Redação
Professora Zenilce Capoulade
Aula 13
Pontuação – Vírgula 02
A vírgula entre orações
a) Orações coordenadas assindéticas.
Ex.: Esclareceu o caso, confessou o envolvimento, assumiu a
culpa por mim.
b) Orações coordenadas sindéticas, exceto as iniciadas pelas
aditivas e, nem e ou.
Ex.: O assunto foi explicado exaustivamente, mas ainda há
muitas dúvidas.
Ex.: Os manifestantes não permitiram que os seguranças
agissem nas proximidades, nem que os líderes negociassem
uma saída para o conflito.
c) A conjunção e pode vir antecedida por vírgula quando:
I. As orações têm sujeitos diferentes.
Ex.: Ele prometeu fazer alguma coisa, e creio que o fará.
II. Há polissíndeto (repetição da conjunção), sugerindo ênfase.
Ex.: E tenta acertar, e recomeça, e repete tudo.
III. Tem sentido adversativo.
Ex.: Ele venceu, e não tomou posse.
d) Orações subordinadas adverbiais causais, concessivas,
condicionais, conformativas, finais, proporcionais e temporais
(desenvolvidas ou reduzidas), quando intercaladas ou
antepostas à principal. Quando essas orações vêm depois da
oração principal, a vírgula é facultativa.
Ex.: O candidato, embora admita o desconhecimento do edital,
insiste em ingressar com recurso na universidade.
Ex.: Ao receber o ofício, tomou providências.
e) Elementos paralelos de provérbios.
Ex.: Quanto maior a navegação, maior a tormenta.
f) Orações subordinadas adjetivas explicativas.
Ex.: A Lei Eleitoral, que trata das eleições no País, precisa ser
reformulada.
g) Orações subordinadas adjetivas restritivas não vêm entre
vírgulas.
Ex.: A lei que trata das eleições no país precisa ser reformulada.
h) Orações intercaladas.
Ex.: O voto facultativo, dizia, merece ser estudado com mais
profundidade.
i) Antes da locução adversativa e sim, que significa mas.
Ex.: Não se trata de lei, e sim, de resolução.
j) Na indicação de zeugma (supressão do verbo mencionado).
Ex.: Hoje o juiz ouvirá as testemunhas; amanhã, o réu.
NÚCLEO CENTRAL NÚCLEO ALDEOTA
(85) 3464.7788 (85) 3486.9000
fariasbrit o.com.br @fariasbrit o
Não se separam por vírgula
a) O sujeito do verbo.
Ex.: O delegado do 2º Distrito Policial iniciou o interrogatório
assim que chegou.
b) O verbo de seus complementos.
Ex.: O professor distribuiu as provas entre os alunos.
c) A oração subordinada substantiva (exceto as apositivas, que,
geralmente, podem ser isoladas por dois-pontos, mas também
por vírgulas) da oração principal.
Ex.: Eles sustentam que o acórdão impugnado julgou
improcedente o pedido.
Aspas
a) No início e no final de uma citação, para distingui-la do restante
do texto:
Ex.: A eleição do prefeito importará a do candidato a vice-
prefeito com ele registrado.
b) Para realçar uma palavra ou expressão empregada com ironia:
Ex.: Esse candidato chegou a uma “gloriosa sucessão de
derrotas”.
Dois-pontos
Indicam uma suspensão da voz em frase não concluída.
a) Antes de citação.
Ex.: Eis o teor da reunião: “Cada coordenador será escolhido
com dois suplentes”.
b) Antes ou depois de enumeração e de exemplificação.
Ex.: Trabalho, ordem e economia: eis os meios lícitos de obter
fortuna.
c) Antes de explicação, síntese ou consequência do que foi
enunciado.
Ex.: Teve um pressentimento: poderia vencer a competição.
d) Após as expressões isto é, tais como, a saber, bem como,
como e outras, quando precedem uma enumeração.
Ex.: O objetivo da reunião era discutir a exposição do candidato
por dois principais meios, a saber:
a) propaganda institucional;
b) exposição na mídia impressa.
e) Para introduzir aposto ou oração apositiva.
Ex.: Para esse problema, há duas soluções: a desistência ou
a continuidade da pesquisa em diversas fontes. O mestre me
pediu isto: que continuasse a pesquisa.
NÚCLEO SUL NÚCLEO EUSÉBIO NÚCLEO SOBRAL
(85) 3064.2850 (85) 3260.6164 (88) 3677.8000
@fariasbrit o colegiofariasbrit o canalfariasbrit o
Redação
Ponto e vírgula
Marca pausa mais forte que a vírgula e menor que o ponto, e
emprega-se, principalmente, para separar:
a) Orações coordenadas que estabelecem paralelismos,
comparações, oposições.
Ex.: Quem não quer raciocinar é um fanático; quem não sabe
raciocinar é um tolo; e quem ousa raciocinar é um escravo.
Ex.: O Rio de Janeiro com suas belezas naturais; São Paulo
com seu desenvolvimento industrial; e Minas Gerais com
suas riquezas minerais são estados importantes na economia
nacional.
Ex.: Uns trabalham; outros descansam.
b) Orações que tenham certa extensão, sobretudo, se houver
vírgula em seu interior.
Ex.: “O homem ativo é aquele que sabe realizar aquilo que,
para os outros, constitui simples aspiração; que cumpre seu
dever; que tem iniciativa; que não espera ocasiões, mas que
as cria”.
c) Orações coordenadas sindéticas adversativas e conclusivas,
para dar mais clareza, quando a conjunção vier deslocada.
Ex.: A prova de Física foi difícil; a de Matemática, entretanto,
foi bem mais fácil.
Travessão
a) Indicar a mudança de interlocutor nos diálogos.
Ex.:
— Qual é a oferta?
— Todos os produtos com desconto de até 50%.
O fato de você estar embebedado de suas verdades, suas
fontes, suas opiniões e suas crenças, impede-o de ter a sobriedade
necessária para entender que o mundo e complexo, cheio de
diferenças, de culturas distintas, de ideias que nunca sequer chegou
a cogitar. Para cada fonte confiável que tem para endossar sua
opinião, existe uma fonte tão confiável quanto para refutá-la.
Disponível em: https://www.leonardolopes.com.br.
Acesso em: 28 abr. 2019. Adaptado.
Texto II
Nada mais normal que “bolhas sociais” em nossa vida.
Na infância, tínhamos amiguinhos com os quais nos identificávamos
mais; e outros menos. Gostos em comum, aptidões etc.
Tudo faz parte de nossa sociabilidade. Aqueles amigos que nos
transmitiram “segurança”, ou seja, confiabilidade e reciprocidade.
Desenvolvemos juntos os caminhos para nortear nossa vida social,
nos fortalecemos. Não há possibilidade de salvar a sociedade se
não salvarmos os indivíduos. Por outro lado, a sociedade nada
mais é do que o conjunto de indivíduos. Portanto, uma sociedade
sem indivíduos é uma mera abstração (sem qualquer impacto na
realidade).
O ser social, tal como somos historicamente, os meios
instintivos, e também estudos antropológicos para concluir
que, “círculos” de segurança, afetividade, cooperação etc. são
amplamente benéficos, até mesmo para a sobrevivência. E isso
ocorre principalmente porque é nossa tendência natural categorizar,
racionalizar e simplificar o universo desconhecido e complexo até
converter a amplidão discernível em um mundinho em primeiro lugar
conhecido, num segundo momento confortável, e numa terceira
etapa de organização de mundo.
Disponível em: https://www.leonardolopes.com.br.
Acesso em: 28 abr. 2019. Adaptado.

b) Isolar palavras ou frases que traduzam explicação ou reflexão. Texto III

Nesse caso, o emprego é idêntico ao dos parênteses e dos
colchetes.
Ex.: É preciso que os três integrantes dessa corrente —
governo, funcionários e população — estejam unidos em prol
da coletividade.

c) Enfatizar a parte final de um enunciado.

Ex.: Este é o caminho para o progresso: a democracia – solução
para a maioria dos males do País.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Leia os textos a seguir.

Texto I
Disponível em: http://www.comunicacaoetendencias.com.br.
As redes sociais, em especial, o Facebook, o Instagram e, Acesso em: 28 abr. 2019.
mais recentemente, o próprio Google, têm trabalhado fortemente
para acompanhar todos os seus passos, tudo o que você lê, curte,
comenta e acessa. Até mesmo suas conversas no WhatsApp Com base nos textos de apoio e nos seus conhecimentos
são monitoradas e utilizadas para traçar o seu perfil. Não por gerais, construa uma dissertação argumentativa, em terceira
acaso, em sua timeline só irão aparecer coisas nas quais você se pessoa, de 25 (vinte e cinco) a 30 (trinta) linhas, sobre o tema:
interessa, dando uma falsa sensação do que acontece no mundo Os efeitos das “bolhas sociais” na contemporaneidade.
e, gradativamente, fechando sua “bolha” em torno de suas ideias
e opiniões já definidas.
Por estar em uma “bolha”, tanto em relacionamentos
pessoais como virtuais, você não consegue lidar com o contraditório.
Acha um absurdo alguém pensar diferente e, bem possivelmente
já esboçou mentalmente algo como: “Em que mundo essa pessoa
vive? Como ela nunca ouviu falar disso? É preciso ser muito “burra”,
muito estúpida para pensar como ela pensa”. E é neste momento
que começa a intolerância!
Digitação: Sofia – Revisão: Alexandre

2
047.554 - 161335/22