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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

NILVA ALVES RODRIGUES

JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL:


ensinando de forma lúdica

Mineiros
2019
NILVA ALVES RODRIGUES

JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL:


ensinando de forma lúdica

Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do


Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção do título de Pedagogo.

Orientadores: Professores: Natalia Gomes dos Santos,


Núbia Carvalho

Mineiros
2019
ALVES, Nilva Rodrigues. Jogos e brincadeiras na educação infantil: ensinando
de forma lúdica. 2019. 24 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) –
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná - Mineiros
GO

RESUMO

Por muito tempo os jogos e as brincadeiras eram considerados um passatempo sem outros objetivos.
Era a forma que as crianças utilizavam o tempo livre. As brincadeiras eram feitas sem ter qualquer
significado pedagógico. Os brinquedos que existiam eram somente para distrair, enquanto seus pais
trabalhavam, faziam suas obrigações ou conversavam. Atualmente sabe-se que as brincadeiras e jogos
infantis são representações da vida real da criança e que ajudam a desenvolver sua capacidade de
imaginar, pensar e agir por si própria sem depender de um adulto para ensinar. Essas atividades são
essenciais na formação integral da criança, principalmente quando ela está na fase de desenvolvimento
escolar. No entanto, para que tenham efeito na educação, elas precisam ser trabalhadas de forma
pedagógica. O presente estudo teve como objetivo verificar a influência do lúdico na educação infantil,
buscando embasamento na bibliografia disponível, para entender como a criança aprende através da
ludicidade no processo de ensino/aprendizagem, bem como no desenvolvimento global da criança. Por
meio desta pesquisa foi possível entender o quanto o lúdico pode ser um instrumento importante e
imprescindível na aprendizagem, no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das crianças. Acredito
que os futuros professores podem e precisam tomar consciência desse potencial educativo viabilizado
pelas atividades lúdicas. É necessário observar se os professores atuantes têm conhecimento de alguns
conceitos, de como o lúdico pode influenciar na relação do brincar com a aprendizagem e o
desenvolvimento da criança. O propósito desse projeto é, porquanto, mostrar a importância dos jogos,
brinquedos e brincadeiras para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. O domínio de novos
saberes no campo do lúdico poderá se tornar uma importante contribuição para o aperfeiçoamento das
práticas pedagógica especialmente dos professores das séries iniciais do ensino fundamental.

Palavras-chave: Lúdico. Aprendizagem. Jogos. Professor.


SUMÁRIO

1. Introdução.......................................................................................................3
2 Revisão Bibliográfica......................................................................................5
3 Processo e Desenvolvimento do Projeto de Ensino.....................................16
3.1 Tema e linha de pesquisa...........................................................................16
3.2 Justificativa.................................................................................................16
3.3 Problematização.........................................................................................16
3.4 Objetivos.....................................................................................................17
3.5 Metodologia.................................................................................................17
3.6 Cronograma.................................................................................................18
3.7 Recursos humanos e materiais....................................................................19
4 Considerações Finais......................................................................................20
5 Referências......................................................................................................22
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1 INTRODUÇÃO

O projeto de ensino está voltado a linha de pesquisa docência na


educação infantil. A ideia e importante e possui grande relevância, pois pode-se
compreender como as brincadeiras fazem parte da infância e de que forma o
professor desenvolve estratégias para a aprendizagem dos conteúdos onde os seus
alunos aprendam com prazer e satisfação. O tema está relacionado aos eixos
estudados nas disciplinas durante o curso de pedagogia, dessa maneira podemos
compreender que os profissionais da área da educação precisam dos
conhecimentos adquiridos.
Ao logo da graduação em pedagogia foi possível compreender que os jogos e
brincadeiras devem ser explorados por todos os professores, pois no contexto
educacional atual, o construtivismo faz parte da realidade educacional.
O interesse em desenvolver este projeto nasceu da necessidade de
aprofundar os conhecimentos sobre as oportunidades de aprendizagem que o
brinquedo e os jogos podem ofertar. Nessa fase as brincadeiras e os jogos são
excelentes ferramentas para desenvolver a aprendizagem dos conteúdos.
Os três principais objetivos para a elaboração desse projeto foram promover a
defesa do direito da criança de brincar; incentivar o brincar que dá oportunidade à
criança de escolher livremente o como e com quem quer brincar; Criar oportunidades
para o resgate de brinquedos e brincadeiras característicos das diferentes regiões do
país. Serão trabalhados os conteúdos de português, matemática, ciências, geografia,
história, artes.
Para realização deste projeto será utilizada a pesquisa bibliográfica, a partir de
grandes autores como Piaget, Vygotsky, Rousseau, Pestalozzi, Fröebel, Decroly,
Montessori, Freinet entre outros que contribuíram com a Educação Infantil.
A atividade lúdica pode contribuir para a aprendizagem na educação infantil,
pois é possível notar a sensação de prazer que envolve as crianças em suas
atividades lúdicas, que por sua vez, desenvolvem maior interação entre professores e
colegas. As brincadeiras e os jogos não são apenas um passatempo são formas
também de despertar na criança autoconfiança, desenvolvimento psicomotor,
afetividade e que são as principais formas de socialização, pois através do brincar a
criança aprende regras e limites no qual usara respeitando o colega no seu dia a dia.
O brincar está presente no cotidiano da criança, pois é a fase fundamental e mais
importante para o desenvolvimento . Sabendo-se que um dos principais objetivos da
escola é proporcionar a socialização, por esse motivo não se deve deixar as crianças
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presas em salas de aula com trabalhos tradicionais sem nenhuma motivação por
parte do professor, mas contudo motivar os trabalhos em grupo, a troca de ideias
onde a cooperação acontece através dos jogos.
É importante ressaltar que brincadeiras e jogos contribuem para o
desenvolvimento da autoestima da criança podendo ser o início para se trabalhar
ludicidade e também investigar como a criança vivencia atividades lúdicas na sala de
aula, no seu contexto familiar, além de analisar se a criança consegue aprender um
conteúdo mais rápido através das atividades lúdicas. A aprendizagem através do
lúdico, a função dos jogos e brincadeiras e suas contribuições para o ensino
aprendizagem na educação infantil e muito importante no cotidiano escolar onde o
papel do professor frente a ludicidade se faz relevante na medida em que o mesmo
possa oferecer as crianças interação, aprendizagem e possibilidades.
A brincadeira é uma rica fonte de comunicação, o jogo é uma maneira de as
crianças interagirem entre si. Sneyders (1996 p.36) afirma que "Educar É é ir em
direção à alegria". Uma vida sem alegria se torna chata, monótona, triste; com a
educação não é diferente. Educação sem ludicidade é desinteressante, é
desestimulante; é ruim para o professor e pior ainda para a criança. É de fundamental
importância o uso de jogos e brincadeiras ao longo do processo pedagógico porque
os conteúdos podem ser ministrados de forma agradável e cativante. Por meio do
método dialético pretendemos mostrar que o lúdico na educação poderá tornar a
aprendizagem dos pequenos, mais interessante e eficiente.
Desse modo, foi abordada a importância de se utilizar os brinquedos e jogos
em sala de aula, pois, assim, as crianças aprendem brincando, e com isso eles
mostram mais interesse na aula, pois conteúdos e rotina fazem com que a criança se
desanime e não queira ir à escola. Atividades dinâmicas de motivação, utilização de
jogos pedagógicos, bem como os momentos de socialização e afetividade
oportunizam aprendizagem por meio do mundo imaginário por isso inovem e
renovem seus planos de aulas com aulas divertidas e construtivas.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O processo educativo requer do professor um papel de mediador do


ensino aprendizagem ao aluno. E nessa mediação, o professor pode contar com
uma ferramenta que irá facilitar esse processo, que é a afetividade.

Atualmente as atividades lúdicas são usadas por toda sociedade,


porém antes do século XVI essas atividades não eram aceitas, porque a criança não
era valorizada, eram vistas como adultos em miniatura. Sobre isso ÁRIES (1978)
enfoca que no século XVII a arte medieval não conhecia a infância, pelo fato que
não existia lugar para a criança naquele período. As crianças não tinham sua própria
identidade e tudo que faziam eram viver a vida de um adulto, não existiam
brinquedos e nem brincadeiras a elas atribuídas. No catolicismo as atividades
lúdicas eram consideradas ociosas e geradoras de desvios.

Também no período revolução industrial as brincadeiras eram tidas


como algo banal, mesmo porque não havia tempo, pois o trabalho era incessante
para a população na época. O lazer era considerado uma fonte de pecado e de
perda de salvação. Daí se percebe a visão do ser humano na antiguidade, em
relação a ludicidade.

Porém com o passar dos anos essa visão foi mudando, nasce uma
preocupação com o pudor e o cuidado em não corromper a ‘’inocência infantil como
salienta Aranha (1996 p.60). E nessa mudança os jogos e as brincadeiras passam a
fazer parte do cotidiano infantil. E no que se refere as atividades lúdicas no enfoque
educacional ainda não faz jus a sua real finalidade.

Porém a partir da Antiguidade, os educadores começaram a


trabalhar com as atividades lúdicas apenas na recreação, pois não viam no
brinquedo, um objeto educativo. Na Grécia antiga, essas atividades eram usadas
pelos filósofos gregos para ajudar os seus aprendizes em suas tarefas diárias.
Diante disso é possível perceber que o lúdico é uma ferramenta importante na
educação, no que se refere a criatividade que cada criança apresenta quando
brinca, proporcionando ao educando sentimento de satisfação, prazer e auxilia no
desenvolvimento do seu eu interior, na memorização dos fatos, em testes cognitivos.
Também, é essencial para a saúde física e mental e fundamental para na sociedade
e na família.
As atividades lúdicas vêm sendo usadas por muitos educadores
como uma forma de atividade educacional e como estratégia de melhora do
processo de ensino e aprendizagem. Mas qual o real significado desta palavra que
ainda hoje existe pessoas que não a conhecem?

Na educação as atividades lúdicas facilitam o processo de ensino


aprendizagem. Sobre este assunto, Nóvoa (1991) afirma que não e possível
construir um conhecimento pedagógico para além dos professores, isto é, que ignore
as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente. Mas isso não quer dizer
que o educador seja o único responsável pelas ações educativas. No entanto é um
dos responsáveis pelo sucesso da ação. Neste sentido, Kishimoto (2008) defende a
ideia de que a brincadeira é o lúdico em ação, que a brincadeira deixa de ser coisa
de criança e passa a se constituir em coisa séria, digna de fazer parte dos recursos
didáticos. E é nesse ponto que a escola entra como como alicerce para a realização
da ludicidade, de forma que não seja nem apenas o brincar em ação, mas passe a
ser uma diretriz para a transformação do ato de brincar.

O sentido real, verdadeiro, funcional, da educação lúdica estará


garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será
feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos
essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o
conhecimento e predisposição para levar isso adiante (ALMEIDA, 2000,
p.63).

A medida que o brinquedo se desenvolve, observamos um


movimento em direção a realização consciente de seu propósito. É necessário
conceber o brinquedo como atividade, com propósitos que direciona as ações da
criança. Às vezes, no brinquedo, a criança é livre para determinar suas próprias
ações, em outra é uma liberdade ilusória, pois suas ações são de fato subordinadas
aos significados dos objetivos, e age de acordo com a ação intencional do educador.
Através das brincadeiras as crianças usam uma situação imaginaria que poderá ser
considerada como um meio para desenvolver o pensamento abstrato.

Para Vygotsky (1991) o ensino sistemático não é o único fator


responsável por alargar os horizontes da zona de desenvolvimento proximal. Ele
considera o brinquedo, a importante fonte de promoção do desenvolvimento, pela
qual podemos reconhecer o valor do brincar nas atividades educativas da criança,
pois o brinquedo, apesar de não ser o aspecto predominante da infância, exerce
enorme influência no desenvolvimento infantil.

Vygotsky, ao empregar o termo “brinquedo”, num sentido amplo


refere-se principalmente a atividade ao ato de brincar. No entanto é necessário
ressaltar também que embora ele analise o desenvolvimento do brinquedo e
mencione outras modalidades, procura evidencia o jogo de papeis ou a brincadeiras
do faz de conta, por exemplo, a amarelinha, brincadeira muito antiga, faz parte do
folclore, essa brincadeira estimula o equilíbrio, agilidade, socialização e que poderá
brincar uma ou mais crianças. Tal fato explica a importância dessas brincadeiras
para as crianças que aprendem a falar e que, portanto, já são capazes de
representar simbolicamente, envolvendo-se numa situação imaginaria.

Kishimoto (1999), observa a importância do jogo na educação infantil


em suas pesquisa, procura discutir o significado atual do jogo na educação, sua
função lúdica e pedagógica. Faz uma abordagem histórica da a construção do termo
jogo educativo, demonstrando suas benéficas aplicações nos brinquedos e nas
brincadeiras, desde Roma e a Grécia antigas. Ele ressalta que os jogos foram
transmitidos de geração em geração por meio de sua pratica, permanecendo na
memória infantil. Evidencia também os jogos tradicionais infantis, marginalizados em
decorrência do acelerado processo de industrialização e urbanização.

Brincar faz parte da vida e ao oferecermos a criança a possibilidade


de brincar, reflete muito mais do que o ato em si mesmo, visível aos olhos,
estendemos uma perspectiva de vida melhor. Estendemos a essas crianças um
desenvolvimento natural e eficiente, uma socialização decorrente de tão somente
brincar e ainda mais, a possibilidades de reconhecer como ser, de expressar e
concretizar criativamente seus desejos, necessidade e fantasias na criança
pequena.

O brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade,


especialmente para as crianças com idade entre três e quatro anos de idade, que
brincam para viver, interagem com o real, descobrem o mundo que as envolve
organizam-se e se socializam. Dessa forma o brincar e o brinquedo já não mais, na
escola e na creche aquelas atividades utilizadas pelo professor para recrear as
crianças, como uma atividade em si mesma.

Quanto mais rica for experiência vivida pela criança, maior é o


material disponível e acessível a sua imaginação. Assim, há necessidade de o
professor ampliar, significativamente, as vivencias da criança com o ambiente físico,
com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.

Durante a infância, o desenvolvimento físico/motor não pode ser


ignorado. Então, no ambiente escolar o educador deve se conscientizar de que por
meio de muitas atividades lúdicas as crianças podem adquirir mobilidade corporal de
modo orientado, calculado, podendo assim movimentar-se em diferentes espaços
tendo como orientador espacial o próprio corpo. Em trabalho de campo constatamos
que brincadeiras como pular corda, andar em linhas demarcadas com giz, imitar os
movimentos de animais como sapo, coelho, pular com um pé só, pintar, desenhar,
rasgar papéis, satisfazem os anseios dos alunos e auxiliam o desenvolvimento motor
com maior satisfação.

É importante criar uma parceria entre escola, família e criança a fim


de explicitar os benefícios do ato de brincar na educação infantil, visto que além de
deixar as crianças mais alegres, possibilita o desenvolvimento de habilidades físicas,
motoras, cognitivas, etc. Ocorre que quando as crianças têm essa estimulação na
escola e no contexto familiar, os benefícios têm um valor muito maior.

Foi refletindo acerca dessa realidade que é vivida não só no Brasil,


mas em toda América, que devemos considerar necessário resgatar o brincar como
elemento essencial para o desenvolvimento integral da criança em sua criatividade,
aprendizagem, socialização, enfim, em todos os ambientes e circunstâncias de sua
vida, no lar, na vizinhança, na escola e na comunidade.

Hoje o tempo das crianças é saturado por deveres e afazeres,


restando muito pouco para as atividades lúdico-criativas. Assim, diminuem as
possibilidades de descobrirem sua própria maneira de ser, construir, sua afetividade
e fazer suas próprias descobertas por meio da brincadeira. O lúdico facilita a
aprendizagem da criança, mas o professor precisa conhecer as maneiras de aplicá-
lo, pois se não procurar compreender a ludicidade seu trabalho não terá
rendimentos.

Acredita-se, que para conhecer e entender os problemas que


interferem na aprendizagem dos alunos, o professor deve ter uma busca constante.
Para isso, ele deve refletir sobre sua prática pedagógica em sala de aula. Este
aprender a refletir, está relacionado com sua formação, com sua preocupação em
estar atualizado, em procurar novas metodologias em querer inovar, fazer diferente.

No mundo infantil o espaço lúdico é essencial o período em que


estamos na sala de aula precisa ser mágico e nesse momento onde conseguimos
criar o encantamento necessário para que a criança se sinta apaixonada pelo
instante em que vive na escola estamos proporcionando um ambiente afetuoso
necessário para envolvê-la. Piaget afirma que o desenvolvimento da inteligência está
voltado para o equilíbrio.

Na infância as brincadeiras e os jogos utilizados no contexto escolar


devem produzir satisfação, subtraindo assim as atividades sofríveis, maçantes e
repetidas que muitas vezes os alunos são submetidos a fazê-las, antes mesmo de
aperfeiçoar seus movimentos motores.

O lúdico é tão   importante   para o desenvolvimento da criança, que


merece atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um ser   único,
com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Portanto nem sempre um
método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia.

Para que os jogos e brincadeiras não percam a sua função de


ludicidade no ato de ensinar, Antunes (2005, p.37) recomenda “jamais pense em
usar jogos pedagógicos sem um rigoroso e cuidadoso planejamento”. Como
trabalhar na educação infantil se não dispuser de recursos pedagógicos que
atendam a demanda de nossos clientes?

De acordo com Vygotsky (1998), ao discutir o papel do brinquedo,


refere-se especificamente à brincadeira de faz-de-conta, como brincar de casinha,
brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo.
Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz-de-conta é
privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No
brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o
mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada,
sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento.

As crianças aprendem com maior eficácia a partir do momento que


elas sentem prazer no que estão fazendo. Nesse sentido, espera-se que os
educadores reflitam e reconheçam a importância que as atividades possuem em
assegurar a eficácia no processo ensino aprendizagem.

Segundo Craidy & Kaercher (2001) Vygotsky relata novamente que


quando uma criança coloca várias cadeiras uma através da outra e diz que é um
trem, percebe-se que ela já é capaz de simbolizar, esta capacidade representa um
passo importante para o desenvolvimento do pensamento da criança. Brincando, a
criança exercita suas potencialidades e se desenvolve, pois há todo um desafio,
contido nas situações lúdicas, que provoca o pensamento e leva as crianças a
alcançarem níveis de desenvolvimento que só as ações por motivações essenciais
conseguem. Elas passam a agir e esforça-se sem sentir cansaço, não ficam
estressadas porque estão livres de cobranças, avançam, ousam, descobrem,
realizam com alegria, sentindo-se mais capazes e, portanto, mais confiantes em si
mesmas e predispostas a aprender.

Na educação de modo geral, e principalmente na Educação Infantil o


brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite,
através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social.  A proposta do
lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é
incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo.
O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade,
pensamento e o sentido.  Assim, Goés (2008, p 37), afirma ainda que:

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação


Infantil (BRASIL, 1998, p. 23, v.01): Educar significa, portanto, propiciar situações de
cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam
contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal
de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e
confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade
social e cultural.

Por isso o educador é a peça fundamental nesse processo, devendo


ser um elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou
mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si
mesmo, e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa
escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de
mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é acima
de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do
conhecimento. Segundo este processo educativo, a afetividade ganha destaque,
pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o
raciocínio do aluno. E muitos educadores têm a concepção que se aprende através
da repetição, não tendo criatividade e nem vontade de tornar a aula mais alegre e
interessante, fazendo com que os alunos mantenham distantes, perdendo com isso
a afetividade e o carinho que são necessários para a educação.

A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com


a aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a
ludicidade em parceria com professor-aluno, ajuda a enriquecer o processo de
ensino-aprendizagem. E quando o educador dá ênfase às metodologias que
alicerçam as atividades lúdicas, percebe-se um maior encantamento do aluno, pois
se aprende brincando. Assim, a ludicidade tem conquistado um espaço na educação
infantil. O brinquedo é a essência da infância e permite um trabalho pedagógico que
possibilita a produção de conhecimento da criança. Ela estabelece com o brinquedo
uma relação natural e consegue extravasar suas angústias e entusiasmos, suas
alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades.

O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser


construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real
da criança, num dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser
desenvolvido, e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola,
supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades
de cada grupo de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará
demarcado pelas possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de
desenvolvimento potencial.

A partir da leitura desses autores podemos verificar que a ludicidade,


as brincadeiras, os brinquedos e os jogos são meios que a criança utiliza para se
relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade
e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, nos aspectos físico, social,
cultural, afetivo, emocional e cognitivo, e assim, temos os fundamentos teóricos para
deduzirmos a importância que deve ser dada à experiência da educação infantil.

Na formação de profissionais da educação infantil deveriam está


presentes disciplinas de caráter lúdico, pois a formação do educador
resultará em sua prática em sala de aula. Essas disciplinas ajudarão na
formação e preparação dos educadores para trabalharem com crianças,
assim: “o lúdico servirá de suporte na formação do educador, como
objetivo de contribuir na sua reflexão-ação-reflexão, buscando dialetizar
teoria e prática, portanto reconstruindo a práxis”. (SANTOS, 2007,
p.41).

O educador é o mediador entre conhecimento e saber da criança,


um organizador do tempo e das atividades propostas em sala. É a partir dessa
mediação que a criança passa por seu processo de construção do conhecimento,
então este educador tem que ter competência técnica para fazê-la. Além de
desenvolver algumas capacidades, tais como atenção, imitação, memória,
imaginação entre outros aspectos relevantes.
Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras
ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de
escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os
jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociáveis.

Diante de tal objetivo os jogos escolhidos pelos educadores


precisam ser estudados intimamente analisados rigorosamente para serem de fato
eficientes, porque os jogos que não são testados e pesquisados não terão seu exato
valor tornando-se ineficazes, obviamente uma atividade lúdica nunca deve ser
aplicada sem que tenha um benefício educativo. O professor pode criar seus
próprios jogos a partir de materiais disponíveis na instituição de ensino em que
leciona ou até mesmo na sala de aula. Porém precisa atentar para a forma de como
serão trabalhados, não esquecendo os objetivos e o conteúdo a ser desenvolvido. O
educador precisa ter muito mais força de vontade, criatividade, disponibilidade e
competência para construir um jogo onde irá fazer a diferença no trabalho em sala
de aula.

Infelizmente ainda há muitas escolas que tratam a criança da


Educação Infantil como adulto em miniatura. Não valorizam a fantasia e as
atividades motoras próprias dessa etapa da vida que é a infância. A ideia de
ludicidade nessas escolas está intimamente ligada à instrumentalização apenas,
pois o processo ensino aprendizagem baseado numa metodologia tradicional
contribui para o desenvolvimento da “consciência bancária”, assim denominada por
Paulo Freire (1983, p. 38) que consiste em: O educando recebe passivamente os
conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se para arquivar o
que se deposita. Mas o curioso é que o arquivado é o próprio homem, que perde
assim seu poder de criar, se faz menos homem, é uma peça. O educador consciente
de seu compromisso social e que trabalha numa escola cuja concepção de ensino
priorizada é a emancipatória, planejará situações lúdicas em que a criança
vivenciará experiências de construção e reconstrução de saberes existentes no seu
mundo real, além de significativas interações sociais.

É essencial que o professor não confunda o lúdico com


“passatempo”, pois, conforme menciona Freire (1997), isso equivale a camuflar o
problema, e não a ter coragem de lidar com ele. Do ponto de vista educacional, seria
como dar água a quem não tem sede. Brincar é muito mais que isso.

Infelizmente ainda há muitas escolas que tratam a criança da


Educação Infantil como adulto em miniatura. Não valorizam a fantasia e as
atividades motoras próprias dessa etapa da vida que é a infância. A ideia de
ludicidade nessas escolas está intimamente ligada à instrumentalização apenas,
pois o processo ensino aprendizagem baseado numa metodologia tradicional
contribui para o desenvolvimento da “consciência bancária”, assim denominada por
Paulo Freire (1983, p. 38) que consiste em: O educando recebe passivamente os
conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se para arquivar o
que se deposita. Mas o curioso é que o arquivado é o próprio homem, que perde
assim seu poder de criar, se faz menos homem, é uma peça. O educador consciente
de seu compromisso social e que trabalha numa escola cuja concepção de ensino
priorizada é a emancipatória, planejará situações lúdicas em que a criança
vivenciará experiências de construção e reconstrução de saberes existentes no seu
mundo real, além de significativas interações sociais.

É essencial que o professor não confunda o lúdico com


“passatempo”, pois, conforme menciona Freire (1997), isso equivale a camuflar o
problema, e não a ter coragem de lidar com ele. Do ponto de vista educacional, seria
como dar água a quem não tem sede. Brincar é muito mais que isso.

Como educadores, devemos saber o grande valor das organizações


sociais de recreação e a importância que atividades recreativas bem orientadas tem
na vida da criança, mas apesar de nosso entusiasmo, muito pouco tem sido feito
para que bons projetos pedagógicos com o lúdico seja efetivada em nossas escolas.
Não devemos pensar nas condições materiais de nossas salas, embora
reconhecendo que para certas atividades recreativas dependemos de espaço e, às
vezes, de objetivos caros.

O professor deve fazer da aula uma boa hora de convivência. A escola


deve favorecer o desenvolvimento de várias atividades criadoras,
desenvolvendo na criança sua capacidade de auto–expressão, tais
como: música, artes manuais, educação física, clubes literários, de
teatro e outros. As instituições devem também funcionar, fora dos
horários escolares, como um verdadeiro centro recreativo. Quantas
vezes ficamos em duvida sobre a maneira como brincar com as nossas
crianças e como às vezes deixamos de brincar, pôr falta de segurança
para orientar os brinquedos tão bem quanto orientamos os materiais de
estudo. Aos pouco perceberemos que não é tão difícil e até nosso
conhecimento pode ir se enriquecendo com esta forma de aprendizado.
(MALUF, 2004)
Para complementar nossa análise, parece-nos fundamental nos
determos na importância do brincar para a Educação do ser humano. Tomando por
base os quatro pilares da Educação propostos por Jacques Delors para a UNESCO
(Comissão Internacional para a Educação no século), vejamos qual é a contribuição
que o brincar pode dar para o desenvolvimento dos mesmos.

APRENDER A CONHECER - Nesta proposta o brincar tem se


mostrado um instrumento extremamente eficiente desde as metodologias propostas
por educadores como Decroly, Montessori, Piaget que usaram o recurso do lúdico
para estimular a aprendizagem; até os especialistas em jogo contemporâneos,
inúmeros no mundo todo e no Brasil, que levaram para a escola variadas propostas
para utilização do brincar dentro e fora da sala de aula, com o intuito de estimular o
desenvolvimento e a aprendizagem das crianças.

APRENDER A FAZER - Há uma tendência no mundo todo, a tornar


mais próximas a área de educação para o trabalho e a área de economia. O
desenvolvimento da economia depende da força dos trabalhadores que dependem,
por sua vez, do investimento e preocupação dos governos com a educação e
formação dos seus cidadãos. No âmbito da profissionalização, o brincar tem se
constituído em um recurso motivacional muito interessante, utilizado tanto nos
cursos técnicos e acadêmicos, quanto dentro das próprias empresas e instituições. 0
fazer, em qualquer âmbito das nossas vidas, e sobretudo no trabalho, deveria ter
como ingrediente principal o prazer. E brincar e prazer integram a mesma categoria.

APRENDER A CONVIVER - Os jogos e brincadeiras são um


exemplo de vivência muito eficientes para facilitar e formar nos indivíduos valores de
cooperação, trabalho em equipe, respeito pelas diferenças individuais e
desenvolvimento de projetos. Há inúmeras propostas para se trabalhar estes
conceitos, sobretudo a nova tendência dos Jogos Cooperativos, criada no Canadá e
na Bélgica e começando a ser difundida no Brasil, cujo intuito é o de estimular a
cooperação contrapondo-a à acirrada competição em que tem se transformado o
cotidiano na vida do ser humano.

APRENDER A SER - O brincar constitui-se na linguagem por


excelência das crianças, através da qual eles podem expressar-se e comunicar-se
com o outro. Através do brincar a criança expressa seu ser integral colocando corpo,
mente, sentimentos e espírito em evidência. O brincar constitui um excelente canal e
oportunidade para o ser humano expressar e comunicar, de forma espontânea, as
suas crenças, atitudes, criatividade e valores. Nesse sentido ele deve ser
incentivado nos diferentes grupos.

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Tema e linha de pesquisa


O seguinte projeto de intervenção esta embasado em teorias de
grandes filósofos e professores que destacam a importância das brincadeiras e dos
jogos na educação infantil, o mesmo está voltado para as turmas de pré-alfabetização
A ideia e importante e possui grande relevância, pois se compreende
que as brincadeiras fazem parte da infância e cabe ao professor desenvolver
estratégias para a aprendizagem dos conteúdos onde os seus alunos aprendam com
prazer e satisfação, as brincadeiras promovem alegria. O tema está relacionado aos
eixos estudados nas disciplinas durante o curso de pedagogia, dessa maneira
podemos compreender que os profissionais da área da educação precisam dos
conhecimentos adquiridos.

Justificativa
A relevância do projeto ora apresentado se fundamenta na importância do
trabalho de socialização que deve ser feito com as crianças na educação infantil pois o
convívio social, a interação e a consolidação da personalidade começam dentro da
escola e que são fatores primordiais para se formar um cidadão consciente e formador
de opiniões. Os jogos em grupos ajudam muito a criança se relacionar com outras
pessoas e entender o direito igual pra todos na sociedade, além de ser uma ferramenta
imprescindível no trabalho docente.

Problematização
O interesse em desenvolver esta pesquisa nasceu da necessidade de
aprofundar os conhecimentos sobre as oportunidades de aprendizagem que o
brinquedo e os jogos podem ofertar na educação infantil. Nessa fase as brincadeiras e
os jogos são excelentes ferramentas para desenvolver a aprendizagem dos conteúdos,
mas ainda existe uma resistência por parte dos docentes em implantar tal prática para
desenvolver a aprendizagem dos seus alunos.

Objetivos
 Promover a defesa do direito da criança de brincar;
 Incentivar o brincar que dá oportunidade à criança de escolher
livremente o como e com quem quer brincar;
 Criar oportunidades para o resgate de brinquedos e brincadeiras
característicos das diferentes regiões do país;
 Proporcionar momentos agradáveis e de prazer;
 Criar laços de amizade;
 Desenvolver a sensibilidade, o raciocínio lógico, a expressão corporal, a
capacidade de concentração, a memória, a inteligência, o cuidado, o
capricho e a criatividade;
 Estimular o trabalho em grupo;
 Ampliar as possibilidades expressivas nas brincadeiras, jogos e demais
situações de interação.
 Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir
com outros.
 Produzir trabalhos de arte utilizando a linguagem do desenho, da
pintura, da colagem e da construção.
.

Metodologia
Utilizar alfabeto móvel para desenvolver a alfabetização, bingo das letras,
figuras e palavras, fazendo assim associações.
Bingo das Letras - As cartelas devem conter letras variadas. Algumas podem
conter só letras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras, letras dos dois
tipos, misturadas.
Bingo de palavras - as cartelas devem conter palavras variadas. Algumas
podem conter só palavras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras,
letras dos dois tipos.
Bingo de iniciais - a profª deve eleger uma palavra iniciada por cada letra do
alfabeto e distribuí-las, aleatoriamente, entre as cartelas. (+/- 6 palavras por cartela).
A profª sorteia a letra e o aluno assinala a palavra sorteada por ela.
Bingo de letras variadas - as cartelas devem conter letras variadas. A profª dita
palavras e a criança deve procurar, em sua cartela, a inicial da palavra ditada.
Utilizar DADO com letras e números para promover atividades lúdicas como a
amarelinha das letras.
Quebra-cabeças com figuras e palavras, para o reconhecimento de palavras e
letras
CD com a música do alfabeto.
Caça palavras
01 - A prof.ª monta o quadro e dá só uma pista: “Ache 5 nomes de animais”
por exemplo.
02 - A prof.ª monta o quadro e escreve, ao lado, as palavras que o aluno deve
achar.
03 - A prof.ª dá um texto ao aluno e destaca palavras a serem encontradas por
ele, dentro do texto.
Brincadeiras livre com bolas para promover a socialização.
.

Cronograma
Atividade Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Levantamento bibliográfico X X X
Análise dos dados bibliográficos X X X
Visita técnica a uma turma de uma Escola
Municipal de Educação Infantil em Mineiros- X X
Go
Entrevista com professor da educação infantil
em Mineiros-Goiás X X
Aplicação de brincadeiras e jogos lúdicos para
alunos da educação infantil em Mineiros- X X
Goiás
Coleta dos dados finais e elaboração de
relatório final da pesquisa X
Recursos humanos e materiais
Nº DESCRIÇÃO QUANTIDADE
01 Caneta esferográfica azul 10
02 Resma papel A-4 08
03 Xerox (unidade) 300
04 Pen drive 02
05 Borracha branca macia 05
06 Lápis 10
08 Clipe de papel (caixa) 01
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredito que com a presente pesquisa bibliográfica foi possível
destacar algumas considerações a respeito do lúdico e os jogos na educação infantil.
Um desenvolvimento harmônico, lúdico, que inclui aprender a ouvir opiniões diferentes
e a contra-argumentar, estabelecendo comparações objetivas entre várias maneiras de
se compreender um mesmo fato, pouco a pouco vai contribuir para tornar a criança
apta a um intercambio, real com os outros, favorecendo a troca de experiências, por
estar baseada na cooperação e na reciprocidade.
       Rompendo com a aceitação passiva de idéias ou sugestões mal
compreendidas, a criança que desenvolve a ludicidade entra em contato com uma
forma mais ampla de linguagem, passa a ser sujeito ativo de suas ações e as defende
nas conversas com os adultos. Assim, o seu “mundo lógico” passa a ser transformado
de acordo com suas vivências.
         O “fazer” é um dos critérios essenciais para orientar as condutas
do professor frente às crianças. Sendo assim, o que realmente importa é criar o maior
número de situações que promovam o desenvolvimento de habilidades variadas com o
objetivo de alcançar um maior aprendizado.
As crianças devem sentir-se sempre capazes de exercitar o que foi
proposto. O progresso dos movimentos e das habilidades deve ser de qualidade
crescente, superando obstáculos e aspirando a novos desafios. Esse progresso repercute nos
demais movimentos e possibilita a introdução de outras e mais complexas atividades.
 Para tanto, o professor deve compreender a importância das tentativas
desenvolvidas com atividades lúdicas que conduzem ao desenvolvimento do raciocínio. Deve
aprender a respeitar a criança e valorizar cada descoberta que venha a fazer em sua vida
escolar. O respeito pelas várias etapas deste desenvolvimento constitui uma conduta que, uma
vez refletida, transcendem quaisquer que sejam as características do meio imediato. O que
realmente interessa é atribuir a cada criança o papel de sujeito ativo na construção de formas
cada vez mais aprimoradas de conhecimento, pois somente o indivíduo ativo é capaz de atuar
frente às pressões sociais, compreendendo-as para transformá-las.
Deste modo, acredita-se que a utilização de jogos na alfabetização
possa vir a melhorar a forma de: ensinar e aprender. Assim, o jogo, compreendido sob
a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser
entendido como importante instrumento de alfabetização, na medida em que os
professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para
com o desenvolvimento da criança. Não basta levar o jogo para sala de aula, sem ter
conhecimentos prévios sobre como aplicá-lo devidamente, ou seja, com seu devido
planejamento voltado para a realidade do alunado, objetivos propostos, critérios
avaliativos pós, durante ou após a atividade. Só assim, a atividade lúdica poderá trazer
resultados positivos tanto para o professor, quanto para os demais profissionais da
instituição.
As crianças devem sentir-se sempre capazes de exercitar o que foi
proposto. O progresso dos movimentos e das habilidades deve ser de qualidade
crescente, superando obstáculos e aspirando a novos desafios. Esse progresso
repercute nos demais movimentos e possibilita a introdução de outras e mais
complexas atividades.
Para tanto, o professor deve compreender a importância das tentativas
desenvolvidas com atividades lúdicas que conduzem ao desenvolvimento do
raciocínio. Deve aprender a respeitar a criança e valorizar cada descoberta que venha
a fazer em sua vida escolar. O respeito pelas várias etapas deste desenvolvimento
constitui uma conduta que, uma vez refletida, transcendem quaisquer que sejam as
características do meio imediato. O que realmente interessa é atribuir a cada criança o
papel de sujeito ativo na construção de formas cada vez mais aprimoradas de
conhecimento, pois somente o indivíduo ativo é capaz de atuar frente às pressões
sociais, compreendendo-as para transformá-las.
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REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. Educação infantil: prioridade imprescindível. Rio de janeiro: Vozes,


2004.

ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências.


Petrópolis: Vozes, 1998.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro. São Paulo: Scipione, 1989.

FREIRE, Paulo – Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários a Pratica


Educativa. São Paulo: Paz e TERRA, 1996 (Coleção Leitura).

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 9. ed. São
Paulo: Edições Loyola, 1974.

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