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RESUMO
Trata-se de um artigo que tem o propósito de apresentar a realidade cearense acerca das
práticas pedagógicas desenvolvidas na disciplina de Arte no Ensino Médio. Para tanto
contou com participação de nove professores que se encontram responsáveis por
ministrarem a referida disciplina, cobrindo um município que possui realidades
litorânea e sertaneja, o que daria um caráter singular quando ao que seria oportunizado
ao aluno. Utilizou-se como recurso metodológico a técnica Grupo Focal, a qual se
efetiva em uma discussão coletiva acerca de uma determinada temática, se inserindo na
abordagem qualitativa. Para efeito de estudo bibliográfico contou com Pimenta (2009,
2010), Vasquez (1968), Freire (2002), Cunha (1989), Veiga (1994), Gatti (2005). Em
linhas gerais, conclui-se que a prática pedagógica desenvolvida no Ceará para a
promoção do Ensino da Arte na última etapa da educação básica se encontra atrelada a
um material didático denominado de Primeiro, Aprender! composto de três volumes, e
desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado. Constatou-se ainda, que a
disciplina a partir de 2011 passou a acontecer apenas no primeiro ano do Ensino Médio.
Observou-se nas falas dos professores participantes que o planejamento, a aula e a
avaliação giram em torno de tal material, em primeiro lugar por não possuírem
formação inicial para a docência da citada disciplina; e, em segundo, por não terem uma
coordenação pedagógica atuante, embora tenha horário semanal de planejamento para a
área de conhecimento Linguagens e códigos, a qual se vincula a disciplina de Arte. Vale
destacar que os professores da Arte também ministram outra disciplina. Nesse contexto,
os professores possuem pouca autonomia de buscar novas aplicações para o ensino da
disciplina no Ensino Médio.
INTRODUÇÃO
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preparar o futuro profissional para praticar é adequado que tenha a preocupação com a
prática. Continua, observando que não é possível que o curso assuma o lugar da prática
profissional, desse modo, seu alcance será tão somente possibilitar uma noção da
prática, tornando-a preocupação sistemática no currículo do curso.
Até meados da década de 1940 o conceito de prática presente nos cursos de
formação de professores o campo da atividade docente (escola primária) era da prática
como imitação de modelos teóricos existentes. A prática docente poderia ser conhecida
por intermédio da observação de bons modelos e da reprodução dos mesmos.
Corroborando com tal concepção Damis (2002) lembra que a didática utilizada pelo
professor era a do ensina como te ensinaram. Desse modo, tem-se o primeiro
entendimento de prática como aquisição de experiência.
O significado de prática é novamente modificado, uma vez que além de
saber reproduzir, noção apontada no primeiro entendimento, faz-se necessário, sofisticar
esses fazeres em detrimento do contexto. A prática é entendida como instrumentalização
e desenvolvimento de habilidades.
Segundo Candau e Lelis (1983) após análise história da relação teoria-
prática perceberam a existência de duas visões. A primeira dicotômica que enfatiza a
autonomia da teoria em relação à prática ou o contrário, e, a de unidade, a qual procura
relacionar simultânea e reciprocamente tanto a teoria quanto a prática.
Acerca da unidade Vasquez (1968) afirma que existe nessa ligação
estabelecida uma relação de autonomia e dependência relativa e não absoluta como
apregoa a visão dicotômica. Nesse sentido, a teoria e prática são indissociáveis, pois a
prática de hoje é fonte de teoria amanhã, e a teoria de hoje são teleologias de práticas
futuras, esse movimento exige, portanto, novas práticas que requer novas teorias (uma
prática ainda inexistente). Diante do exposto, Pimenta (2009) aponta que a prática não
fala por si, necessitando da dimensão teórica.
Acerca da concepção de unidade é importante destacar Favero (1992), a
qual entende a prática como ponto de partida e chegada, uma vez que é dinâmica,
refazendo o pensar do fazer constantemente, configurando a práxis que de fato formará
o profissional.
Entendido o movimento do conceito de prática no campo da Didática e
Formação Docente, é oportuno nesse ínterim apresentar a definição de Veiga (1994)
para prática pedagógica, a qual não se dá a revelia da observância de certa organização,
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Falta aos professores definirem uma proposta para a disciplina de Arte, pois
seguir simplesmente o material didático não tem colaborado para desenvolver uma
prática pedagógica de qualidade (NASCIMENTO, 2012). Isso acontece quando as aulas
não são ministradas a partir de programas organizados pelos docentes do curso; o
contrário, o resulta é outro (MASETTO, 2010).
É importante lembrar que os professores ministram outras disciplinas fora
Arte, as quais também fazem parte da área de conhecimento denominada de Linguagens
e Códigos. E essa realidade intensifica os esforços empreendidos por eles para estar em
sala de aula.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIA
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_____. (org). Saberes pedagógicos e atividade docente. 7ª edição. São Paulo: Cortez,
2009.
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