor que os árbitros de cada partida
sejam escolhidos mediante sorteio, dentre aqueles Art. 36. São nulas as decisões proferidas que não observarem
previamente selecionados, ou audiência pública transmitida o disposto nos arts. 34 e 35.
ao vivo pela rede mundial de computadores, sob pena de
CAPÍTULO XI
nulidade. (Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015)
DAS PENALIDADES
§ 1o O sorteio ou audiência pública serão realizados no
mínimo quarenta e oito horas antes de cada rodada, em local Art. 37. Sem prejuízo das demais sanções cabíveis, a
e data previamente definidos. (Redação dada pela Lei nº entidade de administração do desporto, a liga ou a entidade
13.155, de 2015) de prática desportiva que violar ou de qualquer forma
concorrer para a violação do disposto nesta Lei, observado o
§ 2o O sorteio será aberto ao público, garantida sua ampla devido processo legal, incidirá nas seguintes sanções:
divulgação.
I – destituição de seus dirigentes, na hipótese de violação das
CAPÍTULO IX regras de que tratam os Capítulos II, IV e V desta Lei;
DA RELAÇÃO COM A ENTIDADE DE PRÁTICA DESPORTIVA
II - suspensão por seis meses dos seus dirigentes, por
Art. 33. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, cada entidade de violação dos dispositivos desta Lei não referidos no inciso I;
prática desportiva fará publicar documento que contemple
III - impedimento de gozar de qualquer benefício fiscal em
as diretrizes básicas de seu relacionamento com os
âmbito federal; e
torcedores, disciplinando, obrigatoriamente: (Vigência)
IV - suspensão por seis meses dos repasses de recursos
I - o acesso ao estádio e aos locais de venda dos ingressos;
públicos federais da administração direta e indireta, sem
II - mecanismos de transparência financeira da entidade, prejuízo do disposto no art. 18 da Lei no 9.615, de 24 de
inclusive com disposições relativas à realização de auditorias março de 1998.
independentes, observado o disposto no art. 46-A da Lei nº
§ 1o Os dirigentes de que tratam os incisos I e II
9.615, de 24 de março de 1998; e
do caput deste artigo serão sempre:
III - a comunicação entre o torcedor e a entidade de prática
I - o presidente da entidade, ou aquele que lhe faça as vezes;
desportiva.
e
Parágrafo único. A comunicação entre o torcedor e a
II - o dirigente que praticou a infração, ainda que por
entidade de prática desportiva de que trata o inciso III
omissão.
do caput poderá, dentre outras medidas, ocorrer mediante:
§ 2o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
I - a instalação de uma ouvidoria estável;
poderão instituir, no âmbito de suas competências, multas
II - a constituição de um órgão consultivo formado por em razão do descumprimento do disposto nesta Lei,
torcedores não-sócios; ou observado o valor mínimo de R$ 100,00 (cem reais) e o valor
máximo de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).
III - reconhecimento da figura do sócio-torcedor, com
(Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015)
direitos mais restritos que os dos demais sócios.
§ 3o A instauração do processo apuratório acarretará adoção
CAPÍTULO X
cautelar do afastamento compulsório dos dirigentes e
DA RELAÇÃO COM A JUSTIÇA DESPORTIVA
demais pessoas que, de forma direta ou indiretamente,
Art. 34. É direito do torcedor que os órgãos da Justiça puderem interferir prejudicialmente na completa elucidação
Desportiva, no exercício de suas funções, observem os dos fatos, além da suspensão dos repasses de verbas
princípios da impessoalidade, da moralidade, da celeridade, públicas, até a decisão final.
da publicidade e da independência. Art. 38. (VETADO)
Art. 35. As decisões proferidas pelos órgãos da Justiça Art. 39-A. A torcida organizada que, em evento esportivo,
Desportiva devem ser, em qualquer hipótese, motivadas e promover tumulto, praticar ou incitar a violência ou invadir
ter a mesma publicidade que as decisões dos tribunais local restrito aos competidores, árbitros, fiscais, dirigentes,
federais. organizadores ou jornalistas será impedida, assim como seus
§ 1o Não correm em segredo de justiça os processos em associados ou membros, de comparecer a eventos
curso perante a Justiça Desportiva. esportivos pelo prazo de até 5 (cinco) anos. (Redação dada
pela Lei nº 13.912, de 2019)

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Art. 39-B. A torcida organizada responde civilmente, de local da realização do evento; (Incluído pela Lei nº 12.299, de
forma objetiva e solidária, pelos danos causados por 2010).
qualquer dos seus associados ou membros no local do
II - portar, deter ou transportar, no interior do estádio, em
evento esportivo, em suas imediações ou no trajeto de ida e
suas imediações ou no seu trajeto, em dia de realização de
volta para o evento. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
evento esportivo, quaisquer instrumentos que possam servir
Art. 39-C. Aplica-se o disposto nos arts. 39-A e 39-B à torcida para a prática de violência. (Incluído pela Lei nº 12.299, de
organizada e a seus associados ou membros envolvidos, 2010).
mesmo que em local ou data distintos dos relativos à
§ 2o Na sentença penal condenatória, o juiz deverá converter
competição esportiva, nos casos de: (Incluído pela Lei nº
a pena de reclusão em pena impeditiva de comparecimento
13.912, de 2019)
às proximidades do estádio, bem como a qualquer local em
I - invasão de local de treinamento; que se realize evento esportivo, pelo prazo de 3 (três) meses
a 3 (três) anos, de acordo com a gravidade da conduta, na
II - confronto, ou induzimento ou auxílio a confronto, entre
hipótese de o agente ser primário, ter bons antecedentes e
torcedores;
não ter sido punido anteriormente pela prática de condutas
III - ilícitos praticados contra esportistas, competidores, previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
árbitros, fiscais ou organizadores de eventos esportivos e
§ 3o A pena impeditiva de comparecimento às proximidades
jornalistas voltados principal ou exclusivamente à cobertura
do estádio, bem como a qualquer local em que se realize
de competições esportivas, mesmo que, no momento, não
evento esportivo, converter-se-á em privativa de liberdade
estejam atuando na competição ou diretamente envolvidos
quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição
com o evento.
imposta. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
Art. 40. A defesa dos interesses e direitos dos torcedores em
§ 4o Na conversão de pena prevista no § 2o, a sentença
juízo observará, no que couber, a mesma disciplina da defesa
deverá determinar, ainda, a obrigatoriedade suplementar de
dos consumidores em juízo de que trata o Título III da Lei no
o agente permanecer em estabelecimento indicado pelo juiz,
8.078, de 11 de setembro de 1990.
no período compreendido entre as 2 (duas) horas
Art. 41. A União, os Estados, o Distrito Federal e os antecedentes e as 2 (duas) horas posteriores à realização de
Municípios promoverão a defesa do torcedor, e, com a partidas de entidade de prática desportiva ou de competição
finalidade de fiscalizar o cumprimento do disposto nesta Lei, determinada. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
poderão:
§ 5o Na hipótese de o representante do Ministério Público
I - constituir órgão especializado de defesa do torcedor; ou propor aplicação da pena restritiva de direito prevista no art.
76 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, o juiz aplicará
II - atribuir a promoção e defesa do torcedor aos órgãos de
a sanção prevista no § 2o. (Incluído pela Lei nº 12.299, de
defesa do consumidor.
2010).
Art. 41-A. Os juizados do torcedor, órgãos da Justiça
Art. 41-C. Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem,
Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser
vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não
criados pelos Estados e pelo Distrito Federal para o processo,
patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a
o julgamento e a execução das causas decorrentes das
alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou
atividades reguladas nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.299,
evento a ela associado: (Redação dada pela Lei nº 13.155, de
de 2010).
2015)
CAPÍTULO XI-A
Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa. (Incluído
DOS CRIMES
pela Lei nº 12.299, de 2010).
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.299, DE 2010).
Art. 41-D. Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não
Art. 41-B. Promover tumulto, praticar ou incitar a violência, patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de
ou invadir local restrito aos competidores em eventos uma competição desportiva ou evento a ela associado:
esportivos: (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). (Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015)
Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa. (Incluído Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa. (Incluído
pela Lei nº 12.299, de 2010). pela Lei nº 12.299, de 2010).
§ 1o Incorrerá nas mesmas penas o torcedor que: (Incluído Art. 41-E. Fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que
pela Lei nº 12.299, de 2010). se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição
I - promover tumulto, praticar ou incitar a violência num raio esportiva ou evento a ela associado: (Redação dada pela Lei
de 5.000 (cinco mil) metros ao redor do local de realização nº 13.155, de 2015)
do evento esportivo, ou durante o trajeto de ida e volta do

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Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa. (Incluído Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
pela Lei nº 12.299, de 2010). 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes
alterações:
Art. 41-F. Vender ingressos de evento esportivo, por preço
superior ao estampado no bilhete: (Incluído pela Lei nº “Art. 25.
12.299, de 2010). ................................................................................................
...
Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa. (Incluído
pela Lei nº 12.299, de 2010). Parágrafo único. Observados os requisitos previstos
no caput deste artigo, considera-se também em legítima
Art. 41-G. Fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de
defesa o agente de segurança pública que repele agressão
ingressos para venda por preço superior ao estampado no
ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a
bilhete: (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
prática de crimes.” (NR)
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
“Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a
(Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).
multa será executada perante o juiz da execução penal e será
Parágrafo único. A pena será aumentada de 1/3 (um terço) considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à
até a metade se o agente for servidor público, dirigente ou dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às
funcionário de entidade de prática desportiva, entidade causas interruptivas e suspensivas da prescrição.
responsável pela organização da competição, empresa
................................................................................................
contratada para o processo de emissão, distribuição e venda
........ (NR)
de ingressos ou torcida organizada e se utilizar desta
condição para os fins previstos neste artigo. (Incluído pela Lei “Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de
nº 12.299, de 2010). liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos.
CAPÍTULO XII § 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS liberdade cuja soma seja superior a 40 (quarenta) anos,
devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo
Art. 42. O Conselho Nacional de Esportes – CNE promoverá, deste artigo.
no prazo de seis meses, contado da publicação desta Lei, a
adequação do Código de Justiça Desportiva ao disposto ................................................................................................
na Lei no 9.615, de 24 de março de 1998, nesta Lei e em seus ..... (NR)
respectivos regulamentos. “Art.
Art. 43. Esta Lei aplica-se apenas ao desporto profissional. 83. ..........................................................................................
.....
Art. 44. O disposto no parágrafo único do art. 13, e nos
arts. 18, 22, 25 e 33 entrará em vigor após seis meses da ................................................................................................
publicação desta Lei. ..............

Art. 45. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. III - comprovado:

Brasília, 15 de maio de 2003; 182o da Independência e a) bom comportamento durante a execução da pena;
115o da República. b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze)
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA meses;
Agnelo Santos Queiroz Filho c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante
Este texto não substitui o publicado no DOU de 16.5.2003 trabalho honesto;

Lei nº 13.964/2019 ................................................................................................


..... (NR)
Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal. “Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais
a lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença
Art. 1º Esta Lei aperfeiçoa a legislação penal e processual entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja
penal. compatível com o seu rendimento lícito.
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo,
entende-se por patrimônio do condenado todos os bens:

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I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o § 1º


domínio e o benefício direto ou indireto, na data da infração ................................................................................................
penal ou recebidos posteriormente; e ..
II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante § 2º (VETADO).” (NR)
contraprestação irrisória, a partir do início da atividade
“Art. 157.
criminal.
........................................................................................
§ 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da
................................................................................................
incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio.
........
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida
§ 2º.
expressamente pelo Ministério Público, por ocasião do
................................................................................................
oferecimento da denúncia, com indicação da diferença
apurada. ................................................................................................
.........
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor
da diferença apurada e especificar os bens cuja perda for VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego
decretada. de arma branca;
§ 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por ................................................................................................
organizações criminosas e milícias deverão ser declarados .........
perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com
Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham em
emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-
perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem pública,
se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.
nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o
cometimento de novos crimes.” ............................................................................................
”(NR)
“Art. 116.
......................................................................................... “Art.
171. ......................................................................................
................................................................................................
......... ................................................................................................
........
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior;
§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos
a vítima for:
aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de
não persecução penal. II - criança ou adolescente;
............................................................................................” III - pessoa com deficiência mental; ou
(NR)
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.” (NR)
“Art.
“Art. 316.
121. ........................................................................................
.........................................................................................
................................................................................................
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.” (NR)
.........
Art. 3º O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
§
1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar com as
2º. ..........................................................................................
seguintes alterações:
.....
“Juiz das Garantias
................................................................................................
........ ‘Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória,
vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a
VIII - (VETADO):
substituição da atuação probatória do órgão de acusação.’
.............................................................................................”
‘Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da
(NR)
legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos
“Art. 141. direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à
......................................................................................... autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe
especialmente:

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I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o
inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal; direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso
a todos os elementos informativos e provas produzidos no
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da
âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne,
legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste
estritamente, às diligências em andamento;
Código;
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo
acompanhar a produção da perícia;
determinar que este seja conduzido à sua presença, a
qualquer tempo; XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não
persecução penal ou os de colaboração premiada, quando
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer
formalizados durante a investigação;
investigação criminal;
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou
no caput deste artigo.
outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste
artigo; § 1º (VETADO).
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias
bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no poderá, mediante representação da autoridade policial e
primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a
pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se
legislação especial pertinente; ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será
imediatamente relaxada.’
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada
de provas consideradas urgentes e não repetíveis, ‘Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas
assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo,
pública e oral; e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma
do art. 399 deste Código.
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o
investigado preso, em vista das razões apresentadas pela § 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes
autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
artigo;
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o
não houver fundamento razoável para sua instauração ou recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a
prosseguimento; necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo
máximo de 10 (dez) dias.
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado
de polícia sobre o andamento da investigação; § 3º Os autos que compõem as matérias de competência do
juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse
XI - decidir sobre os requerimentos de:
juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da
sistemas de informática e telemática ou de outras formas de instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos
comunicação; às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de
antecipação de provas, que deverão ser remetidos para
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e
apensamento em apartado.
telefônico;
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos
c) busca e apreensão domiciliar;
acautelados na secretaria do juízo das garantias.’
d) acesso a informações sigilosas;
‘Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º
direitos fundamentais do investigado; deste Código ficará impedido de funcionar no processo.
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um
oferecimento da denúncia; juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de
magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo.’
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade
mental; ‘Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as
normas de organização judiciária da União, dos Estados e do
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos
Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem
termos do art. 399 deste Código;
periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal.’

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‘Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação,
cumprimento das regras para o tratamento dos presos, submeter a matéria à revisão da instância competente do
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei
órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa orgânica.
submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil,
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em
administrativa e penal.
detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada
deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo pela chefia do órgão a quem couber a sua representação
pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a judicial.” (NR)
identidade do preso serão, de modo padronizado e
“Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o
respeitada a programação normativa aludida no caput deste
investigado confessado formal e circunstancialmente a
artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade
prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da
com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério
pessoa submetida à prisão.’”
Público poderá propor acordo de não persecução penal,
“Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às desde que necessário e suficiente para reprovação e
instituições dispostas no art. 144 da Constituição prevenção do crime, mediante as seguintes condições
Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, ajustadas cumulativa e alternativamente:
inquéritos policiais militares e demais procedimentos
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos
impossibilidade de fazê-lo;
relacionados ao uso da força letal praticados no exercício
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados
situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou
de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá proveito do crime;
constituir defensor.
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o período correspondente à pena mínima cominada ao delito
investigado deverá ser citado da instauração do diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo
procedimento investigatório, podendo constituir defensor juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº
no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
recebimento da citação.
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse
autoridade responsável pela investigação deverá intimar a social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha,
instituição a que estava vinculado o investigado à época da preferencialmente, como função proteger bens jurídicos
ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo
(quarenta e oito) horas, indique defensor para a delito; ou
representação do investigado.
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada
§ 3º (VETADO). pelo Ministério Público, desde que proporcional e
compatível com a infração penal imputada.
§ 4º (VETADO).
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que
§ 5º (VETADO).
se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.
servidores militares vinculados às instituições dispostas
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas
no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos
seguintes hipóteses:
investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei
e da Ordem.” I - se for cabível transação penal de competência dos
Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
“Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou
de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos
órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao probatórios que indiquem conduta criminal habitual,
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as
para a instância de revisão ministerial para fins de infrações penais pretéritas;
homologação, na forma da lei.
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não
com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo
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persecução penal, transação penal ou suspensão condicional “Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as coisas
do processo; e apreendidas serão alienadas nos termos do disposto no art.
133 deste Código.
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica
ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
condição de sexo feminino, em favor do agressor.
“Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por obras de arte ou de outros bens de relevante valor cultural
escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, ou artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá
pelo investigado e por seu defensor. haver destinação dos bens a museus públicos.”
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução “Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o
penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do
a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos
presença do seu defensor, e sua legalidade. bens em leilão público cujo perdimento tenha sido
decretado.
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou
abusivas as condições dispostas no acordo de não § 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos
persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
para que seja reformulada a proposta de acordo, com
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo
concordância do investigado e seu defensor.
Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução em lei especial.” (NR)
penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para
“Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse
que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.
público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de
atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a segurança pública previstos no art. 144 da Constituição
adequação a que se refere o § 5º deste artigo. Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da
Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao
Perícia, para o desempenho de suas atividades.
Ministério Público para a análise da necessidade de
complementação das investigações ou o oferecimento da § 1º O órgão de segurança pública participante das ações de
denúncia. investigação ou repressão da infração penal que ensejou a
constrição do bem terá prioridade na sua utilização.
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de
não persecução penal e de seu descumprimento. § 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse
público, o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos demais
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no
órgãos públicos.
acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá
comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior § 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo,
oferecimento de denúncia. embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de
trânsito ou ao órgão de registro e controle a expedição de
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal
certificado provisório de registro e licenciamento em favor
pelo investigado também poderá ser utilizado pelo
do órgão público beneficiário, o qual estará isento do
Ministério Público como justificativa para o eventual não
pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à
oferecimento de suspensão condicional do processo.
disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não ser cobrados de seu responsável.
persecução penal não constarão de certidão de
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória
antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no
com a decretação de perdimento dos bens, ressalvado o
inciso III do § 2º deste artigo.
direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução determinar a transferência definitiva da propriedade ao
penal, o juízo competente decretará a extinção de órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem.”
punibilidade.
“Art. 157.
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em ................................................................................................
propor o acordo de não persecução penal, o investigado .....
poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na
................................................................................................
forma do art. 28 deste Código.”
......................

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§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada informações referentes ao número de procedimento e
inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.” unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem,
(NR) nome de quem transportou o vestígio, código de
rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio,
“‘CAPÍTULO II
protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
DO EXAME DE CORPO DE DELITO, DA CADEIA DE
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do
CUSTÓDIA E DAS PERÍCIAS EM GERAL’ vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas
características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter
................................................................................................
o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo
......................
produzido por perito;
‘Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em
todos os procedimentos utilizados para manter e
condições adequadas, do material a ser processado,
documentar a história cronológica do vestígio coletado em
guardado para realização de contraperícia, descartado ou
locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
transportado, com vinculação ao número do laudo
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
correspondente;
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio,
do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais
respeitando a legislação vigente e, quando pertinente,
nos quais seja detectada a existência de vestígio.
mediante autorização judicial.’
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de
‘Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada
potencial interesse para a produção da prova pericial fica
preferencialmente por perito oficial, que dará o
responsável por sua preservação.
encaminhamento necessário para a central de custódia,
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou mesmo quando for necessária a realização de exames
latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração complementares.
penal.’
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou
‘Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o processo devem ser tratados como descrito nesta Lei,
rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal
responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de
potencial interesse para a produção da prova pericial; § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a
remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das
liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada
coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato,
como fraude processual a sua realização.’
mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
‘Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se
será determinado pela natureza do material.
encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua
posição na área de exames, podendo ser ilustrada por § 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres,
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua com numeração individualizada, de forma a garantir a
descrição no laudo pericial produzido pelo perito inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o
responsável pelo atendimento; transporte.
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à § 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar
análise pericial, respeitando suas características e natureza; suas características, impedir contaminação e vazamento, ter
grau de resistência adequado e espaço para registro de
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada
informações sobre seu conteúdo.
vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de
acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, § 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai
para posterior análise, com anotação da data, hora e nome proceder à análise e, motivadamente, por pessoa
de quem realizou a coleta e o acondicionamento; autorizada.
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para § 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar
o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a
veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem
manutenção de suas características originais, bem como o como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
controle de sua posse;
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do do novo recipiente.’
vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo,

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‘Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter Público, de seu assistente ou do querelante, poderá
uma central de custódia destinada à guarda e controle dos substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em
vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do
órgão central de perícia oficial de natureza criminal. parágrafo único do art. 312 deste Código.
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar
protocolo, com local para conferência, recepção, devolução a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de
de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um sobrevierem razões que a justifiquem.
espaço seguro e apresentar condições ambientais que não
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando
interfiram nas características do vestígio.
não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar,
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da
deverão ser protocoladas, consignando-se informações substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado
sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam. de forma fundamentada nos elementos presentes do caso
concreto, de forma individualizada.” (NR)
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio
armazenado deverão ser identificadas e deverão ser “Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante
registradas a data e a hora do acesso. delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado,
em virtude de condenação criminal transitada em julgado.
todas as ações deverão ser registradas, consignando-se a
identificação do responsável pela tramitação, a destinação, ................................................................................................
a data e horário da ação.’ ........ ”(NR)
‘Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá “Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição
ser devolvido à central de custódia, devendo nela do mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso,
permanecer. será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido
o mandado, para a realização de audiência de custódia.” (NR)
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua
espaço ou condições de armazenar determinado material, “Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no
deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a
condições de depósito do referido material em local diverso, realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
mediante requerimento do diretor do órgão central de custódia com a presença do acusado, seu advogado
perícia oficial de natureza criminal.’ constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro
do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
................................................................................................
fundamentadamente:
........
................................................................................................
“Art. 282.
.................
................................................................................................
. § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que
o agente praticou o fato em qualquer das condições
................................................................................................
constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do
..................
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado
requerimento das partes ou, quando no curso da liberdade provisória, mediante termo de comparecimento
investigação criminal, por representação da autoridade obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de
policial ou mediante requerimento do Ministério Público. revogação.
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que
ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida integra organização criminosa armada ou milícia, ou que
cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à
autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão
não realização da audiência de custódia no prazo
ser justificados e fundamentados em decisão que contenha
estabelecido no caput deste artigo responderá
elementos do caso concreto que justifiquem essa medida
administrativa, civil e penalmente pela omissão.
excepcional.
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações
do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não
impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério
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realização de audiência de custódia sem motivação idônea V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula,
ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela sem identificar seus fundamentos determinantes nem
autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles
imediata decretação de prisão preventiva.” (NR) fundamentos;
“Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo precedente invocado pela parte, sem demonstrar a
juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou existência de distinção no caso em julgamento ou a
do assistente, ou por representação da autoridade policial.” superação do entendimento.” (NR)
(NR)
“Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,
“Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista,
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do que a justifiquem.
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o
estado de liberdade do imputado.
órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua
§ manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão
1º ............................................................................................ fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.”
................. (NR)
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser “Art. 492.
motivada e fundamentada em receio de perigo e existência ................................................................................................
concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem ..
a aplicação da medida adotada.” (NR)
I -
“Art. 313. ................................................................................................
........................................................................................... ..............
§ ................................................................................................
1º ............................................................................................ ..................
.......
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da
com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena
como decorrência imediata de investigação criminal ou da igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará
apresentação ou recebimento de denúncia.” (NR) a execução provisória das penas, com expedição do
mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do
“Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a
conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos;
prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.
................................................................................................
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de
.................
qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente
a existência de fatos novos ou contemporâneos que § 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de
justifiquem a aplicação da medida adotada. autorizar a execução provisória das penas de que trata a
alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão
substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
julgamento possa plausivelmente levar à revisão da
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato condenação.
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do
questão decidida;
Tribunal do Júri a uma pena igual ou superior a 15 (quinze)
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem anos de reclusão não terá efeito suspensivo.
explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
§ 5º Excepcionalmente, poderá o tribunal atribuir efeito
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer suspensivo à apelação de que trata o § 4º deste artigo,
outra decisão; quando verificado cumulativamente que o recurso:
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no I - não tem propósito meramente protelatório; e
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
II - levanta questão substancial e que pode resultar em
pelo julgador;
absolvição, anulação da sentença, novo julgamento ou

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redução da pena para patamar inferior a 15 (quinze) anos de § 5º (VETADO).


reclusão.
§ 6º (VETADO).
§ 6º O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser
§ 7º (VETADO).
feito incidentemente na apelação ou por meio de petição em
separado dirigida diretamente ao relator, instruída com § 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em
cópias da sentença condenatória, das razões da apelação e submeter-se ao procedimento de identificação do perfil
de prova da tempestividade, das contrarrazões e das demais genético.” (NR)
peças necessárias à compreensão da controvérsia.” (NR)
“Art. 50.
“Art. 564. ............................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
..
..........
................................................................................................
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação
..................
do perfil genético.
V - em decorrência de decisão carente de fundamentação.
................................................................................................
................................................................................................ ” (NR)
.....” (NR)
“Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso
“Art. 581. constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da
.............................................................................................. ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou
condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção
................................................................................................
penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
...............
características:
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de
persecução penal, previsto no art. 28-A desta Lei.” (NR)
repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie;
“Art. 638. O recurso extraordinário e o recurso especial serão
II - recolhimento em cela individual;
processados e julgados no Supremo Tribunal Federal e no
Superior Tribunal de Justiça na forma estabelecida por leis III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem
especiais, pela lei processual civil e pelos respectivos realizadas em instalações equipadas para impedir o contato
regimentos internos.” (NR) físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no
caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de
Art. 4º A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de
2 (duas) horas;
Execução Penal), passa a vigorar com as seguintes
alterações: IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias
para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde
“Art. 9º-A. (VETADO).
que não haja contato com presos do mesmo grupo
................................................................................................ criminoso;
...........
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias defensor, em instalações equipadas para impedir o contato
mínimas de proteção de dados genéticos, observando as físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização
melhores práticas da genética forense. judicial em contrário;
................................................................................................ VI - fiscalização do conteúdo da correspondência;
...........
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o por videoconferência, garantindo-se a participação do
acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis defensor no mesmo ambiente do preso.
genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado
custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser
aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou
contraditado pela defesa.
estrangeiros:
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do
artigo que não tiver sido submetido à identificação do perfil
estabelecimento penal ou da sociedade;
genético por ocasião do ingresso no estabelecimento
prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento
cumprimento da pena. ou participação, a qualquer título, em organização criminosa,

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associação criminosa ou milícia privada, IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for
independentemente da prática de falta grave. reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou
grave ameaça;
§ 2º (Revogado).
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em
condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado,
organização criminosa, associação criminosa ou milícia
se for primário;
privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais
Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado,
federal.
com resultado morte, se for primário, vedado o livramento
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime condicional;
disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo,
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo
de organização criminosa estruturada para a prática de
indícios de que o preso:
crime hediondo ou equiparado; ou
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia
segurança do estabelecimento penal de origem ou da
privada;
sociedade;
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for
II - mantém os vínculos com organização criminosa,
reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;
associação criminosa ou milícia privada, considerados
também o perfil criminal e a função desempenhada por ele VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for
no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a reincidente em crime hediondo ou equiparado com
superveniência de novos processos criminais e os resultados resultado morte, vedado o livramento condicional.
do tratamento penitenciário.
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária,
disciplinar diferenciado deverá contar com alta segurança comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as
interna e externa, principalmente no que diz respeito à normas que vedam a progressão.
necessidade de se evitar contato do preso com membros de
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime
sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia
será sempre motivada e precedida de manifestação do
privada, ou de grupos rivais.
Ministério Público e do defensor, procedimento que
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo também será adotado na concessão de livramento
será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os
autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. prazos previstos nas normas vigentes.
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar .............................................................................................
diferenciado, o preso que não receber a visita de que trata o
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins
inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio
deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do
agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com
art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez)
minutos.” (NR) § 6º O cometimento de falta grave durante a execução da
pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a
“Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em
obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena,
forma progressiva com a transferência para regime menos
caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
terá como base a pena remanescente.
cumprido ao menos:
§ 7º (VETADO).” (NR)
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for
primário e o crime tiver sido cometido sem violência à “Art. 122.
pessoa ou grave ameaça; ................................................................................................
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for §
reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou 1º ............................................................................................
grave ameaça; .............
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for § 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere
primário e o crime tiver sido cometido com violência à o caput deste artigo o condenado que cumpre pena por
pessoa ou grave ameaça; praticar crime hediondo com resultado morte.” (NR)

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Art. 5º O art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, passa § 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual,
a vigorar com as seguintes alterações: poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo
para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa)
“Art. 1º
dias.
................................................................................................
... ...............................................................................................”
(NR)
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só “Art. 17-A. (VETADO):
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III,
I - (VETADO);
IV, V, VI, VII e VIII);
II - (VETADO);
................................................................................................
............... III - (VETADO).
II - roubo: § 1º (VETADO).
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. § 2º (VETADO).
157, § 2º, inciso V);
§ 3º (VETADO).
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157,
§ 4º (VETADO).
§ 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso
proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); § 5º (VETADO).”
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte Art. 7º A Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, passa a vigorar
(art. 157, § 3º); acrescida dos seguintes arts. 8º-A e 10-A:
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da “Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá
vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade
policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de
................................................................................................
sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando:
.............
I - a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de
igualmente eficazes; e
artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).
II - houver elementos probatórios razoáveis de autoria e
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos,
participação em infrações criminais cujas penas máximas
tentados ou consumados:
sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei conexas.
nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;
§ 1º O requerimento deverá descrever
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso circunstanciadamente o local e a forma de instalação do
proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dispositivo de captação ambiental.
dezembro de 2003;
§ 2º (VETADO).
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto
§ 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15
no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
(quinze) dias, renovável por decisão judicial por iguais
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de
acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, prova e quando presente atividade criminal permanente,
de 22 de dezembro de 2003; habitual ou continuada.
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à § 4º (VETADO).
prática de crime hediondo ou equiparado.” (NR)
§ 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as
Art. 6º A Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, passa a vigorar regras previstas na legislação específica para a interceptação
com as seguintes alterações: telefônica e telemática.”
“Art. 17. “Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais
............................................................................................ eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para investigação ou
instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for
§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração
exigida:
de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
................................................................................................
..........

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§ 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou
interlocutores. entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação
de importação, sem autorização da autoridade competente,
§ 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário público
a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
que descumprir determinação de sigilo das investigações
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.”
que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo
(NR)
das gravações enquanto mantido o sigilo judicial.”
“Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a
Art. 8º O art. 1º da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, passa
pena é aumentada da metade se:
a vigorar acrescido do seguinte § 6º:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas
“Art. 1º
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou
................................................................................................
.. II - o agente for reincidente específico em crimes dessa
natureza.” (NR)
................................................................................................
............... “Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros
balísticos serão armazenados no Banco Nacional de Perfis
§ 6º Para a apuração do crime de que trata este artigo,
Balísticos.
admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de
agentes.” (NR) § 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo
cadastrar armas de fogo e armazenar características de
Art. 9º A Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passa a
classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de
vigorar com as seguintes alterações:
munição deflagrados por arma de fogo.
“Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,
§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
pelos registros de elementos de munição deflagrados por
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações
sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição
destinadas às apurações criminais federais, estaduais e
de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
distritais.
determinação legal ou regulamentar:
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela
................................................................................................
unidade oficial de perícia criminal.
............
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis
§
Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que permitir ou
1º ............................................................................................
promover sua utilização para fins diversos dos previstos
........
nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo administrativamente.
envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de
reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.” (NR)
dados do Banco Nacional de Perfis Balísticos.
“Art. 17.
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de
.............................................................................................
Perfis Balísticos serão regulamentados em ato do Poder
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. Executivo federal.”
§ Art. 10. O § 1º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto
1º ............................................................................................ de 2006, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IV:
........
“Art. 33.
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma ...........................................................................................
de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em
§ 1º
desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a
................................................................................................
agente policial disfarçado, quando presentes elementos
..
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.”
(NR) ................................................................................................
........
“Art. 18.
............................................................................................ IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou
produto químico destinado à preparação de drogas, sem
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando

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presentes elementos probatórios razoáveis de conduta “Art. 10.


criminal preexistente. ................................................................................................
..
..............................................................................................”
(NR) § 1º O período de permanência será de até 3 (três) anos,
renovável por iguais períodos, quando solicitado
Art. 11. A Lei nº 11.671, de 8 de maio de 2008, passa a
motivadamente pelo juízo de origem, observados os
vigorar com as seguintes alterações:
requisitos da transferência, e se persistirem os motivos que
“Art. 2º a determinaram.
..............................................................................................
................................................................................................
Parágrafo único. O juízo federal de execução penal será .....” (NR)
competente para as ações de natureza penal que tenham
“Art. 11-A. As decisões relativas à transferência ou à
por objeto fatos ou incidentes relacionados à execução da
prorrogação da permanência do preso em estabelecimento
pena ou infrações penais ocorridas no estabelecimento
penal federal de segurança máxima, à concessão ou à
penal federal.” (NR)
denegação de benefícios prisionais ou à imposição de
“Art. 3º Serão incluídos em estabelecimentos penais federais sanções ao preso federal poderão ser tomadas por órgão
de segurança máxima aqueles para quem a medida se colegiado de juízes, na forma das normas de organização
justifique no interesse da segurança pública ou do próprio interna dos tribunais.”
preso, condenado ou provisório.
“Art. 11-B. Os Estados e o Distrito Federal poderão construir
§ 1º A inclusão em estabelecimento penal federal de estabelecimentos penais de segurança máxima, ou adaptar
segurança máxima, no atendimento do interesse da os já existentes, aos quais será aplicável, no que couber, o
segurança pública, será em regime fechado de segurança disposto nesta Lei.”
máxima, com as seguintes características:
Art. 12. A Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 2009, passa a
I - recolhimento em cela individual; vigorar com as seguintes alterações:
II - visita do cônjuge, do companheiro, de parentes e de “Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de
amigos somente em dias determinados, por meio virtual ou dados ocorrerá:
no parlatório, com o máximo de 2 (duas) pessoas por vez,
I - no caso de absolvição do acusado; ou
além de eventuais crianças, separados por vidro e
comunicação por meio de interfone, com filmagem e II - no caso de condenação do acusado, mediante
gravações; requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do
cumprimento da pena.” (NR)
III - banho de sol de até 2 (duas) horas diárias; e
“Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça
IV - monitoramento de todos os meios de comunicação,
e Segurança Pública, do Banco Nacional Multibiométrico e
inclusive de correspondência escrita.
de Impressões Digitais.
§ 2º Os estabelecimentos penais federais de segurança
§ 1º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional
máxima deverão dispor de monitoramento de áudio e vídeo
Multibiométrico e de Impressões Digitais serão
no parlatório e nas áreas comuns, para fins de preservação
regulamentados em ato do Poder Executivo federal.
da ordem interna e da segurança pública, vedado seu uso nas
celas e no atendimento advocatício, salvo expressa § 2º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
autorização judicial em contrário. Digitais tem como objetivo armazenar dados de registros
biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de
§ 3º As gravações das visitas não poderão ser utilizadas como
íris, face e voz, para subsidiar investigações criminais
meio de prova de infrações penais pretéritas ao ingresso do
federais, estaduais ou distritais.
preso no estabelecimento.
§ 3º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
§ 4º Os diretores dos estabelecimentos penais federais de
Digitais será integrado pelos registros biométricos, de
segurança máxima ou o Diretor do Sistema Penitenciário
impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em
Federal poderão suspender e restringir o direito de visitas
investigações criminais ou por ocasião da identificação
previsto no inciso II do § 1º deste artigo por meio de ato
criminal.
fundamentado.
§ 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos, de
§ 5º Configura o crime do art. 325 do Decreto-Lei nº 2.848,
impressões digitais, de íris, face e voz dos presos provisórios
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a violação ao
ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por ocasião
disposto no § 2º deste artigo.” (NR)
da identificação criminal.

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§ 5º Poderão integrar o Banco Nacional Multibiométrico e de § 2º Ao receber, segundo as regras normais de distribuição,
Impressões Digitais, ou com ele interoperar, os dados de processos ou procedimentos que tenham por objeto os
registros constantes em quaisquer bancos de dados geridos crimes mencionados no caput deste artigo, o juiz deverá
por órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das declinar da competência e remeter os autos, em qualquer
esferas federal, estadual e distrital, inclusive pelo Tribunal fase em que se encontrem, à Vara Criminal Colegiada de sua
Superior Eleitoral e pelos Institutos de Identificação Civil. Circunscrição ou Seção Judiciária.
§ 6º No caso de bancos de dados de identificação de § 3º Feita a remessa mencionada no § 2º deste artigo, a Vara
natureza civil, administrativa ou eleitoral, a integração ou o Criminal Colegiada terá competência para todos os atos
compartilhamento dos registros do Banco Nacional processuais posteriores, incluindo os da fase de execução.”
Multibiométrico e de Impressões Digitais será limitado às
Art. 14. A Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013, passa a
impressões digitais e às informações necessárias para
vigorar com as seguintes alterações:
identificação do seu titular.
“Art. 2º
§ 7º A integração ou a interoperação dos dados de registros
...............................................................................................
multibiométricos constantes de outros bancos de dados com
o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais ................................................................................................
ocorrerá por meio de acordo ou convênio com a unidade .............
gestora.
§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou
§ 8º Os dados constantes do Banco Nacional Multibiométrico que tenham armas à disposição deverão iniciar o
e de Impressões Digitais terão caráter sigiloso, e aquele que cumprimento da pena em estabelecimentos penais de
permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos segurança máxima.
previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil,
§ 9º O condenado expressamente em sentença por integrar
penal e administrativamente.
organização criminosa ou por crime praticado por meio de
§ 9º As informações obtidas a partir da coincidência de organização criminosa não poderá progredir de regime de
registros biométricos relacionados a crimes deverão ser cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou
consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial outros benefícios prisionais se houver elementos
habilitado. probatórios que indiquem a manutenção do vínculo
associativo.” (NR)
§ 10. É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de
dados do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões “‘Seção I
Digitais.
Da Colaboração Premiada’
§ 11. A autoridade policial e o Ministério Público poderão
‘Art. 3º-A. O acordo de colaboração premiada é negócio
requerer ao juiz competente, no caso de inquérito ou ação
jurídico processual e meio de obtenção de prova, que
penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional
pressupõe utilidade e interesse públicos.’
Multibiométrico e de Impressões Digitais.”
‘Art. 3º-B. O recebimento da proposta para formalização de
Art. 13. A Lei nº 12.694, de 24 de julho de 2012, passa a
acordo de colaboração demarca o início das negociações e
vigorar acrescida do seguinte art. 1º-A:
constitui também marco de confidencialidade, configurando
“Art. 1º-A. Os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais violação de sigilo e quebra da confiança e da boa-fé a
Federais poderão instalar, nas comarcas sedes de divulgação de tais tratativas iniciais ou de documento que as
Circunscrição ou Seção Judiciária, mediante resolução, Varas formalize, até o levantamento de sigilo por decisão judicial.
Criminais Colegiadas com competência para o processo e
§ 1º A proposta de acordo de colaboração premiada poderá
julgamento:
ser sumariamente indeferida, com a devida justificativa,
I - de crimes de pertinência a organizações criminosas cientificando-se o interessado.
armadas ou que tenham armas à disposição;
§ 2º Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão
II - do crime do art. 288-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de firmar Termo de Confidencialidade para prosseguimento das
dezembro de 1940 (Código Penal); e tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na
negociação e impedirá o indeferimento posterior sem justa
III - das infrações penais conexas aos crimes a que se referem
causa.
os incisos I e II do caput deste artigo.
§ 3º O recebimento de proposta de colaboração para análise
§ 1º As Varas Criminais Colegiadas terão competência para
ou o Termo de Confidencialidade não implica, por si só, a
todos os atos jurisdicionais no decorrer da investigação, da
suspensão da investigação, ressalvado acordo em contrário
ação penal e da execução da pena, inclusive a transferência
quanto à propositura de medidas processuais penais
do preso para estabelecimento prisional de segurança
máxima ou para regime disciplinar diferenciado.
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cautelares e assecuratórias, bem como medidas processuais ................................................................................................


cíveis admitidas pela legislação processual civil em vigor. ......
§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser § 7º Realizado o acordo na forma do § 6º deste artigo, serão
precedido de instrução, quando houver necessidade de remetidos ao juiz, para análise, o respectivo termo, as
identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos declarações do colaborador e cópia da investigação,
narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade e devendo o juiz ouvir sigilosamente o colaborador,
interesse público. acompanhado de seu defensor, oportunidade em que
analisará os seguintes aspectos na homologação:
§ 5º Os termos de recebimento de proposta de colaboração
e de confidencialidade serão elaborados pelo celebrante e I - regularidade e legalidade;
assinados por ele, pelo colaborador e pelo advogado ou
II - adequação dos benefícios pactuados àqueles previstos
defensor público com poderes específicos.
no caput e nos §§ 4º e 5º deste artigo, sendo nulas as
§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa cláusulas que violem o critério de definição do regime inicial
do celebrante, esse não poderá se valer de nenhuma das de cumprimento de pena do art. 33 do Decreto-Lei nº 2.848,
informações ou provas apresentadas pelo colaborador, de de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), as regras de cada
boa-fé, para qualquer outra finalidade.’ um dos regimes previstos no Código Penal e na Lei nº 7.210,
de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal) e os
‘Art. 3º-C. A proposta de colaboração premiada deve estar
requisitos de progressão de regime não abrangidos pelo § 5º
instruída com procuração do interessado com poderes
deste artigo;
específicos para iniciar o procedimento de colaboração e
suas tratativas, ou firmada pessoalmente pela parte que III - adequação dos resultados da colaboração aos resultados
pretende a colaboração e seu advogado ou defensor público. mínimos exigidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput deste
artigo;
§ 1º Nenhuma tratativa sobre colaboração premiada deve
ser realizada sem a presença de advogado constituído ou IV - voluntariedade da manifestação de vontade,
defensor público. especialmente nos casos em que o colaborador está ou
esteve sob efeito de medidas cautelares.
§ 2º Em caso de eventual conflito de interesses, ou de
colaborador hipossuficiente, o celebrante deverá solicitar a § 7º-A O juiz ou o tribunal deve proceder à análise
presença de outro advogado ou a participação de defensor fundamentada do mérito da denúncia, do perdão judicial e
público. das primeiras etapas de aplicação da pena, nos termos
do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
§ 3º No acordo de colaboração premiada, o colaborador
Penal) e do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais concorreu e
(Código de Processo Penal), antes de conceder os benefícios
que tenham relação direta com os fatos investigados.
pactuados, exceto quando o acordo prever o não
§ 4º Incumbe à defesa instruir a proposta de colaboração e oferecimento da denúncia na forma dos §§ 4º e 4º-A deste
os anexos com os fatos adequadamente descritos, com todas artigo ou já tiver sido proferida sentença.
as suas circunstâncias, indicando as provas e os elementos
§ 7º-B. São nulas de pleno direito as previsões de renúncia
de corroboração.’
ao direito de impugnar a decisão homologatória.
‘Art. 4º
§ 8º O juiz poderá recusar a homologação da proposta que
................................................................................................
não atender aos requisitos legais, devolvendo-a às partes
................................................................................................ para as adequações necessárias.
............
................................................................................................
§ 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o ..........
Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a
§ 10-A Em todas as fases do processo, deve-se garantir ao
proposta de acordo de colaboração referir-se a infração de
réu delatado a oportunidade de manifestar-se após o
cuja existência não tenha prévio conhecimento e o
decurso do prazo concedido ao réu que o delatou.
colaborador:
................................................................................................
................................................................................................
........
.........
§ 13. O registro das tratativas e dos atos de colaboração
§ 4º-A. Considera-se existente o conhecimento prévio da
deverá ser feito pelos meios ou recursos de gravação
infração quando o Ministério Público ou a autoridade policial
magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive
competente tenha instaurado inquérito ou procedimento
audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das
investigatório para apuração dos fatos apresentados pelo
informações, garantindo-se a disponibilização de cópia do
colaborador.
material ao colaborador.
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................................................................................................ § 2º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o


................. juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério
Público.
§ 16. Nenhuma das seguintes medidas será decretada ou
proferida com fundamento apenas nas declarações do § 3º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração
colaborador: penal de que trata o art. 1º desta Lei e se as provas não
puderem ser produzidas por outros meios disponíveis.
I - medidas cautelares reais ou pessoais;
§ 4º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis)
II - recebimento de denúncia ou queixa-crime;
meses, sem prejuízo de eventuais renovações, mediante
III - sentença condenatória. ordem judicial fundamentada e desde que o total não exceda
a 720 (setecentos e vinte) dias e seja comprovada sua
§ 17. O acordo homologado poderá ser rescindido em caso
necessidade.
de omissão dolosa sobre os fatos objeto da colaboração.
§ 5º Findo o prazo previsto no § 4º deste artigo, o relatório
§ 18. O acordo de colaboração premiada pressupõe que o
circunstanciado, juntamente com todos os atos eletrônicos
colaborador cesse o envolvimento em conduta ilícita
praticados durante a operação, deverão ser registrados,
relacionada ao objeto da colaboração, sob pena de rescisão.’
gravados, armazenados e apresentados ao juiz competente,
(NR)
que imediatamente cientificará o Ministério Público.
‘Art. 5º
§ 6º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia
................................................................................................
poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público
..
e o juiz competente poderão requisitar, a qualquer tempo,
................................................................................................ relatório da atividade de infiltração.
...............
§ 7º É nula a prova obtida sem a observância do disposto
VI - cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento neste artigo.”
penal diverso dos demais corréus ou condenados.’ (NR)
“Art. 10-B. As informações da operação de infiltração serão
‘Art. 7º encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela
................................................................................................ autorização da medida, que zelará por seu sigilo.
..
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso
................................................................................................ aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao
.............. delegado de polícia responsável pela operação, com o
objetivo de garantir o sigilo das investigações.”
§ 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do
colaborador serão mantidos em sigilo até o recebimento da “Art. 10-C. Não comete crime o policial que oculta a sua
denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado identidade para, por meio da internet, colher indícios de
decidir por sua publicidade em qualquer hipótese.’ (NR)” autoria e materialidade dos crimes previstos no art. 1º desta
Lei.
“Art. 10-A. Será admitida a ação de agentes de polícia
infiltrados virtuais, obedecidos os requisitos do caput do art. Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de
10, na internet, com o fim de investigar os crimes previstos observar a estrita finalidade da investigação responderá
nesta Lei e a eles conexos, praticados por organizações pelos excessos praticados.”
criminosas, desde que demonstrada sua necessidade e
“Art. 10-D. Concluída a investigação, todos os atos
indicados o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou
eletrônicos praticados durante a operação deverão ser
apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os
registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz
dados de conexão ou cadastrais que permitam a
e ao Ministério Público, juntamente com relatório
identificação dessas pessoas.
circunstanciado.
§ 1º Para efeitos do disposto nesta Lei, consideram-se:
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados
I - dados de conexão: informações referentes a hora, data, no caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e
início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito
(IP) utilizado e terminal de origem da conexão; policial, assegurando-se a preservação da identidade do
agente policial infiltrado e a intimidade dos envolvidos.”
II - dados cadastrais: informações referentes a nome e
endereço de assinante ou de usuário registrado ou “Art. 11.
autenticado para a conexão a quem endereço de IP, ............................................................................................
identificação de usuário ou código de acesso tenha sido
Parágrafo único. Os órgãos de registro e cadastro público
atribuído no momento da conexão.
poderão incluir nos bancos de dados próprios, mediante

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procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as ................................................................................................


informações necessárias à efetividade da identidade fictícia ................
criada, nos casos de infiltração de agentes na internet.” (NR)
§ 3º Não sendo o caso de arquivamento e tendo o
Art. 15. A Lei nº 13.608, de 10 de janeiro de 2018, passa a investigado confessado formal e circunstanciadamente a
vigorar com as seguintes alterações: prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério
“Art. 4º-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Público poderá propor acordo de não persecução penal,
Municípios e suas autarquias e fundações, empresas
desde que necessário e suficiente para a reprovação e
públicas e sociedades de economia mista manterão unidade
prevenção do crime, nos termos do art. 28-A do Decreto-Lei
de ouvidoria ou correição, para assegurar a qualquer pessoa
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
o direito de relatar informações sobre crimes contra a
Penal).” (NR)
administração pública, ilícitos administrativos ou quaisquer
ações ou omissões lesivas ao interesse público. Art. 17. O art. 3º da Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de
2018, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Parágrafo único. Considerado razoável o relato pela unidade
de ouvidoria ou correição e procedido o encaminhamento “Art. 3º
para apuração, ao informante serão asseguradas proteção ................................................................................................
integral contra retaliações e isenção de responsabilização
................................................................................................
civil ou penal em relação ao relato, exceto se o informante
.............
tiver apresentado, de modo consciente, informações ou
provas falsas.” V - os recursos provenientes de convênios, contratos ou
acordos firmados com entidades públicas ou privadas,
“Art. 4º-B. O informante terá direito à preservação de sua
nacionais, internacionais ou estrangeiras;
identidade, a qual apenas será revelada em caso de
relevante interesse público ou interesse concreto para a VI - os recursos confiscados ou provenientes da alienação
apuração dos fatos. dos bens perdidos em favor da União Federal, nos termos da
legislação penal ou processual penal;
Parágrafo único. A revelação da identidade somente será
efetivada mediante comunicação prévia ao informante e VII - as fianças quebradas ou perdidas, em conformidade
com sua concordância formal.” com o disposto na lei processual penal;
“Art. 4º-C. Além das medidas de proteção previstas na Lei nº VIII - os rendimentos de qualquer natureza, auferidos como
9.807, de 13 de julho de 1999, será assegurada ao remuneração, decorrentes de aplicação do patrimônio do
informante proteção contra ações ou omissões praticadas FNSP.
em retaliação ao exercício do direito de relatar, tais como
................................................................................................
demissão arbitrária, alteração injustificada de funções ou
..............” (NR)
atribuições, imposição de sanções, de prejuízos
remuneratórios ou materiais de qualquer espécie, retirada Art. 18. O Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969
de benefícios, diretos ou indiretos, ou negativa de (Código de Processo Penal Militar), passa a vigorar acrescido
fornecimento de referências profissionais positivas. do seguinte art. 16-A:
§ 1º A prática de ações ou omissões de retaliação ao “Art. 16-A. Nos casos em que servidores das polícias militares
informante configurará falta disciplinar grave e sujeitará o e dos corpos de bombeiros militares figurarem como
agente à demissão a bem do serviço público. investigados em inquéritos policiais militares e demais
procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação
§ 2º O informante será ressarcido em dobro por eventuais
de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no
danos materiais causados por ações ou omissões praticadas
exercício profissional, de forma consumada ou tentada,
em retaliação, sem prejuízo de danos morais.
incluindo as situações dispostas nos arts. 42 a 47 do Decreto-
§ 3º Quando as informações disponibilizadas resultarem em Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código Penal
recuperação de produto de crime contra a administração Militar), o indiciado poderá constituir defensor.
pública, poderá ser fixada recompensa em favor do
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o
informante em até 5% (cinco por cento) do valor
investigado deverá ser citado da instauração do
recuperado.”
procedimento investigatório, podendo constituir defensor
Art. 16. O art. 1º da Lei nº 8.038, de 28 de maio de 1990, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do
passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º: recebimento da citação.
“Art. 1º § 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º com ausência de
................................................................................................ nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade
.... responsável pela investigação deverá intimar a instituição a

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que estava vinculado o investigado à época da ocorrência biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de
dos fatos, para que esta, no prazo de 48 (quarenta e oito) causar danos ou promover destruição em massa;
horas, indique defensor para a representação do
II – (VETADO);
investigado.
III - (VETADO);
§ 3º (VETADO).
IV - sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência,
§ 4º (VETADO).
grave ameaça a pessoa ou servindo-se de mecanismos
§ 5º (VETADO). cibernéticos, do controle total ou parcial, ainda que de modo
temporário, de meio de comunicação ou de transporte, de
§ 6º As disposições constantes deste artigo aplicam-se aos
portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias,
servidores militares vinculados às instituições dispostas
hospitais, casas de saúde, escolas, estádios esportivos,
no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos
instalações públicas ou locais onde funcionem serviços
investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei
públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão
e da Ordem.”
de energia, instalações militares, instalações de exploração,
Art. 19. Fica revogado o § 2º do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 refino e processamento de petróleo e gás e instituições
de julho de 1990. bancárias e sua rede de atendimento;
Art. 20. Esta Lei entra em vigor após decorridos 30 (trinta) V - atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa:
dias de sua publicação oficial.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos, além das sanções
Brasília, 24 de dezembro de 2019; 198o da Independência e correspondentes à ameaça ou à violência.
131o da República.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica à conduta
JAIR MESSIAS BOLSONARO individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas,
Sérgio Moro movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de
José Vicente Santini categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou
André Luiz de Almeida Mendonça reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou
apoiar, com o objetivo de defender direitos, garantias e
Este texto não substitui o publicado no DOU de 24.12.2019 -
liberdades constitucionais, sem prejuízo da tipificação penal
Edição extra
contida em lei.

Lei nº 13.620/2016 Art. 3º Promover, constituir, integrar ou prestar auxílio,


pessoalmente ou por interposta pessoa, a organização
Regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5º da terrorista:
Constituição Federal, disciplinando o terrorismo, tratando Pena - reclusão, de cinco a oito anos, e multa.
de disposições investigatórias e processuais e
reformulando o conceito de organização terrorista; e altera § 1º (VETADO).
as Leis n º 7.960, de 21 de dezembro de 1989, e 12.850, de § 2º (VETADO).
2 de agosto de 2013.
Art. 4º (VETADO).
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 5º Realizar atos preparatórios de terrorismo com o
propósito inequívoco de consumar tal delito:
Art. 1º Esta Lei regulamenta o disposto no inciso XLIII do art.
5º da Constituição Federal , disciplinando o terrorismo, Pena - a correspondente ao delito consumado, diminuída de
tratando de disposições investigatórias e processuais e um quarto até a metade.
reformulando o conceito de organização terrorista. § 1º Incorre nas mesmas penas o agente que, com o
Art. 2º O terrorismo consiste na prática por um ou mais propósito de praticar atos de terrorismo:
indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de I - recrutar, organizar, transportar ou municiar indivíduos
xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia que viajem para país distinto daquele de sua residência ou
e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar nacionalidade; ou
terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa,
patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. II - fornecer ou receber treinamento em país distinto daquele
de sua residência ou nacionalidade.
§ 1º São atos de terrorismo:
§ 2º Nas hipóteses do § 1º, quando a conduta não envolver
I - usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou treinamento ou viagem para país distinto daquele de sua
trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos residência ou nacionalidade, a pena será a correspondente
ao delito consumado, diminuída de metade a dois terços.

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Art. 6º Receber, prover, oferecer, obter, guardar, manter em § 3º Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o
depósito, solicitar, investir, de qualquer modo, direta ou comparecimento pessoal do acusado ou de interposta
indiretamente, recursos, ativos, bens, direitos, valores ou pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o juiz
serviços de qualquer natureza, para o planejamento, a determinar a prática de atos necessários à conservação de
preparação ou a execução dos crimes previstos nesta Lei: bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no § 1º.
Pena - reclusão, de quinze a trinta anos. § 4º Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre
bens, direitos ou valores para reparação do dano decorrente
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem oferecer ou
da infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou
receber, obtiver, guardar, mantiver em depósito, solicitar,
para pagamento de prestação pecuniária, multa e custas.
investir ou de qualquer modo contribuir para a obtenção de
ativo, bem ou recurso financeiro, com a finalidade de Art. 13. Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz,
financiar, total ou parcialmente, pessoa, grupo de pessoas, ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou
associação, entidade, organização criminosa que tenha jurídica qualificada para a administração dos bens, direitos
como atividade principal ou secundária, mesmo em caráter ou valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante
eventual, a prática dos crimes previstos nesta Lei. termo de compromisso.
Art. 7º Salvo quando for elementar da prática de qualquer Art. 14. A pessoa responsável pela administração dos bens:
crime previsto nesta Lei, se de algum deles resultar lesão
I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será
corporal grave, aumenta-se a pena de um terço, se resultar
satisfeita preferencialmente com o produto dos bens objeto
morte, aumenta-se a pena da metade.
da administração;
Art. 8º (VETADO).
II - prestará, por determinação judicial, informações
Art. 9º (VETADO). periódicas da situação dos bens sob sua administração, bem
como explicações e detalhamentos sobre investimentos e
Art. 10. Mesmo antes de iniciada a execução do crime de
reinvestimentos realizados.
terrorismo, na hipótese do art. 5º desta Lei, aplicam-se as
disposições do art. 15 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens
dezembro de 1940 - Código Penal . serão levados ao conhecimento do Ministério Público, que
requererá o que entender cabível.
Art. 11. Para todos os efeitos legais, considera-se que os
crimes previstos nesta Lei são praticados contra o interesse Art. 15. O juiz determinará, na hipótese de existência de
da União, cabendo à Polícia Federal a investigação criminal, tratado ou convenção internacional e por solicitação de
em sede de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu autoridade estrangeira competente, medidas assecuratórias
processamento e julgamento, nos termos do inciso IV do art. sobre bens, direitos ou valores oriundos de crimes descritos
109 da Constituição Federal . nesta Lei praticados no estrangeiro.
Parágrafo único. (VETADO). § 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente
de tratado ou convenção internacional, quando houver
Art. 12. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
reciprocidade do governo do país da autoridade solicitante.
Público ou mediante representação do delegado de polícia,
ouvido o Ministério Público em vinte e quatro horas, § 2º Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou
havendo indícios suficientes de crime previsto nesta Lei, valores sujeitos a medidas assecuratórias por solicitação de
poderá decretar, no curso da investigação ou da ação penal, autoridade estrangeira competente ou os recursos
medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do provenientes da sua alienação serão repartidos entre o
investigado ou acusado, ou existentes em nome de Estado requerente e o Brasil, na proporção de metade,
interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé.
proveito dos crimes previstos nesta Lei.
Art. 16. Aplicam-se as disposições da Lei nº 12.850, de 2
§ 1º Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação agosto de 2013 , para a investigação, processo e julgamento
do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver
Art. 17. Aplicam-se as disposições da Lei nº 8.072, de 25 de
dificuldade para sua manutenção.
julho de 1990 , aos crimes previstos nesta Lei.
§ 2º O juiz determinará a liberação, total ou parcial, dos bens,
Art. 18. O inciso III do art. 1º da Lei nº 7.960, de 21 de
direitos e valores quando comprovada a licitude de sua
dezembro de 1989 , passa a vigorar acrescido da seguinte
origem e destinação, mantendo-se a constrição dos bens,
alínea p :
direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos
danos e ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e “Art. lº ......................................................................
custas decorrentes da infração penal.
III - .............................................................................

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p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.” (NR) *§1º O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia
Legislativa. * Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Art. 19. O art. 1º da Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013 ,
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
passa a vigorar com a seguinte alteração:
*§2º O Poder Executivo é exercido pelo Governador do
“Art. 1º .......................................................................
Estado, auxiliado pelos Secretários de Estado. * Redação
§ 2º ............................................................................. dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
de 2009 – D.O. 24.09.2009
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas
voltadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente *§3º O Poder Judiciário é exercido pelo Tribunal de Justiça e
definidos.” (NR) pelos juízes estaduais. * Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
24.09.2009
Brasília, 16 de março de 2016; 195º da Independência e 128º
*§4º (revogado). * Revogado pela Emenda Constitucional nº
da República.
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
DILMA ROUSSEFF
*Art. 4º O território cearense, para os fins das políticas
Wellington César Lima e Silva
governamentais de estímulo e desenvolvimento, será
Nelson Barbosa
constituído por conformações regionais resultantes da
Nilma Lino Gomes aglutinação de municípios limítrofes, com base nas suas
peculiaridades fisiográficas, socioambientais, socioespaciais,
Este texto não substitui o publicado no DOU de 17.3.2016 -
socioeconômicas e socioculturais para fins de planejamento
Edição extra e retificada em 18.3.2016
e gestão das ações do governo. *Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 22 de abril de 2009 – Diário Oficial
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA nº 27.04.09.
*§1º (revogado). * Revogado pela Emenda Constitucional nº
62, de 22 de abril de 2009 – D.O. 27.04.09
Constituição do Estado do
*§2º (revogado). * Revogado pela Emenda Constitucional nº
Ceará 62, de 22 de abril de 2009 – D.O. 27.04.09.

Em nome do povo cearense, no exercício da atividade *§3º (revogado). * Revogado pela Emenda Constitucional nº
constituinte, derivada da expressa reserva de poder da 62, de 22 de abril de 2009 – D.O. 27.04.09
representação soberana da Nação brasileira, a Assembleia *Parágrafo único. Com o objetivo de buscar o
Estadual Constituinte, invocando a proteção de Deus, adota desenvolvimento e integração regional sustentável, o
e promulga a presente Constituição, ajustada ao Estado crescimento econômico com distribuição de renda e riqueza
Democrático de Direito, implantado na República e a conquista de uma sociedade justa e solidária, as
Federativa do Brasil. conformações de que trata este artigo são assim
TÍTULO I classificadas: * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 62,
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS de 22 de abril de 2009 – D.O. 27.04.09.

*Art. 1º O Estado do Ceará, unidade integrante da República *a) regiões metropolitanas; * Acrescido pela Emenda
Federativa do Brasil, exerce a sua autonomia política no Constitucional nº 62, de 22 de abril de 2009 – D.O. 27.04.09.
âmbito das competências que lhe são conferidas pela *b) microrregiões; e * Acrescido pela Emenda Constitucional
Constituição da República, regendo-se por esta Constituição nº 62, de 22 de abril de 2009 – D.O. 27.04.09.
e as leis que adotar. * Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. *c) aglomerações urbanas. * Acrescido pela Emenda
24.09.2009. Constitucional nº 62, de 22 de abril de 2009 – D.O. 27.04.09.

*Art. 2º O povo é a fonte única de legitimidade do poder, que TÍTULO II


o exerce diretamente ou por seus representantes eleitos, na DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
forma estabelecida na Constituição da República e nesta Art. 5º O povo é titular do poder de sufrágio, que o exerce
Constituição. * Redação dada pela Emenda Constitucional nº em caráter universal, por voto direto e secreto, com igual
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. valor, na localidade do domicílio eleitoral, nos termos da lei,
Art. 3º São Poderes do Estado, independentes e harmônicos mediante:
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. *I – eleição dos representantes políticos federais, estaduais
e municipais; * Redação dada pela Emenda Constitucional nº
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
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*II – plebiscito; *Art. 8º Revogado. * Revogado pela Emenda Constitucional


nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
*III – referendo.
Art. 9º A Assembleia Legislativa, através de comissão
*IV – iniciativa popular; * Acrescentado pela Emenda
específica, de caráter permanente, de ofício ou à vista de
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
representação de paciente, de abuso de poder cometido por
24.09.2009.
autoridade policial, instaurará procedimento de controle
*V – iniciativa compartilhada. * Acrescentado pela Emenda político, para fazer aplicável a sanção do art. 37, § 4º, da
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. Constituição da República.
24.09.2009.
Parágrafo único. No exercício dessa atividade de controle
*Art. 6º A iniciativa popular será exercida pela apresentação, podem ser adotadas as seguintes medidas, tendentes à
à Assembleia Legislativa, de projeto de lei e de emenda à elucidação dos fatos:
Constituição, subscrito por, no mínimo, um por cento do
I – convocar o Secretário de Estado responsável pelo assunto
eleitorado cearense, distribuído pelo menos por cinco
em pendência ou o Comandante-Geral da Polícia Militar;
municípios, com não menos de três décimos por cento dos
eleitores de cada um deles. * Redação dada pela Emenda II – solicitar o depoimento de qualquer autoridade ou
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. cidadão;
24.09.2009
III – examinar o funcionamento de setor público sobre
*§1º Os projetos de iniciativa popular tramitarão no prazo problema específico ou para avaliação de distorções que o
de quarenta e cinco dias, em regime de prioridade, turno estejam afetando, verificando a ocorrência de falhas e
único de votação e discussão, para suprir omissão legislativa, ministrando indicações conclusivas;
constituindo causa prejudicial à aplicabilidade de mandado
IV – submeter a plenário, conforme a gravidade do problema
de injunção. *Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº
ou em face da natureza das medidas, a matéria em causa,
143-4 a qual foi julgada extinta pelo STF. Ver ADIN n° 143-4
podendo ser constituída comissão parlamentar de inquérito,
no Anexo I.
caso não estejam configurados, de logo, os elementos
*§2º O regimento interno da Assembleia aplicar-se-á nas elucidativos ao encaminhamento do assunto para os fins
demais hipóteses de iniciativa popular, observado o disposto contemplados no caput deste artigo;
no art. 62 e no seu parágrafo único. *Arguída a
V – cientificar o Tribunal de Justiça ou o Procurador-Geral da
inconstitucionalidade na ADIN nº 143-4 a qual foi julgada
Justiça, em caso, respectivamente, de conduta omissiva de
extinta pelo STF. Ver ADIN n° 143-4 no Anexo I.
magistrado ou de membro do Ministério Público.
Art. 7º Todos os órgãos e instituições dos poderes estadual e
Art. 10.É direito de todos o ensino de 1o e 2o graus, devendo
municipal são acessíveis ao indivíduo, por petição ou
o Estado e os Municípios dar condições ao setor educacional
representação, em defesa do direito ou em salvaguarda
para o alcance desse objetivo.
cívica do interesse coletivo e do meio ambiente.
*Art. 11.Qualquer cidadão, partido político, associação ou
§1º A autoridade, a quem for dirigida a petição ou
sindicato de classe é parte legítima para denunciar
representação, deverá oficializar o seu ingresso,
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas
assegurando-lhe tramitação rápida, dando-lhe fundamento
do Estado, exigir-lhes completa apuração e devida aplicação
legal, ao exarar a decisão.
das sanções legais aos responsáveis, ficando a autoridade
§2º O interessado deverá ser informado da solução que receber a denúncia ou requerimento de providências,
aprovada, por correspondência oficial, no prazo de sessenta obrigada a manifestar-se sobre a matéria. *Suprimida a
dias, a contar do protocolo, sendo-lhe fornecida certidão, se expressão “ou Tribunal de Contas dos Municípios” pela
a requerer. Emenda constitucional nº 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
21.08.2017.
§3º É facultado a todos o acesso gratuito às informações do
que constar a seu respeito nos registros em bancos de dados §1º A denúncia deverá ser instruída com documentos que
estaduais e municipais, públicos ou privados, bem como do revelem indícios suficientes à apuração dos fatos. §2º Assiste
fim a que se destinam essas informações, podendo exigir, a ao cidadão legitimidade para postular, perante os órgãos
qualquer tempo, sua retificação e atualização. públicos estaduais ou municipais, a apuração de
responsabilidade, em caso de danos ao meio ambiente,
*§4º Pode o cidadão, diante de lesão ao patrimônio público
conforme o disposto em lei.
estadual e nas demais hipóteses previstas no art. 5º, inciso
LXXIII, da Constituição da República, promover ação popular. *Art. 12. (revogado). * Revogado pela Emenda
* Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 24.09.2009

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Art. 13. A criação de associações e, na forma da lei, a de XII – incentivo ao lazer e ao desporto, prioritariamente,
cooperativas, independem de autorização, sendo vedada a através de programas e atividades voltadas à população
interferência estatal em seu funcionamento. carente;
Parágrafo único. As associações só poderão ser XIII – remuneração condigna e valorização profissional dos
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades servidores públicos;
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso,
XIV – respeito à autonomia dos Municípios; XV –
o trânsito em julgado.
contribuição para a política de integração nacional e de
TÍTULO III redução das desigualdades socioeconômicas regionais do
DA ORGANIZAÇÃO ESTADUAL Brasil e internamente em seu próprio território;
CAPÍTULO I
*XVI – elaboração e execução de planos estaduais de
DISPOSIÇÕES GERAIS
ordenação do território e desenvolvimento socioeconômico,
Art. 14. O Estado do Ceará, pessoa jurídica de direito público socioambiental e socioespacial, ajustando os delineamentos
interno, exerce em seu território as competências que, nacionais às peculiaridades do ambiente estadual; * Redação
explícita ou implicitamente, não lhe sejam vedadas pela dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
Constituição Federal, observados os seguintes princípios: de 2009 – D.O. 24.09.2009
I – respeito à Constituição Federal e à unidade da Federação; XVII – promoção de medidas de caráter preventivo sobre o
fenômeno das secas, utilizando estudos e pesquisas
II – promoção da justiça social e extinção de todas as formas
desenvolvidos pelos órgãos competentes, nos níveis federal,
de exploração e opressão, procurando assegurar a todos
regional e estadual, repassando os dados aos Municípios,
uma vida digna, livre e saudável;
prestando-lhes apoio técnico e financeiro;
*III – defesa da igualdade e combate a qualquer forma de
XVIII – exploração, diretamente ou mediante autorização,
discriminação em razão de nacionalidade, condição e local
concessão ou permissão através de concorrência pública,
de nascimento, raça, cor, religião, origem étnica, convicção
dos serviços de transporte rodoviário intermunicipal de
política ou filosófica, deficiência física ou mental, doença,
passageiros que não transponham os limites do Estado;
idade, atividade profissional, estado civil, classe social, sexo
e orientação sexual; * Redação dada pela Emenda XIX – prestação de assessoria e apoio financeiro, quando
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. solicitado, aos Municípios que apresentarem carência de
24.09.2009 recursos técnicos para a elaboração e implantação dos
serviços públicos básicos.
*IV – respeito à legalidade, impessoalidade, à moralidade, à
publicidade, à eficiência e à probidade administrativa; * *XX – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de aos que comprovarem insuficiência de recursos. * Acrescido
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
2009 – D.O. 24.09.2009.
V – colaboração e cooperação com os demais entes que
integram a Federação, visando ao desenvolvimento *Art. 15. São competências do Estado, exercidas em comum
econômico e social de todas as regiões do país e de toda a com a União, o Distrito Federal e os Municípios: * Redação
sociedade brasileira; dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
de 2009 – D.O. 24.09.2009
VI – defesa do patrimônio histórico, cultural e artístico;
I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
VII – defesa do meio ambiente;
instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
VIII – eficiência na prestação dos serviços públicos, garantida
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
a modicidade das tarifas;
garantia aos portadores de deficiência;
*IX – desenvolvimento dos serviços sociais e programas
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
destinados à garantia de habitação digna, com adequada
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
infraestrutura, de educação gratuita em todos os níveis, bem
naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
como compatível atendimento na área de saúde pública; *
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 obra de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e
cultural;
X – prestação de assistência social aos necessitados e à
defesa dos direitos humanos; V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e
à ciência;
XI – promoção do livre acesso a fontes culturais e o incentivo
ao desenvolvimento científico, à pesquisa e à capacitação VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em
tecnológica; qualquer de suas formas;
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VII – preservar as florestas, a fauna e a flora; XVI – organização, garantias, direitos e deveres das polícias
civis.
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o
abastecimento alimentar; §1º A competência da União, em caráter concorrente,
limitar-se-á a estabelecer as normas gerais e, à sua falta, não
IX – promover programas de construção de moradias e a
ficará o Estado impedido de exercer atividade legislativa
melhoria das condições habitacionais e de saneamento
plena.
básico;
*§2º A competência da União para legislar sobre normas
X – combater as causas da pobreza e os fatores de
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. *
marginalização, promovendo a integração social dos setores
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
desfavorecidos;
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de
*§3º A superveniência de lei federal sobre normas gerais
direito de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
suspende a eficácia da Lei Estadual, no que lhe for contrário.
minerais em seu território;
* Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
XII – estabelecer e implantar política de educação para a setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
segurança do trânsito.
Art. 17. A cidade de Fortaleza é a capital do Estado do Ceará
Parágrafo único. O sistema de cooperação entre as entidades e a sede do Governo.
políticas para aplicação das normas previstas neste artigo
*Parágrafo único. Em caso de eventual mudança do
far-se-á em conformidade com lei complementar federal.
Executivo ou Judiciário, deverá esta ser precedida de
*Art. 16. O Estado legislará concorrentemente, nos termos comunicação à Assembleia Legislativa e consequente
do art. 24 da Constituição da República, sobre: * Redação publicação no Diário Oficial. * Redação dada pela Emenda
dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
de 2009 – D.O. 24.09.2009 24.09.2009
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e Art. 18. São símbolos estaduais a bandeira, o hino e as armas
urbanístico; do Ceará.
II – orçamento; *Parágrafo único. O dia 25 de março fica estabelecido como
data magna do Estado do Ceará. * Acrescido pela Emenda
III – juntas comerciais;
Constitucional nº 73, de 1 de dezembro de 2011 – D.O.
IV – custas dos serviços forenses; 06.12.2011.
V – produção e consumo; CAPÍTULO II
DOS BENS
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza,
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio Art. 19. Incluem-se entre os bens do Estado:
ambiente e controle da poluição;
I – os que atualmente lhe pertencem;
VII – proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico,
II – os lagos e os rios em terrenos de seu domínio e os que
turístico e paisagístico;
têm nascente e foz em seu território;
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
III – as ilhas fluviais, lacustres e as terras devolutas não
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
compreendidas entre os bens da União;
histórico, turístico e paisagístico;
IV – a dívida ativa proveniente de receita não arrecadada; V
IX – educação, cultura, ensino e desporto;
– os que tenham sido ou venham a ser, a qualquer título,
*X – criação, funcionamento e processo do juizado de incorporados ao seu patrimônio.
pequenas causas; *Os juizados de pequenas causas,
*§1º Exceto nas hipóteses previstas nas letras b e c, do inciso
atualmente, têm sua nomeclatura como juizados cíveis e
V do art. 316, a alienação de bens imóveis do Estado
criminais.
dependerá, em cada caso, de prévia autorização legislativa;
XI – procedimentos em matérias processuais; nas alienações onerosas, salvo os casos especialmente
previstos em lei, observar-se-á o princípio da licitação, desde
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;
que o adquirente não seja pessoa jurídica de direito público
XIII – assistência jurídica e defensoria pública; interno, empresa pública, sociedade de economia mista ou
fundação pública; a lei disporá sobre as concessões e
XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de
permissões de uso de bens móveis e imóveis do Estado.
deficiência;
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 6 de
XV – proteção à infância, à juventude e à velhice; agosto de 1996 – D. O. de 19.8.1996
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§2º Os bens públicos estaduais são impenhoráveis, não respectivo território, plataforma continental, mar territorial
podendo, ainda, ser objeto de arresto ou qualquer medida ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira
de apreensão judicial, ressalvada a hipótese de que trata o § por essa exploração.
2º, do art. 100 da Constituição da República.
Art. 23. As praias são bens públicos de uso comum,
*Art. 20. É vedado ao Estado: * Redação dada pela Emenda inalienáveis e destinadas perenemente à utilidade geral dos
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. seus habitantes, cabendo ao Estado e a seus Municípios
24.09.2009. costeiros compartilharem das responsabilidades de
promover a sua defesa e impedir, na forma da lei estadual,
I – recusar fé aos documentos públicos;
toda obra humana que as possam desnaturar, prejudicando
II – estabelecer qualquer tipo de discriminação ou privilégios as suas finalidades essenciais, na expressão de seu
entre cidadãos brasileiros; patrimônio natural, histórico, étnico e cultural, incluindo, nas
áreas de praias:
III – fazer concessões de isenções fiscais, bem como
prescindir de receitas, sem que haja notório interesse I – recursos naturais, renováveis ou não renováveis;
público;
II – recifes, parcéis e bancos de algas;
IV – subvencionar cultos religiosos ou igrejas, ou dificultar-
III – restingas e dunas;
lhes seu funcionamento;
IV – florestas litorâneas, manguezais e pradarias submersas;
*V – atribuir nome de pessoa viva à avenida, praça, rua,
logradouro, ponte, reservatório de água, viaduto, praça de V – sítios ecológicos de relevância cultural e demais unidades
esporte, biblioteca, hospital, maternidade, edifício público, de preservação permanente;
auditórios, cidades e salas de aula. *Arguída a
VI – promontórios, costões e grutas marinhas;
inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1, aguardando
julgamento do mérito. Ver ADIN 307-1 no Anexo I. Arguída a VII – sistemas fluviais, estuários e lagunas, baías e enseadas;
inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1, julgada
VIII – monumentos que integram o patrimônio natural,
improcedente. DJE 01/07/2009.
histórico, paleontológico, espeleológico, étnico, cultural e
*Parágrafo único. Entende-se por dificultar o funcionamento paisagístico.
previsto no inciso IV deste artigo, quaisquer atos de agentes
Parágrafo único. Entende-se por praia a área coberta e
públicos que venham impedir, ameaçar ou embaraçar o livre
descoberta periodicamente pelas águas marítimas, fluviais e
funcionamento dos templos e espaços de comunidades
lacustres, acrescidas da faixa de material detrítico, tal como
religiosas, inclusive com a exigência de documentos ou
areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde se
outros meios, sob o pretexto de condição necessária para
inicie a vegetação natural ou outro ecossistema, ficando
seu regular funcionamento, devendo ser punidos os autores,
garantida uma faixa livre, com largura mínima de trinta e três
especialmente se ocorrer pratica de ato, fiscalizatório ou
metros, entre a linha da maré máxima local e o primeiro
não, que venha a interferir de forma a impedir ou perturbar
logradouro público ou imóvel particular decorrente de
a realização de momentos de oração, celebração, cultos e
loteamento aprovado pelo Poder Executivo Municipal e
liturgias. (NR) * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 83,
registrado no Registro de Imóveis do respectivo Município,
de 2 de julho de 2015 - D.O. 14.07.2015 *Suspenso por
nos termos da lei.
medida cautelar do Tribunal de Justiça, até o julgamento da
ação direta de inconstitucionalidade. *Art. 24. O Estado, respeitada a Lei Federal, e seus
Municípios costeiros, respeitadas as Leis Federal e Estadual,
*Art. 21. Ao Estado do Ceará cabe explorar diretamente, ou
deverão elaborar planos, convertidos em leis, que definirão
mediante concessão, na forma da lei, os serviços de gás
as diretrizes de gerenciamento costeiro e de meio ambiente,
canalizado em seu território, incluído o fornecimento direto
velando por sua execução. * Redação dada pela Emenda
a partir de gasodutos de transporte, de maneira a atender às
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
necessidades dos setores industrial, domiciliar, comercial,
24.09.2009.
automotivo e outros. *Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 14 de outubro de 1997 – D.O. de *§1º Os planos compreenderão as seguintes matérias: *
22.10.1997 Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
Parágrafo único. Os serviços de transporte coletivo devem
utilizar, preferencialmente, o gás canalizado, referido no §2º Os processos concernentes aos incisos precedentes
caput deste artigo. devem tramitar pelos órgãos estaduais e municipais
indicados, sem prejuízo da audiência obrigatória dos órgãos
Art. 22. É assegurada, nos termos da lei, ao Estado e aos
públicos federais que compartilham das responsabilidades
Municípios, a participação do resultado da exploração de
da área costeira.
petróleo e gás natural, de recursos hídricos, para fins de
geração de energia e de outros recursos minerais no
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§3º Qualquer infração determinará imediata medida de IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural
embargo, com lavratura dos autos correspondentes, para local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
aplicação das sanções legais cabíveis nas esferas estadual;
administrativas, civil e penal.
X – dar ampla publicidade a leis, decretos, editais e demais
TÍTULO IV atos administrativos, através dos meios de que dispuser.
DO MUNICÍPIO
*XI – o direito de liberdade de decisão quanto à associação
CAPÍTULO I
ou não à Associação de Municípios, em nível estadual e em
DISPOSIÇÕES GERAIS
nível federal, inclusive com pagamento de contribuição,
*Art. 25. O Estado do Ceará se constitui de Municípios, prevista em lei. * Acrescido pela Emenda Constitucional nº79
politicamente autônomos, nos termos previstos na de 5 de dezembro de 2013 – D. O. de 11.12.2013. *XII -
Constituição da República. * Redação dada pela Emenda garantir a liberação de crença, não dificultando o
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. funcionamento de cultos religiosos ou igrejas. * Acrescido
24.09.2009. pela Emenda Constitucional nº 83, de 2 de julho de 2015 -
D.O. 14.07.2015
*Art. 26. O Município reger-se-á por Lei Orgânica, votada em
dois turnos, com interstício mínimo de dez dias, e aprovada *§1º Entende-se por dificultar o funcionamento previsto no
por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a inciso XII deste artigo, quaisquer atos de agentes públicos
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta que venham impedir, ameaçar ou embaraçar o livre
Constituição e na Constituição Federal. * Redação dada pela funcionamento dos templos e espaços de comunidades
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – religiosas, inclusive com a exigência de documentos ou
D.O. 24.09.2009 outros meios, sob o pretexto de condição necessária para
seu regular funcionamento, devendo ser punidos os autores,
Art. 27. A Lei Orgânica é elaborada e promulgada pela
especialmente se ocorrer prática de ato, fiscalizatório ou
Câmara Municipal, após aprovação em dois turnos, com
não, que venha a interferir de forma a impedir ou pertubar a
interstício mínimo de dez dias, por maioria de dois terços de
realização de momentos de oração, celebração, cultos e
seus membros.
liturgias.(NR) * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 83,
Parágrafo único. As alterações na Lei Orgânica estão sujeitas de 2 de julho de 2015 - D.O. 14.07.2015
às mesmas formalidades previstas no caput deste artigo,
*§2º. Os preços dos serviços, de que trata o inciso IV, do art.
sendo incorporadas mediante emendas em ordem numérica
28, serão fixados por uma comissão municipal, encarregada
crescente.
da política de tarifas e qualidades dos serviços prestados
Art. 28. Compete aos Municípios: pelo transporte coletivo urbano, que será composta por
representantes:
I – legislar sobre assuntos de interesse local;
– Concessionários ou Permissionários;
II – suplementar a legislação federal e estadual, no que
couber; – Trabalhadores;
III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem – Estudantes;
como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade
– Câmara Municipal;
de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei; – Secretário de Transporte Coletivo.
IV – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 13, de 7 de abril
concessão e ou permissão, os serviços públicos de interesse de 1994 – D. O. de 13.4.1994. * Renumerado pela Emenda
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter Constitucional nº 83, de 28 de maio de 2015 - D.O.
essencial; 14.07.2015
V – manter, com a cooperação técnica e financeira da União *Art. 29. As divulgações oficiais, pelos Municípios, para
e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino conhecimento coletivo, devem ficar circunscritas a matérias
fundamental; de caráter educativo, informativo ou de orientação social,
vedada a promoção pessoal de autoridades ou servidores
VI – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União
públicos. * Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65,
e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
VII – promover, no que couber, adequado ordenamento
*Art. 30. Constitui encargo das administrações municipais
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
transportar da zona rural para a sede do Município, ou para
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
o Distrito mais próximo, alunos carentes, matriculados a
VIII – criar, organizar e suprimir distritos, observada a partir da 5ª série do 1º grau. *Suspenso por medida cautelar
legislação estadual; deferida pelo STF na ADIN nº 307-1, aguardando julgamento
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do mérito. Ver ADIN 307-1 no Anexo I. *Arguída a IX – convocar autoridades municipais para prestarem
inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1, reconhecida a esclarecimentos;
inconstitucionalidade. DJE 01/07/2009.
X – requisitar dos órgãos executivos informações pertinentes
*Art. 31. A criação, a incorporação, a fusão e o aos negócios administrativos;
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual
XI – apreciar o veto a projeto de lei emanado do Executivo,
e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
podendo rejeitá-lo por maioria absoluta de votos;
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados XII – fazer-se representar, singularmente, por Vereadores
na forma da lei. * Redação dada pela Emenda Constitucional das respectivas forças políticas majoritárias e minoritárias,
nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 nos conselhos das microrregiões ou região metropolitana;
*Art. 32. O Estado e os Municípios atuarão conjuntamente XIII – compartilhar com outras Câmaras Municipais de
nas microrregiões, nas aglomerações urbanas e nas regiões proposta de emenda à Constituição Estadual;
metropolitanas visando integrar, articular e compatibilizar as
XIV – emendar a Lei Orgânica do Município, com observância
ações governamentais, com base: *Redação dada pela
do requisito da maioria de dois terços, com aprovação em
Emenda Constitucional nº 62, de 22 de abril de 2009 – Diário
dois turnos;
Oficial nº 27.04.09
XV – ingressar perante os órgãos judiciários competentes
*I – no planejamento e na gestão do desenvolvimento
com procedimentos para a preservação ou reivindicação dos
urbano, local e regional sustentável e participativo;
interesses que lhe são afetos;
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 22 de
abril de 2009 – Diário Oficial nº 27.04.09 XVI – deliberar sobre a adoção do plano diretor, com
audiência, sempre que necessário, de entidades
II – compatibilização de planos, programas e projetos;
comunitárias;
III – articulação do sistema viário em que se inserem os
XVII – exercer atividade de fiscalização administrativa e
Municípios.
financeira.
*Art. 33. O número de Vereadores será proporcional à
Art. 35. Os recursos correspondentes às dotações
população do Município, observados os limites
orçamentárias, destinados às Câmaras Municipais, serão
estabelecidos na Constituição Federal. * Redação dada pela
entregues até o dia vinte de cada mês.
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
D.O. 24.09.2009. §1º As Câmaras Municipais terão organização contábil
própria, devendo prestar contas ao Plenário dos recursos
CAPÍTULO II
que lhes forem consignados, respondendo os seus membros
DA CÂMARA MUNICIPAL
por qualquer ilícito em sua aplicação.
Art. 34. Compete à Câmara Municipal:
§2º Aplicam-se aos balancetes mensais e às prestações de
I – legislar sobre matérias do peculiar interesse do Município; contas anuais das Câmaras Municipais todos os
procedimentos e dispositivos previstos para matérias
II – deliberar sobre a realização de referendo, destinado a
correspondentes relacionadas com o Poder Executivo
todo o seu território ou limitado a distritos, bairros ou
Municipal.
aglomerados urbanos;
*§3º As Câmaras Municipais funcionarão em prédio próprio
III – fixar os seus tributos;
ou público, independente da sede do Poder Executivo.
IV – elaborar o seu sistema orçamentário, compreendendo: *Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1,
aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN 307-1 no Anexo
a) plano plurianual;
I. *Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1,
b) lei de diretrizes orçamentárias; reconhecida a inconstitucionalidade. DJE 01/07/2009.
c) orçamento anual. *§4º Os Vereadores deverão enviar anualmente declaração
de seus bens, dos bens de seus cônjuges e dos descendentes
V – representar contra irregularidades administrativas;
até o primeiro grau ou por adoção, ao Tribunal de Contas do
VI – exercer controle político da administração; Estado, que adotará as providências cabíveis em caso de
suspeita de enriquecimento ilícito ou outras irregularidades.
VII – dar curso à iniciativa popular que seja regularmente
*Substituida a expressão “Tribunal de Contas dos
formulada, relativa às cidades e aos aglomerados urbanos e
Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela
rurais;
Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
VIII – celebrar reuniões com comunidades locais; 21.08.2017.

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*§5º As declarações de bens a que se refere o parágrafo inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1, reconhecida a
anterior deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado e inconstitucionalidade. DJE 01/07/2009.
postas à disposição de qualquer interessado, mediante
*§8º Se a Câmara Municipal não fixar os valores do subsídio
requerimento devidamente justificado. *Acrescido pela
e representação do Prefeito, prevalecerão os limites
Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D. O.
previstos no parágrafo anterior. *Arguída a
de 11.4.2002.
inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1, aguardando
Art. 36. Os Vereadores, na circunscrição de seus Municípios, julgamento do mérito. Ver ADIN 307-1 no Anexo I. *Ver
gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos artigo 2º da Emenda Constitucional Federal nº 19, de
no exercício do mandato. 4.6.1998 – D. O. U. de 5.6.1998. *Arguída a
inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1, reconhecida a
CAPÍTULO III
inconstitucionalidade. DJE 01/07/2009.
DO EXECUTIVO MUNICIPAL
*§9º O Prefeito não pode ausentar-se do Município, por
Art. 37. O Prefeito é o chefe do Executivo Municipal.
tempo superior a dez dias, sem prévia licença da Câmara
§1º O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos mediante Municipal, sujeito à perda do cargo. *Arguída a
sufrágio direto, secreto e universal, em pleito inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1, aguardando
simultaneamente realizado, em todo o País, até noventa dias julgamento do mérito. Ver ADIN n° 307-1 no Anexo I.
antes do término dos mandatos daqueles a que devam *Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1,
suceder. reconhecida a inconstitucionalidade. DJE 01/07/2009.
§2º Em caso de Municípios com mais de duzentos mil *§10 Os prefeitos e vice-prefeitos deverão enviar
eleitores, aplicar-se-ão as regras do art. 77 da Constituição anualmente declaração de seus bens, dos bens de seus
Federal. cônjuges e dos descendentes até o primeiro grau ou por
adoção, ao Tribunal de Contas do Estado, que adotará as
§3º Os mandatos de Prefeito e Vice-Prefeito serão de quatro
providências cabíveis em caso de suspeita de
anos e a posse verificar-se-á em 1º de janeiro do ano
enriquecimento ilícito ou outras irregularidades.
subsequente à eleição.
*Substituida a expressão “Tribunal de Contas dos
§4º Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela
ou função na administração pública direta ou indireta, Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
ressalvada a investidura decorrente de concurso público, 21.08.2017.
observado o disposto no art. 38, I, IV e V da Constituição da
*§11. As declarações de bens a que se refere o parágrafo
República.
anterior deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado e
§5º O Prefeito será julgado perante o Tribunal de Justiça. postas à disposição de qualquer interessado, mediante
requerimento devidamente justificado. *Acrescido pela
*§6º A remuneração do Prefeito é composta de subsídio e
Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D. O.
representação, fixada pela Câmara Municipal, cujo total não
de 11.4.2002. Art. 38. As competências dos Prefeitos devem
poderá exceder a um quinto, um terço, dois quintos, metade
constar da Lei Orgânica do Município, incluídas, dentre
e quatro quintos da remuneração do Governador para
outras, as seguintes:
Municípios com população, respectivamente, igual ou
inferior a quinze mil, quarenta mil, setenta mil, quinhentos I – representar o Município;
mil e acima de quinhentos mil habitantes, observados os
II – apresentar projetos de lei à Câmara Municipal;
dados populacionais mais recentes fornecidos pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. III – sancionar e promulgar as leis aprovadas pela Câmara
*Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº 307- Municipal;
1,aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 307-1 no
IV – apor veto, total ou parcial, a projetos de lei, por razões
Anexo I. *Ver artigo 2º da Emenda Constitucional Federal nº
de conveniência, oportunidade ou inconstitucionalidade;
19, de 4.6.1998 – D. O. U. de 5.6.1998. *Arguída a
inconstitucionalidade na ADIN nº 307-1, reconhecida a V – prover os cargos públicos na forma da lei;
inconstitucionalidade. DJE 01/07/2009.
VI – elaborar os projetos:
*§7º Os valores dos subsídios e da representação do
a)do plano plurianual;
Prefeito, a serem fixados pela Câmara Municipal, serão
reajustados na data e na razão dos aumentos concedidos ao b) da lei de diretrizes orçamentárias;
Governador do Estado. *Arguída a inconstitucionalidade na
c) do orçamento anual.
ADIN nº 307-1, aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN
n° 307-1 no Anexo I. *Ver artigo 2º da Emenda Constitucional *VII – participar, com direito a voto, dos órgãos colegiados
Federal nº 19, de 4.6.1998 – D. O. U. de 5.6.1998. *Arguída a que compõem o sistema de gestão da região metropolitana,
das aglomerações urbanas e microrregiões a que estiver
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vinculado o Município. *Ver Lei Complementar n° 18 de 29 §4º Se não estiver funcionando a Assembleia Legislativa, far-
de dezembro de 1999 – D. O. 29.12.1999, alterada pela Lei se-á a convocação extraordinária no mesmo prazo de vinte e
Complementar n° 34, de 21 de maio de 2003 – D. O. quatro horas.
23.5.2003.
§5º Na hipótese do art. 39, IV, dispensada a apreciação pela
§1º Ao Vice-Prefeito compete substituir o titular nas Assembleia Legislativa, limitar-se-á o decreto a suspender a
ausências e suceder-lhe em caso de vaga, representar o execução do ato impugnado, se essa medida for suficiente
Município e exercer outras atividades por delegação do ao restabelecimento da normalidade.
Prefeito, auxiliando-o em diferentes misteres político-
§6º Em caso de solicitação pelo Poder Judiciário, nos termos
administrativos.
da Constituição, a intervenção deverá limitar-se a dar
*§2º (revogado). garantia à ação dos órgãos judiciários.
*§3º Ao Vice-Prefeito será assegurado representação §7º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades
equivalente a dois terços da remuneração atribuída ao afastadas de seus cargos a esses retornarão, no prazo
Prefeito, cabendo-lhe, quando no exercício deste cargo, por máximo de trinta dias, salvo impedimento legal.
mais de quinze dias, a remuneração integral assegurada ao
CAPÍTULO V
titular efetivo do cargo. *Redação dada pela Emenda
DA FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA
Constitucional nº 14, de 7 de abril de 1994 – D. O. de
13.4.1994 *Art. 41. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária e
patrimonial dos Municípios far-se-á na forma disciplinada
CAPÍTULO IV
por suas respectivas Leis Orgânicas e os princípios desta
DA INTERVENÇÃO NO MUNICÍPIO
Constituição. * Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Art. 39. O Estado não intervirá no Município, exceto quando: 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois *§1º O controle externo da Câmara de Vereadores será
anos consecutivos, a dívida fundada; exercido com auxílio do Tribunal de Contas do Estado.
*Substituida a expressão “Tribunal de Contas dos
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino; 21.08.2017.
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação *§2º A fiscalização, de que trata o parágrafo anterior, será
para assegurar a observância de princípios indicados na realizada mediante tomada ou prestação de contas de
Constituição Estadual ou para prover a execução de lei, governo, de responsabilidade do Chefe do Executivo e de
ordem ou decisão judicial. gestão, a cargo dos ordenadores de despesa. *Acrescido pela
Emenda Constitucional nº 36, de 30 de junho de 1998 – D. O.
Art. 40. A intervenção far-se-á mediante decreto do
13.7.1998
Governador, submetido ao referendo da Assembleia
Legislativa, por maioria absoluta de votos em escrutínio *§ 3º O controle interno relativo aos atos e fatos da gestão
secreto. orçamentária, financeira e patrimonial, será regulamentada
por lei municipal.(NR) *Redação dada pela Emenda
*§1º O pedido de intervenção encaminhado pelo Tribunal de
Constitucional nº 47, de 13 de dezembro de 2001 – D. O.
Contas do Estado ou mediante solicitação da Câmara
26.12.2001
Municipal, aprovada pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, será feito conforme representação fundamentada *§4º Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
ao Governador do Estado. *Substituida a expressão pública ou privada, inclusive fundos e instituições civis sem
“Tribunal de Contas dos Municípios” por “Tribunal de Contas fins lucrativos, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
do Estado” pela Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais
de 2017. D.O. 21.08.2017. os Municípios respondam, ou que, em nome destes, assuma
obrigações de natureza pecuniária. * Acrescido pela Emenda
§2º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude,
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
o prazo e as condições de execução e que, se couber,
24.09.2009.
designará o interventor, será submetido à apreciação da
Assembleia Legislativa no prazo de vinte e quatro horas. *Art. 42. Os Prefeitos Municipais são obrigados a enviar às
respectivas Câmaras e ao Tribunal de Contas do Estado, até
*§3º Em caso de rejeição do nome indicado, o Executivo
o dia 30 do mês subsequente, as prestações de contas
disporá de vinte e quatro horas para indicar outro nome.
mensais relativas à aplicação dos recursos recebidos e
*Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº 143-4 a qual foi
arrecadados por todas as Unidades Gestoras da
julgada extinta pelo STF. Ver ADIN n° 143-4 no Anexo I.
administração municipal, mediante Sistema Informatizado, e
de acordo com os critérios estabelecidos pelo Tribunal de
570
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Contas dos Municípios, e composta, ainda, dos balancetes dos Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela
demonstrativos e da respectiva documentação Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
comprobatória das receitas e despesas e dos créditos 21.08.2017.
adicionais.(NR) *Substituida a expressão “Tribunal de Contas
*§1ºF. (revogado). * Revogado pela Emenda Constitucional
dos Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela
nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
21.08.2017. *§1ºG Recebida a prestação de contas de que trata o caput
deste artigo, o TCM emitirá relatórios quadrimestrais, os
*§1° A inobservância do disposto neste artigo, implicará a
quais serão enviados para os respectivos Gestores e
proibição para realizar novos convênios e contratos com o
disponibilizados para qualquer contribuinte quando
Governo Estadual e na suspensão das transferências de
solicitados. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 47, de
receitas voluntárias do Estado para os municípios infratores,
13 de dezembro de 2001 – D. O. 26.12.2001.
sem prejuízo das demais sanções previstas na legislação
vigente, ressalvada a hipótese do § 1º H deste artigo. *§1° H A inadimplência de que trata o §1º do art.42 será
*Redação dada pela Emenda Constitucional n° 64, de 15 de suspensa, sem qualquer ressalva, e certificada pelo Tribunal
julho de 2009 – D.O. de 22.07.09. de Contas do Estado expressamente, caso a nova gestão
municipal mantiver-se adimplente com todas as suas
*§1ºA Os agentes responsáveis por dinheiro, bens e valores
obrigações de prestações de contas, relativas às
públicos da Administração Municipal Indireta, incluídas as
competências de seu mandato, e tiver comprovado perante
Fundações e Sociedades instituídas pelo poder público, bem
o Tribunal de Contas do Estado, o ajuizamento de ação para
como os Presidentes das Câmaras Municipais, deverão,
apurar as responsabilidades pelo descumprimento daquelas
também no prazo definido no caput deste artigo, remeter
obrigações de prestação de contas devidas por seus
prestações de contas mensais, de acordo com os critérios
antecessores, ressalvando-se os casos em que o gestor
estabelecidos no mesmo dispositivo. *Acrescido pela
municipal seja reeleito. *Substituida a expressão “Tribunal
Emenda Constitucional nº 47, de 13 de dezembro de 2001 –
de Contas dos Municípios” por “Tribunal de Contas do
D. O. 26.12.2001.
Estado” pela Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de
*§1ºB As prestações de Contas mensais relativas à aplicação 2017. D.O. 21.08.2017.
dos recursos destinados aos Fundos Especiais bem como as
*§2º O parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado sobre
suas respectivas Prestações de Contas anuais, deverão ser
as contas que o Prefeito deve prestar anualmente, só deixará
enviadas, separadamente, das demais Unidades Gestoras,
de prevalecer por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros
respeitadas as disposições do Inciso II do art. 71 da
da Câmara Municipal, a qual, no prazo máximo de 10 (dez)
Constituição Federal e inciso II, do art. 78, da Constituição
dias após o julgamento, comunicará o resultado ao TCE.
Estadual. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 47, de
*Substituida a expressão “Tribunal de Contas dos
13 de dezembro de 2001 – D. O. 26.12.2001.
Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela
*§1ºC As Prestações de Contas referentes ao FUNDEB, Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
deverão ser enviadas, também, dentro do mesmo prazo, ao 21.08.2017.
respectivo Conselho Municipal de acompanhamento da
*§2ºA A Câmara Municipal disciplinará sobre os prazos para
aplicação dos recursos do FUNDEB. * Redação dada pela
apresentação de defesa quanto ao julgamento das
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
prestações de contas do Executivo Municipal. *Acrescido
D.O. 24.09.2009
pela Emenda Constitucional nº 47, de 13 de dezembro de
*§1ºD O Conselho Municipal de Acompanhamento Social do 2001 – D. O. 26.12.2001. *§3º O controle interno relativo aos
FUNDEB, ao detectar irregularidades na aplicação dos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira e
recursos do Fundo, deverá comunicar o fato ao Tribunal de patrimonial, será regulamentada por lei municipal.(NR)
Contas do Estado e este adotará as providências cabíveis. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47 de 13 de
*Substituida a expressão “Tribunal de Contas dos dezembro de 2001 – D. O. 26.12.2001
Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela
*I – desaprovadas as contas anuais pela Câmara, o
Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
Presidente desta, no prazo de dez dias, sob pena de
21.08.2017.
responsabilidade, remeterá cópia autêntica dos autos ao
*§1ºE O Tribunal de Contas do Estado poderá, a qualquer Ministério Público, para os fins legais *Alterado pela Emenda
tempo, requisitar das prefeituras, das câmaras, suas Constitucional nº 47, de 13 de dezembro de 2001 – D. O. de
unidades gestoras e aos demais órgãos e entidades da 26.12.2001.
administração direta e indireta, incluídas as fundações e
*II – no caso de omissão do Presidente da Câmara na
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público
remessa da cópia prevista no inciso anterior, caberá ao
Municipal, quaisquer documentos e demonstrativos
Tribunal de Contas do Estado comunicar a desaprovação das
contábeis relativos à aplicação dos recursos recebidos e
contas ao Ministério Público. *Substituida a expressão
arrecadados. *Substituida a expressão “Tribunal de Contas
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“Tribunal de Contas dos Municípios” por “Tribunal de Contas *§10. Equipara-se aos ordenadores de despesas, na
do Estado” pela Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto obrigação de prestar contas ao Tribunal, qualquer pessoa
de 2017. D.O. 21.08.2017. física ou jurídica, pública ou privada, inclusive fundos e
instituições civis sem fins lucrativos, que utilize, arrecade,
*§4º As contas anuais do Município, Poderes Executivo e
guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
Legislativo, serão apresentadas à Câmara Municipal até o dia
públicos ou pelos quais o Município responda, ou que, em
31 de janeiro do ano subsequente, ficando, durante 60
nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária. *
(sessenta) dias, à disposição de qualquer contribuinte, para
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
legitimidade, nos termos da lei e, decorrido este prazo, as
contas serão, até o dia 10 de abril de cada ano, enviadas pela *§11. Todos os documentos e demonstrativos contábeis
Presidência da Câmara Municipal ao Tribunal de Contas do relativos à aplicação dos recursos recebidos e arrecadados
Estado para que este emita o competente parecer. deverão permanecer na sede do Município, à disposição
*Substituida a expressão “Tribunal de Contas dos irrestrita dos cidadãos e dos controles interno e externo. *
Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O. setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. *§12. As Câmaras
21.08.2017. Municipais podem se valer do disposto no §3º,
relativamente às respectivas Prefeituras, suas unidades
*§5º O projeto de lei orçamentária anual será encaminhado
gestoras e aos demais órgãos e entidades da administração
pelo Poder Executivo, até o dia 1º de outubro de cada ano, à
direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
Câmara Municipal, que apreciará a matéria no prazo
instituídas e mantidas pelo poder público municipal. *
improrrogável de 30 (trinta) dias, e a Lei Orçamentária
Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
deverá ser encaminhada pelo Prefeito ao Tribunal de Contas
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. CAPÍTULO VI A
do Estado até o dia 30 de dezembro. *Substituida a
INTEGRAÇÃO REGIONAL *Art. 43. O desenvolvimento
expressão “Tribunal de Contas dos Municípios” por “Tribunal
regional se realiza por meio dos processos de
de Contas do Estado” pela Emenda constitucional n 92, de 16
descentralização, afirmando-se a individualidade política do
de agosto de 2017. D.O. 21.08.2017.
Município, compreendendo a auto-organização, o
*§6º As disponibilidades provenientes de receitas de autogoverno e a integração, aglutinando municípios
qualquer natureza terão, de acordo com o §3º do art. 164, limítrofes que se identifiquem por suas afinidades
da Constituição Federal, que ser depositadas em bancos geoambientais, socioespaciais, socioeconômicas e
oficiais no próprio Município, ou em Municípios vizinhos socioculturais, visando a utilização dos potenciais locais e das
quando não existirem, e os pagamentos deverão ser regiões, sem prejuízo de ações exógenas, para buscar inibir
realizados mediante ordem bancária nominal ao credor. * os fatores que provocam desequilíbrios e desigualdades
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de inter e intrarregionais. *Redação dada pela Emenda
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 Constitucional nº 62, de 22 de abril de 2009 – Diário Oficial
nº 27.04.09
*§7º Entende-se por unidade gestora todo órgão ou
entidade da administração municipal autorizado a ordenar §1º Para a realização do desenvolvimento e integração
despesas públicas, incluindo-se neste conceito os fundos regional, os Municípios poderão aglutinar-se nas seguintes
especiais e a Câmara Municipal. * Redação dada pela conformações:
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
*I – regiões metropolitanas, formada por Municípios
D.O. 24.09.2009
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
*§8º Os balancetes mensais e a documentação execução de funções públicas de interesse comum;
comprobatória correspondente relativos à aplicação de *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 62, de 22 de abril
Contas anuais deverão ser enviados separadamente das de 2009 - Diário Oficial nº 27.04.09..
demais Unidades Gestoras, respeitados os dispostos no
II – microrregiões, formadas pelos Municípios com
Inciso II do art. 71 da Constituição Federal e Inciso II do art.
peculiaridades fisiográficas, socioeconômicas e
78 da Constituição Estadual. * Acrescido pela Emenda
socioculturais comuns;
Constitucional nº 40, de 29 de junho de 1999 – D. O. de
2.7.1999. *III – aglomerados urbanos, definidos por agrupamentos de
Municípios limítrofes que possuam função pública de
*§9º Os documentos referidos no parágrafo anterior, no que
interesse comum. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
diz respeito ao FUNDEB, deverão ser enviados, também,
62, de 22 de abril de 2009 – Diário Oficial nº 27.04.09.
dentro do mesmo prazo, ao Conselho Municipal de
Acompanhamento Social do FUNDEB. * Redação dada pela *§2º Lei Complementar disporá sobre a composição e
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – alterações da Região Metropolitana, aglomerados urbanos e
D.O. 24.09.2009 das microrregiões. *Redação dada pela Emenda

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Constitucional nº 62, de 22 de abril de 2009 – Diário Oficial §3º A sessão legislativa não será interrompida sem a
nº 27.04.09 aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
*§3º Cada Município integrante da Região Metropolitana, §4º Durante o recesso, haverá comissão representativa da
das aglomerações urbanas e das microrregiões participará, Assembleia Legislativa, respeitado o critério da
igualitariamente, do órgão regional denominado Conselho proporcionalidade das representações partidárias,
Deliberativo, com composição e funções definidas em Lei observados os condicionamentos seguintes:
Complementar. *Redação dada pela Emenda Constitucional
*a) seus membros serão eleitos na última reunião de cada
nº 62, de 22 de abril de 2009 – Diário Oficial nº 27.04.09
Sessão Legislativa ordinária, admitida a recondução para o
Art. 44. Os Municípios que compõem a Região Metropolitana posterior período de recesso; e *Modificado pela Emenda
de Fortaleza deverão, também, ser contemplados em todos Constitucional nº 43, de 14 de outubro de 1999 – D. O. de
os programas específicos de desenvolvimento rural, 20.10.1999
oriundos dos Governos Federal e Estadual.
b) suas atribuições serão definidas no regimento interno.
TÍTULO V
*§ 5º A convocação extraordinária da Assembleia Legislativa
DOS PODERES ESTADUAIS
far-se-á: *Redação dada pela Emenda Constitucional n° 57,
CAPÍTULO I
de 7 de março de 2006, D.O. de 08.03.06
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I *I – pelo Presidente em caso de intervenção em Município e
DISPOSIÇÕES GERAIS para compromisso e posse do Governador e Vice-
Governador do Estado; *Acrescido pela Emenda
Art. 45. O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia
Constitucional n° 57, de 7 de março de 2006, D.O. de
Legislativa, constituída por representantes do povo, eleitos,
08.03.06.
pelo sistema proporcional e investidos na forma da lei, para
uma legislatura de quatro anos. *II – pelo Governador, pelo seu Presidente, ou a
requerimento da maioria dos seus membros, em caso de
§1º O número de Deputados corresponde ao triplo dos
urgência ou de interesse público relevante e urgente, em
representantes eleitos à Câmara dos Deputados, e, após
todas as hipóteses deste inciso com aprovação da maioria
atingir o número de trinta e seis, o acréscimo será de tantos
absoluta da Assembleia. *Acrescido pela Emenda
quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
Constitucional n° 57, de 7 de março de 2006, D.O. de
§2º A elevação da representação somente vigorará para a 08.03.06.
legislatura subsequente.
*§ 6º No período extraordinário, restringir-se-á a Assembleia
*Art. 46. Ao Poder Legislativo é assegurada autonomia a deliberar sobre a matéria para a qual tenha sido
financeira e administrativa, cabendo-lhe, pelo menos, três convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória,
por cento da receita estadual. *Ver Emenda Constitucional em razão da convocação. *Redação dada pela Emenda
nº 88, de 21 de dezembro de 2016. D. O. 21.12.2016. Constitucional n° 57, de 7 de março de 2006, D.O. de
08.03.06.
Parágrafo único. Os recursos correspondentes às dotações
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e Parágrafo único. A sessão somente poderá ser secreta por
especiais, serão repassados, obrigatoriamente, até o dia deliberação da maioria absoluta de seus membros, no
vinte de cada mês, com as atualizações decorrentes do interesse da segurança ou do decoro parlamentar, com voto
excesso na arrecadação, em face da previsão orçamentária. a descoberto. Seção II Das Atribuições da Assembleia
Legislativa
*Art. 47. A Assembleia Legislativa reunir-se-á, anualmente,
de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1o . de agosto a 22 de Art. 49. É da competência exclusiva da Assembleia
dezembro. *Redação dada pela Emenda Constitucional n° Legislativa:
57,de 7 de março de 2006, D.O. de 08.03.06
I – autorizar referendo e convocar plebiscito de amplitude
§1º As reuniões marcadas para essas datas serão estadual;
transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando
II – aprovar a intervenção estadual em Município;
recaírem em sábados, domingos ou feriados.
III – aprovar previamente, por voto secreto, após arguição
*§ 2° No primeiro ano da legislatura, serão realizadas sessões
pública, a escolha de:
preparatórias, no dia 1.° de fevereiro, para a posse dos
Deputados diplomados e eleição da Mesa Diretora, com *a) três sétimos dos Conselheiros do Tribunal de Contas do
mandato de dois anos, admitida a recondução ao mesmo Estado do Ceará; *Suprimida a expressão “e dos Municípios”
cargo na eleição subsequente, na mesma legislatura e na pela Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017.
seguinte. *Redação dada pela Emenda Constitucional n° 57, D.O. 21.08.2017.
de 7 de março de 2006, D.O. de 08.03.06

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*b) interventores do Estado, em Municípios; *Arguída a atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação
inconstitucionalidade na ADIN nº 143-4 a qual foi julgada de informações falsas;
extinta pelo STF. Ver ADIN n° 143-4 no Anexo I.
XVI – proceder à tomada de contas do Governador do
*c) (revogado). *Revogada pela Emenda Constitucional n° Estado, quando não apresentadas à Assembleia Legislativa
61, de19 de dezembro de 2008 – D.O. 15.01.09. dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
d) titulares de outros cargos que a lei determinar. XVII – eleger a Mesa Diretora;
*IV – escolher quatro sétimos dos Conselheiros do Tribunal XVIII – elaborar o regimento interno; *
de Contas do Estado do Ceará; *Suprimida a expressão “e
XIX – dispor sobre sua organização, funcionamento, criação,
dos Municípios” pela Emenda constitucional n 92, de 16 de
transformação ou extinção de cargos, empregos e funções
agosto de 2017. D.O. 21.08.2017.
de seus serviços e fixação, por lei, da respectiva
V – autorizar, previamente, o afastamento do Governador e remuneração de seu pessoal, observados os parâmetros
do Vice-Governador, para fora do País; *Redação dada pela estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias; *Redação
Emenda Constitucional n° 61, de19 de dezembro de 2008 – dada pela Emenda Constitucional n° 61, de19 de dezembro
D.O. 15.01.09. de 2008 – D.O. 15.01.09.
VI – sustar os atos normativos emanados do Poder Executivo XX – processar e julgar, na forma da lei, o Governador e
que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da Secretários de Estado nos crimes de responsabilidade;
delegação legislativa;
XXI – exercer poder de polícia em seus recintos e para
VII – mudar temporariamente a sua sede; assegurar o cumprimento de requisições e diligências
emanadas de suas comissões parlamentares de inquérito;
*VIII – fixar por lei a remuneração de seus membros,
observadas as limitações constitucionais; *Redação dada XXII – aprovar, por maioria absoluta e voto secreto, a
pela Emenda Constitucional n° 61, de19 de dezembro de exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da Justiça, antes
2008 – D.O. 15.01.09. do término de seu mandato;
IX – fixar para cada exercício financeiro a remuneração do *XXIII – suspender a execução, no todo ou em parte, na
Governador e do Vice- -Governador, observados os medida em que se der a declaração judicial de lei ou ato
disciplinamentos constitucionais; normativo estadual ou municipal declarado inconstitucional
por decisão definitiva do Tribunal de Justiça, na hipótese de
X – julgar as contas apresentadas, anualmente, pelo
controle incidental; *Redação dada pela Emenda
Governador do Estado, a prestação de contas dos
Constitucional n° 61, de19 de dezembro de 2008 – D.O.
Interventores, apreciar os relatórios sobre a execução dos
15.01.09
planos governamentais e suas correlações aos planos
plurianuais; *XXIV – processar o Procurador-Geral de Justiça e o
Procurador-Geral do Estado; *Redação dada pela Emenda
XI – fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder
Constitucional n° 61, de19 de dezembro de 2008 – D.O.
Executivo, incluídos os da administração indireta;
15.01.09.
XII – velar pela preservação de sua competência legislativa,
*XXV – autorizar o Governador a efetuar ou a contrair
em face da competência normativa dos outros Poderes;
empréstimos; *Redação dada pela Emenda Constitucional n°
*XIII – aprovar, previamente, a alienação ou concessão de 61, de19 de dezembro de 2008 – D.O. 15.01.09
terras públicas, exceto nas hipóteses previstas nas letras b e
XXVI – ordenar a sustação de contrato impugnado pelo
c do inciso V do art. 316; *Redação dada pela Emenda
Tribunal de Contas;
Constitucional nº 26/95, de 6 de agosto de 1996 – D. O. de
19.8.1996 XXVII – dispor sobre limites e condições para a concessão de
garantias pelo Estado, em operações de crédito, bem como
*XIV – convocar, por sua iniciativa ou de qualquer de suas
sobre condições para os empréstimos realizados pelo
comissões, os Secretários de Estado, dirigentes de
Estado;
autarquias, empresa pública, sociedade de economia mista
e de fundações, para prestar, pessoalmente, informações XXVIII – solicitar a intervenção federal no Estado para
sobre assunto específico, com atendimento no prazo de garantir o livre exercício de suas funções e prerrogativas;
trinta dias, sob pena de responsabilidade; *Arguída a
XXIX – dar posse aos Deputados, receber a renúncia e
inconstitucionalidade na ADIN nº 143-4 a qual foi julgada
declarar a perda de mandato;
extinta pelo STF. Ver ADIN n° 143-4 no Anexo I.
*XXX – (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional
XV – encaminhar, por seus Deputados, Comissões ou Mesa,
n° 61, de19 de dezembro de 2008 – D.O. 15.01.09
pedidos escritos de informação aos Secretários de Estado,
importando crime de responsabilidade a recusa, ou o não
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XXXI – propor, em conjunto com outras Assembleias XII – planos e programas regionais e setoriais de
Legislativas, emenda à Constituição Federal; investimento e de desenvolvimento;
*XXXII – (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional XIII – bens de domínio do Estado e proteção do patrimônio
n° 61, de19 de dezembro de 2008 – D.O. 15.01.09. público;
*§ 1º A Assembleia Legislativa manterá, como instituição de XIV – organização administrativa, judiciária, do Ministério
apoio a seu desempenho, o Instituto de Estudos e Pesquisas Público, da Defensoria Pública e da Procuradoria-Geral do
sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará, com Estado;
programas de participação popular e fortalecimento da
XV – fiscalização das tarifas do serviço público
representação política, fornecendo subsídios, sempre que
solicitado, sobre elaboração e discussão dos planos SEÇÃO III
plurianuais. *Acrescido pela Emenda Constitucional n° 61, DOS DEPUTADOS *
de19 de dezembro de 2008 – D.O. 15.01.09.
Art. 51. Os Deputados Estaduais são invioláveis, civil e
*§ 2º A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará manterá penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
a Universidade do Parlamento Cearense, com o objetivo de votos. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 48, de
aperfeiçoar o serviço público, de promover e de manter 4 de abril de 2002 – D. O. de 11.4.2002
atividades voltadas para formação, qualificação profissional
*§1º Os Deputados Estaduais serão, desde a expedição do
dos servidores públicos em geral e dos cidadãos e
diploma, processados e julgados pelo Tribunal de Justiça.
notadamente voltada às reivindicações profissionais dos
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 48, de 4 de
parlamentares e agentes políticos vinculados às Assembleias
abril de 2002 – D. O. de 11.4.2002
Legislativas e às Câmaras Municipais conveniadas.
*Acrescido pela Emenda Constitucional n° 61, de19 de *§2º Desde a expedição do diploma, os Deputados Estaduais
dezembro de 2008 – D.O. 15.01.09. não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime
inafiançável, devendo os autos dessa prisão ser remetidos,
*§ 3º À Procuradoria da Assembleia Legislativa cabe exercer
dentro de vinte e quatro horas, à Assembleia Legislativa,
a assessoria e a consultoria jurídica do Poder Legislativo, na
para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva
forma da lei, observadas as competências da Procuradoria
sobre a prisão. *Redação dada pela Emenda Constitucional
Geral do Estado. *Acrescido pela Emenda Constitucional n°
nº 48, de 4 de abril de 2002 – D. O. de 11.4.2002
61, de19 de dezembro de 2008 – D.O. 15.01.09.
*§3º Recebida a denúncia, por crime ocorrido após a
Art. 50. Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do
diplomação, o Tribunal dará ciência à Assembleia Legislativa,
Governador do Estado, dispor acerca de todas as matérias de
que, por iniciativa de partido político nela representado e
competência do Estado do Ceará, especialmente sobre:
pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão
I – sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; final, sustar o andamento da ação. *Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 48, de 4 de abril de 2002 – D. O.
II – plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento
de 11.4.2002
anual, operações de crédito e dívida pública;
*§4º O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia
III – fixação e modificação do efetivo da Polícia Militar e do
Legislativa no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias
Corpo de Bombeiros;
do seu recebimento pela Mesa Diretora. *Redação dada pela
IV – planos e programas regionais e setoriais de Emenda Constitucional nº 48, de 4 de abril de 2002 – D. O.
desenvolvimento; de 11.4.2002.
V – limites dos territórios estaduais e municipais; *§5º A sustação do processo suspende a prescrição,
enquanto durar o mandato. *Redação dada pela Emenda
VI – criação, incorporação, subdivisão ou desmembramento
Constitucional nº 48, de 4 de abril de 2002 – D.O. de
de Municípios, ouvidas em plebiscito as populações
11.4.2002.
interessadas;
*§6º Os Deputados Estaduais não serão obrigados a
VII – transferência temporária da sede do Governo Estadual;
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
VIII – criação, transformação e extinção de cargos, empregos razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que
e funções públicas; lhes confiaram ou deles receberam informações. *Acrescido
pela Emenda Constitucional nº 48, de 4 de abril de 2002 – D.
IX – criação, estruturação e atribuições das Secretarias de
O. de 11.4.2002.
Estado e órgãos da administração pública estadual;
*§7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados
X – atividades financeiras em geral;
Estaduais, embora militares e ainda que em tempo de
XI – fixação das custas judiciais; guerra, dependerá de prévia licença da Assembleia

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Legislativa. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 48, de III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a
4 de abril de 2002 – D. O. de 11.4.2002. terça parte das sessões ordinárias da Assembleia, salvo
licença ou missão, por esta autorizada;
*§8º As imunidades dos Deputados Estaduais subsistirão
durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas IV – que perder ou tiver suspensos seus direitos políticos;
mediante o voto de dois terços dos membros da Assembleia
V – que, por decisão da Justiça Eleitoral, for condenado por
Legislativa, nos casos de atos, praticados fora do recinto da
abuso do poder econômico ou do poder político;
Assembleia, que sejam incompatíveis com a execução da
medida. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 48, de 4 VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada
de abril de 2002 – D. O. de 11.4.2002. em julgado.
Art. 52. Os Deputados não poderão: §1º É incompatível com o decoro parlamentar o abuso das
prerrogativas asseguradas aos Deputados ou a percepção de
I – desde a expedição do diploma:
vantagens indevidas, além dos casos definidos no regimento
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito da Assembleia Legislativa.
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia
§2º No caso do inciso III, a perda de mandato será decidida
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
pela Assembleia Legislativa, mediante provocação de
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
qualquer de seus membros, da respectiva Mesa ou de
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, partido político, assegurada ampla defesa.
inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas
§3º Nos casos previstos nos incisos IV a VI, a perda ou
entidades constantes da alínea anterior.
suspensão de mandato será automática e declarada pela
II – desde a posse: Mesa da Assembleia Legislativa.
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa Art. 54. Não perderá o mandato o Deputado:
que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
*I – investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de
jurídica de direito público, ou nela exercer função
Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de
remunerada;
Território, da Prefeitura da Capital ou Chefe de Missão
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad Diplomática Temporário, ou a eles equiparados. *Redação
nutum, nas entidades a que se refere o inciso I, a; dada pela Emenda Constitucional nº 51, de 16 de dezembro
de 2002 – D. O. de 27.12.2002.
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das
entidades a que se refere o inciso I, a; *II –licenciado por motivo de doença, licença-maternidade,
ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular,
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público
desde que, nessa hipótese, o afastamento não transponha
eletivo.
120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa. *Alterado pela
*§1º Os Deputados Estaduais deverão enviar anualmente Emenda Constitucional nº 82, de 28 de maio de 2015 - D.O.
declaração de seus bens, dos bens de seus cônjuges e dos de 29.05.2015
descendentes até o primeiro grau ou por adoção, à Mesa
§1º Far-se-á a convocação do suplente, respeitada a ordem
Diretora da Assembleia Legislativa, que adotará as
da diplomação na respectiva legenda partidária, nos casos de
providências cabíveis em caso de suspeita de
vaga, de investidura nas funções previstas neste artigo ou de
enriquecimento ilícito ou outras irregularidades. *Acrescido
licença por prazo igual ou superior a cento e vinte dias.
pela Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D.
O. de 11.4.2002. §2º Ocorrendo vaga, sem que haja suplente, deverá realizar-
se eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze
*§2º As declarações de bens a que se refere o parágrafo
meses para o término do mandato.
anterior deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado e
postas à disposição de qualquer interessado, mediante §3º Na hipótese do inciso I, poderá o Deputado optar pela
requerimento devidamente justificado. *Acrescido pela remuneração parlamentar.
Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D. O.
*§4º Será de 120 (cento e vinte) dias o afastamento por
de 11.4.2002.
licença-maternidade, prorrogável por 60 (sescenta) dias.
Art. 53. Perderá o mandato o Deputado: (NR) * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 82, de 28 de
maio de 2015 - D.O. de 29.05.2015 Seção IV Das Comissões
I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no
artigo anterior; Art. 55. Na Assembleia Legislativa funcionarão comissões
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as
II – cujo procedimento for declarado incompatível com o
atribuições previstas nesta Constituição, no regimento
decoro parlamentar;
interno ou no ato legislativo de que resultar sua criação.

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§1º Na constituição da Mesa e na de cada comissão, é §2º As conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao
assegurada, tanto quanto possível, a participação Ministério Público, para que promova a responsabilidade
proporcional dos partidos políticos ou dos blocos civil ou criminal dos infratores.
parlamentares com representação na Assembleia
Art. 57. A Assembleia Legislativa e suas comissões, pelo voto
Legislativa.
de um terço dos seus membros, podem convocar Secretário
§2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, de Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre
cabe: assunto previamente determinado, importando crime de
responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
I – discutir e votar o projeto de lei que dispensar, na forma
do regimento interno, a competência do plenário, salvo se SEÇÃO V
houver, para decisão deste, recurso de um décimo dos DO PROCESSO LEGISLATIVO
membros da Assembleia;
Art. 58. O processo legislativo compreende a elaboração de:
II – realizar audiências públicas com entidades organizadas
I – emendas à Constituição;
da sociedade civil, na forma do regimento interno;
II – leis complementares;
III – realizar audiências públicas em regiões do Estado para
subsidiar o processo legislativo; III – leis ordinárias;
IV – convocar Secretários de Estado para prestar IV – leis delegadas;
informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições;
V – decretos legislativos; e
*V – convocar dirigentes de órgãos públicos estaduais, civis
VI – resoluções.
e militares, de autarquia, de empresa pública e sociedade de
economia mista e de fundações, instituídas ou mantidas pelo *§1º Não cabendo no Processo Legislativo proposição de
poder público, dentre outras autoridades, ficando estes com interesse Público, o Deputado poderá sugerir ao Poder
prazo de trinta dias para cumprimento; *Arguída a Executivo a adoção do competente Projeto de Lei, na forma
inconstitucionalidade na ADIN nº 143-4 a qual foi julgada de Indicação. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
extinta pelo STF. Ver ADIN n° 143-4 no Anexo I. 18/94, de 13 de dezembro de 1994 – D. O. de 22.12.1994.
VI – receber petições, reclamações, representações ou *§2º Uma vez recebida a Indicação, aprovada em Plenário, o
queixa de qualquer pessoa contra ato ou omissão de Governador do Estado, no prazo de 90 (noventa) dias, dará
autoridade pública, de concessionário ou de permissionário ciência à Assembleia Legislativa de sua conveniência ou não.
de serviço público; *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 18/94, de 13 de
dezembro de 1994 – D. O. de 22.12.1994.
VII – acompanhar, junto ao Poder Executivo, a elaboração da
proposta orçamentária, bem como a sua posterior execução; *§ 3º As entidades da sociedade civil, legalmente
constituídas, poderão, nos termos do disposto em Resolução
VIII – apreciar e acompanhar programas de obras, planos
da Assembleia Legislativa, apresentar projetos de iniciativa
estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre
compartilhada, os quais tramitarão, se acolhidos, como
eles emitir parecer;
proposição da Mesa Diretora. *Acrescido pela Emenda
IX – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
cidadão. 15.01.09.
Art. 56. A Assembleia Legislativa criará comissões SUBSEÇÃO I
parlamentares de inquérito para apuração de fato DA EMENDA CONSTITUCIONAL
determinado, sempre que o requerer a quarta parte dos seus
Art. 59. A Constituição poderá ser emendada mediante
membros, observada na sua composição a
proposta:
proporcionalidade de representação partidária, ficando
obrigatório, sob pena de sanção definida em lei I – de um terço, no mínimo, dos membros da Assembleia
complementar, o comparecimento de autoridades, Legislativa;
servidores e quaisquer pessoas convocadas.
II – do Governador do Estado;
*§ 1º As comissões parlamentares de inquérito terão
III – de mais da metade das Câmaras Municipais,
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais,
manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de
cumulativamente com os de natureza parlamentar, podendo
seus membros; e
inclusive decretar, motivadamente, a quebra de sigilo
bancário dos investigados. *Redação dada pela Emenda *IV – de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de mínimo, por um por cento dos eleitores. *Acrescido pela
15.01.09 Emenda Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 –
D.O. de 15.01.09.

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§1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de I – nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do
intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio. Estado;
*§ 2º A proposta será discutida e votada pela Assembleia *II - nos projetos sobre organização dos serviços
Legislativa, em dois turnos, considerando-se aprovada se administrativos da Assembleia Legislativa, do Poder
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos seus Judiciário, do Ministério Público Estadual, da Defensoria
membros. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, Pública Estadual e do Tribunal de Contas do Estado do Ceará.
de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09 *Substituida a expressão “dos Tribunais de Contas” por “do
Tribunal de Contas do Estado do Ceará” pela Emenda
§3º A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da
constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
Assembleia, com respectivo número de ordem.
21.08.2017.
§4º Não será objeto de deliberação a proposta que vise
*§2º São de iniciativa privativa do Governador do Estado as
modificar as regras atinentes à alteração constitucional nem
leis que disponham sobre: * Acrescido pela Emenda
aquela tendente a abolir: I – a autonomia dos Municípios;
Constitucional nº 10, de 29 de março de 1994 – D. O. de
II – o voto direto, secreto 30.3.1994.
, universal, igual e periódico; e *a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta, autárquica e fundacional, e de
III – a independência e a harmonia dos Poderes.
empregos nas empresas públicas e sociedades de economia
§ 5º A matéria constante de emenda rejeitada ou havida por mista prestadoras de serviços públicos, ou aumento de sua
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na remuneração; *Redação dada pela Emenda Constitucional
mesma sessão legislativa. nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09.
SUBSEÇÃO II *b) servidores públicos da administração direta, autárquica
DAS LEIS e fundacional, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria de civis e militares, seu regime
Art. 60. Cabe a iniciativa de leis:
jurídico, ingresso, limites de idade, estabilidade, direitos e
I – aos Deputados Estaduais; deveres, reforma e transferência de policiais militares e de
bombeiros militares para a inatividade; *Redação dada pela
II – ao Governador do Estado;
Emenda Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 –
*III – ao Presidente do Tribunal de Justiça, em matérias de D.O. de 15.01.09
sua competência privativa, previstas nesta Constituição;
*c) criação, organização, estruturação e competências das
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 19 de
Secretarias de Estado, órgãos e entidades da administração
dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09
pública direta e indireta, concessão, permissão, autorização,
*IV – aos cidadãos, mediante proposta de projeto de lei à delegação e outorga de serviços públicos; *Redação dada
Assembleia Legislativa, subscrito por no mínimo um por pela Emenda Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de
cento do eleitorado estadual; *Redação dada pela Emenda 2008 – D.O. de 15.01.09. Redação anterior: *c) servidores
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
15.01.09 seu regime
*V – ao Ministério Público, à Defensoria Pública e ao Tribunal *d) concessão de subsídio ou isenção, redução de base de
de Contas do Estado do Ceará, em matérias de sua cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou
competência privativa, previstas nesta Constituição; remissão, relativos a impostos, taxas e contribuições;
*Substituida a expressão “aos Tribunais de Contas” por “ao *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 19 de
Tribunal de Contas do Estado do Ceará” pela Emenda dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09. D. O. de 30.3.1994.
constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
*e) matéria orçamentária. *Acrescida pela Emenda
21.08.2017.
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
*VI – a entidades da sociedade civil, por meio dos projetos 15.01.09.
de lei de iniciativa compartilhada, nos termos do § 3º do art.
*§ 3º Ressalvadas as hipóteses previstas no § 2º deste artigo,
58 desta Constituição. *Acrescido pela Emenda
a iniciativa de leis que disponham sobre as matérias da
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
competência comum e concorrente da União e Estados,
15.01.09.
previstas na Constituição Federal, poderá ser exercida,
*§1º Não será admitido aumento da despesa, prevista: concorrentemente, pelo Governador do Estado e Deputados
*Renumerado pela Emenda Constitucional nº 10, de 29 de Estaduais. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 61, de
março de 1994 – D. O. de 30.3.1994. 19 de dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09.

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Art. 61. As leis complementares serão aprovadas por maioria §4º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela
absoluta dos votos dos membros da Assembleia Legislativa, Assembleia, esta o fará em votação única, vedada qualquer
observados os demais termos de votação das leis ordinárias. emenda.
*Art. 62. As propostas de iniciativa popular serão Art. 65. Concluída a votação de um projeto, será este
inicialmente submetidas à apreciação da Comissão de remetido ao Governador do Estado que, aquiescendo,
Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa, sancionar-lo-á.
que deverá manifestar-se sobre sua admissibilidade e
§1º Se o Governador considerar o projeto, no todo ou em
constitucionalidade. *Redação dada pela Emenda
parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público,
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias
15.01.09.
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará,
Parágrafo único. A proposta, se aprovada pela Comissão, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da
seguirá o rito do processo legislativo ordinário. Assembleia, os motivos do veto.
*Art. 63. O Governador do Estado poderá solicitar que os §2º O veto parcial só poderá incidir sobre texto integral de
projetos de lei e de lei complementar de sua iniciativa sejam artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
apreciados dentro de quarenta e cinco dias pela Assembleia
§3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do
Legislativa, em regime de urgência. *Redação dada pela
Governador importará sanção.
Emenda Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 –
D.O. de 15.01.09 §4º O veto será apreciado dentro de trinta dias, a contar do
seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da
*§ 1º O pedido de apreciação de projeto de lei e de projeto
maioria absoluta dos Deputados, em escrutínio secreto.
de lei complementar dentro do prazo estabelecido neste
artigo, deverá ser solicitado na mensagem de seu §5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado ao
encaminhamento à Assembleia Legislativa. *Redação dada Governador, para promulgação.
pela Emenda Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de
§6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º,
2008 – D.O. de 15.01.09
o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata,
*§ 2º Na falta de deliberação dentro do prazo estabelecido sobrestadas todas as demais proposições, até sua votação
neste artigo, o projeto será automaticamente incluído na final.
ordem do dia, em regime de urgência, nas dez sessões
§7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito
consecutivas; se ao final dessas não for apreciado,
horas pelo Governador, nos casos dos §§ 3º e 5º, o
considerar-se-á rejeitado. *Redação dada pela Emenda
Presidente da Assembleia a promulgará, e se não o fizer em
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.
15.01.09.
Art. 66. A matéria constante de projeto de lei rejeitado
§3º O prazo estabelecido neste artigo não correrá nos
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na
períodos de recesso da Assembleia Legislativa.
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
Art. 64. As leis delegadas serão elaboradas pelo Governador absoluta dos membros da Assembleia Legislativa.
do Estado ou por comissão da Assembleia Legislativa.
SEÇÃO VI
*§1º Não poderão ser objeto de delegação a matéria DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E
reservada à Lei Complementar, as matérias de competência ORÇAMENTÁRIA
exclusiva da Assembleia Legislativa, nem as de iniciativa do SUBSEÇÃO I
Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria DISPOSIÇÕES GERAIS
Pública e do Tribunal de Contas do Estado do Ceará.
*Art. 67. (revogado) *Revogado pelo art 3º da Emenda
*Substituida a expressão “dos Tribunais de Contas” por “do
Constitucional nº 75, de 20 de dezembro de 2012. – D. O. de
Tribunal de Contas do Estado do Ceará” pela Emenda
27.12.2012.
constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
21.08.2017. *Art. 68. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial do Estado e das entidades da
§2º No caso de delegação à comissão da Assembleia, que
administração direta e indireta, quanto à legalidade,
será constituída nos termos do regimento interno da Casa,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
será o projeto aprovado remetido à sanção do Governador
renúncia de receitas, será exercida pela Assembleia
do Estado.
Legislativa, mediante o controle externo, e pelo sistema de
§3º A delegação ao Governador, que dependerá de controle interno de cada Poder. *Ver Lei Complementar n°
solicitação deste, terá a forma de resolução da Assembleia, 26, de 15 de janeiro de 2001 – D. O. de 12.2.2001.
que especificará o seu conteúdo e os termos de seu
exercício.
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*Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou Regulamentado pela Lei nº 12.509, de 6.12.1995 – D. O. de
jurídica, de direito público ou de direito privado que utilize, 6.12.1995.
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e
*I – três pelo Governador do Estado, com aprovação da
valores públicos ou pelos quais o Estado responda, ou que,
Assembleia Legislativa, sendo dois alternadamente dentre
em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.
auditores e membros do Ministério Público Especial junto ao
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 19 de
Tribunal de Contas do Estado, indicados em lista tríplice pelo
dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09
Tribunal, observando-se os critérios de antiguidade e
*Art. 69. O controle externo, a cargo da Assembleia merecimento; *Redação dada pela Emenda Constitucional
Legislativa, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas n° 54, de 22 de dezembro de 2003 – D. O. de 23.12.2003
do Estado. *Ver Lei Complementar n° 26, de 15 de janeiro de
*II – quatro pela Assembleia Legislativa. *Redação dada pele
2001 – D. O. 12.2.2001.
Emenda Constitucional n° 54, de 22 de dezembro de 2003 –
Art. 70. A comissão permanente da Assembleia Legislativa, D. O. de 23.12.2003.
incumbida de emitir parecer sobre os projetos de lei relativos
§3º O processo de escolha dos Conselheiros do Tribunal de
ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
Contas do Estado, em caso de vaga ocorrida na vigência
orçamento anual e aos créditos adicionais, diante de indícios
desta Constituição, atendidos os requisitos previstos no § 1°
de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de
deste artigo, obedecerá aos seguintes critérios:
investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental I – na primeira, na quarta e na sétima vaga, a escolha caberá
responsável que, no prazo de cinco dias, preste os ao Governador do Estado, com aprovação da Assembleia
esclarecimentos necessários. Legislativa, sendo que:
§1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados a) a primeira vaga será de sua livre escolha; e
estes insuficientes, a comissão solicitará ao Tribunal de
*b) a quarta vaga recairá em auditor e a sétima vaga recairá
Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no
em membro do Ministério Público Especial junto ao Tribunal
prazo de trinta dias.
de Contas do Estado, segundo os critérios de antiguidade e
§2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a comissão, merecimento, alternadamente. *Redação dada pela Emenda
se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave Constitucional no 67, de 2 de dezembro de 2009 – D.O. de
lesão à economia pública, proporá à Assembleia Legislativa 8.12.2009
sua sustação.
II – na segunda, terceira, quinta e sexta vaga, a escolha
SUBSEÇÃO II caberá à Assembleia Legislativa do Estado. *Redação dada
DO TRIBUNAL DE CONTAS pela Emenda Constitucional n° 54, de 22 de dezembro de
2003 – D. O. de 23.12.2003.
*Art. 71. O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete
Conselheiros, tem sede na Capital do Estado, quadro próprio *§4º Os cargos preenchidos na vigência desta Constituição
de pessoal e jurisdição em todo o território estadual. serão providos, quando vagarem, por indicação de quem
*Redação dada pela Emenda Constitucional n° 54, de 22 de escolheu originalmente os seus ocupantes, sempre com
dezembro de 2003 – D. O. de 23.12.2003. aprovação da Assembleia Legislativa. *Redação dada pela
Emenda Constitucional n° 54, de 22 de dezembro de 2003 –
*§1º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão
D. O. de 23.12.2003.
nomeados pelo Governador do Estado dentre brasileiros que
satisfaçam os seguintes requesitos: *Redação dada pela *§ 5º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado terão
Emenda Constitucional n° 54, de 22 de dezembro de 2003 – as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos,
D. O. de 23.12.2003. subsídios, direitos e vantagens dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça Estadual, aplicando-se-lhes, quanto à
I – mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos
aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40 da
de idade;
Constituição Federal. *Redação dada pela Emenda
II – idoneidade moral e reputação ilibada; Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
15.01.09.
III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis econômicos
e financeiros ou de administração pública; *§ 6º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado
deverão enviar anualmente declaração de seus bens, dos
IV – mais de dez anos no exercício de função ou de efetiva
bens de seus cônjuges e dos descendentes até o primeiro
atividade profissional que exija os conhecimentos
grau ou por adoção, a Mesa Diretora da Assembleia
mencionados no inciso anterior.
Legislativa, que adotará as providências cabíveis em caso de
*§2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão suspeita de enriquecimento ilícito ou outras irregularidades.
escolhidos: *Redação dada pele Emenda Constitucional n° *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 19 de
54, de 22 de dezembro de 2003 – D. O. de 23.12.2003. dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09.
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*§ 7º As declarações de bens a que se refere o parágrafo b) organizar sua secretaria e serviços auxiliares, provendo-
anterior deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado e lhes os cargos por concurso público de provas, ou de provas
postas à disposição de qualquer interessado, mediante e títulos, obedecidas as regras estabelecidas nesta
requerimento devidamente justificado. *Acrescido pela Constituição;
Emenda Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 –
c) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
D.O. de 15.01.09. *Art. 72. Os Auditores, em número de 6
membros, auditores e servidores;
(seis), serão nomeados pelo Governador do Estado, dentre
cidadãos que preencham as qualificações exigidas para o d) propor à Assembleia Legislativa, respeitados os limites
cargo de Conselheiro, mediante concurso de provas e títulos, estabelecidos em lei, a criação de cargos; e
promovido pelo Tribunal de Contas, observada a ordem de
*e) elaborar sua proposta de orçamento, dentro dos limites
classificação”.(NR) *Redação dada pela Emenda
estipulados na lei de diretrizes orçamentárias. *Ver Emenda
constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
Constitucional nº 88, de 21 de dezembro de 2016. D. O.
21.08.2017.
21.12.2016.
*§ 1º O Auditor, quando em substituição a Conselheiro, terá
*Parágrafo único. A assessoria e a consultoria jurídica do
as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no
Tribunal de Contas do Estado serão exercidas por sua
exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de
Procuradoria Jurídica, observada as competências da
direito da mais elevada entrância. *Acrescido pela Emenda
Procuradoria Geral do Estado. *Acrescido pela Emenda
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
15.01.09.
15.01.09.
*§ 2º As atribuições do Auditor, quando não estiver
Art. 75. Os recursos correspondentes às dotações
substituindo Conselheiro, serão definidas na Lei Orgânica do
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
Tribunal de Contas. *Acrescido pela Emenda Constitucional
especiais, destinados ao Tribunal de Contas, ser-lhe-ão
nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09.
entregues até o dia vinte de cada mês, na forma da
*Art.73. Haverá uma Procuradoria de Contas, em número respectiva lei complementar.
igual de Auditores, junto ao Tribunal de Contas do Estado,
Art. 76. Compete ao Tribunal de Contas:
integrada por Procuradores de Contas, organizados em
carreira, nomeados pelo Governador do Estado, escolhidos I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo
mediante concurso público de provas e títulos, dentre Governador do Estado, mediante parecer prévio que deverá
brasileiros e bacharéis em Direito, com participação da ser elaborado em sessenta dias, a contar do seu
Ordem dos Advogados do Brasil. *Redação dada pela recebimento;
Emenda Constitucional nº 77, de 3 de outubro de 2013. – D.
II – julgar as contas dos administradores e demais
O. de 07.10.2013
responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos da
*§ 1º A Procuradoria de Contas será dirigida pelo administração direta e indireta, incluídas as fundações e
Procurador-Geral de Contas, nomeado dentre os sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público
Procuradores de Contas, pelo Presidente do Tribunal de Estadual, e as contas daqueles que deram causa a perda,
Contas do Estado. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo à
61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09. Fazenda Estadual;
*§ 2º Aos Procuradores de Contas aplicam-se, III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de
subsidiariamente, no que couber, as disposições da Lei admissão de pessoal, a qualquer título, na administração
Orgânica do Ministério Público do Estado, pertinentes a direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
direitos, subsídios, garantias, vedações, regime disciplinar e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para
forma de investidura; aplicando-se ainda, quanto à carreira, cargo de provimento em comissão, bem como a das
à competência e às atribuições, o disposto na Lei Orgânica concessões das aposentadorias, reformas e pensões,
do Tribunal de Contas do Estado e na Lei Federal nº 8.443, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
de 16 de julho de 1992. *Acrescido pela Emenda fundamento legal do ato concessório;
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
IV – realizar, de ofício, ou por iniciativa da Assembleia
15.01.09.
Legislativa, de suas comissões técnicas ou de inquérito,
Art. 74. Ao Tribunal de Contas do Estado, garantida a sua inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
autonomia administrativa e financeira, serão asseguradas as orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
seguintes atribuições: administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seu regimento
interno; V – fiscalizar as contas estaduais de empresas ou consórcios
interestaduais, de cujo capital social o Estado participe, de

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forma direta ou indireta, nos termos de acordo, convênio ou subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelas
ato constitutivo; respectivas Câmaras Municipais, mediante controle externo,
e pelo sistema de controle interno dos Poderes Municipais.
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 19 de
pelo Estado, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros
dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09
instrumentos congêneres;
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou
VII – prestar as informações solicitadas pela Assembleia
entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
Legislativa, ou por qualquer das suas comissões, sobre a
administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
os Municípios respondam, ou que, em nome destes, assuma
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções
obrigações de natureza pecuniária.
realizadas;
*Art. 78. Compete ao Tribunal de Contas do Estado do Ceará:
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
*Substituida a expressão “Tribunal de Contas dos
despesa, irregularidade de contas ou descumprimento de
Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela
suas decisões, as sanções previstas em lei, que estabelecerá,
Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
entre outras cominações, multa proporcional ao dano
21.08.2017.
causado ao erário;
*I – apreciar as contas prestadas pelos Prefeitos Municipais,
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as
mediante parecer prévio, que deverá ser elaborado no prazo
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se
de doze meses, a contar do seu recebimento; *Redação dada
verificada ilegalidade;
pela Emenda Constitucional nº 29/97, de 30 de abril de 1997
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, – D. O. de 14.5.1997.
comunicando a decisão à Assembleia Legislativa;
*II – julgar as contas dos administradores, das Mesas das
XI – homologar os cálculos das cotas do ICMS devidas aos Câmaras Municipais e demais responsáveis por dinheiro,
Municípios; e bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas
XII – representar ao Poder competente sobre irregularidades
pelo Poder Público Municipal e as contas daqueles que
ou abusos apurados.
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de
§1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado que resulte prejuízo ao Erário; *Redação dada pela Emenda
diretamente pela Assembleia Legislativa, que solicitará, de Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 15.01.09
§2º Se a Assembleia Legislativa ou Poder Executivo, no prazo *III – apreciar, para fim de registro, a legalidade dos atos de
de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no admissão de pessoal, a qualquer título, na administração
parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a esse respeito. direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelos municípios, excetuadas as nomeações para
§3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de
cargo de provimento em comissão, e as concessões de
débito ou multa terão eficácia de título executivo.
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
*§4º O Tribunal de Contas do Estado prestará suas contas, melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal
anualmente, à Assembleia Legislativa, dentro de 60 do ato concessório; *Redação dada pela Emenda
(sessenta) dias após a abertura da Sessão Legislativa, bem Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de
como remeterá, trimestral e anualmente, relatório de suas 15.01.09
atividades. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº
IV – realizar, por iniciativa própria, ou da Câmara Municipal,
27/96, de 4 de dezembro de 1996 – D. O. de 11.12.1996.
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
*§5º O Tribunal de Contas do Estado, no exercício de suas orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
competências, observará os institutos da prescrição e da administrativas do Poder Legislativo e Executivo Municipal, e
decadência, no prazo de cinco anos, nos termos da legislação demais entidades referidas no inciso II;
em vigor. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 76, de
V – prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal
21 de dezembro de 2012. – D. O. de 05.02.2013.
sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
SUBSEÇÃO III operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
*DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E inspeções realizadas;
ORÇAMENTÁRIA DO MUNICÍPIO.
VI – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
*Art. 77. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, despesas ou irregularidade de contas, as sanções previstas
operacional e patrimonial dos municípios e das entidades da em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
administração direta e indireta, quanto à legalidade, proporcional ao dano causado ao erário;
legitimidade, moralidade, economicidade, aplicação das
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VII – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as *§ 5º Qualquer pessoa física ou jurídica é parte legítima para,
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades
verificada a ilegalidade; perante o Tribunal de Contas do Estado. *Substituida a
expressão “Tribunal de Contas dos Municípios” por “Tribunal
VIII – propor à Câmara Municipal a sustação de execução de
de Contas do Estado” pela Emenda constitucional n 92, de 16
ato impugnado por irregularidade;
de agosto de 2017. D.O. 21.08.2017.
IX – representar ao Poder competente sobre irregularidades
*§ 6º A assessoria e a consultoria jurídica do Tribunal de
ou abusos apurados;
Contas do Estado serão exercidas por sua Procuradoria
*X – comunicar à Câmara Municipal, para fins de direito, a Jurídica, observada as competências da Procuradoria-Geral
falta de remessa, dentro do prazo, das contas anuais; do Estado. *Substituida a expressão “Tribunal de Contas dos
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 19 de Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela
dezembro de 2008 – D.O. de 15.01.09 Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O.
21.08.2017.
XI – examinar as demonstrações contábeis e financeiras
constantes de balancetes mensais, determinando as *§7º O Tribunal de Contas do Estado, no exercício de suas
regularizações necessárias na forma que a lei estabelecer; competências, observará os institutos da prescrição e da
decadência, no prazo de 5 (cinco) anos, nos termos da
XII – editar atos, instruções normativas e resoluções, no
legislação em vigor. *Substituida a expressão “Tribunal de
âmbito de suas atribuições, para o completo desempenho do
Contas dos Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado”
controle externo, os quais deverão ser observados pelas
pela Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017.
administrações municipais.
D.O. 21.08.2017.
*§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será expedido
*Art. 79. Revogado *Revogado pela Emenda constitucional
pela Câmara Municipal, que solicitará, de imediato, ao Poder
nº 92, de 16 de agosto de 2017. D.O. 21.08.2017
Executivo, as medidas cabíveis. *Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 61, de 19 de dezembro de 2008 – D.O. de Art. 80. Os Poderes Públicos Municipais manterão de forma
15.01.09 integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
*§2º Se a Câmara Municipal ou o Poder Executivo, no prazo I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano de
de 30 (trinta) dias, não efetivar as medidas previstas no Governo e do orçamento do Município;
parágrafo anterior, o Tribunal de Contas do Estado adotará
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à
as medidas legais cabíveis. *Substituida a expressão
eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
“Tribunal de Contas dos Municípios” por “Tribunal de Contas
patrimonial nos órgãos e entidades da administração
do Estado” pela Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto
municipal, bem como da aplicação de recursos públicos por
de 2017. D.O. 21.08.2017.
entidades de direito privado;
*§3º As decisões do Tribunal de Contas do Estado, de que
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e
resulte imputação de delito ou multa, terão eficácia de título
garantias, bem como dos direitos e deveres do Município;
executivo, cabendo ao próprio Tribunal de Contas exigir a
devolução do processo dentro do prazo improrrogável de 40 IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão
(quarenta) dias para a adoção de medidas cabíveis junto à institucional.
Procuradoria-Geral de Justiça, Tribunal de Justiça e Tribunal
*§1º Os responsáveis pelo controle interno, para tal fim
Regional Eleitoral. *Substituida a expressão “Tribunal de
designados pelo Prefeito Municipal, ao tomarem
Contas dos Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado”
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,
pela Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017.
dela darão ciência ao Tribunal de Contas dos Municípios, sob
D.O. 21.08.2017.
pena de responsabilidade solidária. *Redação dada pela
*§ 4º O Tribunal de Contas do Estado encaminhará à Emenda Constitucional nº 9, de 16 de dezembro de 1992 –
Assembleia Legislativa Estadual, anualmente, até 120 (cento D. O. de 22.12.1992
e vinte) dias após o início do exercício financeiro, relatório
§2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou
das atividades desenvolvidas no âmbito das competências
sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
descritas no art.78 desta Constituição, prestando
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas
informações, sempre que lhe forem requisitadas, sem
dos Municípios. *Redação dada pela Emenda Constitucional
prejuízo das demais obrigações previstas nesta Constituição
nº 9, de 16 de dezembro de 1992 – D. O. de 22.12.1992
ou em lei. *Substituida a expressão “Tribunal de Contas dos
Municípios” por “Tribunal de Contas do Estado” pela *Art. 81. Revogado *Revogado pela Emenda constitucional
Emenda constitucional n 92, de 16 de agosto de 2017. D.O. nº 92, de 16 de agosto de 2017. D.O. 21.08.2017
21.08.2017.

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CAPÍTULO II Art. 83. O Governador e o Vice-Governador do Estado


DO PODER EXECUTIVO tomam posse em sessão da Assembleia Legislativa,
SEÇÃO I prestando compromisso de manter e defender a
DO GOVERNADOR E DO VICE-GOVERNADOR DO ESTADO Constituição Federal, a Constituição Estadual, observar as
leis, promover o bem geral do povo cearense, respeitar e
Art. 82. O Governador do Estado, eleito para um mandato de
sustentar a autonomia dos Municípios, sujeitar-se ao Estado
quatro anos, por sufrágio direto e secreto, exerce a Chefia do
Democrático de Direito e à ordem federativa. * Redação
Poder Executivo.
dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
*§1º A eleição do Governador e do Vice-Governador realizar- de 2009 – D.O. 24.09.2009
se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e
§1º Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o
no último domingo de outubro, em segundo turno, se
Governador ou o Vice- -Governador, salvo comprovado
houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, será este
antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do
declarado vago.
ano subsequente. * Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. *§2º O Governador e o Vice-Governador deverão, no ato da
24.09.2009 posse e anualmente, fazer declaração pública de seus bens,
dos bens de seus cônjuges e dos descendentes até o primeiro
*§2º A eleição do Governador importará na do Vice-
grau ou por adoção, a ser publicada no Diário Oficial do
Governador do Estado, com ele conjuntamente registrado. *
Estado e posta à disposição de qualquer interessado,
Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
mediante requerimento devidamente justificado. *Redação
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
dada pela Emenda Constitucional nº 49 de 4 de abril de 2002
*§3° São condições de elegibilidade para Governador e Vice- – D. O. de 11.4.2002
Governador: * Redação dada pela Emenda Constitucional nº
*Art. 84. O Vice-Governador substituirá o Governador do
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
Estado em suas ausências do território estadual superiores a
I – a nacionalidade brasileira; sete dias, do País por qualquer tempo e em caso de
impedimentos, sucedendo-lhe no caso de vacância. *
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
III – o alistamento eleitoral; setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; *§1º O Vice-Governador, além das atribuições definidas
nesta Constituição, colaborará com o Chefe do Poder
V – a filiação partidária; e
Executivo em missões e atividades especiais que lhe sejam
VI – a idade mínima de trinta anos. por este conferidas. * Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
*§4º Será considerado eleito Governador o candidato que,
24.09.2009.
registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de
votos, não computados os em branco e os nulos. * Redação *§2º O Vice-Governador perceberá representação
dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro equivalente a dois terços da remuneração atribuída ao
de 2009 – D.O. 24.09.2009 Governador. * Redação dada pela Emenda Constitucional nº
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
*§5º No segundo turno, se houver, concorrerão os dois
candidatos mais votados, declarando-se eleito o que obtiver *§3º Aplica-se aos substitutos, referidos no art. 86 desta
a maioria dos votos válidos. * Redação dada pela Emenda Constituição, o prazo estabelecido no caput deste artigo. *
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
24.09.2009 setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
*§6º Se, antes de efetivado o segundo turno, ocorrer morte, *Art. 85. Aplicam-se ao Governador, desde a diplomação, as
renúncia ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, proibições e impedimentos estabelecidos para os Deputados
dentre os remanescentes, o de maior votação. * Redação Estaduais. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 1,
dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 9 de abril de 1991 – D. O. de 12.4.1991
de 2009 – D.O. 24.09.2009
Art. 86. Em caso de impedimento do Governador e do Vice-
*§7º Havendo em segundo lugar mais de um candidato com Governador, ou vacância conjunta dos respectivos cargos,
equivalente votação, qualificar-se-á para a disputa, em serão sucessivamente chamados ao exercício da
segundo turno, o mais idoso. * Redação dada pela Emenda Governadoria, pela ordem, o Presidente da Assembleia
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.
24.09.2009
*§1º O Governador e o Vice-Governador do Estado não
poderão, sem licença da Assembleia Legislativa, ausentar-se

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do Estado e do País, por período superior a quinze dias, VI – dispor sobre a organização e o funcionamento do Poder
implicando a infração em crime de responsabilidade. * Executivo e da administração estadual, na forma da lei; VII –
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de decretar e executar a intervenção estadual em Municípios;
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
VIII – remeter mensagem acompanhada de plano de governo
*§2º Não pode o Governador, a partir da posse, sob pena de à Assembleia Legislativa para leitura na abertura da sessão
perda do cargo: *Redação dada pela Emenda Constitucional legislativa, expondo a situação estadual e solicitando as
nº 1, de 9 de abril de 1991 – D. O. de 12.4.1991. medidas que reconhecer consentâneas;
a) aceitar mandato ou emprego da União, dos Estados ou dos IX – exercer o comando supremo das organizações militares
Municípios; estaduais – Polícia Militar e Corpo de Bombeiros – promover
seus oficiais e nomeá-los para os cargos que lhes são
b) ser proprietário ou sócio de empresa concessionária de
privativos;
serviço público ou que goze de favores decorrentes de
contrato com pessoas jurídicas de direito público, ou nela *X – nomear, após aprovação da Assembleia Legislativa, o
exercer função remunerada de qualquer natureza; Defensor-Geral da Defensoria Pública; * Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
c) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum
D.O. 24.09.2009
de pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista, salvo quando o *XI – (revogado). * Revogado pela Emenda Constitucional nº
contrato obedecer a cláusulas uniformes; 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
d) patrocinar causas contra a União, Estados ou Municípios XII – nomear os magistrados nos termos desta Constituição;
ou favorecer interesses privados na administração pública
*XIII – nomear os membros do Tribunal de Contas,
em geral.
observadas as disposições do art.71, §2º desta Constituição;
*§3º Aplicam-se ao Vice-Governador as vedações contidas (NR) *Redação dada pela Emenda constitucional nº 92, de 16
nas alíneas “a”, “b” e “d”, do parágrafo anterior. * Acrescido de agosto de 2017. D.O. 21.08.2017
pela Emenda Constitucional nº 1, de 9 de abril de 1991 – D.
XIV – conferir condecorações e distinções honoríficas;
O. de 12.4.1991.
XV – enviar à Assembleia Legislativa o plano plurianual, o
Art. 87. Vagando os cargos de Governador e Vice-
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
Governador do Estado, proceder-se-á eleição noventa dias
orçamentos previstos nesta Constituição;
depois de aberta a última vaga.
XVI – prestar, anualmente, à Assembleia Legislativa, dentro
§1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período
de sessenta dias após abertura da sessão legislativa, contas
governamental, a eleição para ambos os cargos será feita
referentes ao exercício anterior;
trinta dias depois da última vaga, pela Assembleia
Legislativa, na forma da lei, devendo, em qualquer dos casos, XVII – prover e extinguir os cargos públicos estaduais, na
os eleitos completarem o período de seus antecessores. forma da lei;
*§2º (revogado). Revogado pela Emenda Constitucional nº XVIII – celebrar ou autorizar convênios, na forma prevista em
59, de dezembro de 2006 – D.O. 08.03.09. lei;
SEÇÃO II *XIX – decretar as situações de emergência e estado de
DAS ATRIBUIÇÕES DO GOVERNADOR DO ESTADO calamidade pública; *Ver Emenda Constitucional nº 88, de
21 de dezembro de 2016. D. O. 21.12.2016.
Art. 88. Compete privativamente ao Governador do Estado:
XX – convocar extraordinariamente a Assembleia Legislativa,
I – nomear e exonerar os Secretários de Estado;
nos casos previstos nesta Constituição; e
II – exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado e dos
XXI – exercer outras atribuições previstas nesta Constituição
Comandantes da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros, a
direção superior da administração estadual; *Parágrafo único. O Governador do Estado poderá delegar a
atribuição mencionada no inciso XVII, primeira parte, aos
III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
Secretários de Estado, que observarão os limites traçados
previstos nesta Constituição;
nas respectivas delegações. (NR). *Acrescido pela Emenda
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como Constitucional no 66, de 18 de novembro de 2009 – D.O. de
expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execução; 25.11.2009.
V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

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SEÇÃO III *Art.92. Os Secretários de Estado serão escolhidos dentre


DAS RESPONSABILIDADES DO GOVERNADOR E DO VICE- brasileiros maiores de vinte e um anos de idade, no exercício
GOVERNADOR DO ESTADO dos direitos políticos, sendo vedada a nomeação daqueles
considerados inelegíveis em razão de atos ilícitos, nos
Art. 89. São crimes de responsabilidade os atos do
termos da Lei Complementar de que trata o §9º do art.14 da
Governador do Estado que atentem contra a Constituição
Constituição Federal.
Estadual e, especialmente, contra:
§1º Os Secretários de Estado deverão, no ato da posse e
*I – o livre exercício dos Poderes Legislativo, Judiciário, do
anualmente, fazer declaração pública de seus bens, dos bens
Ministério Público, da Defensoria Pública e dos Poderes dos
de seus cônjuges e dos descendentes até o primeiro grau ou
Municípios. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº
por adoção, a ser publicada no Diário Oficial do Estado e
80, de 10 de abril de 2014 – D.O. de 16.04.2014
posta à disposição de qualquer interessado, mediante
II – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; requerimento devidamente justificado. *Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 74, de 19 de abril de 2012. – D. O.
III – a ordem pública no âmbito estadual;
de 23.04.2012.
IV – a probidade administrativa;
*§2º As mesmas condições e vedações previstas no caput
V – a lei orçamentária; e deste artigo aplicam-se à nomeação para os cargos de
Secretário Adjunto e de outras autoridades que detenham,
*VI – o cumprimento das leis, das decisões judiciais e
nos termos da lei, atribuições equiparadas ao de Secretário
deliberações legislativas. *Arguída a inconstitucionalidade
de Estado ou ao de Secretário Adjunto. Acrescido pela
na ADIN nº 143-4 a qual foi julgada extinta pelo STF. Ver ADIN
Emenda Constitucional nº 74, de 19 de abril de 2012. – D. O.
n° 143-4 no Anexo I.
de 23.04.2012.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial,
Art. 93. Compete aos Secretários de Estado, além das
que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
atribuições que lhes sejam conferidas por lei:
Art. 90. O Governador será julgado nos crimes de
I – orientar, coordenar, dirigir e fazer executar os serviços
responsabilidade pela Assembleia Legislativa e, nos comuns,
correlacionados à respectiva área funcional;
pelo Superior Tribunal de Justiça, após admitida a acusação
por dois terços dos membros da Assembleia. §1º O II – referendar os atos e decretos assinados pelo Governador;
Governador será afastado de suas funções:
III – expedir atos e instruções para fiel execução da
I – nos crimes comuns, após recebida a acusação pelo Constituição, das leis e regulamentos;
Superior Tribunal de Justiça; e
IV – fazer, anualmente, a estimativa orçamentária de sua
II – nos crimes de responsabilidade, após instaurado o Secretaria e apresentar relatório de sua gestão;
processo pela Assembleia, acolhida a acusação por dois
V – comparecer à Assembleia Legislativa ou perante as suas
terços dos seus membros.
comissões para esclarecimentos, por sua direta solicitação
§2º O afastamento cessará, se o julgamento não estiver ou quando regularmente convocados;
concluído no prazo de cento e vinte dias, sem prejuízo do
VI – prestar informações que lhes sejam solicitadas pelo
regular andamento do processo.
Legislativo no prazo de trinta dias, implicando o não
§3º Será assegurada ao acusado ampla defesa, somente atendimento ou a prestação de informações falsas em crime
prevalecendo a acusação se por ela se pronunciarem dois de responsabilidade; e
terços dos Deputados.
VII – praticar atos decorrentes de delegação do Governador.
§4º Declarada procedente a acusação limitar-se-á a
Parágrafo único. Nos crimes comuns, os Secretários de
condenação à perda do cargo, com inabilitação, por oito
Estado serão julgados pelo Tribunal de Justiça e nos de
anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das
responsabilidade, pela Assembleia Legislativa.
sanções penais.
CAPÍTULO III
§5º Aplicam-se ao Vice-Governador, no que couber, as
PODER JUDICIÁRIO
normas constantes desta seção.
SEÇÃO I
SEÇÃO IV DISPOSIÇÕES GERAIS
DOS SECRETÁRIOS DE ESTADO
Art. 94. São órgãos do Poder Judiciário Estadual:
Art. 91. Os Secretários de Estado são auxiliares de confiança
I – Tribunal de Justiça;
do Governador, responsáveis pelos atos que praticarem ou
referendarem no exercício do cargo. *II – (revogado). *Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009

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*III – (revogado). *Redação dada pela Emenda *c) a aferição do merecimento conforme o desempenho e
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. pelos critérios de produtividade e presteza no exercício da
2009 jurisdição, bem como pela frequência e aproveitamento em
cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento.
IV – Tribunais do Júri;
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de
V – Juízes de Direito; julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009
VI – Juízes Substitutos; d) a lista de merecimento será formada pelos três juízes mais
votados, cabendo ao presidente do Tribunal de Justiça a
VII – Auditoria Militar;
escolha do provimento no prazo de três dias;
VIII – Juizados Especiais;
e) havendo mais de uma vaga a ser preenchida pelo critério
*IX – revogado; *Redação dada pela Emenda Constitucional de merecimento, a lista será formada por tantos juízes
nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009. quantas vagas houver, mais dois;
X – Juizados de Paz; e *f) na apuração da antiguidade, o tribunal somente poderá
recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois
XI – Outros órgãos criados por lei.
terços de seus membros, conforme procedimento próprio,
*Art. 95. Os órgãos judiciários são independentes em seus assegurada a ampla defesa e se repetindo a votação até
desempenhos, ressalvada a estrutura recursal e observado o fixar-se a indicação; *Redação dada pela Emenda
sistema de relações entre os poderes estabelecidos na Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
Constituição da República e nesta Constituição. *Redação 2009.
dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de
g) a aplicação alternada dos critérios de promoção atenderá
2009 – D.O. de 7. 07. 2009
a ordem numérica dos atos de vacância dos cargos a serem
Art. 96. A Lei de Organização Judiciária, de iniciativa do preenchidos; e
Tribunal de Justiça, disporá sobre a estrutura e
*h) não será promovido o juiz que, injustificadamente,
funcionamento do Poder Judiciário do Estado e a carreira da
retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
magistratura, adotados os seguintes princípios:
podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou
*I – ingresso na carreira, no cargo de juiz substituto, decisão; *Acrescida pela Emenda Constitucional nº 63, de 2
mediante concurso público de provas e títulos, com de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009.
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as
*III – precedência de remoção ao provimento inicial e à
suas fases, exigindo-se do bacharel em direito, ao se
promoção, ressalvado o direito de opção de juízes da mesma
inscrever no concurso, três anos de atividade jurídica,
comarca; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63,
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de
julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009. IV – publicação de edital de remoção ou promoção no prazo
de dez dias, contado da data de vacância do cargo a ser
*II – promoção de entrância para entrância, alternadamente,
preenchido;
por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes
normas ou condições: *Redação dada pela Emenda *V – o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na
2009 última ou única entrância; *Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
*a) obrigatoriedade da promoção do juiz que figurar por três
2009
vezes consecutivas, ou em cinco alternadas, em listas
tríplices de merecimento; *Redação dada pela Emenda *VI – (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009
2009
*VII – o subsídio dos magistrados será fixado com diferença
*b) preexistência de dois anos de exercício na respectiva não superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento de
entrância e integração do juiz na primeira quinta parte da uma para outra entrância a partir dos subsídios dos
lista de antiguidade desta, salvo inexistindo quem, dentre os membros do Tribunal de Justiça, estes não excedentes a
que disponham desses requisitos, aceite o lugar vago, caso noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros
em que concorrerão os integrantes da segunda quinta parte, dos Tribunais Superiores, observado, em qualquer caso, o
e assim sucessivamente; *Arguída a inconstitucionalidade na disposto nos arts. 37, inciso XI e 39, § 4º, da Constituição
ADIN nº 251-1 – aguardando julgamento do mérito. Ver Federal; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63,
ADIN n° 251-1 no Anexo I. * Declarada a de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009.
inconstitucionalidade na ADIN nº 251-1. Data da Sessão de
julgamento 27.08.2014. Ver ADIN n° 251-1 no Anexo I.
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*VIII – a aposentadoria dos magistrados e a pensão dos seus *XVIII – os servidores receberão delegação para a prática de
dependentes observarão o disposto no art. 40 da atos de administração e atos de mero expediente, sem
Constituição Federal; *Redação dada pela Emenda caráter decisório; *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009.
2009
*XIX – a distribuição de processos será imediata, em todos
IX – o juiz titular residirá na respectiva comarca; os graus de jurisdição; *Acrescido pela Emenda
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
*X – o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do
2009.
magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão
por voto da maioria absoluta do Tribunal de Justiça ou do *XX – previsão de cursos oficiais de preparação,
Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa; aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a
julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009. participação em curso oficial ou reconhecido por escola
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
*XI – todos os julgamentos dos órgãos judiciários serão
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho
públicos e fundamentadas as suas decisões, sob pena de
de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009.
nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados
atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a *XXI – será assegurada a permanência ininterrupta de juízes
estes, nos casos em que a preservação do direito à nas comarcas de mais de uma vara, fora do funcionamento
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o externo do foro, devendo o Tribunal organizar e manter
interesse público à informação; *Redação dada pela Emenda atualizado o sistema rotativo de plantão aos sábados,
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. domingos e feriados para conhecimento, com a devida
2009 presteza, de habeas corpus, mandado de segurança e outras
medidas judiciais de urgência. *Acrescido pela Emenda
*XII – as decisões administrativas dos tribunais serão
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
2009.
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de *§1º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009
*XIII – distribuição de varas cíveis e criminais §2º Nas comarcas com mais de um órgão judicante, é vedada
proporcionalmente à efetiva demanda judicial e à densidade a utilização simultânea de férias no mesmo período.
populacional; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº
*§3º Os membros do Poder Judiciário Estadual deverão
63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009
enviar anualmente declaração de seus bens, dos bens de
*XIV – alcançado, pelo Tribunal de Justiça do Ceará, o seus cônjuges e dos descendentes até o primeiro grau ou por
número de vinte e cinco integrantes, poderá o mesmo adoção, ao Conselho de Magistratura e à Corregedoria do
constituir, para os fins do art. 93, inciso XI, da Constituição Tribunal de Justiça, que adotarão as providências cabíveis
Federal, seu Órgão Especial; *Acrescido pela Emenda em caso de suspeita de enriquecimento ilícito ou outras
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. irregularidades. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
2009. 49, de 4 de abril de 2002 – D. O. de 11.4.2002. *Ver Lei n°
12.342, de 28 de julho de 1994 – D. O. de
*XV – a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de
9.8.1994.(Republicação)
comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao
disposto nas alíneas “a”, “b”, “c” e “e” do inciso II, do art. 96; *§4º As declarações de bens a que se refere o parágrafo
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho anterior deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado e
de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009. postas à disposição de qualquer interessado, mediante
requerimento devidamente justificado. *Acrescido pela
*XVI – a atividade jurisdicional será ininterrupta, vedadas
Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D. O.
férias coletivas nos juízos e nos tribunais de segundo grau,
de 11.4.2002.
funcionando, nos dias em que não houver expediente
normal, juízes em plantão permanente; *Acrescido pela *Art. 97. (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
de 7. 07. 2009.
Parágrafo único. (revogado). *Revogado pela Emenda
*XVII – o número de juízes na unidade jurisdicional será Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva 2009
população; *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 63, de
Art. 98. Os juízes gozam das seguintes garantias:
2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009

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I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida *§3º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça e, nos
*§4º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
demais casos, de sentença judicial transitada em julgado,
63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
assegurado em qualquer hipótese o direito a ampla defesa;
*§5º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
*II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
na forma do art. 96, inciso X, desta Constituição; *Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de *§6º Os recursos correspondentes às dotações
2009 – D.O. de 7.07.2009 orçamentárias destinadas ao Poder Judiciário serão
entregues até o dia vinte de cada mês. *Acrescido pela
*III – irredutibilidade do subsídio, ressalvado o disposto nos
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O.
arts. 37, incisos X e XI, 39, § 4º, 150, inciso II, 153, inciso III e
de 7.07.2009.
§2º, inciso I, da Constituição Federal. *Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. *Art. 100. Os processos de mandados de segurança, habeas
de 7. 07. 2009 corpus, habeas data, mandado de injunção e ação popular e
respectivos recursos serão inteiramente gratuitos,
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
ressalvadas as hipóteses de sucumbência, nos termos da
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo, legislação federal. *Redação dada pela Emenda
emprego ou função remunerada, salvo uma de magistério; Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
7.07.2009.
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou
participações em processo; *Parágrafo único. (revogado). *Revogado pela Emenda
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
III – participar de atividades político-partidárias.
7.07.2009
*IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
*Art. 101. (revogado).
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; e *Revogado pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho
*Acrescido dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de de 2009 – D.O. de 7.07.2009.
julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009.
*Art. 101A. À exceção dos créditos de natureza alimentícia,
*V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se os pagamentos devidos pela Fazenda Estadual ou Municipal,
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente
cargo por aposentadoria ou exoneração. *Acrescido dada na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à
pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – conta dos créditos respectivos, proibida a designação de
D.O. de 7.07.2009. casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos
créditos adicionais abertos para este fim. *Acrescido pela
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O.
administrativa e financeira
de 7.07.2009.
*§1º O Tribunal de Justiça elaborará sua proposta
*§1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades
orçamentária anual nos limites estipulados conjuntamente
de direito público, de verba necessária ao pagamento de
com os demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado,
a qual será encaminhada à Assembleia Legislativa. *Ver
constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º
Emenda Constitucional nº 88, de 21 de dezembro de 2016.
de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício
D. O. 21.12.2016. *Redação dada pela Emenda
seguinte, quando terão seus valores atualizados
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
monetariamente. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
7.07.2009
63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009.
*§2º Não encaminhada a proposta no prazo previsto na Lei
*§2º Os débitos de natureza alimentícia compreendem
de Diretrizes Orçamentárias, o Poder Executivo deve
aqueles decorrentes de salários, vencimentos, subsídios,
considerar, para fim de consolidação da proposta
proventos, pensões e suas complementações, benefícios
orçamentária, os valores aprovados na lei em execução,
previdenciários e indenizações por morte ou invalidez,
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do
fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença
§ 1º deste artigo, aplicáveis ainda, à proposta orçamentária
transitada em julgado. *Acrescido pela Emenda
do Tribunal, e à sua execução, o disposto nos §§ 4º e 5º do
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
art. 99 da Constituição Federal. *Redação dada pela Emenda
7.07.2009.
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
2009 *§3º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão
consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao

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Presidente do Tribunal de Justiça determinar o pagamento *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de
segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a julho de 2009 – 7.07.2009.
requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de
V – conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
preterimento de seu direito de precedência, o sequestro da
membros e aos servidores que lhes forem imediatamente
quantia necessária à satisfação do débito. *Acrescido pela
subordinados.
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O.
de 7.07.2009. *Art. 103. (revogado). *Revogado pela Emenda
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
*§4º O disposto no caput deste artigo, relativamente à
7.07.2009.
expedição de precatórios, não se aplica aos pagamentos de
obrigações definidas em lei como de pequeno valor, que a *Art. 104. Em cada município haverá sede de comarca,
Fazenda Estadual ou Municipal deva fazer em virtude de dependendo a sua implantação do cumprimento dos
sentença judicial transitada em julgado. *Acrescido pela requisitos estabelecidos na Lei da Organização e Divisão
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. Judiciária, mediante apuração pelo Tribunal de Justiça.
de 7.07.2009.
*Parágrafo único revogado através da Emenda
*§5º São vedados a expedição de precatório complementar Constitucional nº 45, de 28 de dezembro de 2000 – D. O.
ou suplementar de valor pago, bem como fracionamento, 4.1.2001.
repartição ou quebra do valor da execução, a fim de que seu
Art. 105. As custas dos serviços forenses, inclusive diligências
pagamento não se faça, em parte, na forma estabelecida no
de oficial de justiça, serão elaboradas pelo Tribunal de Justiça
§ 4º deste artigo e, em parte, mediante expedição de
com a aprovação do Poder Legislativo.
precatório. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 63, de
2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009. *§1º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009.
*§6º A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto
no § 4º deste artigo, segundo as diferentes capacidades dos §2º As custas de transferência de imóveis não podem
entes de direito público. *Acrescido pela Emenda exceder o valor do imposto inter vivos, arrecadado pelo
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de Município.
7.07.2009. *§7º O Presidente do Tribunal competente que,
*§3º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
liquidação regular de precatório incorrerá em crime de
responsabilidade. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº *Art. 106. (revogado). *Revogado pela Emenda
63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009. Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
7.07.2009
*§8º Lei, de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, poderá
dispor sobre a cessão de créditos representados por SEÇÃO II
precatórios, vedada a previsão do poder liberatório do DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
pagamento de tributos, salvo nas hipóteses previstas na
*Art. 107. O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e
Constituição Federal. *Acrescido pela Emenda
jurisdição em todo o território do Estado, compõe-se de
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
desembargadores, nomeados dentre os juízes de última
7.07.2009.
entrância, observado o quinto constitucional. *Redação
*Art. 102. Compete privativamente ao Tribunal de Justiça: dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de 2009 – D.O. de 7.07.2009
julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009.
*§1º Um quinto do Tribunal de Justiça será composto de
I – eleger seus órgãos diretivos; membros do Ministério Público com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de
II – elaborar seus regimentos internos, com observância das
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
normas de processo e das garantias processuais das partes,
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de
dispondo sobre a competência e o funcionamento dos
representação das respectivas classes. *Acrescido pela
respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O.
III – organizar suas secretarias e serviços auxiliares e dos de 7.07.2009.
órgãos administrativos do primeiro grau;
*§2º Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista
*IV – prover, por concurso público de provas e títulos, os tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que, nos vinte dias
cargos de juiz da respectiva jurisdição, assim como os demais subsequentes, nomeará um dos seus integrantes.
necessários à administração da justiça, dependentes, ou não, *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho
de concurso público, vedado processo de seleção interna; e de 2009 – D.O. de 7.07.2009. Art. 108. Compete ao Tribunal
de Justiça:

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I – propor à Assembleia Legislativa, observado o disposto no d) os habeas-corpus nos processos, cujos recursos forem de
art. 169 da Constituição Federal: sua competência, ou quando o coator ou paciente for
autoridade diretamente sujeita à sua jurisdição;
a) a alteração do número de seus membros;
e) as ações rescisórias de seus julgados e as revisões
b) a criação, extinção ou alteração do número de membros
criminais nos processos de sua competência;
dos Tribunais inferiores, que serão previamente ouvidos, nos
últimos casos; *f) as ações diretas de inconstitucionalidade, nos termos do
art. 128 desta Constituição; *Redação dada pela Emenda
*c) a criação e a extinção de cargos e a fixação de subsídios
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
de magistrados do Estado; *Redação dada pela Emenda
7.07.2009.
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
7.07.2009. g) as representações para intervenção em Municípios;
*d) dispor sobre a regulamentação e remuneração dos juízes h) a execução de sentença nas causas de sua competência
de paz e dos serviços auxiliares; *Redação dada pela Emenda originária, facultada a delegacão de atribuição para a prática
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de de atos processuais; e
7.07.2009.
*i) a reclamação para a preservação de sua competência e
*e) a alteração, mediante lei, da organização e da divisão garantia da autoridade de suas decisões; *Arguída a
judiciária; *Acrescida pela Emenda Constitucional nº 63, de inconstitucionalidade na ADIN n° 2212-1, julgada
2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009. improcedente pelo STF. Ver julgamento do mérito da ADIN
n° 2212-1 no Anexo I.
II – prover, na forma desta Constituição, os cargos da
magistratura estadual de carreira, de primeiro e segundo *VIII – julgar, em grau de recurso, as causas não atribuídas
graus; por esta Constituição expressamente à competência dos
órgãos recursais dos juizados especiais; *Redação dada pela
III – aposentar os magistrados e os servidores da Justiça;
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O.
IV – conceder licença, férias e outros afastamentos aos juízes de 7.07.2009
que lhe forem vinculados;
IX – velar pelo exercício da atividade correicional respectiva;
V – encaminhar as propostas orçamentárias do Poder e
Judiciário Estadual ao Poder Executivo;
X – exercer as demais funções que lhe forem atribuídas por
VI – solicitar, quando cabível, a intervenção federal no lei.
Estado, nas hipóteses de sua competência;
*Art. 109. (revogado). *Revogado pela Emenda
VII – processar e julgar, originariamente: Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
7.07.2009
*a) Nos crimes comuns e de responsabilidade, o Vice-
Governador, os Deputados Estaduais, os Juízes Estaduais, os *§1º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
membros do Ministério Público, os membros da Defensoria 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
Pública, os Prefeitos, o Comandante Geral da Polícia Militar
*§2º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
e o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar,
63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; *Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 10 de abril de *§3º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
2014 – D.O. de 16.04.2014. 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
*b) os mandados de segurança e os habeas data contra atos *§4º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
do Governador do Estado, da Mesa e Presidência da 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
Assembleia Legislativa, do próprio Tribunal ou de algum de
SEÇÃO III
seus órgãos, do Tribunal de Alçada ou de algum de seus
DOS TRIBUNAIS DE ALÇADA
órgãos, dos Secretários de Estado, do Tribunal de Contas do
Estado ou de algum de seus órgãos, do Procurador Geral de *Art. 110 . (revogado). *Revogado pela Emenda
Justiça, do P854,rocurador Geral do Estado, do Chefe da Casa Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
Militar, do Chefe do Gabinete do Governador, do Ouvidor 7.07.2009
Geral do Estado, do Defensor Público Geral do Estado;
*§1º (revogado) *Revogado pela Emenda Constitucional nº
*Suprimida a expressão “do Tribunal de Contas do Município
63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
ou de algum de seus órgãos” pela Emenda constitucional nº
92, de 16 de agosto de 2017. D.O. 21.08.2017. *§2º (revogado) *Revogado pela Emenda Constitucional nº
63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7.07.2009
c) os mandados de injunção contra omissão das autoridades
referidas na alínea anterior;
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*Art. 111. (revogado). *Revogado pela Emenda processos resultantes dos inquéritos instaurados pela
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de delegacia especializada em crimes contra a mulher.
7.07.2009 *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de
julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009
*Art. 112. (revogado). *Revogado pela Emenda
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de Parágrafo único. Tal medida será progressivamente
7.07.2009 estendida às demais entrâncias.
*Art. 113. (revogado). *Revogado pela Emenda *Art. 121. (revogado). *Revogado pela Emenda
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
7.07.2009 7.07.2009
SEÇÃO IV SEÇÃO VI
DO TRIBUNAL DO JÚRI DOS JUÍZES SUBSTITUTOS
Art. 114. O Tribunal do Júri, com a organização prevista na Art. 122. O ingresso na carreira judiciária de primeiro grau
legislação processual penal, é competente para julgamento far-se-á mediante concurso público, conforme o disposto no
dos crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados, art. 96, I, fazendo-se o provimento para juiz substituto.
sendo soberanos os seus veredictos, com observância da Parágrafo único. Expirado o prazo de dois anos, fará o
plenitude de defesa e do sigilo das votações. Tribunal de Justiça a avaliação do desempenho e integração
vocacional, com base no acompanhamento de suas
SEÇÃO V
atividades judicantes e do decoro funcional exigido, quando
DOS JUÍZES DE DIREITO
será emitido ato declaratório de vitaliciedade na categoria
Art. 115. Os juízes de direito integram a magistratura de de juiz de direito.
carreira, no exercício da jurisdição comum de primeiro grau
SEÇÃO VII
nas comarcas e juízos, observadas as discriminações de
DA JUSTIÇA MILITAR
competências estatuídas na Lei da Organização e Divisão
Judiciária. Art. 123. A Justiça Militar é competente para processo e
julgamento dos integrantes das organizações militares
*Art. 116. (revogado). *Revogado pela Emenda
estaduais – Polícia Militar e Corpo de Bombeiros – nos crimes
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
militares definidos em lei, compondo-se:
7.07.2009
I – em primeiro grau, da Auditoria e Conselho de Justiça
*Art. 117. (revogado). *Revogado pela Emenda
Militar; e
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
7.07.2009 II – em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça, ao qual cabe
decidir sobre a privação do posto e patente dos oficiais,
*Art. 118. Para conhecer e julgar conflitos fundiários, o
sobre a perda da graduação de praças de ambas as
Tribunal de Justiça, por ato de seu Presidente, designará
corporações militares.
juízes de entrância final, atribuindo-lhes competência
exclusiva para questões agrárias. *Redação dada pela SEÇÃO VIII
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. DOS JUÍZES ESPECIAIS
de 7. 07. 2009
Art. 124. Os Juizados Especiais serão providos por juízes
*§1º Para o efeito previsto neste artigo, considera-se final a togados, ou togados e leigos, para atividade de conciliação,
entrância mais alta de primeiro grau. *Redação dada pela julgamento e execução de causas cíveis de menor
Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. complexidade e infrações penais de maior potencial
de 7. 07. 2009 ofensivo, mediante procedimento oral e sumaríssimo,
admitida a transação.
§2º Sempre que entender necessário à eficiente prestação
da tutela jurisdicional, o juiz irá ao local do litígio. *Parágrafo único. A Lei da Organização e Divisão Judiciária
disporá sobre as suas competências, prevendo os recursos
*Art. 119. O Tribunal de Justiça designará juiz de entrância
de seus julgados. *Redação dada pela Emenda
final, com competência exclusiva para conhecer e julgar
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
danos e crimes ecológicos, lesivos ao meio ambiente.
2009
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de
julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009 SEÇÃO IX
DOS JUIZADOS DE PEQUENAS CAUSAS
Parágrafo único. Aplica-se a este artigo o disposto nos §§ 1º
e 2º do art. 118. *Art. 125. (revogado). *Revogado pela Emenda
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de
*Art. 120. O Tribunal de Justiça designará juiz de entrância
7.07.2009
final, com competência exclusiva para conhecer e julgar
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SEÇÃO X face desta Constituição. *Acrescido pela Emenda


DOS JUIZADOS DE PAZ Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
2009.
Art. 126. A Justiça de Paz, remunerada, será composta de
cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com Art. 128. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus
mandato de quatro anos e competência para celebrar membros, os Tribunais poderão declarar a
casamentos, verificar de ofício ou em face de impugnação inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou
apresentada o processo de habilitação, exercer atribuições municipal, incidentalmente ou em ação direta.
conciliatórias e outras, sem caráter jurisdicional, conforme
*Parágrafo único. As decisões definitivas de mérito,
dispuser a Lei da Organização e Divisão Judiciária.
proferidas pelo Tribunal de Justiça, nas ações diretas de
SEÇÃO XI inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
DO CONTROLE DIRETO DE INCONSTITUCIONALIDADE constitucionalidade desta Constituição, produzirão eficácia
contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais
Art. 127. São partes legítimas para propor a ação direta de
órgãos do Poder Judiciário estadual e aos órgãos e entidades
inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo estadual,
da administração pública direta e indireta, nas esferas
contestado em face desta Constituição, ou por omissão de
estadual e municipal. *Acrescido pela Emenda
medida necessária para tornar efetiva norma ou princípio
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
desta Constituição:
2009.
I – o Governador do Estado;
*Art. 128-A. Os órgãos do Poder Judiciário do Estado, em
II – a Mesa da Assembleia Legislativa; qualquer grau de jurisdição em suas respectivas esferas de
competência, podem, nos termos da lei, ser provocados por
III – o Procurador-Geral da Justiça;
quem tiver legítimo interesse a defender, particular ou
IV – o Defensor-Geral da Defensoria Pública; público. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 63, de 2
de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009.
V – o Prefeito, a Mesa da Câmara ou entidade de classe e
organização sindical, se se tratar de lei ou de ato normativo *§1º Sempre que necessário à eficiente prestação
do respectivo Município; jurisdicional, far-se-á presente o juiz no local do litígio.
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 63, de 2 de julho
VI – os partidos políticos com representação na Assembleia
de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009.
Legislativa, ou, tratando-se de norma municipal, na
respectiva Câmara; *§ 2º Aos necessitados será assegurada assistência integral
e gratuita perante a jurisdição estadual, por intermédio da
VII – o Conselho Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil;
Defensoria Pública. * Redação dada pela Emenda
e
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
VIII – organização sindical ou entidade de classe de âmbito 24.09.2009
estadual ou intermunicipal.
*§3º Serão gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
§1º Quando o Tribunal de Justiça apreciar a forma da lei: *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 63,
inconstitucionalidade, em tese, de lei ou ato normativo, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009.
citará previamente o Procurador-Geral do Estado, que se
*a) o registro civil de nascimento; e *Acrescido pela Emenda
pronunciará sobre a lei ou ato impugnado.
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
§2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de 2009.
medida necessária para tornar efetiva norma ou princípio
*b) a certidão de óbito. *Acrescido pela Emenda
constitucional, será dada ciência da decisão ao Poder
Constitucional nº 63, de 2 de julho de 2009 – D.O. de 7. 07.
competente para a adoção de providências necessárias e,
2009.
em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo no
prazo de trinta dias. *§4º Nenhum serventuário da Justiça, sob pena de
responsabilidade, poderá receber custas, emolumentos ou
§3º Declarada em ação direta ou, incidentalmente, em
qualquer tipo de remuneração nos procedimentos
última instância, a inconstitucionalidade de lei ou ato
intentados por pessoas beneficiadas com assistência
normativo, a decisão será comunicada pelo Tribunal à
gratuita. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 63, de 2
Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal para a
de julho de 2009 – D.O. de 7. 07. 2009.
suspensão da execução, no todo ou em parte, da norma
impugnada.
*§4º Os legitimados referidos nos incisos I, II, III, IV, VI (parte
inicial), VII e VIII poderão propor ação declaratória de
constitucionalidade, de lei ou ato normativo estadual em

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TÍTULO VI Complementar n° 8, de 17 de julho de 1998 – D. O.


DAS ATIVIDADES ESSENCIAIS DOS PODERES ESTADUAIS 20.7.1998.
CAPÍTULO I
I – o Procurador-Geral de Justiça; e
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
*II – o Colégio de Procuradores de Justiça; *Redação dada
*Art. 129. O Ministério Público é instituição permanente,
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
2009 – D.O. 24.09.2009
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis. *Ver Lei n° *III – o Conselho Superior do Ministério Público; *Redação
10.675, de 8 de julho de 1982 – D. O. 5.10.1982, e Lei dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
Complementar n° 8, de 17 de julho de 1998 – D. O. de 2009 – D.O. 24.09.2009
20.7.1998.
*IV – a Corregedoria-Geral do Ministério Público; *Redação
Parágrafo único. São princípios inerentes ao Ministério dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
Público a unidade, a indivisibilidade e a independência de 2009 – D.O. 24.09.2009
funcional.
*V – os Procuradores de Justiça; *Acrescido pela Emenda
*Art. 130. São funções institucionais do Ministério Público: Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
*Ver Lei n° 10.675, de 8 de julho de 1982 – D. O. 5.10.1982, 24.09.2009.
e Lei Complementar n° 8, de 17 de julho de 1998 – D. O.
*VI – os Promotores de Justiça. * Acrescido pela Emenda
20.7.1998.
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma 24.09.2009.
da lei;
*§1º O Ministério Público tem por Chefe o Procurador-Geral
II – zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos de Justiça, nomeado pelo Governador do Estado, dentre
serviços de relevância pública aos direitos integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
constitucionalmente assegurados, adotando as medidas indicados em lista tríplice, mediante escrutínio secreto pelos
necessárias a sua garantia; membros, em atividade, da instituição, para mandato de
dois anos, permitida uma recondução. *Redação dada pela
III – promover o inquérito civil e a ação civil pública para a
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente
D.O. 24.09.2009.
e de outros interesses difusos e coletivos;
*§2º Recebida a lista tríplice, o Governador do Estado, nos
IV – promover a ação declaratória de inconstitucionalidade
vinte dias subsequentes, nomeará um dos seus integrantes,
ou representação para fins de intervenção do Estado em
que será empossado pelo Colégio de Procuradores de
Municípios, nos casos previstos nesta Constituição;
Justiça. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de
V – expedir notificações nos procedimentos administrativos 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
de sua competência, requisitando informações e
§3º O Procurador-Geral de Justiça poderá ser destituído por
documentos para instituí-los;
deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na
*VI – exercer o controle externo da atividade policial para o forma da lei complementar respectiva.
primado da ordem jurídica; *Ver Lei Complementar n° 9, de
*Art. 132. O Conselho Superior do Ministério Público, sob a
23 de julho de 1998 – D. O. 6.8.1998.
presidência do Procurador-Geral de Justiça, exercerá o
VII – requisitar diligências investigatórias e a instauração de controle hierárquico de ordem administrativa e disciplinar
inquérito policial, indicando os fundamentos jurídicos de sobre todos os membros da instituição e será constituído por
suas manifestações processuais; sete componentes do Ministério Público, eleitos pelos
demais integrantes, em votação secreta. *Redação dada pela
VIII – exercer a fiscalização dos estabelecimentos prisionais
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
e dos que abrigam idosos, menores, incapazes ou pessoas
D.O. 24.09.2009
portadoras de deficiência;
Art. 133. Integram a estrutura organizacional do Ministério
*IX – exercer outras funções que forem conferidas por lei,
Público as seguintes curadorias:
compatíveis com as suas responsabilidades institucionais,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria I – do meio ambiente;
jurídica de órgãos e entidades públicas. *Ver Lei
II – do consumidor;
Complementar nº 09, de 23 de julho de 1998 – D. O. de
6.8.1998. III – dos grupos socialmente discriminados;
*Art. 131. São órgãos do Ministério Público: *Ver Lei IV – de acidentes do trabalho; e
n°10.675, de 8 de julho de 1982 – D. O. 5.10.1982, e Lei
V – de ausentes e incapazes.

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§1º A essas curadorias devem ser submetidas as *§2º Se a proposta orçamentária, de que trata este artigo,
comunicações relativas a violações a direitos e desrespeitos for encaminhada em desacordo com os limites estipulados
às leis que tutelam seus interesses, cabendo-lhes efetuar as na forma do caput, o Poder Executivo procederá aos ajustes
diligências que se façam necessárias para obtenção de necessários, para fins de consolidação da proposta
adequados elementos de instrução e promover compatíveis orçamentária anual. *Acrescido pela Emenda Constitucional
medidas de proteção jurídica. nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
§2º Qualquer autoridade pública que tiver conhecimento de *§3º Durante a execução orçamentária do exercício, não
ato que exija a intervenção de curadores é obrigada a fazer poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
o devido encaminhamento, sob pena de responsabilidade. obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, exceto se previamente
Art. 134. Lei complementar, de iniciativa reservada,
autorizadas, mediante abertura de créditos suplementares
privativamente, ao Procurador-Geral de Justiça,
ou especiais. * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65,
estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto do
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
Ministério Público, observadas, relativamente aos seus
membros, as garantias, direitos, deveres e vedações *Art. 137. A atividade do Ministério Público perante o
estabelecidas na Constituição da República. Tribunal de Contas do Estado é exercida por Procurador de
Justiça, designado pelo Procurador-Geral da Justiça.
*Art. 135. Ao Ministério Público é assegurada autonomia
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 29 de
funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe, através
março de 1994 – D. O. de 30.3.1994
do Procurador-Geral de Justiça: *Arguída a
inconstitucionalidade na ADIN nº 145-1 – aguardando *Art. 138. O ingresso na carreira do Ministério Público far-
julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-1 no Anexo I. Com se-á mediante concurso público de provas e títulos,
vista à PGR em 18/12/2009. assegurada a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito,
*I – propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos
no mínimo três anos de atividade jurídica e observando-se,
cargos e serviços auxiliares, a fixação dos vencimentos dos
nas nomeações, a ordem de classificação. *Redação dada
membros e dos servidores de seus órgãos auxiliares;
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
*Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº 145-1 –
2009 – D.O. 24.09.2009
aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-1 no
Anexo I. *Art. 139. A promoção na carreira do Ministério Público dar-
se á de entrância para entrância ou classe, alternadamente,
II – expedir atos de provimento dos cargos da carreira e dos
por antiguidade e merecimento, aplicando-se, no que
serviços auxiliares, de promoção, remoção, readmissão,
couber, o disposto no art. 93 da Constituição Federal.
disponibilidade e de reversão;
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
III – editar atos de aposentadoria, exoneração, demissão e setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
outros que importem em vacância de cargos da carreira ou
*Art. 140. Os subsídios dos membros do Ministério Público
dos serviços auxiliares;
serão fixados por lei, não podendo a diferença entre uma e
IV – editar atos, para, na forma da lei, organizar a secretaria outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por
e os serviços auxiliares da Procuradoria-Geral da Justiça. cento de uma para outra entrância ou classe. *Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
*Art. 136. O Ministério Público elaborará a sua proposta
2009 – D.O. 24.09.2009
orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela Lei de
Diretrizes Orçamentárias, sendo-lhe repassados os recursos *Parágrafo único. Na fixação dos subsídios dos membros do
correspondentes às suas dotações até o dia vinte de cada Ministério Público observar-se-á o disposto no art. 93, inciso
mês. *Ver Emenda Constitucional nº 88, de 21 de dezembro V, da Constituição Federal. *Redação dada pela Emenda
de 2016. D. O. 21.12.2016. *Arguída a inconstitucionalidade Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
na ADIN nº 145-1 – aguardando julgamento do mérito. Ver 24.09.2009
ADIN n° 145-1 no Anexo I.
Art. 141. Aos membros do Ministério Público são
*§1º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva asseguradas as seguintes garantias:
proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na Lei
I – vitaliciedade, após dois anos de exercício, somente sendo
de Diretrizes Orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
passíveis de perda do cargo, mediante sentença judicial
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual,
transitada em julgado;
os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados
de acordo com os limites estipulados na forma prevista no *II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
caput. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 mediante decisão do órgão colegiado competente do
de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros, assegurada ampla defesa; *Redação dada pela

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Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
D.O. 24.09.2009 2009 – D.O. 24.09.2009
*III – irredutibilidade de subsídios, observado, quanto à *Art. 145. (revogado). *Revogado pela Emenda
remuneração, o disposto na Constituição Federal. *Redação Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro 24.09.2009
de 2009 – D.O. 24.09.2009
CAPÍTULO II
Art. 142. Os membros do Ministério Público sujeitam-se, DA DEFENSORIA PÚBLICA
entre outras previstas em lei, às seguintes vedações:
*Art. 146. A Defensoria Pública é instituição permanente,
I – receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, essencial à função jurisdicional, incumbida da prestação
honorários, percentagens ou custas processuais; gratuita de assistência judicial e extrajudicial aos
necessitados, compreendendo a orientação e patrocínio dos
II – exercer a advocacia, ainda que em disponibilidade;
seus direitos e interesses à tutela jurídica em todos os graus
III – exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, e instâncias
na forma da lei;
*Parágrafo único. Em todas as comarcas haverá
IV – exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra representante da Defensoria Pública, assegurando aos
função pública, salvo uma de magistério; carentes o acesso à Justiça e o respeito a seus direitos à
cidadania. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
*V – exercer atividade político-partidária; *Redação dada
de 28 de dezembro de 2000 – D. O. 4.1.2001.
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
2009 – D.O. 24.09.2009 *Art. 147. A Defensoria Pública é organizada em carreira,
com ingresso de seus integrantes na classe inicial, mediante
*VI – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
concurso público de provas e títulos, chefiada pelo Defensor-
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
Geral nomeado pelo Governador do Estado, entre os
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
membros da instituição, maiores de trinta anos e com mais
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
de dez anos de efetivo exercício, escolhido em lista tríplice
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
pelos integrantes da carreira, e previamente aprovado o
*VII – é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do nome pela Assembleia Legislativa, com o mandato de dois
qual se afastou, antes de decorridos três anos do anos, permitida uma recondução. *Arguída a
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. inconstitucionalidade na ADIN nº 143-4 a qual foi julgada
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de extinta pelo STF. Ver ADIN n° 143-4 no Anexo I.
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
*§1º São aplicáveis aos Defensores Públicos o regime de
*§1º Os membros do Ministério Público Estadual deverão garantias, vencimentos, vantagens e impedimentos do
enviar anualmente declaração de seus bens, dos bens de Ministério Público e da Procuradoria-Geral do Estado.
seus cônjuges e dos descendentes até o primeiro grau ou por *Suspenso por medida cautelar deferida pelo STF na ADIN nº
adoção, ao Colégio de Procuradores e à Corregedoria do 145-1 – aguardando julgamento do mérito. *Julgado
Ministério Público, que adotarão as providências cabíveis em Inconstitucional na ADIN nº 145-1, DOU de 25.06.2018.
caso de suspeita de enriquecimento ilícito ou outras
*§2º O Defensor-Geral poderá ser destituído por maioria
irregularidades. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
absoluta de votos da Assembleia Legislativa, por sua própria
49, de 4 de abril de 2002 – D. O. de 11.4.2002.
iniciativa ou proposta do Governador do Estado. *Arguída a
*§2º As declarações de bens a que se refere o parágrafo inconstitucionalidade na ADIN nº 143-4 a qual foi julgada
anterior deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado e extinta pelo STF. Ver ADIN n° 143-4 no Anexo I.
postas à disposição de qualquer interessado, mediante
*§3º Os membros da Defensoria Pública deverão enviar
requerimento devidamente justificado. *Acrescido pela
anualmente declaração de seus bens, dos bens de seus
Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D. O.
cônjuges e dos descendentes até o primeiro grau ou por
de 11.4.2002.
adoção, ao Defensor Geral, que adotará as providências
*Art. 143. As funções do Ministério Público só podem ser cabíveis em caso de suspeita de enriquecimento ilícito ou
exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na outras irregularidades. *Acrescido pela Emenda
comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D. O. de
instituição. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 11.4.2002.
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
*§4º As declarações de bens a que se refere o parágrafo
*Art. 144. A aposentadoria dos membros do Ministério anterior deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado e
Público e a pensão de seus dependentes obedecerão ao postas à disposição de qualquer interessado, mediante
disposto no art. 40 da Constituição Federal. *Redação dada requerimento devidamente justificado. *Acrescido pela

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Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D. O. V – propor ao Poder Legislativo a criação e a alteração da
de 11.4.2002. legislação de interesse institucional;
Art. 148. São funções institucionais da Defensoria Pública: VI – expedir atos de provimento dos cargos da carreira e dos
serviços auxiliares, de promoção, remoção, readmissão,
I – promover, extrajudicialmente, a conciliação entre as
disponibilidade e de reversão;
partes, em conflito de interesses;
VII – editar atos de aposentadoria, exoneração, demissão e
II – promover ação penal privada e a ação subsidiária pública;
outros que importem em vacância de cargos da carreira e
III – promover ação civil; dos serviços auxiliares, bem como os de disponibilidade de
membros da Defensoria Pública do Estado e de seus
IV – promover defesa em ação penal;
servidores dos serviços auxiliares;
V – promover defesa em ação civil e reconvir;
VIII – exercer outras competências decorrentes de sua
VI – atuar como curador especial, previsto em lei; autonomia na forma da lei” (NR) *Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 80, de 10 de abril de 2014 – D.O.
VII – atuar junto aos estabelecimentos policiais e
de 16.04.2014
penitenciários, visando a assegurar à pessoa, sob qualquer
circunstância, o exercício dos direitos e garantias individuais; *§1º Os recursos correspondentes às dotações
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
VIII – assegurar aos seus assistidos, em processo judicial ou
os especiais, consignados à Defensoria Pública, ser-lhe-ão
administrativo, e aos acusados em geral, o contraditório e
repassados em duodécimos até o dia vinte de cada mês.
ampla defesa, com os recursos de meios a ela inerentes.
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
§1º A defesa do menor caberá, especialmente, nas hipóteses setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
previstas no artigo 227, § 3º, da Constituição Federal.
*§ 2º O Defensor Público-Geral poderá, justificadamente,
§2º A Defensoria Pública, na forma da lei, poderá ser solicitar créditos suplementares e especiais ao Chefe do
encarregada, também, de prestar assistência judiciária, que Poder Executivo. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
for devida ao servidor público. 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
*§3º A aposentadoria dos membros da Defensoria Pública e *§ 3º Cabe à Lei Complementar organizar a Defensoria
a pensão dos seus dependentes obedecerão ao disposto no Pública, dispondo sobre sua competência, estrutura e
art. 40 da Constituição Federal. *Redação dada pela Emenda funcionamento, bem como sobre a carreira de seus
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. membros, observando as normas previstas na legislação
24.09.2009 federal e nesta Constituição, respeitada, obrigatoriamente,
sua competência para: *Acrescido pela Emenda
§4º Os cargos de Defensor Público, junto às instâncias
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
superiores em número igual aos de Procuradores de Justiça,
24.09.2009.
serão ocupados pelos integrantes da carreira pertencentes à
classe mais elevada da categoria, de acordo com os critérios *I – praticar atos e decidir sobre a situação funcional dos
fixados na lei complementar ou na lei de organização da membros da carreira e dos serviços auxiliares que serão
carreira. organizados em quadros próprios. *Acrescido pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
*Art.148-A. À Defensoria Pública é assegurada autonomia
24.09.2009.
funcional, financeira e administrativa, dentro dos limites
estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e Art. 149. Será criado junto à Defensoria-Geral Pública o
subordinação ao disposto no art.99, §2º, da Constituição Centro de Orientação Jurídica e Encaminhamento da
Federal, cabendo- -lhe especialmente: *Ver Emenda Mulher, com o objetivo de proporcionar à mulher orientação
Constitucional nº 88, de 21 de dezembro de 2016. D. O. e acompanhamento jurídicos adequados, na medida em que
21.12.2016. estará voltado para os seus problemas específicos.
I – praticar atos próprios de gestão; CAPÍTULO III
DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
II – decidir sobre situação funcional e administrativa de seus
membros e do serviço auxiliar ativo, organizados em quadro *Art. 150. A Procuradoria Geral do Estado é uma instituição
próprio; permanente, essencial ao exercício das funções
administrativa e jurisdicional do Estado, sendo responsável,
III – apresentar sua proposta orçamentária;
em toda sua plenitude, pela defesa de seus interesses em
IV – propor privativamente ao Poder Legislativo a criação e a juízo e fora dele, bem como pelas suas atividades de
extinção de seus cargos da carreira e serviços auxiliares, bem consultoria e assessoria jurídica, à exceção de suas
como a fixação, revisão e reajuste dos subsídios de seus autarquias, sob a égide dos princípios da legalidade, da
membros e dos vencimentos de seus servidores; moralidade, da eficiência, da publicidade, da impessoalidade
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e da indisponibilidade dos interesses públicos. *Redação *I – ingresso no cargo inicial da carreira exclusivamente por
dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro concurso público de provas e títulos, realizado pela
de 2009 – D.O. 24.09.2009 Procuradoria Geral do Estado, com a participação obrigatória
da Ordem dos Advogados do Brasil; *Redação dada pela
§1º A Procuradoria Geral do Estado gozará de autonomia
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
administrativa e financeira, com dotação orçamentária
D.O. 24.09.2009
própria e quadro de carreira adequados à instituição.
II – promoção, por critérios de merecimento e antiguidade,
*§2º Lei Orgânica, de natureza complementar, disporá sobre
alternadamente, vedadas as transformações ou
a Procuradoria Geral do Estado, disciplinará suas
transposição de cargos;
competências e o funcionamento dos órgãos que a integram,
regionalizando sua atuação, bem como estabelecerá o *III – estabilidade, após três anos de efetivo exercício,
regime jurídico dos integrantes da carreira de Procurador do mediante avaliação de desempenho, após relatório
Estado. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de circunstanciado da Corregedoria; *Redação dada pela
16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
D.O. 24.09.2009
Art. 151. Compete, privativamente, à Procuradoria Geral do
Estado: *IV – irredutibilidade de vencimentos, fixados em lei, com
diferença não excedente a dez por cento de uma para outra
*I – representar judicial e extrajudicialmente o Estado, em
categoria; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65,
defesa de seu patrimônio e da Fazenda Pública, observadas
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
as competências das procuradorias autárquicas, podendo
intervir nos processos administrativos e judiciais da V – inamovibilidade, salvo por interesse público, na forma
Administração Indireta, nas hipóteses de relevante interesse prevista em lei.
público; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65,
*Parágrafo único. O Governador do Estado, no prazo de
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
cento e vinte dias, contado a partir da promulgação desta
*II – representar os interesses do Estado junto ao Constituição, encaminhará à Assembleia Legislativa projetos
Contencioso Administrativo Tributário ao Tribunal de Contas de lei, dispondo sobre a organização e o funcionamento da
do Estado; *Suprimida a expressão “e ao Tribunal de Contas Procuradoria Geral do Estado e das procuradorias
do Município” pela Emenda constitucional nº 92, de 16 de autárquicas. *Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº
agosto de 2017. D.O. 21.08.2017. 145-1 – aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-
1 no Anexo I.
*III – exercer as atividades de consultoria e assessoria
jurídica do ente federado, observado o final do inciso I; *Art. 153. O Procurador Geral do Estado, chefe da
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de Procuradoria-Geral do Estado, e o Procurador Geral Adjunto,
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 serão nomeados pelo Governador do Estado, dentre
advogados com pelo menos dez anos de prática forense e de
IV – realizar processos administrativo-disciplinares,
notório saber jurídico e reputação ilibada, com idade mínima
instaurados contra servidores civis da administração direta e
de trinta anos. * Redação dada pela Emenda Constitucional
fundacional do Estado, inclusive os da Polícia Civil;
n° 68, de 14 de outubro de 2010 – D. O. 21.10.2010
*V – propor ações judiciais em defesa dos interesses e do
§1º As atribuições da Procuradoria Geral do Estado só
patrimônio público estadual, da Administração Direta e
podem ser exercidas pelo Procurador-Geral, pelo
Indireta, na forma da lei processual pertinente; *Redação
Procurador-Geral Adjunto e pelos integrantes da carreira de
dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
Procurador do Estado;
de 2009 – D.O. 24.09.2009.
*§2º O Procurador-Geral, o Procurador-Geral Adjunto e os
*VI – fiscalizar a legalidade dos atos da Administração
Procuradores do Estado, serão submetidos a julgamento
Pública Estadual Direta e Indireta, cabendo-lhe propor,
perante o Tribunal de Justiça, das infrações penais comuns,
quando se fizer necessário, as ações judiciais competentes;
ressalvadas as competências previstas na Constituição da
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
República. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
VII – exercer outras funções que lhe forem conferidas por lei,
§3º O Procurador do Estado, no exercício das funções do seu
compatíveis com a natureza da instituição.
cargo, goza de independência e das prerrogativas inerentes
*Art. 152. A carreira de Procurador do Estado será à atividade advocatícia, cabendo-lhe, ainda, a faculdade de
estruturada com observância do disposto nos arts. 132 e 135 requisitar informações escritas, exames e diligências que
da Constituição da República e dos seguintes princípios e julgar necessárias ao desempenho de suas atividades, além
garantias: *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, do auxílio da força policial e a instauração de procedimentos
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009

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policiais para apuração das infrações penais praticadas CAPÍTULO IV


contra bens, serviços ou interesses do Estado. DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO I
*CAPÍTULO III - A
DISPOSIÇÕES GERAIS
DA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA
*Art. 154. A administração pública direta, indireta e
*Art.153-A. A Administração Fazendária é instituição
fundacional de quaisquer dos Poderes do Estado do Ceará
permanente, essencial ao funcionamento do Estado,
obedecerá aos princípios da legalidade, da impessoalidade,
competindo-lhe a gestão tributária e das finanças estaduais,
da moralidade, da publicidade e da eficiência, e ao seguinte:
com dotação orçamentária própria, assegurada autonomia
*Redação dada pela Emenda Constitucional n° 56, de 7 de
administrativa, funcional e financeira, nos termos, limites e
janeiro de 2004 – D. O. 7.1.2004
condições estabelecidos na lei complementar de que trata o
§ 1º deste artigo, sendo ainda observado: *I – os cargos, funções e empregos públicos são acessíveis
aos brasileiros e estrangeiros que preencham os requisitos
I – precedência sobre os demais setores administrativos, na
estabelecidos em lei; *Redação dada pela Emenda
forma da lei;
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
II – será composta por servidores de carreira específica, terá 24.09.2009
recursos prioritários para a realização de suas atividades e
II – a investidura em cargo ou emprego público, na
atuará de forma integrada com a dos demais entes
administração direta, indireta e fundacional, depende de
federados, inclusive com o compartilhamento de cadastros e
prévia aprovação em concurso público de provas ou de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio;
provas e títulos, ressalvadas apenas as nomeações para
III – as atividades exercidas pelos integrantes da carreira da cargo em comissão, declarados em lei de livre nomeação e
Administração Fazendária Estadual são consideradas exoneração;
essenciais e típicas de Estado.
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois
§ 1º Lei orgânica, de natureza complementar, de iniciativa anos, prorrogável, uma vez, por igual período;
exclusiva do Chefe do Poder Executivo, disporá sobre a
IV – durante o prazo improrrogável, previsto no edital de
Administração Fazendária Estadual, disciplinará suas
convocação, aquele aprovado em concurso público de
competências e estabelecerá o regime jurídico dos
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
integrantes da carreira, suas prerrogativas, garantias e
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego,
vedações.
objeto do concurso;
§ 2° O Estado destinará à Administração Fazendária,
*V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
anualmente, percentual do total de sua receita de impostos,
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
a ser estabelecido na lei complementar de que trata o § 1º
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
deste artigo, para a realização de suas atividades, em
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
conformidade com o disposto no inciso IV do art. 167 da
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
Constituição Federal.
assessoramento; *Redação dada pela Emenda
§ 3º O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
público de provas e títulos, nos termos definidos na lei 24.09.2009
complementar de que trata o § 1º deste artigo.
VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre
§ 4º Os integrantes da Administração Fazendária deverão associação sindical;
enviar, anualmente, declaração de seus bens, dos bens de
*VII – o direito de greve será exercido nos termos e limites
seus cônjuges e dos descendentes até primeiro grau ou por
definidos em lei específica, prevista no art. 37, inciso VII, da
adoção, à unidade de gestão de pessoas competente, que
Constituição da República; *Redação dada pela Emenda
adotará as providências cabíveis em caso de suspeita de
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
enriquecimento ilícito ou outras irregularidades.
24.09.2009
§ 5º Compete exclusivamente aos integrantes da
VIII – o não cumprimento dos encargos trabalhistas pelas
Administração Fazendária, o lançamento do crédito
prestadoras de serviços, apurado na forma da legislação
tributário, nos termos definidos na lei de que trata o § 1º do
específica, importará na rescisão do contrato sem direito a
art. 153-A.” (NR). *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
indenização;
81, de 26.08.2014. – D. O. 28.08.2014.
*IX – fica estabelecido, como limite remuneratório único
aplicável aos servidores públicos do Estado do Ceará, de
quaisquer Poderes, inclusive do Ministério Público e da
Defensoria Pública, o subsídio mensal dos Desembargadores
do Tribunal de Justiça do Estado, limitado a 90,25% (noventa
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inteiros e vinte e cinco centésimos por cento) do subsídio precedência sobre os demais setores administrativos, na
mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se forma da lei;
aplicando o disposto neste artigo aos subsídios dos
*XVIII – somente por lei específica poderá ser criada
Deputados Estaduais e dos Vereadores. (NR) * Ver Emenda
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
Constitucional nº 93 de 29 de novembro de 2018 - D.O. de
sociedade de economia mista e fundação, cabendo à lei
29.11.2018
complementar, neste último caso, definir as áreas de
X – a revisão geral da remuneração dos servidores públicos, atuação; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65,
sem distinção de índices entre civis e militares, far-se-á de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
sempre na mesma data;
XIX – depende de autorização legislativa, em qualquer caso,
XI – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas
Poder Executivo; em empresa privada;
*XII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer XX – ressalvados os casos de dispensa e inexigibilidade,
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de previstos em lei, as obras, serviços, compras e alienações
pessoal do serviço público; *Redação dada pela Emenda serão contratados mediante processo de licitação pública,
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. que assegure igualdade de condições a todos os
24.09.2009 concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos
*XIII – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos
termos da lei, a qual somente permitirá as exigências de
e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia
nos incisos XI e XIV do art. 37 e nos arts. 39, § 4º, 150, inciso
do cumprimento das obrigações;
II, 153, inciso III e 153, § 2º, inciso I, todos da Constituição
Federal; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, *XXI – nenhuma pensão paga aos dependentes de servidor
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. público falecido poderá ter valor mensal inferior ao salário
mínimo; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65,
*XIV – Lei Complementar estabelecerá os casos de
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
contratação por tempo determinado, para atender à
necessidade temporária, de excepcional interesse público, XXII – o tempo de serviço dos servidores públicos na
fixando prazo de até doze meses, prorrogável, no máximo, administração direta, nas autarquias e nas fundações
por doze meses *Redação dada pela Emenda Constitucional públicas, será contado como título, quando se submeterem
nº 42, de 2 de setembro de 1999 – D. O. de 15.9.1999 a concurso público para fins de efetivação na forma da lei;
*XV – é vedada a acumulação remunerada de cargos XXIII – a lei reservará percentual de cargos e empregos
públicos, permitida apenas, e quando houver públicos para pessoas portadoras de deficiência e definirá os
compatibilidade de horários, observado, em qualquer caso, critérios de sua admissão.
o disposto no inciso XI: *Redação dada pela Emenda
*XXIV – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
de que trata o § 4º, do art. 39, da Constituição da República,
24.09.2009
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica,
a) a de dois cargos de professor; e observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada a
revisão anual, sempre na mesma data e sem distinção de
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
índices, vedada remuneração inferior ao salário mínimo
científico;
nacional; *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de
*c) a de dois cargos privativos de profissionais de saúde, com 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
profissões regulamentadas; *Redação dada pela Emenda
*XXV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
público não serão computados nem acumulados para fins de
24.09.2009
concessão de acréscimos ulteriores; *Acrescido pela Emenda
*XVI – a proibição de acumular estende-se a empregos e Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
funções e abrange autarquias, fundações, empresas 24.09.2009.
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e
*XXVI – a administração tributária, atividade essencial ao
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
funcionamento do Estado e exercida por servidores de
público; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65,
carreira específica, terá recursos prioritários para a
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
realização de suas atividades e atuará de forma integrada
XVII – a administração fazendária e seus servidores terão, com a dos demais entes federados, inclusive com o
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, compartilhamento de cadastros e informações fiscais, na
forma da lei ou convênio; *Acrescido pela Emenda

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Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. superiores, que adotarão as providências cabíveis em caso
24.09.2009. de suspeita de enriquecimento ilícito ou outras
irregularidades. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
§1º Nenhum servidor poderá receber contraprestação
49, de 4 de abril de 2002 – D. O. de 11.4.2002.
inferior ao salário mínimo.
*§9º As declarações de bens a que se referem os §§ 7º e 8º
*§2º Os valores dos cargos comissionados serão fixados,
deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado e postas à
obedecendo-se a uma diferença nunca excedente a dez por
disposição de qualquer interessado, mediante requerimento
cento de um para o outro em seu escalonamento
devidamente justificado. *Acrescido pela Emenda
hierárquico, não podendo exceder ao valor da remuneração
Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D. O. de
correspondente ao do Símbolo DNS-1. *Suspenso por
11.4.2002.
medida cautelar deferida pelo STF na ADIN nº 145-1 –
aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-1 no §10. Nas hipóteses do inciso XIV deste artigo, quando se
Anexo I. *Julgado Inconstitucional na ADIN nº 145-1, DOU de tratar de Contratos Temporários de Professores, ocorrendo
25.06.2018. paralisações ou força maior, devidamente justificadas, que
suspendam o calendário acadêmico ou escolar, impedindo o
§3º Os atos de improbidade administrativa importarão na
cumprimento da carga horária do semestre dentro do prazo
suspensão dos direitos políticos, na perda da função pública,
de contratação, os respectivos Professores Substitutos
na indisponibilidade de bens e no ressarcimento do erário,
poderão ter seus contratos prorrogados no limite necessário
na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
da reposição das aulas, sem criação de qualquer vínculo; no
penal cabível.
caso dos temporários da área de defesa agropecuária, do
§4º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito sistema socioeducativo, de arquitetura, de engenharia, de
privado prestadoras de serviço público, responderão pelos cargos técnicos inerentes a essas áreas bem como de cargos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a cujo desempenho esteja relacionado a projetos estaduais de
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o habitação, de desenvolvimento urbano, os contratos
responsável, nos casos de dolo ou culpa. poderão ser prorrogados por mais 12 (doze) meses,
contados do prazo final da primeira prorrogação; nos demais
*§5º Por força do art. 37, XIV, da Constituição Federal em
casos, poderão ser prorrogados por mais 120 (cento e vinte)
combinação com o seu art. 17 do Ato das Disposições
dias, contados do prazo final da primeira prorrogação,
Constitucionais Transitórias, os percentuais ou valores
quando já autorizada nova contratação temporária por lei
relativos às gratificações ou quaisquer vantagens
específica ou quando já autorizado concurso público para
pecuniárias, inclusive as de caráter pessoal, são calculados e
provimento de cargo efetivo.” (NR)
aplicados de modo singelo, incidindo exclusivamente sobre
o vencimento base ou soldo, dos servidores públicos da *§11. A não observância do disposto nos incisos II e III
Administração Direta, das Autarquias e das Fundações implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade
Públicas, bem como de quaisquer categorias de agentes responsável, na forma da lei; *Acrescido pela Emenda
públicos do Estado do Ceará. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
Constitucional nº 21/95, de 14 de dezembro de 1995 – D. O. 24.09.2009.
de 21.12.1995
*§12. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
*§6º Excluem-se do limite máximo previsto no inciso IX, campanhas dos órgãos públicos deverão ter caráter
somente a Progressão Horizontal por Tempo de Serviço, o educativo, informativo ou de orientação social, dela não
Salário-Família e o Adicional de Férias. *Suspenso pelo STF podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
até decisão final do mérito. Ver integralidade da decisão na caracterizem promoção pessoal de autoridades, de
ADIN nº 1443-9 no Anexo I. servidores públicos. *Acrescido pela Emenda Constitucional
nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
*§7º Os servidores ocupantes de cargos comissionados e
funções de confiança dos Poderes Executivo, Legislativo e *§13. A lei disciplinará as formas de participação do usuário
Judiciário do Ceará deverão enviar anualmente declaração na administração pública direta e indireta, regulando
de seus bens, dos bens de seus cônjuges e dos descendentes especialmente: *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
até o primeiro grau ou por adoção, aos seus superiores, que 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
adotarão as providências cabíveis em caso de suspeita de
*I – as reclamações relativas à prestação dos serviços
enriquecimento ilícito ou outras irregularidades. *Acrescido
públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de
pela Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D.
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
O. de 11.4.2002.
interna, da qualidade dos serviços; *Acrescido pela Emenda
*§8º Os auditores e auditores-adjuntos da Secretaria da Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
Fazenda do Estado do Ceará deverão enviar anualmente 24.09.2009.
declaração de seus bens, dos bens de seus cônjuges e dos
descendentes até o primeiro grau ou por adoção, aos seus
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*II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a *Parágrafo único. As pessoas responsáveis pela prestação
informações sobre atos de governo, observado o disposto no dos serviços públicos, sempre que solicitadas por órgãos
art. 5º, incisos X e XXXIII da Constituição da República; e públicos, sindicatos ou associações de usuários, prestarão,
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de no prazo definido em lei, informações detalhadas sobre
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. planos, projetos, investimentos, custos, desempenhos e
demais aspectos pertinentes à sua execução, sob pena de
*III – a disciplina da representação contra o exercício
responsabilidade. *Regulamentado pela Lei nº 11.755, de 14
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
de novembro de 1990 – D. O. de 14.11.1990.
administração pública. *Acrescido pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. *Art. 159. (revogado). *Revogado pela Emenda
24.09.2009. Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
24.09.2009
*§14. Fica vedada a nomeação ou a designação para cargos
de provimento em comissão daqueles considerados Art. 160. Qualquer cidadão, partido político, associação ou
inelegíveis, em razão de atos ilícitos nos termos da Lei sindicato, na forma e prazo previstos em lei, poderá obter
Complementar de que trata o §9º do art.14 da Constituição informações a respeito da execução de contratos ou
Federal, no âmbito da Administração direta e indireta dos convênios firmados por órgãos ou entidades integrantes da
Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo do Estado do administração direta, indireta e fundacional do Estado, para
Ceará, incluídos o Tribunal de Contas do Estado do Ceará e o a execução de obras ou serviços, podendo, ainda, denunciar
Ministério Público. *Substituida a expressão “os Tribunais de quaisquer irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal
Contas” por “o Tribunal de Contas do Estado do Ceará” pela de Contas do Estado ou a Assembleia Legislativa.
Emenda constitucional nº 92, Art. 14, de 16 de agosto de
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, os
2017. D.O. 21.08.2017.
órgãos e entidades contratantes deverão remeter ao
*§15. É vedada, ainda, a nomeação direta para membros ao Tribunal de Contas e à Assembleia cópias do inteiro teor dos
Tribunal de Contas do Estado do Ceará, bem como para contratos ou convênios respectivos, no prazo de cinco dias
compor listas para efeitos de investidura e promoção no após a sua assinatura.
âmbito do Poder Executivo, Poder Judiciário e do Ministério
Art. 161. Compete ao Estado e Municípios fiscalizar, na
Público, daqueles inelegíveis em razão de atos ilícitos, nos
forma da legislação vigente, a aplicação por suas entidades
termos da Lei Complementar de que trata o §9º do art.14 da
da administração direta, indireta e fundações, dos recursos
Constituição Federal, integrando critérios inarredáveis na
federais, que lhes forem transferidos, mediante convênio,
escolha e nomeação de autoridades nos casos previstos
acordos ou ajustes, sem elidir a fiscalização de competência
nesta Constituição. *Substituida a expressão “aos Tribunais
dos órgãos do controle interno e externo da União.
de Contas” por “ao Tribunal de Contas do Estado do Ceará”
pela Emenda constitucional nº 92, Art 12, de 16 de agosto de Art. 162. É obrigatória a fixação de quadro com lotação
2017. D.O. 21.08.2017. numérica de cargos e funções, sem o que não será permitida
a nomeação ou contratação de servidores.
XXVII – as atividades de controle da Administração Pública
Estadual, essenciais ao seu funcionamento, contemplarão, §1º A despesa com pessoal ativo e inativo dos Poderes
em especial, as funções de ouvidoria, controladoria, Estaduais, Ministério Público, fundos, órgãos e entidades da
auditoria governamental e correição.” (NR). *Acrescido pela administração indireta, mantidos pelo Poder Público, não
Emenda Constitucional nº 75, de 20 de dezembro de 2012. poderá exceder os limites estabelecidos em lei
D. O. de 27.12.2012. complementar.
Art. 155. Fica assegurada a maiores de dezesseis anos a §2º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
participação nos concursos públicos para ingresso nos remuneração, bem como a admissão de pessoal, a qualquer
serviços da administração direta e indireta. título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
*Art. 156. (revogado). *Revogado pela Emenda
Poder Público, só poderão ser feitas:
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
24.09.2009. I – se houver dotação orçamentária suficiente para atender
às projeções de despesas de pessoal e aos acréscimos dela
Art. 157. Os órgãos que compõem a administração direta e
decorrentes; e
indireta, autarquias, sociedades de economia mista e suas
entidades vinculadas e as fundações, deverão reservar dez II – se houver autorização específica na lei de diretrizes
por cento do total de suas verbas publicitárias, destinadas à orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
televisão, para a Televisão Educativa – TVE – Canal 5. sociedades de economia mista.
Art. 158. É assegurado o controle popular na prestação dos §3º As autarquias, empresas públicas, sociedade de
serviços públicos mediante direito de petição. economia mista e fundação terão quadro de lotação próprio,

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sendo vedada a nomeação ou contratação de pessoas sem a as Autarquias e as Fundações Públicas do Estado do Ceará
existência de vaga. publicarão, dentro do ano civil, no Diário Oficial do Estado,
os valores gastos, em cada um dos 12 (doze) meses
*§4º (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
anteriores ao mês de publicação, com o pagamento dos
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
servidores públicos e militares, ativos e inativos, e
*Art.162-A Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o pensionistas, e com o pagamento das pessoas físicas que, no
Tribunal de Contas do Estado do Ceará, o Ministério Público, mesmo período, prestaram serviços de natureza eventual ou
as Autarquias e as Fundações Públicas do Estado do Ceará permanente aos Poderes e órgãos do Estado do Ceará, e que
publicarão, dentro do ano civil, no Diário Oficial do Estado, por eles foram diretamente remunerados. *Substituida a
relação dos servidores públicos e militares, ativos e inativos, expressão “os Tribunais de Contas do Estado e dos
e pensionistas, devendo a identificação ser por nome, sem Municípios” por “o Tribunal de Contas do Estado do Ceará”
abreviações, cargo efetivo ou função, cargo em comissão ou pela Emenda constitucional nº 92, de 16 de agosto de 2017.
função gratificada, posto ou graduação, matrícula, órgão de D.O. 21.08.2017.
lotação e de exercício. *Substituida a expressão “os Tribunais
*Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste
de Contas do Estado e dos Municípios” por “o Tribunal de
artigo configura lesão ao patrimônio público estadual, à
Contas do Estado do Ceará” pela Emenda constitucional nº
moralidade e à publicidade administrativas. *Acrescido pela
92, de 16 de agosto de 2017. D.O. 21.08.2017.
Emenda Constitucional nº 46, de 22 de novembro de 2001 –
*§ 1° A obrigação imposta por este artigo abrange os D. O. 12.12.2001.
servidores públicos dos Quadros permanentes e transitórios.
Art. 163. O Estado responsabilizará os seus servidores por
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 46, de 22 de
alcance e outros danos causados à administração, ou por
novembro de 2001 – D. O. 12.12.2001.
pagamentos efetuados em desacordo com as normas legais,
*§ 2° Nas relações mencionadas no caput deste artigo, deve sujeitando-os ao sequestro e perdimento de bens, nos
ainda constar, separadamente, a identificação de todas as termos da legislação pertinente.
pessoas físicas que, nos doze meses anteriores ao mês das
Art. 164. É gratuita, para os reconhecidamente pobres, na
publicações, prestaram serviços de natureza eventual ou
forma da lei, além dos atos previstos no art. 5º, inciso LXXVI,
permanente aos Poderes e órgãos do Estado do Ceará, e que
da Constituição Federal, a expedição de cédula de identidade
por eles foram diretamente remunerados, e de estagiários e
individual.
bolsistas, devendo a identificação ser por nome, sem
abreviações, função, atividade ou serviço prestado, *Art. 165. Revogado *Revogado pela Emenda Constitucional
matrícula, CPF, esse se inexistir matrícula, datas de início e nº 85, de 10.12.2015 - D.O. de 10.12.2015
término da função, atividade ou serviço prestado.
SEÇÃO II
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 46, de 22 de
DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
novembro de 2001 – D. O. 12.12.2001.
*Art. 166. Os servidores da administração pública direta, das
*§3° O não cumprimento do disposto neste artigo configura
autarquias e das fundações públicas estarão sujeitos a
lesão ao patrimônio público estadual, à moralidade e à
regime jurídico de direito público administrativo, instituído
publicidade administrativas. *Acrescido pela Emenda
em lei, a qual também instituirá planos de carreira. *Redação
Constitucional nº 46, de 22 de novembro de 2001 – D. O.
dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
12.12.2001.
de 2009 – D.O. 24.09.2009
*Art. 162-B. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o
*§1º A lei assegurará aos servidores da administração
Tribunal de Contas do Estado do Ceará, o Ministério Público,
pública direta, das autarquias e das fundações, isonomia de
as Autarquias e as Fundações Públicas do Estado do Ceará
vencimentos para cargos de atribuições iguais ou
publicarão, dentro do ano civil, no Diário Oficial do Estado,
assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores dos
os valores dos subsídios e da remuneração dos cargos e
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ressalvadas as
empregos públicos. *Substituida a expressão “os Tribunais
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou
de Contas do Estado e dos Municípios” por “o Tribunal de
ao local de trabalho. *Suspenso por medida cautelar a
Contas do Estado do Ceará” pela Emenda constitucional nº
expressão: “das autarquias e das fundações”, deferida pelo
92, de 16 de agosto de 2017. D.O. 21.08.2017.
STF na ADIN nº 145-1 -aguardando julgamento do mérito.
*Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste Ver ADIN n° 145-1 no Anexo I.
artigo configura lesão ao patrimônio público estadual, à
*§2º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais
moralidade e à publicidade administrativas. *Acrescido pela
componentes do sistema remuneratório observará:
Emenda Constitucional nº 46, de 22 de novembro de 2001 –
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
D. O. 12.12.2001.
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
*Art. 162-C. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o
Tribunal de Contas do Estado do Ceará, o Ministério Público,
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*I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade produtividade. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº


dos cargos componentes de cada carreira; *Acrescido pela 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
Art. 167. São direitos do servidor público, entre outros:
D.O. 24.09.2009.
I – décimo terceiro salário com base na remuneração integral
*II – os requisitos para a investidura; e *Acrescido pela
ou no valor da aposentadoria;
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
D.O. 24.09.2009. II – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
*III – as peculiaridades dos cargos. *Acrescido pela Emenda III – salário-família para os seus dependentes;
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
IV – duração do trabalho normal não superior a oito horas
24.09.2009.
diárias e quarenta e quatro semanais;
*§3º O Estado manterá Escola de Governo para a formação
V – repouso semanal remunerado;
e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-
se a participação nos cursos um dos requisitos para a VI – remuneração do serviço extraordinário superior, no
promoção na carreira, facultada, para tanto, a celebração de mínimo, em cinquenta por cento à do normal; VII – gozo de
convênios com os demais entes federados. *Acrescido pela férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – do salário normal;
D.O. 24.09.2009.
VIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do
*§4º Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7º, salário, com duração de cento e vinte dias;
incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII
IX – participação de funcionários públicos na gerência de
e XXX da Constituição da República. *Acrescido pela Emenda
fundos e entidades para os quais contribuem, a ser
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
regulamentada por lei;
24.09.2009.
X – direito de reunião em locais de trabalho, desde que não
*§5º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo e
exista comprometimento de atividades funcionais regulares;
os Secretários de Estado serão remunerados exclusivamente
por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de XI – liberdade de filiação político-partidária;
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
*XII – licença especial de três meses, após a implementação
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido
de cada cinco anos de efetivo exercício; *Suspenso por
em qualquer caso, o disposto no art. 37, incisos X e XI da
medida cautelar deferida pelo STF na ADIN nº 145-1 –
Constituição Federal. *Acrescido pela Emenda
aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-1 no
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
Anexo I.
24.09.2009.
*XIII – servidor que contar tempo igual ou superior ao fixado
*§6º A remuneração dos servidores públicos organizados em
para aposentadoria voluntária terá provento calculado no
carreira poderá ser fixada nos termos do parágrafo anterior.
nível de carreira ou cargo de acesso, imediatamente
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
superior, dentro do quadro a que pertencer; *Suspenso por
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
medida cautelar deferida pelo STF na ADIN nº 145-1
*§7º A lei poderá estabelecer a relação entre a maior e a (aguardando julgamento do mérito).
menor remuneração dos servidores públicos, respeitado, em
XIV – a gratificação natalina dos aposentados e pensionistas
qualquer caso, o disposto no art. 37, inciso XI da Constituição
terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de
Federal. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16
cada ano.
de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
*§1º O servidor que contar tempo de serviço igual ou
*§8º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
superior ao fixado para aposentadoria voluntária com
publicarão, anualmente, os valores dos subsídios e da
proventos integrais, ou aos setenta anos de idade,
remuneração dos cargos e empregos públicos. *Acrescido
aposentar-se-á com as vantagens do cargo em comissão em
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
cujo exercício se encontrar, desde que o haja ocupado,
2009 – D.O. 24.09.2009.
durante cinco anos ininterruptos, ou que o tenha
*§9º A lei disciplinará a aplicação dos recursos incorporado. *Suspenso por medida cautelar deferida pelo
orçamentários provenientes da economia de despesas STF na ADIN nº 145-1 – aguardando julgamento do mérito.
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para Ver ADIN n° 145-1 no Anexo I.
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
*§2º O servidor, ao aposentar-se, terá o direito de perceber
produtividade, treinamento e desenvolvimento,
na inatividade, como provento básico, o valor pecuniário
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
correspondente ao padrão de vencimento imediatamente
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
superior ao da sua classe funcional, e, se já ocupara o último

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escalão, fará jus à gratificação adicional de vinte por cento *I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
sobre a sua remuneração, estendendo-se o benefício aos *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
que já se encontram na inatividade. *Suspenso por medida setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
cautelar deferida pelo STF na ADIN nº 145-1 – aguardando
*II – mediante processo administrativo disciplinar em que
julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-1 no Anexo I
lhe seja assegurada ampla defesa; e * Acrescido pela Emenda
*Art. 168. Os servidores abrangidos pelo regime próprio de Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
previdência social de que trata o art. 330, caput, desta 24.09.2009.
Constituição serão aposentados e deixarão pensão aos seus
*III – mediante procedimento de avaliação periódica de
dependentes, na forma do art. 40 da Constituição Federal.
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
*Alterado pela Emenda Constitucional nº 85, de 10.12.2015
ampla defesa. * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65,
- D.O. de 10.12.2015
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
Art. 169. O servidor público do Estado quando investido nas
*§2º Invalidada por sentença judicial a demissão de servidor
funções de direção máxima de entidade representativa de
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga
classe ou conselheiro de entidade de fiscalização do
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
exercício das profissões liberais, não poderá ser impedido de
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade
exercer suas funções nesta entidade, nem sofrerá prejuízos
com remuneração proporcional ao tempo de serviço. *
nos seus salários e demais vantagens na sua instituição de
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
origem. *§1º Ao servidor afastado do cargo de
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
carreira/função, do qual é titular, fica assegurado o direito
de contar o período de exercício das funções das entidades *§3º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o
referidas no caput deste artigo, ocorrido durante o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
afastamento, como efetivo exercício do cargo. * Redação proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 1 de dezembro aproveitamento em outro cargo. * Redação dada pela
de 2011 – D.O. 06.12.2011. Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
D.O. 24.09.2009
*§2º Sendo a direção máxima da entidade representativa de
classe, associação ou sindicato, exercida de forma *§4º Como condição para aquisição da estabilidade, é
presidencialista ou colegiada, a garantia prevista no caput obrigatória a avaliação especial de desempenho por
deste artigo será exercida no mínimo por 1 (um) comissão instituída para essa finalidade. * Acrescido pela
representante para a associação e 3 (três) para o sindicato, Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
sendo acrescida de mais um representante por cada 750 D.O. 24.09.2009.
(setecentos e cinquenta) servidores em atividade, não
*Art. 173. Somente por lei específica poderão ser fixados
podendo ultrapassar a 3 (três) membros para a associação e
subsídios, vencimentos, gratificações, adicionais ou
a 6 (seis) membros para o sindicato, devidamente indicados,
quaisquer outras vantagens pecuniárias dos servidores
permitindo o rodízio periódico ou substituição da indicação.”
públicos. * Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65,
(NR). * Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
1 de dezembro de 2011 – D.O. 06.12.2011
*Art. 174. Os escrivães de entrância especial terão seus
Art. 170. As empresas, fundações, autarquias e sociedades
vencimentos fixados de modo que não excedam a oitenta
de economia mista, que integram a organização estadual,
por cento do que for atribuído aos juízes da entrância
terão conselho representativo, constituído por servidores
inferior, aplicando-se o mesmo limite percentual para os
das respectivas entidades, e por esses escolhidos em votação
escrivães das demais entrâncias. *Arguída a
direta e secreta.
inconstitucionalidade na ADIN nº 145-1 -aguardando
Art. 171. A lei concederá tratamento remuneratório isônomo julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-1 no Anexo I.
aos membros titulares de conselhos integrantes da *Julgado Inconstitucional na ADIN nº 145-1, DOU de
administração direta estadual. 25.06.2018.
*Art. 172. São estáveis, após três anos de efetivo exercício, *Art. 175. Ao servidor público da administração direta,
os servidores estaduais nomeados para o cargo de autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo
provimento efetivo em virtude de concurso público. aplicam-se as seguintes disposições: * Redação dada pela
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 D.O. 24.09.2009
§1º O servidor público estável só perderá o cargo: *Redação *I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou
dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; *
de 2009 – D.O. 24.09.2009 Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009

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II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do §8º O oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros só
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela perderá o posto e a patente, se for julgado indigno do
sua remuneração; oficialato ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal
de Justiça.
III – investido no mandato de Vereador, havendo
compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu §9º O oficial judicialmente condenado à pena privativa de
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada julgado, será submetido ao julgamento previsto no
a norma do inciso anterior; parágrafo anterior.
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o *§10. Os direitos, deveres e prerrogativas dos servidores
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será militares do Estado, em serviço ativo ou na inatividade,
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção constarão em leis ou regulamentos. *Redação dada pela
por merecimento; e Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
D.O. 24.09.2009
V – para efeito de beneficio previdenciário no caso de
afastamento, os valores serão determinados como se em §11 É vedada qualquer forma de discriminação, inclusive em
efetivo exercício. razão de estado civil, no acesso a cursos e concursos que
possibilitem a promoção do militar no seio da corporação.
SEÇÃO III
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES §12 A praça condenada na Justiça Militar à pena privativa de
liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em
Art. 176. São servidores públicos militares estaduais os
julgado, só perderá a graduação por decisão do Tribunal de
integrantes da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Justiça.
§1º As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas
§13 Aos servidores militares ficam assegurados todos os
inerentes, são asseguradas em plenitude aos oficiais da
direitos garantidos, nesta Constituição, aos servidores civis,
ativa, da reserva ou reformados da Polícia Militar e do Corpo
ressalvados aqueles, cuja extensão aos militares colida com
de Bombeiros, sendo-lhes privativos os títulos, postos e
a Constituição Federal.
uniformes militares.
*Art. 177. (revogado). *Revogado pela Emenda
§2º As patentes dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
Bombeiros são conferidas pelo Governador do Estado.
24.09.2009
§3º O militar em atividade que aceitar cargo público civil
CAPÍTULO V
permanente será transferido para a reserva.
DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA DEFESA CIVIL
§4º O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função SEÇÃO I
pública temporária, ainda que da administração indireta, DISPOSIÇÕES GERAIS
ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
Art. 178. A segurança pública e a defesa civil são cumpridas
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por
pelo Estado do Ceará para proveito geral, com
antiguidade, sendo contado o tempo de serviço apenas para
responsabilidade cívica de todos na preservação da ordem
a promoção e transferência para a reserva; depois de dois
coletiva, e com direito que a cada pessoa assiste de receber
anos de afastamento, contínuos ou não, será transferido
legítima proteção para sua incolumidade e socorro, em casos
para a inatividade.
de infortúnio ou de calamidade, e garantia ao patrimônio
§5º Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a público ou privado e à tranquilidade geral da sociedade,
greve. mediante sistema assim constituído:
§6º O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar I – Polícia Civil; e
filiado a partidos políticos.
II – Organizações Militares:
§7º Ao se candidatar a cargo eletivo, os integrantes das duas
a) Polícia Militar; e
corporações militares estaduais – Polícia Militar e Corpo de
Bombeiros: b) Corpo de Bombeiros.
I – tendo menos de dez anos de serviço, deverão afastar-se Parágrafo único. Todos os órgãos que integram o sistema de
da atividade; e segurança pública e defesa civil estão identificados pelo
comum objetivo de proteger a pessoa humana e combater
II – com mais de dez anos de serviço, serão agregados pela
os atos atentatórios aos seus direitos, adotando as medidas
autoridade superior à respectiva corporação e, se eleitos,
legais adequadas à contenção de danos físicos e
passarão à inatividade, automaticamente, no ato da
patrimoniais, velando pela paz social, prestando recíproca
diplomação.

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colaboração à salvaguarda dos postulados do Estado Art. 182. A legislação estadual sobre Polícia Militar e Corpo
Democrático de Direito. de Bombeiros sujeitar-se-á às normas gerais de organização,
efetivo, material bélico, garantias, convocação, mobilização,
Art. 179. A atividade policial é submetida ao controle externo
nas latitudes fixadas em lei complementar federal.
do Ministério Público, deste devendo atender às
notificações, requisições de diligências investigatórias e SEÇÃO II
instauração de inquéritos, em estrita observância dos DA POLÍCIA CIVIL
disciplinamentos constitucionais e processuais.
*Art. 183. A Polícia Civil, instituição permanente orientada
Art. 180. O Conselho de Segurança Pública é órgão com com base na hierarquia e disciplina, subordinada ao
funções consultivas e fiscalizadoras da política de segurança Governador do Estado do Ceará, é organizada em carreira,
pública. sendo os órgãos de sua atividade-fim dirigidos por
delegados, cujo cargo integra, para todos os fins, inclusive de
*§1º A lei disporá sobre a estrutura, composição e
limites remuneratórios, as carreiras jurídicas do Estado. (NR)
competência do Conselho, garantida a representação de
*Redação dada pela Emenda Constitucional n° 91, de 6 de
membros indicados pela Polícia Civil, Militar, Corpo de
junho de 2017 – D. O. de 12.06.2017
Bombeiros, pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública,
pela Ordem dos Advogados do Brasil – Secção do Ceará e *§1º A Chefia da Polícia Civil é privativa de delegado de
entidades representativas da sociedade civil, dedicadas à carreira, de livre escolha do Governador do Estado
preservação da dignidade da pessoa humana.
*§2º Os Delegados de carreira da Polícia Civil deverão enviar
*Regulamentado pela Lei nº 12.120, de 24 de junho de 1993
anualmente declaração de seus bens, dos bens de seus
– D. O. 30.6.1993.
cônjuges e dos descendentes até o primeiro grau ou por
§2º O Conselho gozará de autonomia administrativa e adoção, à Superintendência de Polícia Civil e à Corregedoria
financeira, com quadro próprio de pessoal e dotações Geral dos Órgãos de Segurança Pública, que adotarão as
orçamentárias que lhe sejam diretamente vinculadas. providências cabíveis em caso de suspeita de
enriquecimento ilícito ou outras irregularidades. *Acrescido
*Art. 180-A. O Poder Executivo instituirá, na forma da lei, a
pela Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D.
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
O. de 11.4.2002.
Pública e Sistema Penitenciário, de controle externo
disciplinar, com autonomia administrativa e financeira, com *§3º As declarações de bens a que se refere o parágrafo
objetivo exclusivo de apurar a responsabilidade disciplinar e anterior deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado e
aplicar as sanções cabíveis, aos militares da Polícia Militar, postas à disposição de qualquer interessado, mediante
militares do Corpo de Bombeiro Militar, membros das requerimento devidamente justificado. *Acrescido pela
carreiras de Polícia Judiciária, e membros da carreira de Emenda Constitucional nº 49, de 4 de abril de 2002 – D. O.
Segurança Penitenciária. de 11.4.2002.
Parágrafo único. O titular do Órgão previsto no caput deste Art. 184. Compete à Polícia Civil exercer com exclusividade
artigo é considerado Secretário de Estado. *Acrescido pela as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
Emenda Constitucional nº 70, de 18 de janeiro de 2011 – D. penais, exceto militares, realizando as investigações por sua
O. de 23.2.2011. própria iniciativa, ou mediante requisições emanadas das
autoridades judiciárias ou do Ministério Público.
*Art. 181. Fica criado o Conselho Estadual de Defesa da
Pessoa Humana, constituído exclusivamente por *§1º Os delegados de polícia de classe inicial percebem
representantes da comunidade, com a incumbência de idêntica remuneração aos promotores de primeira
apurar violação a direitos humanos em todo o território entrância, prosseguindo na equivalência entre as demais
cearense para posterior encaminhamento ao Ministério classes pelo escalonamento das entrâncias judiciárias.
Público, a fim de que seja promovida a responsabilidade dos *Suspenso por medida cautelar deferida pelo STF na ADIN nº
infratores. *Ver Lei n° 13.297, de 7 de março de 2003 – D. O. 145-1 – aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-
de 7.3.2003. 1 no Anexo I. *Julgado Inconstitucional na ADIN nº 145-1,
DOU de 25.06.2018.
§1º O Conselho gozará de autonomia administrativa e
financeira, com quadro próprio de pessoal e dotações *§2º Os integrantes das carreiras policiais civis são mantidos
orçamentárias que lhe sejam diretamente vinculadas. em regime de uniformidade de remuneração para os cargos
de equivalentes níveis nos cursos especializados das
*§2º A lei poderá conferir a órgãos da sociedade civil e das
diferentes carreiras das áreas profissionais que as integram.
comunidades interessadas atribuições consultivas na
*Suspenso por medida cautelar deferida pelo STF na ADIN nº
elaboração da política de segurança pública do Estado, com
145-1 – aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-
especificações regionais. *Regulamentado pela Lei nº
1 no Anexo I. *Julgado Inconstitucional na ADIN nº 145-1,
12.686, de 14 de maio de 1997 – D. O. 14.5.1997.
DOU de 25.06.2018.

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*§3º Os vencimentos dos integrantes das carreiras policiais SEÇÃO IV


civis serão fixados com diferença não superior a dez por DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
cento de uma para outra das classes da carreira. *Suspenso
*Art. 189. O Corpo de Bombeiros Militar é instituição
por medida cautelar deferida pelo STF na ADIN nº 145-1 –
permanente orientada com base nos princípios da legalidade
aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-1 no
da probidade administrativa, da hierarquia e da disciplina,
Anexo I. *Julgado Inconstitucional na ADIN nº 145-1, DOU de
constituindo-se força auxiliar e reserva do Exército,
25.06.2018.
subordinada ao Governador do Estado, sendo organizado
*Art. 185. Para garantia do direito constitucional de em carreira, tendo por missão fundamental a proteção da
atendimento a mulher, vítima de qualquer forma de pessoa, visando sua incolumidade em situações de risco,
violência, deve o Estado instituir delegacias especializadas de infortúnio ou de calamidade, devendo cumprimento às
atendimento à mulher em todos os municípios com mais de requisições emanadas dos Poderes Estaduais. *Redação
sessenta mil habitantes. *Redação dada pela Emenda dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
Constitucional nº 17, de 13 de dezembro 1994 – D. O. de de 2009 – D.O. 24.09.2009
22.12.1994
§1º Os títulos, postos, graduações, uniformes, símbolos e
Parágrafo único. O corpo funcional das delegacias distintivos são privativos dos integrantes da corporação.
especializadas de atendimento à mulher será composto,
*§2º O Comando do Corpo de Bombeiros Militar é privativo
preferencialmente, por servidores do sexo feminino.
de coronel da corporação, em serviço ativo, observadas as
Art. 186. O delegado titular residirá na respectiva condições indicadas em Lei, de livre escolha do Governador
circunscrição policial. do Estado. *Alterado pela Emenda Constitucional nº 28, de
30 de abril de 1997 – D. O. de 9.5.1999
SEÇÃO III
DA POLÍCIA MILITAR Art. 190. Incumbe ao Corpo de Bombeiros, no âmbito
estadual, a coordenação da defesa civil e o cumprimento
*Art. 187. A Polícia Militar do Ceará é instituição
entre outras das atividades seguintes:
permanente, orientada com base nos princípios da
legalidade, da probidade administrativa, da hierarquia e da I – prevenção e combate a incêndio;
disciplina, constituindo-se força auxiliar e reserva do
II – proteção, busca e salvamento;
Exército, subordinada ao Governador do Estado, tendo por
missão fundamental exercer a polícia ostensiva, preservar a III – socorro médico de emergência pré-hospitalar;
ordem pública e garantir os poderes constituídos no regular
IV – proteção e salvamento aquáticos;
desempenho de suas competências, cumprindo as
requisições emanadas de qualquer destes. *Redação dada V – pesquisas científicas em seu campo de atuação funcional;
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
VI – controle da observância dos requisitos técnicos contra
2009 – D.O. 24.09.2009
incêndios de projetos de edificações, antes de sua liberação
§1º Os títulos, postos, graduações, uniformes, símbolos e ao uso; e
distintivos são privativos dos integrantes da corporação.
*VII – atividades educativas de prevenção de incêndio,
*§2º O Comando da Polícia Militar é privativo de coronel da pânico coletivo, proteção ao meio ambiente e atividades
corporação, em serviço ativo, observadas as condições socioculturais. *Redação dada pela Emenda Constitucional
indicadas em Lei, de livre escolha do Governador do Estado. nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 30 de
Parágrafo único. A lei disciplinará o efetivo do Corpo de
abril de 1997 – D. O. de 9.5.1997
Bombeiros, dispondo sobre sua organização, funcionamento
Art. 188. Incumbe à Polícia Militar a atividade da preservação e medidas aplicáveis, para garantir a sua eficiência
da ordem pública em todas as suas modalidades e proteção operacional, distribuindo as responsabilidades em
individual, com desempenhos ostensivos para inibir os atos consonância com os graus hierárquicos.
atentatórios a pessoas e bens.
*CAPÍTULO VI
Parágrafo único. A lei disciplinará o efetivo da Polícia Militar, DO CONTROLE INTERNO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
dispondo sobre sua organização, funcionamento e medidas ESTADUAL
aplicáveis, para garantir a sua eficiência operacional,
*Art.190-A. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
distribuindo as responsabilidades em consonância com os
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
graus hierárquicos.
com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos do Estado;

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II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à TÍTULO VII


eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
patrimonial nos órgãos e entidades da administração CAPÍTULO I
estadual, bem como da aplicação de recursos públicos por DISPOSIÇÕES GERAIS
entidades de direito privado;
Art. 191. O Estado pode instituir: *Redação dada pela
III - realizar o acompanhamento da execução da receita e da Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
despesa e a fiscalização da execução física das ações D.O. 24.09.2009
governamentais;
*I – os impostos referidos no art. 155, incisos I a III da
IV - criar condições para o exercício do controle social sobre Constituição Federal; *Redação dada pela Emenda
os programas contemplados com recursos do orçamento do Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
Estado; 24.09.2009.
V - exercer o controle das operações de crédito, avais e *II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
garantias, bem como dos direitos e deveres do Estado, na utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
forma da lei; específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
à sua disposição; *Redação dada pela Emenda Constitucional
VI - apoiar o controle externo no exercício de sua missão
nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
institucional, respeitada a legislação de organização e
funcionamento do sistema de controle interno de cada *III – contribuição de melhoria, decorrente de obras
Poder, de iniciativa exclusiva do respectivo Poder. públicas; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65,
de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
§1º As atividades de controle interno serão desempenhadas
por órgãos de natureza permanente e exercidas por *IV – (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
servidores organizados em carreiras específicas, na forma de 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
lei complementar.
*V – contribuição, cobrada de seus servidores, para o
§2º O controle interno poderá ser exercido de forma custeio, em benefício destes, do regime previdenciário, na
descentralizada, sob a coordenação do órgão central do forma do art. 149, §1º da Constituição Federal. *Acrescido
sistema de controle interno de cada Poder, na forma de lei pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
complementar. 2009 – D.O. 24.09.2009.
§3º Os responsáveis pelo sistema de controle interno de §1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal
cada Poder, ao tomarem conhecimento de qualquer e serão graduados segundo a capacidade econômica do
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal contribuinte, facultado à administração tributária,
de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos,
na forma de lei complementar. *Acrescido pela Emenda identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos
Constitucional nº 75, de 20 de dezembro de 2012. – D. O. de da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
27.12.2012. econômicas do contribuinte.
*Art.190-B. Os entes e entidades públicas, as pessoas §2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
jurídicas do setor privado e as pessoas físicas que recebam impostos.
recursos para execução de projetos em parceria com a
*§3º O requerimento destinado à obtenção de guias de
Administração Pública Estadual, mediante convênios e
recolhimento de débitos tributários exonerará o
quaisquer instrumentos congêneres, deverão comprovar a
contribuinte de correção monetária, juro de mora e sanções
boa e regular aplicação, na forma de lei complementar.
pecuniárias, se não lhe for dado ciência, no prazo referido no
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 75, de 20 de
§2º do art. 7º desta Constituição, do despacho exarado de
dezembro de 2012. – D. O. de 27.12.2012.
indeferimento ou acolhida. *Redação dada pela Emenda
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
implicará a proibição de celebrar novos convênios e 24.09.2009
instrumentos congêneres, inclusive termos aditivos de valor,
*Art. 192. A lei poderá isentar, reduzir ou agravar tributos,
na forma de lei complementar. *Acrescido pela Emenda
com finalidades extrafiscais por incentivo a atividades
Constitucional nº 75, de 20 de dezembro de 2012. – D. O. de
socialmente úteis ou desestimular práticas inconvenientes
27.12.2012.
ao interesse público, observados os disciplinamentos
Art.190-C. Lei Complementar disporá sobre regras para federais. *Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº 429-8
transferências de recursos por meio de convênios e – aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 429-8 no
instrumentos congêneres, no âmbito do Poder Executivo Anexo I. *Julgado improcedente. Acordão DJ. 30.10.2014.
Estadual.” (NR). *Acrescido pela Emenda Constitucional nº Ver ADIN n° 429-8 no Anexo I.
75, de 20 de dezembro de 2012. – D. O. de 27.12.2012.
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*§1º O ato cooperativo, praticado entre o associado e sua específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
cooperativa, não implica em operação de mercado. *Arguída à sua disposição; e
a inconstitucionalidade na ADIN nº 429-8 – aguardando
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
julgamento do mérito. Ver ADIN n° 429-8 no Anexo I.
*Julgado improcedente. Acordão DJ. 30.10.2014. Ver ADIN §1º A competência para instituição de impostos prevista na
n° 429-8 no Anexo I. alínea a do inciso I, quando se tratar das hipóteses
mencionadas no inciso III do art. 155 da Constituição da
*§2º Concede-se isenção tributária de ICMS aos
República, será regulada em lei complementar federal.
implementos e equipamentos destinados aos deficientes
físicos auditivos, visuais, mentais e múltiplos, bem como aos §2º A instituição e a cobrança dos tributos referidos neste
veículos automotores de fabricação nacional com até 90 HP artigo obedecerão aos princípios e às normas gerais de
de potência adaptados para o uso de pessoas portadoras de direito tributário previstos na Constituição Federal.
deficiência. *Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº
Art. 197. O imposto previsto no art. 196, I, a, será devido ao
429-8 – aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 429-
Estado: I – relativamente a bens imóveis e respectivos
8 no Anexo I. *Julgado parcialmente procedente em
direitos, quando situados no Estado; e II – relativamente a
20.08.2014. Ver ADIN n° 429-8 no Anexo
bens móveis, títulos e créditos, quando o inventário ou
*Art. 193. As microempresas são isentas de tributos arrolamento se processar em seu território, ou nele tiver
estaduais nos limites definidos pela União, como elemento domicílio o doador.
indicativo dessa categoria. *Suspenso por medida cautelar
Parágrafo único. O Estado respeitará, na fixação da alíquota
deferida pelo STF na ADIN nº 429-8 – aguardando
do imposto de que trata o caput, o índice máximo
julgamento do mérito. Ver ADIN n° 429-8 no Anexo I.
estabelecido pelo Senado Federal.
*Julgado parcialmente inconstitucional, dando-lhe
interpretação conforme para excluir de seu âmbito de Art. 198. Em relação aos impostos de competência do
incidência o ICMS. Acordão DJ. 30.10.2014. Ver ADIN n° 429- Estado, na repartição das respectivas receitas, pertencem
8 no Anexo I. aos Municípios:
*Parágrafo único. A isenção tributária se estende a *I – cinquenta por cento do produto da arrecadação do
operações relativas à circulação de mercadorias para Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores,
destinatário localizado neste ou em outro Estado e sobre licenciados em seus territórios; *Redação dada pela Emenda
prestação de transportes interestaduais, intermunicipais e Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
comunicações. *Suspenso por medida cautelar deferida pelo 24.09.2009
STF na ADIN nº 429-8 – aguardando julgamento do mérito.
II – vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do
Ver ADIN n° 429-8 no Anexo I. *Julgado inconstitucional.
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Acordão DJ. 30.10.2014. Ver ADIN n° 429-8 no Anexo I.
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
*Art. 194. (revogado). *Revogado pela Emenda Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação; III – vinte
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. e cinco por cento dos recursos recebidos pelo Estado em
24.09.2009 razão do disposto no art. 159, inciso II, observados os
critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, incisos I
Art. 195. O processo administrativo tributário será
e II, todos da Constituição Federal; IV – as parcelas que lhes
disciplinado em lei, assegurando amplo e igualitário direito
forem devidas serão creditadas em contas nos dias dez e
de defesa.
vinte e cinco do referido mês, sob pena de incorrer em crime
CAPÍTULO II de responsabilidade. *V – vinte e cinco por cento do produto
DOS IMPOSTOS ESTADUAIS da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio
econômico que couber ao Estado, nos termos do §4º do art.
Art. 196. Compete ao Estado instituir:
159 da Constituição Federal e na forma da lei a que se refere
I – impostos sobre: o inciso III do mesmo artigo. *Acrescido pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
a) transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou
24.09.2009. Art. 199. Aplicam-se ao Imposto sobre
direitos;
Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
b) operações relativas à circulação de mercadorias e Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
prestações de serviços de transporte interestadual e as seguintes normas: I – será não cumulativo, compensando-
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e se o que for devido em cada operação relativa à circulação
as prestações se iniciem no Exterior; de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores por este ou outro Estado; II – a
c) propriedade de veículos automotores;
isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela da legislação:
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
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a) não implicará em crédito para compensação com o operação realizada entre contribuintes e relativa a produto
montante devido nas operações ou prestações seguintes; destinado à industrialização ou à comercialização configure
fato gerador dos dois impostos;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações
anteriores; XI – as isenções, os incentivos e os benefícios fiscais serão
concedidos ou revogados com base em deliberações dos
III – poderá ser seletivo, em função da essencialidade das
Estados e do Distrito Federal, na forma prevista no art. 155,
mercadorias e dos serviços;
§ 2º, inciso XII, alínea g, da Constituição Federal;
IV – serão aplicáveis a operações e prestações interestaduais
XII – com exceção deste imposto, nenhum outro tributo
e de exportação as alíquotas estabelecidas em resolução do
estadual incidirá sobre operações relativas à energia elétrica,
Senado Federal;
combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes e minerais.
V – fixará o Estado as alíquotas para as operações internas,
Art. 200. O Estado divulgará, no Diário Oficial, até o último
observado o seguinte:
dia do mês subsequente ao da arrecadação, o montante de
a) limite mínimo não inferior ao estabelecido pelo Senado cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os
Federal para as operações interestaduais, salvo: recursos transferidos sob forma de convênio, os valores de
origem tributária entregues e a entregar e a expressão
1 – deliberação em contrário estabelecida na forma da lei
numérica dos critérios e de rateio.
complementar federal, conforme previsto no art. 155, § 3º,
XII, g da Constituição da República; Parágrafo único. Os dados divulgados serão discriminados
por Municípios.
2 – por resolução do Senado Federal, na forma da alínea a do
inciso V do § 2º do art. 155 da Constituição da República; *Art. 201. Não incidirá imposto, conforme a lei dispuser,
sobre todo e qualquer produto agrícola pertencente à cesta
b) limite máximo, na hipótese de resolução do Senado
básica, produzido por pequenos e microprodutores rurais
Federal, para a solução de conflito específico que envolva
que utilizam apenas a mão-de-obra familiar, vendido
interesse de Estados;
diretamente aos consumidores finais. *Suspenso por medida
VI – para as operações que destinem bens e serviços a cautelar deferida pelo STF na ADIN nº 429-8 – aguardando
consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: julgamento do mérito. Ver ADIN n° 429-8 no Anexo I.
*Julgado inconstitucional. Acordão DJ. 30.10.2014. Ver ADIN
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for
n° 429-8 no Anexo I
contribuinte do imposto; e
*Parágrafo único. A não incidência abrange produtos
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for
oriundos de associações e cooperativas de produção e de
contribuinte de imposto;
produtores, cujos quadros sociais sejam compostos
VII – nas operações e prestações interestaduais que exclusivamente por pequenos e microprodutores e
destinem mercadorias e serviços a contribuinte do imposto, trabalhadores rurais sem terra. *Suspenso por medida
na qualidade de consumidor final, caberá ao Estado a cautelar deferida pelo STF na ADIN nº 429-8 – aguardando
diferença entre a alíquota interna e a interestadual; julgamento do mérito. Ver ADIN n° 429-8 no Anexo I.
*Julgado inconstitucional. Acordão DJ. 30.10.2014. Ver ADIN
VIII – incidirá, ainda, o imposto sobre a entrada de
n° 429-8 no Anexo I.
mercadoria importada do Exterior, ainda quando se tratar de
bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabele cimento, CAPÍTULO III
assim como sobre serviço prestado no Exterior, se no Estado DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
estiver situado o estabelecimento da mercadoria ou do
Art. 202. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I
serviço;
– propriedade predial e territorial urbana;
IX – não haverá incidência do imposto:
II – transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato
a) sobre operações que destinem ao Exterior produtos oneroso, de bens imóveis por natureza ou acessão física, e
industrializados, salvo os semielaborados, assim definidos de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
em lei complementar federal; como cessão de direitos à sua aquisição;
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, III – vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos,
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele exceto óleo diesel; e
derivados, e energia elétrica; e
IV – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no
c) sobre o ouro, quando definido em lei como ativo art. 155, inciso I, alínea b, da Constituição da República,
financeiro ou instrumento cambial; definidos em lei complementar federal.
X – não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante Parágrafo único. O imposto previsto no inciso I poderá ser
do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a progressivo nos termos de lei municipal, de forma a
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assegurar o cumprimento da função social da propriedade, *VI – (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
conforme o disposto no art. 182 da Constituição Federal. 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
CAPÍTULO IV §2° A Lei de Diretrizes Orçamentárias definirá as metas e
DOS ORÇAMENTOS prioridades deduzidas do plano plurianual, a serem
aplicáveis no exercício de atividades administrativas em
Art. 203. O Estado programará as suas atividades financeiras
geral, incluindo as despesas de capital para o exercício
mediante leis de iniciativa do Poder Executivo, abrangendo:
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
I – plano plurianual; orçamentária anual, assegurada a ordem cronológica
prevista no plano plurianual, disporá sobre as alterações na
II – diretrizes orçamentárias; e
legislação tributária e estabelecerá as diretrizes políticas
III – orçamentos anuais. para observância pelas agências financeiras oficiais de
fomento, observadas as seguintes normas:
§1° O plano plurianual, editado por lei, contemplará as
diretrizes, objetivos e metas da política financeira estadual I – o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá ser
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para encaminhado pelo Executivo à Assembleia até dois de maio
cumprimento de programas de continuada duração, será do ano que precederá à vigência do orçamento anual
expresso em forma regionalizada, tendo como elementos subsequente;
dimensionadores a região metropolitana e as microrregiões,
II – a elaboração deverá estar concluída em sessenta dias,
objetivando reduzir as desigualdades internas, tomando por
exigindo-se maioria absoluta para a sua aprovação, regendo-
critério, para maior alocação de recursos, as carências
se em tudo o mais pelas normas do processo legislativo;
populacionais, observadas as regras seguintes:
*III – o Poder Executivo publicará, no prazo de trinta dias,
*I – o plano conterá projeções exequíveis no prazo de quatro
após a expiração de cada bimestre, relatório resumido da
anos para o desenvolvimento integral e harmônico de todo
execução orçamentária, prestando esclarecimentos que lhe
o espaço cearense; *Redação dada pela Emenda
sejam requisitados pela Assembleia Legislativa ou pelo
Constitucional nº 2, de 16 de maio de 1991 – D. O.de
Tribunal de Contas; *Ver Lei Complementar nº 4, de 4 de
20.5.1991
outubro de 1995 – D. O. de 30.10.1995.
*II – a mensagem do Executivo deverá ter ingresso na
IV – os planos e programas estaduais serão elaborados,
Assembleia até trinta de setembro do ano que precederá o
refletindo as conformações regionais e setoriais, em
exercício inicial a ser atingido pela sua vigência; *Alterado
consonância com o plano plurianual, sendo apreciados pela
pela Emenda Constitucional nº 38, de 28 de abril de 1999 –
Assembleia, que assegurará a sua compatibilização.
D. O. de 30.4.1999.
§3° A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
*III – recebendo o projeto, determinará a Assembleia a
extração de avulsos, distribuindo-se para exame e I – o orçamento fiscal referente aos Poderes Estaduais,
oferecimento de sugestões emanadas das microrregiões e Ministério Público, fundos, órgãos e entidades da
região metropolitana, a estas cabendo assegurar a administração direta e indireta, inclusive as fundações
participação populacional, através de suas entidades legalmente instituídas e mantidas pelo Poder Público;
representativas, submetendo-as à apreciação do respectivo
II – o orçamento de investimento das empresas em que o
Conselho Deliberativo, que deverão ser encaminhadas
Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
dentro de quarenta e cinco dias. *Alterado pela Emenda
capital social com direito a voto;
Constitucional nº 38, de 28 de abril de 1999 – D. O. de
30.4.1999 III – os orçamentos previstos nos incisos I e II,
compatibilizados com o plano plurianual, terão por
*IV – o projeto, com as modificações apresentadas pelas
prioritário objetivo eliminar as desigualdades
comissões técnicas, será incluído em pauta, devendo estar
microrregionais, implicando a ação governamental, em seu
concluída a votação e devolvido para sanção até o
conjunto, no processo de desenvolvimento harmônico da
encerramento da sessão legislativa do ano que precederá o
região metropolitana e das microrregiões, em quantitativos
exercício inicial a ser atingido pela sua vigência e aprovado
proporcionais ao vulto das carências populacionais;
por maioria absoluta. *Alterado pela Emenda Constitucional
nº 38, de 28 de abril de 1999 – D. O. de 30.4.1999 IV – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
entidades e órgãos estaduais a ela vinculados, da
*V – transcorrido o prazo previsto no inciso III, devem as
administração direta ou indireta, incluindo os fundos e
comissões técnicas oferecer parecer com as reformulações
fundações oriundos ou mantidos pelo Estado;
consideradas pertinentes, no prazo de quinze dias; *Alterado
pela Emenda Constitucional nº 23, de 14 de dezembro de V – o Projeto de Lei Orçamentária será encaminhado ao
1995 – D. O. de 21.12.1995 Legislativo, acompanhado de demonstrativo regionalizado
do efeito sobre as receitas e despesas decorrentes de

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isenções, anistias, remições, subsídios e benefícios de produto de arrecadação de impostos, a destinação de


natureza financeira, tributária e creditícia; recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino e
para o fomento à pesquisa científica e tecnológica, além da
*VI – o Projeto de Lei Orçamentária anual será submetido
prestação de garantias às operações de crédito por
pelo Executivo à Assembleia Legislativa, observando o prazo
antecipação de receita, de acordo com os arts. 158, 159, 212,
máximo de setenta e cinco dias do início de sua vigência,
218 e 165 da Constituição Federal;
cumprindo-se as normas atinentes às do processo legislativo,
conciliada às deste capítulo; *Alterado pela Emenda IV – a abertura de crédito suplementar ou especial sem
Constitucional nº 4, de 25 de setembro de 1991 – D. O. de prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
1.10.1991 correspondentes;
VII – os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou V – a transposição, o remanejamento ou a transferência de
rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem recursos de uma categoria de programação para outra ou de
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme um órgão para outro, sem prévia autorização do legislativo;
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
VI – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
prévia e específica autorização legislativa.
VII – a utilização, sem a autorização legislativa específica, dos
Art. 204. Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às
recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações
adicionais devem observar as normas dispostas no processo
e fundos; e
legislativo ordinário e as deste capítulo.
VIII – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem
§1° Somente são admissíveis emendas ao projeto de lei do
prévia autorização legislativa.
orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem,
quando: §1º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um
exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão
I – reconhecida a compatibilidade com o plano plurianual e
no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
com a lei de diretrizes orçamentárias;
pena de crime de responsabilidade.
II – houver indicação dos recursos, admitidos apenas os
§2º O Estado despenderá um mínimo de vinte por cento da
decorrentes de despesas anuladas, excluídas as que versem
sua arrecadação tributária com investimentos.
sobre:
§3º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
a) dotações para pessoal e seus encargos;
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato
b) serviço da dívida; e de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de
c) transferências tributárias constitucionais para Municípios;
seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
ou III – sejam relacionadas:
financeiro subsequente.
a) à correção de erros ou omissões; ou
*§4º A abertura de crédito extraordinário somente será
b) aos dispositivos do texto do projeto de lei. admitida para atender às despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
§2° As emendas do projeto de lei de diretrizes orçamentárias
calamidade pública. *Redação dada pela Emenda
não poderão ser aprovadas, se houver incompatibilidade
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
com o plano plurianual.
24.09.2009
§3° O Governador do Estado, enquanto não tiver havido
*§5º Os recursos correspondentes às dotações
apreciação pela comissão incumbida das atividades
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
financeiras e orçamentárias, poderá dirigir mensagem,
especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e
propondo modificações nos projetos cogitados neste
Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-
capítulo.
lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos,
Art. 205. São vedados: na forma da Lei Complementar a que se refere o art. 165, §
9º da Constituição Federal. *Acrescido pela Emenda
I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
orçamentária anual;
24.09.2009.
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações
*§6º A criação ou a extensão de qualquer benefício ou
diretas que excedam os critérios orçamentários ou
vantagen funcional ou, ainda, de outras despesas referentes
adicionais;
a agentes públicos estaduais, no âmbito dos três Poderes,
III – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou incluidos o Ministério Público, a Defensoria Pública e os
despesa, ressalvadas a repartição com os Municípios do Tribunais de Contas, dependem, quando importar em gasto

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público, da aprovação em lei e da previa previsão, na lei Art. 211. O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o
orçamentária anual e creditos adcionais, dos recursos encerramento de cada semestre, relatório resumido da
necessários ao custeio da despesa correspondente, execução orçamentária, bem como apresentará
aplicando-se esta última exigência de previsão orçamentária trimestralmente ao Poder Legislativo a caracterização sobre
prévia também para nomeação de pessoal e provimento de o Estado e suas finanças públicas, devendo constar do
cargos no serviço público. (NR) *Acrescido pela Emenda demonstrativo:
Constitucional nº 84, de 3 de dezembro de 2015. - D. O. de
I – as receitas e despesas da administração direta, indireta e
4.12.2015
fundações do Poder Público Estadual, constantes do
Art. 206. Cabe à lei complementar estadual: orçamento em seus valores mensais;
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, II – os valores ocorridos desde o início do exercício até o
a elaboração e organização do plano plurianual, da lei de último mês do trimestre, objeto da análise financeira;
diretrizes orçamentárias anuais; e
III – a comparação mensal entre os valores do inciso II com
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da seus correspondentes previstos no orçamento já atualizados
administração direta e indireta, bem como as condições para por suas alterações; e
a instituição e funcionamento de fundos.
IV – as previsões atualizadas de seus valores até o final do
Parágrafo único. Deverão constar, obrigatoriamente, das exercício financeiro.
premissas orçamentárias, previstas no inciso VIII, § 3°, art.
Parágrafo único. Os trimestres, objeto de análise financeira,
216, mecanismos que assegurem o efetivo controle sobre a
deverão ser, de: janeiro a março, abril a junho, julho a
receita e despesas públicas da administração direta, indireta
setembro e outubro a dezembro.
e fundações do Poder Público Estadual.
*Art. 211-A. Lei de iniciativa do Poder Executivo estabelecerá
Art. 207. Os planos e programas estaduais, regionais e
normas de finanças públicas no âmbito do Estado do Ceará,
setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em
às quais se sujeitarão todos os Poderes, incluídos Ministério
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Poder
Público e Defensoria Pública, com o objetivo de preservar a
Legislativo. Parágrafo único. Serão incluídos nas dotações
responsabilidade da gestão e cidadania fiscal, bem como de
orçamentárias da Assembleia recursos para viabilizar o
promover o equilíbrio financeiro das contas públicas,
programa de ação cultural e operativo do Instituto de
elevando o padrão e a qualidade dos investimentos”.
Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 94 de 17.12.2018.
Ceará, contemplado no art. 49, parágrafo único desta
D. O. de 26.12.2018.
Constituição.
Art. 212. As informações sobre as finanças do Estado são
Art. 208. O Estado criará incentivos para a desconcentração
públicas, devendo ser acessíveis a qualquer cidadão.
das atividades produtivas na Região Metropolitana de
Parágrafo único. As informações solicitadas serão fornecidas
Fortaleza, de modo a favorecer a interiorização do
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade.
desenvolvimento.
*Art. 213. Incumbe ao Poder Público Estadual firmar
*Art. 209. O Estado destinará recursos para constituição e
contratos, inclusive de concessão ou permissão de serviços
manutenção do fundo destinado à aplicação em programas
públicos, ou para alienar ou adquirir bens, mediante prévia
de financiamento ao setor produtivo, administrado
licitação, salvo nos casos expressamente previstos em lei.
financeiramente pela Secretaria da Fazenda, de acordo com
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
o plano de desenvolvimento estadual, ficando assegurada a
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
utilização de, no mínimo, 50 % (cinquenta por cento) do
volume total de aportes em favor das micros, pequenas e *§1º Os contratos de concessão para a prestação de serviços
médias empresas, assim definidas em Lei, sendo que 50% públicos poderão conter expressa cláusula de
(cinquenta por cento) dos recursos deverão ser aplicados no reversibilidade, incorporando, ao término do prazo
interior do Estado. *Redação dada pela Emenda contratual, ao patrimônio do poder concedente, os bens
Constitucional nº 41, de 29 de junho de 1999 – D. O. de vinculados à prestação do serviço independente de qualquer
2.7.1999 indenização. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
Art. 210. A Lei de Orçamento do Estado observará, para
investimentos do setor público estadual do Interior, dotação §2º Quando a execução de serviço público é delegada a
nunca inferior a cinquenta por cento do valor global particulares, considerar- -se-á implícita no contrato a
consignado para esse fim. cláusula de prevalência do interesse público, importando à
entidade concedente o direito de proceder, a qualquer
Parágrafo único. Excluem-se da classificação de Municípios
tempo, à revisão do contrato para adaptá-lo às exigências do
do Interior, para fins do caput deste artigo, os Municípios
interesse coletivo, respeitado o equilíbrio econômico e
integrantes da Região Metropolitana de Fortaleza.
financeiro do contrato.
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*§3º A comprovação da idoneidade financeira dos licitantes, VI – garantia de padrão de qualidade;


assim como a de sua qualificação técnica far-se-á na forma
VII – formação de seres humanos plenamente
prescrita em lei. *Redação dada pela Emenda Constitucional
desenvolvidos, capazes de compreender os direitos e
nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
deveres da pessoa, do cidadão, do Estado e dos diferentes
TÍTULO VIII organismos da sociedade;
DAS RESPONSABILIDADES CULTURAIS, SOCIAIS E
*VIII – fortalecimento da unidade nacional e da
ECONÔMICAS
solidariedade internacional, assim como a preservação do
CAPÍTULO I
meio ambiente, bem como resguardar, expandir e difundir o
DISPOSIÇÕES GERAIS
patrimônio cultural da humanidade; *Redação dada pela
Art. 214. O Estado conjuga-se às responsabilidades sociais da Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
Nação soberana para superar as disparidades cumulativas D.O. 24.09.2009.
internas, incrementando a modernização nos aspectos
IX – preparação dos indivíduos para o domínio dos recursos
cultural, social, econômico e político, com a elevação do
científicos e tecnológicos, que permitem utilizar as
nível de participação do povo, em correlações dialéticas de
possibilidades do meio em função do bem comum;
competição e cooperação, articulando a sociedade aos seus
quadros institucionais, cultivando recursos materiais e X – currículos voltados para os problemas brasileiros e suas
valores culturais para o digno e justo viver do homem. peculiaridades regionais;
Parágrafo único. Todos são iguais perante a lei, sem distinção XI – ensino religioso facultativo;
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
XII – liberdade de organização dos alunos, professores,
estrangeiros a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
funcionários e pais de alunos, sendo facultada a utilização
igualdade, à segurança e à propriedade.
das instalações do estabelecimento de ensino para atividade
CAPÍTULO II das associações.
DA EDUCAÇÃO
§1º Serão ministradas, obrigatoriamente, nos
Art. 215. A Educação, baseada nos princípios democráticos estabelecimentos de ensino público e privado, com o
na liberdade de expressão, na sociedade livre e participativa, envolvimento da comunidade, noções de:
no respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos e
a) direitos humanos;
garantindo formação básica comum e respeito aos valores
culturais e artísticos nacionais e regionais, é um dos agentes b) defesa civil;
do desenvolvimento, visando a plena realização da pessoa,
c) regras de trânsito; d) efeito das drogas, do álcool e do
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
tabaco;
para o trabalho, contemplando o ensino as seguintes
diretrizes básicas: *Redação dada pela Emenda e) direito do consumidor;
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
f) sexologia;
24.09.2009.
g) ecologia;
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; h) higiene e profilaxia sanitária;
II – pluralismo de ideias e concepções pedagógicas e i) cultura cearense, abrangendo os aspectos histórico,
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; geográfico, econômico e sociológico do Estado e seus
Municípios;
III – gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais; j) sociologia; e
*IV – valorização dos profissionais do ensino com planos de l) folclore.
carreira, na forma da lei, para o magistério público, com piso
§2º Serão também incluídas, como disciplinas obrigatórias
salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso
dos currículos nas escolas públicas e privadas de 1° e 2°
público de provas e títulos, assegurada a isonomia salarial
graus, matérias sobre cooperativismo e associativismo.
para docentes em exercício, com titulação idêntica,
respeitando-se o grau de ensino em que estiver atuando; §3º As escolas de 1° e 2° graus deverão incluir nas disciplinas
*Arguída a inconstitucionalidade na ADIN nº 145-1 – da área de Humanidades, História, Geografia, Educação
aguardando julgamento do mérito. Ver ADIN n° 145-1 no Artística e OSPB, temas voltados para a conscientização da
Anexo I. necessidade de se preservar o patrimônio cultural.
V – gestão democrática da instituição escolar na forma de lei, *Art. 216. O Estado do Ceará destinará, anualmente, no
garantidos os princípios de participação de representantes orçamento do Estado, verbas a serem aplicadas com a
da comunidade; educação, em montante nunca inferior a vinte e cinco por

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cento da arrecadação. *Alterado pela Emenda XIII – promoção humanística, científica e tecnológica do
Constitucional nº 5, de 13 de dezembro de 1991 – D. O. de Estado;
19.12.1991
XIV – recenseamento pelos Municípios dos educandos do
*§1º Serão garantidos mecanismos de controle social sobre ensino fundamental, zelando-se pela sua frequência;
a arrecadação e utilização dos recursos destinados à
XV – manutenção do ensino fundamental, através de rede
educação. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de
própria estadual ou em colaboração com os Municípios;
16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
XVI – escolas com corpo docente habilitado;
*§2º É vedada a cobrança de taxas e contribuições, a
qualquer título, nas escolas públicas, criadas e mantidas pelo XVII – ensino público e gratuito a todos, através de
Estado e Municípios. *Acrescido pela Emenda Constitucional programas sociais devidamente orçados, vedado o uso de
nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. salário-educação;
Art. 217. O Poder Público organizará o sistema estadual de XVIII – integração da Escola que oferece ensino fundamental
ensino, com normas gerais de funcionamento para as escolas e médio aos serviços de saúde, mediante ensino e difusão
públicas estaduais, municipais e para as particulares sob sua das noções básicas de Educação para a saúde pública.
jurisdição, e com assistência técnica e financeira aos
§1º Sempre que os Municípios não tiverem condições de
Municípios, para o desenvolvimento dos seus próprios
oferecer o atendimento previsto nos incisos IV e VI, cabe ao
sistemas.
Estado suplementar as verbas para corrigir desníveis
Art. 218. O sistema estadual de ensino será organizado, em regionais.
colaboração com a União e os Municípios, sendo planejado
§2º As classes de alfabetização para a criança a partir de seis
e executado em forma regionalizada, com diretrizes,
anos serão mantidas, com prioridade, ensejando o
objetivos e metas definidos nos planos plurianuais, mediante
aprendizado da leitura e da escrita, garantindo-se acesso
garantia de:
efetivo ao 1° grau.
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, extensivo aos
§3º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder
que a ele não tiverem acesso na idade própria;
Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da
II – melhoria de qualidade de ensino; autoridade competente, suscetível do exercício do direito de
representação por qualquer cidadão e iniciativa de ofício
III – atuação prioritária dos Municípios no ensino
pelo Ministério Público.
fundamental e pré-escolar, aplicando o percentual de vinte
e cinco por cento da receita com que estão comprometidos, §4º O Estado construirá e manterá escolas preparatórias
conforme o disposto no art. 212 da Constituição Federal; profissionalizantes, que funcionarão em regime de
internato, para abrigarem menores abandonados.
*IV – atendimento em creches e pré-escolar às crianças de
zero a cinco anos de idade; *Redação dada pela Emenda *§5º O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. veiculação de programas de ensino a distância, em todos os
24.09.2009 níveis e modalidades de ensino. *Acrescido pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
V – ensino noturno regular, adequado às condições do
24.09.2009.
educando;
Art. 219. As universidades estaduais gozam de autonomia
VI – atendimento educacional especializado aos portadores
didático-científica, administrativa, financeira, patrimonial e
de deficiência em qualquer idade, preferencialmente na
de gestão democrática, disciplinada em seus estatutos e
rede regular de ensino;
regimentos.
VII – atendimento ao educando, no ensino fundamental,
Art. 220. A organização democrática do ensino é garantida,
através de programas suplementares, de material
através de eleições, para as funções de direção nas
didáticoescolar, transporte, alimentação e saúde; VIII –
instituições de ensino, na forma que a lei estabelecer.
acesso aos níveis mais elevados do ensino, segundo a
capacidade de cada um; Art. 221. As instituições de ensino superior serão
necessariamente orientadas pelo princípio de
IX – estímulo à criação artística e às atividades de pesquisa e
indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão dos
extensão;
serviços à comunidade.
X – oferta do ensino profissionalizante, segundo as aptidões
Art. 222. As instituições educacionais de nível superior,
do educando e as necessidades do mercado de trabalho;
criadas e mantidas pelo Poder Público estadual, adotarão a
XI – erradicação do analfabetismo; natureza jurídica de fundação de direito público.
XII – universalização do atendimento escolar;

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Art. 223. Fica instituído o regime jurídico estatutário para acompanhamento, controle, avaliação, orientação e
docentes e demais servidores das fundações educacionais pesquisa.
públicas de nível superior, nos termos do art. 39 da
§3º O professor, em qualquer dos níveis, será aposentado
Constituição Federal, respeitado, quanto aos docentes, o
com vencimentos integrais, satisfeito o requisito de tempo
estabelecido no art. 206, inciso V da Constituição Federal.
de serviço, independentemente da natureza de sua
Art. 224. O Governo Estadual aplicará, mensalmente, nunca investidura.
menos de um quinto da parcela a que se refere o art. 212 da
*Art. 227. Os Municípios responsabilizar-se-ão,
Constituição Federal para despesas de capital do sistema de
prioritariamente, pelo ensino fundamental, devendo manter
ensino superior público do Estado do Ceará, respeitada a
e expandir o atendimento às crianças de zero a cinco anos,
proporcionalidade dos recursos repassados às universidades
só podendo atuar no nível superior de ensino quando a
públicas estaduais nos últimos dois anos anteriores à
demanda dos ensinos fundamental e médio estiver plena e
promulgação desta Constituição.
satisfatoriamente atendida, quantitativa e qualitativamente.
Parágrafo único. Ficam as universidades públicas estaduais *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
autorizadas, para fins de assegurar a autonomia da gestão setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
financeira, a transferir e utilizar, na medida de suas
§1º O Estado prestará assistência técnica e financeira aos
necessidades, os recursos estabelecidos neste artigo, para
Municípios que mantenham o ensino fundamental, devendo
despesas com material de consumo, serviços de terceiros e
decretar a medida de intervenção, ao verificar não haver
encargos, remuneração de serviços pessoais, outros serviços
sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal.
e encargos, diversas despesas de custeio, despesas de
exercícios anteriores e vice-versa. §2º Os poderes públicos providenciarão para que as escolas,
progressivamente, sejam convertidas em centros
Art. 225. Caberá ao Poder Público Estadual dispor sobre a
educacionais dotados de infraestrutura técnica e de serviços
criação e funcionamento das instituições de ensino superior
necessários ao desenvolvimento de todas as etapas da
municipais e particulares, promovendo a articulação desse
educação fundamental.
nível com os demais.
§3º Os poderes públicos providenciarão para que as escolas
Art. 226. O estatuto e o plano de carreira do Magistério
adotem, progressivamente, o sistema de ensino de tempo
Público serão elaborados com a participação de entidades
integral de oito horas diárias.
representativas da classe, observados:
Art. 228. O ensino médio visa assegurar formação
I – piso salarial único para todo o magistério, de acordo com
humanística científica e tecnológica, voltada para o
o grau de formação;
desenvolvimento de uma consciência crítica em todas as
II – condições plenas de reciclagem e atualização modalidades do ensino em que se apresentar.
permanentes, com direito a afastamento das atividades
§1º O Poder Público Estadual responsabilizar-se-á pela
docentes, sem perda da remuneração;
manutenção e expansão do ensino médio, público e gratuito,
III – progressão funcional na carreira, baseada na titulação; tomando providências para sua progressiva universalização.
IV – paridade de proventos entre ativos e aposentados; *Art. 229. Fica assegurada às pessoas com necessidades
especiais educação em todos os graus escolares, quer em
V – concurso público para o provimento de cargos; e
classes comuns, quer em classes especiais, quando isto se
VI – estabilidade no emprego, nos termos da Constituição fizer necessário. *Redação dada pela Emenda Constitucional
Estadual; nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
§1º O plano de carreira para o pessoal técnico- §1º Nas bibliotecas públicas será proposta a criação de um
administrativo será elaborado com a participação de centro de informações de assuntos sobre a problemática
entidades representativas da classe, garantindo: social das deficiências, como estímulo à pesquisa, à ciência e
às políticas transformadoras.
a) piso salarial;
§2º As bibliotecas devem adquirir acervos de livros com
b) condições plenas para reciclagem e atualização
escrita braile, como estímulo à formação cultural dos
permanentes com direito a afastamento das atividades, sem
deficientes visuais.
perda da remuneração;
*§3º Toda entidade de reabilitação mantida pelo Estado,
c) progressão funcional na carreira, baseada na titulação.
além de sua destinação, deve manter curso pré-escolar e de
§2º Professor é todo profissional com a devida titulação que ensino fundamental, bem como ensino profissionalizante,
exerça atividade de magistério, incluindo-se nesta, além da compatíveis com a deficiência de seus frequentadores, de
docência, as decorrentes das funções de direção, forma gratuita e obrigatória, sem limite de idade, desde o
planejamento, supervisão, inspeção, coordenação,

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nascimento. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº §3º A distribuição dos recursos públicos assegurará
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 prioridade ao atendimento das necessidades do ensino
fundamental.
§4º Em se tratando de órgão privado, com finalidade
filantrópica, o Estado deve prover os meios para que seja §4º Serão criados mecanismos de controle democrático da
atingido o seu objetivo. arrecadação e utilização dos recursos destinados à
educação.
§5º O Estado promoverá, pelo menos uma vez por ano, em
suas campanhas permanentes de conscientização, §5º As instituições universitárias estaduais poderão
esclarecimentos sobre a problemática das pessoas estabelecer, mediante convênios, programas de ação para
deficientes. esses fins, com o Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o
Desenvolvimento do Estado do Ceará, definido no art. 49,
*Art. 230. O Conselho de Educação do Ceará, órgão
parágrafo único desta Constituição.
normativo, consultivo e deliberativo do sistema de ensino do
Estado do Ceará, será entidade autônoma e constituir-se-á §6º As escolas rurais do Estado devem obrigatoriamente
em unidade orçamentária e de despesa. *Ver Lei n° 13.297, instituir o ensino de cursos profissionalizantes.
de 7 de março de 2003 – D. O. de 7.3.2003.
§7º O Estado firmará convênio com as universidades e
*§1º (revogado). *Revogada pela Emenda Constitucional nº centros de pesquisa, visando aprimorar o ensino,
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 regionalizando-o de acordo com as características de cada
microrregião.
*§2º Compete ao Conselho de Educação do Ceará, sem
prejuízo de outras atribuições que lhe sejam conferidas em §8º Em cada microrregião do Estado será implantada uma
lei e observadas as diretrizes e bases estabelecidas pela escola técnica agrícola que deve ter os currículos e o
União: *Ver Lei n° 13.297, de 7 de março de 2003 – D. O. de calendário escolar adequados à realidade da microrregião.
7.3.2003.
§9º O Estado, em conjunto com os Municípios e com a
*I – baixar normas disciplinadoras do sistema estadual de participação da comunidade, implantará o sistema estadual
ensino; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de de bibliotecas públicas, tendo como unidade central a
16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel.
II – interpretar a legislação de ensino; §10 O Estado e os Municípios preservarão a documentação
governamental e histórica, assegurando o acesso aos
III – autorizar o funcionamento do ensino particular e avaliar-
interessados.
lhe a qualidade; e
Art. 232. Lei estadual disporá sobre os critérios para a
IV – desconcentrar suas atribuições, por meio de comissões
municipalização do ensino.
de âmbito municipal.
*Parágrafo único. O Estado garantirá a municipalização do
§3º A competência, a organização e as diretrizes do
ensino fundamental, por meio de: *Redação dada pela
funcionamento do Conselho serão estabelecidas em lei.
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
Art. 231. Os recursos públicos serão destinados às escolas D.O. 24.09.2009
comunitárias, confessionais e filantrópicas, definidas em lei,
I – incentivo à criação de conselhos municipais de educação,
que:
onde houver condições;
I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus
*II – transferência da capacidade decisória e de ação aos
excedentes financeiros na educação;
Municípios, nas áreas de ensino fundamental; *Redação
II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
comunitária, filantrópica ou confessional ou ao poder de 2009 – D.O. 24.09.2009
público, no caso de encerramento de suas atividades.
*III – criação e fortalecimento de estruturas municipais de
§1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser educação, e preparação destas para assumirem os encargos
destinados a bolsa de estudo para o ensino fundamental e educacionais do ensino fundamental; *Redação dada pela
médio, na forma da lei, para os que demonstrem Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e D.O. 24.09.2009
cursos regulares da rede pública na localidade de residência
*IV – transferência progressiva de encargos e serviços
do educando, ficando o poder público obrigado a investir,
relativos ao ensino fundamental aos Municípios, na medida
prioritariamente, na expansão de sua rede na localidade.
de suas reais disponibilidades; e *Redação dada pela
§2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
poderão receber apoio financeiro do poder público. D.O. 24.09.2009

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V – criação de mecanismos, visando o fortalecimento das *III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas; *
ações municipais e ampliação do repasse de recursos Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
financeiros. setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
*Art. 233. O Estado do Ceará promoverá a valorização e a *IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais
proteção das manifestações e expressões culturais, advindas espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e *
dos diversos indivíduos, grupos e coletividades participantes Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
do processo de construção da cultura cearense, observados setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
os seguintes princípios dos direitos culturais: *Redação dada
*V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
2009 – D.O. 24.09.2009
ecológico e científico. * Acrescido pela Emenda
*I – defesa e valorização do patrimônio cultural; *Acrescido Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 24.09.2009.
2009 – D.O. 24.09.2009.
*§1º (revogado). * Revogado pela Emenda Constitucional nº
II – valorização da diversidade étnica e regional; * Acrescido 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
*Art. 235. O Poder Público, com a colaboração da
2009 – D.O. 24.09.2009.
comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural
*III – respeito à diversidade e ao pluralismo cultural; * do Estado do Ceará, por meio de inventário, registros,
Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. formas de acautelamento e preservação. * Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
*IV – resguardo da memória coletiva; * Acrescido pela
2009 – D.O. 24.09.2009
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
D.O. 24.09.2009. *Art. 236. A gestão pública da cultura no Estado do Ceará
será feita por intermédio da Secretaria da Cultura, de forma
*V – promoção da cidadania cultural; * Acrescido pela
sistêmica, com participação de órgãos colegiados, na forma
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
da lei. * Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de
D.O. 24.09.2009.
16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
*VI – promoção da inclusão social; * Acrescido pela Emenda
*§1º A lei disporá sobre o Fundo Estadual de Cultura, a ser
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
administrado pela Secretaria da Cultura, com a colaboração
24.09.2009.
de órgão colegiado. * Acrescido pela Emenda Constitucional
*VII – universalização do acesso aos bens culturais; * nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
*§2º O Conselho Estadual da Cultura terá natureza
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
autônoma, consultiva, deliberativa e normativa, de
*VIII – autonomia das entidades culturais; e * Acrescido pela composição majoritária da sociedade civil, atendendo a
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – critérios democráticos na escolha de seus membros, na
D.O. 24.09.2009. *IX – gestão democrática. * Acrescido pela forma da lei. * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65,
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
D.O. 24.09.2009.
*Art. 237. O Poder Público assegurará os meios e as
*Art. 234. Constituem patrimônio cultural do Estado do condições para o funcionamento eficiente e democrático dos
Ceará os bens de natureza material e imaterial, considerados sistemas e subsistemas estaduais de cultura, na forma da lei.
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à * Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos e setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
coletividades formadores da sociedade cearense, nos quais
*Art. 237-A – O Estado do Ceará incentivará a promoção da
se incluem: * Redação dada pela Emenda Constitucional nº
cultura no âmbito dos Municípios. * Acrescido pela Emenda
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
*I – as formas de expressão; * Acrescido pela Emenda 24.09.2009.
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
*Art. 237-B – Será instituído, na forma da lei, o sistema
24.09.2009.
estadual de arquivos, integrado pelos arquivos estaduais e
*II – os modos de criar, fazer e viver; * Acrescido pela municipais, para a guarda, gestão, conservação e
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – preservação dos documentos públicos. * Acrescido pela
D.O. 24.09.2009. Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
D.O. 24.09.2009.

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*§1° Nenhuma repartição pública destruirá ou desviará sua educação física e à prática de atividades desportivas,
documentação, sem antes submetê-la ao setor competente sobretudo no âmbito escolar. * Acrescido pela Emenda
para a triagem. * Acrescido pela Emenda Constitucional nº Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. 24.09.2009.
*§2° Aos interessados será assegurado amplo acesso aos *§2º O Poder Público apoiará e incentivará o lazer e o
documentos referidos neste artigo, respeitadas as restrições desporto como forma de promoção social, com tratamento
constitucionais. * Acrescido pela Emenda Constitucional nº diferenciado para o desporto profissional e amador. *
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
*Art. 237-C – A lei estabelecerá incentivos para produção e
conhecimento de bens e valores culturais. * Acrescido pela Art. 241. As empresas vinculadas ao Governo do Estado do
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – Ceará deverão aplicar no mínimo dez por cento de suas
D.O. 24.09.2009. verbas publicitárias em comerciais que incentivem o esporte
amador e o educacional.
*§1° O Estado do Ceará poderá adotar modelo de
Orçamento Participativo para a alocação de recursos Parágrafo único. As verbas deverão ser utilizadas na
públicos destinados à cultura e elaboração de Plano cobertura de atividades esportivas amadorísticas, no
Plurianual correspondente. * Acrescido pela Emenda patrocínio de atletas, no apoio à realização de competições,
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. na contratação de atletas para comerciais ou em outras
24.09.2009. atividades semelhantes.
*§2º A lei estabelecerá o Plano Estadual de Cultura, de *Art. 241-A – O Estado promoverá e incentivará o turismo
duração plurianual, visando o desenvolvimento do Estado e como fator de desenvolvimento econômico e social, de
à integração das ações do poder público, respeitados os divulgação, de valorização e preservação do patrimônio
princípios dos direitos culturais elencados neste capítulo. * cultural e natural, respeitando as peculiaridades locais,
Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de coibindo a desagregação das comunidades envolvidas e
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. assegurando o respeito ao meio ambiente e à cultura das
localidades exploradas, estimulando sua
CAPÍTULO IV
autossustentabilidade. * Acrescido pela Emenda
*DO DESPORTO E DO TURISMO
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
Art. 238. É dever do Estado fomentar e apoiar práticas 24.09.2009.
desportivas formais e não formais, em suas diferentes
*§1° O Estado definirá a política estadual de turismo
manifestações, educação física, desporto, lazer e recreação,
proporcionando condições necessárias para o
como direito de todos.
desenvolvimento da atividade. * Acrescido pela Emenda
§1º Será assegurada prioridade, em termos de recursos Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
humanos, financeiros e materiais, ao desporto educacional, 24.09.2009.
em suas atividades, meios e fins.
*§2° O instrumento básico de intervenção do Estado,
§2º O Poder Público reconhece a educação física como decorrente da norma estatuída no caput deste artigo, será o
disciplina obrigatória no ensino público e privado. plano diretor de turismo, estabelecido em lei, considerado o
potencial turístico das diferentes regiões, com a participação
Art. 239. É dever do Estado incentivar a pesquisa sobre
dos municípios envolvidos, direcionando as ações de
educação física, desporto e lazer, criar e manter instalações
planejamento, promoção e execução da política estadual de
esportivas e recreativas nos projetos de urbanização e
turismo. * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de
instituições escolares públicas, e exigir igual participação da
16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
iniciativa privada.
*§3° Para o cumprimento do disposto no parágrafo anterior,
*Parágrafo único. Fica criado o Fundo de Desenvolvimento
caberá ao Estado, em ação conjunta com os municípios,
do Esporte Amador, devendo a lei definir a origem dos
promover especialmente: * Acrescido pela Emenda
recursos e o órgão a que caberá a sua administração. *Ver
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
Lei Complementar n° 36, de 6 de agosto de 2003 – D. O.
24.09.2009.
7.8.2003.
*I – o inventário e a regulamentação do uso, ocupação e
Art. 240. O Poder Público criará estrutura organizacional
fruição dos bens naturais e culturais de interesse turístico do
dotada de recursos próprios, que terá competência para
Estado; * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16
organizar, executar e supervisionar as atividades desportivas
de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
educacionais do Estado.
*II – a infraestrutura básica necessária à prática do turismo,
*§1º O Poder Público garantirá ao portador de necessidade
apoiando e realizando investimentos no fomento dos
especial atendimento especializado no que se refere à
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empreendimentos, equipamentos e instalações e na Bases da Educação, promovendo, ainda, manifestações


qualificação dos serviços; * Acrescido pela Emenda populares, folclóricas e de lazer.
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
Art. 244. As emissoras de rádio e televisão sob controle do
24.09.2009.
Estado ou da entidade da administração indireta atuarão,
*III – a promoção de intercâmbio permanente, em âmbito prioritariamente, nas áreas de educação e cultura,
nacional e internacional, visando ao aumento do fluxo reservando horário para a divulgação das atividades dos
turístico e a elevação da média de permanência do turista; * Poderes do Estado, devendo difundir:
Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
I – programa de ação do Governo relativo à preservação e
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
proteção do meio ambiente;
*IV – medidas específicas para o desenvolvimento dos
II – relatório das atividades efetivamente desenvolvidas
recursos humanos para o setor; * Acrescido pela Emenda
durante o exercício anterior, a título de prestação de contas.
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
24.09.2009. Parágrafo único. O relatório de atividades de que trata este
artigo ficará durante sessenta dias, a partir de sua
*V – elaboração sistemática de pesquisas sobre oferta e
divulgação, à disposição de qualquer cidadão ou entidade
demanda turística, com análise dos fatores de oscilação do
representativa para exame e apreciação, podendo-se
mercado; * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de
questionar sua legitimidade, no exercício do direito de
16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
petição ou representação.
*VI – fomento ao intercâmbio permanente com outros
CAPÍTULO VI
Estados da Federação e com o exterior, em especial com os
DA SAÚDE
países da América do Sul, visando ao fortalecimento do
espírito de fraternidade e aumento do fluxo turístico nos dois Art. 245. A saúde é direito de todos e dever do Estado,
sentidos, bem como a elevação da média de permanência do garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem
turista em território do Estado; e * Acrescido pela Emenda à eliminação de doenças e outros agravos e ao acesso
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. universal e igualitário às suas ações e serviços.
24.09.2009.
Art. 246. As ações e serviços públicos e privados de saúde
*VII – construção de albergues populares, favorecendo o integram a rede regionalizada e hierarquizada e constituem
lazer das camadas pobres da população. * Acrescido pela um sistema único de saúde no Estado, organizado de acordo
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – com as seguintes diretrizes:
D.O. 24.09.2009.
I – descentralização político-administrativa com direção
CAPÍTULO V única em cada nível de governo;
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
II – municipalização dos recursos, serviços e ações de saúde
Art. 242. Os órgãos públicos da administração direta e de abrangência municipal, podendo os Municípios constituir
indireta são obrigados a atender a pedidos de informação consórcios para desenvolver as ações de saúde que lhes
dos profissionais de comunicação social, dos veículos de correspondam;
comunicação de massa ou de quaisquer cidadãos
III – integralidade na prestação das ações de saúde
interessados em questões de relevante interesse público.
preventivas e curativas, adequadas às realidades
*§1° Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir epidemiológicas;
embaraço à plena liberdade de informação jornalística em
IV – universalização da assistência, com acesso igualitário a
qualquer veículo, empresa e assessoria de comunicação
todos, nos níveis de complexidade dos serviços de saúde;
social, observados os incisos IV, V, X, XIII e XIV, do art. 5º da
Constituição Federal. * Acrescido pela Emenda V – participação de entidades representativas de usuários e
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. servidores de saúde na formulação, acompanhamento e
24.09.2009. fiscalização das políticas e das ações de saúde nos níveis
estadual e municipal, através de conselhos municipais e
*§2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política,
estaduais de saúde; e
ideológica ou artística. * Acrescido pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. VI – assistência à saúde, livre à iniciativa privada.
24.09.2009.
§1º As entidades filantrópicas e sem fins lucrativos poderão
Art. 243. As emissoras de rádio e televisão mantidas pelo participar do sistema único de saúde, mediante contrato de
Estado, ou com ele conveniadas, na forma da lei, realizarão direito público ou convênio.
programas de ensino público e gratuito para o 1º, 2º e 3º
§ 2º São vedados:
graus, de modo a combinar a massificação do ensino com
critérios de qualidade, de acordo com a Lei de Diretrizes e
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I – incentivos fiscais ou recursos públicos para instituições X – desenvolver o sistema estadual público regionalizado de
privadas; e coleta, processamento e transfusão de sangue e
hemoderivados;
II – participação direta ou indireta de empresas ou capitais
estrangeiros na assistência à saúde, salvo nos casos previstos XI – estabelecer normas, fiscalizar e controlar
em lei, ficando sua instalação no Estado condicionada à estabelecimentos, produtos, substâncias e equipamentos
aprovação pelo Conselho Estadual de Saúde. A utilizados na assistência à saúde;
rt. 247. O sistema único estadual de saúde será financiado XII – proceder à atualização periódica do código sanitário;
com recursos do orçamento do Estado, da seguridade social,
XIII – desenvolver o sistema de informações de saúde, sob
da União, dos Municípios, além de outras fontes.
controle público, visando a um melhor planejamento e
§1º Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde no avaliação das ações e da política de saúde;
Estado serão administrados através dos fundos estadual e
XIV – estruturar e controlar os serviços de verificação de
municipal de saúde, pelas secretarias estadual e municipal
óbitos;
de saúde.
XV – assegurar o acesso à educação e à informação e aos
§2º O fundo estadual é formado por recursos provenientes
métodos de planejamento familiar que não atentem contra
de dotações orçamentárias federais, estaduais e de outras
a saúde, respeitando o direito de opção pessoal;
fontes.
XVI – participar do controle e da fiscalização de produção,
Art. 248. Compete ao Sistema Único Estadual de Saúde, além
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos
de outras atribuições:
psicoativos, tóxicos e radioativos;
I – gerir, planejar, coordenar, controlar e avaliar a política
XVII – promover a implantação de centros de reabilitação
estadual de saúde, estabelecida em consonância com os
orofacial, de ortodontia e odontologia preventiva;
níveis federal e municipal;
XVIII – colaborar com a proteção do meio ambiente e do
*II – administrar o Fundo Estadual de Saúde de acordo com
trabalho;
o art. 198 da Constituição da República; * Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – XIX – atuar em relação ao processo produtivo, garantindo:
D.O. 24.09.2009
a) medidas que visem à eliminação de riscos de acidentes,
III – prestar serviços de saúde, de vigilância sanitária e doenças profissionais e do trabalho e que ordenem o
epidemiológica, e outros necessários ao alcance dos processo produtivo, de modo a garantir a saúde dos
objetivos dos sistemas, em coordenação com os sistemas trabalhadores e acionar os órgãos incumbidos da prevenção
municipais; de acidente no trabalho para apuração de responsabilidade;
IV – assumir a responsabilidade pelos serviços de b) obrigação das empresas de ministrar cursos sobre riscos e
abrangência estadual ou regional, ou por programas, prevenção de acidentes, ficando a cargo do Estado exercer
projetos e atividades que não possam, por seu custo, permanente fiscalização sobre as condições locais de
especialização ou grau de complexidade, ser executados trabalho, meio ambiente, maquinaria, meios e
pelos Municípios; equipamentos de proteção oferecidos ao trabalhador;
V – participar da formulação da política e da execução das c) direito de recusa ao trabalho em ambientes que tiverem
ações de saneamento básico; seus controles de riscos à vida e à saúde em desacordo com
as normas em vigor, com a garantia de permanência no
VI – ordenar a formação, aperfeiçoamento e utilização de
emprego, sem redução salarial;
recursos humanos na área de saúde em interação com o
Ministério da Educação e as secretarias estadual e municipal XX – desenvolver, em integração com o sistema educacional,
de Educação; ações educativas de saúde nos locais de prestação de
serviço, nas escolas ou onde sejam necessárias, visando ao
VII – fiscalizar e inspecionar alimentos, inclusive controlar
esclarecimento à informação e à discussão, com os usuários;
seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para
consumo humano; XXI – implantar e garantir as ações do programa de
assistência integral à saúde da mulher que atenda às
VIII – promover a fluoretação dos abastecimentos públicos
especificidades da população feminina do Estado, em todas
de água e assegurar o seu controle nos níveis compatíveis;
as fases da vida da mulher, desde o nascimento à terceira
IX – promover o desenvolvimento de novas tecnologias e a idade;
produção de medicamentos, matérias-primas,
XXII – elaborar planejamento global na área de odontologia,
imunobiológicos e biotecnológicos, de preferência por
incluindo sua supervisão a cargo, exclusivamente, de
laboratórios estatais, com rigoroso controle de qualidade, e
cirurgiões-dentistas;
torná-los acessíveis à população;
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XXIII – criar e implantar departamentos odontológicos em observação explícita dos riscos, sob a responsabilidade dos
hospitais do Sistema Único de Saúde Estadual; promotores e fabricantes por eventuais danos.
XXIV – criar, na área de saúde, programa de assistência Art. 251. Fica sujeita à fiscalização de órgão competente a
médico-odontológica às crianças de zero a seis anos e a comercialização de substâncias tóxicoinebriantes, nos
jovens; e termos da legislação vigente.
*XXV – fomentar o estudo, a pesquisa, a incorporação e a Art. 252. O Estado estabelecerá política de saneamento,
aplicação de novas tecnologias no âmbito da saúde. * tanto no meio urbano como no rural, em função das
Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de respectivas realidades locais e regionais, observados os
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. princípios da Constituição Federal.
§1º Cabe ao Estado montar, em toda sua rede hospitalar e §1º Assegurar-se-á a participação das comunidades, das
ambulatorial, leitos, espaços, equipamentos para instituições e das três esferas do Governo no planejamento,
atendimento gratuito às pessoas portadoras de deficiência. na organização dos serviços e na execução das ações.
§2º O Estado deverá fazer convênio com instituições que §2º Os padrões técnicos das obras e serviços de saneamento
tenham leitos equipados para tratamento dos portadores de deverão ser adequados tanto ao meio físico quanto ao nível
deficiência. socioeconômico das comunidades, garantindo-se o mínimo
de condições sanitárias.
*Art. 249. Cabe ao Estado, no âmbito do seu território, a
coordenação e gerenciamento do Sistema Único de Saúde – §3º O Estado assegurará os recursos necessários aos
SUS. * Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de programas de saneamento, com vistas à expansão e
16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009 melhoramento do setor.
Parágrafo único. Garantir-se-á ao órgão coordenador pleno CAPÍTULO VII
acesso às informações junto a entidades privadas da área, DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
relativas à saúde da população.
Art. 253. O Estado promoverá o desenvolvimento científico
*Art. 249-A. Fica instituído o Fundo Estadual de Atenção e tecnológico, incentivando a pesquisa básica e aplicada, a
Secundária à Saúde, de natureza contábil e financeira, autonomia e capacitação tecnológicas e a difusão dos
destinado à manutenção dos serviços de saúde de média conhecimentos técnicos e científicos, tendo em vista o bem-
complexidade, em urgência e emergência, em atendimentos estar da população e o progresso das ciências.
móveis de urgência e emergência, de odontologia
§1º A política científica e tecnológica tem por objetivos o
especializada e de rede ambulatorial especializada.
respeito à vida e à saúde humana, o aproveitamento racional
*§1º O Fundo previsto no caput é constituído: e não predatório dos recursos naturais, a preservação e a
recuperação do meio ambiente, bem como o respeito aos
* I - por quinze por cento dos recursos a que se referem os
valores éticos e culturais.
incisos III e IV do art. 158 da Constituição Federal e os incisos
I e II do art. 198 desta Constituição; §2º As universidades e demais instituições públicas de
pesquisa devem participar do processo de formulação da
* II - por recursos depositados pelo Estado na conta
política científica e tecnológica e ser seus agentes
específica do Fundo, correspondentes a dois terços do valor
primordiais.
previsto no inciso I;
Art. 254. Compete ao Estado estabelecer uma política de
* III - por outros recursos previstos em Lei específica.
desenvolvimento científica e tecnológica que possibilite o
* §2º O Fundo Estadual de Atenção Secundária à Saúde é norteamento das prioridades de ciência e tecnologia em
subordinado à Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. consonância com as políticas regional e nacional.
* §3º O Conselho Estadual da Saúde estabelecerá a disciplina §1º A pesquisa básica receberá tratamento prioritário do
geral para a utilização dos recursos do Fundo, no Estado, tendo em vista o bem público e o progresso da
atendimento de seus objetivos, a ser formalizada por ciência.
Decreto do Governador do Estado.
§2º A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente
* §4º Outros serviços de saúde de média complexidade, para a solução dos problemas regionais e expansão do
previstos em Decreto do Governador do Estado, poderão ser conhecimento, visando o desenvolvimento do sistema
mantidos por recursos do Fundo Estadual de Atenção produtivo.
Secundária à Saúde. * Acrescido pela Emenda Constitucional
§3º O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas
nº 71, de 18 de janeiro de 2011 – D.O. 25.02.2011.
áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá, aos que
Art. 250. Toda informação ou publicidade, que atente contra deles se ocupem, meios e condições especiais de trabalho.
a saúde ou induza a consumo nocivo, deverá incluir

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§4º Será facultada às universidades e demais instituições Tecnologia. *Redação dada pela Emenda Constitucional nº
públicas de pesquisa a criação da carreira de pesquisador, a 58, de 6 de abril de 2006 – D.O. 10.04.06
ser disciplinada por lei.
*Art. 257. O Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e
Art. 255. A lei disciplinará o apoio e estímulo às empresas Inovação contribuirá, com os planos estaduais de ciência e
que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada à tecnologia, abrangendo os componentes da pesquisa
região, inovação tecnológica com competitividade científica, da pesquisa tecnológica, do desenvolvimento e da
internacional, formação e aperfeiçoamento de seus recursos inovação e indicará com precisão as formas e ações
humanos e que desenvolvam projetos integrados com prioritárias a serem empreendidas, mediante a aplicação de
universidades e institutos de pesquisa. recursos federais, estaduais, municipais ou privados.
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
*Parágrafo único. A lei instituirá incentivos ao investimento
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
e à fixação de atividades econômicas no território do Estado,
objetivando desenvolver-lhe as potencialidades e *§ 1º Os trabalhos do Conselho deverão assegurar a
observadas as peculiaridades regionais. *Acrescido pela compatibilidade das ações que resultem das pesquisas
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – científicas, das atividades tecnológicas ou de inovação, com
D.O. 24.09.2009. as metas globais de desenvolvimento econômico e social do
Estado e do País. *Redação dada pela Emenda Constitucional
*Art. 256. O Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e
nº 58, de 6 de abril de 2006 – D.O. 10.04.06.
Inovação, integrante da Secretaria da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior, será composto por representantes das §2º A dotação orçamentária para execução das atividades
entidades da sociedade civil e de organismos públicos e das instituições estaduais de pesquisa será determinada de
privados envolvidos com a educação superior, a geração e acordo com as diretrizes e prioridades estabelecidas no
aplicação do conhecimento científico e tecnológico, e com as plano e constará do orçamento geral do Estado.
consequências e impactos delas resultantes, cuja estrutura,
*§3º Compete à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino
competência e composição serão disciplinados por Lei.
Superior responsabilidade pela captação das sugestões e
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
propostas emanadas do Conselho, para inserção nos planos
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
estaduais, cuidando para que estes se articulem com os
*Parágrafo único. Caberá ao Conselho Estadual de Ciência e planos de desenvolvimento socioeconômico, científico e
Tecnologia o desempenho das seguintes funções, entre tecnológico do Estado e do País, como também com os
outras que a lei dispuser: *Redação dada pela Emenda mecanismos de fomento e demais ações de incentivos
Constitucional nº 19, de 13 de dezembro de 1994 – D. O. de promovidas pelos Governos Estadual e Federal. *Redação
22.12.1994 dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro
de 2009 – D.O. 24.09.2009
*I – dar apoio ao Governador do Estado sobre propostas,
ideias e políticas da Ciência, Tecnologia e Inovação de *Art. 258. O Estado manterá uma fundação de amparo à
relevância para o desenvolvimento da economia cearense; pesquisa, para o fomento das atividades de pesquisa
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 6 de científica e tecnológica, atribuindo-lhe dotação mínima,
abril de 2006 – D.O. 10.04.06 correspondente a dois por cento da receita tributária como
renda de sua administração privada. *Ver Lei Estadual nº
*II – realizar estudos temáticos, setoriais e prospectivos, de
11.752, de 12 de novembro de 1990 – D. O. de 14.11.90,
curto e longo prazo, cujos resultados ajudem a formular as
modificada pela Lei Estadual nº 12.077, de 1º de março de
diretrizes de política e os planos estaduais de ciência,
1993 – D. O. de 4.5.1993. *Ver Lei n° 13.297, de 7.3.2003 –
tecnologia e inovação; *Redação dada pela Emenda
D. O. de 7.3.2003.
Constitucional nº 58, de 6 de abril de 2006 – D.O. 10.04.06.
§1º A dotação prevista neste artigo será calculada sobre a
*III – (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional nº
renda obtida através de impostos e transferida em
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
duodécimos, mensalmente, no mesmo exercício.
*IV – avaliar, quando solicitado, o resultado das políticas de
§2º A despesa com pessoal da Fundação de Amparo à
ciência, tecnologia e inovação e as atividades delas
Pesquisa não poderá exceder os cinco por cento do seu
decorrentes realizadas no território cearense; *Redação
orçamento global.
dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 6 de abril de 2006
– D.O. 10.04.06. CAPÍTULO VIII
DO MEIO AMBIENTE
*V – orientar as instituições de Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D), vinculadas ao Governo Estadual, e subsidiar as demais Art. 259. O meio ambiente equilibrado e uma sadia
instituições dessa natureza situadas no território cearense, qualidade de vida são direitos inalienáveis do povo,
que apresentem propostas que contribuam para o impondo-se ao Estado e à comunidade o dever de preservá-
desenvolvimento da política estadual de Ciência e los e defendê-los.

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Parágrafo único. Para assegurar a efetividade desses XIII – fomentar o florestamento e o reflorestamento nas
direitos, cabe ao Poder Público, nos termos da lei estadual: áreas críticas em processo de degradação ambiental, bem
como em todo o território estadual;
I – manter um órgão próprio destinado ao estudo, controle
e planejamento da utilização do meio ambiente; XIV – controlar, pelos órgãos estaduais e municipais, os
defensivos agrícolas, o que far-se-á apenas mediante receita
*II – manter o Conselho Estadual do Meio Ambiente –
agronômica;
COEMA; *Ver Lei n° 13.297, de 7 de março de 2003 – D. O.
de 7.3.2003. XV – definir as áreas destinadas a reservas florestais, criando
condições de manutenção, fiscalização, reflorestamento e
III – delimitar, em todo o território do Estado, zonas
investimento em pesquisas, sobretudo na Chapada do
específicas para desapropriação, segundo critérios de
Araripe;
preservação ambiental e organizados de acordo com um
plano geral de proteção ao meio ambiente; XVI – proibir, no território do Estado, a estocagem, a
circulação e o livre comércio de alimentos ou insumos
IV – estabelecer, dentro do planejamento geral de proteção
contaminados por acidentes graves de qualquer natureza,
do meio ambiente, áreas especificamente protegidas,
ocorridos fora do Estado;
criando, através de lei, parques, reservas, estações
ecológicas e outras unidades de conservação, implantando- XVII – implantar delegacias policiais especializadas na
os e mantendo-os com os serviços públicos indispensáveis às prevenção e combate aos crimes ambientais;
suas finalidades;
XVIII – desenvolver estudos e estimular projetos, visando à
V – delimitar zonas industriais do território estadual para a utilização de fontes naturais de energia e à substituição de
instalação de parques fabris, estabelecendo-os mediante combustíveis atualmente utilizados em indústrias e veículos
legislação ordinária, vedada a concessão de subsídios ou por outros menos poluentes;
incentivos de qualquer espécie, para a instalação de novas
XIX – embargar a instalação de reatores nucleares, com
indústrias fora dessas áreas;
exceção daqueles destinados exclusivamente à pesquisa
VI – conservar os ecossistemas existentes nos seus limites científica e ao uso terapêutico, cuja localização e
territoriais, caracterizados pelo estágio de equilíbrio atingido especificação serão definidas em lei;
entre as condições físico-naturais e os seres vivos, com o fim
XX – proteger os documentos, as obras e outros bens de
de evitar a ruptura desse equilíbrio;
valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
VII – adotar nas ações de planejamento uma visão integrada paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; XXI –
dos elementos que compõem a base física do espaço; registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direito de
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu
VIII – preservar e restaurar os processos ecológicos
território, autorizadas pela União, ouvidos os Municípios.
essenciais e promover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas concomitantemente com a União e os Art. 260. O processo de planejamento para o meio ambiente
Municípios, de forma a garantir a conservação da natureza, deverá ocorrer de forma articulada entre Estado, Municípios
em consonância com as condições de habitabilidade e entidades afins, em nível federal e regional.
humana;
Parágrafo único. O Sistema Estadual de Meio Ambiente
IX – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio orientar-se-á para a recuperação, preservação da qualidade
genético do Estado e fiscalizar as entidades dedicadas à ambiental, visando ao desenvolvimento socioeconômico,
pesquisa e manipulação de material genético, no âmbito dentro de parâmetros a serem definidos em lei ordinária que
estadual e municipal; assegurem a dignidade humana e a proteção à natureza.
X – controlar a produção, a comercialização e o emprego de Art. 261. Os resíduos líquidos, sólidos, gasosos ou em
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para qualquer estado de agregação de matéria, provenientes de
a vida e o meio ambiente; atividades industriais, comerciais, agropecuárias,
domésticas, públicas, recreativas e outras, exercidas no
XI – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as
Estado do Ceará, só poderão ser despejados em águas
práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
interiores ou costeiras, superficiais ou subterrâneas
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais
existentes no Estado, ou lançadas à atmosfera ou ao solo, se
a crueldade, fiscalizando a extração, captura, produção,
não causarem ou tenderem a causar poluição.
transporte, comercialização e consumo de seus espécimes e
subprodutos; Art. 262. Será prioritário o uso de gás natural por parte do
sistema de transporte público.
XII – proteger o meio ambiente e combater a poluição em
qualquer de suas formas; *Art. 263. O Estado e os Municípios deverão promover
educação ambiental em todos os níveis de ensino, com vistas
à conscientização pública da preservação e recuperação do
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meio ambiente. *Redação dada pela Emenda Constitucional VIII – articulação com órgãos federais e municipais para a
nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. criação, a curto, médio e longo prazos, de mecanismos para
resgatar as espécies em extinção da fauna e da flora;
*Art. 264. Qualquer obra ou atividade pública ou privada,
para as quais a Superintendência Estadual do Meio Ambiente IX – fiscalização, conjuntamente com a União e Municípios,
– SEMACE, exigir Estudo de Impacto Ambiental, deverá ter o objetivando a efetiva proteção da flora e da fauna;
parecer técnico apreciado pelo Conselho Estadual do Meio
X – instalação, em cada Município, de órgão auxiliar dos
Ambiente – COEMA, com a publicação da resolução,
órgãos federais e estaduais, na preservação da ecologia e do
aprovada ou não, publicada no Diário Oficial do Estado.
meio ambiente; e
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 14 de
dezembro de 1991 – D. O. de 21.12.1991. XI – proibição de desmatamentos indiscriminados, bem
como de queimadas criminosas e derrubadas de árvores
*§1º A lei estabelecerá os tipos de obra ou atividades que
para madeira ou lenhas, punindo-se o infrator, na forma da
podem ser potencialmente causadoras de significante
lei.
degradação do meio ambiente e/ou que comportem risco à
vida e à qualidade de vida, e disporá sobre o Conselho Art. 266. O zoneamento ecológico-econômico do Estado
Estadual do Meio Ambiente, órgão subordinado diretamente deverá permitir:
ao Governador do Estado, em que é garantida a participação
I – áreas de preservação permanente;
da comunidade através das entidades representativas de
classe de profissionais de nível superior das áreas de II – localização de áreas ideais para a instalação de parques,
engenharia, arquitetura, agronomia, biologia, medicina e florestas, estações ecológicas, jardins botânicos e hortos
direito. *Ver Lei n° 13.297, de 7 de março de 2003 – D. O. de florestais ou quaisquer unidades de preservação estaduais
7.3.2003. §2º Só será licitada, aprovada ou executada a obra ou municipais;
ou atividade, cujo relatório conclusivo do estudo prévio de
III – localização de áreas com problemas de erosão, que
que trata o caput deste artigo, apreciado pelo Conselho
deverão receber especial atenção dos governos estadual e
Estadual do Meio Ambiente, for favorável à licitação,
municipal;
aprovação ou execução.
IV – localização de áreas ideais para o reflorestamento.
Art. 265. A política de desenvolvimento urbano, executada
pelos Poderes Públicos Estadual e Municipal, adotará, na Art. 267. As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente
forma da lei estadual, as seguintes providências: sujeitarão os infratores a sanções administrativas na forma
determinada pela lei.
*I – desapropriação de áreas destinadas à preservação dos
mangues, lagoas, riachos e rios da Região Metropolitana de Art. 268. A irrigação deverá ser desenvolvida em harmonia
Fortaleza e do Cariri e de outras que venham a ser criadas, com a política de recursos hídricos e com os programas de
vedadas nas áreas desapropriadas construções de qualquer conservação do solo e da água.
espécie, exceção feita aos polos de lazer, sem exploração
Art. 269. Na formulação de sua política energética, o Estado
comercial; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº
dará especial ênfase aos aspectos de preservação do meio
65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009
ambiente, utilidade social e uso racional dos recursos
II – desapropriação de áreas definidas em lei estadual, disponíveis, obedecendo às seguintes prioridades:
assegurando o valor real da indenização;
I – redução da poluição ambiental, em especial nos projetos
III – garantia, juntamente com o Governo Federal, de destinados à geração de energia elétrica;
recursos destinados à recomposição da fauna e da flora em
II – poupança de energia, mediante aproveitamento mais
áreas de preservação ecológica;
racional e uso mais consciente;
IV – proibição da pesca em açudes públicos, rios e lagoas, no
III – maximização do aproveitamento de reservas energéticas
período de procriação da espécie;
existentes no Estado; e IV – exploração dos recursos naturais
V – proibição a indústrias, comércio, hospitais e residências renováveis e não renováveis com fins energéticos, que
despejarem, nos mangues, lagos e rios do Estado, resíduos deverão ser administrados por empresas do Estado ou sob
químicos e orgânicos não tratados; seu controle.
VI – proibição da caça de aves silvestres no período de Art. 270. O Estado estabelecerá um plano plurianual de
procriação, e, a qualquer tempo, do abate indiscriminado; saneamento, com a participação dos Municípios,
determinando diretrizes e programas, atendidas as
VII – proibição do uso indiscriminado de agrotóxicos de
particularidades das bacias hidrográficas e os respectivos
qualquer espécie nas lavouras, salvo produtos liberados por
recursos hídricos. Art. 271. Cabe ao Estado e aos Municípios
órgãos competentes;
promover programas que assegurem, progressivamente, os
benefícios do saneamento à população urbana e rural.

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CAPÍTULO IX I – combate a conceitos discriminatórios e estereotipados do


DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO IDOSO E papel do homem e da mulher contidos nos livros didáticos,
DA MULHER nos programas e nos métodos de ensino, como forma de
estímulo à educação mista;
*Art. 272. É dever da família, da sociedade e do Estado
promover ações que visem assegurar à criança e ao II – igualdade de oportunidades, acesso à educação
adolescente, com prioridade, o direito à vida, à saúde, à complementar, inclusive a programas de alfabetização
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à funcional e de adultos;
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
III – orientação vocacional e a capacitação profissional com
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
acesso a qualquer nível de estudo, tanto nas zonas urbanas
forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
como nas rurais;
crueldade e opressão. *Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. IV – redução de taxas de evasão e organização de programas
24.09.2009 para continuação dos estudos das jovens mulheres que os
tenham abandonado prematuramente;
Parágrafo único. As diretrizes orçamentárias e os
orçamentos anuais do Estado consignarão, entre as V – oportunidade de participação ativa nos esportes e
prioridades da administração pública, metas e indicação de educação física;
recursos necessários para os programas de duração
VI – adoção de outras medidas com vistas a reduzir, com a
continuada, em benefício das pessoas portadoras de
maior brevidade, a diferença de conhecimentos entre o
deficiência, menores carentes e idosos.
homem e a mulher no Estado do Ceará.
Art. 273. Toda entidade pública ou privada que inclua o
*Art. 277. O Conselho Cearense dos Direitos da Mulher,
atendimento à criança e ao adolescente, inclusive os órgãos
órgão que objetiva propor medidas e ações que possibilitem
de segurança, têm por finalidade prioritária assegurar-lhes
o exercício dos direitos da mulher e sua participação no
os direitos fundamentais.
desenvolvimento social, político, econômico e cultural do
*Parágrafo único. As empresas privadas que absorvam Estado do Ceará, será consultado com prioridade e
contingentes de até cinco por cento de deficientes no seu obrigatoriamente, quando da elaboração de políticas
quadro funcional gozarão de incentivos fiscais de redução de públicas, a ela referentes em todas as instâncias da
um por cento no ICMS. *Suspenso por medida cautelar administração estadual. *Ver Lei n° 13.297, de 7 de março de
deferida pelo STF na ADIN nº 429-8, aguardando julgamento 2003 – D. O. de 7.3.2003.
do mérito. Ver ADIN n° 429-w8 no Anexo I. *Julgado
*Parágrafo único. O Conselho Cearense dos Direitos da
inconstitucional. Acordão DJ. 30.10.2014. Ver ADIN n° 429-8
Mulher gozará de autonomia financeira e administrativa.
no Anexo I.
*Ver Lei n° 13.297, de 7de março de 2003 – D. O. de 7.3.2003.
Art. 274. A criança e o adolescente têm o direito de viver e
Art. 278. As crianças e os adolescentes respeitados em sua
de ser educados na sua família natural e, excepcionalmente,
dignidade, liberdade e consciência, gozarão da proteção
em uma família substituta.
especial do Estado e da sociedade, na forma da lei.
Art. 275. O Estado tomará as medidas que visem a assegurar
Art. 279. O Estado deverá assumir, prioritariamente, o
o pleno desenvolvimento e progresso da mulher, com o
amparo e a proteção às crianças e adolescentes em situação
objetivo de garantir-lhe o exercício e o gozo dos direitos
de risco, zelando para que os programas atendam às
humanos e liberdades fundamentais, em igualdade com o
características culturais e socioeconômicas locais. Parágrafo
homem.
único. São consideradas em situação de risco crianças e
Art. 276. O Estado criará mecanismos que garantam uma adolescentes:
educação não diferenciada para ambos os sexos, desde as
I – privados das condições essenciais de sobrevivência no
primeiras séries escolares, de forma a propiciar a formação
que concerne à alimentação, higiene, saúde, moradia e
de cidadãos conscientes de igualdade de direitos e
educação obrigatória;
oportunidades entre homens e mulheres.
II – explorados profissionalmente no mundo do trabalho;
*§1º O Conselho Cearense dos Direitos da Mulher – CCDM
terá assento no Conselho de Educação do Ceará. *Ver Lei n° III – envolvidos em atividades ilícitas como: roubo, tráfico de
13.297, de 7 de março de 2003 – D. O. de 7.3.2003. drogas, mendicância e prostituição;
§2º Será implantado, dentro da estrutura organizacional da IV – forçados a fazerem da rua o seu espaço de trabalho e
Secretaria de Educação do Estado, o setor Mulher e habitação; V – envolvidos com o uso de drogas;
Educação, destinado a tomar, juntamente com o CCDM,
VI – confinados em instituições. Art. 280. A redução das taxas
medidas apropriadas para garantir a igualdade de direitos da
de mortalidade infantil até índices aceitáveis pela
mulher, tais como:

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Organização Mundial de Saúde será considerada prioritária 1° de outubro de 2003 – D. O. U. 3.10.2003. (Estatuto do
dentre todas as políticas governamentais. Idoso).
*Art. 281. A família, a sociedade e o Poder Público têm o I – atendimento preferencial em seus postos de saúde,
dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua estabelecimentos de crédito, e quaisquer órgãos da
participação na comunidade, defendendo sua dignidade, administração pública direta e indireta;
bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. *Ver Lei Federal
II – assistência médica, odontológica e social;
n°10.741, de 1° de outubro de 2003 – D. O. U. 3.10.2003.
(Estatuto do Idoso). *III – proteção contra a violência, através de órgãos
especializados da Secretaria de Segurança Pública; *Ver Lei
*§1º Os programas de amparo aos idosos serão executados
n° 13.297, de 7 de março de 2003 – D. O. de 7.3.2003. IV –
preferencialmente em seus lares. *Ver Lei Federal n°10.741,
programas preventivos contra o envelhecimento precoce.
de 1° de outubro de 2003 – D. O. U. 3.10.2003. (Estatuto do
Idoso). Art. 285. O Poder Público assegurará aos idosos e às pessoas
portadoras de deficiência:
*§2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a
gratuidade dos transportes coletivos urbanos. *Ver Lei I – acesso aos serviços de saúde com atendimento
Federal n°10.741, de 1° de outubro de 2003 – D. O. U. humanitário, especializado e integrado, inclusive a
3.10.2003. (Estatuto do Idoso). distribuição de medicamentos, próteses, órteses e
implementos aos idosos e deficientes carentes;
*Art. 282. O idoso terá direito à saúde, à proteção, à
assistência social, ao trabalho, à educação, ao lazer, à justiça II – alfabetização;
e à vida coletiva. *Ver Lei Federal n°10.741, de 1° de outubro
III – acesso aos cursos de extensão universitária,
de 2003 – D. O. U. 3.10.2003. (Estatuto do Idoso)
proporcionando-lhes formas de relacionamento social;
§1º Para assegurar a efetividade desses direitos, incumbe ao
IV – programas culturais que viabilizem e estimulem sua
poder público:
participação e integração na comunidade;
I – adotar medidas para garantir ao idoso sua participação na
V – assistência domiciliar ao idoso carente e abandonado.
comunidade;
*VI – acesso adequado aos logradouros e edifícios públicos.
II – implementar uma política social para idosos em todo o
*Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de
Estado;
setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009. Parágrafo único. O
III – criar organismo responsável pela coordenação de Poder Público dispensará apoio técnico-social e financeiro e
programas destinados às pessoas idosas no âmbito estadual material às entidades sociais filantrópicas de utilidade
e municipal. pública, devidamente legalizadas com mais de cinco anos de
serviço.
§2º Constarão, obrigatoriamente, no orçamento anual do
Estado, dotações para entidades sem fins lucrativos, Art. 286. O planejamento familiar é livre decisão do casal,
devidamente cadastradas e dedicadas ao amparo e competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e
assistência à terceira idade. Art. 283. Para estimular a científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer
confecção e comercialização de aparelhos de fabricação forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou
alternativa para as pessoas portadoras de deficiência, o privadas.
Estado concederá:
Art. 287. O Estado respeitará e fará respeitar os direitos,
I – subsídios financeiros à pesquisa; bens materiais, crenças, tradições e garantias reconhecidas
aos índios pela Constituição da República.
II – orientação técnica através de órgãos específicos do
Estado ou por este indicado; §1º O órgão do Ministério Público designará um de seus
membros para, em caráter permanente, dar assistência
*III – isenção de cem por cento do ICMS; *Suspenso por
jurídica e judiciária aos índios do Estado, suas comunidades
medida cautelar deferida pelo STF na ADIN nº 429-8 –
e organizações, nos termos do art. 232 da Constituição da
aguardando julgamento do mérito. Ver ADINn° 429-8 no
República.
Anexo I. *Julgado inconstitucional. Acordão DJ. 30.10.2014.
Ver ADIN n° 429-8 no Anexo I. IV – apoio de planejamento §2º O Estado proporcionará aos índios de seu território,
técnico, implantação e acompanhamento desses desde que lhe seja solicitado por suas comunidades e
empreendimentos incentivados pelo Estado. organizações, e sem interferir em seus hábitos, crenças e
costumes, assistência técnica e meios de sobrevivência e de
*Art. 284. O Estado assegurará ao maior de sessenta e cinco
preservação física e cultural.
anos: *Regulamentado pela Lei nº 12.231, de 9 de dezembro
de 1993 – D. O. de 17.12.1993. *Ver Lei Federal n°10.741, de

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CAPÍTULO X VIII – a garantia de participação dos deficientes através de


DA POLÍTICA URBANA seus movimentos representativos, em sua feitura, bem
como no acompanhamento de sua execução.
Art. 288. A política urbana, executada pelo Poder Público
Municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por Art. 291. Nas diretrizes e normas relativas ao
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções desenvolvimento urbano, o Estado e os Municípios
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. assegurarão:
Art. 289. A execução da política urbana está condicionada ao I – regularização dos loteamentos irregulares, inclusive os
direito de todo cidadão a moradia, transporte público, clandestinos, abandonados ou não titulados;
saneamento, energia elétrica, gás, abastecimento,
II – preservação das áreas de exploração agrícola e pecuária
iluminação pública, comunicação, educação, saúde, lazer e
e o estímulo a essas atividades primárias;
segurança.
III – criação de áreas de especial interesse urbanístico, social,
Parágrafo único. A propriedade urbana cumpre sua função
ambiental e turístico e de utilidade pública;
social, quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade, expressas no plano diretor. IV – livre acesso especialmente aos deficientes a edifícios
públicos e particulares de frequência aberta ao público, a
Art. 290. O plano diretor do Município deverá conter:
logradouros públicos e ao transporte coletivo, mediante a
I – a delimitação de áreas destinadas à implantação de eliminação de barreiras arquitetônicas e ambientais e a
atividades com potencial poluidor hídrico e atmosférico, que adaptação dos meios de transporte.
atendam aos padrões de controle de qualidade sanitária
Art. 292. O imposto progressivo, a contribuição de melhoria
estadual;
e a edificação compulsória não poderão incidir sobre terreno
II – a delimitação de áreas destinadas à habitação popular, de até duzentos e cinquenta metros quadrados, destinado à
que atenderão aos seguintes critérios: moradia do proprietário que não tenha outro imóvel urbano
ou rural.
a) contiguidade à área de rede de abastecimento de água e
energia elétrica, no caso de conjuntos habitacionais; Art. 293. As limitações do direito de construir e o
condicionamento ao uso do solo urbano serão especificados,
b) localização acima da cota máxima de cheias;
exclusivamente, em lei.
c) declividade inferior a trinta por cento, salvo se inexistirem
§1º Excetuadas as edificações de preservação histórica,
no perímetro urbano áreas que atendam a este requisito,
declaradas por lei, as restrições ao direito de construir e ao
quando será admitida uma declividade de até cinquenta por
uso do solo urbano permitirão, no mínimo, a possibilidade
cento, desde que sejam obedecidos padrões especiais de
de duas categorias de construção no imóvel e de uso do solo
projetos, a serem definidos em lei estadual;
urbano, estabelecidos no plano diretor da cidade de que
III – a identificação das áreas urbanas para o atendimento ao trata o art. 182 da Constituição Federal.
disposto no art. 182 § 4º da Constituição Federal;
§2º A petição, para fins de aprovação de projetos de
IV – o estabelecimento de parâmetros máximos para edificações e licenças de obras, somente será passível de
parcelamento do solo e para a edificação, que assegurem o indeferimento por infringência a dispositivos legais ou a
adequado aproveitamento do solo; decretos regulamentares, nos limites autorizados por lei e no
prazo contemplado no art. 7º, § 2º desta Constituição, não
V – as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais,
servindo de fundamentação normas contidas em portarias,
consignando prioridades da administração pública, metas e
resoluções ou instruções administrativas.
indicação de recursos necessários para os programas de
duração continuada, em beneficio das pessoas portadoras Art. 294. Para assegurar as funções sociais da propriedade, o
de deficiência, menores carentes e idosos; Poder Público usará, principalmente, os seguintes
instrumentos:
VI – a eliminação das barreiras arquitetônicas em
logradouros e edifícios de uso público extensivo aos I – imposto progressivo sobre imóvel;
terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, aeroviários
II – desapropriação por interesse social ou utilidade pública,
e portuários, bem como aos veículos de transporte coletivo;
com prévia e justa indenização em dinheiro;
VII – a exigência, para a liberação de toda e qualquer obra
III – discriminação de terras públicas destinadas,
pública, de estrita observância das necessidades e dos
prioritariamente, a assentamentos de pessoas de baixa
direitos das pessoas deficientes ao acesso a banheiros
renda; e
adaptados e rampas, com indicação em braile ou altorrelevo;
IV – inventário, registros, vigilância e tombamentos de
imóveis.

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Art. 295. As terras devolutas, patrimônio do Estado, somente IV – equipamento educacional, de saúde e de lazer.
poderão ser utilizadas para:
Art. 302. O transporte sob responsabilidade do Estado,
I – áreas de reserva ecológica e de proteção ao meio localizado no meio urbano, deve ser planejado e operado de
ambiente; acordo com a política de transporte dos Municípios e do
plano diretor.
II – projetos de reforma agrária; e
Art. 303. Compete ao Estado o controle dos serviços de
III – loteamentos populares.
transportes intermunicipais de passageiros, incluindo-se o
Parágrafo único. É obrigação do Estado e dos Municípios estabelecimento de linhas, concessões, tarifas e fiscalização
manter os cadastros de suas terras atualizados. do nível de serviço apresentado.
Art. 296. É facultado ao Poder Público Municipal, mediante Art. 304. Na elaboração dos respectivos orçamentos e dos
lei específica para a área incluída no plano diretor, exigir, nos planos plurianuais, o Estado e os Municípios deverão prever
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não as dotações necessárias ao cumprimento do disposto neste
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu Capítulo.
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
Art. 305. Para a elaboração do projeto do plano diretor do
I – parcelamento ou edificação compulsórios; município, o órgão técnico municipal realizará zoneamento
ambiental, compreendido como ambiente natural e social,
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana,
que norteará o parcelamento, uso e ocupação do solo, as
progressivo no tempo; e
construções e edificações, visando conjuntamente à
III – desapropriação, com pagamento mediante título da melhoria do desempenho das funções sociais urbanas, da
dívida pública de emissão previamente aprovada pelo qualidade de vida e preservação do meio ambiente, na forma
Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em da lei.
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
Art. 306. Na elaboração do plano de uso e ocupação do solo
da indenização e os juros legais.
e do de transporte, bem como na gestão dos serviços
Art. 297. A Lei Orgânica dos Municípios definirá as áreas públicos, o Poder Municipal deverá buscar a aprovação do
destinadas à criação do cinturão verde, para a produção de Legislativo e a participação da comunidade, através de suas
hortifrutigranjeiros pelas comunidades periféricas. entidades representativas.
Art. 298. Para assegurar a todos os cidadãos o direito de Art. 307. O não cumprimento das normas estabelecidas
moradia, fica o Poder Público obrigado a formular políticas neste capítulo implicará na imputação de responsabilidade
habitacionais que permitam: civil e penal da autoridade omissa.
I – acesso a programas públicos de habitação ou a Art. 308. Fica assegurado o amplo acesso da população às
financiamento público para aquisição ou construção de informações sobre planos de uso e ocupação do solo, de
habitação própria; e transporte e gestão dos serviços públicos.
II – assessoria técnica à construção da casa própria. CAPÍTULO XI
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA
Art. 299. A execução da política habitacional do Estado será
realizada por órgão estadual responsável pela: *Art. 309. O Estado disporá, por lei, sobre o planejamento da
política agrícola, ouvidos os proprietários, parceiros,
I – elaboração do programa de construção de moradias
posseiros, arrendatários e trabalhadores rurais, com os
populares e saneamento básico;
seguintes objetivos principais: *Redação dada pela Emenda
II – avaliação e aprimoramento de soluções tecnológicas Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
para problemas habitacionais. 24.09.2009
Art. 300. Cabe ao Poder Público garantir a destinação de *I – propiciar o aumento da produção e da produtividade,
recursos orçamentários para a implantação de habitação de bem como a ocupação estável do campo; e *Acrescido pela
interesse da população de baixa renda. Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
D.O. 24.09.2009.
Art. 301. Cabe ao Estado e aos Municípios garantir a
implantação dos serviços, de equipamentos e infraestrutura *II – orientar a utilização racional de recursos naturais de
básica, visando à distribuição equilibrada e proporcional à forma sustentável, compatível com a preservação do meio
concentração e à densidade populacional, tais como: ambiente, especialmente quanto à proteção e conservação
do solo e da água. * Acrescido pela Emenda Constitucional
I – rede de água e esgoto;
nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
II – energia e sistema telefônico;
Art. 310. A assistência técnica e a extensão rural serão
III – sistema viário e transporte; e organizadas em níveis estadual e municipal.
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§1º A política de assistência técnica e de extensão rural I – criar mecanismos especiais de crédito, com juros
promoverá a capacitação do produtor rural, visando à subsidiados e programas de assistência e de extensão rural;
melhoria de suas condições de vida e das de suas famílias,
II – assegurar a comercialização da produção; e
observados:
III – criar fundo ou seguro para indenizar a produção dos
I – a difusão de tecnologia agrícola e de administração rural;
trabalhadores rurais, em caso de seca.
II – o apoio à organização do produtor rural;
Art. 314. O Estado, nas áreas de assentamento, garantirá,
*III – a informação de medidas de caráter econômico, social, gratuitamente, o ensino fundamental e o atendimento de
ambiental e de política agrícola; * Redação dada pela saúde.
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
Art. 315. O Estado, através do órgão competente, mediante
D.O. 24.09.2009
ação discriminatória, promoverá o levantamento geral de
IV – a difusão de conhecimentos sobre saúde, alimentação e suas terras devolutas, nelas assentando os trabalhadores
habitação; rurais sem terra, compreendidos os posseiros, arrendatários,
subarrendatários, parceiros e assalariados permanentes e
V – a orientação do uso racional dos recursos naturais; e
temporários.
*VI – a diversificação e rotação de culturas. * Acrescido pela
§1º Os projetos de assentamento serão executados por
Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 –
órgão específico, com a participação na deliberação de
D.O. 24.09.2009.
entidades representativas de trabalhadores rurais, como
§2º A assistência técnica e a extensão rural de órgãos sindicatos e associações correlatas.
públicos devem voltar-se prioritariamente para os pequenos
§2º Os órgãos estaduais encarregados da política agrícola do
produtores, adequando os meios de produção aos recursos
Estado devem determinar um percentual de suas verbas
e condições técnicas e socioeconômicas do produtor rural.
para o desenvolvimento das áreas de assentamento.
Art. 311. O Estado apoiará as organizações dos produtores
Art. 316. A política fundiária do Estado do Ceará tem como
rurais, especialmente dos pequenos e médios, e disporá de
base:
um plano estadual de produção e abastecimento, que será
elaborado na forma da lei pelo órgão estadual de I – democratização do acesso à terra, promovendo
planejamento agrícola. redistribuição fundiária, para a solução dos problemas
sociais no campo;
§1º O Poder Público Estadual prestará assistência obrigatória
ao pequeno produtor, adotará medidas de valorização e II – indisponibilidade de terras públicas, inclusive devolutas,
defesa da economia rural, simplificando as exigências necessárias à construção de reservas florestais;
burocráticas, para fins de empréstimos em bancos oficiais,
III – alienação aos ocupantes, com base em procedimento
bem como proporcionará a distribuição de sementes
discriminatório, envolvendo critérios, tais como o grau e a
selecionadas, implementos agrícolas, adubos e defensivos.
forma de utilização da terra, as relações de trabalho, a
§2º A lei disporá sobre a criação do Fundo de Eletrificação preservação dos recursos naturais, a dimensão da gleba, a
Rural do Estado do Ceará. localização, os recursos hídricos, que definirão o próprio
valor da terra, para efeito de compra e venda;
Art. 312. O Estado apoiará e estimulará o cooperativismo e
associativismo como forma de desenvolvimento IV – redistribuição de setenta e cinco por cento das terras
socioeconômico dos trabalhadores rurais e urbanos, em públicas, devolutas, arrecadadas, preferencialmente aos
especial nos assentamentos para fins de reforma agrária e trabalhadores sem terra ou aos que só tenham o local de
urbana, bem como estimulará mecanismos de produção, moradia, organizados em associações de trabalhadores;
consumo, serviços, crédito e educação, cooperados e
V – lei de terras, com observância da escala de prioridade, de
associados, nas áreas rurais e urbanas como formas de
acordo com os seguintes princípios:
desenvolvimento preferencial.
a) outorga de título de domínio, ou de concessão de uso aos
Parágrafo único. O Estado destinará, entre outros recursos,
beneficiários de terras devolutas, a uma ou mais pessoas ou
percentual definido por lei dos tributos, recolhidos pelas
grupos organizados;
cooperativas e associações para a constituição do Fundo de
Desenvolvimento, Fomento e Educação para a Cooperação e *b) as terras públicas, inclusive as devolutas, apuradas
Associação. através de arrecadação sumária ou de processo
discriminatório administrativo ou judicial, destinadas a
Art. 313. Para assegurar a efetividade dos projetos de
projetos de assentamento ou reassentamento, ou ainda as
assentamento e beneficiar os trabalhadores rurais, incumbe
regularizações fundiárias terão suas titulações concedidas
ao Estado:
pela entidade integrante da Administração Pública Estadual,
responsável pela política fundiária do Estado do Ceará,
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independentemente de prévia autorização legislativa, b) crédito;


estabelecido o limite máximo de 200ha (duzentos hectares)
c) assistência técnica e extensão rural;
de terras, por beneficiário, ainda que parceladamente;
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 6 de d) preços mínimos, compatíveis com os custos da produção,
agosto de 1996 – D. O. de 19.8.1996. em complementação à política federal; e
*c) garantia de simplificação dos procedimentos e) garantia de comercialização, principalmente através de
administrativos, quando a área envolvida, adquirida para estreitamento dos laços entre produtores e consumidores
projetos de assentamento ou de reassentamento de organizados, como também pela compra de produtos para
trabalhadores rurais, ligados à associação ou à entidade de distribuição à população carente dentro de programas
representação de classe, tiver dimensão igual ou inferior a específicos;
quinze módulos fiscais. *Redação dada pela Emenda
IV – organização do abastecimento alimentar, visando a:
Constitucional nº 26, de 6 de agosto de 1996 – D. O. de
19.8.1996 a) apoio a programas regionais e municipais de
abastecimento popular;
Art. 317. A política agrícola do Estado será planejada e
executada na forma da lei, com a participação efetiva dos b) estímulo à organização de consumidores em associações
setores de produção, envolvendo produtores e de consumo ou em outros modos não convencionais de
trabalhadores rurais, e setores de comercialização, comercialização de alimentos, tais como os sistemas de
armazenamento e de transportes, com base nos seguintes compras comunitárias, diretamente dos produtores;
princípios:
c) distribuição de alimento a preços diferenciados, dentro de
I – preservação e restauração ambiental, mediante: programas especiais;
a) controle de uso de agrotóxico; d) articulação de órgãos federais, estaduais e municipais
responsáveis pela implementação de programas de
b) uso de tecnologias adequadas ao manejo do solo;
abastecimento e alimentação; e
c) exploração integrada e diversificada dos estabelecimentos
e) manutenção e acompanhamento técnico-operacional de
agrícolas, objetivando uma racional utilização dos recursos
feiras livres e feiras de produtores;
naturais;
V – incentivo à exploração integrada e diversificada dos
d) controle biológico das pragas;
estabelecimentos produtivos como forma de minimizar
e) reflorestamento diversificado com espécies nativas, preços de insumos e produtos agrícolas, além de lhes
principalmente nas encostas e cabeceiras de rios; proporcionar sua exploração mais racional;
f) critérios no processo de ocupação e utilização do solo; VI – apoio ao pescador artesanal, objetivando:
g) preservação e recuperação dos manguezais; a) melhorar as condições técnicas para o exercício da sua
atividade;
h) garantia do equilíbrio ecológico;
b) estimular sua organização em colônias ou em projetos
II – adoção dos seguintes programas regionalizados,
específicos, buscando eliminar os laços de dependência que
priorizando as peculiaridades socioeconômicas e climáticas:
lhe têm comprometido a renda e sua condição como
a) eletrificação rural; pescador artesanal; e
b) irrigação; c) regularizar as posses dos pescadores, ameaçados pela
especulação imobiliária;
c) incentivo à pesquisa e difusão de tecnologia;
VII – elaboração de programas de construção de moradia e
d) política educacional, currículos e calendários escolares; e
melhoria das condições habitacionais e de saneamento
e) infraestrutura de produção e comercialização; básico da população rural, para fixação do homem no
campo;
f) modalidades de crédito, com preferência para os
pequenos e miniprodutores rurais; VIII – fomento à criação de cursos formais e informais para
formação de técnicos agrícolas para atender às diversas
III – fomento à produção agropecuária, para apoio aos
regiões socioeconômicas do Estado, com currículo e
pequenos produtores, assistência aos trabalhadores e
calendário escolares compatíveis com as necessidades de
estímulo à produção alimentar destinada ao mercado
cada microrregião;
interno, assegurando aos produtores organizados em
cooperativas ou associações: IX – adequação da política creditícia, buscando sua definição
através dos seguintes mecanismos:
a) infraestrutura de produção e comercialização;

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a) garantia de concessão direta de crédito rural a posseiros e bem como a instalação de sistemas irrigatórios, com
arrendatários; prioridade para as populações mais assoladas pelas secas; e
b) atribuição de prioridade ao crédito rural para III – o aproveitamento das reservas subterrâneas,
investimento e custeio, levando em consideração as contribuindo para minorar o flagelo das secas.
necessidades apuradas em função da integração global das
§1º Os grandes proprietários beneficiados em decorrência
atividades produtivas existentes na propriedade, sem sua
de investimentos públicos contra as secas deverão, através
vinculação a uma cultura especifica;
de contribuição de melhoria, compensar o custo das obras
c) prioridade de recursos de investimentos para a agricultura realizadas, na forma estabelecida na lei.
alimentar, principalmente para os produtores que lidam
§2º O Estado apresentará, periodicamente, relatório à União
prioritariamente com a força do trabalho familiar;
para mantê-la atualizada e capacitada a atender a regiões
d) não concessão de crédito a estabelecimentos e projetos atingidas pelas secas, conforme o disposto no art. 21, XVIII
que não atendam às recomendações para a preservação do da Constituição Federal.
meio ambiente;
§3º Os serviços de mobilização populacional nos períodos de
e) criação de mecanismos que proíbam a urbanização de seca deverão concentrar-se, prioritariamente, em obras de
lagoas, rios e mangues; aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de
água represadas ou em regiões de baixa renda.
X – assistência creditícia às cooperativas, que detenham no
seu quadro social, mais de cinquenta por cento de pequenos §4º O Estado aproveitará os recursos que lhe sejam
e miniprodutores rurais, com utilização do Fundo de repassados pela União, conforme indicação prioritária
Desenvolvimento do Cooperativismo; consubstanciada no art. 43, § 3º da Constituição Federal, em
trabalhos de recuperação de terras áridas, cooperando com
XI – coordenação dos órgãos regionais de desenvolvimento
os pequenos e médios proprietários rurais para a
e das suas atividades no Estado;
implantação em suas glebas de fontes de água e de irrigação
XII – promoção de gestões junto ao sistema nacional de de pequeno porte.
seguro agrícola, a fim de garantir a sua concessão de
*§5° Na articulação com a União, quando da exploração dos
exploração prioritariamente às associações de seguro, no
serviços e instalações de energia elétrica, e do
âmbito do Estado, objetivando a implementação de uma
aproveitamento energético dos cursos de água em seu
política estadual neste setor;
território, o Estado levará em conta os usos múltiplos e o
XIII – destinação de recursos orçamentários a serem controle das águas, a drenagem, a correta utilização das
aplicados para as seguintes prioridades: várzeas, a flora e a fauna aquática e a preservação do meio
ambiente. * Acrescido pela Emenda Constitucional nº 65, de
a) criação e apoio aos assentamentos de trabalhadores rurais
16 de setembro de 2009 – D.O. 24.09.2009.
sem terra;
*§6° A proteção das águas deverá ser considerada na
b) produção de alimento para o mercado interno pelos
elaboração de normas legais relativas a florestas, caça,
pequenos e miniprodutores rurais;
pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e
c) pesquisa e assistência técnica procurando atender às demais recursos naturais e ao meio ambiente. * Acrescido
peculiaridades regionais; e pela Emenda Constitucional nº 65, de 16 de setembro de
2009 – D.O. 24.09.2009.
d) criação e apoio às associações de trabalhadores rurais.
Parágrafo único. Lei ordinária disporá sobre a execução do Art. 320. Constarão das leis orgânicas municipais disposições
estabelecido neste artigo. relativas ao uso, à conservação, à proteção e ao controle dos
recursos hídricos, superficiais e subterrâneos, no sentido:
Art. 318. O Estado e os Municípios têm o dever de preservar
as águas e promover seu racional aproveitamento. I – de serem obrigatórias a conservação e a proteção das
águas e a inclusão, nos planos diretores municipais, de áreas
Art. 319. O Estado, mediante convênio com os Municípios e
de preservação daquelas utilizáveis para abastecimento das
a União, conjugará recursos para viabilização dos programas
populações;
de desenvolvimento para aproveitamento social das
reservas hídricas, compreendendo: II – do zoneamento de áreas inundáveis, com restrições à
edificação naquelas sujeitas a inundações frequentes;
I – o fornecimento de água potável e de saneamento básico
em todo o aglomerado urbano com mais de mil habitantes, III – da manutenção da capacidade de infiltração do solo,
observados os critérios de regionalização da atividade para evitar inundações;
governamental e a correspondente alocação de recursos;
IV – da implantação de sistema de alerta e defesa civil, para
II – a expansão do sistema de represamento de águas com garantir a segurança e a saúde públicas, quando da
edificação, nas jusantes de açudes públicos, de barragens, ocorrência de secas, inundações e de outros eventos críticos;
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V – da implantação de matas ciliares, para proteger os corpos *§2º Os proprietários de terras contíguas aos espelhos
de água; d’água de açudes e canais hídricos construídos com
participação do Estado, ou totalmente públicos, ficarão
VI – do condicionamento e aprovação prévia, por organismos
obrigados a estabelecer servidões com a finalidade de
estaduais de controle ambiental e de gestão de recursos
coletivizar o uso da água. *Acrescido pela Emenda
hídricos, dos atos de outorga, pelos Municípios, a terceiros,
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
de direitos que possam influir na qualidade ou quantidade
24.09.2009.
das águas, superficiais e subterrâneas; e
Art. 326. A administração manterá atualizado o plano
VII – da implantação de programas permanentes de
estadual de recursos hídricos e instituirá, por lei, seu sistema
racionalização do uso das águas para abastecimento público,
de gestão, congregando organismos estaduais e municipais
industrial e para irrigação.
e a sociedade civil e assegurará recursos financeiros e
Art. 321. O Governo do Estado deverá instituir incentivos e mecanismos institucionais necessários para garantir:
prover outros meios para assegurar viabilização e o
I – a utilização racional das águas superficiais e subterrâneas;
desenvolvimento da agricultura irrigada, bem como
estimular a introdução de culturas nobres, conforme II – o aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos e o
regulamentação em lei ordinária. rateio dos custos das respectivas obras na forma da lei;
Art. 322. Fica criado o Conselho Estadual de Ações III – a proteção das águas contra ações que possam
Permanentes contra as Secas. comprometer o seu uso atual ou futuro; e
§1º O referido Conselho terá como objetivo compatibilizar as IV – a defesa contra eventos críticos, que ofereçam riscos à
ações de órgãos federais, estaduais e municipais, tornando- saúde, e à segurança pública, e ocasionem prejuízos
as permanentes e evitando paralelismo de programas afins. econômicos ou sociais.
*§2º O Conselho Estadual de Ações Permanentes contra as §1º A gestão dos recursos hídricos deverá:
Secas será constituído por membros indicados pelas
I – propiciar o uso múltiplo das águas e reduzir seus efeitos
comunidades rurais, sindicatos de trabalhadores, defesa
adversos;
civil, Secretaria de Estado da Agricultura e Meio Ambiente,
DNOCS, Sudene e órgãos afins, cujas normas serão definidas II – ser descentralizada, participativa e integrada em relação
em lei complementar. *Ver Lei n° 13.297, de 7 de março de aos demais recursos naturais;
2003 – D. O. de 7.3.2003.
III – adotar a bacia hidrográfica como base e considerar o
Art. 323. O Estado deverá elaborar política especial para as ciclo hidrológico, em todas as suas fases.
áreas secas, contemplando, dentre outras medidas, a
§2º As diretrizes da política estadual de recursos hídricos
aquisição de áreas para perfuração de poços profundos,
serão estabelecidas por lei.
açudes, barragens, cisternas e outros pontos d´água e
projetos de produção com pequena irrigação. §3º Aos proprietários ou agricultores, que trabalham em
áreas irrigadas, será obrigatoriedade do Governo do Estado
Art. 324. As bacias ou regiões hidrográficas com mais de um
subsidiar a energia elétrica consumida para tal atividade, de
Município terão os planos e programas de preservação e
acordo com lei regulamentar.
proteção dos recursos naturais nelas contidos, elaborados
conjuntamente pelo Estado e Município envolvidos. *Art. 327. O Estado dispensará às microempresas e às
empresas de pequeno porte, assim definidas em lei,
Parágrafo único. O Estado celebrará convênio com os
tratamento jurídico diferenciado, visando incentivá-las pela
Municípios para a gestão, por estes, do uso das águas de
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias,
interesse exclusivamente locais.
previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução
Art. 325. As áreas de vazantes dos açudes públicos estaduais destas por meio de lei. *Redação dada pela Emenda
deverão ser cedidas em comodato pelo Estado para plantio Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
por parte dos trabalhadores rurais sem terra da região. 24.09.2009
*Parágrafo único. (revogado). *Revogado pela Emenda Art. 328. O Estado levará em conta o problema específico da
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O. mulher na zona rural, relativamente ao papel que
24.09.2009 desempenha na sobrevivência econômica da família, e à
remuneração de seu trabalho.
*§1º A gestão dos recursos hídricos deve privilegiar a
produção de alimentos para consumo interno, Parágrafo único. O Estado adotará medidas apropriadas para
especialmente de pequenos produtores familiares e assegurar o direito da mulher do campo a:
assentamentos rurais; *Acrescido pela Emenda
I – participar na elaboração e execução de planos de
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
desenvolvimento em todos os níveis; e
24.09.2009.
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II – ter acesso às ações de programas de assistência integral *§2º Os Deputados Estaduais não serão contribuintes do
à saúde da mulher, inclusive às de planejamento familiar. Sistema Único de que trata o caput deste artigo e poderão
ter sistema próprio de previdência social, mantido por
CAPÍTULO XII
contribuição dos segurados e pensionistas e por recursos do
*DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAIS
Estado, nos termos da Lei. *Acrescido pela Emenda
Art. 329. O Estado promoverá programa de prevenção, Constitucional nº 39, de 05 de maio de 1999 – D. O.
integração social e atendimento especializado para os 10.5.1999.
portadores de deficiência física, sensorial ou mental,
*§3º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
mediante treinamento para o trabalho e a convivência e a
disponibilizarão, mensalmente, a partir de noventa dias da
facilitação de acesso aos bens e serviços coletivos com a
publicação desta emenda, os dados, relativos aos seus
eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos.
servidores, necessários ao gerenciamento do Sistema Único
§1º A lei reservará percentual de cargos e empregos públicos de Previdência. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
estaduais para as pessoas portadoras de deficiência e 39, de 05 de maio de 1999 – D. O. 10.5.1999.
definirá os critérios de sua admissão.
*§4° A contribuição previdenciária cobrada dos servidores
§2º A lei disporá, com vistas a facilitar a locomoção de públicos para o custeio, em benefício destes, do regime
pessoas portadora de deficiência, a previsão de previdenciário de que trata o caput deste artigo, não poderá
rebaixamentos, rampas e outros meios adequados de ter alíquotas inferiores à da contribuição dos servidores
acesso, em logradouros, edificações em geral e demais locais titulares de cargos efetivos da União. *Acrescido pela
de uso público, bem como a adaptação das já existentes. Emenda Constitucional n° 56, de 7 de janeiro de 2004 – D. O.
de 7.1.2004.
§3º A prevenção da excepcionalidade mental será objeto da
atenção máxima do Estado, observados seus aspectos de *§5° São também alcançados pelo caput deste artigo, os
profilaxia (causas sociais, biológicas, nutricionais, acidentais, servidores estáveis abrangidos pelo art. 39, caput da
medicamentosas, radioativas); de diagnóstico precoce; de Constituição Federal, na redação original, c/c o art. 19 do Ato
tratamento e de desenvolvimento da pesquisa especializada. das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
Federal, e o admitido até 5 de outubro de 1988, que não
§4º Fica criado o Fundo de Atenção à Excepcionalidade
tenha cumprido, naquela data, o tempo previsto para
Mental – FAEM, para efeito do cumprimento do disposto no
aquisição da estabilidade no serviço público, desde que
caput deste artigo.
subordinados ao regime jurídico estatutário. *Acrescido pela
*Art. 330. A previdência social dos servidores estaduais, Emenda Constitucional n° 56, de 7 de janeiro de 2004 – D. O.
detentores de cargos efetivos, dos militares, dos membros de 7.1.2004.
de Poder, ativos, inativos e pensionistas dos Poderes
*Art. 331. Fica vedada a existência de mais de um regime
Executivo, incluídas suas autarquias e fundações, Legislativo
próprio de previdência social para os servidores titulares de
e Judiciário, dos Tribunais de Contas do Estado e dos
cargos efetivos e de mais de uma unidade gestora do
Municípios e do Ministério Público, será organizada em
respectivo regime, ressalvado o disposto no art. 142, § 3° da
sistema único e terá caráter contributivo e solidário,
Constituição Federal. *Redação dada pela Emenda
mediante contribuição do Estado do Ceará, dos segurados e
Constitucional n° 56, de 7 de janeiro de 2004 – D. O. de
dos pensionistas, observadas as normas gerais de
7.1.2004
contabilidade e atuária e critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, conforme o art. 40 da Constituição §1° O Sistema Único de Previdência Social, mantido por
Federal e o disposto em lei complementar. *Redação dada contribuição previdenciária, atenderá, nos termos da Lei, a:
pela Emenda Constitucional nº 85, de 10.12.2015. - D.O. de Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69 de
14.12.2015 18.01.2011 - D.O. de 9.2.2011
*§1º Instituído o Sistema Único de que trata o caput deste *I – aposentadoria do segurado; *Acrescido pela Emenda
artigo, ficam extintos, na Administração Pública Estadual, Constitucional nº 52, de 29 de abril de 2003 – D. O. 2.5.2003
todos os Montepios existentes, institutos de aposentadoria
*II - pensão por morte do segurado, na forma definida em lei
e pensão e a Pensão Policial Militar, ficando vedada a
*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de
instituição de quaisquer novos benefícios de montepio ou
10.12.2015. - D.O. de 14.12.2015
previdenciários, a qualquer título, diversos do disposto neste
Capítulo, ressalvando-se a manutenção e o pagamento dos *III – salário-família, na forma definida em lei. *Redação
benefícios atualmente concedidos, os quais serão dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 10.12.2015. -
suportados pelo Sistema Único, nos termos da Lei, D.O. de 14.12.2015
respeitado, em qualquer caso, o teto remuneratório
*§2º Nenhuma aposentadoria ou pensão terá valor mensal
aplicável. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 39, de
inferior ao salário mínimo. *Redação dada pela Emenda
05 de maio de 1999 – D. O. 10.5.1999..

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Constitucional n° 55 de 22 de dezembro de 2003 – D. O. de *V – em todos os demais casos definidos em lei. * Acrescido


23.12.2003 pela Emenda Constitucional nº 69, de 18 de janeiro de 2011
– D. O. 9.2.2011.
*§3º A pensão por morte será calculada, na forma da lei, com
base no subsidio, vencimentos ou proventos do segurado *§8º Revogado *Revogado pela Emenda Constitucional nº
falecido, independentemente do número de dependentes 85, de 10.12.2015 - D.O. de 10.12.2015
inscritos, respeitado, em qualquer caso, o teto
*§9º Revogado *Revogado pela Emenda Constitucional nº
renumeratório aplicável, e observado o disposto no §7º do
85, de 10.12.2015 - D.O. de 10.12.2015
art 40, da Constituição Federal. *Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 85, de 10.12.2015. - D.O. de 14.12.2015 *§10 Revogado *Revogado pela Emenda Constitucional nº
85, de 10.12.2015 - D.O. de 10.12.2015
*I – da data do óbito, se requerido o beneficio em até 90
(noventa) dias do falecimento; *Redação dada pela Emenda *§11 Nenhum benefício de previdência social poderá ser
Constitucional nº 69, de 18 de janeiro de 2011 – D. O. criado majorado ou estendido, sem a correspondente fonte
9.2.2011. de custeio total. *Acrescido pela Emenda Constitucional nº
39, de 05 de maio de 1999 – D. O. 10.5.1999.
*II – da data do requerimento, no caso de inclusão post-
mortem, nos termos e situações definidos em lei; *Redação *§12 (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional n°
dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 18 de janeiro de 56, de 7 de janeiro de 2004 – D. O. de 7.1.2004
2011 – D. O. 9.2.2011
*§13. O servidor público civil ativo, os agentes públicos
*III – da data do requerimento, se o benefício for requerido ativos e os membros de Poder ativos do Estado do Ceará, que
após noventa dias do óbito; *Redação dada pela Emenda permanecerem em atividade após completar as exigências
Constitucional nº 69, de 18 de janeiro de 2011 – D. O. para inativação, farão jus a abono de permanência nos
9.2.2011 termos e limites estabelecidos pela Constituição Federal e
respectivas Emendas.
*IV – da data do trânsito em julgado da sentença judicial, no
caso de morte presumida ou ausência. *Acrescido pela *§14º. Integram o Sistema Único de Previdência os
Emenda Constitucional nº 69, de 18 de janeiro de 2011 – D. servidores estaduais que, embora não estáveis, nem
O. 9.2.2011; estabilizados excepcionalmente pelo art. 19, do ADCT, da
Constituição Federal, hajam contribuído e estejam a
*§5º Lei definirá a forma de concessão, rateio e o marco
contribuir para o referido Sistema. *Acrescido pela Emenda
inicial do benefício de pensão, inclusive as causas de sua
Constitucional nº 65, de 16 de setembro de 2009 – D.O.
cessação e o rol de dependentes. (NR) *Redação dada pela
09.02.2011.
Emenda Constitucional nº 85, de 10.12.2015. - D.O. de
14.12.2015 Art. 332. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais do
Estado e dos Municípios:
*I – em relação ao cônjuge supérstite, companheira ou
companheiro e ao ex-cônjuge separado juridicamente ou I – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
divorciado, beneficiário de pensão alimentícia, na data em nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas;
que contraírem novas núpcias ou constituírem nova união e
estável; *Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69,
II – local apropriado, nos estabelecimentos públicos e
de 18 de janeiro de 2011 – D. O. 9.2.2011
privados em que trabalhem, pelo menos, trinta mulheres,
*II – em relação ao filho ou filha, na data em que atingir vinte para guardarem sob vigilância e assistência os seus filhos no
e um anos, salvo se inválido(a) totalmente para qualquer período de amamentação.
trabalho até o falecimento do segurado, comprovada, neste
Art. 333. A prevenção da excepcionalidade física e sensorial
caso e a na forma da Lei, a dependência econômica em
será objeto de assistência do Estado, observados aspectos de
relação a este. *Redação dada pela Emenda Constitucional
profilaxia, de diagnóstico precoce, de tratamento e de
nº 69, de 18 de janeiro de 2011 – D. O. 9.2.2011.
desenvolvimento da pesquisa especializada. Parágrafo
*III – em relação ao tutelado, na data em que atingir vinte e único. Fica criado o Fundo de Assistência à Excepcionalidade
um anos, ainda que cessada a tutela com o óbito do Física e Sensorial – FAES, para efeito do cumprimento do
segurado; *Acrescido pela Emenda Constitucional nº 69, de disposto no caputdeste artigo.
18 de janeiro de 2011 – D. O. 9.2.2011.
Art. 334. O Estado institucionalizará casas de abrigos e
*IV – com o falecimento dos beneficiários; * Acrescido pela albergues para mulheres vítimas de violência.
Emenda Constitucional nº 69, de 18 de janeiro de 2011 – D.
*Art. 335. Nenhum provento ou pensão, pago pelo Sistema
O. 9.2.2011.
Único de Previdência Social do Estado do Ceará, poderá ser
superior a cem por cento da totalidade do subsídio ou
vencimento do segurado quando na atividade. *Alterado

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pela Emenda Constitucional nº 39, de 05 de maio de 1999 – empregos que, inserido no Sistema Administrativo Civil do
D. O. 10.5.1999 Estado, se subordina à legislação trabalhista.
Art. 336. São direitos sociais: a educação, a habitação, a Art. 5º - Para os efeitos deste Estatuto, considera-se Sistema
saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, Administrativo o complexo de órgãos dos Poderes Legislativo
a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos e Executivo e suas entidades autárquicas.
desamparados, na forma desta Constituição.
TÍTULO II
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DO PROVIMENTO DOS CARGOS
http://bit.ly/MPCECE CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
ANEXOS
Art. 6º - Os cargos públicos do Estado do Ceará são acessíveis
http://bit.ly/MPCECE a todos brasileiros, observadas as condições prescritas em lei
e regulamento.
Lei Estadual nº 9.826/1974 Art. 7º - De acordo com a natureza dos cargos, o seu
provimento pode ser em caráter efetivo ou em comissão.
Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do
Estado. *Art. 8º - Os cargos em comissão serão providos, por livre
nomeação da autoridade competente, dentre pessoas que
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, faço saber que a
possuam aptidão profissional e reunam as condições
Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono e promulgo a
necessárias à sua investidura, conforme se dispuser em
seguinte Lei:
regulamento.
TÍTULO I
*Ver Constituição Federal art. 37, inciso V, com a reda- ção
DO REGIME JURÍDICO DO FUNCIONÁRIO
dada pela Emenda Constitucional Federal nº 19, de 4.6.1998
CAPÍTULO ÚNICO
– D. O. U. de 5.6.1998; art. 26 da Lei nº 11.966 de 17.6.1992
DOS PRINCÍPIOS GERAIS – D. O. 17.6.1992; art. 34 da Lei nº 12.075, de 15.2.1993 – D.
Art. 1º - Regime Jurídico do Funcionário Civil é o conjunto de O. 18.2.1993; arts. 28 e 29 da Lei nº 12.262, de 2.2.1994 – D.
normas e princípios, estabelecidos por este Estatuto e O. 3.2.1994; art. 64 da Lei nº 12.482, de 31.7.1995 – D. O.
legislação complementar, reguladores das relações entre o 11.8.1995 e arts. 11 e 56 da Lei nº 12.483, de 3.8.1995 – D.
Estado e o ocupante de cargo público. O. 11.8.1995

*Art. 2º - Aplica-se o regime jurídico de que trata esta lei: *§ 1º - A escolha dos ocupantes de cargos em comissão
poderá recair, ou não, em funcionário do Estado, na forma
*Ver Lei nº 11.712, de 24.7.1990 - D. O. de 4.9.1990 - do regulamento.
Resolução nº 252, de 30.4.1991 - D. O. 6.5.1991, Lei nº
12.062, de 12.1.1993 - D. O. 13.1.1993 e Lei nº 12.482, de *Ver Constituição Federal art. 37, inciso V com a re- dação
31.7.1995 - D. O. 11.8.1995 dada pela Emenda Constitucional Federal nº 19, de 4.6.1998
– D. O. U. de 5.6.1998 e art. 26 da Lei nº 11.966 de 17.6.1992
I - aos funcionários do Poder Executivo; - D. O. 17.6.1992
II - aos funcionários autárquicos do Estado; § 2º - No caso de recair a escolha em servidor de entidade da
III - aos funcionários administrativos do Poder Legislativo; Administração Indireta, ou em funcionário não subordinado
à autoridade competente para nomear, o ato de nomeação
*IV - aos funcionários administrativos do Tribunal de Contas será precedido da necessária requisição.
do Estado e do Conselho de Contas dos Municípios.
§ 3º - A posse em cargo em comissão determina o
*Ver Emenda Constitucional nº 9, de 16.12.1992 - D.O. de concomitante afastamento do funcionário do cargo efetivo
22.12.1992 e Emenda Constitucional nº 92 de 16.08.2017 - de que for titular, ressalvados os casos de comprovada
D.O. de 21.08.2017 - Apêndice acumulação legal.
Art. 3º - Funcionário Público Civil é o ocupante de cargo Art. 9º - Os cargos públicos são providos por:
público, ou o que, extinto ou declarado desnecessário o
cargo, é posto em disponibilidade. I - nomeação;

Art. 4º - Cargo público é o lugar inserido no Sistema II - promoção;


Administrativo Civil do Estado, caracterizando-se, cada um, *III - acesso;
por determinado conjunto de atribuições e
responsabilidades de natureza permanente. Parágrafo único *Ver Constituição Federal art. 37, inciso II e Constituição
- Exclui-se da regra conceitual deste artigo o conjunto de Estadual art. 154, inciso II.

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*IV - transferência; I - para a inscrição em concurso para o Grupo de Tributação


e Arrecadação a idade limite é de trinta e cinco (35) anos.
*Ver Constituição Federal art. 37, inciso II e Constituição
Estadual art. 154, inciso II. *II - e para inscrição em concurso destinado ao ingresso nas
categorias funcionais do Grupo Segurança Pública, são
V - reintegração;
fixados os seguintes limites máximos de idade:
VI - aproveitamento;
*Ver Lei nº 12.124, de 6.7.1993 – D. O. 14.7.1993.
VII - reversão;
a) de vinte e cinco (25) anos, quando se tratar de ingresso
VIII - transposição; em categoria funcional que importe em exigência de curso
de nível médio; e
IX - transformação.
b) de trinta e cinco (35) anos, quando se tratar de ingresso
Art. 10 - O ato de provimento deverá indicar a existência de
nas demais categorias;
vaga, com os elementos capazes de identificá-la.
c) independerá dos limites previstos nas alíneas anteriores a
Art. 11 - O disciplinamento normativo das formas de
inscrição do candidato que já ocupe cargo integrante do
provimento dos cargos públicos referidos nos itens VIII e IX
Grupo Segurança Pública.
do art. 9º é objeto de legislação específica.
§ 1º - Das inscrições para o concurso constarão,
CAPÍTULO II
obrigatoriamente:
DO CONCURSO
*I - o limite de idade dos candidatos, que poderá variar de
*Art. 12 - Compete a cada Poder e a cada Autarquia ou órgão dezoito (18) anos completos até cinqüenta (50) anos
auxiliar, autônomo, a iniciativa dos concursos para incompletos, na forma estabelecida no caput deste artigo;
provimento dos cargos vagos.
*Ver Constituição Estadual, art. 155.
*Ver Lei nº 11.449, de 2.6.1988 - D. O. 10.6.1988; Lei n º
11.462, de 8.6.1988 - D. O. 10.6.1988; Lei de nº 11.551, de II - o grau de instrução exigível, mediante apresentação do
18.5.1989 - D. O. 19.5.1989; Lei nº 11.925, de 13.3.1992 - D. respectivo certificado;
O. 13.3.1992; arts. 33, 34, 35, 36 da Lei de nº 11.714 de III - a quantidade de vagas a serem preenchidas, distribuídas
25.7.1990 - D. O. 4.9.1990 e arts. 15, 16, 17, 18 e 19 da Lei nº por especialização da disciplina, quando referentes a cargo
12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994 do Magistério e de atividades de nível superior ou outros de
Art. 13 - A realização dos concursos para provimento dos denominação genérica;
cargos da Administração Direta do Poder Executivo IV - o prazo de validade do concurso, de dois (2) anos,
competirá ao Órgão Central do Sistema de Pessoal. prorrogável a juízo da autoridade que o abriu ou o iniciou;
§ 1º - A execução dos concursos para provimento dos cargos V - descrição sintética do cargo, incluindo exemplificação de
da lotação do Tribunal de Contas do Estado, do Conselho de tarefas típicas, horário, condições de trabalho e retribuição;
Contas dos Municípios e das Autarquias receberá a
orientação normativa e supervisão técnica do órgão central VI - tipos e Programa das Provas;
referido neste artigo. VII - exigências outras, de acordo com as especificações do
§ 2º - O Órgão Central do Sistema de Pessoal poderá delegar cargo.
a realização dos concursos aos órgãos setoriais e seccionais § 2º - Independerá de idade, a inscrição do candidato que
de pessoal das diversas repartições e entidades, desde que seja servidor de Órgãos da Administração Estadual Direta ou
estes apresentem condições técnicas para efetivação das Indireta.
atividades de recrutamento e seleção, permanecendo,
sempre, o órgão delegante, com a responsabilidade pela § 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, a habilitação no
perfeita execução da atividade delegada. concurso somente produzirá efeito se, no momento da
posse ou exercício no novo cargo ou emprego, o candidato
*Art. 14 - É fixada em cinqüenta (50) anos a idade máxima ainda possuir a qualidade de servidor ativo, vedada a
para inscrição em concurso público destinado a ingresso nas aposentadoria concomitante para elidir a acumulação do
categorias funcionais instituídas de acordo com a Lei cargo.
Estadual nº. 9.634, de 30 de outubro de 1972, ressalvadas as
exceções a seguir indicadas: *Redação dada pela Lei nº Art. 15 - Encerradas as inscrições, legalmente processadas,
10.340, de 22.11.1979 - D. O. 3.12.1979 para concurso destinado ao provimento de qualquer cargo,
não se abrirão novas inscrições antes da realização do
*A Constituição Federal de 1988 não prevê idade má- xima concurso.
para inscrição em Concurso Público.
Art. 16 - Ressalvado o caso de expressa condição básica para
provimento de cargo prevista em regulamento, independerá

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de limite de idade a inscrição, em concurso, de ocupante em VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, exceto nos
cargo público. casos de nomeação para cargo em comissão ou outra forma
de provimento para a qual não se exija o concurso;
CAPÍTULO III
DA NOMEAÇÃO IX - ter atendido às condições especiais, prescritas em lei ou
regulamento para determinados cargos ou categorias
*Art. 17 - A nomeação será feita: funcionais.
*Ver Emenda Constitucional Federal nº 19, de 4.6.1998 – D. § 1º - A prova das condições a que se refere os itens I e II
O. de 5.6.1998; Lei nº 11.462, de 8.6.1988 - D. O. 10.6.1988 deste artigo não será exigida nos casos de transferência,
e art. 36, §§ 1º e 2º da Lei nº 11.714, de 25.7.1990 - D. O. aproveitamento e reversão.
4.9.1990
§ 2º - Ninguém poderá ser empossado em cargo efetivo sem
I - em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na declarar, previamente, que não ocupa outro cargo ou exerce
Constituição; função ou emprego público da União, dos Estados, dos
II - em caráter efetivo, quando se tratar de nomeação para Municípios, do Distrito Federal, dos Territórios, de
cargo da classe inicial ou singular de determinada categoria Autarquias, empresas públicas e sociedades de economia
funcional; mista, ou apresentar comprovante de exoneração ou
dispensa do outro cargo que ocupava, ou da função ou
*III - em comissão, quando se tratar de cargo que assim deve emprego que exerce, ou, ainda, nos casos de acumulação
ser provido. legal, comprovante de ter sido a mesma julgada lícita pelo
*Ver Emenda Constitucional Federal nº 19, de 4.6.1998 – D. órgão competente.
O. de 4.6.1998; Constituição Federal art. 37, inciso V; Art. 21 - São competentes para dar posse:
Constituição Estadual art. 154, item V; art. 38 da Lei nº
11.714, de 25.7.1990 – D. O. 4.9.1990; e art. 26 da Lei nº I - o Governador do Estado, às autoridades que lhe são
11.966 de 17.6.1992 - D. O. 17.6.1992 diretamente subordinadas;
Parágrafo único - Em caso de impedimento temporário do II - os Secretários de Estado, aos dirigentes de repartições
titular do cargo em comissão, a autoridade competente que lhes são diretamente subordinadas;
nomeará o substituto, exonerando-o, findo o período da III - os dirigentes das Secretarias Administrativas, ou
substituição. unidades de administração geral equivalente, da Assembléia
Art. 18 - Será tornada sem efeito a nomeação quando, por Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, e do Conselho
ato ou omissão do nomeado, a posse não se verificar no de Contas dos Municípios, aos seus funcionários, se de outra
prazo para esse fim estabelecido. maneira não estabelecerem as respectivas leis orgânicas e
regimentos internos;
CAPÍTULO IV
DA POSSE IV - o Diretor-Geral do órgão central do sistema de pessoal,
aos demais funcionários da Administração Direta; V - os
*Art. 19 - Posse é o fato que completa a investidura em cargo dirigentes das Autarquias, aos funcionários dessas
público. entidades.
* Ver Art. 24, do Decreto nº 29.887, de 31 de agosto de 2009. *Art. 22 - No ato da posse será apresentada declaração, pelo
D.O. de 02.09.2009 funcionário empossado, dos bens e valores que constituem
Parágrafo único - Não haverá posse nos casos de promoção, o seu patrimônio, nos termos da regulamentação própria.
acesso e reintegração. Art. 20 - Só poderá ser empossado em *Regulamentado pelo Decreto nº 11.471, de 29.9.1975 - D.
cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos: O. 4.12.1975
I - ser brasileiro; Art. 23 - Poderá haver posse por procuração, quando se
*II - ter completado 18 anos de idade; tratar de funcionário ausente do País ou do Estado, ou,
ainda, em casos especiais, a juízo da autoridade competente.
*Ver Constituição Estadual - art. 155.
Art. 24 - A autoridade de que der posse verificará, sob pena
III - estar no gozo dos direitos políticos; de responsabilidade:
IV - estar quite com as obrigações militares e eleitorais; I - se foram satisfeitas as condições legais para a posse;
V - ter boa conduta; II - se do ato de provimento consta a existência de vaga, com
VI - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, na forma os elementos capazes de identificá-la;
legal e regulamentar; III - em caso de acumulação, se pelo órgão competente foi
VII - possuir aptidão para o cargo; declarada lícita.

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Art. 25 - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias da desempenho do servidor durante o período do estágio.
publicação do ato de provimento no órgão oficial. *Redação dada pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O.
8.1.2001
Parágrafo único - A requerimento do funcionário ou de seu
representante legal, a autoridade competente para dar *§ 3º - Além de outros específicos indicados em lei ou
posse poderá prorrogar o prazo previsto neste artigo, até o regulamento, os requisitos de que trata este artigo são os
máximo de 60 (sessenta) dias contados do seu término. seguintes: I - adaptação do servidor ao trabalho, verificada
por meio de avaliação da capacidade e qualidade no
CAPÍTULO V
desempenho das atribuições do cargo; II - equilíbrio
DA FIANÇA
emocional e capacidade de integração; III - cumprimento dos
Art. 26 - O funcionário nomeado para cargo cujo provimento deveres e obrigações do servidor público, inclusive com
dependa de prestação de fiança não poderá entrar em observância da ética profissional. *Redação dada pela Lei nº
exercício sem a prévia satisfação dessa exigência. 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001
§ 1º - A fiança poderá ser prestada em: *§ 4º - O estágio probatório corresponderá a uma
complementação do concurso público a que se submeteu o
I - dinheiro; servidor, devendo ser obrigatoriamente acompanhado e
II - título da divida pública da União ou do Estado, ações de supervisionado pelo Chefe Imediato. *Acrescentado pela Lei
sociedade de economia mista que o Estado participe como nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001
acionista, e *§ 5º - Durante o estágio probatório, os cursos de
III - apólice de seguro-fidelidade funcional, emitida por treinamento para formação profissional ou aperfeiçoamento
instituição oficial ou legalmente autorizada para esse fim. do servidor, promovidos gratuitamente pela Administração,
serão de participação obrigatória e o resultado obtido pelo
§ 2º - O seguro poderá ser feito pela própria repartição em servidor será considerado por ocasião da avaliação especial
que terá exercício o funcionário. de desempenho, tendo a reprovação caráter eliminatório.
§ 3º - Não se admitirá o levantamento da fiança antes de *Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O.
tomada de contas do funcionário. 8.1.2001 1
§ 4º - O responsável por alcance ou desvio de bens do Estado *§ 6º Fica vedada qualquer espécie de afastamento dos
não ficará isento da ação administrativa que couber, ainda servidores em estágio probatório, ressalvados os casos
que o valor da fiança seja superior ao dano verificado ao previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VIII, IX, X, XII, XIII, XV,
patrimônio público. XVI, XVII e XXI do art. 68 da Lei nº 9.826, de 14 de maio de
1974. *Redação dada pela Lei nº 15.744, de 29.12.2014 -
CAPÍTULO VI D.O. 30.12.2014
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
*§ 7º - O servidor em estágio probatório não fará jus a
*Art. 27 - Estágio probatório é o triênio de efetivo exercício ascensão funcional. *Acrescentado pela Lei nº 13.092, de
no cargo de provimento efetivo, contado do início do 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001
exercício funcional, durante o qual é observado o
atendimento dos requisitos necessários à confirmação do *§ 8º - As faltas disciplinares cometidas pelo servidor após o
servidor nomeado em virtude de concurso público decurso do estágio probatório e antes da conclusão da
avaliação especial de desempenho serão apuradas por meio
*Redação dada pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. de processo administrativo-disciplinar, precedido de
8.1.2001 *Ver arts. 37, II, 39, § 3º e 41 da Constituição sindicância, esta quando necessária. *Acrescentado pela Lei
Federal. *Ver art. 28 da Emenda Constitucional Federal nº nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001
19, de 4.6.1998 – D. O. U. 5.6.1998; art. 20 da Lei nº 12.386,
de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994 *§ 9º - São independentes as instâncias administrativas da
avaliação especial de desempenho e do processo
*§ 1º - Como condição para aquisição da estabilidade, é administrativo-disciplinar, na hipótese do parágrafo
obrigatória a avaliação especial de desempenho por anterior, sendo que resultando exoneração ou demissão do
comissão instituída para essa finalidade. *Redação dada pela servidor, em qualquer dos procedimentos, restará
Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001 prejudicado o que estiver ainda em andamento.
*§ 2º - A avaliação especial de desempenho do servidor será *Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O.
realizada: a) extraordinariamente, ainda durante o estágio 8.1.2001
probatório, diante da ocorrência de algum fato dela *§ 10. Na hipótese de afastamento do servidor em estágio
motivador, sem prejuízo da avaliação ordinária; probatório para os fins previstos no incisos V, VI, VIII, IX, X,
b) ordinariamente, logo após o término do estágio XIII, XV, XVI, XVIII e XIX do art. 68, fica suspenso o estágio
probatório, devendo a comissão ater-se exclusivamente ao probatório durante o período de afastamento, retornando o
cômputo após retorno ao exercício efetivo, pelo prazo
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correspondente ao afastamento. *Acrescido pela Lei nº Art. 33 - O exercício funcional terá início no prazo de trinta
15.744, de 29.12.2014 - D.O. 30.12.2014 dias, contados da data:
*§ 11. O servidor em estágio probatório poderá exercer I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração;
cargo de provimento em comissão ou função de direção,
II - da posse, nos demais casos.
chefia ou assessoramento no seu órgão ou entidade de
origem, com função ou funções similares ao cargo para o Art. 34 - O funcionário terá exercício na repartição onde for
qual foi aprovado em concurso público, computando-se o lotado o cargo por ele ocupado, não podendo dela se afastar,
tempo para avaliação essencial de desempenho do estágio salvo nos casos previstos em lei ou regulamento.
probatório. *Acrescido pela Lei nº 15.819, de 27.07.2015 -
§ 1º - O afastamento não se prolongará por mais de quatro
D.O. 30.07.2015
anos consecutivos, salvo:
*§ 12. O servidor em estágio probatório poderá ser cedido
I - quando para exercer as atribuições de cargo ou função de
para órgão da Administração Pública direta ou indireta para
direção ou de Governo dos Estados, da União, Distrito
exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou
Federal, Territórios e Municípios e respectivas entidades da
funções de direção, chefia ou assessoramento no âmbito
administração indireta;
Federal, Municipal ou Estadual, com ônus para o destino,
restando suspenso o computo do estágio probatório, II - quando à disposição da Presidência da República;
voltando este a ser contado a partir do término da cessão e,
III - quando para exercer mandato eletivo, estadual, federal
consequente retorno à origem. *Acrescido pela Lei nº
ou municipal, observado, quanto a este, o disposto na
15.927, de 29.12.2015 - D.O. 30.12.2015
legislação especial pertinente;
*Art. 28 - O servidor que durante o estágio probatório não
IV - quando convocado para serviço militar obrigatório;
satisfizer qualquer dos requisitos previstos no § 3º do artigo
anterior, será exonerado, nos casos dos itens I e II, e V - quando se tratar de funcionário no gozo de licença para
demitido na hipótese do item III. acompanhar o cônjuge.
*Parágrafo único - O ato de exoneração ou de demissão do § 2º - Preso preventivamente, pronunciado por crime
servidor em razão de reprovação na avaliação especial de comum ou denunciado por crime inafiançável, em processo
desempenho será expedido pela autoridade competente do qual não haja pronúncia, o funcionário será afastado do
para nomear. *Alterado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. exercício, até sentença passada em julgado.
O. 8.1.2001
*§ 3º O funcionário afastado nos termos do parágrafo
Art. 29 – O ato administrativo declaratório da estabilidade do anterior terá direito à percepção do benefício do auxílio-
servidor no cargo de provimento efetivo, após cumprimento reclusão, nos termos desta Lei. *Redação dada pela Lei
do estágio probatório e aprovação na avaliação especial de Complementar nº 159, de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
desempenho, será expedido pela autoridade competente
Art. 35 - Para os efeitos deste Estatuto, entende- -se por
para nomear, retroagindo seus efeitos à data do término do
lotação a quantidade de cargos, por grupo, categoria
período do estágio probatório. *Alterado pela Lei nº 13.092,
funcional e classe, fixada em regulamento como necessária
de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001
ao desenvolvimento das atividades das unidades e entidades
*Art. 30 - O funcionário estadual que, sendo estável, tomar do Sistema Administrativo Civil do Estado.
posse em outro cargo para cuja confirmação se exige estágio
Art. 36 - Para entrar em exercício, o funcionário é obrigado a
probatório, será afastado do exercício das atribuições do
apresentar ao órgão de pessoal os elementos necessários à
cargo que ocupava, com suspensão do vínculo funcional nos
atualização de seu cadastro individual.
termos do artigo 66, item I, alíneas a, b e c desta lei. *Ver art.
5º da Lei nº 15.744, de 29.12.2014. D.O. 30.12.2014 - CAPÍTULO VIII
Apêndice DA REMOÇÃO
Parágrafo único - Não se aplica o disposto neste artigo aos *Art. 37 - Remoção é o deslocamento do funcionário de uma
casos de acumulação lícita. para outra unidade ou entidade do Sistema Administrativo,
CAPÍTULO VII processada de ofício ou a pedido do funcionário, atendidos
o interesse público e a conveniência administrativa. *O
DO EXERCÍCIO
instituto da remoção foi regulamentado pela Lei nº 10.276,
*Art. 31 - O início, a interrupção e o reinício do exercício das de 3.7.1979 - D. O. 3.7.1979
atribuições do cargo serão registrados no cadastro individual
§ 1º - A remoção respeitará a lotação das unidades ou
do funcionário. *Ver art. 67 da Lei nº 12.386, de 9.12.1994 -
entidades administrativas interessadas e será realizada, no
D. O. 9.12.1994
âmbito de cada uma, pelos respectivos dirigentes e chefes,
Art. 32 - Ao dirigente da repartição para onde for designado conforme se dispuser em regulamento.
o funcionário compete dar-lhe exercício.
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§ 2º - O funcionário estadual cujo cônjuge, também servidor SEÇÃO II


público, for designado ex-officio para ter exercício em outro DA ASCENSÃO FUNCIONAL
ponto do território estadual ou nacional ou for detentor de
mandato eletivo, tem direito a ser removido ou posto à *Art. 46 - Ascensão funcional é a elevação do funcionário de
disposição da unidade de serviço estadual que houver no um cargo para outro de maiores responsabilidades e
lugar de domicílio do cônjuge ou em que funcionar o órgão atribuições mais complexas, ou que exijam maior tempo de
sede do mandato eletivo, com todos os direitos e vantagens preparação profissional, de nível de vencimento mais
do cargo. elevado, ou de atribuições mais compatíveis com as suas
aptidões.
Art. 38 - A remoção por permuta será processada a pedido
escrito de ambos os interessados e de acordo com as demais *Ver arts. 21, 22, 23, 29 e Parágrafo único da Lei de nº
disposições deste Capítulo. 12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994, e Decreto nº 22.793
de 1º.10.1993 - D. O. 4.10.1993 Art. 47 - São formas de
CAPÍTULO IX ascensão funcional:
DA SUBSTITUIÇÃO
I - a promoção;
Art. 39 - Haverá substituição nos casos de impedimento legal
*II - o acesso; *Ver Constituição Federal art. 37, inciso II -
ou afastamento de titular de cargo em comissão.
Constituição Estadual art. 154, inciso II.
Art. 40 - A substituição será automática ou dependerá de
III - a transferência.
nomeação.
Art. 48 - A promoção é a elevação do funcionário à classe
§ 1º - A substituição automática é estabelecida em lei,
imediatamente superior àquela em que se encontra dentro
regulamento, regimento ou manual de serviço, e proceder-
da mesma série de classes na categoria funcional a que
se-á independentemente de lavratura de ato.
pertencer.
*§ 2º - Quando depender de ato da administração, o
Art. 49 - Acesso é a ascensão do funcionário de classe final
substituto será nomeado pelo Governador, Presidente da
da série de classes de uma categoria funcional para a classe
Assembléia, Presidente do Tribunal de Contas, Presidente do
inicial da série de classes ou de outra categoria profissional
Conselho de Contas dos Municípios, ou dirigente autárquico,
afim.
conforme o caso. *Ver Emenda Constitucional nº 9, de
16.12.1992 – D. O. 22.12.1992 Art. 50 - Transferência é a passagem do funcionário de uma
para outra categoria funcional, dentro do mesmo quadro, ou
*§ 3º - A substituição, nos termos dos parágrafos anteriores,
não, e atenderá sempre aos aspectos da vocação
será gratuita, salvo se exceder de 30 dias, quando então será
profissional.
remunerada por todo o período. *Regulamentado pelo
Decreto nº 19.168, de 4.3.1988 - D. O. 7.3.1988 *Ver Art. 51 - As formas de ascensão funcional obedecerão
Decreto nº 31.668, de 05.02.2015 - D.O. 05.02.2015, que sempre a critério seletivo, mediante provas que sejam
revoga o Decreto nº 19.168, de 4.3.1988 - D. O. 7.3.1988 capazes de verificar a qualificação e aptidão necessárias ao
desempenho das atribuições do novo cargo, conforme se
Art. 41 - Em caso de vacância do cargo em comissão e até seu
dispuser em regulamento.
provimento, poderá ser designado, pela autoridade
imediatamente superior, um funcionário para responder CAPÍTULO XI
pelo expediente. DO REINGRESSO NO SISTEMA ADMINISTRATIVO
Parágrafo único - Ao responsável pelo expediente se aplicam ESTADUAL
as disposições do art. 40, § 3º. SEÇÃO I
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 42 - Pelo tempo da substituição remunerada, o
substituto perceberá o vencimento e a gratificação de Art. 52 - A reintegração, que decorrerá de decisão
representação do cargo, ressalvado o caso de opção, vedada, administrativa ou judicial, é o reingresso do funcionário no
porém, a percepção cumulativa de vencimento, gratificações serviço administrativo, com ressarcimento dos vencimentos
e vantagens. relativos ao cargo.
CAPÍTULO X Parágrafo único - A decisão administrativa que determinar a
DA PROGRESSÃO E ASCENSÃO FUNCIONAIS reintegração será proferida em recurso ou em virtude de
*SEÇÃO I reabilitação funcional determinada em processo de revisão
DA PROGRESSÃO HORIZONTAL nos termos deste Estatuto.
Art. 53 - A reintegração será feita no cargo anteriormente
*Revogada a SEÇÃO I, compreendendo os artigos 43 a 45,
ocupado, o qual será restabelecido caso tenha sido extinto.
pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 – D. O. de 18.6.1999.

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Art. 54 - Reintegrado o funcionário, quem lhe houver SEÇÃO III


ocupado o lugar será reconduzido ao cargo anteriormente DA REVERSÃO
ocupado, sem direito a qualquer indenização, ou ficará como
excedente da lotação. Art. 60 - Reversão é o reingresso no Sistema Administrativo
do aposentado por invalidez, quando insubsistentes os
Art. 55 - O funcionário reintegrado será submetido a motivos da aposentadoria.
inspeção médica e aposentado, se julgado incapaz.
Art. 61 - A reversão far-se-á de ofício ou a pedido, de
SEÇÃO II preferência no mesmo cargo ou naquele em que se tenha
DO APROVEITAMENTO transformado, ou em cargo de vencimentos e atribuições
equivalentes aos do cargo anteriormente ocupado, atendido
Art. 56 - Aproveitamento é o retorno ao exercício do cargo
o requisito da habilitação profissional.
do funcionário em disponibilidade.
Parágrafo único - São condições essenciais para que a
*Art. 57 - A juízo e no interesse do Sistema Administrativo,
reversão se efetive:
os funcionários estáveis, ocupantes de cargos extintos ou
declarados desnecessários, poderão ser compulsoriamente a) que o aposentado não haja completado 60 (sessenta) anos
aproveitados em outros cargos compatíveis com a sua de idade;
aptidão funcional, mantido o vencimento do cargo, ou
b) que o inativo seja julgado apto em inspeção médica;
postos em disponibilidade nos termos do art. 109, parágrafo
único da Constituição do Estado. *Ver § 3º do art. 41 da c) que a Administração considere de interesse do Sistema
Constituição Federal e § 3º do art. 172 da Constituição Administra-tivo o reingresso do aposentado na atividade.
Estadual.
*d) - Revogada *Revogada pela Lei Complementar nº 159, de
§ 1º - O aproveitamento dependerá de provas de habilitação, 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
de sanidade e capacidade física mediante exames de
TÍTULO III
suficiência e inspeção médica.
DA EXTINÇÃO E DA SUSPENSÃO DO VÍNCULO FUNCIONAL
§ 2º - Quando o aproveitamento ocorrer em cargo cujo CAPÍTULO I
vencimento for inferior ao do anteriormente ocupado, o DA VACÂNCIA DOS CARGOS
funcionário perceberá a diferença a título de vantagem
pessoal, incorporada ao vencimento para fins de progressão Art. 62 - A vacância do cargo resultará de:
horizontal, disponibilidade e aposentadoria. I - exoneração;
§ 3º - Não se abrirá concurso público, nem se preencherá *II - demissão; *Ver art. 37 da Lei nº 11.714, de 25.7.1990 -
vaga no Sistema Administrativo Estadual sem que se D. O. de 4.9.1990
verifique, previamente, a inexistência de funcionário a
aproveitar, possuidor da necessária habilitação. III - ascensão funcional;

Art. 58 - Na ocorrência de vagas nos quadros de pessoal do IV - aposentadoria;


Estado o aproveitamento terá precedência sobre as demais V - falecimento.
formas de provimento, ressalvadas as destinadas à
promoção e acesso. Art. 63 - Dar-se-á exoneração:

Parágrafo único - Havendo mais de um concorrente à mesma I - a pedido do funcionário;


vaga, preferência pela ordem: II - de ofício, nos seguintes casos:
I - o de melhor classificação em prova de habilitação; a) quando se tratar de cargo em comissão;
II - o de maior tempo de disponibilidade; b) quando se tratar de posse em outro cargo ou emprego da
III - o de maior tempo de serviço público; União, do Estado, do Município, do Distrito Federal, dos
Territórios, de Autarquia, de Empresas Públicas ou de
IV - o de maior prole. Sociedade de Economia Mista, ressalvados os casos de
Art. 59 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada substituição, cargo de Governo ou de direção, cargo em
a disponibilidade do funcionário, se este, cientificado, comissão e acumulação legal desde que, no ato de
expressamente, do ato de aproveitamento, não tomar posse provimento, seja mencionada esta circunstância;
no prazo legal, salvo caso de doença comprovada em c) na hipótese do não atendimento do prazo para início de
inspeção médica. exercício, de que trata o artigo 33;
Parágrafo único - Provada em inspeção médica a d) na hipótese do não cumprimento dos requisitos do
incapacidade definitiva, a disponibilidade será convertida em estágio, nos termos do art. 27.
aposentadoria, com a sua conseqüente decretação.

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Art. 64 - A vaga ocorrerá na data: de contribuição previdenciária, que será destinada ao


Sistema Único de Previdência Social e dos Membros de
I - da vigência do ato administrativo que lhe der causa;
Poder do Estado do Ceará – SUPSEC. *Redação dada pela Lei
II - da morte do ocupante do cargo; nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005
III - da vigência do ato que criar e conceder dotação para o *§ 1° - A autorização de afastamento, de que trata o inciso
seu provimento ou do que determinar esta última medida, IV deste artigo, poderá ser concedida sem a obrigatoriedade
se o cargo já estiver criado; do recolhimento mensal da alíquota de 33 % (trinta e três
por cento), não sendo, porém, o referido tempo computado
IV - da vigência do ato que extinguir cargo e autorizar que
para obtenção de qualquer benefício previdenciário,
sua dotação permita o preenchimento de cargo vago.
inclusive aposentadoria. *Acrescentado pela Lei nº 13.578,
Parágrafo único - Verificada a vaga serão consideradas de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005
abertas, na mesma data, todas as que decorrerem de seu
*§ 2° - Os valores de contribuição, referidos no inciso IV
preenchimento.
deste artigo, serão reajustados nas mesmas proporções da
CAPÍTULO II remuneração do servidor no respectivo cargo.
DA SUSPENSÃO DO VÍNCULO FUNCIONAL *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
25.1.2005
Art. 65 - O regime jurídico estabelecido neste Estatuto não
se aplicará, temporariamente, ao funcionário estadual: TÍTULO IV
DOS DIREITOS, VANTAGENS E AUTORIZAÇÕES
*I - Revogado *Revogado pela Lei nº 15.744, de 29.12.2014 -
CAPÍTULO I
D.O. 30.12.2014
*DO CÔMPUTO DO TEMPO DE SERVIÇO *
*II - no caso de opção em caráter temporário, pelo regime a
que alude o art. 106 da Constituição Federal ou pelo regime Art. 67 - Tempo de serviço, para os efeitos deste Estatuto,
da legislação trabalhista; *Ver art. 37, inciso IX, da compreende o período de efetivo exercício das atribuições
Constituição Federal. de cargo ou emprego público.

III - no caso de disponibilidade; IV - no caso de autorização Art. 68 - Será considerado de efetivo exercício o afastamento
para o trato de interesses particulares. em virtude de:

Art. 66 - Os casos indicados no artigo anterior implicam em I - férias;


suspensão do vínculo funcional, acarretando os seguintes II - casamento, até oito dias;
efeitos:
III - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge ou
*I - Revogado *Revogado pela Lei nº 15.744, de 29.12.2014 - companheiro, parentes, consangüíneos ou afins, até o 2º
D.O. 30.12.2014 grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos;
a) - Revogado *Revogado pela Lei nº 15.744, de 29.12.2014 IV - luto, até dois dias, por falecimento de tio e cunhado;
- D.O. 30.12.2014
V - exercício das atribuições de outro cargo estadual de
b) - Revogado *Revogado pela Lei nº 15.744, de 29.12.2014 provimento em comissão, inclusive da Administração
- D.O. 30.12.2014 Indireta do Estado;
c) - Revogado *Revogado pela Lei nº 15.744, de 29.12.2014 - VI - convocação para o Serviço Militar;
D.O. 30.12.2014
VII - júri e outros serviços obrigatórios;
II - na hipótese do item II do artigo anterior, o funcionário
não fará jus à percepção dos vencimentos, computando-se, VIII - desempenho de função eletiva federal, estadual ou
entretanto, o período de suspensão do vínculo para fins de municipal, observada quanto a esta, a legislação pertinente;
disponibilidade e aposentadoria, obrigando o funcionário a IX - exercício das atribuições de cargo ou função de Governo
continuar a pagar a sua contribuição de previdência com ou direção, por nomeação do Governador do Estado;
base nos vencimentos do cargo de cujas atribuições se
desvinculou; X - licença por acidente no trabalho, agressão não provocada
ou doença profissional;
III - Revogado *Revogado pela Lei Complementar nº 159, de
14.01.2016 - D.O. 18.01.2016 XI - licença especial;

*IV - na hipótese de autorização de afastamento para o trato XII - licença à funcionária gestante;
de interesses particulares, o servidor não fará jus à XIII - licença para tratamento de saúde;
percepção de vencimentos, tendo porém que recolher
mensalmente o percentual de 33 % (trinta e três por cento) XIV - licença para tratamento de moléstias que
incidente sobre o valor de sua última remuneração para fins impossibilitem o funcionário definitivamente para o

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trabalho, nos termos em que estabelecer Decreto do Chefe IV – a licença por motivo de doença em pessoa da família,
do Poder Executivo; conforme previsto no art. 99 desta Lei, desde que haja
contribuição.
XV - doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano
e não mais de 3 (três) dias por mês; *§ 1° - No caso previsto no inciso IV, o afastamento superior
a 6 (seis) meses obedecerá o previsto no iniso IV, do art. 66,
XVI - missão ou estudo noutras partes do território nacional
desta Lei. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D.
ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido
O. 25.1.2005
expressamente autorizado pelo Governador do Estado, ou
pelos Chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário; *§ 2° - Na contagem do tempo, de que trata este artigo,
deverá ser observado o seguinte: *Redação dada pela Lei nº
XVII - decorrente de período de trânsito, de viagem do
13.578, de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005
funcionário que mudar de sede, contado da data do
desligamento e até o máximo de 15 dias; I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras
condições especiais; II - é vedada a contagem de tempo de
XVIII - prisão do funcionário, absolvido por sentença
contribuição, quando concomitantes; III - não será contado,
transitada em julgado;
por um sistema, o tempo de contribuição utilizado para a
XIX - prisão administrativa, suspensão preventiva, e o concessão de algum benefício, por outro. *§ 3° - O tempo de
período de suspensão, neste último caso, quando o contribuição, a que alude o inciso I deste artigo, será
funcionário for reabilitado em processo de revisão; computado à vista de certidões passadas com base em folha
de pagamento. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de
*XX - Revogado *Revogado pela Lei Complementar nº 159,
21.1.2005 D. O. 25.1.2005
de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
*Art. 70 – A apuração do tempo de contribuição será feita
*XXI - nascimento de filho, até um dia, para fins de registro
em anos, meses e dias. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de
civil. *Ver Constituição Federal, art. 10, inciso II, § 1º dos
21.1.2005 D. O. 25.1.2005
ADCT.
*§ 1° - O ano corresponderá a 365 (trezentos e sessenta e
§ 1º - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por acidente
cinco) dias e o mês aos 30 (trinta) dias. *Modificado pela Lei
de trabalho o evento que cause dano físico ou mental ao
nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005
funcionário, por efeito ou ocasião do serviço, inclusive no
deslocamento para o trabalho ou deste para o domicílio do *§ 2° - Para o cálculo de qualquer benefício, depois de
funcionário. apurado o tempo de contribuição, este será convertido em
dias, vedado qualquer forma de arredondamento.
§ 2º - Equipara-se a acidente no trabalho a agressão, quando
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
não provocada, sofrida pelo funcionário no serviço ou em
25.1.2005
razão dele.
*Art. 71 – É vedado: *Redação dada pela Lei nº 13.578, de
§ 3º - Por doença profissional, para os efeitos deste Estatuto,
21.1.2005 D. O. 25.1.2005
entende-se aquela peculiar ou inerente ao trabalho
exercido, comprovada, em qualquer hipótese, a relação de *I - o cômputo de tempo fictício para o cálculo de benefício
causa e efeito. previdenciário; *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de
21.1.2005 D. O. 25.1.2005
§ 4º - Nos casos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo, o
laudo resultante da inspeção médica deverá estabelecer, *II - a concessão de aposentadoria especial, nos termos no
expressamente, a caracterização do acidente no trabalho da art. 40, §4° da Constituição Federal, até que Lei
doença profissional. Complementar Federal discipline a matéria; *Acrescentado
pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005
*Art. 69 – Será computado para efeito de disponibilidade e
aposentadoria: *Redação dada pela Lei nº 13.578, de *III - a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do
21.1.2005 D. O. 25.1.2005 Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos
Civis e Militares, dos Agentes Estatuto dos Funcinários
*I - o tempo de contribuição para o Regime Geral de
Públicos Civis do Estado - 27 Públicos e dos Membros de
Previdência Social – RGPS, bem como para os Regimes
Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, ressalvadas as
Próprios de Previdência Social – RPPS; *Redação dada pela
decorrentes dos cargos acumuláveis previstos na
Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005
Constituição Federal; *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de
*II - o período de serviço ativo das Forças Armadas; 21.1.2005 D. O. 25.1.2005
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
*IV - a percepção simultânea de proventos de aposentadoria
25.1.2005
decorrente de regime próprio de servidor titular de cargo
III – o tempo de aposentadoria, desde que ocorra reversão; efetivo, com a remuneração de cargo, emprego ou função
pública, ressalvados os cargos acumuláveis previstos na

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Constituição Federal, os eletivos e os cargos em comissão CAPÍTULO II


declarados em Lei de livre nomeação e exoneração. DA ESTABILIDADE E DA VITALICIEDADE
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
25.1.2005 *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de Art. 73 - Estabilidade é o direito que adquire o funcionário
19.12.2003 e Estadual n° 56, de 7.1.2004 efetivo de não ser exonerado ou demitido, senão em virtude
de sentença judicial ou inquérito administrativo, em que se
*§ 1° - Não se considera fictício o tempo definido em Lei lhe tenha sido assegurada ampla defesa.
como tempo de contribuição para fins de concessão de
aposentadoria quando tenha havido, por parte do servidor, Art. 74 - A estabilidade assegura a permanência do
a prestação de serviço ou a correspondente contribuição. funcionário no Sistema Administrativo.
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. *Art. 75 - O funcionário nomeado em virtude de concurso
25.1.2005 *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de público adquire estabilidade depois de decorridos dois anos
19.12.2003 e Estadual n° 56, de 7.1.2004 de efetivo exercício. *Ver Constituicão Federal, art. 41, com
*§ 2° - A vedação prevista no inciso IV, não se aplica aos a redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
membros de Poder e aos inativos, servidores e militares que, 4.6.1998 – D. O. U. de 5.6.1998 *Ver Lei nº 13.092, de
até 16 de dezembro de 1998, tenham ingressado novamente 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001 Parágrafo único - A
no serviço público por concurso público de provas ou de estabilidade funcional é incompatível com o cargo em
provas e títulos, e pelas demais formas previstas na comissão.
Constituição Federal, sendo-lhes proibida a percepção de Art. 76 - O funcionário perderá o cargo vitalício somente em
mais de uma aposentadoria pelo Sistema Único de virtude de sentença judicial.
Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares,
dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do CAPÍTULO III
Ceará – SUPSEC, exceto se decorrentes de cargos DA DISPONIBILIDADE
acumuláveis previstos na Constituição Federal. *Art. 77 - Disponibilidade é o afastamento de exercício de
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. funcionário estável em virtude da extinção do cargo, ou da
25.1.2005 *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de decretação de sua desnecessidade. *Ver § 3º do art. 41 da
19.12.2003 e Estadual n° 56, de 7.1.2004 Constituição Federal com a redação dada pela Emenda
*§ 3° - O servidor inativo para ser investido em cargo público Constitucional Federal nº 19, de 4.6.1998 – D. O. U. 5.6.1998
efetivo não acumulável com aquele que gerou a *§ 1º - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o
aposentadoria deverá renunciar aos proventos desta. servidor ficará em disponibilidade percebendo remuneração
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. proporcional por cada ano de serviço, à razão de: *Redação
25.1.2005 *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005.
19.12.2003 e Estadual n° 56, de 7.1.2004 Apêndice.
*§ 4° - O aposentado pelo Sistema Único de Previdência *I - 1/12.775 (um doze mil, setecentos e setenta e cinco avos)
Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes da remuneração por cada dia trabalhado, se homem; e
Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
SUPSEC, que estiver exercendo ou que voltar a exercer 25.1.2005. Apêndice.
atividade abrangida por este regime é segurado obrigatório
em relação a esta atividade, ficando sujeito às contribuições, *II - 1/10.950 (hum dez mil, novecentos e cinqüenta avos) da
de que trata esta Lei, para fins de custeio da Previdência remuneração por cada dia trabalhado, se mulher. *Redação
Social, na qualidade de contribuinte solidário. dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005.
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. Apêndice.
25.1.2005 – Apêndice *Ver Emendas Constitucionais Federal *§ 2º - A apuração do tempo de serviço será feita em dias,
n° 41, de 19.12.2003 e Estadual n° 56, de 7.1.2004 sendo o número de dias convertido em anos, considerando-
*Art. 72 – Observadas as disposições do artigo anterior, o se o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, permitido
servidor poderá desaverbar, em qualquer época, total ou o arredondamento para um ano, na conclusão da conversão,
parcialmente, seu tempo de contribuição, desde que não o que exceder a 182 (cento e oitenta e dois) dias. *Redação
tenha sido computado este tempo para a concessão de dada pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 – D. O. de 18.6.1999
qualquer benefício. *O artigo 72 teve sua redação original *§ 3º - Aplicam-se aos vencimentos da disponibilidade os
alterada pela Lei 10.226, de 12.12.1978 - D. O. 21.12.1978, e, mesmos critérios de atualização, estabelecidos para os
posteriormente pela Lei 10.340, de 22.11.1979 - D. O. funcionários ativos em geral. *Ver o inciso III do art. 66,o
3.12.1979, Lei 10.589, de 23.11.1981 – D. O. 24.11.1981 e Lei inciso XX do art. 68.
13.578, de 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005

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CAPÍTULO IV Art. 82 - A licença poderá ser determinada ou prorrogada, de


DAS FÉRIAS ofício ou a pedido.

*Art. 78 - O funcionário gozará trinta dias consecutivos, ou Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá ser
não, de férias por ano, de acordo com a escala organizada apresentado antes de finda a licença, e, se indeferido,
pelo dirigente da Unidade Administrativa, na forma do contar-se-á como licença o período compreendido entre a
regulamento. *Ver art. 7º, inciso XVII da Constituição Federal data do término e a do conhecimento oficial do despacho.
e art. 167, inciso VII da Constituição Estadual, bem como Art. 83 - A licença gozada dentro de sessenta dias, contados
Decreto nº 20.769, de 11.6.1990 - D. O. de 12.6.1990 da determinação da anterior será considerada como
§ 1º - Se a escala não tiver sido organizada, ou houver prorrogação.
alteração do exercício funcional, com a movimentação do Art. 84 - O funcionário não poderá permanecer em licença
funcionário, a este caberá requerer, ao superior hierárquico, por prazo superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos
o gozo das férias, podendo a autoridade, apenas, fixar a dos itens II, III, V e VI do art. 80, deste Estatuto.
oportunidade do deferimento do pedido, dentro do ano a
que se vincular o direito do servidor. *Art. 85 – Revogado. *Artigo revogado pela Lei n° 13.578, de
21.1.2005 – D. O. 25.1.2005.
§ 2º - O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de dois
períodos de férias. Art. 86 - São competentes para licenciar o funcionário os
dirigentes do Sistema Administrativo Estadual, admitida a
§ 3º - O funcionário terá direito a férias após cada ano de delegação, na forma do Regulamento.
exercício no Sistema Administrativo.
Art. 87 - VETADO.
§ 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao
serviço. § 1º - VETADO.

*§ 5º - Revogado. *Revogado o § 5º pelo art. 2º da Lei nº § 2º - VETADO.


12.913, de 17.6.1999 - D. O. de 18.6.1999. § 3º - VETADO.
Art. 79 - A promoção, o acesso, a transferência e a remoção SEÇÃO II
não interromperão as férias. DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
CAPÍTULO V
*Art. 88 - A licença para tratamento de saúde precederá a
*DAS LICENÇAS inspeção médica, nos termos do Regulamento. *Ver Lei nº
SEÇÃO I 10.738, de 26.10.1982 – D. O. de 10.11.1982
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
*Art. 89 – O servidor será compulsoriamente licenciado
Art. 80 - Será licenciado o funcionário: quando sofrer uma dessas doenças graves, contagiosas ou
I - para tratamento de saúde; incuráveis: tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia
malígna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e
*II - por acidente no trabalho, agressão não provocada e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkson,
doença profissional; *Ver art.98, revogado pelo art. 16 da Lei espondiloartrose anquilosante, epilepsia vera, nefropatia
nº 13.578, de 21.1.2005 – D.O. 25.1.2005. grave, estado avançado da doença de Paget (osteite
III - por motivo de doença em pessoa da família; deformante), síndrome da deficiencia imunológica adquirida
– Aids, contaminação por radiação, com base em conclusão
IV - quando gestante; da medicina especializada, hepatopatia e outras que forem
V - para serviço militar obrigatório; disciplinadas em Lei. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de
21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005. Apêndice.
VI - para acompanhar o cônjuge;
Art. 90 - Verificada a cura clínica, o funcionário licenciado
VII - em caráter especial. voltará ao exercício, ainda quando deva continuar o
Art. 81 - A licença dependente de inspeção médica terá a tratamento, desde que comprovada por inspeção médica
duração que for indicada no respectivo laudo. capacidade para a atividade funcional.

§ 1º - Findo esse prazo, o paciente será submetido a nova Art. 91 - Expirado o prazo de licença previsto no laudo
inspeção, devendo o laudo concluir pela volta do funcionário médico, o funcionário será submetido a nova inspeção, e
ao exercício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, aposentado, se for julgado inválido. *Redação dada pela Lei
pela aposentadoria. nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005. Apêndice.

§ 2º - Terminada a licença o funcionário reassumirá *Parágrafo único – Na hipótese prevista neste artigo, o
imediatamente o exercício. tempo necessário para a nova inspeção será considerado

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como de prorrogação da licença e, no caso de invalidez, a SEÇÃO IV


inspeção ocorrerá a cada 2 (dois) anos. DA LICENÇA À GESTANTE
Art. 92 - No processamento das licenças para tratamento de *Art. 100 – Fica garantida a possibilidade de prorrogação,
saúde será observado sigilo no que diz respeito aos laudos por mais 60 (sessenta) dias, da licença- -maternidade,
médicos. prevista nos art. 7º, inciso XVIII, e 39, §3º, da Constituição
Art. 93 - No curso da licença, o funcionário abster-se-á de Federal destinada às servidoras públicas estaduais.
qualquer atividade remunerada, sob pena de interrupção *Redação dada pela Lei nº 13.881, de 24.4.2007 – D. O. de
imediata da mesma licença, com perda total dos 15.5.2007.
vencimentos, até que reassuma o exercício. §1° - A prorrogação de que trata este artigo será assegurada
Art. 94 - O funcionário não poderá recusar a inspeção médica à servidora estadual mediante requerimento efetivado até o
determinada pela autoridade competente, sob pena de final do primeiro mês após o parto, e concedida
suspensão do pagamento dos vencimentos, até que seja imediatamente após a fruição da licença-maternidade de
realizado exame. que trata o art. 7º, inciso XVIII, da Constituição Federal.(NR)

Art. 95 - Considerado apto em inspeção médica, o *§ 2° - Durante o período de prorrogação da licença-


funcionário reassumirá o exercício imediatamente, sob pena maternidade, a servidora estadual terá direito à sua
de se apurarem como faltas os dias de ausência. remuneração integral. *Redação dada pela Lei
Complementar nº 159, de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
Art. 96 - No curso da licença poderá o funcionário requerer
inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir §3° - É vedado durante a prorrogação da licença- -
o exercício. maternidade tratada neste artigo o exercício de qualquer
atividade remunerada Pela servidora beneficiária, e a criança
Art. 97 - Serão integrais os vencimentos do funcionário não poderá ser mantida em creches ou organização similar,
licenciado para tratamento de saúde. sob pena da perda do direito do benefício e conseqüente
*Parágrafo único. O pagamento dos vencimentos do servidor apuração da responsabilidade funcional.(NR)
licenciado para tratamento de saúde é mantido por recursos *§ 4º O pagamento dos vencimentos da servidora em
do respectivo órgão de origem. *Acrescido pela Lei licença-maternidade, inclusive no período de prorrogação, é
Complementar nº 159, de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016 mantido por recursos do respectivo órgão de origem.
*Art. 98 – Revogado. *Artigo revogado pela Lei n° 13.578, de *Acrescido pela Lei Complementar nº 159, de 14.01.2016 -
21.1.2005 – D. O. 25.1.2005. D.O. 18.01.2016

SEÇÃO III SEÇÃO V


DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO
FAMÍLIA Art. 101 - O funcionário que for convocado para o serviço
*Art. 99 – O servidor poderá ser licenciado por motivo de militar será licenciado com vencimentos integrais,
doença na pessoa dos pais, filhos, cônjuge do qual não esteja ressalvado o direito de opção pela retribuição financeira do
separado e de companheiro(a), desde que prove ser serviço militar.
indispensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser *§1° - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não
prestada simultaneamente com exercício funcional. excedente a 30 (trinta) dias para que reassuma o exercício
§ 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção médica do cargo, sem perda de vencimentos. *Redação dada pela
realizada conforme as exigências contidas neste Estatuto Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005. Apêndice.
quanto à licença para tratamento de saúde. *§2° - O servidor, de que trata o caput deste artigo,
§ 2º - A necessidade de assistência ao doente, na forma deste contribuirá para o Sistema Único de Previdência Social dos
artigo, será comprovada mediante parecer do Serviço de Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e
Assistência Social, nos termos do Regulamento. dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC,
mesmo que faça opção pela retribuição financeira do serviço
*§ 3° - O funcionário licenciado, nos termos desta seção, militar. *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D.
perceberá vencimentos integrais até 6 (seis) meses. Após O. de 25.1.2005. Apêndice.
este prazo o servidor obedecerá o disposto no inciso IV, do
art. 66 desta Lei, até o limite de 4 (quatro) anos, devendo Art. 102 - O funcionário, Oficial da Reserva não remunerada
retornar a suas atividades funcionais imediatamente ao fim das Forças Armadas, será licenciado, com vencimentos
do período. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 integrais, para cumprimento dos estágios previstos pela
– D. O. de 25.1.2005. Apêndice. legislação militar, garantido o direito de opção.

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SEÇÃO VI e) por luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de tio e


DA LICENÇA DO FUNCIONÁRIO PARA ACOMPANHAR O cunhado;
CÔNJUGE *f) for realizar missão oficial em outro ponto do território
*Art. 103 - O funcionário terá direito a licença sem nacional ou no estrageiro. *acrescida pela Lei nº 13.578, de
vencimento, para acompanhar o cônjuge, também servidor 21.1.2005 – D.O. de 25.1.2005 Apêndice.
público, quando, de ofício, for mandado servir em outro II - sem direito à percepção dos vencimentos, quando se
ponto do Estado, do Território Nacional, ou no Exterior. *Ver tratar de afastamento para trato de interesses particulares;
Lei nº 10.738, de 26.10.1982 – D. O. 10.11.1982
III - com ou sem direito à percepção dos vencimentos,
§ 1º - A licença dependerá do requerimento devidamente conforme se dispuser em regulamento, quando para o
instruído, admitida a renovação, independentemente de exercício das atribuições de cargo, função ou emprego em
reassunção do exercício. entidades e órgãos estranhos ao Sistema Administrativo
§ 2º - Finda a causa da licença, o funcionário retornará ao Estadual.
exercício de suas funções, no prazo de trinta dias, após o qual *§1° - Nos casos previstos nas alíneas a e b, o servidor só
sua ausência será considerada abandono de cargo. poderá solicitar exoneração após o seu retorno, desde que
§ 3º - Existindo no novo local de residência repartição trabalhe no mínimo o dobro do tempo em que esteve
estadual, o funcionário nela será lotado, enquanto durar a afastado, ou reembolse o montante corrigido
sua permanência ali. monerariamente que o Estado desembolsou durante seu
afastamento. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de
Art. 104 - Nas mesmas condições estabelecidas no artigo 21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005. Apêndice.
anterior o funcionário será licenciado quando o outro
cônjuge esteja no exercício de mandato eletivo fora de sua *§ 2° - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual
sede funcional. poderão, ainda, autorizar o servidor, ocupante do cargo
efetivo ou em comissão, a integrar ou assessorar comissões,
*SEÇÃO VII grupos de trabalho ou programas, com ou sem afastamento
DA LICENÇA ESPECIAL do exercício funcional e sem prejuízo dos vencimentos.
*Revogado a Seção VII, compreendendo os artigos 105 a 108, *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D. O. 18.6.1999 25.1.2005. Apêndice.

Art. 109 - VETADO. SEÇÃO II


DAS AUTORIZAÇÕES PARA INCENTIVO À FORMAÇÃO
Parágrafo único – VETADO. PROFISSIONAL DO FUNCIONÁRIO
CAPÍTULO VI *Art. 111 - Poderá ser autorizado o afastamento, até duas
DAS AUTORIZAÇÕES horas diárias, ao funcionário que freqüente curso regular de
SEÇÃO I 1º e 2º graus ou de ensino superior. *Ver Lei nº 11.160, de
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 20.12.1985 - D. O. 24.12.1985 *Ver Lei nº 11.182, de
9.6.1986 - D. O. 18.6.1986
*Art. 110 - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual
autorizarão o funcionário a se afastar do exercício funcional Parágrafo único - A autorização prevista neste artigo poderá
de acordo com o disposto em Regulamento: dispor que a redução do horário dar- -se-á por prorrogação
*Regulamentado pelo Decreto nº 25.851 de 12.4.2000 – D. do início ou antecipação do término do expediente, diário,
O. 12.4.2000 conforme considerar mais conveniente ao estudante e aos
interesses da repartição.
I - sem prejuízo dos vencimentos quando:
Art. 112 - Será autorizado o afastamento do exercício
a) for estudante, para incentivo à sua formação profissional
funcional nos dias em que o funcionário tiver que prestar
e dentro dos limites estabelecidos neste Estatuto;
exames para ingresso em curso regular de ensino, ou que,
*b) for estudar em outro ponto do território nacional ou no estudante, se submeter a provas.
estrangeiro; *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005
Art. 113 - O afastamento para missão ou estudo fora do
– D. O. de 25.1.2005. Apêndice.
Estado em outro ponto do território nacional ou no
c) por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito) dias; estrangeiro será autorizado nos mesmos atos que
designarem o funcionário a realizar a missão ou estudo,
d) por motivo de luto até 8 (oito) dias, em decorrência de
quando do interesse do Sistema Administrativo Estadual.
falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes
consangüíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, Art. 114 - As autorizações previstas nesta Seção dependerão
padrasto e pais adotivos; de comprovação, mediante documento oficial, das
condições previstas para as mesmas, podendo a autoridade

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competente exigi-la prévia ou posteriormente, conforme I - vencimento;


julgar conveniente.
II - ajuda de custo;
Parágrafo único - Concedida a autorização, na dependência
III - diária;
da comprovação posterior, sem que esta tenha sido
efetuada no prazo estipulado, a autoridade anulará a *IV - Revogado. *IV - Revogado pela Lei nº 12.913, de
autorização, sem prejuízo de outras providências que 17.6.1999 - D. O. 18.6.1999
considerar cabíveis. Ver: Decreto nº 19.002 de 15.12.1987 -
V - gratificações.
D.O. 16.12.1987 - Apêndice
§ 1º - O conjunto das retribuições constitui os vencimentos
SEÇÃO III
funcionais.
DO AFASTAMENTO PARA O TRATO DE INTERESSES
PARTICULARES § 2º - A retribuição do funcionário disponível constitui
vencimentos para todos os efeitos legais.
*Art. 115 – Depois de três anos de efetivo exercício e após
declaração de aquisição de estabilidade no cargo de § 3º - A retribuição pecuniária atribuída ao funcionário não
provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização de sofrerá descontos além dos previstos expressamente em lei,
afastamento para tratar de interesses particulares, por um nem serão objetos de arresto, seqüestro ou penhora, salvo
período não superior a quatro anos e sem percepção de quando se tratar de:
remuneração. *Redação dada pela Lei nº 13.092, de I - prestação de alimentos determinada judicialmente;
8.1.2001 – D. O. 8.1.2001
II - reposição de indenização devida à Fazenda Estadual;
Parágrafo único - O funcionário aguardará em exercício a
autorização do seu afastamento. *III – auxílios e benefícios instituídos pela Administração
Pública. *Acrescentado pela Lei nº 13.369, de 22.9.2003 - D.
Art. 116 - Não será autorizado o afastamento do funcionário O. 24.9.2003
removido antes de ter assumido o exercício.
*§ 4º - As reposições e indenizações devidas à Fazenda
Art. 117 - O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir Pública Estadual serão descontadas em parcelas mensais,
da autorização concedida, reassumindo o exercício das não excedentes da décima parte da remuneração do
atribuições do seu cargo. servidor, assim entendida como o vencimento-base,
Art. 118 - Quando o interesse do Sistema Administrativo o acrescido das vantagens fixas e de caráter pessoal. *Redação
exigir, a autorização poderá ser cassada, a juízo da alterada pela Lei nº 13.369, de 22.9.2003 - D. O. 24.9.2003
autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário § 5º - Se o funcionário for exonerado ou demitido, a quantia
ser expressamente notificado para apresentar-se ao serviço por ele devida será inscrita como dívida ativa para os efeitos
no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período, legais.
findo o qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
SEÇÃO II
Art. 119 - A autorização para afastamento do exercício para DO VENCIMENTO
o trato de interesses particulares somente poderá ser
prorrogada por período necessário para complementar o *Art. 123 - Considera-se vencimento a retribuição
prazo previsto no art. 115 deste Estatuto. correspondente ao padrão, nível ou símbolo do cargo a que
esteja vinculado o funcionário, em razão do efetivo exercício
*Art. 120. O funcionário somente poderá receber nova de função pública. *Ver art. 7º, inciso VIII, da Constituição
autorização para o afastamento previsto nesta Seção após Federal e art. 167, incisos I e XIV da Constituição Estadual, e
decorrido pelo menos um ano do efetivo exercício, contado arts. 42 e 43 da Lei nº 12.386, de 9.12.94 - D. O. 9.12.94
da data em que reassumiu, em decorrência do término do
prazo autorizado ou por motivo de desistência ou de *Art. 124 - O funcionário perderá: *Ver Decreto nº 18.590,
cassação da autorização concedida. *Redação dada pela Lei de 18.3.87 - D. O. 19.3.1987
nº 15.744, de 29.12.2014 - D.O. 30.12.2014 I - o vencimento do cargo efetivo, quando nomeado para
CAPÍTULO VII cargo em comissão, salvo o direito de opção e de
DA RETRIBUIÇÃO acumulação lícita;
SEÇÃO I II - o vencimento do cargo efetivo, quando no exercício de
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES mandato eletivo, federal ou estadual;
Art. 121 - Todo funcionário, em razão do vínculo que *III - o vencimento do cargo efetivo, quando dele afastado
mantém com o Sistema Administrativo Estadual, tem direito para exercer mandato eletivo municipal remunerado; *Ver
a uma retribuição pecuniária, na forma deste Estatuto. art. 38, inciso III da Constituição Federal e art. 175, inciso III
da Constituição Estadual.
Art. 122 - As formas de retribuição são as seguintes:

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IV - o vencimento do dia, se não comparecer ao serviço, salvo SEÇÃO IV


motivo legal ou doença comprovada, de acordo com o DAS DIÁRIAS
disposto neste Estatuto;
*Art. 129 - Ao funcionário que se deslocar da sua repartição
V - um terço do vencimento do dia, se comparecer ao serviço em objeto de serviço, conceder-se-á diária a título de
dentro da hora seguinte à fixação para o início do indenização das despesas de alimentação e hospedagem, na
expediente, quando se retirar antes de findo o período de forma do Regulamento. *Ver Decreto nº 23.651, de
trabalho; 28.3.1995 - D. O. 31.3.1995
VI - um terço do vencimento, durante o afastamento por Art. 130 - O funcionário que receber diária indevida será
motivo de prisão administrativa, prisão preventiva, obrigado a restituí-la de uma só vez, ficando, ainda, sujeito à
pronúncia por crime comum, denúncia por crime funcional punição disciplinar.
ou condenação por crime inafiançável em processo no qual
não haja pronúncia, tendo direito à diferença, se absolvido; *SEÇÃO V
DO AUXÍLIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA
VII - dois terços do vencimento durante o período de
afastamento em virtude de condenação por sentença *Revogada a SEÇÃO V, do Capítulo VII, do Título IV,
passada em julgado à pena de que não resulte em demissão. compreendendo o art. 131 e seu parágrafo único, pela Lei nº
12.913 de 17.6.1999 - D. O. 18.6.1999
Parágrafo único - O funcionário investido em mandato
gratuito de vereador fará jus à percepção dos seus SEÇÃO VI
vencimentos nos dias em que comparecer às sessões da DAS GRATIFICAÇÕES
Câmara.
Art. 132 - Ao funcionário conceder-se-á gratificação em
SEÇÃO III virtude de:
DA AJUDA DE CUSTO I - prestação de serviços extraordinários;
Art. 125 - Será concedida ajuda de custo ao funcionário que II - representação de Gabinete;
for designado, de ofício, para ter exercício em nova sede,
mesmo fora do Estado. III - exercício funcional em determinados locais;

Parágrafo único - A ajuda de custo destina-se à indenização IV - execução de trabalho relevante, técnico ou científico;
das despesas de viagem e de nova instalação do funcionário. *V - serviço ou estudo fora do Estado ou do País;
Art. 126 - A ajuda de custo não excederá de três meses de *Regulamentado pelo Decreto nº 12.765, de 19.5.1978 - D.
vencimentos, salvo nos casos de designação do funcionário O. 26.5.1978 Ver Art. 9º da Lei 13.578 de 21.1.2005 – D.O.
para: 25.1.2005.

a) ter exercício fora do Estado; *VI - execução de trabalho em condições especiais, inclusive
com risco de vida ou saúde; *Ver art. 10, §2º inciso IV da Lei
b) serviço fora do Estado. Complementar nº 159 de 14.01.2016 - D.O. de 18.01.2016.
*Parágrafo único - A ajuda de custo será arbitrada, dentro VII - participação em órgão de deliberação coletiva;
das respectivas áreas de competência, pelo Governador do
Estado, Presidente da Assembléia Legislativa, do Tribunal de VIII - participação em comissão examinadora de concurso;
Justiça, do Tribunal de Contas, do Conselho de Contas dos *IX - exercício de magistério, em regime de tempo
Municípios e das Autarquias. *Ver Emenda Constitucional nº complementar; ou em cursos especiais, legalmente
9, de 16.12.1992 – D. O. 22.12.1992 instituídos, inclusive para treinamento de funcionários; *Ver
Art. 127 - A ajuda de custo para serviço fora do Estado será Decreto nº 23.695, de 6.6.1995 - D. O. 7.6.1995
calculada na forma disposta em Regulamento. *X - representação; *Ver Decreto nº 31.668, de 5.2.2015 -
Art. 128 - O funcionário restituirá a ajuda de custo: I - quando D.O. 5.2.2015
não se transportar para a nova sede no prazo determinado; XI - regime de tempo integral;
II - quando, antes de terminada a incumbência, regressar, XII - de aumento de produtividade;
pedir exoneração ou abandonar o serviço.
XIII - exercício em órgãos fazendários.
§ 1º - A restituição é de exclusiva responsabilidade pessoal e
poderá ser feita parceladamente. *Parágrafo único - As gratificações não definidas nesta lei
serão objeto de regulamento. *Ver Decreto nº 12.765, de
§ 2º - Não haverá obrigação de restituir, quando o regresso 19.5.1978 - D. O. 26.5.1978
do funcionário for determinado de ofício ou por doença
comprovada, ou quando o mesmo for exonerado a pedido, *Art. 133 - A gratificação pela prestação de serviço
após 90 (noventa) dias de exercício na nova sede. extraordinário é a retribuição de serviço cuja execução exija

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dedicação além do expediente normal a que estiver sujeito natureza social e profissional determinadas pelo exercício
o servidor e será paga proporcionalmente: funcional. *Ver Decreto nº 31.668, de 5.2.2015 - D. O. de
5.2.2015.
I - por hora de trabalho adicional; ou,
Art. 138 - A gratificação por regime de tempo integral, que
II - por tarefa especial, levando-se em conta estimativa do
se destina ao incremento das atividades de investigação
número de dias e de horas necessários para sua realização.
científica, ou tecnológica, e aumento da produtividade, no
§ 1º - O valor da hora de trabalho adicional será 50% Sistema Administrativo Estadual, será objeto de
(cinqüenta por cento) maior que o da hora normal de regulamentação específica.
trabalho, apurado através da divisão do valor da
§ 1º - No Regulamento de que trata este artigo serão
remuneração mensal do servidor por 30 (trinta) e este
obedecidas as seguintes diretrizes gerais;
resultado pelo número de horas correspondentes à carga
horária ou regime do servidor. *I - proporcionalidade que variará de 60 % (sessenta por
cento) a 100 % (cem por cento) do valor do nível de
§ 2º - No caso do inciso II, a gratificação será arbitrada
vencimento ou função, observando-se os seguintes fatores
previamente pelo dirigente do órgão ou entidade da
de variação; *O inciso I, do § 1º, do art. 138 foi
administração pública de qualquer dos Poderes, através de
regulamentado pela Lei nº 9.901, de 26.5.1975 - D. O.
ato que demonstre a proporcionalidade do pagamento, com
3.6.1975 e posteriormente o art. 19 da Lei nº 10.416 de
indicação da estimativa dos dias e dos horários que serão
8.9.1980 deu nova redação ao art. 138 *Ver arts. 41 e 42 da
necessários à consecução dos serviços.
Lei nº 11.714, de 25.7.1990 - D. O. 4.9.1990
§ 3º - A despesa total mensal com o pagamento da
a) complexidade da tarefa;
gratificação de que trata este artigo em nenhuma hipótese
poderá exceder a 1,5% (um e meio por cento) do valor total b) deslocamentos exigidos para execução das tarefas;
da despesa mensal com pagamento de pessoal, do órgão ou
c) a situação no mercado de trabalho;
entidade considerado.
d) as condições de trabalho;
§ 4º - O descumprimento ao disposto neste artigo acarretará
responsabilidade para o dirigente do órgão ou entidade e e) as prioridades dos programas, do cargo ou grupo de
seus subordinados envolvidos, que ficarão solidariamente cargos; e
obrigados a restituir ao tesouro estadual as quantias pagas a
f) a especialização exigida do funcionário.
maior. *Redação dada pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D.
O. 18.6.1999 *Ver art. 7º, XVI, da Constituição Federal e art. II - A atribuição da gratificação a ocupantes de cargos ou
167, VI, da Constituição Estadual. grupos de cargos será condicionada a procedimentos
administrativos que possibilitem a verificação das
*Art. 134 - A gratificação pela representação de Gabinete
prioridades dos programas, para aumento da produtividade
poderá ser concedida a funcionários e a pessoas estranhas
ou incremento à investigação científica ou tecnológica, com
ao Sistema Administrativo, sem qualquer vínculo, com
as justificativas dos programas e subprogramas, a relação
exercício nos gabinetes e órgãos de assessoramento técnico
dos servidores indispensáveis à sua execução, o prazo de
do referido Sistema, na forma do Regulamento. *Ver art. 21
duração do regime e a despesa dele decorrente.
da Lei nº 10.416, de 8.9.1980 - D. O. 8.9.1980
§ 2º - Excepcionalmente e até a aplicação do Plano de
*Art. 135 - A gratificação pela elaboração ou execução de
Classificação de Cargos de que trata a Lei nº 9.634, de 30 de
trabalho relevante, técnico ou científico, será arbitrada e
outubro de 1972, o regime de tempo integral poderá ser
atribuída pelos dirigentes do Sistema Administrativo
atribuído a servidores mensalistas, remanescentes das
Estadual. *Ver arts. 10 e 11 da Lei nº 11.346, de 3.9.1987 - D.
extintas Tabelas Numéricas de Mensalistas, inclusive tendo
O. 4.9.1987; e art. 6º da Lei nº 11.428, de 22.3.1988 - D. O.
como base de cálculo o nível de vencimentos do cargo
23.3.1988; Art. 39 da Lei nº 11.714 de 25.7.1990 - D. O.
correspondente à respectiva qualificação profissional.
4.9.1990;; Decreto nº 22.121 de 2.9.1992 - D. O. 3.9.1992
Art. 139 - A gratificação de produtividade destina-se a
*Art. 136 - A gratificação pela execução de trabalho em
incentivar o aumento de arrecadação dos tributos estaduais,
condições especiais, inclusive com risco de vida ou de saúde,
devendo ser objeto de Regulamentação.
será atribuída pelos dirigentes do Sistema Administrativo
Estadual, observado o disposto em Regulamento. *Ver art. Art. 140 - A gratificação de exercício, atribuída aos
26 inciso IV, , art. 28, 29, 30 e 31 da Lei nº 15.716 de funcionários fazendários, constantes da Lei nº 9.375, de
19.05.2014 - D.O. de 22.12.2014; e art. 10, §2º inciso II da Lei 10.07.70, será objeto de regulamentação própria.
Complementar nº 159 de 14.01.2016 - D.O. de 18.01.2016.
*Art. 137 - A gratificação de representação é uma
indenização atribuída aos ocupantes de cargos em comissão
e outros que a lei determinar, tendo em vista despesas de
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CAPÍTULO VIII TÍTULO V


DO DIREITO DE PETIÇÃO DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA
CAPÍTULO I
Art. 141 - É assegurado ao funcionário e ao aposentado o
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
direito de requerer, representar, pedir reconsideração e
recorrer. *Art. 150 – O Estado assegurará um sistema de previdência
Art. 142 - A petição será dirigida à autoridade competente público que será mantido com a contribuição de seus
para decidir do pedido e encaminhada por intermédio servidores, ativos, inativos, pensionistas e do orçamento do
daquela a quem estiver imediatamente subordinado o Estado, o qual compreenderá os seguintes benefícios: *Ver
requerente se for o caso. Lei Complementar nº123, de 16.9.2013 - D.O. 19.9.2013

Art. 143 - O direito de pedir reconsideração, que será I – quanto ao servidor:


exercido perante a autoridade que houver expedido o ato, a) aposentadoria;
ou proferido a primeira decisão, decairá após 60 (sessenta)
dias da ciência do ato pelo peticionante, ou de sua *b) salário-família do servidor aposentado; *Redação dada
publicação quando esta for obrigatória. pela Lei Complementar nº 159, de 14.01.2016 - D.O.
18.01.2016
§ 1º - O requerimento e o pedido de reconsideração de que
tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no *c) - Revogada *Revogada pela Lei Complementar nº 159, de
prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
improrrogáveis. *d) - Revogada *Revogada pela Lei Complementar nº 159, de
§ 2º - É vedado repetir pedido de reconsideração ou recurso 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
perante a mesma autoridade. II – quanto ao dependente:
Art. 144 - Caberá recurso: *a) pensão por morte; *Ver Emenda Constitucional nº 69, de
I - do indeferimento do pedido de reconsideração; 18.1.2011 – D. O. de 9.2.2011

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente *b) - Revogada *Revogada pela Lei Complementar nº 159, de
interpostos, nos termos do § 1º deste artigo. 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016

§ 1º - O recurso, interposto, perante a autoridade que tiver *§ 1º - Revogado. *Revogado pela Lei n° 13.578, de
praticado o ato ou proferido a decisão, será dirigido à 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005.
autoridade imediatamente superior e, sucessivamente, em *§ 2º - Revogado. *Revogado pela Lei n° 13.578, de
escala ascendente, às demais autoridades. 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005.
§ 2º - No encaminhamento do recurso observar-se- -á o *Art. 151 – O Estado assegurará a manutenção de um
disposto na parte final do art. 142. sistema de assistência que, dentre outros, preste os
Art. 145 - O pedido de reconsideração e o recurso não têm seguintes benefícios e serviços aos servidores e aos seus
efeito suspensivo, salvo disposição em contrário, e o que for dependentes:
provido retroagirá, nos efeitos, à data do ato impugnado. I – assistência médica;
Art. 146 - O direito de pleitear na esfera administrativa II – assistência hospitalar;
prescreverá em 120 (cento e vinte) dias, salvo estipulação
em contrário, prevista expressamente em lei ou III – assistência odontológica;
regulamento. IV – assistência social;
Art. 147 - Os prazos estabelecidos neste Capítulo são fatais e V – auxílio funeral. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de
improrrogáveis, e o pedido de reconsideração e o recurso, 21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005. Apêndice.
quando cabíveis, interrompem a prescrição.
* VI - auxílio-reclusão. *Acrescido pela Lei Complementar nº
Art. 148 - Ao funcionário ou ao seu representante 159, de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
legalmente constituído é assegurado, para efeito de recurso
ou pedido de reconsideração, o direito de vista ao processo § 1º - A triagem dos casos apresentados para internamento
na repartição competente durante todo o expediente hospitalar e conseqüente fiscalização e controle será
regulamentar, assegurado o livre manuseio do processo em realizado por um Grupo de Trabalho, cuja composição e
local conveniente. Se o representante do funcionário for atribuições será determinado pelo Governo do Estado
advogado, aplica- -se o disposto na Lei Federal pertinente. através do Instituto de Previdência do Estado – IPEC,
mediante ato próprio. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de
Art. 149 - O disposto neste Capítulo se aplica, no que couber, 21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005. Apêndice
aos procedimentos disciplinares.

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§ 2º - É assegurado assistência médica gratuita ao servidor do cargo de provimento em comissão, hipótese em que o
acidentado em serviço ou que tenha contraído doença respectivo provento será integral.
profissional, através do Estado. *Redação dada pela Lei nº
*§ 2º - O funcionário aposentado em decorrência da
13.578, de 21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005. Apêndice.
invalidez por acidente em serviço, por moléstia profissional,
§ 3º - VETADO. ou por doença grave contagiosa ou incurável, especificada
em Lei, é considerado como em efetivo exercício,
CAPÍTULO II
assegurando-se-lhe todos os direitos e vantagens atribuídas
DA APOSENTADORIA
aos ocupantes de cargo de igual categoria em atividade,
*Art. 152 – O servidor será aposentado, conforme as regras ainda que o mencionado cargo tenha ou venha a mudar a
estabelecidas no art. 40 da Constituição Federal. *Ver denominação de nível de classificação ou padrão de
Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 e vencimento. *O § 2º do art. 154 foi acrescentado pela Lei nº
Estadual n° 56, de 7.1.2004 10.361, de 6.12.1979 - D. O. 13.12.1979, tendo sua redação
atual pela Lei nº 10.932, de 3.10.1984 - D. O. 15.10.1984
*Parágrafo único – A aposentadoria por invalidez será
sempre precedida de licença por período contínuo não *Art. 155 – Revogado. *Revogado pelo art. 2º da Lei nº
inferior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo quando a junta 12.913, de 17.6.1999 - D. O. 18.6.1999
médica declarar a incapacidade definitiva para o serviço, ou *Art. 156 - O servidor aposentado compulsoriamente por
na hipótese prevista no art. 68, incisco X. *Redação dada pela motivo de idade, ou nos termos do art. 154, terá os seus
Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005. proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 1º - Revogado. *Revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 *Redação dada pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
– D. O. 25.1.2005. 25.1.2005.

§ 2º - Revogado. *Revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 *§ 1º - A proporcionalidade dos proventos, com base no
– D. O. 25.1.2005. tempo de contribuição, é a fração, cujo numerador
corresponde ao total de dias de contribuição e o
*Art. 153 – O processo de aposentadoria se inicia: *Redação denominador, o tempo de dias necessários à respectiva
dada pela Lei Complementar n° 92, de 25.1.2011 – D. O. aposentadoria voluntária com proventos integrais.
27.1.2011. *Redação dada pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
*I – com o requerimento do interessado, no caso de 25.1.2005.
inatividade voluntária; *Redação dada pela Lei *§ 2º - A fração de que trata o parágrafo anterior será
Complementar n° 92, de 25.1.2011 – D. O. 27.1.2011. aplicada sobre o valor dos proventos calculados conforme a
*II – automaticamente, quando o servidor atinge a idade de média aritmética simples das maiores remunerações ou
70 (setenta) anos; *Redação dada pela Lei Complementar n° subsídios, observando-se, previamente, que o valor
92, de 25.1.2011 – D. O. 27.1.2011. encontrado não poderá exceder à remuneração do servidor
no cargo efetivo em que se der a aposentadoria. *Redação
*III – automaticamente, quando o servidor for considerado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005.
inválido, na data fixada em laudo emitido pela Perícia Médica
Oficial do Estado ou na ocasião, em que verificada as demais *Art. 157 – Os proventos de aposentadoria e as pensões
hipóteses do art. 152, parágrafo único, desta Lei. (NR) serão reajustados na mesma data em que se der o reajuste
*Redação dada pela Lei Complementar n° 92, de 25.1.2011 – dos benefícios do regime geral de previdência social,
D. O. 27.1.2011. ressalvadas as aposentadorias concedidas conforme os arts.
6° e 7° da Emenda Constitucional Estadual n° 56, de 7 de
*IV – Revogado *Revogado pela Lei Complementar nº 92. de janeiro de 2004. (NR). *Redação dada pela Lei n° 13.578, de
25.1.2011 – D. O. de 27.1.2011. – Apêndice 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005.
*Art. 154 - O funcionário quando aposentado por invalidez CAPÍTULO III
terá provento integral, correspondente aos vencimentos,
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
incorporáveis do cargo efetivo, se a causa for doença grave,
incurável ou contagiosa, a que se refere o artigo 89, ou *Art. 158 - O salário-família é o auxílio pecuniário especial
acidente no trabalho, ou doença profissional, nos termos do concedido pelo Estado ao funcionário ativo e ao aposentado
inciso X do artigo 68; o provento será proporcional ao tempo como contribuição ao custeio das despesas de manutenção
de serviço, nos demais casos. *Ver inciso I do art. 40 da de seus dependentes. *Ver Decreto nº 20.768, de 11.6.1990
Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda - D. O. 12.6.1990 *Ver Art. 5ºda Lei Complementar nº38, de
Constitucional nº 20, de 15.12.1998 – D. O. U. 16.12.1998 31.12 2003 - D. O. 31.12.2003
§ 1º - Somente nos casos de invalidez decorrente de acidente *Art. 159. O salário-família será pago ao servidor, em quotas,
no trabalho ou doença profissional, como configurados nos na proporção do respectivo número de filhos ou
§§ 1º, 2º, 3º e 4º do artigo 68, será aposentado o ocupante equiparados, aplicando-se os mesmos parâmetros adotados

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pelo Instituto Nacional do Seguro Social, quanto à referida qualquer dúvida na declaração, o que poderá ser feito por
prestação assistencial, conforme definido em lei. *Redação meio de quaisquer provas admitidas em direito.
dada pela Lei Complementar nº 159, de 14.01.2016 - D.O.
§2º - Não sendo apresentado no prazo o esclarecimento de
18.01.2016
que trata o § 1º, a autoridade concedente determinará a
*Art. 160 - Revogado *Revogado pela Lei Complementar nº imediata suspensão do pagamento do salário-família, até
159, de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016 que seja satisfeita a exigência.
Art. 161 - O salário-família será pago, ainda, nos casos em Art. 168 - Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão das
que o funcionário deixar de perceber vencimento ou declarações prestadas, será suspensa a concessão do salário-
proventos, sem perda do cargo. família e determinada a reposição do indevidamente
recebido, mediante o desconto mensal de 10% (dez por
*Art. 162 - Revogado *Revogado pela Lei Complementar nº
cento) da remuneração líquida, em folha de pagamento.
159, de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
*Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O.
Art. 163 - O salário-família não servirá de base para qualquer 24.9.2003
contribuição, ainda que para fim de previdência social.
Art. 169 - O funcionário e o aposentado são obrigados a
Art. 164 - Será suspenso o pagamento do salário- -família ao comunicar a autoridade concedente, dentro do prazo de
funcionário que comprovadamente descurar da subsistência quinze dias, qualquer alteração que se verifique na situação
e educação dos seus dependentes. dos dependentes, da qual decorra supressão ou redução do
salário-família.
§1º - Mediante autorização judicial a pessoa que estiver
mantendo os dependentes do funcionário poderá receber o Parágrafo único - A não observância desta disposição
salário-família enquanto durar a situação prevista neste acarretará as mesmas providências indicadas no artigo
artigo. anterior.
§2º - O pagamento voltará a ser feito ao funcionário tão logo Art. 170 - O salário-família será devido em relação a cada
comprovado o desaparecimento dos motivos determinantes dependente, a partir do mês em que tiver ocorrido o ato ou
da suspensão. fato que lhe der origem, deixando de ser devido igualmente
em relação a cada dependente no mês seguinte ao ato ou
Art. 165 - Para se habilitar à concessão do salário- -família o
fato que determinar a sua supressão.
funcionário, o disponível, ou o aposentado apresentarão
uma declaração de dependentes, indicando o cargo que Art. 171 - O salário-família será pago juntamente com os
exercer, ou no qual estiver aposentado ou em vencimentos ou proventos, pelos órgãos pagadores,
disponibilidade, mencionando em relação a cada independentemente de publicação do ato de concessão.
dependente:
CAPÍTULO IV
I - nome completo, data e local de nascimento, comprovado DO AUXÍLIO-DOENÇA
por certidão do registro civil;
Art. 172 – Revogado. *Revogado pelo Art. 16 da Lei n°
II - grau de parentesco ou dependência; 13.578, de 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005.
*III - no caso de se tratar de maior de 14 (quatorze) anos, se CAPÍTULO V
total e permanentemente inválido para o trabalho, hipótese DO AUXÍLIO-FUNERAL
em que informará a causa e a espécie de invalidez; *Redação
dada pela Lei Complementar nº 159, de 14.01.2016 - D.O. *Art. 173 - Será concedido auxílio funeral à família do
18.01.2016 funcionário falecido, correspondente a 01 (um) mês de seus
vencimentos ou proventos, limitado o pagamento à quantia
*IV - Revogado *Revogado pela Lei Complementar nº 159, de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais).
de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
Parágrafo único - Quando não houver pessoa da família do
Art. 166 - A declaração do servidor será prestada a seu chefe funcionário no local do falecimento, o auxílio-funeral será
imediato que a examinará e, após o seu visto, a encaminhará pago a quem promover o enterro, mediante comprovação
ao órgão competente para o processamento e atendimento das despesas. *Redação dada pela Lei nº 12.913, de
da concessão. 17.6.1999 - D. O. de 18.6.1999
Art. 167 - O salário-família será concedido à vista das *CAPÍTULO VI
declarações prestadas, mediante simples despacho que será
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO
comunicado ao órgão incumbido da elaboração de folhas de
pagamento. *Acrescido pela Lei Complementar nº 159, de 14.01.2016 -
D.O. 18.01.2016
§1º - Será concedido ao declarante ativo ou inativo o prazo
de 120 (cento e vinte) dias para o esclarecimento de

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*Art. 173-A O auxílio-reclusão é devido pelo órgão de origem Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta
aos dependentes do servidor de baixa renda recolhido à funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, que
prisão e que, nessa condição, não esteja recebendo acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas
remuneração decorrente do seu cargo. *Acrescido pela Lei entidades ou de terceiros.
Complementar nº 159, de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
§1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado ou às suas
*§ 1º Para fins de definição da baixa renda e da qualificação entidades, no que exceder os limites da fiança, quando for o
dos dependentes, aplicam-se os mesmos parâmetros caso, será liquidada mediante prestações mensais
adotados pelo Instituto Nacional do Seguro Social, quanto à descontadas em folha de pagamento, não excedentes da
referida prestação assistencial. *Acrescido pela Lei décima parte do vencimento, à falta de outros bens que
Complementar nº 159, de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016 respondam pelo ressarcimento.
*§ 2º O auxílio-reclusão corresponde ao valor da §2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário
remuneração do servidor, observado o limite da baixa renda, responderá perante o Estado ou suas entidades, através de
sendo devido pelo período máximo de 12 (doze) meses e, ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a
somente, durante o tempo em que estiver recolhido à prisão decisão judicial, que houver condenado a Fazenda Pública a
sob regime fechado ou semiaberto, e enquanto for titular indenizar o terceiro prejudicado.
desse cargo. *Acrescido pela Lei Complementar nº 159, de
Art. 178 - A responsabilidade penal abrange os crimes e
14.01.2016 - D.O. 18.01.2016
contravenções imputados, por lei, ao funcionário, nesta
*§ 3º O pagamento do auxílio-reclusão deve estar qualidade.
fundamentado em certidão de efetivo recolhimento à
Art. 179 - São independentes as instâncias administrativas
prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do
civil e penal, e cumuláveis as respectivas cominações.
pagamento, a apresentação de declaração de permanência
na condição de presidiário. *Acrescido pela Lei §1º - Sob pena de responsabilidade, o funcionário que
Complementar nº 159, de 14.01.2016 - D.O. 18.01.2016 exercer atribuições de chefia, tomando conhecimento de um
fato que possa vir a se configurar, ou se configure como
TÍTULO VI
ilícito administrativo, é obrigado a representar perante a
DO REGIME DISCIPLINAR
autoridade competente, a fim de que esta promova a sua
CAPÍTULO I apuração.
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
§2º - A apuração da responsabilidade funcional será feita
Art. 174 - O funcionário público é administrativamente através de sindicância ou de inquérito.
responsável, perante seus superiores hierárquicos, pelos
ilícitos que cometer. §3º - Se o comportamento funcional irregular configurar, ao
mesmo tempo, responsabilidade administrativa, civil e
Art. 175 - Considera-se ilícito administrativo a conduta penal, a autoridade que determinou o procedimento
comissiva ou omissiva, do funcionário, que importe em disciplinar adotará providências para a apuração do ilícito
violação de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado civil ou penal, quando for o caso, durante ou depois de
neste Estatuto e em sua legislação complementar, ou que concluídos a sindicância ou o inquérito.
constitua comportamento incompatível com o decoro
funcional ou social. §4º - Fixada a responsabilidade administrativa do
funcionário, a autoridade competente aplicará a sanção que
Parágrafo único - O ilícito administrativo é punível, entender cabível, ou a que for tipificada neste Estatuto para
independentemente de acarretar resultado perturbador do determinados ilícitos. Na aplicação da sanção, a autoridade
serviço estadual. levará em conta os antecedentes do funcionário, as
Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional será circunstâncias em que o ilícito ocorreu, a gravidade da
promovida, de ofício, ou mediante representação, pela infração e os danos que dela provierem para o serviço estatal
autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade de terceiros.
administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se §5º - A legítima defesa e o estado de necessidade excluem a
tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de responsabilidade administrativa.
trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida
pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade §6º - A alienação mental, comprovada através de perícia
a que pertencer o funcionário a quem se imputar a prática médica oficial excluirá, também, a responsabilidade
da irregularidade. administrativa, comunicando o sindicante ou a Comissão
Permanente de Inquérito à autoridade competente o fato, a
Parágrafo único - Se se imputar a prática do ilícito a vários fim de que seja providenciada a aposentadoria do
funcionários lotados em órgãos diversos do Poder Executivo, funcionário.
a competência para determinar a apuração da
responsabilidade caberá ao Governador do Estado.

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§7º - Considera-se legítima defesa o revide moderado e V - cessação da disposição, com retorno do funcionário ao
proporcional à agressão ou à iminência de agressão moral ou seu órgão de origem.
física, que atinja ou vise a atingir o funcionário, ou seus
*Art. 184 - Assegurar-se-á ao funcionário, no procedimento
superiores hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da
disciplinar, ampla defesa, consistente, sobretudo: *Ver art.
instituição administrativa a que servir.
5º, inciso LV, da Constituição Federal.
§8º - Considera-se em estado de necessidade o funcionário
I - no direito de prestar depoimento sobre a imputação que
que realiza atividade indispensável ao atendimento de uma
lhe é feita e sobre os fatos que a geraram;
urgência administrativa, inclusive para fins de preservação
do patrimônio público. II - no direito de apresentar razões preliminares e finais, por
escrito, nos termos deste Estatuto;
§9º - O exercício da legítima defesa e de atividades em
virtude do estado de necessidade não serão excludentes de III - no direito de ser defendido por advogado, de sua
responsabilidade administrativa quando houver excesso, indicação, ou por defensor público, também advogado,
imoderação ou desproporcionalidade, culposos ou dolosos, designado pela autoridade competente;
na conduta do funcionário.
IV - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar
Art. 180 - A apuração da responsabilidade do funcionário testemunhas, e requerer acareações;
processar-se-á mesmo nos casos de alteração funcional,
V - no direito de requerer todas as provas em direito
inclusive a perda do cargo.
permitidas, inclusive as de natureza pericial;
Art. 181 - Extingue-se a responsabilidade administrativa:
VI - no direito de argüir prescrição;
I - com a morte do funcionário;
VII - no direito de levantar suspeições e argüir impedimentos.
II - pela prescrição do direito de agir do Estado ou de suas
Art. 185 - A defesa do funcionário no procedimento
entidades em matéria disciplinar.
disciplinar, que é de natureza contraditória, é privativa de
Art. 182. O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve advogado, que a exercitará nos termos deste Estatuto e nos
passados 5 (cinco) anos da data em que o fato se tornou da legislação federal pertinente (Estatuto da Ordem dos
conhecido. Advogados do Brasil).
§ 1.º Para fins interpretativos, a abertura de sindicância ou a § 1º - A autoridade competente designará defensor para o
instauração de processo disciplinar são consideradas fatores funcionário que, pobre na forma da lei, ou revel, não indicar
interruptivos da prescrição, que volta a correr da decisão advogado, podendo a indicação recair em advogado do
final proferida pela autoridade competente. Instituto de Previdência do Estado do Ceará (IPEC).
§ 2.º Suspensa a tramitação de sindicância ou de processo §2º - O funcionário poderá defender-se, pessoalmente, se
administrativo disciplinar por qualquer motivo imperioso tiver a qualidade de advogado.
devidamente justificado pela autoridade competente,
Art. 186 - O funcionário público fica sujeito ao poder
inclusive em razão de incidente de insanidade mental, o
disciplinar desde a posse ou, se esta não for exigida, desde o
curso da prescrição também se considerará suspenso, sendo
seu ingresso no exercício funcional.
retomado após o definitivo julgamento do incidente ou
quando findo o impedimento que motivou a suspensão. Art. 187 - Se no transcurso do procedimento disciplinar outro
funcionário for indiciado, o sindicante ou a Comissão
§ 3.º São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a
Permanente de Inquérito, conforme o caso, reabrirá os
respectiva sanção.
prazos de defesa para o novo indiciado.
Art. 183 - O inquérito administrativo para apuração da
Art. 188 - A inobservância de qualquer dos preceitos deste
responsabilidade do funcionário produzirá,
Capítulo relativos à forma do procedimento, à competência
preliminarmente, os seguintes efeitos:
e ao direito de ampla defesa acarretará a nulidade do
I - afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou procedimento disciplinar.
função, nos casos de prisão preventiva ou prisão
Art. 189 - Aplica-se o disposto neste Título ao procedimento
administrativa;
em que for indiciado aposentado ou funcionário em
II - sobrestamento do processo de aposentadoria voluntária; disponibilidade.
III - proibição do afastamento do exercício, salvo o caso do CAPÍTULO II
item I deste artigo; *DOS DEVERES
IV - proibição de concessão de licença, ou o seu Art. 190 - Os deveres do funcionário são gerais, quando
sobrestamento, salvo a concedida por motivo de saúde; fixados neste Estatuto e legislação complementar, e

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especiais, quando fixados tendo em vista as peculiaridades V - não tiver a ordem como causa uma necessidade
das atribuições funcionais. administrativa ou pública, ou visar a fins não estipulados na
regra de competência da autoridade da qual promanou ou
Art. 191 - São deveres gerais do funcionário:
do funcionário a quem se dirige;
I - lealdade e respeito às instituições constitucionais e
VI - a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de
administrativas a que servir;
autoridade.
II - observância das normas constitucionais, legais e
§ 1º - Em qualquer dos casos referidos neste artigo, o
regulamentares;
funcionário representará contra a ordem,
III - obediência às ordens de seus superiores hierárquicos; fundamentadamente, à autoridade imediatamente superior
a que ordenou.
IV - continência de comportamento, tendo em vista o decoro
funcional e social; *§ 2º - Se se tratar de ordem emanada do Presidente da
Assembléia Legislativa, do Chefe do Poder Executivo, do
V - levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade
Presidente do Tribunal de Contas e do Presidente do
superior irregularidades administrativas de que tiver ciência
Conselho de Contas dos Municípios, o funcionário justificará
em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça;
perante essas autoridades a escusa da obediência. *Ver
VI - assiduidade; Emenda Constitucional Estadual nº 9, de 16.12.1992 - D.O.de
22.12.1992
VII - pontualidade;
CAPÍTULO III
VIII - urbanidade;
*DAS PROIBIÇÕES
IX - discrição;
Art. 193 - Ao funcionário é proibido:
X - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de
natureza reservada de que tenha conhecimento em razão do *I - salvo as exceções constitucionais pertinentes, acumular
cargo que ocupa, ou da função que exerça; cargos, funções e empregos públicos remunerados, inclusive
nas entidades da Administração Indireta (autarquias,
XI - zelar pela economia e conservação do material que lhe empresas públicas e sociedades de economia mista); *Ver
for confiado; art. 37 inciso XVI e XVII da Constituição Federal, com a
XII - atender às notificações para depor ou realizar perícias redação dada pela Emenda Constitucional Federal nº 19, de
ou vistorias, tendo em vista procedimentos disciplinares; 4.6.1998 – D. O. U. 5.6.1998

XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as II - referir-se de modo depreciativo às autoridades em
requisições para defesa da Fazenda Pública; qualquer ato funcional que praticar, ressalvado o direito de
crítica doutrinária aos atos e fatos administrativos, inclusive
XIV - atender, nos prazos que lhe forem assinados por lei ou em trabalho público e assinado;
regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de
direitos e esclarecimentos de situações; III - retirar, modificar ou substituir qualquer documento
oficial, com o fim de constituir direito ou obrigação, ou de
XV - providenciar para que esteja sempre em ordem, no alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar
assentamento individual, sua declaração de família; documento falso com a mesma finalidade;
XVI - atender, prontamente, e na medida de sua IV - valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilícito
competência, os pedidos de informação do Poder Legislativo para si, ou para outrem;
e às requisições do Poder Judiciário;
V - promover manifestação de desapreço ou fazer circular ou
XVII - cumprir, na medida de sua competência, as decisões subscrever lista de donativos, no recinto do trabalho;
judiciais ou facilitar-lhes a execução.
VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos político-
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de partidários;
autoridade superior quando:
VII - participar de diretoria, gerência, administração,
I - a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente; conselho técnico ou administrativo, de empresa ou
II - não se contiver a ordem na área da competência do órgão sociedades mercantis;
a que servir o funcionário seu destinatário, ou não se referir VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos
a nenhuma das atribuições do servidor; órgãos e entidades estaduais, salvo quando se tratar de
III - for a ordem expedida sem a forma exigida por lei; percepção de vencimentos, proventos ou vantagens de
parente consangüíneo ou afim, até o segundo grau civil;
IV - não tiver sido a ordem publicada, quando tal formalidade
for essencial à sua validade; IX - praticar a usura;

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X - receber propinas, vantagens ou comissões pela prática de IV - a percepção de proventos, quando resultantes de cargos
atos de oficio; legalmente acumuláveis.
XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha ciência em CAPÍTULO IV
razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de DAS SANÇÕES DISCIPLINARES E SEUS EFEITOS
depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;
Art. 196 - As sanções aplicáveis ao funcionário são as
XII - cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou ato seguintes:
administrativo, o desempenho de sua atividade funcional;
I - repreensão;
XIII - entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com
atividades estranhas às relacionadas com as suas II - suspensão;
atribuições, causando prejuízos a estas; III - multa;
XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada; *IV - demissão; *Ver art. 37 da Lei nº 11.714, de 25.7.1990 –
XV - ser comerciante; D. O. 4.9.1990

XVI - contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo os V - cassação de disponibilidade;


casos de prestação de serviços técnicos ou científicos, VI - cassação de aposentadoria.
inclusive os de magistério em caráter eventual;
Art. 197 - Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, ao
XVII - empregar bens do Estado e de suas entidades em funcionário que, em caráter primário, a juízo da autoridade
serviço particular; competente, cometer falta leve, não cominável, por este
XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço, no local de Estatuto, com outro tipo de sanção.
trabalho, para o trato de assuntos particulares; Art. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através de ato escrito,
XIX - retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, salvo por prazo não superior a 90 (noventa) dias, nos casos de
quando autorizado pelo superior hierárquico e desde que reincidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a
para atender a interesse público. expressa cominação, por lei, de outro tipo de sanção.

Parágrafo único - Excluem-se da proibição do item XVI os Parágrafo único - Por conveniência do serviço, a suspensão
contratos de cláusulas uniformes e os de emprego, em geral, poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta
quando, no último caso, não configurarem acumulação por cento) por dia de vencimento, obrigado, neste caso, o
ilícita. funcionário a permanecer em exercício.

Art. 194 - É ressalvado ao funcionário o direito de acumular *Art. 199 - A demissão será obrigatoriamente aplicada nos
cargo, funções e empregos remunerados, nos casos seguintes casos: *Ver § 1º do art. 41 da Constituição Federal,
excepcionais da Constituição Federal. com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
4.6.1998 – D. O. U. 5.6.1998
§1º - Verificada, em inquérito administrativo, acumulação
proibida e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos I - crime contra a administração pública;
cargos, funções ou empregos, não ficando obrigado a II - crime comum praticado em detrimento de dever inerente
restituir o que houver percebido durante o período da à função pública ou ao cargo público, quando de natureza
acumulação vedada. grave, a critério da autoridade competente;
§2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá os cargos, III - abandono de cargo;
funções ou empregos acumulados ilicitamente devolvendo
ao Estado o que houver percebido no período da IV - incontinência pública e escandalosa e prática de jogos
acumulação. proibidos;

Art. 195 - O aposentado compulsoriamente ou por invalidez V - insubordinação grave em serviço;


não poderá acumular seus proventos com a ocupação de VI - ofensa física ou moral em serviço contra funcionário ou
cargo ou o exercício de função ou emprego público. terceiros;
Parágrafo único - Não se compreendem na proibição de VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resultem
acumular nem estão sujeitos a quaisquer limites: em lesão para o Erário Estadual ou dilapidação do seu
I - a percepção conjunta de pensões civis e militares; patrimônio;

II - a percepção de pensões com vencimento ou salário; VIII - quebra do dever de sigilo funcional;

III - a percepção de pensões com vencimentos de IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal;
disponibilidade e proventos de aposentadoria e reforma; X - falta de atendimento ao requisito do estágio probatório
estabelecido no art. 27, § 1º, item III;
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XI - desídia funcional; Art. 204 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se


ficar provado, em inquérito administrativo, que o
XII - descumprimento de dever especial inerente a cargo em
aposentado ou disponível:
comissão.
I - praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível
§ 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência
com demissão;
ao serviço, sem justa causa, por trinta (30) dias consecutivos
ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante 12 (doze) II - aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia
meses. ocupar, ou exercer, provada a má-fé;
§ 2º - Entender-se-á por ausência ao serviço com justa causa III - não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar
não só a autorizada por lei, regulamento ou outro ato funcional em que foi aproveitado, salvo motivo de força
administrativo, como a que assim for considerada após maior;
comprovação em inquérito ou justificação administrativa,
IV - perdeu a nacionalidade brasileira.
esta última requerida ao superior hierárquico pelo
funcionário interessado, valendo a justificação, nos termos Parágrafo único - A cassação da aposentadoria ou
deste parágrafo, apenas para fins disciplinares. disponibilidade extingue o vínculo do aposentado ou do
disponível com o Estado ou suas entidades autárquicas.
Art. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilícito, a demissão
poderá ser aplicada com a nota “a bem do serviço público”, Art. 205 - A suspensão preventiva será ordenada pela
a qual constará sempre nos casos de demissão referidos nos autoridade que determinar a abertura do inquérito
itens I e VII do artigo 199. administrativo, se, no transcurso deste, a entender
indispensável, nos termos do § 1º deste artigo.
Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em processo
disciplinar de revisão, o funcionário demitido com a nota a § 1º - A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 90
que se refere este artigo não poderá reingressar nos quadros (noventa) dias e somente será determinada quando o
funcionais do Estado ou de suas entidades, a qualquer título. afastamento do funcionário for necessário, para que, como
indiciado, não venha a influir na apuração de sua
*Art. 201 - Ao ato que cominar sanção, precederá sempre
responsabilidade.
procedimento disciplinar, assegurada ao funcionário
indiciado ampla defesa, nos termos deste Estatuto, pena de § 2º - Suspenso preventivamente, o funcionário terá,
nulidade da cominação imposta. *Ver art. 5º, inciso LV da entretanto, direito:
Constituição Federal.
I - a computar o tempo de serviço relativo ao período de
Parágrafo único - As sanções referidas nos itens II e VI do suspensão para todos os efeitos legais;
artigo 196 serão cominadas por escrito e
II - a computar o tempo de serviço para todos os fins de lei,
fundamentalmente, pena de nulidade.
relativo ao período que ultrapassar o prazo da suspensão
Art. 202 - São competentes para aplicação das sanções preventiva;
disciplinares:
III - a perceber os vencimentos relativos ao período de
I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em suspensão, se reconhecida a sua inocência no inquérito
qualquer caso, e privativamente, nos casos de demissão e administrativo;
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se
IV - a perceber as gratificações por tempo de serviço já
tratar de punição de funcionário autárquico;
prestado e o salário-família.
II - os dirigentes superiores das autarquias, em qualquer
Art. 206 - Os Chefes dos Poderes Legislativo, Executivo e
caso, e, privativamente, nos casos de demissão e cassação,
Judiciário, os Presidentes do Tribunal de Contas e do
da aposentadoria ou disponibilidade;
Conselho de Contas dos Municípios, os Secretários de Estado
III - os Secretários de Estado e demais dirigentes de órgãos e os dirigentes das Autarquias poderão ordenar a prisão
subordinados ou auxiliares, em todos os casos, salvo os administrativa do funcionário responsável direto pelos
referidos nos itens I e II; dinheiros e valores públicos, ou pelos bens que se
encontrarem sob a guarda do Estado ou de suas Autarquias,
IV - os chefes de unidades administrativas em geral, nos
no caso de alcance ou omissão no recolhimento ou na
casos de repreensão, suspensão até 30 (trinta) dias e multa
entrega a quem de direito nos prazos e na forma da lei.
correspondente.
§ 1º - Recolhida aos cofres públicos a importância desviada,
Art. 203 - Além da pena judicial que couber, serão
a autoridade que ordenou a prisão revogará imediatamente
considerados como de suspensão os dias em que o
o ato gerador da custódia.
funcionário, notificado deixar de atender à convocação para
prestação de serviços estatais compulsórios, salvo motivo § 2º - A autoridade que ordenar a prisão, que não poderá
justificado. ultrapassar a 90 (noventa) dias, comunicará imediatamente

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o fato à autoridade judiciária competente e providenciará a § 8º - Ultimada a sindicância, não apurada a


abertura e realização urgente do processo de tomada de responsabilidade administrativa, ou o descumprimento dos
contas. requisitos do estágio probatório, o processo será arquivado,
fixada a responsabilidade funcional, a autoridade que
Art. 207 - A prisão, a que se refere o artigo anterior, será
determinou a sindicância encaminhará os respectivos autos
cumprida em local especial.
para a Comissão Permanente de Inquérito Administrativo,
Art. 208 - Aplica-se à prisão administrativa o disposto no § 2º que funcionará:
do art. 205 deste Estatuto.
I - no Poder Executivo, na Governadoria, nas Secretarias de
CAPÍTULO V Estado, órgãos desconcentrados e nas autarquias;
DA SINDICÂNCIA
II - no Poder Legislativo, na Diretoria Geral;
Art. 209 - A sindicância é o procedimento sumário através do III - no Tribunal de Contas e no Conselho de Contas dos
qual o Estado ou suas autarquias reúnem elementos Municípios.
informativos para determinar a verdade em torno de
possíveis irregularidades que possam configurar, ou não, CAPÍTULO VI
ilícitos administrativos, aberta pela autoridade de maior DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
hierarquia, no órgão em que ocorreu a irregularidade,
Art. 210 - O inquérito administrativo é o procedimento
ressalvadas em qualquer caso, permitida a delegação de
através do qual os órgãos e as autarquias do Estado apuram
competência:
a responsabilidade disciplinar do funcionário.
I - do Governador, em qualquer caso;
Parágrafo único - São competentes para instaurar o
II - dos Secretários de Estado, dos dirigentes autárquicos e inquérito:
dos Presidentes da Assembléia Legislativa, Tribunal de
I - o Governador, em qualquer caso;
Contas e do Conselho de Contas dos Municípios, em suas
respectivas áreas funcionais. II - os Secretários de Estado, os dirigentes das Autarquias e
os Presidentes da Assembléia Legislativa, do Tribunal de
§ 1º - Abrir-se-á, também, sindicância para apuração das
Contas e do Conselho de Contas dos Municípios, em suas
aptidões do funcionário, no estágio probatório, para fins de
áreas funcionais, permitida a delegação de competência.
demissão ou exoneração, quando for o caso, assegurada ao
indiciado ampla defesa, nos termos dos artigos estatutários Art. 211 - O inquérito administrativo será realizado por
que disciplinam o inquérito administrativo, reduzidos os Comissões Permanentes, instituídas por atos do
prazos neles estabelecidos, à metade. Governador, do Presidente da Assembléia Legislativa, do
Presidente do Tribunal de Contas, do Presidente do Conselho
§ 2º - Aberta a sindicância, suspende-se a fluência do período
de Contas dos Municípios, dos dirigentes das Autarquias e
do estágio probatório.
dos órgãos desconcentrados, permitida a delegação de
§ 3º - A sindicância será realizada por funcionário estável, poder, no caso do Governador, ao Secretário de
designado pela autoridade que determinar a sua abertura. Administração.
§ 4º - A sindicância precede o inquérito administrativo, Art. 212 - As Comissões Permanentes de Inquérito
quando for o caso, sendo-lhe anexada como peça Administrativo compor-se-ão de três membros, todos
informativa e preliminar. funcionários estáveis do Estado ou de suas autarquias,
presidida pelo servidor que for designado pela autoridade
§ 5º - A sindicância será realizada no prazo máximo de 15
competente, que colocará à disposição das Comissões o
(quinze) dias, prorrogável por igual período, a pedido do
pessoal necessário ao desenvolvimento de seus trabalhos,
sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua
inclusive os de secretário e assessoramento.
abertura.
Art. 213 - Instaurado o inquérito administrativo, a autoridade
§ 6º - Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do
encaminhará seu ato para a Comissão de Inquérito que for
ilícito administrativo, o sindicante indiciará o funcionário,
competente, tendo em vista o local da ocorrência da
abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A
irregularidade verificada, ou a vinculação funcional do
seguir, com o seu relatório, encaminhará o processo de
servidor a quem se pretende imputar a responsabilidade
sindicância à autoridade que determinou a sua abertura.
administrativa.
§ 7º - O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de
Art. 214 - Abertos os trabalhos do inquérito, o Presidente da
preferência pertencentes aos quadros funcionais, devendo
Comissão mandará citar o funcionário acusado, para que,
todos os atos da sindicância serem reduzidos a termo por
como indiciado, acompanhe, na forma do estabelecido neste
secretário designado pelo sindicante, dentre os funcionários
Estatuto, todo o procedimento, requerendo o que for do
do órgão a que pertencer.
interesse da defesa.

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Parágrafo único - A citação será pessoal, mediante protocolo, Art. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a autoridade
devendo o servidor dele encarregado consignar, por escrito, julgadora proferirá sua decisão no prazo improrrogável de 20
a recusa do funcionário em recebê-la. Em caso de não ser (vinte) dias.
encontrado o funcionário, estando ele em lugar incerto e não
Art. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em
sabido, a citação far-se-á por edital, publicado no Diário
parte, por falta do cumprimento de formalidade essencial,
Oficial do Estado, com prazo de 15 (quinze) dias, depois do
inclusive o reconhecimento de direito de defesa, novo
que, não comparecendo o citado, ser-lhe- -á designado
procedimento será aberto.
defensor, nos termos do art. 184, item III e § 1º do art. 185.
Art. 227 - No caso do artigo anterior e no de esgotamento do
Art. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer suas provas no
prazo para a conclusão do inquérito, o indiciado, se tiver sido
prazo de 5 (cinco) dias, podendo renovar o pedido, no curso
afastado de seu cargo, retornará ao seu exercício funcional.
do inquérito, se necessário para demonstração de fatos
novos. CAPÍTULO VII
DA REVISÃO
Art. 216 - A falta de notificação do indiciado ou de seu
defensor, para todas as fases do inquérito, determinará a Art. 228 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão
nulidade do procedimento. do procedimento administrativo de que resultou sanção
Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado será disciplinar, quando se aduzam fatos ou circunstâncias que
notificado para apresentar, por seu defensor, no prazo de 10 possam justificar a inocência do requerente, mencionados
(dez) dias, suas razões finais de defesa. ou não no procedimento original.

Art. 218 - Apresentadas as razões finais de defesa, a Parágrafo único - Tratando-se de funcionário falecido ou
Comissão encaminhará os autos do inquérito, com relatório desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo cônjuge,
circunstanciado e conclusivo, à autoridade competente para companheiro, descendente, ascendente colateral
o seu julgamento. consangüíneo até o 2º grau civil.

Art. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências Art. 229 - Processar-se-á a revisão em apenso ao processo
realizadas pela Comissão de Inquérito serão consignadas em original.
atas. Parágrafo único - Não constitui fundamento para a revisão a
Art. 220 - Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso simples alegação de injustiça da sanção.
no prazo de 10 (dez) dias, com efeito suspensivo, para a Art. 230 - O requerimento devidamente instruído será
autoridade hierárquica imediatamente superior, ou para a dirigido à autoridade que aplicou a sanção, ou àquela que a
que for indicada em regulamento ou regimento. tiver confirmado, em grau de recurso.
Parágrafo único - Das decisões dos Secretários de Estado e Parágrafo único - Para processar a revisão, a autoridade que
do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios caberá receber o requerimento nomeará uma comissão composta
recurso, com efeito suspensivo, no prazo deste artigo, para de três funcionários efetivos, de categoria igual ou superior
o Governador. Das decisões do Presidente da Assembléia à do requerente.
Legislativa e do Tribunal de Contas caberá recurso, com os
efeitos deste parágrafo, para o Plenário da Assembléia e do Art. 231 - Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para
Tribunal, respectivamente. inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 221 - O inquérito administrativo será concluído no prazo Parágrafo único - Será considerada informante a testemunha
máximo de 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogado por que, residindo fora da sede onde funcionar a comissão,
igual período, a pedido da Comissão, ou a requerimento do prestar depoimento por escrito.
indiciado, dirigido à autoridade que determinou o Art. 232 - Concluído o encargo da comissão, no prazo de 60
procedimento. (sessenta) dias, prorrogável por trinta (30) dias, nos casos de
Art. 222 - Em qualquer fase do inquérito será permitida a força maior, será o processo, com o respectivo relatório,
intervenção do indiciado, por si, ou por seu defensor. encaminhado à autoridade competente para o julgamento.

Art. 223 - Havendo mais de um indiciado e diversidade de Parágrafo único - O prazo para julgamento será de 20 (vinte)
sanções caberá o julgamento à autoridade competente para dias, prorrogável por igual período, no caso de serem
imposição da sanção mais grave. Neste caso, os prazos determinadas novas diligências.
assinados aos indiciados correrão em comum. Art. 233 - Das decisões proferidas em procedimento de
Art. 224 - O funcionário só poderá ser exonerado, estando revisão cabe recurso, na forma do art. 220.
respondendo a inquérito administrativo, depois de julgado
este com a declaração de sua inocência.

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TÍTULO VII § 2º - O funcionário não perceberá, a qualquer título,


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS importância mensal superior à recebida pelo Governador do
CAPÍTULO ÚNICO Estado, não se computando, entretanto, no cálculo, diárias,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS ajudas de custo, gratificação por serviço ou estudo fora do
Estado e a progressão horizontal.
Art. 234 - O órgão central do sistema de pessoal do Poder
Executivo e os assemelhados do Poder Legislativo e *Art. 240 - É vedado pôr o funcionário à disposição de
entidades autárquicas fornecerão ao funcionário cartão de entidade de direito privado, estranha no Sistema
identidade, dele devendo constar o retrato, a impressão Administrativo, salvo em caso de convênio, ou para exercer
digital, a filiação, a data de nascimento e a qualificação função considerada pelo sistema de relevante interesse
funcional do identificado. Parágrafo único - Será recolhido o social. Ver Emenda Constitucional nº 90, de 1.6.2017 - D.O.
cartão do funcionário que for exonerado, demitido ou de 1.6.2017.
aposentado. Art. 241 - São isentos de qualquer tributo ou emolumentos
Art. 235 - Salvo disposição expressa em contrário, os prazos os requerimentos, certidões e outros papéis que interessem
previstos neste Estatuto somente correrão nos dias úteis, ao funcionário público ou a aposentado, nessas qualidades.
excluindo-se o dia inicial. Art. 242 - Nenhum tributo estadual incidirá sobre os
Art. 236 - Nos dias úteis, só por determinação dos Chefes dos vencimentos, proventos ou qualquer vantagem do
Poderes Executivo e Legislativo poderão deixar de funcionar funcionário ou do aposentado, nem sobre os atos ou títulos
os órgãos e entidades estaduais. referentes à sua vida funcional.

Art. 237 - É assegurado aos funcionários o direito de se Art. 243 - As normas do regime disciplinar previstas neste
agruparem em associação de classe, sem caráter sindical ou Estatuto, salvo as de natureza adjetiva, não se aplicam aos
político-partidário. casos pendentes.

Parágrafo único - Essas Associações, que deverão ter Art. 244 - O afastamento do funcionário ocupante de cargo
personalidade jurídica de direito privado, representarão os de chefia, direção, fiscalização ou arrecadação, para disputar
que integrarem o seu quadro social perante as autoridades mandato eletivo, dar-se-á nos termos da legislação eleitoral
administrativas, em matéria de interesse da coletividade pertinente. Parágrafo único - Durante o afastamento de que
funcional. trata este artigo o funcionário não perceberá os vencimentos
ou vantagens do cargo que momentaneamente detinha ou
*Art. 238 - O dia 28 de outubro será consagrado ao de que for ocupante efetivo, exceto o salário-família,
funcionário público estadual e comemorado, oficialmente, considerando-se o afastamento como autorização para o
na forma do que for disposto em Regulamento. trato de interesses particulares.
*Regulamentado pelo Decreto nº 11.472, de 29.9.1975 – D.
O. 2.10.1975 *Art. 245 - Ao ex-combatente da Força do Exército, da
Expedicionária Brasileira, da Força Aérea Brasileira, da
*Art. 239 - Ressalvadas as exceções constantes de disposição Marinha de Guerra e da Marinha Mercante do Brasil, que
expressa em lei, bem como os casos de acumulação lícita, o tenha participado efetivamente de operações bélicas na
funcionário não poderá receber, mensalmente, importância segunda Guerra Mundial, e cuja situação se encontra
total superior a noventa por cento da percebida pelos definida na Lei Federal nº 5.315, de 12 de setembro de 1967,
Secretários de Estado. *O art. 239 teve sua redação alterada são assegurados os seguintes direitos:
pelo art. 25 da Lei nº 10.416, de 8.9.1980 - D. O. 8.9.1980; e
Emenda Constitucional nº 90, de 1.6.2017 - D.O. de 1.6.2017. I - estabilidade, se funcionário público;

§ 1º - Ficam excluídas do limite deste artigo: *II - aproveitamento no serviço público, sem a exigência do
disposto no art. 106, § 1º da Constituição do Estado; *Ver
I - a gratificação representação; art. 53, inciso I, dos ADCT da Constituição Federal e art. 20,
II - salário-família; inciso I da Constituição Estadual.

III - progressão horizontal; III - aposentadoria com proventos integrais aos 25 (vinte e
cinco) anos de serviço efetivo, se funcionário público da
IV- diárias e ajuda de custo; Administração direta ou autárquica;
V - gratificação pela participação em órgão de deliberação IV - benefício do Instituto de Previdência;
coletiva;
V - promoção após interstício legal, e se houver vaga;
VI - gratificação de exercício;
VI - assistência médica, hospitalar e educacional, se carente
VII - gratificação por prestação de serviço extraordinário. de recurso.

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Art. 246 - As atuais funções gratificadas passam à categoria *§ 2º - Serão computados, para efeito do cálculo previsto
de cargos em comissão, convertendo-se automaticamente neste artigo, o vencimento-base, as vantagens fixas e as de
os valores das gratificações em gratificações de caráter pessoal. *Redação dada pela Lei n° 13.369, de
representação, mantida a simbologia vigente até definição 22.9.2003 – D. O. 24.9.2003
regulamentar.
*§ 3º - Não se aplica o disposto neste artigo aos ocupantes
Art. 247 - Aplica-se o regime desta lei aos estabilizados nos exclusivamente de cargo de provimento em comissão, bem
termos do § 2º do Art. 177 da Constituição Federal de 1967, como aos contratados por tempo determinado, de que trata
com a redação dada pelo art. 194 da Emenda Constitucional o inciso XIV do art. 154 da Constituição do Estado do Ceará.
nº 1, de 17 de outubro de 1969, desde que sujeitos ao regime *Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22.9.2003 – D. O.
do Estatuto anterior, quando da aquisição da estabilidade. 24.9.2003
*Parágrafo único - Com a estabilidade, as funções de caráter Art. 252 - A partir de 1º. de janeiro de 1974, todas as
eventual dos servidores em geral passam a ser de natureza gratificações adicionais por tempo de serviço percebidas
permanente, caracterizando-se como cargo, devendo como pelos funcionários deverão ser convertidas na progressão
tal, serem consideradas, para todos os efeitos. *Ver Decreto horizontal prevista no Capítulo X, Seção I, do Titulo II, deste
nº 11.870, de 31.5.1976 - D. O. 8.6.1976 e Decreto nº 13.271. Estatuto.
de 12.6.1979 – D. O. 15.6.1979
Art. 253 - O Estado, na forma que dispuser Decreto do
*Art. 248 - O funcionário que esteja com o seu vínculo Governador do Estado, poderá assegurar bolsa de estudo ao
funcional suspenso, ou no gozo de licença, poderá ser, a funcionário, como incentivo à sua profissionalização, em
qualquer tempo, citado para se defender em procedimento cursos não regulares de formação, treinamento,
disciplinar, ou notificado para nele prestar depoimento, ou aperfeiçoamento e de especialização profissionais, mantidos
realizar ou se submeter a provas de natureza pericial, salvo por entidades oficiais ou particulares, de reconhecida e
manifesta impossibilidade por motivo de doença, justificada notória idoneidade.
perante o sindicante ou Comissão Permanente de Inquérito.
Parágrafo único - O Decreto a que se refere este artigo
Ver art. 5º da Lei nº 15.744, de 29.12.2014 - D. O. 30.12.2014
poderá dispor sobre a concessão de bolsas de estudo para
Art. 249 - São considerados concursos públicos, gerando funcionários em cursos de extensão universitária e de pós-
todos os efeitos que lhe são atinentes, os exames de provas graduação.
de habilitação ou seleção realizados para a admissão de
*Art. 254 – A carga horária de trabalho de trinta (30) horas
candidatos a funções das extintas TNM e que se revestiram
semanais, a que estão obrigados os servidores públicos do
das características essenciais dos concursos públicos,
Sistema Administrativo Estadual, será prestada, em período
consideradas, como tais, a acessibilidade a todos os
e tempo corrido das segundas às sextas-feiras. Parágrafo
brasileiros, o caráter competitivo e eliminatório e ampla
único – Os servidores que ocupam cargo de magistrado,
divulgação.
procurador, assessor jurídico, professor, médico,
Parágrafo único - A declaração de equivalência será feita engenheiro, agrônomo, servidores públicos estatutários e
pelo órgão central do sistema de pessoal, mediante demais atividades assemelhadas, bem como os que exercem
provocação do interessado. cargo em comissão terão seus regimes de trabalho definidos
em regulamento próprio.
Art. 250 - Reduzida a capacidade do funcionário para o
exercício das atribuições do cargo que ocupa, comprovada Art. 255 - Continuam em vigor as Leis e Regulamentos que
através de perícia médica oficial, será ele readaptado, disciplinam os institutos previstos neste Estatuto, desde que
mediante transferência, em cargo de atribuições com ele não colidam, até que novas normas sejam
compatíveis com o seu novo estado psíquico ou somático. expedidas.
Parágrafo único - A readaptação obedecerá ao disposto nos Art. 256 - Os Poderes Legislativo e Executivo, no âmbito de
arts. 50 e 51 deste Estatuto. suas respectivas competências, expedirão os atos
necessários a complementação e explicitação deste
*Art. 251 – É permitida a consignação facultativa em folha de
Estatuto.
pagamento inerente à remuneração, subsídios, proventos.
*Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22.9.2003 – D. O. *Art. 257 - Aplicam-se as disposições deste Estatuto
24.9.2003 subsidiariamente, no que couber, ao Magistério Estadual em
todos os graus de ensino, ao pessoal da Policia Civil de
*§ 1º - A soma das consignações facultativas não excederá
carreira e aos funcionários administrativos do Poder
de 40% (quarenta por cento) da remuneração, subsídios e
Judiciário. *Ver art. 172 da Lei nº 12.124, de 6.7.1993. D. O.
proventos, deduzidas as consignações obrigatórias.
de 14.7.1993.
*Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22.9.2003 – D. O.
24.9.2003 Art. 258 - Esta lei entrará em vigor a 1º de janeiro 1974,
ficando revogadas todas as disposições legais ou

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regulamentares que, implícita ou explicitamente, colidam IV - Pela percepção de gratificação de serviços


com este Estatuto, especialmente a Lei nº 4.196, de 5 de extraordinários.
setembro de 1958; a Lei nº 4.658, de 19 de novembro de
Art. 3º - Somente em caso de flagrante delito ou por ordem
1959; a Lei nº 7.999, de 11 de maio de 1965; a Lei nº 8.384,
judicial, o policial civil poderá ser preso, devendo ser
de 10 de janeiro de 1966; a Lei nº 9.226, de 27 de novembro
conduzido e apresentado, obrigatória e imediatamente, sob
de 1968; a Lei nº 9.260, de 12 de dezembro de 1968, no que
pena de responsabilidade, a autoridade policial civil mais
diz respeito ao funcionário autárquico; a Lei nº 9.381, de 27
próxima.
de julho de 1970; a Lei nº 9.443, de 9 de março de 1971 e a
Lei nº 9.496, de 19 julho de 1971. TÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES BÁSICAS
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em
Fortaleza, 14 de maio de 1974. Art. 4º - Fundada na hierarquia e na disciplina e com
CÉSAR CALS observância estrita dos princípios da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da
Claudino Sales; Edival de Melo Távora; Josberto Romero de finalidade, da motivação e do interesse público, tem a Polícia
Barros; José Aragão Cavalcanti; José Valdir Pessoa; Murilo Civil como atribuições básicas:
Walderek M. de Serpa; Júlio Gonçalves Rego; maury de
Castro e Silva; João Alfredo Montenegro Franco; José I - o exercício, com exclusividade, das funções de polícia
Aristides Braga; Ernando Uchôa Lima e Vicente Férrer judiciária estadual e da apuração das infrações penais e de
Augusto Lima sua autoria, através do inquérito policial e de outros
procedimentos de sua competência;

Lei Estadual nº 12.124/1993 II - o resguardo da inviolabilidade do direito à vida, à


liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade de todos
Dispõe sobre o estatuto da polícia civil de carreira e dá os brasileiros e estrangeiros residentes no País;
outras providências. III - a adoção de providências cautelares, destinadas a
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ preservar os locais, os vestígios, e as provas das infrações
penais;
Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu
sanciono a seguinte Lei: IV - a realização de exames periciais, para comprovação da
materialidade das infrações penais e de sua autoria;
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES V - a identificação civil e criminal;

Art. 1º - A Polícia Civil, Instituição Permanente, integrante do VI - o exercício da prevenção criminal especializada;
Sistema Estadual de Segurança Pública, essencial à justiça VII - o cadastramento de armas, munições, explosivos e
Criminal, à preservação da Ordem Pública e à incolumidade demais produtos controlados, observada a legislação
das pessoas e do patrimônio, tem sua organização, federal;
funcionamento e estatuto, estabelecidos por esta lei.
VIII - a fiscalização, o controle e a correição das atividades
§ 1º - São símbolos institucionais da Polícia Civil: o Hino, a exercidas pelos órgãos e unidades subordinadas,
Bandeira, o Brasão e o Distintivo, segundo modelos privativamente; (Revogado pela Lei n° 12.815, de 17.06.98)
estabelecidos em regulamento.
IX - o planejamento, a coordenação, a execução, a orientação
§ 2º. A Polícia Civil, dirigida por Delegado de Polícia de técnica e o controle das atividades policiais, administrativas
carreira, é composta de: (Redação dada pela Lei n° 12.815, e financeiras;
de 17.06.98)
X - o recrutamento, a seleção, a formação e o
a) Autoridades Policiais Civis; desenvolvimento profissional e cultural do policial civil;
b) Agentes de Autoridade Policial Civil. XI - a colaboração com a Justiça Criminal, fornecendo as
Art. 2º - Os Policiais Civis estão sujeitos ao regime de tempo informações necessárias à instrução e julgamento dos
integral inerente ao serviço de Polícia e Segurança: processos criminais e a promoção das diligências
requisitadas pelas autoridades Judiciárias e pelos
I - Pela percepção de gratificação de abono policial; representantes do Ministério Público;
II - Pela prestação de serviço em jornada de 40 horas XII - o cumprimento de mandados de prisão;
semanais de trabalho, composta de expediente, plantões
noturnos e diurnos; XIII - a atuação harmônica com órgãos policiais civis de outras
unidades da Federação e da Polícia Federal, para apuração
III - Pela permanente expectativa de convocação em das infrações penais de repercussão interestadual ou
situações excepcionais e emergentes; internacional;
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XIV - o exercício das atividades procedimentais relativas a funcionamento e competência estabelecidos em


menores, nos termos da legislação especial; regulamento.
XV - a colheita, o processamento e a análise de dados Art. 7º. O Delegado Superintendente da Polícia Civil é o chefe
estatísticos de interesse policial-criminal e sua difusão; da Polícia Civil, sendo o cargo privativo de Delegado de
Polícia de Carreira, de livre escolha e nomeação pelo
XVI - a supervisão, o controle e a fiscalização dos serviços
Governador do Estado do Ceará. (Redação dada pela Lei n°
privados de vigilância e segurança patrimonial, respeitada a
12.815, de 17.06.98)
legislação federal;
I - Delegacias municipais de Polícia e/ou Metropolitanas:
XVII - na vigência do estado de defesa, por intermédio da
órgãos policiais de 1ª classe;
autoridade policial (Art. 136, Parágrafo 3º, Incisos I e II da
Constituição da República): II - Delegacias regionais de polícia: órgãos policiais de 2ª
classe;
a) requisitar exame de corpo de delito em preso, a pedido
deste; III - Delegacias distritais e/ou especializadas: órgãos policiais
de 3ª classe;
b) emitir declaração acerca do estado físico e mental do
detido, no momento de sua autuação; IV - Divisões de polícia: órgãos policiais de 4ª classe;
XVIII - a integração com a comunidade; V - Departamentos de polícia e/ou chefia da polícia civil:
órgãos policiais de classe especial.
XIX - o exercício de outras atribuições relacionadas com a
atividade-fim da Polícia Civil. § 1º - excepcionalmente poderá ser designado delegado de
polícia de classe inferior para a direção de órgão de classe
§ 1º - O Delegado de Polícia, na presidência do inquérito
imediatamente superior, salvo nos casos de primeira
policial, pode requisitar informações ou outros elementos
investidura quando o exercício será, necessariamente, em
necessários à apuração de infração penal e sua autoria, junto
órgão policial de 1ª classe.
a repartições.
§ 2º - A direção da chefia da polícia civil e dos órgãos
§ 2º - O exercício das atribuições de que trata este Artigo é
constantes dos itens III, VI, VII e VIII do Artigo 5º, é privativa,
privativo dos ocupantes de cargos policiais civis.
respectivamente, de delegado de polícia especializado e dos
TÍTULO III profissionais das respectivas áreas, na conformidade do
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL disposto no Artigo 183 da Constituição Estadual, observada
a hierarquia funcional.
Art. 5º - A Polícia Civil terá em sua estrutura organizacional,
além de outros estabelecidos em Decreto, os seguintes TÍTULO IV
órgãos: DO PROVIMENTO DE CARGOS
CAPÍTULO I
I - Conselho Superior de Polícia Civil;
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
II - Superintendência da Policia Civil; (Redação dada pela Lei
n° 12.815, de 17.06.98) Art. 8º - Os cargos da Polícia Civil, acessíveis a todos os
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos neste
III - Academia de Polícia Civil; estatuto, podem ser de provimento efetivo ou em comissão.
IV - Departamentos de Polícia; § 1º - Os cargos de provimento efetivo são os que integram
4.1.Delegacias de Polícia; (Acrescido pela Lei n° 12.815, de classes ou carreiras de categorias funcionais, exigindo-se
17.06.98) para o seu preenchimento habilitação prévia em processos
seletivos de caráter competitivo e eliminatório.
V - Instituto de Criminalística;
§ 2º - Os cargos de provimento em comissão são os de livre
VI - Instituto de Identificação; nomeação e exoneração pelo Chefe do Poder Executivo,
VII - Instituto Médico Legal; dentre policiais civis que possuam aptidão profissional e
reunam as condições necessárias à sua investidura,
Art. 6º. O Conselho Superior da Polícia Civil, órgão consultivo conforme disposto neste Estatuto.
da instituição, terá seu funcionamento, competência e
composição definidos em regulamento. (Redação dada pela § 3º. Os cargos de provimento em comissão da estrutura
Lei n° 12.815, de 17.06.98) organizacional da Polícia Civil, diretamente envolvidos com a
atividade fim desta, serão preenchidos por policiais civis de
Parágrafo Único - O Conselho Superior de Polícia Civil, carreira, integrantes do Grupo Ocupacional Atividade de
constituído por autoridades policiais e diretores dos Polícia Judiciária - APJ, observada a formação profissional
institutos mencionados no Artigo anterior, terá o seu exigida para o desempenho do cargo. (Redação dada pela Lei
n° 12.815, de 17.06.98)

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Art. 9º - Os cargos pertencentes á Polícia Civil serão § 3º Aos títulos serão atribuídos até 5 (cinco) pontos, apenas
preenchidos por: para classificação final, e considerando-se exclusivamente
cursos reconhecidos no País:
I - Nomeação
I - doutorado, 2,5 pontos;
II - Ascensão Funcional
II - mestrado, 1,5 pontos;
III - Reintegração
III - especialização, 1 ponto. (Nova redação dada pela Lei n.º
CAPÍTULO II
14.998, de 12.09.11)
DO INGRESSO
Art. 13 - Os concursos públicos reger-se-ão por editais que
Art. 10. O ingresso na Polícia Civil far-se-á na classe inicial das estabelecerão, em função da natureza dos cargos e do
carreiras policiais, mediante concurso público de provas ou interesse da Administração, entre outros:
provas e títulos, promovido pela Polícia Civil, com a
participação da Secretaria de Planejamento e Gestão e da I - tipo e conteúdo das provas e as categorias dos títulos;
Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. (Nova II - exigibilidade de desidentificação de prova;
redação dada pela Lei n.º 14.998, de 12.09.11)
III - a forma de julgamento das provas e dos títulos;
Parágrafo único. O concurso para investidura no cargo de
Delegado de Polícia Civil, contará com a participação da IV - as condições para provimento de cargo referentes a:
Ordem dos Advogados do Brasil - Ce, em suas 1ª e 3ª fases, a) capacidade física e mental;
conforme o disposto no Art. 11 desta Lei.
b) diplomas e certificados;
Art. 11. O concurso público para ingresso na Polícia Civil
será realizado em duas fases sucessivas, obedecendo à c) conduta na vida pública e privada.
ordem seguinte: V - prazo de validade;
a
I - 1 Fase - prova escrita, de natureza classificatória e VI - recursos cabíveis.
eliminatória, que versará sobre questões objetivas, teóricas
e/ou práticas, podendo consistir em testes de múltipla Art. 14 - São requisitos para a inscrição no concurso:
escolha, abrangendo matéria objeto do programa definido I - ser brasileiro;
no Edital;
II - ter no mínimo 18 (dezoito) anos de idade completos à
II - 2a Fase curso de formação e treinamento profissional, data do encerramento das inscrições;
de natureza classificatória e eliminatória; exame de
capacidade física, de natureza eliminatória; avaliação III - não registrar antecedentes criminais;
psicológica do candidato, para verificação de sua IV - estar em gozo dos direitos políticos;
personalidade e aptidão para o desempenho das atividades
policiais, de natureza eliminatória; prova de digitação para o V - estar quite com o serviço militar;
cargo de Escrivão de Polícia, de natureza classificatória VI - prova de conduta ilibada na vida pública e privada,
e eliminatória; avaliação de títulos para o cargo de Delegado passada por autoridade policial ou judicial.
de Polícia, de natureza classificatória.
Art. 15 - O ingresso na classe inicial da carreira de Delegado
§ 1º O exame de capacidade física não se aplica ao cargo de Polícia somente far-se-á mediante concurso público.
de Escrivão de Polícia.
CAPÍTULO III
§ 2º Exigir-se-á, para os cargos de Delegado, Inspetor e DO CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL.
Escrivão de Polícia, Carteira Nacional de Habilitação, no
mínimo categoria B. (Nova redação dada pela Lei n.º 14.998, Art. 16 - O Curso de Formação e Treinamento Profissional, 5ª
de 12.09.11) Fase do Concurso, tem natureza eliminatória e classificatória
sendo eliminado o candidato que obtiver, em qualquer
Art. 12. Além do concurso de provas, os candidatos ao cargo
disciplina, média inferior a 5,0 (cinco). (Redação dada pela
de Delegado serão submetidos à avaliação de títulos.
Lei n° 12.864, de 26.11.98)
§ 1º Os candidatos ao cargo de Delegado aprovados no § 1º. Somente serão considerados aprovados para a 5ª fase
Curso de Formação, no exame de capacidade física e na do concurso, candidatos em número não excedente ao triplo
avaliação psicológica serão convocados para, no prazo de 5
do número de vagas ofertadas no Edital do concurso,
(cinco) dias, apresentarem os títulos. ressalvados os casos de empate na última colocação do
§ 2º Não serão recebidos títulos fora do prazo estabelecido limite fixado. (Redação dada pela Lei n° 12.864, de 26.11.98)
no parágrafo anterior. § 2º. Ao candidato submetido à 5ª fase do concurso será
concedida bolsa, para custeio de despesas pessoais,

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conforme definido em regulamento. (Redação dada pela Lei b) ordinariamente, logo após o término do estágio
n° 12.815, de 17.06.98) probatório, devendo a comissão ater-se exclusivamente ao
desempenho do servidor durante o período do estágio.
Art. 16. O Curso de Formação Profissional realizado pela
Academia Estadual de Segurança Pública, ou por instituição § 3º Além de outros específicos indicados em lei ou
nacional de comprovada idoneidade, tem natureza regulamento, os requisitos de que trata este artigo são os
classificatória e eliminatória, sendo reprovado o candidato seguintes:
que obtiver, em qualquer disciplina, média inferior a 5.0
I - adaptação e dedicação do servidor ao trabalho, verificada
(cinco).
por meio de avaliação da capacidade e qualidade no
§ 1º Somente serão considerados aprovados para o Curso de desempenho das atribuições do cargo;
Formação Profissional candidatos até o triplo do número de
II - equilíbrio emocional e capacidade de integração;
vagas definido no Edital do Concurso, ressalvados os casos
de empate na última colocação do limite fixado. Os III - respeito à dignidade e integridade física do ser humano;
candidatos que não conseguirem classificação dentro do
IV - cumprimento dos deveres e obrigações do servidor
percentual exigido, serão considerados eliminados.
público, inclusive com observância da ética profissional.
§ 2º O Curso de Formação Profissional será realizado em
§ 4º O estágio probatório corresponderá a uma
Turmas, quando o número de candidatos aprovados na 1ª
complementação do concurso público a que se submeteu o
Fase ultrapassar a capacidade da Academia Estadual de
servidor, devendo ser obrigatoriamente acompanhado e
Segurança Pública, podendo ser matriculada na 1ª Turma a
supervisionado pelo Chefe imediato.
metade dos candidatos aprovados na 1ª Fase.
§ 5º Durante o estágio probatório, os cursos de treinamento
§ 3º Após a homologação do concurso dos aprovados na
para formação profissional ou aperfeiçoamento do servidor,
1a Turma, poderão ser convocados para a realização de
promovidos gratuitamente pela Administração, serão de
Curso de Formação Profissional outros candidatos
participação obrigatória e o resultado obtido pelo servidor
aprovados na 1ª Fase, em ordem de classificação, os quais
será considerado por ocasião da avaliação especial de
comporão cadastro de reserva.
desempenho, tendo a reprovação caráter eliminatório.
§ 4º A classificação final do concurso será feita em relação a
§ 6º O servidor em estágio probatório não fará jus a ascensão
cada Turma, e pela média aritmética das notas obtidas na 1ª
funcional.
Fase e na 2ª Fase.
§ 7º As faltas disciplinares cometidas pelo servidor após o
§ 5º O concurso para ingresso na Polícia Civil terá validade de
decurso do estágio probatório e antes da conclusão da
1 (um) ano, podendo ser prorrogado por igual período.
avaliação especial de desempenho serão apuradas por meio
§ 6º Aos candidatos submetidos à 2a Fase do concurso de processo administrativo-disciplinar, precedido de
será concedida bolsa para custeio de despesas pessoais, sindicância, esta quando necessária.
conforme e nos valores definidos em Decreto." (Nova
§ 8º São independentes as instâncias administrativas da
redação dada pela Lei n.º 14.998, de 12.09.11)
avaliação especial de desempenho e do processo
CAPÍTULO IV administrativo-disciplinar, na hipótese do parágrafo
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO anterior, sendo que resultando exoneração ou demissão do
servidor, em qualquer dos procedimentos, restará
Art. 17. Estágio probatório é o triênio de efetivo exercício no prejudicado o que estiver ainda em andamento.
cargo de provimento efetivo, contado do início do exercício
funcional, durante o qual é observado o atendimento dos Art. 18. O servidor que durante o estágio probatório não
requisitos necessários à confirmação do servidor nomeado satisfizer qualquer dos requisitos previstos no § 3º do artigo
em virtude de concurso público. (Redação dada pela Lei anterior, será exonerado, nos casos dos itens I e II, e
n°13.092, de 08.01.01) demitido nas hipóteses dos itens III e IV. (Redação dada pela
Lei n°13.092, de 08.01.01)
§ 1º Como condição para aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por § 1º O ato de exoneração ou de demissão do servidor em
comissão instituída para essa finalidade. razão de reprovação na avaliação especial de desempenho
será expedido pela autoridade competente para nomear.
§ 2º A avaliação especial de desempenho do servidor será
realizada: § 2º O ato administrativo declaratório da estabilidade do
servidor no cargo de provimento efetivo, após cumprimento
a) extraordinariamente, ainda durante o estágio probatório, do estágio probatório e aprovação na avaliação especial de
diante da ocorrência de algum fato dela motivador, sem desempenho, será expedido pela autoridade competente
prejuízo da avaliação ordinária; para nomear, retroagindo seus efeitos à data do término do
período do estágio probatório.

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Art. 19 - O órgão de Pessoal manterá cadastro individual, § 2º - Será tornada sem efeito a nomeação, quando, por ato
atualizado e reservado, das informações coletadas sobre a ou omissão do nomeado, a posse não se verificar no prazo
apuração dos requisitos de cumprimento do Estágio para esse fim estabelecido.
Probatório.
Art. 21 - Salvo para o desempenho de cargos em comissão e
§ 1º - O cadastro de que trata este Artigo compor-se-á outros expressamente autorizados em legislação especial,
fundamentalmente: são vedadas disposição, cessão e designação de pessoal para
ter exercício em outras repartições.
I - de dados fornecidos pela Comissão de Concurso Público
de Provas ou de Provas e Títulos; CAPÍTULO II
DA POSSE
II - (Revogado pela Lei n° 12.815, de 17.06.98)
III - de dados remetidos pelas Autoridades Policiais Civis Art. 22 - Posse é o ato regular que completa a investidura em
competentes. cargo público.

§ 2º - O cadastro individual será levado ao Conselho Superior Art. 23 - O nomeado para cargo da Polícia Civil tomará posse
de Polícia Civil, devidamente instruído, até dois (02) meses dentro do prazo de trinta (30) dias, contados da data da
antes do término do Estágio Probatório do funcionário publicação do competente ato de provimento no Diário
policial civil, para o necessário julgamento e declaração de Oficial do Estado.
cumprimento legal, período durante o qual as informações § 1º - A requerimento do nomeado ou de seu representante
serão remetidas diretamente à Secretaria do Conselho, que legal, a autoridade competente para dar posse poderá
juntará ao cadastro. prorrogar o prazo previsto no parágrafo anterior até o
§ 3º. Compete ao Conselho Superior de Polícia Civil formular máximo de trinta (30) dias, contados do seu término.
representação ao Delegado Superintendente da Polícia Civil, § 2º - Poderá haver posse por procuração, quando se tratar
contra o dirigente imediato do funcionário que não fornecer de nomeado ausente do País ou do Estado, ou, ainda, em
as informações necessárias a elaboração do cadastro casos especiais, a juízo da autoridade competente para dar
individual de que trata este artigo. (Redação dada pela Lei n° posse.
12.815, de 17.06.98)
Art. 24 - Somente poderá ser empossado em cargo
§ 4º - De qualquer modo, não havendo sido tomadas as integrante da Polícia Civil quem satisfaça os seguintes
providências de que trata este Artigo, o Estágio Probatório requisitos:
será encerrado após o decurso do prazo, confirmando-se o
funcionário no cargo, atendidas as formalidades I - ser brasileiro nato ou naturalizado;
competentes. II - ter completado dezoito (18) anos de idade;
§ 5º - Durante o Estágio Probatório, não será permitido ao III - estar em dia com as obrigações militares e eleitorais;
policial civil concorrer a ascensão funcional, tampouco se
afastar do cargo para qualquer fim, salvo para o exercício do IV - apresentar comprovante de acumulação legal;
cargo em comissão. V - ter boa conduta;
TÍTULO V VI - ter saúde, apurada em inspeção médica oficial;
DA NOMEAÇÃO, DA POSSE E DO EXERCÍCIO
VII - possuir qualificação e aptidão para o cargo;
CAPÍTULO I
DA NOMEAÇÃO VIII - não registrar antecedentes criminais;

Art. 20 - A nomeação para cargo vago da Polícia Civil IX - apresentar declaração de bens e valores patrimoniais.
atenderá as disposições deste Estatuto e poderá ser feita: Parágrafo Único 1º - A prova das condições a que se referem
I - em caráter efetivo, quando se tratar de nomeação para os ítens I e III deste Artigo não será exigida nos casos de
cargo vago de classe inicial das carreiras integrantes das reintegração.
respectivas categorias funcionais; Art. 25 - A posse será solene, compreendendo, na primeira
II - em comissão, quando se tratar de cargo que assim deva investidura, o compromisso e o respectivo termo e a entrega
ser provido. da identidade funcional.

§ 1º - Em caso de impedimento do ocupante de cargo em Parágrafo Único - O Termo de Posse será assinado pelo
comissão, a autoridade competente nomeará substituto, nomeado perante a autoridade competente que presidir a
exonerando-o findo o período da substituição. formalidade, após o seguinte compromisso policial:
PROMETO OBSERVAR E FAZER OBSERVAR RIGOROSA
OBEDIÊNCIA ÀS LEIS, AOS PRINCÍPIOS E NORMAS CONTIDOS
NO ESTATUTO E REGULAMENTO DA POLÍCIA CIVIL.PROMETO
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DESEMPENHAR MINHAS FUNÇÔES COM Art. 30 - A atividade policial civil é considerada, para todos os
DESPREENDIMENTO E PROBIDADE E RESPEITAR A efeitos, insalubre e perigosa e de natureza eminentemente
DIGNIDADE E INTEGRIDADE FÍSICA DO SER especializada.
HUMANO.PROMETO CONSIDERAR COMO INERENTES À
Art. 31 - O policial civil, no desempenho de sua função tem
MINHA PESSOA A REPUTAÇÃO E A MORALIDADE DA POLÍCIA
prioridade nos serviços, transportes e comunicações
CIVIL A QUE, AGORA PASSO, A SERVIR.
públicos ou privados, podendo requisitá-los se necessário.
Art. 26 - São autoridades competentes para dar posse:
TÍTULO VI
I - o Governador do Estado; DA MOVIMENTAÇÃO, DA SUBSTITUIÇÃO E DO
II - o Secretário de Segurança Pública e Defesa da AFASTAMENTO DO EXERCÍCIO FUNCIONAL
Cidadania; (Redação dada pela Lei n° 12.815, de 17.06.98) CAPÍTULO I
DA MOVIMENTAÇÃO
III - o Subsecretário de Segurança Pública e Defesa da
Cidadania; (Redação dada pela Lei n° 12.815, de 17.06.98) Art. 32 - Movimentação é o ato de designação do servidor
policial civil para ter exercício em unidade policial da Capital
IV - o Delegado Superintendente da Polícia Civil. (Redação
e do Interior do Estado.
dada pela Lei n° 12.815, de 17.06.98)
§ 1º - A apresentação de servidor movimentado deverá se
Parágrafo Único. A autoridade que der posse deverá
efetuar mediante ofício do órgão de pessoal, com rigorosa
verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas
observância dos prazos estipulados.
as condições estabelecidas em lei ou regulamento para a
investidura no cargo policial civil. § 2º - Cientificado o servidor da movimentação, terá o
seguinte prazo de apresentação à nova unidade em que terá
CAPÍTULO III
exercício:
DO EXERCÍCIO FUNCIONAL
a - Três (03) dias, se no mesmo município ou na área
Art. 27 - Exercício funcional é o ato pelo qual o servidor metropolitana;
nomeado assume formalmente as atribuições do cargo que
lhe são atribuídas em Lei. b - Dez (10) dias, nos demais casos.

§ 1º -(Revogado pela Lei n° 12.815, de 17.06.98) Art. 33 - A movimentação de pessoal da Polícia Civil poderá
ser feita:
§ 2º - (Revogado pela Lei n° 12.815, de 17.06.98)
I - a pedido;
§ 3º - Ao titular do órgão policial civil, para onde for
designado o servidor, compete dar-lhe exercício funcional, II - de ofício;
comunicando o fato ao órgão competente para a anotação III - por interesse do serviço;
em ficha individual.
IV - por permuta;
Art. 28 - O exercício das atribuições do cargo terá início no
prazo de dez (10) dias, contados da data: § 1º - O período de permanência do servidor policial civil em
unidade do interior do Estado não será inferior a seis (06)
I - da publicação oficial do Ato, no caso de reintegração; meses, salvo na hipótese do item III, deste Artigo.
II - da posse, nos demais casos. § 2º - Excepcionalmente, a critério da administração, acatar-
§ 1º - O servidor terá exercício funcional em qualquer órgão se-á pedido fundamentado do servidor, de movimentação
da polícia civil, na Capital ou no Interior do Estado, circunscrita ao interior do Estado em prazo inferior a seis (06)
excetuando-se os casos previstos neste Estatuto. meses.

§ 2º - Nenhum policial civil terá exercício em serviço ou órgão § 3º - O servidor em exercício no interior do Estado, com filho
diverso daquele para o qual foi designado, salvo autorização matriculado em escola da localidade, só poderá ser
expressa da autoridade competente. movimentado nas férias letivas, salvo nos casos previstos nos
ítens I e III, deste Artigo.
Art. 29 - O policial civil não poderá se afastar do exercício
funcional do seu cargo por mais de quatro (04) anos, salvo: § 4º. A movimentação por permuta será realizada, de ofício,
por determinação do Delegado Superintendente da Polícia
I - quando para exercer as atribuições de cargo ou função de Civil, podendo também ser feita a pedido dos interessados,
direção, assessoramento, de Governo da União, dos Estados, de acordo com a conveniência do serviço, sempre a critério
do Distrito Federal, dos Territórios ou dos Municípios; da Superintendência. (Redação dada pela Lei n° 12.815, de
II - quando para exercer mandato eletivo federal, estadual 17.06.98)
ou municipal; § 5º. A movimentação a pedido para outra localidade por
III - quando se tratar de licença para acompanhar cônjuge. motivo de saúde poderá ser deferida, uma vez que fiquem

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comprovadas, por junta médica oficial, as razões a) for estudante, para incentivo à sua formação profissional
apresentadas pelo solicitante. (Redação dada pela Lei n° e dentro dos limites estabelecidos;
12.815, de 17.06.98)
b) for realizar missão ou estudo em outro ponto do Território
CAPÍTULO II Nacional ou no estrangeiro;
DA SUBSTITUIÇÃO
c) por motivo de casamento, oito (08) dias;
Art. 34 Haverá, na Polícia Civil, substituição nos d) por motivo de luto, oito (08) dias, em decorrência de
impedimentos legais ou afastamentos de titulares de cargo falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes
em comissão ou de função gratificada, podendo ser consangüíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta,
automática ou por designação. padrasto e pais adotivos;
§ 1º - A substituição automática será processada, e) por ocorrência de paternidade, cinco (05) dias;
independentemente de lavratura de ato, conforme se
dispuser em regulamento. II - sem direito à percepção dos vencimentos, quando se
tratar de afastamento para trato de interesses particulares;
§ 2º. A substituição por designação processar-se-á por ato do
Delegado Superintendente.(Redação dada pela Lei n° III - com ou sem direito à percepção dos vencimentos,
12.815, de 17.06.98) conforme legislação própria, quando para o exercício das
atribuições de cargo, função ou emprego em entidades ou
§ 3º - A substituição, nos termos dos parágrafos anteriores, órgãos estranhos à Polícia Civil.
será gratuita, salvo se feita por designação e ultrapassar
trinta (30) dias, quando o substituto perceberá a gratificação § 1º - Poderá ser autorizado o afastamento, até duas (02)
de representação do cargo ou função gratificada por todo o horas diárias, ao servidor que freqüente curso oficial de 2º
período. grau ou de ensino superior, podendo a autorização dispor
que a redução do horário se dará por prorrogação do início,
CAPÍTULO III ou antecipação do término do expediente diário, conforme
DO AFASTAMENTO DO EXERCÍCIO FUNCIONAL considerar mais conveniente ao estudante e aos superiores
SEÇÃO I interesses da Administração.
DA SUSPENSÃO DO VÍNCULO FUNCIONAL
§ 2º - Será autorizado o afastamento do exercício funcional,
Art. 35 - O Regime Jurídico estabelecido neste Estatuto não nos dias em que o servidor tiver de prestar exames para
se aplicará, temporariamente, ao servidor: ingresso em serviço público, curso oficial ou que, estudante,
tiver de se submeter a provas.
I - no caso de posse ou ingresso em outro cargo ou emprego
não acumulável com o cargo que vinha ocupando; § 3º - O afastamento para missão ou estudo fora do estado
será autorizado nos mesmos atos que designarem o servidor
II - no caso de disponibilidade;
a realizar missão ou estudo, quando de reconhecido e
III - em caso de autorização para o trato de interesse expresso interesse da Polícia Civil.
particular.
§ 4º - As autorizações previstas neste Artigo dependerão de
Art. 36. (Revogado pela Lei n° 16.863, de 16.04.2019) comprovação idônea.
Art. 37 - No caso de disponibilidade, o servidor continuará Art. 40 - Somente após dois (02) anos de efetivo exercício
sendo considerado como em atividade, computando-se o poderá o policial civil obter autorização de afastamento para
período de suspensão do vínculo para aposentadoria, nova tratar de interesse particular por um período de dois (02)
disponibilidade, se for o caso, e progressão horizontal. anos, prorrogável por igual período, sem percepção de
vencimentos.
Art. 38 - No caso de afastamento para o trato de interesse
particular, o servidor não fará jus à percepção de § 1º - O servidor poderá, a qualquer tempo, desistir da
vencimentos nem ao cômputo do período de suspensão do autorização concedida, reassumindo o exercício das
vínculo como tempo de serviço, para nenhum efeito, e atribuições do seu cargo.
devolverá a cédula e a arma funcionais ao órgão
§ 2º - Quando o interesse da Administração o exigir, a
competente.
autorização poderá ser cassada, a juízo da autoridade
SEÇÃO II competente, devendo nesse caso, o servidor ser
DAS AUTORIZAÇÕES expressamente notificado para se apresentar ao serviço, no
prazo de trinta (30) dias, prorrogável por igual período, findo
Art. 39 - O integrante da Polícia Civil poderá ser autorizado a o qual se caracterizará o abandono de cargo.
se afastar do exercício funcional:
§ 3º - O policial civil aguardará em exercício a autorização do
I - sem prejuízo do vencimento, quando: seu afastamento.

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§ 4º - O servidor somente poderá receber nova autorização b) Tiver obtido melhor classificação geral em curso regular
para o afastamento de que trata este Artigo, após da Academia de Polícia Civil;
decorridos, pelo menos, dois (02) anos de efetivo exercício,
Art. 45 - São requisitos para a ascensão funcional:
contados da data em que reassumiu, em decorrência do
término do prazo autorizado ou por motivo de desistência I - Ser estável;
ou de cassação de autorização concedida.
II - Ter sido aprovado em curso regular correspondente
§ 5º - O policial civil estará afastado do exercício do cargo: realizado pela Academia de Polícia Civil;
I - até decisão final transitada em julgado, quando III - Ter interstício de dois anos de efetivo exercício na classe
denunciado por crime funcional, ou pelo prazo que durar a contado até 31 de dezembro do ano anterior à ascensão
prisão civil ou penal; funcional.
II - pelo prazo em que ficar afastado preventivamente ou em Parágrafo Único - Somente poderá matricular-se em curso
cumprimento à pena de suspensão disciplinar, exceto regular para fim de ascensão funcional o servidor que
quando seja esta convertida em multa; implementar os requisitos previstos nos ítens I e III, deste
Artigo.
III - pelo prazo em que durar a efetiva privação de liberdade
resultante de condenação criminal definitiva, salvo se o fato Art. 46 - A Academia de Polícia Civil somente promoverá
criminoso configurar ilícito administrativo passível de curso regular para fim de ascensão funcional se houver vaga
demissão. na classe correspondente, devidamente comprovada pelo
órgão de pessoal e não existir nenhum servidor apto a ter
TÍTULO VII
ascensão.
DA ASCENSSÃO FUNCIONAL E DO REINGRESSO
CAPÍTULO I Art. 47 - Não terá ascensão funcional por merecimento o
DA ASCENSÃO FUNCIONAL servidor:

Art. 41 - (Revogado pela Lei n° 12.815, de 17.06.98) I - em exercício de mandato eletivo;

§ 1º - A ascensão funcional será feita por promoção. II - licenciado para o trato de interesse particular ou afastado
aguardando aposentadoria;
§ 2º - A promoção é a elevação do policial civil à classe
imediatamente superior àquela em que se encontra dentro III - à disposição de órgãos não integrantes da estrutura
da mesma série de classes na Categoria Funcional a que organizacional da Secretaria da Segurança Pública;
pertencer. IV - que tiver sido punido disciplinarmente:
Art. 42. A ascensão funcional dar-se-á por promoção e a) com a pena de repreensão nos 12 meses anteriores;
progressão, na conformidade do disposto nos arts. 19 a 22
da Lei nº 12.387, de 09 de dezembro de 1994, salvo o b) com a pena de suspensão nos 24 meses anteriores.
disposto no Art. 51 desta Lei. (Redação dada pela Lei n° V - que estiver preso preventivamente ou em decorrência de
12.815, de 17.06.98) pronúncia ou condenação, salvo nos casos de prisão civil.
Art. 43 - A ascensão funcional por antigüidade far-se-á Art. 48 - As avaliações previstas neste capítulo serão
mediante a contagem de tempo de serviço na classe. procedidas durante o período compreendido entre o dia 1º
Parágrafo Único - Ocorrendo empate, terá preferência de janeiro do ano da última ascensão funcional do servidor e
sucessivamente o candidato que: o dia 31 de dezembro do ano que anteceder a nova
ascensão.
a) Tiver mais tempo na carreira policial civil;
Art. 49 - Anualmente o número de preenchimento de vagas
b) Tiver mais tempo de serviço público; para fins de ascensão funcional será de vinte e cinco por
c) Tiver mais idade. cento (25%) do total de vagas existentes, arredondando-se
para mais a fração porventura ocorrente.
Art. 44 - A ascensão funcional por merecimento far-se-á
mediante contagem de pontos de avaliação constante no Art. 50 - A ascensão funcional do policial civil realizar-se-á no
Boletim de Merecimento estabelecido em regulamento. dia 21 de abril de cada ano, excetuando-se os casos especiais
previstos neste estatuto.
Parágrafo Único - Ocorrendo empate terá preferência
sucessivamente o candidato que: § 1º - Havendo vaga, o órgão de pessoal providenciará até o
dia 31 de dezembro de cada ano:
a) Tiver obtido melhor média no curso regular da Academia
de Polícia Civil; I - a publicação das vagas existentes para ascensão funcional;
II - a publicação do ato de designação da Comissão Especial
de Ascensão Funcional;

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III - a distribuição de exemplares do Boletim de Merecimento SEÇÃO II


à chefia das unidades policiais civis ou órgãos integrantes da DO APROVEITAMENTO
Secretaria da Segurança Pública;
Art. 54 - Aproveitamento é o retorno ao exercício do cargo
§ 2º - As relações de merecimento e antigüidade serão do funcionário em disponibilidade e dependerá de:
publicadas no Diário Oficial do Estado até o dia 15 de março
de cada ano. I - habilitação em processo seletivo específico, realizado pela
Academia de Polícia Civil;
§ 3º - O Boletim de Merecimento será preenchido no prazo
de até 05 dias, impreterivelmente. II - exame médico oficial;

§ 4º - Será de 10 dias corridos o prazo para apresentação de III - existência de vaga;


recurso ao Delegado Geral sobre a contagem de pontos de IV - a Administração Superior da Polícia Civil manifestar
merecimento e antigüidade, contados da publicação no interesse expresso e fundamentado no retorno do
Diário Oficial do Estado. disponível.
§ 5º - Caberá recurso ao Conselho Superior de Polícia Civil da § 1º - Na ocorrência de cargos vagos na Polícia Civil, o
não inclusão do servidor na lista de contagem de pontos, no aproveitamento terá precedência sobre as demais formas de
prazo previsto no item anterior. provimento, ressalvados os destinados à ascensão funcional.
§ 6º - Decretada a Ascensão Funcional indevidamente, será § 2º - O aproveitamento, que será feito no cargo
o ato declarado sem efeito e expedido outro em benefício do anteriormente ocupado pelo disponível ou de igual
policial civil a quem de direito cabia a elevação, não sendo o vencimento, poderá ocorrer em cargo de vencimento
beneficiado indevidamente obrigado a restituir o que a mais inferior, quando o funcionário perceberá a diferença a título
houver recebido, se for o caso. de vantagem pessoal, incorporada ao vencimento, para fins
Art. 51 - É assegurado para todos efeitos legais o direito do de progressão horizontal, disponibilidade e aposentadoria.
policial civil `a Ascensão Funcional, desde que venha a ficar § 3º - Provada em inspeção médica competente a
inválido ou falecer em missão policial. incapacidade definitiva, a disponibilidade será convertida em
Parágrafo Único - A ascensão funcional a que se refere este aposentadoria, com a sua conseqüente decretação.
Artigo será sempre precedida de apuração em procedimento TÍTULO VIII
administrativo realizado de ofício pelo órgão corregedor, DOS DIREITOS E VANTAGENS
retroagindo seus efeitos legais à data da invalidez ou do CAPÍTULO I
falecimento do policial civil. DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 52 - VETADO - O acesso permitido à classe inicial das
Art. 55 - O tempo de serviço compreende o período de
carreiras policiais que exijam formação em curso de nível
efetivo exercício das atribuições de cargo ou função ou
superior será sempre precedido de exame de seleção interna
emprego público.
de caráter classificatório e eliminatório.
§ 1º - Será considerado de efetivo exercício, ressalvadas as
CAPÍTULO II
exceções previstas neste Estatuto e Legislação
DO REINGRESSO Complementar, o afastamento em virtude de:
SEÇÃO I
DA REINTEGRAÇÃO I - férias;

Art. 53 - A reintegração é o reingresso do funcionário na II - casamento, oito dias;


Polícia Civil por decisão administrativa ou judicial, com III - luto, oito (08) dias, por falecimento de cônjuge ou
ressarcimento de vencimento relativo ao cargo. companheiro, parente, consangüíneos ou afins, até o 2º
§ 1º - A decisão administrativa, que determinar o reingresso, grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos;
será proferida em recurso ou em virtude de reabilitação IV - luto, dois (02) dias, por falecimento de tios e cunhados;
funcional determinada em processo de revisão, nos termos
deste Estatuto. V - convocação para o serviço militar obrigatório;

§ 2º - A reintegração será feita no cargo anteriormente VI - exercício das atribuições de outro cargo estadual de
ocupado, ou em outro de igual vencimento. provimento em comissão, inclusive da Administração
Indireta do Estado;
§ 3º - O funcionário reintegrado será submetido a inspeção
médica oficial e aposentado, se julgado incapaz. VII - júri e outros serviços obrigatórios;
VIII - freqüência em curso na Academia de Policia Civil;
IX - suspensão, quando convertida em multa;

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X - trânsito para ter exercício em nova sede; b) o período de serviço ativo das Forças Armadas prestado
durante a paz;
XI - desempenho de função eletiva federal, estadual ou
municipal, observada a legislação pertinente; c) o tempo de serviço prestado, desde que remunerado
pelos cofres do Estado;
XII - exercício das atribuições de cargo ou função de Governo
ou direção, por nomeação do Governador do Estado; d) o tempo de serviço prestado em Autarquia, Empresa
Pública e Sociedade de Economia Mista, nas órbitas federal,
XIII - licença por acidente no trabalho, agressão não
estadual e municipal;
provocada ou doença profissional;
e) o período de trabalho prestado à Instituição de caráter
XIV - licença especial;
privado;
XV - licença à funcionária gestante;
f) o tempo de licença especial e o período de férias gozados
XVI - licença paternidade, de cinco(05) dias; pelo servidor;
XVII - licença para tratamento de saúde; g) o tempo de licença para tratamento de saúde.
XVIII - doença por período não superior a três (03) dias por II - EM DOBRO:
mês, devidamente comprovada na data do retorno ao
a) o tempo de serviço ativo prestado às Forças Armadas em
serviço;
período de operações de guerra;
XIX - missão ou estudo noutras partes no Território Nacional
b) o período de férias não gozadas;
ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido
expressamente autorizado pelo Governador do Estado; c) o período de licença especial não usufruído.
XX - decorrente de período de trânsito, de viagem do § 1º - O tempo de serviço a que aludem as Alíneas "c", "d" e
servidor que mudar de sede, contado da data do "e" do Inciso I deste Artigo será computado à vista de
desligamento e até o máximo de dez (10) dias; certidões passadas com base em folha de pagamento.
XXI - prisão do servidor, absolvido por sentença transitada § 2º - Somente será admitida a contagem de tempo de
em julgado; serviço apurado através de justificação quando se verificar a
inexistência, nos registros de pessoal, de elementos
XXII - afastamento preventivo;
comprobatórios de freqüência.
XXIII - disponibilidade;
§ 3º - As férias e períodos de licença especial não gozados,
XXIV - o período de afastamento para exercer as funções de referentes a tempo de serviço anterior ao reingresso do
dirigente máximo de entidade representativa de classe. servidor no Sistema Administrativo, relativo a tempo de
serviço estranho ao Estado, não serão considerados para
§ 2º - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por acidente
efeito dos dispostos nas Alíneas "b" e "c" do Inciso II deste
de trabalho, o evento que cause dano físico ou mental ao
Artigo, salvo se, na origem, assim tenham sido computados
servidor, por efeito ou ocasião do serviço, inclusive no
aqueles períodos.
deslocamento para o trabalho ou deste para o domicilio do
servidor. § 4º - A apuração do tempo de serviço será feita em dias,
devendo o número de dias ser convertido em anos,
§ 3º - Equipara-se a acidente de trabalho a agressão, quando
considerando o ano de trezentos e sessenta e cinco (365)
não provocada, sofrida pelo servidor no serviço ou em razão
dias e permitido o arredondamento para um (01) ano, após
dele.
a conversão, o que exceder a cento e oitenta e dois (182)
§ 4º - Por doença profissional, para os efeitos deste Estatuto, dias, para fins de aposentadoria e disponibilidade.
entende-se aquela peculiar ou inerente ao trabalho
Art. 57 - É vedado o cômputo do tempo de serviço prestado,
exercido, comprovada, em qualquer hipótese, a relação de
concorrente ou simultaneamente, em cargos ou empregos
causa e efeito.
da União, dos Estados, Distrito Federal, Territórios,
§ 5º- Nos casos previstos nos §§ 2º, 3º e 4º deste Artigo, o Municípios, Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de
laudo resultante da inspeção médica deverá estabelecer, Economia Mista e Instituições de caráter privado que hajam
expressamente, a caracterização do acidente no trabalho e sido transformadas em unidades administrativas do Estado.
da doença profissional.
§ 1º - Em hipótese de acumulação legal de cargos, é vedada
Art. 56 - Para efeito de disponibilidade e aposentadoria será a transposição do tempo de serviço de um para outro.
computado:
§ 2º - Para os efeitos do parágrafo anterior, o tempo de
I - SIMPLESMENTE: serviço público estadual ou estranho ao Estado, depois de
averbado ou anotado em um cargo, é considerado vinculado
a) o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal;
a este cargo, enquanto o funcionário nele permanecer.

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§ 3º - Somente após a aposentadoria em um dos cargos § 5º - Terá preferência para gozo de férias nos meses
acumulados, poderá o servidor transpor o excedente tempo correspondentes às férias escolares, mediante apresentação
de serviço público para o outro cargo. de comprovante idôneo, se for o caso, o servidor:
§ 4º - Será computado, para efeito de Progressão Horizontal, I - com filhos menores, em idade escolar;
aposentadoria ou disponibilidade, o tempo de serviço
II - casado com professor;
prestado ao cargo, emprego ou função integrantes da
Administração Direta ou Indireta, Federal, Estadual ou II - estudante e aluno da Academia de Polícia Civil.
Municipal e das Fundações Instituídas ou encampadas pelo
§ 6º - Quando da interrupção ou da reassunção de exercício
poder público, mesmo que submetido ao regime da
por gozo de férias, deverá o fato ser comunicado ao órgão
legislação trabalhista.
de pessoal, para as necessárias anotações funcionais.
CAPÍTULO II
Art. 61 - Os servidores titulares de cargos em comissão ou
DA ESTABILIDADE E DISPONIBILIDADE função gratificada, quando da transmissão do cargo ou
Art. 58 - A estabilidade é o direito que adquire o servidor função por motivo de férias, devem proceder a inventário
efetivo de não ser exonerado ou demitido, senão em virtude dos bens sob sua guarda, processos, inquéritos, expediente,
de sentença judicial ou processo administrativo, em que lhe sindicâncias e boletins, devendo o servidor que assumir apor
tenha sido assegurada ampla defesa. o seu ciente e encaminhar cópias ao Delegado Geral, ao
Corregedor Geral e ao Diretor do Departamento
§ 1º - A estabilidade de que trata este Artigo assegura a Administrativo Financeiro.
permanência do servidor no Sistema Administrativo.
CAPÍTULO IV
§ 2º - O funcionário nomeado em virtude de habilitação em
DAS LICENÇAS
Concurso Público e Curso de Formação Profissional
SEÇÃO I
estabelecidos neste Estatuto adquire estabilidade depois de
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
decorridos dois (02) anos de efetivo exercício no cargo.
§ 3º - A estabilidade funcional é incompatível com o cargo Art. 62 - Será licenciado o servidor:
em comissão. I - para tratamento de saúde;
Art. 59 - A disponibilidade é o afastamento de exercício do II - por acidente no trabalho, agressão não provocada e
servidor estável em virtude da extinção do cargo ou da doença profissional;
decretação de sua desnecessidade.
III - por motivo de doença em pessoa de família;
§ 1º - O servidor em disponibilidade perceberá vencimentos
integrais e será aproveitado, obedecidas as disposições IV - quando gestante;
previstas neste Estatuto. V - para Serviço Militar obrigatório;
§ 2º - Aplicam-se aos vencimentos da disponibilidade os VI - para acompanhar cônjuge;
mesmos critérios de atualização, estabelecidos para os
servidores em geral. VII - por ocorrência de paternidade;

CAPÍTULO III § 1º - A licença que dependa de inspeção médica oficial terá


a duração que for indicada no respectivo laudo, findo o qual
DAS FÉRIAS
o paciente será submetido a nova inspeção, devendo o laudo
Art. 60 - O servidor da Polícia Civil terá direito por cada ano concluir pela volta do funcionário ao exercício, pela
de serviço a trinta (30) dias de férias, fracionados ou não, de prorrogação da licença ou, se for o caso, pela aposentadoria.
acordo com escala organizada pelo titular de cada unidade
§ 2º - Terminada a licença o funcionário reassumirá
policial.
imediatamente o exercício do cargo.
§ 1º - Havendo férias acumuladas o servidor poderá gozar
§ 3º - A licença poderá ser determinada ou prorrogada de
até sessenta (60) dias de férias por ano.
ofício ou a pedido, devendo o pedido de prorrogação, se for
§ 2º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao o caso, ser apresentando antes de finda a licença e, se
serviço. indeferido, computar-se-á como licença o período
compreendido entre a data do término e a do conhecimento
§ 3º - A promoção, o acesso e a movimentação não
oficial do despacho.
interromperão as férias.
§ 4º - A licença gozada dentro de sessenta (60) dias, contados
§ 4º- Ao entrar em gozo de férias, o policial civil é obrigado,
do término da anterior será considerada como prorrogação.
sob pena de responsabilidade, a comunicar ao seu Chefe
imediato o seu endereço eventual na hipótese de deixar a
sede de sua lotação.

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§ 5º - O servidor não poderá permanecer de licença por § 5º - O funcionário não poderá recusar a inspeção médica
prazo superior a vinte e quatro (24) meses, salvo nos casos determinada pela autorização competente, sob pena de
previstos nos ítens II e IV deste Artigo. suspensão do pagamento dos vencimentos, até que seja
realizado o exame.
§ 6º - O ocupante de cargo em comissão, mesmo que titular
de cargo efetivo, terá direito às licenças referidas nos ítens I, § 6º - O atestado passado excepcionalmente por médico
II, III, IV, V e VII, deste Artigo. particular, com firma reconhecida somente produzirá efeito
depois de homologado pelo órgão oficial do Estado.
§ 7º - O servidor em gozo de licença comunicará ao superior
imediato o local onde poderá ser encontrado, na hipótese de § 7º - No processamento das licenças para tratamento de
se ausentar da sede de sua lotação. saúde será observado sigilo no que se refere aos laudos
médicos.
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE § 8º - No curso do processamento das licenças, o servidor:

Art. 63 - A licença para tratamento de saúde será precedida I - abster-se-á de qualquer atividade remunerada, sob pena
de inspeção médica oficial, podendo ser a pedido ou de de interrupção imediata da mesma licença, com perda total
ofício. dos vencimentos, até que reassuma o exercício do cargo;

§ 1º - O servidor será compulsoriamente licenciado no caso II - deverá comunicar ao chefe imediato o endereço
de sofrer de uma das seguintes doenças, além das previstas eventual, caso se afaste da sede de sua lotação;
em legislação específica: III - poderá requerer inspeção médica, caso se julgue em
I - tuberculose ativa; condições de reassumir o exercício funcional.

II - alienação mental; § 9º - Serão integrais os vencimentos do funcionário


licenciado para tratamento de saúde.
III - neoplasia maligna;
Art. 64 - A licença para tratamento de saúde causada por
IV - cegueira ou redução de vista; doença profissional, agressão não provocada e acidente no
V - hanseníase; trabalho, aplica-se o disposto nesta Seção, sem prejuízo das
regras estabelecidas por este Estatuto, no que couber.
VI - paralisia irreversível e incapacitante;
SEÇÃO III
VII - cardiopatia grave;
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA
VIII - doença de Parkinson; FAMÍLIA
IX - espondiloartrose anquilosante; Art. 65 - O servidor, desde que comprove ser indispensável a
X - epilepsia vera; sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada
simultaneamente com o exercício funcional, poderá ser
XI - nefropatia grave; licenciado por motivo de doença na pessoa de:
XII - aneurisma celebral arteriovenoso de grande volume e I - ascendente, descendente, colateral, consangüíneo, ou
angioma arteriovenoso do território cerebral; afim até o 2º grau;
XIII - estados avançados de Paget (osteite deformante e II - cônjuge do qual não esteja separado;
outros conforme se dispuser, de acordo com indicações da
Medicina Especializada); III - dependente que conste de sua ficha funcional;

XIV - síndrome de imunodeficiência adquirida. IV - companheiro ou companheira.

§ 2º - Verificada a cura clínica, o funcionário licenciado § 1º Provar-se-á a doença mediante inspeção médica
voltará ao exercício funcional, ainda quando deva continuar realizada na forma do estabelecido neste Estatuto quanto à
o tratamento, desde que comprovada por inspeção médica licença para tratamento de saúde.
competente a capacidade para a atividade funcional. § 2º A necessidade de assistência ao doente, na forma deste
§ 3º - Expirado o prazo de licença previsto no laudo médico, Artigo, será comprovada mediante parecer do órgão oficial
o servidor será submetido a nova inspeção e aposentado, se do Estado.
for julgado inválido. § 3º - O servidor licenciado, nos termos deste Artigo,
§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o tempo necessário perceberá vencimentos integrais até dois (02) anos, findos os
para a nova inspeção será considerado como de prorrogação quais não lhe será pago vencimento.
da licença.

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SEÇÃO IV TÍTULO IX
DA LICENÇA À GESTANTE DA RETRIBUIÇÃO
CAPÍTULO I
Art. 66 - A funcionária gestante, mediante inspeção médica,
DAS DIPOSIÇÕES PRELIMINARES
será licenciada por cento e vinte (120) dias, com
vencimentos integrais. Art. 71 - Todo servidor, em razão do vínculo que mantém
Parágrafo Único - Salvo prescrição médica em contrário, a com o Sistema Administrativo Estadual, tem direito a uma
licença será deferida a partir do oitavo mês de gestação. retribuição pecuniária.

SEÇÃO V § 1º - São formas de retribuição:


DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO I - vencimento;
Art. 67 - O servidor que for convocado para o Serviço Militar II - gratificações;
obrigatório será licenciado com vencimentos integrais,
III - indenizações;
ressalvado o direito de opção pela retribuição financeira do
Serviço Militar. § 2º - O cômputo das retribuições não pode sofrer descontos
além dos previstos expressamente em Lei, nem ser objeto de
§ 1º - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não
arresto, seqüestro ou penhora, salvo quando se tratar de:
excedente a trinta (30) dias, para que reassuma o exercício,
sem perda dos vencimentos. I - prestação de alimentos determinada judicialmente;
§ 2º - O servidor, Oficial da Reserva não remunerado das II - reposição de indenização devida à Administração
Forças Armadas, será licenciado com vencimentos integrais, Estadual.
para cumprimento dos estágios previstos pela legislação
III - auxílios e benefícios instituídos pela Administração
militar, garantido o direito de opção.
Pública; (redação dada pela Lei N° 13.369, de 22.09.03)
SEÇÃO VI
§ 3º. As reposições e indenizações à Fazenda Pública
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE Estadual, descontadas em parcelas mensais, não serão
Art. 68 - O servidor terá direito a licença, sem vencimento, excedentes da décima parte da remuneração do servidor,
para acompanhar cônjuge, também servidor público, assim entendido o vencimento-base acrescido das vantagens
quando, de oficio, for mandado servir em outro ponto do fixas e de caráter pessoal. (redação dada pela Lei N° 13.369,
Estado, do Território Nacional, ou no Exterior. de 22.09.03)

§ 1º - A licença dependerá do requerimento devidamente § 4º - A retribuição do servidor em disponibilidade, para


instruído, admitida a renovação, independentemente de todos os efeitos legais, constitui vencimento.
reassunção do exercício. § 5º - Se o servidor for exonerado ou demitido, a quantia por
§ 2º - Finda a causa da licença, o servidor retornará ao ele devida será inscrita como dívida ativa para os efeitos
exercício de suas funções, no prazo de trinta (30) dias, após legais.
o qual sua ausência será considerada abandono de cargo. CAPÍTULO II
§ 3º - Existindo no novo local de residência repartição DO VENCIMENTO
estadual, o funcionário nela será lotado, enquanto durar a
Art. 72 - Considera-se Vencimento a retribuição
sua permanência ali.
correspondente ao padrão, nível ou símbolo do cargo.
§ 4º - Nas mesmas condições estabelecidas neste Artigo, o
§ 1º - O servidor perceberá o vencimento do cargo efetivo,
funcionário será licenciado quando o outro cônjuge esteja no
quando:
exercício de mandato eletivo fora da sua sede funcional.
I - nomeado para cargo em comissão, salvo o direito de
SEÇÃO VII
opção e de acumulação legal comprovada;
DA LICENÇA ESPECIAL
II - no exercício de Mandato Eletivo nos termos do Artigo 175
Art. 69 - (Revogado pela Lei n° 13.034, de 30.06.00) da Constituição Estadual.
CAPÍTULO V § 2º - O servidor perderá:
DA PROGRESSÃO HORIZONTAL
I - o vencimento do dia, se não comparecer ao serviço, salvo
Art. 70 - (Revogado pela Lei n° 12.913, de 17.06.99) motivo legal ou doença comprovada, de acordo com o
disposto neste Estatuto;
II - um terço do vencimento do dia, se comparecer ao serviço
dentro da hora seguinte à fixação para o início do expediente

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ou quando se retirar antes do término do período de § 2º - Para concessão das gratificações previstas nesta seção,
trabalho; é condição essencial que o servidor se encontre no efetivo
exercício de cargo policial civil, ressalvados os casos de
III - um terço do vencimento, durante o afastamento por
nomeação para cargo em comissão ou função gratificada.
motivo de suspensão preventiva, prisão preventiva,
pronúncia por crime comum, denúncia por crime funcional Art. 77 - A gratificação do item IX do Art. 73, deste Estatuto,
ou condenado por crime inafiançavel em processo no qual dar-se-á ao policial civil designado pelo Secretário de
não haja pronúncia, tendo direito à diferença, se absolvido; Segurança Pública, para exercer o encargo de Instrutor em
regime de tempo complementar e definido pelo período de
IV - dois terços do vencimento durante o período de
duração de curso instituído na Academia de Polícia Civil, na
afastamento em virtude de condenação por sentença
base de trinta por cento (30%) do vencimento.
passada em julgado à pena que não resulte em demissão.
Art. 78 - A gratificação mensal de que trata o item X do Art.
SEÇÃO I
73, deste Estatuto, é atribuída ao policial civil pelo efetivo
DAS GRATIFICAÇÕES
desempenho de atividades específica da Polícia Civil, como
Art. 73 - Ao servidor integrante de Polícia Civil, conceder-se- estímulo ao aperfeiçoamento profissional, com os
á gratificação de: percentuais a seguir fixados sobre a retribuição
correspondente ao padrão, nível ou símbolo do cargo
I - participação em comissão ou banca examinadora de efetivo:
concurso público;
I - curso superior de polícia civil 37%;
II - participação em órgão de deliberação coletiva;
II - curso de formação profissional que exija conclusão em
III - serviço ou estudo fora do Estado ou do País; Curso Superior 32%;
IV - representação; III - curso de formação profissional que exija conclusão em
V - exercício funcional em determinados locais; curso de 2º grau, ou equivalente 27%;
VI - risco de vida ou saúde policial civil; IV - curso de formação profissional que exija conclusão em
curso de 1º grau, ou equivalente 22%.
VII - abono policial civil;
§ 1º - Aos ocupantes de cargos da classe final de Delegado
VIII - vantagem pessoal; de Polícia, oriundos da classe final de Corregedor de Polícia
IX - encargo de instrutor em curso policial civil; Civil e de classe final de Professor de Academia de Polícia
Civil, respeitados os direitos adquiridos, fica assegurada a
X - função policial civil; gratificação a que se refere o item I deste Artigo.
XI - participação em comissão de licitação; § 2º - A gratificação de que trata este Artigo, incorporar-se-á
XII - serviços extraordinários. aos proventos da inatividade.
§ 1º - As gratificações referidas neste Artigo, não definidas § 3º - Ao policial civil que possuir mais de um (01) curso,
expressamente neste Estatuto, são objetos de legislação somente será atribuída a gratificação de maior percentual.
específica vigente. Art. 79 - A gratificação de que trata o item XI do Art. 73, é
§ 2º - A gratificação de Representação é uma indenização devida ao servidor nos mesmos valores estabelecidos para
atribuída aos ocupantes de cargos em comissão ou função os membros das Comissões de Licitação dos demais órgãos
gratificada, tendo em vista despesas de natureza social e do Sistema da Administração Estadual.
profissional impostas pelo exercício funcional. Art. 80. A Gratificação de Reforço Operacional Extraordinário
Art. 74 - (Revogado pela Lei n° 12.913, de 17.06.99) será devida ao policial civil de carreira que aderir
voluntariamente, inscrevendo-se perante a
Art. 75 - (Revogado pela Lei n° 14.112, de 12.05.08)
Superintendência da Polícia Civil, para participar de escala de
Art. 76 - As gratificações a que se referem os ítens VI e VII do serviço fora do expediente normal a que estiver submetido
Art. 73, são concedidas aos policiais civis em virtude das e que efetivamente venha a participar do serviço para o qual
peculiaridades dos Serviços de Polícia e Segurança de seja designado, nas condições, limites e valores
responsabilidade da Polícia Civil, nas bases de quarenta por estabelecidos na Lei n.º 13.789, de 29 de junho de 2006.
cento (40%) e de cem por cento (100%) sobre a retribuição (Nova redação dada pela Lei n.º 16.004, de 05.05.16)
correspondente ao padrão, nível ou símbolo do cargo
Parágrafo único. §1º A gratificação de que trata o caput é
efetivo, respectivamente.
vantagem pecuniária, eventual, compensatória e específica,
§ 1º - As gratificações de que trata este Artigo são devidas ao não integrando a remuneração do policial civil de carreira,
funcionário pelo exercício apenas de um (01) cargo e sendo vedada a sua incorporação à remuneração, sob
incorporar-se-ão aos proventos da inatividade.
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qualquer título ou fundamento, e sobre ela não incidirá I - um (01) mês de retribuição correspondente ao padrão,
qualquer outra gratificação ou vantagem. nível ou símbolo de cargo efetivo, quando a distância entre
as unidades da movimentação for de até duzentos (200)
§ 2º A prestação de serviços na forma do caput deste artigo
quilômetros;
observará o limite de 84 (oitenta e quatro) horas mensais,
dispensado, em situações excepcionais e devidamente II - dois (02) meses de retribuição correspondente ao padrão,
motivadas, o cumprimento de intervalo entre as jornadas nível ou símbolo do cargo efetivo, quando a distância entre
regular e extraordinária. (Nova redação dada pela Lei n.º as unidades da movimentação não for superior a
16.826, de 13.01.19) quatrocentos (400) quilômetros;
Art. 81 - A gratificação de que trata o item II do Art. 73, será III - três (03) meses de retribuição correspondente ao
devida ao membro do órgão de deliberação coletiva nos padrão, Nível ou símbolo do cargo efetivo, quando a
mesmos valores estabelecidos para os demais órgãos distância entre as unidades da movimentação for superior a
colegiados da Administração Estadual. quatrocentos (400) quilômetros.
CAPÍTULO III SEÇÃO II
DAS INDENIZAÇÕES DAS DIÁRIAS
SEÇÃO I
Art. 84 - Ao servidor que se deslocar da sua sede de exercício
DA AJUDA DE CUSTO funcional em objeto de serviço policial civil, conceder-se-á
Art. 82 - A ajuda de custo é indenização devida ao servidor diárias a título de indenização das despesas extraordinárias
em razão de serviço fora do Estado ou ao que for de alimentação e pousada, durante o período de
movimentado entre as unidades policiais. deslocamento eventual.

§ 1º - Não será concedida ajuda de Custo ao servidor § 1º - A diária a que se refere este Artigo, será paga incluindo
movimentado entre as unidades com sedes na Região o dia da partida e o dia de retorno do servidor à sede de sua
Metropolitana. lotação, devendo ser paga antecipadamente ao
deslocamento do servidor.
§ 2º - A ajuda de custo terá os seus valores fixados e
reajustados em legislação específica, não podendo exceder § 2º - O arbitramento das diárias levará em consideração a
a três (03) meses da retribuição correspondente ao padrão, categoria do servidor, a natureza do serviço a prestar, a
nível ou símbolo do cargo efetivo, nem haver concessão distância do deslocamento, as condições de alimentação e
antes de decorridos seis (06) meses do último deslocamento pousada da localidade, o tempo de serviço e demais
do servidor em objeto de serviço, salvo nos casos de circunstâncias que possam determinar a quantia
designação para ter exercício ou para serviço fora do Estado, correspondente, respeitadas as normas estabelecidas em Lei
conforme legislação própria vigente. específica vigente.

§ 3º - A ajuda de custo será paga pelo órgão competente, § 3º - O servidor que receber diária indevidamente será
antecipadamente ao embarque do servidor, mediante obrigado a restituí-la de uma vez, sujeitando-se ainda, a
concessão por ato do Titular da Pasta. punição disciplinar, apurada em procedimento
administrativo competente.
§ 4º - Não perceberá ajuda de custo o servidor cuja
movimentação se verificar a pedido ou porque tenha sido SEÇÃO III
desligado de curso compulsório ou voluntariamente. DO TRANSPORTE
§ 5º - O servidor restituirá a ajuda de custo recebida, se Art. 85 - Transporte é a indenização devida ao servidor que
ocorrer uma das seguintes hipóteses: se deslocar da sede funcional em objeto de serviço, e
compreende:
I - quando deixar de seguir o destino designado oficialmente;
I - no caso de deslocamento temporário, as despesas de
II - no caso de não se deslocar nos prazos fixados;
passagem;
III- se antes de terminada a incumbência, pedir exoneração
II - no caso de deslocamento definitivo, as despesas de
ou abandonar o cargo.
passagem e mudança, de domicílio a domicílio.
§ 6º- Não haverá obrigação de restituir, quando o regresso
§ 1º - Quando o transporte não for realizado sob a
do funcionário for determinado de ofício ou por doença
responsabilidade da administração, o servidor será
comprovada, ou quando o mesmo for exonerado a pedido
indenizado na quantia correspondente às despesas que lhe
após noventa (90) dias de exercício na nova sede.
são asseguradas, mediante comprovação junto ao órgão
Art. 83 - Os valores correspondentes a ajuda de custo serão competente.
pagos aos servidores nas seguintes proporções:
§ 2º - Ao licenciado para tratamento de saúde será dado
transporte, inclusive para pessoa da família, fora da sede do

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seu exercício funcional, desde que expressamente exigido § 4º - É assegurada pensão especial integral aos beneficiários
em laudo médico competente. de servidor falecido em conseqüência de acidente no
trabalho ou doença profissional na forma conceituada por
§ 3º - Será concedido transporte à família de servidor
este Estatuto e corresponderá ao valor percebido por ele, a
falecido no desempenho de missão funcional fora da sede de
título de vencimento, na data do óbito, reajustável nos
seu exercício funcional, no máximo para três (03) pessoas,
termos da legislação específica.
do local do domicílio ao do óbito, ida e volta.
§ 5º. O Policial que for vitimado e/ou sofrer acidente em
SEÇÃO IV
pleno exercício de suas funções, terá assistência médica do
DA MORADIA
Estado, em hospitais públicos, privados, quando necessário,
Art. 86 - (Revogado pela Lei n° 14.112, de 12.05.08) e conveniados com o SUS. (Acrescido pela Lei n° 12.815, de
17.06.98)
TÍTULO X
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA § 6º. Quando a internação se verificar em hospitais da rede
CAPÍTULO I privada e, após prestados os serviços médicos emergenciais,
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES deverá o policial ser movido para hospital público ou
conveniado com o SUS, desde que haja autorização médica
Art. 87 - Ao servidor e à sua família, é assegurada a manifestada em declaração escrita”. (Acrescido pela Lei n°
manutenção do Sistema de previdência e Assistência que, 12.815, de 17.06.98)
dentre outros, preste os seguintes serviços e benefícios:
Art. 88 - VETADO
I - serviços e assistência:
§ 1º - VETADO
a) médica;
§ 2º - VETADO
b) hospitalar;
CAPÍTULO II
c) obstétrica; DA APOSENTADORIA
d) odontológica; Art. 89 - O Servidor será aposentado:
e) oftalmológica; Parágrafo único. Observadas as normas deste Capítulo,
f) social; aplicar-se-á aos processos de aposentadoria o disposto no
Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado. (Redação
g) jurídica; dada pela Lei n° 12.815, de 17.06.98)
h) financeira. I - por invalidez;
II - benefícios de: II - compulsoriamente, aos (70) anos de idade;
a) pensão especial; III - voluntariamente aos trinta (30) anos de serviço, sendo
b) (Revogado pela Lei n° 13.034, de 30.06.00) sexo masculino, ou vinte e cinco (25) anos de serviço, se do
sexo feminino.
c) auxílio-reclusão;
Art. 90 - O provento decorrente de aposentadoria concedida
d) auxílio-natalidade; por implementação de tempo de serviço, não poderá ser
e) (Revogado pela Lei n° 13.034, de 30.06.00) inferior à remuneração auferida por servidor titular do cargo
de igual denominação e categoria.
f) auxílio-funeral;
§ 1º - Atendidos os requisitos estabelecidos no Art. 74 deste
g) salário-família; Estatuto, estender-se-ão as vantagens nele constantes ao
h) aposentadoria. funcionário atingido pela compulsória, aos setenta (70) anos
de idade, ou que se invalidar por acidente em trabalho, por
§ 1º - Os serviços e os benefício não tratados neste Estatuto, moléstia grave, doença profissional, contagiosa ou incurável,
são disciplinados segundo normas estabelecidas em especificada no § 1º do Artigo 65 deste Estatuto.
legislação específica.
§ 2º - Somente para integralização do tempo exigido neste
§ 2º - Ao servidor acidentado em serviço, ou que tenha Artigo e no Art. 74 deste Estatuto, computar-se-á o período,
contraído doença profissional, será prestada assistência em que o funcionário haja exercido cargo de Secretário de
médica adequada. Estado, ou a nível deste, função de assessoramento Técnico
§ 3º - A pensão e a assistência médica referidas neste Artigo, do Poder Executivo, ou de membro do órgão de deliberação
serão custeadas pelo Estado, independentemente de coletiva, bem como o período em que tenha respondido pelo
contraprestação por contribuição de previdência. expediente de cargo em comissão.

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Art. 91 - O funcionário aposentado compulsoriamente por § 2º - Quando o pai e a mãe forem ambos servidores do
motivo de idade, ou por invalidez decorrente de doença não Estado e viverem em comum, o salário-família será
prevista nos Artigos anteriores, terá provento proporcional concedido ao pai e, se não viverem em comum, ao que tiver
ao tempo de serviço. os dependentes sob sua guarda e, se ambos os tiverem, de
acordo com a distribuição dos dependentes.
§ 1º - Os proventos da aposentadoria serão proporcionais,
com base no tempo de serviço, obedecidos os seguintes § 3º - Equiparam-se ao pai e à mãe, o padrasto, a madrasta
percentuais sobre o vencimento do cargo: e os representantes legais dos menores e dos incapazes.
I - até dez (10) anos de tempo de serviço, cinqüenta por § 4º - A cada dependente relacionado no § 1º deste Artigo
cento (50%); corresponderá uma cota do salário-família de acordo com o
valor fixado em Lei, sendo a cota do salário-família por filho
II - de dez (10) a quinze (15) anos de tempo de serviço,
inválido correspondente ao duplo da cota dos demais.
sessenta por cento (60%);
§ 5º - O salário-família será pago, ainda que o servidor venha
III - de quinze (15) a vinte (20) anos de tempo de serviço,
a deixar de perceber vencimento ou proventos, sem perda
setenta por cento (70%);
do cargo.
IV - de vinte (20) a vinte e cinco (25) anos de tempo de
§ 6º - O salário-família no servirá de base para qualquer
serviço, oitenta por cento (80%);
contribuição, ainda a que para fim de previdência social.
V - de mais de vinte e cinco (25) anos de tempo de serviço e
§ 7º - Em caso de falecimento do servidor, o salário
menos de trinta (30) ou trinta e cinco (35) anos, conforme o
continuará a ser pago aos seus dependentes.
caso, noventa por cento (90%).
§ 8º - Se o funcionário falecido não se houver habilitado ao
§ 2º - O provento proporcional calculado nos termos do
salário-família, a Administração ou interessados tomarão as
parágrafo anterior, será acrescido das vantagens que, por
medidas necessárias para que seja pago aos seus
Lei, lhe devam ser incorporados.
beneficiários, desde que atenda aos requisitos necessários a
§ 3º - O provento da inatividade será reajustado partir da data em que fizerem jus ao benefício, observada a
automaticamente sempre que, por motivo de alteração do prescrição quinquenal.
poder aquisitivo da moeda ou reclassificado de cargos,
Art. 93 - Será suspenso o pagamento do salário-família ao
modificarem-se os vencimentos de servidores da atividade,
funcionário que, comprovadamente, descurar da substância
mantida a mesma proporcionalidade.
e educação dos seus dependentes.
CAPÍTULO III
§ 1º. Mediante autorização judicial a pessoa que estiver
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
mantendo os dependentes do funcionário poderá receber o
Art. 92 - O salário-família é o auxílio especial, concedido pelo salário-família enquanto durar a situação prevista neste
Estado ao funcionário ativo e ao aposentado como Artigo.
contribuição ao custeio das despesas de manutenção de § 2º. O pagamento voltará a ser feito ao funcionário, tão logo
seus dependentes. comprovado o desaparecimento dos motivos determinantes
§ 1º - Conceder-se-á salário-família: da suspensão.

I - pela esposa que não exerça atividade remunerada; Art. 94 - Para se habilitar à concessão do salário-família o
funcionário, o disponível, ou o aposentado, apresentarão
II - por filho menor de vinte e um (21) anos de idade, que não uma declaração de dependete, indicando o cargo que
exerça atividade remunerada; exercer ou do qual estiver aposentado ou em
III - por filho inválido; disponibilidade, mencionando em relação a cada
dependente:
IV - por filho estudante que freqüenta curso secundário ou
superior e que não exerça atividade remunerada, até a idade I - grau de parentesco ou dependência;
de vinte e quatro (24) anos; II - no caso de se tratar de maior de vinte e um (21) anos, se
V - pelo ascendente sem rendimento próprio que viva às total e permanentemente incapaz para o trabalho, hipótese
expensas do servidor; em que informará a causa e espécie de invalidez;
VI - por enteados, netos, irmãos, sobrinho menores ou III - se o dependente vive sob a guarda do declarante.
incapazes que vivam às expensas do funcionário, bem como § 1º - A declaração será prestada de pessoal, para o
pessoa menor ou incapaz que, igualmente, assim viva sob processamento e atendimento da concessão.
sua guarda atribuída judicialmente;
VII - pelo companheiro ou companheira, na forma e
conceituação da legislação previdenciária.
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§ 2º - O salário-família será concedido à vista das declarações funcionário falecido, por conseguinte, não podendo ser
prestadas, mediante simples despacho que será comunicado provido o cargo antes de decorridos trinta (30) dias de sua
ao órgão incumbido da elaboração de folha de pagamento. vacância.
§ 3º - Será concedido ao declarante ativo ou inativo o prazo § 4º - Quando não houver pessoa da família do funcionário
de cento e vinte (120) dias para esclarecimento de qualquer no local do falecimento, o auxílio-funeral será pago a quem
dúvida na declaração, o que poderá ser feito por meio de promover o enterro, mediante prova das despesas.
quaisquer provas admitidas em direito.
TÍTULO XI
§ 4º - Não sendo apresentado no prazo o esclarecimento, a DA DISCIPLINA
autoridade competente determinará a imediata suspensão CAPÍTULO I
do pagamento do salário-família, até que seja satisfeita a DA RESPONSABILIDADE
exigência.
Art. 97 - O policial responde civil, penal e
§ 5º - Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão das administrativamente pelo exercício irregular de suas
declarações prestadas será suspensa a criação do salário- atribuições ficando sujeito, cumulativamente, às respectivas
família e determinada a reposição do indevidamente cominações.
recebido, mediante o desconto mensal de dez por cento
(10%) do vencimento ou provento, independentemente dos Parágrafo Único - O funcionário legalmente afastado do
limites estabelecidos para as consignações em folha de exercício funcional não estará isento de responsabilidade.
pagamento. Art. 98 - A responsabilidade civil decorre de procedimento
§ 6º - O funcionário e o aposentado são obrigados a doloso ou culposo, que importe em prejuízo à Fazenda
comunicar a autoridade concedente, dentro do prazo de Pública ou a terceiros.
quinze (15) dias, qualquer alteração que se verifique na § 1º- A importância da indenização será descontada do
situação dos dependentes, da qual decorra supressão ou vencimento e o desconto não excederá a décima parte do
redução do salário-família. valor destes, exceto nos casos de alcance, desfalque,
§ 7º - A não observância do disposto no parágrafo anterior, remissão ou comissão em efetuar recolhimento ou entrada
acarretará as mesmas providências indicadas no § 5º deste nos prazos legais, quando o servidor será obrigado a repor
Artigo. de uma só vez a importância do prejuízo causado.

§ 8º - O Salário-família será devido em relação a cada § 2º - Em caso de prejuízo a terceiros, o servidor responderá
dependente, a partir do mês em que tiver ocorrido o ato ou perante o Estado, através de ação regressiva proposta
fato que lhe der origem, deixando de ser devido igualmente depois de transitar em julgado a decisão judicial, que houver
em relação a cada dependente no mês seguinte ao ato ou condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro
fato que determinar a sua suspensão. prejudicado.

§ 9º - O salário-família será pago juntamente com os Art. 99 - A apuração da responsabilidade funcional será
vencimentos ou proventos, pelo órgão pagador, procedida através de Sindicância ou de Processo
independentemente de publicação do ato de concessão. Administrativo, onde será assegurado o contraditório e
ampla defesa.
CAPÍTULO IV
DO AUXÍLIO-DOENÇA § 1º - A legítima defesa e o estado de necessidade
devidamente comprovados excluem a responsabilidade
Art. 95 - (Revogado pela Lei n° 13.034, de 30.06.00) funcional.
CAPÍTULOV § 2º - O exercício da legítima defesa e do estado de
DO AUXÍLIO-FUNERAL necessidade não serão excludentes de responsabilidade
administrativa quando houver excesso na conduta funcional.
Art. 96 - Será concedido auxílio-funeral correspondente a um
(01) mês de vencimento ou provento, à família do servidor CAPÍTULO II
falecido, mesmo que aposentado. DOS DEVERES

§ 1º - O vencimento ou provento serão aqueles a que o Art. 100 - São deveres do policial civil:
funcionário fizer jus na data do óbito. I - cumprir as normas legais e regulamentares;
§ 2º - Em caso de acumulação legal o auxílio-funeral será II - zelar pela economia e conservação dos bens do Estado,
pago somente na razão do cargo de maior vencimento do especialmente daqueles que lhe sejam entregues para
servidor falecido. guarda ou utilização;
§ 3º - Enquanto continuar como ônus do Tesouro Estadual a
despesa correrá pela dotação própria do cargo do

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III - desempenhar com zelo e presteza missão que lhe for II - usar vestuário incompatível com o decoro da função;
confiada, usando moderadamente de força ou outro meio
III - descurar-se de sua aparência física ou do asseio;
adequado de que disponha;
IV - exibir desnecessariamente arma, distintivo ou algema;
IV - informar incontinente à autoridade policial a que estiver
subordinado, toda e qualquer alteração de endereço V - deixar de ostentar distintivo, quando exigido para o
residencial ou número de telefone; serviço;
V - prestar informação correta e de modo polido à parte ou VI - deixar de reassumir o exercício, sem motivo justo, ao
encaminhar o solicitante a quem a caiba prestar; final de afastamento regular ou, ainda, depois de saber que
o mesmo foi interrompido por ordem superior;
VI - comunicar à autoridade policial a que estiver
subordinado, o endereço onde possa ser encontrado, VII - tratar de interesse particular na repartição;
quando do afastamento regulamentar;
VIII - atribuir-se qualidade funcional diversa do cargo ou
VII - portar a carteira de identidade funcional; função que exerce;
VIII - ser leal para com os companheiros de trabalho, com IX - acionar desnecessariamente sirene de viatura policial;
eles cooperar e manter o espírito de solidariedade;
X - a Autoridade Policial que utilizar seus Agentes de forma
IX - manter-se atualizado com as normas legais e incompatível ao serviço policial;
regulamentares de interesse policial;
XI - a autoridade policial que transferir a responsabilidade ao
X - divulgar, para conhecimento dos subordinados, as escrivão da elaboração do relatório do inquérito, bem como
normas referidas no início anterior; não fazer as devidas inquirições.
XI - freqüentar com assiduidade, cursos de aperfeiçoamento, b) do segundo grau:
atualização e especialização instituídos pela Academia de
I - não ser leal às Instituições;
polícia;
II - não proceder na vida Pública ou particular de modo a
XII - assiduidade, pontualidade, urbanidade e discrição.
dignificar a função policial;
CAPÍTULO III
III - não residir na sede do município onde exerça sua função,
DAS FALTAS ou dela ausentar-se sem a devida autorização;
Art. 101 - VETADO IV - propiciar a divulgação de assunto da repartição ou de
§ 1º - VETADO fato ali ocorrido, ou divulgá-lo, por qualquer meio, em
desacordo com a legislação pertinente;
§ 2º - VETADO
V - manter relações de amizade ou exibir-se em público com
§ 3º - VETADO pessoas de notórios e desabonados antecedentes criminais
§ 4º - VETADO ou policiais, salvo por motivo relevante ou de serviço;

§ 5º - VETADO VI - descumprir ordem superior, salvo quando


manifestamente ilegal, representando neste caso;
§ 6º - VETADO
VII - não tomar as providências necessárias de sua alçada
CAPÍTULO IV sobre falta ou irregularidade de que tenha conhecimento,
DAS TRANSGRESSÕES ou, quando não for competente para reprimí-la, deixar de
Art. 102 - As transgressões disciplinares pela sua gravidade comunicá-la imediatamente à autoridade que o seja;
classificam-se em: VIII - protelar injustificadamente expediente que lhe seja
a) de primeiro grau; encaminhado;

b) de segundo grau; IX - negligenciar na execução de ordem legítima;

c) de terceiro grau; X - interceder maliciosamente em favor de parte;

d) de quarto grau. XI - simular doença para esquivar-se ao cumprimento de


obrigação;
Art. 103 - São transgressões disciplinares:
XII - faltar ou chegar atrasado ao serviço ou plantão para o
a) do primeiro grau: qual estiver escalado, ou abandoná-lo, ou deixar de
I - permutar horário de serviço ou execução de tarefa sem comunicar com antecedência à autoridade policial a que
expressa permissão da autoridade competente; estiver subordinado a impossibilidade de comparecer à
repartição, salvo por motivo justo;

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XIII - apresentar-se ao trabalho alcoolizado ou sob efeito de ordem pública ou qualquer fato que exija intervenção
substância que determine dependência física ou psíquica; policial imediata;
XIV - lançar, intencionalmente, em registro, arquivo, papel XXXII - deixar de encaminhar, tempestivamente, expediente
ou qualquer expediente oficial, dado errôneo, incompleto ou à autoridade competente, se não estiver em sua alçada
que possa induzir a erro, bem como neles inserir anotação resolvê-lo;
indevida;
XXXIII - concorrer para o não cumprimento ou para o atraso
XV - faltar, salvo motivo relevante a ser comunicado por no cumprimento de ordem de autoridade competente;
escrito à autoridade a que estiver subordinado, no primeiro
XXXIV - deixar, sem justa causa, de submeter-se a inspeção
dia útil em que comparecer à sede de exercício, a ato
médica determinada por lei ou por autoridade competente;
processual, judiciário, administrativo ou similar, do qual
tenha sido previamente cientificado; XXXV - não concluir nos prazos legais, sem motivo justo,
procedimento de polícia judiciária, administrativo ou
XVI - Não frequentar, assiduamente, curso da Academia de
disciplinar;
Polícia no qual tenha sido inscrito compulsoriamente, salvo
por motivo justo; XXXVI - cobrar taxa ou emolumentos não previstos em lei;
XVII - utilizar para fins particulares, qualquer que seja o XXXVII - expedir documento de identidade funcional ou
pretexto, material pertencente ao Estado; qualquer tipo de credencial a quem não exerça cargo ou
função policial civil;
XVIII - interferir indevidamente em assunto de natureza
policial que não seja de sua competência; XXXVIII - deixar de encaminhar ao órgão competente, para
tratamento ou inspeção médica, subordinado que
XIX - fazer uso indevido de bem ou valor que lhe chegue às
apresentar sintomas de intoxicação habitual por qualquer
mãos, em decorrência da função, ou não entregá-lo, com a
substância que determine dependência física ou psíquica, ou
brevidade possível, a quem de direito;
de comunicar tal fato, se incompetente, a autoridade que o
XX - deixar de identificar-se quando solicitado, ou quando as for;
circunstâncias o exigirem;
XXXIX - dirigir viatura policial com imprudência, imperícia ou
XXI - referir-se de modo depreciativo à autoridade pública ou negligência, ou sem habilitação legal;
ato da Administração, qualquer que seja o meio empregado
XL - infringir as regras da legislação de trânsito, ao volante de
para esse fim;
viatura policial, salvo se em situação de emergência;
XXII - retirar, sem prévia autorização da autoridade
XLI - manter transação ou relacionamento indevido com
competente, qualquer objeto ou documento da repartição;
preso, ou respectivos familiares;
XXIII - tecer comentários que possam gerar descrédito da
XLII - criar animosidade, velada ou ostensivamente entre
instituição policial;
superiores e subalternos, ou entre colegas, ou indispô-los de
XXIV - valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de qualquer forma;
obter proveito de qualquer natureza, para si ou para
XLIII - constituir-se procurador de parte ou servir de
terceiro, se o fato não tipificar falta mais grave;
intermediário perante qualquer repartição pública, salvo
XXV - fazer uso indevido de documento de identidade quando se tratar de interesse de cônjuge ou de parente até
funcional, algema ou bens da repartição ou cedê-los a 2º grau;
terceiros, se o fato não tipificar falta mais grave;
XLIV - atribuir ou permitir que se atribua a pessoa estranha à
XXVI - condescender a que subordinado maltrate, repartição, fora dos casos previsto em lei, o desempenho de
físicamente ou moralmente, preso ou pessoa sob cargos policiais;
investigação policial;
XLV - praticar a usura em qualquer de suas formas;
XXVII - negligenciar na revista a preso e a cela;
XLVI - praticar ato definido em lei como abuso de poder;
XXVIII - desrespeitar decisão ou ordem judicial, ou
XLVII - exercer comércio entre colegas, ou promover ou
procrastinar seu cumprimento;
subscrever lista de donativos dentro da repartição;
XXIX - tratar superior hierárquico, subordinado, ou colega,
XLVIII - exercer comércio ou participar de sociedade
sem o devido respeito ou deferência;
comercial, salvo como acionista, cotista ou comanditário;
XXX - faltar à verdade no exercício de suas funções;
XLIX - manter sob suas ordens imediatas parentes até
XXXI - deixar de comunicar incontinente à autoridade segundo grau, inclusive, salvo quando se tratar de função de
competente informação que tiver sobre perturbação da confiança e livre escolha, limitado a dois o número de
auxiliares nessas condições;

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L - exercer, mesmo nas horas de folga, qualquer outro cargo, IX - praticar ofensa física contra funcionário, servidor,
função ou emprego, exceto atividade relativo ao ensino ou à particular ou preso, salvo se em legítima defesa;
difusão cultural;
X - causar dano doloso ao patrimônio público;
LI - exercer pressão ou influir junto a subordinados para
XI - pedir ou aceitar empréstimo de dinheiro ou valor de
forçar solução ou resultado ilegal ou imoral;
pessoa que trate de interesse ou o tenha na repartição ou
LII - concorrer para que superior hierárquico, subordinado ou esteja sujeita à sua fiscalização;
colega, proceda desrespeitosamente;
XII - cometer crime tipificado em Lei quando praticado em
LIII - solicitar a interferência de pessoa estranha à instituição detrimento de dever inerente ao cargo ou função, ou quando
com o intuito de obter qualquer benefício funcional, para si o crime for considerado de natureza grave, a critério da
ou para outro policial civil; autoridade competente.
LIV - deixar, habitualmente, de saldar dívida legítima; d) do quarto grau:
LV - indicar ou insinuar nome de advogado para assistir preso I - traficar substância que determine dependência física ou
ou pessoa sob processo criminal ou investigação policial; psíquica;
LVI - solicitar, de particular, auxílio pecuniário para realizar II - revelar dolosamente segredo de que tenha conhecimento
diligência policial; em razão de cargo ou função, com prejuízo para o Estado ou
para particular;
LVII - deixar de prestar, sem motivo justo, mesmo em horário
de folga, auxílio a quem estiver sendo vítima de crime; III - praticar tortura ou crimes definidos como hediondos;
LVIII - deixar de prestar o auxílio possível, mesmo em horário IV - exigir solicitar ou receber vantagem indevida, ou aceitar
de folga, a policial empenhado em ação legal, quando for promessa de tal vantagem, diretamente ou por intermédio
notória a necessidade desse auxílio; de outrem, para si ou para terceiro, em razão das funções,
ainda que fora desta.
LIX - exceder, sem justa causa, o número de faltas permitidas
pelo Regulamento da Academia de Polícia; TÍTULO XII
LX - violar ou deixar de preservar local de crime antes ou DAS SANÇÕES DISCIPLINARES, DA EXTINÇÃO DA
depois da perícia criminal; PUNIBILIDADE E DA MEDIDA PREVENTIVA DE
AFASTAMENTO DO POLICIAL CIVIL.
LXI - peticionar ou recorrer em desobediência às normas ou CAPÍTULO I
preceitos regulamentares ou em termos inadequados ou
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
com argumentos falsos ou de má fé;
Art. 104 - São sanções disciplinares:
LXII - provocar movimento de paralisação total ou parcial do
serviço policial ou qualquer outro serviço, ou dele participar I - repreensão;
fora dos casos previsto em lei.
II - suspensão;
c) do terceiro grau:
III - demissão;
I - abandono de cargo, tal considerado a injustificada
IV - demissão a bem do serviço público;
ausência do policial ao serviço por mais de trinta (30) dias
consecutivos; V - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
II - ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de Art. 105 - Aplicar-se-á pena de repreensão, por escrito, no
quarenta e cinco (45) dias interpoladamente, durante um caso de descumprimento de dever.
(01) ano;
Art. 106 - Aplicar-se-á pena de suspensão nos sequintes
III - procedimento irregular, de natureza grave; casos:
IV - ineficiência intencional e/ou reiterada no serviço; I - até trinta (30) dias nas transgressões do primeiro grau ou
na reincidência de falta já punida com repreensão;
V - aplicação indevida de dinheiro público;
II - de trinta (30) a noventa (90) dias nas transgressões do
VI - insubordinação grave;
segundo grau.
VII - fazer uso, nas horas de trabalho, de substância que
§ 1º - Durante o período de suspensão, o policial civil perderá
determine dependência física ou psíquica;
todos os direitos e vantagens decorrentes do exercício do
VIII - conduzir-se com incontinência pública e escandalosa ou cargo.
promover jogo proibido;
§ 2º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá
convertê-la, antes de seu início, em multa de cinqüenta por

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cento (50%) dos vencimentos correspondentes ao período caso, pela instauração do processo administrativo ou pelo
da punição, sendo obrigado o policial civil, neste caso, a seu sobrestamento.
permanecer em serviço.
§ 3º - São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a
Art. 107 - A sanção cabível para a transgressão disciplinar do respectiva sanção, enquanto perdurar o abandono.
terceiro grau é a demissão.
CAPÍTULO III
Art. 108 - Aplicar-se-á pena de demissão a bem do serviço DA SUSPENSÃO PREVENTIVA
público no caso de transgressão disciplinar do quarto grau e
nos casos de transgressão disciplinar de terceiro grau Art. 113. Visando resguardar o interesse da coletividade,
quando a gravidade do caso justifique tal medida, a critério inclusive quanto à preservação da ordem pública e da
da autoridade julgadora. incolumidade das pessoas e do patrimônio ou quanto ao
êxito das investigações realizadas, o policial civil de carreira
Art. 109 - O policial civil que sofrer pena prevista nos ítens I sobre quem pese suspeita de cometimento de transgressão
e II do Artigo 104, poderá ser movimentado disciplinar de gravidade de 3º grau, na forma dos Arts. 102 e
compulsoriamente para outra unidade policial quando, em 103 desta Lei, poderá ser afastado preventivamente de suas
razão da falta cometida, tornar-se essa medida conveniente funções, por ato motivado do Delegado Superintendente da
para o serviço policial. Polícia Civil ou do Secretário da Segurança Pública e Defesa
Parágrafo Único - Na movimentação compulsória, quando se da Cidadania. (Redação dada pela Lei n° 12.815, de 17.06.98)
tratar de Delegado de Polícia Civil, deverá ser ouvido o § 1º. Visando resguardar o interesse da coletividade,
Conselho Superior de Polícia Civil. inclusive quanto à preservação da ordem pública e da
Art. 110 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade incolumidade das pessoas e do patrimônio ou quanto ao
quando o aposentado ou disponível praticar, quando no êxito das investigações realizadas, o policial civil de carreira
exercício funcional, transgressões disciplinares do terceiro e sobre quem pese suspeita de cometimento de transgressão
quarto graus. disciplinar de gravidade de 4º grau, na forma dos Arts. 102 e
103 desta Lei, será automaticamente afastado
Art. 111 - São competentes para aplicação das sanções preventivamente de suas funções, por ato do Delegado
disciplinares: Superintendente da Polícia Civil ou do Secretário da
I - Governador do Estado, nos casos previstos nos ítens III, IV Segurança Pública e Defesa da Cidadania.
e V do Art. 104; § 2º. A medida preventiva de interesse da coletividade, de
II - Secretário, subsecretário e Delegado Geral, nos casos de que trata este artigo, poderá ser mantida até o final do
suspensão até noventa (90) dias; processo administrativo-disciplinar a que estiver
respondendo o policial civil de carreira, na hipótese do
III - Diretores e Delegados de Polícia, nos casos de caput, e será obrigatoriamente mantida até o final do
repreensão aos servidores que lhes são subordinados. processo administrativo-disciplinar, na hipótese do
CAPÍTULO II parágrafo anterior.
A EXTINSÃO DA PUNIBILIDADE § 3º. O policial civil de carreira afastado preventivamente
ficará à disposição da Superintendência da Policia Civil,
Art. 112 - Extingue-se a punibilidade da transgressão
podendo ser designado para tarefas que não comprometam
disciplinar:
a medida preventiva de interesse da coletividade.
I - pela morte do policial civil transgressor;
Art. 114. A medida preventiva de interesse da coletividade,
II - pela prescrição; de que trata o artigo anterior, não constitui sanção
disciplinar e não acarretará prejuízo remuneratório para o
§ 1º - Extingue-se a punibilidade pela prescrição:
policial civil de carreira a ela submetido, salvo quanto às
I - da falta sujeita à pena de repreensão, em dois (02) anos; gratificações e vantagens de caráter eventual ou
extraordinário, sendo também computado como de efetivo
II - da falta sujeita à pena de suspensão, em quatro (04) anos;
exercício o período do afastamento preventivo. (Redação
III - da falta sujeita à pena de demissão ou de demissão a bem dada pela Lei n° 12.815, de 17.06.98)
do serviço público, ou de cassação de aposentadoria ou
Parágrafo único. Para assegurar o correto cumprimento da
disponibilidade, em cinco (05) anos;
medida preventiva de interesse da coletividade, o policial
IV - da falta prevista em lei como infração penal, no mesmo civil de carreira afastado preventivamente deverá fazer a
prazo em que se extinguem a punibilidade desta, pela entrega de sua identidade funcional e respectivo distintivo
prescrição, desde que não inferior a cinco (05) anos. policial, armas e algemas, recebendo da autoridade
§ 2º - O prazo de prescrição inicia-se na data do fato e competente documento idôneo para resguardo de seus
interrompe-se pela abertura de sindicância e, quando for o interesses e relações estranhos ao serviço policial.

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Art. 115. Por não constituir sanção, o período de duração da estabelecido no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei
medida preventiva de interesse da coletividade não será n° 12.696, de 20.05.97)
computado no cumprimento da pena de suspensão
§ 2º - Findos os prazos previstos no parágrafo anterior e
eventualmente aplicada ao policial civil afastado
inconclusa a sindicância, oficiará o Corregedor Geral de
preventivamente. (Redação dada pela Lei n° 12.815, de
Polícia Civil ao Delegado Geral de Polícia Civil que, em face
17.06.98)
dos motivos enumerados decidirá pela prorrogação do prazo
Art. 116. O policial civil de carreira afastado preventivamente final de trinta (30) dias e pela adoção da responsabilidade
que, ao final do processo administrativo-disciplinar, não administrativa do sindicante, se for o caso.
venha a ser condenado, não sofrerá qualquer prejuízo
Art. 123 - (Revogado pela Lei n.º 15.051, de 06.12.11)
funcional em razão da medida, devendo ser cancelada a
anotação do afastamento preventivo em seus Art. 124 - Apresentada a defesa final do indiciado, na
assentamentos funcionais. (Redação dada pela Lei n° 12.815, hipótese de ser desnecessária a instauração de processo
de 17.06.98) administrativo disciplinar, colhidos os elementos necessários
à comprovação dos fatos e da autoria, será elaborado
TÍTULO XIII
relatório conclusivo, opinando pela aplicação da pena
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR cabível ou pelo arquivamento do procedimento. (Redação
CAPÍTULO I dada pela Lei n° 12.696, de 20.05.97)
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1º - A sindicância será arquivada, na hipótese de não ter
Art. 117 - A apuração das infrações disciplinares será feita sido apurada a responsabilidade administrativa ou o
mediante sindicância ou processo administrativo. descumprimento dos requisitos do Estágio Probatório.
Art. 118 - instaurar-se-á sindicânciaç § 2º - Todos os atos da sindicância serão reduzidos a termo
I - como preliminar de processo administrativo, sempre que pelo Secretário designado pelo sindicante.
não estiver suficientemente caracterizada a infração ou § 3º - A sindicância procede o processo Administrativo
definida a autoria; Disciplinar, quando for o caso, sendo-lhe anexada como peça
II - Quando não for obrigatório o processo administrativo; informativa e preliminar.

III - Para apuração de aptidões do servidor, no estágio CAPÍTULO III


probatório, para fins de exoneração. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 119 - será obrigatório o processo administrativo quando Art. 125 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)
a infração disciplinar, por sua natureza, possa determinar Art. 126 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)
pena de demissão ou de demissão a bem do serviço público.
Art. 127 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)
CAPÍTULO II
DA SINDICÂNCIA Art. 128 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)

Art. 120 - são competentes para determinar a instauração de Art. 129 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)
sindicância as seguintes autoridades: Art. 130 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)
I - o Governador do Estado, o Secretário e o subsecretário da Art. 131 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)
Segurança Pública e o Delegado Geral de Polícia civil, em
todos os casos; Art. 132 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)

II - Diretores e Delegados de Polícia, nos casos de repreensão Art. 133 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)
aos servidores que lhes são subordinados. Art. 134 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)
Parágrafo Único - VETADO Art. 135 - (Revogado pela Lei n° 13.441, de 29.01.04)
Art. 121 - Compete à autoridade sindicante comunicar o CAPÍTULO IV
início do feito à corregedoria da Polícia Civil e, se for o caso, DA REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
ao órgão de pessoal.
Art. 136 - Dar-se-á revisão de procedimento-findo mediante
Art. 122 - A sindicância será concluída dentro de trinta (30) recurso do punido, quando:
dias a contar da data da portaria inaugural, prorrogável por
mais trinta (30) dias, mediante solicitação fundamentada ao I - a decisão houver sido proferida contra expressa disposição
superior imediato. legal;

§ 1º Cabe ao Corregedor Geral, mediante despacho II - a decisão se fundar em depoimentos, exame, perícias,
fundamentado, a concessão do prazo de prorrogação vistorias e documentos comprovadamente falsos;

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III - surgirem, após a decisão, provas de inocência do punido; IV - nenhum pedido de reconsideração poderá ser renovado
perante a mesma autoridade;
IV - ocorrerem circunstâncias que autorizem o
abrandamento da pena aplicada. V - o pedido de reconsideração deverá ser decidido no prazo
máximo de trinta (30) dias;
Parágrafo Único - Os pedidos que não se fundarem nos casos
enumerados neste Artigo serão indeferidos "in limine". VI - caberá recurso somente quando houver pedido de
reconsideração desatendido ou no decidido no prazo legal;
Art. 137 - A revisão, que poderá verificar-se a qualquer
tempo, não autoriza a agravação da pena. VII - o recurso será dirigido à autoridade a que estiver
imediatamente subordinada à que tenha expedido o ato ou
Art. 138 - Tratando-se de policial civil falecido ou
proferido a decisão e, sucessivamente, na escala
desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo cônjuge,
ascendente, às demais autoridades;
companheiro, descendente ou colateral, consangüíneo até o
segundo grau civil. VIII - nenhum recurso poderá ser dirigido mais de uma (01) à
mesma autoridade.
Art. 139 - Não será admissível a reiteração do pedido, salvo
se fundado em novas provas. § 1º - Em hipótese alguma poderá ser recebida petição,
pedido de reconsideração ou recurso que não atendam às
Art. 140 - O pedido será sempre dirigido à autoridade que
prescrições deste artigo, devendo a autoridade à qual foram
aplicou a penalidade, ou que a tiver confirmado em grau de
encaminhadas estas peças, indeferí-las de plano.
recurso.
§ 2º - A decisão final dos recursos a que se refere este Artigo,
§ 1º - A revisão será processada por comissão, constituída na
deverá ser dada dentro do prazo de noventa (90) dias,
Procuradoria Geral do Estado.
contados da data do recebimento na repartição.
§ 2º - Estará impedido de atuar na revisão quem tenha
§ 3º - Os pedidos de reconsideração e os recursos não têm
funcionado no procedimento disciplinar.
efeito suspensivo, salvo disposto em contrário e o que foi
Art. 141 - Recebido o pedido, o Presidente da Comissão ou a provido retroagirá, nos efeitos, à data do ato impugnado,
autoridade designada para processar a revisão providenciará desde que outra providência não determine a autoridade
o apensamento do procedimento disciplinar e notificará o quanto aos efeitos relativos ao passado.
requerente para, no prazo de oito (08) dias, juntar as provas
SEÇÃO I
que tiver ou indicar as que pretenda produzir, oferecendo rol
DA PRESCRIÇÃO
de testemunhas se for o caso.
Art. 142 - Se a revisão for julgada procedente, será reduzida Art. 146 - O direito de pleitear na esfera administrativa
ou cancelada a penalidade aplicada ao requerente, prescreve em cento e vinte (120) dias, salvo:
restabelecendo-se todos os direitos atingidos pela decisão I - para requerer cancelamento de nota punitiva em doze
reformada. (12) meses, contados da data em que o policial estiver
Art. 143 - Nas fases de instrução e decisão, será observado, habilitado ao cancelamento;
no que couber, o procedimento administrativo previsto II - para interpor recurso em trinta (30) dias a contar da data
neste Estatuto, para o Processo Administrativo Disciplinar. da decisão que indeferiu o pedido;
Art. 144 - Não constitui fundamento para revisão a simples III - para requerer revisão de atos dos quais decorreu a
alegação de injustiça da sanção. demissão, aposentadoria ou disponibilidade em cinco (05)
CAPÍTULO V anos, contados das datas de suas publicações.
DO DIREITO DE PETIÇÃO Art. 147 - Inaplicam-se os prazos prescricionais do Artigo
anterior nos casos em que este Estatuto expressamente os
Art. 145 - É assegurado ao funcionário ativo ou inativo o
definam de forma diversa.
direito de requerer, representar, pedir reconsideração e
recorrer desde que o faça dentro das normas de urbanidade Art. 148 - As prescrições administrativas da Polícia Civil
e em termos, observadas as seguintes regras: somente excederão a cinco (05) anos nas transgressões
disciplinares que constituem crime, regulado pela Lei Penal.
I - nenhuma solicitação, qualquer que seja a sua forma,
poderá ser dirigida a autoridade incompetente para decidi- TÍTULO XIV
la; DAS RECOMPENSAS
II - o pedido de reconsideração somente será cabível quando CAPÍTULO ÚNICO
contiver novos argumentos ou fatos supervenientes; Art. 149 - São recompensas:
III - o pedido será sempre dirigido à autoridade que tiver I - elogio;
expedido o ato ou proferido a decisão;

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II - cancelamento de nota punitiva; Art. 152 - As notas punitivas mesmo canceladas


permanecerão registradas nos assentamentos funcionais do
III - medalha do Mérito Policial.
servidor para que seja mantido interstício entre punições
Art. 150 - Elogio, para efeito deste Estatuto, é a menção que que foram aplicadas, obedecidos os prazos previstos no
deve constar no assentamento funcional individual do Artigo anterior.
policial por ato que mereça registro especial, ultrapasse o
§ 1º - É vedado ao órgão de pessoal fornecer informações
cumprimento normal das atribuições e se revista de
sobre a nota punitiva cancelada, salvo para o Conselho
relevância.
Superior de Polícia Civil objetivando o cumprimento do
§ 1º - O elogio destina-se a ressaltar: disposto neste Artigo.
I - morte, invalidez ou lesão corporal no cumprimento do § 2º - O cancelamento de nota punitiva não acarretará
dever; contagem de tempo de serviço ou desembolso financeiro
decorrentes do período de suspensão, salvo se convertida
II - ato que traduza dedicação excepcional no cumprimento
em multa.
do dever, ou que importe ou possa importar em risco da
própria segurança pessoal ou de terceiros; Art. 153 - O pedido deverá ser dirigido ao Presidente do
Conselho Superior de Polícia Civil, atendidos os seguintes
III - execução de serviço que, pela sua relevância e pelo que
requisitos:
representa para a instituição ou para a comunidade, mereça
ser enaltecido como reconhecimento pela atividade a) ser formulado dentro do prazo fixado para a concessão do
desempenhada; cancelamento;
IV - aspectos relativos ao caráter, à coragem e ao b) ter o funcionário completado, sem nenhuma outra
despreendimento, à inteligência e cultura, à conduta e à punição, o prazo estabelecido neste Estatuto;
capacidade de profissionais.
c) ser instruído com expressa retratação, no caso de
§ 2º - Não constitui motivo para elogio o cumprimento dos transgressão atentatória a honra pessoal ou da classe;
deveres impostos ao policial civil em razão da Lei ou
d) ser instruído com certidões negativas criminais fornecidas
Regulamento.
pelos cartórios das sedes das unidades onde teve exercício
§3º São competentes para conceder a recompensa, de que durante o período do interstício.
trata este artigo, e determinar a inscrição nos assentamentos
Parágrafo Único - O prazo prescricional previsto para o
funcionais e para efeito de merecimento em ascensão
requerimento de nota punitiva, iniciar-se-á a partir da
funcional do servidor:
absolvição do policial, quando existir processo que o
I - o Governador do Estado; impossibilite de atender as exigências da Alínea "d" deste
Artigo.
II - o Controlador-Geral de Disciplina;
Art. 154 - A medalha do Mérito Policial Civil é a comenda com
III - o Secretário de Segurança Pública;
que o Governador do Estado por intermédio do Secretário da
IV - o Conselho Superior de Polícia; Segurança Pública, distingue policiais civis ou personalidades
eminentes, nos termos do Regulamento.
V - o Delegado-Geral de Polícia Civil;
TÍTULO XV
VI - o Perito-Geral da Perícia Forense. (Nova redação dada
pela Lei n.º 15.051, de 06.12.11) DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 151 - Cancelamento é o ato formal através do qual o Art. 155 - O dia 21 de Abril é consagrado à Polícia Civil e será
Conselho Superior de Polícia Civil cancela a punição imposta oficialmente comemorado.
ao policial civil, nos casos de repreensão e suspensão, Art. 156 - Ao policial civil que frequente curso de 1º e 2º
atendidos os seguintes prazos: graus ou superior é assegurado o direito de transferência em
I - de dois (02) anos no caso de repreensão; estabelecimento de ensino estadual no local para onde for
designado para ter exercício funcional.
II - de quatro (04) anos no caso de suspensão por
transgressão disciplinar de primeiro grau; Art. 157 - Ao policial civil é facultado o livre ingresso em
todas as casas de diversões e lugares sujeitos à fiscalização
III - de seis anos (06) anos no caso de suspensão por da polícia, bem como portar arma para sua defesa pessoal e
transgressão disciplinar de segundo grau; da comunidade.
Parágrafo Único - Os prazos previstos neste Artigo serão Art. 158. É permitida a consignação facultativa, em folha de
contados a partir do dia imediato à data da publicação do ato pagamento da remuneração, subsídios e
punitivo. proventos. (redação dada pela Lei N° 13.369, de 22.09.03)

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§ 1º. A soma das consignações facultativas não excederá de cônjuge, ascendente ou descentende e colateral até o
40% (quarenta por cento) da remuneração, subsídios e terceiro grau por consanguinidade ou afinidade.
proventos, deduzidas as consignações
Art. 167 - O efetivo da Polícia Civil será fixado bianualmente
obrigatórias). (redação dada pela Lei N° 13.369, de 22.09.03)
através de Lei que observará , dentre outros , os seguintes
§ 2º. Serão computados, para efeito do cálculo previsto aspectos:
neste artigo, o vencimento-base, acrescido das vantagens
I - violência e criminalidade;
fixas e as de caráter pessoal. (redação dada pela Lei N°
13.369, de 22.09.03) II - concentração populacional urbana;
Art. 159 - O Estado propiciará bolsa de estudo ao policial civil, III - densidade demográfica.
como incentivo a sua profissionalização, em cursos não
Art. 168 - O integrante da Polícia Civil, no exercício funcional,
regulares de treinamento, aperfeiçoamento ou
está obrigado a apresentar, bianualmente, ao órgão central
especialização, instituídos em estabelecimentos de
de pessoal, declaração de bens e valores acrescidos do seu
reconhecida e notória idoneidade técnica e científica no
patrimônio, acompanhada de documentação idônea.
território nacional ou estrangeiro.
Art. 169 - A cada três (03) anos a Polícia Civil promoverá,
Art. 160 - Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos
através da Academia de Polícia Civil, cursos de reciclagem
neste Estatuto.
para todos os profissionais da Instituição, com frequência
Parágrafo Único - Computam-se os prazos excluindo-se o dia obrigatória, cujos conteúdos programáticos cuidem,
do começo e incluindo o do vencimento, prorrogando-se basicamente, de abordagens nas áreas de psicologia e
este quando incidir em sábado, domingo, feriado ou humanidades, assegurada a participação de entidades não
facultativo, para o primeiro dia útil seguinte. governamentais.
Art. 161 - É vedado, salvo, com autorização expressa do Art. 170 - O Estado proporcionará Delegacias com
Governador, em cada caso, o aproveitamento de policial civil acomodações dígnas e salutares às autoridades policiais e
em funções estranhas às de seu cargo, sob pena de seus agentes.
responsabilidade da autoridade que o permitir.
Art. 171 - O policial civil que tiver capacidade reduzida para
Parágrafo Único - A autorização de que trata este Artigo não o exercício das atribuições do cargo que ocupe, comprovada
será concedida a policial civil enquanto em estágio através de perícia médica oficial, poderá ser readaptado no
probatório. cargo de atribuições compatíveis como novo estado físico ou
psíquico, desde que atenda aos requisitos necessários para o
Art. 162 - Não se aplicam aos cargos policiais civis e a seus
exercício do novo cargo.
ocupantes os institutos da transformação, da transposição,
transferência, readmissão e reversão. Art. 172 - Aplicam-se aos policiais civis, não que no conflitar
com esta lei, as disposições estatutárias e especiais relativas
Art. 163 - O Estado fornecerá aos policiais civis arma,
aos servidores públicos em geral do Estado existentes ou que
munição, algema, distintivo e carteira funcional, conforme
vierem a ser editadas.
sejam necessários ao exercício de suas funções, bem como
alimentação durante os plantões. Art. 173 - Não se aplicam aos Delegados de Polícia a
gratificação de que trata o Art. 73, VII, e a indenização de que
§ 1º - O policial civil é obrigado a devolver no dia da
trata o Art. 86, todos desta lei.
exoneração ou demissão , os objetos recebidos na forma
deste Artigo. Art. 174 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário especialmente a Lei
§ 2º. O policial ao se aposentar terá direito a uma nova
Nº 10.784, de 17 de janeiro de 1993.
carteira funcional na qual conste a denominação
"Aposentado". PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em
Fortaleza, aos 06 de julho de 1993.
Art. 164 - O policial civil preso provisoriamente ou em virtude
de sentença condenatória transitada em julgado , ainda que CIRO FERREIRA GOMES
decretada a perda da função pública , será recolhido ao
FRANCISCO QUINTINO FARIAS
Presídio Especial.
Art. 165 - São isentos de quaisquer tributos ou emolumentos Lei Complementar Estadual
os requerimentos de certidões ou outros papéis que
interessem ao policial civil nesta qualidade. nº 98/2011
Art. 166 - É defeso ao policial civil exercer suas atividades na Dispõe sobre a criação da controladoria geral de disciplina
mesma unidade administrativa , cuja autoridade policial seja dos órgãos de segurança pública e sistema penitenciário,

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acrescenta dispositivo à lei nº 13.875, de 7 de fevereiro de IV - instaurar, proceder e acompanhar, de ofício ou por
2007 e dá outras providências. determinação do Governador do Estado, os processos
administrativos disciplinares, civis ou militares para
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
apuração de responsabilidades;
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu
V - requisitar a instauração e acompanhar as sindicâncias
sanciono a seguinte:
para a apuração de fatos ou transgressões disciplinares
Art. 1º Fica criada, no âmbito da Administração Direta do praticadas por servidores integrantes do grupo de atividade
Poder Executivo Estadual, a Controladoria Geral de Disciplina de polícia judiciária, policiais militares, bombeiros militares,
dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do servidores da Perícia Forense, e agentes penitenciários;
Estado do Ceará, com autonomia administrativa e financeira,
VI - avocar quaisquer processos administrativos
com a competência para realizar, requisitar e avocar
disciplinares, sindicâncias civis e militares, para serem
sindicâncias e processos administrativos para apurar a
apurados e processados pela Controladoria Geral de
responsabilidade disciplinar dos servidores integrantes do
Disciplina;
grupo de atividade de polícia judiciária, policiais militares,
bombeiros militares e agentes penitenciários, visando o VII - requisitar diretamente aos órgãos da Secretaria de
incremento da transparência da gestão governamental, o Segurança Pública e de Defesa Social e da Secretaria de
combate à corrupção e ao abuso no exercício da atividade Justiça e Cidadania toda e qualquer informação ou
policial ou de segurança penitenciaria, buscando uma maior documentação necessária ao desempenho de suas
eficiência dos serviços policiais e de segurança penitenciária, atividades de orientação, controle, acompanhamento,
prestados à sociedade. investigação, auditoria, processamento e punição
disciplinares;
Parágrafo único. A Controladoria Geral de Disciplina poderá
avocar qualquer processo administrativo disciplinar ou VIII - criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter
sindicância, ainda em andamento, passando a conduzi-los a transitório, para atuar em projetos e programas
partir da fase em que se encontram. específicos, podendo contar com a participação de outros
órgãos e entidades da Administração Pública Estadual,
Art. 2º Os trabalhos da Controladoria Geral de Disciplina
Federal e Municipal;(Nova redação dada pela Lei
serão executados por meio de atividades preventivas,
Complementar n.º 104, de 06.12.11)
educativas, de auditorias administrativas, inspeções in loco,
correições, sindicâncias, processos administrativos IX - acessar diretamente quaisquer bancos de dados
disciplinares civis e militares em que deverá ser assegurado funcionais dos integrantes da Secretaria da Segurança
o direito de ampla defesa, visando sempre à melhoria e o Pública e Defesa Social e da Secretaria de Justiça e Cidadania;
aperfeiçoamento da disciplina, a regularidade e eficácia dos
X - encaminhar à Procuradoria Geral de Justiça do Estado
serviços prestados à população, o respeito ao cidadão, às
cópia dos procedimentos e/ou processos cuja conduta
normas e regulamentos, aos direitos humanos, ao combate
apurada, também constitua ou apresente indícios de ilícitos
a desvios de condutas e à corrupção dos servidores
penais e/ou improbidade administrativa, e a Procuradoria
abrangidos por esta Lei Complementar.
Geral do Estado todos que recomendem medida judicial
Art. 3º São atribuições institucionais da Controladoria Geral e/ou ressarcimento ao erário;
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
XI - receber sugestões, reclamações, representações e
Penitenciário do Estado do Ceará:
denúncias, em desfavor dos servidores integrantes do grupo
I - exercer as funções de orientação, controle, de atividade de polícia judiciária, policiais militares,
acompanhamento, investigação, auditoria, processamento e bombeiros militares, servidores da Perícia Forense, e
punição disciplinares das atividades desenvolvidas pelos agentes penitenciários, com vistas ao esclarecimento dos
servidores integrantes do grupo de atividade de polícia fatos e a responsabilização dos seus autores;
judiciária, policiais militares, bombeiros militares e agentes
XII - ter acesso a qualquer banco de dados de caráter público
penitenciários, sem prejuízo das atribuições institucionais
no âmbito do Poder Executivo do Estado, bem como aos
destes órgãos, previstas em lei;
locais que guardem pertinência com suas atribuições;
II - aplicar e acompanhar o cumprimento de punições
XIII - manter contato constante com os vários órgãos do
disciplinares;
Estado, estimulando-os a atuar em permanente sintonia com
III - realizar correições, inspeções, vistorias e auditorias as atribuições da Controladoria Geral de Disciplina e apoiar
administrativas, visando à verificação da regularidade e os órgãos de controle externo no exercício de suas missões
eficácia dos serviços, e a proposição de medidas, bem como institucionais, inclusive firmando convênios e parcerias;
a sugestão de providências necessárias ao seu
XIV - participar e colaborar com a Academia Estadual de
aprimoramento;
Segurança Pública – AESP, na elaboração de planos de
capacitação, bem como na promoção de cursos de
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formação, aperfeiçoamento e especialização relacionados órgãos subordinados à Secretaria da Segurança Pública e


com as atividades desenvolvidas pelo Órgão; Defesa Social e à Secretaria de Justiça e Cidadania;
XV - auxiliar os órgãos estaduais nas atividades de VI - editar enunciados de súmula administrativa/disciplinar
investigação social dos candidatos aprovados em concurso de sua competência, resultantes de jurisprudência iterativa
público para provimento de cargos; dos Tribunais e das manifestações da Procuradoria Geral do
Estado;
XVI - expedir recomendações e provimentos de caráter
correicional. VII - dispor sobre o Regimento Interno da Controladoria
Geral de Disciplina, a ser aprovado por Decreto do Chefe do
§ 1º Para cumprimento de suas atribuições, a Controladoria
Poder Executivo;
Geral de Disciplina poderá requisitar, no âmbito do Poder
Executivo, documentos públicos necessários à elucidação VIII - processar as sindicâncias e processos administrativos
e/ou constatação de fatos objeto de apuração ou disciplinares civis e militares avocados pela Controladoria
investigação, sendo assinalados prazos não inferiores a 5 Geral de Disciplina e aplicar quaisquer penalidades, salvo as
(cinco) dias para a prestação de informações, requisição de de demissão;
documentos públicos e realização de diligências.
IX - ratificar ou anular decisões de sindicâncias e de
§ 2º O descumprimento do disposto no parágrafo anterior processos administrativos disciplinares de sua competência,
ensejará a apuração da responsabilidade do infrator e, em ressalvadas as proferidas pelo Governador do Estado;
sendo o caso de improbidade administrativa, comunicação
X - convocar quaisquer servidores públicos estaduais para
ao Ministério Público.
prestarem informações e esclarecimentos, no exercício de
§ 3º Quando se tratar de documentos de caráter sigiloso, sua competência, configurando infração disciplinar o não
reservado ou confidencial, será anunciado com estas comparecimento;
classificações, devendo ser rigorosamente observadas as
XI - requisitar servidores dos órgãos estaduais, para o
normas legais, sob pena de responsabilidade de quem os
desempenho das atividades da Controladoria Geral de
violar.
Disciplina sendo-lhes assegurados todos os direitos e
Art. 4º Fica criado o Cargo de Controlador Geral de vantagens a que fazem jus no órgão ou entidade de origem,
Disciplina, de provimento em comissão, equiparado a inclusive a promoção;
Secretário de Estado, de livre nomeação e exoneração pelo
XII - representar pela instauração de inquérito policial civil ou
Governador do Estado, escolhido dentre profissionais
militar visando a apuração de ilícitos, acompanhando a
bacharéis em Direito, de conduta ilibada, sem vínculo
documentação que dispuser;
funcional com os órgãos que compõem a Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social e a Secretaria de Justiça e XIII - expedir provimentos correcionais ou de cunho
Cidadania. recomendatórios;
Art. 5º São atribuições do Controlador Geral de Disciplina: XIV - integrar o Conselho de Segurança Pública previsto na
Constituição do Estado do Ceará;
I - o controle, o acompanhamento, a investigação, a
auditoria, o processamento e a punição disciplinar das XV - instaurar o Conselho de Disciplina e o Conselho de
atividades desenvolvidas pelos policiais civis, policiais Justificação, de acordo com o art. 77 da Lei nº 13.407, de 21
militares, bombeiros militares e agentes penitenciários; de novembro de 2003;
II - dirigir, definir, planejar, controlar, orientar e estabelecer XVI - editar e praticar os atos normativos inerentes às suas
as políticas, as diretrizes e as normas de organização interna, atribuições, bem como exercer outras atribuições correlatas
bem como as atividades desenvolvidas pelo Órgão; ou que lhe venham a ser atribuídas, ou as delegadas pelo
Governador do Estado, além das atribuições previstas nos
III - assessorar o Governador do Estado nos assuntos de sua
arts. 82 e 84 da Lei nº 13.875, de 7 de fevereiro de 2007.
competência, elaborando pareceres e estudos ou propondo
normas, medidas e diretrizes, inclusive medidas de caráter XVII – constituir comissões formadas por um militar e um
administrativo/disciplinar; servidor civil estável para apurarem, em sede de sindicância,
fatos que envolvam, nas mesmas circunstâncias, servidores
IV - fixar a interpretação dos atos normativos disciplinares de
civis e militares estaduais;(Redação dada pela Lei
sua competência, editando recomendações a serem
Complementar n.º 104, de 06.12.11)
uniformemente seguidas pelos Órgãos e entidades
subordinados à Secretaria da Segurança Pública e Defesa XVIII – delegar a apuração de transgressões
Social e à Secretaria de Justiça e Cidadania; disciplinares.(Redação dada pela Lei Complementar n.º 104,
de 06.12.11)
V - unificar a jurisprudência administrativa/disciplinar de sua
competência, garantindo a correta aplicação das leis,
prevenindo e dirimindo as eventuais controvérsias entre os
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Art. 6º Fica criado o Cargo de Controlador Geral Adjunto de Justificação, compostos, cada um, por 3 (três) Oficiais, sejam
Disciplina, de provimento em comissão, de livre nomeação e Militares e Bombeiros Militares Estaduais, ou das Forças
exoneração pelo Governador do Estado, escolhido dentre Armadas, dos quais, um Oficial Superior, recaindo sobre o
Bacharéis em Direito, de reputação ilibada, sendo o mais antigo a presidência da comissão outro atuará como
substituto do Controlador Geral em suas ausências e interrogante e o último como relator e escrivão. (Nova
impedimentos, com atribuições previstas na forma dos arts. redação dada pela Lei Complementar n.º 104, de 06.12.11)
83 e 84 da Lei 13.875, de 7 de fevereiro de 2007.
Art. 13. Fica autorizada a criação, por ato do Controlador-
Art. 7º Fica criado o Cargo de Secretário Executivo de Geral de Disciplina, de Conselhos Militares Permanente de
Disciplina, de provimento em comissão, de livre nomeação e Disciplina, compostos, cada um, por 3 (três) Oficiais, sejam
exoneração pelo Governador do Estado. Militares e Bombeiros Militares Estaduais, ou das Forças
Armadas, dos quais, um Oficial Intermediário, recaindo
Art. 8º A estrutura organizacional da Controladoria Geral de
sobre o mais antigo a presidência da Comissão, outro atuará
Disciplina será definida em Decreto do Chefe do Poder
como interrogante e o último como relator e escrivão.(Nova
Executivo.
redação dada pela Lei n.º 104, de 06.12.11)
Art. 9º O Controlador Geral de Disciplina, atendendo
Parágrafo único. Quando a apuração dos fatos praticados
solicitação do Controlador Geral Adjunto e/ou dos
por policiais militares e bombeiros militares estaduais
Coordenadores de Disciplina, poderá, em caráter especial,
revelar conexão, sobretudo envolvendo praças estáveis e
designar integrantes das Comissões Permanentes Civil ou
não estáveis, a competência para apuração será do Conselho
Militar, para comporem Comissão de Processos
de Disciplina previsto no caput deste artigo.
Administrativos, Conselhos de Disciplina e/ou Justificação.
Art. 14. Fica criada, no âmbito da Controladoria Geral de
Art. 10. O Controlador Geral de Disciplina, poderá solicitar ao
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Governador do Estado a cessão de Oficiais das Forças
Penitenciário do Estado do Ceará o Grupo Tático de
Armadas, Oficiais de outras Polícias Militares Estaduais,
Atividade Correicional – GTAC, com as seguintes
Procuradores de Estado, Membros da Carreira da Advocacia
competências:
Geral da União, Delegados da Polícia Federal ou outros
Servidores Estaduais, Municipais e Federais, para comporem I - realizar atividades de fiscalização operacional, bem como
Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, Conselhos outras necessárias investigações;
de Disciplina e/ou Justificação.
II - realizar correições preventivas e repressivas, por meio de
Art. 11. Ficam criadas Comissões Civis Permanentes de inspeções em instalações, viaturas e unidades;
Processos Disciplinares, compostas por 3 (três) membros,
III - apurar condutas atribuídas a servidores civis, militares e
que serão indicados mediante ato do Controlador-Geral de
bombeiros militares estaduais de que trata esta Lei
Disciplina, ou a quem por delegação couber, dentre
Complementar, inclusive, a observância dos aspectos
Delegados de Polícia ou Servidores Públicos Estáveis, sendo:
relativos a jornada de trabalho, área de atuação,
I - um presidente; apresentação pessoal, postura e compostura, bem como a
legalidade de suas ações;
II - um secretário;
IV - observar a utilização regular e adequada de bens e
III - um membro.
equipamentos, especialmente de proteção a defesa,
§ 1º Os relatórios finais dos processos administrativos armamento e munição;
disciplinares serão decididos pelo Controlador-Geral de
V - exercer outras atribuições que lhe forem delegadas pelo
Disciplina, antes do envio para publicação ou, se for o caso,
Controlador Geral.
do envio ao Governador do Estado, para decisão que seja de
competência legal; podendo este determinar quaisquer Art. 15. Os policiais civis, militares e bombeiros militares
outras providências que se fizerem necessárias à estaduais e outros servidores que desempenhem suas
regularidade do processo e decisão. atividades na Controladora Geral de Disciplina, inclusive os
presidentes, membros e secretários das Comissões Civis
§ 2º Nos processos administrativos disciplinares em que a
Permanentes e dos Conselhos de Disciplina e de Justificação,
pena seja a de demissão, após decididos pelo Controlador-
terão seu desempenho e produtividade avaliados
Geral de Disciplina e, antes do envio ao Governador do
mensalmente e consolidado anualmente, com base nos
Estado, deverá ser encaminhado para a Procuradoria Geral
seguintes critérios sem prejuízo de outros estabelecidos em
do Estado, com o fito de atestar a regularidade do
regulamento:
procedimento.(Nova redação dada pela Lei Complementar
n.º 104, de 06.12.11) I - assiduidade, urbanidade, pontualidade e produtividade;
Art. 12. Fica autorizada a criação, por ato do Controlador- II - correção formal e jurídica dos processos administrativos
Geral de Disciplina, de Conselhos Militares Permanentes de e sindicâncias;

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III - cumprimento dos prazos processuais administrativos; §4º Os processos administrativos disciplinares em que haja
suspensão tramitarão em regime de prioridade nas
IV - cumprimento dos planos de metas e das tarefas
respectivas Comissões e Conselhos.
determinadas pelo Controlador Geral.
§ 5º Findo o prazo do afastamento sem a conclusão do
Art. 16. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina,
processo administrativo, os servidores mencionados nos
ao Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretario da
parágrafos anteriores retornarão às atividades meramente
Segurança Pública e Defesa Social e aos Comandantes Gerais
administrativas, com restrição ao uso e porte de arma, até
da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar,
decisão do mérito disciplinar, devendo o referido setor
respectivamente, a informação do oficial ou da praça a ser
competente remeter à Controladoria Geral de Disciplina
submetido a Conselho de Justificação e de Disciplina,
relatório de freqüência e sumário de atividades por estes
acompanhada da documentação necessária.
desenvolvidas, por meio digital.
Art. 17. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina,
§ 6º O período de afastamento das funções será computado,
ao Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretário da
para todos os efeitos legais, como de efetivo exercício, salvo
Segurança Pública e Defesa Social e quando for o caso, ao
para fins de promoção, seja por merecimento ou por
Delegado Geral da Polícia Civil, ao Perito Geral da Perícia
antiguidade.
Forense do Estado do Ceará e ao Diretor da Academia
Estadual de Segurança Pública, respectivamente, a § 7º Na hipótese de decisão de mérito favorável ao servidor,
informação do servidor a ser submetido a sindicância ou a cessarão, após a publicação, as restrições impostas, sendo o
processo administrativo disciplinar, acompanhada da tempo de afastamento preventivo computado
documentação necessária. retroativamente para fim de promoção por merecimento e
antiguidade.(Nova redação dada pela Lei Complementar n.º
Art. 18. Compete ao Governador do Estado e ao Controlador
106, de 28.12.11)
Geral, sem prejuízo das demais autoridades legalmente
competentes, afastar preventivamente das funções os § 8º A autoridade que determinar a instauração ou presidir
servidores integrantes do grupo de atividade de polícia processo administrativo disciplinar, bem como as Comissões
judiciária, policiais militares, bombeiros militares e agentes e Conselhos, poderão, a qualquer tempo, propor, de forma
penitenciários que estejam submetidos à sindicância ou fundamentada, ao Controlador Geral a aplicação de
processo administrativo disciplinar, por prática de ato afastamento preventivo ou cessação de seus efeitos.
incompatível com a função pública, no caso de clamor
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIA
público ou quando necessário á garantia da ordem pública, à
instrução regular da sindicância ou do processo Art. 19. Os policiais civis e os militares e os bombeiros
administrativo disciplinar e à viabilização da correta militares estaduais requisitados para servir na Controladoria
aplicação de sanção disciplinar. Geral de Disciplina serão considerados, para todos os efeitos,
como no exercício regular de suas funções de natureza
§ 1º O afastamento de que trata o caput deste artigo é ato
policial civil, policial militar ou bombeiro militar.
discricionário, atendendo à sugestão fundamentada do
Secretário da Segurança Pública e Defesa Social e do Art. 20. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a instituir
Secretário de Justiça e Cidadania, do Controlador Geral o Conselho de Disciplina e Correição dos Órgãos de
Adjunto, dos Coordenadores de Disciplina Militar e Civil e dos Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do
Presidentes de Comissão. Ceará, cuja composição e atribuições constarão de Decreto
do Chefe do Poder Executivo.
§ 2º O afastamento das funções implicará na suspensão do
pagamento das vantagens financeiras de natureza eventual, Parágrafo único. Será assegurado aos Membros integrantes
e das prerrogativas funcionais dos servidores integrantes do do Conselho previsto no caput deste artigo, o pagamento de
grupo de atividade de polícia judiciária, policiais militares, verba indenizatória, por presença em sessão, equivalente a
bombeiros militares e agentes penitenciários, podendo R$ 2.000,00 (dois mil reais), ficando o pagamento limitado
perdurar a suspensão por até 120 (cento e vinte) dias, ao máximo de 2 (duas) sessões mensais.
prorrogável uma única vez, por igual período.
Art. 21. Fica instituída a Gratificação por Atividade Disciplinar
§ 3º Os servidores dos Órgãos vinculados à Secretaria da e Correição - GADC, não cumulativa entre si, devida pelo
Segurança Pública e Defesa Social e os agentes exercício:
penitenciários afastados de suas funções, ficarão à
I - das atribuições de Presidente e Membro de Comissões
disposição da unidade de Recursos Humanos a que
Permanentes ou Especiais de Processos Administrativos
estiverem vinculados, que deverá reter a identificação
Disciplinares Civis e de Conselhos Militares, no valor de RS
funcional, distintivo, arma, algema ou qualquer outro
2.000,00 (dois mil reais);
instrumento funcional que esteja em posse do servidor, e
remeter à Controladoria Geral de Disciplina cópia do ato de II - das atribuições de Presidentes de Sindicância, no valor de
retenção, por meio digital, e relatório de sua frequência. R$1.200,00 (um mil e duzentos reais);

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III - das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor de R$ artigo, gozarão de todas as prerrogativas e atribuições
2.000,00 (dois mil reais) para oficiais, delegados e peritos; previstas em Lei.
IV - das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor de R$ Art. 25. A Controladoria Geral de Disciplina, na forma do art.
1.200,00 (um mil e duzentos reais) para as praças, policiais 8° desta Lei, poderá constituir de acordo com a necessidade
civis e servidores civis; de cobertura e expansão, unidades avançadas, temporárias
ou permanentes, para atender demandas ordinárias ou
V - das atividades desenvolvidas na Coordenação de
excepcionais, sem prejuízo das ações de fiscalização e
Inteligência, no valor de R$ 1.200,00 (um mil e
correições disciplinares realizadas por meio do GTAC.
duzentos reais) para as praças, policiais civis e servidores
civis; Art. 26. Fica extinta a Corregedoria Geral dos Órgãos de
Segurança Pública e Defesa Social, integrante da estrutura
§ 1º As gratificações previstas nos itens III e IV do caput deste
organizacional da Secretaria de Segurança Pública e Defesa
artigo serão concedidas exclusivamente aos servidores
da Cidadania, prevista no art. 5º, incisos e parágrafos, da Lei
lotados e em exercício no Grupo Tático de Atividades
nº 12.691, de 16 de maio de 1997.
Correicionais e na Coordenadoria de Inteligência da
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança § 1º A Corregedoria Geral dos Órgãos de Segurança Pública
Pública e Sistema Penitenciário, que exerçam atividades e Defesa Social somente será desativada após a entrega e
típicas de inteligência ou contribuam diretamente para a transferência de todos os feitos, em tramitação e os já
atividade-fim e preencham os seguintes requisitos: arquivados, para a Controladoria Geral de Disciplina.
I - exerçam atividades que necessitem estar de sobreaviso, § 2º Os Conselhos de Justificação, de Disciplina e Processos
em razão da necessidade do exercício permanente de Administrativos Disciplinares em trâmite nas corporações
atividades especializadas; militares, na Secretaria da Justiça e Cidadania – SEJUS, e na
Procuradoria Geral do Estado deverão continuar até sua
II - exerçam atividades em escalas de serviços em
conclusão, oportunidade em que, juntamente com os já
revezamento, e os que na mesma condição estejam sujeitos
arquivados nos últimos 5 (cinco) anos, deverão ser enviados
a permanentes acionamentos de urgência.
para a Controladoria Geral de Disciplina para as providencias
§ 2º As gratificações de que tratam este artigo poderão ser que couber, salvo os avocados pela Controladoria Geral de
percebidas cumulativamente com a representação de cargo Disciplina.(Nova redação dada pela Lei Complementar n.º
em comissão da estrutura administrativa da Controladoria 104, de 06.12.11)
Geral de Disciplina.
§ 3º Fica autorizada a transferência para a Controladoria
§ 3º As gratificações de que tratam os incisos I a V deste Geral de Disciplina, dos bens patrimoniais, móveis,
artigo serão concedidas por ato do Controlador Geral de equipamentos, instalações, arquivos, projetos, documentos
Disciplina, não sendo essas acumuláveis entre si. (Nova e serviços existentes na Corregedoria Geral, integrante da
redação dada pela Lei Complementar n.º 106, de 28.12.11) estrutura organizacional da Secretaria de Segurança Pública
e Defesa Social.
Art. 22. Ficam criados 46 (quarenta e seis) Cargos de Direção
e Assessoramento Superior, sendo 7 (sete) símbolo DNS-2, Art. 27. Os servidores estaduais designados para servirem na
23 (vinte e três) símbolo DNS-3, 13 (treze) símbolo DAS-1, 1 Controladoria Geral de Disciplina deverão ter, no mínimo, os
(um) símbolo DAS-2 e 2 (dois) símbolo DAS-3 . seguintes requisitos:
Parágrafo único. Os Cargos a que se refere o caput deste I - ser, preferencialmente, Bacharel em Direito, em
artigo serão consolidados por Decreto no quadro de Cargos Administração ou Gestão Pública;
de Direção e Assessoramento Superior da Administração
II - se militar ou policial civil, possuir, preferencialmente, no
Direta e Indireta.
mínimo 3 (três) anos de serviço operacional prestado na
Art. 23. Fica autorizada a instituição de estágio acadêmico no respectiva Instituição;
âmbito da Controladoria Geral de Disciplina para estudantes
III - não estar respondendo a qualquer processo
do curso de graduação em Direito, Administração, Gestão
administrativo disciplinar, Conselho de Justificação ou de
Pública, Sociologia, Psicologia, Informática, dentre outros,
Disciplina;
conforme decreto regulamentador.
IV - possuir conduta ilibada;
Art. 24. Fica criada a Delegacia de Assuntos Internos,
vinculada administrativamente à Superintendência da V - não estar denunciado ou respondendo a qualquer
Polícia Civil e, funcionalmente à Controladoria Geral de processo criminal;
Disciplina, cujas competências serão definidas em Decreto.
VI - não haver sido punido, nos últimos 6 (seis) anos, com
Parágrafo único. Os integrantes do Grupo Ocupacional pena de custódia disciplinar ou suspensão superior a 30
Atividade Polícia Judiciária, lotados e em exercício na (trinta) dias.
Delegacia de Assuntos Internos, prevista no caput deste
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Art. 28. As Comissões, Conselhos, sindicâncias e os Processos 5. Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Administrativos Disciplinares seguirão o rito estabelecido Pública e Sistema Penitenciário.” (NR).
nas respectivas leis.(Nova redação dada pela Lei
Art. 32. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Complementar n.º 104, de 06.12.11)
Art. 33. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 28-A. O Controlador-Geral de Disciplina após o
recebimento do processo proferirá a sua decisão. PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO
CEARÁ, em Fortaleza, 13 de junho de 2011.
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da sua
competência, o processo será encaminhado ao Governador Cid Ferreira Gomes
do Estado.
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de
sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para
a imposição da pena mais grave.
§ 3º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, o
Controlador-Geral de Disciplina determinará o seu
arquivamento, salvo se flagrantemente contrária às provas
dos autos.
§ 4º O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo
quando contrário às provas dos autos.
§ 5º Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos
autos, o Controlador-Geral de Disciplina poderá, determinar
diligências ou outras providências necessárias a adequada
instrução, sem possibilidade de recurso, poderá ainda,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la
ou isentar o servidor de responsabilidade.
§ 6º Verificada a ocorrência de vício insanável, o
Controlador-Geral de Disciplina ou o Governador declarará a
sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a
constituição de outra comissão para instauração do novo
processo. (Acrescido pela Lei Complementar n.º 104, de
06.12.11)
Art. 29. A competência atribuída à Procuradoria Geral do
Estado, de acordo com o art. 28. da Lei Complementar nº 58,
de 31 de março de 2006, não se aplica aos servidores
públicos submetidos disciplinarmente à competência da
Corregedoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará.
Art. 30. Caberá recurso no prazo de 10 (dez) dias, dirigido ao
Conselho de Disciplina e Correição, das decisões proferidas
pelo Controlador-Geral de Disciplina decorrentes das
apurações realizadas nas Sindicâncias, pelos Conselhos de
Justificação, Conselhos de Disciplina e pelas Comissões de
Processos Administrativos Disciplinares.
Parágrafo único. Das decisões definitivas tomadas no âmbito
da Controladoria Geral de Disciplina, somente poderá
discordar o Governador do Estado.(Nova redação dada pela
Lei Complementar n.º 104, de 06.12.11)
Art. 31. Fica acrescido à Lei nº 13.875, de 7 de fevereiro de
2007, o item 5. do inciso I do art. 6º, da seguinte forma:
“Art. 6º ...
I - ...

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