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1. Assuntos
• A Gestão do conhecimento nas organizações
1. INTRODUÇÃO
A Era do Conhecimento
Nos dias de hoje, com a velocidade das mudanças cada vez maior, o conhecimento torna-se a
principal vantagem competitiva da organização. Saber como administrar o conhecimento e critico para o
êxito e sobrevivência do negocio. A maior parte do conhecimento das organizações esta na mente das
pessoas que as compõem.
2. PRINCIPAIS CONCEITOS
Ativos que não têm substância física, mas proporcionam benefícios econômicos, como: competência dos
gerentes, sua experiência e conhecimento da empresa, sistemas administrativos, patentes, softwares
desenvolvidos pela empresa, relações com os clientes atuais e potenciais e o conhecimento das suas
preferências, relações com fornecedores atuais e potenciais e conhecimento dos seus pontos fortes e
fracos, marcas registradas, imagem da empresa no público e na mídia, pesquisas em desenvolvimento,
manuais, etc.
2.3 Informações
“Informação é um conjunto de dados, ordenados e estruturados que possuem relevância e finalidade.”
Peter Drucker
2.4 Conhecimento
“Conhecimento é uma mistura fluida de experiência estruturada, valores, informações contextuais e
discernimento técnico que proporciona uma estrutura para avaliar e incorporar novas experiências e
informações. Ele se origina e é aplicado nas mentes das pessoas que possuem conhecimento.
Nas organizações, torna-se muitas vezes embutido não só em documentos ou em depositários, mas
também nas rotinas, processos, normas e práticas organizacionais.
(Página 2 de 7 da Nota de Aula nº 2- Sistema, Organização & Métodos- Prof. Arnaldo Santos)
O conhecimento desenvolve-se através da experiência, que inclui o que absorvemos através de cursos,
livros e orientadores, bem como através do aprendizado informal.”
Davenport e Prusak
3. GESTÃO DO CONHECIMENTO
A administração do conhecimento tomou ímpeto nos últimos anos em função de diversos fatores: O
aumento da importância do conhecimento como vantagem competitiva das organizações (Num mundo
quase sem fronteiras, em que recursos naturais e mão de obra não qualificada estão cada vez mais
disponíveis, o conhecimento passou a fazer a diferença para os países e as organizações).
A preocupação com estruturas organizacionais simples, que levou à aplicação do downsizing em muitas
organizações. (Várias tiveram que readmitir empregados que haviam sido dispensados em virtude dos
conhecimentos que possuíam).
A facilidade de ordenar, armazenar, recuperar e disseminar informações proporcionados pelas redes de
computadores e pelos softwares de gerenciamento dessas redes.
O primeiro ponto para implantar uma gestão do conhecimento é definir os critérios para escolher que tipo
de conhecimento a empresa planeja obter, e qual a forma de consegui-lo e distribuí-lo.
O conhecimento tácito é algo dificilmente visível e exprimível. Ele é altamente pessoal e difícil de
formalizar, o que dificulta sua transmissão e compartilhamento com outros. O conhecimento tácito está
profundamente enraizado nas ações e experiências de uma pessoa, bem como em suas emoções,
valores ou ideais.
São organizações com capacidade para criar, adquirir e transferir conhecimento, bem como para
modificar seu comportamento para refletir novos conhecimentos e discernimentos.
“Numa economia em que a única certeza é a incerteza, a única fonte de vantagem competitiva
duradoura é o conhecimento. Quando os mercados mudam, as tecnologias proliferam, os competidores se
multiplicam e os produtos se tornam obsoletos quase do dia para a noite, as companhias bem sucedidas são
aquelas que criam novos conhecimentos, disseminam estes conhecimentos amplamente por toda a
organização, e rapidamente incorporam-no em novas tecnologias e produtos. Estas atividades definem as
empresas que aprendem, cujo único negócio é a contínua inovação.” Ikujiro Nonaka
Para criar uma organização que aprende precisamos passar por três etapas, não necessariamente
rigidamente seqüenciais:
1. Recrutar e admitir os melhores.
2. Criar fluxos horizontais de conhecimento.
3. Criar uma cultura baseada na confiança.
3.12 Fatores que levam ao êxito do projeto de construir a organização que aprende
1) Uma cultura orientada para o conhecimento.
2) A existência de uma estrutura de recursos tecnológicos de apoio.
3) Uma organização adequada.
4) Apoio da administração superior.
5) Uma ligação com os aspectos econômicos e o valor adicionado.
6) Clareza de visão e linguagem.
7) Múltiplos canais para transferir conhecimento.
8) Suporte motivacional.
9) A organização deve ter uma orientação para os processos.
Artigo
A Gestão do Conhecimento a partir do e-mail
São muitos os benefícios para a empresa que podem ser obtidos através da gestão ética de e-mail,
tornando-o uma valiosa fonte de conhecimento.
O e-mail se tornou, hoje em dia, uma ferramenta que transcende seu propósito básico de comunicação.
Mais que isto, o e-mail faz a captura e permite que, de modo natural, o conhecimento das pessoas seja
explicitado e compartilhado na empresa. Embora nem sempre seja reconhecido como fonte de
conhecimento, as mensagens de e-mail, muitas vezes, incorporam e carregam consigo preciosas
informações sobre clientes, fornecedores, concorrentes e mercado em geral, resultado de pesquisas e do
trabalho dos funcionários.
Uma vez tratado e gerido adequadamente e de modo ético (pois não estou falando de apropriação de e-mail
particular ou de violação de conteúdo de e-mail), o e-mail, pode cumprir seu papel mais nobre, tornando-se
valiosa fonte de conhecimento.
São muitos os benefícios do conhecimento que uma empresa pode obter através da gestão ética de e-mail.
Abaixo segue uma análise prática de gestão do conhecimento a partir da gestão de e-mail. Minha intenção é
demonstrar como se pode resolver uma série de problemas comuns à maioria das empresas, através da
adoção simples das bases de conhecimento (Knowledge bases).
Knowledge bases
Temos assistido, em nosso tempo, uma assombrosa revolução em torno da comunicação, da informação e
do conhecimento, afetando drasticamente nossas vidas. A introdução do e-mail no cotidiano das pessoas e
a constatação do seu aumento de uso, agora generalizado, é uma comprovação destas mudanças.
O e-mail, inicialmente adotado pelas companhias como meio interno de comunicação, tem hoje suas
funções extrapoladas, permitindo intercâmbios entre pessoas de diferentes companhias, a participação em
listas de discussões, além do acesso a um volume de informações externas sem precedentes históricos.
Muitas pessoas, de inúmeras empresas, utilizam-se do software de e-mail como sua mesa de trabalho. Para
estas pessoas, a caixa de entrada de e-mail determina o ritmo de trabalho, a ordem e a prioridade com que
muitas das tarefas são realizadas. Na realidade, a caixa de e-mail tem guiado e ritmado grande parte do
trabalho que os knowledge workers executam. Pela ferramenta de e-mail, os K-Workers não só produzem o
resultado de seu trabalho, mas também, recebem e geram inputs que interferem nas rotinas diárias de
trabalho (próprias e de outros), alterando e ditando, sensivelmente, a ordem de como as coisas serão
executadas, determinando aquilo que realmente será feito e não será realizado na empresa.
Observamos, por várias razões, o aumento do tráfego e o crescimento acentuado no volume de mensagens
nas companhias, percebidos tanto na quantidade das mensagens trocadas, quanto no tamanho das
mesmas.
A primeira constatação é que tal incremento é uma conseqüência direta da cultura do conhecimento, tão
fortemente alavancada, estimulada e necessária em nossos dias. A outra constatação é que o aumento no
tráfego de comunicação nas redes das empresas é também decorrente da elevação do número de
mensagens de e-mail com arquivos atachados, prática que tem se tornado muito comum entre os
trabalhadores e membros de comunidades virtuais em geral, exigindo das empresas, ampla infra-estrutura
de comunicação, espaço em disco e uma largura de banda considerável para o bom funcionamento
corporativo.
Esta elevação no volume de postagem de mensagens nas empresas, por sua vez, tem acarretado algumas
conseqüências:
• Investimentos contínuos são realizados, visando manter uma infra-estrutura que seja capaz de suportar os
níveis de aumento. (maior espaço em disco para os servidores, para as máquinas dos usuários e aumento
do backbone de comunicação);
(Página 6 de 7 da Nota de Aula nº 2- Sistema, Organização & Métodos- Prof. Arnaldo Santos)
• As pessoas passam a ter necessidade e dificuldades para organizar o volume de mensagens de e-mail
reconhecidos como de conteúdo relevante;
• As pessoas passam a ter dificuldades para recuperar conteúdos relevantes em e-mails históricos, quando
necessário.
Em função da ação conjunta destas influências e de comportamentos de uso, em pouco tempo, notamos
que as caixas postais de e-mails dos funcionários na empresa transformam-se em verdadeiros tesouros.
Devemos admitir que as mensagens acumuladas pelos funcionários, em sua maioria, têm um teor menos
particular e pessoal e muito mais profissional, portanto de alto interesse e importância organizacional. A má
notícia sobre isso é que as caixas postais, como ilhas particulares, são inacessíveis à empresa e a outras
pessoas, sendo acessadas apenas por seus proprietários. Além de impossibilitar o acesso a informações
por terceiros, os depósitos postais (caixas postais) e seu emaranhado de folders, ilhados, organizados pelos
próprios funcionários, na maioria das vezes revelam que é muito difícil (mesmo ao proprietário), recuperar a
informação desejada.
Neste ponto, reside um dilema de nossos dias: A quem pertence as caixas postais de e-mail? À empresa ou
aos seus funcionários? A empresa pode acessar ou vasculhar caixas postais de seus ex-funcionários ou isto
seria considerado uma ofensiva violação de privacidade? Como então, uma empresa e sua comunidade
poderiam utilizar-se dos benefícios dos conteúdos compartilhados por e-mail, respeitando a privacidade e as
caixas postais individuais?
Uma outra questão, ainda bastante polêmica, também associada, tanto ao e-mail, quando a gestão do
conhecimento, diz respeito à herança das informações contidas nas caixas postais. O que acontece com a
caixa postal de e-mail (repleta de informações relevantes) quando um funcionário morre, se aposenta, é
demitido ou vai embora da empresa?
Infelizmente, para alívio do homem de informática, a primeira providência tomada é deletar a caixa postal,
dando origem a mais espaço em disco, além de caracterizar uma ação ética e de respeito à privacidade
individual. Para desespero do homem de negócios, no entanto, este procedimento pode representar
prejuízos, uma vez que eliminar uma caixa postal (diretório de e-mails) pode significar o mesmo que
desperdiçar conhecimento, evidenciando que o bem mais precioso da empresa, acaba por escorrer pelos
ralos do winchester.
Como o processo funciona
Quando um funcionário encontra algo relevante que mereça ser divulgado a outras pessoas, ao invés de
entrar no e-mail, escolher os destinatários, atachar o arquivo e disparar a mensagem para os usuários
escolhidos, com a tecnologia de K-base, o funcionário entra no K-base, preenche os campos solicitados,
redige uma mensagem de chamada, atacha o(s) arquivo(s) ou cola as informações que podem conter um
texto, foto, tabela, imagem ou pagina web, escolhe as pessoas e dispara a mensagem através da função
enviar.
As pessoas escolhidas, por sua vez, receberão um e-mail, contendo uma mensagem simples de chamada,
tipo: Vejam que artigo interessante sobre inteligência competitiva! Clique aqui para vê-lo! Seguido de um doc
link (A imagem de um livrinho ). Ao clicarem no doc link, a pessoa é remetida diretamente ao documento de
conteúdo localizado no K-base.
É importante salientar que, utilizando um instrumento como este, ao mesmo tempo, o conteúdo tanto deixa
de ser enviado integralmente a todos do grupo, como também deixa de ser arquivado, redundantemente, em
suas caixas postais. O fato novo é que apenas as pessoas despertadas pela relevância do documento, farão
visualização do conteúdo, minimizando sensivelmente o tráfego na rede. O conteúdo integral deixa de
trafegar na rede indiscriminadamente a todos, uma vez que só o doc link trafegará. A organização de textos
importantes nas caixas de e-mail deixa de ser significativa, pois a recuperação futura dos documentos,
poderá ocorrer a partir do container de K-base. Além disso, caso algumas das pessoas venham a deixar a
empresa, esta não ficará sem o legado e sem o conteúdo da colaboração, resultado do trabalho para o qual
os funcionários foram pagos.
Com isso, vários fabricantes de software, preocupados em oferecer soluções dedicadas à gestão do
conhecimento e ao tratamento de conteúdos baseados em e-mail, estão tornando o lançamento deste tipo
de solução cada vez mais comum. Enquanto algumas empresas da indústria de software se empenham em
oferecer soluções que ajudam a companhia a indexar e recuperar conteúdos de e-mails, outros
(Página 7 de 7 da Nota de Aula nº 2- Sistema, Organização & Métodos- Prof. Arnaldo Santos)
disponibilizam ferramentas que ajudam a criar mapas de conhecimento e de peritos, permitindo descobrir
automaticamente, quem sabe o quê na empresa, a partir dos conteúdos de e-mail e mensagens que os
funcionários postam diariamente. O Lotus Discovery Server da IBM é um exemplo.
Dessa forma, uma infinidade de soluções dedicadas a tratar conteúdos e gerir os e-mails como fonte de
conhecimento estão tornando-se cada vez mais comuns. Alguns dos fornecedores do mercado, entre as
várias soluções de KM que possuem, oferecem ferramentas que ajudam a companhia a indexar e recuperar
conteúdos de e-mails.
Outros destes fabricantes de software, preocupados com o alto volume de e-mail que são deixados
diariamente nos sites de milhares de companhias, exigindo respostas rápidas e eficazes, criam soluções tais
como o Ask-It, que garante à equipe de atendimento não ser necessário responder a mesma pergunta duas
vezes aos seus diversos clientes, encarregando-se de prover respostas automáticas a eles, além de gerar
automaticamente um FAQ (Frequently Asked Questions) para aqueles conteúdos.
Um outro grupo de empresas se empenha em criar soluções de software que são capazes de identificar
mensagens deixadas nos sites de Internet e fazer sua distribuição inteligente, dentro da companhia, através
de uma rede de expertises, para providência das respostas necessárias. A Novuweb, por exemplo, oferece
uma solução chamada Answer Expert que apóia a distribuição e a geração de respostas de e-mail. A partir
da análise do texto dos e-mails recebidos de usuários na Internet, o Answer Expert inteligentemente roteia
os e-mails, destinando-os aos responsáveis pelas respostas. A Brightware possui uma solução que lê as
mensagens de e-mail, compõe respostas personalizadas e as submetem à aprovação de funcionários da
empresa, que autorizam a emissão da resposta aos Webnautas.
Estes são apenas alguns exemplos que ilustram com que seriedade as questões relacionadas a
administração do uso de e-mail, devem ser tratadas pela empresa, principalmente aquelas preocupadas
com a Gestão do Conhecimento.