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Aula 07

Realidade Étnica, Social, Histórica, Geográfica, Cultural, Política p/ PC-GO (Todos os


Cargos)

Professor: Leandro Signori


Realidade de Goiás e do Brasil para a Polícia Civil de Goiás Delegado
Prof. Leandro Signori

AULA 07 – Aspectos da História Social de Goiás

Caros Alunos,

Esta é a nossa última aula de Realidade de Goiás e do Brasil.

É verdade, nossa aula de hoje é a última…

Ah...
Eu também gostei muito da companhia de vocês…
De coração, agradeço a oportunidade do convívio com vocês. Foi um
imenso prazer ter ministrado este curso.
Sobre o curso, espero, sinceramente, que ele tenha atendido as suas
expectativas e lhes propiciado um excelente aprendizado.
Continuo à disposição de vocês no Fórum de Dúvidas. Peço
encarecidamente que não vão para a prova com dúvidas. Antes me procurem.
Fico no aguardo de notícias positivas sobre suas aprovações, que
certamente virão.
Ótimos estudos até o dia da prova e que Deus os abençoe, ilumine e os
acompanhe na parte final desta jornada, como servidores públicos e em todas
as suas vidas.
Um grande abraço,
Prof. Leandro Signori

Sumário Página
1. Os grupos indígenas 2
2. O povoamento branco 7
3. A escravidão e cultura negra 8
4. Os movimentos sociais no campo 9
5. Os movimentos migratórios 11
6. A cultura popular 12
7. Questões Comentadas 18
8. Lista de Questões 26
9. Gabarito 30

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1. Os grupos indígenas

Quando os bandeirantes chegaram a Goiás, este território, que atualmente


forma os Estados de Goiás e Tocantins, já era habitado por diversos grupos
indígenas. Desde os seus primeiros tempos, a colonização levou à ocupação das
terras indígenas, à escravização dos mais pacíficos e choques intermitentes com
tribos que resistiam. Cativos, os pequenos grupos foram submetidos a
cruzamentos raciais, houve sua degeneração e a extinção de í ndios.

Naquela época, ao verem suas terras invadidas, muitos foram os que


entraram em conflito com os bandeirantes e colonos, em lutas que resultaram
no massacre de milhares de indígenas, aldeamentos oficiais ou migração para
outras regiões.

Registros históricos dão conta de que, durante o ciclo do ouro (o apogeu


foi entre 1751 e 1778), as tribos indígenas eram numerosas no território goiano,
apesar da passagem repetida das bandeiras durante mais de 100 anos. Silva e
Souza cita 20 tribos diferentes “entre as nações selvagens habitantes da
capitania de Goiás”.

Historiadores consideram difícil calcular o total da população indígena em


Goiás por ocasião da chegada das bandeiras paulistas, no início do século XVIII.
Indicadores pareciam apontar a população indígena goiana como resultante de
movimentos migratórios, mesmo após a chegada das bandeiras paulistas. Foi o
caso dos Tapirapés, que migraram do Rio Tocantins, em Goiás, para a margem
esquerda do Araguaia, em Mato Grosso.

O padre Luiz Antônio da Silva e Souza, em 1812, em seu Memória sobre


o Descobrimento, Governo, População e Coisas Mais Notáveis da Capitania de
Goiás, conseguiu relacionar 18 nações indígenas em Goiás.

O livro História de Goiás em Documentos – I. Colônia (Editora UFG, 1994),


de Luis Palacín, Ledonias Franco Garcia e Janaína Amado, faz referência a
documento elaborado pela pesquisadora Dulce Maria Pedroso que aponta para
as seguintes tribos de Goiás, naquela época: Caiapós, nação bravíssima,
residente nas aldeias Maria e São José, ao sul de Vila Boa; Xavantes, nação mais
feroz e numerosa, residente na aldeia do Carretão, entre os rios Araguaia e

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Tocantins; Goyazes, nação mais branca que os índios da capitania de Goiás,


habitantes das vizinhanças da Serra Dourada; Crixás, ferozes, que habitavam o
lugar onde se fundou o arraial de Crixás; Araés, que habitavam debaixo do Rio
das Mortes; Canoeiros, nação crudelíssima e muito belicosa, giram em canoas
pelos rios Tocantins, Paranã, Manoel Alves e Barra da Palma; Apinagés, situados
em cinco aldeias junto à Cachoeira de Santo Antônio, no Araguaia, e Capepuxis,
nação preguiçosa, com aldeias junto ao Araguaia.

A penetração dos mineiros e criadores de gado nos sertões levou à


resistência de tribos ainda mais temíveis, como Canoeiros, Javaés e Xavantes.
Quase no fim do século XVIII, a Câmara de Vila Boa (conforme Luís Palacin,
em O Século do Ouro em Goiás – Editora da UCG, 2001), escrevia à rainha (de
Portugal) pedindo que conservasse no cargo o governador Tristão da Cunha
Menezes, que conseguira reunir mais de três mil Xavantes na aldeia de
Carretão.

Depois de muito insucesso, a partir do Marquês de Pombal, o governo


português reconheceu que seria impossível povoar a capitania sem a presença
dos índios e lembrou que, desde o princípio, os colonizadores da América do
Norte ganharam a benevolência dos índios “por meio da suavidade e brandura,
fazendo-os presentes para os atraírem”.

Escravos indígenas

Ao pesquisar inventários dos séculos XVI a XVIII, em 2000, Alfredo Ellis


Júnior (dados do livro Economia e Escravidão na Capitania de Goiás, Gilka
Vasconcelos de Salles, Cegraf) encontrou a média de 8 mil índios e 265 africanos
em São Paulo. Sérgio Buarque de Holanda transcreve informações de João
Mojelos Garcez que dá conta de 24 mil homens de guerra em São Paulo, dos
quais 20 mil seriam índios.

O pesquisador relaciona como uma das causas da escravidão indígena a


ausência de uma atividade exploradora lucrativa entre os paulistas e por ser a
mão-de-obra escrava mais barata e de fácil aquisição.

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A busca dos paulistas pelo ouro era estimulada pela coroa portuguesa e
sustentada pela presença de índios escravizados e pelos negros que chegavam
pelo Porto de Santos.

Classificação linguística

A maioria dos grupos que viviam em Goiás pertencia ao tronco


linguístico Macro-Jê, família Jê (grupos Akwen, Kayapó, Timbira e Karajá).

Outros três grupos pertenciam ao tronco linguístico Tupi, família Tupi-


Guarani (Avá-Canoeiro, Tapirapé e Guajajara).

A ausência de documentação confiável, no entanto, dificulta precisar com


exatidão a classificação linguística dos povos Goyá, Araé, Crixá e Araxá.

Akwen

Os Akwen pertencem à família Jê e subdividem-se em Akroá, Xacriabá,


Xavante e Xerente.

- Akroá e Xacriabá: habitavam extenso território entre a Serra Geral e o


rio Tocantins, as margens do rio do Sono e terras banhadas pelo rio Manoel Alves
Grande. Estabeleceram-se, também, além da Serra Geral, em solo baiano e nas
ribeiras do rio São Francisco, nos distritos de Minas Gerais. Depois de vários
conflitos com os colonos que se estabeleceram em suas terras, foram levados
para o aldeamento oficial de São Francisco Xavier do Duro, construído em 1750.

Os Akroá foram dizimados mais tarde e os Xacriabá encontram-se


atualmente em Minas Gerais, sob os cuidados da Funai.

- Xavante: Seu território compreendia regiões do alto e médio rio


Tocantins e médio rio Araguaia. Tinham suas aldeias distribuídas nas margens
do Tocantins, desde Porto Imperial até depois de Carolina, e a leste, de Porto
Imperial até a Serra Geral, limites das províncias de Goiás (antes da divisão) e
Maranhão. Havia também aldeias na bacia do rio Araguaia, na região do rio
Tesouras, nos distritos de Crixás e Pilar, e na margem direita do rio Araguaia.
Na primeira metade do século XIX entraram em conflito com as frentes
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agropastoris que invadiam seus territórios e, após intensas guerras, migraram


para o Mato Grosso, na região do rio das Mortes, onde vivem atualmente.

- Xerente: Este grupo possuía costumes e língua semelhante aos Xavantes


e há pesquisadores que acreditam que os Xerentes são uma subdivisão do grupo
Xavante. Os Xerentes habitavam os territórios da margem direita do rio
Tocantins, ao norte, no território banhado pelo rio Manoel Alves Grande, e ao
sul, nas margens dos rios do Sono e Balsas. Também viviam nas proximidades
de Lageado, no rio Tocantins, e no sertão do Duro, nas proximidades dos
distritos de Natividade, Porto Imperial e Serra Geral. Seus domínios alcançavam
as terras do Maranhão, na região de Carolina até Pastos Bons. Como os Xavante,
também entraram em intenso conflito com as frentes agropastoris do século XIX
e, atualmente, os Xerente vivem no Estado de Tocantins.

Kayapó

Filiados à família linguística Jê, subdividiam-se em Kayapó do Sul, ou


Kayapó Meridionais, e Kayapó Setentrionais. Os Kayapó dominavam todo o sul
da capitania de Goiás. Havia aldeias na região de rio Claro, na Serra dos Caiapós,
em Caiapônia, no alto curso do rio Araguaia e a sudeste, próximo ao caminho
de Goiás a São Paulo. Seu território estendia-se além dos limites da capitania
de Goiás: a oeste, em Camapuã, no Mato Grosso do Sul; a norte, na região entre
o Xingu e o Araguaia, em terras do Pará; a leste, na beira do rio São Francisco,
nos distritos de Minas Gerais; e ao sul, entre os rios Paranaíba e Pardo, em São
Paulo. Dedicavam-se à horticultura, à caça e à pesca, além de serem conhecidos
como povo guerreiro. Fizeram ampla resistência à invasão de suas terras e foram
registrados vários conflitos entre eles e os colonos. Vítimas de perseguições e
massacres, foram também extintos no Estado de Goiás.

Timbira

Eram bastante numerosos e habitavam uma vasta região entre a Caatinga


do Nordeste e o Cerrado, abrangendo o sul do Maranhão e o norte de Goiás. Ao
longo do século XIX, devido à expansão pecuária, entraram em conflitos com os

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criadores de gado que invadiam suas terras. O grupo Timbira é formado pelas
etnias Krahô, Apinajé, Gavião, Canela, Afotogés, Corretis, Otogés,
Porecramecrãs, Macamecrãs e Temembus.

Karajá

Os grupos indígenas Karajá, Javaé e Xambioá pert encem ao tronco


linguístico Macro-Jê, família Karajá, compartilhando a mesma língua e cultura.
Viviam nas margens do rio Araguaia, próximo à Ilha do Bananal. Ao longo do
século XIX, entraram em conflito com as guarnições militares sediadas no
presídio de Santa Maria, sendo que os Karajá de Aruanã são a única aldeia do
grupo que atualmente vivem no Estado de Goiás.

Avá-Canoeiro

Pertencentes ao tronco linguístico Tupi, os Avá-Canoeiro habitavam as


margens e ilhas dos rios Maranhão e Tocantins, desde Urua çu até a cidade de
Peixe, em Tocantins. Entre meados do século XVIII e ao longo do século XIX,
entraram em graves conflitos com as frentes agropastoris que invadiam suas
terras. Atualmente, os Avá-Canoeiro do Araguaia vivem na Ilha do Bananal, na
aldeia Canoanã, dos índios Javaés, e os Avá-Canoeiro do Tocantins vivem na
Serra da Mesa, município de Minaçu.

Tapirapés

Pertencem ao tronco linguístico Tupi, família Tupi -Guarani. Este grupo


inicialmente habitava a oeste do rio Araguaia e eventualmente frequentavam a
ilha do Bananal. Com o passar do tempo, se estabeleceram ao longo do rio
Tapirapés, onde atualmente ainda vivem os remanescentes do grupo.

Goyá

Segundo a tradição, os Goyá foram os primeiros índios que a expedição


de Bartolomeu Bueno da Silva Filho encontrou ao iniciar a exploração aurífera e
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foram eles, também, que indicaram o lugar – Arraial do Ferreiro – no qual


Bartolomeu Bueno estabeleceu seu primeiro arranchamento. Habitavam a região
da Serra Dourada, próximo à Vila Boa, e quatro décadas após o início do
povoamento desapareceram daquela região. Não se sabe ao certo seu destino e
nem há registros sobre seu modo de vida ou sua língua.

Araé

Também não há muitos registros a respeito dos Araé. Possivelmente


teriam habitado a região do rio das Mortes.

Krixá

Seus limites iam da região de Crixás até a área do rio Tesouras. Como os
Goyá, também desapareceram no início da colonização do Estado e não se sabe
ao certo seu destino, sua cultura e sua língua.

Araxá

Habitavam o local onde se fundou a cidade de Araxá, que pertencia a Goiás


e atualmente faz parte do território de Minas Gerais.

2. O povoamento branco

A primeira região ocupada foi a região do Rio Vermelho. Fundou-se aí o


Arraial de Sant´Ana, que depois seria chamado Vila Boa e, mais tarde, cidade e
Goiás, sendo durante 200 anos a capital do território.

Pelos registros da capitação, sabemos que dez anos depois, em 1736, já


havia nas minas de Goiás 10.263 escravos.

O povoamento determinado pela mineração do ouro era muito irregular e


instável, sem nenhum planejamento, sem nenhuma ordem. Onde aparecia ouro,
ali surgia uma povoação; quando o ouro se esgotava, os mineiros mudavam-se
para outro lugar e a povoação definhava ou desaparecia

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Três zonas povoaram-se assim durante o século XVIII com uma relativa
densidade:

A primeira no Centro-Sul, com uma serie desconexa de arraiais no


caminho de São Paulo ou nas proximidades: Santa Cruz, Santa Luzia (Luziânia),
Meia Ponte (Pirenópolis), principal centro de comunicações, chegando a disputar
com Vila Boa e categoria de sede do governo, quando da criação da Província
Goiás, Jaraguá, Vila Boa e arraiais vizinhos.

A segunda zona na “região de Tocantins”, no alto do Tocantins ou


Maranhão: Traíras, Água Quente, São Jose (Niquelândia), Santa Rita, Muquém,
etc.

Por fim, o norte da capitania abrangendo uma extensa zona entre zona
entre o Tocantins e os chapadões dos limites com a Bahia: Arraias, São Felix,
Cavalcante, Natividade, São Jose do Duro (Dianópolis) e Porto Real (Porto
Nacional).

3. A escravidão e a cultura negra

A vida do escravo nas minas era extraordinariamente dura. Em primeiro


lugar todos os males do garimpo: trabalho esgotador, má alimentação, as graves
doenças. A isto há que acrescentar os males da falta de liberdade:
arbitrariedades, castigos. Eram considerados mais como coisas que como
pessoas.

A escravidão negra sustentou a exploração do ouro em Goiás. No apogeu


desta fase (1726-1778), as estatísticas mostraram a superioridade numérica do
negro sobre o branco. Para os primeiros tempos do povoamento, pode-se avaliar
uma relação de três para um entre escravos e livres, havendo que considerar
entre os livres, os mulatos e os forros.

A última ilusão de ouro em Goiás foram as Minas de Anicuns (1807). A


falta de escravos para trabalhar nestas minas levou a aceitar o trabalho livre
assalariado.

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A ausência de mulheres brancas nas minas foi a determinante de uma


mestiçagem, em grande escala, entre branco e preto, até então desconhecida
no Brasil. Depois de algum tempo, havia mulatos em todos os níveis da
sociedade: no exército, no sacerdócio, entre os grandes proprietários. Mas nem
o negro livre, nem o mulato eram socialmente bem aceitos. Escravos, negros e
mulatos apareciam muitas vezes equipados nas expressões correntes e mesmo
nos documentos oficiais, como formando a ralé da sociedade.

Quando a escravidão deixou de ser o fulcro da produção e pela conjuntura


nacional o preço do escravo ficou muito alto, os fazendeiros perceberam que
pagar um trabalhador por baixo preço era mais lucrativo. Concomitantemente
foram grassando na sociedade goiana os sentimentos humanitários de libertação
do negro.

Felix de Bulhões, foi um dos goianos que mais batalhou pela libertação dos
escravos. Em 1885, fundou o jornal O Libertador, que teve como principais,
objetivos libertar, integrar e educar o negro no contexto social. Promoveu festas,
angariou dinheiro para alforriar escravos. Era poeta. Compôs o Hino Abolicionista
Goiano. É chamado Castro Alves Goiano pela sua grande atuação em benefício
à liberdade do negro. Sua morte, ocorrida em março de 1887, levou várias
sociedades emancipadoras, já constituídas em Goiás a se unirem, fundando a
Confederação Abolicionista Felix de Bulhões. Seus frutos foram positivos. Foram
libertos muitos escravos.

A Lei libertou em toda província Goiana aproximadamente 4.000 escravos.


Número insignificante para uma população que já alcançava cifra superior a
200.000 homens.

4. Os movimentos sociais no campo

Os anos 1950 e 1960 representam, em todo o Brasil, um marco que


delimita a entrada dos trabalhadores rurais, de forma mais consistente e
organizada, nas lutas sociais no campo. Essa emergência deu-se, de um lado,
no bojo das contradições geradas pelo desenvolvimento do capitalismo no
campo, ou pelo movimento do capital na agricultura brasileira, que gerou

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expulsões e resistências de posseiros, arrendatários etc.; de outro, uma


conjuntura marcada pelas ambiguidades próprias do populismo, em que o
Estado, ao promover o projeto nacional desenvolvimentista, incorporava
reivindicações das classes subalternas.

Em Goiás, nessa fase, a dinâmica das lutas sociais no campo evidenciou-


se, fundamentalmente, pelas lutas camponesas. No processo de expansão do
capitalismo, multiplicaram-se os conflitos pela posse da terra, manifestados nas
formas de resistência do campesinato da região centro-norte à expropriação
territorial efetuada por grileiros, fazendeiros e empresários. A luta pela posse da
terra, apesar de seu caráter restrito e localizado, constituiu-se, a partir da
década de 1950, em reivindicação primordial dos trabalhadores rurais do centro-
norte goiano. Os confrontos e as lutas pela posse da terra geraram alternat ivas
de organização camponesa, marcadas pela atuação maior ou menor de
determinados setores políticos que disputaram a tutela política dos
trabalhadores rurais.

No final da década de 1940, o Partido Comunista Brasileiro (PCB), por meio


das Ligas Camponesas, procurou articular os trabalhadores rurais em torno da
luta pela baixa do arrendo. A partir dos meados da década de 1950, com a
intensificação dos conflitos pela posse da terra e conforme as novas diretrizes
do PCB, surgiram as associações de lavradores. Nos anos 1960, definiu-se mais
claramente entre o PCB, Igreja Católica e outras organizações da sociedade civil
e o Estado uma disputa pela hegemonia e paternidade na organização dos
trabalhadores rurais. Sobretudo nos anos 1962/1963, as principais forças sociais
presentes naquela conjuntura política procuraram traçar plataformas políticas e
orientar a organização sindical dos trabalhadores rurais. Nesse contexto,
chegou-se a constituir um movimento sindical rural que teve certa
expressividade no conjunto das lutas sociais em Goiás. A região centro -norte
apresentou, nos anos 1964-1965, a maior taxa de intervenção sindical em todo
o Brasil, e Goiás foi considerado o lócus de maior conflito político sindical.

Constata-se, então, em Goiás, especialmente a partir da década de 1950,


de um lado, a multiplicação dos conflitos pela posse da terra que colocavam o
posseiro como um dos personagens principais das lutas camponesas e, de outro,

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o envolvimento mais sistemático de partidos políticos e outras instituições da


sociedade civil em disputa pela hegemonia na organização dos trabalhadores
rurais. Nessas condições, surgiram, no período 1954-1964, alternativas de
encaminhamento das reivindicações dos trabalhadores rurais mediante
associações de lavradores e sindicatos rurais, e os agentes políticos que
procuraram conduzir esse processo foram, predominantemente, o PCB e a Igreja
Católica.

5. Os movimentos migratórios

O povoamento do estado de Goiás intensificou-se em decorrência de uma


série de políticas públicas para a ocupação e desenvolvimento econômico da
porção oeste do território brasileiro, a chamada Marcha para o Oeste. Houve a
expansão da fronteira agrícola e maiores investimentos em inf raestrutura no
estado, além da construção da nova capital, Goiânia, e da capital Federal,
Brasília. Fatos estes que desencadearam grandes fluxos migratórios para Goiás.

A maioria dos mineiros que aqui permaneceu, após o desaparecimento do


ouro como empresa pré-capitalista, vai dedicar-se a uma agricultura de
subsistência e criação de gado.

A pecuária trouxe como consequência o desenvolvimento da população.


Correntes migratórias chegavam a Goiás oriundas do Pará, do Maranhão, da
Bahia, de Minas, povoando os inóspitos sertões.

No sudoeste novos centros urbanos surgiram, sob o impulso da pecuária:


Rio Verde, Jataí, Mineiros, Caiapônia, Quirinópolis.

No norte a pecuária trouxe intensa mestiçagem com o índio, que foi


aproveitado como mão de obra na criação de gado. Em menor escala, também
ocorreu a mestiçagem com o negro. Os habitantes desta região dedicaram-se
não só a criação de gado, mas também a exploração do babaçu, de pequenos
roçados, do comércio do sal (muito rendoso) e a faiscagem. Nasceram novas
cidades e outras já existentes tomaram novos impulsos sob o fluxo da pecuária:
Imperatriz, Palmas, São José do Duro, São Domingos, Carolina e Arraias.

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Não podemos deixar de mostrar a problemática da imigração europeia.


Após a liberação do negro, grupos locais, identificados com o interesse agrário,
lutaram pela vinda do imigrante europeu. O governo Montandom (1886)
adquiriu do Vice-Presidente da Província, José Antônio Caiado, uma fazenda
destinada a iniciar este tipo de colonização. Mas as terras eram muito ruins, e
os imigrantes italianos não chegaram nem a vir para o território goiano.

Em 1896, o governo republicano de Goiás tentou mais uma vez


impulsionar a imigração. Também sem êxito. Somente nas primeiras décadas
do século XX se iniciou a imigração europeia em Goiás, em moldes muito
modestos.

6. A cultura popular

Cavalhadas

Cavalhadas é um folguedo que evoca os torneios medievais e as batalhas


entre cristãos e mouros, com enredo baseado no livro Carlos Magno e os Doze
Pares de França, uma coletânea de histórias fantásticas sobre esse rei. As
cavalhadas acontecem durante a festa do Divino, nas regiões Sudeste e Centro -
Oeste do Brasil.

Os personagens principais são os cavaleiros, vestidos de azul (cristãos) ou


vermelho (mouros) e armados de lanças e espadas. A corte é representada por
personagens como o rei, o general, príncipes, princesas, embaixadores e lacaios,
todos vestidos com ricas fantasias.

Uma das mais famosas é a da cidade de Pirenópolis , em Goiás, onde a


festa inclui também personagens Mascarados (folclore) que representam o povo.
Vestindo roupas coloridas e montando cavalos enfeitados, eles saem pelas ruas
a galope, fazendo algazarra. A encenação dura três dias, cada um deles com
uma batalha. Ao final, os cristãos vencem os mouros, que acabam se
convertendo ao cristianismo.

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Congadas

As Congadas são manifestações folclórico-religiosas de origens mistas, se


destacando as influências afro-brasileiras, hoje incorporadas pela igreja católica
em algumas regiões do Brasil como em Pirenópolis Catalão e Goiandira, Goiás.
Em Pirenópolis é na Festa do Divino.

Na celebração de festas aos santos, onde a aclamação é animada através


de danças, com muito batuque de zabumba, há uma hierarquia, onde se destaca
o rei, a rainha, os generais, capitães, etc. São divididos em turmas de números
variáveis, chamados ternos. Os tipos de ternos variam de acordo com sua função
ritual na festa e no cortejo: Moçambiques, Catupés, Marujos, Congos, Vilões e
outros.

Festa do Divino de Trindade: o início da devoção

A devoção ao Divino Pai Eterno em Trindade já tem mais de 160 anos. A


história narra que por volta de 1840 um piedoso casal chamado Constantino
Xavier e sua mulher Ana Rosa, encontraram, enquanto trabalhavam na lavoura,
um medalhão de barro de aproximadamente um palmo de circunferência com a
estampa da Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora. Levaram-na para
casa e a notícia rapidamente se espalhou juntamente com a sucessão de
milagres. Começou-se, então, a comemoração festiva com a NOVENA que
culmina sempre no dia da Grande Festa, no PRIMEIRO DOMINGO DO MÊS DE
JULHO de cada ano. O Santuário do Divino Pai Eterno oferece durante este
tempo de intensa presença de Deus em Trindade missas, novenas, encontros
com jovens, com casais, carreiros do Divino Pai Eterno, foliões, tropeiros. Além
de tudo, também são atendidas milhares de confissões e realizados centenas de
batizados. A Festa de Trindade, ou Romaria de Trindade, foi crescendo ano após
ano, virando uma rica tradição religiosa do centro-oeste brasileiro. Um dos
principais momentos da festa é o desfile de carros -de-bois, que já entrou até
para o Guiness Book, como maior desfile de carros -de-bois do mundo.

Catira

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Também conhecida como cateretê, é uma dança do folclore brasileiro, em


que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos. De
origem híbrida, com influências indígenas, africanas e europeias, tem suas raízes
em Goiás, norte de Minas e Interior de São Paulo. A coreografia é executada a
maioria das vezes por homens (boiadeiros e lavradores) e pode ser formada por
seis a dez componentes e mais uma dupla de violeiros, que tocam e cantam a
moda.

A Catira tem sua origem muito discutida. Alguns dizem que ela veio da
África junto com os negros, outros acham que é de origem espanhola, enquanto
estudiosos afirmam que ela é uma mistura com origens africana, espanhola e
também portuguesa – já que a viola se originou em Portugal, de onde nos foi
trazida pelos jesuítas.

A Catira em algumas regiões é executada exclusivamente por homens,


organizados em duas fileiras opostas. Na extremidade de cada uma delas fica o
violeiro que tem à sua frente a sua “segunda”, isto é, outro violeiro ou cantador
que o acompanha na cantoria, entoando uma terça abaixo ou acima. O início é
dado pelo violeiro que toca o “rasqueado”, toques rítmicos específicos, para os
dançarinos fazerem a “escova”, bate-pé, bate-mão, pulos. Prossegue com os
cantadores iniciando uma moda viola, com temática variada em estilo narrativo,
conforme padrão deste gênero musical autônomo. Os músicos interrompem a
cantoria e repetem o rasqueado. Os dançarinos reproduzem o bate -pé, bate-
mão e os pulos. Vão alternando a moda e as batidas de pé e mão. O tempo da
cantoria é o descanso dos dançarinos, que aguardam a volta do rasqueado.

Acabada a moda, os catireiros fazem uma roda e giram batendo os pés


alternados com as mãos: é a figuração da “serra abaixo”, terminando com os
dançarinos nos seus lugares iniciais. O Catira encerra com Recortado: as fileiras,
encabeçadas pelos músicos, trocam de lugar, fazem meia-volta e retornam ao
ponto inicial. Neste momento todos cantam uma canção, o “levante”, que varia
de grupo para grupo. No encerramento do Recortado os catireiros repetem as
batidas de pés, mãos e pulos.

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Artes

Muitos são os nomes que se destacaram e ainda projetam nas artes em


Goiás.

 Na escultura sacra: José Joaquim da Veiga Vale além de escultor, exímio


pintor, seu filho Henrique da Veiga Vale e Cincinato Da mota Pedreira,
deixou trabalhos no Palácio do Conde dos Arcos.

 Na escultura: Maria Guihermina, Ana Maria Pacheco, Dina Gogolli, Divino


Jorge, Loures, Damiani, Elifas, Antonio Poteiro, Asta Vivacqua Demachki.

 Na cerâmica: Divino Jorge, Antonio Ponteiro, Sousa Neto, Elifas, José


Rodrigues e Loures.

 Na pintura: Antônio da Costa Nascimento responsável pela magnífica


pintura do teto da Igreja matriz de Nossa Senhora do Rosário além de
Pintor, exímio escrtor,Siron Franco, Antônio Poteiro, Isa Costa, Leonan
Fleury, Tancredo Araújo, Reinaldo Barbalho, Amaury Meneses, D.J.
Oliveira, Goiandira Moraes do Couto com trabalhos em areias coloridas
emgeral, Caramuru, Cleber Gouveia, Oto Marques, Wanda Pinheiro, Omar
Souto.

 Nas letras: Muitos são os escritores goianos com projeção nacional e até
no exterior. Dentre ele estão Aninha Lins dos Guimarães Peixoto Bretas,
conhecida como Cora Coralina, Bernardo Elis, Waldomiro Bariani
Ortêncio,Modesto Gomes, Regina Lacerda, Domingos Felix de Sousa,
Carmo Bernardes, Anatole Ramos, Eli Brasiliense, Nely Alves de Almeida,
Basilieu de Toledo França, Maria helena Chein, Miguel Jorge, Marieta Teles
Machado,Ieda Schmaltz, Rosarita Fleury.

 Na musica: Belkiss Spenciere Carneiro de Mendonça, Bruno e Marrone,


Zezé Di Camargo e Luciano, Wanessa Camargo, Leandro e Leonardo,
Guilherme e Santiago e Chrystian e Ralf, Jorge e Mateus, João Neto e
Frederico, João Bosco e Vinicius, Cristiano Araújo, dentre outros.

Cora Coralina

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Ana Lins Guimarães Peixoto Bretas tinha quase 76 anos quando publicou
seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Conhecida pelo
pseudônimo de Cora Coralina foi poetisa e contista, sendo considerada uma das
maiores escritoras brasileiras do século XX. Também era conhecida por seus
dotes culinários, especialmente na feitura dos típicos doces da cidade de Goiás,
onde morava – motivo do qual é evidente a presença do cotidiano interiorano
brasileiro, em especial dos becos e ruas de pedras históricas, em sua obra.

Culinária

A culinária goiana é muito diversificada sendo seus principais pratos o


peixe na telha, o suã (carne de porco) com arroz, o arroz com pequi e a
pamonha, que é usada como prato principal nas refeições. Os frutos são a
jabuticaba, a guabiroba, o jatobá, entre muitos outros do cerrado. Também se
destacam as misturas, nome que se dá às verduras, como a serralha e a taioba,
além da introdução da guariroba, um dos principais ingredientes do empadão,
como vegetal na dieta quase diária.

A quitanda, denominação que se dá aos biscoitos caseiros, também é


diversificada: quebrador, mané pelado (bolo de mandioca assado na folha de
bananeira), biscoito-de-queijo (que foi inventado em Goiás), mentira (biscoito
de polvilho frito), a peta, o quase esquecido brevidade (polvilho batido com ovos
e açúcar), o pastelinho de doce de leite e o bolinho doce de arroz (esses dois
últimos são quitandas típicas da Cidade de Goiás).

A variedade de doces é riquíssima: marmelada em caixeta (região de


Luziânia), moça-de-engenho (melado batido e emoldurado em forma de
escultura), doce-de-leite (sobretudo com pau de mamão ralado ou sidra ralada),
doce-de-ovo (ambrosia feita diretamente no melaço), de frutas cristalizadas
(riquíssimos em Pirenópolis), doce de sidra ralada, de cascas de frutas (laranja,
limão), entre tantos outros. As rapaduras temperadas (com leite, casca de
laranja, sidra ou amendoim).

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Os temperos são muito diversificados sendo uma culinária rica em


temperos como açafrão, gengibre e pimenta, sendo este último empregado em
quase todos os pratos salgados.

O pequi, por exemplo, nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis),
e Vila Boa, ainda no início do século XVIII, começou a ser utilizado na culinária
de Goiás. Na região que circunda a cidade industrial de Catalão, o pequi era
empregado tão somente na fabricação do sabão de pequi, de propriedades
terapêuticas. Hoje já é comercializado em compota. O fruto pode ser degustado
das mais variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com
peixe, com carnes, ao leite e na forma de um dos mais apreciados licores de
Goiás.

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QUESTÕES COMENTADAS:

01) (UFG/CELG DISTRIBUIÇÃO/2014 – ANALISTA DE GESTÃO) O eixo


do povoamento do território goiano-tocantinense, especialmente na
faixa norte, mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os
fatores responsáveis por essas mudanças, pode-se destacar a

(A) construção da rodovia Belém-Brasília, com impacto na migração e


criação de municípios.

(B) decadência das atividades extrativistas, especialmente a madeira e


o babaçu, o que resultou na retração da migração.

(C) modernização da pecuária, com abertura de pastos, especialmente


no vale do rio Tocantins.

(D) crise do transporte fluvial no rio Tocantins, resultado dos


barramentos para produção de energia elétrica.

(E) construção de Palmas, que mudou o eixo de povoamento para a


vertente Oeste do rio Tocantins.

COMENTÁRIOS:

A construção da rodovia Belém-Brasília abriu uma nova frente de


colonização e ocupação do território goiano. Nas margens da rodovia surgiram
novos povoados, cidades e projetos agrícolas foram implantados. A rodovia foi
significativa para a expansão da fronteira agrícola no então norte-goiano.

Gabarito: A

02) (UFG/CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO/2014 – ASSISTENTE DE


GESTÃO) Leia o excerto que se segue.

Segundo o primeiro recenseamento oficial em Goiás, do ano de 1804, o


número de escravos representava 37,74% da população total da
Capitania, enquanto em 1736, apesar de não se poder determinar a

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proporção exata da população, o número de escravos em Goiás não


deveria ser inferior a 60 ou 70%.

PALACÍN, Luís; MORAES, Maria Augusta Sant’Ana. História de Goiás. 4. Ed.


Goiânia; Ed da UCG, 1986, p. 30-34 (Adaptado)

A redução do número relativo de escravos em Goiás, ao longo do século


XVIII, decorreu, entre outros fatores,

(A) do aumento da produtividade do trabalho escravo, via incremento


dos atos de violência, o que requeria um número menor de cativos para
realizar as mesmas atividades.

(B) do crescimento do número relativo de brancos, que avessos à


miscigenação, impediram a ocorrência de um número expressivo de
indivíduos pardos ou mulatos.

(C) da concessão da alforria a um grande número de escravos, nesse


período, devido às leis abolicionistas e à compra da liberdade por parte
do governo colonial.

(D) do incremento do número relativo de indígenas, uma vez que estes,


ao contrário dos negros de origem africana, não sofriam as sequelas do
trabalho compulsório.

(E) da diminuição ou estancamento na importação de escravos no final


desse período, em razão da decadência da produção das minas e da
insuficiência de créditos.

COMENTÁRIOS:

O ciclo do ouro em Goiás foi breve, durou menos de um século. A


decadência da produção nas minas, liberou mão-de-obra escrava para outras
atividades, levando a diminuição ou o estancamento da importação de escravos
na segunda metade do século XVIII. Contribuiu também para isto, a insuficiência
de capitais (dinheiro) pelos mineradores, comerciantes e fazendeiros.

Gabarito: E

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03) (UEG/POLÍCIA CIVIL GO/2013 – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Em 13 de


maio de 1888, a princesa Isabel publicou a lei Áurea, extinguindo
oficialmente o trabalho escravo no Brasil. No que se refere a Goiás,

a) o fim da escravidão não abalou as estruturas do setor produtivo, uma


vez que a economia agropecuária não era dependente do trabalho
escravo.

b) a família dos Bulhões angariou um importante capital político ao se


posicionar ao lado dos proprietários de terras contra o fim da
escravidão.

c) a campanha abolicionista foi liderada pela Igreja Católica, que se


valeu dos ideais cristãos para criticar a escravidão.

d) o maior proprietário de escravos era o setor público, que os utilizava


nos serviços públicos, como o calçamento das ruas.

COMENTÁRIOS:

A elite goiana não opôs resistência à abolição da escravidão no Brasil.


Quando da abolição da escravatura, essa forma de trabalho não era significativa
no setor produtivo do Estado. De acordo com POLONIAL (2001), na década de
1880, a mão-de-obra escrava representava em torno de 5% da força de trabalho
na Província de Goiás.

Gabarito: A

04) (UEG/POLÍCIA CIVIL GO/2013 – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Os 120


alforriados e mulatos registrados na capitação de 1741 tinham crescido
em 1804 até 23.577, deles 7.992 negros livres e 15.582 mulatos.

PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Editora da UCG,


2001, p. 89.

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O texto citado aborda o crescimento do número de escravos libertos na


Capitania de Goiás. O motivo para a elevação do número de escravos
alforriados decorreu da

a) incorporação dos escravos ao aparelho repressor do sistema


escravista, uma vez que os capitães do mato e os feitores eram escravos
libertos.

b) participação dos escravos nas guerras contra os indígenas, o que


permitiu que alguns fossem alforriados por ato de bravura.

c) emancipação dos escravos batizados no catolicismo, uma vez que a


tradição religiosa não permitia um cristão escravizar outro cristão.

d) brecha do sistema escravista, que possibilitava o trabalho extra de


alguns escravos para acumular recursos e comprar a sua liberdade.

COMENTÁRIOS:

Muitos proprietários de áreas de mineração de ouro permitiam que nas


horas vagas, os escravos minerassem nas minas abandonadas. Com o tempo,
conseguiam acumular ouro suficiente para comprarem a sua liberdade. O
sistema escravista brasileiro possibilitava que o escravo comprasse a sua própria
liberdade.

Gabarito: D

05) (SOUZÂNDRADE/CBMGO/2010 – CADETE) A Festa do Divino Espírito


Santo é a maior manifestação popular da cidade de Pirenópolis, mescla
variadas manifestações religiosas e profanas de diversas origens e
significados. Sobre essa festa, pode-se afirmar:

a) É meramente a invenção de novos rituais, voltados exclusivamente


para o mercado turístico, rompendo a tradição cultural.

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b) Trata-se de uma manifestação que preserva uma tradição cultural


recriada nos festejos, atraindo turistas de todas as partes do Brasil e do
exterior.

c) Devido à espontaneidade dos festejos, que são recriados livremente


pela população, perde-se o sentido original da tradição.

d) Não tem nenhuma importância cultural, seu único objetivo é


fomentar a religiosidade do povo.

e) Trata-se de uma festa sem qualquer vínculo com as tradições


culturais seculares, apenas representa interesses econômicos ligados
ao turismo na região.

COMENTÁRIOS:

A Festa do Divino de Pirenópolis está registrada como patrimônio cultural


imaterial brasileiro, reconhecido pelo IPHAN, em 15 de abril de 2010. Com
duração de doze dias, tem seu ápice no Domingo do Divino, cinquenta dias após
a Ressurreição de Jesus Cristo. Mesclada de festejos religiosos e profanos, é
constituída de novena, folias, procissão, missa, roqueira, mascarados,
cavalhadas, pastorinhas, congadas, e apresentação de outros grupos folclóricos.

Trata-se de uma manifestação que preserva uma tradição cultural recriada


nos festejos, atraindo turistas de todas as partes do Brasil e do exterior.

Gabarito: B

06) (IADES/MPE GO/2013 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Cora


Coralina, mulher simples, doceira de profissão, nasceu em Vila Boa de
Goiás, em 1889. Embora escrevesse poemas desde os 14 anos de idade,
ela cursou apenas até a terceira série do ensino fundamental e teve o
destino de todas as moças de família de sua época: casou-se e teve
filhos. Ela conseguiu realizar o sonho de publicar o primeiro livro, aos
75 anos de idade. Nele, os versos da singela senhora desvendam relatos
pessoais e sociais da vida no interior de Goiás.

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Disponível em: <http://itapemirim.tur.br/na-poltrona-ver-teste.asp?materia=cora-coralina >
(com adaptações).

Uma das obras literárias de Cora Coralina é

(A) Chorografia histórica da província de Goyaz.

(B) A província de Goyas.

(C) Estórias da casa velha da ponte.

(D) Viagem às terras goianas.

(E) Goyânia.

COMENTÁRIOS:

Considerada uma das principais escritoras brasileiras, Cora Coralina, teve seu
primeiro livro publicado em 965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais),
quando já tinha quase 76 anos de idade.

Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros
urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em
motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas
históricas de Goiás. Livros e outras obras:

 Estórias da Casa Velha da Ponte

 Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais

 Meninos Verdes (infantil)

 A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil)

 Vintém de Cobre - Meias confissões de Aninha

 As Cocadas (infantil)

 Os Falantes

 A menina, que roubava livro.

Gabarito: C

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07) (IADES/MPE GO/2013 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A UNESCO


se propõe a promover a identificação, a proteção e a preservação do
patrimônio cultural e natural de todo o mundo considerado
especialmente valioso para a humanidade. As relações com a
salvaguarda do patrimônio cultural tangível e intangível no Brasil
podem ser as principais referências para as políticas nesse campo. O
Brasil tem uma notável diversidade criativa. Diversidade cultural pode
ter um papel central no desenvolvimento de projetos culturais no país.

Disponível em: <http:www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage>. Acesso em:


18/08/2013.

Com referência ao assunto abordado no texto, assinale a alternativa que


apresenta cidades ou centros históricos que, por sua relevância, são
tombados pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.

(A) Pirenópolis/GO e Cidade de Goiás/GO.

(B) Corumbá/GO e Olinda/PE.

(C) Brasília/DF e Cidade de Goiás/GO.

(D) Ouro Preto/MG Pirenópolis/GO.

(E) Aracaju/SE e Pilar de Goiás/GO.

COMENTÁRIOS:

O título de Patrimônio Cultural da Humanidade é concedido pela


Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (Unesco) a
monumentos, edifícios, trechos urbanos e até ambientes naturais de importância
paisagística que tenham valor histórico, estético, arqueológico, científico,
etnológico ou antropológico.

Os Patrimônios Culturais brasileiros reconhecidos pela Unesco são:

 A cidade histórica de Ouro Preto (1980)

 O centro histórico de Olinda (1982)

 As ruínas jesuítico-guaranis de São Miguel das Missões (1983)

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 O centro histórico de Salvador (1985)

 O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (1985)

 Brasília (Plano Piloto) (1987)

 O Parque Nacional da Serra da Capivara (1991)

 O centro histórico de São Luís (1997)

 O centro histórico de Diamantina (1999)

 O centro histórico da Cidade de Goiás (2001)

Gabarito: C

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LISTA DE QUESTÕES:

01) (UFG/CELG DISTRIBUIÇÃO/2014 – ANALISTA DE GESTÃO) O eixo


do povoamento do território goiano-tocantinense, especialmente na
faixa norte, mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os
fatores responsáveis por essas mudanças, pode-se destacar a

(A) construção da rodovia Belém-Brasília, com impacto na migração e


criação de municípios.

(B) decadência das atividades extrativistas, especialmente a madeira e


o babaçu, o que resultou na retração da migração.

(C) modernização da pecuária, com abertura de pastos, especialmente


no vale do rio Tocantins.

(D) crise do transporte fluvial no rio Tocantins, resultado dos


barramentos para produção de energia elétrica.

(E) construção de Palmas, que mudou o eixo de povoamento para a


vertente Oeste do rio Tocantins.

02) (UFG/CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO/2014 – ASSISTENTE DE


GESTÃO) Leia o excerto que se segue.

Segundo o primeiro recenseamento oficial em Goiás, do ano de 1804, o


número de escravos representava 37,74% da população total da
Capitania, enquanto em 1736, apesar de não se poder determinar a
proporção exata da população, o número de escravos em Goiás não
deveria ser inferior a 60 ou 70%.

PALACÍN, Luís; MORAES, Maria Augusta Sant’Ana. História de Goiás. 4. Ed.


Goiânia; Ed da UCG, 1986, p. 30-34 (Adaptado)

A redução do número relativo de escravos em Goiás, ao longo do século


XVIII, decorreu, entre outros fatores,

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(A) do aumento da produtividade do trabalho escravo, via incremento


dos atos de violência, o que requeria um número menor de cativos para
realizar as mesmas atividades.

(B) do crescimento do número relativo de brancos, que avessos à


miscigenação, impediram a ocorrência de um número expressivo de
indivíduos pardos ou mulatos.

(C) da concessão da alforria a um grande número de escravos, nesse


período, devido às leis abolicionistas e à compra da liberdade por parte
do governo colonial.

(D) do incremento do número relativo de indígenas, uma vez que estes,


ao contrário dos negros de origem africana, não sofriam as sequelas do
trabalho compulsório.

(E) da diminuição ou estancamento na importação de escravos no final


desse período, em razão da decadência da produção das minas e da
insuficiência de créditos.

03) (UEG/POLÍCIA CIVIL GO/2013 – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Em 13 de


maio de 1888, a princesa Isabel publicou a lei Áurea, extinguindo
oficialmente o trabalho escravo no Brasil. No que se refere a Goiás,

a) o fim da escravidão não abalou as estruturas do setor produtivo, uma


vez que a economia agropecuária não era dependente do trabalho
escravo.

b) a família dos Bulhões angariou um importante capital político ao se


posicionar ao lado dos proprietários de terras contra o fim da
escravidão.

c) a campanha abolicionista foi liderada pela Igreja Católica, que se


valeu dos ideais cristãos para criticar a escravidão.

d) o maior proprietário de escravos era o setor público, que os utilizava


nos serviços públicos, como o calçamento das ruas.

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04) (UEG/POLÍCIA CIVIL GO/2013 – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Os 120


alforriados e mulatos registrados na capitação de 1741 tinham crescido
em 1804 até 23.577, deles 7.992 negros livres e 15.582 mulatos.

PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Editora da UCG,


2001, p. 89.

O texto citado aborda o crescimento do número de escravos libertos na


Capitania de Goiás. O motivo para a elevação do número de escravos
alforriados decorreu da

a) incorporação dos escravos ao aparelho repressor do sistema


escravista, uma vez que os capitães do mato e os feitores eram escravos
libertos.

b) participação dos escravos nas guerras contra os indígenas, o que


permitiu que alguns fossem alforriados por ato de bravura.

c) emancipação dos escravos batizados no catolicismo, uma vez que a


tradição religiosa não permitia um cristão escravizar outro cristão.

d) brecha do sistema escravista, que possibilitava o trabalho extra de


alguns escravos para acumular recursos e comprar a sua liberdade.

05) (SOUZÂNDRADE/CBMGO/2010 – CADETE) A Festa do Divino Espírito


Santo é a maior manifestação popular da cidade de Pirenópolis, mescla
variadas manifestações religiosas e profanas de diversas origens e
significados. Sobre essa festa, pode-se afirmar:

a) É meramente a invenção de novos rituais, voltados exclusivamente


para o mercado turístico, rompendo a tradição cultural.

b) Trata-se de uma manifestação que preserva uma tradição cultural


recriada nos festejos, atraindo turistas de todas as partes do Brasil e do
exterior.

c) Devido à espontaneidade dos festejos, que são recriados livremente


pela população, perde-se o sentido original da tradição.

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d) Não tem nenhuma importância cultural, seu único objetivo é


fomentar a religiosidade do povo.

e) Trata-se de uma festa sem qualquer vínculo com as tradições


culturais seculares, apenas representa interesses econômicos ligados
ao turismo na região.

06) (IADES/MPE GO/2013 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Cora


Coralina, mulher simples, doceira de profissão, nasceu em Vila Boa de
Goiás, em 1889. Embora escrevesse poemas desde os 14 anos de idade,
ela cursou apenas até a terceira série do ensino fundamental e teve o
destino de todas as moças de família de sua época: casou-se e teve
filhos. Ela conseguiu realizar o sonho de publicar o primeiro livro, aos
75 anos de idade. Nele, os versos da singela senhora desvendam relatos
pessoais e sociais da vida no interior de Goiás.

Disponível em: <http://itapemirim.tur.br/na-poltrona-ver-teste.asp?materia=cora-coralina >


(com adaptações).

Uma das obras literárias de Cora Coralina é

(A) Chorografia histórica da província de Goyaz.

(B) A província de Goyas.

(C) Estórias da casa velha da ponte.

(D) Viagem às terras goianas.

(E) Goyânia.

07) (IADES/MPE GO/2013 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A UNESCO


se propõe a promover a identificação, a proteção e a preservação do
patrimônio cultural e natural de todo o mundo considerado
especialmente valioso para a humanidade. As relações com a
salvaguarda do patrimônio cultural tangível e intangível no Brasil
podem ser as principais referências para as políticas nesse campo. O

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Brasil tem uma notável diversidade criativa. Diversidade cultural pode


ter um papel central no desenvolvimento de projetos culturais no país.

Disponível em: <http:www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage>. Acesso em:


18/08/2013.

Com referência ao assunto abordado no texto, assinale a alternativa que


apresenta cidades ou centros históricos que, por sua relevância, são
tombados pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.

(A) Pirenópolis/GO e Cidade de Goiás/GO.

(B) Corumbá/GO e Olinda/PE.

(C) Brasília/DF e Cidade de Goiás/GO.

(D) Ouro Preto/MG Pirenópolis/GO.

(E) Aracaju/SE e Pilar de Goiás/GO.

01 – A 02 –E 03 – A 04 – D 05 – B

06 – C 07 – C **** **** ****

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