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ARTIGO ORIGINAL
MAYUMI, Simone 2
FARIA, Diego Dos Santos. MAYUMI, Simone. Fator do nível de estresse dos atletas
de futebol em categoria sub 17. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 05, Ed. 01, Vol. 07, pp. 41-64. Janeiro de 2020. ISSN: 2448-0959,
Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/atletas-
de-futebol
RESUMO
O estresse em atletas de futebol é uma área que ganhou muita atenção nos últimos
tempos. As pressões de lidar com a competição, as altas expectativas, as lesões e
todos os desafios que acompanham os jogares de futebol, são questões com as quais
esse atleta deve lidar diariamente. Um dos problemas do estresse é que ele pode ter
um efeito prejudicial no desempenho, por isso é importante que treinadores e atletas
acompanhem esses níveis. Com isto, quando os níveis de estresse ficam muito altos,
há um efeito negativo no desempenho. Objetivou-se com este estudo verificar os
fatores gerados de estresse entre atletas de futebol na categoria sub dezessete. Para
tanto, a metodologia aplicada foi de pesquisa bibliográfica, quantitativa, descritiva e
investigativa de análise dos dados colhidos através do estudo realizado em livros e
artigos científicos correlacionados ao tema. A coleta de dados investigativos foi feita
por meio de uma pesquisa de campo, mediante a visita no Clube Atlético Juventus e
Sport Clube Corinthians na cidade de São Paulo, SP, como instrumento utilizou-se o
1
Graduado em Educação Física.
2
Mestrado em Estudos Literários. Graduação em Letras.
RC: 43582
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Inventário de sintomas de estresse para adultos de lipp (ISSL). Conclui-se que o fator
do nível de estresse em atletas de futebol em categoria sub-17, é causado por
mudanças no desenvolvimento adolescente, adicionado ao estresse esportivo,
podendo ainda causar graves consequências físicas, psicológicas e sociais.
1. INTRODUÇÃO
O futebol é o esporte mais popular em todo o mundo. Jovens praticam futebol com a
expectativa de tornar-se atletas profissionais. No entanto, todo atleta deve ter boa
aptidão física, habilidades táticas técnicas e competência emocional para alcançar
sucesso profissional (WILMORE, 2001).
Para Santos (2012), esse esporte requer esforços para os jogadores de futebol
manterem níveis de habilidade ao longo da duração de um jogo. Assim, os jogadores
de futebol passam por determinados níveis de estresse. Como tal, a prática do futebol
requer cuidados especiais, um programa de nutrição bem estabelecido e apoio com
intervenção em associação a possíveis desencadeadores de estresses nesses
atletas.
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Esse tema é de grande relevância diante entender que uma boa condição física,
engloba fatores físicos, psíquicos, técnicos, cognitivos e sociais que contribuem para
o crescimento profissional dos atletas. Assim, para Santos (2012) a capacidade de
lidar com o estresse pode ser um fator determinante para a renda de um atleta.A
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2. DESENVOLVIMENTO
O estresse ainda pode ser definido como uma reação contra qualquer evento
ameaçador que exceda os recursos do corpo para enfrentar certas situações
estressantes. Essa reação engloba elemento físico, psicológico, mental e hormonal,
preestabelecendo o corpo para responder à demanda da situação. Esse termo tornou-
se popular, sendo usado na vida cotidiana para pessoas; no entanto, seu significado
comum nem sempre corresponde ao seu uso científico (HATZIGEORGIADIS, 2008).
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Mann et. al. (2013) declararam que o estresse foi definido como estímulo, intervenção
e resposta a variáveis por diferentes pesquisadores. Como estímulo, o estresse
variável é um precipitador; como variável interveniente, mediador; e como variável de
resposta, um comportamento. Existem muitos fatores que podem causar estresse
para um atleta. De acordo com Silva (2019), existem duas maneiras de demonstrar
isso: o modelo de estresse e o processo de resposta ao estresse.
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De acordo com Silva (2019), para atender a todos esses requisitos, os atletas são
submetidos a cargas intensas de treinamentos, passando muitas horas de dia nessas
atividades, perdendo aulas, com períodos inadequados de descanso, que acaba
causando fadiga, lesões e vários outros sintomas de estresse.
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Para Basso (2017), a situação piora com os atletas adolescentes, porque muitos
procuram em atividade física ou esportiva, um recurso para o fortalecimento de sua
identidade, tentando delimitar sua personalidade e vida em grupo. No entanto, para
Paína (2018) a estrutura competitiva do esporte, seja no nível amador ou profissional,
gera um novo estresse.
Destarte, para Cruz (2009) modelo de estresse demonstra quais fatores afetam o
estresse no esporte. Segundo Wilmore (2012) o estresse pode afetar o desempenho,
a maneira como um atleta responde ao estresse e o gerenciamento do estresse pode
afetar negativa ou positivamente o nível de estresse do atleta.
De acordo com Katch (2013), à medida que o estudo do estresse no esporte continua
se desenvolvendo, a pesquisa se concentra principalmente na experiência do atleta.
De modo que os treinadores esportivos devem se preocupar com a forma como o
estresse e a ansiedade afeta seus atletas. Muitos atletas lutam com o estresse e a
ansiedade diariamente. Cada atleta reage ao estresse e à ansiedade de maneira
diferente.
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A auto-estimativa está ligada à forma como os outros nos avaliam, mas é diferente da
avaliação social. É essencial que as pessoas desempenhem com sucesso nas áreas
que consideram importantes, mesmo que estejam realizando tarefas sozinhas, sem
espectadores ou anonimamente. Portanto, quando o resultado da tarefa ameaça o
nível de auto-estima de alguém, ele pode exercer pressão psicológica sobre os
jogadores sub dezessete e prejudicar os resultados futebolísticos (KATCH, 2013).
Outro fator que ocorre estresse no meio esportivo, de acordo com a revisão da
literatura é o físico (carga de trabalho e lesões). Podendo elencar que o medo da dor
e da lesão é um dos sentimentos fundamentais dos seres vivos. Os atletas podem
sentir esse medo em esportes de contato (boxe, rugby), esportes tecnicamente
complicados e com alto risco de lesões (ginástica, esportes radicais) ou quando
tiverem histórico anterior de lesões. Uma carga de trabalho físico se torna muito
comum no esporte contemporâneo. Dia a dia o atleta tem que tolerar esse efeito
cumulativo podendo ainda resultar em exaustão psicológica crônica (SANCHES,
2019).
Posto isto, de acordo com Brandão (2000) diferentes fatores e situações podem
provocar os mesmos sintomas estressantes podendo ser fisiológicas e psicológicas
(por exemplo, frequência cardíaca alta), enquanto essas respostas podem ser
extremas para uma pessoa e usuais para outra. Em palavras simples, o estresse para
os atletas, depende de quão grande eles consideram um desafio, de quão confiantes
estão em suas habilidades para enfrentá-lo e de quão importante é lidar com o
sucesso.
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Para Vieira (2016) o estresse é um fator da vida que afeta a todos, mas os atletas
tendem a sofrer mais do que os não atletas, devido à quantidade necessária para
equilibrar entre trabalhos escolares, práticas e jogos, bem como as pressões
familiares e a vida cotidiana. O estudo do estresse no esporte está dentro do domínio
da psicologia do esporte. Existem muitos distúrbios relacionados ao estresse.
Normalmente, um atleta é diagnosticado com transtorno de estresse geral,
mas também há distúrbios de estresse mais específicos.
Esses distúrbios incluem, mas não se limitam a, transtorno obsessivo-compulsivo
(TOC), depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O estresse pode
ser manifestado em pessoas com TOC, porque a pessoa ficará obcecada com suas
tradições, seja o número de vezes que deve apagar uma luz ou limpar as mãos, se a
pessoa não fizer o número correto, porque estressado e consumirá seus pensamentos
até que eles o corrijam (CHAGAS, 2017).
Costa et. al. (2018) explanam que a depressão pode fazer com que uma pessoa se
estresse, e o estresse pode causar depressão, porque a pessoa se preocupa com o
que está estressando ela, e começará a se concentrar apenas nisso e logo não
encontrará prazer em suas atividades diárias normais que acabarão como um efeito
bola de neve e continua a piorar, a menos que obtenha ajuda.
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a) afetivo;
b) comportamental;
c) biológico / fisiológico;
d) cognitivo;
c) imaginal;
d) interpessoal; e
e) sensorial.
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Cada impacto tem seus próprios sinais e sintomas. Sinais e sintomas afetivos incluem:
ansiedade, raiva, culpa, depressão, vergonha e sentir pena de si mesmo. Sinais e
sintomas comportamentais incluem: distúrbios do sono, inquietação, comportamento
agressivo, abuso de álcool ou drogas, mau humor, choro, mau desempenho. Sinais e
sintomas biológicos ou fisiológicos incluem tensão muscular, aumento da frequência
cardíaca, espasmos estomacais, dores e dores de cabeça. Sinais e sintomas
cognitivos é frustração, preocupações, distorção, exagero, expectativas irrealistas de
desempenho, declarações autodestrutivas e deficiências pessoais. Os sinais e
sintomas imaginários incluem imagens de falha, imagens de desamparo e imagens
de vergonha. Os sinais e sintomas interpessoais incluem manipulação e
argumentação. A última categoria, sensorial, inclui tensão, náusea, suor frio e dor
(BASSO, 2016).
Isto posto, depois que um atleta desenvolve uma dessas outras condições, o treinador
esportivo e os profissionais de saúde precisam sentar-se com o atleta e tentar
descobrir a causa da doença. De acordo com Basso (2016) eles precisam ter em
mente que o estresse pode ser a causa subjacente e sugerir maneiras de o atleta
ajudar a lidar com o estresse. O atleta também pode precisar ajustar seus hábitos
alimentares e fazer outras mudanças no estilo de vida para ajudar a gerenciar o
estresse e os problemas de saúde (MANN, 2013).
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Para Costa et. al. (2018) maneiras saudáveis para os atletas lidarem com o estresse
são se envolver em atividades prazerosas, cuidar do corpo, manter uma perspectiva
positiva, rir, praticar técnicas de relaxamento, conversar com outras pessoas e obter
ajuda de um profissional.
Muitos atletas não sabem como lidar com o estresse, geralmente na categoria sub
dezessete, devido ter pouca idade de vida, pouca experiência profissional e quase
nunca ter lidado com fatores estressantes em sua vida, e, geralmente precisam de
ajuda quando se trata de lidar com o estresse. Devido a esse fato, muitas vezes o
treinador ou professor de educação física é a primeira pessoa para a qual o atleta
recorre quando está estressado. Esse profissional esportivo precisa conhecer os
recursos disponíveis e as etapas adequadas a serem seguidas para obter ao atleta a
ajuda adequada de que precisam (HATZIGEORGIADIS, 2008).
Em suma, segundo Chagas (2017) atletas que sofrem de estresse e ansiedade e não
aprendem a controlar seus sintomas terão em pouco tempo, problemas que passarão
para o seu desempenho esportivo, como também para sua vida cotidiana à longo
prazo. Psicólogos do esporte há muito acreditam que altos níveis de estresse durante
a competição são prejudiciais, piora o desempenho e até mesmo levando ao
abandono de sua carreira.
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A inclusão de jovens atletas no futebol ocorre por meio da intervenção das categorias
básicas classificadas de clubes profissionais, geralmente em regime habitacional, com
duração aproximada de cinco a seis horas de trabalho por dia, atribuída ao
condicionamento físico, domínio das técnicas de jogo, domínio de questões táticas e
psicológicas até atingir o profissionalismo (CRUZ, 2009). Além disso, de acordo com
Leite et. al., (2016) os atletas geralmente começam sua busca pelo futebol profissional
a partir dos dez anos de idade, deixando a família, os amigos e a infância, o que causa
um grande distúrbio psicológico para a idade, muitas vezes não alcançando o
profissionalismo e dedicando anos de treinamento. por algo que você não tem certeza
de que realizará.
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Para Santos et. al., (2012) os participantes da categoria sub-17 têm entre 14 e 17 anos
de idade, onde devem ser emancipados judicialmente, assinando o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. O treinamento é realizado cinco a oito vezes por
semana, com duração média de uma hora e meia por dia, e as equipes disputam uma
média de três a quatro competições anualmente.
Posto isto, o futebol é um dos esportes em que mais ocorre estresse emocional em
adolescentes, acarretando a síndrome de Burnout. Essa síndrome precisa ser tratada
com mais relevância por pessoas diretamente envolvidas no esporte, principalmente
aquelas que lidam diariamente com jovens atletas, uma vez que o distúrbio pode ser
um fator responsável pelo abandono do esporte (PAÍNA, 2018).
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c) desvalorização esportiva.
Para Silva (2019) os baixos índices encontrados sugerem que o trabalho realizado
nas categorias básicas de ambos os clubes respeita as demandas físicas e
psicológicas de treinamentos e competições, além de oferecer períodos de descanso
adequados, períodos adequados na presença de família e lazer.
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Para Basso (2017), essas causas estão principalmente associadas a uma das
características mais importantes da síndrome, que é o abandono precoce do esporte,
chamado abandono (dropout). De acordo com Paina (2018) esse fator ocorre com
jovens atletas que lidam com relacionamentos interpessoais frequentes, colegas de
equipe, membros de seus comitês técnicos, gerentes, equipes de árbitros, imprensa,
amigos ou familiares. Com essas relações, são vivenciadas percepções de
demandas, críticas, cansaço e estresse, causadas por treinamentos, viagens e jogos
(PERUMAL, 2016).
Ademais, para Wilmore (2012) o termo dropout é um resultado ruim para os atletas,
devido ter estresse mal gerido e ansiedade, os atletas podem abandonar o esporte.
Nessa perspectiva, o dropout é considerado o abandono do esporte e é classificado
em três grupos distintos que possuem características particulares, conforme
representa em Quadro 2:
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Em suma, muitas vezes, o atleta não percebe que, com o estresse físico e emocional,
no entanto, durante o curso da vida esportiva, sintomas que afetam seu desempenho
e satisfação no trabalho são evidenciados e podem levar ao estresse. Os
relacionamentos interpessoais são um dos fatores que levam os atletas a aumentar
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ESTUDO DE CASO
Fatores N Média
Ser prejudicado pelos juízes 30 1,03
Condicionamento físico inadequado 30 1,03
Ser expulso do jogo 30 1,16
Permanecer no banco de reserva 30 1,3
Machucar-se durante o jogo 30 1,2
Campo em condições ruins 30 1,46
Dormir mal na noite anterior 30 1,33
Preparação técnica e tática inadequada 30 1,23
Problemas familiares 30 1,23
Dificuldade financeira 30 1,3
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Fatores N Média
Falta de preparação psicológica 30 1,03
Pressão de si mesmo para ganhar 30 1,13
Demandas físicas 30 1,43
Conflitos com o técnico 30 1,2
Demandas psicológicas 30 1,41
Demandas ambientais 30 1,40
Expectativas 30 1,36
Problemas familiares 30 1,18
Problemas relacionamento 30 1,27
Preocupações 30 1,2
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Por fim, os achados dessa investigação tiveram como objetivo analisar os fatores
estressantes nos jogadores de futebol da categoria sub dezessete. O fator do nível de
estresse em atletas da referida categoria sub-17, é causado por mudanças no
desenvolvimento adolescente, adicionado ao estresse esportivo, podendo ainda
causar graves consequências físicas, psicológicas e sociais.
CONCLUSÃO
Com a elaboração deste estudo chega-se à conclusão de que o estresse afeta todos,
mas, com a pesquisa de campo, fora descoberto que muitos jogadores de futebol de
categoria sub-17 enfrentam essas condições mais do que o resto da população.
Apesar dos benefícios bem documentados do exercício e da participação esportiva na
saúde mental, alguns atletas às vezes experimentam problemas psicológicos,
emocionais e comportamentais.
Muitos jogadores de futebol de categoria sub dezessete anos lutam para lidar com o
estresse e a ansiedade que acompanham esses atletas, as demandas de seu esporte,
bem como as pressões de sua família e amigos. Ademais, os treinadores de atletas
precisam ter certeza de que ajudam os seus atletas com aconselhamento e ajuda no
caso de estresse de forma que prejudique o rendimento de seus atletas, solicitando
que estes façam uso do centro de aconselhamento e terapia para limitar o estresse
no futebol.
Diante da proposta do tema apresentado, este artigo procurou responder à
problemática da pesquisa que é: quais são fatores geradores de estresse em atletas
praticantes da modalidade futebol na categoria sub dezessete?
A resposta a esta indagação é que existem vários fatores que podem causar estresse
ao atleta, principalmente em futebol na categoria sub dezessete. Os fatores que
podem gerar o estresse nesses atletas, podem incluir: demandas físicas, psicológicas,
ambientais, expectativas, pressões para atingir um alto padrão, problemas de
relacionamento e preocupações com a direção da vida.
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REFERÊNCIAS
GRAHAM, Jones . Estresse e desempenho no esporte. Nova York: John Wiley &
Sons. 2018.
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MANN, B.J., O'NEILL, D.F. Uma pesquisa com profissionais de medicina esportiva
sobre questões psicológicas em pacientes-atletas. American Journal of Sports
Medicine, 35:12,pag. 2140-2147. 2013.
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SANTOS, Priscila, WEIGERT, Ricardo Coelho Birgit, KELLER Joice Mara Facco
Stefanello. Fatores geradores de estresse para atletas da categoria de base do
futebol de campo. Rev. Motriz, Rio Claro, v.18 n.2, p.208-217, abr./jun. 2012.
VIEIRA, Y.L. Emoções no esporte: Cinética Humana. Medline, Rio de Janeiro, 2016.
WEISS MR, MCAULEY E, EBBECK V, Wiese DM. Autoestima e atribuição causal para
as condições físicas e competência social no esporte. Jornal do Esporte e
Psicologia do Exercício; 12: 21-36. São Paulo, 2014.
ANEXO 1
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