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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO SUL DO

BRASIL/FACULDADE BATISTA DO RIO DE JANEIRO


AV2 – Ministério Cristão

Professor: Pr. Reinaldo Purim Jr.

Aluno: Álvaro Ramon Ramos Oliveira

O livro de David Platt, Contra Cultura, procura discutir os temas mais sensíveis
do tempo presente. Em geral, o autor fala de assuntos que são polêmicos tanto nos EUA
como também no Brasil. Logo, casamentos homoafetivos, desigualdades sociais e
questões de gênero, por exemplo, são trabalhadas por Platt. Desse modo, ele escreve
uma obra a fim de instrumentalizar fiéis e líderes no dialogo com tempo presente. Antes
de qualquer coisa, cabe ressaltar que cada capítulo vai ao encontro de um assunto
primordial e todos eles são permeados por suas experiências pessoais.

O autor faz este percurso para denunciar uma postura de neutralidade moral
assumida pela igreja. Em sua concepção os cristãos devem sinalizar o Reino mesmo
diante das adversidades e pressões políticas da atualidade. Assim, Platt milita por uma
postura ativa por parte da igreja nos espaços públicos, além de elaborar teologias
públicas que busquem mobilizar a igreja para os debates contemporâneos. Em outras
palavras, em seu livro, Platt encoraja a sua igreja a experimentar uma contextualização
centrada no evangelho. Algo que Timothy Keller chamaria de contextualização
saudável.

Em seu livro, Igreja Centrada, Keller diz que toda igreja precisa anunciar uma
palavra de modo coerente com o seu tempo. Para ele, uma igreja que não abre seus
olhos para o espírito do seu mundo, alimenta uma cultura que não a pertence. Logo, se
torna uma igreja deslocada do seu meio e, por conta disso, deixa de salgar e iluminar a
cidade que tem como missão. Ao mesmo tempo ele também critica os excessos de
contextualizações. Segundo o autor toda igreja precisa estar atenta para os aspectos da
sua respectiva cultura que necessitam de redenção. Uma igreja hiper contextualizada e,
ao mesmo tempo, desprovida de crítica, é uma igreja que toma a forma do mundo e trai
as suas razões de existir. Logo, uma igreja descontextualizada e hipercontextualizada é
uma igreja insípida. Desse modo, como diria David Platt, faz-se necessário o trabalho
por uma contextualização centrada no evangelho.

Em linhas gerais, a leitura do livro foi importante para me encorajar a tocar em


temas considerados como tabus dentro da maioria das comunidades religiosas. Como
trabalho com juventudes, aborto, política, casamento gay, uso recreativo de drogas entre
outros sempre são temas recorrentes no ministério. Dessa maneira, além de me
instrumentalizar e apresentar respostas que podem ser dadas em aconselhamentos e
pregações, o livro me ajudou a perceber como esses temas atravessam profundamente a
caminhada de um pastor. Em suas páginas, Platt teve muita sensibilidade para anunciar
como essas questões o marcaram. Por conta disso, me identifico com a leitura e
reconheço a sua importância para o trabalho com as novas gerações de uma igreja local.

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