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Aula 01

Realidade Étnica, Social, Histórica, Geográfica, Cultural, Política e Econômica p/ PC-GO


(Delegado)

Professor: Leandro Signori


Realidade de Goiás e do Brasil para a Polícia Civil de Goiás - Delegado
Prof. Leandro Signori

AULA 01 – Atualidades Políticas do Brasil

Sumário Página

1. A Corrupção 2

2. Operação Lava Jato 6

3. Operação Zelotes 12

4. Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória 13

5. Operação Acrônimo 13

6. Máfia da Merenda Escolar – Operação Alba Branca 13

7. Extradição de Henrique Pizzolato 14

8. Manifestações Populares 14

9. Pedaladas Fiscais 15

10. Impeachment de Dilma Rousseff 16

11. Governo interino de Michel Temer 17

12. STF admite prisão logo após condenação em 2ª


18
instância

13. Reforma Política 18

14. Lei Antiterrorismo 19

15. Lei das Estatais 20

16. Questões Comentadas 22

17. Lista de Questões 42

18. Gabarito 54

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1. A Corrupção

Segundo o Dicionário Houaiss, a corrupção é a “disposição apresentada


por funcionário público de agir em interesse próprio ou de outrem, não
cumprindo com suas funções”. O que vemos há longas décadas no Brasil,
certamente, combina os dois sentidos: importantes figuras agindo em interesse
próprio, aproveitando-se do cargo ou da função pública e provocando uma
degradação das instituições do país.
Entra governo, sai governo, a corrupção continua sendo uma tônica em
nosso país. Trata-se de um mal antigo que marca o Brasil há muito tempo –
podemos dizer que desde o período colonial. O primeiro sistema institucional em
nosso território, o de capitanias hereditárias cedidas pelo rei de Portugal, em
1534, já era usado para fins, marcadamente, privados. Os donatários as
administravam como bens pessoais e familiares, ignorando as populações que
nelas viviam. Havia uma confusão entre a esfera pública e a privada.
A nossa independência, em 1822, se deu praticamente sem rupturas,
preservando-se os interesses da elite econômica e política que vinha do período
anterior. A utilização do Estado para fins privados atravessou o Império e
instalou-se na República. “A corrupção é a grande constante dos 116 anos da
história republicana”, afirma o historiador Marco Antônio Villa.
A corrupção não assumiu sempre a mesma forma, pois o próprio Estado
brasileiro passou por vários momentos e diversas formas de organização. No
século XX, vivemos duas ditaduras: a do Estado Novo (1937-1945) e a de 1964.
Regimes que, pelo arbítrio e pela censura, favoreceram a disseminação da
corrupção por parte de um corpo de funcionários acima de qualquer fiscalização
ou controle público. Naqueles tempos, de grandes investimentos em
infraestrutura e obras gigantescas, a corrupção podia assumir a forma de
propinas destinadas a dirigir concorrências e favorecer grupos econômicos.
Quando o avanço tecnológico e a volta de um regime político aberto, ao
final da ditadura, em 1985, favoreceram a disseminação de rádios e canais de
TV, a distribuição das concessões, por exemplo, passou a ser moeda de troca
para acordos políticos. Na época das privatizações e das transferências de
dinheiro via internet, nos anos 1990, multiplicaram-se contas secretas no
exterior para recompensar autoridades que pudessem fornecer informações
privilegiadas ou, quem sabe, influenciar o desfecho dos leilões. Estamos falando,
então, da corrupção do homem público que recebe dinheiro privado em troca de
vantagens ilícitas e também do que comercializa seu mandato político.
Naturalmente, as coisas estão entrelaçadas, e um dinheiro sujo – público ou
privado – serve a diversos fins.
Nos anos recentes, além do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRN),
que sofreu impeachment por causa de corrupção, em 1992, houve graves

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denúncias contra os governos de José Sarney (PMDB, 1985-1990), Fernando


Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 2003-
2010), e centenas de casos em prefeituras e governos estaduais. Em suma, os
cargos eletivos e a função pública são utilizados com frequência para a promoção
pessoal ou para os negócios, o que é, no mínimo, antiético. Infelizmente, mesmo
quando existem denúncias, a maioria dos casos fica impune – com frequência,
pela demora de anos e anos nos processos ou pelos fóruns privilegiados dos
políticos. A impunidade acaba incentivando a corrupção.
No fundo dos escândalos recentes em nível federal está a tão falada
“governabilidade” – quer dizer, a busca de condições estáveis para governar
com tranquilidade. Apesar de os presidentes, na estrutura institucional
brasileira, possuírem a disposição muitos instrumentos para implementar sua
orientação política (estamos no sistema “presidencialista”), é uma prática
corrente trabalhar para constituir uma maioria no Congresso Nacional de apoio
ativo às suas orientações, a “bancada governista”. Há milhares de cargos na
máquina federal para serem preenchidos por indicação do Poder Executivo e de
seus aliados – um prato cheio para a barganha política. Começa aqui o terreno
para favorecer a corrupção.
Uma antiga e lamentável prática política disseminada no Brasil é o
“clientelismo”, que ocorre quando um político usa os recursos do Estado para
favorecer particularmente uma camada de seus aliados – seja por meio de obras,
necessárias ou supérfluas, ou de nomeações de apadrinhados para cargos
públicos (muitas vezes, a pessoa nem sequer trabalha). Uma medida vigente
para combater esse mal é a contratação por concurso público de funcionários
que ganham estabilidade, impedindo a troca de levas de servidores a cada
mudança de mandato. Ainda assim, sobram milhares de “cargos de confiança”
preenchidos por indicação (justamente os de comando, com mais poder e salário
melhor), e é aí que se opera o “loteamento” de cargos – cada político ou partido
aliado ao presidente ganha o direito de fazer indicações para os cargos de
segundo ou terceiro escalão. Com frequência, essa prática descamba para o
simples aparelhamento do Estado por grupos políticos ou por apadrinhados, com
a utilização dos cargos públicos para fins privados.
Mesmo que tenha vindo de gerações anteriores, a corrupção é uma ferida
na vida nacional que não para de incomodar e desperta a revolta e a indignação
da maioria dos cidadãos. O país conviveu nos últimos anos com notícias
cotidianas sobre o “Mensalão”. Mal saímos desse episódio e nos defrontamos
com um escândalo de proporções muito maiores, a corrupção na Petrobras,
desvelada pela Operação Lava Jato. Podemos falar ainda da Operação Zelotes,
do Swiss Leaks, da Operação Vidas Secas, do cartel do metrô em São Paulo e
de outros vergonhosos casos de corrupção no Brasil atual.

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Na esteira do combate à corrupção e da sucessão de escândalos que têm


vindo à tona, o Ministério Público Federal e outras entidades lançaram a
campanha “Dez Medidas contra a Corrupção”. Sem qualquer vínculo político
partidário, a iniciativa coletou dois milhões de assinaturas e as apresentou ao
Congresso Nacional sob a forma de projeto de lei de iniciativa popular. As
propostas começaram a tramitar na Câmara dos Deputados.
Confira abaixo cada uma das 10 medidas de combate à corrupção:

1) Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de


informação
- Regras para prestação de contas por parte de tribunais e procuradorias,
além de investimento mínimo em publicidade de combate à corrupção, com
ações de conscientização e educação;
- Testes de integridade: um agente público disfarçado poderá oferecer
propina para uma autoridade suspeita; se ela aceitar, poderá ser punida na
esfera administrativa, penal e cível;
- Manter em segredo a identidade de um delator que colaborar com as
investigações, dando maior segurança ao informante.

2) Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos


- Posse de recursos sem origem comprovada e incompatível com a renda
do servidor se tornaria crime, com pena de 3 a 8 anos de prisão.

3) Aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos


valores
- Punição mínima por corrupção (recebimento de vantagem indevida em
troca de favor) passaria de 2 para 4 anos de prisão. Aumenta também o prazo
de prescrição (quando se perde o direito de punir), que passaria de 4 para 8
anos;
- Quanto maior o volume de dinheiro envolvido, maior a pena. Até R$ 80
mil, a pena varia de 4 a 12 anos. Se a propina passar de R$ 80 mil, a pena será
de 7 a 15 anos. Se for maior que R$ 800 mil, a prisão será de 10 a 18 anos.
Caso seja superior a R$ 8 milhões, a punição será de 12 a 25 anos de prisão.

4) Aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo


penal

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- Trânsito em julgado (declarar a decisão definitiva) quando o recurso


apresentado for protelatório ou for caracterizado abusivo o direito de recorrer;
- Mudança nas regras para apresentação de contrarrazões em segunda
instância, revogação dos embargos infringentes, extinção da revisão do voto do
relator no julgamento da apelação, mudança na regra dos embargos de
declaração, do recurso extraordinário e dos habeas corpus em diversos
dispositivos;
- Possibilidade de execução provisória da pena após o julgamento na
instância superior.

5) Celeridade nas ações de improbidade administrativa


- Acaba com fase preliminar da ação de improbidade administrativa e
prevê agravo retido contra decisão que receber a ação;
- Criação de turmas, câmaras e varas especializadas no âmbito do Poder
Judiciário;
- Instituição do acordo de leniência para processos de improbidade
administrativa – atualmente existente apenas em processos penais, na forma
de delação premiada; e administrativos, na apuração dos próprios órgãos
públicos

6) Reforma do sistema de prescrição penal


- Fim da “prescrição retroativa”: pela qual o juiz aplica a sentença ao final,
mas o prazo é projetado para o passado a partir do recebimento da denúncia.

7) Ajustes nas nulidades penais


- Restringir as nulidades processuais a casos em que são necessários;
- Introduzir o balanço de custos e benefícios na anulação de um processo.

8) Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do


“caixa dois”
- Responsabilidade objetiva dos partidos políticos pelo caixa 2. Com isso,
o partido poderá ser punido mesmo se não ficar provada culpa do dirigente
partidário, mas ficar comprovado que a legenda recebeu recursos não
declarados à Justiça Eleitoral;

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- Quanto mais grave, maior a punição: além de multas maiores, o partido


poderá também ter o funcionamento suspenso se for reincidente ou mesmo ter
o registro cancelado

9) Prisão preventiva para evitar a dissipação do dinheiro desviado


- Possibilidade de prisão preventiva (antes da condenação, por tempo
indeterminado), caso se comprove que o suspeito mantenha recursos fora do
país.

10) Recuperação do lucro derivado do crime


- Confisco alargado: obriga o criminoso a devolver todo o dinheiro que
possui em sua conta, exceto recursos que comprovar terem origem lícita;
- Ação civil de extinção de domínio: possibilita recuperar bens de origem
ilícita, mesmo que não haja a responsabilização do autor do fato ilícito, em caso
de morte ou prescrição, por exemplo.

2. Operação Lava Jato


Iniciada em 17 de março de 2014, a Operação Lava Jato da Polícia Federal
(PF) no Paraná, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e de
corrupção na Petrobras, teve como desdobramento a prisão temporária, pela
primeira vez no Brasil, de presidentes, diretores e altos funcionários de grandes
empreiteiras nacionais. Mais recentemente, as investigações descobriram
irregularidades também em contratos do Ministério da Saúde, da Caixa
Econômica Federal e das obras da Ferrovia Norte-Sul, Usina Nuclear de Angra 3
e Hidrelétrica de Belo Monte.
A frente da operação está o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal
Federal de Curitiba. Em abril de 2016, foi considerado pela revista Time como
uma das cem pessoas mais influentes do mundo, sendo o único brasileiro a
entrar na lista.
Passados dois anos, (incluir “a”) Operação Lava Jato contabiliza números
impressionantes, como 990 anos em penas acumuladas, 134 mandados de
prisão expedidos e 93 condenações criminais.
De acordo com dados do Tribunal de Contas da União, os prejuízos
estimados com o esquema de corrupção chegam a R$ 29 bilhões. Nas contas da
Polícia Federal (PF), no entanto, esse valor pode chegar a R$ 42 bilhões. A força-
tarefa da investigação já pediu o ressarcimento de R$ 21,8 bilhões.
Deste montante, foi recuperado até o momento R$ 2,9 bilhões, sendo que
réus de processos criminais tiveram R$ 2,4 bilhões em bens bloqueados.
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A Lava Jato recebeu este nome, pois um dos grupos envolvidos no


esquema fazia uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para
movimentar o dinheiro ilícito. Segundo a Polícia Federal, a Petrobras contratava
empreiteiras por licitações fraudadas. As empreiteiras combinariam entre si qual
delas seria a vencedora da licitação e superfaturavam o valor da obra. Parte
desse dinheiro "a mais" era desviado para pagar propinas a diretores da estatal,
que, em troca, aprovariam os contratos superfaturados.
O repasse era feito pelas empreiteiras a doleiros, como Alberto Youssef, e
lobistas que distribuiriam o suborno. De acordo com a investigação, políticos dos
partidos PT, PP, PMDB, PSDB, PTB e PSB também se beneficiaram do esquema,
recebendo de 1% a 3% do valor dos contratos. Ex-diretores da Petrobras,
doleiros e colaboradores, lobistas, executivos e funcionários de empreiteiras,
dirigentes partidários, ex-parlamentares, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
e o presidente da Norberto Odebrecht - maior empreiteira do Brasil – Marcelo
Odebrecht estão presos.
Os envolvidos estão sendo investigados ou foram condenados pelos crimes
de organização criminosa, formação de cartel, lavagem de dinheiro, sonegação
de impostos, fraude a licitações, corrupção de funcionários públicos e até de
políticos.
Políticos com foro privilegiado foram denunciados pelos delatores e
tiveram seus nomes enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela
Procuradoria Geral da República (PGR). O STF autorizou a abertura de inquérito
contra mais de 30 políticos com mandato – senadores e deputados federais –
ligados ao PP, PT, PMDB, PTB e PSDB. A abertura de inquérito não representa
culpa. Significa que há indícios fortes de irregularidades que precisarão ser
investigados.
Em dezembro de 2015, o deputado federal André Vargas (ex-PT-PR)
teve o seu mandato cassado pela Câmara dos Deputados, por suposto
envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. Em setembro de 2015, foi o
primeiro político condenado na Lava Jato, a uma pena de 14 anos e 4 meses
de prisão e multa por corrupção e lavagem de dinheiro.
Outro político condenado, em novembro de 2015, foi o ex-deputado
federal Luiz Argôlo pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF), as
investigações da Lava Jato podem ser divididas em três etapas. A primeira delas
apurou crimes financeiros praticados por organizações criminosas lideradas por
doleiros. Na sequência, o foco esteve em atos de corrupção e lavagem de
dinheiro praticados no âmbito da Petrobras. As propinas pagas no esquema
somam, pelo menos, R$ 6,2 bilhões. Já na fase atual, o foco das investigações

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está em outros órgãos públicos federais, como o Ministério do Planejamento,


Eletronuclear e Caixa Econômica Federal.
Um dos mecanismos que, segundo o MPF, contribuiu para o avanço das
investigações da Lava Jato são os acordos de delação premiada, previstos na
Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013). Por este estatuto, os delatores,
contam o que sabem sobre os crimes, firmando com a Justiça o acordo. Em troca
das informações, podem receber benefícios diversos no processo penal, como a
redução da pena – que pode ser de um a dois terços –, o cumprimento de pena
em regime abrandado (como o semiaberto e o domiciliar) e o perdão judicial
pleno ou outros, a critério da Justiça.

Três grandes empreiteiras, envolvidas no esquema, fecharam acordo de


leniência – Setal/SOG, Camargo Côrrea e Andrade Gutierrez – com o Ministério
Público Federal (MPF). A Andrade Gutierrez, ultimo empresa a fechar um acordo,
se comprometeu a pagar indenização de R$ 1 bilhão ao Poder Público.
Os acordos de leniência são semelhantes aos acordos de delação
premiada e preveem que pessoas jurídicas que assumam atos irregulares
colaborem com investigações em troca de redução da punição. Pelas
regras do acordo de leniência, a empresa admite ter cometido ilícitos, acerta o
valor de uma indenização, implanta programas de controle interno e fornece
informações sobre as irregularidades.
Acordos de leniência com empresas envolvidas na corrupção da Petrobras
também estão sendo negociados com a Controladoria Geral da União (CGU).
Estão em negociação as empreiteiras Odebrecht, Engevix, Galvão Engenharia,
OAS, Setal, UTC e Andrade Gutierrez. A empresa holandesa SBM fechou acordo
de leniência e deve devolver R$ 1 bilhão à Petrobras.
Em abril de 2016, a CGU proibiu a empreiteira Mendes Júnior de assinar
novos contratos com a administração pública. A penalidade se estenderá por
pelo menos dois anos, durante os quais a empresa não poderá ser contratada
pelos governos federal, estadual e municipal. A punição imposta à Mendes Júnior
foi agravada porque a empreiteira não fechou um acordo de leniência com a
CGU.
A Lava Jato é a origem de várias outras operações de combate à corrupção.
São as operações Custo Brasil, Saqueador, Tabela Periódica e Boca Livre.
Para a banca não confundir você, vejamos o que investigam essas operações:
A Operação Custo Brasil apura ilícitos no serviço de gestão de crédito
consignado de funcionários públicos federais. A gestão do serviço era feita pela
empresa Consist, que para isso cobrava um valor mensal de cada servidor no
desconto do empréstimo no contracheque. O custo do serviço era de R$ 0,30
por servidor, mas a Consist cobrava R$ 1,00. Setenta centavos era propina para
o PT, operadores do esquema, servidores, secretários e um ex-ministro do
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Planejamento. De 2009 a 2015, o valor desviado pelo esquema foi de R$ 100


milhões.
A Operação Saqueador investiga um esquema de corrupção e lavagem
de dinheiro em obras públicas, que envolve a empresa Delta Engenharia.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), entre 2007 e 2012, a Delta recebeu
R$ 11 bilhões por meio de contratos públicos, o que representa quase 100% do
faturamento da empresa. A maioria dos recursos veio de contratos com o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Do total recebido
pela Delta, R$ 370 milhões foram desviados e lavados via pagamentos a 18
empresas de fachada. O dinheiro serviu para o pagamento de propina a agentes
públicos. Entre os envolvidos está um personagem já conhecido de outros
escândalos, o empresário goiano Carlinhos Cachoeira, pivô do caso que levou à
cassação em 2012 do (vírgula) então (vírgula) senador Demóstenes Torres (ex-
DEM-GO), acusado de agir no Legislativo para favorecer os negócios dele em
jogos de azar.
A Operação Tabela Periódica investiga fraudes nas obras da ferrovia
Norte-Sul e ligação Leste-Oeste. Em acordo de leniência, a empreiteira Camargo
Corrêa denunciou a existência de cartel, fraudes em licitações, lavagem de
dinheiro e corrupção em contratos com a Valec (empresa do Governo Federal
responsável pelas ferrovias). Perícias preliminares da Polícia Federal indicam que
foram desviados R$ 631 milhões, só considerando o trecho da Norte-Sul em
Goiás, ou seja, sem contar as obras realizadas em outros Estados.
A Operação Boca Livre investiga desvios de recursos que tiveram
captação autorizada pela Lei Rouanet, dispositivo pelo qual a União incentiva
projetos culturais. Conforme a Polícia Federal, além de casos de
superfaturamento ou não execução das propostas, empresas pediam para captar
dinheiro para iniciativas públicas, mas usavam os valores para eventos
particulares - entre eles eventos corporativos e até um casamento.

Preste atenção em cada nova fase da Operação Lava Jato, pois poderão
ser cobradas na prova.

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O que é delação premiada


Assunto bastante discutido atualmente no Brasil, em especial após os
desdobramentos da Operação Lava Jato, a delação ou colaboração premiada é
prevista desde 1990, quando a possibilidade de reduzir a pena de um delator
passou a fazer parte da Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072, de 1990). Trata-se
de um recurso de investigação em que um acusado dá detalhes que possam
revelar um esquema criminoso ou prender outros integrantes de uma quadrilha.
A essência da delação premiada é a incriminação de terceiros a partir de
depoimentos dados por alguém que teve participação e que pode ser um
suspeito, um investigado, um indiciado ou réu. Em troca das informações ele
pode receber benefícios diversos no processo penal, como a redução de sua pena
– que pode ser de um a dois terços –, o cumprimento de pena em regime
abrandado (como o semiaberto e o domiciliar), o perdão judicial pleno ou outros,
a critério da Justiça.
Mas o recurso só pode ser aplicado em casos específicos de crimes, como
os hediondos, de tortura, de tráfico de drogas e de terrorismo, contra o Sistema
Financeiro Nacional, contra a ordem tributária e os praticados por organização
criminosa. No caso das empresas jurídicas, a delação foi incluída na Lei
Anticorrupção (Lei 12.846), sancionada por Dilma Rousseff, seguindo tendência
de adoção desse mecanismo nos Estados Unidos e países europeus. Na lei
brasileira, a delação premiada é chamada “acordo de leniência”.
Quando o acusado vai a julgamento, o juiz avalia se a sua delação de fato
colaborou com as investigações. Se ele considera que sim, o réu ganha o
benefício acertado, se julgar que o réu mentiu, ele perde o benefício. A proposta
de delação premiada parte do Ministério Público, da Polícia Federal ou dos
advogados de defesa. Quando aceita, ela é conduzida em sigilo judicial. Esse
sigilo pode ou não terminar ao final das investigações e do processo, a critério
da Justiça.

Prisão e cassação do mandato do Senador Delcídio do Amaral


O então senador Delcídio do Amaral foi preso por decisão do STF, acusado
de obstruir as investigações da Operação Laja Jato. O STF acatou o pedido
encaminhado pela Procuradoria Geral da República. Posteriormente, o Tribunal
revogou a prisão.
É a primeira vez desde a redemocratização, em 1985, que um senador foi
preso no exercício do seu mandato. Relator da Operação Lava Jato no STF, o
ministro Teori Zavascki afirmou que o então senador ofereceu dinheiro para a

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família de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, preso, para que não fechasse
acordo de delação premiada.
O esquema, que também envolveria a fuga de Cerveró para a Espanha,
via Paraguai, foi revelado a partir de uma gravação feita às escondidas por
Bernardo, filho do ex-diretor. A gravação revela diálogos com a participação de
Delcídio e do advogado Edson Ribeiro, que também teve a prisão decretada.
Em maio de 2016, Delcídio do Amaral teve o seu mandato de senador
cassado pelo Senado Federal, por quebra de decoro parlamentar. Delcídio do
Amaral assinou acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato.

Eduardo Cunha
O presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Eduardo Cunha foi
denunciado pela PGR ao STF, por suspeita de ter recebido US$ 5 milhões em
propina do esquema investigado pela operação Lava Jato. Cunha teve seu nome
ligado a contas secretas na Suíça.
Em março de 2016, o STF decidiu pela abertura de processo criminal
contra Eduardo Cunha pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Com a decisão, Cunha passa a ser o primeiro parlamentar no exercício do
mandato a se tornar réu a partir das investigações da Operação Lava Jato.
Desde abril de 2016, Cunha está com seu mandato suspenso por tempo
indeterminado, por decisão do STF. Com a suspensão, o deputado foi afastado
da presidência da Câmara dos Deputados. Não perdeu o mandato. O STF
apontou que Cunha usava o cargo de presidente da Câmara para prejudicar as
investigações da Lava Jato e o andamento do processo de cassação que
responde no Conselho de Ética da Câmara.
Já na Câmara dos Deputados, Cunha foi acusado de mentir à CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, sobre a existência das
contas. Em março de 2015, em depoimento voluntário à CPI, Cunha declarou
não ter qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está
declarada no seu Imposto de Renda.
O Ministério Público da Suíça informou à Procuradoria brasileira que Cunha
foi investigado naquele país por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção, e
que os valores depositados nas contas foram bloqueados. A investigação suíça
já foi enviada ao Brasil.
Sob a acusação de ter mentido a CPI da Petrobras, deputados do PSOL e
da Rede entraram, em outubro de 2015, com representação contra o presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética da Câmara dos
Deputados, na qual pediam a cassação do mandato do peemedebista por quebra
de decoro parlamentar.

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Em junho de 2016, o Conselho de Ética aprovou o parecer do Deputado


relator Marcos Rogério, pela cassação do seu mandato. Segundo o relatório de
Marcos Rogério, trustes e offshores foram usados pelo presidente afastado da
Câmara para ocultar patrimônio mantido fora do país e receber propina de
contratos da Petrobras. O deputado diz no parecer que Cunha constituiu os
trustes no exterior para viabilizar a "prática de crimes".
Em 07 de julho, o Deputado Eduardo Cunha renunciou à presidência da
Câmara dos Deputados. Com a sua renúncia, no dia 14 de julho, o Deputado
Federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito o novo presidente da Câmara dos
Deputados.

3. Operação Zelotes
No mar de corrupção que tem vindo à tona no Brasil, a Polícia Federal, o
Ministério Público Federal (Procuradoria Geral da República) e o Poder Judiciário
têm executado várias outras operações, entre elas, a Operação Zelotes e a
Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória.
A Operação Zelotes investiga um dos maiores esquemas de
sonegação fiscal já descobertos no país. Suspeita-se que quadrilhas atuavam
junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado ao
Ministério da Fazenda, revertendo ou anulando multas. A operação também foca
lobbies envolvendo grandes empresas do país.
O CARF é um tribunal administrativo formado por representantes da
Fazenda e dos contribuintes (empresas) que julga hoje processos que
correspondem a R$ 580 bilhões. Em geral, é julgada pelo órgão (Carf) uma
empresa autuada por escolher determinada estratégia tributária que, segundo a
fiscalização, estava em desacordo com a lei. A Polícia já confirmou prejuízo de
R$ 6 bilhões aos cofres públicos.
O nome Zelotes vem do adjetivo zelote, referente àquele que finge ter
zelo. Ele faz alusão ao contraste entre a função dos conselheiros do Carf de
resguardar os cofres públicos e os possíveis desvios que efetuaram.
A Operação Zelotes aponta que as quadrilhas, formadas por conselheiros,
ex-conselheiros e servidores públicos, usavam o acesso privilegiado a
informações para identificar "clientes", contatados por meio de "captadores" que
poderiam ser empresas de lobby, consultorias ou escritórios de advocacia.
Segundo a Polícia Federal, as empresas pagavam propina de até 10% para
que os grupos "manipulassem" vereditos do Carf em processos de casos que
envolvem dívidas tributárias de R$ 1 bilhão a R$ 3 bilhões, anulando ou
atenuando cobranças da Receita.

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4. Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória


Em dezembro de 2015, a Polícia Federal deflagrou a Operação Vidas
Secas - Sinhá Vitória para prender suspeitos de participar de um esquema de
superfaturamento das obras para a transposição do Rio São Francisco.
Segundo as investigações, empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa
Melo/Coesa usaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões
das verbas públicas destinadas às obras de transposição, no trecho que vai do
agreste de Pernambuco à Paraíba. Os contratos investigados até o momento são
de R$ 680 milhões.
Ainda de acordo com a PF, algumas empresas ligadas à organização
estariam em nome do doleiro Alberto Youssef e do lobista Adir Assad,
investigados na Operação Lava Jato.
Orçado em R$ 8,2 bilhões, o projeto, de iniciativa federal, tem o objetivo
de garantir o abastecimento de água para 390 municípios dos estados de
Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, beneficiando
aproximadamente 12 milhões de pessoas. A obra começou em 2006, quando
tinha orçamento de R$ 4,5 bilhões. Devido aos atrasos, teve o custo
praticamente dobrado.

5. Operação Acrônimo
A Operação Acrônimo investiga um suposto esquema de financiamento
ilegal de campanhas eleitorais, por meio da lavagem de dinheiro.
A Operação Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro em
campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação. O
governador de Minas Gerais Fernando Pimentel é suspeito de ter utilizado
os serviços de uma gráfica, durante a campanha eleitoral de 2014, sem a devida
declaração dos valores, e de ter recebido "vantagens indevidas" do proprietário
da empresa.

6. Máfia da Merenda Escolar – Operação Alba Branca


A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo investigam um esquema
de corrupção e superfaturamento no fornecimento de alimentos para merenda
escolar, envolvendo o governo de São Paulo e pelo menos 22 prefeituras do
interior paulista. Segundo funcionário da cooperativa Coaf que denunciou a
fraude, a cooperativa contratava “lobistas” que atuavam junto aos governos e
prefeituras, pagando propina a agentes públicos em troca de favorecimento em
contratos. O maior deles é com a Secretaria de Estado da Educação de São
Paulo.

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7. Extradição de Henrique Pizzolato


O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi extraditado da Itália para
o Brasil, em 22 de outubro de 2015. Ele foi condenado no julgamento do
mensalão do PT a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de formação de
quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Mas, usando documentos do irmão
morto, fugiu para a Itália em 2013 para tentar evitar a prisão – Pizzolato tem
cidadania italiana. No Brasil, cumprirá a sua pena no presídio da Papuda, no
Distrito Federal.
O mensalão do PT, um dos maiores escândalos políticos da história do país,
foi o grande tema das manchetes em 2012. Os ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF) analisaram e debateram as acusações contra 38 réus que,
segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), participaram de
um esquema para a compra de votos no Congresso Nacional para reforçar a
base de apoio ao primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O caso veio a público em 2005 por meio de denúncia do ex-deputado federal
Roberto Jefferson, do PTB – ele próprio um dos réus condenados no julgamento
do STF.
Segundo a acusação, o esquema envolvia personagens de três núcleos: o
político, com o ministro da Casa Civil, José Dirceu, o então presidente do Partido
dos Trabalhadores (PT), José Genoíno e Delúbio Soares, o tesoureiro do partido.
O núcleo operacional incluía o empresário Marcos Valério, sócios e funcionários
de suas agências de publicidade. Por fim, o núcleo financeiro com dirigentes e
funcionários de bancos. Além desses três grupos, a lista de acusados incluía
deputados de diversos partidos. Entre agosto e dezembro de 2012, os ministros
definiram a culpabilidade de cada acusado e as penas para os condenados, no
mais longo julgamento da história do STF.
A ação penal 470 – nome oficial do julgamento – foi transmitida pela TV
em sua totalidade e recebeu amplo acompanhamento da imprensa. A intensa
exposição do tema criou celebridades, como os ministros do STF e, em
particular, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo.
Entre os condenados estão José Dirceu (ex-ministro chefe da Casa Civil no
primeiro governo do presidente Lula), José Genoíno (ex-deputado federal e ex-
presidente do PT), Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT), Marcos Valério
(publicitário e empresário), João Paulo Cunha (ex-presidente da Câmara dos
Deputados), Roberto Jeferson (ex-deputado federal e delator do esquema do
mensalão) e o próprio Henrique Pizzolato.

8. Manifestações Populares
Nos últimos doze meses milhões de pessoas saíram às ruas em grandes
manifestações populares. Foram quatro em 2015 - 15 de março, 12 de abril, 16
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de agosto e 13 de dezembro. A grande maioria dos manifestantes pedia a saída


ou o impeachment da presidente Dilma e protestava contra a corrupção.
Algumas manifestações isoladas defendiam a intervenção militar no
Brasil. Os protestos foram organizados por grupos diferentes e as convocações
foram feitas principalmente pelas redes sociais. Em todas as cidades, muitos
manifestantes vestiram verde e amarelo e levaram bandeiras do Brasil
aos protestos.
Já em 2016, no dia 13 de março, estima-se que 3,6 milhões de pessoas
participaram dos protestos em mais de 300 municípios no Brasil. Ocorreram
também protestos no exterior. Os manifestantes pediam a renúncia da
presidente Dilma Rousseff. Os protestos também foram em apoio ao processo
de impeachment contra a presidente, que corre na Câmara dos Deputados.
Além de pedirem a saída de Dilma, várias pessoas protestaram contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, investigado pela Operação Lava Jato,
que foi nomeado Ministro da Casa Civil da Presidência da República. Outro nome
citado nos atos, mas de maneira positiva, foi o do juiz da Operação Lava Jato,
Sérgio Moro, que conduz as investigações na Justiça Federal, em Curitiba. Em
São Paulo, o governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves foram
hostilizados quando apareceram na manifestação.
No dia 18 de março, foi a vez dos manifestantes pró-governo e contra o
impeachment realizarem atos em 25 estados e no Distrito Federal. O público
presente foi bem menor.

O pedido de intervenção militar é uma atitude ilegal e frontalmente


contrária à Constituição. No artigo 5º, a Constituição diz que "constitui crime
inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra
a ordem constitucional e o Estado Democrático".

9. Pedaladas Fiscais
O TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou a reprovação das contas
de 2014 do governo da presidente Dilma Rousseff. Em decisão unânime, oito
ministros votaram pela rejeição das contas da petista. O parecer pela reprovação
não significa que as contas foram reprovadas. Elas ainda precisam ser julgadas
pelo Poder Legislativo.
O episódio conhecido como "pedaladas fiscais" foi um dos principais pontos
que embasaram a decisão dos ministros. As "pedaladas fiscais" foram manobras
contábeis realizadas pelo governo para "maquiar" as finanças. De acordo com
técnicos do TCU, benefícios sociais e subsídios federais eram pagos por bancos

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estatais sem que o Tesouro Nacional tivesse feito o devido repasse dos valores
a tempo.
Esse "adiantamento" feito pelos bancos foi classificado pelo TCU como
"empréstimos", mas a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) proíbe o governo de
fazer empréstimos junto a bancos estatais. O governo nega que as transações
caracterizaram empréstimos e alega que outros governos utilizaram o mesmo
mecanismo sem que suas contas fossem reprovadas.
De acordo com o TCU, as "pedaladas fiscais" envolveram um montante de
R$ 40 bilhões.

10. Impeachment de Dilma Rousseff

Deputados da oposição entregaram no dia 21 de outubro de 2015 à


presidência da Câmara um novo pedido de impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff (incluir vírgula) elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, um dos
pioneiros do PT, Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça do governo Fernando
Henrique Cardoso (PSDB), e Janaína Conceição Paschoal, advogada.
Esse pedido foi acolhido, em dezembro, pelo presidente da Câmara,
deputado Eduardo Cunha. A decisão de Cunha foi baseada nos decretos
presidenciais deste ano (2015) que autorizaram um aumento de gastos do
governo, apesar de já haver a previsão de que a meta de superávit (economia
para pagar juros da dívida) poderia não ser atingida.
Os autores do pedido atacam as chamadas "pedaladas fiscais”, prática
atribuída ao governo de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as
metas parciais da previsão orçamentária, o que atentaria contra a probidade da
administração e contra a lei orçamentária. A denúncia é de que houve crime
de responsabilidade, uma das hipóteses em que um presidente poderia ser
impedido de continuar exercendo seu mandato.
Crime de responsabilidade são infrações cometidas por agentes
políticos no desempenho de sua função que atentem contra a
Constituição, a probidade da administração, a lei orçamentária, entre
outros, que estão previstos em lei.
O processo de impeachment está em andamento no Congresso Nacional.
Sistematicamente, vamos descrevê-lo:
1. Um pedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados
precisa ser acolhido pelo presidente da casa.
2. Acolhida a denúncia, é instalada uma Comissão Especial, na Câmara
dos Deputados, para analisar o pedido, com deputados de todos os
partidos, em número proporcional ao tamanho da bancada de cada
legenda. A Comissão Especial só pode ser formada por indicados por
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líderes de partidos, sem chapas avulsas. A eleição da comissão deve


ser por votação aberta no plenário da Câmara. O presidente não precisa
ser ouvido nessa fase.
3. Instalada a Comissão Especial, a presidente da República terá,
depois de notificada, prazo de dez sessões para se manifestar.
4. Após a manifestação da defesa (da presidente da República), a
comissão terá prazo de cinco sessões para votar o relatório final, com
parecer a favor ou contra a abertura do processo.
5. Depois de 48 horas da publicação, o parecer é incluído na ordem do
dia da sessão seguinte do plenário
6. No plenário, o processo de impeachment será aberto se dois terços
(342) dos 513 deputados votarem a favor.
7. Aprovado o pedido de impeachment, o processo segue para análise
do Senado.
8. Se o Senado decidir receber o pedido impeachment, Dilma é obrigada
a se afastar por até 180 dias, até a decisão final. Esta decisão precisa
ser aprovada por maioria simples (metade mais um, presentes 41 dos
81 senadores). A partir daí, começa um processo que terá, ao final,
um julgamento sobre se a presidente deve ser condenada ou não. A
sessão que decidirá sobre a condenação ou absolvição da Presidente
será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
O impeachment só será aprovado se dois terços (54) dos 81
senadores votarem a favor. Se absolvida no Senado, a presidente
reassume o mandato imediatamente; se condenada, é
automaticamente destituída, e o vice-presidente é empossado.
A Câmara dos Deputados aprovou o pedido de impeachment. O relator do
pedido, foi o deputado Jovair Arantes. O Senado Federal decidiu receber o
pedido, afastando a presidente Dilma Rousseff por até 180 dias. Com isso, o
processo de julgamento foi instaurado. No Senado, o relator é o Senador Antônio
Anastasia.

11. Governo interino de Michel Temer


Com o pedido de impeachment aprovado no Senado, Michel Temer
assumiu como presidente interino em 12 de maio. Uma das primeiras medidas
de Temer foi a redução do número de ministérios de 32 para 23. O novo governo
foi bastante criticado por ter na equipe de ministros, somente homens brancos,
não contemplando a diversidade de gênero (mulher) e racial.
Outra polêmica foi a extinção do Ministério da Cultura, incorporado ao
Ministério da Educação, que passou a se chamar Ministério da Educação e
Cultura. A classe artística reagiu duramente ao fim da pasta. Prédios do extinto

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Ministério da Cultura foram ocupados em diversas cidades do país. Diante da


reação, poucas semanas depois, o Governo Federal recriou o ministério.
Em um mês de governo, três ministros caíram em função de denúncias
relacionadas a Operação Lava Jato: Senador Romero Jucá, do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão; Fabiano Augusto Martins Silveira do novo Ministério
da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU) e Henrique Eduardo Alves,
do Ministério do Turismo.

12. STF admite prisão logo após condenação em 2ª instância


Em julgamento, o STF admitiu que um réu condenado na segunda
instância da Justiça comece a cumprir pena de prisão, ainda que esteja
recorrendo aos tribunais superiores. Assim, bastará a sentença
condenatória de um tribunal de Justiça estadual (TJ) ou de um tribunal
regional federal (TRF) para a execução da pena. Até então, réus podiam
recorrer em liberdade ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao próprio.
A decisão, mudou o entendimento anterior do STF, no qual o condenado
poderia continuar livre até que se esgotassem todos os recursos no Judiciário.
O STF entendia que a prisão só era definitiva após o chamado "trânsito em
julgado" do processo, por respeito ao princípio da presunção de inocência.
Dois conhecidos políticos brasilienses, condenados em segunda instância,
que recorreram a tribunais superiores, foram afetados pela decisão, sendo
presos. São eles, o ex-senador Luiz Estevão e o ex-deputado distrital Benedito
Domingos.
O ex-senador foi condenado pelo Tribunal Regional Federal, em 2006, pelo
desvio de dinheiro das obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Nos
últimos anos, a defesa do empresário apresentou vários recursos ao Superior
Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, conseguindo adiar o início do
cumprimento da pena de 31 anos de prisão em regime fechado.
Benedito Domingos foi condenado a nove anos e oito meses de prisão,
pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, pelos crimes de fraude em licitação
e corrupção passiva.

13. Reforma Política


O tema da reforma política não é novo, é um debate de mais de 15 anos.
Como uma das respostas às manifestações populares de junho de 2013, a
presidenta Dilma Rousseff chegou a propor a convocação de uma Assembleia
Constituinte, para promover a reforma política no Brasil. A ideia não prosperou,
logo se transformando em uma proposta de realização de plebiscito sobre o
tema, enviada ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo.
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A Câmara dos Deputados descartou a realização do plebiscito – consulta


antecipada à população sobre propostas abertas, para orientarem a elaboração
da reforma política, propondo no seu lugar a realização de um referendo –
consulta popular posterior à aprovação da legislação, cujas opções se resumem
a votar pela aprovação ou rejeição.
Uma das reformas que o Brasil necessita, para dar maior transparência, à
política e diminuir a corrupção, começou a ser votada na Câmara dos Deputados
em maio de 2015. Porém, o que foi aprovado até o momento está aquém das
propostas que vinham sendo debatidas, configurando-se em uma tímida reforma
política.
Entre as propostas aprovadas pelo Congresso Nacional e SANCIONADAS
pela Presidente da República está a da fidelidade partidária e mudança de
partido. A nova regra estabelece a perda do mandato daquele que se
desligar do partido pelo qual foi eleito. A exceção será para os casos de “grave
discriminação política pessoal, mudança substancial ou desvio reiterado do
programa praticado pela legenda”. Também não perderá o mandato no caso de
criação, fusão ou incorporação do partido político, nos termos definidos em lei.
Fica permitida somente a mudança de partido que ocorrer dentro dos 30 dias
que antecedem o prazo final - de seis meses - estabelecido para a filiação com
possibilidade de disputa na eleição, majoritária ou proporcional. O período deve
se referir aos meses finais do mandato.
A presidente vetou a emissão de recibo em papel nas urnas, que
estabelecia que as urnas eletrônicas passassem a emitir um "recibo" para que
os votos nas eleições pudessem ser conferidos pelos eleitores. Porém, o
Congresso Nacional derrubou o veto.
Outro VETO foi sobre a permissão de doações de empresas a partidos
políticos. Com o veto, pessoas jurídicas não podem fazer doações e
contribuições para as campanhas eleitorais. As pessoas físicas podem doar aos
partidos e candidatos. Anterior ao veto, o STF julgou ser inconstitucional as
normas que permitem a empresas doar para campanhas eleitorais.
Pessoal, a presidente Dilma vetou artigo de uma lei, cujo veto terá que ser
apreciado pelo Congresso Nacional. Há também, em tramitação no Congresso
Nacional, uma PEC que inclui na Constituição Federal, a previsão de que pessoas
jurídicas possam fazer doações para campanhas eleitorais. A PEC foi aprovada
na Câmara, faltando ser apreciada pelo Senado Federal.

14. Lei Antiterrorismo


A Câmara dos Deputados aprovou, em fevereiro, projeto de lei que tipifica
o crime de terrorismo no Brasil, com pena que vai de 12 a 30 anos de prisão. O
texto foi para sanção da Presidente da República.

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No projeto aprovado, o terrorismo é tipificado como a prática por uma ou


mais pessoas de atos de sabotagem, de violência ou potencialmente violentos
"por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e
religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou
generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a
incolumidade pública".
Câmara e Senado divergiram sobre o tema. Prevaleceu a posição dos
deputados, que excluíram o "extremismo político" como caracterização do
terrorismo, em meio às discussões sobre se a lei representaria uma ameaça às
manifestações políticas de rua.
A Câmara retomou um artigo, que havia sido excluído pelos senadores,
deixando clara a exclusão dos movimentos sociais e políticos do escopo da nova
lei:
"O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual ou coletiva de
pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos,
de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou
reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo
de defender direitos, garantias e liberdades constitucionais, sem prejuízo da
tipificação penal contida em lei.”
O texto aprovado estabelece pena de 5 a 8 anos de prisão por auxílio a
organização terrorista, e de até dez anos para apologia ao terrorismo, entre
outras punições.

15. Lei das Estatais


A Lei das Estatais, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo
presidente interino Michel Temer estabelece, entre outros pontos, critérios para
a nomeação dos dirigentes e gestão dessas empresas. Vejamos os principais
pontos:

Membros independentes de conselhos - 25% dos membros dos


conselhos de administração devem ser independentes, ou seja, não podem ter
vínculo com a estatal, nem serem parentes de detentores de cargos de chefia
no Executivo, como presidente da República, ministros ou secretários de estados
e municípios.
Além disso, os membros independentes não podem ter sido empregados
da empresa – em um prazo de três anos antes da nomeação para o conselho –
nem serem fornecedores ou prestadores de serviço da estatal.

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Experiência para integrar conselhos - a proposta também estabelece


requisitos mínimos para a nomeação dos demais integrantes dos conselhos de
administração. Entre as exigências, o membro deverá ter pelo menos quatro
anos de experiência na área de atuação da empresa estatal, ter experiência
mínima de três anos em cargos de chefia e ter formação acadêmica compatível
com o cargo.

Vínculo com partidos e sindicatos – Pessoas que foram integrantes de


estruturas decisórias de partidos políticos, como coordenadores de campanhas,
não podem ser membros de Conselho de Administração, nos últimos três anos
antes da nomeação para o conselho. Também não podem ser diretores de
empresas estatais.
Um candidato político nas últimas eleições também deverá cumprir
carência de três anos antes de poder assumir vaga na diretoria de empresas
estatais. Servidores não-concursados com cargos comissionados da
administração pública também não poderão fazer parte do conselho de
administração da estatal. Caso o comissionado queira fazer parte do conselho
de administração, precisará ser exonerado do cargo que ocupa antes de integrar
o conselho.
Transparência das contas estatais - as empresas deverão elaborar
uma série de relatórios – de execução do orçamento, riscos, execução de
projetos, etc – e disponibilizá-los à consulta pública.

Ações em circulação no mercado - Num prazo máximo de dez anos,


toda empresa estatal de economia mista deverá manter pelo menos 25% de
suas ações em circulação no mercado.

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QUESTÕES COMENTADAS:

01) (FGV/PREFEITURA DE PAULÍNIA/2016 – ENGENHEIRO) As


afirmativas a seguir enumeram alguns argumentos para explicar por
que “a economia brasileira travou”. A respeito desses argumentos,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A operação Lava Jato colocou em xeque o modo como operava o
capitalismo brasileiro ao revelar as relações pouco transparentes entre
o Estado e certos segmentos empresariais.
( ) A criminalização inédita de executivos de grandes empresas abalou
a cadeia produtiva da engenharia nacional, com a paralisia ou
suspensão de grandes empreendimentos.
( ) A instabilidade política e os desequilíbrios das contas públicas
desestimularam os investimentos produtivos, provocando uma queda
do Produto Interno Bruto (PIB) de, aproximadamente, 4%.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, F e F.
b) V, F e V.
c) F, V e V.
d) V, V e F.
e) V, V e V.

COMENTÁRIOS:
Primeiro item, VERDADEIRO. A Operação Lava Jato expôs as relações
corruptas entre políticos e partidos políticos brasileiros no comando do Estado
brasileiro e certos segmentos empresariais, como o da construção civil. É uma
relação subterrânea, não transparente.
Segundo item, FALSO. Vejam que a questão se refere à criminalização
“inédita” de executivos de grandes empresas. Ora, embora não seja a regra, já
houve em outras situações a criminalização de executivos de grandes empresas.
A palavra “inédita” é a pegadinha da questão. Por outro lado, a criminalização
de executivos de grandes empresas, no âmbito da Operação Lava Jato, abalou,
sim, a cadeia produtiva da engenharia nacional com a paralisia ou suspensão de
grandes empreendimentos.
Terceiro item, FALSO. Item polêmico, que a FGV considerou falso. Analistas
políticos e de mercado apontam o desequilíbrio nas contas públicas e a

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instabilidade política como dois fatores que desestimulam os investimentos


produtivos. Até aqui o item está correto. O erro está em dizer que provocaram
uma queda de aproximadamente 4% no PIB. De fato, o PIB encolheu 3,8% em
2015 e segue com crescimento negativo em 2016. Mas, vários são os fatores
que explicam a queda do PIB, não somente os dois citados. Segundo os
analistas, outros fatores são o excessivo intervencionismo da política econômica
do Governo Federal no mercado, a mudança e falta de clareza em regras de
política econômica e a crise econômica internacional.
Gabarito: A (V, F e F)

02) (FGV/PREFEITURA DE PAULÍNIA/2016 – ENGENHEIRO)

Assinale a opção que identifica corretamente um aspecto do mandato


dos presidentes da República Brasileira, de José Sarney a Dilma
Rousseff.
a) Todos chegaram ao poder diretamente pelo voto popular.
b) Apenas dois foram condenados em processos de impeachment.
c) Todos cumpriram integralmente seus mandatos
d) Apenas três se candidataram à reeleição com sucesso.
e) Todos foram eleitos após disputa em segundo turno.

COMENTÁRIOS:

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a) Incorreta. José Sarney foi eleito vice-presidente de Tancredo Neves em


eleição indireta, por um Colégio Eleitoral.
b) Incorreta. Somente Fernando Collor foi condenado em processo de
impeachment. Dilma Rousseff foi declarada impedida pelo Congresso Nacional,
mas o processo de impeachment ainda não foi concluído. Poderá ser condenada
ou absolvida.
c) Incorreta. Fernando Collor não cumpriu integralmente o seu mandato. Como
foi impedida, mesmo que Dilma Rousseff volte ao cargo de presidente não terá
cumprido integralmente o seu mandato.
d) Correta. Até 1997, a Constituição Federal não previa a possibilidade de
reeleição de mandatário do Poder Executivo. Assim, os presidentes eleitos,
anteriormente, não tiveram a possibilidade de concorrer à reeleição. Fernando
Henrique Cardoso (FHC) foi eleito em 1994, assumiu em 1995, concorreu à
reeleição em 1997, sendo reeleito. Lula e Dilma Rousseff também foram
reeleitos.
e) Incorreta. Três presidentes concorreram à reeleição: Fernando Henrique
Cardoso, Lula e Dilma Rousseff. Somente FHC foi eleito e reeleito em primeiro
turno.
Gabarito: D

03) (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/2016 – PROFESSOR) No


início de dezembro de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha, aceitou um pedido feito pelos juristas Hélio Bicudo,
Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal.
Assinale a alternativa que identifica a natureza de tal pedido.
a) O impeachment (impedimento) da Presidente Dilma Rousseff e seu
Vice, Michel Temer.
b) O impeachment (impedimento) da Presidente Dilma Rousseff.
c) O impeachment (impedimento) do Vice-Presidente Michel Temer
d) A cassação do mandato do Deputado Eduardo Cunha.
e) A cassação do mandato do Senador Renan Calheiros.

COMENTÁRIOS:
O pedido dos juristas aceitos por Eduardo Cunha foi o impeachment
(impedimento) da Presidente Dilma Rousseff.
Gabarito: B

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04) (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) O ministro-


chefe da CGU (Controladoria Geral da União) afirmou que a
Controladoria vai processar os responsáveis pela compra da refinaria de
Pasadena, pela Petrobras. O ministro revelou que o relatório concluído
na semana passada (dezembro de 2014) confirmou que houve prejuízo
para a estatal e para o País na transação.
(http://noticias.r7.com/brasil/cgu-vai-abrir-processos-contra-responsaveis--pela-compra-de-pasadena-diz-ministro-
chefe-15122014)

A refinaria de Pasadena está localizada


a) no México.
b) no Paraguai.
c) na Argentina.
d) no Canadá.
e) nos Estados Unidos.
COMENTÁRIOS:
A refinaria de Pasadena está localizada no Texas, Estados Unidos.
Gabarito: E

05) (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) No recente


escândalo que envolve grandes desvios de recursos públicos, alguns dos
presos assinaram acordos de delação premiada com o Ministério
Público. A delação premiada
a) representa uma possibilidade de os réus primários cumprirem pelo
menos metade da pena em liberdade condicional.
b) garante ao poder judiciário manter o sigilo sobre os envolvidos que
estejam exercendo cargos públicos eletivos.
c) tem como objetivo explicar detalhes do esquema e receber, em
contrapartida, redução das penas.
d) possibilita aos presos manterem-se incógnitos e, sem os nomes
divulgados, livres do assédio da imprensa.
e) permite aos presos a ocupação de celas especiais e assistência
jurídica e médica garantida pelo Estado.

COMENTÁRIOS:
Assunto bastante discutido atualmente no Brasil, em especial, após os
desdobramentos da Operação Lava Jato, a delação ou colaboração premiada é
prevista desde 1990, quando a possibilidade de reduzir a pena de um delator

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passou a fazer parte da Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072, de 1990). Trata-se
de um recurso de investigação em que um acusado dá detalhes que possam
revelar um esquema criminoso ou prender outros integrantes de uma quadrilha.
A essência da delação premiada é a incriminação de terceiros a partir de
depoimentos dados por alguém que teve participação e que pode ser um
suspeito, um investigado, um indiciado ou réu. Em troca das informações ele
pode receber benefícios diversos no processo penal, como a redução de sua pena
– que pode ser de um a dois terços –, o cumprimento de pena em regime
abrandado (como o semiaberto e o domiciliar), o perdão judicial pleno ou outros,
a critério da Justiça.
Gabarito: C

06) (VUNESP/CÂMARA DE ARARAS/2015 – AGENTE LEGISLATIVO)


Dilma terá que encarar Congresso para fazer reforma política
A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) já deixou clara qual será sua
prioridade no segundo mandato: reforma política. O tema voltou com
força ao debate político do País durante a campanha presidencial. Além
de Dilma, os candidatos derrotados Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva
(PSB) também apresentaram propostas sobre isso.
(Exame, 28.10.14. Disponível em: http://goo.gl/KvA2Wf. Adaptado)
Uma das principais pautas em discussão na proposta de reforma do
governo é
(A) o número de deputados e senadores no Congresso.
(B) a adoção do Parlamentarismo em substituição ao Presidencialismo.
(C) o financiamento público ou privado de campanha.
(D) a extinção do Senado e o aumento de cadeiras na Câmara.
(E) a ampliação dos requisitos para criação de novas siglas.

COMENTÁRIOS:
Uma das principais pautas em discussão sobre a reforma política é o
financiamento das campanhas eleitorais. Três propostas figuram no debate:
financiamento exclusivamente público, financiamento privado ou financiamento
misto (público e privado). O Congresso Nacional aprovou a permissão de
doações de empresas a partidos políticos. A norma foi vetada pela
presidente Dilma. As pessoas físicas podem doar aos partidos e aos candidatos.
Anterior ao veto, o STF julgou ser inconstitucional as normas que
permitem a empresas doar para campanhas eleitorais.

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Gabarito: C

07) (VUNESP/CÂMARA DE ARARAS/2015 – AGENTE LEGISLATIVO)


Polícia Federal diz que prendeu 18 pessoas em nova etapa da Operação
Lava Jato
Segundo a Polícia Federal, 49 mandados de busca e apreensão foram
cumpridos.
(G1, 14.11.14. Disponível em: http://goo.gl/HqmOF4. Adaptado)
Entre os presos, estão alguns
(A) políticos e seus assessores, acusados de receberem recursos ilícitos
para campanha eleitoral contabilizados como “caixa 2”.
(B) fiscais da Receita Federal, acusados de aceitarem propina com o
propósito de mascarar transações financeiras ilícitas.
(C) empresários do setor de importação, acusados de fraude,
corrupção, sonegação fiscal e contrabando de mercadorias.
(D) banqueiros e donos de bancos de investimento, acusados de
lavagem de dinheiro e remessa ilegal de divisas para o exterior.
(E) presidentes e diretores de empreiteiras, acusados de organização
criminosa, formação de cartel, corrupção e lavagem de dinheiro.

COMENTÁRIOS:
A Operação Lava Jato investiga um grande esquema de lavagem e
desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do país e
políticos. A Operação já prendeu doleiros, colaboradores de doleiros, ex-
diretores e ex-gerentes da Petrobras, lobistas, executivos e funcionários de
empreiteiras e dirigentes partidários. Os envolvidos estão sendo acusados de
cometerem os crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção
e lavagem de dinheiro.
Gabarito: E

08) (VUNESP/PREFEITURA DE MARATAÍZES/2015 – AGENTE DE


ARRECADAÇÃO) Leia a notícia publicada em 13 de agosto de 2014.
O candidato à Presidência pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB)
morreu por volta das 10 horas da manhã desta quarta-feira quando a
aeronave em que viajava caiu. Fontes do partido confirmaram que
outras seis pessoas que estavam no avião também morreram.

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(cartacapital.com.br. Adaptado)
O referido acidente, que mudou o cenário da disputa política ao cargo
do executivo federal, ocorreu no estado de
(A) Alagoas, tendo falecido o candidato Carlos Augusto Percol.
(B) Santa Catarina, morrendo o candidato Marcelo Lira.
(C) Pernambuco, levando a óbito o candidato Alexandre Severo.
(D) São Paulo, vitimando o candidato Eduardo Campos.
(E) Goiás, matando o candidato Marcos Martins.

COMENTÁRIOS:
O acidente ocorreu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo e vitimou
o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos. No seu lugar,
concorreu a sua candidata a vice-presidente, Marina Silva.
Gabarito: D

09) (VUNESP/PREFEITURA DE MARATAÍZES/2015 – AGENTE DE


ARRECADAÇÃO) Considere a manchete de 28 de outubro de 2014.
Marina Silva sinaliza saída do PSB para buscar a criação de seu novo
partido
(portalcorreio.uol.com.br. Adaptado)
A ex-senadora em questão lidera agora o projeto para a fundação de um
novo partido, que teve seu registro negado pelo Superior Tribunal
Eleitoral para concorrer às eleições de 2014, sendo este o
(A) Partido Ecológico Nacional.
(B) Solidariedade.
(C) Partido Socialismo e Liberdade.
(D) Rede Sustentabilidade.
(E) Novo Tempo.

COMENTÁRIOS:
Marina Silva tentou sem sucesso fundar um novo partido, a Rede
Sustentabilidade, para concorrer às eleições presidenciais de 2014. Como não
conseguiu o registro da sigla junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), filiou-se
ao PSB e saiu candidata à vice-presidente, na chapa encabeçada por Eduardo

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Campos. Com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva assumiu a candidatura


à Presidenta da República. Em nova análise, em setembro de 2015, o TSE
aprovou a criação da Rede Sustentabilidade. Marina Silva saiu do PSB e filiou-se
ao seu partido, a Rede Sustentabilidade.
Gabarito: D

10) (VUNESP/TJ SP/2015 – ESTATÍSTICO) O empresário Ricardo


Ribeiro Pessoa, da UTC Engenharia, é figura central de uma investigação
da Polícia Federal, iniciada em novembro de 2014, sobre um aspecto da
Operação Lava Jato. O empresário da UTC, um advogado do grupo e um
“amigo” de nome “Rui” – mencionado em conversa telefônica e não
identificado pelos policiais – estão entre os alvos desta apuração.
(UOL, 22 fev.15. Disponível em: <http://goo.gl/ObXCNH> Adaptado)
Trata-se de uma apuração de
a) tentativa de suborno de agentes policiais para evitar a detenção do
empresário.
b) intenção de saída clandestina do país em direção ao exterior para
escapar da prisão.
c) vazamento de informação sigilosa de dentro da operação
desencadeada pela polícia.
d) evasão de divisas para bancos em paraísos fiscais dias antes da
deflagração da operação.
e) crime de falso testemunho sob a fachada do instrumento da delação
premiada.

COMENTÁRIOS:
Tratava-se de uma apuração de vazamento de informação sigilosa de
dentro da Polícia Federal, que foi repassada a executivos da empreiteira UTC,
que seriam presos no dia seguinte, no âmbito da Operação Lava Jato. Ricardo
Pessoa fez acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República
e é uma das figuras chave na investigação dos crimes de corrupção, cometidos
contra a Petrobras.
Gabarito: C

11) (VUNESP/TJ SP/2015 – CONTADOR JUDICIÁRIO) O ex-diretor da


área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, foi preso
preventivamente por policiais federais na madrugada desta quarta-feira
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(14.01.2015) ao desembarcar de Londres, no aeroporto internacional


do Galeão, no Rio de Janeiro. Cerveró foi diretor da área entre 2003 e
2008.
(http://www1.folha.uol.com.br. Acessado em 18.02.15. Adaptado)
Segundo a Justiça, há fortes indícios de que Cerveró esteja envolvido
a) nos investimentos em poços de petróleo na Venezuela, em forte crise
política desde 2014.
b) na compra de equipamentos para exploração de petróleo do pré-sal
sem as devidas licitações.
c) na intermediação na venda de ações da empresa para a concorrente
estadunidense Chevron.
d) no leilão do pré-sal que garantiu a participação de multinacionais
como a Esso.
e) na compra da refinaria de Pasadena (EUA), que resultou em suposto
prejuízo para a empresa.

COMENTÁRIOS:
Nestor Cerveró foi Diretor da área internacional da Petrobras, no período
em que a petroleira comprou a refinaria de Pasadena (EUA). Cerveró também
responde por outros crimes cometidos e que estão sendo investigados pela
Operação Lava Jato, que está desvendando um mega esquema de corrupção na
Petrobras.
Em depoimento à Justiça, após fechar acordo de delação premiada,
Cerveró afirmou que funcionários da empresa Astra Oil e da estatal brasileira
receberam um total de US$ 15 milhões de propina pela compra da refinaria de
Pasadena. O negócio acabou gerando prejuízo de quase US$ 792 milhões para
a estatal, conforme o Tribunal de Contas da União (TCU).
Gabarito: E

12) (VUNESP/MPE SP/2016 – OFICIAL DE PROMOTORIA) A Polícia


Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta (11.12.2015), a operação
Vidas Secas – Sinhá Vitória. Foram cumpridos 24 mandados de busca e
4 de prisão em 8 estados e no DF. Investigação aponta nomes de
doleiros da Lava Jato.
(http://glo.bo/1NmgIji. Adaptado)
O objetivo da operação é

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a) localizar membros de uma quadrilha especializada em roubo de


cargas em rodovias federais.
b) desarticular uma organização que controla a venda de drogas e
celulares em prisões.
c) identificar um esquema de tráfico de armas e drogas químicas que
atua nos Correios.
d) investigar um grupo de madeireiros que atua ilegalmente na região
amazônica.
e) apurar desvios de recursos nas obras de transposição do Rio São
Francisco.

COMENTÁRIOS:
A Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória investiga desvios de recursos
em obras da transposição do Rio São Francisco. Orçado em R$ 8,2 bilhões,
o Projeto de Integração do São Francisco, de iniciativa federal, tem o
objetivo de garantir o abastecimento de água para 390 municípios dos estados
de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, beneficiando
aproximadamente 12 milhões de pessoas.
A obra começou em 2006, quando tinha orçamento de R$ 4,5 bilhões.
Devido aos atrasos, teve o custo praticamente dobrado. Por meio da construção
de 4 túneis, 14 aquedutos, 9 estações de bombeamento e recuperação de 23
açudes existentes na região do Nordeste Setentrional, a transposição visa
beneficiar, com as águas do Rio São Francisco, 11 bacias da região com oferta
hídrica per capita inferior à considerada ideal pela Organização das Nações
Unidas (ONU).
Gabarito: E

13) (VUNESP/POLÍCIA CIVIL SP/2014 – OFICIAL ADMINISTRATIVO)


Em outubro de 2013, por seis votos a um, os ministros do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) decidiram rejeitar o pedido de registro da Rede,
partido da ex-senadora Marina Silva. Com a decisão da Corte, a sigla não
estará apta para a disputa eleitoral de 2014.
(http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/10/03/maioria-do--tse-vota-contra-
criacao-do-partido-de-marina-silva.htm. Adaptado)

O argumento apresentado para a rejeição do pedido foi que a Rede


(A) não teria âmbito nacional, o que impediria a distribuição do tempo
de propaganda em rádio e TV.

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(B) iniciou a campanha presidencial antes do período permitido pela


legislação eleitoral.
(C) obteve mais da metade das assinaturas necessárias para o registro
em um único estado.
(D) não conseguiu reunir o número mínimo de assinaturas exigido para
a sua criação.
(E) deixou de oferecer informações sobre as formas de financiamento
do partido.

COMENTÁRIOS:
A Rede Sustentabilidade informou ter encaminhado mais de 600 mil
assinaturas aos cartórios eleitorais. Porém, somente 442 mil foram validadas,
50 mil a menos do que os 492 mil exigidos pela legislação. Diante dessa
situação, o TSE entendeu que a Rede Sustentabilidade não conseguiu obter o
respaldo popular mínimo exigido em lei e rejeitou o pedido de criação do partido.
O partido apresentou em 2015 as assinaturas faltantes. Em nova análise,
em setembro de 2015, o TSE aprovou a criação da Rede Sustentabilidade.
Gabarito: D

14) (VUNESP/FUNDUNESP/2014 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO)


Assinale a alternativa que aponta corretamente o fato que veio a
público, no primeiro trimestre de 2014, que expôs e agravou a crise da
Petrobras.
a) O aumento repentino do preço dos combustíveis, muito acima dos
índices da inflação.
b) O fracasso na extração de petróleo e gás em águas profundas,
especialmente na camada do pré-sal.
c) A aquisição de uma usina nos Estados Unidos, no Texas, pagando
valores acima do Mercado.
d) A interferência de senadores na nomeação dos membros do Conselho
Consultivo da Empresa.
e) A revelação de negócios em paraísos fiscais por intermédio de
banqueiros e doleiros ligados a empresas privadas nacionais.

COMENTÁRIOS:

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No primeiro trimestre de 2014, veio a público, denúncia de compra pela


Petrobrás de uma refinaria em Pasadena (EUA) por preço acima do valor de
mercado. O negócio levantou suspeitas de superfaturamento, pagamento de
propina e evasão de divisas.
Gabarito: C

15) (VUNESP/FUNDUNESP/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A


renúncia ao cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
comunicada por ele nesta quinta-feira (29.05.2014), tomou de surpresa
até mesmo os funcionários de seu gabinete. A aposentadoria antes dos
70 anos, limite de idade para integrar o colegiado do Supremo, era
esperada desde que o ministro passou por uma cirurgia na coluna em
2013, na Alemanha. Mas a expectativa era de que ele cumprisse o
mandato de presidente até novembro.
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,1173624,0.htm. Adaptado)
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que anunciou sua
aposentadoria precoce em 2014, é o Ministro
a) Gilmar Mendes.
b) Ricardo Lewandowski.
c) Celso de Mello.
d) Felix Fischer.
e) Joaquim Barbosa.

COMENTÁRIOS:
Joaquim Barbosa foi o ministro do STF, que se aposentou antes de
completar os 70 anos. Na ocasião do fato, ele era o presidente da Corte
Suprema. O ministro ficou nacionalmente conhecido por ter sido o relato da Ação
Penal nº 470 – Mensalão.
Gabarito: E

16) (VUNESP/POLÍCIA CIVIL SP/2014 – OFICIAL ADMNISTRATIVO)


Durante todo o segundo semestre de 2013, a Ação Penal n.º 470
permaneceu em evidência na mídia brasileira. Essa Ação Penal é
conhecida como
a) Embargos Infringentes.
b) MP da Maioridade Penal.
c) Mensalão.

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d) MP dos Portos.
e) Impostômetro.

COMENTÁRIOS:
A Ação Penal nº 470 tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF) e ficou
conhecida como Mensalão. O julgamento da Ação Penal foi transmitido pela TV
em sua totalidade e recebeu amplo acompanhamento da imprensa. A intensa
exposição do tema criou celebridades, como os ministros do STF e, em
particular, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo.
Gabarito: C

17) (CESPE/CAIXA/2014 – MÉDICO DO TRABALHO) No Rio de Janeiro,


quatro dias após ser atingido na cabeça por um rojão quando trabalhava
na cobertura de manifestação contra o aumento de passagens de
ônibus, o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade teve a
morte confirmada. Enquanto isso, na contramão de outras regiões,
países africanos reforçam perseguição a homossexuais com novas leis.
Aliás, a ausência de governantes de países importantes na abertura dos
Jogos de Inverno de Sochi foi entendida como uma espécie de boicote a
Vladimir Putin pelo modo como seu governo vem lidando com os direitos
humanos. No campo das comunicações, o poder da rede mundial de
computadores como instrumento de consciência política e de
arregimentação para protestos tem levado dezenas de governos a
censurá-la. A propósito, a ONU e a Organização dos Estados Americanos
(OEA) condenam a violência do governo venezuelano contra os
opositores que tomam as ruas.
Considerando esses e outros aspectos típicos dos tempos atuais, julgue
o item.
Um aspecto que chama a atenção nas manifestações populares
ocorridas no Brasil, a partir de meados de 2013, é o caráter belicoso que
as envolve. A rigor, elas cumprem um roteiro invariável: desde o início,
grupos mascarados se postam à frente dos manifestantes, gritando
palavras de ordem que identificam as correntes políticas às quais
pertencem, preparados para o confronto com as forças policiais.

COMENTÁRIOS:
Os Black Blocs foram a novidade em muitas das manifestações populares
ocorridas no Brasil, a partir de meados de 2013. São grupos de mascarados, de
orientação anarquista, que durante a manifestação promovem a violência, com
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a depredação do patrimônio público e do setor privado. Não ficam gritando


palavras de ordem ou qualquer slogan de protesto político. Eram muito
frequentes nas manifestações de junho de 2013 e as que se seguiram nos meses
seguintes. A forte repressão policial, com vários de seus integrantes presos e
indiciados por crimes contra a ordem pública e o patrimônio, fez com que os
mascarados desaparecessem das manifestações populares realizadas nos
últimos meses no Brasil. Outro motivo para o seu desaparecimento também
pode ser o fato de não concordarem com as pautas políticas das manifestações
mais recentes.
Gabarito: Errado

18) (CONSULPLAN/PREFEITURA DE CASCAVEL/2014 – CARGOS DE


NÍVEL MÉDIO) “A origem dos partidos políticos está ligada à defesa de
determinados grupos sociais e à disputa pelo controle do aparelho
estatal. Num estado democrático, geralmente os partidos travam uma
disputa pelos processos eleitorais.”
(Dimenstein, 2008. p. 163.)
Sobre os partidos políticos do Brasil ao longo da história, analise.
I. Qualquer cidadão brasileiro, independente de credo, idade, gênero ou
condição jurídica, pode criar um partido político.
II. Durante a ditadura militar, todos os partidos foram extintos, pois era
desnecessário votar.
III. A existência de partidos políticos é um sintoma do estado
democrático.
IV. Os partidos políticos são instituições que se sobrepõem às classes
sociais, tendo em vista apenas o bem comum.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
a) III.
b) IV.
c) I e II.
d) II e IV.
e) I, II e IV.

COMENTÁRIOS:
I – Incorreta. Não é qualquer cidadão. Para poder criar um partido político, o
cidadão tem que estar no pleno gozo dos seus direitos políticos, nos termos da
lei.
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II – Incorreta. Na ditadura militar existiam dois partidos políticos, criados pelo


próprio regime autoritário, o MDB e a Arena.
III – Correta. Partidos políticos existem em qualquer regime, inclusive nos
regimes autoritários. Contudo, a existência de partidos políticos em maior
número por país é uma realidade dos regimes democráticos.
IV – Incorreta. Os partidos políticos são instituições que NÃO se sobrepõem às
classes sociais.
Gabarito: A (III)

19) (CONSULPLAN/PREFEITURA DE CASCAVEL/2014 – TÉCNICO EM


EDIFICAÇÕES) Nas manifestações que sacudiram o país em meados de
2013 surgiram muitos questionamentos nas ruas referentes a algumas
Propostas de Emenda à Constituição (PEC’s) que estavam para ser
votadas no Congresso, como as de números 33 e 37. Para se consolidar
como uma mudança ou emenda na Constituição brasileira, esta proposta
deverá
a) estar imbuída de constitucionalidade, ou seja, adequada aos
princípios expressos na Constituição em vigor.
b) passar pela Comissão de Constituição e Justiça integrada por
membros da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF).
c) receber inicialmente a aprovação da Advocacia Geral da União e da
Presidência da República para, em seguida, entrar em votação na
Câmara.
d) ser aprovada por ampla maioria em dois turnos de votação em cada
uma das Casas Legislativas, que são a Câmara dos Deputados e o
Senado Federal.
e) ser levada a amplo debate popular, envolvendo a sociedade civil, com
a formação de grupos de discussões e ampla divulgação de seu teor,
promovendo debates públicos sobre o tema.

COMENTÁRIOS:
Para tornar-se uma Emenda Constitucional (EC), uma Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) tem que ser aprovada por 3/5 dos parlamentares, em dois
turnos de votação em cada uma das Casas Legislativas – Câmara dos Deputados
e Senado Federal.
Gabarito: D

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20) (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2013 – Escrivão) A Polícia Federal


deflagrou a primeira etapa da operação Violência Invisível para
desarticular um esquema de corrupção espalhado em mais de cem
cidades em onze estados. A fase inicial da investigação teve como foco
prefeituras de Minas Gerais e empresários do Espírito Santo, estes
apontados como mentores do esquema. Nove pessoas foram presas:
três ex-prefeitos mineiros, três empresários capixabas e três servidores
públicos do governo de Minas Gerais.
O Globo, 3/7/2013, p. 8.
Entre os crimes cometidos por gestores nos diversos níveis da
administração pública nacional, como os que foram alvo da investigação
mencionada no texto, são comuns as fraudes em licitações, a
manipulação de precatórios e o superfaturamento nos custos de obras.

COMENTÁRIOS:
Infelizmente, a imprensa brasileira segue noticiando crimes cometidos por
gestores nos diversos níveis da administração pública. Fraudes em licitação,
manipulação de precatórios, superfaturamento nos custos das obras são alguns
tipos de crimes cometidos por administradores públicos corruptos. O lado
positivo dessas notícias é que a fiscalização e o combate à corrupção cresceram
nos últimos anos, o que tem resultado numa série de desmantelamento de
quadrilhas e em inúmeras prisões de envolvidos em crimes contra a
administração pública.
Gabarito: Certo

21) (VUNESP/SAP SP/2013 – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA


PENITENCIÁRIA) No final do ano de 2012, o ministro Joaquim Barbosa
teve seu rosto estampado em inúmeros veículos de comunicação
impressos e seu nome passou a ser conhecido por boa parte da
população brasileira. Isso se deveu
a) à sua participação, como membro do Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do “mensalão”, supostos atos de corrupção envolvendo a
classe política.
b) ao fato de sua nomeação como presidente do Supremo Tribunal
Federal ter ocorrido devido à pressão exercida por políticos ligados ao
tráfico de armas na América do Sul.
c) à possibilidade de ser escolhido como Secretário Geral da ONU –
Organização das Nações Unidas, em substituição a Ban Ki-moon.

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d) à oposição sistematizada que exerceu contra a implantação do novo


Código Florestal brasileiro em nome dos interesses do Ministério do
Meio Ambiente.
e) à acusação de ter nomeado inúmeros parentes e amigos para servir
em seu gabinete de Ministro da Casa Civil e atuar em diversos estados
do Brasil.

COMENTÁRIOS:
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa tornou-se
uma pessoa popular no Brasil ao ser o relator da Ação Penal nº 470, conhecida
como “Mensalão”, que condenou empresários e altos políticos por crimes de
corrupção.
Gabarito: A

22) (VUNESP/ SEFAZ SP/2013 – ANALISTA EM PLANEJAMENTO,


ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS) Sendo uma empresa pública, a
gestão da Petrobras está sob o comando do governo federal […]. O
combate à inflação levou o Executivo a segurar o preço dos
combustíveis, apesar do aumento de sua cotação internacional,
limitando os ganhos financeiros com a produção. O quadro de
desequilíbrio agravou-se em 2012. O crescimento do consumo nacional
obrigou a Petrobras a importar grande volume de combustível,
vendendo no mercado interno mais barato do que o valor despendido lá
fora, com as cotações em alta.
(A produção patina, mesmo com o pré-sal, In. Almanaque Abril 2013, p.
104-105. Adaptado)
O excerto refere-se à situação financeira da Petrobras, que tem sido
objeto de análises e discussões. Interpretando-se o excerto, pode-se
afirmar que os atuais problemas financeiros da estatal derivam de sua
a) dependência do mercado de capital e da diminuição do valor de suas
ações.
b) atividade de extração de petróleo e do encarecimento do maquinário
importado.
c) permanência no setor de combustíveis fósseis e da expansão de
novas fontes de energia.
d) oposição às diretrizes governamentais e da falta de recursos
orçamentários estatais.

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e) utilização como recurso de política econômica e da situação


econômica do país.

COMENTÁRIOS:
A Petrobras é uma empresa pública, mas é uma empresa, está no jogo do
livre mercado. É uma empresa de capital aberto, com uma multiplicidade de
acionistas privados. O governo é o maior acionista, o sócio majoritário, com
poder absoluto de decisão. No governo de Dilma Rousseff as intervenções no
livre funcionamento da companhia são constantes e desastrosas levando a
Petrobrás a uma difícil situação econômico-financeira.
Como a economia brasileira vai mal, a Petrobrás é vista como a “salvação
da lavoura” e utilizada como alternativa para baixar a inflação, para puxar o
crescimento do PIB, para a geração de empregos e o desenvolvimento da
indústria nacional. Claro, uma empresa como a Petrobras, tem um
importantíssimo papel no desenvolvimento da economia nacional, mas dentro
de um limite que não cause danos a própria companhia. O intervencionismo não
pode ser excessivo. Além desses problemas, a petroleira enfrenta em 2014/2015
graves denúncias de corrupção que estão sendo investigadas pela Operação
Lava Jato da Polícia Federal.
Gabarito: E

23) (VUNESP/CMSC/2013 – RECEPCIONISTA) Leia a notícia.


Renan Calheiros (PMDB-AL) assumiu interinamente a presidência da
República nesta sexta-feira (24). Ele chegou para despachos no Palácio
do Planalto por volta das 16h. Teve uma breve reunião com a ministra
Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Helena Chagas, da Comunicação Social,
e mais tarde deve receber o governador de Alagoas, Teotônio Vilela.
(http://g1.globo.com)
Tal fato aconteceu porque tanto a presidenta, o vice-presidente e o
presidente da Câmara dos Deputados estavam no exterior e o terceiro,
na lista sucessória, ser o presidente
a) da Câmara dos Deputados.
b) do Supremo Tribunal de Justiça.
c) do Supremo Tribunal Eleitoral.
d) da Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados.
e) do Senado Federal.

COMENTÁRIOS:
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Dispõe o art. 80 da Constituição Federal que em caso de impedimento do


Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara
dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
Ou seja, a linha sucessória do Presidente da República é:
- Vice-Presidente da República;
2º - Presidente da Câmara dos Deputados;
3º - Presidente do Senado;
4º - Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Gabarito: E

24) (MPE-SP/VUNESP/2016 – ANALISTA TÉCNICO CIENTÍFICO) A


Procuradoria-Geral da República ofereceu nesta sexta- -feira (6 de
maio) denúncia ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra o
governador pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade
de documento particular. A acusação tem como base desdobramentos
da Operação Acrônimo, que investiga um suposto esquema de
financiamento ilegal de campanhas políticas.
(Folha de S.Paulo, 06.05.2016. Disponível em: Adaptado)
O governador denunciado foi
a) Geraldo Alckmin, de São Paulo.
b) Fernando Pimentel, de Minas Gerais.
c) Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro.
d) Beto Richa, do Paraná.
e) Flávio Dino, do Maranhão.

COMENTÁRIOS:
O governador denunciado foi Fernando Pimentel, de Minas Gerais.
Gabarito: B

25) (MPE-SP/VUNESP/2016 – ANALISTA TÉCNICO CIENTÍFICO) A


Assembleia Legislativa de São Paulo está ocupada há mais de 36 horas
por estudantes que querem a abertura de uma CPI (Comissão
parlamentar de Inquérito) que investigue a máfia da merenda. Os

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manifestantes, em sua maioria alunos secundaristas, ocupam o plenário


da Assembleia desde as 17h da última terça-feira (3 de maio).
(G1, 05.05.2016. Disponível em: <http://goo.gl/CUUHUo>. Adaptado)
A chamada “máfia da merenda” está relacionada à Operação Alba
Branca, que investiga
a) o pagamento de propina por parte de grandes indústrias alimentícias
de forma a se beneficiarem diretamente das compras de merenda
realizadas pelo governo estadual e por algumas prefeituras municipais
de São Paulo.
b) o superfaturamento, a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas em
direção a paraísos fiscais por parte de autoridades públicas
responsáveis pela questão da merenda e da alimentação escolar.
c) a influência e a participação de grandes proprietários de terras,
envolvidos na produção agrícola de alimentos, e que teriam subornado
autoridades públicas responsáveis pela compra e fornecimento de
merenda para as escolas.
d) a terceirização do serviço de fornecimento de merendas escolares,
até então sob responsabilidade direta do Estado, e que agora, sob a
alçada de empresas privadas, tem sido foco de suspeitas de corrupção.
e) a formação de cartel entre três cooperativas de agricultura familiar
para definir vencedores em licitações de merenda escolar em municípios
paulistas em um esquema de corrupção e superfaturamento no
fornecimento de alimentos.

COMENTÁRIOS:
A Operação Alba Branca investiga a formação de cartel entre cooperativas
de agricultura familiar para definir vencedores em licitações de merenda escolar
em municípios paulistas em um esquema de corrupção e superfaturamento no
fornecimento de alimentos.
Gabarito: E

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LISTA DE QUESTÕES:

01) (FGV/PREFEITURA DE PAULÍNIA/2016 – ENGENHEIRO) As


afirmativas a seguir enumeram alguns argumentos para explicar por
que “a economia brasileira travou”. A respeito desses argumentos,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A operação Lava Jato colocou em xeque o modo como operava o
capitalismo brasileiro ao revelar as relações pouco transparentes entre
o Estado e certos segmentos empresariais.
( ) A criminalização inédita de executivos de grandes empresas abalou
a cadeia produtiva da engenharia nacional, com a paralisia ou
suspensão de grandes empreendimentos.
( ) A instabilidade política e os desequilíbrios das contas públicas
desestimularam os investimentos produtivos, provocando uma queda
do Produto Interno Bruto (PIB) de, aproximadamente, 4%.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, F e F.
b) V, F e V.
c) F, V e V.
d) V, V e F.
e) V, V e V.

02) (FGV/PREFEITURA DE PAULÍNIA/2016 – ENGENHEIRO)

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Assinale a opção que identifica corretamente um aspecto do mandato


dos presidentes da República Brasileira, de José Sarney a Dilma
Rousseff.
a) Todos chegaram ao poder diretamente pelo voto popular.
b) Apenas dois foram condenados em processos de impeachment.
c) Todos cumpriram integralmente seus mandatos
d) Apenas três se candidataram à reeleição com sucesso.
e) Todos foram eleitos após disputa em segundo turno.

03) (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/2016 – PROFESSOR) No


início de dezembro de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha, aceitou um pedido feito pelos juristas Hélio Bicudo,
Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal.
Assinale a alternativa que identifica a natureza de tal pedido.
a) O impeachment (impedimento) da Presidente Dilma Rousseff e seu
Vice, Michel Temer.
b) O impeachment (impedimento) da Presidente Dilma Rousseff.
c) O impeachment (impedimento) do Vice-Presidente Michel Temer
d) A cassação do mandato do Deputado Eduardo Cunha.
e) A cassação do mandato do Senador Renan Calheiros.

04) (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) O ministro-


chefe da CGU (Controladoria Geral da União) afirmou que a
Controladoria vai processar os responsáveis pela compra da refinaria de
Pasadena, pela Petrobras. O ministro revelou que o relatório concluído
na semana passada (dezembro de 2014) confirmou que houve prejuízo
para a estatal e para o País na transação.
(http://noticias.r7.com/brasil/cgu-vai-abrir-processos-contra-responsaveis--pela-compra-de-pasadena-diz-ministro-
chefe-15122014)

A refinaria de Pasadena está localizada


a) no México.
b) no Paraguai.
c) na Argentina.
d) no Canadá.
e) nos Estados Unidos.

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05) (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) No recente


escândalo que envolve grandes desvios de recursos públicos, alguns dos
presos assinaram acordos de delação premiada com o Ministério
Público. A delação premiada
a) representa uma possibilidade de os réus primários cumprirem pelo
menos metade da pena em liberdade condicional.
b) garante ao poder judiciário manter o sigilo sobre os envolvidos que
estejam exercendo cargos públicos eletivos.
c) tem como objetivo explicar detalhes do esquema e receber, em
contrapartida, redução das penas.
d) possibilita aos presos manterem-se incógnitos e, sem os nomes
divulgados, livres do assédio da imprensa.
e) permite aos presos a ocupação de celas especiais e assistência
jurídica e médica garantida pelo Estado.

06) (VUNESP/CÂMARA DE ARARAS/2015 – AGENTE LEGISLATIVO)


Dilma terá que encarar Congresso para fazer reforma política
A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) já deixou clara qual será sua
prioridade no segundo mandato: reforma política. O tema voltou com
força ao debate político do País durante a campanha presidencial. Além
de Dilma, os candidatos derrotados Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva
(PSB) também apresentaram propostas sobre isso.
(Exame, 28.10.14. Disponível em: http://goo.gl/KvA2Wf. Adaptado)
Uma das principais pautas em discussão na proposta de reforma do
governo é
(A) o número de deputados e senadores no Congresso.
(B) a adoção do Parlamentarismo em substituição ao Presidencialismo.
(C) o financiamento público ou privado de campanha.
(D) a extinção do Senado e o aumento de cadeiras na Câmara.
(E) a ampliação dos requisitos para criação de novas siglas.

07) (VUNESP/CÂMARA DE ARARAS/2015 – AGENTE LEGISLATIVO)


Polícia Federal diz que prendeu 18 pessoas em nova etapa da Operação
Lava Jato
Segundo a Polícia Federal, 49 mandados de busca e apreensão foram
cumpridos.

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(G1, 14.11.14. Disponível em: http://goo.gl/HqmOF4. Adaptado)


Entre os presos, estão alguns
(A) políticos e seus assessores, acusados de receberem recursos ilícitos
para campanha eleitoral contabilizados como “caixa 2”.
(B) fiscais da Receita Federal, acusados de aceitarem propina com o
propósito de mascarar transações financeiras ilícitas.
(C) empresários do setor de importação, acusados de fraude,
corrupção, sonegação fiscal e contrabando de mercadorias.
(D) banqueiros e donos de bancos de investimento, acusados de
lavagem de dinheiro e remessa ilegal de divisas para o exterior.
(E) presidentes e diretores de empreiteiras, acusados de organização
criminosa, formação de cartel, corrupção e lavagem de dinheiro.

08) (VUNESP/PREFEITURA DE MARATAÍZES/2015 – AGENTE DE


ARRECADAÇÃO) Leia a notícia publicada em 13 de agosto de 2014.
O candidato à Presidência pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB)
morreu por volta das 10 horas da manhã desta quarta-feira quando a
aeronave em que viajava caiu. Fontes do partido confirmaram que
outras seis pessoas que estavam no avião também morreram.
(cartacapital.com.br. Adaptado)
O referido acidente, que mudou o cenário da disputa política ao cargo
do executivo federal, ocorreu no estado de
(A) Alagoas, tendo falecido o candidato Carlos Augusto Percol.
(B) Santa Catarina, morrendo o candidato Marcelo Lira.
(C) Pernambuco, levando a óbito o candidato Alexandre Severo.
(D) São Paulo, vitimando o candidato Eduardo Campos.
(E) Goiás, matando o candidato Marcos Martins.

09) (VUNESP/PREFEITURA DE MARATAÍZES/2015 – AGENTE DE


ARRECADAÇÃO) Considere a manchete de 28 de outubro de 2014.
Marina Silva sinaliza saída do PSB para buscar a criação de seu novo
partido
(portalcorreio.uol.com.br. Adaptado)

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A ex-senadora em questão lidera agora o projeto para a fundação de um


novo partido, que teve seu registro negado pelo Superior Tribunal
Eleitoral para concorrer às eleições de 2014, sendo este o
(A) Partido Ecológico Nacional.
(B) Solidariedade.
(C) Partido Socialismo e Liberdade.
(D) Rede Sustentabilidade.
(E) Novo Tempo.

10) (VUNESP/TJ SP/2015 – ESTATÍSTICO) O empresário Ricardo


Ribeiro Pessoa, da UTC Engenharia, é figura central de uma investigação
da Polícia Federal, iniciada em novembro de 2014, sobre um aspecto da
Operação Lava Jato. O empresário da UTC, um advogado do grupo e um
“amigo” de nome “Rui” – mencionado em conversa telefônica e não
identificado pelos policiais – estão entre os alvos desta apuração.
(UOL, 22 fev.15. Disponível em: <http://goo.gl/ObXCNH> Adaptado)
Trata-se de uma apuração de
a) tentativa de suborno de agentes policiais para evitar a detenção do
empresário.
b) intenção de saída clandestina do país em direção ao exterior para
escapar da prisão.
c) vazamento de informação sigilosa de dentro da operação
desencadeada pela polícia.
d) evasão de divisas para bancos em paraísos fiscais dias antes da
deflagração da operação.
e) crime de falso testemunho sob a fachada do instrumento da delação
premiada.

11) (VUNESP/TJ SP/2015 – CONTADOR JUDICIÁRIO) O ex-diretor da


área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, foi preso
preventivamente por policiais federais na madrugada desta quarta-feira
(14.01.2015) ao desembarcar de Londres, no aeroporto internacional
do Galeão, no Rio de Janeiro. Cerveró foi diretor da área entre 2003 e
2008.
(http://www1.folha.uol.com.br. Acessado em 18.02.15. Adaptado)
Segundo a Justiça, há fortes indícios de que Cerveró esteja envolvido

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a) nos investimentos em poços de petróleo na Venezuela, em forte crise


política desde 2014.
b) na compra de equipamentos para exploração de petróleo do pré-sal
sem as devidas licitações.
c) na intermediação na venda de ações da empresa para a concorrente
estadunidense Chevron.
d) no leilão do pré-sal que garantiu a participação de multinacionais
como a Esso.
e) na compra da refinaria de Pasadena (EUA), que resultou em suposto
prejuízo para a empresa.

12) (VUNESP/MPE SP/2016 – OFICIAL DE PROMOTORIA) A Polícia


Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta (11.12.2015), a operação
Vidas Secas – Sinhá Vitória. Foram cumpridos 24 mandados de busca e
4 de prisão em 8 estados e no DF. Investigação aponta nomes de
doleiros da Lava Jato.
(http://glo.bo/1NmgIji. Adaptado)
O objetivo da operação é
a) localizar membros de uma quadrilha especializada em roubo de
cargas em rodovias federais.
b) desarticular uma organização que controla a venda de drogas e
celulares em prisões.
c) identificar um esquema de tráfico de armas e drogas químicas que
atua nos Correios.
d) investigar um grupo de madeireiros que atua ilegalmente na região
amazônica.
e) apurar desvios de recursos nas obras de transposição do Rio São
Francisco.

13) (VUNESP/POLÍCIA CIVIL SP/2014 – OFICIAL ADMINISTRATIVO)


Em outubro de 2013, por seis votos a um, os ministros do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) decidiram rejeitar o pedido de registro da Rede,
partido da ex-senadora Marina Silva. Com a decisão da Corte, a sigla não
estará apta para a disputa eleitoral de 2014.
(http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/10/03/maioria-do--tse-vota-contra-
criacao-do-partido-de-marina-silva.htm. Adaptado)

O argumento apresentado para a rejeição do pedido foi que a Rede


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(A) não teria âmbito nacional, o que impediria a distribuição do tempo


de propaganda em rádio e TV.
(B) iniciou a campanha presidencial antes do período permitido pela
legislação eleitoral.
(C) obteve mais da metade das assinaturas necessárias para o registro
em um único estado.
(D) não conseguiu reunir o número mínimo de assinaturas exigido para
a sua criação.
(E) deixou de oferecer informações sobre as formas de financiamento
do partido.

14) (VUNESP/FUNDUNESP/2014 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO)


Assinale a alternativa que aponta corretamente o fato que veio a
público, no primeiro trimestre de 2014, que expôs e agravou a crise da
Petrobras.
a) O aumento repentino do preço dos combustíveis, muito acima dos
índices da inflação.
b) O fracasso na extração de petróleo e gás em águas profundas,
especialmente na camada do pré-sal.
c) A aquisição de uma usina nos Estados Unidos, no Texas, pagando
valores acima do Mercado.
d) A interferência de senadores na nomeação dos membros do Conselho
Consultivo da Empresa.
e) A revelação de negócios em paraísos fiscais por intermédio de
banqueiros e doleiros ligados a empresas privadas nacionais.

15) (VUNESP/FUNDUNESP/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A


renúncia ao cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
comunicada por ele nesta quinta-feira (29.05.2014), tomou de surpresa
até mesmo os funcionários de seu gabinete. A aposentadoria antes dos
70 anos, limite de idade para integrar o colegiado do Supremo, era
esperada desde que o ministro passou por uma cirurgia na coluna em
2013, na Alemanha. Mas a expectativa era de que ele cumprisse o
mandato de presidente até novembro.
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,1173624,0.htm. Adaptado)
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que anunciou sua
aposentadoria precoce em 2014, é o Ministro

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a) Gilmar Mendes.
b) Ricardo Lewandowski.
c) Celso de Mello.
d) Felix Fischer.
e) Joaquim Barbosa.

16) (VUNESP/POLÍCIA CIVIL SP/2014 – OFICIAL ADMNISTRATIVO)


Durante todo o segundo semestre de 2013, a Ação Penal n.º 470
permaneceu em evidência na mídia brasileira. Essa Ação Penal é
conhecida como
a) Embargos Infringentes.
b) MP da Maioridade Penal.
c) Mensalão.
d) MP dos Portos.
e) Impostômetro.

17) (CESPE/CAIXA/2014 – MÉDICO DO TRABALHO) No Rio de Janeiro,


quatro dias após ser atingido na cabeça por um rojão quando trabalhava
na cobertura de manifestação contra o aumento de passagens de
ônibus, o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade teve a
morte confirmada. Enquanto isso, na contramão de outras regiões,
países africanos reforçam perseguição a homossexuais com novas leis.
Aliás, a ausência de governantes de países importantes na abertura dos
Jogos de Inverno de Sochi foi entendida como uma espécie de boicote a
Vladimir Putin pelo modo como seu governo vem lidando com os direitos
humanos. No campo das comunicações, o poder da rede mundial de
computadores como instrumento de consciência política e de
arregimentação para protestos tem levado dezenas de governos a
censurá-la. A propósito, a ONU e a Organização dos Estados Americanos
(OEA) condenam a violência do governo venezuelano contra os
opositores que tomam as ruas.
Considerando esses e outros aspectos típicos dos tempos atuais, julgue
o item.
Um aspecto que chama a atenção nas manifestações populares
ocorridas no Brasil, a partir de meados de 2013, é o caráter belicoso que
as envolve. A rigor, elas cumprem um roteiro invariável: desde o início,
grupos mascarados se postam à frente dos manifestantes, gritando
palavras de ordem que identificam as correntes políticas às quais
pertencem, preparados para o confronto com as forças policiais.

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18) (CONSULPLAN/PREFEITURA DE CASCAVEL/2014 – CARGOS DE


NÍVEL MÉDIO) “A origem dos partidos políticos está ligada à defesa de
determinados grupos sociais e à disputa pelo controle do aparelho
estatal. Num estado democrático, geralmente os partidos travam uma
disputa pelos processos eleitorais.”
(Dimenstein, 2008. p. 163.)
Sobre os partidos políticos do Brasil ao longo da história, analise.
I. Qualquer cidadão brasileiro, independente de credo, idade, gênero ou
condição jurídica, pode criar um partido político.
II. Durante a ditadura militar, todos os partidos foram extintos, pois era
desnecessário votar.
III. A existência de partidos políticos é um sintoma do estado
democrático.
IV. Os partidos políticos são instituições que se sobrepõem às classes
sociais, tendo em vista apenas o bem comum.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
a) III.
b) IV.
c) I e II.
d) II e IV.
e) I, II e IV.

19) (CONSULPLAN/PREFEITURA DE CASCAVEL/2014 – TÉCNICO EM


EDIFICAÇÕES) Nas manifestações que sacudiram o país em meados de
2013 surgiram muitos questionamentos nas ruas referentes a algumas
Propostas de Emenda à Constituição (PEC’s) que estavam para ser
votadas no Congresso, como as de números 33 e 37. Para se consolidar
como uma mudança ou emenda na Constituição brasileira, esta proposta
deverá
a) estar imbuída de constitucionalidade, ou seja, adequada aos
princípios expressos na Constituição em vigor.
b) passar pela Comissão de Constituição e Justiça integrada por
membros da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF).
c) receber inicialmente a aprovação da Advocacia Geral da União e da
Presidência da República para, em seguida, entrar em votação na
Câmara.

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d) ser aprovada por ampla maioria em dois turnos de votação em cada


uma das Casas Legislativas, que são a Câmara dos Deputados e o
Senado Federal.
e) ser levada a amplo debate popular, envolvendo a sociedade civil, com
a formação de grupos de discussões e ampla divulgação de seu teor,
promovendo debates públicos sobre o tema.

20) (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2013 – Escrivão) A Polícia Federal


deflagrou a primeira etapa da operação Violência Invisível para
desarticular um esquema de corrupção espalhado em mais de cem
cidades em onze estados. A fase inicial da investigação teve como foco
prefeituras de Minas Gerais e empresários do Espírito Santo, estes
apontados como mentores do esquema. Nove pessoas foram presas:
três ex-prefeitos mineiros, três empresários capixabas e três servidores
públicos do governo de Minas Gerais.
O Globo, 3/7/2013, p. 8.
Entre os crimes cometidos por gestores nos diversos níveis da
administração pública nacional, como os que foram alvo da investigação
mencionada no texto, são comuns as fraudes em licitações, a
manipulação de precatórios e o superfaturamento nos custos de obras.

21) (VUNESP/SAP SP/2013 – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA


PENITENCIÁRIA) No final do ano de 2012, o ministro Joaquim Barbosa
teve seu rosto estampado em inúmeros veículos de comunicação
impressos e seu nome passou a ser conhecido por boa parte da
população brasileira. Isso se deveu
a) à sua participação, como membro do Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do “mensalão”, supostos atos de corrupção envolvendo a
classe política.
b) ao fato de sua nomeação como presidente do Supremo Tribunal
Federal ter ocorrido devido à pressão exercida por políticos ligados ao
tráfico de armas na América do Sul.
c) à possibilidade de ser escolhido como Secretário Geral da ONU –
Organização das Nações Unidas, em substituição a Ban Ki-moon.
d) à oposição sistematizada que exerceu contra a implantação do novo
Código Florestal brasileiro em nome dos interesses do Ministério do
Meio Ambiente.

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e) à acusação de ter nomeado inúmeros parentes e amigos para servir


em seu gabinete de Ministro da Casa Civil e atuar em diversos estados
do Brasil.

22) (VUNESP/ SEFAZ SP/2013 – ANALISTA EM PLANEJAMENTO,


ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS) Sendo uma empresa pública, a
gestão da Petrobras está sob o comando do governo federal […]. O
combate à inflação levou o Executivo a segurar o preço dos
combustíveis, apesar do aumento de sua cotação internacional,
limitando os ganhos financeiros com a produção. O quadro de
desequilíbrio agravou-se em 2012. O crescimento do consumo nacional
obrigou a Petrobras a importar grande volume de combustível,
vendendo no mercado interno mais barato do que o valor despendido lá
fora, com as cotações em alta.
(A produção patina, mesmo com o pré-sal, In. Almanaque Abril 2013, p.
104-105. Adaptado)
O excerto refere-se à situação financeira da Petrobras, que tem sido
objeto de análises e discussões. Interpretando-se o excerto, pode-se
afirmar que os atuais problemas financeiros da estatal derivam de sua
a) dependência do mercado de capital e da diminuição do valor de suas
ações.
b) atividade de extração de petróleo e do encarecimento do maquinário
importado.
c) permanência no setor de combustíveis fósseis e da expansão de
novas fontes de energia.
d) oposição às diretrizes governamentais e da falta de recursos
orçamentários estatais.
e) utilização como recurso de política econômica e da situação
econômica do país.

23) (VUNESP/CMSC/2013 – RECEPCIONISTA) Leia a notícia.


Renan Calheiros (PMDB-AL) assumiu interinamente a presidência da
República nesta sexta-feira (24). Ele chegou para despachos no Palácio
do Planalto por volta das 16h. Teve uma breve reunião com a ministra
Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Helena Chagas, da Comunicação Social,
e mais tarde deve receber o governador de Alagoas, Teotônio Vilela.
(http://g1.globo.com)

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Tal fato aconteceu porque tanto a presidenta, o vice-presidente e o


presidente da Câmara dos Deputados estavam no exterior e o terceiro,
na lista sucessória, ser o presidente
a) da Câmara dos Deputados.
b) do Supremo Tribunal de Justiça.
c) do Supremo Tribunal Eleitoral.
d) da Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados.
e) do Senado Federal.

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governador pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade
de documento particular. A acusação tem como base desdobramentos
da Operação Acrônimo, que investiga um suposto esquema de
financiamento ilegal de campanhas políticas.
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a) Geraldo Alckmin, de São Paulo.
b) Fernando Pimentel, de Minas Gerais.
c) Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro.
d) Beto Richa, do Paraná.
e) Flávio Dino, do Maranhão.

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por estudantes que querem a abertura de uma CPI (Comissão
parlamentar de Inquérito) que investigue a máfia da merenda. Os
manifestantes, em sua maioria alunos secundaristas, ocupam o plenário
da Assembleia desde as 17h da última terça-feira (3 de maio).
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A chamada “máfia da merenda” está relacionada à Operação Alba
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a) o pagamento de propina por parte de grandes indústrias alimentícias
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realizadas pelo governo estadual e por algumas prefeituras municipais
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b) o superfaturamento, a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas em


direção a paraísos fiscais por parte de autoridades públicas
responsáveis pela questão da merenda e da alimentação escolar.
c) a influência e a participação de grandes proprietários de terras,
envolvidos na produção agrícola de alimentos, e que teriam subornado
autoridades públicas responsáveis pela compra e fornecimento de
merenda para as escolas.
d) a terceirização do serviço de fornecimento de merendas escolares,
até então sob responsabilidade direta do Estado, e que agora, sob a
alçada de empresas privadas, tem sido foco de suspeitas de corrupção.
e) a formação de cartel entre três cooperativas de agricultura familiar
para definir vencedores em licitações de merenda escolar em municípios
paulistas em um esquema de corrupção e superfaturamento no
fornecimento de alimentos.

01 – A 02 – D 03 - B 04 – E 05 – C

06 - C 07 - E 08 - D 09 - D 10 – C

11 - E 12 - E 13 - D 14 - C 15 – E

16 - C 17 - E 18 - A 19 – D 20 – C

21 – A 22 – E 23 - E 24 – B 25 - E

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