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UNIVERSIDADE FEDERAL DE

VIÇOSA
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
COLÉGIO DE APLICAÇÃO – CAp-
COLUNI
ATIVIDADE DE PLI – 2ª SERIE
NOME: DAVY ROCHA ARÊDES
TURMA A – N° 27

No artigo 6° da Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema


jurídico brasileiro – garante o direito coletivo a segurança. No entanto, as altas taxas de
violência contra negros no Brasil, provam que tal meta constitucional é deturpada na prática.
Isso ocorre devido a discriminação e inferioridade contra pessoas com tons de pele mais
escuro, o que traz como consequência o transtorno mental dessas vítimas de preconceito.

Sob esse viés, vale ressaltar que a marginalização de pessoas pelo seu tom de pele é a
principal causa do racismo. Nesse prisma, essa conjuntura exemplifica a “banalidade do mal”,
teoria proposta pela filósofa Hanna Arendt, que evidencia a naturalização da população frente
aos problemas que circundam a sociedade. Nesse contexto, as pessoas param de ver a
desconfiança e a agressão contra pretos como errado e passam a considerá-la como um ato
normal do dia a dia, não se conscientizando com as consequências negativas para a vítima,
como a sensação de medo, ameaçando a autoimagem e o desenvolvimento desses indivíduos.

Consequentemente, a exclusão desse grupo de pessoas gera distúrbios mentais dos


envolvidos. A título de exemplo, cabe mencionar o documentário “AmarElo – É Tudo Pra
Ontem”, no qual conta a história do rapper Emicida, um homem negro, nascido na periferia,
que decidiu seguir uma carreira de músicos e para ser reconhecido nacionalmente teve que
enfrentar constantes preconceitos, ameaças e discriminação sobre sua vida pessoal e
profissional. Esse cenário é presente no Brasil, visto que o país possui grandes taxas
desigualdades sociais, onde o homem preto é o mais prejudicado devido ao estereótipo criado
contra esses cidadãos, o que dificulta sua evolução profissional e pessoal.

Trona-se evidente, portanto, que a educação antirracista enfrenta desafios para ser
ampliado no Brasil. Assim é necessário que o Governo, proporcione tratamentos psicológicos
às vítimas, através de consultas com profissionais da área. Além disso, é dever das instituições
de ensino discutir e ensinar sobre o que é o racismo e como combatê-lo, por meio de palestras
e projetos interdisciplinares, objetivando reduzir os casos de racismo e preconceito causados
pela discriminação contra negros. Dessa forma, será possível formar uma nação de adultos
críticos e empáticos, que pensam a frente de seu tempo.

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