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Objetivos dos recursos didáticos
Considera-se como recurso didático todo o material utilizado no processo
ensino/aprendizagem com o objetivo de o tornar mais eficiente e eficaz, são concebidos para
fins pedagógicos, entre outros, o quadro, os acetatos, os textos, as gravações, os filmes, os
manuais, etc.... Para além destes, são considerados outros recursos, que podem ajudar a
facilitar a apreensão de conhecimentos» “ jornais, revistas, cartazes, etc....
Estas são algumas das questões que os formadores colocam a si mesmos em sede de
planificação da sua formação. A resposta claramente não é linear; não se pode dizer que
exista uma fórmula uniformizada para a seleção deste ou daquele recurso pedagógico,
ou para a combinação ideal entre eles. Terá que ser o formador, depois de fazer uma
análise cuidada ao grupo e aos objetivos traçados, a definir qual a melhor estratégia a
aplicar. Neste processo seletivo, devemos ter em conta que, por mais sofisticados que
sejam os recursos, estes seguramente não irão servir para todo o tipo de sessão.
Cada situação de aprendizagem é singular, por isso a seleção do (s) recurso (s) deve ser
original e circunscrever-se a uma situação formativa em particular. A variedade de
recursos e métodos a utilizar dependerá da variedade que a situação de aprendizagem
propiciar.
O Objetivo
Se o objetivo for demonstrar a funcionalidade do quadro branco, certamente iremos
fazê-lo melhor na presença deste recurso do que através de um filme. Os recursos
selecionados terão de estar sempre em consonância com a concretização dos objetivos.
O formador deve saber claramente o que devem aprender os formandos e, a partir daí,
traçar os caminhos que melhor desenvolvam as suas competências e habilidades.
Os destinatários
Os recursos selecionados devem adequar-se às características psicológicas dos
participantes. Esta tarefa obriga a que tenhamos que determinar quais as características
diretamente relacionadas com a aprendizagem: conhecimentos prévios, ritmos de
aprendizagem, capacidade de expressão, inteligência» ¦. Há grupos de formandos que
necessitam de ser mais estimulados que outros. Há que aferir qual o recurso que melhor
o estimulará.» Indispensável que se faça uma análise criteriosa às características do
público-alvo e que daí resultem experiências suficientes para fazer assimilar
determinados conceitos.
O conteúdo da mensagem
Se a mensagem se destinar a uma reflexão individual, o melhor recurso será com certeza
o texto impresso. Permite uma concentração individual maior e a anotação de algumas
reflexões, por parte do formando. Se a mensagem se destinar a uma análise de grupo, o
recurso a um equipamento projetável, será o aconselhável.
Os condicionalismos materiais
Quando planificamos uma sessão, temos que nos assegurar que os equipamentos
necessários à nossa estratégia irão estar disponíveis e em condições de funcionamento.
Se o recurso selecionado não estiver disponível, deve-se optar por outro alternativo que
garanta uma taxa de sucesso próxima daquela a que nos propusemos inicialmente.
O tempo disponível
Se a nossa sessão estiver planificada para 60m não podemos, certamente, fazer uso de
um filme de duração superior a 30m, sob pena de não termos tempo para aprofundar a
discussão e avaliarmos as conclusões.
Os sentidos do formando
Ao pretender concretizar um determinado objetivo não poderá nunca cair no erro de
estimular apenas um sentido. Devem-se estimular os diferentes sentidos de modo a que
todos eles contribuam na sua totalidade para que o formando, no final da sessão, tenha
apreendido os conteúdos de tal modo que os consiga executar e explicar.
A sofisticação dos recursos
Os recursos selecionados deverão permitir a visualização de forma clara e realista as
ideias que o formador pretende apresentar. Torna-se assim necessário, por exemplo, que
o formador assegure a nitidez de um filme, a legibilidade de um texto, a clareza do som,
etc.
Condicionalismos físicos
A falta de espaço para a realização de uma atividade, a distância dos formandos ao
televisor, a dificuldade em obscurecer a sala, etc. são também fatores a considerar.
Os recursos da Internet
O conceito de Internet
Ao abordarmos as novas tecnologias, temos necessariamente que nos centrar também na
Internet que tem contribuído para o desenvolvimento de uma nova modalidade de
formação» “ a formação a distância/ e-learning/ formação on-line. Possibilita uma
interação cooperativa e/ou colaborativa através de ferramentas (chats, fóruns, correio
eletrónico, videoconferência...) que permitem aos formandos e formadores/tutores
"construir" e partilhar conhecimentos e experiências.
A informação a que podemos aceder pode assumir as mais variadas formas: textos
simples, extratos de bibliografias, bibliografias integrais, filmes, vídeos, sons, etc.
Há quem compare a Internet a uma revista eletrónica, para a qual colaboram milhões de
pessoas. Os assuntos possuem links (hiperligações) que nos direcionam para outros,
relacionados com o que estamos a explorar, com relativa facilidade que o formador pode
aceder a bancos de dados onde pode encontrar revistas e livros eletrónicos, bibliotecas
virtuais, documentos e publicações, fotos.
Desde que a informação o permita, podemos fazer o chamado downloading para o nosso
computador, sem estarmos a violar o conceito de «copyright» . Poderá também
encontrar vários tipos de software.
Plataformas de E-Learning
A Internet na formação à distância
Indiscutível que a principal vantagem no uso da Internet, reside na «informação» e na
forma como facilmente no servimos dela.
No entanto não podemos ignorar outro tipo de vantagens que lhe são apontadas onde ela
assume um papel de excelência - o ensino/formação a distância suportado na totalidade
pela Internet:
• permite reduzir ou eliminar as deslocações físicas de pessoas e meios no processo
de formação;
• reduz substancialmente os tempos de difusão, distribuição e atualização da
informação;
• um tutor pode assegurar um curso frequentado por várias centenas de formandos;
• a introdução de cursos na Web retira a necessidade de se estabelecer a formação
num local específico;
• os formandos podem visualizar o material disponível em qualquer altura,
necessitando para isso apenas de um simples PC ligado à Internet;
• o conhecimento é distribuído em larga escala (para o mundo inteiro);
• economia nos recursos necessários para reunir fisicamente formandos e
formadores;
• redução dos custos de distribuição, pois pela Internet não há custos de impressão
e transporte;
• existe a possibilidade de atualizar as matérias em qualquer altura, ficando
imediatamente disponíveis aos utilizadores;
• torna-se fácil ao participante dar o seu «feedback»
• podem criar-se Salas de Produção, onde os formandos podem depositar os seus
trabalhos (exercícios, artigos, roteiros de seminários e, eventualmente, provas)
para a avaliação posterior do formador.
Condicionalismos
• Requer o uso de tecnologia específica e nem todos estão abertos à sua introdução
nos sistemas de formação. Os métodos de comunicação e navegação utilizados na
Internet podem ser ainda complicados para muitas pessoas, o que exige que os
potenciais utilizadores alterem todo o seu método de estudo.
• Dada a sua imensa diversificação, torna-se difícil validar e autenticar toda a
informação disponível, pelo que caberá ao formador dar orientações precisas, no
sentido de objetivar essa mesma informação.
• A Internet convida o formando a «navegar» o que o poderá fazer perder o
verdadeiro objetivo do curso ou da pesquisa.
• Apesar da sua larga abrangência, o acesso à Internet ainda não é universal.
• Inexistência de relações face a face.
• A reduzida confiança neste tipo de estratégias formativas por parte de educadores,
responsáveis de instituições e até alguns grupos-alvo mais conservadores e
resistentes à inovação.
• A imagem da formação a distância algo desacreditada, pela sua identificação com
o ensino por correspondência "comercial".
• A aquisição do equipamento necessário, pode constituir um investimento inicial
relativamente elevado.
Plataformas de e-learning
Numa plataforma vulgar podem considerar-se pelo menos três níveis de utilizadores: o
administrador, que se responsabiliza pela manutenção do servidor; o formador/tutor, que
implementa a estrutura/modelo de aprendizagem previamente definido; e o
formando/beneficiário, o utilizador direto.
Sistemas Multimédia
Para além da Internet, os exemplos mais comuns de sistemas multimédia surgem-nos em
formato de CD-ROM, DVD ou aplicações on-line e combinam componentes de áudio e
vídeo, de forma a criar aplicações interativas que utilizam texto, som e gráficos (imagens
paradas, animadas e sequências de vídeo). Por exemplo, uma base de dados multimédia
de instrumentos musicais permite ao utilizador não só procurar textos sobre um
determinado instrumento, mas também ver imagens que o retratam e ouvi-lo a tocar uma
peça musical.
A novidade destes sistemas reside na interação que proporcionam ao utilizador. Passa a
haver uma sinergia maior na relação homem/máquina. Aquando da utilização destas
tecnologias, ao formador cabe o papel de tutorar a aprendizagem» “ que passa a ser
delineada ao estilo do próprio formando.
O COMPUTADOR
A tecnologia DVD também pode ser utilizada a partir de sistemas informáticos. Basta
para isso que o computador se encontre munido de um DVD-Rom. Estes leitores são
capazes de ler a uma velocidade superior a 1Mega/seg. Existem discos de DVD-Rom de
várias capacidades, que podem variar de 1,4 GB até 17 GB. Estes aparelhos leem, CD´s
musicais e CD-ROM, tal como os vulgares leitores de CD-ROM.
Para que o computador consiga ler DVDs terá que estar munido do software apropriado
que permita descodificar o formato de vídeo MPEG-2 e o sistema de som Dolby Digital
A TELEVISÃO
O uso da televisão tem vindo a progredir nas novas estratégias de formação. Além da
tradicional utilização que lhe é dada na formação em sala, recorresse a este equipamento
em videoconferências e em formas de ensino unilaterais, semelhantes aos da radiodifusão,
como é o caso da Universidade Aberta, “ onde não existe interação simultânea, isto é, o
emissor ou locutor, não estabelece em tempo real, qualquer tipo de relação com os seus
recetores.
HIPERTEXTO E HIPERMEDIA
Videoconferência
A- Expectativas
A expectativa natural do formando é a de que irá encontrar, neste tipo de sessão,
algumas semelhanças com a radiotelevisão, o que o levará a ficar numa situação
passiva. Há que reverter esta situação. Um comentário no início da sessão pode ajudar
os formandos a entender como funciona este sistema. O formador terá que incentivar os
formandos recorrendo a experiências ativas.
Começar uma sessão com uma discussão, ajuda a afastar a passividade.
C- Reduzir distrações
Ao fazer-se uso de alguma dinâmica, estar-se-á a contribuir para a redução de
distrações. Deve fazer-se uso dos métodos e técnicas pedagógicas de que se tem
conhecimento.
D- Encorajar o Diálogo
Deve criar-se atividades que levem os formandos a participar e a fazer uso da palavra.
Ideias a reter
• Conceber sistemas multimédia de formação requer alguns cuidados:
o definir objetivos;
o selecionar estratégias;
o selecionar os média mais adequados;
o testar bem o sistema concebido;
• Os sistemas multimédia aumentam a motivação devido à sua interatividade.