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A gestão do conhecimento à luz de Bukowitz e Williams: a difícil mensuração


financeira deste valioso bem

Article · June 2019

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Ismael Azevedo
Universidade Potiguar (UnP)
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Revista de Administração do UNIFATEA - RAF

A gestão do conhecimento a luz de Bukowitz e Williams: a difícil mensuração


financeira deste valioso bem

Autores:
Deborah Martins de Sousa Nolasco: Universidade Potiguar - UNP
E-mail: deborahmarttinssn@gmail.com

Ismael de Mendonça Azevedo: Mestrado em Administração. Universidade Portiguar - UNP


E-mail: ismaeldemendonca@bol.com.br

Rodrigo José Guerra Leone: Doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Universidade Portiguar - UNP
E-mail: rodrigo.leone@gestorfp.com.br

Laís Karla da Silva Barreto: Doutora pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Universidade Portiguar - UNP
E-mail: laisbarreto@gmail.com

RESUMO
A busca pelo desenvolvimento de instrumentos e métodos com potencial para medir o
desempenho das organizações, refletiu por sua vez, a necessidade de evidenciar e valorizar o
capital humano presente no ambiente organizacional. Vale salientar, que a administração, a
contabilidade e áreas afins, tentavam gerenciar, medir e mensurar este bem. A partir dessa
problemática, este trabalho tem por objetivo propor uma revisão do Navegador Skandia
proposto por Edvinsson e Malone (1998) à luz do Diagnóstico da Gestão do Conhecimento
(DGC) proposto por Bukowitz e Williams (2002). Por meio de uma pesquisa documental
bibliográfica, de cunho qualitativo na forma de revisão, a partir da literatura pesquisada em
livros e periódicos nacionais e internacionais, este trabalho realiza uma proposta de inserção do
DGC ao cálculo do Navegador Skandia como forma de contribuição para uma real avaliação do
aporte da GC como fonte de valor oculto às organizações. Verificou-se que o navegador, embora
muito discutido e utilizado na literatura, adota medidas financeiras para avaliação do Capital
Intelectual sem considerar a Gestão do Conhecimento na organização. A pesquisa destacou
ainda a dificuldade na elaboração de um modelo definitivo capaz de mensurar com exatidão,
métricas, valores, e condições que possibilitem as organizações divulgarem o seu Capital
Intelectual nos balanços contábeis. Dessa forma, para que o método de avaliação do Capital
Intelectual reflita melhor a realidade, é importante que o trabalho da contabilidade com a
utilização do Navegador Skandia seja tratado na perspectiva da sistematização do Diagnóstico
da Gestão do Conhecimento.

Palavras-chave: Capital intelectual; Gestão do conhecimento; Navegador Skandia.

Revista de Administração do UNIFATEA, v. 18, n. 18, jan./jun., 2019.


Revista de Administração do UNIFATEA - RAF

ABSTRACT
The search for the development of instruments and methods with potential to measure the performance of
organizations, reflected in turn, the need to highlight and value the human capital present in the
organizational environment. It is worth noting that management, accounting and related areas tried to
manage, measure and measure this asset. This work proposes a revision of the Skandia Browser proposed
by Edvinsson and Malone (1998) in the light of the Knowledge Management Diagnosis (KMD) proposed
by Bukowitz and Williams (2002). Through a documental bibliographical research, qualitative in the form
of a review, from the literature researched in national and international books and periodicals, this work
makes a proposal of insertion of the KMD to the calculation of the Skandia Navigator as a form of
contribution to a real evaluation of the contribution of KM as a source of hidden value to organizations. It
was verified that the browser, although much discussed and used in the literature, adopts financial measures
for Intellectual Capital assessment without considering the Knowledge Management in the organization.
The research also highlighted the difficulty in elaborating a definitive model capable of accurately
measuring metrics, values, and conditions that allow organizations to disclose their Intellectual Capital in
the accounting statements. Thus, in order for the Intellectual Capital assessment method to better reflect
reality, it is important that the work of accounting with the use of the Skandia

Key-words: Intellectual capital; Knowledge management; Skandia Browser.

Revista de Administração do UNIFATEA, v. 18, n. 18, jan./jun., 2019.


Revista de Administração do UNIFATEA - RAF

1. INTRODUÇÃO
O século passado foi primordial para o desenvolvimento de ferramentas e métodos capazes
de medir o desempenho das organizações. Dentre as forças motrizes estava a necessidade de
evidenciar e valorizar a organização por via do seu Capital Intelectual. A administração, a
contabilidade e áreas afins, tentavam gerenciar, medir e mensurar este bem.
A partir da década de 1980 surgem os primeiros trabalhos de pesquisadores que buscam
determinar a importância e o valor do Capital Intelectual, contudo, o valor do conhecimento.
Naquele momento, era consenso que os trabalhadores manuais e clericais estavam se tornando os
trabalhadores do conhecimento (DRUCKER, 1988).
Em função de sua característica, o Capital Intelectual também pode ser encontrado na
literatura denominado de: valor oculto de uma organização. O fato é que o Capital Intelectual é
uma propriedade difícil de definir (BUKOWITZ; WILLIAMS; MACTAS, 2004). É um tipo de
ativo complexo e dinâmico, que quando visto dentro da perspectiva da Gestão do Conhecimento
(GC) adquire uma característica de valor potencial indescritível, sobretudo pela impossibilidade
de finitude. O capital intangível mesmo quando não está sob a influência de uma conjuntura que
possibilite seu desenvolvimento de maneira consistente, pode se desenvolver de maneira infinita,
dada a influência da ação da subjetividade humana.
Dentre as formas de reconhecer e mensurar o Capital Intelectual estaria a apreciação
financeira quanto a ativos intangíveis como: a qualificação dos funcionários, os sistemas de
informação, a capacidade de inovação, dentre outros, nos demonstrativos contábeis das
organizações. Ao expressar de maneira financeira então se tornaria possível a verificação de que
forma o Capital Intelectual estaria contribuindo ou não para o desempenho da empresa (BARROS,
2007). Nesse cenário, os possuidores do capital financeiro perderam espaço para um novo modelo
de estrutura, onde a produção em massa já não tem o mesmo papel, sendo sua sucessora a
flexibilidade e a capacidade de inovação e Gestão do Conhecimento nas organizações. Contudo,
ter dinheiro não é mais o bastante, é necessário ter conhecimento, capacidade de adaptação e
autorreprodução (MIRANDA et al., 2010).
Como os recursos materiais, estruturais e tecnológicos são facilmente adquiridos, o
conhecimento se tornou um recurso fundamental para as organizações por constituir-se na
principal fonte diferenciada de competitividade (BARROS, 2007). Inicialmente, os pesquisadores
buscaram desenvolver métodos capazes de considerar ou medir a criação de valor para as
organizações a partir do Capital Intelectual. Dentro desse contexto e da relação entre Capital
Intelectual e a inovação em economias centradas no conhecimento, surge a GC (GUBIANI;
MORALES; SELIG, 2014).

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Existem diversos modelos elaborados que propõe mensurar o Capital Intelectual, é


necessário que se faça uma análise entre qual o modelo que melhor de adequa a realidade e
especificidade de cada organização (BINSFELD et al., 2012). Tais métodos de avaliação foram
desenvolvidos para que as organizações pudessem propor aos balanços contábeis uma apreciação
de sua riqueza oculta, sendo o Navegador Skandia um rigoroso método desenvolvido e utilizado
pela empresa Sueca Skandia AFS, para apresentar a seus acionistas uma forma mensurável do seu
Capital Intelectual (EDVINSSON; MALONE, 1998).
Concomitante aos estudos e desenvolvimento de ferramentas de avaliação do capital
intangível surge os estudos quanto à GC nas organizações, contudo, uma necessidade de mensurar
esta dinâmica de maneira a avaliar a capacidade da organização quanto à gestão deste novo ativo.
Dentro desta perspectiva é possível destacar o Diagnóstico da Gestão do Conhecimento proposto
por Bukowitz e Williams (2002) como uma ferramenta rigorosa e validada no âmbito das
pesquisas nesta temática.
Dessa forma, este trabalho tem por objetivo propor uma revisão do Navegador Skandia
proposto por Edvinsson e Malone (1998) à luz do Diagnóstico da Gestão do Conhecimento (DGC)
proposto por Bukowitz e Williams (2002). Por meio de uma pesquisa documental bibliográfica,
de cunho qualitativo na forma de revisão, a partir da literatura pesquisada em livros e periódicos
nacionais e internacionais, este trabalho realiza uma proposta de inserção do DGC ao cálculo do
Navegador Skandia como forma de contribuição para uma real avaliação do aporte da GC como
fonte de valor oculto às organizações.

2. O MODELO DO NAVEGADOR SKANDIA


As organizações passaram a perceber que os seus funcionários de posse de seu valor oculto,
contribuem mais para a organização do que seus salários e benefícios, se verificado a partir do
nível de suas habilidades e extensão de cooperação, o custo de reposição de um funcionário pode
ser múltiplas vezes maior que a soma de seus salários e benefícios. Essas afirmações
impulsionaram um crescente número de estudos quanto à contabilidade de recursos humanos,
gestão de ativos intelectuais, ciência atuarial e finanças e teoria econômica, na busca por
determinar qual o valor deste capital oculto (BUKOWITZ; WILLIAMS; MACTAS, 2004).
A forte motivação para buscar uma forma de mensurar o real valor institucional vem da
perspectiva de que: se o Capital Intelectual representa a massa oculta, ou se representa dois terços
ou mais do valor real das empresas, este capital configura uma distorção no setor de investimentos
além do que a economia pode estar às cegas em meio as drásticas mudanças tecnológica e da
velocidade das telecomunicações, e este desequilíbrio não pode continuar (EDVINSSON;

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MALONE, 1998). Além de emergente, a evidenciação dos ativos de natureza intangível tornou-
se um desafio para a contabilidade das organizações na nova economia (MIRANDA et al., 2010).

Quadro 1 – Modelos de mensuração do Capital Intelectual


AUTORES FERRAMENTAS UTILIZAÇÃO
Analisa fenômenos envolvidos no
desenvolvimento organizacional.
Indicador intangível: os clientes, os
Kaplan e Norton (1997) Balanced Scorecard - BSC processos internos e de apreenderem e o
crescimento da empresa.
Indicador financeiro: razão em o valor de
mercado e patrimônio contábil.
Indicadores relevantes para a empresa. A
interpretação é base para criar e
Monitor de ativos intangíveis – desenvolver uma empresa do
Sveiby (1998) conhecimento.
Swedish Comunity of Practice
Indicador interno: competência dos
empregados, estrutura interna e estrutura
externa.
O capital intelectual cria riqueza e deve
Stewart (1998) Navegador do Capital Intelectual analisar o desempenho da empresa nas
perspectivas do capital humano, capital
estruturado e capital de clientes.
Mensuração do capital intelectual por
Edvinsson e Malone (1998) Navegador Skandia intermédio dos elementos: capital humano
e o capital estrutural.
Fonte: adaptado de Gubiani, Morales e Selig (2014, p. 66).

A necessidade de precisão quanto à avaliação do Capital Intelectual fez surgir o Navegador


Skandia, desenvolvido por Edvinsson e Malone (1998). Esse modelo chamou atenção pelo grau
de complexidade, além das possibilidades de utilização do mesmo. Dada à aplicabilidade e a
possibilidade de avaliação financeira e não financeira da organização, o modelo quando bem
utilizado, produz um relatório de avaliação do Capital Intelectual cujas medidas são organizadas
sob a perspectiva de cinco focos distintos, são eles: foco financeiro, foco no cliente, foco no
processo, foco humano e foco na renovação e desenvolvimento (EDVINSSON; MALONE, 1998).
Os indicadores estão estruturados dentro de cinco áreas distintas configuradas como foco,
conforme figura abaixo.

Figura 1 – Navegador Skandia

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Fonte: Edvisson e Malone (1998, p. 60).

A Skandia AFS foi pioneira a publicar um relatório que contemplasse seu Capital
Intelectual, em 1995, juntamente as demais demonstrações financeiras. Seu Navegador Skandia
propõe 165 indicadores para o devido acompanhamento. Estes indicadores preveem que o valor
real da empresa é baseado na sua capacidade de ser sustentável quando a manutenção de sua
longevidade, o que garante sucesso e excelência organizacional (EDVINSSON; MALONE, 1998;
ROCHA; ARRUDA, 2005; CARDOSO et al. 2015).
Esse modelo tem uma dinamicidade que permite adaptação às diferentes realidades sem
que isso afete o seu funcionamento. Foi idealizado com alusão ao formato de uma casa para
facilitar a compreensão no que concerne a cada aspecto. Além disso, o modelo representa o
passado, o presente e a perspectiva de futuro da organização (EDVINSSON; MALONE, 1998).
Nesse contexto (vide figura 1), o triângulo seria como o sótão que agrega os recursos
financeiros, inclusive o balanço patrimonial e, entende-se também que representa o passado da
empresa, pois é uma representação exata de onde ela se encontrava em dado momento. O foco na
renovação e desenvolvimento compõe o alicerce e o piso da casa, que também estão voltados para
o futuro da organização, pois é nessa área que se prepara a empresa para o futuro, se utilizando de
treinamentos, medição da qualidade e desenvolvimento de novos produtos (MOURA et al., 2005).
Entre o sótão e o piso ou alicerce encontram-se as paredes, que nesta casa são compostas
por atividades da empresa, como seu foco no cliente e no processo, e na parte central preenchendo
toda a casa, está o foco humano, que corresponde à força motriz e a alma da organização (MOURA
et al., 2005). Entremeando todos os focos e representando a inteligência da empresa (ROCHA;
ARRUDA, 2005; MOURA et al., 2005). É então a única força com capacidade ativa e como tal,
alcança, interliga, e movimenta todas as outras partes do Capital Intelectual. Tem por natureza de
sua função auxiliar todo o processo, mantendo as habilidades sempre em sintonia e atualizadas
(MOURA et al., 2005).
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De maneira geral o Navegador Skandia avalia a presença do ponto de vista contábil e


financeira do Capital Intelectual em cada foco específico. É por via desta estrutura que se avalia o
capital humano formado pelo conhecimento, experiências, poder de inovação e a habilidade dos
empregados de uma companhia. As empresas que vivem na economia do conhecimento estão
constituídas por enormes fluxos de investimentos em capital humano bem como em informática,
que juntamente com os softwares, os bancos de dados, as patentes, marcas registradas, fazem parte
do capital estrutural da organização (EDVINSSON; MALONE, 1998). Dessa forma, o Capital
Intelectual é calculado mediante a soma do capital humano e capital estrutural vide equação abaixo
(JOIA, 2001):

Capital Intelectual = Capital Humano + Capital Estrutural

O capital humano não é propriedade da empresa, mas é o resultado da soma das habilidade
e especialidades de seus empregados. É o saldo do compartilhamento de informação,
desenvolvimento de novos conhecimentos. Por outro lado, o capital estrutural é propriedade da
empresa e por vezes pode ser negociado. Faz parte do capital estrutural todos os processos internos
e externos à organização, dentro dela e entre ela e seus parceiros, que pode ser compreendido
como Capital de Processos (CP); seus relacionamentos com clientes, parceiros e outras
organizações formam o Capital de Relacionamento (CR). Por fim o Capital de Inovação (CI), que
é a consequência direta da cultura da empresa e sua capacidade de criar conhecimento novo com
base no conhecimento existente. Compete à organização a criação de um ambiente que possibilite
administrar e gerar seu conhecimento de forma adequada (JOIA, 2001). A fórmula que resume a
soma dessa estrutura proposta por Joia (2001) e Edvinsson e Malone (1998):
Capital Estrutural = CP + CR + CI

Há diferenças entre o capital humano e o capital estrutural, de certo não pode ser
confundido, mas o fato é que o segundo tem origem no primeiro. O capital humano é a fonte ativa
na organização e tem como um dos produtos da sua atividade a capacidade de agregar novas
descobertas, novos processos, formas de inovação, dentre outras forças, o que aumenta o poder da
organização. Infelizmente nem o capital humano nem o capital estrutural estão visíveis no sistema
contábil tradicional (EDVINSSON; MALONE, 1998).

3. DA GESTÃO DO CONHECIMENTO AO DIAGNÓSTICO


A temática da Gestão do Conhecimento (GC) possui como objetivo central o
aproveitamento de recursos existentes na empresa proporcionando a seus integrantes dispor de
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melhores práticas para facilitar a transição de informações, minimizar a perda da memória


organizacional, identificar recursos críticos e áreas críticas do conhecimento na organização. Para
dessa forma construir um conjunto de métodos que possibilitem o uso de forma individual ou com
toda a organização, contudo, com o objetivo de evitar a perda do Capital Intelectual (SVEIBY,
1998).
O conhecimento em sua essência não está contido em sistemas tecnológicos, mas nas
pessoas que diariamente o processam e o transformam em resultados. Nessa perspectiva, cabe às
organizações definir qual conhecimento deve ser cultivado para que posteriormente sejam
desenvolvidas ações direcionadas a criar, integrar, transferir e protegê-lo. Dessa forma, é preciso
estimular o desenvolvimento de competências estratégicas para a manutenção constante de
esforços que sustentem a vantagem competitiva dentro de um ambiente dinâmico (STEWART,
2002).
Como já discutido anteriormente, não é fácil compreender, classificar ou medir o
conhecimento. Seu domínio e gestão se tornam um grande desafio para as empresas que almejam
obter este recurso fundamental às definições estratégicas (TERRA; GORDON, 2002). Quando
dentro das organizações, o conhecimento assume uma forma de espiral que se inicia em nível
individual e por meio da interação transpõe os limites impostos pelas divisões de setores e
departamentos da organização (TAKEUCHI; NONAKA, 2008). Esta espiral demonstra a relação
entre o conhecimento tácito e explícito, denominada pelos referidos autores como a conversão do
conhecimento e possui quatro modos de conversão: socialização, externalização, combinação e
internalização (modelo SECI), conforme mostra a Figura 2.

Figura 2 - Espiral do conhecimento

Fonte: Takeuchi e Nonaka (2008).

A socialização compreende o compartilhamento e criação do conhecimento tácito por meio


das experiências vivenciadas pelo indivíduo. A externalização procura estabelecer uma articulação
do conhecimento tácito através do diálogo e reflexão. Sistematizar e aplicar o conhecimento

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explícito e a informação é a característica do terceiro modo de conversão, a combinação. Por fim,


a internalização refere-se ao aprendizado e aquisição de novo conhecimento tácito na prática
(TAKEUCHI; NONAKA, 2008).
Esta temática vem sendo abordada de forma mais intensa nos últimos anos, principalmente
por partilhar de várias perspectivas: filosóficas, sistêmicas e pragmáticas. Todavia, é possível
perceber que existe um consenso entre os estudiosos da área no qual a temática do conhecimento
é vista como um recurso crítico, onde sua criação depende dos recursos disponibilizados e sua
aplicabilidade (DAVENPORT; PRUSAK, 1998, MORIN, 2001, SENGE, 2013; ZIVIANI;
FERREIRA; SILVA, 2015).
Gerir o conhecimento não representa somente a administração dos ativos intelectuais,
também engloba a gestão dos processos que os impactam. Envolve o desenvolvimento, a
preservação, utilização e, compartilhamento desses ativos. Assim, a GC compreende a
identificação e análise dos ativos intelectuais disponíveis e desejáveis, no intuito de alcançar os
objetivos organizacionais (ZIVIANI; FERREIRA; SILVA, 2015).
Dessa forma, Bukowitz e Williams (2002) elaboraram o Diagnóstico de Gestão do
Conhecimento (DGC), que apresenta como base um manual estruturado de processos envolvendo
a GC, que se inicia com uma análise da empresa e define importantes conceitos no que se refere a
implementação de medidas que possibilitam a geração e manutenção do conhecimento. Conforme
demonstrado na Figura 3, nota-se que o DGC é caracterizado pela existência de dois processos
(tático e estratégico) que se subdividem em sete seções.

Figura 3 - Processos tático e estratégico no Diagnóstico de Gestão do Conhecimento

Fonte: Adaptado de Bukowitz e Williams (2002).

O processo tático envolve quatro seções (Obtenha, Utilize, Aprenda, Contribua). No


cotidiano é comum que os indivíduos selecionem informações para realização de suas tarefas,
utilizando esse conhecimento para gerar valor organizacional. No processo estratégico (Avalie,
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Construa/Mantenha e Descarte) o objetivo é realizar um alinhamento entre a estratégia de


conhecimento da empresa com a estratégia geral do negócio. Porém, vale salientar a importância
de avaliar de forma permanente o Capital Intelectual, colaborando assim para o desenvolvimento
de novas atribuições e lideranças. (BUKOWITZ; WILLIAMS, 2002; STEFANO et al, 2014).
Para gerar valor por meio do Capital Intelectual é necessário que as organizações
gerenciem os fluxos do conhecimento entre os diversos capitais existentes: humano, cliente,
organização e intelecto (BUKOWITZ; WILLIAMS, 2002). Por apresentar dinamicidade e
profundidade em seu escopo, o instrumento de DGC chamou atenção de pesquisadores. A
metodologia, fundamentação e orientação, possibilita que a organização tenha de maneira
transparente uma apreciação de todos os aspectos aos quais precisa melhor desenvolver, ou
envidar esforços para melhorar no que concerne ao fluxo da Gestão do Conhecimento, contudo ao
seu Capital Intelectual.
Diversos estudos se utilizaram do instrumento desenvolvido por Bukowitz e Williams
(2002), destacados alguns no Quadro 02 abaixo. Pode-se observar que estas pesquisas colaboraram
para disseminar e fortalecer a metodologia sugerida no instrumento DGC, entretanto não esgotam
a necessidade de realização de demais aplicações deste diagnóstico, com o intuito de abordar mais
análises de situações reais no que se refere à Gestão do Conhecimento.

Quadro 02 - Estudos desenvolvidos utilizando o modelo proposto por Bukowitz e Williams (2002)
AUTORES CAMPO DE ESTUDO CONTRIBUIÇÃO
A análise dos dados indica que, na percepção dos
sujeitos pesquisados, a organização já tem implantada
Brito, Galvão e Oliveira Empresa Internacional
formalmente a Gestão do Conhecimento, tanto no
(2013) de Energia
nível tático como estratégico. Entretanto, pelo porte da
empresa, necessita melhorar na área estudada.
Os resultados apontam que a organização apresenta
Costa, Vasconcelos e disparidade entre os níveis tático e estratégico no que
SEBRAE - Paraíba
Candido (2009) tange a informação e o conhecimento como recursos
que criam valor para a organização.
As empresas pesquisadas atingiram média geral acima
Dihl et al. (2010) Empresas Incubadas
das estipuladas pelas autoras nas sete seções.
Departamento de
Dihl, Holanda e O departamento atingiu média acima da estipulada
manutenção da empresa
Francisco (2010) pelas autoras no somatório das sete seções.
Ômega
Os resultados revelaram a presença de desconexão
entre a visão da gerência e a do atendente sobre a
Reclamações de Clientes
Popadiuk (2009) gestão do conhecimento quanto ao processo de
de Call Centers
solução de reclamações dos clientes que acessam os
call centers.
Silva, Santos e Grupamento de
Resultados mostram que não há incentivos para a
Guimarães Junior Bombeiros de Campina
promoção de conhecimento na organização.
(2010) Grande - PB
Os resultados sugerem que as empresas não têm uma
Silva, Sicsú e APL de Campina Grande estrutura ideal para aproveitamento do conhecimento
Crisóstomo (2009) - PB em suas atividades, e os poucos casos de práticas
associadas ao aproveitamento do conhecimento focam
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suas ações de gestão em níveis táticos, dirimindo
atuações de nível estratégico, o que pode prejudicar a
competitividade da organização.
Fonte: Ziviani, Ferreira e Silva (2015).
A análise desses estudos revelam que embora algumas instituições tenham alcançado
desempenho superior as demais, nenhuma das empresas que foram pesquisadas mediante a
utilização do DGC conseguiu atingir o nível máximo de gestão sobre o conhecimento. Tal fato
demonstra uma barreira ainda não transposta pelas organizações (ZIVIANI; FERREIRA; SILVA,
2015). Outrossim, a existência desse instrumento expõe a importância do conhecimento como um
importante eixo na estrutura de processos nas organizações que necessita ser gerenciado, gerando
uma visão abrangente no sentido de aliar a busca de conhecimento, à busca de resultados, revertido
em produtividade, qualidade e soluções inovadoras com objetivo de constituir-se em um
diferencial competitivo sustentável (RIBEIRO et al., 2017).

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A elaboração deste artigo realizou-se através de uma pesquisa de cunho exploratória por
via de uma revisão da literatura baseada em um levantamento bibliográfico a respeito do tema
Capital Intelectual e Gestão do Conhecimento. Este método foi escolhido, pois a pesquisa
exploratória bibliográfica é uma fonte inesgotável de informações e auxilia na atividade intelectual
na medida em que contribui para a ampliação do conhecimento. Ocupa lugar de destaque na
literatura científica por fazer o pesquisador concentrar plenamente no processo
pesquisa/aprendizagem (FACHIN, 2005). As revisões são necessárias, pois, podem conter
importantes análises capazes de comparar pesquisas sobre temas semelhantes ou relacionados,
além de apontar a evolução das teorias, dos aportes teóricos metodológicos e sua compreensão em
diferentes contextos (VOSGERAU; ROMANOWSKI, 2014).
Após atenta pesquisa, a literatura especializada evidenciou de maneira relevante a temática
que compreende a utilização do Navegador Skandia Navegador, elaborado pelos autores
Edvinsson e Malone (1998), como ferramenta para avaliação do Capital Intelectual com vasta
teoria e abordagens a respeito dos métodos de utilização. Ao tempo que apresentou o Diagnóstico
da Gestão do Conhecimento, desenvolvida pelas autoras Bukowitz e Williams (2002), como
ferramenta bastante utilizada na perspectiva da Gestão do Conhecimento capaz de avaliar os
pilares e a maturidade da organização no que pertence a Gestão do Conhecimento.
Após finalização do levantamento e análise de material entre os meses de novembro e
dezembro de 2017, a pesquisa apresentou a significância e vasta utilização dos métodos do
Navegador Skandia e Diagnóstico da Gestão do Conhecimento em trabalhos distintos e diversos
como: artigos científicos em periódicos, anais de congressos, monografias e dissertações. Desta
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maneira, para compor o objeto de pesquisa deste trabalho foram considerados como trabalhos
aptos a permanecer na fonte desta pesquisa todos aqueles cujos materiais apresentaram data de
publicação, cunho e rigor científico, que estavam publicados em periódicos, editoras, ou eventos
patrocinados por instituições de renome nacional ou internacional que apresentassem cuidado as
normais científicas. Os demais trabalhos que não apresentaram este padrão foram excluídos.
O estudo dos materiais selecionados dentro dos parâmetros desta pesquisa se construiu a
partir de uma atenta leitura com embasamento e orientação de livros clássicos sobre Capital
Intelectual, Navegador Skandia e Gestão do Conhecimento, que de maneira precisa, asseguram a
importância do tema na atualidade. As técnicas de organização temporal utilizadas serviram para
que desta forma fosse possível resgatar fatos importantes desde os métodos de avaliação do Capital
Intelectual até as pesquisas com aplicação dos métodos da Gestão do Conhecimento.
É importante frisar que além dos livros clássicos aqui utilizados, artigos científicos foram
pesquisados em seguras bases de pesquisa no período compreendido entre março e maio de 2017
nas referidas bases SPELL e GOOGLE ACADÊMICO, a fim de trazer maior quantidade e
credibilidade possível de conteúdo original e atual.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O Capital Intelectual compreende mais do que apenas a capacidade intelectual humana.
Ele está contido dentro de um processo intensivo em tonar a organização um ambiente fértil para
que a instituição seja produtiva quanto ao desenvolvimento do conhecimento, bem como sua
gestão (EDVINSSON; MALONE, 1998). Diante dessa realidade o Navegador Skandia se torna
um instrumento que pode auxiliar, mas com limitações. Seu funcionamento é gerar um relatório
que mensure o Capital Intelectual da empresa (BINSFELD et al., 2012), porém, sem o devido
diagnóstico da organização no que compreende a Gestão do Conhecimento numa perspectiva dos
funcionários, é natural que ocorra erros quanto a super ou sub valorização deste capital.
É unanime a expressão da dificuldade na elaboração de um modelo que divulgue o Capital
Intelectual, devido a inexatidão das métricas e também à influência de fatores internos e externos
à organização. O navegador é recomendado para todos os tipos de organizações, inclusive
prefeituras e governos, pois trata aspectos como talentos, capacitações, propriedades e outros
aspectos que geram valor, o que justifica sua extensão (ROCHA; ARRUDA, 2005). Nesse
contexto é essencial uma adaptação do Navegador Skandia para que um novo foco seja incluído,
pois para Cardoso et al. (2015) ele é passível de mudanças e adaptações para melhor avaliar e
mensurar o Capital Intelectual de cada organização.
As métricas utilizadas para aferição do Capital Intelectual devem ser submetidas à

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estratégia empresarial, na medida em que os indicadores e índices deverão refletir o conhecimento


corporativo, que é primordial para a promoção estratégica da empresa, uma forma de se manter
competitiva e diferenciada no mercado (ROCHA; ARRUDA, 2005). Dentro dessa conjuntura e
percebendo as limitações do Navegador Skandia no que se refere a apresentar um diagnóstico da
Gestão do Conhecimento capaz de revelar à organização se há uma gestão do ativo do
conhecimento, é essencial que como sugerido por Cardoso et al., (2015) haja uma adaptação ao
instrumento para a criação de um sexto foco, como sendo o foco Diagnóstico da Gestão do
Conhecimento com o norte do instrumento desenvolvido por Bukowitz e Williams (2002).
O conhecimento é o alvo de importantes descobertas na contabilidade, pois acrescenta
valor à organização, e depois de aplicado à tecnologia, pode gerar oportunidades e bons negócios.
As empresas investem recursos em infraestrutura para o desenvolvimento de ideias e de criações
(BARROS, 2007). Ao tempo que há uma falta de transparência nos custos da mão-de-obra e
quanto ao aprimoramento das qualificações de trabalhadores experientes. Inexiste métodos mais
sofisticados para medir e atribuir valor aos recursos humanos, especialmente no que se refere às
qualificações obtidas por meio da experiência e do treinamento. A avaliação está sujeita a
imprecisões e fraudes relevantes (MOURA et al., 2005).
Dessa maneira é essencial conhecer os reais pilares que a organização precisa investir para
um consistente avanço no desenvolvimento de novos produtos, inovação de processos e geração
de valor. O diagnóstico da Gestão do Conhecimento faz uma análise da empresa e define
importantes conceitos no que se refere à implementação de medidas que possibilitem a geração e
manutenção do conhecimento. Por ser um instrumento validado, assegura a verificação da
estrutura do processo de GC da organização, examinando tanto o processo quanto as condições
ambientais, fatores essenciais, pois auxiliam as organizações a gerarem sua riqueza a partir do
Capital Intelectual e do conhecimento (BUKOWITZ; WILLIAMS, 2002).
É necessário compartilhar o conhecimento, não somente com toda a organização, mas com
os parceiros e clientes. A tecnologia deve ser utilizada para que a comunicação enriqueça a
mensagem além de ser distribuída mais rapidamente. Outra perspectiva quanto ao conhecimento
é que o mesmo deve ser aplicado no limiar entre o capital humano, a renovação e o
desenvolvimento, além do ambiente interno da empresa e seu operacional, de forma a promover a
inovação com a finalidade de tornar a empresa sustentável (EDVINSSON; MALONE, 1998).
Porém, os resultados de estudos com aplicação do DGC em funcionários de diversas empresas
revelam que nenhuma delas conseguiu atingir o nível máximo de Gestão do Conhecimento
organizacional (ZIVIANI; FERREIRA; SILVA, 2015).

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa proporcionou a descoberta de diversos modelos e instrumentos elaborados que
visam a mensuração do Capital Intelectual, cada um com características peculiares, o que faz
necessário uma atenta leitura na forma de utilização e contabilização para percepção se está dentro
da perspectiva de cada organização. Destaca-se então o Skandia Navegador desenvolvido por
Edvinsson e Malote (1998), pois apresentou dinamicidade e capacidade de adaptação para que
fosse utilizado pelas mais diversas organizações, além de considerar os aspectos relevantes dentro
do que converge para a contabilidade da Gestão do Conhecimento nos balanços financeiros.
Dentro da perspectiva da Gestão do Conhecimento, é possível destacar o Diagnóstico da
Gestão do Conhecimento proposto por Bukowitz e Williams (2002) como uma ferramenta de
destaque na literatura internacional, e também com vasta pesquisa no cenário nacional. Sendo
utilizada para uma análise dentro da estrutura organizacional na busca em definir importantes
conceitos no que se refere ao norte para implementação de novas medidas que possibilitem
melhorias na organização na geração e manutenção do conhecimento.
Dessa forma, este trabalho teve por objetivo propor uma revisão do Navegador Skandia
proposto por Edvinsson e Malone (1998) à luz do Diagnóstico da Gestão do Conhecimento (DGC)
proposto por Bukowitz e Williams (2002). Uma proposta de complementação para as lacunas
existentes dentro do modelo conhecido como Navegador Skandia. Verificou-se que o navegador,
embora muito discutido e utilizado na literatura, adota medidas financeiras para avaliação do
Capital Intelectual sem considerar a Gestão do Conhecimento na organização. Sua finalidade é
tratar dos parâmetros contábeis no que compreende ao valor do conhecimento, porém, sem
determinar como este conhecimento está sendo utilizado, se está sendo totalmente compartilhado
ou se a organização está gerindo de maneira consistente tudo o que se considera conhecimento.
Apesar de o Skandia Navegador considerar o Capital Intelectual mais do que uma
capacidade intelectual humana, e afirmar que a organização detém Capital Intelectual nos cinco
focos que o forma, ele não avalia se a organização de fato faz a utilização consistente de sua
capacidade de gerar conhecimento, ou se suas instalações estão interligadas de forma a tornar o
ambiente favorável ao funcionamento quanto a Gestão do Conhecimento. Nessa perspectiva, é
proposto que um sexto foco faça parte do método Navegador Skandia, o Foco Diagnóstico da
Gestão do Conhecimento.
A pesquisa destacou ainda a dificuldade na elaboração de um modelo definitivo capaz de
mensurar com exatidão, métricas, valores, e condições que possibilite as organizações a
divulgarem o seu Capital Intelectual nos balanços contábeis. Embora o navegador seja
recomendado para todos os tipos de organizações, inclusive prefeituras e governos, ele pode ser

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adaptado dentro da realidade de cada organização, o que não o torna um método definitivo em si.
Seus indicadores podem ser excluídos, e dentro de alguns contextos podem ser tidos como
redundantes e necessitaria ser aglutinado para não subjugar ou supervalorizar o foco sob análise.
Como sugestão e a fim de tornar o método de avaliação do Capital Intelectual mais próximo
da realidade pertencente à Gestão do Conhecimento, é imprescindível que o trabalho da
contabilidade com a utilização do Navegador Skandia seja tratado na perspectiva da
sistematização do Diagnóstico da Gestão do Conhecimento, considerando todas as sessões de sua
dimensão estratégica e tática, para que a organização seja devidamente considerada dentro da sua
dinâmica real de capacidade e atividade na geração de conhecimento e consequente riqueza, a
partir da ação humana em seus processos.

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