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Química Geral – ECT2104

Ligação - TLV
Teoria da ligação de valência

O modelo de Lewis coloca os elétrons das ligações químicas entre os núcleos dos átomos ligantes e o
modelo VSEPR consegue prever a geometria molecular com base nas evidências experimentais dos
ângulos de ligação.

Mas se os elétrons estão nos orbitais, como se dá a interação dos elétrons em uma ligação?

A Teoria da ligação de valência, TLV, é um modelo


mecânico-quântico da distribuição dos elétrons das
ligações em termos da sobreposição dos orbitais atômicos
de forma que dois elétrons de spins opostos possam
compartilhar o mesmo espaço, mantendo as geometrias
originadas do modelo VESPR.
Teoria da ligação de valência
Teoria da ligação de valência
A sobreposição de orbitais que formam uma espécie de cilindro que acumula densidade
eletrônica entre os núcleos sem plano nodal no eixo internuclear é chamada de ligação σ.
O processo de sobreposição dos orbitais é chamado de hibridização e quanto maior a sobreposição,
mais estável será a ligação.

A sobreposição máxima ocorre entre orbitais


com a mesma orientação espacial e com
energias similares.
Teoria da ligação de valência
A sobreposição dos orbitais px e py se dá lateralmente, formando a chamada ligação π, que
apresenta um único plano nodal sobre o eixo internuclear.
Teoria da ligação de valência
De acordo com a TLV:
▪ Uma ligação simples é uma ligação σ
▪ Uma ligação dupla é uma ligação σ e mais uma ligação π
▪ Uma ligação tripla é uma ligação σ e mais duas ligações π

σ π
Teoria da ligação de valência
Carbono, C [He] 2s22p2
O átomo de C tem somente 2 elétrons desemparelhados, mas faz 4 ligações em uma
molécula como o CH4, ou seja tem valência igual 4.

Um elétron do orbital 2s é promovido para o orbital 2p vazio de energia mais alta, e a configuração
fica [He] 2s1 2px1 2py1 2pz1 assim o C pode formar as 4 ligações.
Teoria da ligação de valência

Os 4 orbitais atômicos se
combinam para formar 4 orbitais
híbridos que só diferem na
orientação, e cada um aponta
para o vértice de um tetraedro.

Os orbitais são degenerados e


chamados de híbridos sp3.
Teoria da ligação de valência
Cada ligação do C com um átomo de H libera energia quando se forma, apesar da energia gasta para
promover o elétron, a energia total da molécula de CH4 é menor do que seria se o C formasse só duas
ligações C-H.
Teoria da ligação de valência

No CH4 um orbital 1s do H se superpõe com um orbital 2sp3 do átomo de C.

4 ligações σ
(C2sp3,H1s)
Teoria da ligação de valência
Nitrogênio, N 7 elétrons [He] 2s22p3

3 ligações σ (N2sp3,H1s)
Teoria da ligação de valência
Em um arranjo trigonal planar a hibridização ocorrerá entre 1 orbital s e 2 orbitais p para
produzir 3 orbitais híbridos.

Boro, B 5 elétrons [He] 2s22p1


Teoria da ligação de valência

3 ligações σ
(B2sp2,F2p)
Teoria da ligação de valência
Carbono, C [He] 2s22p2
Carbono com hibridização sp2. Descrever a dupla ligação na molécula de eteno, C2H4

Cada orbital híbrido tem 1 elétron disponível, o quarto elétron de valência de cada
átomo de carbono ocupa um orbital 2p não hibridizado, perpendicular ao plano
formado pelos híbridos.
Teoria da ligação de valência
Os dois C formam uma σ por superposição dos orbitais híbridos sp2, os H formam uma ligação σ com os
orbitais híbridos sp2 remanescentes e os elétrons dos dois orbitais 2p não hibridizados formam uma
ligação π.
Teoria da ligação de valência
Em um arranjo linear a hibridização ocorrerá entre 1 orbital s e 1 orbitais p para produzir 2
orbitais híbridos.

Berílio, Be 4 elétrons [He] 2s2


Teoria da ligação de valência

2 ligações σ (Be2sp,H1s)
Teoria da ligação de valência
Quando um átomo central tem que acomodar 5 pares de elétrons ou mais como no PCl5, o
arranjo é bipirâmide trigonal e a hibridização será com os orbitais d.

Fósforo, P [Ne] 3s2 3p3

5 ligações σ (P3sp3d,Cl3p)
Teoria da ligação de valência
Quando um átomo central tem que acomodar 5 pares de elétrons ou mais como no PCl5, o
arranjo é bipirâmide trigonal e a hibridização será com os orbitais d.

Enxofre, S [Ne] 3s2 3p4

6 ligações σ (S3sp3d2,F2p)
Teoria da ligação de valência

Hibridização de orbitais
RESUMO

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