Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sandra Harding
3) Críticas e desafios
O programa de objetividade forte introduz política em ciências que
seriam valorativamente neutras?
O programa da objetividade forte promove uma “política de
identidade”?
A objetividade forte pode ser relevante para as ciências naturais?
Elas não possuem uma salvaguarda adequada contra os vieses
sociais? A objetividade forte é demasiado moderna?
Ela é pós-moderna?
A objetividade forte assume ou recai em um relativismo?
A objetividade forte é demasiado ocidental? Ela é demasiado branca
também?
Essas questões são respostas argumentadas àqueles críticos que
acreditam ser a epistemologia das ciências de baixo e seu projeto em
busca de uma objetividade maximizada ser algo desprovido do
tradicional rigor que caracteriza as boas ciências com sua objetividade
(im)potente, pois a epistemologia proposta por Harding pressupõe
investigar as múltiplas experiências da realidade das mulheres em toda a
sua potência e fecundidade, que resultaria em uma objetividade mais
flexível, dinâmica, que busca acompanhar todo o movimento do real e
não ficar satisfeito com o engessamento ou a formatação de um mero
recorte das nuances anímicas das vivências reais.
4) Alinhamentos