O documento discute a imitação como uma estratégia válida de negócios. Aponta que a imitação requer inteligência e criatividade, e que pode ser mais importante para o crescimento do que a inovação. Empresas de sucesso como a Apple combinam criatividade e imitação de ideias existentes para gerar novos produtos e modelos de negócios. A imitação é subvalorizada e estigmatizada culturalmente, apesar de ser essencial para a evolução e o progresso.
O documento discute a imitação como uma estratégia válida de negócios. Aponta que a imitação requer inteligência e criatividade, e que pode ser mais importante para o crescimento do que a inovação. Empresas de sucesso como a Apple combinam criatividade e imitação de ideias existentes para gerar novos produtos e modelos de negócios. A imitação é subvalorizada e estigmatizada culturalmente, apesar de ser essencial para a evolução e o progresso.
O documento discute a imitação como uma estratégia válida de negócios. Aponta que a imitação requer inteligência e criatividade, e que pode ser mais importante para o crescimento do que a inovação. Empresas de sucesso como a Apple combinam criatividade e imitação de ideias existentes para gerar novos produtos e modelos de negócios. A imitação é subvalorizada e estigmatizada culturalmente, apesar de ser essencial para a evolução e o progresso.
Retirado de: inovação + gestão: Imitar é melhor negócio do que Inovar?
(Parte II) (criandoeinovando.blogspot.com)
Imitar é melhor negócio do que Inovar? (Parte II)
Continuando com o tema Copiar ou Inovar. Estou convencido que qualquer uma das duas abordagens deve ser uma possibilidade quando a organização define estratégias de crescimento. O Professor Oded Shenkar da Ohio State University, lançou recentemente um livro sobre um tema que está provocando e de alguma maneira está cutucando os pregadores da atual religião industrial conhecida por “inovação ou morte”, onde sua base doutrinária é a fé de que esta é a única opção de crescimento e lucratividade. O livro ainda sem tradução definida (para o português) com o título, Copycats: How Smart Companies Use Imitation to Gain a Strategic Edge pela Harvard Business Press, tem provocado polêmica. Dr. Shenkar escreveu previamente um livro sob o título: The Chinese Country, que tem sua versão em português (O Século da China, publicando pela Editora Bookman). Se diz que o segundo livro é uma continuidade, dando a entender que os Estados Unidos é claramente reconhecido como o país das inovadores e entre os que professam mais a fé "inovação ou morte" e a China a que copia e continuará a copiar até estarem maduros para virar a mesa. Um país da Ásia copiar?, não é novidade nenhuma, nos anos 50 a 70 os japoneses lideravam o jogo com um grande emulador tecnológico e inovando na gestão e crescimento impresionante na produtividade do valor agregado, pelo histórico ficou entre os que aprenderam muito bem e rápido. Nos anos 80 surgem os Coreanos aprendendo e copiando o modelo japonês de fazer bem e rápido. Os principais exemplos de empresas pioneiras que perderam das turmas de colonos que surgiram com imitações, e isso é comprovado com números por Shenkar qua afirma que 97,8 % do valor vai para o imovator, é como Shenkar chama. O Diners Club que inovou com o Cartão de Crédito e que foi forçado em dividir do bolo com os vencedores do jogo, a famosa dupla dinâmica, Master Card e Visa. Outro exemplo é a empresa EMI que criou e lançou o aparelho de Tomografia Computadorizada (Computerized Axial Tomography ou CAT Scan/CT Scan), no obstante hoje é um setor dominado pela General Electric. Um empresa exemplar e que me chama a atenção é a impressionante Apple, reconhecida por todos como o grande inovadora, porém acredito que também possui antecedentes de "imovator" ou que transita na fronteira entre "innovator" e "imovator". Sabemos muito bem que Apple usa idéias dos outros com maestria. No conceito amplo Apple pode ser considerada a mais hábil em inovar considerando o conceito da inovação que é ganhar dinheiro (novo) com idéias, sem interessar de onde elas venham. Mas Apple é tão diferente nesse processo que seus dados e comportamento nos seus gastos de P&D indicam algo diferente. Apple gasta muito pouco em P&D comparado com os grandes, tais como Microsoft, Intel, Google e Cisco, que gastam até 700% mais do que Appel. O uso do que já existe faz parte do processo de inovação da Apple, neste caso a inventividade não foi um gargalo para a Apple para o projeto iPod + iTune. Vejamos que idéias a Apple usou para lançar uma boa máquina de fazer dinheiro: iPod + iTune, Usou o mp3 como arquivo padrão das músicas, que é uma inovação com patente alemã; O conceito do aparelho Walkman da Sony (aparelho portatil para ouvir música, reconhecido como uma inovação de alto nível) que surgiu nos anos 70, Os mp3 players que surgiram em 1999, podemos lembrar o famosos mp3 player Rio que teve pouca vida no mercado e muitos imitadores; Em 1999 o SubPop é a primeira empresa a distribuir músicas mp3 pela Web; Compartilhamento entre pares de arquivos ou mais conhecido por P2P, simbolizado pelo conceito do fora da lei Napster em 1999. Criou um novo conceito de liberdade e conveniência matador. Compartilhar a música que você gosta, no lugar de comprar um CD com músicas que você queria ouvir junto com as que não queria ouvir; Vendas de artigos e software pela web desde o final dos anos 90 já eram uma realidade. Com todos estes ingredientes de tecnologias e conceitos já existentes (reconhecidos quando lançados como grandes inovações) junto com uma grande capacidade criativa gerou um caldo que surpreende até agora, gerando produtos (very cool) e um modelo de negócio imbatível até o momento. Não posso esquecer que a grande diferença da Apple sempre foi seu inigualável design, que neste caso conseguiu criar algo muito “very cool” e “super radical”. Os dados mostram que os inovadores somente captam uma fração do valor de uma inovação. É normal e também é claro que o ROI é melhor para o imitador e copiador. No artigo da Forbes descreve o novo contexto da cópia. Eventualmente, a imitação ganhou alguma respeitabilidade de estudiosos. Em 1926, Ellsworth Faris, um estudioso de renome na época, estava questionando o ponto de vista da imitação como "um instinto primário." Ao invés de um inferior e irracional "truque barato", diz Shenkar, a imitação veio a ser reconhecido como uma forma de inteligência. Agora, Shenkar diz, os biólogos concordam que a imitação é essencial para a evolução, ele escreve os estudiosos dos negócios têm sido deixados para trás, e as empresas, especialmente nos E.U., perderam a capacidade de ganho da imitação. Empresas, ao invés de apenas imitar, devem combinar criatividade e imitação, e chegar a sua própria vantagem competitiva. Esse grupo de empresas é o que Shenkar chama de "imovators". Um exemplo do seu pensamento é indicado por um executivo no livro de Shenkar: "Onde há elementos de paridade, se alguém já descobriu uma maneira melhor de fazer algo ou entregar alguma coisa, você vai usá-lo, você não vai sentir a necessidade de sair e inventar uma outra maneira de prever o aspecto particular quando não há benefícios para o consumidor, corpóreos ou percebidos. " Soa mais como alguém de uma empresa chinesa do que um americano, mas, diz Shenkar, é a sabedoria de um ex-executivo da Procter & Gamble. Nenhuma surpresa, então, que há muito tem ser uma das empresas mais bem sucedidas nos E.U. Shenkar realizou uma pesquisa exaustiva e descobriu que em todos os casos, ele encontrou que a imitação foi a principal fonte de progresso, apesar de que o progresso muitas vezes não foi reconhecido por executivos e acadêmicos. Ele também descobriu que boa imitação é difícil e exige inteligência e imaginação. A conclusão é que: A imitação é subvalorizada. Pode ser mais importante para o crescimento do negócio do que a inovação é. Imitação não é a repetição irracional, é uma busca inteligente de causa e efeito. O estigma por traz da imitação é forte em nossa cultura. Quando escuto falar de forma crítica por técnicos do setor de planejamento urbano sobre o Sistema de Transporte de Curitiba, argumentando que é um sistema que não pode ser utilizado em outras cidades brasileiras. Agora quando vejo A Secretaria de Transportes dos Estados Unidos testando algumas idéias criadas e implantadas em Curitiba em cidades americanas (Havaí e periferia de Nova York) e mesmo os Colombianos usando o conceito em seus sistemas de transportes, conhecido como Transmilênio na cidade de Cali, eu fico muito preocupado com a tremenda falta de visão e as barreiras claras criadas pelos modelos mentais de “Não Inventado Aqui”. Dando uma pesquisada na web você acha pérolas como esta: “somente em 2007 Brasília decidiu usar as soluções de um sistema de transporte avançado e inovador. Imagina de onde veio a idéia, foi durante as conclusões de uma viagem do governador do DF a Cali, Colômbia”. Imitar sempre foi relacionado a uma coisa de macaco ou de criança e nunca foi considerada uma habilidade séria e foi classificada como ações de pessoas mentalmente fracas. Caros leitores, o modelo mental de muitos ainda considera a imitação como sendo uma coisa de paraguaio ou de chinês ou mesmo de uma estratégia fraca e com falta de originalidade. A coisa é fazer isto com mais inteligência como Shenkar tenta passar. Um exemplo muito peculiar é a empresa Coca Cola e que sempre a considerei uma empresa com muitas bases inovadoras, porém sem nenhuma vergonha de imitar as vezes. Alguns anos atrás esta mesma empresa lançou o fracassado Coca Cola Lemon para combater o produto de sucesso da PepsiCo, a Pepsi Twist (essencialmente na América Latina). A pouco tempo lançou a Aquarius segunda no mercado, mas não melhor para combater a H2OH, que ainda pode cobrar um premium price por se manter em primeiro. Pelo que vejo a Coca Cola Co. tem capturado um bom valor, baseado na sua penetração no mercado e sua poderosa distribuição que todos temem. Mesmo não sendo muito boa de imitação, porém ela continua a tentar sem nenhuma constrangimento. O histórico do setor mostra que a imitação sempre esteve no jogo, a própria bebida Pepsi Cola é uma imitação com relativo sucesso.
Uma parte da importância da imitação é conhecida há algum tempo pelo tema
Benchmarking que surgiu em função das pressões que recaiam sobre a inovadora Xerox pelas investidas dos vários concorrentes que cobiçavam suas grossas margens. Entre as mais bem sucedidas temos a Canon que fez uma engenharia reversa na arquitetura dos produtos da Xerox e inteligentemente criou um novo modelo de negócios, conquistando um significativo share ao jogar o jogo altamente lucrativo de forma diferente e pela ironia no mundo das copiadoras!!. Postado por Carlos L Yukimura às 21:19