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Graduando, UTFPR, Campus Campo Mourão, fabianoribeiro.civil@gmail.com
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Graduando, UTFPR, Campus Campo Mourão, mackensi_maiko@hotmail.com
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Professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Campo Mourão, jgoes@utfpr.edu.br
UFES/Vitória – 23 a 25 de julho de 2012
INTRODUÇÃO
(a) (b)
Figura 1 - Ligações vigas “I”. (a) Ligação viga “I” com alma dupla. (b) Ligação viga “I” com
alma simples. Fonte: UNITED STATE PATENT, (1978a) e (1980b).
Lionel (1987) registrou sua idéia para ligações mesa/alma em forma de cunha
incluindo ranhuras verticais ao longo do encaixe da alma e ranhuras no sentido longitudinal
da mesa. Concluiu que tais ranhuras proporcionam um escape do excesso de cola. O inventor
também menciona que preferencialmente utiliza-se de painéis de partículas orientadas na alma
e mesa de Madeira Laminada Colada. O exemplo pode ser observado na Figura 2.
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Figura 2 - Ligação mesa/alma viga “I” com ranhuras. Fonte: UNITED STATE PATENT,
(1987).
Figura 3 - Diferentes tipos de emendas usadas em vigas “I”. Fonte: LEICHTI et al., (1990).
Figura 4 - Diferentes tipos de emendas utilizadas pelo CWC. Fonte: adaptado de Canadian
Wood Council, (2010).
MATERIAL E MÉTODOS
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Para a avaliação do comportamento mecânico de vigas compostas e análise das
ligações, se faz necessário, além de análise teórica, a realização de ensaios de laboratório para
aferir os modelos matemáticos e obter parâmetros para serem usados em tais modelos.
Para aferir os modelos teóricos de comportamento das ligações foram realizados
ensaios em corpos-de-prova de cisalhamento de elementos compostos em escala natural. Esta
verificação foi feita em madeira de Pinus Taeda, de modo a constatar a validade do modelo
em estudo.
Realizaram-se testes de caracterização das ligações coladas com quatro diferentes
geometrias de forma a determinar a que proporcionasse melhor comportamento, rigidez,
menor custo e facilidade de produção. Os ensaios inerentes à caracterização das espécies de
madeira empregadas na pesquisa foram conduzidos conforme o anexo B da ABNT NBR
7190:1997 “Projeto de estruturas de madeira”.
O programa de ensaios foi desenvolvido no Laboratório de estruturas da (UTFPR)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná campus Campo Mourão. A seguir são
apresentados detalhadamente os materiais e os procedimentos adotados no programa
experimental de ensaios.
Materiais utilizados
Optou-se pela utilização da madeira de Pinus Taeda nas mesas, por serem
provenientes de áreas reflorestadas, baixa densidade, custo acessível e grande disponibilidade
e potencial de produção no país. O anexo E da ABNT NBR 7190:1997 fornece, para a
umidade de 12%, os valores médios das propriedades físicas e mecânicas de diversas espécies
de Pinus.
As madeiras foram adquiridas em uma empresa da cidade de Campo Mourão e,
constatando-se a necessidade de obter madeira com baixo teor de umidade, o material foi
selecionado para atender a essa condição (U = 12%), usando-se um medidor de umidade
eletrônico. Após a seleção da madeira seca, as mesmas passaram por um processo de
classificação visual que consiste na inspeção visual das faces, lados (bordas laterais) e das
extremidades de cada peça, examinando a localização e a natureza dos nós e outros defeitos
presentes na superfície das mesmas, seguindo os procedimentos da norma ASTM D245
(1993). As peças de madeira selecionadas para os estudos atingiram classificação SS-ND.
Para a alma, utilizou-se painel de OSB estrutural (Home Plus) do fabricante MASISA
de Ponta Grossa - Paraná, com dimensões 1220 mm x 2440 mm x 9,5 mm. O adesivo
utilizado foi o Resorcinol-formol, cujo nome comercial é CASCOPHEN – RS 216M,
produzido pela Hexion Specialty Chemicals, que deve ser obrigatoriamente usado em
conjunto com o preparado Endurecedor FM-60-M (em pó) na proporção por peso de 20%. Foi
utilizada a resina Resorcinol-formol por ser um adesivo comercial de alta resistência à
umidade e usualmente utilizado na composição de materiais estruturais derivados de madeira,
como as placas OSB e compensados.
As dimensões para os corpos de prova de cisalhamento foram estabelecidas de acordo
com a altura da viga de mesa a mesa, ou seja, 241 mm e comprimento de 250 mm. Para
avaliação das emendas em vigas compostas foram produzidos 6 corpos-de-prova de
cisalhamento para cada geometria, de forma a identificar a que apresentasse melhor
comportamento, menor custo e facilidade de produção. A Figura 5 ilustra a dimensão dos
corpos-de-prova de ligação.
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dimensões em “mm”
dimensões em“mm”
RESULTADOS E DISCUSSÃO
(11-a) (11-b)
Figura 11 - Ruptura dos corpos-de-prova, (11-a) ilustra a ruptura por cisalhamento na alma,
(11-b) ilustra a ruptura na borda de ligação.
Carga
Desvio
CP Média Modo de ruptura
Padrão
(kN)
Cisalhamento
Retangular 28,97 0,50
alma
Cisalhamento
Em "V" 28,47 0,42
alma
Sulcos Paralelos 27,51 0,48 Borda de ligação
Sulcos Inclinados 27,00 0,45 Borda de ligação
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CONCLUSÕES
Com base nas condições em que este trabalho foi realizado, podem-se inferir as seguintes
conclusões:
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
FISETTE, PAUL. The evolution of engineered wood I-joists. 2000. Disponível em:
http://www.umass.edu/bmatwt/publications/articles/i_joist.html. Acesso em: 11 jan. 2010.
USPTO, United State Patent and Trademark Office. (Alexandria). Keller, James R.;
Nickerson William A. Fabricated Wood Beam. Pat. No. 4,074,498. 05 nov. 1976, 21 fev.
1978.
USPTO, United State Patent and Trademark Office. (Alexandria). Keller, James R.;
Nickerson William A. Fabricated Wood Structural Member. Pat. No. 4,195,462. 24 abril
1978, 01 abril 1980.
USPTO, United State Patent and Trademark Office. (Alexandria). Lionel, L. Brightwell.,
Wooden Joist with web members having cut tapered edges and vent slots. Pat. No.
4,715,162. 06 janeiro 1986, 29 dezembro 1987.